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COLÉGIO PROFISSIONAL- Desenho Arquitetônico _______________________________________________________________________ Desenho Arquitetônico Professor: Luís Guilherme Gonçalves.

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    Desenho Arquitetnico

    Professor: Lus Guilherme Gonalves.

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    1-O que desenho arquitetnico. Conceito: uma forma de representao grfica, usada entre outras finalidades, para ilustrar projetos arquitetnicos permitindo organizar as idias de forma padronizada objetivando o desenvolvimento da idia, orar material e mo de obra e apresentar com clareza e detalhamento a viso completa da obra.

    O design uma atividade criadora cujo propsito determinar as qualidades formais dos objetos produzidos. Por qualidades formais no se deve apenas entender as caractersticas exteriores, mas, sobretudo, as relaes estruturais e funcionais que so objeto de uma unidade coerente. ( SCHULMANN, Denis. 1994. P.10).

    Para que possamos representar de maneira correta um determinado desenho precisamos dominar as tcnicas de desenho geomtrico, pois um bom croqui facilita em muito o trabalho do projetista e evita erros e futuras correes. Vamos rever os principais conceitos de desenho geomtrico assim como algumas tcnicas de desenho utilizando o compasso, esquadros e transferidor.

    Qualquer assunto que pretendamos estudar tem que ser acompanhado de um mtodo, de um guia ou roteiro que facilite a nossa tarefa. Sabe a velha receita daquele bolo gostoso que vai passando de me para filha, para as amigas mais chegadas, para as colegas do trabalho? Pois . Uma receita, na verdade, um guia de como preparar um alimento, misturando os ingredientes na medida certa, cozinhando-os no tempo certo e a, o alimento fica pronto.

    Assim acontece quando estudamos um assunto, quando queremos aprender uma determinada coisa. Vamos, passo a passo, formando uma cadeia de conhecimentos que vo se juntando com outros e, de repente, passa-se da condio de eu no sabia para agora eu j sei.

    desse jeito que voc deve encarar o seu aprendizado em Desenho Geomtrico. Leia cada captulo atentamente, procurando fazer uma idia terica do item abordado. Organize as coisas de forma lgica. Lembre-se sempre que a parte terica de fundamental importncia para se compreender a parte prtica, portanto, nunca a despreze. Esse um dos erros mais graves que as pessoas cometem. Qualquer atividade, por mais prtica que seja, tem sempre um fundamento terico que lhe orienta.

    Portanto, no esquea nunca de que a teoria sempre acompanha a prtica, e que ela ajuda na compreenso do que estamos fazendo e o porqu de estarmos fazendo. Leia os captulos tantas vezes quanto achar necessrio, at entender a mensagem. Tire as dvidas com o professor, com colegas e em livros. Faa os exerccios, procurando entender a seqncia lgica da resoluo. Leia os enunciados atentamente, organizando as idias e visualizando a soluo. Todas as construes e exerccios apresentam um roteiro de resoluo, mas, tente primeiro obter a sua soluo. Para isso, temos que ter domnio do assunto, o que s se consegue estudando. Repita as construes at

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    conseguir um completo entendimento e clareza do traado. E no desista. Ns apostamos no seu sucesso!

    2-Conhecendo os instrumentos de desenho.2.1 Lpis ou lapiseira: Apresentam internamente o grafite ou mina, que tem grau de

    durezavarivel, classificado por letras, nmeros ou a juno dos dois.

    Classificao por nmeros Classificao por letras Classif. por n e letras

    N 1 Macio Linha cheia B Macio Equivale ao grafite n 1 2B, 3B...at 6B Muito maciosN 2 Mdio Linha mdia HB Mdio Equivale ao grafite n 2 2H, 3H...at 9H Muito durosN 3 Duro Linha fina H Duro Equivale ao grafite n 3

    As lapiseiras apresentam graduao quanto espessura do grafite, sendo as mais comumente encontradas as de nmero 0,3 0,5 0,7 e 1,0

    28.2 Papel: Blocos, cadernos ou folhas avulsas (papel ofcio) de cor branca e sem pautas.

    28.3 Rgua: Em acrlico ou plstico transparente, graduada em cm (centmetros) e mm (milmetros)

    2.4 Par de esquadros: Em acrlico ou plstico transparente e sem graduao. Os esquadros so destinados ao traado e no para medir, o que deve ser feito com a rgua. Um deles tem os ngulos de 90, 45 e 45 e o outro os ngulos de 90, 60 e 30. Os esquadros formam um par quando, dispostos como na figura, tm medidas coincidentes.

    2.5 Borracha: Branca e macia, preferencialmente de plstico sinttico. Para pequenos erros, usa-se tambm o lpis-borracha.

    2.6 Compasso: Os fabricados em metal so mais precisos e durveis. O compasso usado para traar circunferncias, arcos de circunferncias (partes de circunferncia) e tambm para transportar medidas. Numa de suas hastes temos a ponta seca e na outra o grafite, que deve ser apontado obliquamente (em bisel). Ao abrirmos o compasso, estabelecemos uma distncia entre a ponta seca e o grafite. Tal distncia representa o raio da circunferncia ou arco a ser traado.

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    2.7 Transferidor: Utilizado para medir e traar ngulos, deve ser de material transparente (acrlico ou plstico) e podem ser de meia volta (180) ou de volta completa (360).

    ATENO: importantssimo que voc tenha todo esse material em mos para possarealizar todas as construes corretamente. Sero as nossas ferramentas de trabalho.

    3- Medidas e suas converses.Vocs j imaginaram o nosso mundo de hoje se no houvesse convenes de medidas?

    Bem, quando vamos a uma loja comprar pano para confeccionar uma cala temos que estar presente para comparar nosso tamanho com o pano a ser adquirido ou levar uma corda com nossas medidas copiadas atravs de pequenos ns.

    Tudo seria muito difcil, como comprar madeira, gasolina, construo civil, medicina, farmcia, etc.

    O mundo no se entenderia da mesma forma e o comrcio seria extremamente dificultado.

    Supe-se que as medidas surgiram to logo o homem passou a cultivar as primeiras plantaes.

    Assim as medidas de comprimento e superfcie podem ter surgido quando foi necessrio saber de quanta terra se dispunha.

    Provavelmente, as medidas de massa e de capacidade surgiram da necessidade que o homem teve de negociar a sua produo agrcola.

    As medidas eram passos, braas, cvado (referencia nos textos bblicos), cuias, cestos, casca de ovo, conchas, etc.

    Geralmente o governante quem estipulava o padro de medida para o seu reinado.

    Na Inglaterra no sculo XII a medida de comprimento era a jarda, Conta-se que o Rei Henrique I fixou o tamanho de uma jarda como sendo a distncia entre a ponta de seu nariz e o polegar de seu brao esticado.

    Vocs j imaginaram a baguna se cada um utiliza-se a medida de sua regio?

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    1 polegada = 1" = 25,4 mm = 0,0254 m 1 p = 1' = 30,4799 cm = 0,304799 m 1 jarda = 1 yd = 0,914399 m 1 lgua = 6600 m 1 milha terrestre = 1609,3 m 1 milha martima = 1852 m 1 braa = 2,2 m 1 corrente = 20,1168 m 1 tarefa (AL, SE) = 3053 m 1 tarefa (MG) = 3630 m 1 tarefa (BA) = 4356 m 1 vara = 2,96 m

    Porem, o comrcio internacional e a cincia passaram a exigir padres universais mais precisos do que o tamanho do p de um Rei.

    Em 1793, alguns cientistas que participaram da revoluo Francesa anunciaram o Sistema Mtrico Decimal, SMD.

    O Brasil foi um dos pases pioneiros na adoo desse sistema a partir de uma lei imperial de 1862.

    No sistema mtrico decimal a unidade de medida de comprimento o METRO (que vem do grego mtron, significa o que se mede).

    3.1- Unidade de comprimento (m)

    A unidade metro tem mltiplos e submltiplos:

    Mltiplo Nome Smbolo Mltiplo Nome Smbolo100 Metro m 100 Metro m101 decmetro dam 10-1 decmetro dm102 hectmetro hm 10-2 centmetro cm103 quilmetro km 10-3 milmetro mm106 megametro Mm 10-6 micrometro m109 gigometro Gm 10-9 nanometro nm1012 terametro Tm 10-12 picometro pm1015 pentametro Pm 10-15 femtmetro fm1018 exometro Em 10-18 attometro am1021 zettametro Zm 10-21 zeptmetro zm1024 yottametro Ym 10-24 yoctmetro ym

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    Felizmente para o nosso estudo ficaremos com trs mltiplos e trs submltiplos conforme descrito abaixo:

    km(quilmetro) hm (hectmetro) dam (decmetro) m (metro) dm (decmetro) cm (centmetro) mm (milmetro)

    1000 m 100m 10 m 1 m 0,1m 0,01m 0,001m

    Podemos observar a grande facilidade de se converter as unidades neste sistema.

    Quando queremos subir na tabela, ou seja quando temos 1 metro e queremos saber quanto vale em quilmetro basta dividir por 10 a cada casa que passar, nesse exemplo andaremos 3 casa ento dividiremos 1 metro por 1000 obtendo 0,001 km.

    Para descer na nossa tabela fazemos o mesmo procedimento s que ao invs de dividir vamos multiplicar cada casa que andar por 10.

    Ento, se temos um metro e queremos saber quantos milmetros vale, basta contar as casas at o mm, que so trs, e multiplicarmos ento o metro por 10 trs vezes obtendo 1000 mm.

    Tente voc:

    Em 20 hm, quantos metros eu tenho?

    33 cm so quantos metros?

    1000 mm so quantos dm, e em metros quantos so?

    Converta 100.000 cm em km. 1.000.000 mm em km 0,00001hm em mm

    Sergei Bubka tornou-se um dos maiores atletas do sculo ao bater mais de vinte vezes seguidas seu prprio recorde no salto com vara. Em 1984, quando pela primeira vez bateu o recorde mundial ele atingiu a marca de 5,85 m. Sua marca em 1992 j era de 6,13 m. Traduza em centmetros a evoluo do salto de Sergei.

    Resposta: 1984 = 5,85 m 1992 = 6,13 m E = Salto em 1992 Salto em 1984

    E = 0,28 m Para expressar em centmetros lembramos que 1 m = 100 cm (duas casas)

    Portanto a resposta E = 0,28 x 100 = 28 cm

    Porque devemos saber estas converses?

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    muito simples, s podemos fazer operaes matemticas com grandezas iguais e por padro internacional a grandeza que usamos o metro. claro que se todas as grandezas envolvidas em nossa conta for km poderemos perfeitamente obter um resultado preciso mantendo o calculo em km.

