A) APRESENTAÇAO DA DISCIPLINA - "60 ANOS - UMA … · Web view2012-02-10 · Através da língua...
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COLÉGIO ESTADUAL “ERON DOMINGUES”ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E NORMAL
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULARDISCIPLINA DE ESPANHOL
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
MARECHAL CÂNDIDO RONDON
2010
JUSTIFICATIVA
A Língua Estrangeira é um espaço no qual se pode ampliar o contato com
outras formas de perceber, conhecer e entender a realidade; havendo possibilidades
de conhecer, expressar e transformar modos de entender o mundo e construir
significados.
Através da língua estrangeira se reconhece a diversidade cultural, e torna-se
possível oportunizar o educando a vivenciar a cultura do outro ao mesmo tempo em
que valoriza a própria cultura, já que toda língua é uma construção histórica e
cultural em constante transformação. Como princípio social e dinâmico, a língua não
se limita a uma visão sistêmica e estrutural do código lingüístico, visto que ela é
heterogênea, ideológica e opaca.
Segundo Bakhtin (1988), toda enunciação envolve a presença de pelo menos
duas vozes, a voz do eu e do outro. Para este filósofo, não há discurso individual, no
sentido de que todo discurso se constrói no processo de interação e em função de
outro. E é no espaço discursivo criado na relação entre o eu e o outro que os
sujeitos se constituem socialmente. É no engajamento discursivo com o outro que
damos forma ao que dizemos e ao que somos. Daí a língua estrangeira apresentar-
se como espaço para ampliar o contato com outras formas de conhecer, com outros
procedimentos interpretativos de construção da realidade. Em outras palavras, a
língua concebida como discurso, não como estrutura ou código a ser decifrado,
constrói significados e não apenas os transmite. O sentido da linguagem está no
contexto de interação verbal e não no sistema linguístico.
Essa compreensão intercultural promove, ainda, a aceitação das diferenças
nas maneiras de expressão e comportamento.
A aprendizagem da língua estrangeira como contribuição ao processo
educacional global vai muito além da aquisição de um conjunto de habilidades
lingüísticas. Leva a uma nova compreensão da linguagem, aumenta a compreensão
da própria língua materna e ao mesmo tempo desenvolve uma apreciação dos
costumes e valores de outras culturas contribuindo para aumentar a percepção da
própria cultura por meio da compreensão da(s) cultura(s). Daí que, essa
compreensão promove ainda a tolerância diante das diferenças de maneira de
expressão e de comportamento.
Dentre os critérios para a escolha da Língua Estrangeira a ser incluída no
currículo, deve ser considerados três fatores: histórico (papel da língua hegemônica)
fator das origens imigratórias da comunidade local (no caso de Marechal Cândido
Rondon é o alemão) fator relativo à tradição, isto é, troca cultural entre países como
instrumental de acesso ao conhecimento de toda a geração. Portanto, procura-se
atender os anseios sociais, linguísticos e econômicos da clientela escolar.
Numa perspectiva interdisciplinar e relacionada com contextos reais, o
processo ensino-aprendizagem de línguas estrangeiras adquire uma nova
configuração: procura fazer com que o aluno tenha acesso a informações de vários
tipos, ao mesmo tempo em que contribua para a sua formação geral enquanto
cidadão. Assim, o estudo de outras disciplinas, notadamente da História, da
Geografia, das Ciências, da Arte, passa a ter outro significado se em certos
momentos forem proporcionadas atividades conjugadas com o ensino de línguas
estrangeiras. Esta é uma maneira de viabilizar na prática de sala de aula a relação
entre língua estrangeira e o mundo social, isto é, como fazer uso da língua para agir
no mundo social contribuindo para formar cidadã consciente, crítico e transformador
de sua realidade.
A articulação entre teoria e prática proporciona a construção do
conhecimento, num processo que deve ser desenvolvido por alunos e professores.
Para que essa ideia se concretize é necessário que o professor respeite a cultura
original do aluno tornando-a seu ponto de partida para a prática educacional.
A visão da prática docente como simples transmissão do saber sistematizado,
impede a atividade da interação humana, a qual proporciona ao aprendiz a
possibilidade de atribuir valores a sua vida e ao mundo, de acordo com Soares et all.
(1992, p.82) “dar acesso ao aluno apenas ao conhecimento pronto impede que ele
perceba todos os embates e interesses envolvidos em sua gênese. Além de fazer
com que ele se sinta excluído da criação do conhecimento, ao invés de vê-la como
um processo no qual todos nós como seres históricos participamos”.
