6ª Virada Cultural: dias 15 e 16 de Maio.jornalcentroemfoco.com.br/PDF/76.pdf · dos bichos),...

O jornal da região do Centro da Cidade

Publicação Mensal

Ano VI - Nº 76

SP - 30 Abr a 30 de Mai /2010

visite o site www.jornalcentroemfoco.com.br e anuncie

“Alimentar-se ou não: eis a questão”, é a reflexão proposta por Henrique Araújo, da

ATP Brasil. Pág. 10

Frente parlamentar ouve entidadesrepresentativas dos moradores de rua,

em reunião na Câmara. Pág. 5

Artistas plásticos expõem caixas decorreio reinventadas, na agência centraldos Correios - na Av. São João. Pág. 12

Saiba um pouco do filme“Utopia e barbárie”, de Sílvio Tendler,em cartaz desde 23 de Abril. Pág. 13

6ª Virada Cultural: dias 15 e 16 de Maio.

4 milhões de pessoas, é o público esperadopela Prefeitura de São Paulo para a Virada Cultural

deste ano, que vem com muitas novidadesem relação às edições anteriores. Pág. 3

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2 São Paulo/SP - 30 de Abr. a 30 de Mai. O jornal da região do Centro da Cidade

Vila BuarqueBanca Praça do Rotary – rua Gal. Jardim Banca Consolação – rua Dona Antonia de Queiroz, 436

Sta CecíliaBanca Angelical – av. Angélica, 500Banca Amália – al. Barros, 303 Banca Sta Cecília – Largo Sta Cecilia

AroucheBanca Mester – av. São Joao, 1050 Banca Nova Arouche – Largo do Arouche, 276 Banca do Olavo – av. Duque de Caxias, 436

República

Banca Av. São Luis 84 – av. São Luís Banca Itália – av. Ipiranga Banca Mealhada – av. São João, 629

Centro Novo

Banca São Bento – rua Barão de Itapetininga Banca Corredor Cultural – Pça. Dom José Gaspar Banca São Luís – av. São Luís

Bela Vista

Banca Maria das Graças – rua Maria Paula, 23 Banca do Heitor – rua Maria Paula, 243 Banca Estadão – viaduto Nove de Julho, 185 Banca Consolação – viaduto Nove de Julho Banca da Rocha – Rua Rocha, 132 Banca do Toninho - Rua da ConsolaçãoBanca GV - Av. 9 de Julho, 2029 Banca Vd. Jacareí(em frente Pharma & Cia);

Liberdade

Banca Shinozaki – Pça da Liberdade Banca Portal da Liberdade – rua Galvão Bueno, 161 Revistaria Brasilis - Av. Liberdade, 472

Centro Velho

Banca Líbero – rua Líbero Badaró, 413 Banca Martinelli – Pça Antonio PradoBanca Pça Antonio Prado – Pça Antonio Prado Banca Largo do Café – Lgo do CaféBanca das Apostilas – rua Boa Vista

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É uma publicação mensal da Cemi Comunicação Empresarial - Vd. Nove de Julho, 160, cj. 91 - Bela Vista - São Paulo - SP - CEP 01050-060 - Telefax: (11) 3255-1568 - site: www.jornalcentroemfoco.com.br - e-mail: [email protected] / Editor : Carlos Moura - DTR/MS 006 - Colaboradores: Cecília Queiroz,

Giscard Luccas e José Eduardo Bernardes Jr. (matéria “Utopia e Barbárie” de Sílivio Tendler já está nos cinemas). - Depto Comercial: Mário Miranda - Editoração Eletrônica,Composição e Arte: Douglas Borba - Fotografia: Joca Duarte – MTB 36.520. Tiragem: 20.000 exemplares - Distribuição Gratuita.

As matérias assinadas são de exclusiva responsabilidade dos autores, não expressando necessariamente o pensamento do jornal.Expe

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Rua 24 de Maio comemora data do seu nome

Pelo segundo ano conse-cutivo, a comunidade da 24 de Maio celebrará, em evento programado pela Ação Local da rua, os acontecimentos que marcaram a data da sua criação: 24 de Maio. Um dos aconteci-mentos a serem comemorados, a partir das 11h30, na esquina com a rua Dom José de Barros, é a Batalha de Tuiuti, que este ano completa 144 anos.

Um dos convidados espe-ciais do evento é o Exército Brasileiro, por meio da CMSE, que levará ao recinto da festa a Banda da Polícia do Exército e cães de guerra. Isso por que a Batalha de Tuiuti foi a maior batalha campal ocorrida na América Latina, com o envolvi-mento de 50 mil homens.

Ao longo do dia, além de apresentações da Banda da PE, haverá oficina de reciclagem, performance teatral (manifesto

dos bichos), juntamente com a Zeladoria do Planeta, tratando de questões do meio ambiente e um show do Quarteto de Cordas Kirimauá, que finali-zará a programação.

A iniciativa da Ação Local 24 de Maio tem o apoio da CET, Construtora Mendes Júnior, Exército Brasileiro - CMSE, Guarda Civil Metropo-litana (GCM), Limpurb, Neves Bomfim Imóveis, Polícia Militar, Restaurante Firenze, Senac 24 de Maio, Sesc São Paulo, Sub-prefeitura Sé e UNIESP.

Mais informações poderão ser obtidas pelo e-mail [email protected], no blog da Ação Local: http://acaolocal24demaio.blogspot.com ou, ainda, pelo telefone 2161-0536, com Emilson Albu-querque - diretor-secretário de Comunicação e Divulgação da instituição.

Comunidade

Fórum do Centro. Os participantes da segunda reunião, realizada dia 28 de Abril, deliberaram buscar respostas junto aos órgãos competentes da Administração Municipal, para algumas questões que irão embasar um Plano de Ação da comu-nidade, com o objetivo de encontrar soluções efetivas para o problema lixo-limpeza no Centro. Os presentes concluíram que há necessidade de um diagnóstico apurado da questão; que o aumento do número de agentes fiscais na região é indispensável; que a região não pode continuar sem coleta de lixo aos domingos; que a população seja melhor informada sobre os critérios para uso dos carrinhos de coleta elétricos, que poderiam atuar na coleta aos domingos; que a Administração poderia usar jovens estudantes moradores do Centro como agentes ambientais, possibilitando com a medida inclusão social e acesso à cidadania participativa. Estas conclusões se concretizarão em proposições às secretarias e órgãos responsáveis pela limpeza e coleta de lixo.

Estiveram presentes, a convite do Fórum, o engº Alex Bertoletti, coordenador de Tecnologia da Informação da Loga - Logísitica Ambiental e Anabella Andrade, especialista em Gestão Ambiental. O Fórum do Centro reúne-se uma vez por mês: sempre na última quarta-feira. A próxima reunião acontecerá dia 26, às 18h30, no Salão Tiradentes, da Câmara Municipal.

São Paulo/SP - 30 de Abr. a 30 de Mai. 2010 3 O jornal da região do Centro da Cidade

Bazar de ArtesanatoNa Galeria Giorgetti

pinturas em telas e tecidos, artesanatos em vidro e outros materiais.

Rua Abolição, 243 - Bela Vista (Bixiga)Tel.: (11) 3101-3399

6ª Virada Cultural: dias 15 e 16 de Maio.Pelo sexto ano consecutivo,

a Prefeitura de São Paulo reali-zará a Virada Cultural, nos dias 15 e 16 de Maio. O evento tor-nou-se a grande festa da cidade, incorporada ao seu calendário por milhões de paulistanos que dela participam todos os anos. São 24 horas ininterruptas nas quais moradores da capital e turistas -estimados em 330 mil, este ano- se distribuem entre centenas de atrações.