    Imagine que estamos indo a Tupaciguara que fica a 85 km do ponto onde estamos. Nosso carro ao percorrer 2 200 m acabou a gasolina. Quantos decmetros faltam para chegar ao destino?

    Agora ficou claro porque temos que converter as unidades antes de compar-las.

    Como a pergunta quantos decmetros faltam basta que convertamos 2 200 m em 220 dam e 85 km em 8500 dam que obteremos a resposta simplesmente subtraindo 220 dam de 8500 dam que dar 8280 dam.

    3.2- Unidade de superfcie: (rea m2)

    O que uma superfcie? Podemos entender facilmente se imaginarmos que uma superfcie o plano limitado por um contorno fechado. Por exemplo: a capa do caderno, o tampo da carteira, o piso da sala, o interior de um crculo, etc.

    A unidade padro de medida de superfcie o metro quadrado m2 que nada mais do que um quadrado de um metro de base por um metro de altura, pensando assim temos a nossa tabela de equivalncia da seguinte forma:

    Km2 hm2 dam2 m2 dm2 cm2 mm2

    1.000.000 m2 10.000 m2 100 m2 1 m2 0,01 m2 0,0001 m2 0,000001 m2

    Para passar de uma unidade maior para uma imediatamente menor basta multiplicar por 100 (como rea 10 x 10) ou seja andamos duas casas com a virgula para a direita.

    Caso seja necessrio passar de uma unidade menor para uma imediatamente maior dividimos por 100 ou seja andamos com a virgula duas casas para a esquerda.

    Exemplo:

    Descendo na tabela: Converter 8 dam2 em metros quadrados.

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    8 dam2 = 8 . 100 = 800 m2

    Converta 1,3 dm2 em milmetros quadrados.

    Converta 5 hm2 em dm2. 32 km2 em cm2 45 dm2 em mm2

    Subindo na tabela: Converter 78 m2 em decmetros quadrados.

    78 m2 = 78 : 100 = 0,78 dam2

    Converta 6 360 cm2 em metros quadrados.

    Converta 75 mm2 em cm2 58 cm2 em dam2 24 m2 em km2

    3.3- Unidade de volume (m3)

    O volume de um objeto o espao que ele ocupa.

    A unidade fundamental de volume o metro cbico. Abaixo temos seus mltiplos e submltiplos

    Km3 hm3 dam3 m3 dm3 cm3 mm3

    1 000 000 000 m3 1 000 000 m3 1 000 m3 1 m3 0,001 m3 0,000001 m3 0,000000001 m3

    As consideraes feitas nas operaes de unidade de comprimento e de superfcie se aplicam na unidade de volume com o mesmo raciocnio a diferena que no volume multiplicamos ou dividimos por mil quando queremos descer ou subir na escala de unidades. muito fcil entender por que multiplicamos ou dividimos por mil. Imagine uma caixa dgua cujas arestas medem 1 m. O seu volume obtm multiplicando a rea da base pela altura:

    Abase = 1m . 1m = 1m2 V = Abase . h = 1m2 . 1m = 1m3

    Como no sistema mtrico a diferena entre os mltiplos subseqentes 10, temos que 10 . 10. 10 = 1000, portanto a diferena entre os mltiplos e submltiplos do sistema de unidade de volume 1000. Vale lembrar ainda que a unidade de capacidade litro (l) corresponde a um dm3.

    Exemplo: Como passamos de 10 dm3 para m3? 10 dm3 = 10 : 1000 m3 = 0,01m3

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    Constru uma caixa dgua de 200 dam3 mas para preencher o formulrio dos bombeiros para o projeto de segurana eles exigem a medida do volume da caixa em m3. Qual a medida que informarei aos bombeiros?

    Converta 4 km3 em m3 13 hm3 em cm3 76 dm3 em mm3

    Converta 23 mm3 em dm3 56 cm3 em dam3 3 m3 em km3

    3.4- Calculando rea

    rea a medida da superfcie, Ento como faremos para medir um terreno que queremos conferir se ele esta de acordo com a escritura?

    Vamos relembrar os clculos das reas das figuras bsicas e com eles poderemos medir com alguma preciso a maioria dos terrenos.

    O clculo da rea do quadrado e do retngulo muito fcil. Basta multiplicar a base pela altura

    Temos que a rea da figura A = b . h

    Da mesma forma o paralelogramo calculado multiplicando-se a base pela altura A = b . h

    Para obter a rea do losango, basta multiplicar a diagonal maior pela diagonal menor e dividir por dois.

    A = D .d / 2

    Para calcular a rea do trapzio somamos a base maior com a base menor e a soma multiplicamos pela altura dividida por dois.

    A = (cd + ab) . h / 2

    Calcular a rea do tringulo igualmente fcil, basta que multipliquemos a base pela altura dividida por dois.

    A = b . h / 2

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    Finalmente a rea do crculo, tomamos o seu raio ao quadrado e multiplicamos pela constante matemtica (pi)

    A = .R2

    E o permetro que a medida da corda da circunferncia vale: P=2R

    4- Escalas:Aps estarmos prticos na converso de unidades do sistema decimal o estudo de escalas se

    torna uma tetia (=fcil; gria do meu tempo de mandinho = guri = criana).

    A escala nasceu da necessidade do homem em representar a realidade no papel.

    J foram encontradas pinturas rupestres, representando possivelmente mapas de regies de caa, em grutas que foram habitadas pelo homem pr-histrico. Nos tempos modernos caravelas cruzavam oceanos, mares e rios desenhando o trajeto percorrido para que o caminho ficasse disponvel para outros navegantes do imprio. Tudo isso foi possvel pela representao da realidade atravs de um desenho reduzido.

    J sabemos que o mapa representa, de forma reduzida do espao geogrfico a ser representado. Para representar corretamente o que existe na Terra necessria a utilizao de escalas nos mapas. Tomando-se como base a escala apresentada pelo mapa, podemos avaliar distncias e obter medidas reais apenas verificando a medida em centmetros entre dois pontos no mapa.

    Escala uma relao matemtica existente entre as dimenses ( tamanho ) verdadeiras de um objeto e sua representao ( mapa ). Essa relao deve ser proporcional a um valor estabelecido.

    Existe escala de ampliao e de reduo onde tanto na escala de reduo como na escala de ampliao o numerador representa o desenho e o denominador representa o objeto real:

    Escala de ampliao Escala de reduo

    4:1 1:50

    A cartografia trabalha somente com uma escala de reduo, ou seja, as dimenses naturais sempre se apresentam nos mapas de forma reduzida. Voc vai encontrar nos mapas dois tipos de escalas: escala numrica e escala grfica.

    Desenho 4

    Objeto 1

    Mapa 1

    Solo 50

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    Escala Numrica: representa da por uma frao, onde o numerador corresponde distncia no mapa ( 1 cm ) , e o denominador distncia real, no terreno. Pode ser escrita das seguintes maneiras:

    ex. ____1___ , 1/300 000 e 1:300 000

    300 000

    Nos trs casos l-se a escala da seguinte forma: um por trezentos mil, significando que a distncia real sofreu uma reduo de 300 000 vezes, para que coubesse no papel.

    No exemplo acima de escala numrica, a frao tem o seguinte significado:

    Numerador distncia medida no mapa ( 1 cm )

    Denominador distncia real ( 300 000 cm )

    O aluno sabendo que cada 1 cm medido no mapa, corresponde a uma medida real ( ex. 300 000 cm ), dever agora converter os 300 000 cm em Quilmetros ( Km ), que a unidade de medida usual para grandes distncias.

    Lembrando da nossa tabelinha de converses temos:

    km(quilmetro) hm (hectmetro) dam (decmetro) m (metro) dm (decmetro) cm (centmetro) mm (milmetro)

    1000 m 100m 10 m 1 m 0,1m 0,01m 0,001m

    Devemos andar 5 casas decimais para a esquerda quando queremos converter cm em km ficando assim

    300 000 cm = 3 km

    Ento se medimos determinada distncia entre dois pontos de um mapa que esta na escala de 1/300 000 e esta medida deu 15 cm significa que no terreno esta distncia de 45 km que a multiplicao de 3 km por centmetro do mapa.

    Vejamos outras escalas para fixar o conceito:

    1:300 000 ---> 1 cm no mapa equivale 300 000 cm na realidade ou ( 3 00000 ) 3(trs) km.

    1:20 000 000 ---> 1 cm no mapa equivale 20 000 000 cm na realidade ou ( 200 00 000 ) 200 km.

    1:200 000 ---> 1 cm no mapa equivale 200 000 cm naa realidade ou ( 2 00 000 ) 2 km.

    1:154 000 000 ---> 1 cm no mapa equivale a 154 000 000 cm na realidade ou ( 1540 00000 ) 1540 km.

    1:100 ---> 1 cm no mapa equivale a 100 cm na realidade ou ( 0,001 00 ) 0,001 km.

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    Escala grfica: representada por uma linha reta graduada.

    0 10 20 30 40 50 60

    |____|____|____|____|____|____| ,

    ( km - quilmetros )

    cada intervalo da reta graduada no mapa corresponde a 1 cm, que na realidade , neste exemplo utilizado, representa no terreno 10 km. A escala grfica mais simples que escala numrica. que na escala grfica no h necessidade de converso de cm ( centmetro ) para km (quilmetros ). A escala j demonstra quantos quilmetros corresponde cada centmetro.

    Fig. 1 - Escala grfica em Km ( escala mtrica) Fig. 2 - Escala grfica em Km e milhas

    Para fixarmos a aplicao de escalas vamos fazer alguns clculos juntos:

    Temos a necessidade de ampliar uma foto do maravilhoso professor de desenho para coloc-la na parede do quarto. Vou ampli-la na escala de 10:1 o que significa que ela ficar 10 vezes maior.

    A foto original mede 5 X 10 cm. Quanto ter a ampliao?

    10 X 10 Y

    1 5 X.1 = 5.10 ento X=50 cm 1 10 Y.1 = 10.10 ento Y=100 cm

    Agora vamos escala de reduo: Temos que desenhar uma casa num papel muito menor que ela ento, temos que reduzi-la 50 vezes. Isso significa que todas as medidas da casa sero divididas por 50 e desenhadas na planta.

    A escala ser 1:50 onde desenharemos o muro da frente que mede 10 m ou 1000 cm pois nas contas de escala nos sempre usaremos o cm.

    1 X

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    50 1000 X.50 = 1000.1 ento X= 1000/50 onde X = 20 cm

    Agora quando temos a medida da planta e queremos saber quanto vale na realidade basta fazer o caminho inverso. Temos um trao na planta que mede 30 cm e queremos saber quantos metros ele significa no solo onde a escala 1:200, ento temos:

    1 30

    200 X X.1=200.30 ento X=6000 cm que significa 60 metros

    5- Normas: O desenho tcnico permite, por meio de um conjunto de linhas, nmeros, smbolos e

    indicaes escritas, fornecerem informaes sobre a funo, forma e dimenses e material de um dado objeto que poder ser executado sem o contato direto entre projetista e executante.

