94429821 EDUCACAO ESCOLAR Libaneo Oliveira e Toschi 43 Imp
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As transforma~oes
tecnico-cientificas,
economicas e politicas
1. Revolu~ao tecnol6gica:
impactos e perspectivas
Inicialmente, buscaremos compreender em que con-
sistem as transforma
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Verifica-se, nessa compreensao, urn determinismo tec-
nologico que nao corresponde inteiramente a realidade.E preciso considerar que as transforma
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Fornece as condic;:oesobjetivas para um sistema de produc;:ooem
massa e para a ampliac;:oodo trabalho assalariado.
Aumenta a organizac;:oo e a gerencia do trabalho no processo de
produc;:oo,por meio da administrac;:oocientifica do trabalho (propos-
ta por Taylor e Ford): racionalizac;:oo do trabalho para aumento daproduc;:oo,eliminac;:oodos desperdicios, controle dos tempos e movi-
mentos dos trabalhadores na Iinha de montagem.
Ocasiona a fragmentac;:oo, a hierarquizac;:oo, a individualizac;:ooe
a especializac;:oo de tarefas (Iinha de montagem).
Intensifica ainda mais a divisoo tecnica do trabalho, ao mesmo
tempo em que promove sua padronizac;:oo e desqualificac;:oo.
Faz surgir as escolas industriais e profissionalizantes (escolas tecni-
cas), bem como 0operario-padroo.
TERCEIRAREVOLU
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agricultura, industria, comercio, pesquisa, transporte, tele-
comunica
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da agricultura e da industria, que passam por urn proces-
so de enxugamento e retra
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A EDucAt;:Ao ESCOLAR NO CONTEXTO DAS TRANSFORMAt;:OES DA SOCIEDADE CONTEMPORA.NEA As TRANSFORMAt;:OES T ECNICO-CIENTiFICAS, ECONOMICAS E POLiTICAS
area de transmissao a cabo ou por assinatura. Ensaia,
ainda, experimentos de interatividade, em que e possivel
obter urn feedback dos telespectadores mediante enque-
tes, respostas, debates, conversas, registro, recebimento de
informa
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As TRANSFORMAC;:OES TECNICO-CIENTiFICAS, ECONOMICAS E POLiTICAS
insignificante e pobre de conteudo, mas determinante
na crias:ao das condis:6es objetivas atuais de formas:ao de
uma cultura de massa mundial e de globalizas:ao do capi-
tal, como veremos adiante. A globalizas:ao s6 se tornou
possivel gras:asexatamente a urn sistema global, altamen-
te integrado pelas telecomunicas:6es instantaneas.Desse modo, a evidente utilizas:aoelitista e tecnomitica
da informas:ao e das novas tecnologias a ela relacionadas
imp6e 0desafio de perceber as potencialidades contradi-
t6rias e libertadoras da revolus:ao informacional, bem
como as condis:6es e as estrategias de luta pela demo-
cratizas:ao da informas:ao no contexto de uma sociedade
cada vez mais globalizada, 0que sup6e tambem demo-
cratizar a politica de comunicas:ao, como a concessao
de canais de radio e de TV.
CAPITALISMO: aspectos gerais
CONCEITUA
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oj Capit al ismo concorrenci al - secul o X V III e infcio do seculo XIX
etapa chamada tambem de Primeira Revolu~ao Industrial, fase in-
dustrial, capitalismo competitivo, fase do capital mercantil;
surge com as m6quinas movidas a energia (a vapor e, depois, ele-
trica) e promove r6pido crescimento, que se faz acompanhar de pro-gresso tecnico;
nasce a economia politica (com A. Smith e D. Ricardo) e a ideologiado laissez-faire (concorrencia generalizada com a elimina~aodo Estado
na regula~ao e no controle do mercado, do trabalho e do comercio);
divisao do trabalho coordenada ou orientada pelos mercados em
que as mercadorias sac vendidas (importa~ao/exporta~ao).
bj Capi tali smo monopol is ta - secul o X IX e infcio do seculo X X
etapa chamada tambem de imperialismo, capitalismo dos mono-
polios, Segunda Revolu~ao Industrial;
abandona 0 laissez-faire, com a conseqUente interven~ao nas ativi-
dades economicas e sua regula~ao;
consolida~ao dos Estados nacionais;
cria~ao de mecanismos de absor~ao do excedente para manuten~ao
do crescimento;
inicio da negocia~ao coletiva;
produ~ao/ consumo de massas (fordismo)e elevadas despesas estatais;
dominio da maquinaria no processo de trabalho/ desqualifica~ao do
trabalho;
produ~ao mais socializada e concentra~ao do capital; trabalhador coletivo/trabalho parcelar e integrado;
substitui~ao da concorrencia entre capitais industriais pelos mono-
polios (aumento do lucro das empresas monopolistas);
sistema de credito orientando a divisao social do trabalho. 0 juro
e a forma predominante de apropria~ao da mais-valia, sendo a com-
pensa~ao para quem detem 0capital;
fascismo e nazismo resultam em parte da tendencia do capitalismomonopolista/ estatismo conservador. Esses regimes organizam a vida
social de maneira totalit6ria, com 0apoio da burguesia ou da ciasse
media. Sao regimes militares, nacionalistas e antidemocr6ticos .
