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A APLICABILIDADE DAS PLANTAS MEDICINAIS COMO RECURSO DIDÁTICO-

PEDAGÓGICO COMUNIDADE ESCOLAR

Autor: Sheila Gonçalves Macleod

Orientador:Prof.Drª.Juliana Bello Baron Maurer

RESUMO

Este projeto teve como objetivo principal inovar a tradicional aula de Ciências,

tornando-a mais atrativa, motivadora e dinâmica, utilizando os conhecimentos sobre

as plantas medicinais como recurso didático-pedagógico. O presente trabalho

consistiu no aprimoramento dos conhecimentos prévios dos alunos sobre as plantas

medicinais, através de várias atividades que se iniciaram com uma entrevista

realizada pelos alunos com seus familiares e amigos, acerca do conhecimento que

possuíam sobre as plantas medicinais. A partir do resultado das entrevistas, pode-se

conhecer as plantas mais citadas, e após foram realizadas pesquisas no laboratório

de informática e na biblioteca sobre o histórico, os efeitos e as formas de utilização

das plantas medicinais. Esta etapa mostrou aos alunos a importância da

biodiversidade e da conservação. A segunda atividade foi a montagem do glossário

com os termos sobre os efeitos e forma de utilização dessas plantas. No estudo da

morfologia e a classificação dessas plantas, os alunos puderam produzir maquetes

de raízes, flores, frutos e sementes. Dentro deste estudo foi criada a carpoteca, que

é uma biblioteca de sementes e também foi produzido um herbário, que é uma

coleção de excicatas, isto é, partes de plantas desidratadas e classificadas. As

atividades práticas realizadas no laboratório de Ciências foram muito reveladoras,

evidenciada pelo grande interesse dos alunos por essas atividades. Neste ambiente,

os alunos tiveram a oportunidade de aprender como se trabalha dentro de um

laboratório, através das normas de biossegurança. Os alunos conheceram alguns

reagentes e vários tipos de vidrarias utilizados em laboratórios. Os alunos

receberam o protocolo com informações para a realização das práticas, e ao final

entregavam um relatório sobre os experimentos realizados. O projeto transcorreu de

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forma organizada, resultando na ampliação e transformação do saber empírico em

científico, despertando nos alunos um novo interesse para a investigação científica.

Palavras-chaves: Plantas medicinais, Etnobotânica, Laboratório de Ciências,

Herbário, Carpoteca, Biossegurança.

1 INTRODUÇÃO

As plantas medicinais vêm sendo utilizada desde a antiguidade, passando

pelos povos árabes, egípcios, hebreus, gregos, indianos, chineses, romanos e

americanos, através dos séculos, disseminando seu uso com o intuito de

proporcionar alívio, cura, para muitos males que afligem a humanidade.

Os antigos dominaram o uso e conheciam muitos segredos da ação dos

princípios ativos das plantas medicinais.

Recorrer à natureza como forma de melhorar as condições de saúde é um

ato de longa data, o qual teve períodos em que o seu uso andava em alta entre a

população, porém com o crescimento da indústria farmacêutica, houve época em

que este costume quase chegou à zero, o que não aconteceu porque uma parte

pequena do povo continuava acreditando nos poderes dessas plantas e aliada ao

fato de ser de pouco preço, gastavam menos para adquiri-las. E assim, continuava

seu uso resistindo entre o povo e mais uma vez fez-se ressurgir com força total, não

só no Brasil, mas em todas as partes do mundo. Este é um hábito que continuará

existindo entre a humanidade, já que se trata de uma alternativa de baixo custo,

eficiente e culturalmente divulgada.

As pesquisas com plantas medicinais para o uso consciente são recentes, e

poucas são as plantas estudadas diante da diversidade das mesmas, embora sua

prática seja secular e ser mantida em nível da população tradicional, pouco se sabe

sobre seus efeitos, seja ele, benéfico ou maléfico, o que tomar, quando tomar e

quanto tomar. Não é por ser natural que não terá efeito colateral, pode ter sim, por

isso devemos saber mais como utilizar a nosso favor, essas maravilhas que nos foi

ofertada pela natureza.

Atualmente vivenciamos mais um novo período do apogeu das plantas

medicinais e tudo indica que será um longo percurso, então nada mais justo que

nossos alunos venham a ter acesso a essas informações, um contato mais íntimo

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com essas plantas e para isso, nada melhor que ofertar esses conhecimentos nas

aulas de Ciências, tornando-a mais atrativa e dinâmica, ampliando, enriquecendo os

conhecimentos da comunidade escolar, sobre o universo das plantas medicinais.

Conhecer como utilizá-las corretamente, saber a erva adequada para cada sintoma,

o uso adequado das mesmas.

Nossos alunos estão hoje inseridos no contexto do mundo globalizado, com

pouca ou muitas vezes, sem nenhuma motivação para nossas aulas tradicionais.

Com este estudo, através da utilização de pesquisas em bibliotecas, internet,

construção de maquetes de raízes, caules, folhas e frutos de exemplares das

plantas medicinais, montagem de exsicatas, criação da carpoteca, da horta

medicinal, cuidados e segurança de laboratórios até, as tão esperadas aulas de

práticas laboratoriais. Cada uma dessas atividades proporcionou aos alunos melhor

interação, compreensão dos conteúdos, interesse, muitas expectativas quanto as

novas atividades, motivando-os a sair do conhecimento empírico e ingressar no

campo da investigação científica.

Partindo do saber que os alunos possuem sobre as plantas medicinais e

através de entrevistas com seus familiares, amigos e vizinhos seguimos em frente,

como afirma Freire (2006,p.70) “ partir do saber que os educandos tenham não

significa ficar girando em torno deste saber. Partir significa pôr-se a caminho, ir-se,

deslocar-se de um ponto a outro.

Foi aberta a porta para a construção de mais conhecimentos. Os alunos assim,

se permitiram caminhar por novas etapas no mundo das plantas medicinais, através

das aulas de Ciências, respondendo as próprias dúvidas, que surgiam a medida que

suas pesquisas avançavam.

