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IFRS – Concurso Público Edital 02/2012 – Caderno de Provas – Língua Portuguesa e Língua Espanhola

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LÍNGUA PORTUGUESA Leia o texto abaixo e responda às questões propostas 1 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50

Viajar para dentro

Os brasileiros estão viajando mais. Pouco importa o destino: a verdade é que os pacotes turísticos e as passagens mais baratas estão tirando as pessoas de casa. Muita gente lucra com isso, como os donos de hotéis, restaurantes, locadoras de automóveis e comércio em geral. Alguém perde? Talvez os psicanalistas. Poucas coisas são tão terapêuticas como sair do casulo. Enquanto os ônibus, trens e aviões continuarem lotados, os divãs correm o risco de ficar às moscas.

Viajar não é sinônimo de férias, somente. Não basta encher o carro com guarda-sol, cadeirinhas, isopores e travesseiros e rumar em direção a uma praia suja e superlotada. Isso não é viajar, é veranear. Viajar é outra coisa. Viajar é transportar-se sem muita bagagem para melhor receber o que as andanças têm a oferecer. Viajar é despir-se de si mesmo, dos hábitos cotidianos, das reações previsíveis, da rotina imutável, e renascer virgem e curioso, aberto ao que lhe vai ser ensinado. Viajar é tornar-se um desconhecido e aproveitar as vantagens do anonimato. Viajar é olhar para dentro e desmascarar-se.

Pode acontecer em Paris ou em Trancoso, em Tóquio ou em Rio Pardo. São férias, sim, mas não só do trabalho: são férias de você. Um museu, um mergulho, um rosto novo, um sabor diferente, uma caminhada solitária, tudo vira escola. Desacompanhado, ou com um amigo, uma namorada, aprende-se a valorizar a solidão. Em excursão, não. Turmas se protegem, não desfazem vínculos, e viajar requer liberdade para arriscar. Viajando, você come bacon no café da manhã, passeia na chuva, vai ao super de bicicleta, faz confidências a quem nunca viu antes. Viajando, você dorme na grama, usa banheiro público, anda em lombo de burro, costura os próprios botões. Viajando, você erra na pronúncia, usa colar de conchas, troca horários, dirige do lado direito do carro. Viajando, você é reinventado.

É impactante ver a Torre Eiffel de pertinho, os prédios de Manhattan, o lago

55 60 65

Como, o Pelourinho. Mas ver não é só o que interessa numa viagem. Sair de casa é a oportunidade de sermos estrangeiros e independentes, e essa é a chave para aniquilar tabus. A maioria de nossos medos são herdados. Viajando é que descobrimos nossa coragem e atrevimento, nosso instinto de sobrevivência e conhecimento. Viajar minimiza preconceitos. Viajantes não têm endereço, partido político ou classe social. São aventureiros em tempo integral.

Viaja-se mais no Brasil, dizem as reportagens. Espero que sim. Mas que cada turista saiba espiar também as próprias reações diante do novo, do inesperado, de tudo o que não estava programado. O que a gente é, de verdade, nunca é revelado nas fotos. Adaptado de : MEDEIROS, Martha. Viajar para dentro, in Trem-Bala, L&PM Pocket, 2011

1. Assinale   a   alternativa   correta,   de   acordo   com   o  texto.  

A) Uma   viagem,   que   oportunize   boas   experiências   e  crescimento  ao  indivíduo,  tem  benefícios    equivalentes  ao  aprendizado  adquirido  nos  bancos  escolares.  

B) Considerados   estatisticamente,   os   exemplos  oferecidos   pela   autora   levam   a   concluir   que   ela   vê  mais  oportunidades   de   aproveitamento   e   fruição   em   viagens  para  o  estrangeiro  do  que  em  viagens  dentro  do  território  nacional.  

C) Para   alcançarem-­‐se   os   efeitos   benéficos   que   uma  viagem   pode   oferecer   ao   indivíduo,   é   preferível   que   ele  viaje   anônimo,   possibilitando,   assim,   uma   completa  sensação  de  liberdade.  

D) As   pessoas   que   têm   o   hábito   de   viajar   são   mais  despojadas  e  corajosas,   tornando-­‐se   isentas    de  medos  e  preconceitos.  

E) Viajar   equipara   as   pessoas,   na   medida   em   que   elas  abandonam,  de  certa  forma,  suas  peculiaridades  originais.  

___________________________________________  

2. Assinale   a   passagem   que  melhor   refere   o   tema   do  texto.  

A) Os  brasileiros  estão  viajando  mais.  (l.  01)  

B) Poucas   coisas   são   tão   terapêuticas   quanto   sair   do  casulo.  (l.  08-­‐10)  

C) São  férias,  sim,  mas  não  só  do  trabalho.  (l.  30-­‐31)  

D) Mas  ver  não  é  só  o  que  interessa  numa  viagem.  (l.  51-­‐52)  

E) O   que   a   gente   é,   de   verdade,   nunca   é   revelado   nas  fotos.  (l.  67-­‐68)  

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3. Considere   as   afirmativas   abaixo,   com   relação   ao  texto.  I. Desmascarar-­‐se   (l.28)   significa   “abandonar   as   suas  hipocrisias”.  

II. Uma  boa  viagem  equivale  a  uma  psicoterapia,  já  que  seus  efeitos  são  os  mesmos.  

III. Tramandaí   ou   Capão   da   Canoa,   por   exemplo,  poderiam   ser   destinos   para   a   viagem   recomendada   pela  autora.  

Quais  estão  corretas?  A) Apenas  I.  B) Apenas  II.  C) Apenas  III.  D) Apenas  I  e  II.  E) Apenas  II  e  III.  _______________________________________________  4. Considere  as  propostas  de  deslocamento  da  palavra  “somente”   na   frase   Viajar   não   é   sinônimo   de   férias,  somente.  (l.  14).  I. Para  antes  de  Viajar.  II. Para  entre  Viajar  e  não.  III. Para  entre  é  e  sinônimo.  Quais  podem  manter  o  significado  da  frase  original?  A) Apenas  I.  B) Apenas  II.  C) Apenas  III.  D) Apenas  I  e  II.  E) Apenas  II  e  III.  _______________________________________________  5. Considere  a  passagem  Em  excursão,  não.  Turmas  se  protegem   (l.   37).   Se   o   ponto   final   que   há   entre   não   e  Turmas   fosse   substituído   por   uma   vírgula,   quatro   das  palavras   ou   expressões   abaixo   poderiam   ser   inseridas  logo   após   essa   vírgula,   mantendo   o   significado   original    da  passagem,  EXCETO  uma.  Assinale-­‐a.  A) conquanto  B) visto  que  C) já  que  D) porquanto  E) uma  vez  que  ______________________________________________  6. Considere   as   propostas   de   substituição,   no   texto,  para  a  passagem  ao  que  lhe  vai  ser  ensinado.  (l.  24-­‐25).  I. a  influência  nova  qualquer.  II. a  quase  totalidade  de  eventos  do  mundo.  III. a  toda  a  gama  de  conhecimentos.  Quais  devem   ter  acrescentado  o  acento  grave,   indicativo  da  ocorrência  de  crase,  sobre  a  palavra  sublinhada?  A) Apenas  I.  B) Apenas  II.  C) Apenas  III.  D) Apenas  I  e  II.  E) Apenas  II  e  III.  

