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ISSN: 0871-7869 Manual de Inspecção de Patologia Exterior de Construções Edificadas em Portugal no Período de 1970 a 1995 A. Araújo; J. de Brito; E. Júlio - Fevereiro de 2008 - Relatório ICIST DTC nº 12/08

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ISSN: 0871-7869

Manual de Inspecção de Patologia

Exterior de Construções Edificadas em Portugal no Período de 1970 a

1995

A. Araújo; J. de Brito; E. Júlio - Fevereiro de 2008 -

Relatório ICIST DTC nº 12/08

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MANUAL DE INSPECÇÃO DE PATOLOGIA EXTERIOR DE

CONSTRUÇÕES EDIFICADAS EM PORTUGAL NO PERÍODO DE 1970 A 1995

Armando Manuel Matos Araújo Professor Adjunto do Instituto Politécnico de Leiria

Escola Superior de Tecnologia e Gestão Jorge Manuel Caliço Lopes de Brito

Professor Associado com Agregação do Departamento de Engenharia Civil do IST – UTL

Eduardo Nuno Brito Santos Júlio Professor Auxiliar do Departamento de Engenharia

Civil da FCTUC

Fevereiro 2008

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Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995

I

ÍNDICE

1. Introdução........................................................................................................................1 1.1. Enquadramento ………………...………………………………………………………….1

1.2. Objectivos…………………………………………………………………………………1 1.2.1 Tipologia das obras concluídas.......................................................................................2

1.2.2 Distribuição dos edifícios construídos de raiz pelo Continente e ilhas..........................3

1.2.3 Distribuição dos edifícios construídos de raiz pelos distritos do Continente.................3

1.2.4 Distribuição dos edifícios concluídos segundo o destino................................................4

1.2.5 Conclusões.......................................................................................................................4

2. Envolvente exterior de edifícios................................................................................6 2.1. Caracterização............................................................................................................................6

2.2. Metodologia de diagnóstico.............................................................................................6

2.2.1. Material / equipamento de suporte à inspecção...............................................................7

2.3 Anomalias não estruturais................................................................................................7

2.4 Classificação das anomalias............................................................................................8

2.5 Causas das anomalias................................................................................................................9

2.6 Matriz de correlação anomalias - causas prováveis..............................................................9

2.7 Fichas de inspecção.................................................................................................................10

2.7.1. Preenchimento comum...................................................................................................15

3. Ficha de inspecção do tipo A...................................................................................16 3.1. Ficha de inspecção A/A1...............................................................................................16

3.1.1. Dados gerais do edifício...............................................................................................16

3.1.2. Local de implantação....................................................................................................17

3.1.3. Tipologia do edifício.....................................................................................................17

3.1.4. Tipologia da estrutura resistente..................................................................................18

3.1.5. Tipologia da cobertura.................................................................................................19

3.1.6. Tipologia das paredes exteriores..................................................................................19

3.1.7. Tipologia dos materiais das paredes exteriores...........................................................19

3.1.8. Tipologia dos revestimentos / acabamento de paredes exteriores...............................20

3.1.9. Tipologia das caixilharias / envidraçados / guarda-corpos.........................................21

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Índice

II

4. Fichas de inspecção do tipo B............................................................................22 4.1 Ficha de inspecção B/B1...............................................................................................22

4.1.1 Cobertura inclinada......................................................................................................22

4.1.2 Cobertura em terraço....................................................................................................23

4.2 Ficha de inspecção B/B2...............................................................................................23

4.2.1. Fachada.........................................................................................................................23

4.2.2. Vãos de fachada............................................................................................................24

4.2.3. Varandas e pala............................................................................................................24

5. Fichas de inspecção do tipo C………………………………...........…............26 5.1 Ficha de inspecção C/CI1 da cobertura inclinada..............................................................26

5.1.1. Forma e visualização da cobertura..............................................................................26

5.1.2. Exposição da cobertura................................................................................................28

5.1.3. Estrutura de suporte......................................................................................................29

5.1.4. Revestimento da cobertura............................................................................................31

5.1.5. Camada de isolamento térmico.....................................................................................33

5.1.6. Ventilação da cobertura................................................................................................33

5.1.7. Singularidades da cobertura........................................................................................36

5.2 Ficha de inspecção C/CI2 da cobertura inclinada.....................................................40

5.2.1 Anomalias e causas.....………………………….......…………………….….............40

5.3 Ficha de inspecção C/CI3 da cobertura inclinada.............................………............57

5.4 Ficha de inspecção C/CT1 da cobertura em terraço……..........................………….....58

5.4.1 Forma e visualização da cobertura..........................…..........…………..........……...58

5.4.2 Forma e visualização da cobertura…..………………………..…………….............58

5.4.3 Camada de forma……………………………............……...………………...…….............59

5.4.4 Barreira pára-vapor……………………………………….........………………..…............59

5.4.5 Camada de isolamento térmico……………………..……..........……………............60

5.4.6 Camada de dessolidarização………………….........………………………………............61

5.4.7 Camada filtrante (para terraços-jardim)………………….….......………….............62

5.5 Ficha de inspecção C/CT2 da cobertura em terraço…………..…………….............63

5.5.1 Camada drenante (para terraços-jardim…………………..………..........….............63

5.5.2 Materiais de base da impermeabilização………….………………...……….............64

5.5.3 Protecção e acabamento………………………...........……………………………..........…65

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III

5.5.4 Remates da impermeabilização……………………………………………………….66

5.6 Ficha de inspecção C/CT3 da cobertura em terraço…………………………………..68

5.6.1 Anomalias e causas……………………………………………………………………69

5.7 Ficha de inspecção C/CT4 da cobertura em terraço…………………………………..90

5.8 Ficha de inspecção C/CT5 da cobertura em terraço…………………………………104

5.9 Ficha de inspecção C/CT6 da cobertura em terraço…………………………………104

5.10 Ficha de inspecção C/Fa1 das fachadas e muretes………………………………..…104

5.10.1 Visualização das fachadas…………………………………………………………...105

5.10.2 Condições de exposição..............................................................................................105

5.10.3 Camada de isolamento térmico..................................................................................106

5.10.4 Singularidades das fachadas………………………………………………………...110

5.11 Ficha de inspecção C/Fa2 das fachadas e muretes…………………………………..111

5.11.1 Anomalias e causas......................................................................................................111

5.12 Ficha de inspecção C/Fa3 das fachadas e muretes…………………………………..155

5.13 Ficha de inspecção C/Va1 de vãos de fachada………………………………………156

5.13.1 Singularidades.............................................................................................................156

5.13.2 Anomalias / causas......................................................................................................158

5.14 Ficha de inspecção C/Va2 de vãos de fachada……………………………………....174

5.15 Ficha de inspecção C/VaPa1 de varandas e palas…………………………………...174

5.15.1 Singularidades de varandas........................................................................................175

5.15.2 Anomalias / causas......................................................................................................178

5.16 Ficha de inspecção C/VaPa2 de varandas e palas…………………………………...190

6. Conclusões....................................................................................................................191 Bibliografia .....................................................................................................................192

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Índice

IV

ÍNDICE DE FIGURAS

CAPÍTULO 1:

Fig. 1.1 - Tipologia das obras concluídas, no período de 1970 a 1995………………………...2 Fig. 1.2 - Distribuição dos edifícios construídos de raiz pelo Continente e Ilhas, no período de

1970 a 1995………………………………….……………………………………….3

Fig. 1.3- Distribuição dos edifícios construídos de raiz por distritos no Continente, no período

de 1970 a 1995……….………………………………………………………………3

Fig. 1.4 - Distribuição dos edifícios concluídos segundo o destino, no período de 1970 a

1995………………………………………………………………………………….4

CAPÍTULO 5:

Fig. 5.1 - Visualização exterior - a) - e interior - b) - da cobertura inclinada……...…………26

Fig. 5.2 - Cobertura de três águas…………………………………………………………….27

Fig. 5.3 - Cobertura redonda………………………………………………………………….27

Fig. 5.4 - Equipamento de segurança…………………………………………………………27

Fig. 5.5 - Exposição protegida (APICC, 1998)……………………………………………….28

Fig. 5.6 - Exposição normal (APICC, 1998)………………………………………………….28

Fig. 5.7 - Exposição exposta (APICC, 1998)…………………………………………………29

Fig. 5.8 - Laje aligeirada pré-esforçada (APICC, 1998)……………………………………...29

Fig. 5.9 - Estrutura em varas / ripas de betão…………………………………………………30

Fig. 5.10 - Exemplo de estrutura da cobertura (APICC, 1998)………………………………30

Fig. 5.11 - Asnas mistas metal - madeira (APICC, 1998)……………………………………31

Fig. 5.12 - Sub-telha visível no beirado (APICC, 1998)……………………………………...32

Fig. 5.13 - Exemplo de uma cobertura revestida com chapas de fibrocimento………………32

Fig. 5.14 - Exemplo de uma cobertura revestida com chapas metálicas……………………..32

Fig. 5.15 - Exemplo de uma cobertura revestida a telhas asfálticas………………………….32

Fig. 5.16 - Exemplo de uma cobertura mista com painéis tipo sanduíche……………………33

Fig. 5.17 - Micro-ventilação da face inferior da telha (APICC, 1998)……………………….34

Fig. 5.18 - Mecanismo de ventilação entre beirado e a cumeeira (APICC, 1998)…………...35

Fig. 5.19 - Telhas de ventilação sem passadeira - a) - e com passadeira - b) (APICC, 1998)..35

Fig. 5.20 - Orifícios de ventilação no beirado (APICC, 1998)……………………………….35

Fig. 5.21 - Banda de ventilação em rincão (APICC, 1998)…………………………………..35

Fig. 5.22 - Mecanismo de ventilação entre o beirado e a cumeeira (APICC, 1998)………….36

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V

Fig. 5.23 - Linhas e partes da cobertura inclinada (APICC, 1998)…………………………...36

Fig. 5.24 - Rufagem de chaminé com chapa metálica (APICC, 1998)……………………….36

Fig. 5.25 - Remate em paredes emergentes com rufos metálicos (APICC, 1998)……………37

Fig. 5.26 - Soluções de remates da impermeabilização com paredes emergentes (LNEC - ITE

33, 2002)……………………………………………………………………………37

Fig. 5.27 - Beirado à portuguesa com cornija (APICC, 1998)………………………………..37

Fig. 5.28 - Pormenor de beirado com telha Lusa e com capa e bica (APICC, 1998)………...38

Fig. 5.29 - Remate em laró (APICC, 1998)…………………………………………………..38

Fig. 5.30 - Remate com parede de bordo em rufo de zinco…………………………………..39

Fig. 5.31 - Remate da impermeabilização com tubagem emergente (LNEC - ITE 33, 2002)..39

Fig. 5.32 - Caleira recuada……………………………………………………………………40

Fig. 5.33 - Ralo de pinha em PVC……………………………………………………………40

Fig. 5.34 - Diferenças de tonalidade devido acções ambientais e de envelhecimento………..43

Fig. 5.35 - Acumulação de vegetação no beirado da cobertura (IPCC, 1998)………………..44

Fig. 5.36 - Acumulação de musgos (APICC, 1998)………………………………………….44

Fig. 5.37 - Acumulação de verdete…………………………………………………………...44

Fig. 5.38 - Acumulação de líquenes…………………………………………………………..45

Fig. 5.39 - Convexidade na zona do pilar…………………………………………………….45

Fig. 5.40 - Deformação da cobertura (INH - LNEC, 2006)…………………………………..45

Fig. 5.41 - Desalinhamento por erro de execução…………………………………………….46

Fig. 5.42 - Sobreposição deficiente…………………………………………………………...46

Fig. 5.43 - Sobreposição insuficiente (IPCC, 1998)………………………………………….46

Fig. 5.44 - Sobreposição excessiva (APICC, 1998)…………………………………………..46

Fig. 5.45 - Fractura de telha…………………………………………………………………..47

Fig. 5.46 - Início de descasque (APICC, 1998)………………………………………………48

Fig. 5.47 - Aspecto de descasque (APICC, 1998)……………………………………………48

Fig. 5.48 - Eflorescências…………………………………………………………………….48

Fig. 5.49 - Argamassa dispensável na sobreposição de telhões (IPCC, 1998)……………….49

Fig. 5.50 - Argamassa excessiva na linha de cumeeira……………………………………….49

Fig. 5.51 - Cumeeira impermeabilizada impedindo a ventilação da cobertura……………….49

Fig. 5.52 Remate inadequado com tela asfáltica……………………………………………...50

Fig. 5.53 - Remate inadequado da telha com a parede……………………………………….50

Fig. 5.54 - Inexistência de rufo no bordo da impermeabilização……………………………..51

Fig. 5.55 - Manutenção inadequada em paredes de bordo……………………………………51

Fig. 5.56 - Inexistência de cinta de aperto na impermeabilização……………………………52

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Índice

VI

Fig. 5.57 - Ausência de manutenção no beirado……………………………………………...52

Fig. 5.58 - 1ª telha cortada no beiral………………………………………………………….52

Fig. 5.59 - Ausência de rufagem no remate da clarabóia……………………………………..53

Fig. 5.60 - Autoprotecção da impermeabilização deteriorada………………………………..53

Fig. 5.61 - Pintura deteriorada e suportes com corrosão……………………………………...54

Fig. 5.62 - Inexistência de ralo de pinha……………………………………………………...54

Fig. 5.63 - Exemplos de soluções construtivas dum remate em junta sobreelevada (LNEC-

ITE 33, 2002)……………………………………………………………………….55

Fig. 5.64 - Esquema de uma solução construtiva de remate em junta entre edifícios (LNEC -

ITE 33, 2002)……………………………………………………………………….55

Fig. 5.65 - Corrosão e manutenção inadequada………………………………………………56

Fig. 5.66 - Corrosão de elementos de fixação………………………………………………...56

Fig. 5.67 - Corrosão em caixilho de clarabóia………………………………………………..57

Fig. 5.68 - Reparação com tela betuminosa…………………………………………………..57

Fig. 5.69 - Localização de camada filtrante (manta de geotêxtil) em terraço-jardim………...62

Fig. 5.70 - Acumulação de detritos…………………………………………………………...70

Fig. 5.71 - Desenvolvimento de vegetação sobre cobertura em terraço e junto a platibanda

(INH - LNEC, 2006)……….……………………………………………………….71

Fig. 5.72 - Acumulação de verdete…………………………………………………………...71

Fig. 5.73 - Acumulação de água junto a platibanda…………………………………………..72

Fig. 5.74 - Acumulação de água na zona da embocadura…………………………………….72

Fig. 5.75 - Fissuração generalizada dum revestimento betuminoso (LNEC, 2002 - ITE 33)...73

Fig. 5.76 - Encurvamento do material isolante (LNEC, 2002 - ITE 33)……………………..74

Fig. 5.77 - Fissura na 1ª camada do sistema de impermeabilização em correspondência com

uma junta entre painéis isolante……………….……………………………………75

Fig. 5.78 - Perfurações diversas de natureza estática…………………………………………75

Fig. 5.79 - Perfuração do revestimento por carga do suporte do extractor de ar……………..76

Fig. 5.80 - Acção perfurante das pernas dum cavalete sobre a impermeabilização (LNEC,

2002 - ITE 33)……………………………………………………………………...76

Fig. 5.81 - Acção perfurante do parafuso de fixação de placas isolantes à estrutura resistente

(LNEC, 2002 - ITE 33)……………………………………………………………..77

Fig. 5.82 - Rasgamentos em tela betuminosa auto-protegida com folha de alumínio devido a

acções de origem mecânica e de utilização / manutenção………………………….77

Fig. 5.83 - Rasgamento e arrancamento do revestimento de impermeabilização (LNEC, 2002 -

ITE 33)……………………………………………………………………………...78

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VII

Fig. 5.84 - Descolamento por pelagem (LNEC, 2002 - ITE 33)……………………………...78

Fig. 5.85 - Enrugamentos e roturas em tela betuminosa auto-protegida com folha de alumínio

(LNEC, 2002 - ITE 33)……………………………………………………………..79

Fig. 5.86 - Empolamentos duma tela betuminosa auto-protegida com folha de alumínio

(LNEC, 2002 - ITE 33)……………………………………………………………..80

Fig. 5.87 - “Alagartado” da protecção em folha de alumínio de membranas betuminosas…..81

Fig. 5.88 - Esquema corrente de fixação mecânica de membranas de PVC (LNEC, 2006 - ITE

34)…………………………………………………………………………………..82

Fig. 5.89 - Esquema da sequência de execução duma junta de sobreposição de membrana de

borracha butílica (LNEC, 2006 - ITE 34)…………………………………………..83

Fig. 5.90 - Juntas de sobreposição descoladas (INH - LNEC, 2006 / LNEC, 2002 - ITE 33).84

Fig. 5.91 - Arrastamento por acção do vento dos elementos soltos da protecção pesada

(LNEC, 2002 - ITE 33)……………………………………………………………..85

Fig. 5.92 - Descolamento sobre fissura da camada de suporte (APICER, 2003)…………….87

Fig. 5.93 - Descolamento sobre zona de transição da curvatura do apoio e descolamento

progressivo a partir de uma junta periférica que não trespassa a camada de

assentamento (APICER, 2003)……………………………………………………..87

Fig. 5.94 - Fissuração devida a eventual impacto localizado e fissuração trespassante em

revestimento assente sobre betonilha e isolamento térmico (APICER, 2003)……..88

Fig. 5.95 - Quebra localizada de revestimento, devida a causas múltiplas (mau assentamento,

empolamento ligeiro e impacto pontual) (APICER, 2003)………………………...88

Fig. 5.96 - Fissuração inicial por deformação do suporte, seguido de deslocamento e posterior

quebra por acção de cargas correntes sobre ladrilho solto (APICER, 2003)……….89

Fig. 5.97 - Fissuração no seio do material de preenchimento da junta entre ladrilhos……….89

Fig. 5.98 - Eflorescências nos ladrilhos e juntas……………………………………………...90

Fig. 5.99 - Descolamento do bordo superior devido à inexistência de rufo de protecção (INH -

LNEC, 2006)………………………………………………………………………..91

Fig. 5.100 - Descolamento de uma membrana de PVC por insuficiente produto de colagem

(INH - LNEC, 2006)………………………………………………………………..91

Fig. 5.101 - Esquema do mecanismo de descolamento de remates por acção de forças

localizadas (LNEC, 2002 - ITE 33)………………………………………………...92

Fig. 5.102 - Mecanismo de descolamento de remate de impermeabilização com elemento

emergente da cobertura por acção de forças localizadas (INH - LNEC, 2006)…….92

Fig. 5.103 - Deslizamento dum remate com base em membranas betuminosas (LNEC, 2002 -

ITE 33)……………………………………………………………………………...93

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Índice

VIII

Fig. 5.104 - Esquemas de disposições para a protecção pesada rígida junto a elementos

emergentes (LNEC, 2002 - ITE 33)………………………………………………..94

Fig. 5.105 - Fissura no reboco de protecção dum remate da impermeabilização (LNEC, 2002 -

ITE 33)……………………………………………………………………………...94

Fig. 5.106 - Deficiência de um remate da impermeabilização em parede emergente e em

chaminé……………………………………………………………………………..95

Fig. 5.107 - Esquemas de soluções de remates da impermeabilização com uma parede

emergente (LNEC, 2002 - ITE 33)…………………………………………………95

Fig. 5.108 - Remate ao nível da superfície (LNEC, 2002 - ITE 33)………………………….96

Fig. 5.109 - Disposição construtiva satisfatória (LNEC, 2002 - ITE 33)…………………….96

Fig. 5.110 - Fissuração do revestimento de impermeabilização numa junta de dilatação

(LNEC, 2002 - ITE 33)……………………………………………………………..97

Fig. 5.111 - Exemplo de uma disposição construtiva satisfatória em junta de dilatação

sobreelevada (LNEC, 2002 - ITE 33)………………………………………………97

Fig. 5.112 - Esquema de protecção duma junta de dilatação sobreelevada com uma peça em

chapa metálica (LNEC, 2002 - ITE 33)…………………………………………….98

Fig. 5.113 - Esquema de concepção insatisfatória d remate em junta de dilatação entre

edifícios de altura diferente (LNEC, 2002 - ITE 33)……………………………….98

Fig. 5.114 - Enrugamento dum remate na junta de dilatação entre dois corpos de altura

diferente dum edifício (LNEC, 2002 - ITE 33) ………………...…………………98

Fig. 5.115 - Uma concepção de junta entre dois edifícios de altura diferente (LNEC, 2002 -

ITE 33) ……………………………………………………………………………99

Fig. 5.116 - Remate inadequado (LNEC, 2002 - ITE 33) …………………………………...99

Fig. 5.117 - Remate satisfatório (LNEC, 2002 - ITE 33)…………………………………...100

Fig. 5.118 - Acumulação de folhagem junto a embocadura de tubo de queda (LNEC, 2002 -

ITE 33)…………………………………………………………………………….100

Fig. 5.119 - Esquema d um remate com embocadura dum tubo de queda (LNEC, 2002 - ITE

33)…………………………………………………………………………………101

Fig. 5.120 - Vista do aro da peça de remate numa embocadura de um tubo de queda (LNEC,

2002 - ITE 33)…………………………………………………………………….101

Fig. 5.121 - Esquema de remate insatisfatório com tubo de queda (LNEC, 2002 - ITE 33)..101

Fig. 5.122 - Esquema de remate da impermeabilização com uma tubagem emergente (LNEC,

2002 - ITE 33)…………………………………………………………………….102

Fig. 5.123 - Manifestações de humidade no paramento exterior duma caleira, por deficiente

execução do seu remate (LNEC, 2002 - ITE 33) ……………………………103

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Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995

IX

Fig. 5.124 - Disposições das juntas d sobreposição em caleiras (LNEC, 2002 - ITE 33)…..103

Fig. 5.125 - Zonas críticas de remates em caleiras de coberturas acessíveis (LNEC, 2002 - ITE

33)…………………………………………………………………………………104

Fig. 5.126 - Isolamento térmico pelo interior……………………………………………….107

Fig. 5.127 - Isolamento térmico preenchendo totalmente a caixa-de-ar…………………….107

Fig. 5.128- Isolamento térmico pelo exterior………………………………………………..107

Fig. 5.129 - Exemplo da visualização de quatro cunhais em argamassa cimentícia………...111

Fig. 5.130 - Desenvolvimento de vegetação em parede (INH - LNEC, 2006)……………...112

Fig. 5.131 - Desenvolvimento de líquenes em muretes …………...……………………..113

Fig. 5.132 - Deficiências de planeza do revestimento no murete…………………………...114

Fig. 5.133 - Deficiências de planeza do revestimento cerâmico (APICER, 2003)………….114

Fig. 5.134 - Desagregação superficial do revestimento cerâmico…………………………..115

Fig. 5.135 - Crateras na viga de betão armado………………………………………………116

Fig. 5.136 - Empolamento da pintura……………………………………………………….117

Fig. 5.137 - Empolamento do revestimento cerâmico (APICER, 2003)……………………118

Fig. 5.138 - Delaminação do betão devida à corrosão das armaduras………………………119

Fig. 5.139 - Destacamento do reboco por falta de aderência inicial (INH - LNEC, 2006)…119

Fig. 5.140 - Destacamento do reboco delgado sobre isolante (INH - LNEC, 2006)………..120

Fig. 5.141 - Descolamento localizado dos ladrilhos………………………………………...123

Fig. 5.142 - Descolamento de placas de pedra (INH - LNEC, 2006)……………………….123

Fig. 5.143 - Descasque da pintura devido a humidade……………………………………...124

Fig. 5.144 - Eflorescências em fissuras do reboco e em muretes de betão………………….125

Fig. 5.145 - Eflorescências em revestimentos cerâmicos e de pedra………………………..125

Fig. 5.146 - Criptoflorescências em ladrilhos cerâmicos……………………………………126

Fig. 5.147 - Amarelecimento do revestimento por pintura………………………………….126

Fig. 5.148 - Sujidade / manchas de poluição………………………………………………..128

Fig. 5.149 - Manchas por acção da humidade nas zonas de platibandas, peitoris e junta de

dilatação da estrutura………………………………………….…………………..129

Fig. 5.150 - Manchas localizadas por fenómenos de termoforese…………………………..129

Fig. 5.151 - Escorrimentos nas zonas dos cantos do peitoril………………………………..130

Fig. 5.152 - Escorrimentos nas zonas do coroamento de muretes…………………………..130

Fig. 5.153 - Escorrimentos nas zonas de elementos metálicos……………………………...130

Fig. 5.154 - Escorrimentos devidos à entrada e posterior saída de água……………………131

Fig. 5.155 - Ascensão capilar manifestada pelo aparecimento de eflorescências e de manchas

de humidade……………………………………………………………………….132

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Índice

X

Fig. 5.156 - Ascensão capilar manifestada pelo aparecimento de fungos e de

eflorescências……………………………………………………………………...132

Fig. 5.157 - Graffiti em revestimentos de parede…………………………………………...132

Fig. 5.158 - Fissuração do vidrado do azulejo (INH - LNEC, 2006)………………………..133

Fig. 5.159 - Fissuração que atravessa toda a espessura de azulejo………………………….134

Fig. 5.160 - Descamação do vidrado (INH - LNEC, 2006)…………………………………134

Fig. 5.161 - Lascagem nos bordos dos ladrilhos…………………………………………….135

Fig. 5.162 - Enodoamento dos ladrilhos (APICER 2003)…………………………………..135

Fig. 5.163 - Riscagem ou desgaste do ladrilho (Silvestre, 2006)……………………………136

Fig. 5.164 - Deterioração das juntas dos ladrilhos…………………………………………..137

Fig. 5.165 - Fractura dos elementos cerâmicos nos cunhais por choque ou vandalismo……138

Fig. 5.166 - Fractura na placa de pedra……………………………………………………...138

Fig. 5.167 - Fractura no reboco por choque ou vandalismo………………………………...138

Fig. 5.168 - Fissuração rendilhada ou mapeada em reboco tradicional……………………..139

Fig. 5.169 - Fissuração sem orientação preferencial em reboco tradicional………………...140

Fig. 5.170 - Fissuração em correspondência com juntas de assentamento de alvenaria devido a

variações de temperatura e humidade (INH-LNEC, 2006)……………………….140

Fig. 5.171 - Fissuração e destacamento de revestimento com rotura de “forra” de alvenaria

devido a deformações de origem térmica de viga e de laje (INH-LNEC, 2006)….141

Fig. 5.172 - Retracção da parede (DGOT - LNEC, 2005)…………………………………..142

Fig. 5.173 - Variações térmicas (DGOT - LNEC, 2005)……………………………………142

Fig. 5.174 - Assentamento de fundações (DGOT - LNEC, 2005)…………………………..142

Fig. 5.175 - Fendilhação em paredes devido a deformações dos elementos horizontais (INH -

LNEC, 2006)………………………………………………………………………142

Fig. 5.176 - Fissura do suporte na transição entre a estrutura e a alvenaria (APICER,

2003)……………………………………………………………………………....144

Fig. 5.177 - Fissuração devida à deformação de viga de grande vão (APICER, 2003)……..144

Fig.5.178 - Junta estrutural com funcionamento não eficaz para o revestimento (APICER,

2003)………………………………………………………………………………144

Fig. 5.179 - Fissuração em panos de grande dimensão sem juntas de esquartelamento

(APICER, 2003)…………………………………………………………………..144

Fig. 5.180 - Fissuração devida a movimentos estruturais (APICER, 2003)………………...144

Fig. 5.181- Fissuração vertical devida a provável deformação dos elementos confinantes...145

Fig. 5.182 - Fissuração vertical nos cantos dos vãos devida a tensões localizadas………....145

Fig. 5.183 - Fissuração vertical devido a deformações estruturais………………………….145

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Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995

XI

Fig. 5.184 - Fissuração vertical na transição de materiais distintos…………………………146

Fig. 5.185 - Fissuração horizontal na transição de materiais distintos devida a deformações

estruturais………………………………………………………………………….146

Fig. 5.186 - Fissuração horizontal devida a deformações estruturais……………………….146

Fig. 5.187 - Fissuração horizontal nos cantos dos vãos devida a tensões localizadas e a

deformações estruturais…………………………………………………………...147

Fig. 5.188 - Fissuração inclinada devida a deformações estruturais e prováveis assentamentos

diferenciais………………………………………………………………………...147

Fig. 5.189 - Fissuração inclinada nos cantos dos vãos devida a tensões localizadas……..…147

Fig. 5.190 - Ausência / inadequação de manutenção do elemento metálico incorporado no

revestimento……………………………………………………………………….148

Fig. 5.191 - Corrosão das armaduras………………………………………………………..149

Fig. 5.192 - Inexistência de mastiques na junta de dilatação da estrutura…………………..150

Fig.5.193 - Esquema de drenagem da caixa-de-ar (D.T.U. 20.1)…………………………...150

Fig. 5.194 - Esquema de ventilação da caixa-de-ar com protecção das entradas e saídas de

ar………………………………………………………………………………..…151

Fig. 5.195 - Tubagem partida e abraçadeira com corrosão………………………………….152

Fig. 5.196 - Inexistência de coroamento com material estanque à penetração de água……..152

Fig. 5.197 - Colonização biológica do capeamento…………………………………………153

Fig. 5.198 - Fissuração do capeamento……………………………………………………...154

Fig. 5.199 - Inexistência de pingadeira no capeamento……………………………………..155

Fig. 5.200 - Pormenor tipo de um peitoril (DTU 20.1)……………………………………...157

Fig. 5.201 - Aplicação de “chouriço” para redução de excessiva permeabilidade ao ar da

caixilharia (INH - LNEC, 2006)…………………………..………………………159

Fig. 5.202 - Grande deformação de elementos constituintes de caixilho de madeira (INH -

LNEC, 2006)………………………………………………………………………159

Fig. 5.203 - Degradação de caixilho de madeira devido a exposição a chuva (INH - LNEC,

2006)………………………………………………………………………………160

Fig. 5.204 - Degradação de edifício agravada por infiltração de água através de caixilharia

(INH - LNEC, 2006)………………………………………………………………160

Fig. 5.205 - Elementos da estanqueidade de janela giratória (INH - LNEC, 2006)………...161

Fig. 5.206 - Degradação de revestimento de pintura de caixilho de madeira por acção conjunta

de radiação solar e de processo de humedecimento e secagem (INH - LNEC,

2006)……………………………………………………………………………....162

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Índice

XII

Fig. 5.207 - Corrosão em caixilharia de ferro por falta de manutenção (INH - LNEC,

2006)………………………………………………………………………………163

Fig. 5.208 - Caixilhos com vidros partidos (INH - LNEC, 2006)…………………………..164

Fig. 5.209 - Edifício onde se substituiu caixilharia de madeira por caixilharia de PVC (INH -

LNEC, 2006)……………………………………………………………………...165

Fig. 5.210 - Edifício onde se substituiu caixilharia de madeira por caixilharia de PVC (INH -

LNEC, 2006)………………………………………………………………………165

Fig. 5.211 - Deterioração de revestimento por pintura e de elementos constituintes de porta de

madeira (INH - LNEC, 2006)……………………………………………………..165

Fig. 5.212 - Colonização biológica em peitoril……………………………………………...166

Fig. 5.213 - Eflorescências em peitoril………………………….…………………………..166

Fig. 5.214 - Humidade de infiltração em caixilho de madeira………………………………167

Fig. 5.215 - Inexistência de inclinação e de rasgos em peitoril……………………………..167

Fig. 5.216 - Inexistência de pingadeira em peitoril………………………………………….168

Fig. 5.217 - Fissuração em peitoris………………………………………………………….169

Fig. 5.218 - Fissuração na soleira…………………………………………………………...169

Fig. 5.219 - Deterioração de vedantes nas ligações dos caixilhos ao vão e ao envidraçado...170

Fig. 5.220 - Deterioração de pinturas em caixilharias e gradeamento apresentando este um

estado avançado de corrosão……………………………………………………...172

Fig. 5.21 - Corrosão em gradeamentos de vãos exteriores………………………………….172

Fig. 5.222 - Varandas com apoio em consola com guarda-corpos em gradeamentos de ferro

pintado e muretes de alvenaria……………………………………………………175

Fig. 5.223 - Varanda apoiada em vigas de bordadura com guarda-corpos em gradeamentos de

alumínio lacado……………………………………………………………………175

Fig. 5.224 - Pala na entrada do edifício com apoio em consola…………………………….177

Fig. 5.225 - Pala em varanda com apoio em consola……………………………………......177

Fig. 5.226 - Pala em varanda com apoio em vigas de bordadura…………………………...177

Fig. 5.227 - Palas ao nível da cobertura com apoio em consola…………………………….177

Fig. 5.228 - Corrosão em guarda metálica de janela de sacada (INH - LNEC, 2006)………178

Fig. 5.229 - Corrosão em guarda metálica de janela de sacada (INH - LNEC, 2006)………179

Fig. 5.230 - Colonização biológica na varanda……………………………………………...179

Fig. 5.231 - Planta em tubo-ladrão por ausência de manutenção…………………………...180

Fig. 5.232 - Deficiências de planeza no revestimento inferior da laje da varanda………….180

Fig. 5.233 - Crateras na viga de apoio da varanda…………………………………………..181

Fig. 5.234 - Empolamento no revestimento por acção da humidade………………………..182

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Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995

XIII

Fig. 5.235 - Descolamento do revestimento devido à acção expansiva do aço corroído……182

Fig. 5.236 - Eflorescências no revestimento frontal da varanda…………………………….183

Fig. 5.237 - Eflorescências nos revestimentos da pala……………………………………...183

Fig. 5.238 - Eflorescências nas fissuras das lajes…………………………………………...183

Fig. 5.239 - Amarelecimento do revestimento da pintura…………………………………...184

Fig. 5.240 - Sujidade / manchas de poluição na laje e viga de apoio……………………….184

Fig. 5.241 - Manchas localizadas por acção da humidade…………………………………..185

Fig. 5.242 - Escorrimentos na varanda devido à inexistência de uma soleira com

pingadeira………………………………………………………………………....186

Fig. 5.243 - Deficiência de drenagem de tubo ladrão devido à ausência de manutenção…...187

Fig. 5.244 - Fissuração da laje devido à retracção do betão………………………………...187

Fig. 5.245 - Fissuração transversal na secção da viga devido a erro de concepção ou

execução…………………………………………………………………………..187

Fig. 5.246 - Corrosão do gradeamento guarda-corpos………………………………………188

Fig. 5.247 - Deterioração de pintura em gradeamento guarda-corpos com início de

corrosão……………………………………………………………………………189

Fig. 5.248 - Corrosão das armaduras das lajes de varandas…………………………………190

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Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995

XI

ÍNDICE DE QUADROS

CAPÍTULO 2:

Quadro 2.1 - Classificação das anomalias……………………………………………………..8

Quadro 2.2 - Relação das causas prováveis com os factos geradores de anomalias…………...9

Quadro 2.3 - Amostra da matriz de correlação teórica anomalias - causas…………………..10

CAPÍTULO 5:

Quadro 5.1 - Inclinação mínima de suportes das coberturas (%) (APICC, 1998)……………42

Quadro 5.2 - Recobrimentos mínimos em telhas canudo e romana (m) (APICC, 1998)…….42

Quadro 5.3 - Dimensões mínimas da largura e altura do ressalto e pendente do peitoril (DTU

20.1)……………………………………………………………………………….157

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Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995

1

1. Introdução

1.1. Enquadramento

Consultando os dados estatísticos disponibilizados on-line pelo Instituto Nacional de Estatís-

tica (INE), verifica-se que, no período entre 1970 e 1995, existiu um fluxo de construção bas-

tante elevado no país. Este fluxo incidiu nos edifícios de habitação, comércio e serviços e

também nas obras públicas.

Para dar resposta às necessidades da edificação, foi necessário recorrer a mão-de-obra imi-

grante (africana, nos primeiros dois terços, e da Europa do Leste, no último terço - dados dos

Serviços de Estrangeiros e Fronteiras), que não se encontrava preparada para os trabalhos

associados à construção civil. Tal facto é agravado pelos salários baixos e desmotivantes e

pela quebra de regras elementares de qualidade, segurança e saúde.

Face ao excesso de procura durante este período, os projectos também não primaram pela

qualidade e, da conjugação destes factores, resultou um parque edificado com uma profusão

de anomalias, a que se somaram as consequências de uma ausência generalizada de acções

planeadas de manutenção e reabilitação.

Sendo a envolvente exterior dos edifícios, em boa parte, uma imagem para a Sociedade, a sua

degradação cria não só fenómenos de menor auto-estima, como estigmatiza socialmente os

habitantes dos bairros degradados.

1.2. Objectivos

Para definir os objectivos deste trabalho, foi necessário avaliar primeiro os dados estatísticos

sobre as edificações em Portugal e que estão disponibilizados, on-line, pelo Instituto Nacional

de Estatística (INE).1 Grande parte dessa informação serviu de base para a estruturação da

definição do tipo de edifícios a estudar, da sua quantidade e localização. Verificou-se, porém,

que não estava disponível informação completa da distribuição estatística pelos concelhos do

período em estudo, com excepção do período de 1975 a 1981, assim como não se encontrou

informação sobre a quantidade de edifícios construídos quanto ao tipo de acabamentos das

fachadas e cobertura.

Os dados disponibilizados que se acharam de interesse para definir a tipologia de edifícios a

1 Aquele que mais interessou para o levantamento das anomalias dos edifícios, no período de 1970 a 1995, é o

que está disponibilizado em “Estatísticas da construção de edifícios” e no respectivo anuário estatístico.

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1. Introdução

2

inspeccionar foram os seguintes:

• dados de obras concluídas e sua tipologia;

• dados de edifícios de construção concluídos no Continente e ilhas;

• dados dos edifícios de construção nos distritos do Continente;

• dados dos edifícios concluídos segundo o destino.

Sobre os dados disponibilizados, do período entre 1970 e 1995, foi realizado o devido trata-

mento estatístico que seguidamente será apresentado.

1.2.1 Tipologia das obras concluídas

O INE apresenta os dados do total de obras concluídas em Portugal e também a sua distribui-

ção por tipos de obras (construção de raiz, ampliação, transformação e restauro).

Do tratamento estatístico feito aos dados recolhidos (Fig. 1.1), verifica-se que a grande maio-

ria das obras concluídas diz respeito a construções de raiz (73,5%), seguindo-se em pequenas

quantidades as ampliações (13,4%), as transformações (4%) e, finalmente, os restauros

(9,1%).

Fig. 1.1 - Tipologia das obras concluídas, no período de 1970 a 1995

682.473

124.448

37.37184.476

928.768

0

100.000

300.000

400.000

500.000

600.000

700.000

900.000

1.000.000

800.000

200.000

Construções de raiz

Ampliações

Transformações

Restauros

Total

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Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995

3

0

100.000

200.000

300.000

400.000

500.000

600.000

700.000 Continente Aveiro Beja Braga Bragança Castelo Branco

Coimbra Évora Faro Guarda Leiria Lisboa Portalegre Porto Santarém Setúbal Viana do Castelo

Vila Real Viseu

10.9

40 81

.972

48.5

54

37.1

36

23.5

68

21.4

72

40.9

43

648.129

56.1

05

10.3

84

55.6

04

17.6

55

19.1

22

36.6

48

13.0

65

39.6

28

23.7

32

54.0

96

57.4

95

1.2.2 Distribuição dos edifícios construídos de raiz pelo Continente e ilhas

O tratamento estatístico realizado sobre os dados dos edifícios construídos de raiz no Conti-

nente e ilhas (Fig. 1.2) permite constatar que a grande maioria do edificado construído está

concentrado no Continente (95%). Os restantes 5% estão distribuídos pelos Açores e Madeira.

Fig. 1.2 - Distribuição dos edifícios construídos de raiz pelo Continente e Ilhas, no perío-

do de 1970 a 1995

1.2.3 Distribuição dos edifícios construídos de raiz pelos distritos do Continente

O INE disponibiliza, igualmente, informação sobre a distribuição das construções de raiz

pelos distritos do Continente. O tratamento estatístico feito a essa informação (Fig. 1.3) per-

mite verificar que o maior volume de construção está concentrado no distrito do Porto

(12,6%), seguindo-se Lisboa (8,9%), Aveiro (8,7%), Braga (8,6%), Leiria (8,3%), Santarém

(7,5%), Viseu (6,3%), Faro (6,1%), Coimbra e Setúbal (5,7%), Guarda (3,7%), Viana do Cas-

telo (3,6%), Vila Real (3,3%), Castelo Branco (3%), Bragança (2,7%), Évora (2%), Portalegre

(1,7%) e Beja (1,6%).

Fig. 1.3- Distribuição dos edifícios construídos de raiz por distritos no Continente, no

período de 1970 a 1995

682.473 648.129

15.262 19.0820

200.000

400.000

600.000

800.000

Continente e Ilhas

Madeira

Continente

Açores

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1. Introdução

4

1.2.4 Distribuição dos edifícios concluídos segundo o destino

Da análise efectuada à distribuição dos edifícios concluídos em Portugal e segundo o destino

(Fig. 1.4), verifica-se que, na construção, ampliação, transformação e restauração, a habitação

tem o maior peso com uma média de 75%. Em relação à construção, a habitação tem a maio-

ria do edificado (78%). De salientar que os edifícios públicos, de saúde e de educação ocupam

um valor global de 6%.