c) Capi tali smo monopol is ta de E st ado - secul o X X (pos-SegundaGuerra Mundial)
etapa chamada tambem de Estado benfeitor, Estado benefici6rio,Estado de bem-estar social, capitalismo de Estado, neoliberalismo
social-democrata;
papel do Estado articulado ao sistema de credito e aos mercados,
na coordena~ao da divisao social do trabalho;
planejamento macroeconomico (economia planificada) e politicas
de distribui~ao de renda e pleno emprego;
maior socializa~ao das for~as produtivas;
Estado empres6rio, regulador e interventor;
produ~ao de bens e servi~os pelo setor publico; Estado intervem em favor dos monopolios (fusao: Estado-capital
monopolista).
d) Capi tali smo concorrenci al global - secul o X X (infcio do deca-
d o d e 8 0)
Etapa chamada tambem de pos-capitalismo, economia de merca-
do, capitalismo f1exivel,neoliberalismo de mercado, Terceira Revolu-
~ao Industrial;
Estado minimo e economia de mercado; desregulamenta~ao e pri-
vatiza~ao;
acumula~ao f1exiveldo capital, da produ~ao, do trabalho e do mer-cado;
sistema financeiro autonomo dos Estados nacionais;
mudan~as tecnico-cientificas aceleradas;
ordem economica determinada pelas corpora~5es mundiais, pelas
transnacionais, pelas institui~5esfinanceiras internacionais e pelos pai-ses centra is;
globaliza~ao/integra~ao da produ~ao, do capital, dos mercados edo trabalho.
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Acelera~ao,integra~ao e reestrutura~ao capitalista
o capitalismo lan
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Globaliza~ao dos mercados: inclusao ou exclusao?
Embora 0termo globaliza
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diversifica-se e torna-se cada vez mais escasso, apesa r d e
seu caniter ainda altamente nacional, criando uma ten-
sao basica no novo processo produtivo: de urn lado, as
demandas por eleva
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financeiro intemacional, a fim de buscar formas de apli-
cac;:oeslucrativas em paises que se abrem ao capital exter-
no. Isso acontece porque 0 capital financeiro percorre
virtualmente 0mundo por meio dos computadores, pro-
curando as melhores condic;:oes geopoliticas para sua
reproduc;:ao, ou melhor, para a gerac;:aode altas taxas de
lucro, como tambem para se resguardar de desequilibrios
economicos e fugir dos impostos.
A globalizac;:ao financeira tern ocorrido, em grande
parte, grac;:asao empreendimento dos donos do capital
para tomar 0sistema financeiro autonomo dos Estados
nacionais, evidentemente com a ajuda do programa do
neoliberalismo de mercado. Tal empreendimento mate-
rializa-se atualmente na abertura economica, com a desre-
gulamentac;:ao,a nao-intermediac;:ao e 0desbloqueio (fim
das restric;:oeslegais), os quais permitem ao capital finan-
ceiro cruzar as fronteiras e circular livre e desimpedido.
A autonomizac;:ao da esfera financeira facilita a circu-
lac;:aodo capital ap
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De outro lado, 0poder de decisao ocorre nas instan-
cias mundiais de concentrayao do poder economico, po-
litico e militar, como a Organizayao das Nayoes Unidas
(ONU),o grupo dos sete paises mais ricos ou poderosos
(G-7), a Organizayao do Tratado do Atlantico Norte
(Otan),o Fundo Monetirio Internacional (FM!), 0Banco
Mundial (Bird), 0Acordo Geral de Tarifas e Comercio
(Gatt), a Organizayao de Cooperayao e Desenvolvimento
Economico (OCDE) e a Organizayao Mundial do Co-
mercio (OMC). Alem dessas instancias, e preciso consi-
derar, ainda, 0papel socioideol6gico desempenhado por
outras organizayoes mundiais, como a Organizayao da
ONU para a Educayao, Ciencia e Cultura (Unesco), a
Organizayao Mundial de Saude (OMS), a Organizayao
Internacional do Trabalho (OIT), bem como as organiza-
yoes nao-governamentais (ONGs). Ha, em geral, perfeita
simbiose entre os interesses das corporayoes transna-
cionais e a tomada de decisao nas instancias superiores
de concentrayao do poder mundial, sobretudo naquelas
que tratam dos assuntos economicos e militares.
