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MAIO Nº 7 2007 GLOBAL SOLUTIONS FOR LOCAL CUSTOMERS – EVERYWHERE ESAB oferece soluções completas na fabricação de torres eólicas Lançamentos 2006 e 2007 serão apresentados na 11ª FEIMAFE #7 2007

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G L O B A L S O L U T I O N S F O R L O C A L C U S T O M E R S – E V E R Y W H E R E

ESAB oferece soluções completas

na fabricação de torres eólicas

Lançamentos 2006 e 2007 serãoapresentadosna 11ª FEIMAFE

#7 2007

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• Estagiária

Débora Santana

• Revisão

Cibele Silva

• Editoração

Tércio Lemos

• Fotografias

Arquivo da ESAB

• Revisão técnica

Antonio Plais

Editorial

Expediente

Maio chega trazendo bons ventos! Apesar de o Brasil continuar

amargando os mesmos e velhos problemas conjunturais – que

tanto amarram e impedem o necessário crescimento do país – os

indicadores da economia dão sinais alentadores, mostrando que

o ciclo de crescimento que hoje atravessamos está se fortalecen-

do, mesmo num ritmo mais lento do que todos gostaríamos.

A manutenção da inflação em níveis civilizados já há muitos

anos (o bastante para começarmos a perder a memória daqueles

nefastos tempos) nos permite, hoje, planejar com mais confian-

ça os investimentos e o crescimento dos nossos negócios. Por

todo o país, diversos setores industriais apresentam significativo

movimento ascendente nos negócios, destacando-se os setores

automobilístico, construção naval, petróleo e gás, açúcar e álco-

ol, mineração e siderurgia, todos eles em acelerada expansão.

Nós, da ESAB, estamos atentos a este momento e podemos,

hoje, colher os frutos de decisões estratégicas e investimentos

tomados anos atrás. Oferecemos aos nossos clientes uma com-

pleta linha de consumíveis para soldagem, equipamentos para

soldagem e corte, sistemas automatizados de soldagem e corte

CNC, soluções para controle ambiental, enfim, produtos, tecno-

logia e serviços que lhes permitem crescer com segurança, sa-

bendo que podem contar com o suporte de uma das maiores

empresas mundiais em soldagem e corte e líder inconteste no

Brasil e na América do Sul.

Para maio, a ESAB preparou, também, um dos maiores lan-

çamentos de produtos da sua história, durante a FEIMAFE, em

São Paulo: são novos consumíveis para manutenção ferroviária,

novos equipamentos nas linhas de transformadores, retificadores,

conjuntos para soldagem MIG e TIG, colunas, viradores e outros

equipamentos para automatização de soldagem e oxicorte, enfim,

um amplo leque de produtos que, com certeza, virão a contribuir

ainda mais para o crescimento das empresas brasileiras.

Visite-nos na FEIMAFE 2007, de 21 a 26 de maio, no Parque

de Exposições do Anhembi, em SP. Aguardamos sua visita.

Antonio Plais

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índicepágina 5

ESAB prepara novidadespara 2007 e 2008

página 7Fonte de energia multiprocesso

página 8DUAL SHIELD 7100 ULTRA LH

página 9

ESAB investe no mercado deconsumíveis para aços de altaresistência

página 11

Fabricação de torres eólicas com processos eficientes de soldagem

página 14

Uma solução completa parasoldagem circular de peçascom grandes dimensões

página 16Seguidor eletrônico de juntas GMD

página 18

Soluções ESAB para o reparo detrilhos em campo por soldagem

página 23

ESAB busca excelência e focaesforços no cliente

página 25OHSAS é meta para 2007

página 26

Marco para a ESAB Brasil: desen-volvimento de projeto tecnológico

página 29

O que é o diagrama de Schaefflere qual a sua utilidade?

página 30

Novos produtos ESAB para asoldagem de reparo e manutenção

página 5

página 11

página 18

página 33

Como goivar utilizando eletrodo revestido?

página 34

Demovan: demonstrações in loco, com flexibilidade e eficiência

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ESAB prepara novidadespara 2007 e 2008

Buscando acompanhar a de-manda do cliente e, principal-mente, se antecipar na oferta de inovações ao mercado, a

ESAB preparou para 2007 o lançamento de diversas linhas de produtos que aten-dam os vários segmentos do mercado.

Segundo o engenheiro Flávio dos Santos, esta postura é o resultado da im-plantação do Puma, há cerca de um ano,

quando a Empresa promoveu a mudança de organização no processo de fabrica-ção e desenvolvimento dos produtos, re-forçando o foco na demanda, qualidade e custo adequado. Com esta metodologia, a ESAB conquistou a adequação de suas máquinas ao que o mercado e os clientes desejam, uma vez que podem manter um maior controle dos processos, impedindo que estudos inviáveis tenham continuida-

Produtos

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de e, conseqüentemente, protegendo os recursos que seriam investidos.

Uma das ferramentas desse acom-panhamento é o software para desen-volvimento de equipamentos em 3D, utilizado pela Empresa, que tem a pos-sibilidade de promover uma pré-visuali-zação do modelo da máquina antes de se fazer o primeiro protótipo. “Com esse programa, conseguimos evitar possíveis problemas de encaixe, tamanho e peso, reduzindo tempo, retrabalho e, inevita-velmente, aumentando a produção”, ex-plica Flávio.

Mesmo ressaltando o alto padrão de qualidade e desempenho dos equi-pamentos da ESAB, Flávio acredita que sempre há espaço para melhorias. Desta forma, o principal foco da Empresa para esses lançamentos foi a elaboração de linhas de máquinas que atendessem às necessidades dos clientes com relação a tecnologia, desenvolvimento, facilida-de de operação, baixa necessidade de manutenção e confiabilidade. Para isso, a ESAB trabalha intensamente no aper-feiçoamento dos produtos, mexendo nas fontes, na robustez do processo, acom-panhando de perto todas as etapas de desenvolvimento. “Não foi uma melhoria aleatória. Buscamos desenvolver melho-res soluções de acordo com que o clien-te espera”, completa Flávio.

No Brasil, a ESAB é a Empresa que possui a maior gama de equipamentos de solda (MIG, TIG, MMA) e arco submerso, dispositivos de automatização, máquinas de corte manual e mesas para corte auto-matizado. Para cada uma dessas linhas, o cliente pode conferir os lançamentos ESAB em 2007 e início de 2008.

Além disso, diversas novidades es-tarão expostas durante a 11ª FEIMAFE – Feira Internacional de Máquinas-Ferra-menta e Sistemas Integrados de Manufa-tura –, a realizar-se entre os dias 21 e 26 de maio, no Anhembi, São Paulo.

Nova linha de transformadores: Bantam 250 Serralheiro e Super Bantam 256 Equipamentos mais simples e confiá-veis, de fácil manutenção, em platafor-

ma única, que reduz o número de com-ponentes.

Retificadores convencionais: Linha OrigoArcUma nova linha completa, mais eficiente, que vai de 250 a 425A, em plataforma úni-ca, reduzindo gastos com manutenção.

Inversores: OrigoArc 286iEquipamentos de ótima soldabilidade, alta tecnologia, portabilidade, economia de energia e confiabilidade. Este produ-to marca a entrada e evolução da ESAB em tecnologia com relação às máquinas fabricadas no Brasil. É o único inversor nacional que pode ser conectado em mul-titensão.

MIG: LAI 407Ótimo desempenho, melhor soldabilidade utilizando CO2 como gás de projeção. Equi-pamento validado pelo cliente. Exaustiva-mente testado em condições reais de traba-lho, já nasce maduro para o mercado.

ESAB 653 CV/CC e OrigoFeed 484Alta tecnologia, máquina multiprocesso, de excelente performance e robusta. Equipa-mento para trabalho pesado e automatizado.

MIGs Compactas: Linha SmashwelDesign moderno, mantendo a confiabilidade, a performance e o sucesso no mercado.

AutomaçãoLinha completa de cabeçotes, tratores, vira-dores, posicionadores e colunas para auto-mação de grande porte. Seguidor de juntas GMD para otimização do processo. Fácil aplicação e alta confiabilidade.

Corte: LPH 37Mais competitivo no mercado. Excelente qualidade e de fácil manutenção.

Lançamentos 2008: LAI 408 e 558Nova geração de máquinas tiristorizadas. Novo design, plataforma única, excelente performance e fácil manutenção. Unificação de todos os recursos existentes nos atuais modelos ESAB.

Nova máquina de corte: LPH 37

Transformador Bantam 250 Serralheiro

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Fonte de energia multiprocessoConheça este lançamento da ESAB

Atenta à demanda do mercado, a ESAB está lançando uma fonte de energia que possibilita a soldagem de diversos tipos

de materiais, tanto no processo MIG como ao arco submerso, eletrodo revestido e a goivagem com eletrodos de grafite. Este equipamento chega para atender às apli-cações dos clientes ESAB, cujas os princi-pais exigências são ótima estabilidade de arco e alto fator de trabalho. Trata-se da fonte ESAB 653 CV/CC, um equipamen-to que é capaz de fornecer correntes de 750A com um ciclo de trabalho de 60% ou 650A @ 100%. Para acompanhar um ciclo de trabalho tão elevado, a ESAB também desenvolveu um novo alimentador de ara-me com dupla motorização (OrigoFeed 484 P5) para trabalhar com arames com bitola de até 2,6mm.

Principais características da fontede energia ESAB 653 CV/CC:• Totalmente compatível com toda linha de alimentadores OrigoFeed e tratores para arco submerso A2T.• Equipamento robusto e de fácil operação.• Sistema de ventilação por demanda, ou seja, o ventilador somente é acionado quan-do se inicia a soldagem e se desliga automa-ticamente 6,5 minutos ao final. Isto garante redução no consumo de energia quando a máquina não está sendo utilizada.• Sistema de proteção contra fuga de ten-são para a carcaça, em conformidade com padrões internacionais de segurança.• Circuitos eletrônicos totalmente protegi-dos contra acúmulo de poeira, localizados num gabinete de fácil acesso.• Possui dois níveis de indutância.• Possui tomada auxiliar 110 VAC.

