70914714-Eletroforese-2011-PDF
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ELETROFORESE
1. Características básicas;
2. O fluxo determinante;
3. Fatores envolvidos;
4. O ponto isoelétrico;
5. Tipos de eletroforese:
Eletroforese livre,
Eletroforese em suporte semi-sólido,
Eletroforese em suporte sólido,
Eletroforese capilar,
Focalização isoelétrica,
Eletroforese com SDS,
Eletroforese bidimensional,
Eletroforese de alta voltagem,
Immunobloting,
Iontoforese.
6. Revelação;
7. Analise qualitativa e quantitativa;
8. Aplicações e procedimentos experimentais
2
OBJETIVOS:
ELETROFORESE
DEFINIÇÃO:
Processo de separação e/ou caracterização dos componentes de
um sistema, baseado na carga elétrica livre das partículas, onde
ocorre a migração diferencial das mesmas quando submetidas a
um campo elétrico.
PRINCÍPIO:
Para que uma partícula se mova no campo elétrico é necessário
que possua carga, isto é, excesso ou deficiência de elétrons,
resultando em carga elétrica livre.
3
ELETROFORESE
A eletroforese é especialmente útil como método analítico. Sua
vantagem é que as proteínas podem ser separadas e visualizadas,
permitindo determinar rapidamente o número de proteínas presentes
em uma mistura ou o grau de pureza de uma preparação particular de
proteínas.
A eletroforese permite também a determinação de propriedades
cruciais de uma proteína, tais como o seu ponto isoelétrico e sua massa
relativa podem ser estimados.
Técnicas especializadas de eletroforese como Western blotting,
eletroforese bi-dimensional e mapeamento peptidico podem ser usadas
para detectar produtos gênicos extremamente escassos, encontrar
similaridades entre eles e detectar e separar isoenzimas.
4
ELETROFORESE
5
Fracionamento e caracterização Aminoácidos
Peptídeos
Proteínas (lipo e glico)
Nucleotídeos
Ácidos carboxílicos
Adoçantes
Vitaminas
Corticoides
Pesticidas
Outras partículas que apresentem cargas
em função do pH do meio.
ELETROFORESE
Componentes que possuem carga elétrica livre migram para pólo de
carga oposta a sua. Portanto, partículas carregadas positivamente
migram para o pólo negativo (cátodo) e partículas carregadas
negativamente migram para o pólo positivo (ânodo).
Na eletroforese a força elétrica, Fel , que move a macromolécula (os
ácidos nucléicos, e as proteínas também podem ser separados deste modo) é
o potencial elétrico, , vezes a carga líquida da molécula, q.
A força que pára a migração da macromolécula é a fricção, Ff, que é
proporcional a velocidade da partícula, V, vezes o coeficiente de fricção, ffr:
No caso do campo elétrico constante, as duas forças se balanceiam e a
molécula migra com a velocidade constante.
6
ELETROFORESE
Eletroforese é o fluxo de partículas carregadas = o fluxo migracional.
A forca que atua sobre as moléculas com cargas elétricas é proporcional
ao valor da carga e o gradiente do potencial elétrico.
O fluxo, J, é proporcional a:
a carga (q),
a Concentração das moléculas (C),
a Área que o fluxo atravessa (A),
a Mobilidade das moléculas (u)
o Gradiente do potencial elétrico
xqCAuJ
7
ELETROFORESE
A velocidade com que uma partícula se movimenta no campo elétrico
depende de vários fatores:
densidade de carga elétrica livre:
principal fator, diretamente proporcional.
potencial elétrico aplicado:
diretamente proporcional. A voltagem aplicada deve ser adequada para
separar o mais rapidamente possível, antes que a difusão espalhe os
componentes. Voltagem muito alta, porém, aquece o sistema e prejudica
a separação
raio da partícula: inversamente proporcional
viscosidade do meio: inversamente proporcional
FATORES QUE CONDICIONAM A VELOCIDADE DA MIGRAÇÃO
ELETROFORÉTICA:
8
ELETROFORESE
Outros fatores também influenciam na velocidade de migração:
pH do meio (tampão);
força iônica do tampão;
interação com a fase fixa;
tipo de suporte;
grau de embebição (absorção) do suporte;
temperatura;
FATORES QUE CONDICIONAM A VELOCIDADE DA MIGRAÇÃO
ELETROFORÉTICA:
9
ELETROFORESE
PONTO ISOELÉTRICO de uma proteína é o valor do pH no qual
as cargas positivas e negativas (da proteína) se equivalem. Não
tendo carga elétrica efetiva, e portando, não migrando na presença
do campo elétrico.
Existem aminoácidos que além da carboxila e do grupo amina possuem
outros grupos dissociáveis:
Histidina (grupo imidazol, pK=8,3), Cisteína (grupo sulfidrila, pK=8,3),
Tirosina (grupo hidroxifenol, pK=10,1) e Arginina (grupo guanidil,
pK=12,5).
As proteínas são poliaminoácidos e, portanto, possuem o comportamento
múltiplo dos aminoácidos componentes.
10
ELETROFORESE
Proteínas pI
Pepsina
Ovalbumina
Soroalbumina
Urease
-Lactoglobulina
Hemoglobina
Mioglobina
Quimotripsinogênio
Citocromo C
Lisozima
-1.0
4.6
4.9
5.0
5.2
6.8
7.0
9.5
10.7
11.0
PONTO ISOELÉTRICO
Quase todas as proteínas possuíram o ponto isoelétrico exato,
por exemplo:
O ponto isoelétrico da pepsina que está apresentado na tabela é -1.
Há alguma coisa errada?
11
ELETROFORESE
As imunoglobulinas não possuem ponto isoelétrico fixo.
Faça uma pesquisa e descubra o porquê.
ESQUEMA DA DISTRIBUIÇÃO DAS PROTEINAS SÉRICAS PELOS
PONTOS ISOELETRICOS
pI 4,7-5.4 pI 5,4-5,8 pI 6,3-8,3
Albumina
Alfa 1- globulina Beta - globulina Gama-globulina
Alfa 2- globulina Beta - lipoproteína
Alfa – lipoproteína
Memorize os pontos isoelétricos das proteínas séricas.
Para qual pólo elétrico elas vão migrar em pH 9?, pH 4? e pH 6?
O ponto isoelétrico da Gama-globulina está na faixa de 6.3-8.3.
Há alguma coisa errada? As imunoglobulinas todas não possuem o ponto isoelétrico fixo.
Fazer pesquisa e descobrir porque. 12
ELETROFORESE
MÉTODOS ELETROFORÉTICOS:
ELETROFORESE SEM SUPORTE: denominada eletroforese livre.