As corporayoes transnacionais e as instancias supe-
riores de concentrayao de poder san cada vez mais cons-
tituintes, ordenadoras e controladoras da nova ordem
mundial. Com poder de deliberayao, em ambito mun-
dial, no campo economico, politico e militar, impoem e
monitoram as politicas de ajustes do projeto sociopolitico-
economico do neoliberalismo de mercado, ou melhor,dos interesses da burguesia mundial.
Os paises ricos ou primeiro-mundistas desempe-
nham papel ativo na criayao e na sustentayao dessa so-
ciedade politica global, com especial destaque para a
posiyao determinante do grupo dos sete paises mais ricos
ou poderosos do mundo (G-7: Estados Unidos, Canada,
Japao, Alemanha, Inglaterra, Franya e Italia) nas instan-
cias superiores do poder mundial, como mostra 0esque-
ma proposto por Steffan (1995, p. 518).
o Estado G lobalI
Governo global
IGrupo G-7
IEstrutura executiva
IPolitico
ISociallideol6gico
ONUAssembleia Geral
Secretaria GeralCorte Internacional de Justis;a
Unesco
OMSOil
IMilitar
BirdFM I
OCDEOMC
Gatt
ONUConselho de
Segurans;a
Embora ocorram conflitos por causa de interesses
divergentes, as decisoes do G-7, no tocante a nova ordem
economica mundial, correspondem a cota de poder decada pais no interior do Estado global. Desse modo, essas
potencias mundiais tern conseguido:a) atender aos interesses do capital transnacional;
b) controlar os riscos da sociedade global;
c) instalar urn sistema de rapida advertencia aos merca-
dos emergentes de paises do terceiro-mundo;
d) impor uma hierarquia de poder transnacional;
e) implementar as politicas neoliberais nos paises ter-
ceiro-mundistas e disseminar a visao de mundo neolibe-
ral, isto e , de uma sociedade regida pelo livre mercado.
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3. Neoliberalismo: 0mercado como
principio fundador, unificador
e auto-regulador da sociedade
da igualdade. Alternando-se conforme 0 estagio de
desenvolvimento e de adapta~ao, ambos tern impul-
sionado e sustentado ideologicamente determinados
processos de moderniza~ao. De modo geral, percebe-se
que 0paradigma da liberdade economica, da eficiencia e
da qualidade tern prevalecido nos momentos em que 0
capitalismolliberalismo e mais concorrencial, ao passo
que 0paradigma da igualdade tern sido mais hegemoni-
co nos momentos em que 0 capitalismolliberalismo e
mais estatizante-democratico.
Dessa forma, com 0auxilio dos dois paradigmas, 0li-
beralismo tern demonstrado capacidade de adaptar-se,
de incorporar criticas e de mudar de significado em cada
momenta (tempo e espa~o) pr6prio do desenvolvimento
do capitalismo, expressando sempre uma visao de mundo
que ordene e mantenha a sociedade capitalista como uma
realidade definitiva que se aperfei~oa para 0bem comum.Embora pare~am antagonicos em alguns momentos
hist6ricos, os dois paradigm as tern basicamente a mesma
origem e, na essencia, semelhantes germes constitutivos.
Os germes constitutivos do paradigma da liberdade eco-
nomica, da eficiencia e da qualidade sao percebidos com
maior visibilidade no Iluminismo, no liberalismo classico
(com J . Locke e A. Smith), no liberalismo conservador e
no positivismo, enquanto os constitutivos do paradig-
ma da igualdade estao mais presentes no Iluminismo, no
liberalismo classico (com J . J . Rousseau) e na Revolu~ao
Francesa.
Ha, no entanto, uma percep~ao mais clara dos dois
paradigmas quando se voltam os ollios para as condi~6es
objetivas do mundo ap6s a Segunda Guerra Mundial.
Nesse contexto, 0capitalismo monopolista de Estado,
com seu social-liberalismo ou Estado de bem-estar social,
tern como dimensao discursiva 0paradigma da igual-
dade, e 0capitalismo concorrencial global, com seu neoli-
beralismo de mercado, tern como discurso 0paradigm a
da liberdade economica, da eficiencia e da qualidade.
E possivel dizer que 0 capitalismolliberalismo vemassumindo duas posi~6es classicas que se revezam: uma
concorrencial e outra estatizante, muito embora seja
comum encontrar classifica~6es que apresentam quatro
etapas de desenvolvimento, como vimos na sintese de
estudo sobre 0capitalismo.