Fig. 1.4 - Distribuição dos edifícios concluídos segundo o destino, no período de 1970 a

1995

1.2.5 Conclusões

Os tratamentos estatísticos efectuados permitiram avaliar a variação quantitativa das edifica-

ções e as tipologias da construção em Portugal, conduzindo a que:

• o levantamento das anomalias do património edificado, no período de 1970 a 1995,

fosse direccionado para o Continente, que representa 95% das obras edificadas em

0

100.00

200.00

300.00

400.00

500.00

600.00

700.00

800.00

Habitação 532.13 94.06 24.99 66.20

Agricultura 59.47 5.77 1.41 5.61

Indústria de extracção / transformação 11.54 4.60 74 66Electricidade / gás / saneamento 35 4 2 4Comércio / bancos / seguros / restauração 11.05 4.53 6.17 3.88Transporte / armazenagem /comunicações 1.57 36 27 46

Administração pública 48 8 21 71Educação / saúde 3.53 64 33 85Outros destinos 62.30 14.33 3.19 6.02

Total 682.47 124.44 37.37 84.47

Construção de raiz Ampliação Transformação Restauros

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Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995

5

Portugal, e para os edifícios construídos de raiz, que representam 74% do total das edi-

ficações;

• nos edifícios construídos de raiz do Continente, fossem avaliadas as anomalias / cau-

sas da envolvente exterior nos edifícios de habitação, que representam 78% daqueles

edifícios.

Embora as construções unifamiliares (moradias) ocupem 84,3% dos edifícios de habitação, no

período de 1970 a 1995, o enfoque nas inspecções será canalizado para os edifícios multifami-

liares. Em boa verdade, nas moradias o proprietário faz manutenção, ao passo que nos edifí-

cios multifamiliares os espaços comuns e a envolvente exterior não são considerados proprie-

dade comum, sendo a sua manutenção mais facilmente negligenciada.

A avaliação de patologia exterior de edifícios é um trabalho que exige um conhecimento das

anomalias / causas dos elementos construtivos da envolvente. Existem muitos trabalhos de

investigação nessa área, que se encontram dispersos em muitas publicações científicas e téc-

nicas.

No sentido de disponibilizar informação que normalize e facilite o preenchimento de fichas de

inspecção, que foram criadas para avaliar a envolvente exterior de edifícios no que diz respei-

to aos materiais aplicados, às obras de beneficiação realizadas e às anomalias / causas dos

elementos construtivos, no período entre 1970 e 1995, elaborou-se o presente manual de ins-

pecção que foi desenvolvido com base na compilação e síntese de publicações científicas e

técnicas.

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2.Envolvente exterior de edifícios

6

2. Envolvente exterior de edifícios

2.1. Caracterização

O processo de avaliação da patologia exterior das construções consta do diagnóstico das

anomalias dos seus elementos construtivos. Serão considerados os seguintes elementos

construtivos da envolvente exterior para análise:

• coberturas inclinadas;

• coberturas em terraço;

• fachadas e muretes (da cobertura e de varandas e palas);

• vãos exteriores;

• varandas e palas.

2.2. Metodologia de diagnóstico

Segundo proposta de metodologia sequencial de estudo de diagnóstico (LANZINHA, 2006), a

recolha de informação deve passar pela análise da documentação escrita e desenhada que seja

disponibilizada pelo dono da obra ou pela entidade licenciadora, pela inspecção visual aos

elementos, pela realização de inquéritos aos residentes, pela realização de medições in situ ou

em laboratório e por sondagens.

O diagnóstico das anomalias / causas das anomalias dos elementos construtivos através de

ensaios de laboratório, de ensaios in situ e de sondagens, obriga à recolha de materiais para

análise, logo à destruição localizada dos revestimentos em grande parte dos casos. Para o caso

em estudo, a experiência mostra-nos que esses ensaios e sondagens não serão permitidos

pelos donos da obra. Neste sentido, a metodologia que se achou mais adequada para o

diagnóstico da envolvente foi a seguinte:

• autorização de inspecção pelo dono da obra ou seu representante;

• análise da documentação escrita e desenhada dos projectos fornecidos pelo dono

da obra / seu representante ou obtidos nas entidades licenciadoras;

• inquirição aos donos de obra, ou seus representantes, sobre informação não

existente relativamente a dados da construção e da sua envolvente;

• elaboração do diagnóstico através de registos escritos (fichas de inspecção) e

fotográficos.

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2.2.1. Material / equipamento de suporte à inspecção O diagnóstico da envolvente exterior deve ser suportado com o seguinte material /

equipamento:

• manual de inspecção;

• fichas de inspecção;

• binóculos (auxiliar visual);

• máquina fotográfica (devem ser registados, para além das fotos que estão previstas

colocar nas fichas de inspecção, as fotos das anomalias que forem registadas nas

fichas de inspecção; estes registos fotográficos devem ser guardados com o nome

da anomalia e nas pastas com o nome dos elementos construtivos);

• fita métrica;

• bússola (auxiliar para definir as orientações das fachadas, vãos e varandas / palas);

• martelo de borracha (auxiliar para definir o estado de aderência entre o

revestimento e o suporte; um som oco indicia má aderência);

• nível (auxiliar para avaliar a inclinação da cobertura inclinada e para avaliar os

desníveis de pavimentos em terraço);

• escada (auxiliar para acesso a coberturas);

• equipamento de segurança (obrigatório nas inspecções às coberturas).

2.3 Anomalias não estruturais

As anomalias (GONÇALVES, 2004) “podem ocorrer de diversas formas, consoante a parte

atingida, as funções que são afectadas, bem como a natureza dos materiais e técnicas de

construção utilizadas, origem, causas e períodos de ocorrência”. Por outro lado, (AGUIAR e

al, 1992), “as anomalias que afectam o revestimento traduzem-se em degradações

inconvenientes e inestéticas no aspecto, perda de coesão e aderência do revestimento em

relação aos suportes e pelo desgaste anormal dos mesmos”.

Foi feito um estudo abrangente a fim de cobrir todas as anomalias não estruturais susceptíveis

de aparecer na envolvente exterior dos edifícios a avaliar. Nesse sentido, foram estudadas 148

anomalias que foram divididas pelos elementos de construção.

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2.Envolvente exterior de edifícios

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2.4 Classificação das anomalias

Quanto à classificação das anomalias (GONÇALVES, 2004) foram definidas as classes de

“Urgência de actuação”, de “Segurança estrutural / Bem-estar das pessoas”, e “Pseudo-

quantitativa”. Esta última classe representa a pontuação global quanto à urgência de actuação

e segurança e bem-estar. A cada classe foram definidos níveis colocados por ordem

decrescente de gravidade com respectiva pontuação (Quadro 2.1). A cada anomalia foi

atribuída uma pontuação nas classes 1 e 2, cujo somatório foi para um dos intervalos de

pontuação da classe 3, definindo, assim, a prioridade global de actuação.

Quadro 2.1 - Classificação das anomalias.

Classe 1 - Urgência

de actuação

2 - Segurança

e bem-estar

3 - Pseudo-quantitativa

(1 + 2)

Níveis 0 1 2 3 A B C 1 2 3 4

Pontuação 50 30 20 10 50 20 10 ≥80 e ≤100 ≥60 e ≤70 ≥40 e ≤50 ≥20 e ≤30

O significado atribuído às pontuações dos níveis das classes foi o seguinte:

• urgência de actuação:

grupo 0 e pontuação 50 - actuação imediata (segurança de bens e pessoas

comprometida);

grupo 1 e pontuação 30 - actuação a médio prazo, 6 meses a um ano (não coloca

de imediato em causa a segurança de bens e pessoas);

grupo 2 e pontuação 20 - sem urgência mas convém seguir a evolução da

patologia;

grupo 3 e pontuação 10 - sem urgência com efeitos visuais da anomalia;

• segurança e bem-estar:

grupo A e pontuação 50 - não cumpre as exigências de segurança;

grupo B e pontuação 20 - não cumpre as exigências mínimas de funcionalidade;

grupo C e pontuação 10 - cumpre as exigências mínimas de funcionalidade;

• pseudo-quantitativa:

grupo 1 e pontuação ≥80 e ≤100 - prioridade máxima;

grupo 2 e pontuação ≥60 e ≤70 - grande prioridade;

grupo 3 e pontuação ≥40 e ≤50 - pequena prioridade;

grupo 4 e pontuação ≥20 e ≤30 – prioridade mínima.

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Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995

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2.5 Causas das anomalias

De uma forma sintética, enumeram-se em seguida (Quadro 2.2), as causas prováveis

associadas a factos considerados como geradores de anomalias nas várias fases do processo de

construção.

Quadro 2.2 - Relação das causas prováveis com os factos geradores de anomalias.

Factos Causas prováveis

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18

Erros de concepção x x

Erros de execução x x x

Acções de origem mecânica x x

Acções ambientais x x x x x x Utilização / ausência de manutenção x x x x x

As causas prováveis teóricas, enumeradas de 1 a 18, são as seguintes:

• 1 - pormenorização omissa ou deficiente;

• 2 - prescrição de materiais omissa ou deficiente;

• 3 - execução deficiente;

• 4 - não cumprimento do projecto;

• 5 - utilização inadequada de materiais;

• 6 - cargas excessivas;

• 7 - choques;

• 8 - acumulação de humidade;

• 9 - chuvas intensas;

• 10 - ventos excepcionais;

• 11 - gelo / degelo;

• 12 - radiação solar / ultravioletas;

• 13 - poluição;

• 14 - utilização inadequada do espaço;

• 15 - ausência inadequação de manutenção;

• 16 - alteração de utilização do espaço;

• 17 - envelhecimento natural;

• 18 - vandalismo.

2.6 Matriz de correlação anomalias - causas prováveis

Para o preenchimento desta matriz, dividiram-se as causas prováveis de ocorrência das

anomalias em:

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2.Envolvente exterior de edifícios

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• causas directas, as que originam de forma imediata as anomalias (como as acções

naturais - físicas, químicas e biológicas, os desastres naturais ou os desastres por

causas humanas) sendo também caracterizados por poderem ser eliminados através

de apropriadas soluções de reparação;

• causas indirectas, as que estão relacionadas com os primeiros passos do processo

de deterioração (como as causas humanas nas fases de concepção e projecto, de

execução em obra e de utilização do edifício).

Para cada anomalia, são identificadas, através da matriz de correlação, as causas prováveis da

sua ocorrência, sendo cada uma delas classificada de acordo com o grau de correlação que

possui com a anomalia, segundo BRITO (1992):

• 0 - sem relação - não existe qualquer relação directa entre a anomalia e a causa;

• 1 - pequena relação - causa indirecta da anomalia relacionada com o despoletar

do processo de deterioração; causa não necessária para o desenvolvimento do

processo de deterioração, embora agrave os seus efeitos;

• 2 - grande relação - causa directa da anomalia, associada à fase final de

deterioração; quando a causa ocorre, constitui uma das razões principais do

processo de deterioração e é indispensável ao seu desenvolvimento.

A matriz de correlação teórica entre as anomalias e as causas prováveis das mesmas será

validada, total ou parcialmente, no decurso das inspecções. Apresenta-se no Quadro 2.3 a

correlação teórica de uma amostra da cobertura inclinada em que as linhas representam as

causas e as colunas representam as anomalias.

Quadro 2.3 - Amostra da matriz de correlação teórica anomalias - causas.

ACI1 ACI2 ACI3 ACI4 ACI5 ACI6 ACI7 ACI8 ACI9 ACI10 ACI11 ACI12 CI1 2 2 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 CI2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 CI3 2 2 0 2 0 0 2 2 2 2 0 0 CI4 2 2 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0

2.7 Fichas de inspecção

Foram elaboradas, em folhas do Excel, dezanove fichas de inspecção para o diagnóstico da

envolvente exterior de edifícios (Anexo 1), nomeadamente quanto às características gerais, às

obras de beneficiação, à tipologia dos elementos construtivos, às suas anomalias / causas e à

classificação das anomalias.

Os dados registados nas fichas de inspecção são exportados para folhas apropriadas com o

objectivo de serem tratados estatisticamente através do programa SPSS (Statistical Package

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Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995

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for the Social Sciences), (PEREIRA, 2006). É possível, através desse programa, fazer a

análise de frequências de uma grande quantidade de informação registada nas fichas de

inspecção sobre um elevado número de edifícios a inspeccionar.

Para efeitos de inspecção visual, foram elaborados três tipos de fichas de inspecção:

• ficha tipo A (uma ficha - A1), para a identificação e caracterização geral do

edifício (“Dados gerais”, “Local de implantação”, “Tipologia do edifício”,

“Tipologia da estrutura resistente”, “Tipologia da cobertura”, “Tipologia das

paredes exteriores”, “Tipologia dos materiais das paredes exteriores”, “Tipologia

dos revestimentos / acabamento de paredes exteriores”, “Tipologia das caixilharias

/ envidraçados / guarda-corpos”);

• ficha tipo B (duas fichas, B1 e B2), para o registo dos diferentes tipos de obras de

beneficiação dos cinco elementos construtivos da envolvente (19 em cobertura

inclinada, 14 em cobertura em terraço, 14 em fachadas, 11 em vãos exteriores e 11

em varandas e palas);

• ficha tipo C (dezasseis fichas), para avaliação de cada um dos cinco elementos

construtivos, no que diz respeito à constituição dos seus materiais, às anomalias /

causas e à classificação das anomalias; está subdividida na ficha C1 para avaliar o

elemento construtivo, na ficha C2 para registar as anomalias / causas e na ficha C3

para classificar as anomalias.

A repartição das fichas do tipo C, pelos elementos construtivos, foi a seguinte:

cobertura inclinada:

- corresponde às fichas CCI1, CCI2 e CCI3. A ficha CCI1 permite registos nos campos:

“Forma e visualização da cobertura”, “Exposição da cobertura”, “Estrutura de suporte”,

“Revestimento da cobertura”, “Camada de isolamento térmico”, “Ventilação da cobertura” e

“Singularidades da cobertura”. A ficha CCI2 contém 32 anomalias para diagnosticar e 16

causas, de um total de 18, correlacionadas com as anomalias e a CCI3 classifica as anomalias;

cobertura em terraço:

- corresponde às fichas CCT1,CCT2,CCT3,CCT4, CCT5 e CCT6; as CCT1 e CCT2, do tipo

C1, permitem registos nos campos: “Acessibilidade / tipologia da cobertura”, “Estrutura de

suporte”, “Camada de forma”, “Barreira pára-vapor”, “Camada de dessolidarização”,

“Camada filtrante (para terraços-jardim)”, “Camada drenante (para terraços-jardim)”,

“Materiais de base da impermeabilização”, “Protecção e acabamento”, “Remates da

impermeabilização”. As fichas CCT3 e CCT4, do tipo C2, contêm 40 anomalias para

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2.Envolvente exterior de edifícios

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diagnosticar e 15 causas, de um total de 18, correlacionadas com as anomalias e as CCT5 e

CCT6, do tipo C3, classificam as anomalias;

fachadas e muretes:

- corresponde às fichas CFa1, CFa2 e CFa3. A ficha CFa1 permite registos nos campos:

“Visualização das fachadas”, “Condições de exposição”, “Camada de isolamento térmico”,

“Singularidades das fachadas”. A ficha CFa2 contém 38 anomalias para diagnosticar e 15

causas, de um total de 18, correlacionadas com as anomalias e a CFa3 classifica as anomalias;

vãos de fachada:

- corresponde às fichas CVa1 e CVa2. A ficha CVa1, do tipo C1 e C2, permite registos no

campo “Singularidades” e contém 19 anomalias para diagnosticar e 16 causas, de um total de

18, correlacionadas com as anomalias e a CVa2, do tipo C3, classifica as anomalias;

varandas e palas:

- corresponde às fichas CVaPa1 e CVaPa2. A ficha CVaPa1, do tipo C1 e C2, permite

registos no campo “Singularidades” de varandas e palas e contem 19 anomalias para

diagnosticar e 15 causas, de um total de 18, correlacionadas com as anomalias e a CVaPa2, do

tipo C3, classifica as anomalias.

As fichas de inspecção foram guardadas em ficheiros, segundo a sua tipologia e a sua

designação, com a seguinte distribuição:

ficha do tipo A:

ficha A/A1, localizada na folha A(A)1 do ficheiro FI_A(A) - 1.xls;

fichas do tipo B:

ficha B/B1, (obras em coberturas inclinada e em terraço) localizada na folha B(B)1 do

ficheiro FI_B(B) - 1.xls;

ficha B/B2, (obras em fachadas, vãos e varandas / palas) localizada na folha B(B)2 do ficheiro

FI_B(B) - 2.xls;

fichas do tipo C:

da envolvente cobertura inclinada - CI:

ficha C/CI1 (avaliação da envolvente), localizada na folha C(CI)1 do ficheiro FI_C(CI) -

1.xls;

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ficha C/CI2 (registo de anomalias / causas), localizada na folha C(CI)2 do ficheiro FI_C(CI) -

2.xls;

ficha C/CI3 (classificação das anomalias), localizada na folha C(CI)3 do ficheiro FI_C(CI) -

3.xls;

da envolvente cobertura em terraço - CT:

ficha C/CT1 (avaliação da envolvente), localizada na folha C(CT)1 do ficheiro FI_C(CT) -

1.xls;

ficha C/CT2 (avaliação da envolvente), localizada na folha C(CT)2 do ficheiro FI_C(CT) -

2.xls;

ficha C/CT3 (registo de anomalias / causas), localizada na folha C(CT)3 do ficheiro FI_C(CT)

- 3.xls;

ficha C/CT4 (registo de anomalias / causas), localizada na folha C(CT)4 do ficheiro FI_C(CT)

- 4.xls;

ficha C/CT5 (classificação das anomalias), localizada na folha C(CT)5 do ficheiro FI_C(CT) -

5.xls;

ficha C/CT6 (classificação das anomalias), localizada na folha C(CT)6 do ficheiro FI_C(CT) -

6.xls;

da envolvente fachadas e muretes - Fa:

ficha C/Fa1 (avaliação da envolvente), localizada na folha C(Fa)1 do ficheiro FI_C(Fa) -

1.xls;

ficha C/Fa2 (registo de anomalias / causas), localizada na folha C(Fa)2 do ficheiro FI_C(Fa) -

2.xls;

ficha C/Fa3 (classificação das anomalias), localizada na folha C(Fa)3 do ficheiro FI_C(Fa) -

3.xls;

da envolvente vãos de fachada - Va:

ficha C/Va1 (avaliação de vãos e registo de anomalias / causas), localizada na folha C(Va)1

do ficheiro FI_C(Va) - 1.xls;

ficha C/Va2 (classificação das anomalias), localizada na folha C(Va)2 do ficheiro FI_C(Va) -

2.xls;

da envolvente varandas e palas - VaPa:

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2.Envolvente exterior de edifícios

14

ficha C/VaPa1 (avaliação de varandas / palas e registo de anomalias / causas), localizada na

folha C(VaPa)1 do ficheiro FI_C(VaPa) - 1.xls;

ficha C/VaPa2 (classificação das anomalias), localizada na folha C(VaPa)2 do ficheiro

FI_C(VaPa) - 2.xls.

Cada ficheiro conterá também, para além da ficha de inspecção, uma ou duas folhas,

consoante os casos, que contêm os dados das fichas de inspecção que serão tratados

estatisticamente no programa SPSS. A designação que se atribuiu a essas folhas foi do tipo

“Estatística - designação da ficha de inspecção”. Por exemplo, o ficheiro FI_A(A) - 1.xls,

abarcará as folhas A(A)1, que contém a ficha de inspecção A/A1, e a folha Estatística -

A(A)1, que contém os dados dessa ficha de inspecção para serem tratados no SPSS. Estando

os dados das folhas de estatística interligados com os da ficha de inspecção, o seu

preenchimento será automático a partir dos registos efectuados na ficha de inspecção.

Cada coluna da folha estatística representa um dado / variável da ficha de inspecção. Sendo

em alguns casos a quantidade de dados superior ao número de colunas do Excel, houve

necessidade de duplicar a folha estatística. Trata-se dos casos dos ficheiros FI_C(Fa) - 2.xls,

com Estatística0 - C(Fa)2 e Estatística1 - C(Fa)2), FI_C(Va) - 1.xls, com Estatística0 -

C(Va)1 e Estatística1 - (C(Va)1), e FI_C(VaPa) - 1.xls, com Estatística0 - C(VaPa)1 e

Estatística1 - C(VaPa)1.

A distribuição do número de dados / variáveis estatísticas das fichas de inspecção, no total de

2994, que poderão ser tratadas no programa SPSS, será a seguinte:

• ficha A1 - 78 variáveis;

• ficha B1 - 117 variáveis;

• ficha B2 - 235 variáveis;

• ficha CI1 - 98 variáveis;

• ficha CI2 - 255 variáveis;

• ficha CI3 - 136 variáveis;

• ficha CT1 - 82 variáveis;

• ficha CT2 - 92 variáveis;

• ficha CT3 - 179 variáveis;

• ficha CT4 - 77 variáveis;

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Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995

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• ficha CT5 - 100 variáveis;

• ficha CT6 - 68 variáveis;

• ficha CFa1 - 61 variáveis;

• ficha CFa2 - 256 (Estatística0) + 252 (Estatística1) variáveis;

• ficha CFa3 - 163 variáveis;

• ficha CVa1 - 240 (Estatística0) + 43 (Estatística1) variáveis;

• ficha CVa2 - 87 variáveis;

• ficha CVaPa1 - 240 (Estatística0) + 48 (Estatística1) variáveis;

• ficha CVaPa2 - 87 variáveis.

2.7.1. Preenchimento comum

As fichas de inspecção foram concebidas de modo a que o seu preenchimento, no acto da

inspecção, seja de fácil execução. Com excepção dos casos pontuais de campos onde são

registados o número da inspecção realizada, a data de inspecção, a localização do edifício

(distrito, concelho e rua), o ano de construção, o processo camarário, o código estatístico e as

medidas (espessuras, inclinação, pé-direito, etc.), todas as fichas têm o seguinte

preenchimento geral:

• 0 - não - não existe ocorrência do facto a registar (por ex. não tem obras de

beneficiação, não existe a anomalia, não existe a causa provável teórica);

• 1 - tem - existe ocorrência do facto a registar (por ex. tem obras de beneficiação,

existe a anomalia, existe a causa provável teórica);

• 2 - não se sabe - não se sabe se existe ocorrência do facto a registar (por ex. não se

sabe obras de beneficiação, não se sabe se existe a anomalia, não se sabe se existe

a causa provável teórica).

Em geral, as células / dados das fichas de inspecção estão preenchidas com a pontuação 0

(não), com excepção das fichas das anomalias que estão preenchidas com a pontuação 1

(sim). Esta opção foi tomada para que fiquem visíveis, no acto da inspecção, as causas

prováveis de cada anomalia, uma vez que a não existência da anomalia (pontuação 0) faz com

que, automaticamente, desapareçam causas prováveis associadas (pontuação 0).

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3. Ficha de inspecção do tipo A

16

3. Ficha de inspecção do tipo A

As fichas de inspecção do tipo A foram concebidas para identificar e registar as características

gerais do edifício.

Os registos são feitos através da análise do projecto de licenciamento, pela informação oral

dada pelo dono da obra / administrador ou ainda pela visualização.

3.1. Ficha de inspecção A/A1

Na ficha A/A1 (Anexo 1), faz-se o registo em nove campos que foram descritos no capítulo

anterior.

Com excepção do campo dos dados gerais do edifício, em que as células onde se fazem os

registos se encontram vazias, as células dos restantes campos estão preenchidas com a

pontuação 0 (não). Através da análise dos projectos e no decurso da inspecção, devem ser

registadas as ocorrências com a pontuação 1 (sim), ou com a pontuação 2 (não se sabe).

3.1.1 Dados gerais do edifício

Neste campo, são feitos os seguintes registos:

• fotográfico (fotografia do aspecto geral do edifício);

• “Ficha nº:” (número do edifício a inspeccionar relativamente ao total dos edifícios

que serão inspeccionados); o seu registo é feito na célula B11;

• “Data:” (data de inspecção; deve ser do tipo 05-11-2007); o seu registo é feito na

célula B12;

• “Distrito:” (distrito a que pertence o edifico a inspeccionar); o seu registo é feito

na célula B13;

• “Concelho:” (concelho a que pertence o edifico a inspeccionar); o seu registo é

feito na célula B14;

• “Localização:” (identificação de rua, nº, etc., a que pertence o edifício); o seu

registo será feito na célula B15;

• “Ano de construção:” (ano de construção, que poderá ser obtido através da

avaliação do processo de licenciamento, considerando-se a licença de

habitabilidade como o ano de construção, ou através de informação dada pelos

donos da obra ou administradores de edifícios); o seu registo é feito na célula C16;

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Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995

17

• “Código estatístico:” (número fornecido pelo INE referente ao concelho); o seu

registo é feito na célula C17;

• “Proc. Nº:” (número do processo de licenciamento. Pode ser obtido no arquivo

municipal, através da localização do edifício, ou fornecido pelo dono da obra); o

seu registo é feito na célula B18.

3.1.2 Local de implantação

Neste campo, os dados podem ser registados a partir da análise do projecto de arquitectura,

que devem ser confirmados na inspecção. São feitos os seguintes registos:

• “isolado” (pode-se considerar dois edifícios contíguos como um único edifício,

desde que o seu conjunto fique isolado); o seu registo é feito na célula B22;

• “gaveto” (edifício no nó de ligação de duas ruas perpendiculares e não sendo

isolado); o seu registo é feito na célula E22;

• “banda / extremo” (edifício anterior ao edifício de gaveto); o seu registo é feito na

célula J22;

• “banda / meio” (edifícios situados entre bandas / extremo); o seu registo é feito na

célula O22.

3.1.3 Tipologia do edifício

Neste campo, os dados podem ser registados a partir da análise do projecto de arquitectura,

que devem ser confirmados na inspecção. São feitos os seguintes registos:

• “Multifamiliares” (edifícios de habitação com mais que um contador de água /

energia eléctrica) ou “Unifamiliares” (edifícios de habitação com um único

contador de água / energia eléctrica); os seus registos são feitos nas células D26 e

J26;

• “Nº Caves” (registo do seu número que será distribuído por “Garagem” -

individuais ou colectivas -, “Comércio”, “Serviços, “Habitação” e “Arrumos”; nos

casos particulares de, no mesmo piso, haver mais do que um tipo de utilização

utiliza-se o método percentual); o seu registo será feito nas células E28, G28, I28,

K28 e M28; o registo do “Pé-direito” (nos casos particulares de haver mais que um

valor, considera-se o valor médio), em metros lineares, é feito na célula O28;

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3. Ficha de inspecção do tipo A

18

• “R/C” (registo como “Garagem”, “Comércio”, “Serviços”, “Habitação” e

“Arrumos”; nos casos particulares de, no mesmo piso, haver mais do que um tipo

de utilização utiliza-se o método percentual); o seu registo será feito nas células

E29, G29, I29, K29 e M29; o registo do “Pé-direito”, em metros lineares, é feito

na célula O29;

• “NºPisos elev.” (registo e distribuição do número de pisos elevados por

“Garagem”, “Comércio”, “Serviços”, “Habitação” e “Arrumos”); o seu registo

será feito nas células E30, G30, I30, K30 e M30; o registo do “Pé-direito”, em

metros lineares, é feito na célula O30;

• “Sótão” (registo como Habitação e / ou Arrumos. Nos casos particulares de no

piso haver mais que um tipo de utilização utiliza-se o método percentual); o seu

registo é feito nas células K31 e M31. Registo do “Pé-direito” médio, em metros

lineares, na célula O31.

3.1.4 Tipologia da estrutura resistente

Neste campo, os dados devem ser registados a partir da análise das plantas de distribuição do

projecto da estrutura. São feitos os seguintes registos:

• “Pórtico / parede em betão armado” (conjunto de elementos estruturais

constituídos por vigas / pilares e paredes – normalmente formando o núcleo da

caixa de escadas – em betão armado); o seu registo é feito na célula E36;

• “Viga / pilar em betão armado” (conjunto de elementos estruturais constituídos por

vigas e pilares em betão armado); o seu registo é feito na célula E37;

• “Viga / pilar em perfil metálico” (conjunto de elementos estruturais constituídos

por vigas e pilares metálicos); o seu registo é feito na célula E38;

• “Laminar em betão armado” (conjunto de elementos estruturais constituídos por

lajes e paredes em betão armado); o seu registo é feito na célula M36;

• “Mista (betão / metálica)” (conjunto de elementos estruturais de betão armado e

metálicos); o seu registo é feito na célula M37;

• “Mista (betão / alvenaria)” (conjunto de elementos estruturais de betão armado e

de paredes em alvenaria, sobretudo em edifícios unifamiliares); o seu registo é

feito na célula M38.

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Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995

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3.1.5 Tipologia da cobertura

Neste campo, os dados podem ser registados a partir da análise do projecto de arquitectura e

confirmados na inspecção. São feitos os seguintes registos:

• “Inclinada”; o seu registo é feito na célula D43;

• “Plana / terraço”; o seu registo é feito na célula I43;

• “Mista (inclinada / terraço)”; o seu registo é feito na célula O43.

3.1.6 Tipologia das paredes exteriores

A tipologia das paredes exteriores pode ser obtida pela análise da memória descritiva do

projecto de arquitectura, por informação oral ou por avaliação visual. Quanto à existência de

paredes de pano duplo ou simples, em alvenaria de tijolo cerâmico, e se não houver

informação no projecto, o registo poderá ser feito através da medição de um peitoril,

descontando as saliências para o interior e exterior. Se a medição for superior a 27 cm, a

parede será considerada como dupla, senão a parede será simples.

São feitos os seguintes registos:

• “Paredes de pano duplo”; o seu registo é feito na célula D48.

• “Paredes de pano simples”; o seu registo é feito na célula L48.

3.1.7 Tipologia dos materiais das paredes exteriores

A tipologia dos materiais das paredes exteriores pode ser obtida pela análise da memória

descritiva do projecto de arquitectura, por informação oral ou por visualização.

São feitos os seguintes registos:

• “Alvenaria de tijolo furado”; o seu registo é feito na célula D53;

• “Pedra natural”; o seu registo é feito na célula D55;

• “Blocos de betão de argila expandida”; o seu registo é feito na célula E57;

• “Blocos de betão”; o seu registo é feito na célula I55;

• “Alvenaria de tijolo maciço”; o seu registo é feito na célula L53;

• “Betão”; o seu registo é feito na célula L55;

• “Blocos de betão celular autoclavado”; o seu registo é feito na célula N57;

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3. Ficha de inspecção do tipo A

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• “Desconhecida”; o seu registo é feito na célula Q55.

3.1.8 Tipologia dos revestimentos / acabamento de paredes exteriores

A tipologia dos revestimentos / acabamento de paredes exteriores pode ser obtida pela análise

da memória descritiva do projecto de arquitectura e deve ser confirmada na inspecção.

São feitos os seguintes registos:

• “Revestimentos por elementos descontínuos em ladrilhos cerâmicos”; o seu registo

é feito na célula N62;

• “Revestimentos por elementos descontínuos em ladrilhos hidráulicos”; o seu

registo é feito na célula N63;

• “Revestimentos por elementos descontínuos em placas de pedra natural”; o seu

registo é feito na célula N64;

• “Revestimentos por elementos descontínuos em placas de pedra artificial”; o seu

registo é feito na célula N65;

• “Revestimentos por elementos descontínuos em soletos / placas onduladas de

fibrocimento”; o seu registo é feito na célula N66;

• “Revestimentos por elementos descontínuos em telhas cerâmicas”; o seu registo é

feito na célula N67;

• “Revestimentos de ligantes minerais (rebocos) tradicionais com pintura”; o seu

registo é feito na célula N69;

• “Revestimentos de ligantes minerais (rebocos) não tradicionais (monomassas) com

/ sem pintura”; o seu registo é feito na célula N70;

• “ETICS” (rebocos delgados armados directamente aplicados sobre isolamento); o

seu registo é feito na célula D72;

• “Betão à vista”; o seu registo é feito na célula D73;

• “Tijolo cerâmico face-à-vista”; o seu registo é feito na célula D74;

• “Pintura com acabamento liso”; o seu registo é feito na célula N72;

• “Pintura com acabamento rugoso”; o seu registo é feito na célula N73;

• “Impermeabilização”; o seu registo é feito na célula N74.

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Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995

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3.1.9 Tipologia das caixilharias / envidraçados / guarda-corpos

Neste campo, serão registados os tipos de caixilhos, envidraçados e guarda-corpos de vãos

São feitos os seguintes registos:

• “Caixilharias madeira”; o seu registo é feito na célula D79;

• “Caixilharias alumínio”; o seu registo é feito na célula D80;

• “Caixilharias aço”; o seu registo é feito na célula D81;

• “Caixilharias PVC”; o seu registo é feito na célula D82;

• “Envidraçados simples”; o seu registo é feito na célula K79;

• “Envidraçados duplos”; o seu registo é feito na célula K80;

• “Guarda-corpos madeira”; o seu registo é feito na célula R79;

• “Guarda-corpos alumínio”; o seu registo é feito na célula R80;

• “Guarda-corpos aço / ferro”; o seu registo é feito na célula R81;

• “Guarda-corpos betão”; o seu registo é feito na célula R82.

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4. Fichas de inspecção do tipo B

22

4. Fichas de inspecção do tipo B

As fichas de inspecção do tipo B foram concebidas para registar as obras de beneficiação nos

elementos construtivos da envolvente exterior, desde o ano da construção até à data da

inspecção.

As informações sobre as obras de beneficiação são obtidas através da análise do projecto de

licenciamento, pela informação oral dada pelo dono da obra / administrador ou ainda pela

visualização, podendo haver casos em que se registe mais que um tipo de informação. Trata-

se do caso de haver informação oral sobre pinturas em fachadas e essa ocorrência ser

verificada na inspecção visual.

As células onde são registadas as obras de beneficiação dos elementos construtivos, assim

como o tipo de informação recolhida (projecto, informação oral e inspecção visual), estão

preenchidas com a pontuação 0 (não). Através da análise dos projectos, da informação oral e

da inspecção visual deverão ser registadas as ocorrências com a pontuação 1 (sim), ou com a

pontuação 2 (não se sabe).

Em relação aos trabalhos identificados no local, são registados, por informação oral, os

números de intervenções, assim como os dois últimos anos em que houve intervenções. Nos

casos em que haja informação sobre o número de intervenções e não haja informação sobre

o(s) ano(s) em que foram realizadas, faz-se apenas o registo do número de intervenções.

4.1 Ficha de inspecção B/B1

Na abertura da ficha de inspecção B/B1 (Anexo 1) deve-se seleccionar em “actualizar”

(preenchimento de novos dados) e em “continuar” para não alterar as hiperligações que foram

criadas. “Não actualizar” permite o acesso aos dados que não necessitam de alterações.

Nesta ficha de inspecção, são registadas as obras de beneficiação feitas na cobertura inclinada

e na cobertura em terraço.

4.1.1 Cobertura inclinada

Neste campo, são feitos os seguintes registos:

• obras de beneficiação na cobertura inclinada; o seu registo será feito na célula F12;

• informação recolhida através de projecto, oral e/ou visual; os seus registos são

feitos nas células D14, J14 e O14;

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Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995

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• registo do número de intervenções em 19 trabalhos identificados no local; os seus

registos são feitos da célula P21 a P39;

• registo do “Ano 1” - penúltimo ano - em que houve intervenção nos 19 trabalhos

identificados no local; os seus registos são feitos da célula Q21 a Q39;

• registo do “Ano 2” - último ano - em que houve intervenção nos 19 trabalhos

identificados no local; os seus registos são feitos da célula Q21 a Q39.

4.1.2 Cobertura em terraço

Neste campo, são feitos os seguintes registos:

• obras de beneficiação na cobertura em terraço; o seu registo será feito na célula

F43;

• informação recolhida através de projecto, oral e/ou visual; os seus registos são

feitos nas células D45, J45 e O45;

• registo do número de intervenções em 14 trabalhos identificados no local; os seus

registos são feitos da célula P53 a P66;

• registo do “Ano 1” - penúltimo ano - em que houve intervenção nos 14 trabalhos

identificados no local; os seus registos são feitos da célula Q53 a Q66;

• registo do “Ano 2” - último ano - em que houve intervenção nos 14 trabalhos

identificados no local; os seus registos são feitos da célula R53 a R66.

4.2 Ficha de inspecção B/B2

Na abertura da ficha de inspecção B/B2 (Anexo 1), deve-se seleccionar em “actualizar”

(preenchimento de novos dados) e em “continuar” para não alterar as hiperligações que foram

criadas. “Não actualizar” permite o acesso aos dados que não necessitam de alterações.

Nesta ficha de inspecção, são registadas as obras de beneficiação realizadas nas fachadas,

vãos de fachada e varandas / palas.

4.2.1. Fachada

Neste campo, são feitos os seguintes registos:

• obras de beneficiação nas fachadas; o seu registo será feito na célula C9;

• informação recolhida através de projecto, oral e/ou visual; os seus registos são

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4. Fichas de inspecção do tipo B

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feitos nas células D12, J12 e P12;

• registo do número de intervenções em 14 trabalhos identificados no local; os seus

registos são feitos da célula N18 a N31, para a fachada Norte, da célula O18 a

O31, para a fachada Este, da célula P18 a P31, para a fachada Sul, e da célula Q18

a Q31, para a fachada Oeste;

• registo do “Ano 1” - penúltimo ano - em que houve intervenção nos 14 trabalhos

identificados no local; os seus registos são feitos da célula R18 a R31;

• registo do “Ano 2” - último ano - em que houve intervenção nos 14 trabalhos

identificados no local; os seus registos são feitos da célula S18 a S31.

4.2.2. Vãos de fachada

Neste campo, são feitos os seguintes registos:

• obras de beneficiação nos vãos de fachadas; o seu registo será feito na célula E34;

• informação recolhida através de projecto, oral e/ou visual; os seus registos são

feitos nas células D37, J37 e P37;

• registo do número de intervenções em 11 trabalhos identificados no local; os seus

registos são feitos da célula N44 a N54, para a fachada Norte, da célula O44 a

O54, para a fachada Este, da célula P44 a P54, para a fachada Sul, e da célula Q44

a Q54, para a fachada Oeste;

• registo do “Ano 1” - penúltimo ano - em que houve intervenção nos 11 trabalhos

identificados no local; os seus registos são feitos da célula R44 a R54;

• registo do “Ano 2” - último ano - em que houve intervenção nos 14 trabalhos

identificados no local; os seus registos são feitos da célula S44 a S54;

4.2.3. Varandas e palas

Neste campo, são feitos os seguintes registos:

• obras de beneficiação em varandas e palas; o seu registo será feito na célula E57;

• informação recolhida através de projecto, oral e/ou visual; os seus registos são

feitos nas células D60, J60 e O60;

• registo do número de intervenções em 11 trabalhos identificados no local; os seus

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Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995

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registos são feitos da célula N67 a N77, para a fachada Norte, da célula O67 a

O77, para a fachada Este, da célula P67 a P77, para a fachada Sul, e da célula Q67

a Q77, para a fachada Oeste;

• registo do “Ano 1” - penúltimo ano - em que houve intervenção nos 11 trabalhos

identificados no local; os seus registos são feitos da célula R67 a R77;

• registo do “Ano 2” - último ano - em que houve intervenção nos 14 trabalhos

identificados no local; os seus registos são feitos da célula S67 a S77.

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5. Fichas de inspecção do tipo C

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5. Fichas de inspecção do tipo C

5.1 Ficha de inspecção C/CI1 da cobertura inclinada

Nesta ficha de inspecção C/CI1 (Anexo 1), os registos são feitos através da análise do projec-

to de licenciamento, pela informação oral dada pelo dono da obra / administrador ou ainda

pela visualização.

As células onde são registadas as ocorrências têm a pontuação 0 (não). Nas inspecções, são

registadas as pontuações 1 (sim) ou 2 (não se sabe), com excepção dos registos apropriados

para as células “Zona climática”, “Inclinação %” e “Espessura (cm)” da estrutura de suporte e

da camada de isolamento térmico.

5.1.1. Forma e visualização da cobertura

Neste campo, estão disponíveis os seguintes registos:

• registo fotográfico da visualização pelo exterior e pelo interior (Fig. 5.1 a) e b)); a

visualização pelo interior permite visualizar a estrutura de apoio em varas pré-

esforçadas e ripas pré-moldadas e ainda a existência de sub-telhas em fibrocimen-

to);

Fig. 5.1 - Visualização exterior - a) - e interior - b) - da cobertura inclinada

• as formas das coberturas (APICC, 1998) são as de uma água (A), duas águas (B),

quatro águas (C) e pavilhão (D). Foram acrescentadas as coberturas de três águas

(Fig. 5.2) e redondas (Fig. 5.3):

- cobertura de uma água - uma vertente (A):

o seu registo é feito na célula G12;

- cobertura de duas águas - duas vertentes (B):

o seu registo é feito na célula G13;

a) b)

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Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995

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- cobertura de quatro águas - quatro vertentes (C):

o seu registo é feito na célula G15;

- cobertura em pavilhão (D) (forma particular da cobertura de

quatro águas, em que as quatro vertentes são iguais):

o seu registo é feito na célula G16.

- cobertura de três águas (Fig. 5.2): o seu registo é feito na célula G14.

Fig. 5.2 - Cobertura de três águas

- cobertura redonda (Fig. 5.3): o seu registo é feito na célula G17.

