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Horizonte
Edição e revisão de conteúdo:
George Amadeu Fernandes Alves dos Santos – 1º Ten Com
Capa:
Ítalo Sérvio Carvalho – Asp Of Com
Centro de Preparação de Oficiais da
Reserva de Belo Horizonte
Guia do Aluno / Centro de Preparação
de Oficiais da Reserva de Belo
Horizonte - Belo Horizonte-MG:
CPOR-BH, 2020
p.; il.; cm
1. Guia do Aluno
CDD 001
2
JURAMENTO
"INCORPORANDO-ME AO EXÉRCITO BRASILEIRO,
PROMETO CUMPRIR RIGOROSAMENTE
AS ORDENS DAS AUTORIDADES A QUE ESTIVER
SUBORDINADO,
RESPEITAR OS SUPERIORES HIERÁRQUICOS,
TRATAR COM AFEIÇÃO OS IRMÃOS DE ARMAS,
E COM BONDADE OS SUBORDINADOS,
E DEDICAR-ME INTEIRAMENTE AO SERVIÇO DA
PÁTRIA,
CUJA HONRA,
INTEGRIDADE,
E INSTITUIÇÕES,
DEFENDEREI
COM O SACRIFÍCIO DA PRÓPRIA VIDA."
COMPROMISSO DO ASPIRANTE A OFICIAL
DA RESERVA
“AO SER DECLARADO ASPIRANTE-A-OFICIAL DA
RESERVA, ASSUMO O COMPROMISSO DE CUMPRIR
NA PAZ OU NA GUERRA
OS DEVERES QUE ME COMPETEM,
PARA A SEGURANÇA E A GRANDEZA DO BRASIL,
CUJA HONRA,
INTEGRIDADE
E INSTITUIÇOES
DEFENDEREI
COM O SACRIFÍCIO DA PRÓPRIA VIDA.”
3
SUMÁRIO - MENSAGENS AOS ALUNOS, PAIS OU RESPONSÁVEIS 4
- APRESENTAÇÃO 6
1 INTRODUÇÃO 6
2 O EXÉRCITO BRASILEIRO 6
3 FINALIDADE DO CPOR 16
4 HISTÓRICO DO CPOR E SEU PATRONO, TEN CEL CORREIA LIMA 17
5 HISTÓRICO DO CPOR/BH 18
6 ANO ESCOLAR 18
7 ENSINO 20
8 AVALIAÇÃO DO RENDIMENTO DA APRENDIZAGEM 22
9 APROVEITAMENTO, HABILITAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO 25
10 EXCLUSÃO E DESLIGAMENTO 26
11 CONDUTA DO ALUNO NA VIDA DIÁRIA 26
12 VIRTUDES MILITARES 29
13 PRESCRIÇÕES DIVERSAS 29
14 PERSPECTIVAS NA CARREIRA 30
ANEXOS
A HORÁRIO DAS ATIVIDADES DO CORPO 31
B ENXOVAL DO ALUNO 32
C TELEFONES ÚTEIS 33
D GUIA DO TREINAMENTO FÍSICO MILITAR 34
E ESCALA DE AVALIAÇÃO DA ÁREA AFETIVA 37
F ANEXO I DO REGULAMENTO DISCIPLINAR DO EXÉRCITO 38
G HINOS E CANÇÕES 45
H PRINCIPAIS UNIFORMES 54
I INSTRUÇÃO MILITAR 55
1 PÁTRIA E SÍMBOLOS NACIONAIS 55
2 PATRONOS DO EXÉRCITO BRASILEIRO 61
3 ESCALA HIERÁRQUICA NAS FORÇAS ARMADAS 76
4 DISTINTIVOS DOS POSTOS E GRADUAÇÕES 77
5 INSÍGNIAS DE ARMAS, QUADROS E SERVIÇOS 78
6 FUZIL AUTOMÁTICO LEVE M964 – FAL 79
7 FUNDAMENTOS DO TIRO DE FUZIL 88
8 PISTOLA 9mm M973 - IMBEL 97
9 PISTOLA 9mm M975 – BERETTA 106
10 FUNDAMENTOS DO TIRO DE PISTOLA 113
11 ALFABETO FONÉTICO MUNDIAL 124
12 NÓS E AMARRAÇÕES 125
13 APRESTAMENTO INDIVIDUAL 134
14 TABELAS DE GRAUS PARA AS VERIFICAÇÕES DE
TREINAMENTO FÍSICO MILITAR
143
Pág
4
A Lição da Borboleta
“Um dia, uma pequena abertura apareceu num casulo; um homem
sentou e observou a borboleta por várias horas, conforme ela se esforçava para fazer com que seu corpo passasse através daquele pequeno buraco.
Então pareceu que ela havia parado de fazer qualquer progresso. Parecia que ela tinha ido o mais longe que podia, e não conseguia ir mais. Então o homem decidiu ajudar a borboleta: ele pegou uma tesoura e cortou o restante do casulo.
A borboleta então saiu facilmente. Mas seu corpo estava murcho, era pequeno e tinha as asas amassadas. O homem continuou a observá-la, porque ele esperava que, a qualquer momento, as asas dela se abrissem e se esticassem para serem capazes de suportar o corpo que iria se afirmar a tempo.
Nada aconteceu! Na verdade, a borboleta passou o resto de sua vida rastejando com um
corpo murcho e asas encolhidas. Ela nunca foi capaz de voar! O que o homem, em sua gentileza e vontade de ajudar não compreendia,
era que o casulo apertado e o esforço necessário à borboleta para passar através da pequena abertura era o modo pelo qual a natureza fazia com que o fluído do corpo da borboleta fosse para as suas asas, de forma que ela estaria pronta para voar uma vez que estivesse livre do casulo.
Algumas vezes, o esforço é justamente o que precisamos em nossas vidas.”
(Autor desconhecido)
5
O Sucesso
O sucesso é construído à noite! Durante o dia você faz o que todos fazem.
Não conheço ninguém que conseguiu realizar seu sonho, sem sacrificar feriados e domingos pelo menos uma centena de vezes. Da mesma forma, se você quiser construir uma relação amiga com seus filhos, terá que se dedicar a isso, superar o cansaço, arrumar tempo para ficar com eles, deixar de lado o orgulho e o comodismo. Se quiser um casamento gratificante, terá que investir tempo, energia e sentimentos nesse objetivo, pois ao contrário, acabará perdendo seu grande amor.
O sucesso é construído à noite! Durante o dia você faz o que todos fazem. Mas, para obter um resultado diferente da maioria, você tem que ser especial. Se fizer igual a todo mundo, obterá os mesmos resultados.
Não se compare à maioria, pois infelizmente ela não é modelo de sucesso. Se você quiser atingir uma meta especial, terá que estudar no horário em que os outros estão tomando chope com batatas fritas.
Terá de planejar, enquanto os outros pemanecem à frente da televisão. Terá de trabalhar enquanto os outros tomam sol à beira da piscina. A realização de um sonho depende de dedicação.
Há muita gente que espera que o sonho se realize por mágica. Mas toda mágica é ilusão. A ilusão não tira ninguém de onde está. Ilusão é o combustível de perdedores. “Quem quer fazer alguma coisa, encontra um meio. Quem não quer fazer nada, encontra uma desculpa”
(Roberto Shinyashiki)
6
APRESENTAÇÃO Caro aluno!
Agora você integra uma das instituições de maior credibilidade perante a
sociedade brasileira, o Exército. A partir do momento que você ingressou pelos
portões deste tradicional estabelecimento de ensino, passou a fazer parte da
grande família do Centro de Preparação de Oficias da Reserva de Belo
Horizonte. Sua responsabilidade a partir deste momento é enorme, pois você
representa tanto o CPOR/BH, quanto a nossa Força Terrestre.
PARABÉNS! Seja bem-vindo!
1. INTRODUÇÃO
O presente manual tem por objetivo facilitar a ambientação do aluno,
recém-matriculado, dando-lhe uma visão panorâmica da nova fase de sua vida,
que se inicia.
O oficial R/2, oriundo do CPOR, constitui elemento de real valor na
complementação dos quadros dos corpos de tropa e poderá tornar-se, quando
convocado para o Estágio de Instrução Preparatória para Oficiais Temporários
(EIPOT), importante componente das organizações militares operacionais
(podendo alcançar até o posto de 1º Tenente).
2. O EXÉRCITO BRASILEIRO
O Exército Brasileiro desenvolve um processo de transformação, que
pretende atualizá-lo em função da evolução da natureza dos conflitos
contemporâneos, resultado das mudanças da sociedade e da evolução
tecnológica aplicadas aos assuntos de Defesa, capacitando-o a contribuir na
garantia dos interesses nacionais e dispor de capacidades compatíveis com a
estatura política da Nação brasileira no cenário mundial.
Como nação livre e soberana, o Brasil mantém suas Forças Armadas
com a missão constitucional de defender a Pátria, garantir os Poderes
Constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, a lei e a ordem. O
componente terrestre das Forças Armadas é o Exército, e seus integrantes são
oriundos das mais diferentes classes sociais, crenças, raças e regiões do país.
Reúnem-se todos sob a mesma bandeira, com o mesmo propósito de defendê-la,
mesmo com o sacrifício da própria vida. Dessa diversificação de origens advém
duas características da Instituição. A primeira, o reconhecimento do valor do
homem pelo que ele é, pelo seu valor pessoal, que o projetará aos mais altos
7
postos da carreira, seja ele branco, negro, católico, espírita, etc. A segunda é a
inexistência de castas que segregam os verdadeiros anseios da nação. Esses
homens que o integram e que você passará a conhecer, vivem e trabalham
orientados por sinceros propósitos, inspirados nas virtudes de chefe e cidadão
do insigne Marechal Luis Alves De Lima e Silva, o Duque de Caxias – Patrono
do Exército Brasileiro. Aprenda com eles e neles confie para que você possa se
orgulhar de ser mais um de seus integrantes.
MISSÃO DO EXÉRCITO
1. A fim de assegurar a defesa da Pátria:
- contribuir para a dissuasão de ameaças aos interesses nacionais; e
- realizar a campanha militar terrestre para derrotar o inimigo que agredir ou
ameaçar a soberania, a integridade territorial, o patrimônio e os interesses vitais do
Brasil.
2. A fim de garantir os Poderes Constitucionais, a Lei e a Ordem:
- manter-se em condições de ser empregado em qualquer ponto do território
nacional, por determinação do Presidente da República, de forma emergencial e
temporária, após esgotados os instrumentos destinados à preservação da ordem
pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, relacionados no art. 144 da
Constituição.
3. Participar de operações internacionais, de acordo com os interesses do
País.
4. Como ação subsidiária, participar do desenvolvimento nacional e da
defesa civil, na forma da Lei.
VISÃO DE FUTURO DO EXÉRCITO
Ser uma Instituição compromissada, de forma exclusiva e perene, com o
Brasil, o Estado, a Constituição e a sociedade nacional, de modo a
continuar merecendo confiança e apreço.
Ser um Exército reconhecido internacionalmente por seu profissionalismo,
competência institucional e capacidade de dissuasão; Respeitado na
comunidade global como poder militar terrestre apto a respaldar as
decisões do Estado, que coopera para a paz mundial e fomenta a
integração regional.
Ser constituído por pessoal altamente qualificado, motivado e coeso, que
professa valores morais e éticos, que identificam, historicamente, o
soldado brasileiro, e tem orgulho de servir com dignidade à Instituição e
ao Brasil.
8
SÍNTESE DOS DEVERES, VALORES E DA ÉTICA DO EXÉRCITO Patriotismo - amar à Pátria, História, Símbolos, Tradições e Nação -
sublimando a determinação de defender seus interesses vitais com o sacrifício
da própria vida.
Dever - cumprir a legislação e a regulamentação, a que estiver submetido, com
autoridade, determinação, dignidade e dedicação além do dever, assumindo a
responsabilidade pelas
decisões que tomar.
Lealdade - cultuar a verdade, sinceridade e sadia camaradagem, mantendo-se
fiel aos compromissos assumidos.
Probidade - pautar a vida, como soldado e cidadão, pela honradez, honestidade
e pelo senso de justiça.
Coragem - ter a capacidade de decidir e a iniciativa de implementar a decisão,
mesmo com o risco de vida ou de interesses pessoais, no intuito de cumprir o
dever, assumindo a responsabilidade por sua atitude.
FATORES CRÍTICOS PARA O ÊXITO DA MISSÃO DO EXÉRCITO
1. Comprometimento com a Missão, a Visão de Futuro e os Valores, Deveres e
a Ética do Exército.
2. Coesão, alicerçada na camaradagem e no espírito-de-corpo, capaz de gerar
sinergia para motivar e movimentar a Força na consecução de seus objetivos.
3. Liderança que motive direta ou indiretamente, particularmente pelo
exemplo, o homem e as organizações militares para o cumprimento, com
determinação, da Missão do Exército.
4. Qualificação profissional e moral, que desenvolva a autoconfiança,
autoestima e motivação dos componentes da Instituição, reforce o poder de
dissuasão do Exército e, ainda, contribua para a formação de cidadãos-soldados
úteis à sociedade.
5. Tecnologia moderna e desenvolvida, buscando reduzir o hiato em relação
aos exércitos mais adiantados e a dependência bélica do exterior.
6. Equipamento adequado em qualidade e quantidade para conferir, no campo
material, o desejado poder de dissuasão à Força Terrestre.
7. Adestramento capaz de transformar homem, tropa e comando (desde os
escalões elementares) num conjunto harmônico, operativo e determinado no
cumprimento de qualquer missão.
8. Integração Interforças nas operações combinadas e atividades de cunho
administrativo em tempo de paz, compartilhando e otimizando recursos.
9. Excelência Gerencial, caracterizada pela contínua avaliação, inovação e
9
melhoria da gestão, que resulte na otimização de resultados, seja do emprego de
recursos, seja dos processos, produtos e serviços a cargo da Força.
10. Integração à Nação, identificando suas necessidades, interpretando seus
anseios, comungando de seus ideais e participando de suas realizações,
conforme nossa Missão Constitucional ou por meio deAções Subsidiárias.
CARACTERÍSTICAS DA PROFISSÃO MILITAR
a. Risco de vida
b. Sujeição a preceitos rígidos de disciplina e hierarquia
c. Dedicação exclusiva
d. Disponibilidade permanente
e. Mobilidade geográfica
f. Vigor físico
g. Formação específica e aperfeiçoamento constante
h. Proibição de participar de atividades políticas
i. Proibição de sindicalizar-se e de participar de greves ou de qualquer
movimento
reivindicatório.
j. Restrições a direitos trabalhistas
k. Vínculo com a profissão
l. Consequências para a família
A Carreira Militar
O processo de ascensão funcional na carreira militar difere das práticas
existentes nas demais
instituições.
Os postos e as graduações dos militares são indispensáveis, não só na
guerra, mas também em tempo de paz, pois traduzem, dentro de uma faixa
etária específica, responsabilidades e a
habilitação necessária para o exercício dos cargos e das atribuições que lhes são
correspondentes.
O militar exerce, ao longo de sua carreira, cargos e funções em graus de
complexidade crescente, o que faz da liderança fator imprescindível à
instituição. Esses aspectos determinam a existência de um fluxo de carreira
planejado, obediente a critérios definidos, que incluem a higidez, a capacitação
profissional e os limites de idade, tudo isto influindo nas promoções aos postos
e graduações subsequentes.
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A EVOLUÇÃO ORGANIZACIONAL DO EXÉRCITO BRASILEIRO
Exército no Império
Na segunda metade do século XIX, no Brasil Império, ocorreram
profundas modificações na estrutura do Exército, coerentes com os progressos
da arte militar mundial.
Coube ao Marechal Luis Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias,
figura ímpar nas lutas internas do Império pela preservação da unidade nacional,
executar relevantes alterações na estrutura organizacional do Exército
Brasileiro. Quando ministro da Guerra, lançou pela primeira vez, em nosso
Exército, em 1855, as bases da chamada Nova Escola, visando a renovar a
doutrina vigente e enquadrá-la às exigências da época. Propôs a adaptação da
tática elementar das três Armas (Infantaria, Cavalaria e Artilharia), contida nas
ordenanças portuguesas, então em vigor no Exército, dando-lhe fisionomia e
personalidade tipicamente brasileiras.
Declarada a Guerra da Tríplice Aliança (1865-1870), o Exército foi
reorganizado durante as primeiras operações de combate. A Força só alcançou
seu pleno desenvolvimento depois de Caxias assumir o comando em 1867.
Sofreu muitas modificações no decorrer do conflito e chegou à forma de três
corpos-de-exército, que integravam divisões de Infantaria, Cavalaria, brigadas
de Artilharia, batalhões de Engenharia, esquadrões de Transporte, repartições de
Saúde, polícias de Acampamentos e órgãos de Serviços. Cumpre destacar, na
constituição desse Exército, a presença de 60 batalhões de voluntários e de
numerosa guarda nacional.
Nova estrutura organizacional do Exército ocorreu em 1887, sob a
direção do Marechal Manuel Luís Osório, quando Ministro da Guerra. A Força
foi constituída de unidades de Infantaria, Cavalaria, Artilharia, Engenharia e
Transporte.
Exército Republicano
Não houve grandes alterações no efetivo da Força: foram ampliados o
número de unidades e os quadros (oficiais e sargentos).
A Guarda Nacional foi reformada pelo governo provisório, para ajustá-la
à nova organização política do Brasil. Por decreto de 5 de dezembro de 1890,
ela tomou o caráter de milícia federal e reserva do Exército, subordinada ao
Ministério da Justiça e, em cada estado, seu comando passou a ser exercido por
um oficial reformado do Exército.
A promulgação da Constituição de 1891 gerou a primeira reforma
relevante do Exército, na República, com a extinção, no mesmo ano, dos antigos
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Comandos das Armas e a criação dos Distritos Militares, não como divisão
territorial de inspeção, mas como comandos de tropa, que acumularam os
Comandos de Guarnição e Comandos de Fronteira.
Em 1898, o Exército encontrava-se organizado da seguinte maneira:
- Ministério da Guerra, cujo órgão central era a Secretaria da Guerra,
dirigida pelo próprio ministro; Estado-Maior do Exército; Intendência-Geral da
Guerra; Direção-Geral de Engenharia; Diretoria de Saúde; Contadoria Geral da
Guerra; e sete distritos militares:
1º Amazonas ao Piauí, com sede em Manaus;
2º Ceará a Pernambuco, com sede em Recife;
3º Alagoas à Bahia, com sede em Salvador;
4º Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Goiás, com sede no
Rio de Janeiro;
5º Paraná e Santa Catarina, com sede em Curitiba;
6º Rio Grande do Sul, com sede em PortoAlegre e
7º Mato Grosso, com sede em Corumbá.
As colônias militares surgiram nesse período com a tarefa de facilitar a
colonização do interior e guarnecer as longínquas fronteiras. Perduraram até
1913, recebendo foros de cidades.
Ressurgiram com a criação das unidades de fronteira em 1930, que
receberam a mesma missão das antigas colônias.
O ensino militar foi reorganizado. Os estabelecimentos de ensino
instituídos foram os seguintes: as escolas regimentais; o Colégio Militar; as
escolas preparatórias e de tática de Realengo e Rio Pardo e a Escola Militar do
Brasil.
Merece destaque, ainda nessa reorganização promovida pelo ministro
Mallet, a criação, em 1899, do Tiro Nacional, mais tarde transformado em Tiro-
de-Guerra. Os tiros-deguerra estão até hoje em funcionamento em todo o País,
como instituições auxiliares da
preparação das reservas do Exército.
A tropa foi organizada por Armas, cujas diferentes unidades se
agrupavam em cinco brigadas estratégicas: três de Cavalaria, uma mista e
unidades independentes ou isoladas.
Exército Pós - I Guerra Mundial
Por efeito da Primeira Guerra Mundial, em 1918 procederam-se novas e
importantes modificações na estrutura do Exército. Extinguiu-se a Guarda
Nacional, que passou a constituir o Exército de 2ª Linha, cuja subordinação
passou do Ministério da Justiça para o da Guerra.
Os efeitos dessa reforma duraram pouco. As brigadas estratégicas foram
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transformadas em divisões de Infantaria, de organização quaternária. As
Inspeções Permanentes transformaram-se em Regiões Militares. Pouco depois,
com a Missão Militar Francesa, contratada em 1919, processaram-se grandes
transformações, que se fizeram sentir a partir de 1921.
Entraram em atividade novos estabelecimentos de ensino sob a ação
direta de instrutores franceses: a Escola deAperfeiçoamento de Oficiais e a
Escola de Estado-Maior, onde foi criado um curso de revisão para os oficiais
anteriormente diplomados.
Exército Pós - II Guerra Mundial
Constituiu-se, em 1941, uma comissão mista Brasil-Estados Unidos da
América (EUA), de cujos trabalhos resultou a Força Expedicionária Brasileira
(FEB).
Também no ano de 1946 ressurgiu a Lei de Organização do Exército,
criada em 1935. Nos seis anos seguintes processou-se o reajuste do Ministério
da Guerra. Em 1952 este passou a ser constituído pelos seguintes órgãos: o Alto
Comando, a Inspetoria Geral do Exército, o Estado-Maior do Exército, o
Departamento Geral de Administração, o Departamento Técnico e de Produção
e os Comandos das Armas. Estes corresponderam a quatro zonas militares, os
presumíveis teatros de operações, e a Secretaria-Geral do Ministério da Guerra.
Junto ao ministro acomodaram-se, além de órgãos eventuais, os permanentes: a
Comissão de Economia da Guerra, a Consultoria Jurídica do Ministério da
Guerra e a Comissão de Orçamento. Existia ainda um Conselho Superior do
Comando e Administração, que se constituiu com o inspetorgeral, os chefes do
Estado-Maior do Exército, do Departamento-Geral de Administração, do
Departamento Técnico e de Produção e os comandantes das Armas.
No ano de 1956, foram criados os Exércitos (I , II, III e IV) e o Comando
Militar da Amazônia, com sede em Belém do Pará. A articulação da Força no
território nacional era semelhante à dos dias atuais.
Guerra Moderna
Nas décadas de 1960 e 1970, foram lançadas as bases para a
reformulação da Doutrina Militar Brasileira, sendo introduzida nova
metodologia de planejamento, e criadas as divisões de Exército, constituídas por
um número variável de brigadas em substituição às antigas divisões de
Infantaria.
Também foram criados diferentes tipos de brigadas e batalhões, com
destaque para as brigadas blindadas e os batalhões logísticos. Foi implementada
nova estrutura para as regiões militares (RM), através do Projeto RM, dando-
13
lhes maior flexibilidade organizacional e melhor desempenho das atividades
logísticas. Foram criados os parques regionais de manutenção, subordinados às
RM, organizações fundamentais para a permanente manutenção dos
equipamentos e materiais da Força Terrestre.
Em 1985, foram extintos os I, II, III e IV Exércitos, e criados os
comandos militares de área, cuja organização perdura até os dias atuais.
Força Terrestre 2000
O ano de 1990 significou o fim da etapa de curto prazo do planejamento
que teve por objetivo modernizar a Força. O reaparelhamento efetivado logrou
importantes realizações, principalmente quanto ao completamento das
organizações militares, no desenvolvimento da “Aviação do Exército”, na
informatização, na ampliação de campos de instrução e no Sistema de Comando
e Controle.
A estrutura organizacional do Exército Brasileiro encontra-se,
atualmente, integrada à estrutura de comando no âmbito do Ministério da
Defesa e com as demais Forças Singulares perfeitamente ajustadas às metas
estratégicas estabelecidas no SIPLEx.
A Força Terrestre está organizada e articulada em Força de Segurança
Estratégica e reservas Local, Estratégica e Geral, localizadas em áreas
estratégicas, desde o tempo de paz, com o objetivo de manter a integridade da
fronteira terrestre e atuar eficazmente no cumprimento da missão constitucional.
Ao final de 2000, foram extintos o Departamento de Material Bélico e o
Departamento-Geral de Serviços, que deram lugar ao Departamento Logístico.
No dia 03 de fevereiro de 2000, o comandante do Exército, após meditar
sobre os destinos da Força Terrestre e avaliar em profundidade as conjunturas
que a afetam, expediu as "Orientações Gerais ao Exército".
As premissas básicas consideradas pela Força Terrestre no processo de
sua reestruturação foram as seguintes:
- transição da Estrutura Militar de Paz para a Estrutura Militar de
Guerra;
- priorização das áreas estratégicas;
- implantação gradual; e
- restrições orçamentárias.
No decorrer dos longos estudos efetuados pelo Comando da Força
Terrestre e escalões subordinados, foram definidos aspectos que materializam as
prioridades do Exército Brasileiro e a necessidade de racionalização dos meios
disponíveis. São os seguintes:
- a conveniência de reunir atividades afins em um mesmo órgão de
14
Direção Setorial;
- a otimização do Sistema de Comando e Controle;
- a Logística operacionalizada por atividades funcionais em detrimento
dos serviços técnicos;
- a existência das seguintes áreas estratégicas prioritárias: Amazônia,
Centro-Oeste e Bacia do Prata;
- a necessidade de adequada capacitação para resposta efetiva e
compatível com situações de crise e guerra; e
- o exercício, de forma seletiva, da Estratégia da Presença em todo o
território nacional.
ORGANIZAÇÃO BÁSICA DO EXÉRCITO
15
A FORÇA TERRESTRE
A Força Terrestre está presente em todo o território nacional, o qual é
dividido em sete comandos militares de área. Esses grandes comandos são
constituídos por Divisões de Exército, Brigadas e
Organizações Militares de diversas naturezas e, para fins de apoio logístico e
defesa territorial, são divididos em regiões militares (RM), conforme
constituição mostrada abaixo.
Os COMANDOS MILITARES DE ÁREA são responsáveis pelo
planejamento, preparo e emprego das tropas em sua área. As REGIÕES
MILITARES (RM) coordenam as actividades logísticas de suprimento,
manutenção, transporte, saúde e pessoal, além de participarem do sistema do
Serviço Militar e de realizarem obras nos quartéis, em sua área de jurisdição.
1) Comando Militar da Amazônia (CMA) - Sede: Manaus-AM
12ªRM: Amazonas, Acre, Rondônia e Roraima;
8º RM: Pará, Amapá, Imperatriz/MA e parte do norte de Tocantins.
