6569 - Noções Gerais Sobre a Pele e Sua Integridade

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Código IEFP: 6569 Autor(a): Noções gerais sobre a pele e sua integridade

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Noes gerais sobre a pele e sua integridade

Cdigo IEFP: 6569Autor(a):

ContedoDESENVOLVIMENTO31.A ESTRUTURA DA PELE32.As funes da pele73.O envelhecimento da pele8a.Alteraes na estrutura da pele e alteraes na capacidade funcional da pele8b.Implicaes para a prestao de cuidados de sade.8c.A integridade cutnea e compromisso da integridade cutnea e as implicaes para a sade e qualidade de vida do indivduo94.Cuidados a ter para manuteno da integridade cutnea10a.Cuidados de higiene e conforto10Produtos de higiene e hidratao e a sua adequao aos diferentes tipos de pele10b.Alimentao e hidratao: a importncia de uma boa alimentao e hidratao16c.A mobilidade e alternncia de posicionamentos17d.O vesturio: a utilizao do vesturio adequado19e.A manuteno de um ambiente seguro: reduo de risco de queda e de acidentes195.Factores de risco para o aparecimento de feridas e lceras216.Feridas agudas e feridas crnicas: conceitos227.lceras de presso228.A FISIOLOGIA DA CICATRIZAO249.Tarefas que em relao a esta temtica se encontram no mbito de interveno do/a Tcnico/a Auxiliar de Sade25a.Tarefas que, sob orientao de um profissional de sade, tem de executar sob sua superviso directa25b.Tarefas que, sob orientao e superviso de um profissional de sade, pode executar sozinho/a25Bibliografia26

DESENVOLVIMENTO1. A ESTRUTURA DA PELE

A pele forma um envoltrio para as estruturas do corpo e substncias vitais (lquidos), formando assim o maior rgo do corpo. A pele composta de:Epiderme: camada celular superficial.Derme: camada de tecido conectivo profunda.

EpidermeA epiderme, ou cutcula, no vascularizada, consiste de epitlio estratificado, amolda-se perfeitamente sobre a camada papilar da derme, e varia de espessura em diferentes partes. Em alguns lugares como na palma da mo e planta dos ps, ela espessa, dura e de textura crnea. O epitlio estratificado da epiderme compe-se de vrias camadas denominadas de acordo com diversas categorias, tais como o aspecto das clulas, textura, composio e posio. Essas camadas so, de superficial para profundo: estrato crneo, estrato lcido, estrato granuloso, estrato espinhoso e estrato basal. O estrato crneo remanescente das clulas que contm uma protena fibrosa, a queratina.

A colorao da pele se deve aos pigmentos nas clulas da epiderme. Este pigmento mais distinto nas clulas da camada basal. O pigmento (melanina) consiste em grnulos muito pequenos, marron-escuro ou pretos, intimamente agrupados, dentro das clulas.

DermeA derme, crio, ctis verdadeira ou pele verdadeira rija, flexvel e elstica. mais espessa na superfcie dorsal do corpo que na ventral e na parte lateral mais que na medial dos membros. Nas plpebras, escroto e pnis excessivamente fina e delicada.A pele consiste em um tecido conjuntivo com quantidade varivel de fibras elsticas e numerosos nervos, vasos sanguneos e linfticos. O tecido conjuntivo se dispe em duas camadas: uma profunda ou reticular e a outra superficial ou papilar.A camada reticular consiste de tecido conjuntivo fibroelstico, composto sobretudo de feixes colgenos. As clulas desta camada so principalmente fibroblastos e histicitos. Nas camadas mais profundas da camada reticular encontram-se glndulas sudorparas, sebceas, folculos do plo e pequenos acmulos de clulas.A camada papilar consiste em numerosas eminncias vasculares altamente sensitivas, as papilas. As papilas so pequenas eminncias cnicas de extremidades arredondadas ou dilatadas.