As duas posi~6es ou macrotendencias (a concorren-
cial e a estatizante) vem orientando historicamente os
projetos de sociedade capitalista-liberal, de educa~ao e
de sele~ao dos individuos. A prirrieira delas, a concor-
rencial, cuja preocupa~ao central e a liberdade econo-
mica (economia de mercado auto-regulavel), define-se
nas seguintes caracteristicas: a livre concorrencia e 0fortalecimento da iniciativa privada com a competitivi-
dade, a eficiencia e a qualidade de servi~os e produtos;
a sociedade aberta e a educa~ao para 0desenvolvimento
economico em atendimento as demandas e as exigencias
do mercado; a forma~ao das elites intelectuais; a sele~ao
dos melhores, baseada em criterios naturais de aptid6es
e capacidades. A segunda tendencia, a estatizante, apre-
senta caracteristicas cuja preocupa~ao central e de con-
teudo igualitarista-social, com 0objetivo de: efetivar uma
economia de mercado planejada e administrada pelo
Estado; promover politicas publicas de bem-estar social
(capitalismo social); permitir 0desenvolvimento mais
igualitario das aptid6es e das capacidades, sobretudo por
meio da educa~ao e da sele~ao dos individuos baseada
em criterios mais naturais.
o desenvolvimento hist6rico das duas macrotenden-cias leva-nos, ainda, a perceber a existencia de dois para-
digmas de condu~ao de projetos diferenciados de moder-
niza~ao capitalista-liberal: 0paradigma da liberdade
economica, da eficiencia e da qualidade e 0paradigma
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No periodo entre as guerras mundiais, em que surge
a expressao neoliberalismo, duas tendencias liberais esta-
yam presentes: uma que aparece como reas:ao ao libe-
ralismo conservador e ao positivismo (e assimila teses
socialistas) e outra fiel ao liberalismo de J. Locke eA.
Smith, com pinceladas do conservadorismo, do autorita-rismo e do elitismo (liberalismo conservador/positivis-
mo). E possivel notar que essas duas perspectivas seop6em na ados:ao de as:6espoliticas, economicas, sociais
e culturais, para obter hegemonia na condus:ao de urn
projeto de modernizas:ao capitalista.
A primeira tendencia, 0 novo liberalismolsocial-
liberalismo, que tern J . Dewey (1859-1952) eM. Keynes
(1883-1946) como maio res expoentes, assume a hege-
monia ideol6gica na sociedade capitalista da Segunda
Guerra Mundial ate a primeira metade da decada de 70,
quando, entao, comes:aa se esgotar. A segunda, 0neolibe-
ralismo de mercado (conservador e elitista), cujo maior
expoente e F. A. Hayek, sai de seu estado de hibernas:ao
para dar novo folego e solus:6es a crise mundial da deca-
da de 70,akans:ando seu ponto mais alto nos governos de
Ronald Reagan (EUA) e Margaret Thatcher (Inglaterra).
Vale ressaltar, todavia, dois aspectos fundamentais:
primeiro, 0neoliberalismo teorizado por Hayek nao sig-
nifica 0 fim do novo liberalismolsocial-liberalismo de
Keynes e Dewey ou mesmo uma negas:ao de todos os fun-
damentos do liberalismo c1
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Neoliberalismo
de mercado
Social-liberalismo/ Neoliberalismo
Novo liberalismo de mercado
d) Educa
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mundial do capitalismo monopolista de Estado e do
social-liberalismo/novo liberalismo. Nesse momenta da
vida nacional, sucede a tentativa de transformar a socie-
dade tradicional e arcaico-rural em uma sociedade mo-
derna e urbano-industrial.
o Estado brasileiro, no periodo de 1930-1964, expan-diu-se, a fim de nacionalizar e desenvolver a economiabrasileira, particularmente a industrializa~ao, por meio
da substitui~ao das importa~6es. Passou, tambem, a ado-
tar programas de educa~ao e de saude publica, de assis-
tencia a agricultura, de regula~ao dos pre~os, de seguros
sociais e outros. Criou ainda uma legisla~ao trabalhista
que fez concess6es ao proletariado, assegurando direi-
tos sociais como sahirio minima, ferias remuneradas e
aviso previo. De maneira geral, no periodo populista am-
pliaram-se os direitos sociais, economicos e politicos dos
cidadaos, em que pesem os sinuosos caminhos de cons-
titui
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Todavia, a necessidade de criar uma cultura tecnol6-
gica para a expansao d o ca pi tal, alem da requalifica
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Neoliberalismo e educa
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A EDUCA
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A EDUCAc;:Ao ESCOLAR NO CONTEXTO DAS TRANSFORMAC;:OES DA SOCIEDADE CONTEMPOAANEA
voltarem as tradiyoes liberais para encontrar 0 proprio
desenvolvimento economico. Exemplos da adoyao dessa
orientayao multiplicam-se na America Latina: Chile,
Mexico, Argentina, Brasil e outros.
a neoliberalismo de mercado, ao menos concei-
tualmente, luta contra 0estatismo, ou seja, contra 0Esta-
do maximo, contra 0planejamento economico, contra
a regulamentayao da economia e contra 0 chamado
protecionismo, ao mesmo tempo em que se enraiza no
mercado mundial, direcionando a construyao da nova
ordem internacionaL Assim, essa nova ordem postula a
liberayao total do mercado e a transferencia de todas as
areas e serviyos do Estado para a iniciativa privada.