2) Comando Militar do Nordeste (CMNE) - Sede: Recife-PE
6ª RM: Bahia e Sergipe;
7ª RM: Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Alagoas;
10ª RM: Ceará, Piauí e Maranhão (exceto Imperatriz).
3) Comando Militar do Oeste (CMO) - Sede: Campo Grande-MS
9ª RM: Mato Grosso do Sul e Mato Grosso.
4) Comando Militar do Planalto (CMP) - Sede: Brasília-DF
11ª RM: Distrito Federal, Área do Triângulo Mineiro, Goiás e Tocantins
(exceto área da 8ª RM).
5) Comando Militar do Leste (CML) - Sede: Rio de Janeiro-RJ
1ª RM: Rio de Janeiro e Espírito Santo;
4ª RM: Minas Gerais (exceto o Triângulo Mineiro).
6) Comando Militar do Sudeste (CMSE) - Sede: São Paulo-SP
2ª RM: São Paulo.
7) Comando Militar do Sul (CMS) - Sede: Porto Alegre-RS
3ª RM: Rio Grande do Sul;
5ª RM: Paraná e Santa Catarina.
16
O SISTEMA DE ENSINO DO EXÉRCITO
A Estrutura de Ensino no Exército Brasileiro
O DECEx - Departamento de Educação e Cultura do Exército tem por objetivo
conduzir, no âmbito do Exército, as atividades relativas ao ensino, educação
física, desporto, pesquisa e desenvolvimento nas áreas de doutrina e pessoal.
A Diretoria de Formação e Aperfeiçoamento (DFA) é o órgão de apoio técnico-
normativo do DECEx, que tem como missão-síntese: formar, aperfeiçoar e
proporcionar altos estudos militares.AEsPCEx é subordinada a esta Diretoria.
Escolas de Formação
ECEME - Escola de Comando e Estado-Maior do Exército
ESAO - Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais
AMAN - Academia Militar das Agulhas Negras
EsSA - Escola de Sargentos das Armas
EASA - Escola de Aperfeiçoamento de Sargentos das Armas
EsPCEx - Escola Preparatória de Cadetes do Exército
CPOR - Centro de Preparação de Oficiais da Reserva e
NPOR - Núcleo de Preparação de Oficiais da Reserva
3. FINALIDADE DO CPOR/BH
Missão do CPOR - formar o Aspirante-a-Oficial da reserva da 2ª
classe, habilitando-o a ingressar no Corpo de Oficiais da Reserva do Exército
Brasileiro, bem como prepará-lo para o serviço ativo como oficial temporário.
O CPOR tem por finalidade a formação básica, moral, físico e técnico-
profissional, do oficial subalterno das Armas, do Quadro de Material Bélico e
do Serviço de Intendência, da reserva de segunda classe do Exército, para o
desempenho de funções de comando das frações elementares da tropa, na guerra
e na paz. É, portanto, um vigoroso elo que liga o Exército ao meio civil, o que
empresta significativa importância à sua missão.
Organizado com base na hierarquia e na disciplina como seus pilares
básicos, o Exército, através do CPOR, irá prepará-lo a fim de que possa
receber e assimilar, em pouco tempo, os conhecimentos básicos e necessários
à formação do Aspirante-a-Oficial da Reserva (deixando-o em condições de
comandar pequenas frações).
17
4. HISTÓRICO DOS CPOR E SEU PATRONO, O Ten Cel
CORREIA LIMA
Descendente de família de militares, Luiz de Araújo Correia Lima
nasceu em Porto Alegre, em 4 de Novembro de 1891, sendo o filho mais velho
do General-de-Divisão Gonçalo Correia Lima e de Ana Caroilna Lima. Em 26
de Setembro de 1907, sentou praça como soldado, no extinto 17º Batalhão de
Infantaria, sediado em Porto Alegre, onde prestou concurso para a Escola
Militar. Aluno dedicado, permanentemente figurou entre os primeiros
classificados nos cursos das Escolas Militares que frequentou.
Em 1916, contraiu matrimônio com a Sra. Marina de Sousa e Melo,
advindo dessa união, cinco filhos, dos quais, os dois mais velhos,
prosseguiram na carreira militar.
Em sua carreira militar destacam-se:
- Atividades de vigilância do litoral e da costa brasileira, na região de
Rio Grande, durante a 1ª Guerra Mundial (com o 17º grupo de Artilharia);
- Atuação como Instrutor da Escola Militar do Realengo, durante a
chamada "Missão Indígena";
- Combatente do 1º Grupo de Artilharia Pesada, na Revolução de 1924;
- Idealização dos Centros de Preparação de Oficiais da Reserva
(CPOR), sendo o primeiro Comandante do CPOR do Rio de Janeiro, o
precursor de todos os CPOR do Brasil, em 1927.
Em decorrência da ausência de formação de uma reserva eficiente para o
Exército Brasileiro, o então Capitão Luiz de Araújo CORREIA LIMA, cheio
de ideais, lançou-se em busca de uma solução para o problema e após muito
esforço, conseguiu autorização para instruir alguns jovens acadêmicos no
quartel do Primeiro Grupo de Artilharia Pesada, (hoje 21º GAC 105 AR, Rio de
Janeiro-RJ), com o firme propósito de torná-los Oficiais da Reserva. Passou a
organização de uma verdadeira Academia Militar da Reserva, criando os cursos
de Infantaria, Cavalaria e Artilharia. Nasceu assim, em 1927, o Centro de
Preparação de Oficiais da Reserva (CPOR) no Rio de Janeiro, servindo de
modelo para a criação de outros CPOR em várias capitais, bem como dos
futuros Núcleos de Preparação de Oficiais da Reserva (NPOR), que funcionam
no Corpo de Tropa.
Tal iniciativa foi de grande valor para nós, brasileiros, durante a 2ª
Guerra Mundial, quando cerca de 1/3 dos oficiais subalternos provinham dos
CPOR. Podiam avançar, ombro a ombro, com os oficiais da ativa, irmanados
pelo mesmo sentimento do dever e amor à Pátria e com o mesmo gabarito
profissional.
Correia Lima não viu sua obra completada. Servia como Major,
18
promovido por merecimento, em Curitiba, comandando o 1º Grupo do 9º
Regimento de Artilharia Montada, quando irrompeu a Revolução de 1930. Fiel
à ordem vigente, foi atacado de surpresa em seu Quartel, local onde viria a ser
assassinado pelos revoltosos, no dia 5 de setembro de 1930. Pela firmeza dos
seus ideais, os revoltosos sabiam de antemão que ele não se entregaria...
No dia 13 de outubro de 1930, foi promovido a Tenente-Coronel "post-
mortem ", por ato de bravura.
5. HISTÓRICO DO CPOR/BH
O CPOR, na 4ª Região Militar, foi criado em 20 de fevereiro de 1930,
na cidade de Juiz de Fora, anexo ao 10º Regimento de Infantaria. No dia 02 de
abril de 1930, foi inaugurado o CPOR, em Juiz de Fora, instalado no Ed.
Alfândega, em sede provisória, marcando o nascimento da preparação do
oficial da reserva de 2ª classe em Minas Gerais.
No dia 26 de maio do ano de 1936 foi emitida a ordem para que se
efetivasse a mudança do CPOR para Belo Horizonte.
Em janeiro de 1976, o CPOR/BH foi desativado, encerrando
oficialmente suas atividades. Na primeira fase de 1930 a 1976, foram formadas
quarenta e seis turmas de Aspirantes-a-Oficial da Reserva de 2ª classe.
Treze anos depois, o CPOR-BH é reativado e sua instalação oficial é
realizada no dia 1º de janeiro de 1989, nas dependências do Colégio Militar de
Belo Horizonte onde se mantém até os dias atuais.
6. ANO ESCOLAR
Para efeito de instrução, o ano escolar está organizado da seguinte
maneira:
a. Período Básico (P Bas)
Com a finalidade de adaptar o aluno à vida militar e escolar no CPOR
e a sua formação básica de enquadramento profissional.
- É constituído, geralmente, de 16 (dezesseis) Semanas de Instrução (SI),
culminando com a Escolha das Armas ou Serviço de Intendência.
b. Documentação
No início do ano é confeccionada pela Sargenteação do CPOR/BH uma
pasta contendo todas as informações da vida do aluno. Para isso é necessário:
1) Cópia da Identidade, do CPF, do título de eleitor e PIS/PASEP (se
possível na mesma folha);
19
2) Cópia e original do comprovante de endereço (água, luz ou telefone);
3) Certificado de Alistamento Militar (CAM);
4) Comprovante de matrícula em Estabelecimento de Ensino Superior.
OBS: O aluno tem que providenciar toda a documentação para o internato, 1ª
Semana de Instrução (1ª SI).
c. Escolha de Arma ou Serviço
O Exército Brasileiro possui Armas, Quadros e Serviços que
desempenham, em combate, funções específicas. As armas de combate são a
Infantaria e a Cavalaria e as de apoio ao combate, a Artilharia, a Engenharia e as
Comunicações. O Serviço de Intendência proporciona o apoio logístico e o
Quadro de Material Bélico, manutenção e assistência técnica de material bélico.
Ao final do Período Básico, os alunos farão a escolha de arma ou serviço, sendo
para isso, classificados segundo a média geral obtida no Período Básico.
PORTANTO, PARA QUE VOCE ESCOLHA O CURSO DA SUA
PREFERÊNCIA, É IMPORTANTE QUE OBTENHA BONS RESULTADOS E,
CONSEQUENTEMENTE, UMA BOA CLASSIFICAÇÃO.
Todas as Armas, Quadros e Serviços são importantes para o Exército. Não
há vitória em combate atingida por uma arma isoladamente. Todas são
interdependentes, e só um eficiente trabalho de conjunto levará um exército ao
cumprimento da sua missão. O oficial da reserva, ainda que não convocado para
o serviço ativo em tempo de paz, fica, até à idade limite de convocação em tempo
de guerra, ligado à Arma, Quadro ou Serviço que escolheu quando aluno do
CPOR.
A ESCOLHA DA ARMA, QUADRO OU SERVIÇO É UMA DECISAO
MUITO IMPORTANTE NA SUA VIDA.
Além disso, procure observar as matérias de cada curso. Verificando-as,
você poderá identificar as que mais lhe atraem. Leve em conta suas aptidões e
suas inclinações, de forma encontrar a arma ou serviço de sua preferência. As
palestras realizadas durante o Período Básico pelos instrutores dos Cursos,
também auxiliarão na sua escolha. Porém, nunca se deixe levar por alegadas
vantagens pecuniárias futuras ou quantidade de vagas para estágios, pois são
variáveis. Nenhuma Arma, Quadro ou Serviço poderá garantir estágios de serviço
para um número pré-determinado de aspirantes. As tarefas e carga horária são
equivalentes em todos os Cursos.
Respeite a sua pessoa. Faça sua escolha por si mesmo. Pese as orientações
recebidas, suas aptidões e inclinações e decida-se acertadamente.
20
d. Período de Formação e Aplicação (PFA)
Com o objetivo de formar o Aspirante-a-Oficial mobilizável da Arma de
Infantaria, Comunicações ou do Serviço de Intendência, desenvolve os
atributos morais, psicológicos, intelectuais e físicos inerentes ao Oficial do
Exército Brasileiro.
- É constituído, geralmente, de 26 (vinte e seis) Semanas de Instrução
e. Carga horária
As instruções serão ministradas com carga horária de,
aproximadamente, 05 (cinco) horas diárias, no período da manhã, exceção feita
nas primeiras semanas do Período Básico e outros períodos que se fizerem
necessários. Durante o ano ocorrerão exercícios no terreno e Pedidos de
Cooperação de Instrução (PCI).
f. Encerramento do Curso
A declaração de Aspirante-a-Oficial será realizada em cerimônia solene,
regulada pelo Diretor de Ensino do CPOR. Na oportunidade serão conferidos
os seguintes prêmios:
(1) Prêmio Ten Cel Correia Lima (medalha e diploma) aos Aspirantes-a-
Oficial que se classificarem em primeiro lugar em seus respectivos cursos; e
(2) Diploma de “Melhor Atirador Combatente” e de “Combatente de
Melhor Aptidão Física”.
7. ENSINO
O Ensino no CPOR será conduzido de forma a visar também à ação
educativa- social, face à heterogeneidade de origem dos alunos. A ação
educacional privilegiará os objetivos da área afetiva e, para sua consecução,
todos os integrantes do CPOR/CM-BH contribuirão com atitudes,
comportamentos e apresentação pessoal. Neste sentido, deve avultar a
aprendizagem social modelada pelo ensino entendido não apenas como
transmissão de técnicas e conhecimento.
O aluno do CPOR tem dupla responsabilidade, uma de MILITAR e a
outra de UNIVERSITÁRIO. Assim, este Centro envidará todos os esforços
em pesquisas, planejamento e execução da instrução de modo a permitir que o
público-alvo, o aluno, cumpra bem esta dupla responsabilidade.
As instruções que serão ministradas abrangerão aspectos operacionais e
administrativos compatíveis com os estágios a que os alunos serão submetidos,
não sendo, a rusticidade na instrução militar, incompatível com a cultura
geral e com a sociabilidade que serão transmitidas aos alunos.
Os alunos serão instruídos no sentido de desenvolver ao máximo o
21
espírito de corpo e as virtudes militares, assimilando os fundamentos da
democracia e a missão constitucional do Exército Brasileiro. Para isso, é
necessária uma sólida formação moral, o desenvolvimento de um vigor físico
compatível e uma perfeita assimilação dos conhecimentos básicos profissionais,
requisitos indispensáveis para o desempenho das funções do Oficial Subalterno.
a. Avaliação da Área Afetiva
A avaliação dos atributos da área afetiva (AAA) consiste na apreciação
de comportamentos dos discentes, uma vez que é a mudança qualitativa e
valorizada de comportamento que se busca em educação. A avaliação é um
processo contínuo, dinâmico, interativo e direcionado para determinados
resultados.
O aluno durante o ano letivo será observado e avaliado pelos instrutores
e monitores do CPOR em 20 (vinte) pautas divididas em 05 (cinco)
atributos previstos.
b. Controle de Pontos Perdidos
Conforme previsto no Regulamento dos CPOR/NPOR, o limite máximo
de pontos perdidos, durante o ano letivo, para efeito de exclusão de aluno, é
de 25% do número de sessões de instrução, num total de 367 pontos.
O aluno que ultrapassar o número limite de pontos perdidos, citados
na letra anterior, será desligado do CPOR.
O aluno perderá um ponto por sessão de aula, instrução ou atividade
escolar, de duração aproximadamente igual a 01 (uma) hora, que não
comparecer, ou a que não assistir integralmente, desde que a falta seja
justificada, e o triplo de pontos se não justificada.
O aluno perderá o máximo de 10 pontos se deixar de comparecer ou
assistir parcialmente a um trabalho escolar, de duração superior a 08 (oito)
horas, quando sua falta for justificada, e o triplo de pontos, quando não
justificada.
O controle de pontos perdidos é atribuição da sargenteação do CPOR
que publicará em BI, mensalmente, a relação de pontos perdidos por alunos, no
mês considerado e no seu total.
c. Justificativa de faltas normais
A frequência e a pontualidade reveladas pelo aluno do CPOR, durante
o Curso, constituem elementos de muita importância, representando dedicação
ao serviço e noção de cumprimento do dever. Por isso, esses aspectos são
levados em consideração especial na emissão do conceito individual final.
O aluno que faltar ou chegar atrasado a qualquer atividade será
considerado faltoso. Deverá, desse modo, obedecer às normas que abaixo se
22
seguem para justificar suas faltas:
- o aluno impossibilitado de comparecer ao curso deverá participar ao
Instr Ch, pelo meio mais fácil e rápido possível (telefone, companheiro,
presença de pessoa da família, etc..) tal impossibilidade. Essa comunicação
deve chegar ao conhecimento do Instrutor chefe, no início do expediente do dia
em que ocorrer a falta;
- em princípio não haverá justificativa para falta ao expediente ou ao
serviço. O aluno, que tiver qualquer problema de saúde, deverá procurar o
Médico do CPOR, para que o mesmo possa avaliar se convêm, ou não,
dispensá-lo de atividades programadas. Não serão aceitos atestados médicos de
fora do CPOR sem a confirmação e homologação pelo médico da Unidade.
8. AVALIAÇÃO DO RENDIMENTO DA APRENDIZAGEM
a. Tipos de avaliações
A avaliação do rendimento da aprendizagem, ou a forma como o aluno
será avaliado durante o ano letivo, terá as seguintes etapas:
(1) Avaliação Diagnóstica (ou de sondagem) – AD
Esta modalidade poderá ser utilizada antes do início da disciplina,
com a finalidade de conhecer a situação sócio-afetiva do discente e verificar
seus conhecimentos em relação aos objetivos de ensinos fixados para a
disciplina.
(2) Avaliação Formativa (ou de acompanhamento) – AF
É realizada ao longo do processo ensino-aprendizagem, fornecendo
informações detalhadas ao docente e ao discente, durante o desenvolvimento
do referido processo levando-o a preparar-se mais adequadamente,
habituando-o a esforçar-se nos estudos, evitando, com isso, adiamento do
mesmo e acúmulo de conteúdos. A avaliação formativa não resulta em notas,
sendo mais importante fornecer ao discente uma contínua análise dos seus
acertos e erros.
(3) Avaliação Somativa (ou resultado final) – AS
É realizada ao final de uma Unidade Didática (UD), ou conjunto
de UD, ou ainda de uma disciplina, visando verificar o alcance de objetivos
que envolvam habilidades com maior nível de complexidade, classificar e
divulgar os resultados obtidos pelos discentes.
b. Elaboração das avaliações
(1) Todas as avaliações (provas) serão montadas pelo instrutor da
matéria, auxiliado pela Seção Técnica de Ensino sendo terminantemente
proibido o conhecimento do conteúdo da mesma pelo aluno, até a hora da sua
realização.
23
(2) A prova poderá ser escrita, prática ou de execução, gráfica ou
mista, dependendo dos objetivos propostos em cada assunto. Ainda poderão
ser individuais, em grupos ou mistas.
c. Aplicação das provas
(1) O calendário para aplicação das provas está contido nos anexos de
acordo com o PGE 2019 do CPOR.
(2) O aluno deverá estar na sala de aula ou local designado para as
realizações das provas, portando todo o material para a realização, no mínimo
10 (dez) minutos antes do seu início.
(3) Ficar atento a todas as instruções dadas pelo aplicador e obedecer a
todas as recomendações a respeito da realização da prova.
(4) O aluno terá o direito de, nos 15 (quinze) primeiros minutos após o
início da prova, tirar quaisquer dúvidas acerca da mesma, exceto sobre a
interpretação das proposições, podendo, nesse tempo, pedir ao aplicador a
substituição de sua prova, caso não esteja devidamente legível. Não será
permitida a entrada do aluno para a sala de aula ou local de aplicação da prova
depois de passado esse tempo.
(5) Não será permitido, durante a realização da prova, a troca ou
empréstimo de qualquer material por parte dos alunos, bem como a condução,
para o local de aplicação da mesma, de material não autorizado pelo aplicador.
(6) O aluno será avisado, pelo aplicador, quando faltar 10 (dez) minutos
para o término da prova. Ao fim desse tempo, será determinado que se levante e
pare de escrever.
(7) Será devidamente penalizado o aluno que for pego usando de meios
ilícitos (cola) ou prestar qualquer tipo de informação durante a realização da
prova, sendo ainda sujeito às sanções disciplinares regulamentares, previstas
no RDE (Regulamento Disciplinar do Exército).
(8) O gabarito da prova será fixado em local de fácil acesso, 15
(quinze) minutos antes do término da mesma e retirado 30 (trinta) minutos após
o seu término.
d. Julgamento das provas
O julgamento de uma prova consta das seguintes fases:
(1) Correção: é a valorização do trabalho realizado pelo aluno. Sua
expressão numérica é o grau bruto obtido (GBO) pelo aluno. Na correção da
prova, poderão ser penalizados, os erros grosseiros de português, notadamente
os de ortografia e concordância, em uma percentual de 1 a 5% do total dos
escores previstos no barema de correção. Pode ainda, a prova, servir de subsídio
para a conceituação dos alunos.
(2) Apuração: é a interpretação dos valores escala atribuídos a uma
24
prova. Composta de duas operações: transformação do grau bruto obtido (GBO)
em nota e determinação das menções correspondentes às notas. Essa é a
expressão numérica do resultado da prova, e varia de 0 a 10, sendo calculada
com aproximação até centésimos.
(3) Menção: a determinação das menções é feita de acordo com as
seguintes faixas de distribuição:
NOTA MENÇÃO
Até 4, 999 I (INSUFICIENTE)
De 5, 000 a 5, 999 R (REGULAR)
De 6, 000 a 7, 999 B (BOM)
De 8, 000 a 9, 499 MB (MUITO BOM)
De 9, 500 a 10, 000 E (EXCELENTE)
e. Análise dos resultados das provas
É realizada pela Seção Técnica de Ensino e visa proporcionar subsídios
para aperfeiçoar as atividades docentes, tendo as seguintes finalidades:
(1) apontar as dificuldades dos alunos em atingir os objetivos pré-
fixados;
(2) classificar as proposições de uma prova quanto ao nível de
dificuldade (fácil, média, difícil e muito difícil);
(3) identificar proposições que apresentarem dupla interpretação por
parte dos alunos; e
(4) verificar falhas de orientação da aprendizagem.
f. Divulgação dos resultados
A divulgação dos resultados das verificações chegará a todos os
envolvidos no processo ensino-aprendizagem.
O aluno terá o direito de ver a sua prova corrigida antes da
publicação em Boletim Interno, podendo, caso não concorde com o
resultado e devidamente amparado, solicitar um pedido de revisão da mesma.
g. Falta à prova
O aluno que faltar a qualquer prova poderá fazê-la em segunda
chamada, desde que a falta tenha sido motivada por doença, luto ou acidente,
devidamente comprovados, ou outro motivo julgado relevante pelo Diretor de
Ensino (Dir Ens). Caso contrário, terá a nota 0,0 (zero), sem prejuízo das
possíveis sanções disciplinares.
25
9. APROVEITAMENTO, HABILITAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO
a. Aprovação no Período Básico (P Bas)
(1) Será considerado aprovado, o aluno que ao término do Período
Básico, alcançar, no mínimo, a nota 5,0 (cinco vírgula zero) em todas as
disciplinas.
(2) A prova de recuperação tem por finalidade avaliar o progresso
conseguido pelo aluno em uma determinada disciplina onde não foi atingida a
nota mínima para aprovação (5,0). O aluno terá direito à prova de
recuperação em todas as disciplinas do Período Básico (P Bas). O aluno que
não alcançar a suficiência na Recuperação e/ou Nota de Conceito será
submetido ao Conselho de Ensino.
b. Classificação no Período Básico
(1) A classificação dos alunos, ao término do período, será com base na
ordem decrescente das Notas do Período Básico (NPB).
(2) O aluno que obtiver a suficiência na prova de recuperação (nota
acima de 4,99) receberá menção (S) na disciplina e receberá a nota 5,00 que
substituirá a nota anterior.
3) Em caso de empate na NPB, estas serão calculadas até quantas
casas decimais forem necessárias para o desempate. Persistindo, ainda, a
igualdade na nota, a classificação beneficiará o aluno com menor número de
recuperações. Continuando o empate, a classificação beneficiará o aluno de
idade maior.
c. Aprovação no Período de Fomação e Aplicação (PFA)
1) Será considerado aprovado, o aluno que ao término do PFA,
alcançar, no mínimo, a nota 5,00 (cinco vírgula zero) em todas as
disciplinas.
2) O aluno terá direito à prova de recuperação em todas as
disciplinas do PFA.
d. Classificação no Período de Fomação e Aplicação (PFA)
1) A classificação dos alunos, ao término do período, será com base na
ordem decrescente das Notas do Período de Formação e Aplicação (NPFA).
2) O aluno que não alcançar a nota 5,00 (cinco vírgula zero) na
prova de recuperação e/ou na nota de Conceito será submetido ao Conselho de
Ensino.
26
10. EXCLUSÃO E DESLIGAMENTO
Durante o ano letivo o aluno será excluído e desligado do CPOR/BH,
quando:
1) concluir o curso com aproveitamento e for considerado apto em
inspeção de saúde;
2) tiver deferido, pelo comandante, seu requerimento de
trancamento de matrícula;
3) ingressar no comportamento “mau”;
4) for licenciado a bem da disciplina;
5) for considerado, em inspeção de saúde, definitivamente incapaz
para o serviço do Exército;
6) ultrapassar o limite de pontos perdidos permitido para o curso;
7) revelar falta de pendor para o ingresso no Corpo de Oficiais da
Reserva do Exército (CORE);
8) apresentar conduta moral que o incompatibilize com o serviço
do Exército ou o prosseguimento do curso, conforme o caso;
9) utilizar meios ilícitos na realização de qualquer trabalho escolar;
10) adquirir a condição de arrimo de família, devidamente comprovada;
e
11) falecer.
11. CONDUTA DO ALUNO NA VIDA DIÁRIA
O aluno do CPOR deve pautar sua conduta pela observância das leis,
regulamentos e determinações de seus superiores hierárquicos, de modo a
conservar-se digno da instituição que representa. Deve ter presente que o
CPOR constitui uma organização do Exército Brasileiro, na qual os mais
simples gestos da vida militar devem ser realizados com orgulho. Constituem
estes gestos, um verdadeiro ritual militar, que podem e devem ser
preservados para as futuras gerações.
a. Conduta do aluno fora do Quartel
Na rua, em serviço ou a passeio, deve o aluno lembrar-se que é um
representante do CPOR/BH e do Exército Brasileiro, mostrando-se educado
civil e militarmente. Para isso é necessário:
1) não freqüentar lugares incompatíveis, que ferem o decoro da classe;
2) andar rigorosamente uniformizado e limpo;
3) nunca usar uniformes incompletos ou peças avulsas;
4) andar e sentar-se em atitudes corretas;
5) usar sempre a cobertura (boina, gorro, ...) corretamente, quando
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fardado;
6) prestar atenção quando estiver na presença de seus superiores
hierárquicos, para não deixar de prestar-lhes a devida saudação;
7) não usufruir da farda ou da sua situação de militar para tirar
vantagens sobre os demais, ou ainda, deixar de acatar prescrições das
autoridades policiais ou civis;
8) nos veículos, ceder o lugar aos seus superiores e às pessoas idosas;
9) prestar auxílio às autoridades locais, quando solicitado;
10) dirigir-se sempre com educação aos funcionários de repartições
públicas ou privadas, quando solicitar informações;
11) em festas ou reuniões, sempre que houver um superior presente,
apresentar-se ao mesmo, pedindo permissão para permanecer no local ou dele
sair;
12) não prestar depoimentos ou entrevistas para a mídia, sem a devida
autorização de seus superiores; e
13) não fazer uso de substâncias entorpecentes ou psicotrópicas (drogas).
b. Conduta do aluno dentro do Quartel
1) Estar na sala de aula ou local destinado para a instrução no
mínimo 05 (cinco) minutos antes do seu início, para não atrapalhar o trabalho
do companheiro que esteja na função de comando.