Tecido SubcutneoA derme est situada sobre a tela subcutnea. Esta ltima camada no considerada como pertencente pele e por isso chamada detela ou tecido subcutneoou hipoderme. O tecido subcutneo composto principalmente por tecido conjuntivo frouxo e tecido adiposo. Ela desempenha duas funes principais: auxilia a isolar o corpo das variaes extremas do meio ambiente e fixa a pele s estruturas subjacentes. Poucas reas do corpo no possuem esse tecido; nestes locais, a pele est fixada diretamente no osso. A pele das articulaes e dos dedos apresenta dobras e enrugada porque est aderida ao osso.

Anexos da PeleOs anexos da pele so as unhas, os plos e as glndulas sudorparas e sebceas com seus respectivos ductos.Unhas: so estruturas achatadas, elsticas, de textura crnea, aplicadas sobre a superfcie dorsal das falanges distais. Cada unha est implantada por uma poro chamada raiz em um sulco da pele; a poro exposta denominada corpo e a extremidade distal, borda livre. A unha firmemente aderente ao crio e exactamente moldada sobre a superfcie; a parte de baixo do corpo e da raiz da unha chamada matriz da unha porque esta que a produz. Prximo a raiz da unha o tecido no est firmemente aderido ao tecido conjuntivo, mas apenas em contacto com o mesmo; por isso esta poro da unha esbranquiada e chamada lnula devido a sua forma.

2. As funes da pele

O tegumento ou pele cobre a superfcie do corpo protegendo-o das influncias ambientais danosas. Como a pele facilmente acessvel, ela importante nos exames fsicos.

A pele tem como funes:Proteo do corpo contra o meio ambiente, abrases, perda de lquido, substncias nocivas e microorganismos invasores.

Regulao do calor atravs das glndulas sudorparas e vasos sanguneos.

Sensibilidade por meio dos nervos superficiais e suas terminaes sensitivas.

3. O envelhecimento da pele

a. Alteraes na estrutura da pele e alteraes na capacidade funcional da pele

A pele apresenta, com o avanar da idade, diminuio da espessura epiderme-derme; reduo da elasticidade e da secreo de sebo pelas glndulas sebceas; resposta imunolgica comprometida; decrscimo do nmero de glndulas sudorparas; diminuio do leito vascular com fragilidade dos vasos sanguneos. Assim, evidencia-se a necessidade de cuidados especficos para a pele do idoso que atendam s alteraes do sistema tegumentar.Divide-se o envelhecimento cutneo em: Intrnseco ou cronolgico; Extrnseco ou fotoenvelhecimento.A diminuio de espessura da epiderme e derme e a diminuio da gordura subcutnea manifesta-se fisicamente em rugas. O envelhecimento intrnseco caracterizado por atrofia da pele, traduzindo-se em rugas finas. Cerca de 85% das rugas na pele envelhecida deve-se ao envelhecimento extrnseco. Estas caracterizam-se por serem profundas.

b. Implicaes para a prestao de cuidados de sade. A higiene e conforto (gesto de factores internos externos de conforto/desconforto)

De acordo com Mota et al (2011), as causas, associadas ao trauma mecnico, mais comuns incluem os movimentos da pessoa ou cuidador associados aos produtos de apoio (ajudas tcnicas), equipamentos mdicos, mobilirio ou fatores ambientais. Sendo assim, os mais comuns so: Um traumatismo, como por exemplo ao bater nas grades da cama, cadeira de rodas, mobilirio ou outros equipamentos; Transferncia da cama ou cadeira; Quedas Durante os cuidados de higiene, e ao vestir e despir a roupa; Imobilizaes (membros superiores e inferiores); Remoo de pensos ou de outro material adesivo; Entre outros

c. A integridade cutnea e compromisso da integridade cutnea e as implicaes para a sade e qualidade de vida do indivduo

