8 Auxiliar de Refinaria - Aula 2

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AUXILIAR DE REFINARIA CURSO PROFISSIONALIZANTE DE PETRÓLEO E GÁS NATURAL RAMON ARGOLO / ALDO C. NERI Petróleo e Gás Natural AULA 02

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AUXILIAR DE REFINARIA

CURSO PROFISSIONALIZANTE DE PETRÓLEO E

GÁS NATURAL

RAMON ARGOLO / ALDO C. NERI – Petróleo e Gás Natural

AULA 02

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REFINO – Processos de conversão

PROCESSOS DE CONVERSÃO são processos químicos que visam transformar uma determinada fração destilada em outra de maior necessidade. Dentre os processos mais comuns temos: craqueamento (térmico ou catalítico), visco-redução, alquilação, coqueamento, etc.

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REFINO – Processos de conversão

CRAQUEAMENTO

Vem do termo cracking, e significa quebra. O processo quebra moléculas maiores e mais pesadas em molécula mais leves e menores por dois métodos:

1. Térmico (ação do calor)

2. Catalítico (ação de catalisadores)

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REFINO – Processos de conversão

CRAQUEAMENTO TÉRMICO

A temperatura é elevada (> 500°C) e frações mais pesadas são convertidas principalmente em gasolina. No entanto no processo são gerados outros derivados, pois a ruptura pode ocorrer em qualquer ligação carbono-carbono.

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CRAQUEAMENTO CATALÍTICO

A carga (gasóleo) da destilação à vácuo é novamente aquecida na presença de catalisadores, geralmente sílica-alumina ou zeólitos, que aceleram o processo de ruptura das cadeias carbônicas.

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VISCO-REDUÇÃO

Consiste na redução da viscosidade de uma determinada fração por ação do calor para que essa fração possa ser empregada como óleos combustíveis. Utiliza RV (resíduos da destilação à vácuo) e RAT (resíduos da destilação atmosférica). Hoje em dia é um processo em desuso.

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VISCO-REDUÇÃO

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COQUEAMENTO RETARDADO

É o processo térmico mais severo, onde o RV é transformado em frações mais leves. O resíduo entra numa torre fracionadora, o produto de fundo é aquecido antes de ser enviado aos coking drums (câmaras ou tambores de coqueamento). Aquecido a temperaturas de, aproximadamente, 482°C a. Os produtos são GLP, gasolina e fraços mais pesadas.

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POLIMERIZAÇÃO

É a união de hidrocarbonetos leves com outras moléculas de densidades semelhantes para produzir gasolina de alta octanagem (maior teor de octanos) que tem maior valor comercial.

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ALQUILAÇÃO CATALÍTICA

Consiste na reação de adição de duas moléculas mais leves para formar uma terceira de maior densidade, catalisada por um agente de forte caracter ácido (HF, H2SO4). Utiliza-se, geralmete, isobutano (presente no GLP) combinado com olefinas (propenos, butenos e pentenos). O resultado é uma gasolina com melhor qualidade que pode ser utilizada na aviação ou em carros de alta performance.

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REFINO – Processos de conversão

ALQUILAÇÃO CATALÍTICA

Nesse processo ainda são gerados nafta pesada, n-butano e propano de alta pureza para outras aplicações. Permite a síntese de compostos intermediários de grande importância na indústria petroquímica, como o etil-benzeno (para produção de poliestireno), o isopropril-benzeno (para produzir fenol e acetona) e o dodecil-benzeno (matéria-prima de detergentes).

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ALQUILAÇÃO CATALÍTICA

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REFINO – Processos de tratamento

Os PROCESSOS DE TRATAMENTO têm como objetivo retirar dos derivados algumas substâncias impróprias que possam comprometer a qualidade desses na comercialização. Entre essas substâncias temos os compostos sulfurados, nitrogenados, oxigenados. Para isso são utilizados tratamentos como: tratamento cáustico, Merox, bender, hidrotratamento etc.

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REFINO – Processos de tratamento

OBJETIVOS:

• Eliminação de compostos de enxofre

• Eliminação de compostos de nitrogênio

• Separação e eliminação de materiais asfálticos

• Correção do odor do produto

• Correção da coloração do produto

• Estabilidade do produto*

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REFINO – Processos de tratamento

HIDROTRATAMENTO (HDT)

Nesse processo as frações do petróleo são submetidas ao hidrogênio para eliminar contaminantes e estabilizar algum corte do petróleo. São utilizados no processos catalisadores como: ferro, tungstênio, cobalto, níquel e molibdênio, resistentes à corrosão. É um processo aplicado em todos os cortes do petróleo.

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REFINO – Processos de tratamento

TRATAMENTO CÁUSTICO

É utilizado para remover baixos teores de enxofre em frações leves como nafta e GLP. O principal objetivo é remover H2S. Consiste num ciclo de lavagem com uma solução aquosa com 15% a 20% de NaOH que permanece até que haja uma concentração de 1% a 2%. Caso necessário o ciclo é repetido.

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REFINO – Processos de tratamento

TRATAMENTO DEA (Dietanolamina)

A dietanolamina é um líquido claro e viscoso com forte odor de amoníaco, solúvel em água que é bastante eficiente na retirada de H2S de GLP e gás combustível, principalmente. A redução é considerável e o processo é simples. No processo utilizasse uma solução aquosa com 20% de DEA em massa que reage com o enxofre numa reação de equilíbrio.

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REFINO – Processos de tratamento

TRATAMENTO MEROX

Utilizado em frações como GLP, nafta, querosene e diesel para adoçamento. O adoçamento é a transformação de compostos de enxofre em outros menos prejudiciais, sem removê-los. No entanto na extração é feito uma dessulfurização do produto.

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REFINO – Vídeo Refinaria

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REFINO – Classifição do Petróleo

Instituto Americano de Petróleo (API)

O American Petroleum Institute adotou uma escala de classificação do petróleo que passou a ser adotada no mundo todo. A escala é hidrométrica e serve para medir a leveza do óleo. Essa escala leva em conta como padrão o petróleo do Mar do Norte com grau API 37,8°, chamado de BRENT.

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REFINO – Classifição do Petróleo

O petróleo brasileiro é mais denso e tem um API médio de 19°, por isso precisa ser misturado com o petróleo importado. A esse processo dá-se o nome de BLENDING.

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REFINO – Classifição do Petróleo

O grau API permite classificar o petróleo como:

1. Parafínico – API> 31,1° (Além de alcanos possui de 15 a 20% de cicloalcanos);

2. Naftênico – 22,3°< API < 31,1° (Além de alcanos possui de 25 a 30% de aromáticos);

3. Aromático – 10°< API < 22,3° (Praticamente só aromáticos);

4. Naftênico-aromático – API< 10°.

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REFINO – Classifição do Petróleo

Para calcular o grau API devem ser levados em conta alguns fatores:

Onde ρ é a densidade relativa entre a água (à 15,5°C) e o óleo.

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°𝐴𝑃𝐼 =141,5

𝜌− 131,5

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