Nesse sistema as substâncias são separadas em meio totalmente líquido, em tubo em
forma de “U”. Para se obter um quadro completo da mistura, escolhe-se um pH onde a
maioria das proteínas tenha a mesma carga, porém com densidade de carga e
mobilidade diversa. O índice de refração nessa fronteira muda pela passagem das
proteínas. Os movimentos de convecção provocados pela dissipação do calor exigem
aparelhos e instalações especiais. É um método em desuso.
Diagrama esquemático da célula de Tiselius
para medir a mobilidade eletroforética pelo
método do movimento de fronteiras.
No exemplo é mostrada duas diferentes espécies
de proteínas carregadas negativamente, com
diferentes mobilidades eletroforéticas, dissolvidas
em solução tampão. Neste caso todas as
proteínas migram para o ânodo. As mais rápidas
assumem as fronteiras (1) tanto ascendente
quanto descendente, ultrapassando, as mais
lentas (2). Como resultado forma-se duas
fronteiras em movimento ascendente e duas
fronteiras em movimento descendente.
13
ELETROFORESE
ELETROFORESE EM SUPORTE SÓLIDO
ELETROFORESE EM SUPORTE:
A solução aquosa de proteínas é imobilizada em uma matriz solida ou semi-
sólida (material poroso e hidratado que apresenta rigidez mecânica) eliminando
a convecção e os distúrbios de vibração. Diminui a difusão das substâncias, o
que facilita a sua completa separação. Metodologia mais simples, de maior
resolução e que necessita de menores quantidades de amostra em relação a
eletroforese livre.
ELETROFORESE EM SUPORTE SÓLIDO:
Os suportes sólidos mais usados são papel de filtro (EPF) e acetato de
celulose (EAC), por serem materiais relativamente inertes que não interagem
com as proteínas migrantes nem ocasionam o seu retardamento. O acetato de
celulose tem a vantagem sobre o papel de filtro proporcionando melhor
fracionamento, inclusive na separação de beta-globulina e beta-lipoproteína, o
que não é possível em papel, e maior rapidez na separação. O processo de
eletroforese é mantido até que os componentes tenham sido separados em
zonas nítidas. A posição e quantidade das proteínas, pode ser avaliada por um
densitômetro.
14
ELETROFORESE
ELETROFORESE EM SUPORTE SÓLIDO
(a). Diagrama esquemático do instrumental utilizado. A amostra é aplicada
no centro do papel previamente umedecida pela própria solução tampão. As
extremidades do papel são mergulhadas na solução tampão, na qual os
eletrodos estão imersos e aonde será aplicado o campo elétrico.
(b) Representação esquemática do eletroforetograma completo. Veja que
os íons positivos (cations) migram em direção ao cátodo e os íons negativos
em direção ao ânodo. Moléculas com carga resultante nula, permanecem no
ponto de aplicação da amostra.
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ELETROFORESE
ELETROFORESE EM SUPORTE SEMI SÓLIDO
Os suportes semi-sólidos mais usados são os géis de agar, agarose e poliacrilamida. É
possível maior resolução eletroforética quando o suporte ou material da matriz pode
retardar ou excluir moléculas protéicas em função dos seus tamanhos moleculares.
ELETROFORESE EM GEL ÁGAR OU AGAROSE (EA): o processo é semelhante ao
descrito para eletroforese em acetato de celulose. Uma variação dessa técnica, bastante
utilizada é a IMUNOELETROFORESE. Nessa técnica após a separação eletroforética da
amostra, faz-se uma reação antígeno-anticorpo (Ag-Ac), lava-se a preparação para
retirar as proteínas solúveis, restando os complexos Ag-Ac insolúveis (precipitados no
gel), que são visualizados através de coloração específica. A analise imunoeletroforética
permite definir ou caracterizar uma substância através de suas propriedades
eletroforéticas (mobilidade), diferenças na velocidade de difusão (coeficiente de difusão)
e pelas propriedades imunológicas (especificidade).
ELETROFORESE EM GEL DE POLIACRILAMIDA (EGPA). A eletroforese é realizada
em géis feitos de polímeros entrecruzados de poliacrilamida. O gel de poliacrilamida é
um suporte que funciona com uma peneira molecular, promovendo a filtração da amostra
pela rede do gel, reduzindo a velocidade de migração das proteínas em proporção
aproximada à massa de cada uma delas. Nesse caso há associação da separação por
carga e por massa relativa. Nesse sistema, proteínas com mesmas cargas são
separadas por suas massas relativas.
s16
ELETROFORESE
ELETROFORESE EM SUPORTE SEMI SÓLIDO
Aparelhos e peças para eletroforese vertical
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ELETROFORESE
ELETROFORESE EM SUPORTE SEMI SÓLIDO
FORMAÇÃO DO GEL DE POLIACRILAMIDA – polimerização
Gel de poliacrilamida
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ELETROFORESE
ELETROFORESE EM SUPORTE SEMI SÓLIDO
Procedimento esquemático
As amostras (misturas das
proteínas a ser analisadas
estão colocadas com ajuda
das micropipetas, nos
poços do gel (1-3). O
campo elétrico está
aplicado (4) e as proteínas
migram com velocidades
diferente (5, 6) dependendo
das cargas elétricas livres e
tamanhos.
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ELETROFORESE
ELETROFORESE EM SUPORTE SEMI SÓLIDO
EM GEL ÁGAR OU AGAROSE ou POLIACRILAMIDA
Slab-eletroforese – eletroforese em camada fina do gel
Há dois tipos de géis: no topo o gel é com
poros grandes e serve para concentrar as
amostras; no baixo o gel é com poros
menores e serve para separação as proteínas
ou outros componentes do analise.
Esquema do gel em camada fina
entre duasplacas de vidro. Aplicação
das amostras e resolução das
proteínas após revelação.
20
ELETROFORESE
ELETROFORESE EM SUPORTE SEMI-SÓLIDO
Revelação
A) corante Coomassie blue; B) coloração por prata
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ELETROFORESE
A) brometo de etídio; B) nitrato de prata; C) marcação radioativa;
D) quimiluminescência; E) Coomasie Blue; F) fast blue BB salt.