    Por esse motivo, a execuo correta de um desenho tcnico, pressupe da parte de quem executa o conhecimento de todas as normas que foram elaboradas pela Associao Brasileira de Normas Tcnicas (ABNT) em acordo com a ISO.

    Sem tal conhecimento e, sobretudo sem a aplicao constante das normas, que devem ser estudadas e discutidas, no possvel uma execuo correta do desenho que deve, pois ser lido e entendido facilmente sem equvocos e interpretao.

    A seguir veremos alguns aspectos sobre as normas de regulamentao (NBR), mas lembrando que o assunto no estar esgotado em nossa apresentao, ficando, pois a necessidade do aluno se atualizar sobre o contedo de tais normas.

    a. Formatos e dimenses de folhas NBR 10068:

    A ABNT determina a forma e as dimenses das folhas para o desenho. O formato bsico do qual derivam todos os outros denominado A0 e possui as seguintes dimenses: 841 x 1189mm e a rea de 1m. Os outros formatos so representados por retngulos semelhantes, tais que a rea de uma folha seja a metade daquela cujo formato imediatamente superior tal que seja possvel passar de uma a outra dividindo a dimenso maior ao meio.

    TABELA 1 Formato e dimenses de folhas

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    Formato Dimenso Margem

    (mm)A0 841 x 1189 10A1 594 x 841 10A2 420 x 594 10A3 297 x 420 10A4 210 x 297 5A5 148 x 210 5

    Margem esquerda de 25mm

    Para obter a folha A1 dividimos o lado maior da folha A0 por dois e assim por diante at a folha A4 que por devido as suas dimenses protocolares possui uma grande importncia comercial.

    b. Margens: Segundo as normas em vigor, cada tamanho de folha possui determinadas dimenses para

    suas margens, conforme tabela a seguir.

    Formato Margem esquerda Demais margens

    (mm) (mm)

    A0 25 10

    A1 25 10

    A2 25 7

    A3 25 7

    A4 25 7

    Obs.: A margem esquerda sempre maior que as demais, pois nesta margem que as folhas so furadas para fixao nas pastas ou arquivos.

    c. Configurao da folha: A seguir so apresentadas as diversas regies da folha de desenho e a posio de cada um

    dos elementos nas mesmas.

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    Usualmente a regio acima da legenda reservada para marcas de reviso (vide item 8, abaixo), para observaes, convenes e carimbos de aprovao de rgos pblicos.

    d. Dobragem: A norma da ABNT (NBR 13142 DOBRAMENTO DE CPIA) recomenda procedimentos

    para que as cpias sejam dobradas de forma que estas fiquem com dimenses, depois de dobradas, similares as dimenses de folhas tamanho A4. Esta padronizao se faz necessria para arquivamento e armazenamento destas cpias, pois os arquivos e as pastas possuem dimenses padronizadas.

    A seguir so reproduzidos os desenhos constantes na referida Norma indicando a forma que as folhas de diferentes dimenses devem ser dobradas.

    e. Selo ou legenda: A legenda de um desenho tcnico

    deve conter, no mnimo, as seguintes informaes:

    Designao e emblema da empresa que est elaborando o projeto ou a obra;

    Nome do responsvel tcnico pelo contedo do desenho, com sua identificao (inscrio no rgo de classe) e local para assinatura;

    Local e data;

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    Nome ou contedo do projeto;

    Contedo da prancha (quais desenhos esto presentes na prancha)

    Escala(s) adotada(s) no desenho e unidade;

    Nmero da prancha;

    O local em que cada uma destas informaes deve ser posicionada dentro da legenda pode ser escolhido pelo projetista, devendo sempre procurar destacar mais as informaes de maior relevncia.

    O nmero da prancha deve ser posicionado sempre no extremo inferior direito da legenda.

    O nome da empresa ou seu emblema usualmente so localizados na regio superior esquerda da legenda.

    f. Marcas de reviso (ou tbua de reviso):

    Conforme a NBR 10582, a tbua de reviso utilizada para registrar correes, alteraes e/ou acrscimos feitos no desenho. Busca registrar com clareza as informaes referentes ao que foi alterado de uma verso do desenho para outra.

    Deve conter, segundo a referida norma:

    Designao da reviso;

    Nmero do lugar onde a correo foi feita;

    Informao do assunto da reviso;

    Assinatura do responsvel pela reviso;

    Data da reviso.

    g. Aplicao de linhas em desenhos NBR 8403 Largura das linhas

    Corresponde ao escalonamento2, conforme os formatos de papel para desenhos tcnicos. Isto permite que na reduo e re-ampliao por microfilmagem ou outro processo de reproduo, para formato de papel dentro do escalonamento, se obtenham novamente as larguras de linhas originais, desde que executadas com canetas tcnicas e instrumentos normalizados.

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    A relao entre as larguras de linhas largas e estreita no deve ser inferior a 2.

    As larguras das linhas devem ser escolhidas, conforme o tipo, dimenso, escala e densidade de linhas no desenho, de acordo com o seguinte escalonamento: 0,13(1); 0,18(1); 0,25; 0,35; 0,50; 0,70; 1,00; 1,40 e 2,00 mm.

    Para diferentes vistas de uma pea, desenhadas na mesma escala, as larguras das linhas devem ser conservadas.

    Espaamento entre linhas. O espaamento mnimo entre linhas paralelas (inclusive a representao de hachuras) no deve ser menor do que duas vezes a largura da linha mais larga, entretanto recomenda-se que esta distncia no seja menor do que 0,70 mm.

    (1) As larguras de trao 0,13 e 0,18 mm so utilizadas para originais em que a sua reproduo se faz em escala natural. No recomendado para reprodues que pelo seu processo necessite de reduo.

    I- REPRESENTAO EM CORES - CONVENO

    Na representao de uma reforma indispensvel diferenciar muito bem o que existe e o que ser demolido ou acrescentado. Estas indicaes podem ser feitas usando as seguintes convenes:

    obs. Essa pintura deve ser feita , na cpia heliogrfica , contnua e em tom suave; ou diretamente no desenho feito com o AUTOCAD .

    Cdigo de cores em canetas tcnicas.

    As canetas devem ser identificadas com cores de acordo com as larguras das linhas, conforme segue abaixo:

    a) 0,13 mm - lils; b) 0,18 mm - vermelha; c) 0,25 mm - branca;

    d) 0,35 mm - amarela; e) 0,50 mm - marrom; f) 0,70 mm - azul;

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    g) 1,00 mm laranja; h) 1,40 mm - verde; i) 2,00 mm - cinza.

    Tipos de linha

    Linha Denominao Aplicao geral

    A Contnua Larga A1 Contornos visveis

    A2 Arestas visveis

    B Contnua Estreita B1Linha de interseo imaginria

    B2 Linha de cota

    B3 Linhas auxiliares

    B4 Linhas de chamada

    B5 Hachuras

    B6 Contornos de sees rebatidas na

    prpria vista

    B7 Linhas de centro curtas

    C Contnua Estreita a mo livre(A) C1 Limite de vistas ou cortes parciais ou

    interrompidas se o limite no coincidir

    com linhas, traos ou pontos

    D Contnua estreita em zig zag(A) D1 esta linha destina-se a desenhos

    confeccionados por mquinas

    E Tracejada larga(A) E1 Contornos no visveis

    E2 Arestas no visveis

    F Tracejada estreita(A) F1 Contornos no visveis

    F2 Arestas no visveis

    G Trao e ponto estreita G1 Linha de centro

    G2 Linha de simetria

    G3 Trajetria

    H Trao e ponto, larga nas extre- H1 Planos de corte

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    midades e nas mudanas de direo

    J Trao e ponto largo J1 Linhas ou superfcies com indicao

    Especial

    K Trao e dois pontos estreita K1 Contornos de peas adjacentes

    K2 Posio limite de peas mveis

    K3 Limite de centro de gravidade

    K4 Cantos antes da conformao

    K5 Detalhes situados antes do plano de Corte.

    (A) Se existirem duas alternativas em um mesmo desenho, s deve ser aplicada uma opo.

    h. Cotagem NBR 10126Representao grfica no desenho da caracterstica do elemento, atravs de linhas, smbolos,

    notas e valor numrico numa unidade de medida.

    - Funcional: Essencial para a funo do objeto ou local

    - No funcional: No essencial para funcionamento do objeto

    - Auxiliar: Dada somente para informao. A cotagem auxiliar no influi nas operaes de produo ou de inspeo; derivada de outros valores apresentados no desenho ou em documentos e nela no se aplica tolerncia

    - Elemento: Uma das partes caractersticas de um objeto, tal como uma superfcie plana, uma superfcie cilndrica, um ressalto, um filete de rosca, uma ranhura, um contorno etc.

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    - Produto acabado: Objeto completamente pronto para montagem ou servio, sendo uma configurao executada conforme desenho. Um produto acabado pode tambm ser uma etapa pronta para posterior processamento (por exemplo: um produto fundido ou forjado).

    Existem dois mtodos de cotagem a serem seguidos, mas somente um deles dever ser adotado num mesmo desenho.

    a) mtodo 1:- as cotas devem ser localizadas acima e paralelamente s suas linhas de cotas e preferivelmente no centro. Exceo pode ser feita onde a cotagem sobreposta utilizada

    As cotas devem ser escritas de modo que possam ser lidas da base e/ou lado direito do desenho. Cotas em linhas de cotas inclinadas devem ser escritas ao lado da linha de cota e com o nmero numa posio de modo a facilitar seu entendimento.

    Na cotagem angular traamos o arco e utilizamos como linha de cota.

    b) Mtodo 2:- as cotas devem ser lidas da base da folha de papel. As linhas de cotas devem ser interrompidas, preferivelmente no meio, para inscrio da cota.

    Cotas fora de escala (exceto onde a linha de interrupo for utilizada) deve ser sublinhada com linha reta com a mesma largura da linha do algarismo.

    Os smbolos seguintes so usados com cotas para mostrar a identificao das formas e melhorar a interpretao de desenho. Os smbolos de dimetro e de quadrado podem ser omitidos quando a forma for claramente indicada. Os smbolos devem preceder cota

    Desenho Geomtrico

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    Vamos comear nossos estudos refletindo um pouco sobre o significado de cada uma das palavras que compem o ttulo dessa unidade: Desenho e Geometria. O Desenho definido como a expresso grfica da forma. Todas as coisas que conhecemos e que estamos habituados a ver, como os animais, as plantas, os mveis, as caixas, as casas, tudo, enfim, se apresenta aos nossos olhos como formas geomtricas. Umas mais, outras menos definidas, mas, no fim das contas, so todas formas que podem ser associadas formas geomtricas. Quando desenhamos um objeto, estamos representando graficamente a sua forma, respeitando as propores e medidas que definem tal objeto.

