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1 A ALEGRIA DE DEUS NOS FORTALECE 7/8 Neemias 8.10-12 - Por Israel Belo de Azevedo ROTA PARA A RECUPERAÇÃO DA ALEGRIA Algumas atitudes podem ser salutares, na estrada da alegria. 1. Temos que olhar para Deus, em sua alegria. Em seu diálogo com Jó, Eliú diz algo bonito: quando uma pessoa "ora a Deus e recebe o seu favor; vê o rosto de Deus e dá gritos de alegria, e Deus lhe restitui a condição de justo" (Jó 33.26). 2. Temos que olhar para nós, no que somos, imagem-semelhança de Deus. As pessoas nos vêem como derrotadas, mas Deus nos vê como vencedores. Nós nos vemos como frustradores, mas Deus nos vê como realizadores. "Em todas estas coisas [coisas ruins] somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou" (Romanos 8.37). As pessoas nos rejeitam, mas Deus nos aceita. Nós nos consumimos na autocrítica, mas Deus vê nossos valores. As pessoas abusam de nós, mas Deus nos acolhe. Nós mesmos nos autoflagelamos, mas Deus tira o chicote de nossas mãos. Eis a sua garantia, referindo-se à nação de Israel (e que se aplica a nós): “Eu a amei com amor eterno; com amor leal a atraí" (Jeremias 31:3) As pessoas não esquecem nossos erros, mas Deus simplesmente os apaga. Nós mesmos nos afogamos em nossas incompetências, mas Deus as transforma em qualidades. É por isto que Jesus aparece a Pedro, que o traira, e lhe pede: "Pastoreie as minhas ovelhas" (João 21.17). Se um dia você falhou, quem lhe confiaria tal missão? Nem você mesmo. A Pedro, depois de fazer este pedido, faz outro convite: "Siga-me" (João 21.19). 3. Temos que evitar a drenagem da alegria que Deus já inoculou em nós. Li um belo testemunho de um pastor da Malásia, na Ásia: "Eu também descobri que é muito importante não deixar que as queixas, as exigências dos outros, os julgamentos dos outros, as condenações dos outros, a incompreensão dos outros, a raiva dos outros, o pecado dos outros, etc., definam nosso valor e nossa identidade. Se houve vezes em que fiquei em apuros e fiquei muito abalado, foi porque permiti que o meu valor e a minha identidade fossem definidos por aquilo que os outros disseram sobre mim e fizeram a mim. Acho que quando me permito fazer isso, mato meu próprio espírito e minha própria autoestima. Então foi logo a Jesus e lembrei a mim mesmo como Ele me via. Lembrei a mim mesmo como eu era precioso para Jesus, como eu era importante para Ele, como Ele me amou e morreu por meus pecados, etc. E eu sempre acabava sendo levantado. Quando eu permito que Jesus defina meu valor e minha identidade, experimento a alegria de Jesus como a minha força". (SENG, Law Hui. The Joy of the Lord is my Strength). Não podemos esquecer da lembrança do poeta bíblico: "Tu aumentaste a minha força como a do boi selvagem; derramaste sobre mim óleo novo" (Salmo 92.10). De 14 a 20 de Agosto de 2016 - Ano 45 - Número 201

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AA AALLEEGGRRIIAA DDEE DDEEUUSS NNOOSS FFOORRTTAALLEECCEE 77//88 Neemias 8.10-12 - Por Israel Belo de Azevedo