ELETROFORESE
ELETROFORESE EM SUPORTE SEMI SÓLIDO
Revelação
ELETROFORESE EM SUPORTE SEMI SÓLIDO
Revelação
Com Luz UV Com corantes fluorescentes
Visualização dos ácidos nucléicos
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ELETROFORESE
ELETROFORESE EM SUPORTE SEMI SÓLIDO
Revelação
Em Laboratorio
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ELETROFORESE
ELETROFORESE EM SUPORTE SEMI SÓLIDO
Revelação
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ELETROFORESE
Eletroforese ácidos nucléicos
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ELETROFORESE
Eletroforese na presença do SDS
Um método eletroforético comumente utilizado para a determinação da pureza e do peso
molecular de proteínas faz uso de detergente dodecilsulfato de sódio (SDS). O SDS liga-se
à maioria das proteínas, provavelmente por interações hidrofóbicas em quantidades
grosseiramente proporcionais ao peso molecular de cada proteína e, em geral, na
proporção de uma molécula de SDS para cada dois resíduos de aminoácidos. O SDS ligado
adiciona uma grande carga negativa à molécula de proteína, tornando insignificantes as
cargas intrínsecas da mesma.
[CH3-(CH2)n-CH2-O-SO3-] Na+
Dodecilsulfato de sódio (SDS)
A conformação nativa das proteínas é alterada quando o SDS liga-se a elas e a maioria
adquire, então, uma mesma forma geométrica, isto as tornam muito semelhantes entre si e,
por esta razão, passam a ter uma mesma relação entre a carga elétrica e a massa. Assim, a
eletroforese na presença de SDS separa as proteínas quase exclusivamente com base na
sua massa, com os polipeptídios menores migrando mais rapidamente. Proteínas tratadas
com SDS, perdem a carga intrínseca e adquirem carga negativa constante em relação a
massa relativa. Sendo negativas, são atraídas para o ânodo e a separação ocorre segundo
a massa relativa. As proteínas menores migram na frente, o inverso da cromatografica por
gel-filtração. 27
ELETROFORESE
ELETROFORESE EM GEL DE POLIACRILAMIDA
NA PRESENÇA DE DODECIL SULFATO DE SODIO (EGPA-SDS).
Exemplo do gráfico padrão para
determinação da massa relativa
Eletroforetograma
Etapas:
1. medida das distancias percorridas (todas as proteínas e corante Lider);
2. Calculo de Rf (migração relativa = Dp/DL);
3. construção do gráfico Padrão, onde eixo Y – migração relativa e eixo X – Logaritmo da
massa relativa das proteínas padrão;
4. Utilizando valor do Rf da proteína desconhecida, determine o Logaritmo da massa
molecular .
Descubra a massa relativa da
proteína desconhecida, no
Eletroforetograma ao lado.
28
Lo
g d
a M
as
sa
Re
lati
va
Migração Relativa
ELETROFORESE
FOCALIZAÇÃO ISOELÉTRICA OU ELETROFOCALIZAÇÃO
A focalização isoelétrica é um procedimento usado para determinar o ponto
isoelétrico (pI) de uma proteína. Talvez seja o método mais eficiente de
eletroforese.
Nesse método, inicialmente, os anfólitos (uma mistura de ácidos e bases
orgânicos, de pequena massa) são aplicados no suporte (um gel), após
aplicarmos um campo elétrico num tempo curto (pré-corrida) para distribuir os
anfólitos ao longo do gel e estabelecer um gradiente linear de pH no gel de
poliacrilamida ou agarose.
Uma mistura de moléculas com
pontos isoelétricos diferentes é
aplicada (1). As moléculas
migram (2) até cada uma delas
chegar ao local com o valor do
pH igual ao seu pI (3).
1
2
3
3
Separação das moléculas em acordo com pontos isoelétricos
29
ELETROFORESE
FOCALIZAÇÃO ISOELÉTRICA OU ELETROFOCALIZAÇÃO
Resultado
Quando uma mistura protéica é colocada no
gel de poliacrilamida ou agarose cada
proteína migra para o cátodo ou anodo até
atingir o pH, que é igual ao seu pI (pH
isoelétrico), formado uma área estacionária.
Assim, proteínas com diferentes pontos
isoelétricos distribuem-se de forma diferente
ao longo do gel, formado uma área
estacionária.
O processo da revelação é similar ao
processo utilizado na nossa aula pratica com
papel da celulose como suporte sólido:
corante revelador e solução descorante.
A separação das moléculas
de acordo com seus
pontos isoelétricos.
30
ELETROFORESE
Combinando dois métodos
eletroforéticos :
a focalização isoelétrica (IEF) e
a eletroforese na presença de SDS)
em géis bidimensionais consegue-se
a resolução de misturas mais
complexas de proteínas. Este método
composto é mais sensível do que a
focalização isoelétrica ou a eletroforese
em SDS sozinhos. A eletroforese
bidimensional separa as proteínas de
peso molecular idêntico, que diferem
em ponto isoelétrico, ou proteínas com
pI similar, porém massas relativas
diferentes.
Eletroforese bidimensional. O principio
31
ELETROFORESE
Combinando os dois métodos:
1. focalização isoelétrica (IEF) e
2. eletroforese na presença de SDS
A eletroforese bidimensional separa as
proteínas de mesma massa relativa que
diferem em pontos isoelétricos, ou
proteínas com pI similares, porém massas
diferentes.
Revelado com o corante Coomassie.
Eletroforese bidimensional
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ELETROFORESE
Coloração por prata Corantes fluorescentes
Eletroforese bidimensional - Revelação
Cada pontinho representa um proteína diferente. A intensidade da
coloração indica a quantidade da proteína.
33
ELETROFORESE
ELETROFORESE DE ALTA VOLTAGEM
Aplica-se alta voltagem (ate 10 mil volts) ao sistema para
separação de pequenas moléculas com rapidez, antes que elas
possam se difundir. Utilizada para aminoácidos e pequenos
polipeptídios.
Fonte externo para eletroforese
34
ELETROFORESE
“ IMMUNOBLOTING” é um poderoso método de diagnostico.
35
ELETROFORESE
“ IMMUNOBLOTING” é um poderoso método do diagnostico.
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ELETROFORESE
Analise dos eletroforetogramas. Densitometros são fotocolorímetros específicos.
37
ELETROFORESE
Eletroforese das proteínas séricas: correlações clínico-patológicas.
Densitogramas = curvas de absorbância
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ELETROFORESE
Eletroforese das proteínas séricas: correlações clínico-patológicas.
Densitogramas = curvas de absorbância
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ELETROFORESE
Determinação as quantidades relativas de cada proteína nas analises
eletroforeticos
Como podemos calcular as quantidades relativas de cada proteína na amostra analisada, baseados
apenas nos densitogramas ? Isto pode ser resolvido de duas formas.