Simples actos permitem manter a integridade cutnea do doente, sendo que destes destacam-se os seguintes: Cumprir os princpios de transferncias e mobilizaes dos doentes, minimizando as foras de frico e toro; Evitar os cuidados de higiene por rotina. De acordo com LeBlanc et al (2008), para grupos de risco recomendvel o banho a cada 2 dias; Lavar a pele com gua morna e sabo com pH cido (LEBLANC e BARANOSKI, 2011); Evitar a frico, como modo de secagem da pele; No massajar a pele com risco de quebra cutnea; Utilizar emolientes hipoalergnicos, para lubrificao da pele, pelo menos 2 vezes por dia. Aplicar depois do banho com o corpo ainda hmido, mas no molhado (LEBLANC e BARANOSKI, 2011); Manter as unhas cortadas (MOTA et al, 2011); Promover um ambiente seguro, e remover provveis causas de trauma; Acolchoar equipamentos que possam causar trauma (MOTA et al, 2011); Evitar produtos adesivos e se se utilizar pensos secundrios, dar preferncia a no aderentes ou com silicone (LEBLANC e BARANOSKI, 2011);

4. Cuidados a ter para manuteno da integridade cutnea

a. Cuidados de higiene e confortoProdutos de higiene e hidratao e a sua adequao aos diferentes tipos de pele

Objetivo do Banho Proporcionar higiene e conforto; Estimular a circulao, a respirao da pele e o exerccio; Manter a integridade da pele; Fazer observao fsica da pessoa; ATENO!Algumas pessoas idosas, doentes ou com incapacidades podem, s vezes recusar tomar banho. Pode ser que a pessoa tenha dificuldade para mover-se e tenha medo da gua ou de cair, pode ainda estar deprimida, sentir dores, tonturas ou mesmo sentir-se envergonhada de ficar exposta outra pessoa, especialmente se o cuidador for do sexo oposto. preciso que o cuidador tenha muita sensibilidade para lidar com essas questes.Respeite os costumes da pessoa cuidada e lembre que confiana conquista-se com carinho, tempo e respeito.Favorecer / estimular a independncia da pessoa.

Tipos do Banho Banho de chuveiro Banho de banheira (emerso) Banho na cama

Banho no chuveiroO banho de chuveiro pode ser feito com a pessoa sentada numa cadeira de plstico com apoio lateral colocada sobre tapete antiderrapante, ou em cadeiras prprias para banhos, disponveis no comrcio.

Cuidados Bsicos Verificar indicaes e precaues especficas em relao ao movimento e posicionamento; Verificar entubaes e localizao dos cateteres e sondas (soros, alglias); Avaliar a necessidade do banho. Ter sempre mo: Material para a higiene genital: gel de banho, gazes ou esponja, urinol ou aparadeira Saco plstico para roupa suja; Roupa limpa para o idoso, e fralda, caso seja necessrio;

Material Roupa de cama Roupa da pessoa Toalhas de banho Esponjas de banho Bacia com gua Material de higiene oral Sabo Escova de cabelo Luvas Desodorizante Creme hidratante Fralda descartvel (se necessrio) Saco de sujos Saco para a roupa suja Tesoura Avental plsticoPrincpios bsicos Organizar o material Ajustar a altura da cama Diminui a tenso sobre os msculos do dorso do prestador de cuidados Lavar as mos Diminui a transmisso de microorganismos Calar as luvas Posicionar a pessoa em decbito dorsal Manter a pessoa confortvel durante o banho