ROTA PARA A RECUPERAÇÃO DA ALEGRIA Algumas atitudes podem ser salutares, na estrada da alegria. 1. Temos que olhar para Deus, em sua alegria. Em seu diálogo com Jó, Eliú diz algo bonito: quando uma pessoa "ora a Deus e recebe o seu favor; vê o rosto de Deus e dá gritos de alegria, e Deus lhe restitui a condição de justo" (Jó 33.26). 2. Temos que olhar para nós, no que somos, imagem-semelhança de Deus. As pessoas nos vêem como derrotadas, mas Deus nos vê como vencedores. Nós nos vemos como frustradores, mas Deus nos vê como realizadores. "Em todas estas coisas [coisas ruins] somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou" (Romanos 8.37). As pessoas nos rejeitam, mas Deus nos aceita. Nós nos consumimos na autocrítica, mas Deus vê nossos valores. As pessoas abusam de nós, mas Deus nos acolhe. Nós mesmos nos autoflagelamos, mas Deus tira o chicote de nossas mãos. Eis a sua garantia, referindo-se à nação de Israel (e que se aplica a nós): “Eu a amei com amor eterno; com amor leal a atraí" (Jeremias 31:3) As pessoas não esquecem nossos erros, mas Deus simplesmente os apaga. Nós mesmos nos afogamos em nossas incompetências, mas Deus as transforma em qualidades. É por isto que Jesus aparece a Pedro, que o traira, e lhe pede: "Pastoreie as minhas

ovelhas" (João 21.17). Se um dia você falhou, quem lhe confiaria tal missão? Nem você mesmo. A Pedro, depois de fazer este pedido, faz outro convite: "Siga-me" (João 21.19). 3. Temos que evitar a drenagem da alegria que Deus já inoculou em nós. Li um belo testemunho de um pastor da Malásia, na Ásia: "Eu também descobri que é muito importante não deixar que as queixas, as exigências dos outros, os julgamentos dos outros, as condenações

dos outros, a incompreensão dos outros, a raiva dos outros, o pecado dos outros, etc., definam nosso valor e nossa identidade. Se houve vezes em que fiquei em apuros e fiquei muito abalado, foi porque permiti que o meu valor e a minha identidade fossem definidos por aquilo que os outros disseram sobre mim e fizeram a

mim. Acho que quando me permito fazer isso, mato meu próprio espírito e minha própria autoestima. Então foi logo a Jesus e lembrei a mim mesmo como Ele me via. Lembrei a mim mesmo como eu era precioso para Jesus, como eu era importante para Ele, como Ele me amou e morreu por meus pecados, etc. E eu sempre acabava sendo levantado. Quando eu permito que Jesus defina meu valor e minha identidade, experimento a alegria de Jesus como a minha força". (SENG, Law Hui. The Joy of the Lord is my Strength). Não podemos esquecer da lembrança do poeta bíblico: "Tu aumentaste a minha força como a do boi selvagem; derramaste sobre mim óleo novo" (Salmo 92.10).

De 14 a 20 de Agosto de 2016 - Ano 45 - Número 201

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4. Temos que confiar e esperar que Deus está nos conduzindo como um pastor que cuida. A palavra de Jesus é confortadora: “Não tenham medo, pequeno rebanho, pois foi do agrado do Pai dar-lhes o Reino" (Lucas 12.32). Biblicamente falando, não há razão para estarmos inseguros. Na verdade, "o coração inseguro de seu Deus tem medo de rir" (George MacDonald). É por isto que o autor

aos Hebreus chama a esperança de "âncora da alma, firme e segura, a qual adentra o santuário interior, por trás do véu" (Hebreus 6.19), para ver como Deus vê. O convite que pula das páginas que Deus nos deixou é reconfortante: "O Senhor é a minha força e o meu escudo; nele o meu coração confia, e dele recebo ajuda. Meu coração exulta de alegria, e com o meu cântico lhe darei graças" (Salmo 28.7).