Fig. 5.3 - Cobertura redonda

• os registos efectuados através da acessibilidade à cobertura devem ser feitos com

equipamento de segurança (Fig. 5.4), utilizando calçado com rasto de borracha,

distribuindo o peso do corpo nas partes convexas dos elementos da cobertura em

dias não chuvosos e com as telhas secas; o seu registo é feito na célula G18;

Fig. 5.4 - Equipamento de segurança

• nos casos em que não haja acesso, ou que haja riscos elevados de segurança, mes-

mo utilizando o equipamento de segurança, fazem-se os registos através de visua-

lização exterior, com auxílio de binóculos; a visualização exterior pode ser total

(todas as vertentes são visíveis) ou parcial (nem todas as vertentes são visíveis); o

registo da visualização exterior total é feito na célula I19 e o da visualização par-

cial na célula I20;

• se houver visualização pelo interior da cobertura, total ou parcial, pode-se registar

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5. Fichas de inspecção do tipo C

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a tipologia da estrutura de suporte, que muitas vezes o projecto de estruturas não

define; o registo da visualização interior total é feito na célula T19 e o da visuali-

zação parcial na célula T20.

5.1.2. Exposição da cobertura

De acordo com APICC (1998), “o conhecimento das condições climáticas é indispensável

para a correcta concepção e constituição dos edifícios para habitação” e as “acções como a do

vento, da chuva e do calor, são as que têm maior relevância e efeito nos edifícios”. O grande

objectivo é “recomendar inclinações mínimas de aplicação de telhas cerâmicas no revestimen-

to das coberturas” em função do conhecimento das características climáticas locais para as

diferentes zonas climáticas a definir. A acção combinada vento - precipitação permitiu definir

as seguintes zonas climáticas (APICC, 1998): zona 1 (interior Sul, estendendo-se pelo Alente-

jo e parte do Algarve); zona 2 (Norte a Sul com altitude inferior a 600m, incluindo a costa

algarvia de Lagos até V. Real de S. António excepto na faixa costeira de 20 km e Terras

Quentes de Trás-os-Montes); zona 3 (interior Norte com altitudes superiores a 600 m, faixa

costeira numa extensão de 20 km incluindo costa algarvia até Lagos). Dentro de cada uma das

zonas climáticas, foram consideradas as seguintes exposições (APICC, 1998):

• exposição protegida (Fig. 5.5) - área totalmente rodeada por elevações de terreno,

abrigada face a todas as direcções de incidência dos ventos; o registo é feito na

célula F25;

Fig. 5.5 - Exposição protegida (APICC, 1998)

• exposição normal (Fig. 5.6) - área praticamente plana, podendo apresentar ligeiras

ondulações do terreno; o registo é feito na célula F26;

Fig. 5.6 - Exposição normal (APICC, 1998)

• exposição exposta (Fig. 5.7) - área do litoral até uma distância de 5 km do mar, no

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Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995

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cimo de falésias, em ilhas ou penínsulas estreitas, estuários ou baías muito cava-

das; vales estreitos (que canalizam ventos), montanhas altas e isoladas e algumas

zonas de planaltos; em situações intermédias, edifícios que comportem cinco ou

seis pisos, situados em locais protegidos ou normais; o registo é feito na célula

F26;

Fig. 5.7 - Exposição exposta (APICC, 1998)

• zona climática; é feito o registo na célula M26, de acordo com a zona climática do

concelho (Anexo 2) - APICC, 1998;

• inclinação; é feito o registo em percentagem na célula S26, de acordo com o pro-

jecto e verificado na inspecção, se tal for possível.

5.1.3. Estrutura de suporte

O registo da estrutura de suporte (célula G30) deve ser preenchido por 1 (sim). A análise do

projecto de estabilidade permite avaliar o tipo de estrutura de suporte da cobertura, podendo

ser confirmado na inspecção. Em caso de omissão da estrutura no projecto, o tipo de estrutura

ainda pode ser visualizado pelo interior da cobertura. Se tal não for possível, regista-se o tipo

de estrutura com 2 (não se sabe). Estão disponíveis as seguintes hipóteses de registo da estru-

tura de apoio:

• betão armado - estrutura de apoio em betão (laje em betão armado, laje aligeirada

pré-esforçada e estrutura descontínua constituída por vigotas e ripas pré-

moldadas); o seu registo é feito na célula E33;

• contínua - caso em que a estrutura de apoio é uma laje de betão armado ou aligei-

rada pré-esforçada (Fig. 5.8); o seu registo é feito na célula J33;

Fig. 5.8 - Laje aligeirada pré-esforçada (APICC, 1998)

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5. Fichas de inspecção do tipo C

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• descontínua - estrutura de apoio em betão - asnas, madres, varas e ripas - (Fig.

5.9); o seu registo é feito na célula N33;

Fig. 5.9 - Estrutura em varas / ripas de betão

• espessura (cm) - o registo da espessura só é feito nos casos em que a estrutura de

apoio for uma laje; a informação pode ser recolhida pela análise do projecto e / ou

confirmada na inspecção; se não houver informação, não se preenche a célula; o

seu registo é feito na célula T33;

• madeira - estrutura de apoio em madeira (asnas, madres, varas e ripas) (Fig. 5.10);

o seu registo é feito na célula E34;

Fig. 5.10 - Exemplo de estrutura da cobertura (APICC, 1998)

• asna - estrutura de apoio em madeira (armações trianguladas); o seu registo é feito

na célula J34;

• varas - estrutura de apoio em madeira (elementos na direcção da vertente), que

apoiam em madres quando estas existem; o seu registo é feito na célula N34;

• madres - estrutura de apoio em madeira (elementos que apoiam nas asnas, ou

estruturas equivalentes, na posição horizontal, paralelamente ao beirado); o seu

registo é feito na célula Q34;

• ripas - estrutura de apoio em madeira (elementos que apoiam nas varas, na posição

horizontal, paralelamente ao beirado); o seu registo é feito na célula T34;

• metálica - estrutura de apoio metálica; o seu registo é feito na célula E35;

• mista (madeira / metálica) - estrutura de apoio composta por elementos em madei-

ra e metálicos (Fig. 5.11); o seu registo é feito na célula N35;

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Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995

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Fig. 5.11 - Asnas mistas metal - madeira (APICC, 1998)

• muretes de alvenaria - estrutura de apoio alvenaria de tijolo; o seu registo é feito na

célula T35.

5.1.4. Revestimento da cobertura

Neste campo, são feitos os registos dos materiais constituintes da cobertura, que são os

seguintes:

• telha cerâmica lusa; o seu registo é feito na célula G41;

• telha cerâmica marselha; o seu registo é feito na célula G42;

• telha cerâmica de canudo; o seu registo é feito na célula G43;

• telha cerâmica romana; o seu registo é feito na célula G44;

• telha cerâmica plana; o seu registo é feito na célula G45;

• soletos de ardósia; o seu registo é feito na célula G46;

• telha de betão; o seu registo é feito na célula G47;

• vidrada (revestimento superficial vidrado); o seu registo é feito na célula I41;

• c/ sub-telha - acessório que complementa a estanqueidade à água da cobertura, for-

mado por chapas onduladas que poderá ser visível pelo interior (Fig. 5.1 b))ou no

beirado (Fig. 5.12) - APICC, 1998; o seu registo é feito na célula L41;

• fibrocimento - em chapas (Fig. 5.13); o seu registo é feito na célula U42;

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5. Fichas de inspecção do tipo C

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Fig. 5.12 - Sub-telha visível no beirado (APICC, 1998)

Fig. 5.13 - Exemplo de uma cobertura revestida com chapas de fibrocimento

• plástico - em chapas; o seu registo é feito na célula U43;

• metálico - em chapas (Fig. 5.14); o seu registo é feito na célula U44;

Fig. 5.14 - Exemplo de uma cobertura revestida com chapas metálicas

• betuminoso - telha asfáltica -. O aspecto exterior da cobertura é semelhante ao das

coberturas com soletos (Fig. 5.15); o seu registo é feito na célula U45;

Fig. 5.15 - Exemplo de uma cobertura revestida a telhas asfálticas

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Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995

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• misto - tipo sanduíche (Fig. 5.16); o seu registo é feito na célula U46.

Fig. 5.16 - Exemplo de uma cobertura mista com painéis tipo sanduíche

5.1.5. Camada de isolamento térmico

A verificação da camada de isolamento térmico na cobertura inclinada deve ser feita, em pri-

meiro lugar, pela análise do projecto. Se não houver informação no projecto, deve-se questio-

nar o dono da obra / administrador. Se este não tiver conhecimento sobre o isolamento na

cobertura, regista-se com 2 (não se sabe) na célula I50 e, neste caso, os materiais de isolamen-

to são automaticamente registados com 2. Havendo isolamento, regista-se a sua localização e

o material aplicado. As possibilidades de registos são:

• na laje de esteira; o seu registo é feito na célula F56;

• na vertente; o seu registo é feito na célula F57;

• lã de rocha; o seu registo é feito na célula N53;

• lã de vidro; o seu registo é feito na célula N54;

• poliestireno expandido moldado; o seu registo é feito na célula N55;

• poliestireno expandido extrudido; o seu registo é feito na célula N56;

• poliuretano; o seu registo é feito na célula N57;

• polietileno; o seu registo é feito na célula N58;

• aglomerado negro de cortiça; o seu registo é feito na célula N59;

• Argila expandida; o seu registo é feito na célula N60.

5.1.6. Ventilação da cobertura

A ventilação da cobertura será assegurada através da ventilação da parte inferior do elemento

de revestimento da cobertura de modo a evitar que haja condensação nessa zona. O seu regis-

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5. Fichas de inspecção do tipo C

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to é feito na célula G63.

Nas coberturas inclinadas de telha cerâmica, podem distinguir-se dois tipos de ventilação

(APICC, 1998):

- a ventilação da face inferior da telha, também conhecida por micro-ventilação;

- a ventilação do desvão da cobertura.

A micro-ventilação (Fig. 5.17) tem várias funções, quer no Inverno, quer no Verão (APICC,

1998). No Inverno:

- contribui para a secagem da água da chuva absorvida pela telha;

- elimina o vapor de água produzido no interior;

- contribui para a durabilidade da telha, uma vez que aproxima as condições termo-

higrométricas das faces inferior e superior;

- assegura uma melhor conservação do ripado de madeira;

- em zonas de neve, não permite que o calor vindo do interior provoque uma distribuição irre-

gular da neve ou a sua queda abrupta.

No Verão:

- permite diminuir o aquecimento por convecção da cobertura.

Fig. 5.17 - Micro-ventilação da face inferior da telha (APICC, 1998)

Para que o sistema de micro-ventilação funcione, é necessário que o ar exterior, com uma

temperatura mais baixa, entre pela zona mais baixa (beiral) e saia aquecido, por acção do

calor perdido pela cobertura no Inverno, pelo ponto mais alto (cumeeira) - efeito de chaminé.

“O mecanismo de ventilação descrito pressupõe um beiral e uma cumeeira ventilados” (Fig.

5.18) (APICC, 1998); o seu registo é feito na célula E65.

O sistema deve ser complementado por telhas de ventilação (Fig. 5.19 a) e b)) junto à

cumeeira e junto ao beiral (APICC, 1998); o seu registo é feito na célula L65.

Nos casos em que não há garantia de entrada natural da ventilação, pelas telhas do beirado,

deverão existir orifícios de ventilação na zona do beirado (Fig. 5.20) (APICC, 1998); o seu

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registo é feito na célula S65.

Fig. 5.18 - Mecanismo de ventilação entre beirado e a cumeeira (APICC, 1998)

Fig. 5.19 - Telhas de ventilação sem passadeira - a) - e com passadeira - b) (APICC,

1998)

Fig. 5.20 - Orifícios de ventilação no beirado (APICC, 1998)

Poderá haver bandas de ventilação (Fig. 5.21) em rincões e cumeeiras (APICC, 1998); o seu

registo é feito na célula K67.

Fig. 5.21 - Banda de ventilação em rincão (APICC, 1998)

A ventilação do desvão (Fig. 5.22) permitirá garantir a durabilidade dos materiais. “Quando o

desvão não é habitável e o telhado se apoia em estrutura descontínua sem forro, a ventilação é

a) b)

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5. Fichas de inspecção do tipo C

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garantida pela permeabilidade ao ar do próprio telhado, sob a acção do vento” (APICC,

1998); o seu registo é feito na célula S67.

Fig. 5.22 - Mecanismo de ventilação entre o beirado e a cumeeira (APICC, 1998)

5.1.7. Singularidades da cobertura

Neste campo, são registadas as singularidades da cobertura inclinada (Fig. 5.23).

Fig. 5.23 - Linhas e partes da cobertura inclinada (APICC, 1998)

São feitos os seguintes registos:

• cumeeira / rincões; o seu registo é feito na célula F71;

• remates de chaminés (Fig. 5.24); seu registo é feito na célula L71;

Fig. 5.24 - Rufagem de chaminé com chapa metálica (APICC, 1998)

Barreira pára-vapor

protecção isolamento

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• os remates com paredes emergentes podem ser feitos com rufos metálicos (Fig.

5.25) ou com revestimentos de impermeabilização (Fig. 5.26); neste caso, deve-se

dar uma “protecção adequada do bordo superior dos mesmos - ou com peças e

produtos adicionais, tais como rufos e mastiques, ou introduzindo o remate no

elemento emergente, interessando não só toda a espessura do reboco, mas pene-

trando pela alvenaria do elemento; o seu registo é feito na célula U71;

Fig. 5.25 - Remate em paredes emergentes com rufos metálicos (APICC, 1998)

Fig. 5.26 - Soluções de remates da impermeabilização com paredes emergentes (LNEC -

ITE 33, 2002)

• o beiral / beirado (Figs. 5.27 e 5.28), é realizado com telhas inteiras da zona cor-

rente da cobertura ou por capa e bica; o seu registo é feito na célula F72;

Fig. 5.27 - Beirado à portuguesa com cornija (APICC, 1998)

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5. Fichas de inspecção do tipo C

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Fig. 5.28 - Pormenor de beirado com telha Lusa e com capa e bica (APICC, 1998)

• remates em larós (Fig. 5.29); “o laró é constituído geralmente por um rufo metáli-

co pousado sobre um forro ou autoportante, apoiado sobre peças rígidas e com um

desenvolvimento e um perfil concebidos em função da inclinação e da quantidade

de água a drenar; as telhas cortadas em viés devem recobrir o rufo metálico de 8

cm no mínimo e este deve ter uma dobra de 2 a 4 cm”; o seu registo é feito na

célula L72;

Fig. 5.29 - Remate em laró (APICC, 1998)

• remates com paredes de bordo (Fig. 5.30); os remates com as paredes não emer-

gentes paralelas ao plano da água (bordos) podem ser realizados por recurso a

(APICC, 1998):

o cumeeiras;

o sistemas de rufagem;

o peças especialmente desenvolvidas (telas ou equivalente);

o seu registo é feito na célula U72;

• telhas passadeira; o seu registo é feito na célula F74;

• tubos de queda; o seu registo é feito na célula L74;

• remates com tubagens emergentes; os problemas nesse tipo de remates “põem-se

geralmente ao nível dos processos de fixação a essas tubagens dos remates da

impermeabilização; as anomalias que se verificam são em geral descolamentos ou

fissuração desses remates, motivados, ou por acentuados deslocamentos na direc-

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Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995

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ção vertical das respectivas tubagens, ou por deficientes soluções de protecção dos

bordos superiores dos remates” (LNEC - ITE 33, 2002); a base do remate deve levar

um cordão flexível a contornar a tubagem, para dessolidarização do revestimento de

impermeabilização, e a protecção do bordo superior pode ser feita através de cin-

tagem e aperto nessa zona (Fig. 5.31); o seu registo é feito na célula U74;

Fig. 5.30 - Remate com parede de bordo em rufo de zinco

Fig. 5.31 - Remate da impermeabilização com tubagem emergente (LNEC - ITE 33,

2002)

• mansardas; o seu registo é feito na célula F76;

• janelas de sótão; o seu registo é feito na célula F78;

• clarabóias; o seu registo é feito na célula F79;

• caixilharias de madeira; o seu registo é feito na célula L76;

• caixilharias de alumínio; o seu registo é feito na célula L78;

• caixilharias de aço; o seu registo é feito na célula L79;

• caixilharias de PVC; o seu registo é feito na célula L81;

• envidraçados com vidro simples; o seu registo é feito na célula U76;

• envidraçados com vidros duplos; o seu registo é feito na célula U78;

• envidraçados com vidro aramado; o seu registo é feito na célula U79;

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5. Fichas de inspecção do tipo C

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• envidraçados com policarbonato; o seu registo é feito na célula U81;

• envidraçados com acrílico; o seu registo é feito na célula U82;

• caleiras recuadas (Fig. 5.32); devem possuir ralos de pinha e é aconselhável que

tenham um descarregador de superfície; o seu registo é feito na célula F83;

Fig. 5.32 - Caleira recuada

• ralos de pinha em tubos de queda de caleiras recuadas, (Fig. 5.33); o seu registo é

feito na célula J83;

Fig. 5.33 - Ralo de pinha em PVC

• descarregador de superfície; é aconselhável a sua aplicação em tubos de queda,

como prevenção; o seu registo é feito na célula P83;

• caleiras exteriores; o seu registo é feito na célula F84;

• ralos de pinha em tubos de queda de caleiras exteriores; o seu registo é feito na

célula J84.

5.2 Ficha de inspecção C/CI2 da cobertura inclinada

Na abertura da ficha de inspecção C/CI2 (Anexo 1), deve-se seleccionar em “actualizar”

(preenchimento de novos dados) e em “continuar” para não alterar as hiperligações que foram

criadas. “Não actualizar” permite o acesso aos dados que não necessitam de alterações.

Depois do preenchimento efectuado, deve-se guardar os registos efectuados.

5.2.1 Anomalias e causas

Nesta ficha de inspecção, apresenta-se uma listagem de anomalias mais frequentemente detec-

tadas em coberturas inclinadas e as suas causas possíveis (prováveis teóricas).

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Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995

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A acessibilidade à cobertura é a metodologia indicada para proceder à inspecção. Quando não

houver acessibilidade, ou as condições de segurança o não aconselhem, as anomalias deverão

ser registadas pela inspecção visual exterior (total ou parcial). Neste caso, as anomalias que

não forem visíveis serão registadas com a pontuação 2 (não se sabe).

A inexistência de uma anomalia com a pontuação 0 (não tem) anula, automaticamente, as

causas prováveis. Confirmando-se a existência de uma anomalia, deve registar-se, dentro das

causas prováveis (teóricas), as causas resultantes da avaliação do projecto e da inspecção

visual. Se houver dúvidas quanto à existência de uma causa, ela deve ser mantida.

• Anomalia 1 (Inclinação insuficiente da cobertura)

A inclinação insuficiente da cobertura prejudica o escoamento das águas pluviais, faci-

litando a sua infiltração, a acumulação de lixos, musgos e outros agentes com interfe-

rência na eficácia de funcionamento da cobertura (APICC, 1998). O projectista deve

indicar a inclinação mínima em função da situação de exposição, da zona climática e

do tipo de telha a aplicar. Uma omissão de projecto, uma deficiente execução ou o não

cumprimento do projecto poderão originar a ocorrência da anomalia.

Para avaliação desta anomalia, compara-se o valor da inclinação, que foi registada na

ficha C/CI1, com a inclinação mínima exigida.

Na falta de tabelas de inclinações mínimas fornecidas pelos fabricantes, as inclinações

mínimas para coberturas ordinárias com telhas cerâmicas, sem forro e que não tenham

dispositivos de estanqueidade, são as indicadas no Quadro 5.1 (APICC, 1998).

As telhas de canudo sem encaixe longitudinal deverão ter um recobrimento de acordo

com o expresso no Quadro 5.2.

Quando se utiliza um forro sob as telhas de encaixe, a inclinação pode ser reduzida

para 1/7 (D.T.U. 40.21).

Vertentes de inclinação superior ao indicado no Quadro 5.1 necessitam de uma análi-

se particular.

Os soletos são equiparados a telhas planas para efeito de avaliação da inclinação

mínima. As telhas de betão são equiparadas à telha cerâmica que tenha configuração

semelhante para avaliação da inclinação mínima. Os elementos de revestimento em

fibrocimento, plástico, metálico e misto são equiparados às telhas com forro.

O registo da anomalia é feito na célula M13 e as causas prováveis são registadas entre

as células R13 e T13.

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5. Fichas de inspecção do tipo C

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Quadro 5.1 - Inclinação mínima de suportes das coberturas (%) (APICC, 1998).

Modelo de telha Exposição Desenvolvimento da vertente (m) Localização (2) (2) (3) Zona I Zona II Zona III Protegida 32 40 45 Normal até 6,0 m 39 44 50

Lusa Exposta 44 51 57 Protegida 39 44 50 Normal 6,0 a 10,0 m 43 48 55 Exposta 48 56 63 Protegida 61 65 70 Normal até 6,0 m 67 73 78

Marselha Exposta 77 84 90 Protegida 66 72 77 Normal 6,0 a 10,0 m 74 80 86 Exposta 85 91 99 Protegida 50 55 59 Normal até 6,0 m 55 61 66

Canudo (4) Exposta 64 69 76 Protegida 55 59 65 Normal 6,0 a 10,0 m 61 67 73 Exposta 69 77 84 Protegida 40 45 49 Normal até 6,0 m 44 49 55

Romana Exposta 51 57 64 Protegida 44 50 55 Normal 6,0 a 10,0 m 48 55 61 Exposta 56 63 69 Protegida 58 64 68 Normal até 6,0 m 64 70 76

Plana Exposta 75 81 87 Protegida 64 69 75 Normal 6,0 a 10,0 m 71 77 84 Exposta 83 89 96 (1) - Inclinação em centímetros por metro de projecção horizontal do suporte da cobertura e não da telha. (2) - Por definição de exposição e localização, ver 5.1.2. (3) - Desenvolvimento em plano horizontal. (4) - Obriga ao respeito de recobrimentos especificados no Quadro 5.2.

Quadro 5.2 - Recobrimentos mínimos em telhas canudo e romana (m) (APICC, 1998).

Modelo de telha Localização (2) Zona I Zona II Zona III 0,14 0,15 0,15 Canudo / romana 0,16 0,16 0,16

0,16 0,17 0,17

• Anomalia 2 (Inclinação excessiva da cobertura sem fixação adequada ao suporte)

A anomalia 2 refere-se à inclinação excessiva da cobertura. São consideradas inclina-

ções excessivas as que tiverem forte pendente e que não tenham fixações aos elemen-

tos de suporte, de forma a impedir o deslocamento e queda das telhas por acção do

vento, ou de outros agentes (APICC, 1998).

O registo da anomalia será feito na célula M14 e as causas prováveis serão registadas

entre as células R14 e T14.

• Anomalia 3 (Diferenças de tonalidade nos elementos)

Não se considera como anomalia as diferenças de tonalidade em coberturas (Fig. 5.34)

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Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995

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que se pretendeu tirar partido do efeito estético através de variações de tom nas telhas

aplicadas. No entanto, para coberturas que tenham a exigência da mesma tonalidade

pode já ser considerado como anomalia aparecerem telhas com tonalidade diferente na

origem (aquisição de telhas em remessas diferentes ou com qualidade diferente). As

acções ambientais e o envelhecimento natural são também razões que se prendem com

a existência desta anomalia.

Fig. 5.34 - Diferenças de tonalidade devido acções ambientais e de envelhecimento

O registo da anomalia será feito na célula M15 e as causas prováveis são registadas entre

as células R15 e Y15.

• Anomalia 4 (ventilação da cobertura insuficiente)

A ventilação insuficiente da cobertura pode resultar na maior parte das anomalias

detectadas. A existência desta anomalia será registada quando houver apenas

micro-ventilação (Fig. 5.34), ou não houver ventilação. A deficiente ventilação

pode provocar descasque por acção do gelo-degelo, desenvolvimento de musgos e

de verdete, maior possibilidade de condensações e a degradação da estrutura e

materiais acessórios. No projecto, deve ser indicado o número adequado de telhas

de ventilação, assim como o seu posicionamento (APICC) 1998). Na execução, o

construtor deve executar as coberturas inclinadas segundo estas boas regras de

execução.

O registo da anomalia será feito na célula M16 e as causas prováveis são regista-

das entre as células R16 e T16.

• Anomalia 5 (Acumulação de detritos, plantas e vegetação parasitária)

A acumulação de detritos, plantas e vegetação parasitária (Fig. 5.35) provoca um

escoamento deficiente das águas pluviais, podendo resultar em infiltrações sob a

cobertura devido à estagnação das águas. Esta anomalia poderá estar associada a

deficiente concepção de projecto e de execução que propiciam a acumulação de

detritos e de água, favorecendo o desenvolvimento de plantas e vegetação parasitá-

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5. Fichas de inspecção do tipo C

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ria. Deverá ser efectuada uma manutenção regular da cobertura como complemen-

to do bom funcionamento da cobertura (APICC, 1998), o que, na maioria dos

casos, não se verifica. Foram ponderadas as correlações anomalias / causas de

Gonçalves, 2004 para esta anomalia.

Fig. 5.35 - Acumulação de vegetação no beirado da cobertura (IPCC, 1998)

O registo da anomalia será feito na célula M17 e as causas prováveis são regista-

das entre as células R17 e X17.

• Anomalia 6 (Acumulação de musgos / verdete)

A acumulação de musgos / verdete (Figs. 5.36 e 5.37) resulta de problemas asso-

ciados a escoamento insuficiente das águas pluviais, assim como à ventilação insu-

ficiente das telhas. Tal permite que os microrganismos existentes no ambiente

(musgos e algas) se desenvolvam na presença da água ou humidade através da

radiação solar como fonte de energia. Por razões estéticas, deve ser efectuada uma

manutenção regular da cobertura. Foram ponderadas as correlações anomalias /

causas de Gonçalves, 2004, para esta anomalia.

Fig. 5.36 - Acumulação de musgos (APICC, 1998) Fig. 5.37 - Acumulação de verdete

O registo da anomalia é feito na célula M18 e as causas prováveis são registadas

entre as células R18 e X18.

• Anomalia 7 (Zonas de concavidade / convexidade)

As zonas de concavidade / convexidade de uma cobertura (Figs. 5.39 e 5.40), geral-

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Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995

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mente ligadas a problemas de deformação da estrutura, podem ocorrer devido a er-

ros de projecto, de execução ou de falta de manutenção. “A deformação excessiva

dos elementos de madeira da estrutura é responsável pela perda de estanqueidade

podendo progredir os fenómenos de degradação da madeira” (INH - LNEC, 2006).

Fig. 5.38 - Acumulação de líquenes

Fig. 5.39 - Convexidade na zona do pilar Fig. 5.40 - Deformação da cobertura

(INH - LNEC, 2006)

O registo da anomalia é feito na célula M19 e as causas prováveis são registadas

entre as células R19 e W19.

• Anomalia 8 (desalinhamento / deslocamento dos elementos)

O desalinhamento / deslocamento das telhas (Fig. 5.41) pode estar associado a

erros de execução, por causas atmosféricas pouco comuns (ventos fortes), por apli-

cação de uma geometria de telhado pouco aconselhável - inclinação acentuada -

(APICC, 1998), ou ainda por ausência / inadequação de manutenção.

O registo da anomalia será feito na célula M20 e as causas prováveis serão regista-

das entre as células R20 e V20.

• Anomalia 9 (Sobreposição / encaixe deficiente dos elementos)

Cada fabricante deve declarar, para cada modelo de fabrico, o número de telhas a

colocar por m2, bem como o recobrimento recomendado na sua aplicação (EN

1304). A insuficiente sobreposição das telhas (estanqueidade comprometida) ou a

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5. Fichas de inspecção do tipo C

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excessiva sobreposição (Figs. 5.42, 5.43 e 5.44) prejudicam o correcto funciona-

mento da cobertura (APICC, 1998). Os espaçamentos do ripado fixados sem pré-

vio estudo das telhas, ventos excepcionais ou ausência / deficiente manutenção

podem ser causas prováveis.

Fig. 5.41 - Desalinhamento por erro de execução.

Fig. 5.42 - Sobreposição deficiente

Fig. 5.43 - Sobreposição insuficiente (IPCC,

1998)

Fig. 5.44 - Sobreposição excessiva

(APICC, 1998)

O registo da anomalia é feito na célula M21 e as causas prováveis são registadas

entre as células R21 e V21.

• Anomalia 10 (Elementos descontínuos soltos)

Os elementos descontínuos soltos abrangem todos os revestimentos de uma cober-

tura inclinada. As causas são comuns às da anomalia anterior. Foram ponderadas

as correlações anomalias / causas de Gonçalves, 2004 para esta anomalia.

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Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995

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O registo da anomalia é feito na célula M22 e as causas prováveis são registadas

entre as células R22 e V22.

• Anomalia 11 (Elementos fracturados / fissurados)

Os elementos fracturados / fissurados (Fig. 5.45) são pontos delicados da cobertu-

ra onde poderá haver infiltrações de água. A inexistência de percursos na cobertura

para manutenção (erros de concepção), de casos de equipamentos colocados sobre

as coberturas, queda de granizo, objectos pesados, ferramentas e movimentação de

cargas, são causas a ter em conta para esta anomalia (APICC, 1998). Para esta ano-

malia, foram ponderadas as correlações anomalias / causas de Gonçalves, 2004.

Fig. 5.45 - Fractura de telha

O registo da anomalia é feito na célula M23 e as causas prováveis são registadas entre as célu-

las R23 e Z23.

• Anomalia 12 (Descasques)

Os descasques nas telhas cerâmicas (Figs. 5.46 e 5.47) ocorrem por acção do gelo.

As telhas saturadas pela acção da chuva ou humidade podem ter uma secagem len-

ta por deficiente arejamento (ventilação). “Com a ocorrência de variações de tem-

peratura, frequentes e por espaços de tempo significativos, a massa de telha fica

sujeita a ciclos de gelo-degelo. A água remanescente na massa de telha sofre varia-

ções de volume que podem provocar a destruição do corpo cerâmico, caso não seja

permitida uma troca de calor e de humidade com o exterior” (APICC, 1998).

O registo da anomalia é feito na célula M24 e as causas prováveis são registadas

entre as células R24 e U24.

• Anomalia 13 (Eflorescências)

As eflorescências (Fig. 5.48) são exsudações de sais minerais solúveis em água -

na maioria dos casos , sulfatos alcalinos - que cristalizam nos paramentos dos ele-

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5. Fichas de inspecção do tipo C

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mentos de construção, dando origem a manchas de coloração em geral esbranqui-

çada”. Para que ocorram, é necessário que a humidade esteja presente e que simul-

taneamente existam sais solúveis nos materiais de construção…” (INH - LNEC,

2006). O processo de formação das eflorescências resulta da dissolução dos sais

solúveis pela água, da migração da água com sais em dissolução, através dos poros

dos materiais, até à superfície do elemento de construção e a evaporação superfi-

cial da água, com a cristalização dos sais dissolvidos (INH - LNEC, 2006).

Fig. 5.46 - Início de descasque (APICC, 1998) Fig. 5.47 - Aspecto de descasque (APICC, 1998)

Fig. 5.48 - Eflorescências

O registo da anomalia é feito na célula M25 e as causas prováveis são registadas

entre as células R25 e X25.

• Anomalia 14 (Fissuração rendilhada ou mapeada)

Esta anomalia pode ocorrer no vidrado das telhas. Foram ponderadas as correla-

ções anomalias / causas de Gonçalves, 2004 e Silvestre, 2006.

O registo da anomalia é feito na célula M26 e as causas prováveis são registadas

entre as células R26 e U26.

• Anomalia 15 (Desprendimento do vidrado)

O desprendimento do vidrado é uma anomalia que tem o mesmo tipo de correla-

ções anomalias / causas da anomalia 14.

O registo da anomalia é feito na célula M27 e as causas prováveis são registadas

entre as células R27 e U27.

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Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995

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• Anomalia 16 (Deficiência de remate de cumeeira / rincões)

As cumeeiras devem impedir a penetração de água e permitir a ventilação da

cobertura. Devem ser assentes de modo que o recobrimento seja feito no sentido

preponderante da chuva. A deficiência de remate em cumeeira / rincões (Figs.

5.49, 5.50 e 5.51) está associada ao uso excessivo de argamassa na aplicação de

telhões de cumeeira, que pode resultar no aparecimento de “fissuras e até fendas

na argamassa (material com características de higroscopicidade inferiores às das

telhas cerâmicas), por onde se registam infiltrações de humidade”, ao impedimento

da ventilação pela cumeeira e à aplicação da argamassa na sobreposição de telhões

(APICC, 1998).

Fig. 5.49 - Argamassa dispensável na sobreposi-

ção de telhões (APICC, 1998)

Fig. 5.50 - Argamassa excessiva na

linha de cumeeira

Fig. 5.51 - Cumeeira impermeabilizada impedindo a ventilação da cobertura

Foram ponderadas as correlações anomalias / causas de Gonçalves, 2004.

O registo da anomalia é feito na célula M28 e as causas prováveis são registadas

entre as células R28 e W28.

• Anomalia 17 (Deficiência de remates em chaminés)

Os remates em chaminés, assimiláveis aos das paredes emergentes, são em geral

resolvidos com recurso a rufagem com chapas metálicas ou com bandas flexíveis

autocolantes realizadas com materiais sintéticos, eventualmente reforçados com

metais (Fig. 5.24) - APICC, 1998 -. De um modo geral, estas anomalias (Fig.

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5. Fichas de inspecção do tipo C

50

5.52) estão associadas à inexistência de pormenorização ou à execução do remate

com materiais inadequados (colagem de telas asfálticas às telhas e às paredes da

chaminé sem rufo de protecção no bordo superior).

Fig. 5.52 Remate inadequado com tela asfáltica

O registo da anomalia é feito na célula M29 e as causas prováveis são registadas

entre as células R29 e W29.

• Anomalia 18 (Deficiências de remates com paredes emergentes / platibandas)

Os remates com paredes emergentes são usualmente feitos com rufos metálicos

(Fig. 5.25) ou com revestimentos de impermeabilização (Fig. 5.26). Este tipo de

anomalias (Fig. 5.53) está associado, normalmente, a erros de concepção e a erros

de execução. Uma ausência / inadequação de manutenção também pode ocorrer.

Fig. 5.53 - Remate inadequado da telha com a parede

O registo da anomalia é feito na célula M30 e as causas prováveis são registadas

entre as células R30 e W30.

• Anomalia 19 (Deficiências de remates no coroamento de platibandas)

Os remates com platibandas são do mesmo tipo dos de paredes emergentes, tendo

o mesmo tipo de anomalias (Fig. 5.54) e correlação anomalias / causas.

O registo da anomalia é feito na célula M31 e as causas prováveis são registadas

entre as células R31 e W31.

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51

Fig. 5.54 - Inexistência de rufo no bordo da impermeabilização

• Anomalia 20 (Deficiência de remates com paredes de bordo)

Os remates com paredes de bordo (cumeeira, rufagem ou revestimento de imper-

meabilização) apresentam o mesmo tipo de anomalias (Fig. 5.55) e correlação

anomalias / causas das anomalias 18 e 19.

Fig. 5.55 - Manutenção inadequada em paredes de bordo

O registo da anomalia é feito na célula M32 e as causas prováveis são registadas

entre as células R32 e W32.

• Anomalia 21 (Deficiência de remates em tubagens emergentes)

Os remates em tubagens emergentes são pontos sensíveis à penetração de água se

não forem bem executados (Fig. 5.31). A deficiência desses remates apresenta o

mesmo tipo de anomalias (Fig. 5.55) e correlação anomalias / causas das anoma-

lias 18 e 19 e 20.

O registo da anomalia será feito na célula M33 e as causas prováveis serão regista-

das entre as células R33 e W33.

• Anomalia 22 (Deficiências de remates em larós)

Os remates em larós (Fig. 5.29) devem assegurar o escoamento perfeito das águas

pluviais necessitando, por isso, de uma limpeza anual. A deficiência de remates em

larós (Fig. 5.56) está normalmente associada a erros de concepção e execução,

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5. Fichas de inspecção do tipo C

52

podendo existir uma ausência / inadequação de manutenção.

Fig. 5.56 - Inexistência de cinta de aperto na impermeabilização

O registo da anomalia é feito na célula M34 e as causas prováveis são registadas

entre as células R34 e W34.

• Anomalia 23 (Deficiência de remates em beirais / beirados)

A deficiência de remates em beirais / beirados (Figs. 5.57 e 5.58) está também

associada a erros de concepção e execução, podendo existir uma ausência / inade-

quação de manutenção.

Fig. 5.57 - Ausência de manutenção no beirado

Fig. 5.58 - 1ª telha cortada no beiral

O registo da anomalia é feito na célula M35 e as causas prováveis são registadas

entre as células R35 e W35.

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• Anomalia 24 (Deficiências de remates com janelas de sótão / clarabóias)

Nos remates de janelas de sótão / clarabóias, tal como nas chaminés, deve-se asse-

gurar o encaminhamento das águas no seu contorno. Estas anomalias (Fig. 5.59)

estão, regra geral, associadas à inexistência de pormenorização, à execução do

remate sem rufagem ou à ausência / inadequação de manutenção.

Fig. 5.59 - Ausência de rufagem no remate da clarabóia

O registo da anomalia é feito na célula M36 e as causas prováveis são registadas

entre as células R36 e W36.

• Anomalia 25 (Deficiências em caleiras recuadas)

Os revestimentos de impermeabilização das caleiras devem ser colocados no sen-

tido da pendente da caleira (LNEC - ITE 33, 2002). As principais anomalias nestes

pontos singulares (Fig. 5.60) podem estar associadas a erros de concepção da

caleira / omissão de pormenor - secção insuficiente para escoamento, pendente

insuficiente (manchas de água indiciam esta anomalia) - e a erros de execução

(reduzida pendente, altura insuficiente de murete interior, produtos de colagem

insatisfatórios ou a deficiente execução da colagem) e a ausência / inadequação de

manutenção.

Fig. 5.60 - Autoprotecção da impermeabilização deteriorada

O registo da anomalia é feito na célula M37 e as causas prováveis são registadas

entre as células R37 e Y37.

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5. Fichas de inspecção do tipo C

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• Anomalia 26 (Deficiências em caleiras exteriores)

As deficiências em caleiras exteriores (Fig. 5.61) podem estar relacionadas com

erros de concepção / omissão de pormenor e de execução, na aplicação de mate-

riais inadequados e na ausência de manutenção.

Fig. 5.61 - Pintura deteriorada e suportes com corrosão

O registo da anomalia é feito na célula M38 e as causas prováveis são registadas

entre as células R38 e AA38.

• Anomalia 27 (Inexistência de ralos de pinha em caleiras)

A inexistência de ralos de pinha em caleiras (Fig. 5.62) está normalmente associa-

da à inexistência de pormenor, à execução inadequada da caleira e à ausência /

inadequação de manutenção.

Fig. 5.62 - Inexistência de ralo de pinha

O registo da anomalia é feito na célula M39 e as causas prováveis são registadas

entre as células R39 e T39.

• Anomalia 28 (Deficiências de remates em juntas de dilatação)

As juntas de dilatação em coberturas inclinadas estão normalmente localizadas em

remates sobreelevadas (juntas entre muretes) ou entre edifícios de altura diferente.

As suas causas estão essencialmente relacionadas com defeitos de concepção

(LNEC - ITE 33, 2002).

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Nos remates sobreelevados, a junta pode ter um empanque flexível e ser coberta

com um material de revestimento impermeável com autoprotecção (Fig. 5.63 a)),

ou ter um material compressível com um capeamento em chapa metálica ou pedra

(Fig. 5.63 b)). A probabilidade de ocorrência de fissuração nos remates ou de des-

locamentos das suas juntas de sobreposição é elevada se não se interpuser uma

camada dessolidarizante - feltro de poliéster ou fibra de vidro (LNEC - ITE 33,

2002).

Fig. 5.63 - Exemplos de soluções construtivas dum remate em junta sobreelevada (LNEC

- ITE 33, 2002)

Em relação às juntas entre edifícios, o remate deve ser realizado de modo a que os

movimentos relativos entre edifícios não sejam transmitidos (Fig. 5.64).

Fig. 5.64 - Esquema de uma solução construtiva de remate em junta entre edifícios

(LNEC - ITE 33, 2002)

O registo da anomalia é feito na célula M40 e as causas prováveis são registadas

entre as células R40 e W40.

• Anomalia 29 (Degradação de chapas metálicas / plásticas)

A degradação de chapas metálicas / plásticas (Fig. 5.65) podem estar relacionadas

com deformações, fracturas, corrosões e degradação dos revestimentos. Regra

geral, as causas estão normalmente relacionadas com prescrição de materiais omis-

sa ou deficiente, utilização inadequada de materiais e ausência / inadequação de

manutenção. Os choques e vandalismo poderão ser, eventualmente, considerados.

Foram ponderadas as correlações anomalias / causas de Gonçalves, 2004.

Chapa ou pedra Material compressível

Empanque flexível

Remate a) b)

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5. Fichas de inspecção do tipo C

56

Fig. 5.65 - Corrosão e manutenção inadequada

O registo da anomalia é feito na célula M41 e as causas prováveis são registadas

entre as células R41 e Z41.

• Anomalia 30

Os elementos de fixação e guarda-corpos metálicos estão sujeitos à corrosão devi-

da às acções ambientais (Fig. 5.66) e ocorrem com mais frequência em materiais

inadequados. A ausência ou inadequada manutenção também é responsável por

esta anomalia.

Fig. 5.66 - Corrosão de elementos de fixação

Foram ponderadas as correlações anomalias / causas de Gonçalves, 2004.

O registo da anomalia é feito na célula M42 e as causas prováveis são registadas

entre as células R42 e Z42.

• Anomalia 31 (Corrosão / apodrecimento de caixilharias de janelas de sótão / clara-

bóias)

As caixilharias de janelas de sótão / clarabóias são susceptíveis de corrosão e apo-

drecimento de caixilharias devido às acções ambientais (Fig. 5.67) e ocorrem com

mais frequência em materiais inadequados. A ausência ou inadequada manutenção

também é responsável por esta anomalia.