    J Geometria significa "medida da Terra". Tal expresso remonta do Antigo Egito, quando o fara Sesstris dividiu as terras entre os agricultores, demarcando os limites das reas que cada um teria para plantar. Ocorre que as boas terras egpcias para o plantio eram as que ficavam prximas s margens do Rio Nilo, que fornecia a gua necessria para a agricultura.

    Alm disso, todos os anos, na poca das cheias, as guas do rio inundavam as regies prximas ao leito e, quando baixavam ao nvel normal, as reas, antes alagadas, estavam fertilizadas e tornavam-se timas para um novo plantio. Porm, aps essa benfica inundao, eram feitas novas demarcaes das terras, a fim de redistribu-las entre os agricultores. Desse modo, os egpcios tiveram que desenvolver mtodos que permitissem realizar medidas das terras, isto , eles realizavam geometria.

    Com o passar dos tempos, o significado da palavra deixou de se limitar apenas s questes referentes terra, passando a abranger o estudo das propriedades das figuras ou corpos geomtricos.

    Assim sendo, podemos definir o Desenho Geomtrico como a:

    "expresso grfica da forma, considerando-se as propriedades relativas sua extenso, ou seja, suas dimenses".

    Essas dimenses so as trs medidas que compem o nosso mundo tridimensional: o comprimento, a largura e a altura (ou a espessura em alguns casos ). Algumas formas apresentam apenas uma dessas dimenses: o comprimento. O ente geomtrico que traduz essa forma a linha. Quando um objeto apresenta duas dimenses, isto , um comprimento e uma largura, o ente geomtrico que o representa o plano. Temos a a idia de rea, de superfcie.

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    Finalmente, ao depararmo-nos com objetos que apresentam as trs dimenses, temos a idia do volume. Considerando agora as trs dimenses como infinitas, chegamos a outra idia: a da "extenso sem limites", ou seja, o espao geomtrico.

    O Espao Geomtrico pode ser comparado idia tradicional do espao csmico infinito, ressaltando-se aqui que sabido que outras teorias contestam esse modelo. No entanto, para a geometria tradicional fica valendo a velha idia. no Espao Geomtrico que se localizam os Entes Geomtricos, que, organizados daro formato s figuras ou Corpos Geomtricos.

    1- Entes Geomtricos:Os entes geomtricos so conceitos primitivos e no tm definio. atravs de

    modelos comparativos que tentamos explic-los. So considerados como elementos fundamentais da Geometria, e so:

    1.1 Ponto Conforme j dito, no tem definio. Alm disso, no tem dimenso. Graficamente, se expressa o ponto pelo sinal obtido quando se toca a ponta do lpis no papel. de uso represent-lo por uma letra maiscula ou algarismos, em alguns casos. Sua representao tambm se d pelo cruzamento de duas linhas, que podem ser retas ou curvas.

    1.2 Linha o resultado do deslocamento de um ponto no espao. Em desenho expressa graficamente pelo deslocamento do lpis sobre o papel. A linha tem uma s dimenso: o comprimento. Podemos interpretar a linha como sendo a trajetria descrita por um ponto ao se deslocar.

    1.3 O Plano outro conceito primitivo. Atravs de nossa intuio, estabelecemos modelos comparativos que o explicam, como: a superfcie de um lago com suas guas paradas, o tampo de uma mesa, um espelho, etc. esses modelos, devemos acrescentar a idia de que o plano infinito. O plano representado, geralmente, por uma letra do alfabeto grego.

    1.4 Reta Pelas caractersticas especiais deste ente geomtrico e sua grande aplicao em Geometria e Desenho, faremos seu estudo de forma mais detalhada a seguir

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    Vamos agora:- Definir reta e semi-retas;- Definir segmentos colineares e consecutivos;- Identificar a posio de uma reta e a posio relativa de duas retas.

    A reta no possui definio, no entanto, podemos compreender este ente como o resultado do deslocamento de um ponto no espao, sem variar a sua direo.

    A reta representada por uma letra minscula e infinita nas duas direes, isto , devemos admitir que o ponto j viesse se

    deslocando infinitamente antes e continua esse deslocamento infinitamente depois.

    Por um nico ponto passam infinitas retas, enquanto que, por dois pontos distintos, passa uma nica reta.

    Por uma reta passam infinitos planos.

    Da idia de reta, originam-se outros elementos fundamentais para o Desenho Geomtrico:

    SEMI-RETA: o deslocamento do ponto, sem variar a direo, mas tendo um ponto como origem. Portanto, a semi-reta infinita em apenas uma direo. Um ponto qualquer, pertencente a uma reta, divide a mesma em duas semi-retas.

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    Semi-reta de origem no ponto A e que passa pelo ponto B

    Semi-reta de origem no ponto C e que passa pelo ponto D

    Um ponto qualquer, pertencente a uma reta, divide a mesma em duas semi-retas.

    SEGMENTO DE RETA a poro de uma reta, limitada por dois de seus pontos. O segmento de reta , portanto, limitado e podemos atribuir-lhe um comprimento. O segmento representado pelos dois pontos que o limitam e que so chamados de extremidades. Ex: segmento AB, MN, PQ, etc.

    SEGMENTOS COLINEARES So segmentos que pertencem mesma reta, chamada de reta suporte.

    SEGMENTOS CONSECUTIVOS So segmentos cuja extremidade de um coincide com a extremidade de outro.

    RETAS COPLANARES So retas que pertencem ao mesmo plano.

    RETAS CONCORRENTES So retas co-planares que concorrem, isto , cruzam-se num mesmo ponto; sendo esse ponto comum s duas

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    2- POSIES DE UMA RETA:

    Horizontal: a posio que corresponde linha do horizonte martimo.

    Vertical: a posio que corresponde direo do fio de prumo (instrumento utilizado pelo pedreiro, com a finalidade de alinhar uma parede ou muro. Consiste em um barbante, contendo numa das extremidades um peso em forma de pingente, que, pela ao da gravidade, d a direo vertical).

    Oblqua ou Inclinada a exceo das duas posies anteriores, quer dizer, a reta no est nem na posio horizontal, nem na posio vertical.

    3- POSIES RELATIVAS ENTRE DUAS RETAS

    Perpendiculares So retas que se cruzam formando um ngulo reto, ou seja, igual a 90 (noventa graus).

    Paralelas So retas que conservam entre si sempre a mesma distncia, isto , no possuem ponto em comum.

    Oblquas ou Inclinadas So retas que se cruzam formando um ngulo qualquer, diferente de 90.

    4- Construes Geomtricas.Juntos, neste mdulo, desenvolveremos nossa habilidade em tcnicas geomtricas para:-

    Traar retas perpendiculares;- Traar retas paralelas;- Dividir um segmento de reta em segmentos proporcionais.

    4.1 TRAADO DE PERPENDICULARES

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    a. Perpendicular que passa por um ponto qualquer, pertencente a uma reta. Seja a reta r e o ponto A, pertencente mesma

    1) Centro (ponta seca do compasso) em A, abertura qualquer, cruza-se a reta com dois arcos, um para um lado e o outro para o outro lado, gerando os pontos 1 e 2.

    2) Centro em 1 e 2 com a abertura 1 2, suficiente para obter o cruzamento desses dois arcos, gerando o ponto 3.

    3) A perpendicular ser a reta que passa pelos pontos A e 3.

    Concluso: Ao centrarmos no ponto A e aplicarmos uma abertura no compasso, estamos estabelecendo uma distncia entre a ponta seca e a ponta que vai descrever o arco. Tal distncia representa o raio desse arco, que uma parte de uma circunferncia. As distncias (raios) A1 e A2 so, portanto, iguais. Quando centramos em 1 e 2, com a mesma abertura e, ao fazermos o cruzamento, determinamos o ponto 3, temos que as distncias 13 e 23 so iguais entre si. A combinao dos pares iguais de distncias (A1=A2 e 13=23) a prova dos nove da nossa construo.

    b. Perpendicular que passa por um ponto no pertencente a uma reta. Seja a reta r e o ponto B, no pertencente mesma

    1) Centro em B, abertura qualquer, suficiente para traar um arco que corte a reta em dois pontos: 1 e 2.

    2) Centro em 1 e 2, com a mesma abertura, cruzam-se os arcos, obtendo-se o ponto 3.

    3) A perpendicular a reta que passa pelos pontos B e 3.

    Concluso: Os raios B1 e B2 so iguais, da mesma maneira que 13 e 23. Da os pontos B e 3 definirem nossa perpendicular.

    c. Perpendicular que passa pela extremidade de um segmento de reta

    1 Mtodo: Seja o segmento de reta AB

    1) Centro em uma das extremidades, abertura qualquer, traa-se o arco que corta o segmento, gerando o ponto 1.

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    2) Com a mesma abertura, e com centro em 1, cruza-se o primeiro arco, obtendo-se o ponto 2.

    3) Centro em 2, ainda com a mesma abertura, cruza-se o primeiro arco, obtendo-se o ponto 3.

    4) Continuando com a mesma abertura, centra-se em 2 e 3, cruzando estes dois arcos e determinando o ponto 4.

    5) Nossa perpendicular a reta que passa pela extremidade escolhida e o ponto 4.

    Concluso: Nesta construo, mantemos a mesma abertura (raio) do compasso durante todo o processo. Dessa forma, as distncias entre a extremidade escolhida e os pontos 2 e 3 so iguais, assim como 24 e 34. A igualdade entre todas as distncias justifica o traado. Note ainda que a extremidade escolhida e os pontos 2, 4 e 3 formam um losango, figura geomtrica que estudaremos mais adiante.

    2 Mtodo: Basta lembrar que todo segmento de reta uma parte limitada de uma reta, que infinita. Assim sendo, podemos prolongar o segmento em qualquer uma de suas extremidades, raciocinando-se ento como se estivssemos trabalhando com uma reta e a extremidade do segmento como um ponto que pertence a esta mesma reta, o que nos leva ao caso a. (perpendicular que passa por um ponto qualquer, pertencente a uma reta), j estudado.

    3 Mtodo: Seja o segmento DE

    1) Numa regio prxima extremidade escolhida ( D, por exemplo ) assinala-se o ponto O.

    2) Centro em O, raio OD, traa-se uma circunferncia que cruza o segmento, determinando o ponto 1.

    3) Traa-se a reta que passa em 1 e em O, e que corta a circunferncia em 2.( Note que o segmento 12 representa o dimetro da circunferncia).