Baseado na área do gráfico. Primeiro tem que traçar uma linha na base do gráfico ligando os pontos
iniciais e finais. Depois, podemos utilizar o conceito de integral e derivação de funções, mas podemos
utilizar um artifício geométrico para resolver nosso problema: basta traçarmos retas paralelas aos eixos x
e y, cobrindo todo o gráfico (formando uma malha). Feito isto, passaremos a trabalhar como se
usássemos um papel milimetrado (quanto mais próximas essas linhas umas das outras, mais exata será
a medida obtida). Para descobrir as áreas aproximadas das curvas do gráfico, devemos então contar o
número de quadrados contidos no gráfico. Quando o quadrado estiver apenas parcialmente contido no
gráfico, a ele será atribuído valor 0,5. Quando o quadrado estiver totalmente contido no gráfico, a ele
será atribuído valor 1. Após a contagem, soma-se os valores, obtendo as áreas relativas das curvas.
Outra possibilidade é aproxima o cada curva (pico) com uma ou mais figuras geométricas e calcula as
áreas delas. Área somatória assumida como 100%. Área de cada pico – X%.
Com uma balança analítica. Primeiro traçamos uma linha na base do gráfico e com uma tesoura,
podemos simplesmente recortar o gráfico e obter um pedaço de papel na forma dele. Em seguida pesa-
se esse recorte e anota-se a o peso obtido (PG =peso total), referente a todo gráfico. Depois, recorta-se
cada Gaussiana (picos) do gráfico e pesa-se separadamente. Para se saber a quantidade relativa das
proteínas, basta estabelecer relações matemáticas entre os pesos anotados e o peso total, PG.
Usar esse noção para analisar a fração relativa das proteínas séricas a partir dos densitogramas
de eletroforese apresentados na pagina anterior.
40
ELETROFORESE
Uma imunoeletroforese cruzada bidimensional.
41
ELETROFORESE
A eletroforese das proteínas do soro, dentro de certos limites, tem importante
papel na investigação clínica. A análise do diagrama eletroforético poderá ser
feita por uma simples inspeção visual da fita, após coloração, ou através dos
dados quantitativos obtidos por eluição da fita e leitura em fotocolorímetro ou
pela leitura da fita no densitômetro.
A eletroforese do soro do adulto normal, usando tampão pH 8,6 de força
iônica 0,05, resulta na separação de 5 componentes protéicos:
fração albumina, alfa-1, alfa-2, beta e gama globulina.
A fração albumina é a que mais se distancia do ponto de aplicação no sentido
do pólo positivo. As frações globulinas são designadas pela ordem de
mobilidade decrescente. Uma vez que a densidade da coloração das
diferentes frações é proporcional as suas concentrações, a fração albumina é
que se mostra mais densa.
Eletroforese das proteínas séricas:
correlações clínico-patológicas
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ELETROFORESE
FRAÇÕES PROTEICAS - VALORES NORMAIS:
Albumina 3,5 a 5,3 g/100 ml ou 52% a 68%
Globulinas: Alfa 1 0,2 a 0,2 g/100 ml ou 3,4% a 5,3%
Alfa 2 0,4 a 0,7 g/100 ml ou 6% a 10%
Beta 0,7 a 0,9 g/100 ml ou 10% a 13%
Gama 1,0 a 1,7 g/100 ml ou 14% a 21%
Eletroforese das proteínas séricas:
correlações clínico-patológicas
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ELETROFORESE
GLOBULINA ALFA-1 AUMENTADA: Enfermidades agudas, crônicas de
qualquer natureza (por exemplo, resfriados, furunculose); síndrome
nefrótica; processos inflamatórios agudos. Neoplasias e outros;
síndrome com destruição tissular; efermidade de Hodgkin; úlcera
péptica; gastroenterites agudas; colites ulcerosas e carcinoma gástrico.
GLOBULINA ALFA-1 DIMINUÍDA: Cirrose hepática, periarterites
crônicas, hepatites por vírus, má absorção e má nutrição.
CLOBULINA ALFA-2 AUMENTADA: Síndrome nefrótica, icterícia
obstrutiva, tuberculose pulmonar e extrapulmonar, mieloma múltiplo,
enfermidade de Hodgkin, nefrose e glomerilonefrite, enfermidades do
colágeno, diabete melitus, úlcera péptica, gastroenterites agudas,
colites ulcerosas e carcinoma gástrico
Eletroforese das proteínas séricas:
correlações clínico-patológicas
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ELETROFORESE
GLOBULINA ALFA-2 DIMINUÍDA: Hepatites por vírus, cirrose hepática,
síndrome de má absorção e má nutrição.
BETA CLOBULINA AUMENTADA: Especialmente em todos os processos em
que há hiperlipemia como: síndrome nefrótica, mixedema, icterícia obstrutiva e
mieloma múltiplo.
BETA GLOBULINA DIMINUÍDA: Leucemias mielogênicas e momocíticas,
colites ulcerosas, nefrose e glomerulonefrites.
GAMA CLOBULINA AUMENTADA: Inflamações crônicas (entre elas
endocardites bacterianas e hepatites crônicas), necroses hepáticas,
enfermidades do colágeno com excessão da perioarterite nodosa, calazar
(leishmaniose), linfogranuloma venéreo, cirrose crônica (ê característica a
quase ausência de demarcação entre os picos beta e gama), sarcoidoses,
artrite reumatóide, plasmocitoma e macroglobulinemia.
GAMA GLOBULINA DIMINUÍDA: Baixa resistência por infecções, leucemias
linfáticas, úlceras gástricas, colites ulcerosas, enterites agudas, câncer do
estômago, nefroses, glomerulonefrites e enfermidades de má absorção e
nutrição.
Eletroforese das proteínas séricas:
correlações clínico-patológicas
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ELETROFORESE
Eletroforese em capilar: apresentação esquemática
46
ELETROFORESE
Eletroforese em capilar
47
ELETROFORESE
Tipos de eletroforese em capilar:
Eletroforese zonal em capilar (EZC): é a forma mais simples de eletroforese em
capilar e também é conhecida como em eletroforese em solução. A separação se
baseia na diferença da razão massa/carga das substâncias. O fundamental na EZC é a
homogeneidade da solução tampão e a uniformidade na intensidade do campo elétrico
ao longo do capilar. O controle do pH do meio é muito importante uma vez que ele
interfere na dissociação dos grupamentos acídicos e protonação dos grupamentos
básicos do soluto.
Eletroforese em gel no capilar (EGC): é uma adaptação da eletroforese em gel
tradicional só que ocorrendo no interior do capilar, que é preenchido com uma solução
de polímeros criando uma peneira molecular. Deste modo é possível separar pelo
tamanho substâncias que apresentam a razão massa/carga similar. Está técnica é
comumente empregada na determinação do peso molecular de proteínas e na análise
de seqüenciamento de DNA.