7. Considere   as   afirmações   abaixo,   em   relação   à  pontuação  do  texto.  I. O  motivo  de  emprego  das  vírgulas  que  estão  antes  e  depois   de   restaurantes   (l.   06)   é   o  mesmo   das   que   estão  antes  e  depois  de  do  inesperado  (l.  66).  II. A  vírgula  após   lotados   (l.  11)  justifica-­‐se  pelo  mesmo  motivo  da  que  está  após  viajando  (l.  39).  III. O   motivo   de   emprego   da   vírgula   que   está   após  vínculos  (l.38)  é  o  mesmo  da  que  está  após  independentes  (l.  54).  Quais  estão  corretas?  A) Apenas  I.  B) Apenas  I  e  II.  C) Apenas  I  e  III.  D) Apenas  II  e  III.  E) I,  II  e  III.  ______________________________________________  8. Assinale   a   alternativa   que   preenche,   correta   e  respectivamente,  as  lacunas  da  frase.  Mantém  aceso  o  ideal        sempre   lutamos   e   próximos  os  parceiros,          sonhos  tanto  convivemos      e  eu.  A) com  o  qual       de  quem  nos     você    B) para  o  qual       em  cujos  os       você    C) pelo  qual         com  cujos       você    D) por  que         com  cujos       tu    E) com  que         em  cujos  os       tu  ______________________________________________  9. Considere   as   frases   abaixo,   em   relação   à   sua  correção  gramatical.  I. Discussões   houve,   é   verdade;   todavia,   hoje   reina   o  consenso.  II. Entre   eu   e   tu,   não   há   mais   dívidas:   estou   quite  contigo.  III. Senhores   jornalistas,   a   secretária   do   deputado  solicitou   às   policiais   que   entregassem   elas   mesmas   o  documento  a  Vossa  Excelência.  Quais  estão  corretas?  A) Apenas  I.  B) Apenas  II.  C) Apenas  III.  D) Apenas  I  e  II.  E) Apenas  II  e  III.  ______________________________________________  10. Considere   as   frases   abaixo,   em   relação   à   sua  correção  gramatical.  I. Bastantes   motivos   já   devia   haver   para   que  interpuséssemos  uma  medida  de  segurança.  II. Era   talvez   meio-­‐dia   e   meia   quando     o   jurista   expôs  sua  opinião  acerca  do  processo.  III. Vimos,  por  este  meio,  requerer  a  Vossa  Senhoria  que  assessore  seus  funcionários  em  tarefa  tão  árdua.  Quais  estão  corretas?  A) Apenas  I.  B) Apenas  II.  C) Apenas  III.  D) Apenas  I  e  II.  E) Apenas  II  e  III.  

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS La  lengua,  entre  dueños  y  hablantes  POR  LEONOR  ACUÑA  Si  la  lengua  tiene  un  dueño,  ¿cuáles  son  las  consecuencias  de   eso?   ¿El   dueño   puede   impedir   que   otros   la   usen?  ¿Puede   ponerla   en   venta,   alquilarla,   retirarla   del  mercado?   ¿Cómo   hacen   los   hablantes   para   usarla?  ¿Tienen  que  pedir  permiso?  El  desarrollo  argentino  de   la  enseñanza   del   español   a   alumnos   extranjeros   reavivó  disputas  sobre  la  lengua  que  estaban  quietas  desde  hacía  unas  décadas.  En   las   polémicas   decimonónicas,   Juan   Bautista   Alberdi,  Juan   María   Gutiérrez   y   Domingo   F.   Sarmiento  contribuyeron   a   establecer   nuestro   derecho   a   hablar   y   a  escribir   como   argentinos.   Cuestionaban   la   autoridad  peninsular   para   legislar,   opinar   y   criticar   nuestros   usos  lingüísticos.   Unos   años   más   tarde,   Jorge   Luis   Borges  enfrenta   las   críticas   de   Américo   Castro,   compara   las  variedades  española  y  argentina  y  derrota  burlonamente  a  la  peninsular.  En   la   década   de   1980   se   inicia   el   desarrollo   de   la  enseñanza  del  español  como  lengua  segunda  y  extranjera  (ELSE).  Casi   sin  saberlo,   los  profesores  ocuparon  un   lugar  decisivo  en   la  vieja  disputa  cuando  obviaron   la  gramática  escolar  y  definieron  las  reglas  que  ordenaban  el  voseo,  los  usos   de   los   tiempos   pasados,   los   pronombres   de   objeto  directo  e  indirecto  e  incluyeron  el   léxico  argentino  en  sus  materiales  de  aula.  Podríamos   decir   que   la   pelea   por   la   lengua   se   desarrolla  actualmente   en   tres   escenarios   diferentes   con   tres  comunidades  de  hablantes  distintas:  a)  los  especialistas  de  ELSE  que  reclaman  un  lugar  para  las  variedades  dialectales  americanas,   fuera   de   las   directrices   académicas  peninsulares,   b)   la   escuela   brasileña  que  debe   garantizar  la  oferta  de  enseñanza  de  español  en  su  nivel  medio  y  c)  los   pueblos   aborígenes   argentinos   que   reclaman   su  derecho  a  ser  bilingües.  11. Elige   la  alternativa  que  completa   los  paréntesis  con  la   respectiva   evaluación   de   las   aserciones   en   (V)  verdaderas  o  (F)  falsas,  teniendo  en  cuenta  el  texto  de  la  lingüista   Leonor   Acuña,   publicado   el   02   de   septiembre  del   pasado   año   en   la   Revista   Ñ   del   diario   argentino  Clarín:  (      )   En   los   años   80,   en   Argentina,   se   hizo   necesaria   la  creación  y  expansión  de  cursos  de  enseñanza  de  la  lengua  hablada   allí.   En   ese   marco,   la   variedad   argentina   del  español,   al   mismo   tiempo   que   se   afianzaba   en   el   aula,  convivía   con   la   inseguridad   lingüística,   arrastrada   hasta  hoy,  de  lo  que  sería  el  ‘verdadero  español’  a  ser  enseñado.  De   eso   se   podría   extender   que   cuestiones   como   la  diferencia   entre   los   términos   ‘castellano’   y   ‘español’,   el  decir  propio  de   los  argentinos  de  que   ‘en   la  Argentina  se  habla   mal’   o   la   idea   común   de   que   la   auténtica   lengua  española   es   ‘la   lengua   de   Cervantes’   son   problemas   que  las  variedades  lingüísticas  generan  aún  actualmente  en  lo  que  a  la  enseñanza  de  la  lengua  se  refiere.  

(      )   La  ley  11.161,  del  5  de  agosto  de  2005,  que  estableció  la  obligatoriedad  de  la  oferta  de  la  enseñanza  del  español  en  la  escuela  media  brasileña  es  mencionada  en  el  artículo  de   Acuña,   aunque   implícitamente,   cuando   se   hace  referencia  al   lugar  que  el  español  estándar  ha  logrado  en  el  contexto  actual  de  la  enseñanza  en  Brasil.  

(      )   Hay   que   tener   en   cuenta   que   existe   una   gran  cantidad   de   hablantes   de   lenguas   indígenas   en   la  Argentina,  pese  a  que  se  supone  que  la  lengua  materna  de  todos  los  estudiantes  es  el  español.  Tal  práctica  conlleva  a  consecuencias  negativas  para  los  niños  y  su  aprendizaje.  El  no   planteamiento   de   la   enseñanza   del   español   como  lengua   segunda,   en   esos   casos,   es   un   problema  presentado  por   la   legislación   vigente,   la   cual   no  prevé  el  derecho  de  los  hablantes  a  ser  bilingües.  

(      )   En   el   escenario   argentino   la   ELSE   se   ve,   hoy   en   día,  insertada  en  una  región  multilingüe  y,  por   lo   tanto,   tiene  una  mirada  amplia,  que  abarca  a   todas   las   lenguas  –   sea  de  aborígenes,   sea  de  extranjeros.  A   la   vez,  muestra  una  identidad   lingüística   propia   frente   a   la   peninsular   y  establece  una  relación  de  cooperación  con  Brasil.    