O registo da anomalia é feito na célula M43 e as causas prováveis são registadas

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entre as células R43 e Z43.

Fig. 5.67 - Corrosão em caixilho de clarabóia

• Anomalia 32 (Reparações com produtos betuminosos em elementos descontínuos)

Os elementos descontínuos - telhas e chapas metálicas ou plásticas - deteriorados

das coberturas inclinadas (Fig. 5.68) devem ser substituídos e não reparados com

produtos betuminosos.

Fig. 5.68 - Reparação com tela betuminosa

O registo da anomalia é feito na célula M44 e as causas prováveis são registadas

entre as células R44 e Z44.

5.3 Ficha de inspecção C/CI3 da cobertura inclinada

Esta ficha de inspecção (Anexo 1) não é preenchida. Deve, no entanto, ser actualizada, uma

vez que as células para os registos das anomalias contêm ligações com as da ficha C/CI2. Na

abertura da ficha de inspecção C/CI3, deve-se seleccionar “actualizar” (actualização de dados)

e “continuar”. Automaticamente, são feitos os registos das anomalias e as classificações das

anomalias. “Não actualizar” permite o acesso aos dados que não necessitam de alterações.

Depois de actualizar a ficha de inspecção, deve-se fechar o ficheiro e guardar as actualiza-

ções.

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5. Fichas de inspecção do tipo C

58

5.4 Ficha de inspecção C/CT1 da cobertura em terraço

Na avaliação das coberturas em terraço (característica / tipologia / anomalias), considerou-se

o “Modelo de inquérito-tipo para a avaliação do desempenho de coberturas em terraço”

(Grandão Lopes - LNEC, 2000).

Nesta ficha de inspecção C/CT1 (Anexo 1), os registos são feitos através da análise do projec-

to de licenciamento, pela informação oral dada pelo dono da obra / administrador ou ainda

pela visualização. Na abertura da ficha de inspecção, deve-se seleccionar “actualizar” (preen-

chimento de novos dados) e “continuar” para não alterar as hiperligações que foram criadas.

“Não actualizar” permite o acesso aos dados que não necessitam de alterações. Depois do

preenchimento efectuado, deve-se guardar os registos efectuados.

As células onde são registadas as ocorrências têm a pontuação 0 (não). Nas inspecções, serão

registadas as pontuações 1 (sim) ou 2 (não se sabe), com excepção dos registos apropriados

para as células “espessura (cm)” da estrutura de suporte e camada de isolamento térmico e

“pendente (%)” da camada de forma.

5.4.1 Forma e visualização da cobertura Neste campo, estão disponíveis os seguintes registos:

• cobertura não acessível (acessível só para manutenção); o seu registo é feito na

célula P12;

• cobertura acessível a pessoas; o seu registo é feito na célula P13;

• cobertura acessível a veículos ligeiros; o seu registo é feito na célula P14;

• cobertura acessível a veículos pesados; o seu registo é feito na célula P15;

• terraço-jardim; o seu registo é feito na célula P16;

• cobertura especial (densidade elevada de equipamento electromecânico /

tubagens); o seu registo é feito na célula P17.

5.4.2 Forma e visualização da cobertura

Neste campo, estão disponíveis os seguintes registos:

• laje maciça de betão armado; o seu registo é feito na célula H22;

• laje aligeirada de betão armado; o seu registo é feito na célula H23;

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• perfis metálicos; o seu registo é feito na célula Q22;

• pisos de madeira ou seus derivados; o seu registo é feito na célula Q23;

• outra solução; o seu registo é feito na célula V22;

• espessura (cm); o seu registo é feito na célula V23.

5.4.3 Camada de forma

No caso de se registar na célula da camada de forma a pontuação 2 (não se sabe), as células

dos tipos de camada de forma são, automaticamente, registadas com essa pontuação, deven-

do-se registar qual foi a informação recolhida (projecto, visualização e informação oral) com

a pontuação 1 (sim). Se existir camada de forma, pontuação 1 (sim), utiliza-se a mesma meto-

dologia.

Em terraços que funcionem como lajes de tecto de habitação, pode-se registar a visualização

da camada de forma com o auxílio de um aparelho de nível colocado no pavimento. Nesses

casos, se o aparelho de nível demonstrar que existe inclinação, dá-se a pontuação 1 (sim) na

“camada de forma” e na “visualização”, e a pontuação 2 (não se sabe) em todos os tipos de

camada de forma, se não for conhecida a sua tipologia.

Neste campo, estão disponíveis os seguintes registos:

• camada de forma; o seu registo é feito na célula E26;

• projecto; o seu registo é feito na célula E29;

• visualização; o seu registo é feito na célula E30;

• informação oral; o seu registo é feito na célula E31;

• betão de agregados leves; o seu registo é feito na célula P29;

• betonilha; o seu registo é feito na célula P30;

• pendente dada pela estrutura resistente; o seu registo é feito na célula P31;

• outra solução; o seu registo é feito na célula P32;

• pendente (%); o seu registo é feito na célula P32.

5.4.4 Barreira pára-vapor

Se à barreira pára-vapor for dada a pontuação 1 (sim) ou 2 (não se sabe), regista-se, com a

pontuação 1 (sim), qual foi a informação obtida (projecto, informação oral e/ou visualização).

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5. Fichas de inspecção do tipo C

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Neste campo, estão disponíveis os seguintes registos:

• barreira pára-vapor; o seu registo é feito na célula H35;

• projecto; o seu registo é feito na célula D38;

• visualização; o seu registo é feito na célula K38;

• informação oral; o seu registo é feito na célula S38;

5.4.5 Camada de isolamento térmico

No caso de se registar na célula da camada de isolamento térmico a pontuação 2 (não se sabe),

as células dos tipos de isolamento térmico são, automaticamente, registadas com essa pontua-

ção, bem como as células dos locais onde são colocados (sob a impermeabilização e sobre a

impermeabilização), devendo-se registar qual foi a informação recolhida (projecto, visualiza-

ção e informação oral) com a pontuação 1 (sim). Se existir camada de isolamento térmico,

pontuação 1 (sim), utiliza-se a mesma metodologia.

Neste campo, estão disponíveis os seguintes registos:

• camada de isolamento térmico; o seu registo é feito na célula I41;

• projecto; o seu registo é feito na célula D44;

• visualização; o seu registo é feito na célula D45;

• informação oral; o seu registo é feito na célula D46;

• sob a impermeabilização; o seu registo é feito na célula F48;

• sobre a impermeabilização; o seu registo é feito na célula F49;

• betão de agregados leves; o seu registo é feito na célula O44;

• betão celular; o seu registo é feito na célula O45;

• poliestireno expandido moldado; o seu registo é feito na célula O46;

• poliestireno expandido extrudido; o seu registo é feito na célula O47;

• espuma rígida de poliuretano; o seu registo é feito na célula O48;

• perlite (tipo de vidro vulcânico que ao ser moído e aquecido a 871 ºC expande-se,

formando bolhas no seu interior, tornando-o num bom isolante térmico e acústico

de baixo peso específico) ou vermiculite expandida (mineral tipo mica que ao ser

submetido a uma temperatura de aproximadamente 1100 ºC expande-se, formando

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Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995

61

aproximadamente 26 vezes o tamanho inicial que ao aprisionar milhares de células

de ar o tornam num isolante térmico e acústico extremamente leve); o seu registo é

feito na célula O49;

• fibras, partículas ou aparas de madeira; o seu registo é feito na célula O50;

• lã de vidro; o seu registo é feito na célula O51;

• lã de rocha; o seu registo é feito na célula O52;

• aglomerado de cortiça; o seu registo é feito na célula V46;

• painéis de vidro celular; o seu registo é feito na célula V47;

• painéis mistos; o seu registo é feito na célula V48;

• outra solução; o seu registo é feito na célula V49;

• espessura (cm); o seu registo é feito na célula V51.

5.4.6 Camada de dessolidarização

No caso de se registar na célula da camada de dessolidarização a pontuação 2 (não se sabe), as

células dos tipos de camada de dessolidarização são, automaticamente, registadas com essa

pontuação, bem como as células dos locais onde são colocados (sob a impermeabilização e

sobre a impermeabilização), devendo-se registar qual foi a informação recolhida (projecto,

visualização e informação oral) com a pontuação 1 (sim). Se existir camada de dessolidariza-

ção, pontuação 1 (sim), utiliza-se a mesma metodologia.

Neste campo, estão disponíveis os seguintes registos:

• camada de dessolidarização; o seu registo é feito na célula I55;

• projecto; o seu registo é feito na célula D61;

• visualização; o seu registo é feito na célula D62;

• informação oral; o seu registo é feito na célula D63;

• sob a impermeabilização; o seu registo é feito na célula M58;

• feltro de fibra de vidro contínuo; o seu registo é feito na célula V58;

• feltro de fibra de vidro perfurado; o seu registo é feito na célula V59;

• feltro de poliéster; o seu registo é feito na célula V60;

• manta de geotêxtil; o seu registo é feito na célula V61;

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5. Fichas de inspecção do tipo C

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• filme de plástico; o seu registo é feito na célula V62;

• outra solução; o seu registo é feito na célula V63;

• não existe esta camada; o seu registo é feito na célula V64;

• não se conhece a solução; o seu registo é feito na célula V65;

• sobre a impermeabilização; o seu registo é feito na célula M67;

• feltro de fibra de vidro contínuo; o seu registo é feito na célula V67;

• feltro de poliéster; o seu registo é feito na célula V68;

• manta de geotêxtil; o seu registo é feito na célula V69;

• filme de plástico; o seu registo é feito na célula V70;

• camada de areia; o seu registo é feito na célula V71;

• outra solução; o seu registo é feito na célula V72;

• não existe esta camada; o seu registo é feito na célula V73;

• não se conhece a solução; o seu registo é feito na célula V74.

5.4.7 Camada filtrante (para terraços-jardim)

Em terraços-jardim (Fig. 5.69 - Ecocasa), se a célula da camada filtrante tiver a pontuação 2

(não se sabe), as células dos tipos de camada filtrante são, automaticamente, registadas com

essa pontuação, bem como as células dos locais onde são colocados (sob a impermeabilização

e sobre a impermeabilização), devendo-se registar qual foi a informação recolhida (projecto,

visualização e informação oral) com a pontuação 1 (sim). Se existir camada filtrante (para

terraços-jardim), pontuação 1 (sim), utiliza-se a mesma metodologia.

Fig. 5.69 - Localização de camada filtrante (manta de geotêxtil) em terraço-jardim

Neste campo, estão disponíveis os seguintes registos:

• camada filtrante (para terraços-jardim); o seu registo é feito na célula K77;

• projecto; o seu registo é feito na célula D80;

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Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995

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• visualização; o seu registo é feito na célula D81;

• informação oral; o seu registo é feito na célula D82;

• feltro de poliéster; o seu registo é feito na célula K80;

• manta de geotêxtil; o seu registo é feito na célula K81;

• outra solução; o seu registo é feito na célula K82.

5.5 Ficha de inspecção C/CT2 da cobertura em terraço

Nesta ficha de inspecção C/CT2 (Anexo 1), continua-se a avaliar a cobertura em terraço, ini-

ciada na ficha C/CT1, dando-se continuidade à numeração dos campos de avaliação. Os regis-

tos são feitos através da análise do projecto de licenciamento, pela informação oral dada pelo

dono da obra / administrador ou ainda pela visualização. Na abertura da ficha de inspecção,

deve-se seleccionar em “actualizar” (preenchimento de novos dados) e “continuar” para não

alterar as hiperligações que foram criadas. “Não actualizar” permite o acesso aos dados que

não necessitam de alterações. Depois do preenchimento efectuado, deve-se guardar os registos

efectuados.

As células onde são registadas as ocorrências têm a pontuação 0 (não). Nas inspecções, são

registadas as pontuações 1 (sim) ou 2 (não se sabe), com excepção dos registos apropriados

para as células “espessura (cm)” da camada drenante (para terraços-jardim) e protecção e aca-

bamento e “altura aproximada do remate (cm)” em remates da impermeabilização com plati-

bandas ou paredes emergentes.

5.5.1 Camada drenante (para terraços-jardim)

No caso de se registar na célula da camada drenante (para terraços-jardim) a pontuação 2 (não

se sabe), as células dos tipos de camada drenante são, automaticamente, registadas com essa

pontuação, devendo-se registar qual foi a informação recolhida (projecto, visualização e

informação oral) com a pontuação 1 (sim). Se existir camada drenante (para terraços-jardim),

pontuação 1 (sim), utiliza-se a mesma metodologia.

Neste campo, estão disponíveis os seguintes registos:

• camada drenante (para terraços-jardim); o seu registo é feito na célula J10;

• projecto; o seu registo é feito na célula E15;

• visualização; o seu registo é feito na célula E16;

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5. Fichas de inspecção do tipo C

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• informação oral; o seu registo é feito na célula E17;

• calhau rolado; o seu registo é feito na célula O13;

• agregado britado; o seu registo é feito na célula O14;

• painéis de poliestireno expandido nervurados; o seu registo é feito na célula O15;

• placas de plástico nervuradas e perfuradas; o seu registo é feito na célula O16;

• outra solução; o seu registo é feito na célula O17;

• não existe esta camada; o seu registo é feito na célula O18;

• não se conhece a solução; o seu registo é feito na célula O19;

• espessura (cm); o seu registo é feito na célula S16.

5.5.2 Materiais de base da impermeabilização

No caso de se registar na célula de materiais de base da impermeabilização a pontuação 2

(não se sabe), as células dos tipos de materiais são, automaticamente, registadas com essa

pontuação, devendo-se registar qual foi a informação recolhida (projecto, visualização e

informação oral) com a pontuação 1 (sim). Se existir materiais de base da impermeabilização,

pontuação 1 (sim), utiliza-se a mesma metodologia.

Neste campo, estão disponíveis os seguintes registos:

• materiais de base da impermeabilização; o seu registo é feito na célula K22;

• projecto; o seu registo é feito na célula E26;

• visualização; o seu registo é feito na célula E27;

• informação oral; o seu registo é feito na célula E28;

• membranas betuminosas (produto prefabricado tradicional, armado - tela

ou feltro - ou não, constituído por mistura betuminosa e materiais de

acabamento (LNEC, 2006 - ITE 34)); o seu registo é feito na célula N25;

• membranas sintéticas (produto prefabricado não tradicional constituído por

membranas de betumes-polímeros - mistura betuminosa modificada por um

p polímero de polipropileno atáctico, resultando nas membranas de betume-

polímero APP, ou por um polímero de estireno-butadieno-estireno, dando origem

às membranas de betume-polímero SBS; membranas termoplásticas - membranas

em PVC plastificado e membranas de EIP; membranas elastoméricas, vulcaniza-

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Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995

65

das ou não vulcanizadas; entre as vulcanizadas em fábrica contam-se as EPDM,

monómero de etileno-propileno-dieno, as de borracha butílica e as de neoprene;

das membranas não vulcanizadas em fábrica, referem-se as de polietileno clorosul-

fonado, CSPE, as de polietileno clorado, CPE, e as de polisobutileno, PIB (LNEC,

2006 - ITE 34)); o seu registo é feito na célula N26;

• produtos líquidos de base betuminosa (emulsões betuminosas - usadas

nas coberturas fundamentalmente como produto de impregnação de suportes poro-

sos ou como camadas de sistemas de impermeabilização aplicados “in situ”; pin-

turas betuminosas - utilizadas, quer como primário, produto de tratamento da

superfície de aderência de sistemas de impermeabilização com base em materiais

betuminosos, quer como produto de protecção desses sistemas, aplicado sobre a

última camada; produtos betuminosos modificados - adicionadas pequenas quanti-

dades de aditivos, em geral resina, que permitem melhorar ligeiramente algumas

das suas características -; cimento vulcânico (resultante da mistura de breu de alca-

trão de hulha com enxofre, resinas e outros aditivos, tal como o fíler, com aplica-

ções idênticas às do alcatrão (LNEC, 2006 - ITE 34)); o seu registo é feito na célu-

la N27;

• produtos líquidos sintéticos (“os produtos líquidos ou em pasta utili-

zados na preparação de sistemas não-tradicionais aplicados “in situ” são de natu-

reza diversa, tendo no entanto, em geral, como base, uma resina, entre as quais são

correntes as de polietileno clorosulfonado, de policloropreno, de poliuretano, de

poliéster não saturadas, epóxidas, vinílicas e acrílicas” (LNEC, 2006 - ITE 34)); o

seu registo é feito na célula N28;

• outra solução; o seu registo é feito na célula N29.

5.5.3 Protecção e acabamento

No caso de se registar na célula de protecção e acabamento a pontuação 2 (não se sabe), as

células do tipo de protecção e acabamento são, automaticamente, registadas com essa pontua-

ção, devendo-se registar qual foi a informação recolhida (projecto, visualização e informação

oral) com a pontuação 1 (sim). Se existir protecção e acabamento, pontuação 1 (sim), utiliza-

se a mesma metodologia.

Neste campo, estão disponíveis os seguintes registos:

• protecção e acabamento; o seu registo é feito na célula I32;

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5. Fichas de inspecção do tipo C

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• projecto; o seu registo é feito na célula D35;

• visualização; o seu registo é feito na célula L35;

• informação oral; o seu registo é feito na célula S35;

• autoprotecção da membrana betuminosa (folha de alumí-

nio, granulado de xisto, granulado de ardósia, granulado

de areia, etc.); o seu registo é feito na célula I37;

• camada de terra vegetal; o seu registo é feito na célula I38;

• agregado grosso; o seu registo é feito na célula I39;

• lajetas de betão; o seu registo é feito na célula I40;

• ladrilhos cerâmicos sobre betonilha; o seu registo é feito na célula S37;

• ladrilhos hidráulicos sobre betonilha; o seu registo é feito na célula S38;

• painel sanduíche de betão e isolante térmico; o seu registo é feito na célula S39;

• outra solução; o seu registo é feito na célula S40;

• espessura (cm); o seu registo é feito na célula S41.

5.5.4 Remates da impermeabilização

No caso de se registar, na célula de remates da impermeabilização, a pontuação 2 (não se

sabe), as células dos locais onde se registam os remates são, automaticamente, registadas com

essa pontuação, bem como as tipologias dos remates, devendo-se registar qual foi a informa-

ção recolhida (projecto, visualização e informação oral) com a pontuação 1 (sim). Se existir

remates da impermeabilização, pontuação 1 (sim), utiliza-se a mesma metodologia.

Neste campo, estão disponíveis os seguintes registos:

• remates da impermeabilização; o seu registo é feito na célula I44;

• com platibandas ou paredes emergentes; o seu registo é feito na célula J47;

• com platibandas ou paredes emergentes; o seu registo é feito na célula J47;

• projecto; o seu registo é feito na célula E50;

• visualização; o seu registo é feito na célula E51;

• informação oral; o seu registo é feito na célula E52;

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Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995

67

• altura aproximada do remate (cm); o seu registo é feito na célula M49;

• ficou aparente e colado ao paramento; o seu registo é feito na célula M50;

• ficou recoberto com um rufo; o seu registo é feito na célula M51;

• ficou colado sobre um rufo; o seu registo é feito na célula M52;

• outra solução; o seu registo é feito na célula M53;

• com coroamento de platibanda; o seu registo é feito na célula H55;

• projecto; o seu registo é feito na célula E59;

• visualização; o seu registo é feito na célula E60;

• informação oral; o seu registo é feito na célula E61;

• reveste o paramento vertical e o seu coroamento; o seu registo é feito na

célula O57;

• com um capeamento em chapa metálica, o seu registo é feito na célula O58;

• com um capeamento de pedra ou betão; o seu registo é feito na célula O59;

• com revestimento de ligante sintético; o seu registo é feito na célula O60;

• com uma camada de argamassa pintada; o seu registo é feito na célula O61;

• outra solução; o seu registo é feito na célula O62;

• em juntas de dilatação; o seu registo é feito na célula G64;

• projecto; o seu registo é feito na célula E67;

• visualização; o seu registo é feito na célula E68;

• informação oral; o seu registo é feito na célula E69;

• com o sistema de impermeabilização da zona corrente; o seu registo é feito

na célula R66;

• com materiais distintos da zona corrente; o seu registo é feito na célula R67;

• colocado um cordão comprimido na junta para suporte do remate; o seu

registo é feito na célula R68;

• colocada sobre a junta uma banda de dessolidarização do remate; o seu regis-

to é feito na célula R69;

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5. Fichas de inspecção do tipo C

68

• impermeabilização da zona corrente não interrompida na junta; o seu registo

é feito na célula R70;

• outra solução; o seu registo é feito na célula R71;

• com soleiras de portas; o seu registo é feito na célula G73;

• projecto; o seu registo é feito na célula E75;

• visualização; o seu registo é feito na célula E76;

• informação oral; o seu registo é feito na célula E77;

• com tubos de queda; o seu registo é feito na célula N73;

• projecto; o seu registo é feito na célula M75;

• visualização; o seu registo é feito na célula M76;

• informação oral; o seu registo é feito na célula M77;

• com caleiras; o seu registo é feito na célula S73;

• projecto; o seu registo é feito na célula S75;

• visualização; o seu registo é feito na célula S76;

• informação oral; o seu registo é feito na célula S77;

• com base de apoio de equipamento diverso; o seu registo é feito na célula J79;

• projecto; o seu registo é feito na célula E81;

• visualização; o seu registo é feito na célula E82;

• informação oral; o seu registo é feito na célula E83;

• com tubagens emergentes; o seu registo é feito na célula R79;

• projecto; o seu registo é feito na célula P81;

• visualização; o seu registo é feito na célula P82;

• informação oral; o seu registo é feito na célula P83.

5.6 Ficha de inspecção C/CT3 da cobertura em terraço

Na abertura da ficha de inspecção C/CT3 (Anexo 1) deve-se seleccionar “actualizar” (preen-

chimento de novos dados) e em “continuar” para não alterar as hiperligações que foram cria-

das. “Não actualizar” permite o acesso aos dados que não necessitam de alterações. Depois do

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Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995

69

preenchimento efectuado, deve-se guardar os registos efectuados.

Esta ficha de inspecção contém parte das anomalias (1 a 28) / causas da cobertura em terraço,

uma vez que não foi possível preencher a sua totalidade por falta de espaço. A ficha de ins-

pecção C/CT4 completará as anomalias / causas da cobertura em terraço.

5.6.1 Anomalias e causas

Segundo LNEC, 2002 - ITE 33, “geralmente apenas se dá conta da existência de anomalias na

cobertura em terraço, quando se verificam manifestações de humidade no interior dos espaços

subjacentes. Embora essas ocorrências tenham maior incidência nos espaços do edifício que

têm como tecto a cobertura, em edifícios em altura, podem não se restringir a essas zonas e

manifestarem-se também (ou, nalguns casos, apenas) em pisos intermédios”. No preenchi-

mento desta ficha de inspecção, bem como da ficha C/CT4, “será sempre desejável, sempre

que tal se manifeste possível, um contacto não só com os intervenientes na aplicação das

várias camadas da cobertura mas também com os ocupantes do edifício, especialmente os do

último piso. Estes últimos são geralmente aqueles que têm mais presente o historial das ano-

malias que se verificam ou verificaram no interior do edifício, o qual ajudará certamente a

estabelecer as relações de causa-efeito que serão úteis para a definição das soluções de repa-

ração, se para tal houver necessidade”.

Tal como nas coberturas inclinadas, deverá ser efectuada uma manutenção regular da cobertu-

ra em terraço como complemento do bom funcionamento da cobertura.

Em terraços-jardim, torna-se necessário proteger a impermeabilização contra “acções perfu-

rantes das raízes das espécies vegetais plantadas e, por outro, à aplicação de novas camadas

sobre a impermeabilização e à circulação do respectivo equipamento. A camada de protecção

rígida, que é sempre necessária em sistemas de impermeabilização tradicionais, pode ser dis-

pensada em sistemas de concepção mais recente, em virtude das novas formulações das mem-

branas que constituem esses sistemas. De facto, nos sistemas de impermeabilização tradicio-

nais constituídos com base em asfaltos aplicados “in situ”, ou em sistemas de camadas múlti-

plas de feltros ou telas betuminosos, a camada de protecção rígida deve ser formada por uma

betonilha com pelo menos 30 mm de espessura aplicada sobre um material de dessolidariza-

ção apropriado. Os sistemas de impermeabilização mais recentes (revestimentos não-

tradicionais) com base em membranas betuminosas - de betume modificado ou não - incorpo-

ram na mistura betuminosa dessas membranas produtos que têm uma acção repelente sobre as

raízes das plantas e, portanto, evitam o contacto destas com os materiais da impermeabiliza-

ção, eliminando assim a possibilidade da sua perfuração” (LNEC, 2006 - ITE 34).

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5. Fichas de inspecção do tipo C

70

Nesta ficha de inspecção, bem como na ficha C/CT4, apresenta-se uma listagem de anomalias

em coberturas em terraço baseada no “Modelo de inquérito-tipo para avaliação do desempe-

nho de coberturas em terraço” - Grandão Lopes, LNEC, 2000 - e a listagem das causas possí-

veis (prováveis teóricas) é baseada em LNEC, 2002 - ITE 33.

No caso das anomalias não serem visíveis, ou não houver informação, serão registadas com a

pontuação 2 (não se sabe).

A inexistência de uma anomalia com a pontuação 0 (não tem) anula, automaticamente, as

causas prováveis. Confirmando-se a existência de uma anomalia, deve registar-se, dentro das

causas prováveis (teóricas), as causas resultantes da avaliação do projecto e da inspecção

visual. Se houver dúvidas quanto à existência de uma causa, ela deve ser mantida.

• Anomalia 1 (Acumulação de detritos, objectos, plantas e vegetação parasitária)

A acumulação de detritos (Fig. 5.70) e objectos poderá estar associada a ausência /

inadequação de manutenção que poderá provocar um deficiente escoamento das águas

pluviais e provocar a perfuração das telas de impermeabilização. A existência de plan-

tas e vegetação (Fig. 5.71 - INH - LNEC, 2006) parasitária indicia a existência de uma

humidade permanente, por deficiência de pendente, e também uma ausência / inade-

quação de manutenção. Esta anomalia poderá estar também associada a deficiente

concepção de projecto e de execução que propiciam a acumulação de detritos e de

água, favorecendo o desenvolvimento de plantas e vegetação parasitária. Foram pon-

deradas as correlações anomalias / causas de Gonçalves (2004) para esta anomalia.

Fig. 5.70 - Acumulação de detritos

O registo da anomalia é feito na célula M14 e as causas prováveis são registadas entre

as células R14 e W14.

• Anomalia 2 (Acumulação de musgos / verdete)

Na acumulação de musgos / verdete (Fig. 5.72), foram consideradas as causas da ano-

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Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995

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malia 1. Foram ponderadas as correlações anomalias / causas de Gonçalves (2004)

para esta anomalia.

Fig. 5.71 - Desenvolvimento de vegetação sobre cobertura em terraço e junto a platiban-

da (INH - LNEC, 2006)

Fig. 5.72 - Acumulação de verdete

O registo da anomalia é feito na célula M15 e as causas prováveis são registadas entre

as células R15 e W15.

• Anomalia 3 (Acumulação de água ou manchas que o indiciem)

“Os sistemas de impermeabilização tradicionais com base em camadas múltiplas de

telas ou feltros betuminosos constituem um dos revestimentos sensíveis à acção pro-

longada da água, especialmente quando a armadura daqueles feltros é de natureza

orgânica. Relativamente à acção da água sobre sistemas de impermeabilização não-

tradicionais, refira-se o levantamento efectuado na região de Estocolmo sobre o estado

de 74 coberturas em terraço onde tinham sido aplicados, há pelo menos 10 anos, sis-

temas de impermeabilização independentes com membranas de borracha butílica pro-

tegidas com calhau rolado. A presença prolongada da água na superfície corrente

duma cobertura é devida, ou à reduzida pendente da mesma, ou à conformação insatis-

fatória da camada de forma (Fig. 5.73).

A retenção de água é também muitas vezes motivada por disposições construtivas ina-

dequadas nas zonas das embocaduras (Fig. 5.74)”, LNEC, 2002 - ITE 33. Foram pon-

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5. Fichas de inspecção do tipo C

72

deradas as correlações anomalias / causas de Gonçalves (2004) para esta anomalia.

Fig. 5.73 - Acumulação de água junto a platibanda

Fig. 5.74 - Acumulação de água na zona da embocadura

A acumulação de água ou manchas que o indiciem estão, normalmente, associadas a

ausência / inadequação da inclinação da camada de forma ou da própria laje (a pen-

dente é assegurada pela inclinação da laje).

O registo da anomalia é feito na célula M16 e as causas prováveis são registadas entre

as células R16 e U16.

• Anomalia 4 (Fissuração generalizada)

“A acção do calor sobre os revestimentos de impermeabilização produz efeitos mais

ou menos significativos, consoante a sua natureza e as condições da sua aplicação

(existência ou não de protecção, modo de ligação ao suporte, natureza deste, entre

outras). Um dos efeitos da elevação da temperatura sobre os materiais betuminosos, é

a perda progressiva das matérias voláteis que entram na constituição da maioria desses

materiais, a qual provoca o seu endurecimento, retracção e consequente fissuração

(Fig. 5.75). Estes fenómenos são naturalmente agravados por efeito da radiação ultra-

violeta. Em relação a revestimentos de impermeabilização não-tradicionais, tal como

acontece para as membranas tradicionais, também se verifica perda de ductilidade por

acção do calor. No caso, por exemplo, das membranas de PVC a redução da ductilida-

de deve-se fundamentalmente à perda do plastificante que é incorporado na resina no

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Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995

73

processo de fabrico. Os ciclos de humidificação - secagem, conjugados com a acção

atmosférica e o calor, têm efeitos sobre os sistemas de impermeabilização” (LNEC,

2002 - ITE 33). O envelhecimento natural é uma causa a considerar. Foram pondera-

das as correlações anomalias / causas de Gonçalves (2004) para esta anomalia.

Fig. 5.75 - Fissuração generalizada dum revestimento betuminoso (LNEC, 2002 - ITE 33)

O registo da anomalia é feito na célula M21 e as causas prováveis são registadas entre

as células R21 e Y21.

• Anomalia 5 (Fissuras localizadas)

“Uma outra camada que contribui frequentemente para o aparecimento de fissuração

no sistema de impermeabilização é o seu suporte. A sua intervenção neste fenómeno

patológico pode dever-se à natureza do material que o constitui, ao processo de liga-

ção do revestimento de impermeabilização e à camada subjacente e às disposições

construtivas adoptadas em zonas particulares do suporte em questão. Refira-se, por

exemplo, os cuidados a ter no caso de revestimentos com membranas de PVC plastifi-

cado sobre suportes isolantes de poliuretano e de poliestireno expandido. A eventual

migração de componentes entre estes dois materiais torna as membranas menos dúc-

teis, reduzindo portanto a sua capacidade de deformação. Ainda sobre este tipo de

revestimento, interessa também referir a necessidade de evitar o seu contacto com pro-

dutos betuminosos, caso de certos tipos de suportes isolantes acabados superiormente

com produtos desse tipo (betumes ou feltros betuminosos), os quais terão sobre as

membranas de PVC plastificado efeitos semelhantes aos acabados de referir”. O tipo

de ligação do revestimento de impermeabilização ao suporte tem influência acentuada

na possibilidade de ocorrência de fissuração nesse revestimento. É compreensível a

necessidade de dessolidarizar o revestimento de suportes com deformações significati-

vas no seu plano ou em planos perpendiculares a esse. Devem adoptar-se nestes casos

sistemas de impermeabilização independentes, em detrimento de sistemas aderentes.

As deformações do suporte no seu plano são devidas, geralmente, ou a retracções por

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5. Fichas de inspecção do tipo C

74

secagem, no caso de suportes com base em argamassas ou betões de ligantes hidráuli-

cos, ou a alongamentos ou contracções originadas por variações de temperatura e

humidade dos materiais. As deformações em planos perpendiculares ao do suporte

manifestam-se sobretudo em placas de material isolante. Essas deformações são em

geral encurvamentos devidos a gradientes de temperatura entre as faces superior e

inferior das placas (Fig. 5.76)” - LNEC, 2002 - ITE 33.

Fig. 5.76 - Encurvamento do material isolante (LNEC, 2002 - ITE 33)

As cargas excessivas e a utilização inadequada do espaço são causas prováveis que

devem também ser consideradas. Foram ponderadas as correlações anomalias / causas

de Gonçalves (2004) para esta anomalia.

O registo da anomalia é feito na célula M22 e as causas prováveis são registadas entre

as células R22 e Y22.

• Anomalia 6 (Fissuras longitudinais ou transversais de desenvolvimento significati-

vo)

A acção do suporte no revestimento de impermeabilização contribui para o apareci-

mento de fissuras longitudinais ou transversais de desenvolvimento significativo.

“Para minimizar o aparecimento e desenvolvimento de fissuras no revestimento de

impermeabilização, pelo menos nas zonas mais críticas do mesmo - como são as jun-

tas entre placas de certos tipos de suportes isolantes -, devem adoptar-se disposições

construtivas tais que permitam o livre movimento do revestimento nessas zonas. Com

esse objectivo, são aplicadas sobre aquelas juntas bandas de dessolidarização, consti-

tuídas, por exemplo, por um feltro de vidro ou de poliéster. O não cumprimento desta

regra, especialmente sobre suportes isolantes com reduzida estabilidade dimensional à

acção do calor, conjugada com sistemas de impermeabilização (ou algumas das suas

camadas) de resistência mecânica reduzida, pode conduzir ao aparecimento das fissu-

ras que se tem vindo a fazer referencia (Fig. 5.77) - LNEC, 2002 - ITE 33”. No caso

de suportes constituídos por camada rígida de betão ou argamassa aplicada sobre um

isolante térmico, a inexistência de esquartelamento daquela camada pode ser também

motivo de fissuração ou descolamento do revestimento de impermeabilização.

Foram ponderadas as correlações anomalias / causas de Gonçalves (2004) para esta

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Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995

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anomalia.

Fig. 5.77 - Fissura na 1ª camada do sistema de impermeabilização em correspondência

com uma junta entre painéis isolante

O registo da anomalia é feito na célula M23 e as causas prováveis são registadas entre

as células R23 e V23.

• Anomalia 7 (Perfurações)

“Em Portugal presume-se que este tipo de anomalias ocorra também com alguma fre-

quência, dado que é normal realizarem-se trabalhos sobre a cobertura, posteriormente

à aplicação do respectivo revestimento de impermeabilização, sem se tomarem as ade-

quadas medidas de protecção do mesmo. A perfuração do revestimento pode resultar

da acção de cargas pontuais de natureza dinâmica - queda de objectos - ou de natureza

estática (Fig. 5.78).

Fig. 5.78 - Perfurações diversas de natureza estática

Em geral, as primeiras são de curta duração e as segundas são permanentes, ou seja, de

longa duração. Para as acções de natureza estática de longa duração, podem apontar-se

como principais causas de perfuração, a colocação, sobre o revestimento, de suportes

de instalações ou equipamento diversos (por exemplo, suportes de depósitos de água,

de extractores de ar (Fig. 5.79) ou de ventiladores, estendais, antenas, entre outros).

São ainda causa de perfurações ou de rasgamento dos revestimento dos revestimentos

as cargas estáticas ou dinâmicas (em geral de duração não muito longa) resultantes da

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5. Fichas de inspecção do tipo C

76

aplicação de cavaletes (Fig. 5.80) ou andaimes e da circulação de carros de mão de

transporte de materiais. O efeito destas acções é mais acentuado quando o suporte do

revestimento de impermeabilização for constituído por um material de compressibili-

dade elevada.

Fig. 5.79 - Perfuração do revestimento por carga do suporte do extractor de ar

Fig. 5.80 - Acção perfurante das pernas dum cavalete sobre a impermeabilização

(LNEC, 2002 - ITE 33)

Neste tipo de suportes, e quando o revestimento de impermeabilização, ou apenas esse

suporte, é fixado mecanicamente à estrutura resistente, a acção das respectivas peças

de fixação sobre o revestimento pode também ser causa da sua eventual perfuração.

Esta anomalia é fundamentalmente originada pelas cargas resultantes da circulação de

pessoas, ou da colocação de equipamentos diversos nas zonas adjacentes das peças de

fixação (Fig. 5.81). As medidas que impeçam ou minimizem os riscos apontados con-

sistem na aplicação de camadas de distribuição uniforme das cargas pontuais em ques-

tão. Em terraços não acessíveis à permanência de pessoas, é mesmo indispensável a

colocação de caminhos de circulação, que poderão ser apenas provisórios quando se

efectuem operações de manutenção” (LNEC, 2002 - ITE 33).

Foram ponderadas as correlações anomalias / causas de Gonçalves (2004) para esta

anomalia.

O registo da anomalia é feito na célula M24 e as causas prováveis são registadas entre

as células R24 e T24.

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Fig. 5.81 - Acção perfurante do parafuso de fixação de placas isolantes à estrutura resis-

tente (LNEC, 2002 - ITE 33)

• Anomalia 8 (Rasgamentos)

A anomalia rasgamentos (Fig. 5.82) tem causas comuns às da anomalia de perfura-

ções, às quais se acrescentará a acção do vento.

Fig. 5.82 - Rasgamentos em tela betuminosa auto-protegida com folha de alumínio devi-

do a acções de origem mecânica e de utilização / manutenção

Por acção do vento, “o arrancamento (Fig. 5.83) do revestimento de impermeabiliza-

ção, além de poder ocorrer no caso de sistemas com protecção pesada, manifesta-se

também quando o acabamento é constituído por uma protecção leve. Neste caso, a

qualidade das soluções de ligação do sistema de impermeabilização ao suporte será a

causa fundamental do arrancamento do sistema devido às sucções do vento. Estas suc-

ções são evidentemente agravadas quando a estrutura resistente e as camadas subja-

centes têm uma significativa permeabilidade ao ar. As ligações ao suporte são realiza-

das por colagem com betume quente, com colas especiais ou por soldadura por meio

de chama, ou utilizando peças de fixação mecânica. Nos processos por colagem, a

qualidade da respectiva ligação tem a ver fundamentalmente com a adequação e a

quantidade do produto aplicado - no caso da colagem utilizando betume quente ou

colas especiais -, ou com o processo de soldadura quando se utilize esta técnica de

ligação. Quanto à fixação mecânica, o número insuficiente destas peças por unidade

de superfície da cobertura e a sua deficiente amarração à estrutura resistente são

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5. Fichas de inspecção do tipo C

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geralmente as principais causas do arrancamento por acção do vento nos sistemas de

impermeabilização fixados por este processo. A redução do número de peças de fixa-

ção leva a um aumento das forças a que cada uma estará sujeita sob a acção do vento.

Fig. 5.83 - Rasgamento e arrancamento do revestimento de impermeabilização (LNEC,

2002 - ITE 33)

Duas situações podem basicamente ocorrer: ou é excedida a capacidade resistente da

peça de ligação, conduzindo ao arrancamento da mesma e do revestimento de imper-

meabilização que a ela está solidário, ou da junta de sobreposição entre membranas,

dando origem ao seu descolamento por pelagem” (Fig. 5.84) (INH - LNEC, 2006).

Fig. 5.84 - Descolamento por pelagem (LNEC, 2002 - ITE 33)

Foram ponderadas as correlações anomalias / causas de Gonçalves (2004) para esta

anomalia.

O registo da anomalia é feito na célula M25 e as causas prováveis são registadas entre

as células R25 e T25.

• Anomalia 9 (Enrugamentos ou dobras)

“Outro efeito da elevação da temperatura é a possibilidade da formação de pregas

(Fig. 5.85) no revestimento. Este fenómeno é também mais corrente nos revestimentos

tradicionais com base em betumes insuflados, e ocorre fundamentalmente sobre as

juntas ou fissuras do suporte. A formação das pregas é devida basicamente à impossi-

bilidade de o revestimento acompanhar a velocidade de deformação da abertura e

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Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995

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fecho dessas juntas ou fissuras. Aquela anomalia é mais nítida quando o revestimento

é constituído por materiais com características térmicas bastante distintas. É o caso das

membranas autoprotegidas com folha de alumínio. A diferença acentuada entre os

coeficientes de dilatação térmica da folha de alumínio e do betume pode conduzir a

que seja ultrapassada a capacidade de deformação elástica do betume (que está aderen-

te à folha de alumínio) quando traccionado, o qual ficará com uma deformação resi-

dual - que se manifesta sob a forma duma prega - quando voltar à sua posição inicial”

(LNEC, 2002 - ITE 33).

Fig. 5.85 - Enrugamentos e roturas em tela betuminosa auto-protegida com folha de

alumínio (LNEC, 2002 - ITE 33)

Em relação a revestimentos de impermeabilização não-tradicionais, tal como acontece

para as membranas tradicionais, também se verifica uma perda de ductilidade por

acção do calor. No caso, por exemplo, das membranas de PVC a redução da ductilida-

de deve-se fundamentalmente à perda do plastificante que é incorporado na resina no

processo de fabrico. O enrugamento de membranas de borracha butílica, quando apli-

cadas sem qualquer tipo de protecção pesada, é um fenómeno que se tem detectado,

através de intervenções do LNEC em casos de patologia em coberturas em terraço.

Para além de outros factores cuja contribuição poderá ser significativa para aquela

ocorrência, o calor intervém também como acção agravante dessa situação” (LNEC,

2002 - ITE 33).

Foram ponderadas as correlações anomalias / causas de Gonçalves (2004) para esta

anomalia.

O registo da anomalia é feito na célula M26 e as causas prováveis são registadas entre

as células R26 e X26.