Focalização isoelétrica em capilar (FIC): possibilita que moléculas anfóteras como
proteínas sejam separadas em um gradiente de pH estabelecido entre o cátodo e o
anodo. As moléculas irão migrar até onde sua carga resultante seja zero. No ponto
isoelétrico as moléculas estacionam em uma zona focada, que pode ser localizada
utilizando um detetor de pressão ou por meios químicos. A FIC é muito utilizada para
caracterização de proteínas.
48
ELETROFORESE
Estudo clínico do plasma e outros líquido do organismo de
mamíferos (EAC ou EPF);
Resolução de misturas complexas de proteína, ácidos nucléicos
e aminoácidos (EGPA, EGPA-SDS, FI);
Determinação da pureza e homogeneidade molecular (EGPA,
EGPA-SDS, FI);
Determinação do pI das proteínas (FI);
Determinação da massa relativa (EGPA-SDS).
APLICAÇÕES:
49
ELETROFORESE
Determinação de alterações em amostras submetidas a ação de
agentes químicos (drogas) ou físicos (radiações) - (EGPA, EGPA-SDS,
FI);
Genética molecular (EGPA** ou EGPA-SDS)- testes de paternidade
entre outros;
Testes mais refinados para diagnóstico (“immunoblotting” - teste
para HIV) - (EGPA ou EGOA-SDS);
Veterinária (EGPA, EGPA-SDS, FI) - usado para avaliar alterações
patológicas em animais;
Taxonomia** (EGPA, EGPA-SDS, FI) - Classificação de espécies.
APLICAÇÕES:
50
ELETROFORESE
Obstáculos para penetração da pele: A resistência do estrato córneo (camada mais
extrema da pele) impede a entrada de medicamentos: moléculas grandes têm muita
dificuldade em atravessar a epiderme para os vasos sangüíneos da derme.
Soluções: Os equipamentos utilizados nesse caso denominam-se os aparelhos
para iontoforese e estão apresentados na figura seguinte. O aparelho utiliza pulsos
de eletricidade praticamente indolores que tornam a pele permeável.
Iontoforese
A eletroforese pode ser utilizada para “injeção” de
medicamentos através da pele.
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ELETROFORESE
http://webanatomy.net/anatomy/skin.jpg
Estrutura da pele
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ELETROFORESE
Estrutura da pele
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ELETROFORESE
Iontoforese
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ELETROFORESE
Iontoforese é um processo de facilitação da penetração dos tecidos
biológicos para substâncias ionizadas (com cargas elétricas livres)
quando submetidas a aplicação do potencial elétrico adequado.
As substâncias são geralmente os fármacos (antiinflamatórios,
esteróides e anestésicos locais). Iontoforese é usada para
transportar quantidades clinicamente significativas dos fármacos
para região cutânea e subcutânea do tecido.
A análise experimental e clínica demonstram a importância deste
método na clínica, fisioterapia, dermatologia, otorrinolaringologia,
oftalmologia, odontologia, e neurologia.
Iontoforese
55
ELETROFORESE
Mecanismos: Ionização e Eletroosmose
As drogas colocadas em meio aquoso são compostos iônicos que se dissociam em partículas carregadas positivamente e negativamente, portanto serão atraídos por eletrodos de sinal contrário.
Ionização -> ex. (fosfato de dexametasona sódica)
(-) íon fosfato de dexametasona e (+) íon sódio.
Iontoforese
A identificação da droga prediz a polaridade do eletrodo que será usados
para mover ou entregar a droga ao tecido.
Drogas positivas são colocadas sob o eletrodo positivo (anodo) e drogas
negativas, sob o cátodo (eletrodo negativo)
O eletrodo ativo contém a droga e o eletrodo oposto é chamado de
eletrodo dispersivo.
56
ELETROFORESE
1. Eletroforese;
2. Electroosmose com cargas
elétricas fixas negativas. Os
poros seletivamente
preenchidas com cátions que
faz acontece o fluxo da água
(junto com os cátions) na
direção do pólo negativo =
catodo.
3. Eletroosmose com cargas
elétricas fixas positivas. Os
poros seletivamente
preenchidas com anions que
faz acontece o fluxo da água
(junto com os anions na
direção do pólo positivo =
anodo.
Esse fluxo leva as moléculas
neutras e, também influi na
migração das moléculas com
cargas elétricas livres:
freando aquelas que se
movimenta contra fluxo da
água e acelerando a
migração outras que se
movimenta na mesma
direção do que a água.
Eletroosmose
1.
2.
3.
57
Então na eletroosmose o fluxo do solvente acontece enquanto o campo
elétrico é aplicado sobre um meio poroso (membrana, pele....) com cargas
elétricas fixas nas paredes dos poros.
Por isso razão os suportes (solido ou semi-solido) para o eletroforese
sempre estão feitos dos materiais sem as cargas elétricas fixas nos poros.
Eletroosmose
Em pH fisiológico (~7), a pele apresenta excesso de cargas negativas que
facilita migração dos cátions e o fluxo do solvente/água (junto com as
substâncias dissolvidas) para o catodo.
Fluxo: de anodo para catodo.
A pele é isoelétrica (número das cargas positivas igual ao número das cargas
negativas) em pH entre 3 e 4 (Costello, et al 1995).
Por isso o fluxo da água se reverte em pH <3, porque nessas condições a
pele apresenta excesso de cargas positivas que facilita migração dos
anions e o solvente (junto com as substâncias dissolvidas) para o anodo.
Fluxo: de catodo para anodo. Fonte da energia elétrica
58
ELETROFORESE
Iontoforese:
Eletroforese + Eletroosmose
59
ELETROFORESE
Princípios da Iontoforese
A taxa de penetração da droga aumenta com:
Aumento da carga da droga
Aumento da corrente iônica
Decréscimo da massa molecular do íon
(íons pequenos e leves apresentam maior
mobilidade)
www.dexrx.com
60
ELETROFORESE
Curdy, C., Kalia, Y.N., & Guy, R.H
A resistência oferecida pela pele reside na camada
superficial da epiderme, ou seja, estrato córneo, que
limita a perda de água do corpo.
O estrato córneo é o maior obstáculo para a entrega
de drogas transdérmica.
Princípios da Iontoforese
61
ELETROFORESE
• Banga, 1998
A espessura da pele é de aproximadamente 2 a 3 mm e o
estrato córneo tem 10-15 μm.
Os espaços intercelulares estão completamente cheios de
lamelas que são compostas por lipideos, ceramidas,
colesterol e ácidos graxos em quantidades praticamente
iguais.