Aos governos dos paises desenvolvidos (com suas
multinacionais, corporayoes, conglomerados e organi-
zayoes) interessa urn mundo sem fronteiras (ao menos,
sem as dos paises subdesenvolvidos), mediante a moder-nizayao da economia, a abertura dos mereados ao capital
transnacional, a integrayao economica, a nao-intervenyao
dos Estados na economia (com sua conseqiiente dimi-
nuiyao), a saida dos Estados do setor de produyao (por
sua privatizayao), a diminuiyao do deficit publico e a
diminuiyao de gastos do fundo publico em politicas pu-
blicas e sociais.
a capital parece ter vida propria e globaliza-se de
forma natural e espontanea, indicando os caminhos para
o progresso e para 0desenvolvimento de todos os paises.Varios organismos multilaterais (aNU, Banco Mundial,
FMI, Unesco, Cepal e outros) e, por conseqiiencia, na-
cionais orientam e impoem as politicas governamen-
tais para os fins desejados pelo capital transnacionaL
Dissemina-se 0 discurso de integrayao dos paises sub-
desenvolvidos a economia mundial, como forma de
tornarem-se desenvolvidos e serem salvos de urn futuro
catastr6fico nao demarcado pelos estagios do capita-
lismo avan
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ideologicamente, os principios de universalidade, gra-
tuidade, laicidade e obrigatoriedade do ensino.
Contraditoriamente, no entanto, vem-se discutindo
o problema da requalifica
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como 0controle do processo produtivo e 0aumento da
produtividade, ao passo que a tecnologia educacional-
se preocupa com 0metodo cientifico, para obter eficien-
cia, efiGiciae qualidade no processo pedag6gico - todos
os componentes educacionais (objetivos, administra
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no setor educacional. A compreensao hist6rica dos ger-
mes constitutivos da 16gicacapitalista-liberal reve1a,por
sua vez, seu carater conservador-elitista. Dai a necessi-
dade de considerar a nova onda de forma hist6rico-
critica, a fim de apreender a dire~ao politica e as reais
possibilidades de democratiza~ao da sociedade e da edu-
ca~ao. Essa tare fa esti associada a urgente necessidadede uma reestrutura~ao educativa capaz de corresponder
aos desafios impostos pe1asociedade tecno16gica a escola
e ao campo da educa~ao em geral.
Capitulo II
A EDUCA~Ao ESCOLAR PUBLICA
E DEMOCRATICA NO CONTEXTO
ATUAL: UM DESAFIO FUNDAMENTAL
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Programa de educa~ao dogoverno Lula: Uma Escola
do Tamanho do Brasil
Uma Escola do Tamanho do Brasil e 0 nome do
programa para educara.o do governo federal que assumiu
o Pais para um mandato de quatro anos, de 2003 a
2006. 0fato de, pela primei ra v ez, 0presidente brasileiro
vir das camadas populares p od e sinalizar que 0Pais
comera a tecer uma nova historia. A educara.o e uma
area que devera contar com diferenras de tratamento em
relara.o ao passado proximo e distante. 0titulo do
programa para educara.o expressa a prioridade que0
governo propoe oferecer it area. "Pensar a educa
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1. Democratiza~ao do acessoe garantia de permanencia
repetencia e a evasao. Tambem se fani com que a pratica
social e a experiencia de vida dos alunos sejam incluidas,
como elementos fundamentais, na organizac;:aodo conhe-
cimento e da cultura.
A valorizac;:aoprofissional dos docentes dar-se-a junto
com a valorizac;:ao do projeto politico das escolas, uma
vez que 0projeto da escola passa a ser referencia para aprogressao funcional baseada na experiencia e no desem-
penho dos compromissos desse projeto. Sera incenti-
vada a criac;:aode centros de formac;:aopermanente e de
aperfeic;:oamento dos profissionais da educac;:ao,por esta-
dos ou regiao, articulados com as universidades e com
os sistemas de educac;:aobasica. Incentivar-se-a tambem
a publicac;:aode trabalhos, pesquisas, analises e descric;:6es
de experiencias pedagogicas bem-sucedidas de autoria
dos profissionais da educac;:aobasica.
Democratizar nao significa apenas construir novas
escolas.Apesar de importante, so isso nao garante 0aten-
dim ento, verdade valida especialmente na zona ruraL E
preciso ampliar 0atendimento e assegurar a utilizac;:aode todas as alternativas para garantir 0acesso e a per-
manencia, articulando ate mesmo os servic;:osde trans-
porte escolar.
Para institucionalizar 0esforc;:ode todos em prol da
democratizac;:ao do acesso a escola e da garantia de per-manencia nela, buscar-se-a a construc;:ao de urn Sistema
Nacional Articulado de Educac;:ao,de sorte que Estado e
sociedade, de maneira organizada, autonoma e perma-
nente, possam, por meio de uma gestao democratica e
participativa, atingir os objetivos propostos.