Por sentir a necessidade de enriquecer, ampliar as informações sobre o uso

correto das plantas medicinais e sentindo a urgência de melhorar as aulas de

Ciências que optei por interagir Plantas medicinais /aulas de Ciências, abrindo

caminho para novas experiências, trazendo mais luz sobre um assunto milenar e

que poucos sabem como utilizá-lo corretamente.

Este trabalho foi desenvolvido para trabalhar com a 8ª série (9º ano), porém,

também permite que seja usada para outras turmas de acordo com o conteúdo

abordado.

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2 OBJETIVOS

O objetivo principal do presente trabalho foi inovar a tradicional aula de

Ciências, tornando-a mais atrativa, motivadora e dinâmica, utilizando os

conhecimentos sobre as plantas medicinais como recurso didático-pedagógico.

Para isso este trabalho teve como objetivos específicos, contribuir para:

a) Melhorar o ensino de Ciências, dinamizando as aulas;

b) Enriquecer os conteúdos referentes à área de Ciências;

c) Trazer entusiasmo às aulas de Ciências;

d) Levar o aluno a se interessar pela pesquisa científica

e) Desenvolver atividades laboratoriais com plantas medicinais para reforçar os

conteúdos pedagógicos de ciências e biologia;

f) Realizar atividades que integrem os alunos à sua comunidade, fazendo-os

perceber a importância das plantas medicinais para a saúde e a sua respectiva

conservação;

g) Incentivar sua comunidade a criar em seus espaços, hortas ou vasos com plantas

medicinais, caso não haja espaço físico para o plantio das mudas.

h) Desenvolver hábitos na comunidade escolar acerca de informações, de como

utilizar as plantas medicinais;

i) Fortalecer, aprimorar, ampliar os conhecimentos prévios dos alunos, criando uma

intimidade com a pesquisa científica;

j) Despertar o interesse em profissões que envolvam a pesquisa científica.

3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A Organização Mundial de Saúde (OMS), em 1979, reconheceu oficialmente

as plantas medicinais, como aquelas que possuem em sua estrutura substâncias,

com finalidades profiláticas, isto é, com poder curativo, ou alívio de enfermidades.

Essas substâncias, conhecidas como princípios ativos, são hoje procuradas,

pesquisadas, com o intuito de abranger mais espécies estudadas e com o objetivo

final, para cura de várias doenças. Atualmente, por exemplo, pode-se destacar a

pesquisa científica de uma planta da família Euforbiácea, conhecida popularmente

como avelós. Os estudos brasileiros estão sendo realizada na Universidade Federal

do Ceará (UFC), Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e no hospital

Albert Einstein (São Paulo). Estudos clínicos já vêm sendo desenvolvidos com

pacientes portadores de neoplasias, os quais estão sendo tratados com o suco

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(látex) da referida planta (Câncer até quando? - Amigos da cura.

amigosdacura.ning.com/curadocancer/cancer-ate-quando, acessado em 05 de

dezembro de 2010).

A história das plantas medicinais remonta há 4000 anos a. C., na China,

onde as ervas eram usadas como medicamento. O imperador Shen Wung, escreveu

um tratado médico chamado ”Cânone das Ervas”,datado de 3700 anos a.C. Outro

registro chinês que relata os tratamentos com ervas medicinais, datado de 2800

anos a.C. pertence ao herborista Pen Tsao , com base na Medicina Chinesa.

(Academia da Força Interior, www.forcainterior.com/florais.html, acessado em 05 de

dezembro de 2010). No Médio Oriente foram encontradas as Placas de Barro do ano

3000 a.C, com importantes registros de importações de ervas pelos babilônios, que

faziam trocas por ginseng com os chineses, por volta de 2000 anos a.C..O

historiador grego Heródoto afirmava que muitos babilônios eram médicos amadores.

A farmacopéia babilônica continha mais de 1400 plantas. O primeiro médico e

curandeiro egípcio foi Imhotep (2980 a 2900 a.C), o qual utilizava as ervas para seus

preparados mágicos. Os egípcios deixaram papiros de grande importância, os

herbários mais antigos que se tem conhecimento, é o Papiro de Ebers, cuja data é

de 1500 a.C. e que foi encontrado pelo egipitólogo alemão George Ebers, é exibido

ainda hoje no Museu de Leipzig, na Alemanha. Constam de 125 plantas e 811

receitas. Neles vê-se que os egípcios, utilizavam as plantas medicinais na

cosmética, culinária, na medicina e principalmente no embalsamento, método que

muitos tentaram copiar, porém nunca foram superados. Perto do Egito e da

Babilônia, encontravam-se os sumérios, povos que possuíam as terras mais férteis,

eram excelentes agricultores. Em seus escritos há referências ao uso da erva-doce,

beldroega e alcaçuz. Nos Jardins Suspensos da Babilônia, há indícios que entre

árvores e flores, eram plantadas alecrim e açafrão. Ao mesmo tempo na Índia, por

volta de 1000 anos a.C., vivia-se o a grande era das ervas medicinais. As primeiras

referências estão no livro dos Vedas, na parte Athatva Veda, escrita por volta de

2500 anos a.C. (Marques,1999). As ervas medicinais na Índia eram muito

importantes, com grande valor comercial, e por isso os europeus se empenhavam

para encontrar o caminho para as Índias, cujo interesse estava no comércio das

especiarias: cravo, canela, gergelim, carambola, noz-moscada, gengibre, pimenta,

açafrão e babosa. Por causa desse comércio, deram-se início as Grandes

Navegações. Já na Grécia Hipócrates, o “Pai da Medicina”, no ano 460 a. C., tratava

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seus pacientes, através da dieta, hábitos de higiene do corpo e mente, com ervas e

estudos filosóficos. O “Pai da Botânica”, Teofrasto, discípulo de Aristóteles e Platão,

possuía o maior dos jardins gregos. Ele escreveu a história das plantas, onde

descreveu 450 tipos de árvores, flores e ervas em geral. No ano 78 d.C., ano do

apogeu do Império Romano, encontramos dois dos maiores herbolários da era

Cristã; Dioscórides, que percorreu todo o mediterrâneo coletando centenas de tipos

de plantas, que seriam descritas mais tarde em seu livro, intitulado “De Maneira

Médica”. Galeno, o outro grande herbolário era grego, e viveu entre os anos 130 a

200 d.C., é considerado o ”Pai da Fisiologia’. Sua maior descoberta foi o método

Galênico da separação dos princípios ativos de uma planta, e que é usado até hoje.

