7 DE -...

8
AGOSTO DE 2017 ABRIL DE 2018

Transcript of 7 DE -...

Page 1: 7 DE - webservicos.sion.org.brwebservicos.sion.org.br/archivespage/wp-content/uploads/in-sion-11.pdf · A Equipe deste IN SION deseja a todos ... CONGREGAÇÃO DOS RELIGIOSOS DE NOSSA

AG

OS

TO

DE

20

17

AB

RIL

DE

20

18

Page 2: 7 DE - webservicos.sion.org.brwebservicos.sion.org.br/archivespage/wp-content/uploads/in-sion-11.pdf · A Equipe deste IN SION deseja a todos ... CONGREGAÇÃO DOS RELIGIOSOS DE NOSSA

Estimados confrades, Feliz Páscoa do Senhor. A Equipe deste IN

SION deseja a todos vocês e às suas Comunidades votos de um profícuo

tempo pascal, tempo para celebrar com alegria e esperança a Páscoa do

Senhor. Que a luz de Cristo ressuscitado nos ilumine para trilharmos

nosso caminho de consagração religiosa e de serviço à Igreja de Deus.

Neste Boletim compartilhamos com todos um texto do Padre Theodoro

Ratisbonne acerca de seu Batismo e de sua fé crescente no Deus dos

Patriarcas do Povo de Israel. “Adoro o mesmo Deus que meus pais adoraram:

o Deus três vezes Santo, o Deus de Abraão, de Isaac e de Jacó, e reconheço que

Cristo é o Messias esperado por Israel”, dizia ele. Oferecemos também uma

leitura formativa a respeito de como surgiram as peregrinações à Terra

de Israel. Por fim, para nos ajudar a rezar neste Tempo Pascal,

apresentamos uma homilia do Padre Theodoro sobre a Festa da Páscoa.

Neste tempo de ação de graças queremos nos lembrar do IV Encontro

Internacional dos Colégios Sion, que aconteceu de 05 a 13 de abril na

cidade de Paris. Os dois Colégios dos Irmãos de Sion enviaram seus

representantes a este Encontro. A todos desejamos boa leituras e boa

Páscoa.

!שלום

IN SION FIRMATA SUM Abril de 2018

2

CAPA

Foto do Santo Sepulcro.

ANIVERSÁRIO

Natalício

01.1947 - Fr Paulo A. Alves

13.1941 - Pe Antônio de L. Brito

28.1993 - Wellington E. da Silva

Presbiteral

06.1970 - Pe Vitório M. Cipriani

06.1975 - Pe Faustino J. Tonini

LEMBRETE

Mês de Maio, comemoração do aniversário natalício (204 anos) e falecimento (134 anos) d e P e M ar i a A f o n s o Ratisbonne.

Page 3: 7 DE - webservicos.sion.org.brwebservicos.sion.org.br/archivespage/wp-content/uploads/in-sion-11.pdf · A Equipe deste IN SION deseja a todos ... CONGREGAÇÃO DOS RELIGIOSOS DE NOSSA

PALAVRA DO SUPERIOR GERAL

Aos consagrados e consagradas, O Revmo. Pe. Donizete Luiz Ribeiro, Superior Geral da

CONGREGAÇÃO DOS RELIGIOSOS DE NOSSA

SENHORA DE SION, vem por meio desta carta, com

alegria, informá-los do seguinte:

A CONGREGAÇÃO DOS RELIGIOSOS DE NOSSA

SENHORA DE SION (NDS), fundada na França pelos irmãos

Afonso e Theodoro RATISBONNE, chegou ao Brasil em 1912 e foi

mantida por mais de cem anos pelo INSTITUTO THEODORO

RATISBONNE (CNPJ: 61.006.938/0001-03), pessoa jurídica de direito

privado, associação, sem fins lucrativos, com sede em São Paulo/

Capital. Em 2017, contando com o precioso auxílio do INSTITUTO

AXIS, iniciamos um grande trabalho de reestruturação e atualização do

INSTITUTO THEODORO RATISBONNE, bem como de criação

da ORGANIZAÇÃO RELIGIOSA DOS RELIGIOSOS DE SION

NO BRASIL. Depois de um ano de muito trabalho, chegamos ao final

do processo de CISÃO/INCORPORAÇÃO do Instituto Theodoro

Ratisbonne pela Congregação dos Religiosos de Nossa Senhora de Sion.