Assim, de acordo com as descrições sobre métodos de ensino de das
Línguas Estrangeiras e Modernas observado nas DCEs do Estado do Paraná, pode-
se inferir que a teoria do ensino-aprendizagem de LEM - Espanhol deve pautar
pela metodologia da abordagem comunicativa. Desta forma o aluno percebe as
vantagens que o uso no idioma estudado, embora limitado, pode proporcionar uma
perspectiva utilitarista, dentro de um contexto interativo.
Outro ponto destacado nas DCES é o aspecto cultural como deve ser
abordado em sala de aula, salienta ainda o cuidado e o preparo que o professor
precisa ter desde a hora de planejar as aulas até a hora de ministrar as aulas. A
proposta sugerida pelas Diretrizes paranaenses, apoiada na corrente sociológica de
Bakhtin, é a de que o aluno encontre na aula de Língua Estrangeira e Moderna um
espaço para compreender e reconhecer a diversidade linguística e cultural, dentro
da LEM - Espanhol.
Portanto, como objetivo geral da disciplina seria o de propiciar ao aluno o
conhecimento da língua espanhola em suas diferentes competências: oralidade,
leitura, compreensão auditiva e escrita, bem como o conhecimento da diversidade
cultural espanhola e hispano americana.
Além de oferecer o ensino da Língua Espanhola de uma forma mais flexível,
tentando conciliar as diferenças de expectativas de cada aluno, bem como
desenvolver a sensibilização para a Língua Espanhola a partir de situações
presentes no cotidiano dos alunos dessa Escola. Oportunizar aos alunos que
demonstram interesse em conhecer o idioma espanhol uma visão mais ampla sobre
as culturas de países hispano-americanos e da Espanha para que eles aprendam a
compreender e respeitar as diferenças.
CONTEÚDOS
CONTEÚDO ESTRUTURANTE – DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
Conteúdos estruturantes são entendidos como saberes mais amplos da
disciplina e que podem ser desdobrados nos conteúdos que fazem de um corpo que
estruturado de conhecimentos constituídos e acumulados.
O aluno de língua estrangeira já possui experiência no trabalho com a
linguagem e, para que ele tenha condições de interagir em uma nova discursividade
e perceba as novas referencias culturais.
Desta forma, estabelecem-se como elementos indispensáveis, integradores e
que estarão presentes em qualquer situação de interação do aluno com a língua
estrangeira, seja em que pratica for: conhecimentos linguísticos, discursivos,
culturais e sócio-pragmáticos.
Os conhecimentos linguísticos dizem respeito ao vocabulário, a fonética e as
regras gramaticais, elementos necessários para que o aluno interaja com a língua.
Os elementos discursivos, aos diferentes gêneros que constituem a variada
gama de praticas sociais apresentadas aos alunos.
Os culturais, a tudo aquilo que o aluno sente, acredita, pensa, diz, faz e tem
numa sociedade, ou seja, a forma como um grupo social vive e concebe a vida.
A abordagem do discurso em sua totalidade será realizada e garantida
através de atividades significativas em língua estrangeira nas quais as práticas de
leitura, escrita e oralidade interajam entre si e constituam em uma prática sócio-
cultural.
Referente à história e cultura Afro-brasileira e Africana, será trabalhado
sempre ressaltando a importância de respeitar as diferenças para que seja possível
uma convivência sem preconceitos entre as pessoas de diferentes etnias.
CONTEÚDOS BÁSICOS
Para o trabalho com as práticas de leitura, escrita, oralidade e análise
linguística, serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos
conforme suas esferas sociais de circulação e em conformidade ao Projeto Político
Pedagógico do Colégio e com o nível de complexidade adequado ao Ensino Médio.
No que se refere à leitura: tema do texto; interlocutor; finalidade do texto;
aceitabilidade do texto; informatividade; situacionalidade; intertextualidade;
temporalidade; referência textual; discurso direto e indireto; elementos
composicionais do gênero; emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;
palavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto; polissemia; marcas
linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação,
recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem; léxico;
Referindo-se à escrita: tema do texto; interlocutor; finalidade do texto;
aceitabilidade do texto; informatividade; situacionalidade; intertextualidade;
temporalidade; referência textual; partículas conectivas do texto; discurso direto e
indireto; elementos composicionais do gênero; emprego do sentido conotativo e
denotativo no texto; palavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto;
polissemia; marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais
no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de
linguagem; acentuação gráfica; ortografia; concordância verbal/nominal.