A) V  –  V  –  V  –  V  B) V  –  F  –  V  –  V  C) F  –  V  –  V  –  V  D) F  –  F  –  V  –  V  E) V  –  V  –  F  –  F    ______________________________________________  12. Según   las   palabras   de   la   lingüista   argentina,   los  profesores,   en   su   momento,   “obviaron   la   gramática  escolar   y   definieron   las   reglas   que   ordenaban   el   voseo,  los   usos   de   los   tiempos   pasados,   los   pronombres   de  objeto  directo  e  indirecto  e  incluyeron  el  léxico  argentino  en  sus  materiales  de  aula”.  Con  base  en  esta  afirmación,  relaciona   las   columnas   de   modo   que   se   establezca   las  diferencias  del  español  porteño  frente  al  peninsular:  (A)  Argentino  –  porteño    (E)  Español  –  peninsular    (      )  preferencia  por  el  ‘leísmo’  (      )  uso  del  pretérito  indefinido  en  lugar  del  pretérito  perfecto  compuesto  (      )  el  ‘lunfardo’  es  característico  de  esta  región  (      )  se  dice  ‘hacelo’  en  contraposición  a  ‘hazlo’  La  secuencia  correcta,  respectivamente,  es:  A) E  –  E  –  A  –  A  B) A  –  E  –  A  –  A  C) E  –  A  –  A  –  A  D) E  –  E  –  A  –  E  E) A  –  A  –  E  –  E              

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13. El  primer  párrafo  del  artículo  de  Acuña  presenta  una  serie  de  cuestionamientos  que  no  sólo  exigen  del   lector  una   reflexión   propia   acerca   del   tema,   sino   que  introducen   la   temática   que   será   tratada   a   lo   largo   del  texto.   Por   otro   lado,   en   cuanto   a   las   propiedades  formales,   es   posible   categorizar   sintácticamente   las  oraciones.  En  ese  caso,  la  tipología  oracional  nos  permite  decir  que  las  oraciones  interrogativas…  (      )   pueden  ser  clasificadas,  según  la  función  de  la  respuesta  que  suponen,  en  polares,  alternativas  y  parciales.  Son  ejemplos  de  esas  oraciones,  respectivamente:  ‘¿El  dueño  puede  impedir  que  otros  la  usen?’,  ‘¿Puede  ponerla  en  venta,  alquilarla,  retirarla  del  mercado?’,  ‘¿cuáles  son  las  consecuencias  de  eso?’  (      )   suponen,  todas,  una  indeterminación  por  parte  del  hablante  y  pueden  ser  tanto  directas,  como  indirectas.  Éstas  son  subordinadas  que  dependen  de  un  elemento  regente  que  las  selecciona.  (      )   se  distinguen,  por  sus  particularidades  prosódicas,  de  las  oraciones  enunciativas  que,  a  su  vez,  se  caracterizan  por  una  entonación  no  marcada.  (      )   parciales  se  distinguen  por  la  selección  del  constituyente  interrogado,  el  cual  ocupa  una  posición  focal  asociada  a  la  inversión  del  orden  sintáctico  sujeto-­‐verbo.  Además,  pueden  coordinarse.  Al  juzgar  la  veracidad  de  las  aserciones,  se  obtiene  la  secuencia  presentada  en:  A) V  –  V  –  V  –  F  B) V  –  F  –  V  -­‐  F  C) V  –  V  –  V  –  V  D) V  –  F  –  F  –  V  E) F  –  V  –  V  –  F  ______________________________________________  14. Los   verbos   que   sufren   el   mismo   tipo   de  irregularidad,   en   presente   de   indicativo,   del   que   está  subrayado  en  “Si  la  lengua  tiene  un  dueño…”  son:  A) sustraer  –  envejecer  –  producir  B) querer  –  poder  –  medir  C) agradecer  –  ser  –  mentir  D) poner  –  resolver  –  reducir  E) hacer  –  mantener  –  conducir    ______________________________________________  15. Domingo  Faustino  Sarmiento,  paraguayo  que  llegó  a  presidir  la  Argentina  en  el  siglo  XIX,  citado  en  el  artículo  publicado   en   Clarín,   es   el   autor   de   la   obra   intitulada  ____________,   en   la   que   se   encuentra   una   base  ideológica   del   proyecto   de   nación   argentina.   Entre   las  obras   propuestas   en   las   alternativas,   la   que   llena  correctamente  el  hueco  es:  A) Facundo  B) El  idioma  de  los  argentinos    C) Aspectos  del  vivir  hispánico  D) Martín  Fierro  E) Don  Segundo  Sombra      

16. É  sabido  que  o  Ministério  da  Educação  (MEC-­‐BRASIL)  disponibiliza   gratuitamente   às   escolas   públicas   livros  didáticos   que   são   selecionados   pelo   PNLD   (Plano  Nacional   do   Livro   Didático).   Nesse   sentido,   visando   a  atender   à   legislação   brasileira,   ditos   livros   parecem   se  adaptar   às   orientações  de  documentos  oficiais   como  os  PCN   (Parâmetros  Curriculares  Nacionais).   Em   relação  ao  que   apregoa   o   referido   documento   para   o   ensino   de  Línguas   Estrangeiras  Modernas   (LEM)   no   Ensino  Médio,  considere  as  seguintes  proposições:  I. Sugere  uma  concepção  de  ensino  de   línguas  que  vai  

além   das   práticas   mecanicistas,   o   que   favorece   uma  apropriação   efetiva   do   conhecimento   por   parte   do  estudante.   Isso   significa   que   este   é   visto   como  participante  ativo  da  sua  própria  aprendizagem.  II. Recomenda   que   o   ensino   de   LEM   tenha   caráter  

integrador,   formando   um   conjunto   de   interesses   e  conhecimentos   que   possam   ser   compartilhados   com  diferentes   disciplinas   e,   também,   incorporando   as  necessidades  da  realidade  ao  currículo.  III. Fundamenta-­‐se   numa   perspectiva   comunicativa   da  língua,   da   qual   se   ressalta   o   termo   competência  comunicativa,   o   qual   indica   que   ensinar   ao   aluno   as  quatro  destrezas  linguísticas  básicas  (entender,  falar,  ler  e  escrever)   significa   torná-­‐lo   um   cidadão   crítico   e  participativo  na  sociedade  em  que  atua.  IV. Baseia-­‐se   em   ideias   de   teóricos   como   Bakhtin,   ao  expor   que   é   na   prática   social   que   se   dão   as   trocas  linguísticas,   nas   quais   os   sentidos   são   compartilhados   e  (re)negociados  pelos  interlocutores.  V. Termos   como   ‘mercado   de   trabalho’,   ‘mundo  globalizado’,   ‘avanços   tecnológicos’,   ‘estereótipos’,  ‘preconceitos’   e   ‘formação   acadêmica’   são   abordados  neste  documento.  São  corretas:  A) I,  II,  IV  e  V  B) I,  II  e  IV  C) I,  II  e  V  D) I,  III  e  V  E) I,  IV  e  V  ______________________________________________  17. “(…)   comunicarse   en   la   LE   con   adecuación   a   cada  situación,  adquirir  las  cuatro  destrezas  (entender,  hablar,  leer  y  escribir),  aprender  el  vocabulario  y  las  estructuras  necesarias   a   las   situaciones   planteadas,   que   se   eligen  según  las  necesidades  de   los  alumnos.  Además  de  tener  en   cuenta   la   corrección   lingüística,   se   valora   también   la  adecuación  a  la  situación  y  al  contexto,  lo  cual  supone  la  participación   activa   y   la   interacción   de   los   estudiantes”  son   las   prioridades,   de   acuerdo   con   Eres   Fernández  (2010,  p.  79),  del:  A) Método  Gramática  y  Traducción  B) Enfoque  Humanista  C) Método  Directo  D) Enfoque  por  Tareas  E) Enfoque  Nocional-­‐Funcional  

 