3. Regime de colabora~ao
e gestao democniticaA qualidade social traduz-se na oferta de educac;:aoes-
colar e de outras modalidades de formac;:aopara todos,
com padr6es de excelencia e de adequac;:ao aos interes-
ses da maio ria da populac;:ao.Tern como conseqiiencia a
inclusao social, por meio da qual todos os brasileiros se
tornam aptos ao questionamento, a problematizac;:ao, atomada de decis6es, buscando soluc;:6escoletivas possiveis
e necessarias a resoluc;:aodos problemas de cada urn e dacomunidade onde se vive e trabalha (PT, 2002, p. 10).
o conceito de qualidade social que procurara per-mear a politica educacional dos proximos quatro anos
- a qual sera definida pela comunidade escolar, pelos
especialistas e estudiosos, pelos trabalhadores, enfim, por
todos os que estao envolvidos no processo formativo -
e discutido como se segue.
Em sua perspectiva, sera repensada a organizac;:aodos
tempos e dos espac;:osdas escolas, como a estrutura seria-
da, de forma que evite a exclusao, a qual tern levado a
Para cumprir os dispositivos da Lei de Diretrizes e Ba-
ses da Educac;:aoNacional em vigor, que estabelece 0regi-
me de colaborac;:ao entre as esferas administrativas, 0
governo Lula encaminhara proposta de lei complemen-
tar para regulamentar a cooperac;:ao entre as esferas de
administrac;:ao e instituir as instancias democraticas de
articulac;:ao.Buscara tambem reverter 0atual processo dem,unicipalizac;:ao predatoria da educac;:ao.
Algumas das propostas nessa direc;:aosao:
a) instituir 0sistema nacional de educac;:ao, normati-
vo e deliberativo, para articular as ac;:6eseducacionais da
Uniao, dos estados e dos municipios;
b) criar 0Forum Nacional da Educac;:aopara prop or, ava-
liar e acompanhar a execuc;:aodo Plano Nacional da Edu-
cac;:aoe de seus similares em cada esfera administrativa;
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c) fortalecer os foruns, os conselhos e as instancias da
educa
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de equipamentos, de bibliotecas, de condier6es fisicas e
de ambiente de estudo. Diante desse quadro, 0governo
Lula prop5e-se a:
Estabelecer, em comunhao com os estados, uma politi-
ca de ampliaerao de vagas, incluindo a construerao de
novas escolas.
Formar professores com estrategias de atuaerao no pe-
riodo noturno, para alcaneraruma nova qualidade, segun-
do a conceperao da escola unitaria.
Universalizar gradativamente 0ensino medio para todos
os portadores de certificaerao do ensino fundamental.
Articular governo federal e governos estaduais, para ga-
rantir ensino medio de qualidade, que proporcione urn
efetivo dominio das bases cientificas, com aer6esefetivas
sobre predios, sobre equipamentos, sobre a formaerao de
professores, sobre livros, sobre a participaerao da comu-
nidade na discussao do processo de avaliaeraoda escola,
do trabalho pedag6gico e de seus resultados, bem como
da gestao da escola.
Educaerao superior
o Pais tern urn dos men ores indices de matrkulas naeducaerao superior na America Latina (7,7% dos jovens
na faixa etaria de 18 a 24 anos). Nos ultimos oito anos,
a matrkula nas instituier6es publicas foi de apenas 28%,
enquanto nas particulares foi de 86%, em razao da redu-
eraodo oreramento para 0ensino superior, especialmente
para as universidades federais.o crescimento da demanda por ensino superior -
re1acionado ao crescimento de 200%, na decada de 90,
de concluintes do ensino medio - nao levou 0 subsis-
tema a responder, com a mesma intensidade, a essa pro-
cura. 0governo Lula prop6e-se a ampliar as vagas no
ensino superior, especialmente nas instituier6es publi-
cas. Para isso, pretende, entre outras coisas:
Ampliar as vagas no ensino superior em taxas com-
pativeis com 0Plano Nacional de Educa
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Revisar a legisla
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Garantia de vagas em estabelecimentos publicos.
Garantia de acesso, provendo transporte e adequa
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5. 0 financiamento publicoda educas;ao no Brasil
Diario Oficial da Republica Federativa do Brasil, Brasilia,
DF,1971.
___ . Plano Nacional de Educa
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HAYEK, Friedrich August von. 0 camin ho d a servidao.
5. ed. Rio de Janeiro: Instituto Liberal, 1990. Tradufao e
revisao de Anna Maria Capovilla, Jos e [talo Stelle e Liane
de Mo rais Ribeiro.
JARDIM, Ilza Rodrigues. E nsi no de 1Q e 2Q graus: estru-
tura e funcionamento. 5. ed. rev. e atualizada. Porto
Alegre: Sagra, 1988.