2) Sentar-se corretamente na cadeira.
3) Não fumar durante as instruções ou em local não destinado à isso;
4) Manter-se sempre atento às instruções ministradas.
5) Contribuir para a arrumação e manutenção das instalações dos Cursos;
6) Quando solicitado a comparecer na presença de um superior
hierárquico faça com a maior rapidez possível;
7) Prestar todas as continências regulamentares aos seus superiores
hierárquicos;
8) É proibido o trânsito de alunos do CPOR no 2º andar do Pavilhão de
Comando, bem como em todas as áreas onde existam salas de aula do CMBH;
9) É proibido o contato de alunos do CPOR com alunos(as) do
CMBH, salvo por motivo de força maior ou devidamente autorizado pela
autoridade competente; e
10) É proibido o trânsito de alunos do CPOR no interior da OM, fora do
horário do expediente, sem a devida autorização para tal.
c. Em Outras Organizações Militares
1) O Aluno, na sua condição de Praça Especial, deverá, quando adentrar
em outra OM, apresentar-se ao Oficial-de-Dia ou a seu substituto legal.
2) Manter uma conduta militar irrepreensível.
28
3) Zelar para que sua apresentação individual seja a melhor possível.
4) Atentar para o cumprimento rigoroso das continências previstas no R-
2;
5) Não discutir, em hipótese alguma, com qualquer que seja o militar
pertencente à OM.
d. Escala de Serviço
Depois de adquirida a orientação básica necessária, o aluno concorrerá
às seguintes escalas de serviço:
- Auxiliar do Oficial-de-Dia;
- Auxiliar do Comandante-da-Guarda ao Quartel;
- Auxiliar do Sargento de Dia CCSv;
- Cabo-da-Guarda ao Quartel;
- Sentinela da Guarda ao Quartel;
- Cb de Dia ao CPOR; e
- Plantão ao CPOR.
Todas as atividades realizadas pelo aluno em cada escala de serviço
acima mencionada estão devidamente descritas no RISG (Regulamento Interno
e dos Serviços Gerais) e na NGA (Normas Gerais de Ação) do CPOR/CM-BH a
título de complementação do estudo e preparação para o oficialato.
e. Punições disciplinares
As punições disciplinares objetivam a preservação da disciplina e serão
consideradas de caráter educativo ou de caráter repressivo ao punido e à
coletividade a que ele pertence.
As punições para os alunos do CPOR, previstas no Ar t . 24 do RDE
(Regulamento Disciplinar do Exército) são as seguintes:
1) exclusão ou licenciamento a bem da disciplina;
2) prisão disciplinar;
3) detenção disciplinar;
4) repreensão;
5) impedimento disciplinar; e
6) advertência.
f. Saúde e higiene pessoal
O aluno terá, diariamente, um horário para ir à visita médica ou
odontológica, quando comprovadamente necessário. No curso haverá um livro
registro para os alunos, no qual serão relacionados os alunos que desejarem ir
ao médico, após uma triagem.
Constitui-se transgressão disciplinar o comparecimento à enfermaria,
sem justo motivo, com o intuito de esquivar-se do cumprimento do dever,
29
ficando o mesmo sujeito às penas disciplinares cabíveis.
A apresentação individual é o cartão de visita de cada um, por isso é
mister adotar alguns procedimentos, tais como:
- trocar a farda freqüentemente;
- cortar o cabelo constantemente, não ultrapassando o prazo estipulado
de 10 dias;
- estar sempre com o coturno engraxado, sobretudo nas formaturas;
- fazer a barba diariamente;
- manter as unhas sempre cortadas;
- fazer a higiene dos pés frequentemente;
- lavar a roupa de cama frequentemente.
12. VIRTUDES MILITARES
Os fatores básicos do sucesso do aluno do CPOR são a disciplina e a
responsabilidade.
A disciplina é a força principal dos Exércitos. No sentido militar, é o
predomínio da ordem e da obediência, resultante de uma educação apropriada.
A disciplina militar é, pois, a obediência pronta, inteligente, espontânea e
entusiástica às ordens superiores. Sua base é subordinação voluntária do
indivíduo ao bem do grupo. É a força cimentadora que une os membros de
uma unidade, que perdura até mesmo depois que o superior haja tombado e
que todo o vestígio da autoridade haja esclarecido. É o espírito da unidade
militar.
A responsabilidade é a capacidade de desenvolver todas as atividades
sob sua incumbência. É, ainda, a capacidade de cumprir suas atribuições,
assumindo e enfrentando as conseqüências de suas atitudes e decisões.
13. PRESCRIÇÕES DIVERSAS
a. Precedência hierárquica
1) Os alunos do CPOR são equiparados aos cabos e, quando fardados,
têm precedência sobre os mesmos.
2) Entre alunos, é considerado mais antigo o aluno de serviço, seguindo-
se os de maior idade. Após o Período Básico, será o mais antigo aquele
que obtiver melhor classificação depois dos alunos de serviço.
b. Cola
A cola é um ato de deslealdade que demonstra fraqueza de caráter. O
aluno flagrado nessa situação estará sujeito às sanções disciplinares cabíveis;
30
c. Trajes civis
Não é permitido, pelo aluno, o uso de trajes civis dentro do quartel (a
não ser para a chegada e saída do quartel), sem estar devidamente autorizado
pela autoridade competente, no caso, pelo Instrutor-Chefe do Curso. Da mesma
forma, não é permitida a saída ou entrada do aluno no aquartelamento com o
uniforme de instrução, sem estar autorizado.
d. Internato
Nas semanas do internato é importante que o aluno se prepare e conduza
itens pessoais de sua necessidade e materiais sugeridos no enxoval do aluno
conforme anexo “D”.
14. PERSPECTIVAS NA CARREIRA
a. Concursos
O aluno, mediante autorização do comandante, poderá realizar diversos
concursos voltados para a carreira militar, tais como:
1) EsPCEx (Escola Preparatória de Cadetes do Exército);
2) IME (Instituto Militar de Engenharia);
3) EsSEx (Escola de Saúde do Exército);
4) EsFCEx (Escola de Formação Complementar do Exército); e
5) EsSA (Escola de Sargentos das Armas).
OBS: Para ingresso na EsFCEx e EsSEx, tem que estar formado nas
respectivas áreas.
b. Estágios
O aluno, após ser declarado Aspirante, ao término do Curso, poderá
fazer o seguinte estágio:
- Estágio de Instrução Preparatória para Oficiais Temporários (EIPOT)
O EIPOT será realizado, voluntariamente, pelos Aspirantes-a-Oficial
R/2 que forem selecionados, obedecidos critérios de classificação e conceito,
respeitado o número de vagas disponíveis para a ocasião, destinando-se:
a) complementar a formação realizada nos OFOR; e
b) capacitar o Aspirante-a-Oficial R/2 ao desempenho das funções de
Oficial Subalterno.
31
ANEXO A – HORÁRIO DO CORPO
(*) Dia de meio expediente
Atividades De 2ª a 6ª Feira Dias sem expediente
ALVORADA 0600h 0700h
PARADA DIÁRIA
Toque de
Avançar 0655h 0750h
Rendição 0700h 0800h
CAFÉ DA MANHÃ 0600h / 0645h 0630h / 0715h
INÍCIO DO EXPEDIENTE 0700h -
FORMATURA
SEMANAL (4ª feira)
Toque de
Formatura 0705h -
Dispositivo
Pronto 0715h -
VISITA MÉDICA 0730h / 0930h -
INSTRUÇÃO
1º Tempo 0730h / 0815h -
2º Tempo 0825h / 0910h -
3º Tempo 0930h / 1015h -
4º Tempo 1025h / 1110h -
5º Tempo 1120h / 1205h -
TÉRMINO DA 1ª PARTE DO
EXPEDIENTE 1200h -
ALMOÇO Pessoal de Sv 1130h / 1300h 1130h / 1300h
Arranchados 1200h / 1330h -
REINÍCIO DO EXPEDIENTE 1330h -
INSTRUÇÃO
6º Tempo 1330h / 1415h -
7º Tempo 1420h / 1505h -
8º Tempo 1515h / 1600h -
DISTRIBUIÇÃO DO BI 1400h / 1100h * -
TÉRMINO DO EXPEDIENTE 1600h / 1200h * -
JANTAR Pessoal de Sv 1730h / 1845h
Arranchados 1800h / 1900h
REVISTA DO RECOLHER 2100h
CEIA (PESSOAL DE SERVIÇO) 2130h
SILÊNCIO 2200h
32
ANEXO B – ENXOVAL DO ALUNO (sugestão)
NR MATERIAL Qnt
01
Escova e pasta de dente, fio dental, barbeador, creme de
barbear, sabonete e saboneteira, shampoo, desodorante,
talco para pés, escova de cabelo, protetor solar. -
02 Meias e cuecas -
03 Vestuário (calça jeans, camisas pretas, camisetas sem
manga brancas e shorts para prática desportiva) -
04 Chinelo de dedo 01
05 Tênis preto (corrida) 01
06 Sunga preta 01
07 Toalha de banho 01
08 Caderno de 100 folhas, espiral, capa dura, cor preta 01
09 Bloco de anotação 01
10 Caneta preta, azul e vermelha 01 de cada
11 Lápis ou lapiseira 01
12 Borracha, apontador e estilete 01
13 Régua milimétrica de 30 cm 01
14 Escalímetro pequeno 01
15 Transferidor 360º 01
16 Calculadora 01
17 Kit costura (agulha, linha preta ou verde) 01
18 Graxa de sapato preta 02
19 Escova de sapato 01
20 Tesoura 01
21 Isqueiro 01
22 Cadeado 30 02
23 Lanterna c/ pilha 01
33
ANEXO C – TELEFONES ÚTEIS
COMANDANTE 3326-4901/3326-
4902
SUBCOMANDANTE 3326-4903
CHEFE DA DIVISÃO DE ENSINO 3326-4964
CURSO DE INFANTARIA 3326-4966
CURSO DE COMUNICAÇÕES 3326-4963
CURSO DE INTENDÊNCIA 3326-4969
SARGENTEAÇÃO 3326-4965
CORPO DA GUARDA 3326-4972
SEÇÃO DE SAÚDE 3326-4935
SEÇÃO DE COMUNICAÇÃO
SOCIAL 3326-4927
34
ANEXO D – GUIA DO TREINAMENTO
FÍSICO MILITAR
1. DORSAL 2. PEITORAL 3. ANT DA COXA 4. GLÚTEOS 5. ADUTORES 6. POST DA COXA
10. SÓLEO 9. GASTROCNÊMIO 8. ÍLIO-PSOAS 7. LOMBAR
37
ANEXO E – ESCALA DE AVALIAÇÃO DA
ÁREA AFETIVA
É cuidadoso com sua aparência pessoal (APRESENTAÇÃO).
Revela cuidado nos detalhes do uniforme (APRESENTAÇÃO).
Mantém postura militar nas diversas situações (APRESENTAÇÃO).
Utiliza linguagem adequada no trato com pares e superiores
(APRESENTAÇÃO).
Colabora com seus companheiros, de forma espontânea, nas atividades da
rotina diária do CPOR. (COOPERAÇÃO).
É prestativo com seus pares e superiores na consecução de objetivos comuns.
(COOPERAÇÃO).
Age no sentido de atender aos interesses do grupo (COOPERAÇÃO).
É participativo nas atividades que exigem a colaboração dos membros do
grupo. (COOPERAÇÃO).
Supera os obstáculos diários mantendo o rendimento escolar
(PERSISTËNCIA).
Executa as tarefas tantas vezes quantas forem necessárias até atingir o
resultado desejado (PERSISTËNCIA).
Mantém-se firme e resoluto até completar uma missão que lhe é determinada
(PERSISTËNCIA).
Empenha-se para superar as dificuldades a fim de realizar a tarefa
(PERSISTËNCIA).
Consegue manter-se controlado, mesmo sob pressão (EQUILÍBRIO
EMOCIONAL).
Conserva-se tranquilo nos debates em grupo (EQUILÍBRIO EMOCIONAL).
Mantém-se calmo diante de situações adversas (EQUILÍBRIO
EMOCIONAL).
Colocado numa situação de destaque, mantém-se tranquilo (EQUILÍBRIO
EMOCIONAL).
Realiza a manutenção do material utilizado ao término da execução de suas
tarefas (ZELO).
Mantém os equipamentos individuais recebidos sempre limpos e em
condições de uso (ZELO).
Preocupa-se em manter limpo e arrumado o material sob sua guarda
(ZELO).
Mantém seus aposentos limpos e arrumados (ZELO).
38
ANEXO F – ANEXO I DO REGULAMENTO
DISCIPLINAR DO EXÉRCITO Relação de Transgressões disciplinares:
1. Faltar à verdade ou omitir deliberadamente informações que possam conduzir
à apuração de uma transgressão disciplinar;
2. Utilizar-se do anonimato;
3. Concorrer para a discórdia ou a desarmonia ou cultivar inimizade entre
militares ou seus familiares;
4. Deixar de exercer autoridade compatível com seu posto ou graduação;
5. Deixar de punir o subordinado que cometer transgressão, salvo na ocorrência
das circunstâncias de justificação previstas neste Regulamento;
6. Não levar falta ou irregularidade que presenciar, ou de que tiver ciência e não
lhe couber reprimir, ao conhecimento de autoridade competente, no mais curto
prazo;
7. Retardar o cumprimento, deixar de cumprir ou de fazer cumprir norma
regulamentar na esfera de suas atribuições.
8. Deixar de comunicar a tempo, ao superior imediato, ocorrência no âmbito de
suas atribuições, quando se julgar suspeito ou impedido de providenciar a
respeito;
9. Deixar de cumprir prescrições expressamente estabelecidas no Estatuto dos
Militares ou em outras leis e regulamentos, desde que não haja tipificação como
crime ou contravenção penal, cuja violação afete os preceitos da hierarquia e
disciplina, a ética militar, a honra pessoal, o pundonor militar ou o decoro da
classe;
10. Deixar de instruir, na esfera de suas atribuições, processo que lhe for
encaminhado, ressalvado o caso em que não for possível obter elementos para
tal;
11. Deixar de encaminhar à autoridade competente, na linha de subordinação e
no mais curto prazo, recurso ou documento que receber elaborado de acordo
com os preceitos regulamentares, se não for da sua alçada a solução;
12. Desrespeitar, retardar ou prejudicar medidas de cumprimento ou ações de
ordem judicial, administrativa ou policial, ou para isso concorrer;
13. Apresentar parte ou recurso suprimindo instância administrativa, dirigindo
para autoridade incompetente, repetindo requerimento já rejeitado pela mesma
autoridade ou empregando termos desrespeitosos;
14. Dificultar ao subordinado a apresentação de recurso;
39
15. Deixar de comunicar, tão logo possível, ao superior a execução de ordem
recebida;
16. Aconselhar ou concorrer para que não seja cumprida qualquer ordem de
autoridade competente, ou para retardar a sua execução;
17. Deixar de cumprir ou alterar, sem justo motivo, as determinações constantes
da missão recebida, ou qualquer outra determinação escrita ou verbal;
18. Simular doença para esquivar-se do cumprimento de qualquer dever militar;
19. Trabalhar mal, intencionalmente ou por falta de atenção, em qualquer
serviço ou instrução;
20. Causar ou contribuir para a ocorrência de acidentes no serviço ou na
instrução, por imperícia, imprudência ou negligência;
21. Disparar arma por imprudência ou negligência;
22. Não zelar devidamente, danificar ou extraviar por negligência ou
desobediência das regras e normas de serviço, material ou animal da União ou
documentos oficiais, que estejam ou não sob sua responsabilidade direta, ou
concorrer para tal;
23. Não ter pelo preparo próprio, ou pelo de seus comandados, instruendos ou
educandos, a dedicação imposta pelo sentimento do dever;
24. Deixar de providenciar a tempo, na esfera de suas atribuições, por
negligência, medidas contra qualquer irregularidade de que venha a tomar
conhecimento;
25. Deixar de participar em tempo, à autoridade imediatamente superior, a
impossibilidade de comparecer à OM ou a qualquer ato de serviço para o qual
tenha sido escalado ou a que deva assistir;
26. Faltar ou chegar atrasado, sem justo motivo, a qualquer ato, serviço ou
instrução de que deva participar ou a que deva assistir;
27. Permutar serviço sem permissão de autoridade competente ou com o
objetivo de obtenção de vantagem pecuniária;
28. Ausentar-se, sem a devida autorização, da sede da organização militar onde
serve, do local do serviço ou de outro qualquer em que deva encontrar-se por
força de disposição legal ou ordem;
29. Deixar de apresentar-se, nos prazos regulamentares, à OM para a qual tenha
sido transferido ou classificado e às autoridades competentes, nos casos de
comissão ou serviço extraordinário para os quais tenha sido designado;
30. Não se apresentar ao fim de qualquer afastamento do serviço ou, ainda, logo
que souber da interrupção;
31. Representar a organização militar ou a corporação, em qualquer ato, sem
estar devidamente autorizado;
32. Assumir compromissos, prestar declarações ou divulgar informações, em
nome da corporação ou da unidade que comanda ou em que serve, sem
autorização;
40
33. Contrair dívida ou assumir compromisso superior às suas possibilidades, que
afete o bom nome da Instituição;
34. Esquivar-se de satisfazer compromissos de ordem moral ou pecuniária que
houver assumido, afetando o bom nome da Instituição;
35. Não atender, sem justo motivo, à observação de autoridade superior no
sentido de satisfazer débito já reclamado;
36. Não atender à obrigação de dar assistência à sua família ou dependentes
legalmente constituídos, de que trata o Estatuto dos Militares;
37. Fazer diretamente, ou por intermédio de outrem, transações pecuniárias
envolvendo assunto de serviço, bens da União ou material cuja comercialização
seja proibida;
38. Realizar ou propor empréstimo de dinheiro a outro militar visando auferir
lucro;
39. Ter pouco cuidado com a apresentação pessoal ou com o asseio próprio ou
coletivo;
40. Portar-se de maneira inconveniente ou sem compostura;
41. Deixar de tomar providências cabíveis, com relação ao procedimento de seus
dependentes, estabelecidos no Estatuto dos Militares, junto à sociedade, após
devidamente admoestado por seu Comandante;
42. Freqüentar lugares incompatíveis com o decoro da sociedade ou da classe;
43. Portar a praça armamento militar sem estar de serviço ou sem autorização;
44. Executar toques de clarim ou corneta, realizar tiros de salva, fazer sinais
regulamentares, içar ou arriar a Bandeira Nacional ou insígnias, sem ordem para
tal;
45. Conversar ou fazer ruídos em ocasiões ou lugares impróprios quando em
serviço ou em local sob administração militar;
46. Disseminar boatos no interior de OM ou concorrer para tal;
47. Provocar ou fazer-se causa, voluntariamente, de alarme injustificável;
48. Usar de força desnecessária no ato de efetuar prisão disciplinar ou de
conduzir transgressor;
49. Deixar alguém conversar ou entender-se com preso disciplinar, sem
autorização de autoridade competente;
50. Conversar com sentinela, vigia, plantão ou preso disciplinar, sem para isso
estar autorizado por sua função ou por autoridade competente;
51. Consentir que preso disciplinar conserve em seu poder instrumentos ou
objetos não permitidos;
52. Conversar, distrair-se, sentar-se ou fumar, quando exercendo função de
sentinela, vigia ou plantão da hora;
53. Consentir, quando de sentinela, vigia ou plantão da hora, a formação de
grupo ou a permanência de pessoa junto a seu posto;
54. Fumar em lugar ou ocasião onde seja vedado;
41
55. Tomar parte em jogos proibidos ou em jogos a dinheiro, em área militar ou
sob jurisdição militar;
56. Tomar parte, em área militar ou sob jurisdição militar, em discussão a
respeito de assuntos de natureza político-partidária ou religiosa;
57. Manifestar-se, publicamente, o militar da ativa, sem que esteja autorizado, a
respeito de assuntos de natureza político-partidária;
58. Tomar parte, fardado, em manifestações de natureza político-partidária;
59. Discutir ou provocar discussão, por qualquer veículo de comunicação, sobre
assuntos políticos ou militares, exceto se devidamente autorizado;
60. Ser indiscreto em relação a assuntos de caráter oficial cuja divulgação possa
ser prejudicial à disciplina ou à boa ordem do serviço;
61. Dar conhecimento de atos, documentos, dados ou assuntos militares a quem
deles não deva ter ciência ou não tenha atribuições para neles intervir;
62. Publicar ou contribuir para que sejam publicados documentos, fatos ou
assuntos militares que possam concorrer para o desprestígio das Forças Armadas
ou que firam a disciplina ou a segurança destas;
63. Comparecer o militar da ativa, a qualquer atividade, em traje ou uniforme
diferente do determinado;
64. Deixar o superior de determinar a saída imediata de solenidade militar ou
civil, de subordinado que a ela compareça em traje ou uniforme diferente do
determinado;
65. Apresentar-se, em qualquer situação, sem uniforme, mal uniformizado, com
o uniforme alterado ou em trajes em desacordo com as disposições em vigor;
66. Sobrepor ao uniforme insígnia ou medalha não regulamentar, bem como,
indevidamente, distintivo ou condecoração;
67. Recusar ou devolver insígnia, medalha ou condecoração que lhe tenha sido
outorgada;
68. Usar o militar da ativa, em via pública, uniforme inadequado, contrariando o
Regulamento de Uniformes do Exército ou normas a respeito;
69. Transitar o soldado, o cabo ou o taifeiro, pelas ruas ou logradouros públicos,
durante o expediente, sem permissão da autoridade competente;
70. Entrar ou sair da OM, ou ainda permanecer no seu interior o cabo ou soldado
usando traje civil, sem a devida permissão da autoridade competente;
71. Entrar em qualquer OM, ou dela sair, o militar, por lugar que não seja para
isso designado;
72. Entrar em qualquer OM, ou dela sair, o taifeiro, o cabo ou o soldado, com
objeto ou embrulho, sem autorização do comandante da guarda ou de autoridade
equivalente;
73. Deixar o oficial ou aspirante-a-oficial, ao entrar em OM onde não sirva, de
dar ciência da sua presença ao oficial-de-dia e, em seguida, de procurar o
comandante ou o oficial de maior precedência hierárquica, para cumprimentá-lo;
42
74. Deixar o subtenente, sargento, taifeiro, cabo ou soldado, ao entrar em
organização militar onde não sirva, de apresentar-se ao oficial-de-dia ou a seu
substituto legal;
75. Deixar o comandante da guarda ou responsável pela segurança
correspondente, de cumprir as prescrições regulamentares com respeito à entrada
ou permanência na OM de civis ou militares a ela estranhos;
76. Adentrar o militar, sem permissão ou ordem, em aposentos destinados a
superior ou onde este se ache, bem como em qualquer lugar onde a entrada lhe
seja vedada;
77. Adentrar ou tentar entrar em alojamento de outra subunidade, depois da
revista do recolher, salvo os oficiais ou sargentos que, por suas funções, sejam a
isso obrigados;
78. Entrar ou permanecer em dependência da OM onde sua presença não seja
permitida;
79. Entrar ou sair de OM com tropa, sem prévio conhecimento, autorização ou
ordem da autoridade competente;
80. Retirar ou tentar retirar de qualquer lugar sob jurisdição militar, material,
viatura, aeronave, embarcação ou animal, ou mesmo deles servir-se, sem ordem
do responsável ou proprietário;
81. Abrir ou tentar abrir qualquer dependência de organização militar, fora das
horas de expediente, desde que não seja o respectivo chefe ou sem a devida
ordem e a expressa declaração de motivo, salvo em situações de emergência;
82. Desrespeitar regras de trânsito, medidas gerais de ordem policial, judicial ou
administrativa;
83. Deixar de portar a identidade militar, estando ou não fardado;
84. Deixar de se identificar quando solicitado por militar das Forças Armadas
em serviço ou em cumprimento de missão;
85. Desrespeitar, em público, as convenções sociais;
86. Desconsiderar ou desrespeitar autoridade constituída;
87. Desrespeitar corporação judiciária militar ou qualquer de seus membros;
88. Faltar, por ação ou omissão, com o respeito devido aos símbolos nacionais,
estaduais, municipais e militares;
89. Apresentar-se a superior hierárquico ou retirar-se de sua presença, sem
obediência às normas regulamentares;
90. Deixar, quando estiver sentado, de demonstrar respeito, consideração e
cordialidade ao superior hierárquico, deixando de oferecer-lhe seu lugar,
ressalvadas as situações em que houver lugar marcado ou em que as convenções
sociais assim não o indiquem;
91. Sentar-se, sem a devida autorização, à mesa em que estiver superior
hierárquico;
92. Deixar, deliberadamente, de corresponder a cumprimento de subordinado;
43
93. Deixar, deliberadamente, de cumprimentar superior hierárquico,
uniformizado ou não, neste último caso desde que o conheça, ou de saudá-lo de
acordo com as normas regulamentares;
94. Deixar o oficial ou aspirante-a-oficial, diariamente, tão logo seus afazeres o
permitam, de apresentar-se ao comandante ou ao substituto legal imediato da
OM onde serve, para cumprimentá-lo, salvo ordem ou outras normas em
contrário;
95. Deixar o subtenente ou sargento, diariamente, tão logo seus afazeres o
permitam, de apresentar-se ao seu comandante de subunidade ou chefe imediato,
salvo ordem ou outras normas em contrário;
96. Recusar-se a receber vencimento, alimentação, fardamento, equipamento ou
material que lhe seja destinado ou deva ficar em seu poder ou sob sua
responsabilidade;
97. Recusar-se a receber equipamento, material ou documento que tenha
solicitado oficialmente, para atender a interesse próprio;
98. Desacreditar, dirigir-se, referir-se ou responder de maneira desatenciosa a
superior hierárquico;
99. Censurar ato de superior hierárquico ou procurar desconsiderá-lo seja entre
militares, seja entre civis;
100. Ofender, provocar, desafiar, desconsiderar ou procurar desacreditar outro
militar, por atos, gestos ou palavras, mesmo entre civis.