Para Marques (1999), a terapia com plantas medicinais começou com

Mitridates, rei do Ponto, no século II(entre 101 a 200 a.C.),sendo ele o primeiro

farmacologista experimental. Nesta época já eram conhecidos os Opiáceos, a Cila e

muitas plantas tóxicas.

No reinado de Elizabeth I da Inglaterra (1558-1606), entre os séculos XV e

XVI, algumas ervas valiam tanto, quanto o ouro ou a prata, e não havia dona de

casa ,que não tivesse ervas para a cura de doenças do dia a dia (Breve História das

ervas – em users.matrix.com.br/.../breve_historia_das_ervas.htm, acessado em 05

de dezembro de 2010). Neste mesmo século (XV),em 1597, John Gerard escreveu

Gerards Herbal um herbário de 1600 páginas. Em 1640 John Parkinson escreve o

Theatrum Botanicum, descrevendo o poder das ervas.

Nas Américas, no século XVI, (entre os anos de 1600 a 1699), foi

encontrado o manuscrito Badanius, o herbário asteca. (A Historia das plantas

Medicinais, em www.fazendadocerrado.com.br/fotos_noticias/1280/Livro.pdf,

acessado em 05 de dezembro de 2010). Os primeiros imigrantes chegaram às

Américas e nas suas bagagens traziam, ervas, como a aquiléia, camomila, que

cresciam junto com as plantas nativas. Thomas Jefferson, que foi o terceiro

presidente dos Estados Unidos, (1801-1809), plantava ele mesmo suas ervas

preferidas: menta, tomilho, lavanda, e alecrim.

No final do século XIX, com a Revolução Industrial, o poder curativo das

ervas foi discriminado. No entanto, pouco tempo depois, as ervas ressurgem, e

volta-se a consumir como antes. Novamente, no final da década de 50 até o final da

década de 70 ocorre, um novo período de declínio no uso das plantas medicinais. As

ervas foram perdendo lugar para os remédios sintéticos; crescia a indústria

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farmacêutica e o uso das plantas medicinais caiu, a um nível quase zero. A

população encantada com os novos medicamentos esquece-se das plantas

medicinais, e volta-se totalmente para as novas drogas, porém começam a surgir

efeitos secundários desses novos fármacos e aí começa a ressurgir a nova era das

plantas medicinais (início dos anos 80), cujo interesse cresce a cada dia em todos

os países. Pesquisas estão sendo realizados, princípios ativos sendo extraídos de

uma infinidade de espécies vegetais, onde provavelmente, se encontrará a cura para

várias enfermidades.

Desde o início, o homem já utilizava as ervas, porém não se conhecia seus

princípios ativos, relacionava-se apenas certa planta a certa enfermidade, e isso

foram passadas ao longo das gerações sendo transmitidas oralmente pela

população, e também através de manuscrito de antigas civilizações, (Cunha, 2003),

dessa forma chega-se aos dias atuais, e as pesquisas avançam, o consumo

aumenta (Biazzi, 2004), com isso, as ervas vêm disputando um lugar de evidência,

junto com os remédios sintéticos (Alvim et al., 2004).

Quando o homem, no início dos tempos, começou a se conhecer, encontrou

nas plantas o seu meio de cura, de alívio para seus males, só que hoje sabemos

que não é só pegar, tomar e já está curado, não, temos que ter conhecimentos, de

quais as ervas certas, para que não haja engano e ocorra alguma fatalidade. Mesmo

assim, as feiras, lojas de ervas medicinais, comercializam algumas espécies

altamente tóxicas, sem mesmo haver um estudo toxicológico e farmacológico, para a

comercialização dessas espécies. Desde o mundo primitivo, até os dias atuais, há

uma busca pela plena saúde, e a fonte da juventude, isto aliado ao fato de auto

medicar-se, que pertence a nossa cultura. É essa prática da automedicação, sem

saber o que se está ingerindo e se realmente serve para o problema que tem, por

esse motivo temos que difundir as pesquisas, garantindo dessa forma o uso correto

dessas ervas.

Recentemente, o Governo Federal lançou a “Política Nacional de Plantas

Medicinais e Fitoterápicos” (Decreto Presidencial, Nº813, 22 de Junho de 2006), a

qual estabelece diretrizes para garantir à população brasileira o acesso seguro às

Plantas Medicinais e Fitoterápicos, a melhoria da qualidade de vida da população e

do complexo produtivo na área de saúde, promover o uso racional e sustentável da

biodiversidade e desenvolver a cadeia produtiva e a indústria nacional. Porém,

apesar dos esforços do Governo Federal e das inúmeras pesquisas em diferentes

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áreas das plantas medicinais ainda a população não consegue ter acesso a todas as

informações para a utilização correta e com segurança desta poderosa forma

terapêutica.

Assim sendo, este trabalho vai de encontro às atuais políticas públicas,

quanto ao uso das plantas medicinais e de fitoterápicos, sendo este de grande

relevância no campo educacional, cultural, social e econômico da população

(Machado, Pinheiro, Guizardi, 2006).