“A Virada Cultural se con-sagrou como a festa da cidade, múltipla e inclusiva”, afirma o secretário de Cultura de São Paulo, Carlos Augusto Calil. Para Danilo Santos de Miranda, diretor regional do Sesc-SP, parceiro do evento, a Virada é “a afirmação de um evento dos mais importantes do calendário municipal, que promove não só a ocupação das ruas e dos equi-pamentos de lazer e cultura, de uma forma diferenciada, mas que se reverte em benefícios diretos à população”.

O diretor do evento, José Mauro Gnaspini, faz uma síntese: “Na Virada o erudito e o popu-lar se encontram, o velho e o novo, consagrados e emergentes, estrangeiros e brasileiros raros, palcos para grandes orquestras e palcos para uma pessoa só. O evento se amplia como espaço da cidade para espetáculos de grande formato, circo e artes visuais, e mantém a variada programação musical. A Virada 2010 terá de Abba a Zappa. Teremos maratona de marchinhas de São Luís do Paraitinga, as melhores barracas de pastel de feira da cidade, filmes cult nos cinemas pornô, reggae, samba, jazz, música regional, além de partidas de um trem das onze com destino ao Brás.”

Atingindo um perímetro maior que o do ano passado e incorporando ações na região da Luz, a Virada Cultural de 2010 oferecerá uma infinidade de atrações a um público de aproximadamente 4 milhões de pessoas, de acordo com a expectativa dos organizadores. Como nas edições anteriores, haverá shows para todos os gostos, baseados nos mais varia-dos ritmos, envolvendo canto-res consagrados pelo grande público, intérpretes que iniciam carreira, além de homenagens, pista de dança e performances artísticas de rua.

Para melhor deslocamento do público, a organização aumen-tou a distância entre os palcos, o que dará mais mobilidade e flui-dez aos participantes, e para faci-litar a localização das atrações,

haverá 80 totens sinalizadores em locais estratégicos. Visando o conforto das milhões de pessoas, a região central contará com bolsões de serviços sanitários, onde estarão cerca de 1.000 banheiros químicos, próximos dos dez grandes palcos.

Palcos e artistasOs cubanos Barbarito Torres

e Ignácio Mazacote, do grupo Buena Vista Social Club, farão o show de abertura, apresentando clássicos da música cubana que foram trilha de sua juventude e também pérolas de suas car-reiras. O Buena Vista tornou-se fenômeno mundial desde o lançamento do disco e docu-mentário (dirigido pelo cineasta alemão Win Wenders), que são homônimos. No mesmo palco - Praça Julio Prestes -, acontecerão

os shows de Zélia Duncan, Céu e Toquinho, os internacionais Living Colour e Abba, entre outros, e no encerramento, Elomar, Geraldo Azevedo, Vital Farias e Xangai interpretam o disco Cantoria, de 1984.

O palco do samba estará na Pça da República, muitís-simo bem frequentado - nele se apresentarão: Nelson Sargento, Paulo Vanzolini, Jair Rodrigues, Elza Soares e Sandália de Prata, Orlandivo e Clube do Balanço, Baile do Simonal e Arlindo Cruz. No duelo Rio x São Paulo, frente a frente Germano Mathias e Dicró. Já no Palco Avenida São João, o público vai assistir aos shows de importantes intérpretes do rock nacional: Pitty, Raimundos, Titãs, além dos grupos originais de Zappa e Janis Joplin, Grand Mothers reinvented e Big Brother

& the Holding Company. No Bule-var São João, as atrações serão Airto Moreira, Hermeto Pascoal, Booker T., entre outros.

Arrigo Barnabé interpre-tará Lupicínio Rodrigues e André Abujamra e Guilher-moso canções consagradas por Nelson Gonçalves, no Palco Vieira de Carvalho. Lá também farão shows Sidney Magal, Luis Caldas, Vanusa, Wanderléa e outros artistas. Não muito distante dali, na Praça Dom José Gaspar, o já tradicional e concorrido Piano na Praça receberá, dessa vez, apenas novas pianistas. Se apresenta-rão 12 instrumentistas, entre elas, Marina Spoladore, Juliana Rodrigues e Juliana Ripke.

Na 6ª edição da Virada, a Estação da Luz ganhou um grande palco, que receberá Orquestras e Bandas Sinfônicas. Por ele passarão a Orquestra Jazz Sinfônica, a Orquestra Sin-fônica Municipal, a Orquestra Experimental de Repertório, a Orquestra Sinfônica do Estado (OSESP), o Quinteto de Metais do Teatro Municipal, a Banda Sinfônica da Polícia Militar e a Banda Sinfônica do Estado. Indi-vidualmente, se apresentarão Danilo Brito, Mike Marshall e Caterina Lichtenberg, respec-tivamente, artistas brasileiro, americano e alemão. O Palco Cásper Líbero contará com as participações de nomes que estão despontando na música brasileira, como Mallu Maga-lhães, Tulipa Ruiz, Karina Buhr e outros artistas.

Veja a programação detalhada em: www.viradacultural.org

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Grupo Acrobáticos Fratelli

Patrulha do Espaço

Grupo Pia Fraus


Barra Funda espera inauguraçãode ecoponto ainda este ano

Justiça dá prazo de um ano paraprefeitura implantar reciclagem de lixo

Ao final de uma reunião, no in íc io de Março, para discussão dos problemas e necessidades daquela área da região central, entre a Sub-Sé e representantes do Projeto Nossa Barra Funda, Plataforma dos Centros Urba-nos da UNICEF, Tgestiona e empresários do bairro, os agentes da Administração Municipal garantiram que a Barra Funda terá seu eco-ponto inaugurado, no segundo semestre deste ano.

O Projeto Nossa Barra Funda vem ar t icu lando a comunidade, instituições e poder público, desde 2008, num movimento organizado para a conquista de melhores condições de vida no Bairro. E a sociedade local já obteve alguns resultados concretos dessa articulação: a reforma dos baixos do v iaduto da Rudge; a intensif icação das varrições das ruas, pela pre-feitura; a criação do Grupo Articulador Local da Plata-forma dos Centros Urbanos – UNICEF, para garantir direitos de crianças e adolescentes; a

Decidindo sobre uma ação movida em 2006, por inicia-tiva da Defensoria Pública do Estado e das ONGs Instituto Pólis, Instituto Gea e Centro Gaspar Dia s de Dire i tos Humanos, o juiz Luis Fernando Camargo de Barros Vidal, da 3ª Vara da Fazenda Pública, determinou que, no praz de um ano, a prefeitura implante o serviço de coleta seletiva de lixo em toda a cidade.

Como se trata de uma decisão em primeira instância, o processo não se encerra por

instalação de um telecentro municipal no Centro Cultural Africano; a organização de eventos comunitários e muti-rões de limpeza.

Embora denunciando e reclamando junto aos órgãos municipais, até final de 2009 a comunidade descria numa solu-ção para a questão do acúmulo

de lixo nas ruas, por parte da prefeitura, quando a Subpre-feitura Sé anunciou a intenção de construir um ecoponto no bairro, para o descarte voluntário de entulhos, móveis velhos, objetos e materiais inservíveis. A notícia foi bem aceita pela comunidade, afinal esse equipamento contribuiria

com a redução de descarte desses resíduos nas ruas, mas os cortes orçamentários da Administração, no ano passado, impediram a realização da pro-messa, gerando o descontenta-mento da população.

O Projeto Nossa Barra Funda não deixou a administra-ção Municipal esquecer do com-

promisso com o bairro, durante todo esse tempo, realizando e repercutindo as reuniões da comunidade e fazendo inves-tidas junto ao poder público. Então, após meses de espera, no dia 4 de Março a Sub-Sé iniciou o processo para cons-trução do ecoponto. Segundo a entidade, a subprefeitura estima ter o equipamento pronto para inauguração entre Setembro e Outubro. Ele ocupará uma parte do espaço sob o viaduto da Rudge, dividindo o terreno com a escola de samba Camisa Verde e Branco.