Principais característicasdo OrigoFeed 484 P5:• Dupla motorização.• Design moderno, com alça que facilita o transporte.• Mecanismo de alimentação de arame ro-busto, utiliza roldanas de 48mm de diâmetro.• Realimentação da velocidade do motor através de encoder, ou seja, maior confia-bilidade na alimentação de arame durante a solda.

Aliando alta capacidade de trabalho e agilidade durante o processo de solda, a ESAB desenvolveu também um kit de inter-face que possibilita a utilização de dois ali-mentadores de arame na mesma fonte. Isto diminui os tempos de parada para adequa-ção a novos parâmetros e processos.

Produtos

Eng° Cristiano FerreiraEngenharia de Desenvolvimento de Máquinas

Conjunto: Kit de Interface + Alimentadores + Fonte

OrigoFeed 484 P5

ESAB 653 CV/CC

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DUAL SHIELD 7�00 ULTRA LHO mais novo arame tubularESAB para soldagem emtodas as posições

O Dual Shield 7100 Ultra LH representa a última geração de arames tu-bulares rutílicos baixo

hidrogênio para soldagem em to-das as posições. Esse novo arame tubular é o mais produtivo consu-mível disponível atualmente para soldagens manuais e mecanizadas fora de posição, incluindo vertical descendente, proporcionando ex-celente aspecto visual do cordão. Ele é desenvolvido para soldagem utilizando tanto CO2 puro quan-to misturas Ar/CO2 como gás de proteção. É aplicado em todos os segmentos onde são realizadas soldagens fora de posição de aços carbono, tais como, naval, offsho-re, construção civil e máquinas pesadas, como vagões, tratores, escavadeiras e caminhões, entre outros.

O Dual Shield 7100 Ultra LH é um arame que apresenta excelen-te soldabilidade com arco suave e livre de respingos em uma transfe-rência do tipo spray arc. Pode-se obter facilmente cordões de solda planos com excelente penetração

e molhabilidade em soldas de filete em ângulo. Forma escória frágil e de fácil remoção. Descontinuidades tí-picas da soldagem fora de posição como, por exemplo, falta de fusão e inclusões de escória, são evitadas, devido à transferência spray arc. Esse arame apresenta excelente to-lerância a juntas mal preparadas e performance na soldagem de cha-pas oxidadas e sobre primer do tipo silicato de zinco.

A formulação desse arame tu-bular proporciona a formação de uma escória com alta taxa de res-friamento que suporta a poça de fu-são nas soldagens fora de posição, garantindo, assim, taxas de depo-sição que não podem ser atingidas na soldagem com eletrodos revesti-dos e arames sólidos. Na soldagem vertical ascendente, podem-se al-cançar taxas de 4 a 5kg/hora (ciclo de trabalho 100%), o que o torna o mais produtivo consumível para sol-dagem fora de posição. Os parâme-tros de soldagem são geralmente ajustados para cada posição, mas um único ajuste (230A) pode ser se-lecionado para todas as posições, tornando esse arame ideal para aplicações em geral.

O teor de hidrogênio difusível da solda produzida com esse ara-me tubular é abaixo de 8ml/100g de metal depositado quando sol-dado utilizando tanto CO2 quanto misturas Ar/15-25%CO2 como gás de proteção.

Produtos

• Alta taxa de deposição • Todas as posições • Excelente soldabilidade • Soldagem com CO2

ou misturas Ar/CO2

• Excelente qualidade da solda • Baixo hidrogênio

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ESAB investe no mercadode consumíveis para aços

de alta resistência

Em função do constante crescimen-to da utilização dos aços de alta re-sistência no Brasil, relacionado ao aumento da oferta dessa classe de

aço no país e à difusão de sua utilização em diversos setores da indústria pesada (como a automobilística, ferroviária e até mesmo naval), a ESAB acompanha um proporcional aumen-to do número de consultas sobre materiais aplicáveis a essas estruturas.

Esses são aços nos quais ocorre a adição de pequenos teores de elementos químicos (elementos de liga) para que seja possível, através de processos termomecânicos, du-rante a fabricação, obter altos limites de es-coamento e resistência. Os tratamentos térmi-cos usualmente empregados são a têmpera e o revenimento.

O consultor técnico Cláudio Turani explica que essas particularidades fazem com que o aço adquira propriedades extremamente atrativas, uma vez que se pode utilizar, para

a mesma condição de projeto, componentes com menores dimensões. No caso de carro-cerias de veículos pesados, como caminhões, pode-se proporcionar um aumento na capa-cidade de carga útil, mantendo-se o mesmo peso total. “Embora os aços com graus de resistência mais elevados sejam mais caros, o aumento no custo pode ser compensado pelo menor peso do aço requerido para o componente”, completa Turani.

Como a soldagem também é um proces-so que envolve ciclo térmico, alguns cuidados na aplicação da solda nesse tipo de material se fazem necessários, pois a alta resistência precisa ser assegurada. O aporte térmico aplicado na soldagem deve ser o mais baixo possível para que não haja queda no limite de escoamento e resistência na ZTA (Zona Termi-camente Afetada). Além disso, deve ser sem-pre observada a compatibilidade do metal de solda com o metal de base.

Buscando acompanhar a crescente de-

Produtos

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manda dos clientes, a ESAB produz atualmen-te uma gama completa de consumíveis para soldagem (eletrodos, arames tubulares e com-binações de arames e fluxos aglomerados), especialmente desenvolvida para aços de alta resistência, sendo a única Empresa brasileira realmente atuante nesse segmento de consu-míveis.

Consumíveis produzidos pela ESAB com-patíveis com o aço de alta resistênciaEletrodos RevestidosOK 74.75 – E9018-D1 – Soldagem de grande responsabilidade em aços estruturais de bai-xa liga com mesma composição ou proprie-dades mecânicas; também para certos aços resistentes ao calor, aços sujeitos a tratamen-to térmico após soldagem; especialmente in-dicado para soldagem de trilhos.

OK 75.75 – E11018-G – Soldagem de grande responsabilidade em aços de construção de altíssima resistência e baixa liga, com ou sem pré-aquecimento; especialmente indicado em aços USS T-1 e similares; o metal depositado é insensível à fragilidade do revenido.

Arames TubularesOK Tubrod 90MC – E90C-G – Arame tubular do tipo metal cored de baixa emissão de fu-mos. Apresenta alta eficiência (90-95%), bem como elevada taxa de deposição, resultando em um cordão de excelente aspecto, com pe-quenas ilhas de escória, minimizando limpeza entre os passes. O OK Tubrod 90MC contém Ni e Mo, sendo designado para soldagem de aços de média/alta resistência, bem como em aços temperados com limite de escoamento mínimo de 550 MPa. Este arame também é destinado para aplicações onde se requer propriedade de impacto até -40°C.OK Tubrod 95K2 – E90T5-K2C(M) /

E620T5-K2C(M) – Arame tubular do tipo flux cored básico, designado para aplicações em aços de média/alta resistência até 700 MPa. O OK Tubrod 95 K2 produz depósito resisten-te à trinca em sessões espessas ou sob alta restrição de junta. Apresenta-se com boa sol-dabilidade, com mínima quantidade de respin-go e fácil remoção de escória. Pode ser usado em aplicação onde é requerida propriedade de impacto até -50°C. O diâmetro 1,20 mm pode ser usado em modo de transferência globular para soldagem fora de posição.

OK Tubrod 110MC – E110C-G – Arame tubular do tipo metal cored de baixa emis-são de fumos. Apresenta alta eficiência (90-95%), bem como elevada taxa de deposi-ção, resultando em um cordão de excelente aspecto, com pequenas ilhas de escória, minimizando a limpeza entre os passes. O OK Tubrod 110 MC contém Ni e Mo, sendo designado para soldagem de aços de alta resistência, bem como em aços tempera-dos com limite de escoamento mínimo de 690 MPa. Este arame também é destinado para aplicações onde se requer propriedade de impacto até -29°C.

OK Tubrod 115 – E110T5-G / E760T5-G – Ara-me tubular do tipo flux cored básico designa-do para aplicações em aços de alta resistência até 800 MPa. O OK Tubrod 115 produz depó-sito resistente à trinca em sessões espessas ou sob alta restrição de junta. Apresenta-se com boa soldabilidade, com mínima quanti-dade de respingo e fácil remoção de escória. Este pode ser usado em aplicações onde a propriedade de impacto a -50° C é requeri-da. O diâmetro 1,20 mm pode ser usado em modo de transferência globular para solda-gem fora de posição.

Têmpera – O tratamento térmico de têmpera nos aços tem como objetivo a obtenção de uma microestrutura que proporcione propriedades de dureza e resistência mecânica elevadas. Neste processo, a região a ser temperada é inicialmente aquecida à temperatura de austenitização e, em seguida, é subme-tida a um resfriamento rápido. A micro-estrutura resultante é composta predo-

minantemente de martensita, uma fase que apresenta elevada dureza. Durante o processo de resfriamento, a queda da temperatura promove transformações estruturais, que acarretam o surgimento de tensões internas. Revenimento – Tratamento térmico que objetiva reduzir o nível de tensões residu-ais. Aplicado imediatamente após a têm-pera, as temperaturas inferiores à crítica

resultam em modificação da estrutura obtida na têmpera. A alteração melhora a ductilidade, reduzindo os valores de dureza e resistência à tração, ao mesmo tempo em que as tensões internas são aliviadas ou eliminadas. Dependendo da temperatura em que se processa o re-venido, a modificação estrutural é tão in-tensa que determinados aços adquirem melhor condição de usinabilidade.