• Anomalia 10 (Empolamento ou bolsas de ar)

“Os empolamentos ou bolsas de ar são sobreelevações do revestimento de impermea-

bilização em superfície corrente, visíveis à superfície (Fig. 5.86), e são o resultado da

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5. Fichas de inspecção do tipo C

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formação de bolsas de ar e vapor de água sob pressão, quer entre as camadas dum sis-

tema de impermeabilização, quer entre este e o seu suporte.

Fig. 5.86 - Empolamentos duma tela betuminosa auto-protegida com folha de alumínio

(LNEC, 2002 - ITE 33)

Os empolamentos resultam sempre da existência de vazios entre as camadas do siste-

ma de impermeabilização, ou entre este e o seu suporte. Salientam-se a seguir algumas

causas da ocorrência desses vazios: inexistência de colagem das camadas do sistema,

em zonas localizadas; falta de planeza do suporte quando constituído por painéis iso-

lantes, ou encurvamento acentuado dos mesmos (Fig. 5.76); uso de membranas de

rolos achatados, devido ao armazenamento incorrecto dos rolos, dificultando assim o

seu posicionamento plano sobre o suporte; materiais estranhos confinados entre a

impermeabilização e o suporte (gravilha, pedaços de papel, entre outros)” (LNEC,

2002 - ITE 33).

Foram ponderadas as correlações anomalias / causas de Gonçalves (2004) para esta

anomalia.

O registo da anomalia é feito na célula M27 e as causas prováveis são registadas entre

as células R27 e X27.

• Anomalia 11 ("Alagartado" à superfície de membranas betuminosas)

Para o “alagartado” à superfície de membranas betuminosas (Fig. 5.87) foram consi-

deradas as causas que foram atribuídas à anomalia 4 (fissuração generalizada). Foram

ponderadas as correlações anomalias / causas de Gonçalves (2004) para esta anomalia.

O registo da anomalia é feito na célula M28 e as causas prováveis são registadas entre

as células R28 e Y28.

• Anomalia 12 (Descolamento de juntas de sobreposição das membranas)

Nos sistemas de impermeabilização com base em telas ou feltros betuminosos colados

entre si, e eventualmente ao suporte, com betume insuflado ou por soldadura por meio

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de chama, “para realização das juntas de sobreposição recorre-se à mesma técnica para

ligação das telas ou feltros das várias camadas - ou com betume quente, ou por solda-

dura por meio de chama. A largura dessas juntas deve ser da ordem de 60 a 100 mm ”

(LNEC, 2006 - ITE 34).

Fig. 5.87 - “Alagartado” da protecção em folha de alumínio de membranas betuminosas

Nas membranas de betumes-polímeros “APP” e “SBS”, “é corrente as juntas longitu-

dinais terem uma faixa de sobreposição com largura que pode variar entre 70 e 100

mm, e nas juntas transversais essa largura pode atingir 150 mm. Em sistemas de dupla

camada, utilizam-se muitas vezes sobreposições das membranas com larguras diferen-

tes na primeira e na segunda camada (por ordem de aplicação); a primeira dessas

camadas é aquela onde é maior essa largura das juntas de sobreposição. Nestes siste-

mas, as camadas ou são aplicadas cruzadas, ou, não o sendo, as juntas de cada uma

delas devem ficar desencontradas, de modo a não ser inferior a cerca de 0,10 m a dis-

tancia entre as mesmas ” (LNEC, 2006 - ITE 34).

Relativamente a membranas de PVC plastificado e “em relação à utilização de sobre-

posição das membranas em sistemas aderentes (não são as mais vocacionadas para

este tipo de material), constata-se que a sua largura é relativamente superior à das cor-

respondentes juntas entre membranas aplicadas em sistemas independentes; naquelas

soluções os valores conhecidos variam entre 60 e 80 mm, enquanto que nas soluções

independentes o valor mais corrente é de 50 mm. Em relação aos sistemas fixados

mecanicamente, e ainda no que toca à largura de sobreposição das juntas, os valores

conhecidos desta grandeza são sempre superiores aos atrás mencionados, isto é, 100

mm é um valor corrente. Além disso, as peças de fixação devem ser colocadas a uma

distância tal do bordo das membranas (Fig. 5.88) que não haja possibilidade de ras-

gamento dessas membranas por acção das sucções devidas ao vento, quando não exis-

ta nenhuma protecção pesada aplicada; 30 mm costuma ser um valor aceitável para

essa distância. No caso da ligação por soldadura com ar quente, o valor mais corrente

da largura da junta efectivamente soldada é de 40 mm ” (LNEC, 2006 - ITE 34).

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5. Fichas de inspecção do tipo C

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Fig. 5.88 - Esquema corrente de fixação mecânica de membranas de PVC (LNEC, 2006 -

ITE 34)

“A ligação das membranas de EPDM nas juntas de sobreposição pode fazer-se, con-

forme atrás se referiu, mediante a utilização de diversos produtos. Previamente à reali-

zação da ligação, as respectivas superfícies devem ser convenientemente limpas com

produtos apropriados, os quais são em geral constituídos por misturas de heptano e

xileno. No caso da ligação ser feita com recurso a colas, a largura de sobreposição

toma em geral valores compreendidos entre 75 mm e 150 mm. Quando se usam ban-

das adesivas a largura de sobreposição é em geral maior, podendo chegar a valores da

ordem de 175 mm” (LNEC, 2006 - ITE 34).

Nas membranas de borracha butílica “quer nos sistemas semi-aderentes quer nos ade-

rentes, as colas com base em betumes apenas devem ser aplicadas quando a pendente

da cobertura não é muito elevada, reservando para as situações de pendente elevada

outro tipos de colas. Este facto deve-se à maior facilidade de escorrimento, devido à

acção do calor, das colas com base em betumes em pendentes elevadas, em relação às

colas sem esse componente betuminoso. A ligação das membranas entre si é feita uti-

lizando colas apropriadas e bandas adesivas. As colas são aplicadas a frio, previamen-

te às bandas adesivas, nos bordos das membranas de borracha butílica, na extensão

correspondente à largura da junta de sobreposição, deixando-se depois essas superfí-

cies ao ar até à evaporação do solvente da cola; posteriormente, é então aplicada a

banda adesiva e realizada a respectiva ligação (Fig. 5.89), exercendo para tal uma

pressão sobre a última camada da junta de sobreposição, a qual permite ainda libertar

ao ar que possa ter ficado confinado entre as membranas e a banda adesiva.

Como geralmente se utilizam bandas adesivas na ligação em obra das membranas

entre si, a largura da junta de sobreposição é função da largura dessas bandas, que é

em geral de 0,10 m” (LNEC, 2006 - ITE 34).

“Os revestimentos de impermeabilização constituídos por membranas de poli-

isobutileno (PIB) podem ser aplicados em sistemas independentes, semi-aderentes ou

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Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995

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aderentes. Os sistemas fixados mecanicamente não têm constituído soluções correntes.

A aplicação das membranas deve ser feita em tempo seco e quando a temperatura não

for inferior a cerca de 5 ºC. A generalidade das considerações feitas a propósito das

membranas de EPDM colocadas em sistemas aderentes ou independentes, é aplicável

às membranas de PIB” (LNEC, 2006 - ITE 34).

Fig. 5.89 - Esquema da sequência de execução duma junta de sobreposição de membra-

na de borracha butílica (LNEC, 2006 - ITE 34)

Nas membranas de polietileno clorado (CPE), “dois processos fundamentais são usa-

dos para ligação das membranas nas juntas de sobreposição: por soldadura com ar

quente ou utilizando produtos com base em solventes. Em ambos os casos a largura é

da ordem de 40 a 50 mm.

“Nas soluções conhecidas de impermeabilização de coberturas com base em membra-

nas de polietileno clorosulfonado, estas são aplicadas em sistemas aderentes, utilizan-

do-se colas com base em látex para realização da respectiva colagem. A sua aplicação

é também restringida a coberturas de acessibilidade limitada. A ligação das membra-

nas entre si é feita de forma idêntica à referida a propósito das membranas de CPE -

por soldadura com ar quente, ou com produtos com base em solventes” (LNEC, 2006 -

ITE 34).

O não cumprimento das regras enumeradas para a ligação dos revestimentos de

impermeabilização nas juntas de sobreposição, bem com a acção do calor, são as cau-

sas para o provável descolamento de juntas de sobreposição das membranas (Fig.

5.90). Foram ponderadas as correlações anomalias / causas de Gonçalves (2004) para

esta anomalia.

O registo da anomalia é feito na célula M29 e as causas prováveis são registadas entre

as células R29 e V29.

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5. Fichas de inspecção do tipo C

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Fig. 5.90 - Juntas de sobreposição descoladas (INH - LNEC, 2006 / LNEC, 2002 - ITE 33)

• Anomalia 13 (Juntas de sobreposição das membranas sem largura uniforme)

As juntas de sobreposição das membranas sem largura uniforme têm como causa prin-

cipal a execução deficiente.

O registo da anomalia é feito na célula M30 e as causas prováveis são registadas entre

as células R30 e S30.

• Anomalia 14 (Deformação acentuada sob os apoios de lajetas de sombreamento)

As causas prováveis principais para se verificar a deformação acentuada sob os apoios

de lajetas de sombreamento são a aplicação do número insuficiente de apoios de laje-

tas e/ou a aplicação de cargas excessivas.

O registo da anomalia é feito na célula M31 e as causas prováveis são registadas entre

as células R31 e U31.

• Anomalia 15 (Granulado mineral removido em áreas significativas)

“No caso dos revestimentos de impermeabilização auto-protegidos por granulado

mineral, a deficiente aderência deste à membrana betuminosa (é sobre membranas

deste tipo que esta protecção leve é aplicada) é geralmente a causa fundamental do seu

desprendimento dessa membrana, pondo assim aparentes os produtos betuminosos. A

dessolidarização é motivada, ou por acção do vento ou pelo escoamento da água na

superfície corrente da cobertura” (LNEC, 2002 - ITE 33).

O registo da anomalia é feito na célula M35 e as causas prováveis são registadas entre

as células R35 e T35.

• Anomalia 16 (Autoprotecção da membrana em folha de alumínio fissurada / ras-

gada)

Como se analisou na anomalia 9 (enrugamentos ou dobras), as pregas que se formam

por acção do calor podem provocar a rotura da autoprotecção em folha de alumínio de

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Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995

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telas betuminosas (Fig. 5.85). As acções de origem mecânica poderão, igualmente,

provocar as fissuras / roturas dessa autoprotecção.

O registo da anomalia é feito na célula M36 e as causas prováveis são registadas entre

as células R36 e T36.

• Anomalia 17 (Outras anomalias)

É descriminada a anomalia que não foi prevista na protecção leve da impermeabiliza-

ção.

O registo da anomalia é feito na célula M37 e as causas prováveis poderão ser regista-

das entre as células R37 e Y36.

• Anomalia 18 (Material rolado ou britado deslocado para zonas mais abrigadas do

vento)

“Recomenda-se, em geral, a aplicação de elementos soltos (preferivelmente calhau

rolado) de granulometria não inferior a 5 mm, nem superior a 2/3 da espessura da

camada, a qual não deve ser por sua vez inferior a 40 mm. O deslocamento daqueles

elementos é evidentemente tanto mais fácil quanto menores forem as suas dimensões.

O arrastamento dos elementos soltos da protecção (Fig. 5.91) pode dever-se a uma

insuficiente espessura da respectiva camada, que se traduz numa reduzida massa por

unidade de área, ou a dimensões claramente diminutas desses elementos, facilmente

arrastáveis pela acção do vento. O arrastamento dos elementos começa em geral a dar-

se nas zonas periféricas da cobertura, locais onde a acção do vento se faz sentir com

maior intensidade. Nessas zonas, é muitas vezes preferível aplicar uma protecção

pesada em camada rígida (por exemplo, lajetas de betão) em vez de aumentar substan-

cialmente a espessura da camada com elementos soltos” (LNEC, 2002 - ITE 33).

Fig. 5.91 - Arrastamento por acção do vento dos elementos soltos da protecção pesada

(LNEC, 2002 - ITE 33)

O registo da anomalia é feito na célula M39 e as causas prováveis são registadas entre

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5. Fichas de inspecção do tipo C

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as células R39 e U39.

• Anomalia 19 (Dimensão do agregado muito variável)

A prescrição de materiais omissa ou deficiente e a execução deficiente são as causas

de existência de agregados de dimensão muito variável na protecção pesada da

impermeabilização.

O registo da anomalia é feito na célula M40 e as causas prováveis são registadas entre

as células R40 e S40.

• Anomalia 20 (Espessura insuficiente da camada de material rolado ou britado)

A pormenorização omissa ou deficiente e a execução deficiente, são as causas de

espessura insuficiente da camada de material rolado ou britado na protecção pesada da

impermeabilização.

O registo da anomalia é feito na célula M41 e as causas prováveis são registadas entre

as células R41 e S41.

• Anomalia 21 (Lajetas de sombreamento partidas)

Erros de concepção - nomeadamente na omissão ou deficiente prescrição do número

de apoios das lajetas de sombreamento -, a execução deficiente e as acções de origem

mecânica são as causas de lajetas de sombreamento partidas da impermeabilização.

O registo da anomalia é feito na célula M42 e as causas prováveis são registadas entre

as células R42 e V42.

• Anomalia 22 (Lajetas de sombreamento desniveladas / instáveis)

Erros de execução deficiente e cargas excessivas são as causas de lajetas de sombrea-

mento desniveladas / instáveis.

O registo da anomalia é feito na célula M43 e as causas prováveis são registadas entre

as células R43 e S43.

• Anomalia 23 (Inexistência de juntas de esquartelamento)

Um dos casos típicos de defeito da acção da camada de protecção do revestimento é “à

inexistência de uma camada de dessolidarização entre a protecção pesada rígida e o

revestimento de impermeabilização. Por esse facto, devido ao atrito entre essas duas

camadas, os movimentos da protecção - originados por retracções dos materiais que a

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constituem, ou por variações de temperatura - são transmitidos directamente à imper-

meabilização, cuja capacidade de deformação vem a ser excedida. Para agravar os

valores absolutos dos movimentos da protecção, pode contribuir a inexistência, nesta

camada, de juntas de esquartelamento convenientemente afastadas entre si” (LNEC,

2002 - ITE 33)

A pormenorização omissa e erros de execução são as causas da inexistência de juntas

de esquartelamento.

O registo da anomalia é feito na célula M44 e as causas prováveis são registadas entre

as células R44 e S44.

• Anomalia 24 (Descolamentos de ladrilhos colados)

“As causas descolamento e empolamento (Figs. 5.92 e 5.93) dos revestimentos cerâ-

micos de piso são, na sua essência, as mesmas que dão origem a essas anomalias nos

revestimentos de paredes: elevada expansão irreversível do revestimento cerâmico,

não compensada pelas juntas de assentamento e esquartelamento e pelo seu material

de preenchimento; reduzida flexibilidade e resistência da camada de colagem; reduzi-

da aderência da camada de colagem aos ladrilhos ou ao suporte” (APICER, 2003).

Fig. 5.92 - Descolamento sobre fissura da camada de suporte (APICER, 2003)

Fig. 5.93 - Descolamento sobre zona de transição da curvatura do apoio e descolamento

progressivo a partir de uma junta periférica que não trespassa a camada de assentamen-

to (APICER, 2003)

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5. Fichas de inspecção do tipo C

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Foram ponderadas as correlações anomalias / causas de Silvestre (2005) para esta

anomalia.

O registo da anomalia é feito na célula M45 e as causas prováveis são registadas entre

as células R45 e W45.

• Anomalia 25 (Fissuração / fractura de ladrilhos)

“A fissuração dos revestimentos cerâmicos (Figs. 5.94, 5.95 e 5.96) de piso ocorre,

sobretudo, devido às seguintes acções: aplicação de cargas elevadas, superiores à

resistência mecânica dos ladrilhos; aplicação de cargas elevadas em ladrilhos mal

assentes ou com base demasiado deformável, provocando fenómenos de flexão;

deformação do suporte incompatível com as capacidades de deformação, resistência

dos sistemas (camada de assentamento, colagem e ladrilhos) e espaçamento e caracte-

rísticas das juntas; transição entre suportes com comportamentos distintos; desrespeito

pelas juntas de dilatação da estrutura; retracção excessiva da camada de suporte ou

assentamento, quando se usam argamassas tradicionais; rigidez insuficiente (menor do

que 3 cm) das argamassas de assentamento em pavimentos assentes sobre camada de

dessolidarização” (APICER, 2003).

Fig. 5.94 - Fissuração devida a eventual impacto localizado e fissuração trespassante em

revestimento assente sobre betonilha e isolamento térmico (APICER, 2003)

Fig. 5.95 - Quebra localizada de revestimento, devida a causas múltiplas (mau assenta-

mento, empolamento ligeiro e impacto pontual) (APICER, 2003)

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Fig. 5.96 - Fissuração inicial por deformação do suporte, seguido de deslocamento e pos-

terior quebra por acção de cargas correntes sobre ladrilho solto (APICER, 2003)

Foram ponderadas as correlações anomalias / causas de Silvestre (2005) para esta

anomalia.

O registo da anomalia é feito na célula M46 e as causas prováveis são registadas entre

as células R46 e Y46.

• Anomalia 26 (Fissuração nas juntas entre ladrilhos)

Na fissuração das juntas entre ladrilhos (Fig. 5.97), foram ponderadas as correlações

anomalias / causas de Silvestre (2005) para esta anomalia.

Fig. 5.97 - Fissuração no seio do material de preenchimento da junta entre ladrilhos

O registo da anomalia é feito na célula M47 e as causas prováveis são registadas entre

as células R47 e W47.

• Anomalia 27 (Eflorescências)

As causas prováveis designadas para as eflorescências em pavimentos (Fig. 5.98) são

as que foram designadas nas eflorescências dos revestimentos de fachadas.

Foram ponderadas as correlações anomalias / causas de Silvestre (2005) para esta

anomalia.

O registo da anomalia é feito na célula M48 e as causas prováveis são registadas entre

as células R48 e V48.

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5. Fichas de inspecção do tipo C

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Fig. 5.98 - Eflorescências nos ladrilhos e juntas

• Anomalia 28 (Fissuração da betonilha ou da camada de betão da protecção pesada)

A fissuração da betonilha ou da camada de betão da protecção pesada pode ocorrer,

principalmente, devido a erros de execução (ausência de juntas de esquartelamento,

por exemplo) e de acções ambientais.

O registo da anomalia é feito na célula M49 e as causas prováveis são registadas entre

as células R49 e W49.

5.7 Ficha de inspecção C/CT4 da cobertura em terraço

Na abertura da ficha de inspecção C/CT4 (Anexo 1), deve-se seleccionar “actualizar” (preen-

chimento de novos dados) e em “continuar” para não alterar as hiperligações que foram cria-

das. “Não actualizar” permite o acesso aos dados que não necessitam de alterações. Depois do

preenchimento efectuado, deve-se guardar os registos efectuados.

Esta ficha de inspecção completa as anomalias / causas da cobertura em terraço.

• Anomalia 29 (Empolamentos)

Nos remates com platibandas ou paredes emergentes, os empolamentos têm as mes-

mas causas que foram apresentados na anomalia 10 (empolamento ou bolsas de ar)

para revestimentos de impermeabilização da superfície corrente em terraços.

O registo da anomalia é feito na célula M14 e as causas prováveis são registadas entre

as células R14 e W14.

• Anomalia 30 (Descolamentos)

Nos remates com platibandas ou paredes emergentes, “o descolamento dos remates do

revestimento de impermeabilização dos paramentos dos elementos emergentes da

cobertura (Figs. 5.99 e 5.100) pode estar relacionado com a superfície de aplicação

(irregularidade, teor de humidade demasiado elevado) ou com a configuração do ele-

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mento emergente (dificuldade de acesso a esses paramentos por deficiente concepção

da solução de remate, ou com as condições da colagem). A falta de disposições cons-

trutivas de protecção do bordo superior de remate, contra a acção do escorrimento da

água da chuva pelo paramento de elementos emergentes de desenvolvimento significa-

tivo em altura, poderá ser uma razão para o início do descolamento desse remate. A

escolha de soluções inadequadas para os materiais isolantes suportes da impermeabili-

zação pode também ser causa do descolamento dos remates com elementos emergen-

tes, quando a deformabilidade desses isolantes é significativa, para as cargas correntes

sobre a cobertura.

Fig. 5.99 - Descolamento do bordo superior devido à inexistência de rufo de protecção

(INH - LNEC, 2006)

Fig. 5.100 - Descolamento de uma membrana de PVC por insuficiente produto de cola-

gem (INH - LNEC, 2006)

Um caso típico desta situação é o que resulta da aplicação de apoios, de betão ou de

plástico, de lajetas de sombreamento, directamente sobre a impermeabilização e res-

pectivo isolante de elevada deformabilidade. A deformação do isolante, que é acom-

panhada pela da impermeabilização, faz com que o revestimento do paramento verti-

cal do elemento emergente fique sujeito a forças no seu plano que, sendo superiores às

forças resistentes de aderência, dão origem ao descolamento em questão (Fig. 5.101).

Anomalias deste tipo podem também verificar-se em suportes isolantes, com as mes-

mas características de deformabilidade, sujeitos à acção de protecções pesadas (ladri-

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5. Fichas de inspecção do tipo C

92

lhos sobre betonilha, por exemplo) do revestimento de impermeabilização (Fig. 5.102)

(LNEC, 2002 - ITE 33).

Fig. 5.101 - Esquema do mecanismo de descolamento de remates por acção de forças

localizadas (LNEC, 2002 - ITE 33)

Fig. 5.102 - Mecanismo de descolamento de remate de impermeabilização com elemento

emergente da cobertura por acção de forças localizadas (INH - LNEC, 2006)

Relativamente à fluência ou deslizamento de revestimentos de impermeabilização em

elementos emergentes da cobertura, ela é particularmente importante quando esses

revestimentos são de base betuminosa e, entre estes, quando se trata de revestimentos

com base em betumes insuflados (Fig. 5.103). A ocorrência deste fenómeno pode

dever-se à inexistência de uma fixação mecânica complementar do remate da imper-

meabilização, cujo desenvolvimento em altura é demasiado elevado. Esta fixação é

geralmente realizada junto ao bordo superior do remate. No caso dos revestimentos

betuminosos tradicionais, a altura máxima permitida por documentação normativa

francesa aplicável (DTU 43.1), para o remate de impermeabilização, é de 1,0 ou 0,5

m, respectivamente no caso desse remate ser aplicado contra um paramento de alvena-

ria ou contra placas de painéis isolantes. A razão da exigência mais severa para este

último caso tem a ver com a maior facilidade de fluência ou deslizamento do revesti-

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Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995

93

mento sobre este tipo de suporte, dada temperatura mais elevada a que poderá estar

sujeito sob acção da radiação solar.

Fig. 5.103 - Deslizamento dum remate com base em membranas betuminosas (LNEC,

2002 - ITE 33)

Sob o ponto de vista da altura dos remates da impermeabilização, acima da superfície

aparente da última camada da cobertura, torna-se necessário garantir que ela não seja

demasiadamente baixa, para não pôr em risco a possibilidade de infiltrações de água

por essas zonas. Como ordem de grandeza da altura mínima admissível, para a genera-

lidade dos revestimentos de impermeabilização, pode indicar-se o valor de 0,15 m. As

exigências relativas à altura dos remates da impermeabilização resultam da necessida-

de de garantir uma resistência satisfatória aos esforços que tendem a provocar o desco-

lamento ou deslizamento desses remates relativamente ao paramento da parede ou pla-

tibanda” (LNEC, 2002 - ITE 33).

O registo da anomalia é feito na célula M15 e as causas prováveis são registadas entre

as células R15 e W15.

• Anomalia 31 (Fissuração / rasgamento)

Entre as principais causas de ocorrência de fissuração nos remates da impermeabiliza-

ção com platibandas ou paredes emergentes, citam-se as seguintes: inexistência duma

junta, ao longo desses elementos, na protecção pesada rígida da superfície corrente, a

uma distância de cerca de 0,3 m dos seus paramentos (Fig. 5.104); inexistência de uma

protecção vertical do remate, especialmente em coberturas acessíveis (Fig. 5.104), que

deve também ser fraccionada por juntas espaçadas convenientemente (estes espaça-

mentos devem ser limitados a 2 m (DTU 43.1); movimentos diferenciais acentuados

entre a estrutura resistente e o elemento emergente; inexistência, no caso de elementos

emergentes prefabricados, de bandas de dessolidarização do remate na zona das juntas

entre as respectivas peças. A inexistência destas juntas de fraccionamento pode provo-

car a fissuração nesses remates com a platibanda e dá-se sobretudo por ser excedida a

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5. Fichas de inspecção do tipo C

94

capacidade resistente do respectivo material a esforços de corte. Este esforço é trans-

mitido à platibanda ou parede emergente pelo impulso da protecção pesada rígida,

gerado por movimentos de dilatação de origem térmica dessa camada (Fig. 5.102).

a) Disposição incorrecta b) Disposição correcta

Fig. 5.104 - Esquemas de disposições para a protecção pesada rígida junto a elementos

emergentes (LNEC, 2002 - ITE 33)

Um outro aspecto a considerar é o facto de ser vulgar verificar-se que o remate não

satisfaz, ficando o mesmo apenas inserido no reboco do elemento emergente. A con-

sequência deste caso, especialmente quando o reboco não é armado, é o aparecimento

de uma fissura bem marcada no reboco, desenvolvendo-se ao longo do nível do bordo

superior do remate (Fig. 5.105).

Fig. 5.105 - Fissura no reboco de protecção dum remate da impermeabilização (LNEC,

2002 - ITE 33)

As alvenarias de tijolo ou blocos de betão são soluções de platibandas, de coberturas

em terraço com estrutura resistente em betão armado ou pré-esforçado, de uso corrente

no País. As diferenças significativas das características dos dois materiais, nomeada-

mente sob o ponto de vista de comportamento térmico e mecânico, podem conduzir,

por efeito da radiação solar ou por movimentos estruturais, a deformações diferenciais

entre aqueles dois elementos da construção que não sejam compatíveis com a defor-

mabilidade dos materiais de impermeabilização utilizados nos pontos singulares em

questão. A fissuração ou rotura destes materiais dá-se em geral, na zona de separação

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Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995

95

entre a alvenaria de tijolo e a laje de betão”.

O registo da anomalia é feito na célula M16 e as causas prováveis são registadas entre

as células R16 e X16.

• Anomalia 32 (Deficiência do remate com rufo)

Quanto à deficiência do remate com rufo (Fig. 5.106), “é vulgar verificar-se que o

remate não satisfaz a protecção adequada do bordo superior de produtos de colagem -

ou com peças e produtos tradicionais, tais como rufos e mastiques (Fig. 5.107 a), ou

introduzindo o remate no elemento emergente, interessando não só toda a espessura do

reboco, mas penetrando pela alvenaria dentro (Fig. 5.107 b) (LNEC, 2002 - ITE 33).

Fig. 5.106 - Deficiência de um remate da impermeabilização em parede emergente e em

chaminé

a) Utilização de rufos de protecção b) Introdução do remate na parede

Fig. 5.107 - Esquemas de soluções de remates da impermeabilização com uma parede

emergente (LNEC, 2002 - ITE 33)

O registo da anomalia é feito na célula M17 e as causas prováveis são registadas entre

as células R17 e V17.

• Anomalia 33 (Deficiência do remate em juntas ao nível da cobertura)

Segundo LNEC, 2002 - ITE 33 ,“as principais anomalias que ocorrem em juntas de

dilatação traduzem-se geralmente, ou em descolamentos das juntas de sobreposição

dos remates, ou na fissuração ou enrugamento desses remates. As suas causas estão

fundamentalmente relacionadas com defeitos de concepção. A realização dos remates

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5. Fichas de inspecção do tipo C

96

ao nível da superfície corrente da cobertura (Fig. 5.106), especialmente se esta é aces-

sível à circulação e permanência de pessoas, é uma solução a evitar, dada a maior pos-

sibilidade de ficarem sujeitos a acções mecânicas resultantes da respectiva utilização.

Fig. 5.108 - Remate ao nível da superfície (LNEC, 2002 - ITE 33)

Por outro lado, a realização da camada de protecção pesada rígida sem interrupção

sobre a junta de dilatação - através da execução de uma junta de largura idêntica àque-

la -, é motivo para a ocorrência de fissuração nos remates em questão. Esta resulta dos

movimentos diferenciais dos dois corpos do edifício, ou dos dois edifícios que defi-

nem essa junta. Esses movimentos, transmitindo-se aos remates de impermeabilização

através da camada de protecção, podem conduzir à fissuração dos mesmos quando a

sua capacidade de deformação é excedida. A transmissão desses movimentos é ainda

mais acentuada, quando não se tomem medidas construtivas na junta no sentido de

dessolidarizar esse remate numa extensão tal, para cada lado da junta, que as tensões

nele instaladas sejam inferiores aos limites admissíveis do material que o constitui.

Em geral, uma faixa de 0,15 m para cada lado da junta é suficiente para tal. Além dis-

so, deve dispor-se de um empanque (fundo de junta), comprimido na junta, que sirva

de suporte ao remate em questão (Fig. 5.109)”.

Fig. 5.109 - Disposição construtiva satisfatória (LNEC, 2002 - ITE 33)

Situações como as indicadas na Fig. 5.110 são evidentemente de rejeitar.

O registo da anomalia é feito na célula M19 e as causas prováveis são registadas entre

as células R19 e V19.

RemateImpermeabilização

Suporte

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Fig. 5.110 - Fissuração do revestimento de impermeabilização numa junta de dilatação

(LNEC, 2002 - ITE 33)

• Anomalia 34 (Deficiência do remate em juntas sobreelevadas)

As causas da deficiência do remate em juntas sobreelevadas são do mesmo tipo que as

designadas para as juntas de dilatação ao nível da cobertura. Um exemplo de uma dis-

posição construtiva satisfatória é a que é apresentada na Fig. 5.111.

Fig. 5.111 - Exemplo de uma disposição construtiva satisfatória em junta de dilatação

sobreelevada (LNEC, 2002 - ITE 33)

“Quando o remate de juntas de dilatação sobreelevadas, em superfície corrente, é pro-

tegido com peças prefabricadas de betão ou com elementos de pedra directamente

sobre ele aplicados, a possibilidade de ocorrência de fissuração nos remates ou de des-

locamentos das suas juntas de sobreposição, devida aos movimentos referidos, é tam-

bém elevada. Para obviar a estes fenómenos, deve portanto interpor-se uma camada

dessolidarizante (por exemplo, um feltro de poliéster ou de fibra de vidro) entre essas

peças ou elementos e o remate. Em geral, quando se usam estas peças ou elementos,

que podem também ser constituídos por chapa metálica, não se realizam os remates

em questão com revestimentos de impermeabilização, devendo portanto aquelas peças

garantir a estanqueidade da respectiva junta” (LNEC, 2002 - ITE 33) (Fig. 5.112).

O registo da anomalia é feito na célula M20 e as causas prováveis são registadas entre

as células R20 e V20.

Empanque Remate

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5. Fichas de inspecção do tipo C

98

Fig. 5.112 - Esquema de protecção duma junta de dilatação sobreelevada com uma peça

em chapa metálica (LNEC, 2002 - ITE 33)

• Anomalia 35 (Deficiência do remate em juntas entre edifícios)

Nos casos em que ocorram juntas de dilatação entre edifícios com alturas diferentes,

“os remates como os esquematizados na Fig. 5.113 são de concepção totalmente insa-

tisfatória.

Fig. 5.113 - Esquema de concepção insatisfatória d remate em junta de dilatação entre

edifícios de altura diferente (LNEC, 2002 - ITE 33)

O movimento de um edifício relativamente ao outro faz com que esse remate fissure,

ou as suas juntas se desloquem, ou se manifestem enrugamentos acentuados. Estes

últimos são devidos a movimentos diferenciais na direcção horizontal (Fig. 5.114).

Fig. 5.114 - Enrugamento dum remate na junta de dilatação entre dois corpos de altura

diferente dum edifício (LNEC, 2002 - ITE 33)

Soluções com vista a minimizar estas anomalias devem ser, por exemplo, do tipo da

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99

que se apresenta na Fig. 5.115, as quais garantem a total dessolidarização do remate de

um dos edifícios ou corpo do mesmo” (LNEC, 2002 - ITE 33).

Fig. 5.115 - Uma concepção de junta entre dois edifícios de altura diferente (LNEC, 2002

- ITE 33)

O registo da anomalia é feito na célula M21 e as causas prováveis são registadas entre

as células R21 e V21.

• Anomalia 36 (Nos remates com soleiras)

“Os remates com paredes emergentes sob soleiras de portas são também, em geral,

pontos críticos, quer ao nível de projecto, quer de execução. É tendência corrente não

sobrelevar demasiado a soleira das portas, relativamente à superfície corrente da

cobertura, resultando portanto necessariamente um remate com altura não superior à

cota da soleira (Fig. 5.116).

Fig. 5.116 - Remate inadequado (LNEC, 2002 - ITE 33)

Torna-se evidentemente sempre indispensável prolongar o remate da impermeabiliza-

ção sob essa soleira, protegendo-o superiormente como, por exemplo, uma argamassa,

sobre a qual assentará então a referida soleira (Fig. 5.117).

Como frequentemente a coordenação dos trabalhos em obra leva a que seja montada

em primeiro lugar a caixilharia e respectivas soleiras das portas, o remate da imper-

meabilização nessa zona já não é executado conforme referido” (LNEC, 2002 - ITE

33).

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5. Fichas de inspecção do tipo C

100

Fig. 5.117 - Remate satisfatório (LNEC, 2002 - ITE 33)

O registo da anomalia é feito na célula M23 e as causas prováveis são registadas entre

as células R23 e V23.

• Anomalia 37 (Nos remates com embocaduras de tubos de queda)

“A acumulação de detritos diversos junto às embocaduras dos tubos de queda (Fig.

5.118), a conformação inadequada das pendentes nas zonas circundantes das emboca-

duras e a obstrução das próprias embocaduras, são factores que dificultam a descarga

normal das águas pluviais da cobertura, fazendo assim com que ela se acumule e per-

maneça, durante períodos mais ou menos prolongados, sobre o revestimento de

impermeabilização, com as consequências que atrás já foram apontadas a propósito

das anomalias em superfície corrente. A inexistência de ralos nas embocaduras dos

tubos de queda contribui substancialmente para a fácil obstrução desses tubos, a qual é

agravada quando é insuficiente a sua secção de escoamento.

Fig. 5.118 - Acumulação de folhagem junto a embocadura de tubo de queda (LNEC,

2002 - ITE 33)

A conformação das pendentes na zona das embocaduras tem a ver com a necessidade

de rebaixamento da camada de forma nessas zonas, para evitar aí uma sobreelevação

do respectivo revestimento de impermeabilização. Esta é devida ao engrossamento

deste revestimento, resultante da aplicação, não só de uma camada complementar de

remate, como também das peças (em geral metálicas) de ligação com o tubo de queda

ou com outro dispositivo de recolha e descarga da água pluvial. Essas peças são cons-

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Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995

101

tituídas por um aro em geral circular, solidário com um canhão; que é intercalado no

sistema de impermeabilização (Figs. 5.119 e 5.120).

Fig. 5.119 - Esquema d um remate com embocadura dum tubo de queda (LNEC, 2002 -

ITE 33)

Fig. 5.120 - Vista do aro da peça de remate numa embocadura de um tubo de queda

(LNEC, 2002 - ITE 33)

As infiltrações de água através da ligação da impermeabilização com a embocadura do

tubo de queda são devidas geralmente à concepção ou execução insatisfatórias do res-

pectivo remate. São de evitar soluções onde a impermeabilização é rematada directa-

mente sobre o tubo de queda sem qualquer elemento de reforço (Fig. 5.121). Os movi-

mentos desse tubo ou da estrutura resistente da cobertura são transmitidos ao remate

(cuja capacidade de deformação pode não ser compatível com os mesmos), dado que

não existe uma dessolidarização entre este e aqueles” (LNEC, 2002 - ITE 33).

Fig. 5.121 - Esquema de remate insatisfatório com tubo de queda (LNEC, 2002 - ITE 33)

O registo da anomalia é feito na célula M24 e as causas prováveis são registadas entre

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5. Fichas de inspecção do tipo C

102

as células R24 e W24.

• Anomalia 38 (Nos remates com tubagens emergentes)

“Nos casos das tubagens emergentes, os problemas põem-se geralmente ao nível dos

processos de fixação a essas tubagens dos remates da impermeabilização. As anoma-

lias que se verificam são em geral descolamentos ou fissuração desses remates, moti-

vados, ou por acentuados deslocamentos na direcção vertical das respectivas tubagens,

ou por deficientes soluções de protecção dos bordos superiores dos remates. Para

obviar aos deslocamentos referidos, deve adoptar-se, na base do remate, uma disposi-

ção construtiva que o permita dessolidarizar, na extensão adequada, da superfície cor-

rente do revestimento de impermeabilização, nessa zona, de um cordão flexível con-

tornando a respectiva tubagem” (LNEC, 2002 - ITE 33) (Fig. 5.122).

Fig. 5.122 - Esquema de remate da impermeabilização com uma tubagem emergente

(LNEC, 2002 - ITE 33)

O registo da anomalia é feito na célula M25 e as causas prováveis são registadas entre

as células R25 e V25.

• Anomalia 39 (Nos remates com bases de equipamento de apoio)

Como referido, “às perfurações de natureza estática de longa duração podem apontar-

se como principais causas a colocação, sobre o revestimento, de suportes de instala-

ções ou equipamentos diversos. As medidas que impeçam ou minimizem os riscos

apontados consistem na aplicação de camadas de distribuição uniforme das cargas

pontuais em questão” (LNEC, 2002 - ITE 33).

O registo da anomalia é feito na célula M26 e as causas prováveis são registadas entre

as células R26 e V26.

• Anomalia 40 (Nos remates com caleira)

“As principais anomalias nestes elementos singulares das coberturas, quando realiza-

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Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995

103

das com revestimentos de impermeabilização, são as seguintes: descolamento de jun-

tas de sobreposição das respectivas membranas e fissuração dessas membranas. As

manifestações de humidade resultantes podem detectar-se no interior do edifício e

também pelo exterior quando as caleiras são periféricas (Fig. 5.123).

Fig. 5.123 - Manifestações de humidade no paramento exterior duma caleira, por defi-

ciente execução do seu remate (LNEC, 2002 - ITE 33)

Para o descolamento das juntas de sobreposição contribuem vários factores, dos quais

são mais importantes a reduzida largura dessas juntas, o sentido segundo o qual foram

aplicadas as membranas, a reduzida pendente da cobertura, senão quando nula ou

mesmo invertida, ou, evidentemente, a utilização de produtos de colagem insatisfató-

rios ou a deficiente execução da colagem. O sentido de aplicação das membranas defi-

ne a posição do ligeiro ressalto das juntas de sobreposição, o qual não deve ficar direc-

tamente sujeito ao contacto da lâmina de água durante o escoamento da caleira (Fig.

5.124).

a) Solução satisfatória b) Solução insatisfatória

Fig. 5.124 - Disposições das juntas d sobreposição em caleiras (LNEC, 2002 - ITE 33)

A fissuração no revestimento da impermeabilização das caleiras ocorre devido a um

envelhecimento mais acentuado dos materiais que o constituem (por acções mecânicas

de desgaste de maior intensidade) ou a disposições construtivas insatisfatórias. A

interrupção da protecção pesada da superfície corrente junto aos bordos da caleira é

causa da fissuração, por corte, do revestimento nessa zona” (LNEC, 2002 - ITE 33)

(Fig. 5.125).

O registo da anomalia é feito na célula M27 e as causas prováveis são registadas entre

as células R27 e V27.

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5. Fichas de inspecção do tipo C

104

Fig. 5.125 - Zonas críticas de remates em caleiras de coberturas acessíveis (LNEC, 2002 -

ITE 33)

5.8 Ficha de inspecção C/CT5 da cobertura em terraço

Esta ficha de inspecção (Anexo 1) não é preenchida. Deve, no entanto, ser actualizada, uma

vez que as células para os registos das anomalias contêm ligações com as da ficha C/CT3. Na

abertura da ficha de inspecção C/CT5, deve-se seleccionar “actualizar” (actualização de

dados) e “continuar”. Automaticamente, serão feitos os registos das anomalias e as classifica-

ções das anomalias. “Não actualizar” permite o acesso aos dados que não necessitam de alte-

rações. Depois de actualizar a ficha de inspecção, deve-se fechar o ficheiro e guardar as actua-

lizações.

5.9 Ficha de inspecção C/CT6 da cobertura em terraço

Esta ficha de inspecção (Anexo 1) não é preenchida. Deve, no entanto, ser actualizada, uma

vez que as células para os registos das anomalias contêm ligações com as da ficha C/CT3 e

C/CT4. Na abertura da ficha de inspecção C/CT6, deve-se seleccionar “actualizar” (actualiza-

ção de dados) e “continuar”. Automaticamente, serão feitos os registos das anomalias e as

classificações das anomalias. “Não actualizar” permite o acesso aos dados que não necessitam

de alterações. Depois de actualizar a ficha de inspecção, deve-se fechar o ficheiro e guardar as

actualizações.

5.10 Ficha de inspecção C/Fa1 das fachadas e muretes

Na abertura da ficha de inspecção C/Fa1 (Anexo 1), deve-se seleccionar “actualizar” (preen-

chimento de novos dados) e “continuar” para não alterar as hiperligações que foram criadas.

“Não actualizar” permite o acesso aos dados que não necessitam de alterações. Depois do

preenchimento efectuado, deve-se guardar os registos efectuados.