101. Ofender a moral, os costumes ou as instituições nacionais ou do país
estrangeiro em que se encontrar, por atos, gestos ou palavras;
102. Promover ou envolver-se em rixa, inclusive luta corporal, com outro
militar;
103. Autorizar, promover ou tomar parte em qualquer manifestação coletiva,
seja de caráter reivindicatório ou político, seja de crítica ou de apoio a ato de
superior hierárquico, com exceção das demonstrações íntimas de boa e sã
camaradagem e com consentimento do homenageado;
104. Aceitar qualquer manifestação coletiva de seus subordinados, com exceção
das demonstrações íntimas de boa e sã camaradagem e com consentimento do
homenageado;
105. Autorizar, promover, assinar representações, documentos coletivos ou
publicações de qualquer tipo, com finalidade política, de reivindicação coletiva
ou de crítica a autoridades constituídas ou às suas atividades;
106. Autorizar, promover ou assinar petição ou memorial, de qualquer natureza,
dirigido a autoridade civil, sobre assunto da alçada da administração do
Exército;
107. Ter em seu poder, introduzir ou distribuir, em área militar ou sob a
jurisdição militar, publicações, estampas, filmes ou meios eletrônicos que
atentem contra a disciplina ou a moral;
44
108. Ter em seu poder ou introduzir, em área militar ou sob a jurisdição militar,
armas, explosivos, material inflamável, substâncias ou instrumentos proibidos,
sem conhecimento ou permissão da autoridade competente;
109. Fazer uso, ter em seu poder ou introduzir, em área militar ou sob jurisdição
militar, bebida alcoólica ou com efeitos entorpecentes, salvo quando
devidamente autorizado;
110. Comparecer a qualquer ato de serviço em estado visível de embriaguez ou
nele se embriagar;
111. Falar, habitualmente, língua estrangeira em OM ou em área de
estacionamento de tropa, exceto quando o cargo ocupado o exigir;
112. Exercer a praça, quando na ativa, qualquer atividade comercial ou
industrial, ressalvadas as permitidas pelo Estatuto dos Militares;
113. Induzir ou concorrer intencionalmente para que outrem incida em
transgressão disciplinar.
45
ANEXO G – HINOS E CANÇÕES
HINO NACIONAL
Letra: Osório Duque Estrada
Música: Francisco Manoel da Silva
Ouviram do Ipiranga às margens
plácidas
De um povo heróico o brado
retumbante,
E o sol da liberdade, em raios fúlgidos,
Brilhou no céu da Pátria neste instante.
Se o penhor dessa igualdade
Conseguimos conquistar com braço
forte,
Em teu seio, ó liberdade.
Desafia o nosso peito a própria morte !
Ó Pátria amada,
Idolatrada,
Salve ! Salve!
Brasil, um sonho intenso, um raio
vivido
De amor e de esperança a terra desce,
Se em teu formoso céu risonho e
límpido
A imagem do cruzeiro resplandece.
Gigante pela própria natureza,
És belo, és forte, impávido colosso,
E o teu futuro espelha esta grandeza,
Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada !
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada Brasil !!!
Deitado eternamente em berço
esplêndido
Ao som do mar e a luz do céu
profundo,
Fulguras, ó Brasil, florão da América,
Iluminando ao sol do Novo Mundo!
Do que a terra mais garrida
Teus risonhos lindos campos têm mais
flores,
“Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida no teu seio mais amores”
Ó Pátria amada,
Idolatrada,
Salve ! Salve!
Brasil, de amor eterno seja símbolo
O lábaro que ostentas estrelado,
E diga o verde-louro desta flâmula
Paz no futuro e glória no passado.
Mas, se ergues da justiça a clava forte,
Verás que um filho teu não foge à luta,
Nem teme, quem te adora, a própria
morte.
Terra adorada
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada !
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada,
BRASIL...
CANÇÃO DO EXÉRCITO
Letra: Maj Alberto Augusto Martins
Música: T. Magalhães
Nós somos da Pátria a guarda,
Fiéis soldados.
Por ela amados.
Nas cores de nossa farda,
Rebrilha a glória,
Fulge a vitória.
Em nosso valor se encerra
Toda a esperança
Que um povo alcança.
Quando altiva for a terra
Rebrilha a glória,
Fulge a vitória.
A paz queremos com fervor,
A guerra só nos causa a dor.
Porém, se a Pátria amada
For um dia ultrajada,
Lutaremos sem temor.
Como é sublime
Saber amar,
Com a alma adorar
A terra onde se nasce !
Amor febril
Pelo Brasil
No coração
Nosso que passe.
E quando a Nação querida
Frente ao inimigo,
Correr perigo,
Se dermos por ela a vida
Rebrilha a glória
Fulge a vitória.
Assim ao Brasil faremos
Oferta igual
De amor filial
E a ti, Pátria, salvaremos !
Rebrilha, a glória,
Fulge a vitória.
A paz queremos com fervor,
A guerra só nos causa a dor.
Porém, se a Pátria amada
For um dia ultrajada,
Lutaremos sem temor.
47
CANÇÃO DO CMBH
Letra e Música:
Cel Marcelo Álvaro de Souza.
Bem junto às montanhas alterosas
Estão as minas do nosso lugar
E uma delas proclamamos nós,
És tu, és tu, Colégio Militar
As tuas riquezas são perenes
Educação, cultura e saber
O teu ensino fazem exemplar
Por isso haveremos de vencer
Em nossa alma tu ascendeste
A chama de amor pelo Brasil
Em nossa alma nós manteremos,
Bem vivo este amor tão juvenil.
Oh! Bela missão
Haveremos de exclamar
Que a pátria te deu
E a ti confiou feliz
A juventude educar.
És relíquia não só de Minas Gerais
És relíquia também do nosso país
CANÇÃO DO CPOR/BH
Letra e Música:
Ten Cel José Venturelli Sobrinho.
Nós somos a reserva atenta e forte
Em guarda à egrégia Pátria Brasileira
Dispostos a lutar até a morte,
Unidos em defesa da bandeira
Reforçando os da ativa na batalha
Com glória, com orgulho excelso e
ledo
Iremos ao encontro da metralha
Com viva fé, sem mácula e sem
medo
Eia avante com alma ungida e pura
Em defesa da nossa Pátria amada
Na honradez, no civismo e na
bravura
Afiemos nossa espada.
Honremos a memória de alto nível
Do nosso fundador patrono e guia
Padrão de militar inconfundível
Espírito e nobre hierarquia.
Imitemos com religiosa estima,
Com fibra, com heróica devoção
O bravo coronel Correia Lima
Exemplo de soldado e cidadão
Refrão
48
CANÇÃO DA INFANTARIA
Letra: Hildo Rangel
Música: Thiers Cardoso
Nós somos estes infantes
Cujos peitos amantes
Nunca temem lutar;
Vivemos,
Morremos,
Para o Brasil nos consagrar!
Nós, peitos nunca vencidos
De valor desmedidos,
No fragor da disputa
Mostremos
Que em nossa Pátria temos
Valor imenso
No intenso
Da luta.
És a nobre infantaria,
Das armas a rainha,
Por ti daria
A vida minha,
E a glória prometida,
Nos campos de batalha,
Está contigo
Ante o inimigo
Pelo fogo da metralha!
És a eterna majestade
Das linhas combatentes,
És a entidade,
Dos mais valentes
Quando o toque da vitória,
Marcar nossa alegria,
Eu cantarei,
Eu gritarei:
És a nobre infantaria!
Brasil, te darei com amor,
Toda a seiva e vigor,
Que em meu peito se encerra,
Fuzil!
Servil!
Meu nobre amigo para a guerra!
O meu amado pendão,
Sagrado pavilhão,
Que a glória conduz!
Com luz
Sublime
Amor se exprime
Se do alto me falas,
Todo roto por balas!
És a nobre infantaria,
Das armas a rainha,
Por ti daria
A vida minha,
E a glória prometida,
Nos campos de batalha,
Está contigo
Ante o inimigo
Pelo fogo da metralha!
És a eterna majestade,
Das linhas combatentes,
És a entidade,
Dos mais valentes
Quando o toque da vitória,
Marcar nossa alegria,
Eu cantarei,
Eu gritarei:
És a nobre infantaria!
49
CANÇÃO DAS COMUNICAÇÕES
Letra: Aloisio Pereira Pires
Música: Dobrado “Brasil Eterno”, de
Abdon Lyra.
Pelas estradas sem fim,
Ou pelo campo caminha a glória
Os nossos fios, as nossas antenas
Transmitem essas vitórias.
Quando soa a metralha
Ou o ronco dos canhões
Nos céus da pátria ecoa
Teu nome comunicações.
E, quando a vitória vier
Alguém, falará no porvir:
Na paz, assim como na guerra
Teu lema é sempre servir.
Dentro das noites escuras
O teu trabalho silente será
E nessa mudez somente a bravura
Ao teu lado caminhará.
Sempre estarás na vanguarda
E cumprirá do Comando as missões
Com o nome de Rondon,
Pulsando em nossos corações.
E, quando a vitória vier
Alguém, falará no porvir:
Na paz, assim como na guerra
Teu lema é sempre servir.
CANÇÃO DA INTENDÊNCIA
Letra: Ten Cel Aldemar Alheiros da
Silva
Música: 2º Ten João Cícero de Souza
Companheiros, nos combatentes não
esqueçamos
Que o Brasil nos delegou grande
missão
Sem temor a ela nos dedicamos
Dando à tropa equipamento e provisão.
Pela glória do Brasil tudo faremos,
Das granadas e fragor não nos aterra,
Somos fortes e o inimigo venceremos
Pra manter a tradição de nossa terra.
Na academia, nossa formação querida,
Bittencourt, nosso patrono, e vós
Caxias
Sois exemplos que seguimos toda vida
Pra grandeza do Brasil em nossos dias.
Pela glória do Brasil tudo faremos,
Das granadas e fragor não nos aterra,
Somos fortes e o inimigo venceremos
Pra manter a tradição de nossa terra.
De norte a sul, o sol rijo a brilhar
Ou bem longe desta terra varonil,
Marcharemos nos comboios a cantar
Nossos feitos de soldados do Brasil.
Pela glória do Brasil tudo faremos,
Das granadas e fragor não nos aterra,
Somos fortes e o inimigo venceremos
Pra manter a tradição de nossa terra.
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FIBRA DE HERÓIS
Letra: Barros Filho
Música: Guerra Peixe
Se a Pátria querida
For envolvida
Pelo perigo
Na paz ou na guerra,
Defendo a terra
Contra o inimigo
Com ânimo forte
Se for preciso
Enfrento a morte
Afronta se lava
Com fibra de herói
De gente brava
Bandeira do Brasil
Ninguém te manchará
Teu povo varonil
Isso não consentirá,
Bandeira idolatrada
Altiva a tremular onde a liberdade
É mais uma estrela
A brilhar.
HINO À BANDEIRA Musica: Francisco Braga
Versos: Olavo Bilac
Salve lindo pendão da esperança,
Salve símbolo augusto da paz!
Tua nobre presença à lembrança
A grandeza da Pátria nos traz
Recebe o afeto que se encerra,
Em nosso peito juvenil,
Querido símbolo da terra
Da amada terra do Brasil!
Em teu seio formoso retratas
Este céu de puríssimo azul
A verdura sem par destas matas,
E o esplendor do Cruzeiro do Sul...
Estribilho
Contemplando o teu vulto sagrado,
Compreendemos o nosso dever,
E o Brasil por seus filhos amados,
poderoso e feliz há de ser
Estribilho
Sobre a imensa Nação Brasileira,
Nos momentos de festa ou de dor,
Paira sempre sagrada bandeira
Pavilhão da justiça e do amor.
Estribilho
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HINO À CAXIAS
Letra: Francisco de Paulo Gomes
Música:D Aquino Correia
Sobre a história da Pátria, ó Caxias,
Quando a guerra troveja minaz,
O esplendor do teu gládio irradias,
Como um íris de glória e de paz.
Salve, Duque Glorioso e sagrado
Ó Caxias invicto e gentil!
Salve, flor de estadista e soldado
Salve, herói militar do Brasil.
Foste o alferes, que guiando, na frente,
O novel pavilhão nacional,
Só no Deus nos exércitos crente,
Coroaste-o de louro imortal !
Estribilho
De vitória em vitória, traçaste
Essa grande odisséia, que vai
Das revoltas que aqui dominaste,
Às jornadas do atroz Paraguai.
Estribilho
Do teu gládio sem par, forte e brando,
O arco de ouro da paz se forjou,
Que as provincias do Império
estreitando
À unidade da Pátria salvou.
Estribilho
Em teu nome ó Caxias, se encerra
Todo ideal do Brasil militar:
Uma espada tão brava na guerra,
Que fecunda na paz a brilhar !
Estribilho Tu, que foste, qual fiel condestável,
Do dever e da lei o campeão
Sê o indígete sacro o inviolável,
Que hoje inspire e proteja a Nação!
Estribilho
HINO A GUARARAPES
Letra: Cel William da Rocha
Música: William Simão da Rocha
Desta gente soma e parcela,
No presente seu futuro faz,
É vontade que luta e zela
Pela ordem, segurança e pela paz.
Responsável, moderna liderança,
Braço forte, defesa destemida,
Da coragem, lealdade e confiança,
Ao irmão a mão amiga estendida.
Fusão de raças, forte semente,
Em guararapes pujante surgiu,
Presença nacional no continente,
É a força terrestre do brasil,
É a força terrestre do brasil.
Reverente à ordem e à disciplina,
O exército constrói a sua história,
Suas armas, ciência e doutrina,
Seu passado de luz e de glória.
De caxias e do estelar cruzeiro,
Sabre honrado voltado à missão,
Povo bom valente, altaneiro,
Verde-oliva vestindo o coração.
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CANÇÃO DO COMBATENTE DE
MONTANHA
Se a guerra escolher como palco
As montanhas do nosso Brasil
Levarei minha fé, minha força
Junto a mim estará meu fuzil.
À altitude e ao ar rarefeito
Adaptado tornei-me assim
Eu sinto que sou parte delas
E que elas são parte de mim.
Estribilho:
O meu grito de guerra é Montanha
Montanha responde o rochedo
Vencerei o inimigo com garra
Sou guerreiro que luta sem medo.
Escalando as paredes de pedras
Hei de ver a vitória chegar
E do alto contemplo o horizonte
A planície, o planalto ou o mar
E lutar bem mais perto do céu
Esta é minha nobre missão
Minh’alma se eleva ao topo
A seguir os meus pés lá estarão.
Estribilho:
O meu grito de guerra é montanha
Montanha responde o rochedo
Vencerei o inimigo com garra
Sou guerreiro que luta sem medo.
MONTANHA!!!
ORAÇÃO DO COMBATENTE DE
MONTANHA
Senhor:
Vós que sois onipotente
Concedei-nos no fragor da luta
A nós que vencemos nas pedras
A nós que conhecemos o sabor dos
ventos
O destemor para combater
A santa dignidade para perseverar
A força da coragem para sempre
avançar
E a fé para tudo suportar.
E dai-nos também ó Senhor Deus
Quando a guerra nos for adversa
E quanto maior for a incerteza
A determinação de nunca recuar
E ante o inimigo jamais fracassar.
MONTANHA !!!
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BRADO DO CPOR BH
O brado que ecoa faz o campo estremecer
É o grito da vitória que eu sempre vou dizer
Reserva atenta e forte sou guerreiro da Nação
Sempre preparado pra cumprir qualquer missão
Infantaria ou Intendência não importa o lugar
E as Comunicações sempre prontas pra lutar
BRASIL ACIMA DE TUDO!
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ANEXO I – INSTRUÇÃO MILITAR
1. PÁTRIA E SÍMBOLOS NACIONAIS
A Pátria é o lugar onde nascemos. A nossa Pátria é o Brasil.
Os elementos constitutivos de uma Pátria, são: Território, povo e
história.
O sentimento de patriotismo é uma virtude que inspira amor à pátria,
para honrá-la e servi-la sem medir sacrifícios.
Patriota é o que ama com dedicação o país de nascimento e tudo faz
para torná-lo forte, respeitado, feliz, próspero, mesmo que para tanto tenha que
sacrificar legítimos interesses ou a própria vida na guerra para defendê-lo.
A Pátria tem como unidade a família. É pois, a Pátria, a sociedade na
qual os indivíduos estão ligados pela raça, língua, religião, tradição, costumes,
deveres e direitos.
CONHECENDO OS SÍMBOLOS NACIONAIS
Todas as comunidades possuem símbolos que as representam e não
poderia ser diferente no Brasil. No dia 18 de setembro, comemoramos o Dia
dos Símbolos Nacionais.
Mas quais seriam exatamente esses símbolos?
A resposta é simples: a Bandeira Nacional, o Hino Nacional, as
Armas Nacionais e o Selo Nacional, que são regulamentados pela LEI Nº
5.700, de 1 de Setembro de 1971, que dispõe sobre a forma e a apresentação
dos Símbolos Nacionais, e dá outras providências.
Bandeira Nacional
Nossa bandeira foi criada em 19 de novembro de 1889, quatro dias
depois da proclamação da República. Ela foi projetada por Raimundo Teixeira
Mendes e Miguel Lemos. O desenho foi feito por Décio Vilares e a inspiração
veio da bandeira do Império, desenhada pelo pintor francês Jean-Baptiste
Debret, com o círculo azul com a frase positivista "Ordem e Progresso" no
lugar da coroa imperial.
Cada uma das quatro cores da Bandeira Nacional tem um significado
simbólico: o verde simboliza nossas matas, o amarelo é o ouro (representando
as riquezas nacionais) e o branco é a paz. O círculo azul representa o céu do
Rio de Janeiro com a constelação do Cruzeiro do Sul, às 8h30 de 15 de
novembro de 1889, data da Proclamação da República.
56
Aúnica alteração na Bandeira Nacional desde então foi em 1992,
quando a Lei No 8.421, de 11 de Maio de 1992, fez com que todos todos os
novos estados brasileiros, bem como o Distrito Federal, sejam representados
pelas estrelas, bem como estados extintos sejam suprimidos de sua
representação.
Hino Nacional
O Hino Nacional é composto da música de Francisco Manoel da Silva e
do poema de Joaquim Osório Duque Estrada, de acordo com o que dispõem os
Decretos nº 171, de 20 de janeiro de 1890, e nº 15.671, de 6 de setembro de
1922, conforme consta dosAnexos nos. 3, 4, 5, 6 e 7.
Armas Nacionais
As Armas Nacionais (ou Brasão Nacional)
representam a glória, a honra e a nobreza do Brasil
e foram criadas na mesma data que a Bandeira
Nacional.
As armas são formadas por um escudo
redondo sobre uma estrela de cinco pontas e uma
espada. Também há, no centro, o Cruzeiro do Sul.
Há um ramo de café à esquerda e um de fumo à
direita. A data que aparece nas armas é a
proclamação da República.
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Selo Nacional
APRESENTAÇÃO DOS SÍMBOLOS NACIONAIS
Bandeira Nacional
Art. 10. A Bandeira Nacional pode ser usada em todas as manifestações
do sentimento patriótico dos brasileiros, de caráter oficial ou particular.
Art. 11.A Bandeira Nacional pode ser apresentada:
I - Hasteada em mastro ou adriças, nos edifícios públicos ou articulares,
templos, campos de esporte, escritórios, salas de aula, auditórios, embarcações,
ruas e praças, e em qualquer lugar em que lhe seja assegurado o devido
respeito.
II - Distendida e sem mastro, conduzida por aeronaves ou balões,
aplicada sobre a parede ou presa a um cabo horizontal ligando edifícios,
árvores, etc.
III - Reproduzida sobre paredes, tetos, vidraças, veículos e aeronaves.
IV - Compondo, com outras bandeiras, panóplias, escudos ou peças
semelhantes.
V - Conduzida em formaturas, desfiles, ou mesmo individualmente.
VI - Distendida sobre ataúdes até a ocasião do sepultamento.
Art. 14. Hasteia-se, obrigatoriamente, a Bandeira Nacional, nos dias de
festa ou de luto nacional, em todas as repartições públicas, nos
estabelecimentos de ensino e sindicatos.
Parágrafo único. Nas escolas Públicas ou particulares é obrigatório o
hasteamento solene da Bandeira Nacional, durante o ano letivo, pelo menos
uma vez por semana.
Art. 15. A Bandeira Nacional pode ser hasteada e arriada a qualquer
hora do dia ou da noite.
O Selo Nacional será constituído por um
círculo representando uma esfera celeste, igual ao
que se acha no centro da Bandeira Nacional, tendo
em volta as palavras República Federativa do
Brasil.
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Parágrafo Primeiro - Normalmente faz-se o hasteamento às 8 horas e o
arriamento às 18 horas.
Parágrafo Segundo - No dia 19 de novembro, Dia da Bandeira, o
hasteamento é realizado às 12 horas, com solenidades especiais. Parágrafo
Terceiro - Durante a noite a Bandeira deve estar devidamente iluminada.
Art. 16. Quando várias bandeiras são hasteadas ou arriadas
simultaneamente, a Bandeira Nacional é a primeira a atingir o topo e a última a
dele descer.
Art. 17. Quando em funeral, a Bandeira fica a meio-mastro ou a meia-
adriça. Nesse caso, no hasteamento ou arriamento, deve ser levada inicialmente
até o topo e depois arriada até a metade do mastro.
Art. 19. A Bandeira Nacional, em todas as apresentações no território
nacional, ocupa lugar de honra, compreendido como uma posição:
I - Central ou a mais próxima do centro e à direita deste, quando com
outras bandeiras, pavilhões ou estandartes, em linha de mastros, panóplias,
escudos ou peças semelhantes.
II - Destacada à frente de outras bandeiras, quando conduzida em
formaturas ou desfiles.
III - À direita de tribunas, púlpitos, mesas de reunião ou de trabalho.
Parágrafo único. Considera-se direita de um dispositivo de bandeiras a
direita de uma pessoa colocada junto a ele e voltada para a rua, para a platéia
ou, de modo geral, para o público que observa o dispositivo.
Art. 23. A Bandeira Nacional nunca se abate em continência.
Hino Nacional
Art. 25. Será o Hino Nacional executado:
I - Em continência à Bandeira Nacional e ao Presidente da República,
ao Congresso Nacional e ao Supremo Tribunal Federal, quando incorporados; e
nos demais casos expressamente determinados pelos regulamentos de
continência ou cerimônias de cortesia internacional.
II - Na ocasião do hasteamento da Bandeira Nacional.
Armas Nacionais
Art. 26. É obrigatório o uso dasArmas Nacionais:
I - No Palácio da Presidência da República e na residência do
Presidente da República.
II - Nos edifícios-sede dos Ministérios.
III - Nas Casas do Congresso Nacional.
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IV - No Supremo Tribunal Federal, nos Tribunais Superiores e nos
Tribunais Federais de Recursos.
V - Nos edifícios-sede dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário
dos Estados, Territórios e Distrito Federal.
VI - Nas Prefeituras e Câmaras Municipais.
VII - Na frontaria dos edifícios das repartições públicas federais.
VIII - Nos quartéis das forças federais de terra, mar e ar e das Polícias
Militares e Corpos de Bombeiros.
X - Nos papéis de expediente, nos convites e nas publicações oficiais de
nível federal.
Selo Nacional
Art. 27. O Selo Nacional será usado para autenticar os atos de governo
e bem assim os diplomas e certificados expedidos pelos estabelecimentos de
ensino oficiais ou reconhecidos.
RESPEITO DEVIDO À BANDEIRA NACIONAL E AO HINO NACIONAL
Art. 30. Nas cerimônias de hasteamento ou arriamento, nas ocasiões em
que a Bandeira se apresentar em marcha ou cortejo, assim como durante a
execução do Hino Nacional, todos devem tomar atitude de respeito, de pé e em
silêncio, os civis do sexo masculino com a cabeça descoberta e os militares em
continência, segundo os regulamentos das respectivas corporações.
Art. 31. São consideradas manifestações de desrespeito à Bandeira
Nacional, e portanto proibidas:
I - Apresentá-la em mau estado de conservação.
II - Mudar-lhe a forma, as cores, as proporções, o dístico ou
acrescentar-lhe outras inscrições.
III - Usá-la como roupagem, reposteiro, pano de boca, guarnição de
mesa, revestimento de tribuna, ou como cobertura de placas, retratos, painéis
ou monumentos a inaugurar.
IV - Reproduzi-la em rótulos ou invólucros de produtos expostos à
venda.
Art. 32. As Bandeiras em mau estado de conservação devem ser
entregues a qualquer Unidade Militar, para que sejam incineradas no Dia da
Bandeira, segundo o cerimonial peculiar.
Art. 33. Nenhuma bandeira de outra nação pode ser usada no País sem
que esteja ao seu lado direito, de igual tamanho e em posição de realce, a
Bandeira Nacional, salvo nas sedes das representações diplomáticas ou
consulares.
61
2. PATRONOS DO EXÉRCITO BRASILEIRO
"O termo Patrono, tomado do latim, expressa, no entendimento
castrense, a figura do chefe notório, cujo nome, só de ser lembrado, fortalece
os espíritos, redobra a coragem, inspira o heroísmo, elimina o abatimento e
clareia o mundo".