LIBANEO, Jose C. Os significados da educa
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Nlveis e modalidades
de educa~ao e de ensino
A educariio brasileira, tal como estabelece a Constituiriio
Federal de 1988, nos artigos 205 e 206, visa ao pleno
desenvolvimento da pessoa, a seu preparo para 0
exercicio da cidadania e a sua qualificariio para 0
trabalho. Para atendimento desses objetivos, 0ensino
deve ser ministrado com base nos
seguintes principios (art. 206):
I - igualdade de condi
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escolar brasileira, em seu titulo V (0 maior deles), com-
p6e-se de dois niveis: educa
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Ensino fundamental
o ensino fundamental e a etapa obrigat6ria da educa-~ao basica. Como dever do Estado, 0acesso a esse ensino
e direito publico subjetivo, quer dizer, nao exige regula-
menta~ao para ser cumprido. Seu nao-oferecimento, ou
sua oferta irregular, importa responsabilidade da auto-
ridade competente.A oferta do ensino fundamental gratuito estende-se
a todos os que a ele nao tiveram acesso na idade pr6-
pria, e nao se restringe apenas entre os 7 e 14 anos, como
previa a lei anterior.
o objetivo desse ensino (art. 32 da LDB) e a for-ma~ao basica do cidadao, mediante:
I - 0desenvolvimento da capacidade de aprender, ten-
do como meios basicos 0pleno desenvolvimento da
leitura, da escrita e do caleulo;
II - a compreensao do ambiente natural e social, do sis-
tema politico, da tecnologia, das artes e dos valores
em que se fundamenta a sociedade;
III - 0desenvolvimento da capacidade de aprendizagem,
tendo em vista a aquisi~ao de conhecimentos e habi-
lidades e a forma~ao de atitudes e valores;
IV - 0fortalecimento dos vinculos de familia, dos la~os
de solidariedade humana e de tolerancia reciproca
em que se assenta a vida social (Brasil, 1996).
o ensino fundamental regular deve ser ministradoem lingua portuguesa, assegurando as comunidades indi-
genas a utiliza~ao de suas linguas maternas e os processos
pr6prios de aprendizagem, como a Constitui~ao tambem
expressa.
A nova lei da educa~ao faculta aos sistemas de ensino
desdobrar 0ensino fundamental em cidos. Alguns esta-
dos, como 0de Sao Paulo, por exemplo, ja fizeram essa
op~ao e passaram 0primeiro cido, da primeira a quart a
serie, para a responsabilidade dos munidpios. Essa me-
dida gerou urn modelo que se estendeu a todo 0Pais.
o ensino fundamental, como tambem toda a educa-~ao basica, pode organizar-se por series anuais; por pe-
dodos semestrais, por cielos,-por periodos de estudos,
por grupos nao seriados, por idade, por competencia
ou por qualquer outra forma que 0processo de apren-
dizagem requerer.
A despeito de sua obrigatoTiedade, a elassifica~ao em
qualquer serie ou etapa do ensino fundamental pode-se
dar independentemente de escolaridade anterior, por
meio de avalia~ao feita pela escola que defina 0grau de
desenvolvimento e a experiencia do candidato e permi-
ta sua inscri~ao na serie mais adequada.
A jornada escolar noensino fundamental deve ser
de, ao menos, quatro horas de efetivo trabalho em sala
de aula, sendo progressivamente ampliada para tempo
integral, a criterio dos sistemas de ensino. Vale destacar
que essa defini~ao de amplia~ao da carga horaria ~m,pli-
ca significativo aumento dos recursos financeiros a serdestinados a manuten~ao e ao desenvolvimento do ensi-
no, uma vez que pressupoe a constru~ao de novas esco-
las e salas de aulas, a eleva~ao do numero de professores
e de outros profissionais, alem de outros custeios, de
forma que atendam a demanda por periodo integral. Pelo
que expressa 0Plano Nacional de Educa~ao, aprovado
pela Lei 10.172, de 9 de janeiro de 2001, para os dez
anos seguintes, nao ha previsao de recursos financeiros
(Brasil, 2001).
Os currkulos do ensino fundamental e medio in-
eluem uma base nacional comum e uma parte diversifi-
cada a ser complementada em cada sistema de ensino,
levando em conta as Diretrizes Curriculares Nacionais
definidas pelo Conselho Nacional de Educa~ao para uma
e outra etapa da educa~ao basica.