Processos térmicos de fabricação do aço de alta resistência

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Fabricação de torres eólicascom processos eficientes

de soldagem

Diversos governos têm feito investimentos em fontes de energia reno-váveis. A redução na

emissão de gases para a atmosfera é a principal responsável pela procu-ra de fontes de energia renováveis como a energia eólica. Não há dúvi-da de que o custo de produção des-te tipo de energia, hoje, é maior que o de outras fontes, como a hidráuli-ca e a térmica. Mas, apesar disso, a energia eólica possui aspectos muito importantes, como segurança e limpeza, além de ser uma energia renovável “verde”.

A energia eólica continuou com o crescimento dinâmico ao redor do mundo durante o ano passado. Em 2006, 14.900 MW foram instalados, o que representa uma taxa de cres-cimento de 25%. Em 2005, o cresci-mento foi de 24% e, atualmente, são gerados 73.904 MW.

Assim, as instalações de energia eólica geram, hoje, mais de 1% do consumo da eletricidade mundial.

A World Wind Energy Association (WWEA), associação que represen-ta todas as organizações de energia eólica ao redor do mundo, prevê uma taxa de crescimento anual para o segmento de 21%, o que permiti-rá, em 2010, uma capacidade insta-lada de geração mundial de 160.000 MW de energia eólica.

O Brasil e a energia eólicaO mercado brasileiro foi, em 2006, o que teve maior taxa de crescimen-to: 729,6%, saindo dos 29 MW, em 2005, para 237 MW. Este aumento concedeu ao Brasil a 20ª posição no ranking de maiores produtores de energia eólica do mundo, sendo que, em 2005, estava na 34ª posi-ção.

Hoje, apenas 0,23% da matriz energética brasileira é proveniente deste tipo de energia. O Brasil tem um potencial real de geração, des-considerando as áreas urbanas e de proteção ambiental, de 30,0 GW em terra.

Energia

A energia eólica

Alemanha (20.622MW), Espanha (11.615MW), Estados Unidos da América (11.603MW), Índia (6.270MW) e Dinamarca (3.136MW) são os maiores produtores e os responsáveis por mais de 70% da geração de energia eólica do mundo.

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Eng° Pedro MunizConsultor do Segmento de Energia Eólica

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O Ministério de Minas e Energia (MME) coordena o Programa de Incentivo às Fon-tes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa), que é um importante instrumento para di-versificação da matriz energética brasileira. Os 208 MW instalados em 2006 fazem par-te do programa que, nos próximos anos, irá acrescentar mais 1.215 MW de energia eó-lica à matriz energética brasileira. Estima-se que a geração de energia eólica dos parques do Proinfa gere uma redução na emissão de CO2 para a atmosfera de aproximadamente 1,2 milhões de toneladas por ano.

Além dos empreendimentos relaciona-dos ao Proinfa, existem, hoje, mais de 60 empreendimentos outorgados na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que so-mam quase 3.500 MW de energia elétrica provenientes da força dos ventos no Brasil.

Construção de torres eólicasUma torre eólica de aço é constituída de duas, três ou até quatro seções, podendo ter de 40 a 120 m de altura e pesar de 40 a 300 ton. As seções têm diâmetros de 2 a 6 m, comprimento de 15 a 30 m e peso de até 80 ton. A faixa típica de espessura das chapas é de 8 a 65 mm.

Para fabricação de torres eólicas, a ESAB desenvolveu um sistema de posi-cionamento e montagem automatizado de elevada produtividade. Ele inclui um siste-ma de fixação e posicionamento tipo Head e TailStock, com um sistema hidráulico de ajuste para eliminação da ovalização que permite a montagem das seções da torre de forma precisa, rápida e seriada.

Além da linha de montagem, a ESAB também conta com outros sistemas avan-çados desenvolvidos para a construção dessas torres. São sistemas de plasma/oxicorte de grande porte, controlados por CNC, equipamentos de posicionamento e manipuladores de solda especializados, além de consumíveis de soldagem e uma completa gama de equipamentos para sol-dagem manual e semi-automática.

O corte é um processo-chave na fabri-cação de torres de alta qualidade, pois deve produzir peças dimensionais que atendam às especificações severas do projeto e com preparação do chanfro em todos os lados das peças.

A ESAB dispõe da mais completa linha de sistemas de corte mecanizado CNC de grande porte e para aplicações de corte de

chapas para construção de torres eólicas metálicas com larguras de corte variando de 4 a 10 m. Os equipamentos de corte CNC da ESAB garantem altíssima precisão dimensional e de chanfro em todos os lados da peça cortada.

Para chapas até 32 mm, a ESAB dispõe de uma cabeça automática para o processo plasma de corte de chanfro em contorno, que permite realizar o biselamento das jun-tas com precisão e elevadas velocidades. Para espessuras acima de 32 mm, em que o chanfro duplo é recomendado, a ESAB desenvolveu um sistema automático de corte, com três maçaricos de oxicorte, que permite o corte preciso de peças com chan-fro com duplo V.

Após serem cortadas, as peças têm a camada de proteção (primer) removida na área próxima ao chanfro, onde a soldagem será realizada. As peças são calandradas em forma de virolas cilíndricas ou cônicas. As virolas são ponteadas manualmente e carregadas na estação automática de sol-dagem, em posicionadores tipo viradores.

Um sistema de arco submerso Tandem DC/AC, com múltiplos arames de alta pro-dutividade, montado em um manipulador tipo viga-coluna, realiza a soldagem longitu-dinal interna e externa.

Os flanges de montagem também são soldados na mesma estação. Eles são sol-dados na extremidade das virolas que fica-ram no início e fim de cada seção. Um con-trolador microprocessado completamente integrado opera a cabeça de soldagem, o manipulador, o alimentador de arame e o sistema de recuperação de fluxo, oferecen-do uma sinergia completa entre as soluções que compõem o sistema.

A virola, então, é carregada no sistema automatizado de posicionamento e mon-tagem tipo Head e TailStock, com rotação motorizada e ajuste de altura hidráulico. A primeira virola é fixada no TailStock. A próxi-ma virola é fixada no Headstock da mesma forma. As virolas são posicionadas utilizan-do os viradores de suporte. Um sistema de ajuste com sete pares de rolos com contro-le hidráulico (rounding jig) mantém a forma circunferencial da seção durante o pontea-mento. Dessa forma, a consistência estru-tural é estabelecida, atendendo, assim, as exigências de qualidade dos fabricantes.

As duas virolas são, então, perfeitamen-te alinhadas e ponteadas antes da solda-

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Calandragem, conformação e ponteamento manual da virola

Sistema Rounding Jig – sistema hidráulico de ajuste da forma

circunferencial durante o ponteamento

Sistema de posicionamento e montagem automatizada de elevada produtividade

com Head e TailStock

Soldagem do flange com Arco Sub-merso utilizando manipuladores de

soldagem e posicionadores tipo virador

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gem automática circunferencial com arco submerso.

Um sistema de viga coluna realiza a sol-dagem circunferencial externa com múltiplos arames e um trator de soldagem realiza a soldagem circunferencial interna com arame simples (passe de selagem). Virola por virola, a seção cresce até alcançar seu tamanho final entre 15 a 30 m.

Como na soldagem longitudinal, a solda-gem circunferencial utiliza o mesmo sistema de controle integrado. Um sistema óptico re-ferencia a posição da cabeça de soldagem e auxilia o operador, que monitora a soldagem através de um sistema de vídeo e realiza ajus-tes de posição por controle remoto.

A soldagem também pode ser realizada com sistemas de guia tipo apalpador auto-mático, que compensa possíveis irregulari-dades do chanfro, ajustando a cabeça de soldagem durante o processo.

A integração desses componentes per-mite um elevado ciclo de operação para o processo de soldagem. O funcionamento de todo o sistema necessita de um número restrito de funcionários bem treinados e pro-dutivos, devido ao alto nível de automação de todo o processo.

Para o caso específico da soldagem do batente da porta de acesso interno na virola da base, a ESAB desenvolveu um sistema mecanizado com trator de soldagem pelo processo de proteção gasosa, que desliza sobre a estrutura da porta.

Após a fabricação, todos os equipamen-tos elétricos, escadas, iluminação, controles e plataformas são adicionados às seções da torre, que ficam prontas para serem instala-das no campo.

A ESAB não fornece apenas uma planta completa de fabricação de torres eólicas eficiente; ela também auxilia no desenvolvimento de proce-dimentos de soldagem, no projeto do layout e no detalhamento do fluxo de fabricação.

O segredo por trás de uma produ-ção de torres eólicas eficientes está no fluxo contínuo de produção na fábrica. O benefício de processos de soldagem

de altas taxas de deposição é comple-tamente perdido se a preparação e/ou manipulação dos componentes em qual-quer área do sistema seja falho ou opere com tempos fora da especificação.

A ESAB pode atuar tanto para o processo de corte como para o de sol-dagem para a fabricação dessas torres, e fornece soluções de ajuste fino para cada etapa da produção.

O pacote completo da ESAB conta

com um único fornecedor e com um úni-co prazo de entrega. Isto resulta em um grande projeto organizado com eficiên-cia, com um custo fixo e um único prazo acertado. O fluxo contínuo de produção é parte do fornecimento completo.

Por tudo isso, a ESAB é reconhecida mundialmente como fornecedora de so-luções de corte, montagem e soldagem rápidas e eficientes para o segmento de soldagem de torres eólicas de aço.

ESAB e torres eólicas

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Sistema de vídeo para monitoramento da soldagem Corte plasma CNC

Soldagem de virola interna com o trator desoldagem com Arco Submerso

Cabeça de soldagem Tandem com dois arames e sistema de guia tipo apalpador

Sistema tipo trator para soldagem do batente da porta de acesso da torre

Corte de chanfro em duplo V

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Uma solução completa para soldagem circular de peças com grandes dimensões

A soldagem de peças de grandes dimensões exige equipamen-tos com um maior grau de pre-cisão de posicionamento e um

maior sincronismo de sistemas. O perfeito conhecimento do produto, do processo a ser utilizado e do equipamento faz com que este tipo de trabalho se torne o mais preciso possível.