PATRONO DO EXÉRCITO BRASILEIRO
Luís Alves de Lima e Silva - Duque de Caxias (25 Ago 1803 - 07 Mai 1880)
encarnar a auréola de Pacificador Símbolo da Nacionalidade, ao ser nomeado
Presidente da Província do Maranhão e Comandante - Geral das Forças e m
Operações, para debelar a "Balaiada", recebendo após o conflito o título de
Barão de Caxias e a promoção a Brigadeiro. Também pacificou São Paulo e
Minas Gerais, em 1842, razão por que foi promovido a Marechal-de-Campo
graduado.
Em fins de 1842, foi nomeado Presidente e Comandante-em-Chefe do
Exército em operações no Rio Grande do Sul, para combater a Revolução
Farroupilha, e, ao término, foi efetivado como Marechal-de-Campo, eleito
Senador pelo Rio Grande do Sul e distinguido com o título de Conde.
Em 1851, é novamente nomeado Presidente e Comandante-em-Chefe
do Exército do Sul para lutar contra Oribe, no Uruguai, e, logo a seguir, contra
Rosas, na Argentina. Vitorioso mais uma vez, foi promovido a Tenente-
General e elevado à dignidade de Marquês. Em 16 Jun 1855, foi Ministro da
Nasceu na Fazenda de São Paulo, Vila
de Porto de Estrela, na Baixada Fluminense,
RJ. Em 22 de novembro de 1808, assentou
praça como cadete no 1º Regimento de
Infantaria, ingressando, posteriormente, na
Academia Real Militar. Tenente, integrou o
recém-criado Batalhão do Imperador e como
Ajudante, em 03 Mai 1823 recebeu o batismo
de fogo nas lutas pela independência na Bahia,
quando pôde revelar qualidades de iniciativa,
comando, inteligência e bravura. Participou
como Capitão pelo Batalhão do Imperador da
Campanha da Cisplatina.
Em 02 Dez 1839, já Coronel, passou a
enxaase
62
Guerra e, em 1856, Presidente do Conselho de Ministros, ambos pela primeira
vez.
Em 10 Out 1866, foi nomeado Comandante-em-Chefe das Forças do
Império em operações contra as tropas do ditador Lopez, do Paraguai, sendo
efetivado no posto de Marechalde-Exército, assumindo, em 10 Fev 1867, o
Comando-Geral das forças em operações, em substituição ao General Mitre, da
Argentina. Segue-se uma série de retumbantes vitórias, em Itororó, Avaí e
Lomas Valentinas, a rendição de Angustura e a entrada em Assunção, quando
considerou encerrada a gloriosa Campanha por ele comandada. "Pelos
relevantes serviços na Guerra do Paraguai", o Imperador lhe concedeu o título
de Duque, em 23 Mar 1869.
Caxias foi Ministro da Guerra e Presidente do Conselho de Ministros
por mais duas vezes, a última de 1875 a 1878. Faleceu na Fazenda Santa
Mônica, nas proximidades do Município de Vassouras - RJ, sendo o seu corpo
conduzido para o Rio e enterrado no Cemitério do Catumbi. Hoje, os restos
mortais do Patrono do Exército e os de sua esposa jazem no mausoléu defronte
do Palácio Duque de Caxias, no Centro do Rio de Janeiro".
O inesquecível sociólogo Gilberto Freyre, no reconhecimento das
excelsas virtudes do Duque de Caxias, assim se expressou:
"Caxiismo não é conjunto de virtudes apenas militares, mas de virtudes
cívicas, comuns a militares e civis. Os ‘caxias’ devem ser tanto paisanos como
militares.
O caxiismo deveria ser aprendido tanto nas escolas civis quanto nas
militares. É o Brasil inteiro que precisa dele".
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PATRONOS DAS ARMAS BASE DO EXÉRCITO
PATRONO DA ARMA DE INFANTARIA
Brigadeiro Antônio de Sampaio (24 Mai 1810 - 06 Jul 1866)
no extermínio da Revolução Praieira, em Pernambuco, participando, a seguir,
da memorável Batalha de Monte Caseros, em 1852, que marcou o fim de
Rosas, o algoz dos argentinos.
Em 1864, já coronel, na guerra contra Aguirre, no Uruguai, comandou
uma das brigadas que fizeram capitular Paissandú. No início de 1865, após o
sítio e redenção de Montevidéu, foi o primeiro a pisar o seu solo, à testa dos
seus comandados e já Brigadeiro, promovido que fora dias antes. Seguir-se-iam
os feitos gloriosos contra o ditador Lopes, do Paraguai, à frente da sua 3ª
Divisão, a célebre “Encouraçada “, entre eles a transposição do Rio Paraná e as
Batalhas da Confluência e do Estero Bellaco, culminando na de Tuiuti, a maior
batalha campal da América do Sul, no dia do seu aniversário, e onde, ferido já
duas vezes, prosseguiu pelejando com habitual desassombro até que, ao receber
o terceiro balaço, não mais resistiu. Faleceu 43 dias depois e foi sepultado em
Buenos Aires com todas as honras, lá permanecendo seu corpo até 1869,
quando foi repatriado para o Rio de Janeiro e, depois, para a capital cearense.
Recentemente, em 24 de Maio de 1996, seu restos mortais passaram a repousar
em mausoléu erigido defronte da sede da 10ª Região Militar.
Nasceu em Tamboril, no sertão do Ceará.
Aos vinte anos, alistou-se no 22º Batalhão de
Caçadores, na capital da Província, hoje Fortaleza.
Recebeu o batismo de fogo em 1832, já furriel (3º
sargento), em Icó e São Miguel, contra tropa
rebeldes à abdicação de D. Pedro I. Em 1835,
combateu no Pará a “Cabanagem” e de 1839/41, já
tenente e sob as ordens de Caxias, a “Balaiada”, no
Maranhão, quando participou de 50 combates, dos
quais comandou 46, proeza que lhe valeu a
promoção a capitão. Em 1848, teve ação decisiva
no
64
PATRONO DA ARMA DE CAVALARIA
Marechal de Exército Manuel Luís Osório (10 Mai 1808 - 04 Out 1879)
tenente-coronel,promoção esta recomendada por Caxias. Voltou à Bagé no
comando do regimento em que servira como subalterno. Na luta contra o
ditador Rosas, seus feitos à frente do regimento, na batalha de Monte Caseros,
levaram Caxias, de novo, a solicitar a sua promoção a coronel, em 1852.
Comandou durante três anos a Fronteira de São Borja (Missões),
quando foi promovido a brigadeiro. Em 1º de Março de 1865, assumiu o
comando do 1º Corpo do Exército Brasileiro na guerra com o Paraguai e, logo
depois, promovido a Marechal-de-Campo. Em 16 de Abril de 1866, à frente de
10.000 homens, bate as tropas paraguaias no Passo da Pátria, em Estero
Bellaco e, finalmente, em Tuiuti. A nomeação de Caxias como comandante
único das forças brasileiras, em 1866, marcou a volta de Osório à guerra, desta
feita a testa do recém-criado 3º Corpo e com o qual penetra na fortaleza de
Humaitá para depois, na batalha deAvaí, vir a ser ferido gravemente e ser
obrigado a retirar-se da luta. No entanto ainda enfermo, e a instâncias do
Conde d'Eu, voltou ao comando do 1º Corpo, participando, em 1869, do assalto
e captura da praça forte de Peribebuí.
Foi elevado à dignidade de Marquês do Herval pouco antes do fim da
Guerra do Paraguai, escolhido senador pelo seu Estado e Ministro da Guerra
em 1878. Seus restos mortais repousam hoje no magnífico Parque Histórico
criado para homenageá-lo, exatamente no local onde nasceu.
Gaúcho, nascido na vila que hoje é o
Município de Osório. Com apenas 15 anos,
recebia o batismo de fogo, no arroio Miguelete,
diante de tropas portuguesas. Aos 17 anos, já
alferes, destaca-se em combate junto ao arroio
Sarandi contra tropa de Lavalleja. Aos 19 anos,
já como 1º Tenente, possuia quatro anos em
campanha, com lutas em vários combates e duras
batalhas. Participou praticamente de toda a
Guerra dos Farrapos (1835/45), onde chegou a
tenente-coronel, promoção esta
recomendada por Caxias.
65
PATRONOS DAS ARMAS DE APOIO DO EXÉRCITO
PATRONO DA ARMA DE ARTILHARIA
Marechal de Exército Emílio Luís Mallet (10 Jun 1801 - 02 Jan 1866)
Constituição do Império, adquirindo nacionalidade brasileira. Comandava
Mallet a 1a Bateria do 1o Corpo de Artilharia Montada quando seguiu para a
Campanha Cisplatina. Recebeu seu batismo de fogo e assumiu o comando de
quatro baterias. Revelou-se soldado de sangue frio, valente, astuto. Fez-se
respeitado por sua tropa, pelos aliados e pelos inimigos.
Combateu ainda na Guerra dos Farrapos, como comandante de uma
bateria a cavalo; e como comandante do 1o Regimento de Artilharia a Cavalo,
em operações na Campanha do Uruguai e na Campanha da Tríplice Aliança. A
artilharia de Mallet, em Passo da Pátria, Lomas Valentinas, Peribebuí, Itororó,
Avaí, Campo Grande, Tuiuti e no cerco à fortaleza de Humaitá, fez o inimigo
sentir o valor do soldado brasileiro. Na Campanha das Cordilheiras, fase final
da Guerra da Tríplice Aliança, foi Mallet o comandante-chefe do Comando
Geral de Artilharia do Exército.
Finda a campanha, já tendo ascendido ao posto de brigadeiro, retornou
ao Rio Grande do Sul. A 18 de janeiro de 1879 foi promovido a marechal-de-
campo e a 11 de outubro de 1884 a tenentegeneral. Recebeu, ainda, a 28 de
dezembro de 1878, o título de Barão de Itapevi.
Paradigma de chefe idôneo, espírito reto e ordeiro, caráter impoluto e
dinâmico, Mallet tornou-se o Patrono daArma dos tiros densos, longos e
profundos.
Emílio Luís Mallet nasceu a 10 de junho
de 1801, em Dunquerque, França. Veio para o
Brasil em 1818, fixando-se no Rio de Janeiro.
Alistou-se a 13 de novembro de 1822, assentando
praça como 1º cadete. Iniciou, assim, uma vida
militar dedicada inteiramente ao Exército e ao
Brasil. Em 1823 matriculou-se na Academia
Militar do Império. Como já possuía os cursos de
Humanidade e Matemática, foilhe dado acesso ao
de Artilharia. Nesse mesmo ano, jurou à
Constituição do Império
66
PATRONO DA ARMA DE ENGENHARIA
Tenente-Coronel João Carlos de Vilagran Cabrita (30 Dez 1820 - 10Abr
1866)
nossas tropas. Regressou ao Brasil em 1852, sendo promovido a capitão.
Passou, depois, a participar da criação do nosso 1º Batalhão de Engenharia,
necessidade sentida desde a guerra contra Oribe e Rosas. Eclodida a guerra
com o Paraguai, o Batalhão recebeu ordem de seguir para o teatro de operações
e, em Ago 1865, então o Major Cabrita assumiu o comando do Batalhão e, em
Mar 1866, era promovido a Tenente-Coronel, permanecendo à testa da sua
unidade até a morte.
Para as tropas aliadas, a travessia do rio Paraná impunha-se com
urgência e coube ao Batalhão de Cabrita, com os seus 900 bravos, desembarcar
na linha de Redenção, situada a meio do rio, defronte do Forte de Itaperu. Na
manhã de 06 Abr 1866, estava a ilha ocupada e pronta para a defesa, à espera
do revide inimigo, naquele que seria o primeiro confronto do Exército de
Osório com as forças de Lopes.Agrande vitória brasileira, custou, contudo, a
vida do herói, vitimado por uma bala de canhão inimigo quando, a bordo de um
lanchão ancorado na ilha, redigia a parte do combate. Morreu com apenas 46
anos de idade, 26 dos quais dedicados exclusivamente ao Exército.
A Arma de Engenharia comemora anualmente o dia 10 de abril, não a
data de nascimento do seu ilustre Patrono, mas aquela em que ele nasceu para
ingressar na História.
Embora nascido em Montevidéu, é
considerado brasileiro, porquanto, na época, a
então Província Cisplatina integrava o nosso
território. Ingressou no Exército em 13 Jan 1840,
reconhecido Cadete de 1ª classe logo depois.
Bacharel em Matemática e Ciências Físicas,
esteve no Paraguai como 1º Tenente, para instruir
oficiais do exército daquele país, além de projetar
e construir a Fortaleza de Humaitá, aquela que,
mais tarde, tantos transtornos viria causar às
nossas tropas.
Regressou ao Brasil em 1852, sendo
promovido a capitão.
67
PATRONO DO SERVIÇO DE INTENDÊNCIA
Marechal Graduado Carlos Machado de Bittencourt (12 Abr 1840 – 05
Nov 1897)
nas Batalhas de Avaí e Lomas Valentinas e na rendição de Angustura,
entrando, com o Estado Maior do Corpo em Assunção, em janeiro de 1869. Em
Lomas Valentinas, por sua bravura, foi promovido a capitão. Quando a
República foi proclamada, era coronel e comandava a guarnição e fronteira de
Jaguarão, comissão que continuou a exercer quando foi promovido a
brigadeiro, em janeiro de 1890. Comandou o 6° Distrito Militar, em Porto
Alegre, e o 4°, em São Paulo, além da Guarda Nacional. Em 1895, foi
nomeado Ajudante-General do Exército, e já marechal graduado, Ministro do
Supremo Tribunal Militar, cargo que honrou até I7 de Maio 1897, quando
aceitou o convite do Presidente da República para gerir o Ministério da Guerra.
Preocupou-o, de imediato, a Campanha de Canudos, onde o Exército vinha
acumulando seguidos insucessos. Decidiu então intervir pessoalmente,
seguindo para a Bahia com homens e suprimento suficientes, em particular
viveres e munição. Cuidando, ele próprio, dos problemas logísticos, conseguiu
pôr fim à sinistra campanha. Quando do desembarque da tropa que lutara no
sertão baiano, foi assassinado a facadas, no Arsenal de Guerra, no Calabouço,
ao defender a vida do Presidente Prudente de Morais contra as tentativas
homicidas de um fanático.
Neto e filho de militares, era gaúcho, de
Porto Alegre, assentando praça em 1° de janeiro de
1857. Participou, como tenente, dos maiores feitos
bélicos da Guerra do Paraguai, entre eles a
travessia do Rio Paraná, as Batalhas do Estero
Bellaco e Tuiuti, o combate de Tuiu-Cuê e o sitio e
rendição de Humaitá. Mais tarde, junto ao pai.
Brigadeiro que comandava o 1° Corpo de
Exército, destacou-se nas operações da
Dezembrada, na passagem da Ponte de Itororó, nas
Batalhas de Avaí e Lomas Valentinas e na
rendição de Angustura, entrando, com o Estado
Maior do Corpo em Assunção, em janeiro de
1869. Constituição do Império
68
PATRONO DA ARMA DE COMUNICAÇÕES
Marechal Cândido Mariano da Silva Rondon (05 Mai 1855 – 19 Jan 1958)
pelos ideais republicanos e pela filosofia de Cmte. Como ajudante da Comissão
Construtoras das Linhas Telegráficas, em Mato Grosso, dá início então à sua
invulgar carreira dedicada à Pátria, ligando o seu Estado à rede geral brasileira.
A odisseia de sertanista vai-se evidenciando na chefia de diversas outras
comissões, inclusive a das Linhas Telegráficas Estratégicas de Mato Grosso ao
Amazonas e, em 1916, havia dotado aquele Estado de milhares de quilômetros
de linhas, com 55 estações, executando ainda explorações e levantamentos que
atingiram 50 mil quilômetros. Na chefia do Serviço de Proteção aos índios,
criado em 1910, descobriu e pacificou várias tribos, num total de 30 mil índios.
Como Inspetor de Fronteiras (1927 a 1930), percorreu os limites do
norte do Brasil, da Guiana Francesa até seu extremo noroeste, mantendo
amistoso contato com todas as tribos e grupos indígenas daquela imensa região.
Chefiou a Delegação Brasileira que fechou a paz no conflito entre Colômbia e
Peru (1934/38). Foi presidente do Conselho Nacional de Proteção aos Índios
em 1939. Em 1952, viu aprovado o seu projeto criando o Parque Nacional do
Xingu e, em 1955, foi promovido a Marechal por lei especial, mesmo ano em
que o antigo território de Guaporé passou a denominar-se Rondônia. Ao
morrer, teve o corpo velado na sede do Clube Militar e sepultado com honras
de Chefe de Estado, no Rio de Janeiro.
Nasceu em Mimoso, lugarejo perto de
Cuiabá, MT. Em 26 de novembro de 1881,
incorporou-se no 3º Regimento de Artilharia a
Cavalo, com destino à Escola Militar da Praia
Vermelha, onde concluiu os cursos de Infantaria,
Cavalaria e Artilharia e o de Estado-Maior de 1ª
Classe. Ingressou a seguir na Escola Superior de
Guerra, formando-se Engenheiro Militar e
Bacharel em Matemática e em Ciências Físicas e
Naturais, Aluno de Benjamim Constant, optou
pelos ideais republicanos e pela filosofia de Cmte.
Batalhas de Avaí e Lomas Valentinas e na
rendição de Angustura, entrando, com o Estado
Maior do Corpo em Assunção, em janeiro de
1869. Constituição do Império
69
PATRONO DO QUADRO DE MATERIAL BÉLICO
Tenente-General Carlos Antônio Napion (30 Out 1757 - 27 Jun 1814)
Laboratório de Instrumentos de Lisboa.
Pelas virtudes de administrador, pesquisador, mestre e escritor, foi
escolhido pelo Príncipe Regente para integrar a sua comitiva quando da
transmigração da família real para o Brasil, em 1808. Foi logo promovido a
marechal-de-campo graduado, nomeado Inspetor Geral de Artilharia e
incumbido de criar e inspecionar a Fábrica Real de Pólvora, às margens da
lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro, a qual, posteriormente, seria
transferida para Raiz da Serra, como a Fábrica Estrela atual.
Como Inspetor, ampliou a Fábrica de Armas do morro da Conceição e
melhorou todas as fortificações então existentes. Em 13 de Maio de 1810, foi
efetivado no posto de tenente-general. Foi vogal e conselheiro de guerra do
Conselho Supremo Militar, criado por D. João em 1º de Abril de 1808.
Em 1811, foi Inspetor Geral da Real Junta da Fazenda dos Arsenais,
Fábricas e Fundições e, em 1812, Inspetor e Fiscal de Real Fábrica de Ferro
São João de Ipanema, em São Paulo.
Reorganizou a antiga Casa do Trem, transformando-a no Arsenal Real
do Exército, futuro Arsenal de Guerra do Rio. E assim, por ter planejado,
organizado e dirigido as primeiras fábricas de Material Bélico no Brasil,
implantando a Indústria Militar em nosso País, foi instituído Patrono do nosso
Quadro de Material Bélico. Seus restos mortais estão sepultados no Convento
de SantoAntônio, no Rio de Janeiro.
Nasceu em Turim, na Itália. Aos 15 anos
era cadete do Corpo Real de Artilharia, iniciando
notável carreira de militar e engenheiro em sua
terra, com dedicação especial à Química e à
Metalurgia, assuntos nos quais se projetou com a
publicação de diversas obras didáticas e livros
técnicos. Em 1800, mediante contrato, passou a
servir ao Exército de Portugal, onde, em 1807,
ostentava as insígnias de brigadeiro, nomeado
Inspetor do Arsenal Real do Exército e Diretor do
Laboratório de Instrumentos de Lisboa.
70
PATRONO DO QUADRO DE ENGENHEIROS MILITARES
Coronel Ricardo Franco de Almeida Serra (1748 - 21 Jan 1809)
contribuíram decisivamente para a consolidação do espaço territorial brasileiro.
Dentre as suas principais realizações pode-se citar o mapeamento das
Capitanias do Grão-Pará, de São José do Rio Negro e de Mato Grosso, além de
inúmeros rios na Região Norte e Centro-Oeste. Em 1787, projetou e construiu
o quartel dos Dragões de Vila Bela, no atual Estado de Mato Grosso, e, como
tenente-coronel, concluiu as obras do Forte Príncipe da Beira e promoveu a
construção do Forte Coimbra, obras magníficas que reafirmam, ainda hoje, o
valor técnico e profissional do grande soldado.
Em 1801, no comando do Forte Coimbra, à frente de reduzido efetivo,
conduziu heróica resistência contra o ataque de forças espanholas, muito
superiores em número de homens, que ainda alimentavam sonhos de expansão
territorial. Em 1804, chegou a Mato Grosso a notícia de sua promoção a
coronel, decretada em Lisboa em 11 de julho de 1803. Em 28 de março de
1808, em virtude da vinda da família real para o Brasil, foi designado, pela
segunda vez, para o comando da Fronteira Sul e do Forte Coimbra. Veio a
falecer, aos 61 anos, precisamente no comando do Forte que havia construído e
que ajudara a defender e que permaneceria como paradigma de sua
competência, dedicação, bravura e amor ao Brasil.
Nascido em Portugal, ingressou na
Academia Militar da Corte em 1762, concluindo
os cursos de Infantaria e Engenharia em 1766. À
disposição do Quadro-Mestre-General, trabalhou
ininterruptamente, por mais de dez anos, no
levantamento de rios, cidades, povoados, campos,
minas de carvão, etc. Veio para o Brasil em 1780,
chefiando a terceira partida de Demarcação dos
Limites na América, representando o Reino de
Portugal. Iniciou então as ações que viriam a
consagrá-lo como soldado e engenheiro e que
contribuíram decisivamente para a
consolidação do espaço territorial
brasileiro.
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PATRONO DO SERVIÇO DE SAÚDE
General de Brigada Médico João Severiano da Fonseca (27 Mai 1836 - 07
Nov 1897)
participou da Campanha do Uruguai e esteve presente em toda a campanha da
Tríplice Aliança, prestando sempre inestimáveis serviços médicos. Foi alvo de
repetidos elogios, pelo zelo, competência profissional e senso humanitário,
razão por que, merecidamente, foi promovido a Capitão.
De volta à Pátria , foi designado para servir no Hospital Militar da
Guarnição da Corte. Em 1875, integrou, como médico, a Comissão de Limites
com a Bolívia, rumando para Corumbá e regressando três anos depois, para ser
reintegrado no mesmo Hospital, ao qual serviria por mais de 14 anos e que,
hoje, é o Hospital Central do Exército. Serviu também no Hospital Militar do
Andaraí. Foi o primeiro médico militar a ser membro efetivo da Academia
Imperial de Medicina.
A República vai encontrá-lo na direção interina do Hospital Militar da
Corte e como professor da cadeira de Ciências Físicas e Naturais do Imperial
Colégio Militar, recém-instalado. Como Coronel, exerceu as funções de
Inspetor do Pessoal do Serviço Sanitário e, em 04 de Outubro de 1890,
efetivado no posto de General-de-Brigada, assumiu a Inspetoria Geral do
Serviço Sanitário, atual Diretoria de Saúde. Tomou assento, em 1890, no
Conselho Supremo Militar de Justiça e, no ano seguinte, foi eleito Senador.
Foi Membro do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e de diversas
associações culturais do Brasil e do exterior, distinguindo-se como poeta,
escritor, historiador e naturalista. Faleceu na Capital da República.
Eram dez irmãos, duas mulheres e oito
homens, todos eles militares, três deles tendo
morte gloriosa na Guerra do Paraguai. Nasceu
João Severiano na velha cidade de Alagoas, hoje
Marechal Deodoro, homenagem ao irmão, o
Proclamador da República e seu 1º Presidente.
Concluiu o Curso Médico na Faculdade de
Medicina do Rio de Janeiro, em 1858, e ingressou
no Exército Imperial em 29 de janeiro de 1862,
como 2º Cirurgião Tenente. De 1864 a 1870,
participou da Campanha
do Uruguai
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PATRONO DO SERVIÇO DE VETERINÁRIA
Tenente-Coronel Médico João Muniz Barreto de Aragão (17 Jun 1874 - 16
Jan 1922)
quadro médico Corpo de Saúde do Exército em 23 de abril de 1901, sendo
nomeado 1º Tenente.
Exerceu comissões no Hospital Central do Exército , em Nioaque, na
Fortaleza de Santa Cruz, no Forte de Imbuí e na Escola Militar e, em 1904, foi
designado para o Laboratório de Microscopia Clínica e Bacteriológica, hoje
Instituto de Biologia do Exército. Lá, sentiu ele a necessidade de uma escola na
qual o Exército pudesse formar veterinários capazes de debelar os males que
vinham assolando os seu rebanhos.
A criação da Escola de Veterinários do Exército tornou-se então uma
idéia fixa, que somente veio a se concretizar em 17 Julho de 1914, depois de
longo tempo de estudos e lutas, com a vinda, inclusive, de profissionais
franceses, contratados para reforçar o incipiente corpo docente. Pouco depois,
já Major, fundou a Sociedade Médico-Cirúrgica Militar, da qual foi presidente.
No final de 1917, teve o prazer de assistir à formatura da primeira turma de
veterinários do Brasil. Tenente-Coronel promovido em 1919, foi nomeado
diretor da escola que idealizara e criara, dedicando-se desde logo à construção
do novo edifício em que seria instalada.
Já em 1906, fora empossado membro titular da Academia Nacional de
Medicina. No Ministério da Agricultura, organizou e criou, em 1910, o Serviço
de Defesa Sanitária Animal e foi o seu primeiro dirigente. Era Inspetor do
Serviço Veterinário do Exército quando veio a falecer, vítima de fulminante
síncope cardíaca, com apenas 48 anos de idade.
Nasceu em SantoAmaro, na Bahia. Prestes
a diplomar-se na Faculdade de Medicina do
Estado, interrompeu o curso para prestar serviços
em Canudos, onde a escassez de médicos era
sensível. Regressou do sertão baiano em fins de
1897 e prosseguiu os estudos diplomando-se a
seguir. Em 07 de dezembro de 1900 foi nomeado
médico adjunto do Exército, indo exercer suas
funções em Florianópolis-SC, lá permanecendo até
1901. Ingressou, mediante concurso, no quadro
médico do Corpo
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PATRONO DO MAGISTÉRIO MILITAR
Marechal Roberto Trompovski Leitão de Almeida (08 Fev 1853 – 02 Ago
1926)
Escola Militar. De 1905 a 1907, designado pelo Barão de Rio Branco, foi adido
militar junto as legações brasileiras na Grã-Bretanha, Suíça e Itália, bem como
Delegado Técnico na Conferência Internacional de Paz, em Haia, em 1906,
assessorando Rui Barbosa. Em 1915, foi nomeado Inspetor do Ensino Militar,
quando foi promovido a generalde-divisão. Em 08 de fevereiro de 1919, ao
completar 66 anos, foi reformado no posto de Marechal.