A Resolu~ao CNE/CBE n22/98 (Brasil, MEC, CNE/
CEB, 1998a), que fixa as diretrizes curriculares nacio-
nais para 0 ensino fundamental, apresenta como prin-
dpios norteadores da a
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responsabilidade, a solidariedade, 0respeito ao bem co-
mum, os direitos e deveres da cidadania, os exercicios
da criticidade e tambem os principios esteticos, tais co-
mo a sensibilidade, a criatividade e a diversidade de mani-
festa
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As Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs), insti-
tuidas pela Resolwrao CNE/CEB nll3, de 26 de junho de
1998, referem-se, em seuart. F, a um''' co nj un to d e defi-
nifoes doutrinarias sobre principios, fundamentos, e proce-
dim entos a serem observados na organizafClo pedag6gica e
curricular" das escolas que oferecern esse nivel de ensino,
a fim de vincular a educa
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Direito ublico sub' etivo
equivale a reconhec er que eplenamente eficaz e de
aplicabilidade imediata, isto
e, nao exige regulamenta~ao.Se nao for prestado de
forma espontfmea, pode ser
exigido judicialmente.
de ensino. Embora 0 texto legal estimule 0 acesso do
trabalhador a escola e sua permanencia nela, alem de
definir os sistemas de ensino como os responsaveis por
garantir a gratuidade nessa modalidade de educa
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A oferta de educa~ao especial e dever do Estado -
esta expressa na Constitui~ao Federal de 1988 (art. 205
e 208) e tambem na LDB de 1996 (art. 58, 32), tendo
inicio na faixa etaria de 0 a 6 anos, durante a educa~ao
infantiL A educa~ao especial e entendida, na LDB,como a
modalidade oferecida para educandos portadores de ne-
cessidades especiais, preferencialmente na rede regular
de ensino. Esse processo tern sido chamado de inclusao.
Para a integra~ao desses alunos nas classes comuns, a lei
requer capacita~ao dos profess ores e especializa~ao para
atendimento especializado. Se necessario, deve haver ser-
vi~os de apoio especializado, na escola regular, para aten-
der as peculiaridades da clientela de educa~ao especial.
o conceito de necessidades especiais amplia 0 dedeficiencia, uma vez que se refere "a todas as crianfas e
jov ens cujas necessidades decorrem de sua capacidade ou
de suas dificuld ad es d e aprendizag em " (Declara~ao deSalamanca, 1994).0 principio fundamental da linha de
a~ao da Conferencia Mundial .sobre NecessidadesEducativas Especiais, realizado em Salamanca/Espanha,
em 1994, e
que as escolasdevem acolher todas as crian~as, indepen-
dentemente de suas condi~{jes fisicas, inteleetuais,
sociais, emocionais, lingUisticasou outras. Devem acolher
crian~as com deficiencia e crian~as bem-dotadas; crian-
~as que vivem nas ruas e que trabalham; crian~as de
popula~{jes distantes ou nomades; crian~as de minorias
lingUisticas,etnicas ou culturais e crian~asde outros gru-
pos ou zonas desfavorecidos ou marginalizados (Decla-
rayao de Salamanca, 1994, p. 18).
baseia-se no principio de que "toda s a s difere nfa s hu -
ma nas SaD normais e de que a aprendizagem deve, po r-
tanto, ajustar-se as necess idades de cada crianfa" (p. 18).
Prop6e uma pedagogia centrada na crian~a. 0 profes-
sor deve mudar sua perspectiva social, valorizando mais
o potencial do que a incapacidade dos educandos.
Conforme 0 documento, 0 alto custo das escolasespeciais leva a supor que apenas pequena minoria de
alunos de1as se beneficie. Sugere, entao, que os profis-
sionais dessas escolas form em os professores das escolas
comuns, de modo que estes se tornem mais aptos a atuar
na educa~ao integradora. 0 principio fundamental das
escolas integradoras e que as crian~as devem aprender
juntas, sempre que possive1,independentemente de suas
dificuldades e diferen~as. Sobre estas as escolas devem
ter reconhecimento e atua~ao, assegurando aos alunos
urn ensino de qualidade.
o processo de inclusao de alunos especiais, no Brasil,teve inicio antes mesmo da capacita~ao dos professores,
o que tern gerado certo desconforto nestes ultimos, por
.se sentirem despreparados para l idar com essas dificul-
dades educativas, assim como nos pais de alunos, por
lamentarem 0mho ter perdido atendimento especiali-
zado. Tal fragilidade na proposta de inclusao pode gerar
maior preconceito contra esse tipo de aluno. Ja foi anun-
ciado pelo governo federal a capacita~ao a distancia des-
ses professores por meio de programas da TV Escola, 0
que ainda nao ocorreu.Documento do MEC sobre municipaliza~ao da edu-
ca~ao especial, 0qual segue a propost a de Salamanca,
da conta de que 10% da popula~ao de urn pais emer-
gente e portadora de alguma deficiencia. Essa infor-
ma~ao, aliada ao fato de que e alto 0 custo das escolas
especiais e a necessidade de me1horar 0custo/beneficio
do sistema educativo, possibilita inferir que a questao
da escola integradora extrapola 0 objetivo de oferecer
educa
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