Na área de Ciências e Biologia, utiliza-se tradicionalmente a metodologia de

aulas expositivas, auxiliadas pelos seguintes recursos didáticos: quadro de giz,

transparências, slides, livros didáticos, ainda, atualmente, a TV multimídia e a

internet. No método tradicional o professor é o centro do processo, transmissor do

conhecimento, onde o currículo é apresentado por partes e as atividades ficam

restritas aos livros textos e seus respectivos exercícios. Este método tem como

objetivo, saber se o aluno é realmente capaz de assimilar o que foi transmitido pelo

professor, ele não o prepara para a vida. O método tradicional vem sofrendo muitas

críticas, porque não é capaz de responder as necessidades atuais da sociedade,

contudo, não se encontrou um método realmente eficaz.

No presente trabalho propõe-se o desenvolvimento de recursos que ampliem

as possibilidades atuais de ensino na área de Ciências e Biologia. O estudo com

plantas medicinais vem sendo utilizados em algumas instituições de ensino. Na

Tabela 1 destacam-se alguns exemplos de projetos de ensino que utilizam o estudo

das plantas medicinais como recurso didático.

A escola especializou-se em um processo cognitivo verbal (que é o professor

através de aulas expositivas), para poder intuir o saber simbólico e socializar o saber

e a construção de significados. Pois ela não reconhece a importância da tecnologia,

daí, ou seja, o saber, a informação, fica para as práticas extra-escolares.

Os recursos didáticos atuais são ferramentas importantíssimas para a

prática pedagógica, como: TV multimídia, internet, vídeos e vídeos- conferência, que

vem promover a interação entre os alunos, despertar o interesse de participação,

estimular a criatividade e ao mesmo tempo propiciar diferentes fontes de informação.

O ensino foi tocado bruscamente por uma revolução tecnológica. Antes viviam e

executavam sempre a mesma coisa, hoje temos diversos recursos didáticos,

cabendo ao profissional da educação saber usá-los. No que dizem respeito à

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educação, todas as ações tem que ter presente a qualificação e a validação

socialmente reconhecida.

Tabela 1: Exemplos de projetos de ensino que utilizam o estudo sobre plantas

medicinais como ferramenta de recurso didático

Projeto Objetivo Instituição

e Público

alvo

Atividades e Conteúdos Consulta a

Plantas

medicinais

no Ensino

Fundamen

tal

Utilizar o

conhecimento das

plantas medicinais

no seu cotidiano

Centro

Educacion

al Rosa

Mística (3ª

e 4ª série

do ensino

fundament

al).

Implantação de canteiros

com mudas de plantas

medicinais.

Produção de xaropes,

vermífugos, pomadas,

sabonetes, shampoo,

tinturas e balas

www.ufcg.edu.b

r/~proex/.../impl

antcao%20de%

20canteiros.pdf.

Fichário

de Plantas

Medicinais

Estudar as

propriedades das

plantas medicinais

através da

confecção de um

fichário

Apresentação do fichário

sobre plantas medicinais

e propriedades

medicinais das plantas -

partes das plantas,

origem, características

peculiares.

http://www.cienc

iamao.if.usp.br/t

udo/busca.php?

key=fichario

Interação

entre os

Montar um

compêndio sobre

Professore

s da

Leitura de artigos sobre o

conhecimento das

Portal do

Professor -

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seres

vivos

plantas medicinais Secretaria

de Estado

da

Educação

– Curitiba /

Paraná.

Alunos do

ensino

fundament

al

propriedades medicinais

das plantas; distinção de

remédios alopáticos de

fitoterápicos;

reconhecimento da

importância de não se

automedicar

Plantas

Medicinais:

portaldoprofess

or.mec.gov.br/fi

chaTecnicaAula

.html?aula

Projeto a

Horta na

Escola

Dinamizar o

ensino de Ciências

Biológicas no

Ensino

Fundamental e

Médio

Alunos do

1º e 2º

anos do

Ensino

Médio

Atividades como

classificação das plantas,

estatísticas do tempo de

crescimento; confecção

de uma horta suspensa

com garrafas pet;

elaboração de livros

relacionados as plantas

medicinais e suas

propriedades

Desenvolvimento da

interdisciplinaridade entre

os conteúdos de

matemática, geografia e

ecologia

www.scribd.com

/doc.../Projeto-

a-Horta-Na-

Escola,

Construçã

o e

utilização

de uma

horta

medicinal

eletrônica

Alunos de

6ª série do

Ensino

Fundamen

tal

Construção de uma horta

eletrônica e a utilização

de diferentes ambientes

virtuais de aprendizagem

(mural, chat, e-mail).

www.sbc,org.br/

bibliotecadigital/

dowload.php?pa

per=613

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no ensino

de

Ciências

a Informações acessadas em 05 de dezembro de 2010

Na proposta do presente trabalho utilizar-se-á aulas práticas, que podem

ajudar no desenvolvimento de conceitos científicos, além de permitir que os

estudantes aprendam como abordar objetivamente o seu mundo e como

desenvolver soluções para problemas complexos (Lunetta, 1991). Um laboratório é o

local onde os alunos, além dos seus tradicionais cadernos, terão acesso a outros

tipos de equipamentos e a oportunidade de interagir com as montagens de

instrumentos específicos que normalmente eles não têm em um ambiente com

caráter mais informal do que o ambiente da sala de aula (Borges, 2002). Quando

falamos em atividades práticas, estas, não são apenas laboratórios, mais também,

podem ser realizadas em laboratórios de informáticas e em trabalhos de campo. O

desafio é fazer com que o educando queira aprender, criar nele interesse,

motivação, então, cabe-nos utilizar todos os métodos, o tradicional e as novas

tecnologias.

Ciências é um processo que tem início nos primeiros anos do ensino

fundamental, e se prorroga ao longo da vida. Através das Ciências podemos

conhecer todas as tecnologias, que nada mais são do que o resultado das pesquisas

em Ciências. O homem busca através desses estudos, tecnologias cada vez mais

apuradas, e que nos facilitem a vida, mesmo que algumas delas, junto com seus

benefícios possam nos trazer grandes malefícios (energia nuclear), contudo a

Ciência está aí, e os alunos precisam ter conhecimentos para refletir sobre os

benefícios – malefícios que rondam a nossa saúde, o meio ambiente, e é a partir das

plantas medicinais que vamos abordar vários assuntos que eles já tiveram contato

ou que ainda terão, espera-se com isso tornar o estudo de Ciências mais atrativo,

proporcionando aos alunos uma reflexão sobre a vida, através dos conteúdos

estudados.