PATRONO DO QUADRO AUXILIAR DE OFICIAIS
1º Tenente Antônio João Ribeiro (24 Nov 1823 - 29 Dez 1864)
fronteira, conhecida por ele como a palma de sua mão.
Sua última comissão, de 17 de fevereiro de 1862 a 29 de dezembro de
1864, foi a de Comandante da Colônia Militar de Dourados, onde veio a morrer
heroicamente, à frente de apenas 14 homens, ao se negar a rendição diante do
ataque de mais de 200 paraguaios. É dele a frase que o imortalizou: “Sei que
morro, mas o meu sangue e o de meus companheiros servirá de protesto solene
contra a invasão do solo da minha Pátria”.
Nasceu em Desterro, Santa Catarina.Assentou
praça em 29 de dezembro de 1869, com destino à
Escola Militar. Em 1876, 1º tenente recebeu o grau de
Doutor em Ciências Físicas e Matemáticas, sendo
nomeado repetidor da 1ª cadeira do 1º ano da Escola
Militar; como capitão, foi repetidor e assistente da
cadeira de Analítica e Cálculo do mestre Benjamim
Constant e, em 1889, catedrático da 1ª cadeira do 1º
ano de Infantaria e Cavalaria. Exerceu, em 1894, o
comando interino do Colégio Militar e, em 1897, o da
Escola Militar.
Nasceu na vila de Poconé, em Mato Grosso.
Assentou praça, como voluntário, em 06 de março de
1841 e foi promovido, sucessivamente, a cabo, 2º
sargento, 1º sargento, sargento-ajudante, alferes e
tenente, esta última promoção em 1860, às vésperas
de completar 20 anos de serviço. Permaneceu durante
quase todo esse tempo, em Mato Grosso, no comando
de diversos destacamentos e no desempenho
continuado de missões de campo, diligências, batidas
a índios e tarefas similares, quase sempre ao longo da
fronteira, conhecida por ele como a palma de sua mão.
74
PATRONO DO SERVIÇO DE ASSISTÊNCIA RELIGIOSA
Capitão Capelão Antônio Alvares da Silva - Frei Orlando (13 Fev 1913 -
20 Fev 1945)
de 1944, foi nomeado capitão capelão com exercício no II
Batalhão do 11º Regimento de Infantaria. Integrando o 2º escalão da FEB,
aportou em Nápoles em 06 de outubro de 1944. Os inestimáveis serviços
prestados às tropas do Regimento Tiradentes, duraram apenas sete meses e uma
semana, porquanto veio a falecer na linha de frente em acidente na rodovia de
Bombiana. Seu corpo foi inumado no cemitério de Pistóia e, em fins de 1960,
junto ao de centenas de outros heróis, transladado para o Monumento Nacional
dos Mortos da 2ª Guerra Mundial, no Rio de Janeiro.
PATRONO DO QUADRO COMPLEMENTAR DE OFICIAIS
Maria Quitéria de Jesus Medeiros (1797 – 21 Ago 1853)
ideais de liberdade que envolviam seus conterrâneos. Com o uniforme de um
cunhado, incorporou-se inicialmente ao Corpo de Artilharia. O seu batismo de
fogo ocorreu em combate na foz do Rio Paraguaçu, ocasião em que ficou
evidenciado seu heroísmo invulgar e sua real identidade.
Depois de encerrada a guerra, a heroína recolheu-se ao silêncio do lar,
falecendo no dia 21 de agosto de 1853, num "doloroso anonimato".
Finalmente, em 28 de junho de 1996, Maria Quitéria de Jesus passou a ser
reconhecida como Patrono do Quadro Complementar de Oficiais.
Natural de Morada Nova, município de Abaeté,
em Minas Gerais, iniciou os estudos humanísticos no
Colégio dos Fransciscanos, em Divinópolis,
concluindo-os na Holanda. Regressou à Pátria em 1935
e ordenou-se em 24 de outubro 1937, sendo destacado
para o Colégio Santo Antônio, em São João del Rei.
Apresentou-se como voluntário para seguir com a Força
Expedicionária Brasileira para a Itália e, em 13 de julho
de 1944, foi nomeado capitão capelão com exercício no
II Batalhão do 11º Regimento de Infantaria.Escola
Militar.
Maria Quitéria de Jesus, a mulher-soldado, nasceu
em São José de Itapororocas, no ano de 1797, na antiga
Província da Bahia. Em 1822, o Recôncavo Baiano lutava
contra o dominador português. A necessidade de efetivos
fez com que a Junta Conciliadora de Defesa, sediada em
Cachoeira-BA, conclamasse os habitantes da região a se
alistarem para combater os portugueses. Maria Quitéria,
uma humilde sertaneja baiana, atendeu ao chamado,
motivada pelos ideais de liberdade que envolviam seus
conterrâneos.Regimento de Infantaria.Escola Militar.
75
PATRONO DO SERVIÇO MILITAR
Olavo Braz Martins dos Guimarães Bilac (1865 – 28 Dez 1918)
de recrutamento, vigente há quase um século no Brasil. A Constatação do
absoluto ajustamento do sistema de conscrição à atualidade brasileira é, por si
só, prova sobeja da visão prospectiva deste insígne patriota, mui justamente
consignado Patrono do Serviço Militar. Na sua eternidade, a pátria revenciará
sempre aquele que, com o coração e a ação, mostrou aos brasileiros a nobreza
do dever militar.
Olavo Bilac nasceu na cidade do Rio de
Janeiro. Poeta, jornalista, fundador e membro da
Academia Brasileira de Letras, foi um ardoroso
nacionalista, abolicionista e grande propugnador do
Serviço Militar Obrigatório e dos tiros-de-guerra.
Dentre sua extensa obra, destacam-se a letra do
Hino à Bandeira, o poema épico “O Caçador de
Esmeraldas” e o belo soneto “A Pátria”. Na data do
seu nascimento, 16 de dezembro, comemora-se o
Dia do Reservista. Faleceu no Rio de Janeiro aos
53 anos. Foi o mais ardoroso defensor do modelo
de recrutamento, vigente há quase um século no
Brasil. A Constatação do absoluto ajustamento do
sistema de conscrição à atualidade brasileira é, por
si só, prova sobeja da visão prospectiva deste
insígne patriota, mui justamente consignado
Patrono do Serviço Militar. Na sua eternidade, a
pátria revenciará sempre aquele que, com o
coração e a ação, mostrou aos brasileiros a nobreza
do dever militar.
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3. ESCALA HIERÁRQUICA NAS FORÇAS ARMADAS
OFICIAIS
PRAÇAS ESPECIAIS
Obs.: os alunos dos órgãos de formação de oficiais da reserva, quando
fardados, têm precedência sobre os Cabos, aos quais são equiparados.
PRAÇAS
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6. FUZIL AUTOMÁTICO LEVE M964 – FAL
1 - Apresentação
O fuzil 7,62 M964, é uma arma adotada no exército brasileiro em
substituição aos antigos fuzis e mosquetões de repetição de calibres 7mm e .30.
Foi adotado como arma portátil do combatente de qualquer arma, atendendo as
necessidades de uniformização da munição, bem como da modernização do
equipamento.
É uma arma de aceitação internacional, tendo sido muito utilizada desde
1960 na África quando de lutas internas. Suas excepcionais características já
foram comprovadas nas mais diversas situações e condições de emprego.
Esta arma foi projetada e executada com objetivo de colocar nas mãos
do soldado, uma arma que tenha – em grau até agora não igualado – as mais
importantes qualidades a saber:
¬ perfeita maneabilidade;
¬ possibilidade de iniciar instantaneamente tiro intenso e apontado;
¬ facilidade de manutenção em campanha; e
¬ segurança absoluta de funcionamento.
2 - Características
2.1 – Designação
NEE...............................................................1005-1062-443-5
Indicativo militar ..........................................Fz 7,62 M964
Nomenclatura ...............................................Fuzil 7,62 M964 “FAL”
NEE...............................................................1005-1062-414-6
Indicativo militar ..........................................Fz 7,62 M964 Br1
Nomenclatura ...............................................Fuzil 7,62 M964 “FAL/FI”
2.2 - Classificação
Quanto ao tipo ................................................Portátil
Quanto ao emprego ........................................Individual
Quanto ao funcionamento ..............................Semi-automático
Princípio de funcionamento............................Tomada de gases (em um
ponto do cano)
Quanto a refrigeração .....................................A ar
80
2.3 - Alimentação
Carregador .....................................................Metálico, tipo cofre
Capacidade .................................................... 20 cartuchos
Sentido ...........................................................De baixo para cima
2.4 - Raiamento
Números de raias ...........................................04 (quatro)
Sentido ...........................................................A direita
2.5 - Aparelho de Pontaria
Alça de mira ...................................................Tipo lâmina graduada e
visor com cursor
Massa de mira ................................................Tipo ponto com protetores
2.6 - Dados Numéricos
Calibre ............................................................7,62 mm
Comprimento .................................................1,10 m
Peso do carregador vazio ...............................250 g
Peso da arma com carregador vazio ..............4,200 Kg
Peso da pressão do gatilho ............................3,5 a 4,5 Kg
Velocidade inicial do projetil ........................840 m/s
Velocidade do tiro ......................Automático: 120 tiros por minuto
Semi-automático: 60 tiros por minuto
Velocidade teórica de tiro ..............................650 / 750 tiros por minuto
Alcance máximo ............................................3.800 m
Alcance útil sem luneta .600 m
Vida útil da arma ............................................Superior a 16.000 tiros
2.7 - Munições Utilizadas
Ordinário .......................................................7,62 M1
Perfurante ......................................................7,62 Pf
Traçante .........................................................7,62 Tr
Festim ............................................................7,62 Ft
Manejo ...........................................................7,62 Mnj
Lança-granada ...............................................7,62 Lç-NATO
2.8 - Tipos de Granadas
Anti-pessoal .............................................Cor havana / cinta vermelha
Anti-carro ................................................Cor amarela / vo / cinta branca
Incendiária ................................................Cor cinza
Exercício ........................................................Cor preta ou azul
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3 - Desmontagem
3.1 - Medidas Preliminares
Antes de iniciar a desmontagem da arma, deve-se tomar as seguintes
precauções:
3.1.1 - Retirar o carregador.
3.1.2 - Dar dois golpes de segurança.
3.1.3 - Travar o armamento
82
3.1.4 - Retirar a bandoleira.
3.2 - Desmontagem de 1º Escalão
3.2.1 - Abrir a Tampa da Caixa da Culatra
3.2.2 - Retirar o Conjunto Ferrolho-Impulsor do Ferrolho
a) Coloque a arma sobre a bancada,
fazendo-a repousar sobre a face direita.
b) Identifique a chaveta do trinco da
armação imediatamente à direita da Posição “R” do
registro de tiro e segurança.
c) Para abrir a caixa da culatra, empunhe a
armade modo que a mão esquerda segure o Cano-
cilindro degases logo após a alavanca de manejo, e
com a mão direita segure o delgado, com o polegar
direito colocado abaixo da chaveta do trinco de
armação. Empurre com o polegar a chaveta do trinco
da armação para cima. Deslocada a chaveta, abra a
arma executando o movimento de “giratório” com as
duas mãos.
Retire o conjunto do seu alojamento na
caixa da culatra, puxando-o pela haste do impulsor
do ferrolho.
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3.2.3 - Separar o Ferrolho do Impulsor do Ferrolho
3.2.4 - Retirar o Percussor
3.2.5 - Separar o percussor de sua mola.
Esta operação pode ser executada segundo
dois processos:
Primeiro processo:
Segure o conjunto com amão direita, de
modo que o impulsor fique entre o polegar e o
indicador, e com a haste para baixo.Com a mão
esquerda segure o ferrolho, de modoque o polegar
comprima a cauda do percussor, e oindicador se
coloque sobre a parte anterior do ferrolho.
Comprimindo a fundo o percussor, girar para fora
oferrolho separando-o de seu impulsor.
Segundo processo:
Apóie o impulsor do ferrolhosobre a bancada
e segure-o com a mão direita. Apóie aalmofada do
polegar esquerdo sobre a parte anterior do ferrolho e
comprima-a contra a bancada ao mesmotempo em que
executa um movimento para fora.Separar-se-á o
ferrolho do seu impulsor
a) Identificar a cauda do percussor, aflorando
da parte posterior do ferrolho.
b) Identifique o pino do percussor
c) Segure o ferrolho com a mão esquerda e
comprima a cauda do percussor com o polegar. Com
auxilio de um toca-pino ou da ponta de um cartucho
retire o pino do percussor de seu alojamento. Isto
feito,afrouxe a pressão sobre a cauda do percussor e,
desfeita a tensão da mola do percussor, retire-o de seu
alojamento.
Puxá-los em direções opostas.
84
3.2.6 - Retirar tampa da caixa da culatra
3.2.7 - Retirar o obturador do cilindro de gases
3.2.8 - Retirar o êmbolo e mola.
a) Identificar a tampa da caixa da culatra, à
retaguarda, na caixa da culatra.
b) Para retirar, puxar para a retaguarda.
a) Apoiar a arma no solo pela chapa da soleira,
punho para frente.
b) O obturador do cilindro de gases situa-se
logoà frente da massa de mira, e acima do cano. Na sua
parte anterior esta gravada a letra “A” em uma face eas
letras “GR” na face oposta.
c) Identificar o retém do obturador do cilindro
degases.
d) Com o auxílio do toca-pino ou de
umcartucho, comprimir o retém do obturador da
esquerda para direita.
e) Mantendo a compressão sobre o retém, girar
oobturador para a esquerda, no sentido anti-horário (um
pequeno deslocamento apenas) e retirar o taca-pino ou
cartucho.
f) Fazendo pressão sobre a parte anterior
doobturador, completar ¼ de volta (a letra “A” fica para
a esquerda).
g) Afrouxar gradativamente a pressão sobre o
obturador, retirando-o de seu alojamento.
Estão alojados no cilindro de gases.
85
3.2.9 - Separar o êmbolo de sua mola.
3.2.9 – Ordem das peças
1. Carregador;
2. Bandoleira (se for o
caso)
3. Impulsor do ferrolho;
4. Pino do percussor;
5. Ferrolho;
6. Mola do percussor;
7. Percussor;
8. Tampa da caixa da
culatra;
9. Obturador do cilindro de
gases;
10. Mola do êmbolo;
11. Êmbolo;
12. Conjunto armação -
coronha e cano - caixa da
culatra.
a) Identificar a tampa da caixa da culatra, à
retaguarda, na caixa da culatra.
b) Para retirar, puxar para a retaguarda.
86
3.3 - Montagem de 1º Escalão
3.3.1 - Colocar a mola no êmbolo
3.3.2 - Colocar o êmbolo e mola do cilindro
3.3.3 - Montar o obturador do cilindro de gases
a) Apoiar a arma no solo pela chapa de soleira, punho voltado para frente.
b) Introduzir parcialmente o obturador docilindro de gases em seu alojamento (“A” para a
esquerda, “GR” para direita).
c) Girar o obturador do cilindro de gases para a direita (sentido horário).
d) Comprimir o retém do obturador e prosseguir com o giro para a direita até completar-se o
encaixe, de modo que a letra “A” fique para cima.
3.3.4 - Montar a tampa da caixa da culatra
A montagem deve ser feita de modo que haja um perfeito encaixe da tampa da caixa da culatra,
principalmente na parte correspondente à janela deejeção cujo recorte dificulta a operação.
3.3.5 - Colocar a mola do percussor
3.3.6 - Montar o percussor no ferrolho
a) Colocar o percussor e mola no alojamento existente à retaguarda do ferrolho.
b) Com o polegar, empurre a cauda do percussor para o interior do alojamento e colocar o pino.
3.3.7 - Montar o ferrolho no impulsor do ferrolho
a) Segurar o impulsor do ferrolho com a mãoesquerda de modo que sua cauda fique para a
frente e a montagem do ferrolho para cima.
b) firmar o impulsor do ferrolho na mãoesquerda e, com a mão direita bater na parte anterior
ferrolho, na mesma direção de inclinação do ferrolho
3.3.8 - Colocar na arma o conjunto ferrolho impulsor do cano
a) Colocar a arma na vertical, apoiada pela boca do cano.
b) Segurar o conjunto ferrolho-impulsor pelahaste do impulsor, de modo que o ferrolho fique
em sua posição avançada.
c) Introduzir a parte anterior do conjunto na caixa da culatra.
d) Largar o conjunto de modo que o encaixe seja feito pala ação da gravidade.
3.3.9 - Fechar a caixa da culatra.
Com a mão esquerda segure o guarda-mão logo após a Alavanca de Manejo e com a direta o
delgado, para cima, até haver o encaixe das duas partes.
87
3.4 - Medidas Complementares
3.4.1 - Engatilhar a arma
Trazer a alavanca de manejo a retaguarda e soltá-la.
3.4.2 - Destravar a arma
Colocar o registro de tiro e segurança na posição “R”.
3.4.3 - Desengatilhar a arma e travar
Pressionar a tecla do gatilho.
3.4.4 - Colocar a bandoleira
Prender a bandoleira nos seus respectivos zarelhos.
3.4.5 - Colocar o carregador
Encaixar o carregador no seu receptor, colocando a parte anterior e forçando para a retaguarda e
para a retaguarda e para cima até ouvir o estalido do retém do carregador
88
7. FUNDAMENTOS DO TIRO DE FUZIL
O ato integrado de atirar é uma aplicação correta e oportuna dos
fundamentos do tiro, que são:
1. Posição Estável 2. Pontaria 3. Acionamento do gatilho 4. Controle da respiração
1 - POSIÇÃO ESTÁVEL
Quanto mais estável a posição de tiro, menor a área tremida. Em
consequência, se um atirador tem oportunidade para escolher posições, deve
selecionar a mais estável e que ofereça observação sobre o alvo e proteção.
Considerando as muitas variações do terreno, vegetação e situação tática, há
inúmeras posições que podem ser usadas. Entretanto, na maioria das vezes,
serão variações das posições de tiro existentes. A posição estável
compreende: empunhadura + posição de tiro.
a. EMPUNHADURA
Empunhar uma arma é segurá-la firmemente de modo a minimizar
os efeitos que possam ser causados por um movimento indesejado, realizando,
ao mesmo tempo, a pontaria correta e o disparo.
Tipos de apoio - Apoio externo - obstáculos do terreno.
Apoio interno - apoio ósseo.
Colocação da mão e braço que não atira - A arma deve ser
apoiada pelo "V" da mão que não atira, repousando sobre a palma da mão. Não
pode haver contração muscular. O apoio será fornecido à altura do guarda-mão
ou do carregador, dependendo da posição. O pulso será mantido tão reto quanto
possível. O apoio deve ser ósseo (interno) e não muscular, e para tanto, é
imprescindível que o cotovelo fique embaixo da arma. Quanto mais afastado o
cotovelo da posição preconizada, maior será o esforço.
Chapa da soleira no cavado do ombro - A chapa da soleira precisa
ser colocada no cavado do ombro. A posição certa diminui o efeito do recuo e
auxilia a firmar o fuzil.
Empunhadura pela mão que atira – A mão que atira segura a arma
pelo punho, firme, mas sem rigidez, exercendo pressão para a retaguarda, a fim
de manter a chapa da soleira no cavado do ombro. O dedo indicador é colocado
89
sobre o gatilho, sem que haja contato com o lado da tecla, o guarda-mato ou o
lado do punho. Tal posição permite uma pressão da tecla diretamente para
retaguarda, sem prejudicar a pontaria pela existência de trações laterais sobre a
arma. Permite, ainda, uma independência do movimento do dedo indicador,
que desse modo não atuará sobre outra parte da arma que não a tecla do
gatilho. É também a posição em que melhor atuação têm os músculos do dedo,
evitando demasiado esforço no ato de comprimir o gatilho. O dedo deve tocar a
parte ântero-posterior da tecla, com o espaço compreendido entre a ponta e a
primeira articulação, sendo o meio termo a parte mais conveniente.
Posição do cotovelo da mão que atira - A atuação do cotovelo da
mão que atira fornece equilíbrio à posição de tiro. Quando corretamente
colocado, ajuda a acentuar o cavado do ombro, onde adaptar-se-á a chapa da
soleira. Sua colocação exata varia nas posições de tiro e, por isso, será
explicada em detalhes quando da explanação sobre elas.
Descontração - O atirador precisa ter condições que lhe permitam
executar a descontração dos músculos não empenhados na tomada da posição
de tiro. Contração indevida produz fadiga muscular e o consequente tremor que
fará movimentar a arma no momento do tiro. Chegando à conclusão que
determinados detalhes de uma posição causam tensão muscular excessiva, o
atirador deve modificá-los ligeiramente até estar apto a realizar uma
descontração de todos os músculos não empenhados. Essa adaptação não pode,
entretanto, violar quaisquer dos outros fatores que contribuem para a firmeza
da empunhadura. Um indicativo seguro de que não há contração indevida é a
possibilidade de relaxar os músculos sem perder a "fotografia".
Stock Weld
Significa o estabelecimento de firme contato entre o maxilar do
atirador e a coronha. É obtido quando o atirador, tendo deixado a carne da
bochecha entre o molar e a coronha (à guisa de almofada), comprime o maxilar
contra a arma. Obtido o "stock weld", a arma e a cabeça do atirador recuarão
como bloco único, permitindo a manutenção da pontaria. Esse firme contato
permitirá, ainda, a manutenção da distância constante entre o olho e a alça de
mira.
90
1.1 - POSIÇÕES DE TIRO
a. POSIÇÃO DEITADO
É relativamente firme e fácil de tomar. Apresenta uma silhueta baixa
e adapta-se, facilmente, à utilização de abrigo e apoio. Seu emprego é limitado
em combate, em virtude das servidões impostas pela vegetação e pelo terreno.
Deitado (D)
atira o mais embaixo da arma que lhe seja possível (uma boa referência é o
antebraço tocar o carregador). Com a mão que atira segura o punho, ajeita a
chapa da soleira no cavado do ombro e exerce uma firme pressão para a
retaguarda. O cotovelo da mão que atira fica afastado do corpo, permitindo que
os ombros se coloquem, aproximadamente, no mesmo nível. Para completar a
posição, acomoda convenientemente a cabeça e descontrai os músculos não
empenhados. A coluna vertebral deve estar reta, as pernas confortavelmente
separadas e o eixo, que contém a arma, formando um ângulo de
aproximadamente 30º com a linha do corpo. Tal posição tem a finalidade de
colocar peso suficiente do atirador atrás do fuzil, para absorver o recuo, sem
alterar a pontaria.
Deitado Apoiado (DA)
O atirador fica de
frente para o alvo, afasta
confortavelmente as pernas e
cai sobre os dois joelhos.
Empunhando o fuzil pelo
guarda-mão, apoia-o no solo
pela chapa da soleira e sobre
uma linha imaginária que vai
do joelho da mão que atira ao
alvo. Deita e coloca o
cotovelo da mão que não
atira o mais
Semelhante à posição deita, coloca-
se o fuzil sobre o apoio de modo que o
atirador sinta-se confortável, sem
comprometer a realização da pontaria, e
tenha maior estabilidade ao atirar.
91
b. POSIÇÃO DE JOELHO
É adequada para emprego em terreno plano ou aclives suaves,
ajustando-se em alcance e permitindo a utilização de suportes como árvores,
quinas de construções e viaturas.
Ajoelhado (J)
soleira no cavado do ombro. O cotovelo da mão que atira deve estar na
horizontal ou pouco acima dela, auxiliando a formação do cavado, dando
equilibrio à posição e liberando mais a musculatura do braço. A arma é apoiada
na altura do guarda-mão, sobre o "V" formado pelo polegar e demais dedos da
mão que não atira.
Para completar a posição, desloca-se o centro da gravidade do corpo
para a frente e acomoda-se convenientemente a cabeça. A posição comporta
três variações de colocação do pé da mão que atira, de acordo com a
conformação física do atirador.
Ajoelhado Apoiado (JA)
O atirador posta-se de frente para
o alvo e executa direita volver. Ajoelha-
se sobre o joelho da mão que atira e gira
o pé da mão que não atira para o alvo,
fazendo com que a coxa da mão que não
atira forme 90º com a que atira. Senta-se
sobre o calcanhar, procurando obter a
maior comodidade possível. A perna da
mão que não atira deve estar na vertical,
propiciando um apoio ósseo. Apóia a
parte chata do braço da mão que não
atira e, com a mão que atira, executa a
empunhadura correta. Coloca a chapa da
soleira no cavado do ombro.
O atirador assume a posição
ajoelhado, inclina o corpo para frente,
permitindo que o seu ombro, braço e
perna da mão que não atira entrem em
contato com o apoio. O fuzil não pode
tocar ou apoiar-se no suporte, uma vez
que tal contato limita o transporte rápido
do tiro.
92
c. POSIÇÃO EM PÉ
É usada no assalto, para abater alvos inopinados, no combate em
localidade, ou quando nenhuma das outras posições pode ser empregada.
Pé (P)
estendida.
4. A mão que atira empunha o fuzil, puxando-o, firmemente, ao encontro do
cavado do ombro.
5. A cabeça deve estar na vertical, apoiando o seio da face sobre a coronha e
relaxando a musculatura do pescoço.
6. A chapa da soleira fica pouco acima do cavado do ombro em relação à
posição deitada e ajoelhada.
Pé Apoiado (PA)
Oferece menos apoio e
estabilidade ao atirador. Esta
posição facilita o engajamento de
alvos em movimento e em várias
direções. Apesar de ser menos
estável (por depender da
sustentação muscular), a posição
permite tiros precisos com boa
cadência. Os fundamentos da
posição de tiro em pé são:
1. Dar um passo à frente
com a perna do lado da mão
auxiliar e flexioná-la ligeiramente.