A entidade comprometeu-se auxiliar a subprefeitura no pro-cesso de educação ambiental em escolas e postos de saúde, divulgando o ecoponto e sua utilidade. Mas, aconselha a comunidade a acompanhar a atuação da Sub-Sé nesse sen-tido, para que o equipamento torne-se, mesmo, uma reali-dade no bairro, no menor prazo possível.

Os contatos com a pre-feitura para esse fim são: o telefone 156 e o site http://sac.prefeitura.sp.gov.br/

aí, a prefeitura certamente entrará com os recursos cabí-veis, junto ao Tribunal de Justiça (TJ). A sentença é do dia 9 de Abril. De acordo com especialistas, a coleta seletiva encabeça qualquer lista de alternativas viáveis à redução dos custos ambientais do lixo nos grandes centros urbanos.

A prefeitura anuncia que, diariamente, 103 toneladas de lixo reciclável são coletadas na cidade. É um número pequeno, baixo, representa apenas 7% do lixo domiciliar coletado,

que poderia ser reciclado. Esse número expressa menos de 1% de todo o lixo produzido pelos paulistanos. Ainda que existente em 74 dos 96 distritos da cidade, a coleta seletiva é bastante incipiente: somente a metade da população, mais ou menos 6 milhões de pessoas tem o serviço. E o Instituto Pólis informa que por falta de des-tinação correta e tratamento, cerca de 35% do lixo reciclado no município são desperdiça-dos, pois acabam depositados em aterros “sanitários”.

Comunidade

Para fazer a coleta seletiva, a população paulistana tem à disposição, em toda a cidade, 17 centrais de reciclagem e pouco mais de 3.800 PEV’s (Pontos de Entrega Voluntária), para os quais o morador pode levar o seu lixo separado. De acordo com a prefeitura, atualmente perto de 1.900 condomínios residenciais participam do pro-grama de reciclagem municipal, utilizando quase 2.900 contêi-neres. O governo municipal diz que está implantando contêine-res com capacidade de 1.000

e 2.500 litros, para a entrega voluntária em estacionamentos de bancos, supermercados, escolas públicas e particulares, universidades e condomínios, e que investirá R$ 25 milhões para criar outras 25 centrais de triagem.

O munícipe pode obter infor-mações sobre a coleta seletiva e os outros serviços relacionados à limpeza da cidade, através da Central de Atendimento - 156, Departamento de Limpeza Urbana (LIMPURB) e do Alô Limpeza - 3397-1723.


Frente Parlamentar recebe reivindicaçõesda população em situação de rua

A primeira reunião da Frente Parlamentar por políticas públi-cas para a população em situação de rua, após sua instalação, apontou diversas questões que serão encaminhadas no pró-ximo encontro à secretária de Assistência e Desenvolvimento Social, Alda Marco Antônio e ao secretário de Segurança Urbana, Edson Ortega.

Sete vereadores integrantes da Frente compareceram à reunião e compuseram a mesa diretora dos trabalhos: Chico Macena (PT) - presidente; Neti-nho de Paula (PC do B) - relator; Sandra Tadeu (DEM) - vice-presidente; Alfredinho (PT), Ítalo Cardoso (PT), Floriano Pesaro (PSDB) e Roberto Trípoli (PV).

Dentre as questões citadas, está a falta de sintonia entre dis-curso e prática dos órgãos muni-cipais, constatada, por exemplo,

em medidas como a Portaria publicada no dia 1.º de Abril, que regulamenta procedimentos a serem adotados pela Guarda Civil Metropolitana (GCM) no trato com os moradores de rua. “A prefeitura diz que esta é uma decisão que foi tomada em conjunto com a Secretaria de Assistência Social, mas a secretaria afirma que não teve participação”, afirmou o Padre Júlio Lancelotti, completando: “Notamos que esta Adminis-tração possui uma esquizofrenia para solucionar essa questão”.

O presidente da Frente Parla-mentar, vereador Chico Macena (PT), junto com o relator Netinho de Paula (PC do B) informou que as próximas reuniões da Frente acontecerão às terças feiras, às 10 horas, junto com a reunião da Comissão em Defesa da Criança e do Adolescente. “Esta decisão

auxiliará no andamento da Frente Parlamentar, pois ela não tem o poder de convocar a presença do executivo, mas a comissão sim”, afirmou Chico Macena.

“Este é um momento histó-rico, não único para a população em situação de rua”, afirmou Tião Nicomedes, conhecido como escritor das ruas. “De onde saiu a ideia de que inco-modar a população de rua vai trazer alguma solução? É uma grande mentira dizer que as pessoas não querem ir para o albergue... na época do frio a perua que pega as pessoas nas ruas para levar aos abrigos fica cheia. Ninguém quer chegar no albergue depois das 20 horas, depois deste horário não tem janta, nem toalha pra tomar banho”, disse Nicomedes.

Outra questão mencionada pelos representantes dos movi-

mentos estadual e nacional da população em situação de rua e pelos parlamentares, foi a necessidade de se anali-sar a participação da SMADS no orçamento da prefeitura e reivindicar o direcionamento de verbas para programas de inclusão social. Anderson Lopes, do Movimento Nacional, pediu a aplicação da Lei n° 12.316, apro-vada em 2002, que cria a política de atenção à população de rua para o município de São Paulo, passando a introduzir em todas as áreas do governo a inclusão social destas pessoas.

Robson Correia, do Movi-mento Estadual da População de Rua, comentou que muitas vezes os moradores são víti-mas de violência. “Confundem questão social com questão policial”. Também lembrou à Frente Parlamentar que

existem espaços públicos que poderiam ser destinados às pessoas que vivem nesta situ-ação. “Habitação tem. Exis-tem diversos prédios públicos fechados e ninguém faz nada, em contrapartida as pessoas morrem na rua”.

Compuseram a mesa, ao lado dos parlamentares: padre Julio Lancelotti, Tião Nicome-des - escritor, Anderson Lopes Miranda - representante do Movimento Nacional da Popula-ção em Situação de Rua, Robson Correia - representante do Movi-mento Estadual da População em Situação de Rua, dr. Eduardo Fer-reira Valério - promotor público, dr. Carlos Henrique Loureiro - defensor público Núcleo da Habitação.

Por Diane Costa e Carlos Moura

MTb/DRT/MS 006

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1º de Maio: Dia de reflexão e comemoração

O dia do trabalhador é tra-dicionalmente comemorado no Brasil. Foi criado em 1889, em Paris. A data foi escolhida em homenagem à greve geral, que aconteceu em 1º de Maio de 1886, em Chicago, o principal centro industrial dos Estados Unidos naquela época, quando milhares de trabalhadores foram às ruas para protestar contra as condições de trabalho desuma-nas a que eram submetidos.

Neste ano, a CUT reali-zou a comemoração na Cidade Dutra, zona Sul da capital com shows dos Racionais Mc’s e Frank Aguiar. No local, os trabalhado-res tiveram acesso a serviços como emissão de RG e car-teira de trabalho, saúde, beleza, entre outros. A outra parte da

celebração foi no Memorial da América Latina, com palestras e ato inter-religioso, além de shows com Carlinhos Brown e Milton Nascimento. A data foi um momento de festa, mas também um dia de reflexões sobre os avanços e o que ainda precisa ser conquistado, como a redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais. “É muito importante que os tra-balhadores se sindicalizem para tornar os sindicatos fortes e con-tinuar garantindo benefícios para todas as categorias”, afirma Luiz Cláudio Marcolino, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.

Os bancários são reconheci-dos no movimento sindical por ser uma categoria forte e de

muitas conquistas. Todas as nego-ciações são unificadas, realizadas pelo Comando Nacional, que é formado por representantes de bancários de bancos privados e públicos de todo o país, entre eles, o presidente do sindicato dos bancários, Marcolino.