4 METODOLOGIA

4.1 SELEÇÃO DOS ALUNOS

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Este trabalho foi realizado com alunos da 8ª Série do Ensino Fundamental

(9ºAno) do Colégio Estadual Paulina Pacífico Borsari, município de Curitiba. Como

no colégio existem três turmas de 8º ano, os alunos foram selecionados através de

uma entrevista, para avaliar quais estavam realmente interessados em participar do

projeto. O questionário apresentado na Figura 1 foi uma proposta utilizada para a

seleção dos alunos. Dos 40 alunos inscritos, 25 manifestaram interesse em

participar do projeto, onde a primeira etapa, foi uma conversa sobre as plantas

medicinais; o que seria visto em cada uma fases do trabalho e ocorrer interação

entre os alunos. Colhemos então, informações sobre seus conhecimentos acerca

deste assunto. A partir daí, já bastante estimulados, saíram com uma entrevista, que

teriam que fazer com seus familiares e amigos.

Identificação: Nome.................................................................. Turma........................

1) Você gosta de escrever: ( ) Sim ( ) Não

2) Você gosta de ler: ( ) Sim ( ) Não

3) Qual o tipo de literatura você prefere? ( ) Romance ( ) Policial ( ) Ficção

( ) outro tipo, qual?....................................................................................................

4) Você gosta de trabalho de pesquisa? ( ) Não ( ) Sim

Por

quê?................................................................................................................................

................

5) Qual a disciplina você tem maior

afinidade?.......................................................................................

6) Se você fosse fazer vestibular agora, qual a profissão você

escolheria?..........................................

7) Quais as razões ou motivos para você escolher essa

profissão?......................................................

8) Você sabe o que é pesquisa científica? ( ) Sim ( ) Não

9) Se a resposta for afirmativa, responda em poucas palavras o que é pesquisa

científica?

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........................................................................................................................................

10) Você gosta de trabalhar em grupo? ( ) Sim ( ) Não

Por quê?.........................................................................................................................

Figura 1: Questionário utilizado para a seleção dos alunos para participação no

projeto.

4.2 LABORATORIO DE ETNOBOTÂNICA

A segunda etapa foi a entrevista para consultar sobre qual o conhecimento que

os familiares e amigos dos alunos possuíam sobre as plantas medicinais, através de

um questionário mostrado na Figura 2. O estudo sobre o histórico das plantas

medicinais e suas formas de utilização foram realizadas no laboratório de informática

e na biblioteca. A pesquisa sobre as plantas medicinais foi feita utilizando literatura

especializada e recomendada. Para a confecção de um glossário sobre as plantas

medicinais também foi feita a pesquisa no laboratório de informática e na biblioteca

utilizando literatura especializada e recomendada.

IDENTIFICAÇÃO DO ENTREVISTADO

1.1Nome.....................................................................................

1.2 Sexo ( ) masculino ( ) feminino

1.3 Estado civil ( ) casado(a) ( ) solteiro(a)

2.QUANTO AOS CONHECIMENTOS SOBRE AS PLANTAS MEDICINAIS

2.1 Conhece alguma Planta Medicinal?

( ) Não ( ) Sim

Em caso afirmativo, citar.....................................................................................

2.2 Costuma utilizar as plantas medicinais como na terapia de patologias?

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( )Não ( ) Sim

Em caso afirmativo, responda:

Quais as principais plantas medicinais costuma utilizar?

Citar:......................................................................................................................

2.4 Como as utiliza?

( ) Chá ( ) Xaropé ( ) Compressa ( ) Cataplasma

( )Pomada ( ) Tintura

2.5 Costuma utilizar as plantas medicinais ou aromáticas na cozinha?

( ) Sim ( ) Não

2.6 Como adquiriu as informações sobre as plantas medicinais?

( ) Com pessoas da família que conhecia o assunto ( ) Em revistas

( ) em livros ( ) Por experiência pessoal

Outros:..................................................................................................................

3 QUANTO AOS TIPOS DE DOENÇAS

3.1Quais os tipos de doenças que você costuma utilizar as plantas medicinais?

...............................................................................................................................

4 QUANTO A ORIGEM DAS PLANTAS MEDICINAIS QUE UTILIZA

4.Local onde obtém as plantas

( ) Compra ( ) Na mata ( ) Cultivo Próprio

Outros...........................................................

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4.1 Caso você compre as plantas medicinais, como as reconhece?

...............................................................................................................................

4.2 Caso cultive, você conhece a melhor época de colheita?

( ) Sim ( ) Não

4.3 Em caso afirmativa : ( ) Estação do ano ( ) Fase da Lua ( ) Hora do dia

Figura 2: Questionário sobre os conhecimentos e o uso popular de plantas

medicinais

4.3 LABORATORIO DE BIODIVERSIDADE E CONSERVAÇÃO

Em uma pequena área externa do colégio, foi preparado o terreno: eliminando

todo o entulho existente na área, retirando o mato e ervas daninhas com raízes; por

último preparou-se a terra, com a adubação orgânica. Terreno pronto, passamos

para o plantio da horta medicinal. Com algumas das espécies plantadas, foi possível

criar um pequeno herbário, que é uma coleção científica de exsicatas. Para isso

foram necessários: exemplar de um espécime vegetal (flor, folha, ou a planta inteira,

quando pequena), jornal, papelão e papel toalha, prensa ou um objeto bem pesado,

naftalina, caixa para armazenamento, etiqueta, lápis e tesoura. As etiquetas contem

as informações sobre a planta, como nome comum, nome científico, classificação

taxonômica, local onde foi encontrada, data da coleta. Para criação da carpoteca

foram necessários os frutos e sementes (com identificação taxonômica), potes de

vidro ou caixinhas; álcool etílico, papel vegetal para etiquetas e lápis e tesoura. Para

a criação de maquetes das diferentes partes do vegetal, incluindo raiz, folha, flor,

fruto e semente, foram necessários material reciclado, tesoura e cola, canetinha ou

tinta e pincel, barbante ou fio de lã e material bibliográfico especifico.