Nesta ficha de inspecção, os registos são feitos através da análise do projecto de licenciamen-

to, pela informação oral dada pelo dono da obra / administrador ou ainda por visualização.

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Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995

105

As células onde são registadas as ocorrências têm, por defeito, a pontuação 0 (não). Nas ins-

pecções, são registadas as pontuações 1 (sim) ou 2 (não se sabe), com excepção do registo

apropriado da “espessura do isolamento (cm)” da camada de isolamento térmico.

5.10.1 Visualização das fachadas

Neste campo, são feitos os registos das fachadas que tenham orientações nos quadrantes Nor-

te, Este, Sul e Oeste, assim como os respectivos registos fotográficos. Estão disponíveis os

seguintes registos:

• fachada Norte (N); o seu registo é feito na célula F11;

• fachada Este (E); o seu registo é feito na célula F27;

• fachada Sul (S); o seu registo é feito na célula Q11;

• fachada Oeste (W); o seu registo é feito na célula Q17.

5.10.2 Condições de exposição

A durabilidade dos revestimentos exteriores de paredes é condicionada por determinados fac-

tores climáticos a que vão estar expostos (pluviosidade, vento - de cuja orientação e velocida-

de depende a intensidade de incidência da chuva nas paredes, a humidade do ar - que condi-

ciona a velocidade de secagem dos paramentos humidificados pela chuva - e temperaturas

negativas - que podem provocar a degradação dos revestimentos por congelação da água exis-

tente nos seus poros).

A protecção conferida ao edifício pela rugosidade aerodinâmica do local (presença de edifí-

cios vizinhos de altura igual ou superior) e a existência de elementos arquitectónicos de pro-

tecção (beirais e cimalhas) são também factores de que depende a severidade das condições

de exposição das paredes de um edifício. As condições de exposição às intempéries dos para-

mentos exteriores podem classificar-se em (LNEC, 2000):

• “condições severas - exposição plena à incidência da chuva batida pelo vento; con-

sideram-se em condições severas de exposição edifícios situados na orla marítima

ou em pontos elevados, ou edifícios que se elevam bastante acima dos vizinhos,

em aglomerados urbanos”; o seu registo é feito na célula F46;

• “condições moderadas - paredes parcialmente protegidas por elementos arquitec-

tónicos adequados ou por outros edifícios de altura semelhante (edifícios de médio

porte em aglomerados urbanos)”; o seu registo é feito na célula N46;

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5. Fichas de inspecção do tipo C

106

• “condições favoráveis - regiões de fraca pluviosidade com paredes protegidas por

elementos arquitectónicos adequados e por outros edifícios de maior altura (edifí-

cios urbanos de um ou dois pisos)”.

5.10.3 Camada de isolamento térmico

O registo da camada de isolamento térmico, em paredes exteriores, pode ser feito através da

avaliação do projecto, da informação oral fornecida pelo dono da obra / administrador ou por

visualização. Se o projecto não fizer referência ao isolamento térmico a aplicar, deve-se ques-

tionar o dono da obra / administrador sobre a sua existência. Se este afirmar que tem isola-

mento, mas desconhecer o tipo de material isolante aplicado, regista-se com a pontuação 1

(sim) a existência do isolamento na célula I49 de “camada de isolamento térmico” e com a

pontuação 2 (não se sabe) nas células correspondentes aos materiais de isolamento. Se souber

que não foi instalado isolamento térmico, regista-se com 0 (não). Se desconhecer a aplicação

de isolamento, regista-se, na célula da “camada de isolamento térmico”, a pontuação 2 (não se

sabe) e, automaticamente, os materiais de isolamento são preenchidos com essa pontuação.

Regra geral, não é possível fazer por visualização o registo da existência de isolamento térmi-

co. No entanto, existe um caso particular em que esse tipo de registo pode ser feito. Trata-se

do caso em que é visualizada a anomalia “manchas localizadas” numa fachada, cujo aspecto é

de manchas escuras nas zonas das alvenarias, em contraste com manchas claras nas zonas das

argamassas de assentamento - fenómenos de termoforese que são “traduzidos por absorções

diferenciais de humidade e pela deposição de poeiras em suspensão no ar nas zonas mais

frias” (Henriques, 2001), que indiciam a inexistência de isolamento térmico nas paredes exte-

riores. Neste caso, dá-se a pontuação 0 (não) na célula I49 da “camada de isolamento térmico”

e 1 (sim) na célula E53 da “Visualização”. Podem ser feitos os seguintes registos:

• camada de isolamento térmico; o seu registo é feito na célula I49;

• projecto; o seu registo é feito na célula E52;

• visualização; o seu registo é feito na célula E53;

• informação oral; o seu registo é feito na célula E54.

Os locais onde os isolamentos podem ser colocados são:

• isolamento pelo interior (Fig. 5.126) - permite fazer a correcção das pontes térmi-

cas pelo interior; tem, no entanto, o inconveniente de anular a inércia térmica das

paredes exteriores; o seu registo é feito na célula G55;

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Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995

107

Fig. 5.126 - Isolamento térmico pelo interior

• isolamento na caixa-de-ar (Fig. 5.127) - aplicação geral; pode preencher total, ou

parcialmente, a caixa-de-ar; exige a correcção das pontes térmicas pelo exterior

(habitual) ou pelo interior; o seu registo é feito na célula G56;

Fig. 5.127 - Isolamento térmico preenchendo totalmente a caixa-de-ar

• isolamento pelo exterior (Fig. 5.128) - trata-se do modelo mais eficaz de isolamen-

to, uma vez que resolve o problema das pontes térmicas e permite que a inércia

térmica das paredes seja elevada; trata-se de um modelo que é mais aplicado em

edifícios que foram construídos sem isolamento térmico e aos quais se pretende

melhorar o seu comportamento térmico; neste isolamento, são aplicados revesti-

mentos ETICS (revestimentos delgados aplicados sobre armadura em fibra de

vidro); o seu registo é feito na célula G56.

Fig. 5.128- Isolamento térmico pelo exterior

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5. Fichas de inspecção do tipo C

108

Os materiais de isolamento térmico que podem ser registados são:

• lã de rocha (componente fabricado em altos fornos a partir de rochas

basálticas, transformadas em filamentos que são aglomerados com

resinas orgânicas; podem ter um revestimento com papel Kraft ou

alumínio); o seu registo é feito na célula N52;

• lã de vidro (componente fabricado em altos fornos a partir da sílica e do

sódio, transformados em filamentos que são aglomerados com resinas

sintéticas); o seu registo é feito na célula N53;

• poliestireno expandido moldado (EPS - Expanded PolyStyrene - políme-

ro de estireno expandido); o seu registo é feito na célula N54;

• poliestireno expandido extrudido (XPS - eXtruded PolyStyrene - polímero

de estireno extrudido); o seu registo é feito na célula N55;

• espuma de poliuretano injectada (obtida a partir de uma reacção química

entre duas substâncias químicas, o poliol e um activador de reacção,

geralmente um isocianato); o seu registo é feito na célula N56;

• placas de poliuretano; o seu registo é feito na célula N57;

• aglomerado negro de cortiça; o seu registo é feito na célula N58;

• argila expandida (argila pura sujeita a elevadas temperaturas em fornos

rotativos, onde se dá a sua expansão controlada, resultando na formação

de grânulos que, no seu interior, contém milhares de micro poros fecha-

dos, contendo ar, conferindo ao material leveza e isolamento térmico); o

seu registo é feito na célula N59;

• espessura do isolamento (cm); se não houver informação (projecto / oral), não se

preenche a célula; o seu registo é feito na célula U55;

• espessura total das paredes (cm) - inclui a espessura do revestimento interior e

exterior; poderá ser obtida através da medição da largura de um peitoril, deduzindo

a saliência interior e exterior; o seu registo é feito na célula I61;

• largura total de caixa-de-ar (cm); se não houver informação (projecto / oral) não se

preenche a célula; o seu registo é feito na célula I62;

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• ventilação da caixa-de-ar; o seu registo é feito na célula P62;

• com tubagem superior (ventilação da caixa-de-ar); o seu registo é feito na célula

U61;

• com tubagem inferior (ventilação da caixa-de-ar); o seu registo é feito na célula

U62;

• correcção de pontes térmicas - a avaliação da existência de correcção das pontes

térmicas, pelo interior ou pelo exterior, poderá ser feita através da análise do pro-

jecto, por informação oral ou por visualização; se o projecto não fornecer informa-

ção, se o dono da obra / administrador não souber e se na inspecção visual for

visível a marcação da estrutura (vigas / pilares) com cores claras - fenómenos de

termoforese, deve-se registar a correcção das pontes térmicas com a pontuação 0

(não); caso contrário (situação em que não há marcação da estrutura), deve-se

registar com a pontuação 2 (não se sabe); o seu registo é feito na célula H65;

• pelo interior - registo da correcção das pontes térmicas pelo interior na célula M65;

• pelo exterior - registo da correcção das pontes térmicas pelo exterior na célula

M66;

• com tijoleira cerâmica - registo da correcção das pontes térmicas com

tijoleira cerâmica na célula U64;

• com tijolo cerâmico - registo da correcção das pontes térmicas com tijolo

cerâmica na célula U65;

• com isolamento - registo da correcção das pontes térmicas com isolamen-

to na célula U65;

• caleira de drenagem - a avaliação da existência de caleira de drenagem da caixa-

de-ar pode ser feita através da análise do projecto e da visualização exterior dos

tubos de drenagem; o seu registo é feito na célula G69;

• só afagada - a avaliação da existência do afagamento da caleira de drenagem pode

ser feita através da análise do projecto e por informação oral; se não houver infor-

mação, deve ser dada a pontuação 2 (não se sabe); o seu registo é feito na célula

K68;

• afagada e pintada - a avaliação será do mesmo tipo do ponto anterior; o seu registo

é feito na célula K69;

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5. Fichas de inspecção do tipo C

110

• drenagem com tubo inferior; o seu registo é feito na célula U68;

• drenagem com mais de um tubo inferior; o seu registo é feito na célula U69.

5.10.4 Singularidades das fachadas

Neste campo, é avaliada a existência de cornijas, gárgulas, elementos artísticos, socos e

cunhais; podem ser feitos os seguintes registos:

• cornijas; o seu registo é feito na célula D75;

• gárgulas (parte saliente das calhas de telhados que se destina a escoar

águas pluviais a certa distância das paredes exteriores e que podem ser

ornadas com figuras quiméricas); o seu registo é feito na célula J75;

• elementos artísticos; o seu registo é feito na célula S75;

• soco (lambril exterior ao nível do pavimento térreo, geralmente executa-

do com material diferente do revestimento da fachada); o seu registo é

feito na célula C78;

• ladrilhos cerâmicos (soco); o seu registo é feito na célula J77;

• ladrilhos hidráulicos (soco) - constituídos por cimento hidráulico em

camadas, a primeira com superfície colorida e decorada, a segunda com

granulometria fina e a terceira, e última, de areia mais grossa; o seu regis-

to é feito na célula J78;

• placas de pedra natural (soco); o seu registo é feito na célula; J79;

• placas de pedra artificial (soco); o seu registo é feito na célula; J80;

• argamassa cimentícia (soco); o seu registo é feito na célula; J81.

Relativamente aos cunhais - ângulos salientes, formados por duas paredes convergentes (Fig.

5.129), é habitual que haja apenas um tipo de revestimento. Nos casos em que haja mais do

que um tipo de revestimento, regista-se com a pontuação 1 (sim) os revestimentos visualiza-

dos. Para os edifícios localizados nas bandas extrema e central (sem cunhais), não são feitos

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Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995

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registos, tanto na célula de “cunhais”, como nas células respeitantes aos seus revestimentos.

Podem ser feitos, então, os seguintes registos:

Fig. 5.129 - Exemplo da visualização de quatro cunhais em argamassa cimentícia

• cunhais; o seu registo é feito na célula N78;

• ladrilhos cerâmicos (cunhais); o seu registo é feito na célula U77;

• ladrilhos hidráulicos (cunhais); o seu registo é feito na célula U78;

• placas de pedra natural (cunhais); o seu registo é feito na célula U79;

• placas de pedra artificial (cunhais); o seu registo é feito na célula U80;

• argamassa cimentícia (cunhais); o seu registo é feito na célula U81.

5.11 Ficha de inspecção C/Fa2 das fachadas e muretes

Na abertura da ficha de inspecção C/Fa2 (Anexo 1) das fachadas e muretes - em varandas /

palas e platibandas - deve-se seleccionar “actualizar” (preenchimento de novos dados), “con-

tinuar”, “OK” (confirmar macros) e “continuar” para não alterar as hiperligações que foram

criadas. “Não actualizar” permite o acesso aos dados que não necessitam de alterações.

Depois do preenchimento efectuado, deve-se guardar os registos efectuados.

5.11.1 Anomalias e causas

Nesta ficha de inspecção, apresenta-se uma listagem de anomalias mais frequentemente detec-

tadas em fachadas e muretes e as suas causas possíveis (prováveis teóricas).

As anomalias são registadas nas células que estão associadas às exposições das fachadas e

muretes (N, E, S e W) e têm, por defeito, a pontuação 0 (não). Nas células da coluna “An.”,

essas anomalias estão registadas, por defeito, com a pontuação 1 (sim) e estão relacionadas

com as causas prováveis teóricas. A inexistência de uma anomalia na célula da coluna “An.”

com a pontuação 0 (não) anula, automaticamente, as causas prováveis. Confirmando-se a

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5. Fichas de inspecção do tipo C

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existência de uma anomalia, devem registar-se, dentro das causas prováveis (teóricas), as cau-

sas reais que forem encontradas na globalidade das fachadas, resultantes da avaliação do pro-

jecto e da inspecção visual. Se houver dúvidas quanto à existência de uma causa, ela deve ser

mantida.

Todas as anomalias, que são registadas em cada fachada, devem ser sustentadas por registos

fotográficos que são guardados em arquivos com os nomes das exposições das fachadas.

As anomalias que não forem visíveis são registadas com a pontuação 2 (não se sabe).

• Anomalia 1 (Vegetação parasitária de grande porte - plantas, erva)

“O desenvolvimento de vegetação (Fig. 5.130) e de bolores e/ou outros fungos

deve-se, em geral, à criação de condições de humidade permanente em determina-

das zonas dos revestimentos devido a condensações, nomeadamente zonas de pon-

tes térmicas, ou infiltrações” (INH - LNEC, 2006). Uma deficiente execução e a

ausência / inadequação de manutenção podem, também, originar a ocorrência da

anomalia. Foram ponderadas as correlações anomalias / causas de Gonçalves

(2004) para esta anomalia.

Fig. 5.130 - Desenvolvimento de vegetação em parede (INH - LNEC, 2006)

Os registos da anomalia são feitos em:

- exposição (N), na célula L13;

- exposição (E), na célula M13;

- exposição (S), na célula N13;

- exposição (W), na célula O13;

- “An.”, na célula P13.

As causas prováveis são registadas entre as células U13 e AB13.

• Anomalia 2 (Colonização biológica - algas, líquenes, fungos, musgos, verdete)

A colonização biológica (algas, líquenes, fungos, musgos, verdete) (Fig. 5.131) é

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Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995

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uma anomalia com o mesmo tipo de correlações anomalias / causas da anomalia 1.

Fig. 5.131 - Desenvolvimento de líquenes em muretes

Os registos da anomalia são feitos em:

- exposição (N), na célula L14;

- exposição (E), na célula M14;

- exposição (S), na célula N14;

- exposição (W), na célula O14;

- “An.”, na célula P14.

As causas prováveis são registadas entre as células U14 e AB14.

• Anomalia 3 (Abaulamento do painel de tijolo)

Esta anomalia é representada pela curvatura do painel de tijolo no seu plano.

Foram ponderadas as correlações anomalias / causas de Gonçalves (2004) para

esta anomalia.

Os registos da anomalia são feitos em:

- exposição (N), na célula L15;

- exposição (E), na célula M15;

- exposição (S), na célula N15;

- exposição (W), na célula O15;

- “An.”, na célula P15.

As causas prováveis são registadas entre as células U15 e X15.

• Anomalia 4 (Deficiências de planeza do revestimento)

“Os revestimentos de ligantes minerais devem respeitar as exigências estabelecidas

de planeza (ausência de ondulação), geral e localizada” (LNEC, 2000). Uma

metodologia para verificar a planeza do revestimento (geral e localizada) é medir

as flechas do paramento sob réguas de 2,0 m e 0,2 m de comprimento. Os limites

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5. Fichas de inspecção do tipo C

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máximos das flechas admissíveis são: 10 mm no caso geral, 5 mm se o revesti-

mento foi executado pelo método de pontos e mestras e 2 mm para a planeza loca-

lizada (LNEC, 2000). Normalmente, esta anomalia (Fig. 5.132) está relacionada a

execução deficiente e/ou de utilização inadequada de materiais

Fig. 5.132 - Deficiências de planeza do revestimento no murete

Em relação ao revestimento com ladrilhos cerâmicos, “os ladrilhos podem apre-

sentar deficiências de planeza devido a empenos, que se repercutem em deficiên-

cias de planeza da superfície revestida, mas estas últimas podem ainda dever-se a

outras causas, nomeadamente: irregularidades da superfície do suporte que o pro-

duto de assentamento não consegue disfarçar; incumprimento das regras da quali-

dade sobre planeza geral ou localizada da superfície a revestir” (INH - LNEC,

2006) - (Fig. 5.133).

Fig. 5.133 - Deficiências de planeza do revestimento cerâmico (APICER, 2003)

Os registos da anomalia são feitos em:

- exposição (N), na célula L16;

- exposição (E), na célula M16;

- exposição (S), na célula N16;

- exposição (W), na célula O16;

- “An.”, na célula P16.

As causas prováveis são registadas entre as células U16 e W16.

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Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995

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• Anomalia 5 (Desagregação / esfarelamento / erosão)

Esta anomalia (Fig. 5.134) “é muito frequente e deve-se, entre outros motivos, ao

efeito da humidade no seu percurso no interior da parede, quando, após a dissolu-

ção de sais, se dá a sua cristalização, com a evaporação da água que atinge a super-

fície da parede” (Appleton, 2003). Por outro lado, a desagregação de revestimentos

tradicionais de ligantes hidráulicos ou aéreos pode ser “devida à insuficiente resis-

tência mecânica perante a acção dos agentes atmosféricos - com destaque para a

acção mecânica do vento” (DGOT-LNEC, 2005).

Fig. 5.134 - Desagregação superficial do revestimento cerâmico

Foram ponderadas as correlações anomalias / causas de Gonçalves (2004) para

esta anomalia.

Os registos da anomalia são feitos em:

- exposição (N), na célula L17;

- exposição (E), na célula M17;

- exposição (S), na célula N17;

- exposição (W), na célula O17;

- “An.”, na célula P17.

As causas prováveis são registadas entre as células U17 e AB17.

• Anomalia 6 (Alveolização / crateras)

A alveolização / crateras (Fig. 5.135) é uma anomalia que está normalmente asso-

ciada a fenómenos de criptoflorescências. Segundo INH - LNEC, 2006, esta ano-

malia surge por “deterioração de rebocos associada à cristalização de sais solú-

veis”. Em relação ao surgimento de crateras na superfície dos ladrilhos “apresen-

tando no fundo um ponto branco, deve-se geralmente à expansão (explosiva), por

acção de óxido de cálcio (CaO), quando em contacto com água, nas formas líquida

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5. Fichas de inspecção do tipo C

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ou de vapor. O óxido de cálcio forma-se durante a cozedura de matérias-primas

que contenham grânulos de calcário, em geral com diâmetro superior a 1 mm”

(INH - LNEC, 2006).

Fig. 5.135 - Crateras na viga de betão armado

Foram ponderadas as correlações anomalias / causas de Gonçalves (2004) para

esta anomalia.

Os registos da anomalia são feitos em:

- exposição (N), na célula L18;

- exposição (E), na célula M18;

- exposição (S), na célula N18;

- exposição (W), na célula O18;

- “An.”, na célula P18.

As causas prováveis são registadas entre as células U18 e AC18.

• Anomalia 7 (Empolamento)

O empolamento é um “descolamento do revestimento com formação de convexi-

dade em grandes áreas do paramento ou somente numa ou noutra área muito loca-

lizada, seguida da queda do revestimento. Este destaque do revestimento inicia-se

nas zonas onde começou o empolamento e depois, se essa zona não for reparada,

alastra-se à generalidade do paramento por perda de aderência do revestimento ao

suporte. O descolamento com empolamento fica, em geral, a dever-se ao ataque da

argamassa do revestimento pelos sulfatos solúveis na água - sulfatos de sódio, de

magnésio ou de cálcio -, em consequência da presença prolongada e abundante da

água nos suportes com teor significativo desses sais” (LNEC, 2000).

Nos revestimentos de impermeabilização ou de ligantes sintéticos, o empolamento

com formação de bolhas de diâmetro variável entre poucos milímetros e algumas

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Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995

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dezenas de centímetros, por perda de aderência localizada do revestimento é

“geralmente consequência de uma insuficiente permeância ao vapor de água do

revestimento. Nestas condições, a água produzida, sob a forma de vapor, no inte-

rior do edifício, proveniente dos materiais que constituem o suporte, eventualmen-

te húmidos no seu interior no momento da aplicação, ou do solo a partir do qual

sob por capilaridade pelas paredes, ou, ainda, infiltrada através de remates imper-

feitos - acumula-se entre o revestimento e a parede, sem possibilidade de sair por

evaporação, e vai provocar perdas de aderência localizadas, com formação de

bolhas” (LNEC, 2000).

Quanto ao empolamento em pinturas (Fig. 5.136), segundo LNEC - ITPRC 5,

2005, as causas podem ser: “presença de humidade em excesso na base de aplica-

ção ou no ambiente; infiltração e acesso de humidade para a base de aplicação

proveniente de defeitos de construção; desrespeito do intervalo de tempo de repin-

tura; excessiva espessura da camada de produto; presença de espécies solúveis em

água; incompatibilidade química do produto de pintura com a base de aplicação;

aplicação do produto em condições de temperaturas elevadas (exposição solar);

presença de resinas em madeira pintada inadequadamente preparada para pintura

que, com a temperatura tem tendência a libertá-la, originando bolhas sob revesti-

mento; métodos ou/e instrumentos de aplicação incompatíveis ou inadequados

para o tipo de produto de pintura a aplicar”. Segundo Appleton (2003), “a aplica-

ção de uma camada exterior impermeável impede a transpiração da parede, ou

seja, que se dê naturalmente a evaporação da água infiltrada nas paredes. Isto sig-

nifica que a estas pinturas se pode ligar a ocorrência de empolamentos na superfí-

cie exterior, pela formação de bolhas de água e/ou ar entre o reboco e a camada de

pintura”.

Fig. 5.136 - Empolamento da pintura

O empolamento em revestimentos cerâmicos (Fig. 5.137), bem como as suas cau-

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5. Fichas de inspecção do tipo C

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sas, é abordado na anomalia descolamentos (APICER, 2003).

Fig. 5.137 - Empolamento do revestimento cerâmico (APICER, 2003)

Foram ponderadas as correlações anomalias / causas de Gonçalves (2004) e de

Silvestre (2005) para esta anomalia.

Os registos da anomalia são feitos em:

- exposição (N), na célula L19;

- exposição (E), na célula M19;

- exposição (S), na célula N19;

- exposição (W), na célula O19;

- “An.”, na célula P19.

As causas prováveis são registadas entre as células U19 e AA19.

• Anomalia 8 (Descolamentos / destacamento / descasque)

A anomalia descolamentos / destacamento / descasque pode ocorrer, vulgarmente,

em elementos de betão armado das fachadas (delaminação), nos rebocos, revesti-

mentos cerâmicos, placas de pedra e nas pinturas.

O descasque no betão - delaminação - (Fig. 5.138) deve-se à corrosão das armadu-

ras com a “formação de produtos de oxidação (ferrugem), que, em virtude do seu

maior volume relativamente aos elementos que lhe deram origem, podem provocar

a fendilhação e, em fase mais adiantada, a delaminação do betão de recobrimento”

(INH - LNEC, 2006). A corrosão das armaduras inicia-se quando estas perdem a

passivação - fina película protectora de óxidos e hidróxidos ferrosos na superfície

do aço que inibe o início de processos de corrosão. “Esta perda está associada, fre-

quentemente, ao fenómeno de carbonatação do betão, que corresponde, de uma

forma simplificada, à transformação do hidróxido de cálcio em carbonato de cálcio

pela acção do dióxido de carbono existente no ar e que penetra no betão através da

estrutura porosa. Também a presença de iões de cloreto na interface aço / betão

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Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995

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provenientes quer dos constituintes do betão (em especial dos agregados finos mal

lavados ou da água de amassadura) quer do meio ambiente e que penetram no

betão, pode destruir a camada de passivação das armaduras e promover o início da

corrosão do aço. A penetração tanto do dióxido de carbono como dos cloretos no

betão ocorre por processos de difusão, de convecção (sob o efeito de gradiente de

temperatura) ou de capilaridade. A espessura de recobrimento e a porosidade do

betão são parâmetros fundamentais no efeito de barreira de protecção contra a cor-

rosão que o betão confere às armaduras” (INH - LNEC, 2006).

Fig. 5.138 - Delaminação do betão devida à corrosão das armaduras

O “destacamento do reboco (Fig. 5.139) sem deixar quaisquer vestígios de aderên-

cia no suporte fica a dever-se ao facto de nunca ter sido estabelecida essa aderên-

cia, porque o suporte era demasiado liso e haveria necessidade de se proceder ao

seu tratamento e preparação prévia - criação de rugosidade, aplicação de um cres-

pido, aplicação de uma rede, etc. -, ou porque, no momento da aplicação, o suporte

se encontrava sujo ou havia recebido a aplicação de algum hidrófugo, ou ainda

porque a argamassa utilizada no revestimento era exageradamente “fraca””

(LNEC, 2000).

Fig. 5.139 - Destacamento do reboco por falta de aderência inicial (INH - LNEC, 2006)

Em revestimentos delgados, a queda de porções localizadas do revestimento (Fig.

5.140) ou de parte das camadas que o constituem é “ocasionado por má aderência

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5. Fichas de inspecção do tipo C

120

do revestimento ao suporte, quer devido a deficiente preparação inicial deste, quer

na sequência da formação de eflorescências” (LNEC, 2000).

Fig. 5.140 - Destacamento do reboco delgado sobre isolante (INH - LNEC, 2006)

Segundo LNEC (2000), “o revestimento cerâmico deve ser fraccionado por inter-

médio de juntas de dilatação, com vista a reduzir os riscos de descolamento dos

ladrilhos em consequência de movimentos diferenciais - suporte. As juntas devem

ter largura maior do que 6 mm e atravessar em profundidade o revestimento cerâ-

mico, o produto de colagem e até, quando se prevejam movimentos significativos,

o próprio reboco de regularização. São preenchidas com mastique sobre empan-

que. A relação largura / profundidade das juntas deve ser adaptada aos produtos de

enchimento e vedação utilizados, pelo que devem ser respeitadas as indicações dos

Documentos de Homologação destes produtos. Devem ser previstas juntas de dila-

tação pelo menos nas seguintes situações: em correspondência com juntas de dila-

tação da construção; no contorno do revestimento cerâmico quando confine com

saliências rígidas das paredes ou com revestimentos de paredes de outro tipo; na

transmissão entre materiais de suportes diferentes; em zona corrente dos paramen-

tos dos edifícios em altura - horizontalmente, ao nível de cada andar, e vertical-

mente espaçadas de 3 m a 4,5 m”.

Em relação aos sintomas da anomalia de descolamento de revestimentos cerâmicos

colados (Fig. 5.141), verifica-se que “em condições correntes, o descolamento de

um revestimento ocorre quando a sua aderência ao suporte em que se encontra

aplicado é insuficiente para resistir às tensões, devidas quer às acções inerentes ao

uso, nomeadamente às acções de choque, quer à restrição de deformações impostas

(deformações diferenciais restringidas), quer às forças exteriores. A rotura condu-

cente ao descolamento pode ocorrer na interface ladrilho - produto de assentamen-

to, na interface produto de assentamento - suporte, ou no seio do produto de regu-

larização do suporte, ou ainda no próprio suporte. O descolamento pode acontecer

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Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995

121

indiscriminadamente em qualquer zona da área revestida, nomeadamente em cor-

respondência com zonas de maior incidência de deficiências de assentamento, mas

o seu início é mais provável e frequente em pontos singulares da área revestida,

como acontece na proximidade de descontinuidades ou de fronteiras, onde habi-

tualmente se concentram as tensões normais ao plano de revestimento e as tensões

de corte” (LNEC - ITPRC 4, 2005). Nesta publicação são apresentadas como cau-

sas desta anomalia as deficiências de concepção ou projecto (“face à actual

variedade de produtos e métodos de assentamento, a concepção dos revestimentos

cerâmicos tem de abandonar o hábito prescritivo para assumir a metodologia exi-

gencial, visando a satisfação de exigências normativas e de desempenho”), as defi-

ciências de execução (“desrespeito pelo tempo de abertura da cola; desrespeito

pelo tempo de repouso, pelo tempo de ajustamento ou, sobretudo, pelo tempo prá-

tico de utilização da cola; desrespeito pelos intervalos de tempo que devem decor-

rer entre as sucessivas fases de execução de uma obra e do próprio revestimento;

falta de preparação adequada das superfícies a colar ou a ligar (suporte, tardoz dos

ladrilhos, bordos dos ladrilhos, flancos das juntas do suporte, entre outras); amas-

sadura deficiente das colas ou dos produtos de preenchimento de juntas entre ladri-

lhos; execução do revestimento em condições atmosféricas adversas; falta de con-

trolo de qualidade da colagem; aplicação da cola em espessura fora dos limites

recomendados; opção por colagem simples em situações em que a colagem dupla

seja imprescindível; preenchimento incompleto das juntas entre ladrilhos”), as

anomalias nos suportes, os erros de utilização, as deficiências de manutenção

ou de limpeza e a entrada precoce do revestimento em serviço. Em INH -

LNEC (2006), é referido que “o descolamento de ladrilhos caracteriza-se pela per-

da de aderência destes relativamente ao suporte, com ou sem empolamento. As

causas que geralmente estão na origem dos descolamentos são movimentos dife-

renciais suporte / revestimento, aderência insuficiente entre camadas de revesti-

mento, falta de juntas elásticas no contorno do revestimento e deficiências do

suporte) deficiências de limpeza, planeza e porosidade)”. APICER (2003) refere

que “o descolamento localizado pode ter origem em: pequena fissura local (fre-

quente nos cantos dos vãos); zona de concentração de tensões na parede (mudança

de secção ou carga concentrada). Se a resistência da ligação não for muito elevada

e a resistência mecânica dos ladrilhos for média / alta, estes não descolam mas fis-

suram; podem dar-se entradas pontuais de água para o suporte ou zonas de remate

de trabalho, com argamassas / cimentos-cola no limite do seu tempo de abertura,

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5. Fichas de inspecção do tipo C

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isto é, da sua capacidade para garantir a colagem. Ocorrem, ainda, descolamentos

localizados, com padrão repetitivo, associados ao uso de argamassas / cimentos-

cola para além do seu tempo de abertura, resultantes de amassaduras não compatí-

veis com o ritmo de aplicação e, noutros casos, associados à geometria da parede e

da zona de aplicação em relação ao nível do andaime, que podem influenciar não

só o ritmo mas também a facilidade de execução. O descolamento generalizado

com empolamento está geralmente associado a material cerâmico de revestimento

com franca expansão irreversível, não compensada por juntas estruturais e juntas

de assentamento com largura e espaçamentos compatíveis. Numa parede de facha-

da e nas várias camadas que a constituem, compostas por diferentes materiais, com

coeficientes de expansão - contracção distintos e sujeitos a diferentes solicitações

(nomeadamente de carácter higrotérmico), verifica-se que existem acentuados

movimentos diferenciais restringidos pelo funcionamento conjunto das várias

camadas. Estes movimentos vão criar tensões de corte elevadas nas interfaces que

só podem ser absorvidas com ligações de elevada resistência, razoável elasticidade

e juntas capazes de acomodar esses movimentos. Aconselha-se, em geral, que as

juntas de esquartelamento não sejam sujeitas a movimentos superiores a 20% da

sua largura. Os movimentos diferenciais devidos à acção da humidade (reversíveis

ou irreversíveis) podem ser agravados por eventual falta de estanqueidade progres-

siva do paramento exterior, contribuindo para a molhagem do suporte. Uma

deformação uniforme acentuada da estrutura ou da parede de suporte pode condu-

zir a empolamento e descolamento sem fissuração prévia, como acontece, por

exemplo, quando o assentamento é feito sobre reboco armado ou a ligação entre

ladrilhos é muito resistente. Não deve ignorar-se que os defeitos relativos à falta de

resistência do produto de assentamento ou da sua aderência ao suporte ou aos

ladrilhos, constituem sempre um factor de agravamento. Sem empolamento, os

descolamentos generalizados dão-se, em geral, por deficiência da camada adesiva,

resultante da falta de qualidade do produto, da sua inadequação à função ou da sua

má aplicação. A entrada de água para o tardoz dos revestimentos (através de fissu-

ras, peitoris, platibandas, entre outros), constitui sempre um factor de agravamen-

to. Nos ladrilhos cerâmicos pouco porosos, a aderência vem dificultada, pelo que

deve haver um maior cuidado com o tempo de abertura do material de colagem.

Recomenda-se que, no exterior, se devem distinguir os tempos de abertura dos

produtos de colagem a utilizar em fachadas em zona de sombra ou fachadas sujei-

tas à acção intensa do sol. Para além dos já referidos, são diversos os factores que,

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Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995

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por si só, ou de forma conjugada, podem contribuir para o descolamento dos reves-

timentos cerâmicos de parede: reduzida elasticidade do produto de colagem;

suportes muito jovens; áreas de trabalho demasiado extensas; contacto incompleto

dos ladrilhos com a cola, em particular nos limites periféricos das zonas de traba-

lho; transição entre suportes distintos; suportes irregulares, pouco limpos, pulveru-

lentos ou com porosidade não recomendável; falta de pressão adequada dos ladri-

lhos no acto de assentamento; falta de planeamento do trabalho e deficiente quali-

ficação da mão-de-obra.”.

Fig. 5.141 - Descolamento localizado dos ladrilhos

As causas da queda dos revestimentos de placas de pedra (Fig. 5.142) são a “incor-

recta prescrição dos sistemas de fixação, optando-se muitas vezes por colagem

directa ao suporte, em vez da utilização de fixação mecânica, ou por um sistema de

fixação com resistência insuficiente; inadequada protecção dos elementos de fixa-

ção aos agentes agressivos; inadequada estereotomia, utilizando-se elementos com

áreas muito grandes ou com má pormenorização construtiva face ao suporte a

revestir; juntas entre placas com dimensão diminuta, o que leva muitas vezes à

descarga do peso das placas umas sobre as outras” (INH - LNEC, 2006).

Fig. 5.142 - Descolamento de placas de pedra (INH - LNEC, 2006)

O descasque das pinturas (Fig. 5.143) dá-se por “separação espontânea de superfí-

cies limitadas de película da sua base de aplicação por falta de aderência. As cau-

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5. Fichas de inspecção do tipo C

124

sas poderão ser por presença de humidade em excesso na base de aplicação; infil-

tração e acesso de humidade para a base de aplicação; presença de partículas pou-

co aderentes e sujidades nas bases de aplicação; aplicação do produto sob condi-

ções ambientais inadequadas; revestimento por pintura inadequado às condições de

exposição, nomeadamente a atmosferas corrosivas donde resulta o ataque químico

ao revestimento; inadequada ou incorrecta preparação da superfície para repintura;

ausência da aplicação de primários na base de aplicação ou utilização de primários

inadequados; tipo ou teor de solventes incorrectos ou inadequados; aplicação de

produtos de pintura sobre bases de aplicação lisas; incompatibilidade física - quí-

mica - mecânica do produto de pintura com a base de aplicação; desrespeito do

intervalo de tempo de secagem entre demãos; envelhecimento natural do revesti-

mento por pintura.” (LNEC - ITPRC 5, 2005).

Fig. 5.143 - Descasque da pintura devido a humidade

Foram ponderadas as correlações anomalias / causas de Gonçalves (2004) e de

Silvestre (2005) para esta anomalia.

Os registos da anomalia são feitos em:

- exposição (N), na célula L20;

- exposição (E), na célula M20;

- exposição (S), na célula N20;

- exposição (W), na célula O20;

- “An.”, na célula P20.

As causas prováveis são registadas entre as células U20 e AA20.

• Anomalia 9 (Eflorescências / criptoflorescências)

A formação de eflorescências foi exposta na cobertura inclinada. No caso de pare-

des em contacto com pisos térreos, “quando existe matéria orgânica no solo ou nos

materiais constituintes das paredes, os nitratos que se formam a partir dela podem

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Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995

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também dar origem a eflorescências, de coloração em geral acastanhada, a que se

dá vulgarmente a designação de salitre” (INH - LNEC, 2006).

No caso de paredes revestidas com ladrilhos cerâmicos, “a formação de eflores-

cências manifesta-se nos ladrilhos através do surgimento de manchas esbranquiça-

das à superfície. A sua ocorrência revela a presença de sais solúveis nos ladrilhos

que, depois do seu humedecimento, foram transportados para a superfície e aí cris-

talizaram à medida que a água se foi evaporando. No caso de ladrilhos cerâmicos,

esses sais podem provir das matérias-primas ou de posterior contaminação dos

ladrilhos por gases sulfurosos (SO3) do forno, ou até de cinzas dos combustíveis,

durante a cozedura ou secagem, quando para esta se aproveitam os gases do forno.

Os sais podem ainda provir dos produtos de assentamento ou do suporte e são, em

geral, sulfatos de sódio (Na2SO4), de potássio (K2SO4), de magnésio (MgSO4) ou

de cálcio (CaSO4), estes últimos menos solúveis” (INH - LNEC, 2006).

“Embora a porosidade seja um obstáculo à migração de sais, ocorrem por vezes

casos de formação de eflorescências sobre elementos de pedra. As anomalias mais

frequentes que resultam dessa ocorrência são a formação e destacamento de placas

e a degradação sob a forma de areia ou de pó (arenização e pulverização)” (DGOT

- LNEC, 2005).

Na Figs. 5.144 e 5.145, são dados alguns exemplos de manifestações de eflores-

cências nos revestimentos.

Fig. 5.144 - Eflorescências em fissuras do reboco e em muretes de betão

Fig. 5.145 - Eflorescências em revestimentos cerâmicos e de pedra

As criptoflorescências (Fig. 5.146) resultam da “cristalização dos sais carregados

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5. Fichas de inspecção do tipo C

126

pela água ligeiramente abaixo da superfície do paramento, provocando a desagre-

gação da camada superficial, devido ao aumento de volume com que é em regra

acompanhada” (INH - LNEC, 2006).

Fig. 5.146 - Criptoflorescências em ladrilhos cerâmicos

Foram ponderadas as correlações anomalias / causas de Gonçalves (2004) e de

Silvestre (2005) para esta anomalia.

Os registos da anomalia são feitos em:

- exposição (N), na célula L21;

- exposição (E), na célula M21;

- exposição (S), na célula N21;

- exposição (W), na célula O21;

- “An.”, na célula P21.

As causas prováveis são registadas entre as células U21 e AA21.

• Anomalia 10 (Alteração de cor - amarelecimento / bronzeamento / descoloração)

Amarelecimento (Fig. 5.147): “desenvolvimento de uma cor amarela durante o

envelhecimento de uma película de tinta, verniz ou produto similar, que tem como

causa a acção dos agentes ambientais (radiação, temperatura, oxigénio, humidade)

sobre o ligante do produto de pintura, que altera a sua natureza química” (LNEC -

ITPRC 5, 2005).

Fig. 5.147 - Amarelecimento do revestimento por pintura

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Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995

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Bronzeamento: “modificação da cor de uma película, conferindo-lhe aspecto de

bronze envelhecido, que tem como causa a acção de radiação solar sobre determi-

nados pigmentos, que são inadequados para serem empregues em exterior” (LNEC

- ITPRC 5, 2005).

Descoloração: “perda parcial de cor de uma película de um revestimento por pin-

tura, que tem como causa a acção dos agentes de exposição (radiação solar, tempe-

ratura, atmosferas poluídas ou quimicamente agressivas, bases de aplicação quimi-

camente agressivas) sobre o ligante e/ou os pigmentos do revestimento por pintu-

ra” (LNEC - ITPRC 5, 2005).

Os registos da anomalia são feitos em:

- exposição (N), na célula L22;

- exposição (E), na célula M22;

- exposição (S), na célula N22;

- exposição (W), na célula O22;

- “An.”, na célula P22.

As causas prováveis são registadas entre as células U22 e Y22.

• Anomalia 11 (Sujidade / manchas de poluição)

A captação de sujidade (susceptibilidade de uma película seca atrair à superfície

uma quantidade apreciável de sujidade) tem como causas: “produto de pintura

apresentando elevada concentração volumétrica de pigmento; produto de pintura

em que o ligante é susceptível à acção da temperatura, provocando o amolecimen-

to do revestimento por pintura, por exemplo, durante o Verão; formulação não

optimizada, de forma a impedir que a película seca apresente pegajosidade”

(LNEC - ITPRC 5, 2005).

A sujidade e as manchas de poluição (Fig. 5.148) aparecem com frequência nos

revestimentos com tintas texturadas “mesmo as designadas de “auto-laváveis”,

acabam por acumular excessivas quantidades de poeira e de poluição atmosférica.