Na campanha mais recente, de 2009, a categoria conquistou a ampliação da licença-maternidade de quatro para seis meses. O direito passou a fazer parte da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) dos bancários. “Somos a única categoria que garantiu esse direito. Todos os bancos assinaram o acordo e agora, as bancárias têm ao todo 180 dias para estarem junto de seus filhos e garantir a amamentação por um período maior e recomendado pelos médi-

cos. O próximo passo agora é lutar para que essa conquista se estenda para todas as trabalhadoras”, reforça Marcolino.

As negociações, mobiliza-ções e greves organizadas pelos bancários do Brasil garantiram desde de 2004 a conquista de aumento real maior do que a inflação, além de participação nos lucros e resultados (PLR). “São seis anos consecutivos de garantia de poder de compra para a categoria. Isso mostra que a organização faz a diferença”, reforça o presidente.

Além disso, os bancários também possuem vale-refeição, cesta-alimentação, plano de saúde, auxílios creche e educação, além de 13ª cesta-alimentação, entre tantas outras conquistas.

Mas a luta dos bancários é permanente. Melhorias de con-dições de trabalho e segurança são temas sempre em pauta. Em Abril, foi lançada em São Paulo a campanha “Menos Metas, Mais Saúde”, com o objetivo de alertar os trabalhadores para os malefí-cios causados pela pressão que pode virar assédio moral e causar graves danos à saúde mental e física, e ainda protestar contra a gestão das instituições, que estabelecem metas para vendas de produtos a qualquer custo.

“Se não houvesse sindicatos fortes, os trabalhadores teriam perdido vários direitos, por isso, é importante comemorar e não esquecer de apontar caminhos para novas conquistas”, completa Marcolino.

Redução da jornada de trabalho e ampliação da licença-maternidade para todas as trabalhadoras ainda devem ser conquistados.

O Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e o Centro de Estudos de Con-juntura e Política Econômica da Universidade Estadual de Campinas (Cecon-Unicamp) vão lançar o livro Sistema Finan-ceiro e Desenvolvimento no Brasil (do Plano Real à crise financeira), elaborado por diri-gentes sindicais bancários e

economistas. O livro tem o objetivo de resgatar debates e propostas para o sistema finan-ceiro, discutidas em diversos fóruns de dirigentes sindicais bancários, e estimular que a sociedade tenha a partir destes argumentos apresentados, uma visão ampla e crítica da impor-tância do sistema financeiro no desenvolvimento econômico.

Alguns temas abordados são: crédito, taxa de juros, regula-mentação, impactos da gestação do Banco Central no trabalho bancário, micro crédito, finan-ciamento através do mercado de capitais, entre outros.

É destinado a pessoas que atuam em sindicatos, empresas, estudantes e interessadas na atu-ação dos bancos e seus reflexos

na economia.O lançamento está progra-

mado para o dia 10 de Maio, com realização de um seminário para consolidar à sociedade que os trabalhadores, e neste caso especial, os bancários, têm ampla visão do sistema financeiro e que a partir de suas experiências podem fazer proposta e interferirem para

que este sistema financeiro seja voltado ao desenvolvimento local e regional. Além disso, que os debates promovidos sirvam de subsídio para que as pessoas interessadas possam refletir sobre o tema.

Mais informações sobre o livro e o seminário de lançamento, na página eletrônica do Sindicato. www.spbancarios.com.br .

Sindicato e Unicamp lançam livro sobre sistema financeiro

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Saúde no CentroCaderno do Jornal Centro em Foco - edição n° 76

Sexualidade... sexo... ai, que vergonha!ções, aplicando inadequadamente a letra da música feita para umas das mais conheci-das personagens de Jorge Amado: G a b r i e l a (d e Cravo e Canela), “...Eu nasci assim/ Eu cresci assim/ E sou mesmo assim/ Vou ser sempre assim/ Gabriela, sempre Gabriela...”

Cabe a cada um de nós, na i d ad e adu l t a , buscar e estudar tudo, principal-

Para você sexua l idade ainda é uma palavra ou um assunto difícil, ou é sinônimo de vergonha?

Como você sabe, querido leitor, gosto de compartilhar meus estudos, minhas experi-ências e minhas leituras.

Educação sexual, como todo contexto que envolve Educação, vem de berço, e não quero dizer pobre/rico/classe média, mas sim, o conjunto de experiências boas ou más que alguém mais experiente passa para nós com a intenção de nos direcionar da melhor maneira possível. Com isso, nem sempre conseguimos bons parâmetros, e, muitos de nós usam essa situação para justificar imperfeições e frustra-

mente em rela-ção àquilo que nos incomoda ou que nos faz perceber que estamos iso-lado com deter-minada opinião - isso é crescer e evoluir. Então vamos, sim , usar a nossa bagagem - o que já nos foi explicado e ensi-nado sobre o que há em volta da palavra sexo, a importância e o significado da expressão sexu-alidade, e somar com o novo: ami-

zade, respeito, casual, casal, simples prazer, prazer elabo-rado, benefícios físicos/mentais/emocionais, para deixar de ser algo rodeado de tabus e tornar uma atitude que agregue e torne feliz. Enfraquecendo desse modo o feio, porque enxergar feio ou bonito depende da lente que se coloca e... lentes velhas emba-çam e riscam.

Vamos sentar na frente do espelho com papel e caneta e listar os incômodos para des-fazê-los.

Experimente. O máximo que pode acontecer é você gostar!

Ana Paula Leijoto

HOLUS Terapia Alternativawww.holusterapia.com.br


A luta no Dia Mundial da Saúde

des , movimentos populares e sociais ligados à saúde realiza-ram um grande ato em defesa do SUS. Apesar da chuva, cerca de duzentas pessoas se mani-festaram diante e no interior do “Palácio Anchieta” (sede da Câmara Municipal de São Paulo). Foram reivindicar um SUS (Sistema Único de Saúde) por inteiro, com recursos para seu financiamento, com traba-lhadores públicos, participação e controle popular. Denunciaram a precariedade no atendimento dos usuários de saúde pelas OS, a superlotação das AMAS, a ausência de profissionais de saúde nas UBS, a demora no agendamento de exames médi-cos, a dificuldade para se marcar consultas com especialistas, etc. Entretanto, o tema mais abordado foi o desinteresse da Secretaria de Saúde em realizar a 15ª Conferência Municipal de Saúde, o que contraria as delibe-

rações do Conselho Municipal de Saúde, ferindo os dispositivos legais que democraticamente foram conquistados, pois traz prejuízos para a área de saúde pública da cidade.

A população acompanhou a presteza da PM e GCM em fazer cerco para evitar a entrada dos manifestantes, que vieram em passeata desde a Secretaria Municipal de Saúde, com car-tazes e faixas, às dependências da “Casa do Povo”. E também presenciou o desinteresse de muitos vereadores em conhecer os motivos da manifestação. Ostentando “belos” ternos, eles passavam pela manifestação, impecáveis e embevecidos pelos cargos que lhes demos, não querendo envolvimento com o que é direito do povo. Povo é, “apenas”, sempre povo... tem importância somente em períodos eleitorais, quando se torna soberano.

A s a ú d e pública é nor-malmente vista c o m o f o s s e apenas assistência médica, acesso a medicamen-tos e a hospitais, porém, mais que isso ela envolve o acesso à água potável, sanea-mento básico, esgoto e habita-ção. O modelo de saúde pública no país é prepon-derantemente curativo, quando o ideal seria um modelo voltado para a prevenção das doenças que exigem atuação multidisciplinar. É sabido, por exemplo, que a atividade física constitui-se fator preventivo contra hiperten-são, diabetes, osteoporose e principalmente a obesidade, e envolve o trabalho de profis-sionais para além da medicina convencional.

Saúde pública é mais do que o somatório da saúde das pessoas. É instrumento para o desenvolvimento social e econômico e está intimamente relacionada com a paz, educa-ção, habitação e equidade. O imenso contingente de doentes que superlota os centros de saúde, na maioria das vezes, é proveniente de áreas sem saneamento ambiental, que representa importante alívio orçamentário no setor saúde, compensando, com folga, os investimentos.