4.4 LABORATORIO EXPERIMENTAL DE CIÊNCIAS

Os alunos foram divididos em grupos. Cada grupo recebeu seu protocolo, isto

é, a descrição da prática, onde eles seguiram os passos descritos. Cada grupo

recebeu também um relatório, para ao final da prática, descrever o que utilizaram e

os resultados. As informações sobre os materiais e reagentes das atividades no

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laboratório de Ciências, bem como as técnicas para desenvolvimentos das práticas,

estão descritas na sequência

EXTRAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DO AMIDO PRESENTE NO GENGIBRE OU

NA BATATA

Material e reagentes necessários: gengibre ou batata, ralador ou liquidificador,

solução de lugol (iodo), funil e papel de filtro, tubo de ensaio, Becker, pipeta de vidro,

bastão de vidro, pinça, fogareiro ou bico de bunsen

Técnica:

EXTRAÇÃO DO AMIDO:

Raspar o gengibre ou a batata; transferir a raspa para um béquer de 250 ml.

Adicionar 100 ml de água e agitar bem com um bastão de vidro. Filtrar através de

uma gaze, recolher o líquido em béquer de 250 ml. Espremer a gaze. Deixar o amido

depositar no fundo do béquer durante 10 minutos, e a seguir, remover

cuidadosamente o líquido sobrenadante.

PREPARO DA SOLUÇÃO DE AMIDO:

Manter aproximadamente 150 ml de água fervendo em um béquer de 250 ml.

Acrescentar cerca de 50ml de água fria ao depósito de grãos de amido, obtidos

anteriormente e adicionar esta suspensão de amido, lentamente e com constante

agitação, à água fervente. Continuar o aquecimento até que se forme uma solução

opalescente. Usar esta solução para a caracterização do amido.

CARACTERIZAÇÃO DO AMIDO:

Em um tubo de ensaio pipetar 2 ml da solução de amido, adicionar gotas de lugol e

observar o resultado. Aquecer. Observar. Resfriar o tubo inclinado em água corrente.

Observar o resultado.

ESTUDO DA ATIVIDADE PROTEOLÍTICA DE ENZIMAS DE FRUTOS

Material necessário: abacaxi, mamão, morango, kiwi ou figo, tempero de amaciante

para carnes

peneira, liquidificador ou mixer, microondas ou lamparina, geladeira ou cuba com

gelo (banho de gelo), gelatina sem sabor, tubos de ensaio, pipetas volumétricas ou

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seringas graduada, espátulas, faca ou bastão de vidro, becker, canudos plásticos de

refrigerante, canetas usadas para transparências de retroprojetor

Técnica:

Preparar o suco das frutas, separadamente. Peneirar e reservar.

Dissolver em 200 ml de água fria a gelatina, colocar essa solução no forno de

microondas com potência alta por 30 segundos ou aquecer na lamparina.

Preparar os tubos de ensaios conforme a tabela abaixo e observar a formação

gelificação.

Tubos Composição Teste

1 10 ml de gelatina + 3 ml de água Controle negativo

2 10 ml de gelatina + 3 ml de mamão Mamão

3 10 ml de gelatina +3 ml de morango Morango

4 10 ml de gelatina + 3 ml de abacaxi Abacaxi

5 10 ml de gelatina + ponta da

espátula com amaciante de carne

dissolvida em 3 ml de água.

Controle positivo

EXTRAÇÃO DE DNA DE CEBOLA, BANANA, KIWI OU TOMATE

Material necessário: meio copo de cebola picada (50g) ou duas bananas ou dois

tomates ou dois kiwi, 1 faca (ou bisturi), 2 copos de 250ml, 2 copos medidores (ou

provetas de 50ml), 1 bastão de vidro, 1 espátula, 1 funil de vidro ou de coar café,

filtro de papel para coar café, banho-maria a 60°C, água filtrada (ou destilada),

detergente, sal de cozinha, álcool etílico comercial gelado 95%, gelo

Técnica:

Junte em um copo 20 ml de água, 10 ml de detergente, 1 pitada de sal (1 colher de

café) e misture bem. Nesta etapa ocorrerá a lise das células.

Coloque a cebola picada no copo com a solução de lise e leve ao banho maria a

60°C por 15 minutos.

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Resfrie a mistura, colocando o copo no gelo por cerca de 5 minutos, mexendo

periodicamente, mais sem fazer movimentos muito bruscos.

Filtre a mistura no filtro de café, recolhendo o filtrado em um copo limpo.

Adicione, bem lentamente e pela borda do copo, colocar 20 ml de álcool etílico

gelado.

Espere alguns minutos.

Observe a formação do precipitado. Mergulhe o bastão de vidro no copo, fazendo

movimentos circulares cuidadosos não mexa muito bruscamente para não quebrar a

molécula de DNA. Os “fios” esbranquiçados e grudentos são aglomerados de muitas

moléculas de DNA e ficarão presos na ponta do bastão de vidro.

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO

5.1 LABORATORIO DE ETNOBOTÂNICA

Etnobotânica, ciência que estuda a relação dos diferentes povos com os

vegetais. Após a entrevista, verificou-se que apenas possuíam conhecimento

superficial, e que às vezes incorreto. A partir desse diagnóstico, deu-se início as

pesquisas na biblioteca da escola e laboratório de informática, sobre o nome

científico das plantas mais citadas nas entrevistas, o histórico das plantas medicinais

e sobre a etnobotânica. Com esses dados em mãos os alunos então, os alunos

criaram um texto sobre o histórico das plantas medicinais. Concomitantemente a

pesquisa, foi criado também um glossário de formas de utilização e efeitos das

plantas medicinais

É fundamental explicitar para os educandos que a tarefa de transformação

do conteúdo formal, estático, em questões dinâmicas, muda completamente o

processo de construção do conhecimento.[...] Os educandos devem ser incentivados

e desafiados a elaborar uma definição própria de conceito cientifico proposto,

baseando-se nas características apresentadas. Esse processo pode ser estimulado

pelo professor por meio de perguntas, cujas respostas explicitem os fundamentos

essenciais do conceito (GASPARIN,2005, p. 45,59).