OO ccrriissttiiaanniissmmoo nnããoo éé pprriimmaarriiaammeennttee uumm ssiisstteemmaa ééttiiccoo,, uumm ssiisstteemmaa ddee rriittuuaall,, uumm ssiisstteemmaa ssoocciiaall,, oouu uumm ssiisstteemmaa eecclleessiiáássttiiccoo –– eellee éé uummaa ppeessssooaa,, eellee éé JJeessuuss CCrriissttoo,, ee sseerr uumm ccrriissttããoo éé ccoonnhheecceerr aa

JJeessuuss,, éé sseegguuii--lloo ee aaccrreeddiittaarr nnEEllee.. John Stott

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CCOONNVVOOCCAANNDDOO HHOOMMEENNSS VVIISSÍÍVVEEIISS Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho

Começo por um livro que li, de Jeanne Ray. Eis o enredo: Algumas mulheres tomam três remédios: Premacore, Ostafoss e Singsall, além de aplicarem Botox. São medicamentos para as mulheres em certa faixa etária, passando pelas complicações do envelhecimento. Com isso, tornam-se invisíveis. Isto se chama realismo fantástico. A autora mostra que elas já eram invisíveis para a família. Os filhos de uma só notaram a invisibilidade da mãe meses depois. Alguns maridos nem notaram. Jeanne mostra a depreciação da mulher como pessoa. Ela é útil para satisfazer o marido e ser doméstica de filhos adolescentes grosseiros que mal a notam. O livro é genial. Quem sabe ler (não apenas ver palavras, mas decodificar textos) sente o impacto do que é ser mulher numa cultura que glorifica o homem, a estética feminina e dá todo poder aos jovens. Provocativo! Tais mulheres eram apenas objetos que homens usavam. E filhos adolescentes mal educados exauriam. Eram pessoas emocionalmente invisíveis. Quando, na ficção, ficaram invisíveis fisicamente, sequer se notou isso. Agora, a palavra aos pais. Receio o culto a pessoas nas igrejas. Já há semi-deuses demais no cenário evangélico e não precisamos de mais. No Dia do Pastor, agradeça-se por sua vida. Ore-se por ele. Igualmente no Dia da Esposa do Pastor (que a Central lembra!). Também no Dia dos Pais e no Dia das Mães. Já vi muito culto às mães. Eu tive mãe. Não nasci de chocadeira, mas entendo que há limites para o sentimentalismo que grassa e medra sobre a lucidez em nosso meio. Mas o que tem o livro citado, a diatribe acima e o Dia dos Pais? Com o fato de que a grandeza de um pai (marido, líder da família) é ser provedor do lar. Não somente em nível material, pois muitas mulheres sustentam seu lar, mas o provedor de liderança, de segurança e equilíbrio para a família. O pai verdadeiro e marido autêntico não é o que manda, mas o que sinaliza liderança confiável e presta

segurança emocional à sua casa. O homem em que a mulher e os filhos confiam e em que se amparam. Digo, de brincadeira, que

no céu pegarei senha para conversar com Paulo uns vinte anos. Levantarei uma questão com ele, pois disse que foi

Eva quem caiu e induziu Adão, mas nunca disse que naquela hora Adão deveria estar junto da esposa. O momento mais difícil da vida dela, decisivo para ela e para a humanidade, ela enfrentou sozinha. Onde estava seu marido? Homens de verdade são pessoas presentes. Há uma crise de masculinidade no mundo. Nada a ver com o crescimento do homossexualismo, mas com a ausência de homens marcantes, que deixam rastros que a esposa e filhos vejam e se por eles se norteiem. No Dia dos Pais, seja Homem. Não Machão. Nem Brucutu. Seja um homem cristão, líder seguro e firme para seu lar. Deus lhe dê essa bênção, homem cristão! A de ser um homem visível!

SSee ddeesseejjaammooss aabbrraaççaarr aa ggllóórriiaa ddee DDeeuuss,, pprreecciissaammooss aabbrraaççaarr oo eevvaannggeellhhoo ddee CCrriissttoo..