Esta retenção de sujidades, devida à rugosidade da tinta, acaba por degradar muito

rapidamente o seu aspecto estético” (INH - LNEC, 2006). As manchas de humida-

de podem também desenvolver-se “por criação de caminhos preferenciais para a

água” (LNEC, 2000).

Os registos da anomalia são feitos em:

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5. Fichas de inspecção do tipo C

128

Fig. 5.148 - Sujidade / manchas de poluição

- exposição (N), na célula L23;

- exposição (E), na célula M23;

- exposição (S), na célula N23;

- exposição (W), na célula O23;

- “An.”, na célula P23.

As causas prováveis são registadas entre as células U23 e W23.

• Anomalia 12 (Manchas localizadas)

São registadas como manchas localizadas aquelas que se manifestam por anoma-

lias de aspecto dos revestimentos nomeadamente alterações de textura e de cor por

acção da humidade (Fig. 5.149). “A humidade de precipitação afecta as paredes

exteriores e, mais particularmente, as que ficam expostas a quadrantes onde a chu-

va batida pelo vento incide com mais frequência e intensidade. A consequente

infiltração da água da chuva nas paredes depende de vários factores, sendo os mais

significativos relacionados essencialmente com as características das paredes e

com a acção dos agentes externos. Quanto à fendilhação, estudos experimentais

revelam que a probabilidade de infiltração de água da chuva é claramente superior

no caso de existência de fendas horizontais do que no caso de fendas verticais;

neste último caso, a infiltração é significativa para aberturas superiores a 1 mm.

Em Portugal, as fachadas expostas entre Sul e Poente, com predominância para a

orientação Sudoeste na maior parte do território, são as mais expostas a chuva

incidente acompanhada de vento forte, o que se conjuga negativamente com o fac-

to de a fendilhação resultante dos efeitos da temperatura ser mais expressiva nes-

sas fachadas, em especial junto à zona da cobertura. Embora a penetração da água

se possa verificar em superfície corrente no caso de paredes constituídas com

materiais porosos e com o paramento exterior deficientemente protegido contra

essa penetração, é em zonas singulares e localizadas que a água penetra com maior

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Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995

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frequência e de um modo mais crítico. Destacam-se, entre essas zonas, nas paredes

de fachada, as seguintes: ligações de panos de parede simples de preenchimento da

malha da estrutura e com peitoris e guarnecimentos de vãos de janela; juntas de

argamassa de assentamento dos tijolos ou blocos de alvenaria, em particular quan-

do a parede não é revestida; áreas degradadas ou destacadas de revestimentos exte-

riores; fendas nas paredes, com consequências de acrescida gravidade se os respec-

tivos revestimentos forem impermeáveis; zonas de remate com coberturas em

telhado ou em terraço; caixas-de-ar de paredes duplas obstruídas com argamassa e

outros materiais estranhos, ou sem uma drenagem eficiente; peitoris e cornijas

fendilhados ou sem pendente adequada na sua face superior; platibandas desprovi-

das de revestimentos de tardoz e de capeamento estanque” (INH - LNEC, 2006) e

por acção de fenómenos de termoforese (Fig. 5.150) “traduzidos por absorções

diferenciais de humidade e pela deposição de poeiras em suspensão no ar nas

zonas mais frias” (Henriques, 2001).

Fig. 5.149 - Manchas por acção da humidade nas zonas de platibandas, peitoris e junta

de dilatação da estrutura

Fig. 5.150 - Manchas localizadas por fenómenos de termoforese

As manchas localizadas devidas a escorrimentos e eflorescências não serão consi-

deradas por terem tratamento específico.

Foram ponderadas as correlações anomalias / causas de Gonçalves (2004).

Os registos da anomalia são feitos em:

- exposição (N), na célula L24;

- exposição (E), na célula M24;

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5. Fichas de inspecção do tipo C

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- exposição (S), na célula N24;

- exposição (W), na célula O24;

- “An.”, na célula P24.

As causas prováveis são registadas entre as células U24 e AF24.

• Anomalia 13 (Escorrimentos)

Os escorrimentos manifestam-se por anomalias de aspecto dos revestimentos

nomeadamente alterações de textura e de cor, particularmente nas zonas dos cantos

dos peitoris (Fig. 5.151), nas zonas do coroamento de muretes / platibandas (Fig.

5.152), nas zonas de elementos metálicos incorporados no revestimento (Fig.

5.153) ou em revestimentos cerâmicos “devidos à entrada e posterior saída” pelas

juntas dos ladrilhos (Fig. 5.154).

Fig. 5.151 - Escorrimentos nas zonas dos cantos do peitoril

Fig. 5.152 - Escorrimentos nas zonas do coroamento de muretes

Fig. 5.153 - Escorrimentos nas zonas de elementos metálicos

As causas destas anomalias estão primordialmente associadas a erros de concepção

e execução e à ausência / inadequação de manutenção.

Os registos da anomalia são feitos em:

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Fig. 5.154 - Escorrimentos devidos à entrada e posterior saída de água (APICER, 2003)

- exposição (N), na célula L25;

- exposição (E), na célula M25;

- exposição (S), na célula N25;

- exposição (W), na célula O25;

- “An.”, na célula P25.

As causas prováveis são registadas entre as células U25 e AB25.

• Anomalia 14 (Ascensão capilar)

A ascensão capilar da água em paredes é manifestada por manchas de humidade e

desenvolvimento de fungos e líquenes e por eflorescências (Figs. 5.155 e 5.156).

“A humidade do terreno afecta exclusivamente as paredes de pisos térreos ou de

caves, podendo ser acompanhada de diversas anomalias de menor ou maior gravi-

dade. No caso de paredes acima do solo de pisos térreos, o humedecimento dos

respectivos paramentos devido à humidade do terreno pode atingir alturas variá-

veis, que dependem de diversos factores, nomeadamente dos seguintes: natureza e

importância da humidade; eventual existência de sais solúveis no terreno ou nas

paredes; porosidade dos materiais constituintes da parede; espessura da parede e

características de permeabilidade à água e ao vapor de água dos seus revestimen-

tos. Em regra, a altura máxima atingida nas paredes pela humidade do terreno não

ultrapassa 1,5 m acima do solo. Essa altura máxima verifica-se mais frequente-

mente nas zonas onde haja uma maior dificuldade em se processar a evaporação da

água, como, por exemplo, em locais deficientemente ventilados do edifício” (INH

- LNEC, 2006).

Os registos da anomalia são feitos em:

- exposição (N), na célula L26;

- exposição (E), na célula M26;

- exposição (S), na célula N26;

- exposição (W), na célula O26;

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5. Fichas de inspecção do tipo C

132

- “An.”, na célula P26.

Fig. 5.155 - Ascensão capilar manifestada pelo aparecimento de eflorescências e de man-

chas de humidade

Fig. 5.156 - Ascensão capilar manifestada pelo aparecimento de fungos e de eflorescên-

cias

As causas prováveis são registadas entre as células U26 e AB26.

• Anomalia 15 (Graffiti)

Os graffiti (Fig. 5.157), considerados como anomalias, resultam da alteração do

aspecto dos revestimentos e têm como causas predominantes o vandalismo e a

ausência / inadequação de manutenção.

Fig. 5.157 - Graffiti em revestimentos de parede

Os registos da anomalia são feitos em:

- exposição (N), na célula L27;

- exposição (E), na célula M27;

- exposição (S), na célula N27;

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- exposição (W), na célula O27;

- “An.”, na célula P27.

As causas prováveis são registadas entre as células U27 e V27.

• Anomalia 16 (Fissuração ou descamação do vidrado de ladrilhos)

Em INH - LNEC (2006), refere-se que “a ocorrência de fissuras que afectam o

vidrado do ladrilho (Fig. 5.158), entrecruzando-se em forma de rendilhado, deve-

se geralmente aos seguintes factores: coeficiente de dilatação térmica do vidrado

superior, ou não suficientemente inferior, ao da base do ladrilho, que o coloca em

tracção ou insuficientemente comprimido, durante o arrefecimento subsequente ao

da cozedura; expansão da base cerâmica do ladrilho aquando do assentamento em

obra, que dá origem a tracções no vidrado; contracção dos produtos cimentícios de

assentamento dos ladrilhos que, transmitida ao vidrado e adicionada ao estado

natural de pré-tensionamento em compressão dos ladrilhos (propositadamente

imposto no fabrico), pode conduzir à ultrapassagem da resistência à compressão

do vidrado; choque térmico.

Fig. 5.158 - Fissuração do vidrado do azulejo (INH - LNEC, 2006)

Por outro lado, as fissuras que atravessam toda a espessura do ladrilho (Fig. 5.159)

têm origem em vários fenómenos, tais como: fendilhação do suporte; movimentos

diferenciais suporte / revestimento que provocam tracção nos ladrilhos; contracção

ou expansão do produto de assentamento; acção de choque, em ladrilhos mal

assentes; rotura por flexão, em ladrilhos mal assentes” (INH - LNEC, 2006).

“Uma selecção inadequada dos ladrilhos, que não tenha tido em consideração a

severidade do uso inerente ao espaço revestido, ou a abertura de poros na superfí-

cie dos ladrilhos, em consequência do uso continuado ou de ataque químico, estão

também na origem do desgaste prematuro e o desaparecimento do vidrado nos

ladrilhos”, assim como o envelhecimento e a agressão do meio ambiente poderão

dar origem à descamação do vidrado” (INH - LNEC, 2006) - Fig. 5.160.

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5. Fichas de inspecção do tipo C

134

Fig. 5.159 - Fissuração que atravessa toda a espessura de azulejo

Fig. 5.160 - Descamação do vidrado (INH - LNEC, 2006)

Foram ponderadas as correlações anomalias / causas de Silvestre (2005) para esta

anomalia.

Os registos da anomalia são feitos em:

- exposição (N), na célula L28;

- exposição (E), na célula M28;

- exposição (S), na célula N28;

- exposição (W), na célula O28;

- “An.”, na célula P28.

As causas prováveis são registadas entre as células U28 e AB28.

• Anomalia 17 (Esmagamento ou lascagem nos bordos de ladrilhos)

Segundo INH - LNEC (2006), “o esmagamento ou a descolagem nos bordos (Fig.

5.161) dos ladrilhos podem dar-se em consequência de movimentos diferenciais

entre o suporte e o revestimento, quando estes resultam em compressão dos ladri-

lhos”.

Foram ponderadas as correlações anomalias / causas de Silvestre (2005) para esta

anomalia.

Os registos da anomalia são feitos em:

(LNEC, 2006)

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Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995

135

Fig. 5.161 - Lascagem nos bordos dos ladrilhos

- exposição (N), na célula L29;

- exposição (E), na célula M29;

- exposição (S), na célula N29;

- exposição (W), na célula O29;

- “An.”, na célula P29.

As causas prováveis são registadas entre as células U29 e AD29.

• Anomalia 18 (Enodoamento, alteração de cor ou de brilho de ladrilhos)

O enodoamento, alteração de cor ou de brilho de ladrilhos (Fig. 5.162) verifica-se

“quando os ladrilhos apresentam originalmente poros abertos à superfície ou uma

textura superficial que favorece a retenção de sujidade, podem surgir manchas

indeléveis de produtos enodoantes” (INH - LNEC, 2006). Os factores que propi-

ciam o enodoamento são os que foram enumerados na anomalia 16 (fissuração ou

descamação do vidrado de ladrilhos).

Fig. 5.162 - Enodoamento dos ladrilhos (APICER 2003)

Foram ponderadas as correlações anomalias / causas de Silvestre (2005) para esta

anomalia.

Os registos da anomalia são feitos em:

- exposição (N), na célula L30;

- exposição (E), na célula M30;

- exposição (S), na célula N30;

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5. Fichas de inspecção do tipo C

136

- exposição (W), na célula O30;

- “An.”, na célula P30.

As causas prováveis são registadas entre as células U30 e Z30.

• Anomalia 19 (Riscagem ou desgaste de ladrilhos / placas pétreas)

Os factores que propiciam a riscagem ou desgaste de ladrilhos (Fig. 5.163) são os

que foram enumerados, segundo INH - LNEC, 2006, na anomalia 16 (fissuração

ou descamação do vidrado de ladrilhos).

Fig. 5.163 - Riscagem ou desgaste do ladrilho (Silvestre, 2006)

Em relação ao desgaste dos elementos de pedra, “a água da chuva provoca a disso-

lução da pedra, sobretudo dos calcários, tornando os respectivos paramentos rugo-

sos e evidenciando algumas estruturas sedimentares nela existentes” (INH -

LNEC, 2006)

Foram ponderadas as correlações anomalias / causas de Silvestre (2005) para esta

anomalia.

Os registos da anomalia são feitos em:

- exposição (N), na célula L31;

- exposição (E), na célula M31;

- exposição (S), na célula N31;

- exposição (W), na célula O31;

- “An.”, na célula P31.

As causas prováveis são registadas entre as células U31 e Z31.

• Anomalia 20 (Fissuração / deterioração de juntas de ladrilhos)

Os produtos de refechamento das juntas entre ladrilhos devem ser adequados às

condições de utilização e às dimensões das juntas a preencher e devem ser compa-

tíveis com o produto de colagem. Os produtos tradicionais de cimento não podem

em geral ser utilizados quando o assentamento tenha sido feito com colas não-

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Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995

137

tradicionais em virtude de obrigarem ao humedecimento prévio da junta, o que é

quase sempre inconveniente para o produto de colagem.

Na fissuração / deterioração de juntas de ladrilhos (Fig. 5.164), “a abertura de fis-

suras entre o produto de preenchimento de juntas e os bordos do ladrilho indicia o

descolamento destes mesmos bordos. Esta situação ocorre normalmente quando se

verifica pelo menos uma das seguintes condições: aderência insuficiente do produ-

to de preenchimento das juntas aos bordos dos ladrilhos; granulometria ou consis-

tência do produto inadequadas face à largura ou profundidade da junta; relação

inadequada entre a largura e a profundidade da junta” (INH - LNEC, 2006).

Fig. 5.164 - Deterioração das juntas dos ladrilhos

“O produto de preenchimento das juntas pode também absorver e reter produtos

enodoantes, em forma de pó ou veiculados pela água” (INH - LNEC, 2006).

Foram ponderadas as correlações anomalias / causas de Silvestre (2005) para esta

anomalia.

Os registos da anomalia são feitos em:

- exposição (N), na célula L32;

- exposição (E), na célula M32;

- exposição (S), na célula N32;

- exposição (W), na célula O32;

- “An.”, na célula P32.

As causas prováveis são registadas entre as células U32 e AA32.

• Anomalia 21 (Fracturação)

A fracturação - “superfície de rotura que divide o objecto em partes distintas,

podendo implicar o afastamento recíproco das partes fracturadas” - (LNEC -

ITPRC 2,2005 - pode ocorrer nos elementos cerâmicos (Fig. 5.165), nos elementos

pétreos (Fig. 5.166) - “a fendilhação ou a fracturação da pedra são anomalias pro-

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5. Fichas de inspecção do tipo C

138

vocadas por acções mecânicas de origem diversa como: cargas excessivas; oxida-

ção de chumbadores de ferro; temperaturas excessivas por ocasião de incêndios;

choques acidentais violentos; movimentos de natureza estrutural de paredes e fun-

dações; vandalismo” - INH - LNEC, 2006) ou ainda nos rebocos (Fig. 5.167).

Fig. 5.165 - Fractura dos elementos cerâmicos nos cunhais por choque ou vandalismo

Fig. 5.166 - Fractura na placa de pedra

Fig. 5.167 - Fractura no reboco por choque ou vandalismo

Foram ponderadas as correlações anomalias / causas de Gonçalves (2004).

Os registos da anomalia são feitos em:

- exposição (N), na célula L33;

- exposição (E), na célula M33;

- exposição (S), na célula N33;

- exposição (W), na célula O33;

- “An.”, na célula P33.

As causas prováveis são registadas entre as células U33 e AD33.

• Anomalia 22 (Fissuração rendilhada ou mapeada)

A anomalia de fissuração rendilhada ou mapeada (Fig. 5.168) surge em revesti-

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139

mentos tradicionais de ligantes hidráulicos. Nas paredes rebocadas, “quando a fen-

dilhação afecta apenas o reboco, é provavelmente devida à retracção das argamas-

sas constituintes, pelo que se pode geralmente associar a rebocos constituintes,

pelo que se pode geralmente associar a rebocos à base de cimentos, ou seja com

retracções elevadas devido à presença deste ligante hidráulico” (Appleton, 2003).

Fig. 5.168 - Fissuração rendilhada ou mapeada em reboco tradicional

A “abertura de fendas sem orientação preferencial e de pequena largura (mapeado

ou pele de crocodilo) afecta, em geral, praticamente todo o revestimento do para-

mento. Este, quando percutido com o cabo de um martelo, soa a oco em várias

zonas, em especial sobre as fendas, devido ao deslocamento do revestimento rela-

tivamente ao suporte. Com o decorrer do tempo, pode notar-se uma evolução no

sentido da predominância de fendas com orientação horizontal. Tem como causa

mais frequente a retracção de secagem inicial das argamassas de revestimento, por

serem demasiado ricas em cimento, água ou elementos finos, ou por falta de cui-

dados de execução; aplicação em camadas de espessura exagerada; desrespeito

pelos intervalos de tempo de secagem entre camadas, para que a camada inferior

sofra parte significativa da sua retracção de secagem inicial antes da aplicação da

camada seguinte; aplicação em condições atmosféricas inadequadas; desacompa-

nhamento da cura” (LNEC, 2000).

Esta fendilhação (rendilhado superficial) “traduz habitualmente a ocorrência de

retracções exageradas nos próprios revestimentos devida à retracção de secagem

inicial da argamassa ou a posteriores alternâncias de humedecimento - secagem”

(DGOT - LNEC, 2005 e INH - LNEC, 2006).

Segundo INH - LNEC (2006), “este tipo de fendilhação, que afecta em geral ape-

nas o revestimento, caracteriza-se por um padrão de fendas sem orientação prefe-

rencial e de pequena largura presente em praticamente toda a superfície. Esta ano-

malia é geralmente devida à utilização de argamassas demasiado ricas em cimento

ou com areias argilosas, ou a constituição inapropriada do revestimento, nomea-

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5. Fichas de inspecção do tipo C

140

damente com camadas de espessura exagerada ou executadas à revelia das regras

da boa arte, que impõem o respeito de determinados intervalos de tempo entre as

aplicações das várias camadas e o uso de argamassas com traços em ligantes

sucessivamente decrescentes desde a camada de base até à de acabamento”.

Foram ponderadas as correlações anomalias / causas de Gonçalves (2004).

Os registos da anomalia são feitos em:

- exposição (N), na célula L334;

- exposição (E), na célula M34;

- exposição (S), na célula N34;

- exposição (W), na célula O34;

- “An.”, na célula P34.

As causas prováveis são registadas entre as células U34 e AD34.

• Anomalia 23 (Fissuração sem orientação preferencial e não rendilhada)

A fissuração sem orientação preferencial e não rendilhada deverá ser registada

quando não for possível registar uma fissuração com orientação preferencial (ver-

tical, horizontal ou inclinada) e, por outro lado, não for mapeada. As suas causas

são de difícil diagnóstico devendo-se, por isso, ponderar as causas de todas as

manifestações de fissuração (Fig. 5.169) / (Figs. 5.170 e 5.171).

Fig. 5.169 - Fissuração sem orientação preferencial em reboco tradicional

Fig. 5.170 - Fissuração em correspondência com juntas de assentamento de alvenaria

devido a variações de temperatura e humidade (INH-LNEC, 2006)

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141

Fig. 5.171 - Fissuração e destacamento de revestimento com rotura de “forra” de alve-

naria devido a deformações de origem térmica de viga e de laje (INH-LNEC, 2006)

Quanto à fissuração dos revestimentos de paredes, as anomalias não diferem muito

das anomalias dos próprios suportes. Nas paredes rebocadas, a fendilhação do

reboco pode ter correspondência na fendilhação da parede e, neste caso, a causa

estará associada às causas da fendilhação da parede (Appleton, 2003).

Segundo LNEC (2000), os sintomas de fendilhação serão: “abertura de fendas sem

orientação preferencial; abertura de fendas com orientação predominantemente

horizontal; abertura de fendas de traçado contínuo ao longo das junções de mate-

riais de suporte diferente, quando revestidas em continuidade; desenvolvimento de

fendas a partir dos cantos de quadros de vãos abertos nas paredes do suporte”.

Segundo INH - LNEC (2006), pode ocorrer fendilhação nas paredes devido a cau-

sas intrínsecas (“retracção que se pode verificar durante uma fase inicial após a

construção e reacções químicas acompanhadas da expansão de certos materiais”) e

causas extrínsecas (“movimentos diferenciais das construções provocados por

variações dimensionais de origem térmica - incidindo quer directamente nas pare-

des, quer nas estruturas e coberturas dos edifícios e afectando aquelas indirecta-

mente; movimentos diferenciais das construções de origem hígrica e geológica,

por deformações dos suportes ou pelo assentamento de fundações, associado à

deformabilidade do solo ou ao abaixamento dos níveis freáticos; acções dinâmicas

a que o conjunto do edifício e os seus vários elementos constituintes podem estar

sujeitos; actuação de cargas concentradas ou de valor muito desequilibrado sobre

as paredes”). Algumas causas mais típicas de fendilhação em paredes de simples

enchimento da malha estrutural são: “retracção dos panos de parede (Fig. 5.172);

variações térmicas dos elementos de confinamento das paredes (Fig. 5.173) e

assentamentos diferenciais nas fundações (Fig. 5.174); deformação excessiva, por

flexão, dos elementos de apoio” (Fig. 5.175).

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5. Fichas de inspecção do tipo C

142

Fig. 5.172 - Retracção da parede (DGOT - LNEC, 2005)

Fig. 5.173 - Variações térmicas (DGOT - LNEC, 2005)

Fig. 5.174 - Assentamento de fundações (DGOT - LNEC, 2005)

Fig. 5.175 - Fendilhação em paredes devido a deformações dos elementos horizontais

(INH - LNEC, 2006)

“Em paredes de alvenaria de tijolo ou de blocos cerâmicos pode ocorrer fendilha-

ção vertical nas juntas de assentamento, devido ao movimento diferencial de ori-

gem térmica entre os blocos de alvenaria e a argamassa das juntas, resultante da

diferença dos respectivos valores do coeficiente de dilatação térmica. A probabili-

dade de surgirem fenómenos de fendilhação em paredes de alvenaria é maior na

proximidade de aberturas (vãos de porta e de janelas), e em zonas de cunhal e de

canto (Fig. 5.176). No que diz respeito à fendilhação do reboco, que ocorre em

correspondência com a fendilhação existente no tosco da parede, pode ter a seguin-

te configuração: “fendas inclinadas, em escada, de largura significativa, devidas a

assentamentos diferenciais das fundações, ou, em geral, a deformação dos elemen-

tos de apoio das paredes (Fig. 5.177); fendas ao longo da junção de materiais de

suporte diferentes revestidos em continuidade; fendas verticais ou inclinadas que

se desenvolvem a partir dos ângulos dos vãos devido a concentrações de cargas

nos membros das paredes. Pode também verificar-se fendilhação limitada às

Pavimento inferior mais deformável

Pavimento superior mais deformável

Pavimento superior e inferior com deformação idêntica

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Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995

143

camadas de paramento constituídas com peças descontínuas (ladrilhos de grés

cerâmico, azulejos, entre outros), fixadas com argamassas tradicionais ou com

produtos de colagem não-tradicionais (Fig. 5.178). Neste casos, as causas da fendi-

lhação residem normalmente na existência de defeitos, de tipo semelhante aos

atrás apontados, nas camadas de revestimento subjacentes àqueles elementos,

nomeadamente na de colagem e na ausência de certas disposições construtivas

recomendadas para minimizar o risco da fendilhação (correcto dimensionamento

de juntas entre peças ou esquartelamento dos revestimentos em painéis com

dimensões limitadas)” (Fig. 5.179).

Segundo APICER (2003), “a fissuração dos revestimentos cerâmicos de paredes

está associada, em geral, a movimentos de suporte - acompanhados ou não de fis-

suração do próprio suporte - incompatíveis com a elasticidade do produto de cola-

gem, com a resistência à tracção dos ladrilhos e com a dimensão das juntas e sua

colmatação. O factor decisivo que determina, na maior parte dos casos, se o reves-

timento fissura ou descola perante um movimento acentuado do suporte, é a resis-

tência ao corte do sistema de colagem. Se a aderência é baixa, há descolamento, se

a aderência é elevada, há fissuração. Há, no entanto, factores complementares que

podem influenciar o processo e que são dificilmente quantificáveis, entre os quais

se incluem o estado de tensão inicial do revestimento, a largura das juntas e a

direcção do deslocamento do suporte. Parece ser comum, embora não confirmado

por via estatística, que a fissuração do suporte, por flexão no plano transversal à

parede ou por cisalhamento no seu próprio plano, com afastamento relativo dos

bordos da fissura, conduz a concentrações de tensões elevadas que fazem fissurar,

por tracção, o revestimento sem empolamento ou descolamento significativo. Esta

situação é comum nos casos de paredes esbeltas ou mal apoiadas, de assentamen-

tos diferenciais de fundações, de expansão de coberturas e de deslocamentos dife-

renciais em cunhais; por vezes é contrariada em alguns casos de corte em paredes

suportadas por consolas. Cumpre afirmar que a fissuração do revestimento cerâmi-

co devido aos movimentos do suporte não permite afirmar que o suporte tem

movimentos excessivos, ou que o revestimento é demasiado frágil ou está mal

executado. Pode sim afirmar-se que os dois sistemas têm deformações e capacida-

de de deformação incompatíveis, pelo que, em geral, se pode considerar que a cau-

sa resulta de um erro de concepção ou, mais frequentemente, de uma omissão de

concepção” (APICER, 2003).

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5. Fichas de inspecção do tipo C

144

Foram ponderadas as correlações anomalias / causas de Gonçalves, 2004.

Fig. 5.176 - Fissura do suporte na transição entre a estrutura e a alvenaria (APICER,

2003)

Fig. 5.177 - Fissuração devida à deformação de viga de grande vão (APICER, 2003)

Fig.5.178 - Junta estrutural com funcionamento não eficaz para o revestimento

(APICER, 2003)

Fig. 5.179 - Fissuração em panos de grande dimensão sem juntas de esquartelamento

(APICER, 2003)

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Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995

145

Fig. 5.180 - Fissuração devida a movimentos estruturais (APICER, 2003)

Os registos da anomalia são feitos em:

- exposição (N), na célula L35;

- exposição (E), na célula M35;

- exposição (S), na célula N35;

- exposição (W), na célula O35;

- “An.”, na célula P35.

As causas prováveis são registadas entre as células U35 e AE35.

• Anomalia 24 (Fissuração predominantemente vertical)

Os factores que influenciam a fissuração com orientação predominantemente ver-

tical (Figs. 5.181, 5.182, 5.183 e 5.184) foram descritos na anomalia “fissuração

sem orientação preferencial e não rendilhada”.

Fig. 5.181- Fissuração vertical devida a provável deformação dos elementos confinantes

Fig. 5.182 - Fissuração vertical nos cantos dos vãos devida a tensões localizadas

Fig. 5.183 - Fissuração vertical devido a deformações estruturais

Foram ponderadas as correlações anomalias / causas de Gonçalves, 2004.

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5. Fichas de inspecção do tipo C

146

Os registos da anomalia são feitos em:

Fig. 5.184 - Fissuração vertical na transição de materiais distintos

- exposição (N), na célula L36;

- exposição (E), na célula M36;

- exposição (S), na célula N36;

- exposição (W), na célula O36;

- “An.”, na célula P36.

As causas prováveis são registadas entre as células U36 e AE36.

• Anomalia 25 (Fissuração predominantemente horizontal)

Os factores que influenciam a fissuração com orientação predominantemente hori-

zontal (Figs. 5.185, 5.186 e 5.187) foram descritos na anomalia “fissuração sem

orientação preferencial e não rendilhada”.

Fig. 5.185 - Fissuração horizontal na transição de materiais distintos devida a deforma-

ções estruturais

Fig. 5.186 - Fissuração horizontal devida a deformações estruturais

Foram ponderadas as correlações anomalias / causas de Gonçalves, 2004.

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147

Os registos da anomalia são feitos em:

Fig. 5.187 - Fissuração horizontal nos cantos dos vãos devida a tensões localizadas e a

deformações estruturais

- exposição (N), na célula L37;

- exposição (E), na célula M37;

- exposição (S), na célula N37;

- exposição (W), na célula O37;

- “An.”, na célula P37.

As causas prováveis são registadas entre as células U37 e AE37.

• Anomalia 26 (Fissuração predominantemente inclinada)

Os factores que influenciam a fissuração com orientação predominantemente

inclinada (Figs. 5.188 e 5.189) foram descritos na anomalia “fissuração sem orien-

tação preferencial e não rendilhada”.

Fig. 5.188 - Fissuração inclinada devida a deformações estruturais e prováveis assenta-

mentos diferenciais

Fig. 5.189 - Fissuração inclinada nos cantos dos vãos devida a tensões localizadas

Foram ponderadas as correlações anomalias / causas de Gonçalves, 2004.

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5. Fichas de inspecção do tipo C

148

Os registos da anomalia são feitos em:

- exposição (N), na célula L38;

- exposição (E), na célula M38;

- exposição (S), na célula N38;

- exposição (W), na célula O38;

- “An.”, na célula P38.

As causas prováveis são registadas entre as células U38 e AE38.

• Anomalia 27 (Corrosão de elementos metálicos incorporados no revestimento)

A corrosão de elementos metálicos incorporados no revestimento (Fig. 5.190) tem

como causas principais a aplicação de materiais inadequados às acções ambientais

e ausência / inadequação de manutenção.

Fig. 5.190 - Ausência / inadequação de manutenção do elemento metálico incorporado

no revestimento

Foram ponderadas as correlações anomalias / causas de Gonçalves, 2004.

Os registos da anomalia são feitos em:

- exposição (N), na célula L39;

- exposição (E), na célula M39;

- exposição (S), na célula N39;

- exposição (W), na célula O39;

- “An.”, na célula P39.

As causas prováveis são registadas entre as células U39 e AD39.

• Anomalia 28 (Corrosão de armaduras / elementos metálicos da estrutura)

O processo de corrosão das armaduras no betão (Fig. 5.191) foi descrito na anoma-

lia de delaminação do betão, em “que a espessura de recobrimento e a porosidade

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149

do betão são parâmetros fundamentais no efeito de barreira de protecção contra a

corrosão que o betão confere às armaduras” (INH - LNEC, 2006).

Fig. 5.191 - Corrosão das armaduras

Relativamente à corrosão de elementos da estrutura metálica, a corrosão está,

geralmente associada, tal como os elementos metálicos incorporados no revesti-

mento, à aplicação de materiais com protecção deficiente às acções ambientais, ou

à inadequada / ausência de manutenção.

Os registos da anomalia são feitos em:

- exposição (N), na célula L40;

- exposição (E), na célula M40;

- exposição (S), na célula N40;

- exposição (W), na célula O40;

- “An.”, na célula P40.

As causas prováveis são registadas entre as células U40 e AC40.

• Anomalia 29 (Deterioração / inexistência dos mastiques)

Devem ser tomadas disposições construtivas nas juntas de dilatação a fim de evi-

tar, no decurso da execução, qualquer contacto acidental rígido entre as faces, pela

parte interior da junta (D.T.U. 20.1). Deve ser aplicado um material elástico (mas-

tique) que não impeça os movimentos relativos na junta de dilatação e impeça a

entrada de água, “devendo dispor de um empanque (fundo de junta), que sirva de

suporte ao remate em questão” (LNEC - ITE 33). A avaliação desta anomalia refe-

re-se à deterioração / inexistência dos mastiques (Fig. 5.192) nas juntas de dilata-

ção estruturais dos edifícios ou, no caso de haver, nas juntas de esquartelamento

dos painéis de ladrilhos cerâmicos. Se o edifício não tiver junta de dilatação estru-

tural, não é considerada esta anomalia - pontuação 0 (não). Se a junta de dilatação

for coberta com argamassa, será considerada a inexistência dos mastiques com a

pontuação 1 (sim).

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5. Fichas de inspecção do tipo C

150

Foram ponderadas as correlações anomalias / causas de Gonçalves, 2004.

Os registos da anomalia são feitos em:

Fig. 5.192 - Inexistência de mastiques na junta de dilatação da estrutura

- exposição (N), na célula L41;

- exposição (E), na célula M41;

- exposição (S), na célula N41;

- exposição (W), na célula O41;

- “An.”, na célula P41.

As causas prováveis são registadas entre as células U41 e AE41.

• Anomalia 30 (Deficiência de drenagem da caixa-de-ar)

De acordo com D.T.U. 20.1, as águas resultantes da condensação na caixa-de-ar

devem ser recolhidas para o exterior como é representado na Fig. 5.193.

Fig.5.193 - Esquema de drenagem da caixa-de-ar

A avaliação desta anomalia refere-se à deficiência de drenagem da caixa-de-ar. Se

o edifício não tiver ventilação da caixa-de-ar, não é considerada esta anomalia -

pontuação 0 (não). Se o projecto não tiver pormenorização de drenagem da caixa-

de-ar, mas se houver drenagem da caixa-de-ar, considera-se que há anomalia de

drenagem quando a tubagem não estiver saliente e não tiver uma inclinação de

acordo com o pormenor da figura. Neste caso, regista-se a anomalia com a pontua-

ção 1 (sim).

Os registos da anomalia são feitos em:

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Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995

151

- exposição (N), na célula L42;

- exposição (E), na célula M42;

- exposição (S), na célula N42;

- exposição (W), na célula O42;

- “An.”, na célula P42.

As causas prováveis são registadas entre as células U42 e Z42.

• Anomalia 31 (Deficiência de ventilação da caixa-de-ar)

A avaliação desta anomalia refere-se à deficiência de ventilação da caixa-de-ar. Se

o edifício não tiver ventilação da caixa-de-ar, não é considerada esta anomalia -

pontuação 0 (não). Se o projecto não tiver pormenorização de ventilação da caixa-

de-ar e houver ventilação da caixa-de-ar, considera-se que existe deficiência de

ventilação da caixa-de-ar quando a ventilação não for assegurada por uma entrada

de ar pelo extremo inferior do painel de parede e uma saída do ar a pelo extremo

superior oposto, assim como não existir um sistema de protecção de entrada da

água das chuvas pela tomadas de ar (Fig. 5.194). Caso aconteça uma destas situa-

ções, regista-se a anomalia com a pontuação 1 (sim).

Fig. 5.194 - Esquema de ventilação da caixa-de-ar com protecção das entradas e saídas

de ar

Os registos da anomalia são feitos em:

- exposição (N), na célula L43;

- exposição (E), na célula M43;

- exposição (S), na célula N43;

- exposição (W), na célula O43;

- “An.”, na célula P43.

As causas prováveis são registadas entre as células U43 e Z43.

• Anomalia 32 (Deficiências em tubos de queda)

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5. Fichas de inspecção do tipo C

152

Considera-se como anomalia de deficiências em tubos de queda (Fig. 5.195) os

tubos de queda que estiverem deteriorados (exemplo: partidos, deficientes amarra-

ções, pinturas deterioradas, etc.). As abraçadeiras de amarração que estejam dete-

rioradas (corroídas, partidas, desapertadas, etc.) são consideradas também nesta

anomalia.

Fig. 5.195 - Tubagem partida e abraçadeira com corrosão

Os registos da anomalia são feitos em:

- exposição (N), na célula L44;

- exposição (E), na célula M44;

- exposição (S), na célula N44;

- exposição (W), na célula O44;

- “An.”, na célula P44.

As causas prováveis são registadas entre as células U44 e Z44.

• Anomalia 33 (Inexistência de capeamento)

Os muretes / platibandas devem possuir coroamentos com materiais que impeçam

a entrada de água nesses elementos (membranas de impermeabilização autoprote-

gidas, elementos pétreos ou de betão e chapas metálicas, por exemplo). A inexis-

tência do capeamento (Fig. 5.196) proporciona anomalias associadas à presença de

humidade, que é visível na mesma figura (colonização biológica na platibanda).

Fig. 5.196 - Inexistência de coroamento com material estanque à penetração de água

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Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995

153

Os registos da anomalia são feitos em:

- exposição (N), na célula L46;

- exposição (E), na célula M46;

- exposição (S), na célula N46;

- exposição (W), na célula O46;

- “An.”, na célula P46.

As causas prováveis são registadas entre as células U46 e Y46.

• Anomalia 34 (Colonização biológica do capeamento)

Para a colonização biológica do capeamento (Fig. 5.197), consideram-se as causas

da anomalia 2 (colonização biológica - algas, líquenes, fungos, musgos, verdete).

Fig. 5.197 - Colonização biológica do capeamento

Os registos da anomalia são feitos em:

- exposição (N), na célula L47;

- exposição (E), na célula M47;

- exposição (S), na célula N47;

- exposição (W), na célula O47;

- “An.”, na célula P47.

As causas prováveis são registadas entre as células U47 e AB47.

• Anomalia 35 (Deslocações / arqueamento do capeamento)

“No caso das chapas metálicas ou de fibrocimento, fixadas na superfície horizontal

da platibanda, deve a respectiva fixação ser convenientemente vedada com anilhas

apropriadas e eventualmente complementada com um vedante (em geral, um mas-

tique). A resistência do material das anilhas vedantes às forças de aperto transmiti-

das pelas anilhas metálicas sobrejacentes deve ser garantida e o ajuste dessas ani-

lhas vedantes à peça de fixação deve ser perfeito” (LNEC - ITE 33).

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5. Fichas de inspecção do tipo C

154

Os registos da anomalia são feitos em:

- exposição (N), na célula L48;

- exposição (E), na célula M48;

- exposição (S), na célula N48;

- exposição (W), na célula O48;

- “An.”, na célula P48.

As causas prováveis são registadas entre as células U48 e AB48.

• Anomalia 36 (Corrosão do capeamento)

Na corrosão do capeamento, são consideradas as causas atribuídas à anomalia

“corrosão de elementos metálicos incorporados no revestimento”.

Os registos da anomalia são feitos em:

- exposição (N), na célula L49;

- exposição (E), na célula M49;

- exposição (S), na célula N49;

- exposição (W), na célula O49;

- “An.”, na célula P49.

As causas prováveis são registadas entre as células U49 e AC49.

• Anomalia 37 (Rotura / fissuração do capeamento)

A rotura / fissuração do capeamento (Fig. 5.198) está, regra geral, associada a

erros de concepção, de execução, acções ambientais e, eventualmente, de acções

de origem mecânica (choques).

Fig. 5.198 - Fissuração do capeamento

Os registos da anomalia são feitos em:

- exposição (N), na célula L50;

- exposição (E), na célula M50;

- exposição (S), na célula N50;

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155

- exposição (W), na célula O50;

- “An.”, na célula P50.

As causas prováveis são registadas entre as células U50 e AE50.

• Anomalia 38 (Inexistência de pingadeira no capeamento)

A inexistência de pingadeira no capeamento (Fig. 5.199) tem como causas próxi-

mas erros de concepção (por omissão ou prescrição deficiente) e erros de execu-

ção. A pingadeira dos coroamentos, tal como nos peitoris, deve estar completa-

mente livre e não estar em contacto com o paramento do murete / platibanda. No

caso de tal acontecer (bordo da curvatura da pingadeira em contacto com o para-

mento), deve ser considerada a inexistência da pingadeira e ser dada a pontuação 1

(sim) nesta anomalia.

Fig. 5.199 - Inexistência de pingadeira no capeamento

Os registos da anomalia são feitos em:

- exposição (N), na célula L51;

- exposição (E), na célula M51;

- exposição (S), na célula N51;

- exposição (W), na célula O51;

- “An.”, na célula P51.

As causas prováveis são registadas entre as células U51 e Y51.

5.12 Ficha de inspecção C/Fa3 das fachadas e muretes

Esta ficha de inspecção (Anexo 1) não é preenchida. Deve, no entanto, ser actualizada, uma

vez que as células para os registos das anomalias contêm ligações com as da ficha C/Fa2. Na

abertura da ficha de inspecção C/Fa3, deve-se seleccionar “actualizar” (actualização de dados)

e “continuar”. Automaticamente, são feitos os registos das anomalias e as classificações das

anomalias. “Não actualizar” permite o acesso aos dados que não necessitam de alterações.

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5. Fichas de inspecção do tipo C

156

Depois de actualizar a ficha de inspecção, deve-se fechar o ficheiro e guardar as actualiza-

ções.

5.13 Ficha de inspecção C/Va1 de vãos de fachada

Na abertura da ficha de inspecção C/Va1 (Anexo 1), deve-se seleccionar “actualizar” (preen-

chimento de novos dados) e em “continuar” para não alterar as hiperligações que foram cria-

das. “Não actualizar” permite o acesso aos dados que não necessitam de alterações. Depois do

preenchimento efectuado, deve-se guardar os registos efectuados.

Esta ficha de inspecção engloba dois campos de registos: singularidades e anomalias causas /

anomalias. Os registos são feitos através da análise do projecto de licenciamento, pela infor-

mação oral dada pelo dono da obra / administrador ou ainda pela visualização.

As células onde são registadas as ocorrências têm, por defeito, a pontuação 0 (não). Nas ins-

pecções, são registadas as pontuações 1 (sim) ou 2 (não se sabe).