Sendo assim, iniciamos 2018 dentro de uma nova realidade: A

Associação Instituto Theodoro Ratisbonne continua viva e dinâmica,

atuando na área da Educação Básica com dois Colégios (Sion Ipiranga e

Sion Arujá) e com atividades/projetos para o Ensino Superior; a

Congregação dos Religiosos de Nossa Senhora de Sion, pessoa jurídica de

direito privado, organização religiosa, sem fins lucrativos, CNPJ

29.234.100/0001-64, com sede (Casa Geral) na Rua Xavier Curado, 42,

CEP 04210-100, Ipiranga, São Paulo/SP, nasce “ de iure” no Brasil, em

um momento favorável, com diversas comunidades e casas de formação

nos estados do Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro. Além disto, essa

Congregação se faz presente desde o tempo de seus fundadores, os

irmãos Ratisbonne, com diversas comunidades na França e Israel.

Com minhas orações e agradecimentos a todos Religiosos (as), desejo um abençoado tempo pascal.

In Sion firmata sum, Donizete Luiz RIBEIRO

3

Page 4: 7 DE - webservicos.sion.org.brwebservicos.sion.org.br/archivespage/wp-content/uploads/in-sion-11.pdf · A Equipe deste IN SION deseja a todos ... CONGREGAÇÃO DOS RELIGIOSOS DE NOSSA

BATISMO DE PADRE THEODORO

Experimentava o novo cristão os efeitos sensíveis do batismo e comparava-os às emoções de um cego de nascença que visse pela primeira vez a luz do dia. Todas as suas aspirações se concentravam agora na divina Eucaristia que, por motivo de prudência, teve que esperar durante muito tempo. Theodoro praticava secretamente a vida cristã que abraçara pelo batismo, continuando exteriormente a entregar-se aos estudos e às obras das escolas israelitas que até então ocupavam a sua

existência. Entretanto, seus parentes começaram a inquietar-se, observando o que eles chamavam ‘a originalidade de sua vida’. Aproximava-se fatalmente o momento em que o jovem convertido se veria forçado a confessar abertamente a fé cristã, não obstante os clamores da Sinagoga e as oposições de sua família. Chegou o dia em que o senhor Augusto Ratisbonne convidou seu filho a uma conversa confidencial. Citemos ainda as Memórias: ‘Eu fui a esta palestra com o temor respeitoso de um filho e com a coragem de um novo cristão. Meu pai falou-me em termos comoventes e, depois de ter relembrado todas as provas de amor e confiança que me dera, perguntou-me abertamente si eu era cristão. Sou cristão, sim, respondi-lhe, e foi esta fé cristã que me levou a renunciar às doçuras da vida para consagrar-me à regeneração de meus irmãos. Meu pai, consternado, guardou o silencio. Eu tornei: cristão, mas adoro o mesmo Deu que meus pais adoraram, o Deus três vezes Santo, o Deus de Abraão, de Isaac e de Jacó, e reconheço que Cristo é o Messias esperado por Israel. Meu pai, não achando palavras para responder-me, chorou amargamente: como era a primeira vez que eu o via em pranto, derramei também lagrimas ardentes. Meu coração estava despedaçado. Não me sentia mais forças nos membros. Meu pai olhou-me então como que para perguntar-me se ainda era seu filho... Disse-me que de todas as penas que sofrerá na vida, esta era a maior

4

Page 5: 7 DE - webservicos.sion.org.brwebservicos.sion.org.br/archivespage/wp-content/uploads/in-sion-11.pdf · A Equipe deste IN SION deseja a todos ... CONGREGAÇÃO DOS RELIGIOSOS DE NOSSA

e a mais irreparável. Invocava o nome de minha mãe e felicitava-a de ter deixado este mundo antes de passar por esta aflição . Tomado enfim de um sentimento de indignação e de desespero, ia deixar cair sobre mim palavras de maldição... mas não teve tempo. Afastei-me precipitadamente e fui procurar força e conselho no recolhimento e na oração. Lembrei-me de que não é digno de Jesus Cristo aquele que lhe prefere seja o que for neste mundo.’ Vendo inúteis os seus esforços para arrancar a fé cristã do coração de Theodoro, os seus parentes fizeram as mais vivas instâncias para impedir pelo menos a entrada dele no estado eclesiástico. Nada, porém, pôde vencer a vontade firme do generoso neófito, animado pela atração da graça divina. ‘Ó santa Igreja, exclama ele, que desejo jamais foi mais forte, mais profundo, mais invencível, mais constante do que meu anelo de servi-te! Não sei nem como, nem quando esta resolução se formou em minha alma. Parece-me hoje que me veio com a vida. Lembro-me de que um dia meu velho tio, em um momento de desolação, disse que preferia ver-me cortado em mil pedaços do que revestido da batina. Respondi-lhe com muita calma: Nada ganharíeis com isso, pois se me cortassem em mil pedaços, cada pedaço tornar-se-ia um padre e em vez de uma batina, teríeis mil batinas.’

O R. Pe. Maria T. Ratisbonne, 1947.