Histórico das plantas medicinais

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O uso das plantas medicinais vem desde a antiguidade, do Egito dos faraós,

da Grécia Antiga, da China dos grandes imperadores. Essa é uma ciência popular,

que foi criada para aliviar as dores e até curar. O homem a tem utilizado a milhares

de anos. Foi Carlos Magno um dos primeiros defensores das plantas, ao baixar um

edital protegendo a hortelã nativa, que já naquela época estava ameaçada de

extinção. Desde a mais profunda das raízes á diminuta flor, tudo é vida ,que serve

para alimentar, proteger, curar os seres humanos. Não só os homens, mais também

o cão quando não se sente bem aproveita dos vegetais a sentir-se melhor. Hoje em

dia devemos protegê-las mais ainda, atuar contra a devastação das florestas e para

o nosso próprio bem estar.

Modo de utilização das plantas medicinais

Alcoolatura: Utiliza-se planta verde com um líquido feito de uma parte de álcool de

cereais e água .

Cataplasma: Consiste na aplicação de uma mistura de farinha, água ou partes da

planta amassada.

Compressa: Aplica-se um pedaço de pano embebido em chà,, cozimento ou sumo

da planta

Decocção: O material vegetal vai para cozimento junto com a água por um tempo

que pode variar de 5 a 20 minutos.

Garrafada: Preparação semelhante à tintura. Deixa-se o material em maceração por

alguns dias em cachaça.

Infusão: Coloca-se água quente sobre o vegetal, abafando por alguns minutos.

Maceração:Processo de extração de princípios ativos das ervas, onde pode utilizar-

se: água,álcool, cachaça, vinho ou óleos Pomada:Para uso externo.Pode ser

preparada com cera de abelha, banha de porco, glicerina, própolis e sabão.

Tintura:Preparada igual a maceração.

Xarope: solução concentrada de açúcar com água fervida junto com a planta

medicinal.

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GLOSSÁRIO

Adstringente: Que contrai, estreita ,reduz

Afrodisíaco: Medicamento estimulante sexual

Alcalóide: Classe de substâncias encontrada nos vegetais, de grande interesse

medicinal

Analgésico: Que acalma ou impede a dor.

Anamia: Deficiência de hemácias no sangue por falta de ferro.

Antibacteriano: Agente que combate as bactérias

Antiespasmódico: Substância que evita ou alivia os espasmos

Antinflamatório:Substância que atua contra as inflamações

Antipirético: Que previne e cura a febre

Anti-séptico:Que age contra as infecções

Aperiente:Medicamento que estimula o apetite.

Arteriosclerose:Endurecimento das artérias

Atônico: Debilidade geral, fraqueza.

Béquico: Remédio que combate a tosse.

Bronquite: Inflamações nos brônquios

Cardiotônico: Remédio que estimula o coração

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Colorético: Remédio que aumenta a secreção da bile

Debilidade: Fraqueza

Depressão: Queda do tono normal em direção à tristeza

Dispepsia: Má digestão

Diurese: Secreção da urina

Diurético: Que provoca a secreção abundante de urina

Emoliente: Possui propriedades de amolecer, abranda a inflamação

Esgotamento: Exaustão

Espasmo: Contração muscular rápida e involuntária

Estimulante: Que excita a função dos órgãos e ativa a circulação

Estomáquico: Que é bom para o estômago

Expectorante: Que facilita a saída de muco dos pulmões

Febrífuga: Que auxilia no processo febril.

Flatulência: Acúmulo de gases no intestino

Hemorragia: Perda grande de sangue.

Hemostático: Remédio que ajuda na coagulação do sangue.

Hipertensão: Pressão alta

Inapetência: Falta de apetite

Insônia: Dificuldade para dormir

Laxante: Purgante que induz a evacuação de fezes moles.

Mucilagem: Substância gomosa encontrada nos vegetais

Nevralgia: Dor no nervo e nas suas ramificações

Parasiticida: Que mata parasita

Reumatismo: Dores nos músculos, articulações e nos tendões

Sudorífico: Remédio que provoca o suor

Tônico: Revigorante, que dá energia

Trombose: Coagulação do sangue,dentro do aparelho circulatório

Tubérculo: Caule ou raiz, que acumula substâncias nutritivas

Vermífugo: que mata vermes, vermicida.

Figura 3: Histórico, modo de utilização e glossário sobre as plantas medicinais

* Fonte utilizadas para as atividades sobre o histórico, forma de utilização e glossário

sobre plantas medicinais: DI STASI, 1996; ALONSO, 2004;

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http://www.herbarium.net/; http://www.emater.pr.gov.br/;

http://www.plantamed.com.br.

5.2 LABORATORIO DE BIODIVERSIDADE E CONSERVAÇÃO

O Herbário, a carpoteca e a produção de maquetes foram atividades

interessantes. Um herbário serve para garantir que uma determinada espécie existiu

e que foi encontrada por determinado pesquisador, em determinado local e época,

além de servir de material de pesquisa para inúmeros pesquisadores. Ao secar uma

determinada planta, você vai conservar suas características, e junto com a

identificação, dará ao observador a imagem certa de como era determinada planta,

caso ela não exista mais, ou a alguma pessoa que more em outra região e não a

conheça. A carpoteca é uma coleção científica, assim como uma biblioteca é cheia

de prateleiras com livros a carpoteca também é cheia de prateleiras cheias de frutos,

e que ficam armazenados de forma organizados de acordo com a família, gênero,

acompanhadas de muitas informações.Tanto o herbário como a carpoteca foram

atividades que permitiram o desenvolvimento dos conteúdos relacionados com

biodiversidade e conservação. A construção de maquetes foi importante para a

fixação dos conhecimentos relacionados ao estudo da morfologia vegetal. Na Figura

4 estão ilustradas as maquetes confeccionadas pelos alunos.