    4) A perpendicular a reta que passa pela extremidade escolhida (D) e o ponto 2.

    Concluso: Os pontos D, 1 e 2 formam um tringulo. O lado 12 deste tringulo tambm o dimetro da circunferncia que o circunscreve. O ponto D um ponto que pertence circunferncia. Portanto, nosso tringulo retngulo, o que torna vlida a soluo.

    d. Perpendicular que passa pelo ponto mdio de um segmento de reta (Mediatriz)

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    1) Centro em uma das extremidades, com abertura maior que a metade do segmento, traa-se o arco que percorre as regies acima e abaixo do segmento.

    2) Com a mesma abertura, centra-se na outra extremidade e cruza-se com o primeiro arco, nos pontos 1 e 2. A Mediatriz a reta que passa pelos pontos 1 e 2.

    Concluso: As distncias entre as extremidades do segmento e os pontos 1 e 2 so todas iguais, fazendo com que a reta que passa por 1 e 2, alm de ser perpendicular, cruze o mesmo exatamente no seu ponto mdio. Portanto, nossa mediatriz tem uma propriedade: dividir um segmento em duas partes iguais.

    4.2 TRAADO DE PARALELAS

    a. Caso geral: Paralela que passa por um ponto qualquer no pertencente a uma reta. Sejam a reta r e o ponto E, fora da reta.

    1) Centro em E, raio (abertura) qualquer, traa-se o arco que cruza a reta em 1.

    2) Com a mesma abertura, inverte-se a posio, ou seja, centro em 1, raio 1E, traa-se o arco que vai cruzar a reta no ponto 2. Com a ponta seca do compasso em 2, faz-se abertura at E, medindo-se, portanto esse arco.

    4) Transporta-se, ento, a medida do arco 2E a partir de 1, sobre o primeiro arco traado, obtendo-se o ponto 3.

    5) Nossa paralela a reta que passa pelos pontos 3 e E.

    b. Traado de uma paralela a uma distncia determinada de uma reta. Neste caso, temos que primeiramente estabelecer a distncia pretendida, o que equivale dizer que temos que determinar a menor distncia entre as retas, ento:

    1) Por um ponto qualquer (A) da reta, levanta-se um perpendicular (vide o caso especfico no estudo das perpendiculares).

    2) Sobre a perpendicular mede-se a distncia determinada (5 cm), a partir do ponto escolhido (A), obtendo-se o segmento de reta AB, igual a 5 cm.

    3) Procede-se, ento, como no caso anterior, pois temos, agora, uma reta e um ponto (B), fora desta, ou:

    4) Se, pelo ponto B, traarmos uma perpendicular reta que contm esse segmento, ela ser paralela primeira reta.

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    4.3 DIVISO DE UM SEGMENTO DE RETA EM UM NMERO QUALQUER DE PARTES IGUAIS

    Seja o segmento de reta AH. Vamos dividi-lo em 7 partes iguais.

    1) Por uma das extremidades, traamos uma reta com inclinao aproximada de 30.

    2) Atribui-se uma abertura no compasso e aplica-se essa distncia sobre a reta inclinada o nmero de vezes em que vamos dividir o segmento (7 vezes).

    3) Enumeramos as marcaes de distncias a partir da extremidade escolhida.

    4) A ltima marcao (n 7) unida outra extremidade.

    5) Atravs do deslizamento de um esquadro sobre o outro, passando pelas demais divises, mas sempre alinhado pela ltima diviso (no nosso exemplo a de n 7), o segmento dividido em partes iguais.

    4.4 NGULOS:

    Com este estudo estaremos aptos a: Construir e medir ngulos com o transferidor; Classificar ngulos quanto a abertura e a posio; Construo de ngulos com o compasso.

    ngulo a regio do plano limitada por duas semi-retas distintas, de mesma origem.

    4.4.1 ELEMENTOS:

    -V Vrtice: o ponto de origem comum das duas semi-retas.

    - L Lado: Cada uma das semi-retas.

    - A Abertura: a regio compreendida entre as duas semi-retas. Ela define a regio angular, que a regio que delimita o prprio ngulo.

    4.4.2 REPRESENTAO:

    , ou ainda uma letra grega.

    4.4.3 MEDIDA DE NGULOS:

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    A unidade de medida mais usada para medir ngulos o grau, cujo smbolo . Um grau corresponde diviso da circunferncia em 360 partes iguais. Seus submltiplos so: o minuto e o segundo, cujas relaes so: 1=60 e 1=60. Os ngulos so medidos atravs de um instrumento chamado transferidor.

    4.4.4 CONSTRUO E MEDIDA DE NGULOS COM O TRANSFERIDOR:

    O transferidor pode ser de meia volta (180) ou de volta completa (360) e composto dos seguintes elementos:

    - Graduao ou limbo: corresponde circunferncia ou semicircunferncia externa, dividida em 180 ou 360 graus.

    - Linha de f: segmento de reta que corresponde ao dimetro do transferidor, passando pelas graduaes 0 e 180.

    - Centro: corresponde ao ponto mdio da linha de f.

    Para traarmos ou medirmos qualquer ngulo devemos:

    a) Fazer coincidir o centro do transferidor com o vrtice do ngulo.

    b) Um dos lados do ngulo deve coincidir com a linha de f, ajustado posio 0.

    c) A contagem feita a partir de 0 at atingir a graduao que corresponde ao outro lado (caso da medio) ou valor que se quer obter (caso da construo).

    d) Neste ltimo caso, marca-se um ponto de referncia na graduao e traa-se o lado, partindo do vrtice e passando pelo ponto.

    e) Completa-se o traado com um arco com centro no vrtice e cortando os dois lados com as extremidades em forma de setas. Ento, escreve-se o valor do ngulo neste espao, que corresponde sua abertura.

    Obs.: Este ltimo passo (item e) de suma importncia, pois indica a regio que representa o ngulo (regio angular).

    Veremos em seguida alguns exemplos de medidas de ngulos com o transferidor.

    Observe que o processo o mesmo, tanto para a medio, quanto para a construo e, com o transferidor, podemos construir ou medir qualquer ngulo, qualquer que seja a sua abertura.

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    Vejamos ento os exemplos e em seguida voc pode criar os seus prprios, observando os mesmos procedimentos. Vamos l, ento!

    ngulo 105 ngulo 55 ngulo 90

    4.4.5 CLASSIFICAO:

    4.4.5.1. Quanto abertura dos lados:

    a) Reto: Abertura igual a 90 b) Agudo: Abertura menor que 90

    c) Obtuso: Abertura maior que 90 d) Raso: Abertura igual a 180

    e) Pleno: Abertura igual a 360 f) Nulo: Abertura igual a 0

    g)Congruentes: Dois ou mais ngulos so congruentes quando tm aberturas iguais.

    4.4.5.2. Quanto posio que ocupam:

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    a) ngulo Convexo: Abertura maior que 0 e menor que 180

    b)ngulo Cncavo: Abertura maior que 180 e menor que 360

    4.4.6 POSIES RELATIVAS DOS NGULOS:

    a) ngulos consecutivos: Quando possuem em comum o vrtice e um dos lados.

    b) ngulos adjacentes: So ngulos consecutivos que no tm pontos internos comuns.

    c) ngulos opostos pelo vrtice: ngulos congruentes cujos lados so semi-retas opostas.

    d) ngulos complementares: Dois ngulos so complementares quando a soma de suas medidas igual a 90.

    e) ngulos suplementares: Dois ngulos so suplementares quando a soma de suas medidas igual a 180.

    4.4.7 TRANSPORTE DE NGULOS:

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    Transportar um ngulo significa construir um ngulo congruente a outro, utilizando-se o compasso:

    a) Centra-se no vrtice do ngulo que se vai transportar e, com abertura qualquer se descreve um arco que corta os dois lados do ngulo, gerando os pontos 1 e 2.

    b) Traa-se um lado do ngulo a ser construdo, definindo o seu vrtice.

    c) Com a mesma abertura do compasso e centro no vrtice do segundo ngulo, descreve-se um arco, igual ao primeiro e que corta o lado j traado, definindo um ponto que corresponde ao ponto 1 do primeiro ngulo.

    d) Volta-se ao primeiro ngulo e mede-se a distncia entre os pontos 1 e 2, com o compasso.

    e) Aplica-se esta distncia no segundo ngulo a partir do ponto correspondente ao ponto 1 sobre o arco j traado, definindo o ponto correspondente ao ponto 2.

    f) A partir do vrtice e passando pelo ponto 2, traa-se o outro lado do ngulo.

    Comentrio: note que realizamos, nesta construo, dois transportes de distncias. Primeiro a distncia que correspondia ao arco no primeiro ngulo. Depois, a que correspondia distncia entre os pontos 1 e 2. Tudo isso feito com a utilizao do compasso.

    4.4.8 BISSETRIZ DE UM NGULO:

    a reta que, passando pelo vrtice, divide um ngulo em duas partes iguais.

    Traado da bissetriz:

    a) Ponta seca no vrtice do ngulo, abertura qualquer, descreve-se um arco que corta os dois lados do ngulo, definindo os pontos 1 e 2.

    b) Centro em 1 e 2, com a mesma abertura; cruzam-se os arcos, gerando o ponto 3.

    c) A bissetriz a reta que passa pelo vrtice e pelo ponto 3.

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    4.4.9 CONSTRUO DE NGULOS COM O COMPASSO:

    a) 90

    Traa-se um lado, definindo-se o vrtice e, por este, levanta-se uma perpendicular. Temos ento o ngulo de 90.

    b)45

    Traa-se um ngulo de 90 e em seguida sua bissetriz, obtendo-se assim duas partes de 45.

    c) 60

    Traa-se um lado, posicionando-se o vrtice. Centro no vrtice, abertura qualquer, traa-se um arco que corta o lado j traado, definindo o ponto 1. Centro em 1, com a mesma abertura, cruza se o arco j traado, obtendo-se o ponto 2. Partindo do vrtice e passando pelo ponto 2, traamos o outro lado do ngulo.

    d)30

    Traa-se um ngulo de 60 e em seguida a sua bissetriz.

    e) 15

    Traa-se um ngulo de 60 e em seguida a sua bissetriz, obtendo-se 30. Traamos, ento a bissetriz de 30, chegando aos 15.

    f) 120

    Traa-se um lado, posicionando-se o vrtice. Centro no vrtice, abertura qualquer, traa-se um arco que corta o lado j traado, definindo o ponto 1. Centro em 1, com a mesma abertura, cruza se o arco j traado, obtendo-se o ponto 2. Centro em 2, ainda com a mesma abertura, cruza-se o arco, obtendo-se 3. Partindo do vrtice e passando pelo ponto 3, traa-se o outro lado do ngulo.

    g) 150

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    Procede-se como no traado do ngulo de 120, at definir o ponto 3. Com centro em 3 e ainda com a mesma abertura sobre o mesmo arco obtm-se o ponto 4. Este ponto (4), unido ao vrtice, forma 180. Como j vimos, o ponto 3 e o vrtice formam 120; logo, entre 3 e 4, temos 60. Traando-se a bissetriz entre 3 e 4, obteremos 30 que, somados aos 120, nos daro os 150.

    h) 105

    J vimos que o traado de 120 como se trassemos 60 mais 60. Pois bem; um desses 60, pelo traado da bissetriz pode ser dividido em dois de 30. E, de dois de 30, podemos obter quatro de 15. Assim, subtraindo-se um desses 15 de 120, chegamos a 105.

    i) 75

    Pelo mesmo raciocnio anterior. S que agora somamos 15 a 60, obtendo-se 75.

    j) 135

    Um ngulo de 45, adjacente a um ngulo de 90 totalizar 135.