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18. Conforme   os   Parâmetros   Curriculares   Nacionais  (PCN,   2000),   são   fatores   que   influenciaram   no  descumprimento   do   caráter   prático   que   segundo   a  legislação   da   primeira   metade   do   século   XXI   deveria  possuir  o  ensino  de  línguas  estrangeiras  vivas,  EXCETO:  A) a   escassez   de   materiais   didáticos   que   realmente  estimulassem  o   ensino-­‐aprendizagem  de   tais   línguas,   ou,  quando  encontrados,  o  alto  custo  para  a  sua  aquisição  B) as   funções   que   lhes   eram   atribuídas,   como   por  exemplo,   a   de   veículo   comunicativo   ou   de   fonte   de  conhecimento  C) a   falta   de   professores   com   formação   específica   na  área  e  reduzido  número  de  horas  reservado  ao  estudo  das  línguas  estrangeiras  D) a   carência   de   outras   línguas   que   fossem   ofertadas,  além  do  inglês  E) a  forma  como  as  aulas  eram  administradas,  com  um  padrão   repetitivo   que   não   valorizava   os   conteúdos  fundamentais   para   a   formação   educacional   dos  estudantes  ______________________________________________  19. “Los   sentidos   de   los   términos   abordaje,   enfoque,  método,  metodología,  material  didáctico  y  libro  de  texto  muchas   veces   se   confunden;   algunos   se   emplean   como  sinónimos   de   otros;   hay   casos   en   que   se   les   atribuyen  sentidos   que   no   les   corresponden   en   el   ámbito   de   la  enseñanza   y   aprendizaje   de   idiomas   o   incluso   se  entrecruzan   los   significados   que   pueden   tener   en  español  y  en  portugués.  (…)  De  ahí  que  sea  fundamental  tener  claros  los  significados,  alcance  y  aplicación  de  cada  uno   de   esos   conceptos   pues,   en   última   instancia,  nuestras   creencias   sobre   el   proceso   de   enseñar   y  aprender,   sobre   qué   elementos   facilitan   o   no   el  aprendizaje   de   idiomas,   sobre   qué   técnicas   y  procedimientos  debemos  seguir  en  los  cursos,  sobre  qué,  cuándo,  cómo  y  por  qué  evaluar  a   los  estudiantes  están  estrechamente   vinculadas   a   las   concepciones   que  tenemos  sobre  el  significado  de  la  enseñanza  de  lenguas  extranjeras  (LE).”    

Gretel  Eres  Fernández  (2010)  De   acuerdo   con   lo   que   la   educadora   Eres   Fernández  propone   en   su   capítulo   sobre   enfoques   y  métodos   en   la  enseñanza  de   español   lengua   extranjera,   publicado  en   la  Coleção  Explorando  o  Ensino  del  Ministério  da  Educação  –  Brasil  se  relata  que  El   término   ‘enfoque’,   relacionado   al   modo   de   entender,  adoptar   y   (re)elaborar   principios   educativos   no   debe   ser  reemplazado   por   el   vocablo   ‘abordaje’   PORQUE   tal  vocablo  no  se  aplica  al  contexto  educativo.  De  lo  expuesto  se  puede  concluir  que:  A) Las  dos  afirmaciones   son  verdaderas,  pero   la   segunda  no  es  una  justificación  para  la  primera  B) La  primera  afirmación  es  verdadera,  pero  la  segunda  es  falsa  C) La  primera  afirmación  es  falsa,  pero  no  así  la  segunda  D) Las  dos  afirmaciones  son  falsas  E) Las  dos  afirmaciones  son  verdaderas  y  la  segunda  es  la  justificación  de  la  primera  

20.  “En   el   campo   de   la   psicología   se   ha   debatido  durante  décadas  si  es  mayor  la  influencia  de  la  cognición  interna   o   la   del   entorno   sobre   el   aprendizaje   de   los  individuos.   En   los   intentos   de   buscar   una   teoría   que  explique   el   aprendizaje   de   las   lenguas   también   vemos  evidencia  de  este  debate  […]  ¿Cuál  ejerce  una  influencia  mayor;  la  cognición  o  las  relaciones  socioculturales?”    

GRIFFIN,  Kim.  Lingüística  aplicada  a  la  enseñanza  del  español  como  2/L.  Madrid:  Arco  Libros,  2005.  

Partiéndose  de  la  pregunta  que  nos  plantea  la  autora,  relaciona  las  teorías  del  lenguaje  a  su  descripción  y  exponentes  máximos:  I. Idealismo  II. Mentalismo  III. Conductismo  IV. Ambientalista  V. Interaccionista  a) Skinner  b) Schumann  c) Vygotsky  d) Sapir-­‐Whorf  e) Chomsk  1. La  relación  lenguaje-­‐pensamiento  tiene  como  base  la  interacción  entre  los  individuos  2. La  lengua  impone  al  hablante  las  categorías  mentales  y  la  visión  de  mundo  3. La   adquisición   de   una   lengua   es   un   aspecto   de   la  aculturación  4. La   lengua   es   propia   de   la   especie   humana,   innata   y  universal  5. La   adquisición   de   la   lengua   es   el   resultado   de  constantes  estímulos  y   respuestas  que  se  dan  a  partir  de  la  experiencia  La  relación  correcta  está  expresada  en  la  opción:  A) I-­‐b-­‐3;  II-­‐e-­‐2;  III-­‐a-­‐5;  IV-­‐d-­‐4;  V-­‐c-­‐1  B) I-­‐b-­‐2;  II-­‐e-­‐4;  III-­‐d-­‐5;  IV-­‐c-­‐3;  V-­‐a-­‐1  C) I-­‐d-­‐4;  II-­‐a-­‐5;  III-­‐b-­‐2;  IV-­‐c-­‐1;  V-­‐e-­‐3  D) I-­‐d-­‐2;  II-­‐e-­‐4;  III-­‐a-­‐5;  IV-­‐b-­‐3;  V-­‐c-­‐1  E) I-­‐b-­‐2;  II-­‐e-­‐4;  III-­‐a-­‐5;  IV-­‐d-­‐3;  V-­‐c-­‐1  ______________________________________________  21. Julio   Cortázar,   uno   de   los   exponentes   del   boom  latinoamericano   -­‐   renovación   en   la   literatura  latinoamericana   que   sucedió   en   los   años   60   -­‐   en   una  entrevista  concedida  a  Soler  Serrano,  hace  declaraciones  sobre   lo   fantástico   en   la   literatura.   En   este   contexto   es  posible  decir  que:  A) Entre  los  demás  exponentes  del  boom  latinoamericano  están  Vargas  Llosa,  García  Márquez,  Benedetti  y  Quevedo  B) Rayuela,  obra  literaria  de  Julio  Cortázar,  es  un  ejemplo  de  los  cánones  tradicionales  de  una  novela  C) El  boom  fue  un  evento  de  éxito  instantáneo  y,  a  la  vez,  casual,   ya   que   se   dio   con   la   revelación   de   grandes  escritores   de   América   que   no   tenían   ningún   contacto  entre  sí  D) El   lenguaje   era   usado   en   forma   ilimitada   para   crear  mundos  fantásticos,  noción  que  no  se  diferenciaba,  en  ese  entonces,  de  la  noción  de  realismo  E) Las   obras   de   ese   periodo   literario   reivindicaban   la  independencia  de  los  países  latinoamericanos  

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22. Santos   Gargallo   (2004:   10),   en   su   libro   Lingüística  Aplicada  a   la  enseñanza-­‐aprendizaje  del  español,  define  dicha   disciplina   como   “científica,   mediadora   entre   el  campo  de   la  actividad  teórica  y  práctica,   interdisciplinar  y  educativa,  orientada  a  la  resolución  de  problemas  que  plantea  el  uso  del  lenguaje  en  el  seno  de  una  comunidad  lingüística”.   Acerca   de   esa   definición   de   Lingüística  Aplicada  (LA)  es  posible  afirmar  que,  EXCEPTO:  A) los  problemas  de  los  que  se  ocupa  la  LA  tienen  como  denominador  común  el  componente  lingüístico  B) el  carácter  científico  de  la  LA  se  debe  a  los  métodos  e  instrumentos   propios,   usados   para   llevar   a   cabo   las  investigaciones  C) la  LA  es  multifacética,  en  el  sentido  de  que  sus  temas  de  investigación  adoptan  aportaciones  de  otras  disciplinas  D) el  aspecto  educativo  de  la  LA  está  relacionado  con  su  objetivo   más   evidente,   que   es   la   enseñanza/aprendizaje  de  lenguas  E) en   la   LA   se   hace   uso   de   conocimientos   lingüísticos,  psicológicos   y/o   sociales   a   fin   de   resolver   problemas  reales  ______________________________________________  23. La   novela   hispanoamericana   tiene   como   temas  principales   la   memoria,   la   historia   y   la   imaginación.  Carlos  Fuentes,  el  gran  escritor  y  pensador  mexicano,  es  uno  de   los  mayores  nombres  que   la   representan.  Sobre  el   autor   y   las   características   literarias   de   la   novela  hispanoamericana,  juzga  las  aserciones  que  siguen.  I. Es   posible   detectar,   en   la   producción   de   Carlos  

Fuentes,   un   intento   por   comprender   la   historia   e  identidad  cultural  hispanoamericana  a  partir  de  la  idea  de  que  el  Nuevo  Mundo  no  fue  descubierto,  sino   inventado,  imaginado.  