John Piper

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DDAANNÇÇAA DDAASS CCAADDEEIIRRAASS Por Jim Mathis

Seth Godin, destacado escritor, empreendedor, marqueteiro e preletor, fez referênca em seu blog ao jogo infantil da dança das cadeiras. Suas palavras me trouxeram memórias das inúmeras vezes que participei dessa brincadeira quando menino. Se você não conhece a brincadeira, trata-se de um jogo no qual você anda em torno de um grupo de cadeiras enquanto toca uma música. Quando a música para, cada participante procura sentar-se numa cadeira. A pegadinha é que sempre há uma cadeira a menos do que o número de jogadores. Aquele que fica sem cadeira para sentar é eliminado do jogo. A lição que aprendi é que se não queremos brigar pela última cadeira, seria bom trazer nossa própria cadeira. Por “trazer a própria cadeira” quero dizer determinar-se a ser criativo, descobrir uma linguagem própria e fazer as coisas da nossa maneira, buscando aquilo em que somos melhores, o que mais nos entusiasma e nos apaixona. Lutar por uma cadeira é divertido

quando se tem dez anos de idade, mas não aos cinquenta. Conheço pessoas que gastaram tempo demais lutando por um número sempre crescente de cadeiras. Em muitas áreas vemos isso acontecer com cortes de funcionários, quando empresas economizam diminuindo seus quadros. Entre empreendedores

a “síndrome da dança das cadeiras” pode ser sentida quando mudanças no mercado e na tecnologia transformam negócios florescentes em empreendimentos que lutam apenas para sobreviver. O que podemos fazer para

“trazer nossa própria cadeira” quando mercados e oportunidades de emprego estão em declínio? No meu caso sempre houve demanda por alguém perito em fotografia. Com o decorrer dos anos desenvolvi habilidades em restauração de fotos antigas, transformando imagens antigas e desbotadas do passado em fotos novas e revitalizadas. Tive a mesma experiência com a música, minha outra paixão. Essas têm sido minhas “cadeiras”. A pergunta a fazer é: Qual é a minha cadeira? Quais as habilidades, talentos e experiências específicas que possuo que me distinguem dos demais onde trabalho? O que pode capacitar-me a escavar um nicho para uma nova carreira? Acredito que a Bíblia apresenta princípios relevantes que deveríamos considerar. Somos únicos, tanto pessoal como profissionalmente. Mesmo em empresas com muitas pessoas, cada uma tem uma formação, personalidade, interesses, talentos e experiências únicos. Precisamos considerar de que forma alavancar essas qualidades dadas por Deus, seja para nos tornarmos membros valiosos de uma equipe, seja para realizar algo por nós mesmos que nos dê alegria e senso de realização. “Tu criaste o íntimo do meu ser e me teceste no ventre de minha mãe. Eu Te louvo porque me fizeste de modo especial e admirável” (Salmos 139:13-14).

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OO MMUUNNDDOO DDAASS PPAALLAAVVRRAASS Por Israel Belo de Azevedo

A mágoa pode vir de um gesto. A ferida pode ser provocada por um golpe. O ressentimento pode ter sido gerado por uma atitude. Junto com o gesto, está a palavra. A palavra ecoa para sempre, como a única memória que permane-ce. A ferida é sempre embrulhada por uma palavra, que sobrevive à cicatriz que o golpe deixa. O ressentimento se torna vivo pela palavra presente na atitude. No princípio é a palavra. Uma palavra maldita nos habita para sempre, a menos que seja retirada de dentro de nossa alma. Ao longo da vida, ouvimos e proferimos palavras que magoam, ferem e destroem. Precisamos identificar essas palavras e mesmo quem as disse. Essa lembrança não nos curará, porque trará mais dor. Contudo, se dermos o segundo passo, seremos curados. Se dermos o passo do perdão, seremos curados.

Se perdoarmos quem nos magoou, voltaremos a viver contentes. Se formos os ofensores, não nos escondamos atrás de explicações, explicações que não aceitamos dos outros quando somos os ofendidos.

Se ofendemos, precisamos identificar nossas pesadas palavras, buscar o ofendido e lhe pedir perdão, reconhe-cendo que erramos, confessando que não devíamos ter dito de jeito nenhum o que dissemos.