Procedimento0. Mover a pessoa na direo do prestador de cuidados0. Auxilia o profissional a ter acesso pessoa0. O profissional ao no curvar-se sobre a cama est a reduzir a tenso sobre os msculos do dorso0. Soltar a roupa de cima da cama, nos ps e retirar coberta e cobertores1. A remoo da roupa evita que esta se suje ou molhe1. Facilita a interveno do profissional1. Usa-se o lenol de cima para cobrir a pessoa caso no haja toalha de banho0. Despir a pessoa2. Se a pessoa tiver pijama vestido, despir em primeiro lugar a parte superior do corpo0. Colocar a toalha longitudinalmente sob o membro a lavar, bem acima sob a axila3. Garante que a base da cama se mantenha seca3. Iniciar a lavagem pelo lado mais afastado evitando tocar a rea limpa0. Lavar/secar os membros superiores4. Lavar com gua e sabo4. O sabo facilita a remoo de resduos e bactrias4. Fazer movimentos longos e firmes da parte distal para a proximal, na direo do ombro4. Os movimentos firmes e longos estimulam a circulao4. Levantar a apoiar o brao acima da cabea enquanto lava cuidadosamente a axila4. Secar cuidadosamente e com especial cuidado a axila4. O excesso de humidade causa macerao da pele0. Lavar/secar as mos0. Colocar toalha sobre o trax, desdobrando-a em simultneo com o lenol at ao umbigo6. Evita a exposio desnecessria 6. Proporciona calor e mantm o lenol seco0. Lavar/secar o pescoo, o trax e o abdmen7. Levantar a toalha ligeiramente7. Manter o trax da pessoa coberto entre os perodos de lavagem7. Dar especial ateno zona infra-mamria na mulher7. Secrees e sujidade acumulam-se facilmente nas reas de pregas cutneas7. Secar bem a humidade causa macerao0. Colocar a toalha longitudinalmente debaixo do membro inferior a lavar8. Garante que a base da cama se mantenha seca8. Evita a exposio desnecessria8. Verificar se o perneo est coberto 8. Iniciar a lavagem do lado mais afastado8. Ao lavar usar movimentos longos e firmes 8. Estimula a circulao0. Lavar/secar ps9. Colocar a bacia na cama sobre a toalha, elevar o p e coloc-lo na bacia9. O p pode ficar imerso durante algum tempo para amaciar calosidades e pele9. Secar o p com especial ateno entre os espaos interdigitais9. Impede o crescimento de fungos9. Evita a macerao da pele0. Lavar/secar genitais0. Posicionar a pessoa em decbito lateral11. Colocar toalha longitudinalmente, dobrando o lenol at s coxas11. Evitar a exposio desnecessria e manter o calor0. Lavar/secar o dorso, regio nadegueira e perianal, do pescoo para as ndegas12. Movimentos longos e firmes12. No sentido da parte limpa para a mais suja12. Ter ateno s pregas cutneas prximas s ndegas e nus 12. Podem conter secrees fecais0. Retirar as luvas0. Mudar roupa da cama14. Base da cama14. Colocar roupa suja em saco prprio14. Manter a pessoa em decbito lateral e se necessrio colocar fralda14. Colocar pessoa em decbito dorsal0. Aplicar loo hidratante e vestir a pessoa15. Se uma extremidade est lesada (p. ex. paralisia por AVC)15. Vestir primeiro o lado afetado

1. Alimentao e hidratao: a importncia de uma boa alimentao e hidratao

A pele o maior rgo do corpo humano, sendo formada por duas camadas: epiderme e derme. A sua funo est relacionada proteco contra danos mecnicos, microrganismos e radiao. Alm disso, a pele mantm o equilbrio com o meio externo, para garantir a manuteno vital interna.A deficincia de certos nutrientes pode acarretar manifestaes cutneas. A alimentao tem papel fundamental, pois fornece substncias necessrias s clulas, nutrindo-as.A nutrio interna reflecte no meio externo (pele). Para ter uma pele saudvel, bem hidratada e nutrida, a dieta deve ser equilibrada: rica em fibras, cereais integrais e vegetais crus. Tambm necessrio reduzir o consumo de doces e gorduras. E o mais importante: tomar muita gua para hidratar a pele de dentro para fora. Vitamina C (sntese de colagnio), vitamina A, complexo B e zinco melhoram o aspecto da pele e do integridade ao epitlio. Fontes de carotenides (vegetais alaranjados) hidratam a pele, deixando-a macia, combatem radicais livres e protegem contra os raios solares. Outros nutrientes necessrios so o mega-3 e a vitamina E, por terem funes anti-inflamatrias e impedirem a peroxidao dos lipdeos.