II. La   literatura   representada   por   la   novela  hispanoamericana   es   una   mimesis   de   la   realidad;   la  historia   de   los   pueblos   es   revivida   a   través   de   la  descripción  de  los  grandes  hechos  pasados.  

III. Fuentes   ha   sido   fiel   a   lo   que   caracteriza   a   los  latinoamericanos.   En   ese   sentido,   creó   una   forma  imaginativa  de  hacer  novela.  Así,  se  dice  que  la  novela  no  muestra  ni  demuestra  al  mundo,  sino  que  le  agrega  algo.  

Es/son  correcta(s):  A) I  B) III  C) II  y  III  D) I  y  II  E) I  y  III                

24. Conforme   considera   Baptista   (2010),   no   capítulo  Traçando   caminhos:   letramento,   letramento   crítico   e  ensino   de   espanhol,   um   dos   objetivos   da   escola   no  âmbito   brasileiro   é   viabilizar   a   participação   dos   alunos  nas   práticas   letradas.   Assim,   pressupõe-­‐se   que   o  letramento  crítico...  A) possibilita   que   os   alunos   façam   questionamentos   a  partir   da   observação   dos   diferentes   significados   que   são  construídos  nos   textos,   inclusive  os   veiculados   em   língua  estrangeira,  produzidos  em  uma  sociedade   letrada,  a   fim  de  que  sigam  um  modelo  para  atuar  como  sujeitos  sociais  em  outras  sociedades.  B) pressupõe   criar   condições   para   que   os   estudantes  avaliem   diferentes   discursos   anistóricos   que   circulam   na  sociedade,  materializados  em  língua  estrangeira,  os  quais  devem   levar   os   leitores   habilidosos   à   reflexão   com   o  propósito   de  minimizar   sua   visão   ingênua   das   diferentes  representações  de  poder  que  se  constituem  na  linguagem.  C) prevê  que  o   ensino  de   língua   estrangeira   –   incluída,  aqui,  a  língua  espanhola  –  esteja  vinculado  à  sociedade  na  qual   se   insere,   às   ideologias  e  estruturas  de  poder  desse  entorno  e  que  permita  desenvolver   o   espírito   crítico  dos  alunos   para   avaliar   os   textos   que   nela   circulam,   levando  em   consideração   as   finalidades   e   intencionalidades   que  estes  apresentam.  D) questiona   a   noção   de   neutralidade   linguística   e  discursiva,  outorgando  à  língua  uma  função  educativa,  no  sentido   de   que   contribui   para   que   o   aluno   construa   seu  conhecimento   sobre  a   sociedade  e  os  discursos  que  dela  emergem,  considerando-­‐se  que  tal  língua  é  um  veículo  de  transmissão  de  conteúdos  com  fins  comunicativos.  E) implica  refletir  sobre  valores  legitimados  nos  diversos  contextos   comunicativos   e   interativos,   através   da  interpretação  da   realidade,  de   si   e  do  outro  para,   então,  promover   ações   que,   mediadas   pelo   uso   da   língua  estrangeira,   simulem   a   participação   dos   estudantes   na  sociedade  em  que  estão  inseridos.  ______________________________________________  25. Sobre   la   fonética   del   español,  García   Jurado   (2005)  hace   comentarios   referentes   al   ritmo   del   habla   de   la  lengua   española.   Del   tema   mencionado,   se   hace   las  afirmaciones  que  siguen:  I. El  español  ha  sido,  tradicionalmente,  clasificado  como  una  

lengua  de  ritmo  silábico.  II. El   ritmo   de   la   lengua   española   se   caracteriza   por   una  

regularidad  temporal  entre  acentos.  III. La   forma   como   los   diferentes   rasgos   fonéticos   y  fonológicos  se  organizan  producen  diferentes  tipos  de  ritmos,  lo  que  puede  llevar  a  una  nueva  clasificación  de  la  lengua  española  en  cuanto  a  ese  aspecto.  IV. Son   las   características   propias   del   habla   las   que   llevan   la  lengua   española   a   organizarse   de   diferentes   modos  rítmicamente.  De  las  afirmaciones,  es  (son)  correcta(s):  A) I  B) I,  II  y  IV  C) III  y  IV  D) II,  III  y  IV  E) II  

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Para  responder  as  questões  26  a  30,  baseie-­‐se  no  texto  abaixo.      1        5          10          15          20          25          30          35          40          45          50          

 TEXTO  I  A  geração  Homo  Zappiens  

         Você  ainda  sai  para  trabalhar  todos  os  dias?  Você  acorda  de  manhã,   toma  o   café,   se   veste  e   vai  para  algum  lugar  de  trem,  moto,  ônibus  ou  carro.  Lá  você  realiza  algumas  atividades  que  chama  de  “trabalho”.  Por  exemplo:  você  fala  com  crianças  o  dia   inteiro  e  tenta   ensinar-­‐lhes   sobre   o   funcionamento   do  mundo  ao  seu  redor.  À  noite,  você  volta  para  casa,  janta  e  aí   tem  um  pouco  de  tempo  para  si  próprio.  Por   fim,   depois   de   um   longo   dia,   você   vai   dormir,  sentindo   que   contribuiu   com   sua   parte   para   o  mundo.            Se  tivéssemos  de  explicar  o  mundo  digital  para  o  leitor,   poderíamos   dizer   que   ele   é   bem   parecido  com   a   descrição   do   mundo   real   que   acabamos   de  fazer,   exceto   que   você   não   precisa   se   vestir   nem  sair,  e  talvez  parte  do  seu  trabalho  pudesse  ser  feito  ____  noite.  Temos  tudo  o  que  precisamos  para  nos  comunicar   com   quase   qualquer   pessoa,   em  qualquer   parte   do   mundo,   sem   sair   de   casa.    Criamos   todo   um   playground   digital   para   nossas  mentes,  onde  a  distância  e  a  aparência  parecem  não  ter  mais  importância.  Quase  esquecemos  que  ainda  precisamos   comer   e   que   todas   essas   ferramentas  ainda   precisam   ser   produzidas.   Então,   como   isso  tudo   se   mistura,   estes   nossos   mundos   físico   e  digital?            Gostaríamos  de  lhe  apresentar  o  Homo  Zappiens,  uma  geração  de   seres  humanos  que   cresceram  em  meio  ___  tecnologias  digitais  e  que  não  sabem  que  as  vidas  física  e  digital  estão   interligadas.  Para  eles,  físico   e   digital   não   são   realmente   diferentes.   As  crianças  não  veem  motivo  para  tratar  os  amigos  de  maneira  diferente  quando  conversam  com  eles  pelo  computador   ou   quando   conversam   com   eles   cara  ___  cara.  Elas   chamam  de  amigos  algumas  pessoas  do  outro  lado  do  mundo,  pois  se  divertem  com  elas  jogando  on-­‐line,  assim  como  têm  amigos  com  quem  jogar  futebol  fora  de  casa.                Para   lidar   com   o   mundo   de   hoje,   o   Homo  Zappiens  aprendeu  a  cooperar  em  redes  e  negociar  sobre   as   informações   e   a   confiança.   Ele   trabalha  mais  em  equipe  e  decide  cooperativamente  o  que  é  interessante   e   digno   de   confiança.   Ele   não   se  importa   com   distância   ou   língua   e,   se   achar   uma  determinada  explicação  muito  longa  ou  muito  difícil,  vai   procurar   outra   explicação   que   satisfaça   suas  necessidades   e   preferências.   Se   lembrarmos   nossa  própria   juventude,   podemos   reconhecer   que  fizemos   o   mesmo.   O   maravilhoso   na   nova  tecnologia  digital  é  que  temos  mais  opções,  embora  ainda  tenhamos  de  fazer  mais  escolhas.            Os   Homo   Zapiens   saem   com   uma   vantagem   em  relação   aos   adultos:   eles   aceitaram   a   tecnologia  como   ferramenta,   sem   medo,   e   assim   têm   mais  