2. A perna do lado da mão
que atira permanece estendida.
3. O tronco inclina-se para
frente, no prolongamento da perna
estendida.
O atirador assume a posição em
pé, chega-se ao suporte, permitindo que
ombro, braço e perna da mão que não
atira entrem em contato com o apoio. O
fuzil não pode tocar ou apoiar-se no
suporte, uma vez que tal contato limita o
transporte rápido do tiro.
93
2 - PONTARIA
Tomar a linha de mira
Tomar a linha de visada
Ao apontar, o atirador deve posicionar sua
arma de tal maneira que o projétil,
orientado pelo cano, no início de sua
trajetória, atinja o alvo. Para obter um
resultado positivo, ele precisa ter alça de
mira, maça de mira e alvo numa
relatividade de posição conhecida como
"fotografia". A "fotografia" estará correta
quando, tomada a linha de mira, o topo da
maça apareça no centro da silhueta.
A obtenção da fotografia implica
em dois atos distintos: tomar a linha de
mira e tomar a linha de visada.
Consiste no
alinhamento adequado da alça
e da maça de mira. Observar a
posição do topo da maça,
exatamente no centro da alça
de mira.
Imaginando-se duas
linhas, uma horizontal e outra
vertical, e a maça apareçerá
dividida horizontalmente, em
duas partes iguais pela linha
vertical.
Consiste no
prolongamento da linha de
mira até o alvo, de modo
que o topo da maça de mira
pareça estar exatamente
sobre o centro da silhueta,
dividida pelo diâmetro
longitudinal da alça de mira
em duas partes iguais.
94
Importância da tomada da linha de mira
Se a vista for focada sobre o alvo, a maça apareçerá enevoada, o
mesmo acontecendo com o alvo, quando focada a maça de mira. O problema é
selecionar o ato mais importante, tomar a linha de mira ou tomar a linha de
visada e, como resultado dessa seleção, focar, respectivamente, a maça de mira
ou o alvo. Erro em qualquer das duas operações é prejudicial, contudo,
enquanto o erro da linha de mira aumenta proporcionalmente à distância.
No campo de batalha, um pequeno erro, resultante de linha de visada
incorreta, poderá ser tão valioso como um tiro na mosca, ao passo que um tiro
realizado com uma tomada de linha de mira com pequeno erro, na maioria das
vezes, nem ao menos incomodará o inimigo.
Olho Diretor ou Dominante
- Olho diretor ou dominante é o olho com o papel de fixar a visão.
- Um teste fácil para descobrir qual é o olho dominante é fechar um
dos olhos (o que fica aberto é, via de regra o dominante). Outra, formar um
"túnel" feito com o auxílio dos dois polegares e os dois indicadores com os
braços o mais esticados que for possível. Tendo fixado um objeto ao longe e
sem sair da posição, fechar um e outro olho. Ver-se-á o objeto através do
"túnel" pelo dominante o que não ocorrerá com o outro.
- Para realizar a pontaria com o olho diretor (tiro noturno e tiro sem
visada pelo aparelho de pontaria) deve-se colocar o queixo ao lado da coronha,
levantar e girar um pouco a cabeça para que se faça a visada por sobre o cano.
Uma razão
frequente para os
erros de pontaria
reside na
possibilidade de o
olho humano
focalizar objetos
diferentes ao mesmo
tempo e situados a
diferentes distâncias.
Se a vista for focada
sobre o alvo, a maça
apareçerá enevoada,
o mesmo
acontecendo com o
alvo, quando
focada a maça de
mira.
95
3 - ACIONAMENTO DO GATILHO
indicador sobre a tecla do gatilho, pressionando-o diretamente para retaguarda
com aumento gradativo da pressão até o desengatilhamento. Conforme o
prescrito anteriormente, o dedo toma contato com a tecla em qualquer ponto
entre a ponta e a primeira articulação sendo o meio termo a parte mais
conveniente. Não deve tocar o guardamato ou o lado do punho, para evitar a
formação de uma lateral, por mais leve que seja, tendendo a alterar a posição
correta dos elementos de pontaria em relação ao alvo.
gatilho, é frequente o atirador agir de maneira a apresentar uma ou mais das
seguintes incorreções:
Esquiva - reação antecipada ao recuo da arma, procurando furtar o
corpo à sua ação. É denunciado pelo movimento brusco da cabeça e dos
ombros para a retaguarda, fechar os olhos, contrair o braço da mão que não
atira, ou uma combinação de todos ou alguns desses movimentos.
Antecipação - tentativa de amortecer os efeitos do recuo, retesando
os músculos do peito e dos ombros e movendo-os para frente.
Esse fator é o mais importante
de todos os que afetam a
firmeza da empenhadura,
merecendo o máximo de
atenção por parte dos
atiradores. sua aplicação
incorreta torna praticamente
ineficaz todos os fundamentos
do tiro.
É a ação
independente do dedo
indicador sobre a tecla do
gatilho, pressionando-o
diretamente para retaguarda
com aumento gradativo da
pressão até o
desengatilhamento. Conforme
o prescrito anteriormente, o
dedo toma contato com a tecla
em qualquer ponto entre a
ponta e a primeira articulação
sendo o meio termo a parte
mais conveniente. Não deve
tocar o guardamato ou o lado
do punho, para evitar a
formação de uma lateral, por
mais leve que seja, tendendo a
alterar a posição correta dos
elementos de pontaria em
relação ao alvo.
O acionamento do
gatilho é o fundamento
que apresenta maior
dificuldade de assimilação
pelo atirador iniciante, sua
má execução acarreta,
direta ou indiretamente, a
maioria dos erros no tiro.
Durante o acionamento do
gatilho, é frequente o
atirador agir de maneira a
apresentar uma ou
mais das seguintes
incorreções:
96
Gatilhada - tentativa de fazer com que a arma dispare num instante
determinado, aplicando uma pressão abrupta à tecla do gatilho. Pode ocorrer no
momento em que o atirador julga ter uma boa visada, ou, estando a respiração
suspensa por muito tempo, quando o atirador resolve disparar antes de retomá-
la. O atirador deve surpreender-se com o disparo, e não "surpreender a arma"
com o mesmo.
Cartão para Análise do Grupamento de Tiro
97
8. PISTOLA 9mm M973 - IMBEL
APRESENTAÇÃO
Esta excelente pistola militar é derivada da famosa Pst. 45 M911 A1,
fabricada e aperfeiçoada ao longo de 70 anos pela Colt, a partir do projeto de
John A. Browning, e transformada para o calibre 9mm pela IMBEL.
Pela sensatez do seu desenho, segurança e robustez, os peritos
militares a consideram a melhor arma de defesa aproximada já construída. Por
este motivo, sobreviveu a duas guerras mundiais, continuando a prestar
excelentes serviços até hoje. A sua confiabilidade para o combate e precisão de
tiro permanecem inalterados.
A IMBEL, depois de fabricá-la por muitos anos no calibre. 45,
estudou e projetou sua fabricação ou transformação para calibre 9mm “Para
bellum”. Suas peças componentes receberam tratamento superficial para climas
e condições tropicais e o seu carregador passou a ter capacidade para 08
cartuchos que, com mais um na câmara, perfaz um carregamento total de 09
cartuchos, suficiente para utilização em combate, com rápida troca de
carregador, se necessário, mantendo o equilíbrio da arma sem lhe alterar a
empunhadura anatômica.
Apesar de criticada por alguns, os laboratórios militares até hoje não
conseguiram criar outro tipo de arma de porte que conseguisse reunir, com
acentuada vantagem, as características da Pst ou a suplantassem nos aspectos
considerados negativos.
CARACTERÍSTICAS
DESIGNAÇÃO
Indicativo Militar Pst 9M973
Nomenclatura Pistola 9M973 IMBEL
CLASSIFICAÇÃO
Quanto ao Tipo De porte
Quanto ao emprego Individual
Quanto ao funcionamento Semiautomático
Quanto ao princípio motor Utilização direta dos gases
Quanto à refrigeração A ar
98
ALIMENTAÇÃO
Carregador Tipo cofre metálico bifilar
Capacidade 08 (oito) cartuchos
Carregamento Retrocarga
Munição Cartucho 9 mm x 19 mm
“Parabellum”
RAIAMENTO
Número de raias 04 (quatro) ou 06 (seis)
Sentido Da esquerda pra a direita (à direita)
DADOS NUMÉRICOS
Calibre 9 mm
Peso sem carregador: 1.01 kg
com carregador: 1.10 kg
com carregador cheio: 1.20 kg
Comprimento da arma 218 mm
Velocidade do projétil a 25m da arma 349m/s
Velocidade teórica de tiro ainda não foi determinada
Velocidade prática de tiro ainda não foi determinada
Alcance de utilização 50 m
Penetração em tabatinga a 50m 40 cm
Penetração em bloco de pinho a 50m 10 cm
ACESSÓRIOS
De manutenção: De transporte:
- Escova de limpeza - Presilha para cordão de segurança
99
DESMONTAGEM DE 1º ESCALÃO
MEDIDAS PRELIMINARES
1ª Medida: Retirar o carregador
2ª Medida: Executar dois golpes de segurança
3ª Medida: Inspecionar a câmara
4ª Medida: Desengatilhar a arma
Comprimir a cabeça
serrilhada da retém do carregador
que liberará o carregador de seu
alojamento no punho, impulsionado
por sua mola.
Com o polegar, leve o
cão para a retaguarda,
comprima a tecla do gatilho e
controle o movimento para
frente do cão, sem deixar haver
o choque no percussor.
Traga o ferrolho à retaguarda e
solte-o por duas vezes
Certifique-se de que não há
cartucho ou estojo na câmara.
100
DESMONTAGEM DE 1º ESCALÃO
É realizada pelo detentor e tem por finalidade executar a manutenção
de 1º escalão. Tem 6 operações.
1ª Operação: Retirar o estojo da mola recuperadora.
Puxar o cão para a
retaguarda e gire o
Dispositivo de Segurança do
cão para cima.
Apoiar a arma com o
cano voltado para cima e o
punho para o operador.
Comprimir a cabeça
serrilhada do estojo da mola
recuperadora e gire a manga do
cano para a esquerda (sentido
horário)
Afrouxar
gradativamente a pressão sobre
o referido estojo até que ele
saia do seu alojamento forçado
pela mola recuperadora, tendo
o cuidado para não soltar de
vez o estojo.
101
2ª Operação: Retirar a manga do cano.
3º Operação: Retirar a chaveta de fixação do cano
Recuar o ferrolho até que a extremidade do ressalto serrilhado da
chaveta coincida com o entalhe médio existente no ferrolho, empurrar o eixo
da chaveta que aflora do lado direito da armação, retirando em seguida.
Girar a manga do
cano para a direita para
retirá-la.
Destravar a arma.
Girar o Dispositivo de
Segurança do cão para baixo.
102
4ª Operação: Separar o ferrolho da armação.
5ª Operação: Retirar o tubo-guia da mola recuperadora e a mola recuperadora.
6ª Operação: Retirar o cano.
.
Tendo o cuidado de
manter o punho voltado para
cima, puxar o ferrolho para a
retaguarda, mantendo-o na
mão.
Retirar o tubo-guia pela
retaguarda puxando-o. A mola
recuperadora é retirada pela
frente do ferrolho.
Ainda com o ferrolho na
posição anterior, virase o elo de
prisão do cano em direção à
boca deste. Em seguida,
levanta-se sua posterior,
fazendo com que se
desengrazem do ferrolho os
ressaltos engrazadores do cano
e leva-se o cano para a frente
até que abandone totalmente o
ferrolho.
103
Terminada a desmontagem de 1º escalão, teremos as seguintes peças
da esquerda para a direita:
1 - Carregador
2 - Estojo da mola recuperadora
3 - Manga do cano
4 - Chaveta de fixação do cano
5 - Armação
6 - Mola recuperadora
7 - Tubo-guia da mola recuperadora
8 - Cano
9 - Ferrolho
MONTAGEM DE 1º ESCALÃO
A montagem da arma é realizada na ordem inversa da desmontagem.
Razão pela qual é importante ordenar as peças ou partes, procurando
memorizar suas corretas posições de montagem.
1ª Operação: Colocar o cano.
Com o ferrolho na palma da mão, coloque o cano no seu alojamento,
tendo o cuidado para que o elo de prisão do cano fique virado na direção da
boca do cano. Observe se os ressaltos engrazadores do cano encaixaram no
ferrolho.
104
2ª Operação: Colocar tubo-guia da mola recuperadora e a mola recuperadora.
Ainda com o ferrolho na mão, coloque a mola recuperadora pela
parte anterior do ferrolho.
O tubo-guia da mola entrará na mola e ficará junto ao elo de prisão
do cano, sobre o cano. O elo de prisão do cano ficará para cima.
3ª Operação: Colocar a armação no ferrolho.
Com o ferrolho na mão, encaixe a armação com o punho para cima.
4ª Operação: Colocar a chaveta de fixação do cano.
Ficando com o punho para baixo, leve o ferrolho até a posição em
que coincida o olhal do elo de prisão com o olhal da armação.
5ª Operação: Colocar a manga do cano.
Apoiar a arma com o cano voltado para cima e o punho para o
operador. Colocar a manga do cano na mesma posição em que saiu com o
ressalto de fixação na direção da mola. Girar a manga para a esquerda.
6ª Operação: Colocar o estojo da mola recuperadora.
Comprimir o estojo da mola até entrar totalmente no seu alojamento;
girar a manga do cano para a direita, até ficar na sua posição correta.
Destravar e desengatilhar a arma; girar o dispositivo de segurança do
cão para baixo; puxar o cão para trás, comprimindo a tecla do gatilho.
Colocar a chaveta de
fixação do cano pela
esquerda; depois recuar o
ferrolho até que a
extremidade do ressalto
serrilhado da chaveta
coincida com o entalhe
médio. Para a chaveta ficar
na sua posição correta, basta
empurrá-la contra a
arma.Travar a arma.
105
MEDIDAS COMPLEMENTARES
1ª Medida Complementar: Engatilhar a arma.
2ª Medida Complementar: Desengatilhar a arma.
3ª Medida Complementar: Colocar o carregador.
Empunhar a arma, cano para
cima e agir na parte
serrilhada do ferrolho,
trazendo-o para a retaguarda
e largando-o.
Conservando-a
posição, pressionar a tecla
do gatilho.
Introduzir o carregador em
seu alojamento no punho,
verificando o seu
aprisionamento pelo retém
do carregador.
106
9. PISTOLA 9mm M975 – BERETTA
APRESENTAÇÃO
A Pistola 9 mm M975 BERETTA é uma arma individual, construída
com a utilização de aços e ligas especiais, possui peso limitado e foi projetada
para empregar o cartucho 9 mm x 19 mm “Parabellum” (também conhecido
por 9 mm Para, 9 mm Luger, 9 mm NATO ou 9 x 19 mm), o mesmo
empregado pela metralhadora de mão M972 Beretta. Ressalta-se, ainda, que
adotando o sistema de DUPLA AÇÃO pelo simples acionamento do dedo na
tecla do gatilho possibilita uma maior rapidez no manuseio, com o cão não
engatilhado.
CARACTERÍSTICAS
DESIGNAÇÃO
Indicativo Militar: Pst 9M975
Nomenclatura: Pistola 9M975 Beretta
CLASSIFICAÇÃO
Quanto ao Tipo: De porte
Quanto ao emprego: Individual
Quanto ao funcionamento: Semiautomático
Quanto ao princípio motor: Utilização direta dos gases
Quanto à refrigeração: A ar
ALIMENTAÇÃO
Carregador: Tipo cofre metálico bifilar
Capacidade: 15 (quinze) cartuchos
Carregamento: Retrocarga
Munição: Cartucho 9 mm x 19 mm “Parabellum”
RAIAMENTO
Número de raias: 6 (seis)
Sentido: Da esquerda para a direita (à direita)
107
APARELHO DE PONTARIA
Alça de mira: Tipo entalhe, retangular
Maça de mira: Seção retangular
DADOS NUMÉRICOS
Calibre: 9 mm
Peso:
sem carregador: 850g
com carregador: 950g
com carregador cheio: 1.140g
Comprimento da arma: 217 mm
Velocidade inicial: 400 m/s
Velocidade teórica de tiro: 275 tiros por minuto (tpm)
Velocidade prática de tiro: 15 a 20 tpm
Alcance de utilização: 50 m
ACESSÓRIOS
De manutenção: Verificadores de usura, verificadores de
câmara, diâmetro interno do cano, afloramento do
percussor.
Escova de limpeza - 01 (uma)
De transporte: Presilha para cordão de segurança
Carregador Reserva: 02 (dois)
108
DESMONTAGEM PST 9mm M975 - BERETTA EM 1º ESCALÃO
MEDIDAS PRELIMINARES
1ª) RETIRAR O CARREGADOR
2ª) DESTRAVAR A ARMA
- Agir no registro de segurança, girando-o para baixo.
3ª) EXECUTAR DOIS GOLPES DE SEGURANÇA
- Executar dois golpes de segurança, trazendo o ferrolho totalmente à
retaguarda e soltando-o em seguida.
- Segurar a arma pela mão direita com o cano voltado para cima.
- Não colocar o dedo no gatilho.
4ª) INSPECIONAR A CÂMARA
- Consiste em verificar se existe cartucho ou estojo na câmara.
- Comprimir o retém do
carregador, localizado na
parte inferior esquerda do
punho da arma.
- Realizando-se esta
operação, o carregador
abandonará o seu
alojamento no punho,
devido à distensão da sua
mola.
109
DESMONTAGEM EM 1º ESCALÃO
1ª) SEPARAR O CONJUNTO CANO-FERROLHO DA ARMAÇÃO
- Com a mão esquerda, segurar a parte superior do ferrolho e
comprimir o retém da alavanca de desmontagem.
- Simultaneamente, girar a (a) alavanca de desmontagem de 90° , no
sentido (b) horário.
2ª) RETIRAR O GUIA E MOLA RECUPERADORA
- Com a mão
esquerda, separa-se o
conjunto cano-ferrolho
da armação.
- Segurando o ferrolho pela mão
esquerda, pressionar com o polegar da
mão direita a parte posterior do guia da
mola recuperadora e, em seguida, aliviar a
pressão exercida, com cuidado de não
deixar a peça saltar.
- Retirar o conjunto de seu
alojamento no
ferrolho.
- Separar a mola recuperadora do
guia da
mola recuperadora.
110
3ª) SEPARAR O CANO DO FERROLHO
4ª) RETIRAR O BLOCO DE TRANCAMENTO
- Segurar o cano com uma das mãos e com a outra levantar a parte
posterior do bloco de trancamento, retirando-o lateralmente.
5ª) DESMONTAGEM DO CARREGADOR
- Com auxílio de um toca-pino, comprimir o ressalto da chapa retém
do fundo do carregador, em seguida deslocar para fora o fundo do carregador.
Com o polegar, amparar a chapa-retém do fundo do carregador, a fim de evitar
uma descompressão violenta da mola.
Sairão do interior do carregador:
a) Chapa-retém do fundo do carregador.
b) Mola do carregador e transportador.
ORDEM DAS PEÇAS
- Terminada a DESMONTAGEM DE 1º ESCALÃO da Pst 9M975,
você deve ter colocado sobre a mesa, na ordem de desmontagem, da esquerda
para direita, as seguintes peças ou partes da arma:
- Comprimir o
mergulhador do bloco de
trancamento para frente até
que as asas do bloco de
trancamento sejam retiradas
dos seus alojamentos
existentes no ferrolho.
- Retirar do interior do
ferrolho, o conjunto cano-
bloco de trancamento,
levantando a parte posterior
do ferrolho.
111
1.ARMAÇÃO
2. MOLA RECUPERADORA
3. GUIA DA MOLA RECUPERADORA
4. FERROLHO
5. BLOCO DE TRANCAMENTO
6. CANO
7. FUNDO DO CARREGADOR
8. CORPO DO CARREGADOR
9. CHAPA-RETÉM DO FUNDO DO CARREGADOR
10. MOLADO CARREGADOR
11. TRANSPORTADOR
MONTAGEM EM 1º ESCALÃO
A montagem da arma é realizada na ordem inversa da desmontagem,
razão pela qual é importante ordenar as peças ou partes, procurando memorizar
suas corretas posições de montagem. Segue a seguinte ordem:
1º) MONTAGEM DO CARREGADOR;
2º) MONTAGEM DO BLOCO DE TRANCAMENTO;
3º) COLOCAÇÃO DO CANO NO FERROLHO;
4º) COLOCAÇÃO DO GUIAE MOLARECUPERADORA;
5º) COLOCAÇÃO DO FERROLHO NAARMAÇÃO.
112
MEDIDAS COMPLEMENTARES
1º) ENGATILHAR A ARMA
Empunhar a arma, cano para cima, e agir na parte serrilhada do
ferrolho, trazendo-o para retaguarda e largando em seguida.
2º) DESENGATILHAR A ARMA
Conservando a mesma posição anterior, pressionar a tecla do gatilho.
3º) TRAVAR A ARMA
Agindo no registro de segurança, travar a arma.
4º) COLOCAR O CARREGADOR
Introduzir o carregador em seu alojamento, no punho, verificando o
seu aprisionamento pelo retém do carregador.
113
10. FUNDAMENTOS DO TIRO DE PISTOLA
A compreensão dos fundamentos do tiro e o tiro de instrução
ensinam ao combatente as regras de tiro justo (preciso e regulado) e o
preparam para os exercícios de combate.
Para execução do tiro, o atirador deve ter em mente os seguintes
fundamentos:
1. Posição Estável 2. Pontaria
3. Controle da respiração 4.Acionamento do gatilho
POSIÇÃO ESTÁVEL
EMPUNHADURA
É o ajuste da(s) mão(s) do atirador à arma, proporcionando firmeza
ao conjunto, facilitando a realização da pontaria e o correto acionamento do
gatilho.
Colocar a arma na mão que atira com auxílio da outra.
A mão que não atira coloca a arma no “V” da mão que atira.
“V” da mão Auxílio da outra mão
114
Empunhadura com uma das mãos (básica)
auxílio da mão que não atira - a arma é segura por esta,
envolvendo o ferrolho à frente do guarda-mato, deixando o punho voltado para
o atirador, em condição de ser empunhado.
empunhadura alta - leva-se a mão que atira ao punho da arma,
buscando colocar o “V” da mão, formado pelo polegar e indicador, o mais
acima possível no mesmo.
arma no prolongamento do antebraço – (a) o ferrolho deve ficar o
mais alinhado possível com o antebraço (visa aumentar a firmeza da
empunhadura e o controle do recuo da arma).
dedos médio, anelar e mínimo - fecham-se sobre a parte anterior do
punho.
intensidade da pressão da mão sobre o punho - pode ser
comparada com a de um aperto de mão normal.
dedo polegar - colocado de maneira natural e relaxada sobre o
registro de segurança ou tocando levemente a armação, sem exercer pressão
lateral sobre ela ou tocar-lhe o ferrolho.
115
dedo indicador - toca a tecla do gatilho com a parte média da
falange distal e sua interseção com a medial.
pulso - firme para melhor controle do recuo da arma.
Empunhadura com duas mãos
Deve ser usada sempre que possível, pois permite maior firmeza e
melhor controle, facilitando o reenquadramento do controle do recuo das miras.
empunhadura - primeiramente com uma das mãos conforme
descrito anteriormente;
colocação da mão auxiliar - dedos unidos, com exceção do polegar,
envolvem os três dedos da mão que atira, à frente do punho e pressionando a
parte inferior do guarda-mato, através da falange proximal do dedo indicador.
116
pulso da mão auxiliar - é levado ao encontro do outro, fazendo com
que esta mão ocupe o espaço vazio sobre a placa do punho. Os polegares ficam
distendidos, sem tocar no ferrolho.
pressão da mão auxiliar - deve apertar os dedos da outra, no
sentido perpendicular à direção de tiro, com a mesma intensidade da mão que
atira.
trancamento da empunhadura - pressão da mão auxiliar sobre a
que atira, com o forçamento de um pulso contra o outro e o dos cotovelos para
dentro. O pulso da mão que atira deve permanecer trancado, opondo-se à força
para cima aplicada pelo dedo indicador da mão auxiliar ao guarda-mato. O
trancamento é indispensável para o controle da arma durante sequências de tiro
rápido.
pressão constante - a força ao empunhar pode ser menor nos
disparos simples (precisão), ou máxima, sem causar o tremor da arma, nos tiros
rápidos, mas sempre constante.
POSIÇÕES DE TIRO
A melhor posição é aquela em que o atirador sente-se estável e
confortável, permitindo uma correta empunhadura e uma boa visada,
contribuindo, assim para um bom disparo.
Posições básicas: EM PÉ, AJOELHADO e DEITADO.
Adaptações de acordo com o combate (inimigo, terreno ou abrigo
utilizado).
Ajustes de acordo com as características individuais do atirador.
1. Posição de Pé
Características:
- boa flexibilidade;
- apresenta maior silhueta ao inimigo;
- pode ser com uma ou duas mãos.
Com uma das mãos:
Adotada na impossibilidade de ser empregada a empunhadura com
duas mãos e em algumas modalidades esportivas.
Tomada da posição:
- corpo ereto;
- abertura dos pés da mesma largura que a dos ombros;
117
- pés formam um ângulo de aproximadamente 45 graus com a linha
atirador-alvo;
- cabeça ereta, gira na direção do ombro do braço que sustenta a
arma de maneira a permitir a visada das miras;
- corpo relaxado, mantendo as pernas distendidas sem enrijecê-las;
- cotovelo do braço armado é mantido reto e não flexionado
(transmitir o recuo ao ombro do atirador);
- outra mão, relaxada, no cinto à frente.
A mão do atirador é
apoiada sobre um suporte.
O punho da pistola não
deverá estar encostado no suporte.
118
2. Posição Ajoelhado
Posição de joelhos elevado Posição de joelhos baixo
Posição de joelhos apoiado Colocação do pé do lado da mão
que atira na posição de joelhos
Características:
- apresenta menor silhueta;
- melhor apoio para a arma (joelho);
- utilização mais adequada do abrigo.