Na soldagem de torres eólicas ou de vasos de pressão, por exemplo, pode-se ter peças cilíndricas de grandes dimen-sões, em que a soldagem longitudinal e circular devem ser executadas por equi-pamentos de automação que atendam às especificações de projeto. Para estes casos, a ESAB possui uma linha completa de equipamentos para posicionamento e soldagem desses diferentes tipos de pe-ças e produtos.

Equipamentos para soldagem depeças de grandes dimensõesA ESAB possui, dentro de sua linha para soldagem de peças circulares de grandes dimensões, equipamentos como viradores, mesas posicionadoras e colunas manipu-ladoras, que possuem uma construção ro-busta, compacta e simples. Todos os equi-pamentos possuem controle remoto com display digital, o que permite um comando a distância do equipamento e um controle total do processo. Também no controle re-moto, há uma função que permite interligar os equipamentos para movimentação com

Eng° Igor Alberto de Souza Aarão LimaEngenharia de Desenvolvimento de Máquinas

Energia

Vasos de pressão

Sistema automatizado de posicionamento emontagem Head e TailStock

Virolas para torres eólicas

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o cabeçote de soldagem, para que o início da movimentação seja feito com o start-up do cabeçote de soldagem.

Virador ESAB ZT – O virador auto-ali-nhável ZT é utilizado para auxiliar em sol-dagem de peças circulares. Possui rolos de apoio revestidos em borracha para a tração correta da peça de trabalho. Esses rolos também possibilitam o alinhamento em ângulo da peça de trabalho, a partir do diâmetro do cilindro a ser soldado, sem necessidade de ajuste manual. Os virado-res ESAB ZT podem movimentar peças de 10 até 80 ton., de acordo com o modelo escolhido e atendendo a uma gama de grandes dimensões.

Mesa posicionadora ESAB HB – A mesa posicionadora ESAB HB é utilizada para o posicionamento e soldagem de peças cir-culares, como tubulações e caldeiras, com possibilidade de ajuste para soldagens na vertical, na horizontal ou em ângulo. As mesas posicionadoras ESAB HB podem movimentar peças de 500 Kg até 20 ton., de acordo com o modelo escolhido.

Coluna manipuladora ESAB CaB – As colunas manipuladoras ESAB CaB são indicadas para o posicionamento das ca-beças de soldagem A2S e A6S, ou outros modelos de cabeçotes para soldagem. Consiste de uma coluna para elevação e um braço, em cuja extremidade é fixada a cabeça de soldagem. Permitem o po-sicionamento vertical e o deslocamento horizontal motorizado da cabeça de sol-dagem. Associados aos viradores ESAB ZT ou às mesas posicionadoras ESAB HB, constituem a solução perfeita para a soldagem de peças com grandes dimen-sões. As colunas manipuladoras ESAB CaB possuem altura útil de trabalho de 3 a 6m e alcance útil do braço de 3 a 7m, de acordo com o modelo.

Montada sobre um carro que se des-loca sobre trilhos, que conta com sistema de fixação anti-tombamento do conjunto, a coluna pode, ainda, ser rotacionada em 360º manualmente.

As colunas manipuladoras ESAB CaB também possuem uma ampla gama de acessórios, a fim de atender a todas as necessidades de trabalho.

Virador ESAB ZT 10

Coluna manipuladora ESAB CaB

Mesa posicionadora ESAB HB

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Seguidor eletrônico de juntas GMDPrecisão, qualidade e velocidade são essenciais

A soldagem automatizada substituiu a solda manual consideravelmente nos últimos anos. A flexibilidade e o custo da soldagem automatizada

melhoraram muito com o desenvolvimento rá-pido de sistemas modulares em equipamentos de soldagem e colunas manipuladoras.

Equipamentos para soldagem automatizada são utilizados para a produção de soldas curtas, médias e longas. Com a evolução dos processos e equipamentos, o tempo para a abertura de arco reduziu drasticamente nos últimos anos.

As características da solda são geralmente excelentes, quando se utilizam equipamentos de automatização em soldagem. O desafio, às vezes, pode ser o tipo de junta a ser seguido. O maior pro-blema é fazer com que o equipamento se ajuste à junta a ser soldada para sobrepor e acompanhá-la precisamente. Com a introdução do sistema GMD da ESAB, todos esses problemas se tornaram coi-sa do passado.

Processos SAW / GMAW para a maioria dos tipos de juntaO sistema de posicionamento de juntas GMD, quando utilizado nos processos SAW e GMAW, é aplicável a quase todos os tipos de soldas, des-de que as juntas tenham uma borda que o sensor possa apalpar. O posicionamento é fácil, com o controle joystick.

Após o set-up do posicionamento da tocha, tem-se uma alta repetibilidade dos cordões de sol-da, bastando que a peça seja colocada sempre na mesma posição. Os cursores motorizados em con-junto com o sensor e a caixa de comando fazem todo o posicionamento e correção durante a solda, independente do processo de soldagem que se está aplicando.

Rápido e precisoSensor – O sistema GMD é projetado para fazer a compensação de todas as irregularidades da junta

Eng° Igor Alberto de Souza Aarão LimaEngenharia de Desenvolvimento de Máquinas

Energia

Tipos de ponteiras para seguimento ede juntas que podem ser rastreadas

Equipamentos de soldagem automatizada

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a ser soldada, para rastrear formas geométricas simples na peça de trabalho e evitar problemas de paralaxe. Isto requer que a ponta sensora seja colocada alinhada com o arame / tocha, para possibilitar o rastreamento de des-vios abruptos da junta.

Cursor de ajuste fino – O cursor para ajuste fino transversal está conectado ao sensor e possibilita posicionar a tocha corretamente na junta e ajustar a posição de soldagem.

Unidade de comando – A unidade de comando GMD está conectada aos cursores motorizados de forma a guiar a tocha precisamente, de acordo com o sinal do sensor. A maioria dos tipos de configurações de juntas pode ser rastreada. O GMD pode ser utilizado em juntas de filete ou de topo.

Todos os interruptores e tomadas para a conexão do motor do cursor vertical e horizontal, sensor e controle remoto estão localizados no painel traseiro da unidade de comando.

Controle remoto – O controle remoto do GMD é equi-pado com joystick de fácil manuseio, o que possibilita a operação manual e o controle de movimento do cursor motorizado na vertical e na horizontal.

Possui uma lâmpada de advertência que indica quando a ponta sensora está fora de alcance da área de contato vertical (acontece o bloqueio das funções au-tomáticas e é possível fazer operações manuais). Sob circunstâncias normais, a caixa de comando cancela a operação manual. Uma chave seletora de cinco posições permite a escolha da junta e os módulos de rastreamen-to. Ainda no controle, existe a opção de movimentação rápida ou lenta dos cursores para posicionamento ma-nual. Além disso, o ajuste da ponta sensora e da tocha é rápido e oferece grande flexibilidade.

Cursor motorizado – O cursor motorizado faz o movi-mento da cabeça de soldagem. Possui uma construção extremamente robusta, com eixos-guia e design com-pacto, que facilita a montagem e o ajuste de posiciona-mento da tocha na vertical ou na horizontal.

O cursor de precisão assegura um rastreamento de junta rápido e preciso, graças à sua extensa faixa de velo-cidade. O cursor possui um comprimento útil de trabalho máximo de 1030 mm e pode ser utilizado em trabalhos de soldagem realizados com os cabeçotes A2S e A6S.

O cursor pode ser carregado com até 150 Kg, in-dependente da posição de montagem. Para um cursor montado na vertical, o torque máximo é de 400 Nm, e para um cursor montado na horizontal, o torque máximo é de 280 Nm. O cursor possui um comprimento útil de trabalho que varia de 60 a 1030 mm. Para um cursor padrão, a velocidade máxima é de 70 cm/min, mas isso pode ser modificado para 175 cm/min, trocando-se o conjunto de engrenagens de acionamento. Cursor motorizado

O operador apenas garante a posição do GMD

Unidade de comando

Controle remoto

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Soluções ESAB para o reparo de trilhos em campo por soldagem

O setor ferroviário brasileiro está em fase de crescimen-to acelerado desde que as malhas federais tiveram suas

concessões de uso assumidas pelas con-cessionárias privadas. Cada vez mais, as administradoras das ferrovias estão buscando soluções melhores e menos dispendiosas para a manutenção da via permanente, visando maior disponibilida-de para o tráfego e, conseqüentemente, maiores lucros.

O reparo e a substituição de compo-nentes de uma ferrovia geram altos cus-

tos. Devem ser considerados também os custos adicionais, como atrasos e traba-lhos não programados, caso haja falhas. Manter os trilhos de forma que a viagem seja a mais suave possível reduz a ne-cessidade de manutenção do material rodante e, conseqüentemente, os danos futuros aos trilhos e aos cruzamentos. O desgaste começa logo após sua instala-ção na linha, independentemente do tipo de tráfego. O barulho repetitivo nas juntas dos trilhos que os passageiros ouvem du-rante a viagem é a manifestação sonora do impacto, que resulta na deformação

Eng° Bernardo Hermont B. GonçalvesConsultor Técnico – Segmento de Reparo e Manutenção

Manutenção

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das pontas dos trilhos. Fenômeno similar ocorre quando o trem passa sobre cruza-mentos. O tempo de serviço do trilho até que ele necessite de manutenção poderá variar entre alguns meses ou mesmo lon-gos anos, dependendo do tipo de tráfego daquela via.

Esse tempo de serviço poderá ser substancialmente prolongado através da soldagem dos componentes dos trilhos, dos jacarés, das agulhas etc., que são propensos a um maior desgaste. Esse procedimento é bem menos dispendioso do que a substituição desses componen-tes desgastados por novos. Por exem-plo, o custo de reparo de um cruzamento através de soldagem é de cerca de 20%, se comparado à instalação de um novo.