A morfologia dos lipídeos é importante para a função de
barreira do estrato córneo.
Princípios da Iontoforese
62
ELETROFORESE
• Robinson, A.J & Snyder-Mackler, L., 1995
Muitos compostos são carregados positivamente ou negativamente. Quando estes compostos são colocados em soluções apropriadas, dissociam-se em componentes que se comportam como íons. Estes íons podem ser influenciados pelo campo elétrico aplicado a solução, onde eles podem ser atraídos pelos pólos de sinais contrários. A força elétrica de repulsão destas cargas é a força motriz para a iontoforese.
Princípios da Iontoforese
63
ELETROFORESE
Teoria da Iontoforese
A densidade de corrente é medida pela corrente aplicada dividido pela área em centímetros quadrado do eletrodo.
A quantidade de drogas entregue depende da corrente total aplicada multiplicada pelo tempo.
A corrente contínua unidirecional causa irritação na pele, sendo tolerada em no máximo 1 mA/cm quadrado.
64
ELETROFORESE
Iontoforese vs Injeção
A iontoforese é um tratamento não invasivo é o
risco para a pele é baixo.
A iontoforese permite um tratamento sem dor para
pacientes que não suportam injeções.
A iontoforese minimiza os traumas que ocorrem
nas injeções.
65
ELETROFORESE
Iontoforese vs Via Oral
A iontoforese permite a aplicação de drogas sem que elas sejam absorvidas pelo trato gastrointestinal A iontoforese é permite a aplicação de drogas transpondo o metabolismo hepático.
A iontoforese diminui os riscos de superdosagem.
66
ELETROFORESE
Área de Aplicação Precauções e Contra-indicações
Os riscos para o paciente é baixo, mas, ela não pode ser empregada
no tratamento nas seguintes condições:
67
Marcapasso cardíacos
Estimulação na área torácica
Estimuladores implantados
Sobre as carótidas no pescoço
Área faríngea
Sangramentos
Diminuição ou ausência de sensação.
Câncer
Hiper ou hipotensão não controlada
Doenças vasculares periféricas
Tromboflebites
Gestação
Osteoporose
Obesidade morbida
Desordens epiléticas
ELETROFORESE
Fatores de Absorção Fatores fisiológicos
As condições do leito vascular é importante, pois a
vasoconstricção leva a uma diminuição do fluxo, enquanto
a vasodilatação, aumenta-o.
Existem pequenas diferenças no fluxo de drogas por
iontoforese em mulheres e homens.
A quantidade e o tipo de pêlos também afeta o fluxo de
drogas na iontoforese.
68
ELETROFORESE
Penetração e Distribuição
A penetração dos íons
A penetração dos íons depende do tipo de tecido.
A profundidade é de aproximadamente 1 centimetro.
Alguns íons penetram até nos capilares subcutâneos.
69
ELETROFORESE
Aplicações Clínicas
Inflamação com dor constante
Fosfato sódico de Dexametasona a 0.4% (polaridade negativa)
entregue via cátodo em 3 aplicações semanais durante 4 semanas
Diclofenaco a 5% (polaridade negativa) entregue via cátodo em 3 aplicações semanais durante 4 semanas
Cetoprofeno a 10% (polaridade negativa) entregue via cátodo em 3 aplicações semanais durante 5 semanas
Hidrocloreto de Lidocaína a 4% (polaridade negativa) entregue via cátodo em 3 aplicações semanais durante 3 semanas
70
ELETROFORESE
Aplicações Clínicas
Artrite Reumatóide Salicilato de Sódio a 2% (polaridade negativa) entregue via
ânodo em 3 aplicações semanais durante 4 semanas.
Metacolina a (polaridade negativa) entregue via ânodo em 3 aplicações semanais durante 4 semanas.
Citrato de Potássio a 2% polaridade negativa) entregue via ânodo em 3 aplicações semanais durante 4 semanas
71
ELETROFORESE
Aplicações Clínicas
Espasmos Musculares
Sulfato de Magnésio a 2% (polaridade positiva) entregue via cátodo em 3 aplicações semanais
durante 4 semanas
Baclofeno a 0.5% polaridade negativa) entregue via ânodo em 3 aplicações semanais durante 8 semanas
Cloreto de cálcio a 2% (polaridade positiva) entregue via cátodo em 3 aplicações semanais durante 4 semanas
72
ELETROFORESE
Aplicações Clínicas
Cicatrização
Iodeto de Potássio a 10% (polaridade positiva) entregue via
cátodo em 3 aplicações semanais durante 4 semanas.
Cloreto de Sódio 3% (polaridade negativa) entregue via cátodo
em aplicações por 4 semanas
73
ELETROFORESE
Aplicações Clínicas Depósitos de Cálcio
Ácido Acético a 4% (polaridade negativa) entregue via cátodo
em 3 aplicações semanais em 4 a 8 semanas
Neuropatias Gabapentina a 6% (polaridade negativa) entregue via cátodo
em 3 aplicações semanais em 2 a 8 semanas
74
ELETROFORESE
Aplicações Clínicas Verrugas
Salicilato de sódio a 2% (polaridade negativa) entregue
via cátodo a cada 6 a 9 dias em 3 seções de
tratamento.
Gôta Citrato de lítio a 3% (polaridade positiva) entregue via
ânodo em 3 a 5 aplicações por uma semana
75
ELETROFORESE
Concentração da Droga pH da solução da droga Preservativos Fonte de corrente elétrica e intensidade de corrente Intensidade de corrente
IMPORTANTE RELEMBRAR QUE NA IONTOFORESE AS SOLUÇÕES NÃO DEVEM TER ÍONS COMPETIDORES.
Variáveis da Iontoforese
76
ELETROFORESE
Variáveis da Iontoforese
Concentração da droga
O movimento de íons aumenta com a concentração do soluto no eletrodo doador.
pH da Droga
O pH é essencial para entrega da droga e comforto do paciente. A soluções ótimas que predominam na forma ionizada.
77
ELETROFORESE
Variáveis da Iontoforese Preservativos
Os Preservativos na formulação podem ser transferidos para
a pele durante a iontoforese. Isto pode causar eritemas
localizados.
Os Preservativos criam competição iônica que resulta na
redução de entrega da droga.
78
ELETROFORESE
Variáveis da Iontoforese
Tipo de fonte de corrente elétrica
Sistemas de corrente constante são mais confiáveis que os de voltagem constante.
Intensidade de corrente
A intensidade de corrente aumenta o fluxo de íons.