Tomada da posição:
- atirador de frente para o alvo;
- ajoelhado sobre o joelho da mão que atira (perna 45 graus com a
direção de tiro);
- sentado sobre o calcanhar, ponta do pé apoiada no chão (facilitar
mudança de direção);
- outra perna na direção do alvo, pé chapado ao solo, tornozelo
abaixo e à frente do joelho e ponta do pé voltado para dentro e paralelo à outra
perna;
- braço da mão auxiliar apoiado sobre o joelho correspondente,
cotovelo mais à frente;
- empunhadura com duas mãos, cotovelos forçados para dentro.
119
3. Posição Deitado
Características
-posição mais estável;
-ideal para tiros a longa distância;
-deve ser adotado para adaptação aos abrigos existentes ou para
reduzir ao máximo a silhueta do atirador.
Processos para deitar (a partir da posição de pé):
-flexiona os joelhos;
-ao tocar o solo, o tronco é inclinado para frente;
-a mão auxiliar apoia-se o mais à frente possível;
-braço da mão que atira é distendido paralelo ao solo e voltado para
o alvo;
-tronco continua o movimento para baixo, até que o lado do braço
armado e o tronco toquem o solo;
-mão auxiliar levada ao encontro da outra, formando a empunhadura
com ambas.
-Flexionar o joelho e o tronco;
-tocando o solo com a mão auxiliar logo à frente dos pés e com o
braço entre os joelhos;
-braço armado flexionado à frente e a arma apontada para frente;
-ao tocar o solo, as pernas são lançadas distendidas para trás;
-mão armada levada à frente;
-corpo toca o solo inicialmente com o lado do braço armado;
120
-braço armado totalmente distendido;
-libera a mão auxiliar para formar a empunhadura.
Tomada da posição:
-corpo na mesma direção da arma;
-pernas distendidas;
-pés tocando o solo com afastamento não superior à largura dos
ombros;
-dois cotovelos apoiados no solo;
-as mãos apoiados no solo ou uma posição mais elevada,
dependendo da altura do alvo;
-cabeça permanece na vertical ou inclinada para o lado do braço
armado.
121
PONTARIA
Tomar a LINHA DE MIRA
Tomar a LINHA DE VISADA
Ao apontar, verificar se a arma foi
orientada de forma que o projétil, orientado pelo
cano, atinja o alvo. Para obter um resultado
positivo ele precisa ter o entalhe da mira e o alvo
numa posição conhecida como “FOTOGRAFIA”.
A fotografia estará correta quando
tomada a LINHA DE MIRA, o topo da maça
apareça sobre o centro da silhueta.
A obtenção da fotografia implica em
dois atos distintos: Tomar a LINHA DE MIRA e
Tomar a LINHADE VISADA.
Consiste no alinhamento adequado do
entalhe de mira e da maça de mira.
Observar a posição do topo da maça,
exatamente no centro de entalhe de mira.
Imaginando-se duas linhas, uma horizontal
e outra vertical, passando pelo centro de entalhe, o
topo de maça parecerá tocar a linha horizontal, e a
mesma parecerá dividida, longitudinalmente, em
duas partes iguais pela linha vertical.
Consiste no prolongamento da linha de
mira até o alvo, de modo que o topo da maça de
mira pareça estar exatamente sobre o centro da
silhueta, dividindo-a em duas partes iguais.
122
Importância da tomada da LINHA DE MIRA
Idem ao que acontece com o Fuzil 7,62 M964, convém lembrar que
tomar a linha de mira é mais importante do que tomar a linha de visada.
Colocação do olho em relação ao entalhe de mira O atirador deve
acostumar-se a colocar o olho sempre à mesma distância do entalhe de mira.
Sendo que esta distância variará para cada posição de tiro, mas não
deverá variar dentro de uma mesma posição, caso contrário haverá variação no
grupamento do tiro.
Acompanhamento
Manter a pontaria após o disparo, sem fechar os olhos (FOLLOW
THROUGH).
CONTROLE DA RESPIRAÇÃO
Uma respiração correta é importante no ato de atirar Fisiologia da
respiração e o ato de atirar:
O ciclo respiratório é acompanhado pelo movimento rítmico do
tórax, abdômen e ombros, causando oscilação do armamento e dificultando a
precisão.
Durante a inspiração há um esforço muscular para sugar o ar para o
interior dos pulmões e a consequente contração de músculos.
A expiração não exige esforço muscular. Basta liberar o ar e ele é
expulso dos pulmões, ocorrendo o relaxamento muscular.
Entre a expiração e a próxima inspiração existe uma pausa
respiratória natural de normalmente 2 a 3 segundos, na qual permanece uma
certa quantidade de ar remanescente nos pulmões e a musculatura continua
relaxada.
Esta pausa pode ser prolongada, criando um espaço de tempo ideal
para a execução de um ou mais disparos, não devendo exceder a 12 segundos,
pois pode turvar a visão e causar no atirador a ansiedade por respirar.
Na realização de tiro(s) rápido(s), não há como coincidir a pausa
com a aparição do alvo, sendo o ciclo interrompido onde estiver.
ACIONAMENTO DO GATILHO
É o principal fundamento do tiro. Uma boa posição, uma pontaria
correta e um bom controle da respiração podem ser desperdiçados com o mau
acionamento.
123
POSIÇÃO DO DEDO INDICADOR
A falange distal do dedo indicador pressiona a tecla do gatilho
exatamente para a retaguarda, na direção do pulso e paralelamente ao cano.
A área de contato do dedo com a tecla do gatilho varia da região
central até a articulação da falange distal.
Não deve tocar a armação.
O movimento do dedo para trás deve ser realizado somente a partir
da segunda articulação, entre as falanges proximal e medial.
EXECUÇÃO DA PRESSÃO
Deve ser exercida de forma progressiva, com o atirador realizando a
fotografia correta.
Aumentar a pressão até ocorrer o disparo.
É importante não alterar a pressão da empunhadura durante a
compressão do gatilho, ou seja, o movimento do indicador deve ser totalmente
independente.
ERROS MAIS COMUNS
Gatilhada - é o acionamento brusco do gatilho devido à ansiedade do
atirador em acertar, com isso poderá errar o alvo.
Antecipação - é outra conseqüência de comandar o tiro.
Adiantando-se às reações do disparo, o atirador aumenta a pressão da
empunhadura e torce o punho para baixo, como para compensar o recuo da
arma.
Esquiva - é quando o atirador puxa os ombros para trás, procurando
fugir do recuo da arma.
Obs.: há também o caso em que os olhos são fechados antes do
disparo, perdendo-se a fotografia.
125
12. NÓS E AMARRAÇÕES
Nó é um entrelaçamento feito a mão da(s) ponta(s) ou seio de um
cabo ou mais, seguindo uma ação criteriosa, formando uma massa uniforme.
Um bom nó tem três características: fácil confecção, eficiência em sua
utilização e fácil soltura (mesmo depois de submetido a grandes tensões ou
molhado).
Nós e amarrações são empregados nas mais diversas atividades do
ser humano, particularmente nas realizadas ao ar livre (Camping). São
empregados no montanhismo, sendo obrigatórios para quem deseja praticar a
escalada, saber confeccionar um nó ou uma amarração. Têm maior importância
ainda no montanhismo militar, no qual são usados em tarefas fundamentais,
como
equipagem de vias e sistemas de resgate e de evacuação de feridos e material.
NOMENCLATURA APLICADA ÀS CORDAS
ALÇA- É uma corda ou curva em forma de “U” feita com uma corda.
ANEL- É uma volta em que as partes de uma corda se cruzam.
CHICOTE - São os extremos livres de uma corda.
COCAS - São as voltas ocasionais que aparecem em uma corda.
FIRME - É a parte que fica entre o chicote e a extremidade fixa da corda.
SEIO - É a parte central de uma corda.
CABO SOLTEIRO - É uma corda de 4 a 5 m de comprimento, geralmente de 6 a
8 mm de diâmetro, usada para assentos de escalada, segurança individual,
tracionamento de cordas, condução de material de escalada etc.
COÇAR - É gastar a corda pelo atrito com uma superfície áspera.
FALCAÇA - É a união dos cordões dos chicotes de uma corda por meio de
barbante ou fogo. No caso das cordas de fibra sintética, impede que os chicotes se
desmanchem e facilita o manejo das cordas.
MORDER - Prender uma corda por pressão, seja com outra corda ou com
qualquer superfície.
PERMEAR - Dobrar a corda ao meio;
RETINIDAS - Cordas de 5 a 6 mm de diâmetro, usadas para trabalhos auxiliares.
SAFAR UMACORDA- Liberar uma corda quando enrolada;
AJUSTAR UM NÓ -Apertar o nó;
BATERACORDA-Ato de desencocar uma corda.
8 mm de diâmetro, usada
para assentos de escalada,
segurança individual,
tracionamento de cordas,
condução de material de
escalada etc.
COÇAR - É gastar a corda
pelo atrito com uma
superfície áspera.
FALCAÇA - É a união dos
cordões dos chicotes de
uma corda por meio de
barbante ou fogo. No caso
das cordas de fibra sintética,
impede que os chicotes se
desmanchem e facilita o
manejo das cordas.
MORDER - Prender uma
corda por pressão, seja com
outra corda ou com
qualquer superfície.
PERMEAR - Dobrar a
126
manejo das cordas.
MORDER - Prender uma corda por pressão, seja com outra corda ou com
qualquer superfície.
PERMEAR - Dobrar a corda ao meio;
RETINIDAS - Cordas de 5 a 6 mm de diâmetro, usadas para trabalhos
auxiliares.
SAFAR UMA CORDA - Liberar uma corda quando enrolada;
AJUSTAR UM NÓ - Apertar o nó;
BATER A CORDA - Ato de desencocar uma corda.
ACOCHAR O NÓ - Deixá-lo apertado rente ao corpo ou com seus arremates
rente ao nó principal.
CLASSIFICAÇÃO DOS NÓS
No montanhismo militar, os nós são classificados em:
- NÓS ELEMENTARES - NÓS DE EMENDA
- NÓS ALCEADOS - NÓS DE AMARRACÃO
NÓS ELEMENTARES
1 - NÓ SIMPLES OU LAÇADA
2 - NÓ EM OITO (ALEMÃO)
- Faz-se primeiro uma meia-volta e
passa-se o chicote pelo meio.
- Serve para fazer um caroço no cabo,
aumentando o seu diâmetro.
- Serve para impedir que um cabo corra.
- Primeiro faz-se uma meia-volta e o
chicote passa por baixo do seio. Depois passa
por dentro da meia-volta pelo lado inverso da
passagem pelo seio.
- Usado para evitar que o cabo desfie ou
para criar um pequeno caroço no cabo. É um nó
pouco conhecido, mas com a mesma função do
nó simples (tendo mais uma laçada), no entanto é
de mais confiança.
127
3 - NÓ DE FRADE
NÓS DE EMENDA
1 - NÓ DIREITO
2 - NÓ PESCADOR SIMPLES
- Um cabo passa por dentro da laçada do outro e faz uma laçada em
torno daquele. Posteriormente puxam-se ambas as laçadas até se unirem.
- Utilizado para unir dois cabos bem lisos, pode ser usado até em fio
de nylon. Tem a desvantagem de ser difícil de desatá-lo, o que é também, sua
qualidade.
- Faz-se meia-volta, passa-se o chicote 2 pela
meia-volta e puxa-se o chicote para fechar a laçada.
- Impedir um cabo de correr ou para rematar o
chicote de um cabo.
- É usado para evitar que o cabo desfie ou para
criar um pequeno caroço no cabo.
- laço direito sobre esquerdo,
passando por baixo;
- laço esquerdo sobre direito,
passando por baixo;
- os chicotes ficam do
mesmo lado.
- Serve para unir dois cabos
de diâmetros iguais.
- Arremate: Pescador duplo.
128
3 - NÓ DE PESCADOR DUPLO
4 - NÓ DE ESCOTA OU SINGELO
5 - NÓ DE ESCOTA DUPLO
NÓS ALCEADOS
1 – AZELHA SIMPLES
- Idem ao simples,
aumentando-se a segurança com
mais uma volta;
- Passa-se o chicote de um cabo
por dentro da meia-volta do outro e
depois por fora da volta.
- Dobra-se o chicote e passa-se a
dobra pelo próprio cabo.
- Serve para unir dois cabos de
diâmetros diferentes. Como está no
desenho, pode ser usado para colocar a
bandeira no mastro
- Passa-se o chicote de um cabo
por dentro da meia-volta do outro e de
novo por fora da volta.
- Faz-se uma meia-volta em torno
do outro e finalmente o chicote sob o
próprio e fora da meia-volta do outro.
- Utilizado como o nó de Escota,
com melhores condições de segurança. É
muito recomendado para cabos de
diâmetros muito diferentes.
- Serve para ancorar o cabo em
um ponto de amarração, podendo ser
induzida. Para não tesar demais o nó e
perder a corda, deve-se introduzir um
toco de madeira no meio do nó;
-Arremate: Pescador Duplo.
129
2 – AZELHA DUPLA
3 – AZELHA EM OITO
4 – AZELHA EM OITO DUPLA
-Idem a simples, porém não
podendo ser induzida, o que aumenta a
segurança;
-Arremate: Pescador Duplo.
-Idem a simples, com a vantagem
de tesar menos;
-Arremate: Pescador Duplo
- À semelhança da azelha,
serve para ancoragem da corda em
um ponto de amarração,
aumentando-se a segurança, muito
utilizada em operações com
helicópteros;
- Arremate: Pescador
Duplo.
130
NÓS DE AMARRAÇÃO
1 - NÓ-DE-PORCO OU BARQUEIRO
2 - NÓ BOCA-DE-LOBO
3 - NÓ PRÚSSICO
- Serve para fixar uma
corda em um ponto de
amarração.
- Arremate: Pescador
Duplo.
- Também é usado como nó de
ancoragem;
- Arremate: Pescador Duplo.
- Usado como nó para
ancoragem, tem a característica de
ser auto-bloqueante.
- Arremate: Pescador
Duplo.
131
4 - NÓ PRÚSSICO A SEIS VOLTAS
5 - NÓ MOLA
6 - NÓ MEIO-PORCO OU UIAA (União Internacional das Associações de
Alpinismo)
SEGURANÇAS
1 - LAIS DE GUIA
- Proporciona maior
segurança aos escaladores.
- Arremate: Pescador
Duplo.
-Empregado nas
ancoragens que necessitam
ser rapidamente equipadas
e desequipadas.
- Arremate: Nó de
Porco e Pescador Duplo.
- Nó descensor feito com o uso de um
mosquetão, utilizado nas técnicas verticais em
substituição aos aparelhos de descida, como o
oito.
-Serve, dentre
outras aplicações, para
segurança
individual do escalador.
-Arremate:
Pescador Duplo
132
2 - ATADURA DE PEITO
3 - ASSENTO AMERICANO
- Utilizado para a segurança do escalador e como ponto de
ancoragem para equipamentos de desescalada. Ex.: mosquetão e freio para
rappel.
- Arremate: Pescador Duplo.
- O nó direito deverá estar arrematado e sua confecção será no lado
oposto do braço principal.
- O assento americano deverá estar acochado.
-Utilizada exclusivamente
para a segurança do escalador;
- Arremate: Pescador
Duplo
- A azelha simples do
pescoço deverá estar com as duas
voltas paralelas, para baixo e para
a frente.
- O chicote menor da
azellha deverá estar para a
esquerda (destros) ou para a direita
(canhotos).
- O nó direito deverá estar
arrematado.
-A atadura deverá estar
acochada.
133
CONSIDERAÇÕES SOBRE A CONFECÇÃO DOS NÓS
1. Na confecção de um nó deve-se ter o cuidado de evitar trançar ou
torcer as voltas da corda, para não deformar sua aparência ou “fotografia”. Um
nó mal confeccionado poderá afrouxar e desatar quando não estiver sendo
exigido e, quando estiver com as voltas superpostas, será mais difícil de desatar
após tensionado;
2.Todo nó deve ser bem acochado e arrematado com um nó de
pescador ou um nó de pescador duplo. Este arremate visa aumentar a segurança
do nó;
3. O arremate deve ser confeccionado bem junto do nó;
4. Os seguintes nós não devem ser arrematados: simples, alemão,
frade, fita e meio porco; e
5. Além das características já citadas, os nós devem ser de fácil
confecção, fácil soltura e proporcionar a devida segurança.
134
13. APRESTAMENTO INDIVIDUAL
GENERALIDADES
Os oficiais e praças são responsáveis pelo fardamento e
equipamentos individuais que lhes forem distribuídos, incluindo nisto os
cuidados convenientes e a manutenção adequada. A responsabilidade é imposta
para se obter economia. Se, por falta de cuidado, oficiais ou praças vierem a
perder ou danificar fardamento e equipamento de sua responsabilidade,
sofrerão desconto do custo da substituição ou preparação dos artigos
respectivos.
Na zona de combate, a disponibilidade de suprimentos é de capital
importância para todo o combatente. É dever de todo soldado conservar o seu
fardamento e equipamento de modo que estejam disponíveis, quando
necessário. Se o fardamento não for convenientemente conservado, o soldado
pode sofrer as conseqüências de sua falta de cuidado.
EQUIPAMENTO
Dá-se o nome de equipamento a certas peças de lona ou nylon,
usadas pelo combatente com a finalidade de permitir ou facilitar o porte e o
transporte de armas, munições e artigos de uso pessoal necessário à vida, à
instrução ou ao serviço.
Peças componentes:
Equipamento para o aluno (armado de FAL):
- Cinto de guarnição (com suspensório, portacurativo, porta-cantil,
cantil-caneco, portacarregador de FALe baioneta).
- Mochila.
- Saco verde-oliva (VO).
Montagem:
O equipamento deverá ser cuidadosamente ajustado ao homem que
vai usá-lo, de modo a permitir a máxima eficiência e conforto. O equipamento
mal ajustado trará em conseqüência, desconforto e muitas vezes hematomas ou
compressões que irão, com a continuação do exercício, reduzir a eficiência e a
resistência do homem.
Montagem do cinto/Suspensório (fardo aberto)
Deverá ser montado da seguinte maneira:
135
-Afixar a Baioneta do lado esquerdo do cinto, na altura da costura da
calça.
- Porta cantil, à esquerda e à retaguarda do cinto.
- Porta-carregador à direita e à frente.
- Suspensório: na frente, colocar os ganchos nos segundos ilhoses de
cada lado; na retaguarda do cinto, nos ilhoses centrais.
APRESTAMENTO INDIVIDUAL
1. FINALIDADE
Orientar quanto às composições do material comum e dos kits a
serem preparados, conduzidos em seu equipamento, apresentados no
cerimonial e utilizados no exercício.
2. MATERIAL COMUM (obrigatório a todos os alunos)
a. Fardo Aberto
- cinto NAcom suspensório;
- faca de combate fosfatizada (opcional), manutenida e afiada (sendo
proibida bainha de lona, para Seg doAl);
- porta-cantil com cantil / caneco (limpo), à retaguarda e à esquerda
do corpo; e um portaCarregador de fuzil, à frente e à direta do corpo. Poderá
ser levado outro na mochila ou colocado a frente e à esquerda do cinto
(Colocar Liga de Borracha);
- apito (opcional), ancorado por cadarço de velame;
- bússola (opcional) colocada no suspensório, ancorada por cadarço
de velame ou cordel ou no kit de anotações;
- cópia da Identidade, que deverá estar guardado no bolso superior
direito da gandola;
- lanterna velada (pelo menos resistente à água, pode estar no fardo
de combate);
- relógio de pulso (da cor preta ou que não afete a disciplina da
camuflagem).
136
b. Fardo de Combate
- Mochila, com barrigueira e com a tampa fechada por seus tirantes e
presilhas originais, com todo o material no seu interior, exceto o capacete,
poncho e lona preta. (a presilha da barrigueira deverá estar protegida com fita
isolante).
-Agasalhos (de uso militar), malvinão ou suéter de lã.
- Borrachas reservas para o fechamento da impermeabilização dos
kits e ajustagem do fardo aberto.
- Cadarços reservas para a ancoragem de equipamento e/ou
fechamento da impermeabilização dos kits.
- 02 Cabos solteiros – presos à direita da mochila.
- Capacete balístico, com coifa camuflada e identificação à frente e à
retaguarda, preso com rede de motoqueiro na mochila (não poderá ser
pendurado pela jugular).
- Kits de: -Anotações.
- Costura.
- Camuflagem.
- Higiene Pessoal.
- Manutenção doArmamento / Faca de Combate.
- Manutenção do Coturno.
- Primeiros Socorros.
- Marmita (com tampa e limpa) e talher.
- Pilhas alcalinas reservas para a lanterna (desejável).
- Manta Leve – Impermeabilizada.
137
- Poncho. Pode ser colocado no suporte da mochila, preso com liga
de borracha ou dentro da mochila.
- Lona plástica preta (opcional). No tamanho de 2,5 metros por 2,5
metros.
- Rede preta de motociclista (aranha), para fixação do capacete
balístico sobre a tampa da mochila (quando o capacete estiver na cabeça, a rede
deverá estar dentro da mochila).
- Sacos plásticos resistentes para o material e sobressalentes (para
impermeabilização do material e substituição de sacos danificados).
- Sunga preta de banho.
- Uniformes de muda (farda de combate – 4ºA1, meias, cuecas e
camisetas camufladas);
- Gorro reserva na mochila.
- Toalha para banho (preferência para as pequenas e de alta
absorção).
- Short TFM e chinelo para banho.
- Cantil reserva ou garrafa pet. - opcional.
- Isolante térmico, dentro do invólucro do saco de dormir, preso na
parte superior da mochila.
- Saco de dormir, dentro da mochila.
- Cordel para pelota – mínimo de 10 metros.
- Facão ou pá (opcional), dentro ou preso à esquerda da mochila.
Deverá ter sua bainha na cor preta, verde ou camuflada.
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c.Armamento
1) FAL 7,62 M 964, manutenido e em condições de realizar tiro de festim e /
ou real, com a bandoleira estrangulada. Será utilizado nas instruções.
. COMPOSIÇÃO DOS KITS PARAOAPRESTAMENTO INDIVIDUAL
a) Kit de Manutenção doArmamento / Faca de Combate
b) Kit de Materiais Diversos
Chave de clicar e/ou chave de fenda;
Cordel para a limpeza do cano (com
tecido ou escova na extremidade);
Escova para limpeza externa do
armamento;
Estopa ou panos limpos (mínimo de 2
unidades);
Lenço tático (para colocação das peças
móveis);
Óleo (mínimo 50 ml);
Pincel.
Fita isolante;
Protetor solar;
Lanterna velada;
Isqueiro;
Ligas de borracha reservas
Canivete
Pilhas reservas;
Apito;
Sacos plásticos reservas;
Repelente de insetos
Protetor auricular
Cordeis
139
c) Kit de Anotações
d) Kit de Higiene Pessoal
e) Kit de Manutenção do Coturno
Bloco de papel para anotações;
Bloco de plástico para anotações;
Calculadora;
Canetas de retro-projetor ponta
média (existência de no mínimo
duas cores).
Canetas esferográficas (mínimo 2
cores) e / ou caneta 4 cores;
Lápis e borracha;
Prancheta de pequeno porte;
Régua (IMPORTANTE);
Escalímetro (IMPORTANTE)
Vasilhame com álcool e pano para limpeza das
anotações
Aparelho de barbear, gel ou creme e
pincel (se necessário para utilizar o
creme).
Escova, pasta de dentes e fio dental;
Espelho portátil;
Material para banho a seco (álcool e
pano ou lenços umedecidos, podendo
estar em um kit separado);
Papel higiênico (separado);
Pente ou escova;
Sabonete;
OBS.: Para a verificação do
aprestamento, o material para banho a
seco deverão ser colocados junto ao
kit de higiene pessoal.
Escova para graxa
Escova pequena com cerdas duras de
nylon (lavagem do coturno)
Graxa preta (mínimo de 01 lata)
Flanela
Linha verde ou preta;
Agulhas;
Tesoura pequena;
Botões;
Bombacha reserva.
140
f) Kit de camuflagem
g) Kit de Primeiros Socorros
4. OBSERVAÇÕES
a. Identificação
1) Os alunos deverão providenciar numeração no CAPACETE (á frente
e à retaguarda), no FUZIL (coronha lado direito) e na MOCHILA (em cima
da tampa da mochila), em retângulo de esparadrapo de 5 X 10 cm;
2) Essa numeração será feita com 02 algarismos, na cor preta e com o Nr
do aluno. O normógrafo dos algarismos será a de 45 mm, na proporção (C x L
– 10cm x 5cm). Ex: 01.
Pasta para pele ou bastão de tinta
verde e preta;
Pano VO e camuflado (pode estar
no kit diversos);
Atadura (01 rolo pequeno);
Álcool iodado ou similar
(30ml)
Curativo pronto tipo Band-Aid
(mínimo de 5 unidades);
Gaze (05 ataduras estéreis);
Esparadrapo impermeável
(mínimo de 01 rolo pequeno);
Pomadas para assadura { ex:
Hipoglós, Bepantol (mínimo ½
bisnaga)}
Pinça
01
141
3)Deverão ser conduzidas 4 identificações reservas;
4)Todo aluno deve conduzir no bolso direito da gandola o seguinte cartão
plastificado:
5) Os kits, o uniforme de muda, agasalhos e outros materiais isolados,
além de impermeabilizados, deverão ser identificados com o nome do kit ou
material, o número do aluno na seguinte formatação e conforme o modelo:
HIGIENE PESSOAL
Al 01 – CPOR-BH 2019
Mnt ARMAMENTO
Al 01 – CPOR-BH 2019
(FONTE: ARIAL, tamanho: 14; estilo: negrito; cor: preta).
6) O material do fardo aberto deve estar bem amarrado para não haver
extravio.
7) O Armt deverá estar permanentemente manutenido durante todo o
exercício.
8) Está permitida a utilização de garrafa “PET” (dentro da mochila) para
conduzir maior quantidade de água.
Nome: Alu Beltrano
Nr: 01
TS: O RH: +
Não sou alérgico ou
alérgico à
(penicilina, etc...)
143
13. TABELAS DE GRAUS PARA AS VERIFICAÇÕES DE
TREINAMENTO FÍSICO MILITAR
CORRIDA RÚSTICA DE 12’
FLEXÃO DE BRAÇOS