5

COMO SURGIRAM AS PRIMEIRAS PEREGRINAÇÕES À TERRA SANTA

O princípio da peregrinação é fundamentado na Bíblia e sua tradição se mantém até nossos dias. Não se pode entender o presente sem ter conhecimento do passado que nos formou. A Bíblia, ela mesma, fixou o princípio de fazer peregrinação. O livro do Êxodo nos diz que “três vezes por ano, todo varão será visto diante da face do Senhor (Ex 23,17). As três festas ditas ‘de peregrinação’ (que literalmente quer dizer marchar a pé) são: Páscoa, Pentecostes e Cabanas. No momento do encontro fixado por Deus na sua morada que era o Templo de Jerusalém, cada um será visto por Deus e verá Deus (somente em hebraico é possível fazer esta leitura do texto). Neste encontro há, portanto, esta visão recíproca. O lugar do encontro é fixado “no lugar que Deus escolheu...” (Dt 16,16), isto é, no Templo de Jerusalém. Assim, cada ano, três vezes por ano, o povo

Page 6: 7 DE - webservicos.sion.org.brwebservicos.sion.org.br/archivespage/wp-content/uploads/in-sion-11.pdf · A Equipe deste IN SION deseja a todos ... CONGREGAÇÃO DOS RELIGIOSOS DE NOSSA

“caminhava para a casa de Deus, entre gritos de alegria, ação de graças, e a movimentação da festa” (Sl 42,5). Os Salmos 120-134, chamados os Salmos de subida, são certamente os Salmos que eram cantados quando o povo de Israel subia para Jerusalém durante as festas de peregrinação. O livro do Êxodo nos diz: “Três festas de peregrinação tu celebrarás para mim durante o ano” (Ex 23,14). Todo o caminhar é para o Senhor. Esse motivo é gerador e alimenta a prática e se perpetua durante as gerações. O Novo Testamento testemunha essa prática vivida por Jesus e por seus discípulos. “Seus pais iam todos os anos a Jerusalém para a festa de Páscoa” (Lc 2,41). Normalmente eles partiam de Nazaré e caminhavam para Jerusalém. O Evangelho de João é rico em citações sobre esta prática de Jesus. “Houve a festa dos Judeus e Jesus subiu a Jerusalém” (Jo 5,1). “Jesus percorria a Galileia... Ora a festa judaica das Cabanas se aproximava... Jesus disse a seus discípulos: vocês subam para a festa; eu não subirei para esta festa porque o meu tempo ainda não chegou... Mas quando os seus irmãos subiram para a festa, então Ele subiu também...” (Jo 7, 1-14). “Chegou o dia de Pentecostes, eles se encontraram juntos em um mesmo lugar... e todos foram tomados pelo Espírito Santo...” (Atos 2, 1-5). São algumas citações para mostrar que os princípios estabelecidos pela Bíblia a partir do livro do Êxodo foi vivido pelo povo judeu ao longo do período do I Templo com também no período do II Templo. E Jesus com seus discípulos seguiram esta prática de maneira normal. Podemos entender que esta prática foi deixada, mesmo pelos seguidores de Jesus, somente depois da destruição do II Templo pelos romanos no ano 70 de nossa era. Uma vez destruído o Templo e com a expulsão dos judeus de Jerusalém (incluindo os judeus que seguiam Jesus), toda essa tradição cessou de existir. E durante todo o período romano praticamente não se pôde mais pôr em prática este mandamento e costume bíblico. Neste caso nem os judeus e nem os cristãos de origem judaica ou pagã puderam mais manter o princípio de peregrinação. Foi somente no período bizantino (324-640), com a transformação de todo o império, antes romano e pagão, para o cristianismo, que se tornou possível restabelecer costumes abandonados, mesmo proibidos. Foi nesta época que os cristãos voltaram à sua terra de origem e refizeram os seus lugares guardados na memória. E a construção de igrejas nos lugares mais importantes como Santo Sepulcro, Belém, Monte das Oliveiras, depois seguida para a Galiléia, abriu as portas para a peregrinação

6

Page 7: 7 DE - webservicos.sion.org.brwebservicos.sion.org.br/archivespage/wp-content/uploads/in-sion-11.pdf · A Equipe deste IN SION deseja a todos ... CONGREGAÇÃO DOS RELIGIOSOS DE NOSSA