Se pedirmos perdão, pode ser até que não haja reconciliação, mas já teremos dado o passo essencial, um compromisso de esperança que não podemos menosprezar, nem transferir, nem adiar. Palavras bem ditas eliminam mágoas, fecham feridas, reanimam vidas. Palavras bem ditas são como desenhos de ouro em esculturas de prata (Provérbios 25.11). Deus criou o mundo pela palavra. Deus recria o mundo pela Palavra e esta Palavra tem um nome: Jesus Cristo (João 1.1).

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QQUUEEMM TTEEMM UUMM PPÉÉ NNOO IINNFFIINNIITTOO PPOODDEE AACCEEIITTAARR SSUUAA FFIINNIITTUUDDEE

John Cox, ex-secretário-geral da Associação Mundial de Psiquiatria, recomendou a leitura de “É Preciso Saber Envelhecer”, do médico suíço Paul Tournier, que fundou em 1947 o Grupo Internacional de Medicina da Pessoa, por “sua capacidade de expressar verdades existenciais complexas e de estimular a fé”. Tournier - que morreu em 1986 aos 88 anos, quase três anos acima da atual maior expectativa de vida (85,9) - escreveu que o livro é dirigido não apenas aos aposentados, mas “principalmente aos que estão na plenitude de suas vidas”.

O que o jovem deve saber a respeito do velho: Uma civilização que despreza seus velhos é inumana (65).

Há uma cumplicidade universal pela qual cada indivíduo é responsável: seja o jovem, que não respeita o velho, ou o velho, que não admite o jovem (65).

Amar uma criança ou um velho é amá-los pelo que são e não pelo que fazem (73).

Já nos ensinaram a amar melhor as crianças, a nos interessar por elas. Agora é preciso aprender a amar os velhos (74).

Uma intimidade harmoniosa entre avós e netos pode vir a ser um tesouro incompa-rável, um benefício para ambos (79). Todas as faixas etárias têm profunda necessidade umas das outras. O desenvolvi-mento individual fica travado, se não se mantém um contato vívido com todas as demais faixas etárias. Os velhos precisam dos adolescentes e das crianças; precisam se sentir amados por uns e outros (81). Para a integração dos idosos em nosso mundo atual é preciso que haja uma mudança tanto pessoal como social. Todo idoso precisa ter condições de, na medida do possível, levar uma vida feliz, interessante e útil no seio da sociedade e, assim, reencontrar nela o seu lugar (137).

Entre os sofrimentos dos velhos há alguns que são provocados pelos homens: seus preconceitos, sua falta de amor, seu desprezo, a organização da sociedade e a sua iniquidade (195). O que o velho deve saber a respeito de si mesmo: Há dois momentos fundamen-tais na vida: a passagem da infância para a idade adulta e a passagem da idade adulta para a velhice (18). Para ter uma boa velhice é preciso começar a prepará-la cedo, e não retardá-la o mais possível. Na metade da vida se terá de começar a refletir e a organizar a existência com vistas a um futuro ainda distante, em vez de se deixar levar integralmente pelo torvelinho profissional e social (21). A rotina envelhece o indivíduo e o envelheci-mento precoce o leva à rotina (178). Não podemos dominar a velhice senão por meio da obediência a ela (196). Viver com Deus é partici-par de sua eternidade; quem tem um pé no infinito pode aceitar sua finitude. Esse passo decisivo, esse nascer para a vida eterna, podemos dar antes da velhice e da proximidade da morte (251).