    4.5 TRINGULOS:

    O estudo dos tringulos nos permitir:- Definir e classificar tringulos;- Traar as linhas notveis dos tringulos;- Determinar as intersees das linhas notveis dos tringulos.

    A) DEFINIO:

    So os polgonos de trs lados.

    B) ELEMENTOS:

    - Lados: AB, BC e AC

    - Vrtices: A, B e C

    - ngulos: , e

    C) CLASSIFICAO:

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    1. Quanto aos lados:

    a) Eqiltero: o tringulo que tem os trs lados iguais e trs ngulos de 60.

    b) Issceles: o tringulo que tem dois lados iguais e um diferente, chamado de base.

    Obs.: A rigor, qualquer lado pode ser chamado de base do tringulo. Geralmente, chamamos de base ao lado que traamos na posio horizontal, o que no uma regra geral. No entanto, no tringulo issceles, essa denominao identifica o lado diferente.

    c) Escaleno: o tringulo que tem os trs lados e os trs ngulos diferentes.

    2. Quanto aos ngulos: Lembrando que a soma dos ngulos internos de um tringulo sempre 180

    a) Tringulo retngulo: o tringulo que possui um ngulo reto.

    b) Tringulo acutngulo: o tringulo que possui os trs ngulos agudos (menores que 90).

    c) Tringulo obtusngulo: o tringulo que tem um ngulo obtuso (maior que 90).

    Projeto Arquitetnico

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    1- SISTEMAS DE REPRESENTAO GRFICA As projees ortogonais da geometria descritiva so usadas no desenho arquitetnico apenas

    mudando os termos tcnicos.

    Um objeto pode ficar claramente representado por uma s vista ou projeo (ex. lmpada incandescente). Outros ficaro bem mais representados por meio de trs

    projees ou vistas.

    Haver casas ou objetos que somente sero definidos com o uso de maior numero de vistas , como mostra a fig. abaixo.

    As Normas Brasileiras NB- 8R estabelecem a conveno usada tambm pelas normas italianas , alems , russas e outras , em que se considera o objeto a representar envolvido por um cubo . O objeto projetado em cada uma das seis faces do cubo e , em seguida , o cubo aberto ou planificado , obtendo-se as seis vistas .

    A vista de frente tambm chamada de elevao, a qual deve ser a vista principal. Por esta razo , quando se pensa obter as vistas ortogrficas de um objeto , conveniente que se faa uma analise criteriosa do mesmo , a fim de que se eleja a melhor posio para a vista de frente .

    Para essa escolha, esta vista deve ser :

    a. Aquela que mostre a forma mais caracterstica do objeto;

    b. A que indique a posio de trabalho do objeto , ou seja como ele encontrado , isoladamente ou num conjunto

    c. Se os critrios acima continuarem insuficientes , escolhe -se a posio que mostre a maior dimenso do objeto e possibilite o menor numero de linhas invisveis nas outras vistas .

    Na obteno das vistas, os contornos e arestas visveis so desenhados com linha grossa continua.

    As arestas e contornos que no podem ser vistos da posio ocupada pelo observador, por estarem ocultos pelas partes que lhe ficam frente , so representados por linha mdia tracejada ( linha invisvel ).

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    2- SMBOLOS GRFICOS

    O desenho arquitetnico, por ser feito em escala reduzida e por abranger reas relativamente grandes, obrigado a recorrer a smbolos grficos . Assim utilizaremos as simbologias para definir ,como por exemplo , as paredes , portas , janelas , louas sanitrias , telhas , concreto ...

    I . PAREDES

    Normalmente as paredes internas so representadas com espessura de 15 cm , mesmo que na realidade a parede tenha 14 cm ou at menos . Nas paredes externas o uso de paredes de 20 cm de espessura o recomendado mas no obrigatrio. , no entanto obrigatrio o uso de paredes de 20 cm de espessura quando esta se situa entre dois vizinhos ( de apartamento , salas comerciais ... ). Convenciona-se para paredes altas ( que vo do piso ao teto ) trao grosso contnuo , e para paredes a meia altura , com trao mdio contnuo , indicando a altura correspondente .

    II. PORTAS

    1. Porta interna - Geralmente a comunicao entre dois ambientes no h diferena de nvel , ou seja esto no mesmo plano , ou ainda , possuem a mesma cota .

    2. Porta externa - A comunicao entre os dois ambientes ( externo e interno ) possuem c cotas diferentes , ou seja o piso externo mais baixo . Nos banheiros a gua alcana a parte inferior da porta ou passa para o ambiente vizinho; os dois inconvenientes so evitados quando h uma diferena de cota nos pisos de 1 a 2 cm pelo menos . Por esta razo as portas de sanitrios desenham se como as externas .

    2. Outros tipos de porta: - De correr ou corredia

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    - Porta pantogrfica

    - Porta pivotante

    - Porta Basculante

    - Porta de enrolar

    III . JANELAS

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    O plano horizontal da planta corta as janelas com altura do peitoril at 1.50m, sendo estas representadas conforme a figura abaixo , sempre tendo como a primeira dimenso a largura da janela pela sua altura e peitoril correspondente . Para janelas em que o plano horizontal no o corta, a representao feita com linhas invisveis.

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    V. MOVEIS - SALA/QUARTO/COZINHA

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    VI. NA REA DE SERVIO

    VIII. CONCRETO

    As sees das lajes de piso ou cobertura , assim como sees de vigas , sapatas das fundaes etc., de concreto, devero ser pintadas de verde ou recorrer aos smbolos grficos.

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    IX. CONVENO PARA REFORMA:

    Alvenaria

    Parede a ser construda

    Parede existente

    Parede a ser demolida

    Divisria

    Existente

    Adquirir e instalar

    Retirar

    Remanejada

    Mobilirio

    A ser retirado

    A ser acrescentado

    X. CONVENES PARA INSTALAES

    Inicio e final de linha lgica

    Caixa sada de lgica

    Caixa de derivao de lgica

    Folga de cabo lgico

    Quadro de distribuio

    _________ Eletroduto para eltrica

    _ . _ . _ . _ . Eletroduto lgica

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    Tomada universal trs pinos

    Tomada universal dupla

    Caixa de passagem

    Haste de aterramento com caixa de inspeo

    Ponto telefnico

    Tomada baixa h=30 cm

    Tomada mdia h=115 cm

    Tomada alta h= 220 cm

    Tomada ar condicionado de janela

    Ponto de alarme

    XI OUTRAS CONVEES

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    3- MONTAGEM GRFICA DE UM PROJETOO projeto relativo a qualquer obra de construo, reconstruo, acrscimo e modificao de edificao, constar, conforme a prpria natureza da obra que se vai executar, de uma srie de desenhos:

    1. Plantas cotadas de cada pavimento, do telhado e das dependncias a construir, modificar ou sofrer acrscimo. Nessas plantas devem ser indicados os destinos e reas de cada compartimento e suas dimenses.

    2. Desenho da elevao ou fachada ou fachadas voltadas para vias pblicas. Num lote de meio de quadra obrigatrio a representao de apenas uma fachada . No caso de lote de esquina obrigatrio a representao de pelo menos duas fachadas .

    3. A planta de situao em que seja indicado:

    a. Posio do edifcio em relao s linhas limites do lote

    b. Orientao em relao ao norte magntico

    c. Indicao da largura do logradouro e do passeio , localizando as rvores existentes no lote e no trecho do logradouro , poste e outros dispositivos de servios de instalaes de utilidade publica .

    4. Cortes longitudinais e transversais do edifcio projetado. No mnimo representa-se 2 cortes , passando principalmente onde proporcione maiores detalhes ao executor da obra ou dos projetos complementares.

    5. Escalas mais utilizada:

    a. Planta baixa ..............1:50

    b. Cortes........................1:50

    c. Fachadas....................1:50

    d. Situao.....................1:200 / 1: 500

    e. Localizao................1:1000 / 1:2000 f. Cobertura...................1:100

    g. Detalhes.....................1:10 / 1:20 / 1:25

    obs: A escala no dispensar a indicao de cotas .

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    I. PLANTA BAIXA

    a seo que se obtm fazendo passar um plano horizontal paralelo ao plano do piso a uma altura tal que o mesmo venha cortar as portas , janelas , paredes etc.

    Para representao da planta devemos observar os seguintes itens a seguir:

    a. Representao das paredes ( altas com trao grosso contnuo , e paredes baixas com trao mdio continuo com a altura correspondente ) ;

    b. Colocar todas as cotas necessrias ;

    c. Indicar as reas correspondentes de cada compartimento , em m2 .

    d. Colocar o tipo de piso de cada compartimento ;

    e. Indicar as portas e janelas com suas medidas correspondentes ( base x altura) de acordo com a simbologia adotada ;

    f. Representar piso cermico ou similar com quadrculas ( linha fina ) ;

    g. Indicar desnveis se houver ;

    h. Representar todas as peas sanitrias , tanque , pia de cozinha ( obrigatrio )

    i. Com linha pontilhada, indicar o beiral ( linha invisvel );

    j. Indicar onde passam os cortes longitudinal e transversal ( trao e ponto com linha grossa )e o sentido de observao , colocando letras ou nmeros que correspondem aos cortes ;

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    sugesto de

    Elemento a representar Tipo de linha

    espessura

    pena (mm) na

    escala 1:50

    Estrutura e alvenaria em corte contnua larga 1 0,6Elementos no estruturais em contnua mdia 0,3corte Elementos em vista contnua estreita 0,15Arestas invisveis tracejada estreita 0,15Marcao do plano de corte trao ponto larga 2 1Linhas auxiliares

    hachuras especficas contnuaestreita 2 0,1

    quadriculados de piso frio arcos de abertura das portas

    tracejada (usual)

    Elementos aqum do plano de

    Trao-dois-pontos 0,15

    fundo (NORMA) estreita algarismos das cotas contnua estreita 0,15

    II- CORTES

    As sees ou cortes so obtidas por planos verticais que interceptam as paredes, janelas, portas e lajes com a finalidade de permitir esclarecimentos que venham facilitar a execuo da obra .