7

fazer memória destes lugares importantes para a sua fé. E este movimento causou uma grande explosão econômica em toda a região da terra de Israel. As cidades prosperaram e a peregrinação foi fonte de vida cristã em todos os lugares onde estava presente a fé cristã. Há uma rica literatura que informa da época de ouro da vida cristã em Terra de Israel, especialmente Jerusalém, Cesárea marítima, Nazaré, etc. como resultado do grande intercâmbio gerado pela peregrinação que foi intensa. Hoje as descobertas arqueológicas testemunham a forte economia existente pelas construções imponentes e pelas técnicas utilizadas como fruto de grande desenvolvimento econômico. Este movimento teve seu declínio com a chegada do Islã (640). O Islã considera o judaísmo e o cristianismo como duas religiões que o precederam e por isso buscou valorizar a cidade de Jerusalém transformando-a em seu terceiro Santuário, depois de Meca e Medina. Entretanto os califados que dominaram Jerusalém não foram tolerantes para com aqueles que não quiseram se converter ao Islã, de forma que progressiva e rapidamente toda a atividade de peregrinação cristã praticamente cessou de existir. Somente nos séculos XI a XIII houve uma retomada com o movimento dos cruzados, que vieram para salvar os lugares santos cristãos; mas no final foram vencidos pelos mamelucos (1250-1517); praticamente não houve possibilidade de frequentação de grupos cristãos. Em seguida, no longo período do império turco (1517-1918), sempre sobre a base islâmica, não foi possível a prática de peregrinação cristã de forma organizada. No final da primeira guerra mundial, com a presença da Inglaterra, foi-se retomando a peregrinação; e depois, com a formação do Estado de Israel, Judeus, Cristãos e Muçulmanos frequentam seus respectivos centros sagrados e a peregrinação se tornou uma grande expressão da presença de todos os povos em Jerusalém e nos outros lugares sagrados. Portanto, a prática de peregrinação, especialmente a Jerusalém, é fundamentada na Bíblia; foi vivida pelo povo judeu, fez parte da identidade das comunidades cristãs desde seu início e tomou força no período bizantino. Depois de ser quase completamente impedida a manutenção desta prática por causa da presença absoluta do Islã, ela voltou, no último século, a ter sua importância e hoje vir a Jerusalém é uma prática vivida por todas a comunidades cristãs do mundo . Élio Passeto, nds

Page 8: 7 DE - webservicos.sion.org.brwebservicos.sion.org.br/archivespage/wp-content/uploads/in-sion-11.pdf · A Equipe deste IN SION deseja a todos ... CONGREGAÇÃO DOS RELIGIOSOS DE NOSSA

RESSUSCITOU "Ele ressuscitou!" (Mc 16, 6)

Quem nos levantará a pedra colocada à entrada do sepulcro? Tal era a preocupação das santas mulheres que, desde o alvorecer, aprestavam-se para oferecer ao corpo de Jesus os perfumes de sua piedade e o bálsamo do seu amor. Peçamos também que a pedra seja retirada de nossos corações, para que, aliviados de todo fardo, dureza ou empecilho, contemplemos jubilosamente a ressurreição de nosso Salvador. Silencie nossa razão estupefata; ouçamos somente a voz dos anjos: "Ele ressuscitou!" Este brado do céu, saído das profundezas do sepulcro, é levado por Madalena e suas companheiras a são Pedro e aos apóstolos. Estes o repetem em Jerusalém e de Jerusalém se propaga como formidável eco através o mundo e os séculos. "Ressurrexit!" Cumpriram-se as promessas de Deus; realizaram-se as profecias; é vencido o demônio; a morte restitui seus despojos; o Libertador dos homens triunfa! Rejubilemos com a Igreja e dilatemos nossos corações com as imortais esperanças. A ressurreição de Jesus é o início da glorificação do homem e o penhor de todas as esperanças futuras. Jesus Cristo é a vinha e nós somos seus ramos. Se a raiz tomar nova seiva, os ramos, por sua vez, reflorescerão; se a cabeça da humanidade resgatada saiu gloriosa do túmulo, os membros do seu corpo místico triunfarão igualmente da morte. Precede-os Jesus na Galileia, nome que significa: região da luz. Aí a ele nos reuniremos. As primeiras mensageiras da boa nova são as corajosas filhas de Sião, que em toda a carreira evangélica de Jesus o haviam acompanhado, amado e servido. Foram elas os "apóstolos dos apóstolos, os evangelistas dos evangelistas", como diz são Bernardo; recompensa da inviolável fidelidade apresentada ao Senhor, mesmo quando os próprios apóstolos tinham perdido a confiança e a coragem. Admiremos o divino plano da sabedoria, que escolhe os fracos para confundir os poderosos e faz surgir do seio da tímida humildade uma força de alma cheia de virtudes! Desejamos palmilhar suas pegadas? Apeguemo-nos às palavras das Escrituras, e afirmemos com Jó: "Sei que o meu Redentor vive e que no último dia ressurgirei da terra; vê-lo-ei com meus próprios olhos, eu mesmo e não outro. Esta esperança repousa em meu coração" (Jó 19, 25. 27).

Migalhas Evangélicas

Equipe de Eventos da Congregação Rua Costa Aguiar, 1266 - São Paulo - SP

[email protected] http://nds.sion.org.br/in-sion.html