A Aceleracao Preparativos

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  • 8/18/2019 A Aceleracao Preparativos

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    A aceleração dos preparativos

    No início de julho, alguns conspiradores recomeçaram por conta própria ospreparativos. Em Minas, Artur Bernardes apoiou sem hesitação as articulações deirgílio de Melo !ranco. A pedido de irgílio, Bernardes escreveu a "leg#rio Macieldando$lhe certe%a de seu apoio ao movimento armado. Em&ora lhe parecesse

    inconveniente a revolução, "leg#rio cedeu diante dos argumentos de Bernardes. No'inal de julho, declarou a (indol'o )ollor e Maurício )ardoso *ue estava de acordocom o movimento, desde *ue ele 'osse de'lagrado antes de sua posse no governode Minas.

    +m 'ato novo veio modi'icar a morna situação em - de julho /oão 0essoa 'oiassassinado em 1eci'e por /oão 2antas, *ue apoiava o governo 'ederal e era ligadoa /os3 0ereira, che'e do levante separatista de 0rincesa. " crime teve como móvelimediato um con'lito de car#ter privado e ligava$se tam&3m a lutas regionais, masna*uele momento toda a responsa&ilidade 'oi atri&uída ao governo 'ederal. "enterro de /oão 0essoa 'oi no 1io de /aneiro acompanhado por uma grandemultidão em am&iente de enorme comoção.

    " assassinato reacendeu o 4nimo revolucion#rio entre os políticos. "sconspiradores passaram a acelerar os preparativos militares e a pressionar osprincipais che'es. A posição de argas, de aparente alheamento ao movimento emuitas ve%es contr#ria 5 sua de'lagração, pode ser interpretada como umatentativa de não despertar a descon'iança do governo 'ederal. !oi isso e6atamenteo *ue ocorreu. " 1io 7rande teve condições de preparar o movimento com a *uaseignor4ncia do governo 'ederal.

    Entretanto, dois pro&lemas precisavam urgentemente de solução um deles era oapoio de Borges de Medeiros8 outro, o consentimento de "leg#rio Maciel. Borges deMedeiros preparava uma entrevista onde 'a%ia críticas 5 solução revolucion#ria.

    "svaldo Aranha 'oi encarregado de demov9$lo da id3ia, tare'a *ue cumpriu comsucesso. Al3m do mais, o&teve o apoio de Borges para o movimento revolucion#rio,o *ue permitiu *ue os preparativos daí em diante se acelerassem. :uanto a"leg#rio, os conspiradores o&tiveram, a'inal, sua concord4ncia em 'a%er a revoluçãomesmo após a sua posse em setem&ro.

    "s che'es militares começaram então a pressionar os che'es políticos para *ueestes se de'inissem em relação ao movimento. )om a ren;ncia de 0restes ao postode che'e militar da revolução, 0edro Aur3lio de 7óis Monteiro 'oi convidado aassumir seu lugar. 7óes comandava então o ndependente, em ?ão (uís 7on%aga @ 1? @, e, ao aceitar a che'ia do estado$maiordas 'orças revolucion#rias, pediu licença ao general 7il de Almeida, comandante da

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    'im de se evitar um levante isolado e sem possi&ilidades de 96ito, de'lagrado porelementos e6altados da 0araí&a.

    "s recuos constantes, se por um lado levavam os conspiradores ao *uasedesespero, por outro 'acilitavam suas ações, j# *ue o governo 'ederal, in'ormadodesses recuos, não acreditava na possi&ilidade de sucesso do movimento,

    rela6ando a vigil4ncia e as provid9ncias para impedir os preparativos dosrevolucion#rios. A DD de setem&ro, "svaldo Aranha, juntamente com 7óes Monteiroe /oão Al&erto, deu por encerrados os preparativos, en*uanto entregava a argas aresponsa&ilidade de 'i6ar a data em *ue a revolução re&entaria em todo o Brasil.argas pediu então *ue um emiss#rio 'osse enviado ao 1io de /aneiro para seentender com os generais Augusto Gasso !ragoso, Al'redo Malan dKAngrogne e!rancisco 1amos de Andrade Neves, simp#ticos 5 Aliança (i&eral, e deles o&ter apromessa de *ue, caso o movimento 'osse vitorioso e o governo de Lashington(uís a&andonasse o poder antes da chegada de argas 5 capital da 1ep;&lica, elesimpediriam *ue o governo caísse nas mãos de outros *ue não os revolucion#rios.)aso os generais não aceitassem essa proposta, argas con'iava *ue, sendo eleshomens de honra, nada revelariam so&re esse acordo. (indol'o )ollor 'oi enviado ao

    1io de /aneiro para se entender com os generais, *ue concordaram com a propostade argas.

    Ainda durante o m9s de setem&ro, argas procurou dissimular seu envolvimento naconspiração, &uscando, so&retudo, despistar o senador 0aim !ilho e o general 7il deAlmeida, am&os 'ortemente leais a Lashington (uís. 0aim !ilho 'oi indu%ido atransmitir in'ormações tran*ili%adoras ao presidente, negando a participação deargas na trama revolucion#ria. En*uanto isso, argas entendia$se com o general,con'idenciando$lhe certos detalhes inconse*entes da revolução. Mas 7il deAlmeida perce&eu a artimanha em DH de setem&ro alertou o ministro da 7uerra,general Nestor ?e%e'redo dos 0assos, so&re as reais intenções de argas. Apesar detodas as advert9ncias, Lashington (uís não ordenou nenhuma medida preventiva

    para deter a revolução, sendo surpreendido pelos acontecimentos.Em -H de setem&ro, argas e Aranha decidiram desencadear a revolução no dia <de outu&ro. ?egundo o plano adotado, o movimento deveria irrompersimultaneamente no 1io 7rande do ?ul, Minas e estados do Nordeste. A açãodeveria ter início, por escolha de "svaldo Aranha, 5s DI