Na manhã de 7 de Abril,em comemoração ao dia Mun-dial da Saúde, criado em 1948 pela OMS, diversas entida-

Saúde no Centro é um caderno do Jornal Centro em Foco, publicado uma vez por mês e distribuido gratuitamente em ruas do entorno das estações de metrô Anhangabau e República.Vd. Nove de Julho, 160 - Cj. 91 - Bela Vista - Fones: (11) 2864-0770/ 3255-1568 - site: www.jornalcentroemfoco.com.br - e-mail: [email protected] - Conteúdo: matérias da

redação e artigos assinados por especialistas colaboradores. Os artigos são de responsabilidade exclusiva dos autores. Edição: Carlos Moura - DRT/MS 006 - Editoração e arte: Douglas Borba.

Saúde no Centro - Caderno do Jornal Centro em Foco - edição n° 76

Manifestantes no Plenário

VereadoraJuliana Cardosoapoia manifestaçãodiante da Câmara

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Na audiência popular, reali-zada no “Salão Nobre” lotado, constatou-se mais uma vez, a indiferença de muitos parla-mentares diante do sofrimento desse povo. A verdade é que há no setor de saúde um grande conchavo, comandado pelo capital financeiro, que é dono dos cérebros e das opções desses senhores encarregados por nós mesmos, de nos repre-sentar no Legislativo, diante do Executivo. Poucos, como os vereadores Jamil Murad e Juliana Cardoso, acompanham as lutas do Conselho Munici-pal de Saúde; muitos dão de ombros ao desmantelamento do SUS, e, talvez, nem saibam o porquê de “tantas manifes-tações”. Na realidade nem se interessam. É coisa de povo... A “Casa do Povo” foi cercada! É o medo do Povo!

Empunhando uma grande bandeira onde se lia: “Que-

re mos nos so direito à saúde, educação, segu-rança, habitação, respeitados!”, mesmo distan-tes do PODER e da JUSTIÇA, e debaixo de chuva, os manifestantes permaneceram persistentes e resolutos. Em sua maioria, cidadãos com idade supe-rior a 40 anos e história de luta infinita, vindos de várias regiões da cidade, com seus narizes de pa lhaço, ma s determinados a receberem o que o que Governo Municipal lhes deve.

Porque a Secretaria de Saúde do Município de São Paulo não quer realizar a 15ª Conferência?

Por que não quer responder a questões que são manchetes de jornais, como: Auditoria aponta que governos de SP, DF, MG e RS usaram recur-sos do SUS para fazer ajuste fiscal; Circuito de TV de R$ 13 milhões não funciona em UBS; Faltam profissionais nas UBS de São Paulo; Faltam UBS e assistência em Saúde Mental; Faltam médicos de especialida-des, Denúncias sobre o AMA Sorriso, Aumento dos casos de dengue, Aumento dos casos de tuberculose, etc.

Carmen Mascarenhas,Conselheira Municipal de Saúde,

Representante do Movimento Popular de Saúde do Centro e inte-

grante da Rede Social Bela Vistae-mail: [email protected]


Perversões sexuais (segunda parte)

O que ocorre na m e n t e d e u m p e r -verso?

Estudos psicanalíti-cos demonstram que a mente doente do parafí-lico (praticante de per-versão) não considera sua postura perigosa à sociedade, muito pelo contrário, acredita ser algo normal. Em todos os casos há uma fraca presença da instância psíquica denominada “Superego”, que freia nossos impulsos, princi-palmente a sexualidade, provindos de outra ins-tância psíquica denomi-nada “Id”. Um indivíduo paraf í l ico, em gera l , se sente deslocado e incompreendido pela socie-dade, podendo, também, invejar as pessoas que ele considera normais.

Tratamentos disponíveis para as parafilias

O tratamento das para-filias é bastante complexo. Em geral, indivíduos aco-metidos de distúrbios psí-quicos de perversão sexual não procuram tratamento espontaneamente, principal-mente no caso de Pedofilia,

pois a doença sofre tanta repugnância da sociedade que o indivíduo tem medo de contar a alguém que sofre desse mal. A procura por tratamento somente ocorre de forma forçada pela Justiça ou quando surgem conflitos constantes com o parceiro sexual. Muitos doentes para-fílicos nem sequer percebem que estão doentes, psicologi-camente falando.

Levantamentos estatís-ticos nos EUA revelam que cerca de 15% das crianças

são molestadas sexual-mente, bem como cerca de 45% das pessoas que procuram a juda prof issional esponta-neamente, se declaram pedófilos.

A literatura médica e psicanalítica sugere que o t r a tamento é multifacetado, ou seja, ocorre a combinação de ações psicoterápi-cas juntamente com tr a tamento medica -mentoso. A Psicanálise é bastante útil para o pac iente perceber a origem infantil do dis-túrbio, enquanto que o uso de fármacos visa o controle bioquímico das pulsões libidinais.

Em casos mais graves, os fármacos promovem o que se chama de “castração quí-mica” onde o indivíduo não sente a pul são sexua l de forma incontrolável. O maior problema do tratamento está nas eventuais recaídas que os pacientes possam ter, isso em função da forte fixação inconsc iente na sua fa se sexual infantil.

José Bosco Psicanalista e grafologista

grafoté[email protected]


Influenza H1N124 de Abril a 21 de Maio

Apenas idosos portadores de doenças crônicas.

Gripe ComumRegiões Norte e Sul : 24 de Abril a 21 de Maio

Regiões Centro-Oeste, Nordeste e Sudeste: 08 a 21 de MaioPessoas com mais de 60 anos.

Influenza H1N110 a 21 de Maio

População de 30 a 39 anos

Alguns endereços na região central

Barra Funda:CSE Barra Funda - av. Dr. Abrahão Ribeiro, 283

Bela Vista:UBS Humaitá - rua Humaitá, 518

UBS Dr. Armando Darienzo - rua Almirante Marques Leão, 684

Bom Retiro:UBS Boracea - rua Boracea, 270

USF Dr. Otávio Arodalho - rua Tenente Pena, 8

Brás:UBS Brás - rua Sampson, 61

República:UBS Bandeira - Pça das Bandeiras, 15

Santa Cecília:UBS Dr. Humberto Pascalli - rua Dr. Vitorino Carmilo, 599

Sé:UBS - rua Frederico Alvarenga, 259

Calendário de VacinaçãoQuanto mais prevenção,

mais proteção!


Alimentar-se ou comer: eis a questão.

Parafraseio Hamlet, com a permissão do leitor, para tornar visível o quão importante é se estar consciente de si e estar cons-ciente do meio que o abraça.

Se a fome é o que nos orienta a comer instintivamente, se a fome é um alerta, e mais preci-samente, se a fome existe como desconforto, qual seria o motivo de termos depositado nela uma relação de respeito ao nosso corpo? Ter fome é bom?

Talvez a atribulação diária nos faça esquecermos das obrigações com o nosso corpo, mas temos o direito de esquece-las?

Se o momento da fome é um desconforto devemos evita-lo, pois quem está desconfortável quer rapidamente ficar confor-tável e, às vezes pular do fogo para a frigideira. A fome pode ser resolvida de maneira rápida e assim sobra tempo para outras

coisas, talvez mais importantes. A isto chamamos de fast-food (comida rapidinha). E é bom lem-brar que fast-food não é só matar a fome, também é um prazer gastronômico.

Mas não é sobre isso que escrevo, o oposto é que tenho a dizer. Se a fome é um alerta, porque ela existe? Vejamos: 1- Muito tempo sem receber os nutrientes necessários?; 2- Comer alimentos que não contém os nutrientes necessários?

Se nestas perguntas existe alguma verdade, sigo o raciocí-nio dizendo que o nosso corpo responde aos nossos desejos e comandos do pensamento, então temos duas prováveis causas da fome. E destas, como em toda pergunta, vem implícitas as pro-váveis respostas: 1- Não deixar o corpo ficar sem os nutrientes necessários por algum tempo; 2-

Comer alimentos que forneçam nutrientes necessários.