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QQUUAANNDDOO UUMMAA IIGGRREEJJAA SSEE TTRRAANNSSFFOORRMMAA EEMM UUMM ““NNÃÃOO LLUUGGAARR””

Pr Evaldo Rocha

O sociólogo Zygmunt Bauman em Modernidade Líquida classifica o “não lugar” da seguinte maneira: “Um não lugar é um espaço destituído das expressões simbólicas de identidade, relações e história: exemplos incluem aeroportos, auto-estradas, anônimos

quartos de hotel, transporte público...”. Gostaríamos de partir desta definição para trazer um alerta a respeito daquilo que algumas igrejas estão se tornando ou podem se tornar. Nosso questionamento parte do pressuposto de que a igreja do Senhor - remanescente fiel - jamais será um não lugar, pois está para além de grupos evangélicos, espaços religiosos e denominações. Entretanto, percebemos alguns movimentos que nasceram com a bandeira cristã e estão se diluindo, consumidos por interesses que não são os interesses do evangelho. 1. Uma igreja se transforma em um não lugar quando sua proposta se fundamenta na exploração do ser humano ao invés da doação. A igreja como comunidade de Deus é formada por pessoas que abençoam outras pessoas e não um lugar sem afeto e continuidade. Temos percebido que algumas igrejas estão desenvolvendo estratégias que se diferem da proposta original do evangelho. O modus operandi visa extrair o que as pessoas têm, e não ajudá-las a ser o que Deus deseja que sejam. Na medida em que o foco é retirar e não doar – coisa do evangelho -, aquele ambiente se torna um não lugar pelo fato de que não existe interesse genuíno pelo indivíduo enquanto pessoa carente de Deus e de salvação, mas uma tática de exploração aos que passam pelo lugar que de fato é um não lugar. 2. Uma igreja se transforma em um não lugar quando prioriza o solilóquio (monólogo) em detrimento do colóquio (conversação). A igreja como comunidade de Deus não pode deixar de ser agência de transformação histórica fortalecida pelo diálogo e pela transparência. Quando uma igreja se transforma em um lugar onde o diálogo é desprezado em função de uma proposta qualquer termina sendo na verdade aquilo que não deveria ser: um não lugar. Um lugar sem relacionamentos

profundos e sem desenvolvimento pessoal que possibilita crescimento. 3. Uma igreja se transforma em um não lugar quando valoriza uma atuação momentânea sem desdobramentos futuros. A igreja como comunidade de Deus precisa atuar de forma integral em sua missão libertadora, tendo seus olhos abertos aos clamores do mundo perdido. O que deve provocar um olhar para além das fronteiras da própria comunidade de fé. Quando uma igreja vive de espetáculos como que estivesse representando, embora esteja desenvol-vendo muitos papéis dentro do programa local, deixa de ser um lugar de transformação para ser um lugar de exibição. Um lugar de performance sem interesse legítimo pelo outro. Como John Stott afirmou: “Toda atividade cristã se não for uma expressão de amor a Deus e ao próximo, é uma demonstração de falsidade, de gestos vazios e sem significado”. 4. Uma igreja se transforma em um não lugar quando se organiza como recinto religioso de

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consumo sem proposta de profundidade em Deus. A igreja como comunidade de Deus precisa rechaçar a superficialidade, marca de nossa sociedade pós-moderna que fabrica indivíduos que não desenvolvem seu potencial, não criam vínculos reais e vivem de experiências de satisfação. Quando uma igreja fortalece esta visão consumista ela se distancia do desígnio de Deus, transformando-se em um não lugar. Um lugar de consumo e um espaço que oferece um momento para ser desfrutado e não um lugar de permanência e de construção com Deus e com o próximo. 5. Uma igreja se transforma em um não lugar quando se distancia de sua missão como portadora da Boa Notícia e dos valores do Reino de Deus. A igreja como comunidade de Deus não pode ser um lugar efêmero e apenas de passagem – como um hotel, aeroporto, banco, supermercado ou um fast-food – pois nasceu com a missão de ser lugar de vida para os que carecem sem esperança. A missão da igreja não combina com um lugar destituído de identidade e que valoriza a transitoriedade.

Ser igreja é permanecer. Permanecer em Cristo (Jo 15.3-7), permanecer no amor (Jo 15.17); permane-cer na comunhão (At 2.42); permanecer no partir do pão (At 2.42); permanecer na misericór-dia (Lc 6.36); permanecer na Palavra de Deus (Jo 8.31); permanecer no ensino dos apóstolos (At 2.42); enfim permanecer em uma missão transfor-madora (Lc 4.18). Uma igreja jamais será um não lugar se permanecer focada na missão dada por Deus.