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experiência  para  criar  estratégias  a  fim  de  lidar  com  a   tecnologia.   Um   exemplo   disso   é   o   modo   como  lidam   com   a   tecnologia.   Os   adultos,   em   geral,  tentam  entender  exatamente  como  um  computador  funciona  e  por  que  ele  seria  mais  útil  do  que  outros  métodos   que   conhecem.   Disseram-­‐lhes   que   ele   é  mais  eficiente  e  assim  eles  vão  tentar  usá-­‐lo  em  seu  benefício.   O   Homo   Zappiens   decide   que   um  computador   funciona   e   que   ele   é   útil.   Se   este   não  lhe   for   útil,   ou   se   encontrarem   algo   melhor,   eles  prontamente  vão  parar  de  usá-­‐lo.  Eles  não  precisam  saber  como  ele  funciona  ou  como  fazê-­‐lo  funcionar  melhor;   apenas   esperam   que   ele   funcione   ou,  então,  não  o  utilizarão.            À   medida   que   descobrimos   os   benefícios   da  tecnologia   que   criamos,   nós,   como   sociedade,  também   estamos   aprendendo   novas   estratégias  para   utilizar   essa   tecnologia.   Os   Homo   Zappiens  estão   mostrando-­‐nos   o   caminho   para   que   se  mesclem   a   vida   física   e   a   digital.   Temos   agora   o  desafio  de  encontrar  um  modo  de  fazer  com  que  o  Homo  Zappiens   se  mescle   com  nossa   sociedade  de  Homo   Sapiens.   Nossos   filhos   estão   chegando   ____    maioridade  e  já  podemos  ver  que  eles  esperam  que  as  coisas   sejam  diferentes.  Em  sua  vida  pessoal,  na  escola  e  no   trabalho,  eles  esperam  poder   trabalhar  com   a   tecnologia   e   as   estratégias   que  desenvolveram.   Não   podemos   esperar   que   eles  aceitem  o  que  nos  foi  útil  quando  éramos  jovens.  O  mundo   de   hoje   não   é   o   que   era   ____   20   anos.   Se  lhes  dissermos  o  que  sabemos  e  como  era,  estamos  ensinando-­‐lhes   história.   Se   permitirmos   que   nos  mostrem  o  que  existe  e  como  usar  isso,  eles  estarão  nos  mostrando  o  futuro.  

(Vraking,  Ben  et  al.  Adaptado  da  Revista  Pátio,  número  45.  2008,  p.  60  a  62).  

_______________________________________________  26. A   sequência   correta   do  preenchimento  das   lacunas  nas  linhas  17,  29,  35,  77  e  84  é:        A) à  –  às  –    a  –  à  –  há  B) à  –  as  –  a  –  à  –  a    C) à  –  às  –  a  –  à  –  a  D) a  –  as  –  à  –  a  –  há  E) à  –  às  –  à  –  à  –  há  ______________________________________________  Considere  as  seguintes  frases  retiradas  do  texto.  Gostaríamos  de  lhe  apresentar  o  Homo  Zappiens.  Se  este  não  lhes  for  útil,  ou  se  encontrarem  algo  melhor,  eles  vão  parar  de  usá-­‐lo.  27. Os  termos  em  negrito  desempenham,  de  cima  para  baixo,  as  seguintes  funções  gramaticais:  A) Objeto   indireto   –   complemento   nominal   –   objeto  direto  B) complemento   nominal   –   objeto   indireto   –   objeto  direto  C) objeto  direto  –  objeto  direto  –  objeto  indireto  D) complemento   nominal   –   objeto   indireto   –   objeto  indireto  E) objeto  indireto  –  objeto  indireto  –  objeto  direto  

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28. Para   lidar  com  o  mundo  de  hoje,  o  Homo  Zappiens  aprendeu   a   cooperar   em   redes   e   negociar   sobre   as  informações  e  a  confiança.  Como  se  classifica  a  oração  sublinhada?  A) Oração  subordinada  adverbial  causal.  B) Oração  subordinada  adverbial  consecutiva.  C) Oração  subordinada  adverbial  final.  D) Oração  coordenada  sindética  conclusiva.  E) Oração  coordenada  sindética  explicativa.  ______________________________________________  29. Assinale  V  para  verdadeiro,  ou  F  para  falso  (    )  Tanto  o  homem  atual  como  o  Homo  Zappiens  estão  interessados  em  compreender  o  funcionamento  do  computador  para  desta  forma  compreender  a  razão  de  sua  utilidade.  (        )    O  Homo  Zappiens,  embora  tenha  aprendido  a  cooperar  em  redes  e  negociar  sobre  as  informações  e  a  confiança,  ainda  prefere  trabalhar  individualmente,  visto  que  a  distância  e  a  língua,  muitas  vezes,  são  obstáculos  difíceis  de  serem  superados.  (        )    O  texto  deixa  claro  que  não  há  possibilidade  do  Homo  Sapiens  e  do  Homo  Zappiens  encontrarem  um  ponto  de  união,  visto  que  o  abismo  que  os  separa  neste  campo  é  intransponível  devido  à  diferença  dos  conceitos  que  cada  um  deles  têm.  (    )    O  fato  do  Homo  Zappiens  já  ter  se  mesclado  ao  Homo  Sapiens,  aponta  para  o  rápido  desenvolvimento  da  tecnologia  e  o  surgimento  de  um  novo  tipo  de  ser  humano.  A  sequência  correta  é:  A) F  –  F  –  F  –  F  B) V  –  F  –  V  –  F  C) F  –  F  –  F  –  V  D) V  –  V  –  V  –  F  E) F  –  F  –  V  –  F  ______________________________________________  30. O  autor,  ao  criar  a  expressão  Homo  Zappiens,   lança  mão  de  um  recurso  linguístico  Denominado:    A) assonância  B) pleonasmo  C) metonímia  D) neologismo  E) aliteração  ______________________________________________                        

As  questões  31  a  33  devem  ser  respondidas  com  base  no  texto  abaixo.  1        5          10          15          20          25          30          35          40          45          50          55  

           O  aperfeiçoamento  do  ensino  da  língua  materna  na  escola  é  um  tema  amplo,  que  pode  ser  tratado  a  partir  de  questionamentos  de  ordens  diversas.  O  aprendizado  da  dissertação  breve  é  um  dos  tantos  aspectos  que  merecem  atenção.  Assumindo-­‐se  a  importância  do  gênero  para  a  formação  do  aluno,  cabe  questionar  não  apenas  as  formas  encontradas  por  professores  para  tentar  garantir  o  seu  domínio,  mas  ainda  o  espaço  que  ocupa  no  conjunto  das  práticas  que  caracterizam  a  língua  portuguesa  ensinada  na  escola.  Não  se  pode,  portanto,  pensar  no  domínio  da  dissertação  breve  sem  pensar  no  lugar  que  ocupa  nas  práticas  escolares.  É  preciso,  portanto,  questionar  ainda  o  papel  dos  outros  gêneros  no  desenvolvimento  de  habilidades  a  serem  exigidas  de  modo  exemplar  na  dissertação  breve,  avaliando  em  que  medida  outras  práticas  importantes  estão  sendo  relegadas  a  um  segundo  plano  em  nome  do  treino  da  dissertação  breve  com  vistas  ao  bom  desempenho  do  aluno  em  processos  seletivos  futuros.            Por  outro  lado,  não  é  possível  pensar  no  lugar  que  deve  ocupar  a  dissertação  breve  sem  reconhecer  as  peculiaridades  do  gênero.  Forma  de  expressão  sofisticada,  a  dissertação  breve  é  um  texto  que  se  caracteriza  por  uma  densidade  que  a  diferencia  dos  demais  gêneros.  Essa  densidade,  decorrente  da  necessidade  de  abordar  temas  de  amplo  alcance  em  espaços  de  curta  extensão,  determina  uma  expectativa  de  elevada  relevância,  muito  superior  à  que  o  redator  está  acostumado  a  satisfazer  na  redação  de  textos  de  outros  gêneros.  Além  disso,  o  caráter  meta-­‐discursivo  do  gênero,  resultado  do  esvaziamento  de  um  dos  elementos  essenciais  à  produção  textual  –  o  propósito  discursivo  -­‐,  consiste  em  mais  um  elemento  a  desafiar  o  redator  menos  experiente.            A  conscientização  dessas  características  do  gênero  é  de  grande  importância  para  determinar  o  melhor  momento  e  as  melhores  circunstâncias  pedagógicas  para  a  solicitação  da  produção  de  dissertações  breves.  Essa  conscientização  cumpre  um  papel  importante  ainda  no  planejamento  das  atividades  que  culminam  com  a  redação,  especialmente  de  estratégias  de  esclarecimento,  para  que  o  aluno  entenda  minimamente  o  que  dele  se  espera  em  um  texto  dissertativo.            Importante  também  é  a  clareza  na  correção,  que  depende  do  estabelecimento  de  critérios  com  contornos  bem  definidos.  Para  além  da  correção  gramatical,  há  uma  série  de  aspectos  a  serem  avaliados  em  relação  à  estrutura  e  ao  conteúdo  da  dissertação  breve.  A  escolha  desses  critérios  costuma  orientar-­‐se  por  uma  espécie  de  tradição,  com  a  adoção  de  termos  amplamente  conhecidos  