Referindo-se à oralidade: conteúdo temático; finalidade; aceitabilidade do
texto; informatividade; papel do locutor e interlocutor; elementos extralinguísticos:
entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas; adequação do discurso ao
gênero; turnos de fala; variações linguísticas; marcas linguísticas: coesão,
coerência, gírias, repetição, semântica; adequação da fala ao contexto (uso de
conectivos, gírias, repetições, etc); diferenças e semelhanças entre o discurso oral
ou escrito.
METODOLOGIA
O processo de globalização que estamos vivendo exige que se
instrumentalize o aluno para que o mesmo se torne não só um cidadão brasileiro,
mas também um cidadão do mundo. Neste contexto, a metodologia buscará o
engajamento, de forma bastante envolvente, entre o sujeito e suas perspectivas,
com constante reflexão e com o objetivo de ser adaptado de acordo com o perfil de
cada grupo.
O enfoque principal será o da comunicação através de diversos recursos
desde atividades como jogos, gincanas, e recursos áudios-visuais, objetivando
também a integração das destrezas, valorizando o processo de aprendizagem. Para
tanto, combina-se: compreensão auditiva, expressão oral, expressão escrita e
leitura.
A compreensão auditiva é trabalhada através da música, diálogos e teatros.
A expressão oral também será estimulada pela música, teatro, brincadeiras,
etc.
A expressão escrita é trabalhada no sentido de mostrar ao aluno a diferença
entre o oral e o escrito, através da formação de frases, resposta a questionamentos,
descrição de objetos e figuras e a produção de textos.
A leitura será trabalhada em diálogos que contenham expressões e
vocabulário usado no dia a dia.
Todas as formas de expressão são desenvolvidas dentro da abordagem
comunicativa funcional. A gramática e o vocabulário participam como instrumentos e
não como fins.
Neste sentido, o professor deve criar estratégias para que os alunos
percebam a heterogeneidade da língua. Nesse caso, pode-se dizer que um texto
apresenta várias possibilidades de leitura, que não traz em si um sentido pré-
estabelecido pelo seu autor. Traz, sim, uma demarcação para os sentidos possíveis,
restringida pelas suas condições de produção e, por isso, constrói-se a cada leitura:
quem faz a leitura do texto é o sujeito; portanto, o texto não determina a sua
interpretação. Cabe ao professor criar condições para que o aluno não seja um leitor
ingênuo, mas que seja crítico, reaja aos textos com os quais se depare e entenda
que por trás deles há um sujeito, uma história, uma ideologia e valores particulares e
próprios da comunidade em que está inserido. Da mesma forma, o aluno deve ser
instigado a buscar respostas e soluções aos seus questionamentos, necessidades e
anseios relativos à aprendizagem.
O educando deverá utilizar três tipos de conhecimento: conhecimento
referente à área de conteúdos, conhecimento sistêmico, conhecimento textual. A
abordagem metodológica submeterá o educando a um alto grau de solicitação de
estímulos da sociedade contemporânea (televisão, outdoor, jornais, revistas,
atividades extracurriculares, informática e outros). As abordagens estão alicerçadas
em princípios de natureza variada como: sócio-interacional, cognitiva, afetiva e
pedagógica. Toda metodologia a ser desenvolvida terá a interdisciplinaridade e a
contextualização como conceitos norteadores de toda a prática pedagógica do
Ensino Médio.
Propõe-se que, nas aulas de Língua Estrangeira Moderna, o professor aborde
os vários gêneros textuais, em atividades diversificadas, analisando a função do
gênero estudado, sua composição, a distribuição de informações, o grau de
informação presente ali, a intertextualidade, os recursos coesivos, a coerência e,
somente depois de tudo isso, a gramática em si. Sendo assim, o ensino deixa de
priorizar a gramática para trabalhar com o texto, sem, no entanto, abandoná-la.
Cabe lembrar que disponibilizar textos aos alunos não é o bastante. É
necessário provocar uma reflexão maior sobre o uso de cada um deles e considerar
o contexto de uso e os seus interlocutores. Por isso, os gêneros discursivos têm um
papel tão importante para o trabalho na escola.
A reflexão crítica acerca dos discursos que circulam em Língua Estrangeira
moderna somente é possível mediante o contato com textos verbais e não-verbais.
Do mesmo modo, a produção de um texto se faz sempre a partir do contato
com outros textos, que servirão de apoio e ampliarão as possibilidades de expressão
dos alunos.