Em geral, pode-se dizer que 40% dos custos totais dos materiais por quilôme-tro de via é o próprio trilho. Essa alta par-ticipação nos custos indica que qualquer coisa que seja feita com o intuito de pro-longar a vida útil dos trilhos contribuirá para uma economia considerável.

A ESAB sempre incentivou as dis-cussões técnicas e a cooperação com usuários em potencial no que diz respeito aos problemas de soldagem e suas so-luções. O conhecimento e a experiência adquiridos nessa cooperação vêm sendo incorporados ao pacote de produtos e soluções ESAB, os quais têm assegura-do benefícios substanciais na diminuição dos custos. No caso da soldagem de tri-lhos, o resultado é a disponibilidade de um pacote completo de produtos e solu-ções para reparos da via permanente, os quais foram desenvolvidos no intuito de atender o maior número possível de con-dições de serviço, independentemente do tipo de tráfego, velocidade e carga.

As técnicas para a soldagem de repa-ro e de união de trilhos descritas breve-mente a seguir, foram desenvolvidas pela ESAB, em conjunto com administradoras de ferrovias e metrôs na Europa, e são aprovadas e aplicadas em várias partes do mundo com sucesso.

União de trilhosA união de trilhos através de soldagem com eletrodos revestidos é um proces-so que possui diversas vantagens, como praticidade, baixo custo e geração de um

metal de solda de alta qualidade, quan-do comparado ao processo de solda-gem alumino-térmica, também utilizado no Brasil. A soldagem é feita com auxí-lio de um cobre-juntas colocado abaixo das pontas dos trilhos, os quais são pré-aquecidos de 350 a 400°C, dependendo do tipo. A solda do patim é feita. Duas sapatas de cobre, moldadas de acordo com o perfil dos trilhos a serem soldados, são montadas, como apoio lateral para a escória e a solda. A soldagem da alma é feita em uma seqüência espiral, sendo que a escória só é removida pouco após a solda ter atingido a região do boleto do trilho. A camada superficial do trilho é soldada com um eletrodo de maior dure-za e resistência ao desgaste.

O eletrodo revestido para a soldagem do patim, da alma e do boleto é o OK 74.75 Ø 5 mm. O eletrodo utilizado para os últimos 8 mm superficiais do boleto é o OK 83.26 Ø 5 mm.

O cobre-juntas utilizado como supor-te para a soldagem do patim é o OK Ba-cking 21.21.

Reparo de trilhos e componentes de cruzamentos ferroviáriosOs componentes de cruzamentos ferrovi-ários são muito susceptíveis a desgastes. Cada um requer uma técnica específica de reparo, sendo de extrema importância a utilização dos procedimentos, eletro-dos revestidos e arames tubulares cor-retos em cada caso. Os “jacarés”, por exemplo, podem ter seu núcleo em aço C/Mn ou aço manganês austenítico. A identificação do tipo é simples, visto que o segundo tipo não é ferromagnético, ou seja, não é atraído por ímãs. Para este tipo de jacaré, a soldagem deve ser fei-ta sem pré-aquecimento, sendo que a temperatura entre passes não deve ul-trapassar 200°C. No caso dos núcleos de jacarés de aço C/Mn, o pré-aqueci-mento necessário pode variar entre 300 e 400°C, dependendo do tipo. A seqüência de passes e os consumíveis recomenda-dos são diferentes para cada caso. Tri-lhos, pontas de trilhos, agulhas e trilhos de encosto também podem ser recupe-rados em campo, cada um exigindo um procedimento específico, de forma a ga-rantir um reparo de alta qualidade.

Aplicação do cobre-juntas

Soldagem do patim

Solda completa, antes doesmerilhamento

Soldagem de União de Trilhos

Reparação de Jacarés

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Consumíveis utilizados no reparo e na união de trilhos

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Consumíveis utilizados no reparo e na união de trilhos (cont.)

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Equipamentos

OrigoArc 286i: É uma fonte inverso-

ra leve e portátil para a soldagem pelos

processos eletrodo revestido (SMAW) e

TIG (GTAW). Possui design prático e ro-

busto, garantindo confiabilidade e ótima

performance em soldagens de trilhos em

campo. É fabricada com a classe de pro-

teção IP23, o que significa que pode ser

utilizada em ambientes abertos de forma

segura. Permite a utilização de eletrodos

revestidos com diâmetros de até 5mm e

vem equipada com os recursos Hot Start

e Arc Force, que oferecem características

de soldagem ainda melhores, simplifican-

do o trabalho e assegurando a qualidade.

O design moderno com alça para levan-

tamento possibilita um fácil manuseio e

transporte.

AristoMIG U500W / AristoPower 460

/ AristoFeed 30-4W MA6: Fontes de

corrente constante (CC) e tensão cons-

tante (CV), trifásicas, projetadas com

tecnologia inversora sem contator, apre-

sentando a mais moderna tecnologia em

matéria de soldagem a arco elétrico. São

equipamentos robustos e multiproces-

so, ideais para a soldagem em campo,

projetadas para fornecer a característica

volt-ampere para a soldagem MIG/MAG

convencional (GMAW) e arames tubula-

res (FCAW) no modo tensão constante

(CV), MIG Pulsado (GMAW-P), Eletrodos

revestidos (SMAW) e TIG LiftArc/HF. To-

das as funções estão em idioma portu-

guês e são facilmente programáveis atra-

vés de botões no painel de controle do

alimentador de arame MA6. Esse painel

apresenta visualização em tempo real da

tensão, corrente e velocidade do arame,

podendo ser carregado com até 30 linhas

de sinergismo diferentes, dentre as mais

de 200 disponíveis no sistema Aristo para

os diversos materiais, bitolas e gases uti-

lizados.

Railtrac BV / BVR1000

O Railtrac BV ou BVR 1000 é um equi-

pamento automático que visa mecanizar

a soldagem de revestimento e reparo

de trilhos e cruzamentos ferroviários, de

forma simples e eficiente. Desenvolvido

para a soldagem com arames tubulares

autoprotegidos (FCAW), ele é resultado

de uma colaboração mútua com várias

administradoras de ferrovias ao redor do

mundo, durante a qual foram impostas

exigências verdadeiramente rigorosas,

após uma análise profunda das dificul-

dades envolvidas na soldagem de tri-

lhos. Proporciona diversas vantagens,

tais como flexibilidade e versatilidade de

uso, potencial de programação para di-

versos tipos de aços, estrutura robusta e

resistente ao tempo, trabalho ergonome-

tricamente correto, economia de tempo

de soldagem e de esmerilhamento, peso

reduzido, segurança, redução de custos,

alta qualidade e repetibilidade.

Para maiores informações sobre solda-

gem de trilhos e componentes ferroviá-

rios, entre em contato com o seu repre-

sentante ESAB local ou acesse www.

esab.com.br.

OrigoArc 286i:

AristoPower 460 /AristoFeed 30-4W MA6

AristoMIG U500W /AristoFeed 30-4W MA6

Equipamentos utilizados no reparo e na união de trilhos

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Com o desafio de satisfazer as exigências do cliente e fornecer produtos cada vez mais competi-tivos, a ESAB implantou, no início

de 2005, a filosofia e os princípios do Lean Manufacturing. Adaptado a partir de metodo-logias pioneiras adotadas pela Toyota Motor Company, este sistema representa um elemen-to-chave para as empresas de manufatura, uma vez que contribui para o desenvolvimento da produtividade e melhoria da qualidade dos produtos oferecidos.

De acordo com o Lean Champion e tam-bém diretor industrial da ESAB, Luiz Cláudio Mattos, a Empresa vivia num contexto em que era necessário encontrar uma filosofia que a levasse estrategicamente a uma maior compe-titividade no mercado. “Nosso grande objetivo é tornar a ESAB mais competitiva, trabalhando fortemente na robustez do processo de pro-dução e, conseqüentemente, na melhoria da qualidade, na redução de custos do produto final e, principalmente, no atendimento às de-mandas do nosso cliente”, afirma Luiz Cláu-dio.

Um dos principais pontos abordados pela filosofia Lean é a diminuição de qualquer fon-te de desperdício, seja ela de tempo, espaço, produção, trabalho, equipamentos ou, até mesmo, esforço humano. É a transformação desde desperdício em novas formas de tra-balho que efetivamente agreguem valor, sem

representar redução de empregos. A Empresa aprende a oferecer aos clientes exatamente o que eles desejam, no tempo certo.

Para isso, a ESAB redimensionou seus processos de produção, eliminando todo o estoque. “O trabalho é realizado no ritmo do cliente. Produzimos de acordo com a deman-da. Além disso, a robustez faz com que nosso processo seja confiável, diminuindo a margem de problemas com retrabalho, desperdício e erros”, complementa.

Segundo Luiz Cláudio, o processo se inicia no fornecedor. A matéria-prima é analisada, assegurando-se que esteja dentro das espe-cificações exigidas, que chegue a tempo de atender aos pedidos e que não gere desper-dícios. A partir daí, o controle passa a ser feito dentro da fábrica. Toda a rotina de produção é padronizada e os funcionários são constante-mente treinados, a fim de minimizar a existên-cia e a recorrência de problemas.

Um dos grandes facilitadores da imple-mentação e desenvolvimento do Lean é jus-tamente o apoio do quadro de funcionários. Com todas as mudanças exigidas pelo novo sistema, a Empresa assiste a uma conseqüen-te transformação no perfil do seu profissional. “É um processo de mão dupla. A ESAB con-quista seus objetivos, enquanto eles aumen-tam sua empregabilidade e a bagagem ad-quirida. É um processo de mudança cultural, uma evolução crescente, contínua e positiva.