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pelos  professores,  como  coerência,  coesão,  organização  de  ideias,  estrutura  do  parágrafo.  Todos  esses  termos,  e  quaisquer  outros  que  possam  a  vir  a  ser  eleitos  ao  longo  da  prática  pedagógica,  podem  colaborar  para  a  orientação  de  alunos  apenas  na  medida  em  que  forem  compreendidos  em  sua  essência  pelos  professores.  Para  o  aluno,  um  rótulo  para  um  problema,  sem  a  devida  explicação,  é  apenas  um  rótulo  para  um  problema.  (GOLDNADEL,  M.,  JANOSTIAC,  I.  O  desenvolvimento  do  tema  na  dissertação  breve:  uma  perspectiva  pragmática  .  In:  ABREU,  Sabrina  (org.)    Reflexões  linguísticas  e  redação  no  vestibular    .  Porto  Alegre:  UFRGS,  2010,  p.188/189)  

______________________________________________  31. Considere  as  afirmações  abaixo.  (   )  O  fato  da  redação  breve  possuir  uma  densidade  que  a  diferencia   de   outros   gêneros   relaciona-­‐se   ao   fato   de   o  redator  ter  de  desenvolver  temas  de  grande  profundidade  num  espaço  de  curta  extensão.  (   )  O  professor,  embora  existam  outros  critérios  a  serem  seguidos,   deve   fixar-­‐se   na   correção   gramatical,   visto   ser  ela  a  mais  importante  deles.  (   )   Torna-­‐se   necessário,   para   que   a   produção   de   uma  dissertação  breve  atinja  os  objetivos  do  educador,  que  ele  questione  outros  gêneros  e  o  papel  que  desempenham  no  desenvolvimento  das  habilidades  do  aluno.  (   )  Não  existe  um  melhor  momento  para  a  solicitação  de  produções   de   dissertações   breves,   as   quais   devem   ser  exigidas  sempre  e  continuamente.  Assinale  V  para  verdadeira  e  F  para  falsa,  na  ordem  que  se  apresentam  as  afirmações.  

A) V  –  V  –  F  –  V  B) F  –  F  –  F  –  F    C) F  –  F  –  V  –  F  D) F  –  F  –  V  –  V    E) V  –  F  –  V  –  F    ______________________________________________  32. “Além   disso,   o   caráter   meta-­‐discursivo   do   gênero,  resultado   do   esvaziamento   de   um   dos   elementos  essenciais  à  produção  textual  –  o  propósito  discursivo  -­‐,  consiste   em   mais   um   elemento   a   desafiar   o   redator  menos   experiente.”   A   ausência   do   propósito   discursivo  faz  com  que  A) o  objetivo  do  aluno  seja  o  de  produzir  um  texto  que  supra  esta  lacuna,  uma  vez  que  ele,  ao  redigir  um  texto,  já  desenvolveu   capacidade   suficiente   para   identificar  problemas  e  solucioná-­‐los  por  conta  própria.  B) o   texto   se   desenvolva   de   forma   mais   estruturada,  visto   que   o   redator   pode   se   dedicar   mais   a   escrita  gramaticalmente  correta.  C) o  aluno  seja  capaz  de  apresentar  um  texto  coerente  e  coeso,   já   que   o   propósito   discursivo   não   colabora   para  que  isto  ocorra.  D) o  redator  entenda  que  o  propósito  do  texto  seja  o  de  tão   somente   ser   avaliado   pelo   professor   ou   banca  examinadora.  E) ele   colabore   na   redações,   uma   vez   que   é   retirada  delas   um   elemento   que   não   é   essencial   para   uma  produção  textual  de  qualidade.  

33. O   aperfeiçoamento   da   língua  materna   nos   bancos  escolares   faz   com   que   o   professor   necessite   realizar  constantemente  um  amplo  estudo  de  temas.    Das   afirmações   abaixo   qual   a   que   não   corresponde   ao  afirmado?  A) Deve  existir  um  questionamento  de  outros  gêneros  no  desenvolvimento  das  habilidades  dos  alunos.  B) É   Necessário   haver   um   reconhecimento   das  características   peculiares   que   envolvem   cada   gênero  textual.  C) O   professor   necessita   propor   temas   amplos,   de  relevada   importância,   que   façam   com   que   os   alunos  desenvolvam   suas   capacidades   e   estejam   atualizados  frente  à  realidade.  D) A   contínua   pesquisa   por   parte   do   educador   de  assuntos   e   gêneros   relacionados   à   produção   textual  colabora   de   forma   decisiva   para   que   haja   o  aperfeiçoamento  da  língua  materna.      E) O   educador   deve   dar   uma   maior   importância   à  correção   gramatical,   visto   que   os   outros   elementos  estruturais   pouco   ou   nada   podem   colaborar   para   o  aperfeiçoamento  da  língua.  ______________________________________________  34. Acerca  do  ensino  da  semântica  é  correto  dizer:  A) há   palavras   que   não   precisam   ser   ensinadas   dentro  de  um  contexto,  já  que  elas  não  mudam  de  significado.  B) em   uma   concepção   de   linguagem   como   ação   e  interação,   o   ensino   de   vocabulário   deve   sempre   estar  contextualizado.   Não   é   possível   ensinar   significados  descontextualizados  do  contexto  de  produção.  C) o  ensino  de  semântica  deve  ter  o  objetivo  de  ensinar  os   alunos   a   pronunciaram       e   escreverem   corretamente  independentemente  de  onde  estiverem.  D) é   mais   importante   ensinar   os   conceitos   de  ambiguidade,  sinonímia  ,  parônimos  e  homônimos  do  que  ensinar  a  interpretar  textos  porque  semântica  se  aprende  com  conceitos  E) exercícios   com   frases   isoladas   são  melhores   do   que  textos  para  o  aprendizado  de  semântica.  ______________________________________________  35. As   concepções   de   linguagem   mudam   ao   longo   da  história   e,   isso   reflete   diretamente   na   maneira   de  ensinar   e   nas   concepções   do   professor   de   língua.   Em  relação   às   concepções   atuais   das   práticas   do   professor  de  língua  materna,  é  incorreto  dizer  que:  A) atualmente  o  professor  deve  transmitir  o  conteúdo  de  forma  mais   clara   possível,   pois   os   estudantes   estão   cada  vez  mais  distraídos;  

B) o  professor  deve  escolher  tarefas  de  leitura  e  produção  textual  com  diferentes  situações  de  produção,  para  que  os  alunos  transitem  em  diversos  usos  da  linguagem;  

C) a   avaliação   deve   ser   entendida   como   um   processo   e  não  como  um  produto;  

D) deve-­‐se  ensinar  a  gramática  de  forma  contextualizada.  

