7 Rastreio e Sinais de Alerta Do Cancro Genital

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Rastreio e Sinais de Rastreio e Sinais de Alerta do Cancro Alerta do Cancro Genital Genital Alexandre Morgado Março 2004

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Rastreio e Sinais de Alerta Rastreio e Sinais de Alerta do Cancro Genitaldo Cancro Genital

Alexandre Morgado

Março 2004

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RastreiosRastreios

Os programas de rastreio de cancro consistem na aplicação

de exames sistemáticos a toda a população saudável ou de

grupos específicos seleccionados da população saudável,

com o objectivo de diminuir a incidência e a mortalidade.

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RastreiosRastreios

Rastreios de massas Base populacional

Rastreios oportunísticos A todos ou alguns doentes que procuram o médico

por qualquer razão

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RastreioRastreio

Características de um teste de rastreio ideal:

Fiávelo Sensibilidade (verdadeiros positivos/todos os doentes)o Valor predictivo positivo (verdadeiros positivos/todos com

rastreio positivo)

Fácil Reprodutível Cómodo Barato

o Custo/benefício

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Rastreio do Cancro GenitalRastreio do Cancro Genital

Ca do colo Ca da mama Ca do endométrio Ca do ovário Ca da trompa Ca da vagina Ca da vulva

Page 6: 7 Rastreio e Sinais de Alerta Do Cancro Genital

Rastreio pode evitar mortalidade por cancro do colo do úteroEm Portugal, a taxa de incidência do cancro do colo do útero é de 23 casos por cada 100 mil mulheres. Um número acima da média europeia e que, segundo os especialistas, se deve à ausência de programas organizados de rastreio. Medicina»Arquivo de notícias» Janeiro 2003   Quase metade das mulheres não fazem rastreio dos cancros da mama e do úteroA Sociedade Portuguesa de Ginecologia alerta para a falta de vigilância médica nesta área: apenas 36% das portuguesas consultam o ginecologista uma vez por ano, 40% nunca se submeteram ao rastreio do cancro da mama e 45 por cento ao rastreio do cancro do útero. Medicina »Arquivo de notícias» Março de 2003

Rastreio Rastreio OncológicoOncológico

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Carcinoma do ColoCarcinoma do Colo

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Plano Oncológico Nacional 2001-2005

No rastreio de cancro do colo do útero, o teste a utilizar será a citologia cervical- teste de Papanicolau- com convite ao grupo etário dos 30 aos 60 anos (extensivo a grupos etários vizinhos, consoante os recursos disponíveis) e intervalo de rastreio de três anos – após dois exames anuais negativos

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Rastreio do Ca do ColoRastreio do Ca do Colo

Citologia dos 30 aos 60 anosDe 3 em 3 anos (após 2 exames normais)

Recomendação

Falsos negativosEvolução da doença mais rápida

American College of Obstetricians and Gynecologists advoga:Citologia anual até aos 65 anosInício um ano após primeiras relações sexuais

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Rastreio do Ca do Rastreio do Ca do ColoColo

Mulheres com risco aumentado:Múltiplos parceiros sexuaisHistória de doenças de transmissão sexualCondilomas genitaisCitologias cervicais anteriores anormaisFumadorasImunossuprimidas

Mulheres com risco aumentado para Ca do colo devem fazer citologia cervical anual

HPV

Sinal de alerta: coitorragias

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Citologia cervicalCitologia cervical

As mulheres devem abster-se de:

Não deve ser realizado durante o periodo menstrual

Usar cremes vaginais na semana anterior à realização do exameTer relações sexuais nas 24h anteriores à realização do exame

Fazer irrigações vaginais nas 48 horas anteriores

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Citologia cervicalCitologia cervical

Técnica:Técnica:

A colheita deve incluir células do exocérvix e do endocérvix

Não usar lubrificante no espéculo

Introduzir o espéculo suavemente de modo a não traumatizar o colo

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Citologia Citologia cervicalcervical

Cito-brushCito-brush

EspátulasEspátulas

Endo-brushEndo-brush

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Citologia cervicalCitologia cervical

Citologia Citologia convencionalconvencional

Citologia em meio Citologia em meio líquidolíquido

Thinprep

Preparação da lâmina é

automática Elimina a variabilidade introduzida pelo

médico na altura da preparação da lâmina

(sementeira e fixação)

Semear ao longo da lâmina de modo a obter uma camada fina

Fixar de imediato

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Alterações na terminologia da Alterações na terminologia da

neoplasia cervical intra-epitelialneoplasia cervical intra-epitelial

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Classificação de Bethesda Classificação de Bethesda 2001 2001 (Adaptação)(Adaptação)

Células epiteliais escamosas anormais

Lesão escamosa intra-epitelial de baixo grau (LSIL)• Inclui: alterações por HPV, displasia leve, CIN I

Lesão escamosa intra-epitelial de alto grau (HSIL)• Inclui: displasia moderada e grave, Ca “in situ”, CIN II e III

Carcinoma escamoso

Células escamosas atípicas (ASC)o De significado indeterminado (ASC-US)o Não se pode excluir lesão intra-epitelial de alto grau (ASC-H)

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Citologia cervicalCitologia cervicalOrientação de acordo com resultadosOrientação de acordo com resultados

Manter esquema de rastreio Se citologia normal

Repetir citologia Em três meses se citologia é inadequada Em seis meses, se ASC-US ou LSIL (o intervalo de seis meses

permite uma possível resolução expontânea da alteração) Referenciar para colposcopia ASC-US ou LSIL persistente HSIL e ASC-H Suspeita de doença invasora