1. A mobilidade e alternncia de posicionamentos

Com alteraes da mobilidade, fundamental que o profissional de sade tenha ateno redobrada com a pele da pessoa cuidada e a alternncia de posicionamentos. Para que haja um correcto posicionamento, existem determinadas tcnicas de posicionamento dos doentes: Evitar arrastar o doente levantar! Distribuir o peso do doente no colcho, evitando zonas de presso. Colocar o doente em posies naturais. (respeitando o alinhamento corporal). Reposicionar doentes em intervalos de 3-4

Posicionamentos Decbito Dorsal

Decbito lateral

Cuidados a ter na preveno do p equinoConsiste numa flexo plantar do p, arqueamento da articulao do tornozelo na direco do solo, p descado, arqueando-o e impedindo-o de tocar no cho na tentativa da marcha; marcha sobre os dedos do p (o p no pode ser mantido na posio normal nem em dorsiflexo), associada a repouso prolongado na cama sem o alinhamento adequado e presso sobre o p de roupa de cama pesada.

1. O vesturio: a utilizao do vesturio adequado

O vesturio a utilizar em doentes dependentes, especialmente em doentes acamados, deve ter como princpio a no formao de zonas de presso excessiva nem vincos no seu vesturio. Aconselha-se ainda o corte da parte posterior da roupa do acamado para que permita um contacto apenas com os lenis e resguardos da cama. A roupa deve ter como principais caractersticas o facto de ser composta na sua maioria por algodo (evita a transpirao e a irritao da pele) e tecidos maleveis (especialmente importante para doentes acamados com alteraes da mobilidade ou paralisias).

1. A manuteno de um ambiente seguro: reduo de risco de queda e de acidentes

As quedas so uns dos principais problemas que as instituies de sade e os familiares em casa tm com os idosos. A dificuldade em prevenir as quedas em pessoas com caractersticas especiais tanto pela sua debilidade fsica como mental aumenta a problemtica. a. Fatores de riscoi. Fraqueza muscularii. Problemas de equilbrioiii. Problemas visuaisiv. Necessidade de urinar frequentementev. Movimentos e reflexos mais lentosvi. Andar cambaleante vii. Calado mal ajustadoviii. Roupas inadequadas (p.ex. camisas de dormir)ix. M utilizao de cadeiras de rodas de andarilhosx. Manobras para chamar a ateno

b. Causas i. Alteraes da visoii. Alteraes da audioiii. Alteraes nas articulaesiv. Alteraes na tenso arterialv. Efeito de medicamentosvi. Ambiente desconhecidovii. Pavimento e caladoviii. Mobilirio e escadas

c. Prevenoi. Prtica de exerccioii. Vigilncia da medicao para evitar erros e possveis excessosiii. Sapatos bem ajustados e antiderrapantesiv. Evitar o uso de chinelosv. No usar camisas de noite nem robes compridosvi. Cobertores e colchas no devem ser compridosvii. Limpar o cho caso haja algum derrame e no permitir que o idoso ande sobre superfcies hmidasviii. Usar tapetes que cubram o cho todo ou com antiderrapanteix. Moblia sem rodas e sem arestas aguadasx. Camas e sofs no muito altosxi. Todas as cadeiras com apoio de braos xii. Interruptores acessveisxiii. Usar barras de apoio junto a sanitas e banheirasxiv. Usar tapete antiderrapante na banheira

5. Factores de risco para o aparecimento de feridas e lceras

Os principais factores de risco para o aparecimento de feridas e lceras de presso so os seguintes: Intensidade da presso: Quanto maior intensidade da presso, maior o risco de desenvolver lcera Durao da presso: Quanto mais tempo durar a presso, maior o risco de lcera Tolerncia dos tecidos para suportarem a presso: Quanto menor for a tolerncia da pele para suportar a presso maior o risco de lcera Humidade da pele: Quanto mais hmida for a pele maior o risco de lcera Perda de sensibilidade: Quanto menor for a sensibilidade maior o risco de lcera Diminuio da fora muscular: Quanto menor for a fora muscular maior o risco de lcera Diminuio da mobilidade: Quanto menor for a mobilidade maior o risco de lcera. Incontinncia: A presena de incontinncia (urinria e fecal) aumenta o risco de lcera Hipertermia: Aumenta o risco de lcera Anemia: Aumenta o risco de lcera Desnutrio proteica: Aumenta o risco de lcera Tabagismo: Aumenta o risco de lcera Idade avanada: Aumenta o risco de lcera

6. Feridas agudas e feridas crnicas: conceitos

Ferida aguda: As feridas agudas podem ser traumticas ou cirrgicas e geralmente cicatrizam por 1 inteno. Ferida crnica: As feridas crnicas demoram mais tempo do que o esperado e geralmente esto associadas a problemas como diabetes e/ou insuficincia venosa, etc (cicatrizam por 2 inteno). So exemplos de feridas crnicas as lceras de presso, da perna, feridas do p diabtico, feridas neoplsicas, feridas infectadas, queimaduras 4 grau, entre outros.