A aula de LEM deve ser um espaço em que se desenvolvam atividades
significativas, as quais explorem diferentes recursos e fontes, a fim de que o aluno
vincule o que é estudado com o que o cerca.
As discussões poderão acontecer em Língua Materna, pois nem todos os
alunos dispõem de um léxico suficiente para que o diálogo se realize em Língua
Estrangeira. Elas servirão como subsídio para a produção textual em Língua
Estrangeira.
Pode-se, portanto, trabalhar a aula de LEM, conforme sugestões abaixo:
Exercícios orais e escritos
Trabalhos em grupos e
individuais.
Histórias em quadrinhos.
Poemas.
Consultas a SITEs (internet).
E-mails.
Compreensão auditiva.
Expressão corporal (encenação
de diálogos e pequenos
textos...)
Pesquisas e apresentação de
trabalhos.
Mensagens eletrônicas.
SOFTWARES (dos conteúdos)
Acrósticos, provérbios, murais
músicas, cartões, cartazes.
Conversação.
Interpretação oral e escrita.
Análise e compreensão.
Produção de frase, parágrafo e
texto.
Opiniões e posicionamentos.
Debates.
Atividades envolvendo materiais
como fitas de vídeo, DVD e
cassete, jornais, revistas,
dicionários, filmes, cd-rooms
(músicas, jogos educativos,
dicionários, enciclopédias).
Atividades lúdicas: bingos,
dominós, caça-palavras, trava-
línguas, adivinhações, palavras
cruzadas, anedotas e outras.
Anúncios publicitários e
classificados.
Livro Base SEED.
Filmes de vários gêneros do
cinema.
Músicas populares e folclóricas.
Documentários culturais e
turísticos dos países que falaz
espanhol.
Audição de textos gravados para
compreensão auditiva.
Exercícios de audição.
Leitura e trabalhos com livros,
revistas e jornais.
Textos de internet.
Apresentação de lâminas e
vinhetas para o exercício oral.
Apresentação de trabalhos feitos
pelos alunos.
Mapa de Espanha e América
Latina.
Dicionários.
CD’s.
Curtas-metragens.
Áudios de rádios apaixonadas -
falas de pessoas de diversos
países hispanos.
TV pendrive.
Tradução.
Ditado.
Metodologia para trabalhar gramática:Sempre que o tópico gramatical em estudo possibilita, são propostos
exercícios que levam o aluno a estabelecer relações entre os elementos linguísticos
e o aspecto pragmático e/ou discursivo do ato de comunicação.
Procedimentos:Como o trabalho com a gramática tem como ponto de partida uma reflexão
que procura levar o aluno a construir o conceito linguístico, sugere-se o
desenvolvimento coletivo de uma atividade oral e a seguir, os alunos devem resolver
os exercícios propostos, trabalhando, de preferência, individualmente.
É importante, ao analisar as respostas dos exercícios, que se tenha como
ponto de referência as resoluções propostas pelos próprios alunos, de modo que
elas reflitam, na medida do possível, um consenso da turma. Assim, será solicitado
que alguns alunos apresentem para a classe a resposta que propuseram para
determinado exercício e pedir aos demais que avaliem a adequação da resposta
dada.
Em muitos dos exercícios de gramática solicita-se que o aluno justifique,
explique ou comente a resposta, buscando-se, dessa forma, que ele elabore
pequenos textos. Assim, responder às questões de gramática constitui também um
momento de exercitar a habilidade de transformar uma resposta mental em resposta
escrita. É relevante, portanto, que se considere não apenas a validade da resposta,
mas, quando for o caso, que se leve em consideração também a redação dada a ela
(clareza, organização, objetividade, emprego adequado da metalinguagem etc.).
Metodologia para compreensão de leitura:O principal objetivo dos textos propostos é oferecer ao aluno uma
oportunidade de leitura autônoma, de modo que ele exercite a habilidade de ler,
tome contato com outro aspecto do tema trabalhado na sala e amplie seu repertório
de leitor. Em alguns casos, solicita-se que o aluno faça leitura complementar em
casa com textos do livro didático de apoio que o aluno possui.
Metodologia para a produção escrita:
Propõe-se ao aluno a produção de textos narrativos, expositivos, bem como
de diálogos. Nesses casos, em função das condições, e conforme o conteúdo será
apresentado duas atividades de produção de texto: uma de caráter mais prático
(anúncio, panfleto, regra de jogo, relatório, cartaz, notícia, manual de instruções,
etc.) e uma de trabalho e do tempo disponível para realizar a(s) atividade(s), terá as
seguintes opções:
• Escolher apenas uma das propostas de produção.