Mas o que é algum tempo? E o que são os nutrientes necessários? Deixo estas perguntas para sua lição de casa, leitor interessado em conhecimento e consciência nutricional, pois agora você vai ler um pouco a respeito do que o conhecimento é capaz.

O conhecimento é capaz de fazer viajar para o passado. Esta é a maior justificativa para a nova onda de alimentação integral: a ração humana. Tão boa quanto simples, é um composto de alimentos que sempre usamos, que sempre fize-ram parte da nossa alimentação, mas que por motivos desconhe-cidos foram se distanciando da nossa mesa e sendo substituídos pelos mesmos alimentos, mas com nomes diferentes - nomes comerciais - e com composições mais adequadas à produção em


escala, revenda e consumo, e que devido a estas adaptações foram perdendo o equilíbrio e exigindo adições. A linhaça talvez seja um bom exemplo do que falo. Ela acompanha o Homem há séculos, foi redescoberta como alimento devido a qualidade dos óleos que possui e hoje é muito consumida. É tão vendida, que algumas de suas importantes características, enquanto semente, passaram a ser correlacionadas à qualquer forma de apresentação da linhaça.

O exemplo se solidif ica quando sabemos que a qua-lidade dos óleos da linhaça é continuamente diminuída durante o tempo em que está moída. Consumir linhaça é bom, melhor ainda quando demoradamente mastigada. Daí por que entendo e disse anteriormente que o conhe-cimento nos faz viajar ao passado, pois no presente reconhecemos

que a linhaça consumida como a milênios atrás, mastigando-se a semente, é mais interessante. Viajamos para alguns séculos atrás ao descobrirmos a estabilidade dos óleos no consumo in natura da linhaça.

Aveia, coco, cacau, trigo, soja, quinua, gelatina (colágeno), castanha do Pará ou de caju, uva passa, açúcar mascavo, gua-raná... Estão de volta. Assim como a consciência de que o nosso corpo deve ser alimentado. Simplesmente alimentado. P.S.: Me divirto comendo sorvete de chocolate...

Henrique AraújoEngenheiro Agrônomo - Especia-

lista em Nutrição Humana pela Universidade Federal de

[email protected]

(11) 3337-1008

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Algumas novidades deste ano O reggae terá um espaço

próprio - no Palco Barão de Limeira, onde se apresentarão os músicos jamaicanos Pablo Moses e Clinton Fearon, a pri-meira formação da banda Cidade Negra, que traz Ras Bernardo nos vocais, interpretando can-ções do disco Lute para viver (1991) e a Tribo de Jah.

A Praça Roosevelt abrigará apresentações de grupos de fantasias medievais, mesas de RPG, stands dos fãs-clubes e asso-ciações, shows de oito bandas, parada Cosplay (será transmitida em tempo real pela internet), Live-action RPG, Conselho Jedi e 501 Squadron, Conselho Branco, A Caverna do Dragão e outras atividades.

No Parque da Luz acon-tecerá a intervenção urbana Sombras na Arquitetura, da Cia Quase Cinema, com projeções de sombras nos edifícios. A ideia

é dialogar com as construções convidando a todos a olharem para o céu. Também será palco de Vagalume “Die Lichtwesen” - projeto interativo de perfor-mances com figurinos de luzes; o público fará parte do evento através de um movimento inte-rativo com as criaturas vagantes pelo parque à noite.

Homenagem a Adoniran Barbosa

Adoniran Barbosa, que este

ano completaria 100 anos, o prin-cipal nome do “samba paulistano”, será homenageado pela Virada: entre às 23h do sábado e às 11h do domingo, o público poderá conferir parte de seu repertório num dos dez vagões de trem da CPTM que farão o percurso Luz-Brás. Trata-se do projeto Trem das Onze - 100 Anos de Adoniran Barbosa. Um grupo musical rece-berá o público e se apresentará durante todo o trajeto. Também serão projetadas diversas fotos do

artista nas telas dos vagões.Shows de rua, intervenções,

cinema e circoNa região central, o público

poderá assistir também a espe-táculos de equilibristas, mala-baristas, acrobatas e mágicos durante as 24 horas da Virada. Se apresentarão companhias como Sarruga, com suas figuras gigantes de papel; Acrobático Fratelli e suas diversas virtuoses corporais, acrobáticas e aéreas; e Acampamento dos Anjos,

com uma intervenção artística utilizando barracas de camping verticalmente instaladas sobre a fachada de um edifício.

Sessões de cinema e mostras também fazem parte da pro-gramação, com todos os filmes legendados em português. O Cine Olido abrigará a retros-pectiva da 34ª Mostra Interna-cional de Cinema; o Cine Dom José apresentará uma série de exibições de filmes do monstro gigante Godzilla; o Cine Arouche será a tela de 11 musicais, entre eles “Cantando na Chuva, e “A noviça rebelde”. O Cine Windsor e o CineSesc também realizarão exibições gratuitamente, nas 24 horas do evento: no primeiro, em cartaz os maiores clássicos da licantropia (filmes com lobi-somens) e no segundo, cinco longas-metragens ainda inéditos no circuito comercial.Veja a programação detalhada em: www.viradacultural.org

6ª Virada Cultural: dias 15 e 16 de Maio.

Autoridades apresentamprograma da 6ª Virada Cultural

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Caixa de correios é a arte exposta na agência central da ECT

Como parte da progra-mação de atividades come-morativas do 41º aniversário da ECT, no mês de Abril, a diretoria regional da empresa em São Paulo incluiu a expo-sição “Caixas de Correios: um novo olhar”, que está aberta à visitação pública até o dia 24 de Maio, no prédio Histórico dos Cor¬reios, localizado na av. São João. A realização da mostra é da Associação Bra-sileira de Artistas Plásticos de Colagem (ABAPC).

Ao longo de décadas as caixas de correios passaram por muitas transformações até chegar ao tipo atual, fabricada em poliure-tano, em tamanho e cor padroni-zados. O antigo design em ferro pesado e corrosível, deu lugar

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ao modelo que temos hoje. As caixas atuais ainda coexistem com algumas mais antigas, que constituem peças admiráveis e parte importante da história dos Correios no Brasil.

Na exposição, um grupo de

22 artistas plásticos, integran-tes da ABAPC reinventaram a caixa de correios, atraindo para ela um novo olhar, ao dotá-la de maleabilidade, ludicidade e humor. Utilizando todo tipo de material reciclado, os artistas

demonstram despreendimento na reestilização dos arquétipos antigos, confeccionados com materiais completamente diver-sos aos que escolheram.

Trata-se de uma exposição histórica, que foi inicialmente

programada para apenas um mês, mas permanece aberta devido ao grande interesse despertado no público. Todas as obras chamam a atenção pelo ineditismo, mas algumas são extremamente curiosas, como a caixa 69, a caixa gaiola, a “cat caixa” e a caixa com boca.

Serviço: “Caixas de Correios: um novo olhar”Realização: Associação Brasileira de Artistas Plás-ticos de Colagem (ABAPC) Até 24 de Maio, de segunda a sexta, das 9h às 17hPrédio Histórico dos Correios - Av. São João, s/nº, mezanino - CentroEntrada francaInformações: 3326-9858

MãeEla educa, estimula, incentiva

mas cercea, poda...

É igual no Sul e no Norte

no Leste e no Oeste

Um paradoxo, uma contradição...

se assemelha a uma santa e epidêmica peste

e, ao mesmo tempo, em todo mundo é amada.

É dita sinônimo de egoísmo

autoritarismo e possessão

Para o filho, o polinômio:

beleza, sabedoria, bondade e amação

Ela cuida, protege porque ama...

mas com seus carinhos e afagos

sua eterna criança, muitas vezes sufoca

Recinto de exposições no prédiohistórico dos Correios, na São João.