Ao lado do cliente

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ESAB busca excelência e foca esforços no cliente

Pelo bom trabalhodesempenhado na ESAB

Brasil, Luiz Cláudio Mattos foi transferido para a planta da ESAB China, onde atua

como diretor industrial

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O comprometimento, a vontade de apren-der e participar dos treinamentos é grande”, analisa Luiz Cláudio.

Além dos workshops e treinamentos in-ternos, a ESAB realiza, bimestralmente, au-ditorias que visam monitorar não só o pro-cesso, mas também o resultado alcançado com a implantação do Lean Manufacturing. Segundo Cláudia Capanema, o Lean Cham-pion está se transformando em uma filosofia e uma cultura no ‘chão de fábrica’.

Melhoria contínua e resultadosO ESAB Way, modo de aplicação das fer-ramentas do Lean Manufacturing dentro da Empresa, tem como um de seus princípios a busca constante da integração do clien-te com a fábrica. Isso ocorre por meio de feedbacks sobre o desempenho dos equi-pamentos e consumíveis no mercado. “É com base no desenvolvimento dos produtos que trabalhamos a melhoria contínua deles. Para garantir que os problemas detectados sejam resolvidos, a ESAB conta com uma equipe de melhoria contínua, na área de Pesquisa e De-senvolvimento”, explica Luiz Cláudio.

Essa análise das performances chega até a fábrica por meio de um sistema de co-municação, via computador. Os problemas existentes são informados à assistência téc-nica que, por sua vez, analisa a procedência e toma as providências imediatas e necessá-rias junto ao cliente. Muitas vezes, os proble-

mas surgem por causa de uma incorreção no processo de trabalho do cliente. “Nesses casos, oferecemos apoio e orientação para que não continuem ocorrendo. Se a proce-dência do problema é de nossa responsabi-lidade direta, fazemos a reposição imediata do produto.”

Além disso, a ESAB realiza mensalmente uma reunião de qualidade com todas as pes-soas envolvidas no processo de manufatura. Nesse momento, é feita uma análise crítica de como foi o desempenho de qualidade no mer-cado e, de acordo com esse resultado, são criadas diversas ações, a fim de resolver os problemas anteriormente apontados. Esses planos de ações de melhoria são repassados às células de trabalho multifuncionais – técni-ca, de desenvolvimento, gerencial e piso da fábrica –, onde é discutida a melhor forma de resolver tecnicamente as deficiências. Em se-guida, chega-se à linha de produção, onde é criada uma padronização do processo.

Após a padronização, as rotinas de produção são atualizadas e os funcionários são treinados em novas práticas, que visam evitar que os problemas se repitam. “Com isso, conseguimos alcançar um de nossos principais objetivos. que é a consolidação da marca ESAB, uma vez que, com a baixa necessidade de reparos e manutenção, a confiabilidade se torna mais alta. E o clien-te, por sua vez, enxerga nessa segurança, a garantia e a melhoria do seu resultado”.

O ESAB Way reúne, além de uma filosofia de gestão, princípios que nor-teiam os caminhos a serem percorri-dos dentro do Lean Manufacturing, alinhados aos princípios de missão e visão da Empresa, e uma série de fer-ramentas que otimizam a implantação e o desenvolvimento do sistema. Den-tre elas, podemos destacar o Kanban, o Kaizen e o programa 5 S – Progra-ma SOLDA.Kanban: Método que controla a pro-dução a partir da procura. Isto é, o rit-mo de produção é determinado pelo ritmo de consumo dos produtos, pela demanda do cliente. Dentre as van-tagens do Kanban, estão a auto-ad-

ministração das linhas de produção, onde cada área tem a indicação da sua necessidade de produção, redu-ção de material em processo e au-mento da produtividade.Kaizen: Programa de melhoria contí-nua que busca a excelência. Sua meto-dologia traz resultados concretos, tanto qualitativamente, quanto quantitativa, em um curto espaço de tempo e a um baixo custo, apoiados na sinergia gera-da por uma equipe reunida para alcan-çar metas estabelecidas.Programa SOLDA: Baseada na filo-sofia 5 S (housekeeping), é uma fer-ramenta que visa assegurar a implan-tação da qualidade, produtividade e

prontidão nos serviços prestados e a melhoria da qualidade de vida dos funcionários. Os objetivos são fazer do ambiente de trabalho um lugar mais agradável (organização, limpe-za, autodisciplina); reduzir os índices de perdas, devolução e problemas com manutenção; proteger o meio ambiente; melhorar a comunicação interpessoal. Todos os meses, o pro-grama SOLDA realiza auditoria, com a participação dos multiplicadores, su-pervisores e gerentes. Após a análise dos resultados obtidos, são traçados planos de ações corretivas, para mi-nimizar as deficiências e fraquezas de cada setor.

Algumas ferramentas do Lean utilizadas pelo ESAB Way

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OHSAS é meta para 2007

A ESAB no Brasil colocou em prá-tica um plano de ações com o objetivo de, até o fim deste ano, obter a certificação na norma in-

ternacional OHSAS 18001, reconhecimento que irá atestar que a Empresa protege a saú-de e a segurança dos seus empregados.

A nova certificação reforça as ações da ESAB nas áreas de responsabilidade social e desenvolvimento sustentável e vai se jun-tar a outras duas, já conquistadas pela Em-presa: a ISO 9001, de qualidade; e a ISO 14001, de meio ambiente. A certificação na OSHAS 18001 será a evidência de que os processos de produção respeitam e preser-vam a integridade dos trabalhadores envol-vidos, uma vez que a norma dá ênfase aos aspectos de prevenção a acidentes e riscos em geral.

Os novos sistemas de gestão referentes à saúde e segurança serão adotados de for-ma integrada aos sistemas que já controlam as questões de meio ambiente e sustentam a certificação ISO 14001. De acordo com o gerente de Qualidade, Meio Ambien-te, Saúde e Segurança da ESAB, Rodrigo Montnegro Mesquita, a incorporação de práticas reconhecidas, que contribuam para o desenvolvimento sustentável, já virou uma cultura dentro da Empresa. “Estamos tendo muita aceitação e colaboração dos empre-gados na implantação de normas como es-sas, e, ao mesmo tempo, total apoio da alta direção”, disse.

Ao lado do cliente

Como resultado da adoção de uma cultura ambiental, voltada para a redução dos impactos e à preservação do meio ambiente, a ESAB, em mar-ço, conquistou a recertificação da ISO 14001. A manutenção da certificação adquirida em 2005 atesta, nacional e internacionalmente, a excelente ade-quação das práticas ambientais ado-tadas e mostra que a Empresa sabe

que meio ambiente e produtividade andam juntas.

Na auditoria realizada em janeiro, os auditores da DNV (Det Norske Ve-ritas) identificaram oportunidades de melhorias nos processos, todas sana-das ainda no transcurso da auditoria. O desempenho da ESAB no Brasil de-veu-se principalmente ao bom geren-ciamento dos resíduos gerados e ao

incentivo dado à cadeia produtiva, por meio da exigência de critérios ambien-tais na escolha dos fornecedores.

A importância da norma ISO 14001 está relacionada ao fato de gerar maior confiança para os clientes, mostrando que o processo de produção desenvolvi-do pela ESAB tem a capacidade de asse-gurar o cumprimento legal, em níveis mais elevados, de desempenho ambiental.

Responsabilidade com o meio ambiente reconhecida

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Marco para a ESAB Brasil:desenvolvimento deprojeto tecnológico

Após recentemente comemorar 50 anos de sólida presença no mercado brasileiro, a ESAB está lançando um produto que

mostra a evolução tecnológica presente nos equipamentos de solda por ela desen-volvidos e fabricados.

A Empresa está colocando no mercado uma fonte de energia inversora para soldagem com eletrodos revestidos e TIG DC, equipa-mento de fácil operação, compacto e robusto. Fornece até 280A de corrente na saída, o que possibilita a soldagem com diversas bitolas de eletrodo, num regime severo de utilização, pois possui um alto fator de trabalho: 200A@100% e 250A@60%.

Antes de chegar ao mercado, este mais novo integrante da linha de equipamentos para soldagem ESAB passou por uma série de fases delimitadas pelo método de desen-volvimento de novos produtos adotado na empresa – Puma.

Desde a concepção da idéia do produto, há cerca de dois anos, passando pela fabri-cação da Série Zero, em dezembro do ano passado, dez equipamentos foram colocados

no campo para a realização de testes em con-dições reais de trabalho, resultando, então, após a aprovação de cada fase anterior, na liberação técnica para a fabricação.

Este equipamento desenvolvido pela equipe da Engenharia da ESAB Brasil come-çará a ser produzido com tecnologia total-mente nacional a partir do mês de maio, na unidade de fabricação de equipamentos, em Contagem – MG.

Com o avanço da eletrônica de potência, a ESAB passa a disponibilizar para o mercado de solda um produto que apresenta a robus-tez dos equipamentos convencionais, aliado à excelente performance de solda obtida com os inversores de freqüência.

Principais resultados do projeto:• Desenvolvimento de tecnologia própria para construção da máquina de solda baseada em inversor de freqüência, ou seja, primeiro inver-sor de solda desenvolvido pela ESAB Brasil com tecnologia 100% nacional.• Desenvolvimento de um equipamento que atende às exigências de normas inter-nacionais.

Eng° Cristiano FerreiraEngenharia de Desenvolvimento de Máquinas

Puma

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OrigoTM Arc 286iDentre as várias características deste equipa-mento, podemos destacar:• Equipamento multitensão, ou seja, pode ser alimentado com 220/380/440V trifásico ou monofásico.• Fabricado de acordo com a classe de prote-ção IP23, permite a operação ao ar livre com segurança.• Design moderno, possui alça para levanta-mento que facilita o manuseio e o transporte. • Resistente a impactos, estrutura rígida, fabri-cada toda em alumínio.• Possui sistema de proteção contra ligações incorretas na tensão de entrada, aumentando a confiabilidade.• Sistema de refrigeração forçada, permite a manutenção da temperatura interna dentro da faixa especificada para os componentes de potência.• Sistema de monitoramento de falha, exces-so de temperatura ou problemas nos módu-los de potência.