• Propor que todos os alunos desenvolvam as duas atividades.
• Sugerir que a turma opte coletivamente por uma das atividades.
• Oferecer ao aluno a opção de escolher individualmente uma ou outra
atividade.
• Habilitar o aluno a produzir trabalhos escritos cuja estrutura e organização
(ordenação de ideias, clareza, coerência, coesão, progressividade, etc.) permitam
considerá-los realmente como textos.
• Apurar o seu senso crítico na segunda língua, em relação ao processo de
produção, de forma que se predisponha a reformular seus textos, objetivando torná-
los mais satisfatórios e eficazes.
• Conscientizá-lo de que a habilidade de escrever textos requer o
conhecimento da LEM e tem uma importância inquestionável para sua plena
inserção na vida social e, futuramente, na vida profissional.
• Levá-lo a produzir textos nos quais ele se reconheça como autor.
A partir do contato com os trabalhos dos colegas, o aluno passa a ter
referenciais concretos para avaliar a própria produção. Comparando os trabalhos,
ele pode observar as semelhanças e as diferenças, a forma escolhida para
desenvolver o tema, o aproveitamento — ou não — de informações de que toda a
turma dispunha o ponto de vista, os argumentos utilizados etc.; pode, enfim,
confrontar seu texto e seu processo de criação com o dos demais colegas e
aprender com eles.
Recomenda-se, portanto, utilizar de forma sistemática a socialização dos
textos como uma das estratégias para o desenvolvimento da capacidade de
produção textual do aluno. Dentre as inúmeras opções de como realizar essa
atividade, sugerem-se as seguintes:
1. Troca com um colega (um lê a produção do outro) e a dupla discute
possíveis alterações que possam melhorar os textos.
2. Leitura do texto para a turma.
3. Montagem de painéis (principalmente quando se trata de cartazes,
panfletos, notícias curtas, anúncios etc.).
4. O professor recolhe os textos, seleciona alguns em função das
características que apresentam, pede que seus autores os leiam para a turma e
comenta-os.
Metodologia para a oralidade:Para o desenvolvimento da oralidade, devem ser escolhidos apenas alguns
alunos, dado que a disponibilidade de tempo dificilmente permite que todos
participem de uma determinada atividade. Assim, dependendo do tempo exigido
para o desenvolvimento do trabalho, será convidado certo número de participantes.
E importante também incentivar a participação dos mais tímidos, de modo que, com
o tempo, eles passem a ter mais facilidade para falar em público. Todo o
desenvolvimento da atividade deve ser monitorado, devendo orientar o aluno quanto
à sua postura corporal, fluência, impostação de voz, ritmo, expressões faciais etc.
Ao final da apresentação de cada aluno, é importante que se faça para a
turma - e com a turma uma análise do desempenho dele, apontando os aspectos
positivos e os que podem ser melhorados, de modo a oferecer parâmetros para os
alunos que apresentarão, em seguida, o mesmo trabalho.
Metodologia para compreensão auditiva:Para trabalhar com compreensão auditiva, se utiliza textos falados (notícias,
propagandas) por pessoas dos diversos países falantes da LEM – Espanhol para
que entendam os diversos “sotaques”, também se faz compreensão auditiva de
músicas com cantores dos paises falantes, além de filmes de variados gêneros,
documentários culturais e turísticos dos países Hispanohablantes, Curso en video
“Viaje al Español”; músicas populares y folclóricas; curtas metragens retirados da
Internet; Audio de radialistas apasionadas;TV pendrive.
AVALIAÇÃO
Avaliar, no dicionário Aurélio, significa: determinar a valia ou o valor de
apreciar ou estimar o merecimento de; fazer a apreciação; ajuizar. Avaliar implica
em apreciação e valoração. No entanto, a avaliação escolar está inserida em um
amplo processo, o processo de ensino/aprendizagem.
A avaliação da aprendizagem em Língua Estrangeira Moderna está articulada
aos fundamentos teóricos explicitados nestas Diretrizes e na LDB nº 9394/96.
Ao propor reflexões sobre as práticas avaliativas, objetiva-se favorecer o
processo de ensino e de aprendizagem, ou seja, nortear o trabalho do professor,
bem como propiciar que o aluno tenha uma dimensão do ponto em que se encontra
no percurso pedagógico.