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“Utopia e Barbárie” de Sílvio Tendler já está nos cinemas

Entrou em cartaz no dia 23 de Abril, o documentário “Utopia e Barbárie”, do diretor Silvio Tendler, (o mesmo de “Os anos JK” e “Jango”), que narra histórias de insurreições e revoluções que mudaram o panorama mundial, desde a 2ª Guerra Mundial.

O filme apresenta um vis-lumbre do momento histó-rico, que desencadeou os atos libertários, a contracultura e os golpes de estado. Tudo isso, permeado pelas andanças do diretor, por 15 países, em um verdadeiro “road movie”.

O sonho de liberdade dos países colonizados, os levantes contra ditadores e uma juven-tude altamente politizada, ou consciente de seu poder de transformação, atravessam o século XX, assistindo a suas utopias tornarem-se barbáries, como as revoluções comunistas, encarnando ditaduras violentas.

O documentário foi constru-

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ído durante 19 anos de captação de imagens e entrevistas - nas palavras do diretor, “um caleidoscópio” de informações, que foram sintetiza-das em pouco mais de duas horas de uma verdadeira aula de história. “Trabalhar em documentário é montar um mosaico, eu sempre nadei contra a maré, pois meu cinema é artesanal, se me impu-sessem o ritmo industrial, não aceitaria”, disse Silvio.

Personagens e intelectuais deram depoimentos sobre os impactos dessas revoluções em suas vidas e seus próprios impactos nas revoluções, bus-cando explicar o contexto e o momento em que aconteceram. O general vietnamita Giap, que comandou o exército durante a guerra contra a colonização francesa em 1954 e a guerra contra os americanos nos anos 70, Eduardo Galeano, jornalista e escritor uruguaio, autor do célebre livro “As veias abertas da América Latina”, o diretor de

cinema israelense Amos Gitai, entre outros. Apesar da vocação comunista do filme, vozes como a do poeta Ferreira Gullar, con-trário a luta armada no Brasil, também participam.

Uma personagem se destaca por sua importância no momento político nacional, a ex-ministra e agora candidata a presidência Dilma Roussef. “Não a coloquei no filme por motivação político-partidária, mas sim por sua cora-gem durante a luta armada no Brasil”, comentou o diretor.

O documentário é interrom-pido antes das atuais conjuntu-ras, quando se iniciam os confli-tos religiosos no oriente médio. “Muitas vezes, terrorismo e ato político são difíceis de destituir, é triste ver que países laicos assumiram essa posição”, disse Silvio. Ele acredita que o funda-mentalismo crescente mereça um trabalho específico, de aná-lise minuciosa, por isso, não o aprofundou no filme.

A pré-estreia aconteceu no Espaço Unibanco e contou com a presença do diretor, que à abertura da exibição, mostrou-se admirado com a iniciativa das produções do Cine B e a Brazucah Produções, que levam o cinema nacional às periferias e regiões carentes de salas de cinema. Esse projeto já alcançou mais de 15 mil pessoas em suas exibições.

Sobre o diretorSilvio Tendler é um aficionado

por cinema, já dirigiu de curtas a longas-metragens, associações e federações de cinema, enfim, um diretor que respira o espírito da “grande tela”. Ele verve seu cinema em um foco popular, sem medo de escancarar as mazelas do Brasil e do mundo.

O diretor fez todas as suas especializações, em grandes universidades francesas, suas formações vão desde História à Cinema Documental. Com

sua especialização, pode criar a Caliban Produções, voltada para bibliografias históricas de cunho social.

O cineasta detém os recor-des de bilheteria em documentá-rios no Brasil, com os longas “O Mundo Mágico dos Trapalhões”, 1 milhão e 800 mil espectadores, “Jango”, 1 milhão de espectado-res e “Anos JK”, 800 mil espec-tadores. Encontrou no cinema engajado à política, à arte e à história seu alicerce. “Eu tento mostrar que um outro mundo é possível, luto contra a corrente”, diz o diretor sobre suas obras.

Quase em sua totalidade, os longas-metragens de Silvio angaria-ram prêmios em grandes festivais pelo país. Em 2005, o diretor rece-beu uma homenagem, o Prêmio Salvador Allende no Festival de Trieste, Itália, pelo conjunto de sua obra e em 2008, também foi homenageado no 10º Festival de Cinema Brasileiro em Paris, com uma mostra de seus filmes.

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Público no saguão do Espaço Unibanco de Cinema

Cinthia (Brazucah Produções),Sílvio Tendler e Juvândia Moreira (Sind Bancários).


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Fech

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o fo

coAplausos, aplausos!

Há uma doença que contagia os palcos paulistanos nos últimos tempos: a síndrome do aplauso de pé. É espan-toso como todo e qualquer tipo de espetáculo tem s ido efus ivamente aplaudido em São Paulo. Perdeu-se o parâmetro. Por muitos anos atri-buiu-se ao público paulistano certa “frieza” diante de artistas em apre-sentação, contrapondo-se a purpurina jogada no palco pelos cariocas. Hoje, seguramente, não há essa distinção. Ou a tevê pasteurizou-nos de vez, o que seria uma resposta medíocre, ou os últimos musicais importados do Tio Sam deram uma fritada geral no córtex dos paulistanos. Sim, Hairspray. Com ele, Edson, o Celulari, entre outros. Lá est ive. Sem comentár ios sobre a música sofrível, as interpretações engessadas pelo formato, a história pedante. Mas o final, amigos, é arre-batador. Mil pessoas, em pé, batendo palmas por cinco ou 6 minutos. Que hairspray elas cheiraram? Antes das pedras aviso: não tenho nada contra musicais, tampouco suas adaptações para o Brasil. Vide Chicago, protago-nizado pela mesma Danielle Winitts de Hairspray. Era magnífico, ágil, cheio de vida. Pois bem: aplaude-se Chicago e Hairspray com a mesma efusividade. Ora , que diferença faz então para a obra, para o artista? Onde está a tênue linha entre aplauso respeitoso, aplauso frio, aplauso efusivo, ou do aplauso de pé – esse sim, deveria estar guardado para grandes ocasiões, onde a obra tocasse fundo na alma de quem a contempla. Não é desrespeito algum aplaudir sentado. Triste é aplaudir de pé qualquer coisa. Hoje se aplaude de pé qualquer coisa em São Paulo: desfile de cachorro, pegadinha no meio da rua, discurso de pastor na Praça da

Matarazzo tinha razão?Virou folclore da cidade de São Paulo o processo de tombamento

da famosa mansão da família Matarazzo na Avenida Paulista. Entre idas e vindas, a tentativa de implosão noturna foi seu episódio mais emble-mático. Ainda hoje os proprietários de imóveis tombados encaram o tombamento como uma maldição, pois impede sua transformação para diferentes usos que não os originais. Os conselhos municipais e estaduais de conservação histórica e arquitetônica são criticados por engessarem os edifícios sem, entretanto, apresentarem contrapartida ou plano de recuperação para o bem recém-tombado, exceto na con-cessão de algumas isenções fiscais, como parte do IPTU. No geral a ordem é: Tomba-se e pronto, o patrimônio está assegurado das garras ensandecidas do mercado imobiliário.

Essa é a realidade de muitos prédios históricos do centro da cidade. Contudo, o que os proprietários precisam é dar um fim econômico e/ou social para os edifícios, modernizando suas instalações, restaurando suas fachadas, propiciando uma nova utilidade aos imóveis e contribuindo para sua preservação. Para isso é necessário dinheiro para as restau-rações, estudo e sugestões de projetos que possam ser executados e acompanhamento técnico dos restauros. Um plano de gestão que hoje o estado não está preparado assumir. Como os proprietários em sua maioria não possuem suficiente ervanário, compreende-se a alcunha de sentença de morte para tombamento.