Um ponto relevante que o Origo Arc 286i possui é o seu painel de controle, sim-ples de regular e que proporciona diversas combinações de parâmetros na soldagem.

Através da chave seletora de processo, o soldador pode escolher entre soldagem com eletrodos convencionais, celulósicos e TIG, sendo que esta seleção otimiza os parâmetros de saída do equipamento, pro-porcionando uma estabilidade de arco du-rante a solda nunca vista em outros equi-pamentos.

Com o potenciômetro de Hot Start, é possível ajustar um acréscimo no valor de corrente no momento da abertura do arco, permitindo maior facilidade no início do cordão de solda.

O potenciômetro de ajuste de Arc For-

ce completa a vasta gama de recursos do Origo Arc 286i. Em algumas aplicações, o soldador pode cotar por uma maior agres-sividade do arco, obtendo assim uma maior penetração e evitando que o eletrodo cole na peça a ser soldada.

O recurso de controle a distância tam-bém está disponível através da tomada ins-talada no painel frontal. O soldador pode regular no pedal ou controle remoto valores percentuais do que fica ajustado no poten-ciômetro de ajuste de corrente no painel da máquina.

Para a realização de soldagem no pro-cesso TIG DC, o Origo Arc 286i possui o recurso LiftArcTM. Este desenvolvimento da ESAB garante uma baixa corrente de solda no momento do pressionamento do gatilho da tocha e, logo em seguida, com o levan-tamento do eletrodo de tungstênio, eleva a corrente até o valor ajustado, fazendo com que se obtenha uma soldagem sem conta-minação da peça.

Pensando ainda em proporcionar conforto e segurança aos seus clientes, a ESAB desenvolveu um visor de acríli-co transparente, para que seja possível visualizar a posição em que se encontra a chave seletora de tensão de entrada (220/380/440V). Evitam-se, assim, liga-ções incorretas no sistema de alimentação de tensão. No caso de necessitar alterar a tensão de alimentação, deve-se somente retirar a janela lateral.

Características Técnicas – Origo Arc 286i

Aplicações:• Oficinas de reparo e manutenção.• Calderaria.• Indústria naval.• Soldagem de tubulações.• Fábricas.• Serviços de campo.

Tensão de Entrada V/HzCargas Permitidas60%100%Faixa de Corrente DC (A)Vso (V)Peso

220/380/440 - 1/3 50/60 Hz

250A / 30V200A / 28V5-28055-7024Kg

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Para acompanhar o desenvolvimento do projeto dos transformadores em to-das as suas fases, a metodologia Puma também foi utilizada.

O Bantam 250 Serralheiro e o Super Bantam 256 são máquinas próprias para a soldagem de eletrodo revestido. São equipamentos compactos, resistentes e de excelente desempenho, as ferramen-tas ideais e indispensáveis para uso em serralherias, montagens de estruturas leves, manutenção e hobby.

Como se trata de dois equipamentos de alto volume de vendas, a Engenharia de Máquinas, juntamente com a Produ-ção, buscou, no desenvolvimento dos equipamentos, utilizar uma plataforma para a montagem dos diferentes trans-formadores, e que fossem equipamentos simples de serem produzidos.

Para ganhar agilidade, algumas par-tes do processo de produção foram au-tomatizadas: novas ferramentas foram adquiridas, novas etapas foram elabo-radas e foi definida a maneira como as tarefas deveriam ser realizadas, de forma a ganhar produtividade.

Desde fevereiro de 2007, as máqui-nas Bantam 250 Serralheiro já estão sen-do comercializadas; a Super Bantam 256 está em fase final de implementação na produção.

A adoção de uma metodologia de gerenciamento de projetos tem sido cada vez mais necessária nas empresas que atuam em mercados de tecnologia. A ESAB, que trabalha simultaneamente com diversos projetos, consciente da necessidade de atender com qualidade ao time-to-market das novas soluções apresentadas aos clientes, implantou metodologias que permitem um ade-quado gerenciamento de projetos, au-mentado significativamente as probabi-lidades de sucesso e produtividade.

O Puma, testado e utilizado em to-dos os centros de desenvolvimento de máquinas das fábricas ESAB no mun-do (Estados Unidos, Suécia, Polônia, Alemanha e Brasil) e reportado men-salmente para a matriz, em Londres, é uma metodologia da ESAB usada no gerenciamento de projetos de novos equipamentos, que busca a adequa-ção dessas máquinas ao que o merca-do e os clientes querem.

Uma de suas principais caracte-rísticas é proporcionar maior controle dos processos, pois, a cada fase, o projeto passa por rigorosas avaliações antes de prosseguir para a fase seguin-te. Isso impede que estudos inviáveis sejam continuados e, conseqüente-mente, protege os recursos que seriam investidos nele.

O setor de Desenvolvimento de Máquinas da ESAB no Brasil, localiza-do em Contagem (MG), comemora os primeiros resultados da metodologia Puma. Desde o ano passado, a área adotou o procedimento na criação de novos equipamentos para solda e cor-tes elétricos. E, recentemente, em mar-ço, teve seu primeiro produto auditado, o que corresponde à conclusão da sé-tima e última fase de desenvolvimento da metodologia. Para a analista de pro-jetos Vanessa Viana Torres, “o Puma trouxe melhorias ao planejamento”.

Os profissionais da área afirmaram que o processo de criação do retifica-dor OrigoArc demonstrou que o uso do Puma foi capaz de aumentar a produ-

tividade no setor, graças à diminuição de atrasos nos projetos, maior controle de custos e aprimoramento dos pro-cessos internos. Hoje, cada um sabe o seu papel e, ao mesmo tempo, tem uma visão ampla do projeto. Assim, “o ganho do Puma foi principalmente na organização”.

ImplantaçãoO Puma veio da ESAB inglesa, no

final de 2005. Já em janeiro de 2006, a equipe do Desenvolvimento passou a implantá-lo. Os profissionais foram treinados por um instrutor enviado da Inglaterra e, depois, durante cinco meses, foram mudando a forma como trabalhavam, até atenderem às regras da nova metodologia.

O setor de Desenvolvimento de Máquinas conta hoje com 12 profis-sionais, das áreas elétrica, mecânica e eletrônica. A cada ano, de 10 a 15 pro-jetos de novos produtos são executa-dos por eles, todos com a metodologia Puma. O tempo de execução de cada projeto varia de acordo com a com-plexidade de cada máquina, podendo variar de quatro meses a dois anos. A ESAB no Brasil investe significativa-mente em desenvolvimento e pesqui-sa, o que a torna, hoje, uma Empresa referência em soluções para processos de soldagem.

As sete fases do PumaQuando surge a idéia de um novo equi-pamento, muitas vezes a partir das ne-cessidades apontadas pelos clientes, são cumpridas sete fases de desenvol-vimento:1ª – Investigação da idéia;2ª – Desenvolvimento do desenho;3ª – Desenvolvimento do protótipo;4ª – Verificação do sistema de produ-ção: fabricação do lote zero;5ª – Verificação do produto: avaliação de campo nas filiais e clientes;6ª – Produção: em caráter de teste; 7ª – Auditoria: após três meses de pro-dução, é feita uma avaliação final.

Puma: metodologia que garantesucesso e produtividade

Eng° Daniel Costa MonteiroEngenharia de Desenvolvimento

de Máquinas

Bantam 250Serralheiro e Super

Bantam 256

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O que é o diagrama de Schaeffler e qual a sua utilidade?

Aços inoxidáveis são as ligas Ferro-Cromo ou Ferro-Cromo-Níquel, com pelo menos 10 a 12%Cr, resistentes à corrosão

em contato com a atmosfera ou outro meio oxidante. Esse grupo de ligas, de-senvolvido no início do século XX, é am-plamente empregado em equipamentos para indústria alimentícia, petroquímica, papel/celulose e geração de energia.

O conhecimento de metalurgia dos aços inoxidáveis é essencial àqueles que trabalham com sua soldagem, já que os aços inoxidáveis apresentam soldabilidade variável que depende, entre outros fato-res, das transformações microestruturais que sofrem em função da temperatura.

Com o intuito de facilitar o dia-a-dia de projetistas, técnicos e engenheiros de processo, ferramentas práticas são desenvolvidas e aperfeiçoadas. Na déca-

da de 1940, Schaeffler desenvolveu um diagrama constitucional para aços inoxi-dáveis. Pela composição química típica dos metais de base e de adição, pode-se determinar, através do cálculo do Níquel e Cromo equivalentes, os constituintes fi-nais do metal de solda e detectar a pos-sibilidade de ocorrência de problemas du-rante a soldagem. Sendo, assim, torna-se possível adotar antecipadamente medidas visando reduzir a possibilidade de ocor-rência desses problemas.

A figura apresenta esse diagrama, in-dicando os diferentes constituintes e os problemas associados à presença deles. Desde seu levantamento, esse diagrama é o mais conhecido e utilizado e seu empre-go é amplamente difundido nas soldagens de aços inoxidáveis dissimilares, auxilian-do na determinação do melhor consumível de soldagem a ser empregado.

Correio técnico I

Eng° Cláudio Turani VazConsultor Técnico ESAB Brasil

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Novos produtos ESAB para asoldagem de reparo e manutenção

A soldagem de reparo e manu-tenção é uma tarefa comple-xa, se comparada, por exem-plo, à soldagem de produção

de um novo componente. Geralmente, tem como aplicações a união de componentes fraturados, revestimento de peças desgas-tadas e recuperação de trincas através de enchimento. O metal de base a ser solda-do nem sempre é normalizado, ou mesmo conhecido, e as técnicas de soldagem são baseadas em conhecimento empírico, ou seja, em testes práticos. O processo de sol-dagem escolhido será aquele que trouxer os melhores resultados práticos, atendendo às necessidades específicas daquela apli-cação.