5.3 LABORATORIO EXPERIMENTAL DE CIÊNCIAS

Finalmente chegamos às atividades laboratoriais, onde os alunos tiveram a

oportunidade de conhecer como se comportar dentro de um laboratório, saber

manusear corretamente as substâncias químicas e vidrarias, através das regras de

biossegurança, os alunos aprenderam sobre a legislação: Lei 8974, de 05/01/95,

regulamentada pelo Decreto 1752 de 20/12/95 (CNTBio – OGM), onde, profissionais

e alunos precisam estar aptos a aplicar as Normas de Biossegurança no seu dia-a-

dia. Durante as práticas de laboratório, os alunos participantes do projeto estavam

super animados. As práticas desenvolvidas foram: extração e caracterização do

amido presente na batata ou no gengibre; estudo da atividade proteolítica de

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enzimas de frutos; e extração de DNA de cebola, banana, kiwi e tomate. Essas

aulas permitiram o aprofundamento em temas relacionados a biologia celular e

bioquímica além de contribuir para o conhecimento das propriedades medicinais e

nutricionais das espécies vegetais utilizadas nas atividades.

As aulas práticas, além de assegurar os conhecimentos adquiridos em sala

de aula, proporcionaram aos alunos a ter domínio, segurança ao manipular objetos,

instrumentos, materiais, e a compreender todos os fenômenos físicos e químicos

que ocorrem ao seu redor, fazendo-o pensar maduramente sobre o seu papel como

homem, em relação à natureza.

5.4. RESULTADO E DISCUSSÃO

Segundo os dados obtidos na entrevista com os familiares e amigos dos

alunos, que foram predominantemente feminino e que tenha responsabilidade do

cuidado da saúde familiar. Foram citadas aproximadamente sessenta plantas

conhecidas pela população entrevistada, sendo que as dez mais citadas foram:

Camomila (Matricaria recutita); Erva doce/funcho (Foeniculum vulgare mill); Boldo

(Coleus basbatus Benths); Carqueja ( Baccharis trimera); Erva-cidreira ( Melissa

Officinalis); Guaco ( Mikania glomerata); Alecrim (Rosmarinus officinalis L.); Capim-

limão (Cymbopogon citratus); Babosa ( Aloe vera L.); Quebra-pedra ( Phylanthus

niruri);

Foi verificada que a grande maioria dos entrevistados não possuem as

informações corretas quanto ao uso, e bem poucos possuem o hábito de cultivar

plantas medicinais em seus quintais e jardins, alguns adquirem de quintais de

parentes ou vizinhos, outros apenas compram.

Todos os entrevistados acreditam nas plantas medicinais e as utilizam em

caso enfermidade na família. Verificou-se entre os alunos a intenção de criarem uma

horta medicinal em seus jardins.

As informações obtidas no presente trabalho, através dos resultados das

entrevistas tornou possível resgatar através das aulas de ciências os saberes e

valores desses conhecimentos populares. A comunidade escolar aprendeu a

preparar seus medicamentos, como utilizá-los, os riscos que podem causar senão

conhecerem bem a planta.

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As várias atividades estabelecidas neste projeto ajudou a fortalecer o uso

dos fitoterápicos entre os familiares dos educandos, pois as informações recebidas

em sala eram passadas para seus respectivos familiares.

Programas que envolvam os educandos e a natureza, ajudou muito a

melhorar a atuação dos mesmos em sala de aula, com efetiva promoção no

andamento do currículo escolar.

Figura 4

6 CONC

O

essencia

podemo

preocup

continua

: Estudo da morfologia vegetal – confecção das maquetes

LUSÃO

conhecimento da maneira correta de utilizar as plantas medicinais é

l ao homem. Cuidar da biodiversidade também é nossa obrigação, não

s correr o risco de colocar essas plantas em extinção. Por isso deve-se ter a

ação, que as gerações futuras saibam como cultivá-las, para poderem

r usufruir das mesmas. A importância do uso das plantas medicinais vem do

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conhecimento popular e através da necessidade do homem em possuir

medicamentos mais em conta, que estudos estão avançando cada vez mais. Devido

ao crescimento do uso dessas ervas que este trabalho teve como objetivo aliar as

plantas medicinais às aulas de ciências, para que a aplicação do conhecimento

sobre as plantas possam contribuir para a dinâmica das aulas. Desta forma,

utilizando com o conjunto das atividades propostas verificou-se maior interesse dos

alunos nas aulas e na pesquisa, com rápidas respostas a tudo que foi pedido,

presença da família em conseguir mudas, sementes, adubos, material para

confecção das maquetes. O estudo sobre as plantas medicinais e a fitoterapia nas

aulas de ciências, resgatou na comunidade escolar, o uso dos chás da vovó.

7 AGRADECIMENTOS

Acima de tudo agradeço a Deus por estar comigo durante a produção deste

trabalho, me fornecendo Força e Luz. Agradeço aos meus filhos Juliana e Humberto

pela compreensão, ao ficarem tanto tempo sem a minha presença. Agradeço a

minha antiga diretora Vilma Tissot Bastos por todo apoio que sempre me deu e seu

reconhecimento do meu trabalho. Agradeço a Deus mais uma vez por ter colocado

no meu caminho a minha orientadora Prof. Drª. Juliana Bello Baron Maurer, por sua

atenção, dedicação, amizade, paciência e por sua valiosa contribuição na

qualificação deste projeto..

8 LISTA DE REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. ALONSO J. Tratado de Fitofármacos y Nutracéuticos. Rosario

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