O próprio governo do estado, por exemplo, poderia dar dois cliques nesse processo sem gastar muito suor. Apenas batendo na porta do coorde-nador da Unidade de Fomento e Difusão de Produção Cultural perguntando o motivo pelo qual desde que se implantou os editais do Programa de Ação Cultural do estado, em 2007, a recuperação do patrimônio histórico nunca figurou no rol das artes contempladas. Apenas em 2009 foram dezenove editais que apreciaram: circulação de peças teatrais, finalização de longas-metragens, publicação de livros, criação de festivais de artes, circo, dança, história em quadrinhos, fotografia e por aí vai. Nenhuma vírgula sobre recuperação do patrimônio. Há de haver uma boa explicação.

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Sé. Bolas, se levantamos ante qualquer apresentação, que valor há no aplauso? Melhor seria o silêncio. Se calamos, é porque gostamos.

Virada à paulistaA programação da Virada Cultural de 2010 resgata propostas que repre-sentam a essência da ideia inicial do evento: um espetáculo de rua, aberto, democrático e gratuíto. Sem abandonar as atrações musicais, o grande chamariz, mas focar no poder arrebatador de trupicar com o artista e se deixar transformar, ali, no meio da multidão. É andar em sua cidade, contemplando a beleza de sua gente e de sua arte... e:- Olhar para o céu e descobrir um trapezista deslizando em cordas, - Esbarrar em um palhaço fazenda troça da sua roupa bege, - Pegar uma carona com o equilibrista num monociclo, - Ouvir um violino da OSESP em um palco ao ar livre, - Cruzar com gran-des bonecos de papel, - Assistir a um jogo de futebol, mas na vertical, - Correr para pegar o trem das 11 horas, - Cruzar com o Rei Arthur resgatando o Santo Graal, - Observar sombras projetadas em prédios, com figuras que conversam, - Observar algo e deliciosamente não entender nada, mas gostar mesmo assim-Entrar num cinema e dar risada com mais 800 pessoas, como no Cinema Paradiso.

Por Giscard Luccas [email protected]

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Cachorro Morto no Teatro Imprensa

Exposição no CCBB comemora os50 anos de carreira do artista plástico Aguilar

O roteiro de Cachorro Morto foi inspirado em três livros: o inglês e premiado The Curious Incident of the Dog in the Night-time, de Mark Haddon; A Música dos Números Primos, de Marcus du Sautoy; e Nascido num Dia Azul, do autor Daniel Tammet. A peça fala de perspectivas e velhas certezas sendo destruídas, na medida em que mergulhamos nos sonhos de um jovem portador da Síndrome de Asperger, uma forma de autismo. Une teatro e animação digital para contar a história de um rapaz que, ao fazer pergun-tas às variadas formas de ciência, acaba encontrando uma maneira nova e toda especial de olhar o mundo, levando o espectador a rever seus conceitos e se abrir

A partir de 11 de Maio, o CCBB expõe cerca de 80 obras do artista plástico, videomaker, performer, escritor e músico José Roberto Aguilar, na mostra Aguilar 50 Anos, em comemora-ção às suas cinco décadas de ati-vidade. Arte sob diversas mídias e suportes marcam a exposição, aberta para visitas até Julho, com entrada franca. Para os interessados em arte-educação, no dia 29 de Maio, o encontro da série Práticas e Reflexões com Educadores conta com debates reflexivos sobre educação, tendo como mote a mostra.

Na tarde do dia 30, acontece o Dia da Família com apresenta-ção do clássico “Se Minha Cama Voasse” (Disney), no cinema, e a oficina “Personalize um Traves-seiro e Bons Sonhos!”, em que pais e filhos participam juntos, dentro da temática “No Ar - Viajar”. O programa, que é mensal e gra-tuito, está na 3a. edição.

As artes plásticas e o cinema encerram as temporadas de “Ossário” e “Clássicos e Raros

para o diferente. Leonardo Moreira

é o autor e diretor de Cachorro Morto, que tem no elenco os atores Aline Filócomo - uma das criadoras do Prêt-à-Porter 8, de Antunes Filho -, Luciana Paez, Bruno Freire, Thiago Amaral e Maria Amélia Farah. No enredo, Bruno sabe de cor todos os países do mundo e suas capitais e também os números primos de quatro algarismos. Luciana gosta do Estado de Massachussets, mas não entende nada de rela-ções humanas. Thiago e Maria Amélia adoram relógios, cálculos e verdades absolutas. Aline odeia amarelo e não suporta ser tocada.

Os cinco atores vivem o mesmo personagem. Ao encontrar o cachorro da vizinha morto no jardim, decidem descobrir quem o matou.

O ponto de partida da peça é a relação entre a matemática e outras formas de dividir e apren-der. Ao multiplicar o protagonista

pelos corpos dos cinco atores, a cena cria uma narrativa envolvente para a plateia, que é convidada a conhecer o universo do portador de autismo.

Mais do que comu-nicar a respeito desse transtorno psiquiátrico, o espetáculo quer aproximar os especta-dores de um mundo

visto por um outro olhar, um outro raciocínio lógico e outras relações afetivas. Para garantir veracidade, a equipe dialogou com crianças e jovens atendidos pela AMA (Associação de Amigos do Autista). “Por meio do diálogo artístico, pretendemos modificar a perspectiva do público, transfe-

rindo o olhar de si para o outro e reconhecendo-o como um ser único, diferente. Nossa proposta é estimular a abertura para que outras formas de linguagem e de expressão, além das usuais, sejam reconhecidas e respeitadas”, diz o diretor Leonardo Moreira.

Serviço Peça teatral Cachorro Morto Temporada: até 26 de MaioEspetáculo: terças e quartas às 21hClassificação etária: 12 anos Teatro Imprensa - Sala Vitrine Rua Jaceguai, 400 - Bela Vista Informações: 3241-4203 Capacidade: 48 lugares Bilheteria: aberta 1 hora antes do espetáculo Ingressos: R$ 20,00 e R$ 10,00 (1/2 entrada)

do Nosso Cinema”, respecti-vamente nos dias 9 e 16. Ao mesmo tempo, começam os preparativos para a abertura da mostra “Cineastas e Imagens do Povo”, que apresenta documen-tários brasileiros selecionados com base no livro homônimo do crítico de cinema Jean-Claude Bernardet. Além de assistir aos dos filmes, o público poderá

participar de debates e de um curso realizado com apoio da USP. A mostra fica em cartaz de 19 de Maio a 06 de Junho.

No Programa Educativo, além da programação regular, acontecem as Visitas à Exposi-ção em Libras para Deficientes Auditivo, especial para surdos ou pessoas com fluência na Língua Brasileira de Sinais - às

quintas, sábados e domingos, com entrada franca. Na área das Idéias, Radiografia Cultural: Periferia e Underground em SP vem com o tema “Literatura e Cidadania”, apresentando diver-sos saraus nos dias 04, 11, 18 e 25 de Maio, no café do CCBB. O último sarau do mês é acompa-nhado por debate com o escritor Marcelino Freire e o poeta Sérgio

Vaz, fundador do Sarau da Coo-perifa. A mediação do encontro é do crítico literário e ensaísta Manuel da Costa Pinto - também com entrada é franca.

O CCBB vai à rua, nos dias 21 e 22 de Maio, com o programa Centro da Arte, levando a música do Trio Sabiá para a Praça do Patriarca. O público é convidado a interagir, ocupando uma pista de dança montada no local. Até 30 de Julho, diferentes manifestações de arte passarão pela praça.

As peças Êxtase, direção de Mauro Baptista Vedia, e Sim-plesmente Eu, Clarice Lispector, com Beth Goulart, continuam no CCBB até 10 e 20 de Junho, respectivamente.

ServiçoCentro Cultural Banco do BrasilRua Álvares Penteado, 112 – Centro (próximo às estações Sé e São Bento do Metrô)Aberto de ter. a dom., das 10h às 20hInformações: (11) 3113-3651/3652e no site: www.bb.com.br/cultura

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