E) o  professor  pode  desempenhar  a  função  de  orientador  do  processo  de  ensino  e  aprendizagem  

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36. Analise   o   tema   coesão   e   coerência   textuais   no  ensino   de   língua   a   partir   da   perspectiva   de   que   a  linguagem  é  usada  para    agir  e  para   interagir.  Marque  a  afirmativa  que  reflita  esse  pressuposto.  A) A   coerência   textual   é   interna   ao   texto   e   não  precisamos   conhecer   aspectos   contextuais   para  entendermos  se  um  texto  é  ou  não  coerente.  B) A  coerência  deve  ser  entendida  pelo  viés  situacional,  além   do   sentido   da   superfície   textual,   pois   o   contexto  situacional  delimita  os  sentidos  possíveis  dos  textos.  C) A  coesão  textual  é  construída  pelas   ligações  internas  ao   texto,   como   pronomes,   sinônimos   e   advérbios.   É  necessário   ensinar   as   classes   gramaticais   para   os   alunos  conseguirem  construir  e  interpretar  a  coesão  nos  textos.  D) Um   texto   com  coesão  pode   ser   incoerente,  mas  um  texto  incoerente  não  pode  ter  coesão.  E) Como  a   linguagem  é  usada  para  agir  e   interagir,  nas  aulas   de   produção   textual,   deve   haver  muitos   exercícios  de   elementos   coesivos,   como,   identificar   o   pronome   e  classificar   o   advérbio;   e   muitos   exercícios   de   coerência,  por  exemplo,  criar  frases  coerentes  e  incoerentes.  ______________________________________________  37. Ao   longo   da   história   a   linguagem   tem   sido  entendida   de   diferentes   formas.   As   concepções   de  linguagem   refletem   diretamente   no   ensino.   Analise   as  três  tarefas  de  ensino  abaixo:  Conjugue   os   verbos   amar,   sorrir   e   fazer   em   todos   os  tempos  do  indicativo.  Escreva  um  texto  sobre  o  abandono  de  crianças  nas  ruas.  Para   ajudá-­‐lo   a   ter   ideias   pense   nas   seguintes   questões:  De  quem  é  a   culpa  pelo   abandono  de   crianças  nas   ruas?  Como   a   sociedade   pode   ajudar   a   resolver   a   situação  dessas  crianças?  Você   está   disputando   um   cargo   em   uma   conceituada  empresa,  e  os   selecionadores   solicitam  que  você  escreva  sobre   suas   habilidades.   Escreva   sobre   suas   habilidades   e  sobre   o   que   você   deseja   aprender   para   que   os  selecionadores  o  conheçam  melhor.  As   tarefas   de   ensino   refletem   qual   concepção   de  linguagem?  

A) Tarefa  III-­‐  linguagem  como  representação  do  mundo;  tarefa   II-­‐   linguagem   como   forma   ou   lugar   de   ação   ou  interação;   tarefa   I-­‐   como   instrumento   ou   ferramenta   de  comunicação.  

B) Tarefa   III-­‐linguagem   como   instrumento   ou  ferramenta   de   comunicação;   tarefa   I-­‐linguagem   como  forma  ou  lugar  de  ação  ou  interação;  tarefa  II-­‐   linguagem  como  representação  do  mundo.  

C) Tarefa   II-­‐   linguagem  como  representação  do  mundo;  tarefa   I-­‐   linguagem   como   instrumento   ou   ferramenta   de  comunicação;   tarefa   III-­‐   linguagem   como   forma   ou   lugar  de  ação  ou  interação.  

D) Tarefa  I-­‐  linguagem  como  instrumento  ou  ferramenta  de   comunicação;   tarefa   II-­‐linguagem   como   instrumento  ou   ferramenta   de   comunicação;   tarefa   III-­‐   lingu2agem  como  forma  de  ação  ou  interação.  

E) Tarefa  I-­‐  Linguagem  como  representação  do  mundo  e  do   pensamento;   tarefa   II-­‐   como   instrumento   ou  ferramenta   de   comunicação;   tarefa   III-­‐   como   forma   ou  lugar  de  ação  ou  interação.  

______________________________________________  38. Há  muitas  pesquisas  baseadas  na  noção  de    gêneros  do   discurso,   principalmente   na   área   da   Linguística  Aplicada.   Entretanto,   a   definição  de   gênero  do  discurso  é,  às  vezes,  muito  diferente  entre  uma  pesquisa  e  outra.  Mesmo   que   Bakhtin   (2003)   seja   um   dos   autores   mais  citados   por   pesquisadores,   há   uma   certa   diversidade  terminológica   e   conceitual   em   relação   aos   gêneros   do  discurso.  Marque  a  alternativa  que  mais  se  assemelha  às  concepções  Bakhtinianas  de  Gênero  do  discurso:  A) os   gêneros   do   discurso   são   tipos   estáveis   de  enunciados  e  são  definidos  a  partir  das  formas  linguísticas.  A  partir  dessas  formas  conseguimos  classificar  os  gêneros  pois,   conforme   o   autor,apresentar   um   modelo   para  definição   e   classificação   dos   gêneros   é   fundamental,  principalmente  na  área  de  ensino  de  língua  portuguesa.  

B) O  conceito  de  Gênero  do  discurso  é   formulado  para  entender   o   funcionamento   da   linguagem   e,   conforme   o  autor,   os   enunciados   não   tem   um   princípio   nem   um   fim  absoluto   e   não   há   limites   precisos   entre   enunciados   em  diversos  campos  da  atividade  humana.  

C) Não  falamos  apenas  através  dos  gêneros  do  discurso.  Há  textos  e  conversas  que  pertencem  a  um  gênero  como  uma   carta,   um   romance,   um   conto,   um   artigo   científico,  mas  há  textos  que  não  se  enquadram  em  nenhum  gênero,  como   uma   conversa   com   uma   amiga   ou   um   bilhete   de  recado.  

D) em  vez  de  delimitar  os  gêneros  pela  estabilidade  das  características   formais   dos   textos,   Bakhtin   relaciona   os  enunciados   com  as   condições   específicas  de   cada   campo  da   comunicação,   demonstrando   a   interdependência   da  língua  com  as  atividades  humanas.  

E) Os  gêneros  do  discurso,  conforme  Bakhtin  são  muito  úteis  para  o  ensino  de  língua  portuguesa,  pois  se  o  aluno  souber   as   características   formais   dos   diversos   tipos   de  texto,  ele  aprenderá  com  mais  facilidade  a  ler  e  a  escrever  melhor.  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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39. Em   relação   aos   estudos   de   Marco   Bagno,   em  especial  a  obra  “Preconceito  linguístico:  o  que  é,  como  se  faz”,   sobre   as   variações   linguísticas   é   correto   afirmar  que:  I. A  norma  padrão  da  língua  faz  parte  da  língua  e  é  um  modo  autêntico  de  falar;  

II. As   variedades   linguísticas   urbanas   de   prestígio   não  correspondem   integralmente   às   formas   prescritas   pelas  gramáticas  normativas;  

III. A   variação   linguística   deve   ser   objeto   e   objetivo   do  ensino  de  línguas.  A  escola  não  pode  desconsiderar  que  os  modos   de   falar   dos   diferentes   grupos   sociais   são  elementos  fundamentais  de  identidade  cultural;  

IV. A   escola   e   os   professores   precisam   se   livrar   de  algumas  crenças  para  cumprir  bem  a  função  de  ensinar  a  escrita   e   a   língua   padrão,   por   exemplo,   a   crença   de   que  existe  uma  forma  correta  de   falar  e  de  que  um  grupo  de  pessoas  fala  melhor  do  que  o  outro.  

A) Somente  a  afirmação  III  e  IV  estão  corretas  B) As  afirmações  I,  II,  III  e  IV  estão  corretas  C) As  afirmações  I  e  II  estão  corretas  D) As  afirmações  I  e  IV  estão  corretas  E) As  afirmações  II,  III,  IV  estão  corretas  ______________________________________________  40. A   assertiva   que   melhor   pluraliza   a   palavra   olho  verde-­‐mar  é:  A) Olhos  verde-­‐mares  B) Olhos  verde-­‐mar  C) Olhos  verde-­‐mar  D) Olhos  verdes-­‐mares  E) Olho  verdes-­‐mar