79
ELETROFORESE
Efeitos colaterais do Iontoforese Reação Alcalina
Queimaduras químicas podem ser induzidas sob os
eletrodos. Este tipo de queimadura pode ser causada por
reações ácidas ou básicas.
Reações Alcalinas são mais comuns e resulta da
acumulação de hidróxido de sódio sob o cátodo.
80
ELETROFORESE
Efeitos colaterais da Iontoforese
Queimaduras na pele
A corrente elétrica através da pele cria o movimento de
íons. Este movimento de íons conduz a alteração do pH da
pele.
As queimaduras podem ser causadas pela corrente e não
pela medicação.
81
ELETROFORESE
Reduzindo os riscos de queimar a pele
Para reduzir a incidência de irritação a pele:
1) Limpeza com sabão, água ou álcool antes da aplicação.
2) SATURAR OS ELETRODOS garantindo que não haja áreas secas. Preencha os eletrodos adequadamente.
3) Fazer as apliçações iontoforéticas somente em pele íntegra.
4) Reduzir a densidade de corrente por aumento no tamanho do eletrodo e decréscimo de corrente.
82
ELETROFORESE
Indicações
• Inflamação
• Dores
• Depósitos do Cálcio
• Cicatriz e aderências
• Edemas
• Ferimentos e infecções
• Hiperidrose
Indicação Meios Elétrodo Tempo
(minuto)
Corrente
(miliampère)
Hiperidrose
Edema
Vasodilatação
Úlcera de Varicose
Bater a água
Hialuronidase
Histamina
Metacolina
Ânodo (+)
Ânodo (+)
Ânodo (+)
Ânodo (+)
15
20
3-5
20
15-20
20
2-10
5-30
http://www.beauty-cosmetic-guide.com/lang/pt/skin-surgery/iontophoresis.htm
83
ELETROFORESE
(Robinson & Snyder-Mackler, 1995)
• Pele danificada
• Diminuição de sensação na pele
• Sensibilidade a droga administrada
• Sensibilidade a corrente direta
• Marcapassos cardíacos e outros implantes
• Arritmias Cardíacas
Contra-indicações
84
ELETROFORESE
O aparelho para iontoforese
85
ELETROFORESE
1 Concentração da substancia
2 Densidade do corrente elétrico
3 Duração do processo
4 Impedância da pele
5 Lipofilicidade/hidrofilitidade e o peso molecular do fármaco
6 Mobilidade do fármaco e a condutividade da solução
7 Valencia (numero maximo/densidade das cargas elétricas)
8 Valor de pH
9 Estado de ionização (depende do pK e pH)
10 Efeito do Iontoforese na metabolização e degradação do
fármaco na pele
Fatores quais influenciaram na penetração
iontoforetica dos fármacos
86
Descreva o princípio da técnica de eletroforese e o procedimento detalhado
de análise eletroforetica de uma amostra de proteínas.
Como determinar a quantidade relativa das proteínas num eletroforetograma?
Como a eletroforese pode ser utilizada em exames que auxiliam no processo
de diagnóstico?
Qual é o significado de cada um dos parâmetros que compõem a equação de
fluxo migracional?
Qual é o fator mais relevante que determina a movimentação das proteínas
do soro na eletroforese da aula pratica?
Quais fatores influenciam na velocidade de migração da partícula durante a
eletroforese?
Lista de exercícios
87
ELETROFORESE
1. Defina ponto isoelétrico. Como determiná-lo experimentalmente de maneira
rápida e com maior precisão? Qual é o tipo de substância que torna isto
possível?
2. Descreva resumidamente os tipos de eletroforese. Em que situações se
aplicam?
3. Em que tipo de eletroforese a massa relativa das proteínas tem maior
importância? Explique como e que tipo de substância torna esse fator o mais
relevante?
4. Como revelar a localização das proteínas num eletroforetograma?
5. Como determinar a quantidade relativa das proteínas reveladas numa
eletroforetograma?
6. Que é e como funciona o densitômetro?
7. Os corantes utilizados numa eletroforese (Lider e Revelador) possuem quais
propriedades?
Lista de exercícios
88
ELETROFORESE
Analise eletroforetica das proteinas do plasma de um paciente
89
ELETROFORESE
PROCEDIMENTO
MATERIAL NECESSÁRIO:
Cuba de acrílico para eletroforese, c/ponte de 11cm de largura,
ajustável a 8,5 cm;
Fonte de corrente continua (200-300 V);
Densitômetro (O densitômetro é um aparelho baseado na propriedade das
moléculas de absorver a luz diretamente proporcional à concentração das
moléculas numa solução (espectrofotômetro específico));
Estufa, Fita de acetato de celulose 2,5x14 cm (Cellogel), Papéis de
filtro, Pipeta automática, Tesoura, Pinça
Placas de Petri, Amostra (soro)
Corante líder (marcador da mobilidade máxima de qualquer partícula
(molécula) numa eletroforese).
90
ELETROFORESE
PROCEDIMENTO
MATERIAL NECESSÁRIO:
Tampão de corrida: - veronal sódico: 5,15g +EDTA 2,6g por 1 litro
de água - pH=8,6, força iônica= 0,075
Solução corante revelador: Amido negro 0,5g+metanol 45%+
ácido acético 10% em água.
Solução descorante: metanol 47,5% + ácido acético 5% em água
Solução desidratante: metanol
Solução transparentizante: Metanol 85%+ ácido acético 14%
+glicerol 1%
91
ELETROFORESE
PROTOCOLO
1 – Observar o sinal do polo elétrico marcado na canaletas da cuba. Colocar tampão
de corrida nos dois lados da cuba, até a metade aproximadamente.
2 - Retirar com auxílio de pinça, a fita de acetato de celulose do pacote em que a
mesma é acondicionada, mergulhá-la no tampão de corrida e agitar (movimento de
vai-vem) durante 3-5 minutos.
3 – Retirar a fita da solução tampão com uma pinça (prendedo por uma
extremidade), segurando-a na posição vertical em cima da cuba; remover o excesso
de tampão da fita, tocando-a levemente na outra extremidade com uma folha de
papel de filtro. Escolher o lado permeável da fita.
Obs: somente uma das faces da fita é permeável - a opaca.
92
ELETROFORESE
PROTOCOLO
4 - Sempre com o auxílio de pinça, esticar muita bem a fita na ponte.
Observar que ambas as extremidades estejam em contato com a
solução tampão e que o lado permeável da fita estar situado para
cima.
5 - Fechar a cuba e ligar a fonte por 3-5 minutos, para equilibrar
ainda mais os poros da fita com a solução tampão.