O processo com eletrodos revestidos (SMAW) proporciona a mais completa op-ção de ligas, um baixo custo inicial e versati-lidade para aplicações em campo, inclusive para soldagem fora de posição. No proces-so com arames tubulares autoprotegidos (FCAW), também não há a necessidade de uso de gases de proteção, sendo este também ideal para a soldagem em campo. A variedade de ligas é quase a mesma do

processo eletrodo revestido, porém a taxa de deposição proporcionada é bem maior e, conseqüentemente, maior é a velocidade de soldagem.

Soldas de revestimento duro têm como objetivo proteger o componente que esta-rá exposto a diferentes tipos de desgas-te, de forma a se obter uma determinada propriedade específica ou, simplesmente, resistência a este desgaste. O desgaste é a degradação progressiva de uma peça ou componente durante seu uso, podendo ocorrer por ações mecânicas, químicas, térmicas ou eletro-químicas. Existem di-versos mecanismos causadores, dentre os quais podemos citar a fricção metal-metal, impacto, abrasão, abrasão+pressão, corro-são, oxidação, fadiga térmica e cavitação.

Para selecionar o melhor consumível para a soldagem de revestimento duro, o conhecimento do mecanismo de desgaste que o componente irá sofrer é fundamental. Além disso, outros fatores a serem conside-rados são o processo de soldagem deseja-do, a classificação do consumível requerido, a dureza final desejada, o tipo de material de base a ser revestido e o acabamento super-

ficial requerido. Quanto às técnicas de sol-dagem, alguns aspectos devem ser levados em consideração, tais como a necessidade de camadas de “almofada”, de emprego de pré-aquecimento e de controle da tempera-tura entre passes, de controle do aporte de calor e da diluição com o metal de base.

O quadro acima, à esquerda, traz as recomendações dos consumíveis OK de acordo com o tipo de desgaste ao qual o componente revestido será submetido.

A ESAB está ampliando sua linha de consumíveis para soldagem de reparo e manutenção, com novos eletrodos reves-tidos e arames tubulares autoprotegidos para revestimento duro, aumentando desta forma o leque de opções. A nova linha conta com mais cinco arames tubulares autopro-tegidos, além de uma nova opção de diâ-metro para o OK Tubrodur 350 em 1,6mm e seis novos eletrodos revestidos, além da nova fórmula do OK 86.08 e do novo ele-trodo para goivagem com menor geração de fumos, OK 21.01. A classificação dos eletrodos segue a norma DIN 8555, a qual é explicada esquematicamente no quadro acima, à direita.

Eng° Bernardo Hermont B. GonçalvesConsultor Técnico – Segmento de Reparo e Manutenção

Correio técnico II

Classificação – NORMA DIN 8555Seleção de Consumíveis – Revestimento Duro

OK 86.08*

OK 86.18*

OK 86.31*

OK Tubrodur Cromang*

30-50 HRc > 50 HRcOK 83.26OK 83.28OK 83.25OK Tubrodur 350OK Tubrodur 400OK Tubrodur 500

OK 83.45

OK 83.55

OK 83.58

OK 83.65

OK 84.60

OK 84.56

OK Tubrodur TiC

OK 84.78

OK 84.75

OK Tubrodur 1400

OK 85.65

OK 84.85

OK 68.81*

OK 68.84*

OK 68.85*

OK 67.45*

OK 67.42*

BAIXA ---------------- RESISTÊNCIA À ABRASÃO ------------------ ALTA

ALTA ---------------- RESISTÊNCIA AO IMPACTO ------------------ BAIXA

BAIXA

RESISTÊNCIAAO CALOR E ÀCORROSÃO

ALTA

* Resistência à abrasão aumentada quando trabalhado a frio

Dureza

HB 25HRc -3/+2

Processo de soldagem

G soldagem a gásE soldagem manualMF soldagem com arames tubularesTIG soldagem TIGMSG soldagem com gás de proteçãoUP soldagem ao arco submerso

Método de Produção

GW laminadoGO fundidoGZ trefiladoGS sinterizadoGF tubularUM revestido

Propriedades do metal de solda

C resistente à corrosãoG resistente à abrasãoK capaz de encruarN não magnetizávelP resistente ao impactoR resistente à carepaS para corte (aços rápidos)T resistência a alta temperatura (aços ferramenta para trabalho a quente)Z resistente ao calor (sem carepa) para temperaturas > 600ºC

Não ligado até 0,4%C ou baixa liga até 0,4%C e até um máximototal de 5% de Cr, Mn ,Mo ,Ni

Não ligado com mais de 0,4%C ou baixa liga com mais de 0,4%Ce até um máximo total de 5% de Cr, Mn, Mo ,Ni

Ligado, com as propriedades dos aços para trabalho a quente

Ligado, com as propriedades dos aços rápidos

Ligado com mais de 5%Cr, com no máximo 0,2%C

Ligado com mais de 5%Cr com 0,2 a 2,0%C

Aços austeníticos com 11 a 18%Mn, mais de 0,5%C de até 3%Ni

Aços austeníticos ao Cr-Ni-Mn

Aços ao Cr-Ni (resistentes à carepa, aos ácidos e ao calor)

Com alto %C e %Cr e sem elementos adicionais formadoresde carbonetos

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Grupode liga Tipo de metal de adição ou de metal de solda

DIN 8555 E X UM YYY Z

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Como goivar utilizandoeletrodo revestido?

Os eletrodos revestidos OK 21.01 e OK 21.03 foram es-pecialmente desenvolvidos para goivagem e corte de aços

carbono, inoxidáveis e ferros fundidos, en-tre outras ligas metálicas. O revestimento desses eletrodos forma um forte jato de gás, durante a soldagem, que é responsá-vel por “expulsar” o metal fundido. Em seu emprego, não é necessária a utilização de ar comprimido ou de alicate porta-eletrodo especial. Basta uma fonte de soldagem si-milar à utilizada na soldagem com eletrodos revestidos. Entretanto, devem ser observa-das as características técnicas da fonte a ser utilizada. Na utilização do OK 21.01 e OK 21.03, não é necessária a realização de preparação antes da goivagem, exceto no caso de aços inoxidáveis e manganês, em que é necessária a realização de lixamento antes da realização do trabalho.

Aplicações:O OK 21.01 e OK21.03 são adequados

para utilização em campo ou quando não existe disponibilidade de equipamentos/acessórios para goivagem utilizando eletro-do de grafite. É excelente para emprego na remoção de trincas em ferros fundidos, por

proporcionar a remoção de contaminantes e grafite, reduzindo, assim, a possibilidade de ocorrência de trincas ou porosidade durante a soldagem. Pode ser também empregado na goivagem de aços manganês (Hadfield).

Sugestão de procedimento:Na utilização do OK 21.01 ou OK

21.03, pode ser empregada corrente alter-nada (CA), sendo mais recomendável, en-tretanto, a utilização de corrente contínua na polaridade negativa (CC-). Na goiva-gem, deve-se abrir o arco elétrico através do contato do eletrodo perpendicularmente à peça. Logo em seguida, o eletrodo deve ser inclinado até um ângulo de 5 a 10° com relação à peça. Para facilitar a remoção de material, o eletrodo deve ser empurrado e puxado contra a peça repetidas vezes, de maneira similar ao movimento de corte reali-zado com uma serra. Se for necessária a goivagem em maior profundidade, essa operação deve ser repetida. Para furar a peça, o eletrodo deve ser mantido perpen-dicular após a abertura do arco e empur-rado contra a mesma. O aumento do furo pode ser obtido utilizando a mesma técnica empregada na remoção de material duran-te a goivagem.

Correio técnico III

Eng° Cláudio Turani VazConsultor Técnico ESAB Brasil

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Demovan: demonstrações in loco, com flexibilidade e eficiência

Curiosidade

Em setembro de 2006, a filial Porto Alegre da ESAB lançou a Demovan, unidade móvel personalizada, com a finalidade de divulgar e expor os

produtos da Empresa de forma mais ativa e pontual. Adaptada numa caminhonete Iveco, funciona como um estande móvel, capaz de transportar máquinas de corte, soldagem ma-nual e semi-automática e máquinas de Arco Submerso para as diversas feiras regionais, re-vendas e grandes clientes.

Nessas oportunidades, são realizadas pa-lestras, workshops e demonstrações que unem a teoria e a prática num mesmo momento, ge-rando uma boa repercussão dos serviços e produtos oferecidos pela ESAB.

“A Demovan funciona como uma espécie de showroom. Possui espaço e condições para a disposição das máquinas que queremos levar até determinado local, não apenas para expo-sição, mas também para completa demons-tração de utilização”, explica o gerente da filial, Walter Mattos Filho.

Um dos grandes ganhos para o cliente e

principalmente para a Empresa é que, a cada encontro, a Demovan, devido à versatilidade, tem capacidade de levar consigo uma linha de produtos focados num segmento específico, podendo ser alterada de acordo com as ne-cessidades de cada evento.

Segundo Walter, a apresentação teórica ilustrada com a prática representa outro bene-fício aos clientes, uma vez que podem ver de perto a realização do que foi dito nas palestras. “Antes da Demovan, muitas vezes dependía-mos da disponibilidade de um cliente para po-dermos mostrar o funcionamento de um equi-pamento a outro interessado. Com a Demovan, podemos levá-la onde quisermos e apresentar ali mesmo todo o seu potencial.”

Há seis meses circulando pela região Sul do país, a Demovan realizou diversos workshops, em parceria com os distribuidores da ESAB, e já possui um extenso programa para 2007. Esses encontros são oferecidos a clientes de vários segmentos e contam com a presença de uma equipe capacitada da ESAB para a exposição de palestras e demonstração dos produtos.

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