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Carcinoma da MamaCarcinoma da Mama

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Carcinoma da MamaCarcinoma da Mama

Exame mamário realizado por médico

Auto exame mamário

Mamografia

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Carcinoma da MamaCarcinoma da Mama

Factores de risco

Hx familiar + Menarca precoce Menopausa tardia Obesidade Idade tardia da 1ª gravidez de termo Idade avançada

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Auto exame da mamaAuto exame da mama

Observação em frente ao Observação em frente ao espelhoespelho

Observar qualquer alteração na superfície:Observar qualquer alteração na superfície:

Depressão, saliência ou rugosidadeDepressão, saliência ou rugosidade

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Auto exame da mamaAuto exame da mamaPalpação de péPalpação de pé

De preferência durante o duche com o corpo De preferência durante o duche com o corpo molhado e as mãos ensaboadasmolhado e as mãos ensaboadas

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Auto exame da Auto exame da mamamamaPalpação deitadaPalpação deitada

Repetir os movimentos Repetir os movimentos realizados na posição de pé realizados na posição de pé agora na posição deitadaagora na posição deitada

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MamografiMamografiaa

Carcinomas da mama de crescimento lento

podem ser identificados por mamografia

pelo menos dois anos antes de se tornarem palpáveis

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Plano Oncológico Nacional 2001 - 2005

No rastreio de cancro da mama, o teste a utilizar é a

mamografia, com convite ao grupo etário dos 50 aos 69

anos e intervalo de rastreio de dois anos.

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Plano Oncológico Nacional 2001 - 2005

Embora os efeitos adversos do rastreio mamográfico no

grupo etário 40-49 possam não ser negligenciáveis,

poderão desenvolver-se programas de rastreio neste

grupo alvo, desde que as mulheres sejam informadas

sobre os seus benefícios e efeitos adversos.

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Plano Oncológico Nacional Plano Oncológico Nacional 2001 - 20052001 - 2005

Deve ser desencorajado o rastreio sistemático em unidades sem

sistemas adequados de controlo de qualidade.

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O risco de uma mulher vir a ter um Ca da mama é:

30 anos 1 para 2000

40 anos 1 para 233

50 anos 1 para 53

60 anos 1 para 22

70 anos 1 para 13

80 anos 1 para 9

Durante a vida 1 para 8

Até aos:

Carcinoma da Mama

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Carcinoma da mamaCarcinoma da mama American College of Radiology American Cancer Society American Medical Women’s Association

advogam:

Início de rastreio mamográfico anual aos 40 anos

Rastreio depois dos 70 anos deve ter em consideração o estado geral de saúde da mulher

Rastreio antes dos 40 anos só se houver história familiar

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Carcinoma do EndométrioCarcinoma do Endométrio

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A metrorragia é o sinal de apresentação em cerca de 90% das mulheres com Ca do endométrio

Carcinoma do Endométrio

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Causas de Metrorragias da Causas de Metrorragias da Pós menopausaPós menopausa

Atrofia endometrial THS Pólipos endometriais Hiperplasia endometrial Ca do endométrio

Frequência(%)

60-8015-252-125-1010

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Carcinoma do EndométrioCarcinoma do Endométrio

Factores de risco para Ca do endométrio- Nuliparidade- Menopausa tardia- Obesidade- Diabetes mellitus- Tamoxifeno- Hiperplasia endometrial com atipia

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Carcinoma do EndométrioCarcinoma do Endométrio

Não há nenhum teste de rastreio para o carcinoma do endométrio.

A ecografia do endométrio com sonda endovaginal e a biópsia endometrial são exames demasiado caros para serem usados como testes de rastreio

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Carcinoma do Endométrio

Metrorragia pós menopausa

Biópsia do endométrio

Papel da ecografia com sonda endovaginal

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Carcinoma do Endométrio

Papel da ecografia com sonda endovaginal

A ecografia com sonda endovaginal tem

um alto valor predictivo negativo para o

Ca do endométrio quando a espessura

endometrial é menor que 5 mm

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Carcinoma do OvárioCarcinoma do Ovário

Doença Silenciosa

Os testes actualmente disponíveis para identificar o Ca do ovário em estadios precoces carecem de sensibilidade e especificidade adequadas

Não existe nenhum programa de rastreio, com relação custo benefício favorável para o Ca do ovário

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Carcinoma do Ovário

Factores de risco

ReprodutivosNuligestasBaixa paridade

HereditáriosSindroma cancro mama-ovárioSindroma Lynch tipo II

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Carcinoma do OvárioCarcinoma do Ovário

Ca 125

Aumento do volumeSeptosVegetações

De momento o uso combinado da ecografia com sonda vaginal e do Ca 125, como método de rastreio do cancro do ovário, está em avaliação através de estudos clínicos randomizados.

Ecografia

Exame ginecológico

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Carcinoma da VulvaCarcinoma da Vulva

Não há teste de rastreio para o cancro da vulva Atenção a mulheres com:

Antecedentes de Ca do colo ou vagina, VIN III e líquen escleroso

Importância da detecção precoce prurido úlcera tumefacção

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Carcinoma da Vagina

A relação custo benefício não justifica o rastreio do Ca da

vagina em mulheres histerectomizadas por doença benigna.

Mulheres com história de neoplasia intra-epitelial ou

invasiva do colo tem risco aumentado e devem ser vigiadas

com citologia da cúpula vaginal de forma regular

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Carcinoma da TrompaCarcinoma da Trompa

O carcinoma da trompa é uma entidade rara (0,1% a

1,8% de todos os cancros ginecológicos)

Não está recomendado nenhum teste de rastreio