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NNAASSCCIIMMEENNTTOO 04/08 João Carlos da Mota Filho 08/08 Arthur Amorim Moreira 10/08 Nubia Lopes de Holanda Cunha 15/08 Lazara Mercia S. Martin Soeda 19/08 Sonia Regina Rodrigues Boscariol 20/08 Vania Cristina Molinari Silva 20/08 Queila Augusto Ferreira Moreira 21/08 Rosane Leite Motta 30/08 Maria Terezinha Bueno Ferreira

CCAASSAAMMEENNTTOO 04/08 Rodolfo Marra Soares e Tamara Viana Athayde Marra 06/08 Claudio de Oliveira Furtado Marineuza Bertoni F. Furtado 12/08 Damaris Santana da Fonseca Cinézio Alves da Fonseca * 21/08 Elizabete de S. S. Jabelufa Antonio I. S. Jabelufa *

ESCALA DO DEPARTAMENTO INFANTIL (03 A 07 ANOS) Data Horário Professor Tema

07/08/2016 Manhã Andrea Deus fez a família 07/08/2016 Noite Andrea Perto de Deus 14/08/2016 Manhã Bete Famílias importantes 14/08/2016 Noite Priscila Longe de Deus 21/08/2016 Manhã Vanessa Doze irmãos! Que confusão! 21/08/2016 Noite Vanessa A dupla dinâmica 28/08/2016 Manhã Tâmara Pai e filhos juntos novamente 28/08/2016 Noite Tâmara Gideão é escolhido

DDEECCLLAARRAAÇÇÃÃOO DDEE VVIISSÃÃOO,, MMIISSSSÃÃOO EE PPRROOPPÓÓSSIITTOOSS

NOSSA MISSÃO A Igreja Batista Betel é uma família que existe para glorificar a Deus e priorizar pessoas,

integrando, edificando e enviando para servirem a Deus e ao próximo.

NOSSA VISÃO A Igreja Batista Betel é uma família que existe para transformar pessoas sem Cristo em

verdadeiros discípulos e levar a maturidade os discípulos já alcançados.

NOSSA DECLARAÇÃO DE PROPÓSITOS Fundamentada nas Escrituras Sagradas, particularmente em o Novo Testamento, a IGREJA

BATISTA BETEL tem como base os cinco propósitos: Adoração, Serviço, Comunhão, Missões e Discipulado, visando cumprir sua Visão e Missão em Santo André, no Brasil e no mundo.

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NNOOSSSSAA AAÇÇÃÃOO MMIISSSSIIOONNÁÁRRIIAA

** Ásia - Roberto, Marina e filhos * PIB Missionária no Jd. Nova Conquista - Pr Josué

Franco da Silva (Diadema) ** Nação Sateré Mawé - Pr John, Sônia Wilkinson e

filhos (Amazonas) * Cuba - Pr Pedro Luiz Valdez e Raida Padron

* Itália – Pr Fabiano Nicodemo e Família

* SUSTENTO EM ORAÇÃO ** SUSTENTO FINANCEIRO

MMIISSSÕÕEESS..... PPLLAANNOO DDEE DDEEUUSS,,

PPRROOPPÓÓSSIITTOO DDAA IIGGRREEJJAA!!

VVOOCCÊÊ PPOODDEE FFAAZZEERR AA DDIIFFEERREENNÇÇAA!! OOFFEERRTTAA MMIISSSSIIOONNÁÁRRIIAA DDEE FFÉÉ......

Lembre-se: Existem missionários e suas famílias no campo esperando por ela.

PPaacciiêênncciiaa éé aa ccaappaacciiddaaddee ddee eessppeerraarr ee rreessiissttiirr sseemm mmuurrmmuurraaççããoo ee ddeessiilluussããoo..

John Piper