6 - Desligar a fonte. Pipetar a amostra do soro com a pipeta
automática e com a mesma colocar numa placa de Petri, misturando
com o corante Líder. (O corante Líder é um corante que não tem
afinidade por proteínas, mas migra com maior velocidade do que as
proteínas. A distância percorrida pelo corante serve como uma distância
padrão.) Aplicar uma pequena (5 microlitros) amostra, distante 1-2
cm do pólo negativo (POR QUE? Explicar!). Marcar a posição da
aplicação da amostra picotando com a tesoura os dois lados laterais
da fita (ponto de partida).
93
ELETROFORESE
PROTOCOLO
7 - Fechar a cuba e ligar a fonte por 30 minutos. Observar acorrida
pelo movimento do corante lider.
8 - Desligar a fonte, marcar a posição do corante líder picotando
com a tesoura de um lado lateral da fita (chegada). Segurar a fita
com a pinça no meio da fita e cortá-la em ambas as extremidades (~1
cm acima do ponto de partida e ~1 cm abaixo do de chegada).
Coloque a fita na placa de Petri e aplicar a solução corante revelador
(no nosso caso é Amido negro), por 2 minutos!
9 – Devolver o corante revelador para o recipiente e aplicar a
solução descorante agitando. Fazer várias lavagens à temperatura
ambiente e duas com solução descorante quente, com finalidade de
remover o excesso do corante revelador. A fita deve ficar novamente
branca, exceto os locais onde tem proteína. OBS: O corante líder
também é removido.
94
ELETROFORESE
PROTOCOLO
Analise do Eletroforetograma
Medidas necessarios para identificação das proteinas.
Distancia percorrida e Migração Relativa,
Rf = DP/DL
95
ELETROFORESE
PROTOCOLO
10. Retirar a fita do descorante e estendê-la na parte de cima de uma
placa de Petri.
Medir a migração das proteínas com régua e calcula a migração relativa
(Rf), definida como Rf= DP /DL , onde DP é distancia percorrida por
proteína, mm, e DL é distancia percorrida por corante líder, mm.
Compare seus dados com o padrão de migração relativa das proteínas
nas nossas condições, as quais são:
1. Gama-globulina- ~0.320.07; 2. Beta- globulina~0.600.07;
3. Alfa2-globulina~ 0.730.06; 4. Alfa1-globulina~ 0.840.04;
5. Albumina-~ 0.940.03
A partir da comparação indicar a localização das frações básicas às
proteínas do soro no seu eletroforetograma.
96
ELETROFORESE
PROTOCOLO
11 – Na preparação da fita para leitura no densitômetro, antes devemos colocá-
la por 30 segundos em metanol puro e logo em seguida, por 1 minuto na
solução transparentizante.
12 - Retirar a fita do solução transparentizante, estendê-la na parte de cima de
uma placa de Petri e deixar na estufa
13 - Retirar da estufa, esperar esfriar, colocar na mesa de um densitômetro
para realização da leitura e determinação da quantidade (relativa ou absoluta)
de cada proteína.
até que a fita fique transparente (aproximadamente 1 minuto).
97
ELETROFORESE
PROTOCOLO
O densitômetro é um aparelho
baseado na propriedade das
moléculas de absorver a luz
diretamente proporcional à
concentração das moléculas numa
solução (espectrofotômetro
específico).
98
ELETROFORESE
O resultado da leitura da fita está apresentado
como um gráfico (chamada “densitograma” que
soma de várias Gaussianas “picos”) onde as
áreas sombreadas por cada Gaussiana (pico)
representam a quantidade de proteína (ou
qualquer outra substância que absorva a luz).
Soma todas as áreas = 100% das proteinas
analisadas;
Área de qualque um - X
PROTOCOLO
O densitômetro é construído para medidas da absorbância ao
longo da fita com as proteínas coradas.
FRAÇÕES PROTEICAS - VALORES NORMAIS:
Albumina 3,5 a 5,3 g/100 ml ou 52% a 68%
Globulinas: Alfa 1 0,2 a 0,2 g/100 ml ou 3,4% a 5,3%
Alfa 2 0,4 a 0,7 g/100 ml ou 6% a 10%
Beta 0,7 a 0,9 g/100 ml ou 10% a 13%
Gama 1,0 a 1,7 g/100 ml ou 14% a 21%
99
ELETROFORESE
Agora que temos o gráfico obtido com a análise
densitométrica das corridas eletroforéticas, um
pequeno problema se apresenta: Como podemos
calcular as quantidades relativas de cada proteína na
solução da corrida, baseados apenas no gráfico? Isto
pode ser resolvido de duas formas:
1. Primeiro traçamos uma linha na base do gráfico
(azul) e separamos os picos (vermelho). Depois as
áreas de cada pico podem ser obtidas através da
aproximação por uma ou mais figuras geométricas.
Para saber a quantidade relativa das proteínas, basta
estabelecer relações matemáticas entre as áreas de
cada pico e a área total.
2. Outra possibilidade é utilizar uma balança analítica
e uma tesoura. Podemos simplesmente recortar o
gráfico e obter um pedaço de papel na fodo gráfaico.
Em seguida pesamos esse recorte e anotamos o
peso obtido (PG=peso total), referente a todo gráfico.
Depois recorta-se cada Gaussiana (picos) do gráfico
(as linhas vermelhas) e pesa-se separadamente.
Para saber a quantidade relativa das proteínas, basta
estabelecer relações matemáticas entre os pesos
anotados e o peso total.
PROTOCOLO
100
ELETROFORESE
1. Laboratório para o clínico. Livraria Atheneu Editora, 1991
2. Diagnósticos clínicos e conduta terapêutica para examines laboratoriais. Todd,
Sanford, Davidsohn, Editora Monole Ltda, 1982.
3. Eletroforese. Peulo Cesar Nahum
4. Diagnóstico clínico e tratamento para métodos laboratoriais. J.B.Henry, Editora
Mamole Ltda, 1999.
5. Na Bancada. Manual de iniciação cientifica em laboratórios de pesquisas
biomédicas. Kathy Barker, Editora ArtMed, 2002
6. http://www.piercenet.com/Proteomics/browse.cfm?fldID=21518847-2D72-475F-A5B9-
B236EC5B641E
7. http://www.biocompare.com/tutorials/2DE_tutorial/html/background.asp
8. http://en.wikipedia.org/wiki/Electroosmosis
9. http://www.beauty-cosmetic-guide.com/lang/pt/skin-surgery/iontophoresis.htm
10. http://chsfpc5.chem.ncsu.edu/~franzen/CH795I/lectures/transdermalPC/tsld002.htm
Bibliografia
101
ELETROFORESE