7. lceras de presso

As lceras de Presso so reas da superfcie corporal localizadas que sofreram exposio prolongada a presses elevadas, frico ou estiramento, de modo a impedir a circulao local, com consequente destruio e/ou necrose tecidular. (DGS, 2007).

1. Classificao das lceras de presso Grau IPresena de eritema cutneo que no desaparece ao fim de 15 min de alvio da presso. Apesar da integridade cutnea, j no est presente resposta capilar.

Grau IIA derme, epiderme ou ambas esto destrudas. Podem observar-se flictenas e escoriaes.

Grau IIIAusncia da pele, com leso ou necrose do tecido subcutneo, sem atingir a fscia muscular.

Grau IVAusncia total da pele com necrose do tecido subcutneo ou leso do msculo, osso ou estruturas de suporte (tendo, cpsula articular, etc.).

Os locais mais frequentes de desenvolvimento de lceras de presso encontram-se ilustrados na figura. Os locais onde mais frequente surgirem lceras de presso so a regio do sacro, regio trocantrica e calcanhares. Qualquer zona do corpo que esteja sujeita a uma presso no aliviada passvel de desenvolver lcera de presso (cabea, orelhas, braos, pernas, etc.)

8. A FISIOLOGIA DA CICATRIZAO

Factores locaisSo factores ligados ferida, que podem interferir no processo cicatricial, tais como a dimenso e profundidade da leso, grau de contaminao, presena de secrees, hematoma e corpo estranho, necrose tecidular e infeco local.

Factores sistmicosSo fatores relacionados com o doente, como, por exemplo:Faixa etria:A idade avanada diminui a resposta inflamatria.Estado Nutricional:O estado nutricional interfere em todas as fases da cicatrizao.A hipoproteinemia diminui a resposta imunolgica, sntese de colagnio e funo fagocitica.Doenas Crnicas:Enfermidades metablicas sistmicas podem interferir no processo cicatricial.Terapia Medicamentosa Associada:A associao medicamentosa pode interferir no processo cicatricial, como, por exemplo:- anti-inflamatrios,- antibiticos,- esterides e- agentes quimioterpicos.

Cuidados do profissionalO Tcnico Auxiliar de Sade deve, ao realizar prestao de cuidados ao doente, ter em ateno a no conspurcao dos pensos e eventualmente ou consequentemente da ferida, bem como manter a zona do penso limpa e seca.

9. Tarefas que em relao a esta temtica se encontram no mbito de interveno do/a Tcnico/a Auxiliar de Sade

0. Tarefas que, sob orientao de um profissional de sade, tem de executar sob sua superviso directaSob a superviso directa de um profissional de sade, o Tcnico Auxiliar de Sade deve promover boas prticas de prestao de cuidados de sade e auxilio ao enfermeiro na realizao de tratamentos a feridas ao doente.

1. Tarefas que, sob orientao e superviso de um profissional de sade, pode executar sozinho/aO Tcnico Auxiliar de sade pode executar sozinho tarefas de hidratao, massagem e limpeza da pele do doente. Por outro lado, deve ainda, atravs dos conhecimentos adquiridos estar alerta para situaes de risco ou presena de ferida ou lcera de presso, avisando o enfermeiro da situao.

Bibliografia Manual para preveno de leses de pele : recomendaes baseadas em evidncias. Rio de Janeiro : Rubio, 2012. Fisioterapia do Sistema Tegumentar : melhores prticas. Ed. lit. Marilyn Moffat. Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, 2007 VIVIER, Anthony du - Atlas de dermatologia clnica. 2 ed. Sao Paulo : Manole, 199726