    Devemos passar um dos cortes por um dos compartimentos ladrilhados e cujas paredes sejam revestidas por azulejos ( mnimo 1,50 m ) .

    Na maioria dos casos somos obrigados a mudar a direo do plano da seo a fim de mostrar um maior numero de detalhes, evitando assim novas sees.

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    Para a representao do corte necessrio observar os seguintes itens:

    a. Representao das paredes em que o plano vertical est cortando com trao grosso ;

    b. Representao das paredes em que o plano vertical no corta , com trao fino ;

    c. Representao de portas e janelas conforme a simbologia adotada , com as devidas medidas ( altura )

    d. Indicao somente das cotas verticais , indicando alturas de peitoris , janelas, portas , p direito , forro ...

    e. Representao da cobertura (esquemtica )

    f. Representao e indicao do forro . Se for laje a espessura de 10 cm .

    g. Representao esquemtica da fundao com o lastro de 10 cm

    h. Indicao de desnveis se houver ( verificar simbologia )

    i. Indicar revestimento ( azulejos ) com a altura correspondente

    j. Indicar os compartimentos que o plano vertical est cortando ( geralmente indica-se um pouco acima do piso )

    k. Indicar o desvio do corte , quando houver ,atravs de trao e ponto com linha mdia.

    l. Indicar o beiral , platibandas , marquises , rufos e calhas se houver necessidade

    m. Indicar o tipo de telha e a inclinao correspondente

    O corte obtido atravs da passagem do plano vertical pela edificao, dividindo-o em duas partes. Escolhe-se a parte onde se quer detalhar o corte, eliminando a outra parte. O corte vertical corta a edificao desde a sua fundao at a sua cobertura, como mostra a figura:

    III - FACHADA

    Fachada ou elevao considerada uma vista frontal da obra ; ou seja , como se passasse um plano vertical rente obra e se observasse do infinito , assim o desenho no seria tridimensional e sim bidimensional ( planificado ). Para a representao da fachada necessrio observar:

    a. A fachada no deve constar cotas como no corte , somente em alguns casos excepcionais.

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    b. Indicar atravs de setas o tipo de material a ser empregado no revestimento , pintura ... (se quiser)

    c. Desenhar as paredes mais prximas ao observador com trao grosso contnuo

    d. Desenhar as paredes ou partes mais distantes ao observador com trao mdio e fino

    e. Ao contrrio do corte, na fachada so representados detalhes das portas e janelas com trao fino

    IV- COBERTURA

    A planta de cobertura uma vista superior da obra necessitando assim a representao de todos os detalhes relativos coberta , como:

    - Tipo de telha;

    - Inclinao correspondente ao tipo de telha,

    -Se houver, indicar beiral, platibanda , rufos , marquises ...

    -Determinar as cotas parciais e totais da edificao.

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    V- SITUAO

    a- Para locar uma obra necessrio representar o local exato onde ela ocupar no lote . Para isso necessita - se da obteno de dados na prefeitura como os recuos frontal, laterais e fundos.

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    b- Representa-se a projeo da obra sem contar com os beirais;

    c- Representar todas as cotas necessrias.

    d- necessrio a representao da calada (tipo de material);

    e- O nome da rua que passa na frente da obra; f- Indicao do norte magntico; g- Locao de fossas, caixas de gordura, caixas de inspeo, ou sada para o esgoto publico,

    rvores (se houver) ;

    h- Localizao da entrada de energia eltrica e gua.i- Cotas de nvel (meio fio, calada, obra...)

    j- Indicao da localizao do lixo

    VI - LOCALIZAO

    a- a representao do lote dentro da quadra. b- necessrio indicar e numerar todos os lotes da quadra, ressaltando-se o lote em questo,

    assim como o seu numero e o numero da quadra.

    c- Colocar os nomes de todas as ruas que circundam a quadra,

    d- Indicar tambm o norte magntico.

    obs. cotado somente o lote em questo .

    VII- TITULO

    O ttulo do projeto geralmente a finalidade da obra, ou seja, se a construo para fins residenciais, comerciais, assistncias, religiosos...,seguido da localizao da obra ( lote / quadra / bairro / cidade /estado )

    Ex.: Projeto destinado a construo de uma residncia em alvenaria, situado sobre o lote X, quadra Y, bairro W, Cidade/Estado.

    VIII- ESTATSTICA

    A estatstica do projeto geralmente colocada pouco acima da legenda, se possvel. Nela colocamos:

    a. rea do lote em m2

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    b. rea da construo ( trreo , superiores ... , todos em separado ) em m2;

    c. rea total da construo em m2

    d. coeficiente de aproveitamento = rea da construo total : rea do lote

    e. Taxa de ocupao = ( rea da construo trrea : rea do lote ) x 100 %

    Obs.: Caso haja construes existentes, indicar tambm a rea correspondente com o respectivo nmero do protocolo de aprovao.

    4- Memorial descritivo:Memorial descritivo tem como objetivo descrever detalhadamente o objeto do memorial,

    sendo observado nos mais diversos segmentos tais como: Construo civil, Arquitetura, Projetos eltricos, Agrimensura, Magistrio, Projetos espaciais, etc.

    O memorial descritivo detalha todo o projeto desde sua execuo at o acabamento, passando por especificao dos materiais e serem utilizados, tipos de equipamentos empregados, detalhes construtivos, etapas de construo, etc. Tudo o que seja pertinente perfeita descrio da obra.

    Com o memorial descritivo o leitor dever ter uma perfeita viso de todo o processo de execuo da obra.

    Em nosso caso o foco do memorial descritivo ser descrever de maneira clara e detalhada: Situao do imvel; Tempo de construo; Estado de conservao; Tipos de matrias empregados; Danos ou desgastes; Tipos de acabamento; Todo e qualquer detalhe que o diferencie. De maneira que o leitor tenha a clara viso do imvel sem ter que necessariamente v-lo.

    Ressalto ainda que na elaborao do memorial descritivo seu executor tenha em mente o objetivo de tal solicitao para atentar aos detalhes pertinentes ao foco do memorial. (Ex. Memorial para fins de partilha judicial, memorial para fins de locao, memorial para fins comerciais, etc.).

    Abaixo segue um exemplo de parte de um memorial descritivo que acompanhou um projeto arquitetnico em sua implantao.

    OBRA : HABITAO UNIFAMILIAR

    LOCALIZAO: XXXXXXXXXXXX

    REA : XXXXX m2

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    PROPRIETRIO: Nome do proprietrio

    RESP. TCNICO: Nome do Engenheiro Civil

    GENERALIDADES:

    O presente memorial tem por objetivo detalhar os servios, material e acabamento relativos a obra em questo.

    O projeto constitudo por 04 documentos:

    A - 01 / 03 - SITUAO E LOCALIZAO

    A - 02 / 03 - PLANTA BAIXA , CORTES E FACHADA

    A - 03 / 03 - FACHADAS MD - 01 /0 1 -

    MEMORIAL DESCRITIVO - CARACTERSTICAS DA CONSTRUO:

    A residncia constituda por:

    SETOR SOCIAL: varanda, hall, estar, jantar, lavabo.

    SETOR DE SERVIO: cozinha, rea de servio e circulao.

    SETOR NTIMO: sute e dormitrios.

    FUNDAES: As fundaes sero executadas com micro-estacas, conforme projeto especfico e respaldadas por vigas de concreto, armadas para receberem pilares e vigas de fundao. Formas: A madeira a ser utilizada nas formas dever ter a resistncia necessria ao que se destina, sendo armadas de forma a ficarem completamente estanques, afim de evitar a fuga da nata de cimento. Armaduras: Antes da colocao das armaduras nas formas, ser procedida rigorosa limpeza das mesmas. Ser observado o recobrimento bem como o espaamento dentro das formas. Concretagem: A concretagem de qualquer pea individualmente ser processada em operao contnua, sem interrupo, a fim de evitar juntas de concretagem. A colocao do concreto ser sempre concluda antes da pega do cimento, seja qual for o trao e o cimento empregados, vibrando-se fortemente para obter um acabamento de boa qualidade.

    PAREDES: As paredes sero de alvenaria executadas com tijolo de barro comum. Sero respeitados os alinhamentos e espessuras do projeto arquitetnico. Sero deixados tacos de madeira para posterior fixao das esquadrias. As vergas sero executadas tendo em vista o vo das aberturas e o detalhamento das esquadrias.

    COBERTURA: A cobertura ser executada em telha de barro tipo romana redonda, estruturada em guias de madeira, devendo as mesmas serem colocadas com inclinao de 35%. Os condutores pluviais sero em tubos de PVC rgido dimensionados de acordo com as normas brasileiras.

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    FORRO: A laje ser rebocada e filtrada. No haver laje nas varandas, garagem e beirados. As partes que ficaro vista recebero forro de lambri de madeira.

    REVESTIMENTO INTERNO

    ESTAR, JANTAR, CIRCULAO E DORMITRIOS: As paredes internas recebero reboco de cimento, cal e areia mista.

    COZINHA: Sero aplicados azulejos de boa qualidade com juntas palitadas e uniformes at o teto.

    BANHEIRO: Sero aplicados azulejos de boa qualidade com juntas palitadas e uniformes at o teto apenas na parte interna do box. Nas demais paredes sero aplicados a altura de 0,80 m. LAVABO: Ser aplicada textura acrlica com desempenadeira de ao obtendo-se o efeito riscado.

    REVESTIMENTO EXTERNO

    As paredes externas sero revestidas com textura acrlica e espalhadas com desempenadeira de ao obtendo-se o efeito riscado, recebendo depois o acabamento em pintura acrlica. As paredes da garagem e da varanda que ficam nas divisas recebero cada uma seis tijolos de vidro (dois a dois), para efeito de iluminao.

    PISO HALL, ESTAR, JANTAR, CIRCULAO : O piso ser revestido com cermica de boa qualidade com juntas palitadas e uniformes.

    LAVABO, COZINHA E BANHEIROS: O piso ser revestido com cermica de boa qualidade com juntas palitadas e uniformes combinando com o azulejo escolhido.

    DORMITRIOS E CIRCULAO DO 2 PAVIMENTO: O piso ser preparado para receber assoalho laminado tipo tbua corrida.

    ESCADA: A escada ser de madeira de lei, respeitando as medidas conforme projeto arquitetnico.