Na avaliação levar-se-á em consideração o aspecto cognitivo, social,
atividades e valores, criatividade, capacidade de refletir acerca da realidade e
interagir no meio do social.
Com base na avaliação, o professor adotará estratégias diferenciadas,
considerando o estágio de desenvolvimento e o rendimento da turma.
E para que ocorra uma avaliação coerente, é necessário levar-se em conta:
Processo de aquisição de conteúdo pelos alunos;
Nível de ampliação de sua visão de mundo, em resposta a análise crítica feita
aos temas estabelecidos, através de formas de trabalho e mudança de sua
ação no mundo;
Os procedimentos fundamentais que possibilitem a apropriação dos
conteúdos;
Envolvimento do aluno no processo de autocrítica e auto-avaliação,
aprendendo ele mesmo caminhar para a autonomia e emancipação.
Fazem parte dos aspectos que serão analisados: assiduidade, participação,
socialização, condutas comportamentais, leituras, trabalhos realizados, avaliações
considerando a oralidade, a produção de textos, domínio de conteúdos específicos
já trabalhados, capacidade de interpretação.
Na atual concepção de avaliação formativa, considera-se o ritmo e o processo
de aprendizagem diferente de cada aluno, de modo contínuo e diagnóstico,
apontando as dificuldades e possibilitando a intervenção pedagógica a tempo,
ajudando-os a refletir e a tomar decisões.
A avaliação atenta e permanente , como recurso de diagnóstico e controle ,
deve dar importância àqueles aspectos que tendem a melhorar a habilidade dos
alunos nas quatro destrezas. Todas as avaliaçoes realizadas estao de acordo como
Projeto Político Pedagógico deste Colégio e também com o Regimento Escolar.
Avaliação da expressão oral: Deve avaliar sobretudo a compreensão e a produção oral;
Não deve castigar os erros formais;
Respeitar os diferentes ritmos de aprendizagem.
Avaliação da expressão escrita: Precisa observar o contexto , a finalidade, motivação para seu uso;
Permitir a prática de conteúdos lingüísticos e funcionais;
Aproximar o uso da língua à vida real;
A avaliação dessa destreza aparece integrada às outras destrezas.
Avaliação da compreensão auditiva: Os alunos devem compreender e responder de forma adequada ao tipo de
língua que estão estudando.
Avaliação da compreensão leitora: Será avaliada com uma resposta oral ou gráfica que o aluno usará para
demonstrar seu entendimento.
Poderá ser realizada através:
o Resumo de leitura
o Comentário de texto
o Debate
As formas de avaliação acima descritas serão direcionadas para a construção
do conhecimento e estará a serviço da aprendizagem efetiva dos conteúdos.
As concepções e os critérios que serão adotados e postos em práticas na
avaliação dos educandos nesta disciplina são os que seguem:
A avaliação será feita de forma abrangente e diagnóstica, cumulativa e
contínua.
Estabelecimento de critérios avaliativos com o conhecimento e aprovação
dos educandos no ensino da prática democrática.
Adoção de avaliações durante o bimestre, com a possibilidade de rever os
conceitos e os conteúdos realimentando o processo ensino-aprendizagem.
A ação avaliativa abrangerá diversos instrumentos, levando em conta a
oralidade, produção de textos, leituras, compreensão auditiva,
interpretação de textos, tarefas, trabalhos e testes. (os mesmos terão peso
10,0)
Da somatória de todos estes procedimentos avaliativos resultará a média
do rendimento do educando.
RECUPERAÇÃO
O processo de recuperação é paralelo, sendo que será garantido a todos os
alunos a revisão e a realimentação dos conteúdos com a possibilidade de, em
havendo aprendizagem, haver a recuperação da nota. A revisão da prova em sala
de aula será uma das estratégias de revisão de conteúdo para a aplicação da prova
de recuperação.
Conforme o Projeto Político Pedagógico, cada bimestre será aplicada no
mínimo uma avaliação - prova, sendo assegurado aos alunos a correção da mesma
e a aplicação, posteriormente, de uma prova de recuperação garantindo-se o
aproveitamento da melhor nota.
BIBLIOGRAFIA
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação
Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: língua estrangeira. Brasília:
MEC/SEF, 1998.
FREIRE, Paulo, Educação como prática de liberdade, Rio de Janeiro. Paz e
Terra,1996.
MORAES, Maria Candida, O paradigma Educacional Emergente, São Paulo.
Papirus, 1997.
PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Língua Estrangeira
Moderna. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. 2008.