    ESQUADRIAS: As esquadrias sero de madeira seca e de boa qualidade. As portas internas sero do tipo semi - ocas com marcos e guarnies em madeira. As portas externas sero do tipo macia com marcos e guarnies em madeira.

    INSTALAO HIDRO - SANITRIAS: Devero seguir rigorosamente o projeto especfico, respeitando as normas vigentes. Todas as tubulaes , tanto de gua como esgoto, sero de PVC. O sumidouro ser executado em alvenaria de tijolo macio tramado e drenado por camada de brita n 1 com 5 cm de espessura. Sua cobertura ser com laje de concreto armado com ferro 5,00 mm, com 7 cm de espessura.

    INSTALAO ELTRICA: Devero seguir rigorosamente o projeto especfico, respeitando as normas vigentes. Sero utilizados eletrodutos de PVC, totalmente embutidos nas alvenarias e laje. Todo e qualquer material empregado na execuo desta obra dever ser de primeira qualidade para garantir total segurana e bom acabamento.

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    PINTURA PAREDES INTERNAS: Tinta PVA sobre parede devidamente lixada e limpa.

    PAREDES EXTERNAS: Tinta acrlica em duas demos ou tantas quantas forem necessrias, aplicada sobre base devidamente limpa.

    ABERTURAS: Ser aplicada duas demos de selador pigmentado

    Eng. xxxxx CREA xxxxxxx

    RESPONSVEL TCNICO ENG. CIVIL CREA

    PROPRIETRIO

    5- Estudo de loteamento, Desmembramento e Desdobro.Disposto por lei federal n. 6.766/79 , o parcelamento do solo urbano somente pode ser levado a efeito

    mediante loteamento ou desmembramento (artigo 2, "caput").

    A diferena bsica entre estas modalidades de fracionamento de propriedades urbanas que no loteamento figura a abertura de logradouros pblicos e vias de acesso novo e no desmembramento apenas existe a utilizao da estrutura pblica pr-existente (podemos imaginar ento que o desdrobramento tem efeito para fracionamento de gleba dentro de uma quadra onde todos os lotes originados sero servidos pelo logradouro existente).

    O desdobro vale dizer, a diviso da rea do lote para formao de novo ou de novos lotes. Estes devem atender s exigncias mnimas de dimensionamento e ndices urbansticos para sua edificao.

    importante notar que o aproveitamento e parcelamento de terras so regulamentados pelo Cdigo de Obras dos Municpios no que tange a regulamentao de rea mnima de fracionamento desde que esta no seja inferior descrita em Lei Federal n. 6.766/79 (art. 4, inciso II). Assim, por exemplo, a hiptese de um lote cuja rea, aps o desdobro, resultar em dois lotes com rea inferior a 125m, no poder ser contemplada por Lei Municipal, salvo se for destinada urbanizao especfica ou a edificao de conjuntos habitacionais de interesse social, previamente aprovados pelos rgos pblicos competentes.

    Em Uberlndia so as seguintes as disposies legais para desmembramento:

    Topografia a representao grfica de todas as condies do terreno tais como: Curvas de nvel; Acidentes geogrficos; rvores; Construes; Vertertentes. Toda e qualquer ocorrncia significativa que possa alterar ou impactar em obras para a execuo do projeto.

    Levantamento topogrfico- Realizados por topgrafos ou agrimensores descreve toda rea no que tange s dimenses, curvas de nvel, construes, acidentes geogrficos, rvores e qualquer outro perfil relevante ao projeto assim como, a orientao geogrfica do terreno. So classificados em trs tipos a saber.

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    PLANIMTRICO: Quando representa somente as divisas, seus ngulos internos, rvores e construes. Sem no entanto retratar seu relevo.

    ALTIMTRICO: Retrata apenas o relevo, curvas de nvel.

    PLANIALTIMTRICO: Retrata a planimetria e a altimetria. Tambm conhecido como Levantamento Topogrfico.

    Curvas em nvel: Representam o relevo do terreno e definida pela unio dos pontos do terreno situados

    a uma mesma altura

    referencial.

    Ao olharmos as curvas em nvel de um terreno podemos identificar a inclinao do terreno. Quanto mais juntas as curvas em nvel mais inclinado o terreno assim como, quanto mais distantes as curvas em nvel estiverem uma das outras nos indica que o terreno mais plano nestas reas. Desta forma toda e qualquer alterao no relevo do terreno poder ser visualizada atravs das curvas em nvel (buracos, morros, encostas, lagoas, reas sujeitas a alagamentos e enxurradas, etc.).

    Orientao geogrfica: (Orientao verdadeira) A orientao geogrfica diz respeito posio do terreno em relao ao Norte magntico (azimute) e suas coordenadas geogrficas. Em virtude da incidncia do sol a orientao passa a ser um argumento de venda, pois terrenos de frente para o Norte so mais valorizados.

    Tipos de projetos:

    Arruamento

    o projeto que define os logradouros pblicos e suas caractersticas, que so regulamentadas pelo Cdigo de Obras dos Municpios. Normalmente podemos considerar um percentual de 40% como rea de

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    aproveitamento pblico o que inclui ruas, praas, escolas, hospitais, autarquias postos de sade que so definidas pela prefeitura. So itens previsto no projeto de arruamento:

    A. Permetro da rea da gleba a ser loteada.

    B. Orientao Geogrfica.

    C. Curvas de nvel de metro em metro.

    D. Edificaes existentes, muros, cercas, rios, pedreiras, nascentes, marco de rumo, rvores, etc.

    E. Nome dos confrontantes.

    F. Arruamentos projetados e ou existentes nos loteamentos visinhos.

    G. reas destinadas ao uso pblico.

    H. Sees transversais das ruas e praas com todos os detalhes cotados.

    I. Os perfis das ruas e praas a serem abertas.

    J. Os projetos das redes coletoras de esgotos, guas fluviais e gua potvel.

    K. Os detalhes referentes pavimentao adotada.

    L. Detalhes de ajardinamento.

    Em todo parcelamento de terreno, todos devero ter acesso por logradouros pblicos e serem servidos de infra-estrutura urbana.

    Desdobramento

    o projeto destinado a dividir o lote em dois ou mais lotes, cada qual com possibilidade de existncia legal. A prancha de desenho deste projeto dever ser composta pelos itens de A at E do projeto de arruamento alm de:

    Indicao das novas divisas.

    rea inicial do terreno e a rea de cada lote desdobrado.

    Numerao dos novos lotes utilizando-se letras logo aps ao nmero do lote objeto de desdobramento.

    Remembramento:

    a juno de dois ou mais lotes existentes, que sejam confrontantes, em um nico lote cuja rea ser a soma das reas dos lotes remembrados.

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    Cadastramento e vistoria de uma rea/Lote

    Vistoria: a coleta de informaes do terreno in loco para posterior transcrio sob a forma de cadastro. Os elementos a serem identificados na vistoria de loteamento ou lote so:

    Condies da rea, no que se refere a limpeza, benfeitorias existentes e limites do terreno.

    Identificar o tipo de terreno, ou seja, plano, inclinado, alagadio, drenagem, acidentes geogrficos.

    Identificar elementos que caracterizam a rea, tais como: Rios, Nascentes

    Identificar a existncia de abastecimento de gua, esgoto, energia eltrica, telefonia. Na ausncia de um destes verificar a distncia do ponto mais prximo servido pela benfeitoria.

    Verificar quais os logradouros que cercam a rea, assim como as caractersticas do local onde se situa.

    Cadastramento: fazer um levantamento completo da mesma, objetivando:

    Determinar as medidas do terreno, ou seja, permetro, rea, ngulos, etc. Quando o terreno um quadriltero regular fica fcil obter tais dados porem, quando o terreno irregular ser necessrio nossos conhecimentos de geometria para conseguir obter os dados.

    Obter o levantamento topogrfico do terreno e identificar a orientao geogrfica.

    Descrever os lotes e logradouros confrontantes, localizando o lote ou rea a ser cadastrada em relao a eles, especificando a dimenso da testada, laterais e fundos que fazem divisa com os mesmos.

    Seleo do terreno

    Ser muito importante obter informaes dos clientes no que se refere a: Como vivem, classe social, faixa etria familiar, ocupao, preferncias quanto a estilo de casa, oramento total para terreno e construo, interesses familiares, espao que necessitam, que importncia do proximidade do comrcio, escolas, cultos religiosos e outras reas sociais. Obtendo uma gama ampla de informaes estaremos aptos a lhes satisfazer as expectativas colocando-os numa comunidade adequada a seus padres sociais e econmicos proporcionando-lhes uma negociao prazerosa e eficaz.

    Zoneamento

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    A prefeitura possui um departamento responsvel por regulamentar a utilizao de terrenos nas determinadas reas da cidade dividindo em:

    Zonas residenciais Mono familiar: Casa, sobrados e condomnios.

    Multifamiliar: Edifcios, Conjuntos habitacionais, prdios.

    Zonas comerciais Destinados apenas ao comrcio.

    Zonas industriais Apenas indstrias

    Zonas mistas Normalmente comerciais e residenciais.

    Zonas de mananciais e reservas ecolgicas

    Vizinhana

    Faa um estudo cuidadoso da vizinhana, percorrendo todas as ruas da cercania, preste ateno em coisas como estrada de ferro, montes de lixo, atoleiros, bares, boates, restaurantes, super mercados, padarias, farmcia, posto de sade, movimento em cruzamento e vias, ces, rea de lazer, pista de motocicletas, ciclovias, etc. Verifique se a rea bem conservada. O estilo das casas na vizinhana deve inspirar o projeto do comprador para que entre em harmonia com a regio.

    Servios pblicos

    Os servios pblicos (gua, luz, gs, telefone, TV a cabo, sinal de celular, etc.) em uma provvel rea devem ser verificados. Esta avaliao nos Dara com preciso os custos necessrios para prover o loteamento com os servios necessrios lembrando que, gua ou temos via servio pblico ou atravs de poos (artesianos/ cisterna), esgoto (pblico/fossa sptica), energia embora possa ser levada a todo local ela dispendiosa dependendo da carga e distncia necessria. Cabe esta observao face ao volume de investimento necessrio para prover todos os servios bsicos que influenciaro no valor dos imveis.

    Topografia do lote

    Os lotes devem ser classificados de acordo com sua topografia para que se determine o valor agregado pois, terrenos com declividade suave favorvel em relao a testada e orientados para o norte possuem um diferencial substancial em relao a outros cujas caractersticas mencionadas sejam desfavorveis. Imagine um terreno onde a quantidade de arrimo e aterro seja muito grande ou mesmo um que tenha grande quantidade de pedras a serem removidas nos remete a uma condio desfavorvel com relao comercializao do mesmo.

    Licenciamento ambi