5.13.1 Singularidades

Neste campo, são feitos os registos das singularidades de vãos de fachada. Estão disponíveis

os seguintes registos:

• protecção térmica realizada com estores; o seu registo é feito na célula H11;

• protecção térmica realizada com portadas exteriores; o seu registo é feito na

célula J12;

• protecção térmica realizada com portadas exteriores; o seu registo é feito na célula

J13;

• ombreiras (1) / (2) vergas em argamassa pintada; o seu registo é feito na

célula J15;

• ombreiras / vergas em elementos pétreos; seu registo é feito na célula J16;

• ombreiras / vergas em elementos cerâmicos; o seu registo é feito na célula

J17;

• peitoris em madeira; o seu registo é feito na célula F19;

• peitoris em pedra; o seu registo é feito na célula F20;

• peitoris em metal; o seu registo é feito na célula F21;

2

1

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157

• peitoris com rasgos; o seu registo é feito na célula K19;

• peitoris com pingadeira; o bordo exterior deve ser munido, inferiormen-

te, de uma pingadeira longitudinal dimensionada como indicado na Fig.

5.200 e com um balanço superior a 3 cm (DTU 20.1); o seu registo é fei-

to na célula K20;

• peitoris com inclinação; devem ser realizados com uma pendente para o exterior (Fig.

5.200), completado, no lado interior, por um ressalto fazendo parte integrante do apoio

e não colocado posteriormente para satisfazer a descrição da Fig. 5.200; o seu registo

é feito na célula K21; as dimensões mínimas da largura e altura do ressalto, bem como

da pendente do peitoril são as que estão indicadas no Quadro 5.3 (DTU 20.1);

Fig. 5.200 - Pormenor tipo de um peitoril (DTU 20.1)

Quadro 5.3 - Dimensões mínimas da largura e altura do ressalto e pendente do peitoril (DTU

20.1).

Apoio (em cm) Ressalto Largura mínima (l) Altura mínima (h) Pendente mínima (tg α)

Colocado antes da caixilharia 40 25 0,10

Pré-fabricado em betão colocado antes da caixilharia 30 25 0,08

20 0,10

Colocado depois da caixilharia 40 40 0,10

O plano superior do ressalto pode apresentar uma ligeira pendente para o exterior

• soleiras com rasgos; o seu registo é feito na célula T19;

• acabamento das caixilharias com pintura (produto de pintura - produto líquido, em

pasta ou na forma de pó que, quando aplicado num substrato, forma uma película pro-

l = largura h = altura do ressalto α = ângulo da pendente do apoio As dimensões reais para l, h e tg α devem ser superiores aos valores dados na tabela abai-xo indicado

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5. Fichas de inspecção do tipo C

158

tectora, decorativa e/ou com propriedades específicas - LNEC, 2005, ITPRC 5); o seu

registo é feito na célula J23;

• acabamento das caixilharias com envernizamento (verniz - produto líquido que, quan-

do aplicado num substrato, forma uma película sólida, transparente, dotada de pro-

priedades protectoras, decorativas ou propriedades específicas - LNEC, 2005, ITPRC

5); o seu registo é feito na célula J24;

• acabamento das caixilharias com velatura (produto de pintura com características de

penetração no substrato, geralmente transparente mas colorido e que praticamente não

origina película - LNEC, 2005, ITPRC 5); o seu registo é feito na célula J25;

• acabamento das caixilharias com anodização (processo electroquímico que transforma

a superfície do alumínio em óxido de alumínio numa solução aquosa e ácida de elec-

trólitos); o seu registo é feito na célula J26;

• acabamento das caixilharias com lacagem (base de pintura com uso de tintas em pó de

poliéster termo-endurecíveis); o seu registo é feito na célula J27.

5.13.2 Anomalias / causas

Nesta ficha de inspecção, apresenta-se uma listagem de anomalias mais frequentemente detec-

tadas em vãos de fachada e as suas causas possíveis (prováveis teóricas).

As anomalias são registadas nas células que estão associadas às exposições dos vãos de

fachada (N, E, S e W) e têm, por defeito, a pontuação 0 (não). Nas células da coluna “An.”,

essas anomalias estão registadas, por defeito, com a pontuação 1 (sim) e estão relacionadas

com as causas prováveis teóricas. A inexistência de uma anomalia na célula da coluna “An.”

com a pontuação 0 (não) anula, automaticamente, as causas prováveis. Confirmando-se a

existência de uma anomalia deve registar-se, dentro das causas prováveis (teóricas), as causas

reais que forem encontradas na globalidade dos vãos de fachada, resultantes da avaliação do

projecto e da inspecção visual. Se houver dúvidas quanto à existência de uma causa, ela deve

ser mantida.

Todas as anomalias que são registadas em cada vão de fachada devem ser sustentadas por

registos fotográficos que são guardados em arquivos com os nomes das exposições das facha-

das.

As anomalias que não forem visíveis são registadas com a pontuação 2 (não se sabe).

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159

“Nos vãos envidraçados dos edifícios, podem ocorrer anomalias dos seguintes tipos princi-

pais: anomalias devidas a falhas de concepção, de construção e de instalação; anomalias devi-

das à acção da humidade; envelhecimento e degradação dos materiais não imputáveis à humi-

dade; desajustamento face a determinadas exigências (Fig. 5.201).

Fig. 5.201 - Aplicação de “chouriço” para redução de excessiva permeabilidade ao ar da

caixilharia (INH - LNEC, 2006)

O deficiente desenvolvimento do processo de concepção, de construção e de instalação da

caixilharia exterior está na génese de muitas anomalias existentes nos vãos envidraçados. Para

assegurar qualidade satisfatória à caixilharia instalada em obra, esse processo deve desenvol-

ver-se de acordo com a especificação do caderno de encargos técnico, elaboração do projecto

de execução da caixilharia, comprovação da capacidade técnica de execução do fabricante /

instalador, fabricação da caixilharia e verificação da conformidade da caixilharia. As defor-

mações excessivas dos caixilhos, quando ocorrem perpendicularmente ao plano da janela,

podem dever-se a uma insuficiência de projecto, a má afinação das ferragens de fecho ou ain-

da a um número insuficiente de pontos de fecho. As deformações no plano da janela, devidas

ao peso próprio dos respectivos materiais (Fig. 5.202), podem resultar de uma deficiência ao

nível do dimensionamento dos perfis ou do calçamento dos elementos de preenchimento (por

exemplo, dos vidros).

Fig. 5.202 - Grande deformação de elementos constituintes de caixilho de madeira (INH

- LNEC, 2006)

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5. Fichas de inspecção do tipo C

160

A excessiva permeabilidade ao ar, que pode também prejudicar o nível de estanqueidade à

água da caixilharia, está correntemente associada aos seguintes factores: inexistência de

vedantes na junta móvel; retracção dos vedantes ao longo do tempo; deficiente ligação entre

perfis de vedação (por exemplo, nas colagens de canto); existência de pequenas aberturas nas

juntas fixas do caixilho.

Entre os vários componentes da construção, os vãos envidraçados são aqueles que estão mais

sujeitos à acção da humidade. Das várias formas de manifestação da humidade que pode afec-

tar os vãos envidraçados, a humidade de precipitação (Fig. 5.203) é a que assume uma maior

relevância, ainda que não seja de excluir a ocorrência de situações patológicas derivadas das

humidades de construção, de condensação e devidas à higroscopicidade dos materiais.

Fig. 5.203 - Degradação de caixilho de madeira devido a exposição a chuva (INH -

LNEC, 2006)

A humidade de precipitação atinge e afecta predominantemente os vãos envidraçados orienta-

dos para o quadrante S-W, que é o mais exposto à chuva batida pelo vento, provocando infil-

trações de água para o interior dos edifícios através das juntas móveis e, sempre que há vidros

partidos, através destes (Fig. 5.204). É, de resto, relativamente frequente a ocorrência de infil-

trações através da junta inferior por insuficiente protecção da mesma. A estanqueidade à água

está intimamente relacionada com a permeabilidade ao ar do caixilho.

Fig. 5.204 - Degradação de edifício agravada por infiltração de água através de caixilha-

ria (INH - LNEC, 2006)

No caso dos caixilhos giratórios, é utilizada a técnica das barreiras separadas (Fig. 5.205).

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Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995

161

Estas são constituídas por uma barreira exterior, que impede a progressão da água no interior

do caixilho limitando-a a zonas onde se encontra à pressão exterior, e por um vedante que

assegura a baixa permeabilidade ao ar da junta móvel do caixilho, reduzindo assim a capaci-

dade de transporte de gotas de água. Para que não haja perda de estanqueidade, a barreira ini-

cial deve permitir que o vedante se mantenha seco. Para isso, a câmara existente entre as duas

barreiras deve ser mantida a uma pressão tão próxima do exterior quanto possível para que a

água da chuva, que se infiltre até aí, possa ser prontamente drenada para o exterior.

Fig. 5.205 - Elementos da estanqueidade de janela giratória (INH - LNEC, 2006)

No caso da caixilharia de correr mais vulgar, não é possível impedir que a barreira que asse-

gura a baixa permeabilidade ao ar (normalmente vedantes de pelúcia) seja molhada. Nesses

casos, a água infiltrada é retida na tábua de peito à pressão do interior do edifício e é drenada

para o exterior impondo uma diferença de cota que lhe permite vencer gradientes de pressão

adversos. A delicadeza evidente destes processos, que se baseiam num jogo de drenos, de

perdas de carga e de equilíbrios de pressão, revela que não é fácil obter um componente

estanque, sendo correntemente necessário proceder à análise experimental de protótipo na

fase de conclusão do desenvolvimento da caixilharia. Por esta razão, o desenvolvimento de

caixilharia específica para um edifício é, em geral, ou excessivamente cara ou dela pode resul-

tar caixilharia funcionalmente inadequada. Assim, é normalmente recomendável optar pelas

séries de caixilharia desenvolvidas e devidamente ensaiadas existentes no mercado.

Neste sentido, a perda de estanqueidade à água podem ser devida a um conjunto de factores

que desequilibrem os processos físicos que determinam a estanqueidade, por exemplo: furos

de drenagem inexistentes ou mal posicionados; inexistência de barreira exterior que limite o

caudal de água infiltrado; inexistência de câmara para recolha e drenagem de água entre as

duas linhas de vedação; utilização de um vedante de baixa permeabilidade ao ar na linha exte-

rior de vedação; ausência de pingadeira na face externa; inexistência de lacrimais que evitem

a progressão das gotas de água aderentes às superfícies; utilização de aros incompletos; veda-

ção deficiente das juntas fixas.

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5. Fichas de inspecção do tipo C

162

Outras deficiências de concepção e de execução dos vão envidraçados podem estar também

na origem de infiltrações da água da chuva, nomeadamente os casos das infiltrações que por

vezes se verificam através dos pontos seguintes: juntas dos caixilhos; juntas dos vidros; juntas

entre aros e guarnecimentos dos vãos; drenos das tábuas de peito, quando estes têm uma

inclinação demasiado reduzida, nula ou até invertida.

No caso da caixilharia de madeira, o seu humedecimento pela água da chuva pode dar origem

às seguintes anomalias: inchamentos e empenos responsáveis por deficiências no funciona-

mento e na vedação dos vãos envidraçados; deterioração do material se, como é infelizmente

vulgar, a madeira não for devidamente preservada contra o ataque de agentes biológicos; dete-

rioração do respectivo revestimento por pintura (Fig. 5.206).

Fig. 5.206 - Degradação de revestimento de pintura de caixilho de madeira por acção

conjunta de radiação solar e de processo de humedecimento e secagem (INH - LNEC,

2006)

Frequentemente, os empenos dos vãos envidraçados de madeira têm como origem, não o seu

humedecimento pela água da chuva, mas sim no emprego de madeira verde ou que não tenha

atingido um estado de secagem em equilíbrio com o ambiente circundante. Nesse caso, a pos-

terior secagem ou absorção de humidade da madeira integrada já nos caixilhos é acompanha-

da de variações dimensionais e de deformações que geram empenos. Por outro lado, a utiliza-

ção de madeira com um teor de água demasiado elevado propicia ainda a ocorrência de des-

camações da pintura e o desligamento das peças constituintes dos caixilhos quando a madeira

empena na secagem.

A inexistência ou o funcionamento deficiente de dispositivos como caleiras e drenos instala-

dos nos peitoris são também inconvenientes do ponto de vista da drenagem de infiltrações e

de água de condensação, sobretudo no caso da caixilharia de madeira. Com efeito, tendo em

conta os mecanismos de formação das condensações, é nas vidraças dos vãos envidraçados

(quando em vidro simples) que as condensações superficiais ocorrem mais frequentemente e

com maior intensidade. Torna-se assim necessário assegurar, por via daqueles dispositivos,

que a água recolhida em resultado da condensação não fique retida junto às travessas inferio-

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163

res dos caixilhos e das tábuas de peito, para que não as possa humedecer em permanência e

propiciar assim a sua deterioração.

É ainda de registar que a simples existência de ambientes muito húmidos pode também dar

origem ao humedecimento da caixilharia de madeira por higroscopicidade do material e a

consequentes inchamentos que prejudicam o funcionamento das suas partes móveis.

No caso da caixilharia metálica, o seu humedecimento pode dar origem à corrosão do mate-

rial, em especial quando se trate de: caixilharia de ferro cuja preparação não tenha sido ade-

quada e cujo revestimento por pintura se tenha revelado deficiente, por má qualidade intrínse-

ca ou por falta de manutenção (Fig. 5.207); caixilharia de alumínio anodizado cuja anodiza-

ção apresente uma espessura insuficiente face à agressividade do ambiente e/ou deficiente

colmatagem; caixilharia de alumínio termolacado em que a espessura do revestimento por

pintura é insuficiente ou em que existem zonas de corte desprotegidas, nomeadamente nas

esquadrias, especialmente em ambientes em que a humidade está associada à presença de clo-

retos. Neste tipo de caixilharias, podem ainda ocorrer anomalias decorrentes da incompatibili-

dade entre os metais da caixilharia e dos respectivos acessórios e elementos de fixação.

Fig. 5.207 - Corrosão em caixilharia de ferro por falta de manutenção (INH - LNEC,

2006)

Entre as anomalias enquadráveis no envelhecimento e degradação dos materiais não imputá-

veis à humidade, contam-se as seguintes: envelhecimento dos materiais de vedação dos vidros

(massa de vidraceiro, mastiques ou borrachas) sob a acção dos agentes atmosféricos; envelhe-

cimento do revestimento por pintura sob a mesma acção; envelhecimento de materiais plásti-

cos (no caso de caixilharia constituída com este tipo de material) sob a acção dos raios ultra-

violetas da radiação solar, afectando as características mecânicas e a durabilidade da caixilha-

ria; degradação dos fechos e ferragens devida ao uso; fractura de caixilhos e de vidros por

flexão (nomeadamente, sob acção do vento), por acções de choque resultantes do impacte

acidental ou propositado de objectos contundentes, por choque térmico (caso limitado na pra-

tica a vidros especiais coloridos) ou por efeito de deformações das estruturas ou das paredes

de alvenaria em que a caixilharia se enquadra (Fig. 5.208).

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5. Fichas de inspecção do tipo C

164

Nas anomalias que dizem respeito aos casos em que os vãos envidraçados se revelam inade-

quados para satisfazer exigências de segurança não-estrutural, de conforto e de eficiência

energética, destacam-se: desajustamentos face a exigências de segurança não-estrutural, no

que diz respeito, por exemplo, à incapacidade dos vãos envidraçados oferecerem condições

satisfatórias de segurança perante acções de choque acidental resultantes de queda ou projec-

ção de pessoas ou objectos, ou perante tentativas de intrusão através deles para um espaço de

acesso limitado (por exemplo, caixilhos moveis constituídos por perfis com secções insufi-

cientes para resistir aos esforços que neles se podem gerar, ou vidros com espessura insufi-

ciente tendo em conta as suas dimensões faciais); desajustamentos face a exigências de con-

forto e de eficiência energética, por exemplo, no que diz respeito ao insuficiente isolamento

sonoro e térmico, este último prejudicando, quer as condições de conforto térmico quer a efi-

ciência energética dos edifícios (por exemplo, caixilhos móveis com deformabilidade exage-

rada ou com juntas mal vedadas, originando correntes de ar frio incómodas e perdas térmicas

elevadas durante a estação fria e a transmissão indesejável de ruídos). Neste âmbito, convém

alertar para o facto de a adopção de caixilharia com um desempenho melhorado poder contri-

buir para a diminuição da durabilidade da construção e das condições de habitabilidade. O

melhor exemplo de uma situação deste tipo relaciona-se com as condições de ventilação. De

facto, nas construções antigas, a admissão de ar era assegurada, na maior parte dos casos, pela

elevada permeabilidade ao ar das juntas móveis da caixilharia exterior. A redução significati-

va dessa permeabilidade de ar, mediante a substituição da caixilharia original por outra de

desempenho melhorado (Fig. 5.209), pode originar problemas graves no funcionamento dos

aparelhos de combustão e permitir o aumento significativo do teor de poluentes no interior

das edificações, com todas as consequências negativas para a saúde que daí advêm. Este

aspecto não deve ser condicionante da reabilitação da caixilharia, mas deve obrigar à adopção

de outras medidas compensatórias tecnicamente adequadas para a realização da ventilação.

Fig. 5.208 - Caixilhos com vidros partidos (INH - LNEC, 2006)

Outros elementos secundários, tais como portas exteriores e interiores, os elementos de cer-

ramento dos vãos exteriores (persianas, portadas, entre outros), as guardas e os lanternins, são

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Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995

165

muitas vezes negligenciados no âmbito da análise e diagnóstico das anomalias de um edifício.

No caso das portas exteriores e dos lanternins (Fig. 5.210), as anomalias devidas à humidade

são até certo ponto semelhantes às referidas para os vãos envidraçados, dada a analogia de

situações destes diversos elementos, todos eles pertencendo à envolvente dos edifícios e

ficando, em principio, directamente expostos à acção dos agentes atmosféricos.

Fig. 5.209 - Edifício onde se substituiu caixilharia de madeira por caixilharia de PVC

(INH - LNEC, 2006)

Fig. 5.210 - Edifício onde se substituiu caixilharia de madeira por caixilharia de PVC

(INH - LNEC, 2006)

Um exemplo destas situações menos favoráveis são as portas exteriores dispostas no plano

das fachadas (Fig. 5.211) e sem pala de protecção, desprovidas de borrachas na base e assen-

tes com deficiente concepção” (INH - LNEC, 2006).

Fig. 5.211 - Deterioração de revestimento por pintura e de elementos constituintes de

porta de madeira (INH - LNEC, 2006)

• Anomalia 1 (Colonização biológica em peitoris / soleiras / ombreiras / vergas)

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5. Fichas de inspecção do tipo C

166

A colonização biológica em peitoris / soleiras / ombreiras / vergas (Fig. 5.212)

pode estar associada à permanência da humidade, normalmente devida a erros de

concepção e à ausência / inadequação de manutenção.

Os registos da anomalia são feitos em:

- exposição (N), na célula L34;

- exposição (E), na célula M34;

- exposição (S), na célula N34;

- exposição (W), na célula O34;

- “An.”, na célula P34.

Fig. 5.212 - Colonização biológica em peitoril

As causas prováveis são registadas entre as células U34 e AC34.

• Anomalia 2 (Eflorescências / criptoflorescências)

Nas eflorescências / criptoflorescências (Fig. 5.213) foram ponderadas as correla-

ções anomalias / causas de Gonçalves (2004).

Fig. 5.213 - Eflorescências em peitoril

Os registos da anomalia são feitos em:

- exposição (N), na célula L35;

- exposição (E), na célula M35;

- exposição (S), na célula N35;

- exposição (W), na célula O35;

- “An.”, na célula P35.

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167

As causas prováveis são registadas entre as células U35 e AB34.

• Anomalia 3 (Humidade de infiltração)

Na humidade de infiltração em caixilhos (Fig. 5.214), foram ponderadas as corre-

lações anomalias / causas de Gonçalves (2004).

Fig. 5.214 - Humidade de infiltração em caixilho de madeira

Os registos da anomalia são feitos em:

- exposição (N), na célula L36;

- exposição (E), na célula M36;

- exposição (S), na célula N36;

- exposição (W), na célula O36;

- “An.”, na célula P36.

As causas prováveis são registadas entre as células U36 e AF36.

• Anomalia 4 (Inexistência / insuficiência de inclinação em peitoris)

A inexistência / insuficiência de inclinação em peitoris (Fig. 5.215) pode estar

associada a erros de concepção, nomeadamente à inexistência de pormenorização,

bem como à aplicação de materiais inadequados.

Fig. 5.215 - Inexistência de inclinação e de rasgos em peitoril

Os registos da anomalia são feitos em:

- exposição (N), na célula L37;

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5. Fichas de inspecção do tipo C

168

- exposição (E), na célula M37;

- exposição (S), na célula N37;

- exposição (W), na célula O37;

- “An.”, na célula P37.

As causas prováveis são registadas entre as células U37 e X37.

• Anomalia 5 (Inexistência de pingadeira em peitoris)

A inexistência de pingadeira em peitoris (Fig. 5.216) pode estar associada a erros

de concepção, nomeadamente à inexistência de pormenorização ou à aplicação de

materiais inadequados. No caso de a aresta do bordo interior da pingadeira encos-

tar à face da parede exterior ou que não tenha, pelo menos, o mesmo afastamento

da aresta do bordo exterior à face livre do peitoril, as funções para que a pingadei-

ra foi criada deixam de existir e, nesses casos, considera-se a sua inexistência.

Fig. 5.216 - Inexistência de pingadeira em peitoril

Os registos da anomalia são feitos em:

- exposição (N), na célula L38;

- exposição (E), na célula M38;

- exposição (S), na célula N38;

- exposição (W), na célula O38;

- “An.”, na célula P38.

As causas prováveis são registadas entre as células U38 e X38.

• Anomalia 6 (Inexistência de rasgos em peitoris)

A inexistência de rasgos em peitoris (Fig. 5.215) pode estar associada a erros de

concepção, nomeadamente à inexistência de pormenorização ou à aplicação de

materiais inadequados.

Os registos da anomalia são feitos em:

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Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995

169

- exposição (N), na célula L39;

- exposição (E), na célula M39;

- exposição (S), na célula N39;

- exposição (W), na célula O39;

- “An.”, na célula P39.

As causas prováveis são registadas entre as células U39 e X39.

• Anomalia 7 (Balanço insuficiente de peitoris)

O balanço insuficiente de peitoris pode estar associada a erros de concepção,

nomeadamente à inexistência de pormenorização ou à aplicação de materiais ina-

dequados.

Os registos da anomalia são feitos em:

- exposição (N), na célula L40;

- exposição (E), na célula M40;

- exposição (S), na célula N40;

- exposição (W), na célula O40;

- “An.”, na célula P40.

As causas prováveis são registadas entre as células U40 e Y40.

• Anomalia 8 (Fissuração em peitoris / soleiras / ombreiras / vergas)

Na fissuração em peitoris (Fig. 5.217) / soleiras (Fig. 5.218) / ombreiras / vergas

foram ponderadas as correlações anomalias / causas de Gonçalves (2004).

Fig. 5.217 - Fissuração em peitoris

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5. Fichas de inspecção do tipo C

170

Fig. 5.218 - Fissuração na soleira

Os registos da anomalia são feitos em:

- exposição (N), na célula L41;

- exposição (E), na célula M41;

- exposição (S), na célula N41;

- exposição (W), na célula O41;

- “An.”, na célula P41.

As causas prováveis são registadas entre as células U41 e AF41.

• Anomalia 9 (Fissuração e fractura de vidros)

Na fissuração e fractura de vidros, foram ponderadas as correlações anomalias /

causas de Gonçalves (2004).

Os registos da anomalia são feitos em:

- exposição (N), na célula L42;

- exposição (E), na célula M42;

- exposição (S), na célula N42;

- exposição (W), na célula O42;

- “An.”, na célula P42.

As causas prováveis são registadas entre as células U42 e AA42.

• Anomalia 10 (Deterioração de vedantes)

Na deterioração de vedantes (Fig. 5.219), foram ponderadas as correlações anoma-

lias / causas de Gonçalves (2004).

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Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995

171

Fig. 5.219 - Deterioração de vedantes nas ligações dos caixilhos ao vão e ao envidraçado

Os registos da anomalia são feitos em:

- exposição (N), na célula L43;

- exposição (E), na célula M43;

- exposição (S), na célula N43;

- exposição (W), na célula O43;

- “An.”, na célula P43.

As causas prováveis são registadas entre as células U43 e Z43.

• Anomalia 11 (Empenos e deficiência de funcionamento)

Nos empenos e deficiência de funcionamento, foram ponderadas as correlações

anomalias / causas de Gonçalves (2004).

Os registos da anomalia são feitos em:

- exposição (N), na célula L44;

- exposição (E), na célula M44;

- exposição (S), na célula N44;

- exposição (W), na célula O44;

- “An.”, na célula P44.

As causas prováveis são registadas entre as células U44 e AD44.

• Anomalia 12 (Deterioração de fechos e dobradiças)

Na deterioração de fechos e dobradiças, foram ponderadas as correlações anoma-

lias / causas de Gonçalves (2004).

Os registos da anomalia são feitos em:

- exposição (N), na célula L45;

- exposição (E), na célula M45;

- exposição (S), na célula N45;

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5. Fichas de inspecção do tipo C

172

- exposição (W), na célula O45;

- “An.”, na célula P45.

As causas prováveis são registadas entre as células U45 e AB45.

• Anomalia 13 (Deterioração do lacado / anodizado)

Na deterioração do lacado / anodizado, foram ponderadas as correlações anomalias

/ causas de Gonçalves (2004).

Os registos da anomalia são feitos em:

- exposição (N), na célula L46;

- exposição (E), na célula M46;

- exposição (S), na célula N46;

- exposição (W), na célula O46;

- “An.”, na célula P46.

As causas prováveis são registadas entre as células U46 e AE46.

• Anomalia 14 (Deterioração de pinturas em caixilharias / gradeamentos)

Na deterioração de pinturas em caixilharias / gradeamentos (Fig. 5.220), foram

ponderadas as correlações anomalias / causas de Gonçalves (2004).

Fig. 5.220 - Deterioração de pinturas em caixilharias e gradeamento apresentando este

um estado avançado de corrosão

Os registos da anomalia são feitos em:

- exposição (N), na célula L47;

- exposição (E), na célula M47;

- exposição (S), na célula N47;

- exposição (W), na célula O47;

- “An.”, na célula P47.

As causas prováveis são registadas entre as células U47 e AE47.

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Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995

173

• Anomalia 15 (Corrosão por picagem em caixilharias / gradeamentos)

Na corrosão por picagem em caixilharias / gradeamentos (Fig. 5.221), foram pon-

deradas as correlações anomalias / causas de Gonçalves (2004).

Fig. 5.21 - Corrosão em gradeamentos de vãos exteriores

Os registos da anomalia são feitos em:

- exposição (N), na célula L48;

- exposição (E), na célula M48;

- exposição (S), na célula N48;

- exposição (W), na célula O48;

- “An.”, na célula P48.

As causas prováveis são registadas entre as células U48 e AC48.

• Anomalia 16 (Ataque de xilófagos)

No ataque de xilófagos em caixilharias, foram ponderadas as correlações anoma-

lias / causas de Gonçalves (2004).

Os registos da anomalia são feitos em:

- exposição (N), na célula L49;

- exposição (E), na célula M49;

- exposição (S), na célula N49;

- exposição (W), na célula O49;

- “An.”, na célula P49.

As causas prováveis são registadas entre as células U49 e AA49.

• Anomalia 17 (Apodrecimento / humidade / fungos)

No apodrecimento / humidade / fungos em caixilharias, foram ponderadas as cor-

relações anomalias / causas de Gonçalves (2004).

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5. Fichas de inspecção do tipo C

174

Os registos da anomalia são feitos em:

- exposição (N), na célula L50;

- exposição (E), na célula M50;

- exposição (S), na célula N50;

- exposição (W), na célula O50;

- “An.”, na célula P50.

As causas prováveis são registadas entre as células U50 e Z50.

• Anomalia 18 (Delaminação do contraplacado das faces exteriores da madeira)

Na delaminação do contraplacado das faces exteriores da madeira, foram pondera-

das as correlações anomalias / causas de Gonçalves (2004).

Os registos da anomalia são feitos em:

- exposição (N), na célula L51;

- exposição (E), na célula M51;

- exposição (S), na célula N51;

- exposição (W), na célula O51;

- “An.”, na célula P51.

As causas prováveis são registadas entre as células U51 e AD51.

• Anomalia 19 (Deterioração de estores / portadas)

Na deterioração de estores / portadas, foram ponderadas as correlações anomalias /

causas de Gonçalves (2004).

Os registos da anomalia são feitos em:

- exposição (N), na célula L52;

- exposição (E), na célula M52;

- exposição (S), na célula N52;

- exposição (W), na célula O52;

- “An.”, na célula P52.

As causas prováveis são registadas entre as células U52 e AB52.

5.14 Ficha de inspecção C/Va2 de vãos de fachada

Esta ficha de inspecção (Anexo 1) não é preenchida. Deve, no entanto, ser actualizada, uma

vez que as células para os registos das anomalias contêm ligações com as da ficha C/Va1. Na

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Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995

175

abertura da ficha de inspecção C/Va2, deve-se seleccionar “actualizar” (actualização de

dados) e “continuar”. Automaticamente, são feitos os registos das anomalias e as classifica-

ções das anomalias. “Não actualizar” permite o acesso aos dados que não necessitam de alte-

rações. Depois de actualizar a ficha de inspecção, deve-se fechar o ficheiro e guardar as actua-

lizações.

5.15 Ficha de inspecção C/VaPa1 de varandas e palas

Na abertura da ficha de inspecção C/VaPa1 (Anexo 1), deve-se seleccionar “actualizar”

(preenchimento de novos dados) e em “continuar” para não alterar as hiperligações que foram

criadas. “Não actualizar” permite o acesso aos dados que não necessitam de alterações.

Depois do preenchimento efectuado, devem-se guardar os registos efectuados.

Esta ficha de inspecção engloba dois campos de registos: singularidades e anomalias causas /

anomalias. O campo das singularidades é subdividido nos subcampos varandas e palas. Os

registos são feitos através da análise do projecto de licenciamento, pela informação oral dada

pelo dono da obra / administrador ou ainda pela visualização.

As células onde são registadas as ocorrências têm, por defeito, a pontuação 0 (não). Nas ins-

pecções, são registadas as pontuações 1 (sim) ou 2 (não se sabe).

5.15.1 Singularidades de varandas

Neste campo, são feitos os registos das singularidades de vãos de fachada. Estão disponíveis

os seguintes registos:

• varandas; são, regra geral, construídas em betão armado, em pedra ou com uma estru-

tura metálica; as varandas podem ser realizadas com apoio em consola (Fig. 5.222) ou

em vigas de bordadura (Fig. 5.223); podem ter guarda-corpos com muretes de alvena-

ria ou betão armado ou com gradeamentos metálicos (anodizados, lacados ou pinta-

dos); o seu registo é feito na célula H11; o seu registo é feito na célula E11;

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5. Fichas de inspecção do tipo C

176

Fig. 5.222 - Varandas com apoio em consola com guarda-corpos em gradeamentos de

ferro pintado e muretes de alvenaria

Fig. 5.223 - Varanda apoiada em vigas de bordadura com guarda-corpos em gradea-

mentos de alumínio lacado

• varanda em betão armado; o seu registo é feito na célula F13;

• varanda em pedra; o seu registo é feito na célula F14;

• varanda metálica; o seu registo é feito na célula F15;

• varanda com apoio em consola; o seu registo é feito na célula O13;

• varanda apoio em vigas de bordadura; o seu registo é feito na célula O14;

• impermeabilização; o seu registo é feito na célula F17;

• pingadeira; o seu registo é feito na célula K17;

• tubo-ladrão; o seu registo é feito na célula S17;

• marquise; o seu registo é feito na célula AC17;

• guarda-corpos em muretes de alvenaria; o seu registo é feito na célula J19;

• guarda-corpos em muretes em betão; o seu registo é feito na célula J20;

• guarda-corpos em gradeamentos; o seu registo é feito na célula J21;

• coroamento em pedra; o seu registo é feito na célula U19;

• coroamento em argamassa; o seu registo é feito na célula U20;

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Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995

177

• coroamento em chapa metálica; o seu registo é feito na célula U21;

• gradeamentos em aço; o seu registo é feito na célula H23;

• gradeamentos em alumínio; o seu registo é feito na célula H25;

• gradeamentos em ferro fundido; o seu registo é feito na célula H27;

• gradeamentos em madeira; o seu registo é feito na célula H28;

• anodização; o seu registo é feito na célula M25;

• lacagem; o seu registo é feito na célula R25;

• pintura; o seu registo é feito na célula M27;

• palas; consideram-se palas os elementos arquitectónicos para a protecção das chuvas e

sombreamento dos edifícios; podem encontrar-se palas na entrada dos edifícios, em

varandas e ao nível da cobertura, como se verifica através das Figs. 5.224, 5.225,

5.226 e 5.227; o seu registo é feito na célula D30;

Fig. 5.224 - Pala na entrada do edifício com apoio em consola

Fig. 5.225 - Pala em varanda com apoio em

consola

Fig. 5.226 - Pala em varanda com apoio em

vigas de bordadura

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5. Fichas de inspecção do tipo C

178

Fig. 5.227 - Palas ao nível da cobertura com apoio em consola

• pala em betão armado; o seu registo é feito na célula F32;

• pala em pedra; o seu registo é feito na célula F33;

• pala metálica; o seu registo é feito na célula F34;

• apoio em consola; o seu registo é feito na célula P32;

• apoio em vigas de bordadura; o seu registo é feito na célula P33;

• apoio em suspensão / tirantes; o seu registo é feito na célula P34;

• impermeabilização; o seu registo é feito na célula F36;

• pingadeira; o seu registo é feito na célula N36.

5.15.2 Anomalias / causas

Nesta ficha de inspecção, apresenta-se uma listagem de anomalias mais frequentemente detec-

tadas em varandas e palas e as suas causas possíveis (prováveis teóricas).

As anomalias são registadas nas células que estão associadas às exposições de varandas e

palas (N, E, S e W) e têm, por defeito, a pontuação 0 (não). Nas células da coluna “An.”,

essas anomalias estão registadas, por defeito, com a pontuação 1 (sim) e estão relacionadas

com as causas prováveis teóricas. A inexistência de uma anomalia na célula da coluna “An.”

com a pontuação 0 (não) anula, automaticamente, as causas prováveis. Confirmando-se a

existência de uma anomalia deve registar-se, dentro das causas prováveis (teóricas), as causas

reais que forem encontradas na globalidade dos vãos de fachada, resultantes da avaliação do

projecto e da inspecção visual. Se houver dúvidas quanto à existência de uma causa, ela deve

ser mantida.

Todas as anomalias que são registadas em cada varanda / pala devem ser sustentadas por

registos fotográficos que são guardados em arquivos com os nomes das exposições das facha-

das. As anomalias que não forem visíveis são registadas com a pontuação 2 (não se sabe).

A avaliação das anomalias nas varandas e palas que tenham muretes deve ser feita como se

não existissem muretes, uma vez que a avaliação destes muretes é feita na ficha de inspecção

de fachadas e muretes. Assim, avalia-se, pelo exterior, as faces visíveis da laje (inferior e

frontal, correspondente à espessura da laje) e os gradeamentos.

“As guardas de varandas (Fig. 5.228), balcões, terraços, galerias e escadas, em particular

quando estas últimas são exteriores, podem também ser afectadas pela humidade.

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Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995

179

Fig. 5.228 - Corrosão em guarda metálica de janela de sacada (INH - LNEC, 2006)

Quando são de madeira, a humidade pode provocar a sua degradação desde que o material

não se encontre devidamente preservado com tratamento adequado face às condições de utili-

zação e protegido com um revestimento por pintura ou velatura eficazes. No caso de estes

elementos serem metálicos, se não estiverem convenientemente protegidos contra a corrosão,

a humidade pode dar origem à sua degradação. As suas consequências são mais gravosas,

uma vez que a sua ocorrência nas guardas põe em causa a segurança dos utentes (Fig. 5.229)”

- INH - LNEC, 2006.

Fig. 5.229 - Corrosão em guarda metálica de janela de sacada (INH - LNEC, 2006)

• Anomalia 1 (Colonização biológica)

Na colonização biológica (Fig. 5.230), pode-se considerar como causas prováveis

os erros de concepção e execução, a presença contínua da humidade e a ausência /

inadequação de manutenção.

Fig. 5.230 - Colonização biológica na varanda

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5. Fichas de inspecção do tipo C

180

Os registos da anomalia são feitos em:

- exposição (N), na célula L43;

- exposição (E), na célula M43;

- exposição (S), na célula N43;

- exposição (W), na célula O43;

- “An.”, na célula P43.

As causas prováveis são registadas entre as células U43 e Z43.

• Anomalia 2 (Vegetação parasitária de grande porte - plantas, erva)

Na vegetação parasitária de grande porte -plantas, erva (Fig. 5.231), as causas pro-

váveis são do mesmo tipo das que foram consideradas na anomalia 1.

Os registos da anomalia são feitos em:

Fig. 5.231 - Planta em tubo-ladrão por ausência de manutenção

- exposição (N), na célula L44;

- exposição (E), na célula M44;

- exposição (S), na célula N44;

- exposição (W), na célula O44;

- “An.”, na célula P44.

As causas prováveis são registadas entre as células U44 e Z44.

• Anomalia 3 (Deficiências de planeza do revestimento)

As deficiências de planeza do revestimento de varandas e palas (Fig. 5.232) têm

como principal causa os erros de execução.

Os registos da anomalia são feitos em:

- exposição (N), na célula L45;

- exposição (E), na célula M45;

- exposição (S), na célula N45;

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Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995

181

- exposição (W), na célula O45;

- “An.”, na célula P45.

Fig. 5.232 - Deficiências de planeza no revestimento inferior da laje da varanda

As causas prováveis são registadas entre as células U45 e W45.

• Anomalia 4 (Desagregação / esfarelamento / erosão)

A desagregação / esfarelamento / erosão do revestimento de varandas e palas tem a

tipologia que foi considerada em fachadas e muretes, bem como as suas causas

prováveis.

Os registos da anomalia são feitos em:

- exposição (N), na célula L46;

- exposição (E), na célula M46;

- exposição (S), na célula N46;

- exposição (W), na célula O46;

- “An.”, na célula P46.

As causas prováveis são registadas entre as células U46 e AB46.

• Anomalia 5 (Alveolização / crateras)

A alveolização / crateras do revestimento de varandas e palas (Fig. 5.233) tem a

tipologia que foi considerada em fachadas e muretes, bem como as suas causas

prováveis.

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5. Fichas de inspecção do tipo C

182

Fig. 5.233 - Crateras na viga de apoio da varanda

Os registos da anomalia são feitos em:

- exposição (N), na célula L47;

- exposição (E), na célula M47;

- exposição (S), na célula N47;

- exposição (W), na célula O47;

- “An.”, na célula P47.

As causas prováveis são registadas entre as células U47 e AC47.

• Anomalia 6 (Empolamento)

O empolamento do revestimento de varandas e palas (Fig. 5.234) tem a tipologia

que foi considerada em fachadas e muretes, bem como as suas causas prováveis.

Fig. 5.234 - Empolamento no revestimento por acção da humidade

Os registos da anomalia são feitos em:

- exposição (N), na célula L48;

- exposição (E), na célula M48;

- exposição (S), na célula N48;

- exposição (W), na célula O48;

- “An.”, na célula P48.

As causas prováveis são registadas entre as células U48 e AB48.

• Anomalia 7 (Descolamentos / destacamento / descasque)

Os descolamentos / destacamento / descasque do revestimento de varandas e palas

(Fig. 5.235) têm a tipologia que foi considerada em fachadas e muretes, bem como

as suas causas prováveis.

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Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995

183

Fig. 5.235 - Descolamento do revestimento devido à acção expansiva do aço corroído

Os registos da anomalia são feitos em:

- exposição (N), na célula L49;

- exposição (E), na célula M49;

- exposição (S), na célula N49;

- exposição (W), na célula O49;

- “An.”, na célula P49.

As causas prováveis são registadas entre as células U49 e AE49.

• Anomalia 8 (Eflorescências / criptoflorescências)

As eflorescências / criptoflorescências do revestimento de varandas e palas (Figs.

5.236, 5.237 e 5.238) têm a tipologia que foi considerada em fachadas e muretes,

bem como as suas causas prováveis.

Fig. 5.236 - Eflorescências no revestimento frontal da varanda

Fig. 5.237 - Eflorescências nos revestimentos da pala

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5. Fichas de inspecção do tipo C

184

Fig. 5.238 - Eflorescências nas fissuras das lajes

Os registos da anomalia são feitos em:

- exposição (N), na célula L50;

- exposição (E), na célula M50;

- exposição (S), na célula N50;

- exposição (W), na célula O50;

- “An.”, na célula P50.

As causas prováveis são registadas entre as células U50 e AA50.

• Anomalia 9 (Alteração de cor - amarelecimento / bronzeamento / descoloração)

A alteração de cor (amarelecimento / bronzeamento / descoloração) do revestimen-

to de varandas e palas (Fig. 5.239) tem a tipologia que foi considerada em facha-

das e muretes, bem como as suas causas prováveis.

Fig. 5.239 - Amarelecimento do revestimento da pintura

Os registos da anomalia são feitos em:

- exposição (N), na célula L51;

- exposição (E), na célula M51;

- exposição (S), na célula N51;

- exposição (W), na célula O51;

- “An.”, na célula P51.

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Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995

185

As causas prováveis são registadas entre as células U51 e Y51.

• Anomalia 10 (Sujidade / manchas de poluição)

A sujidade / manchas de poluição do revestimento de varandas e palas (Fig. 5.240)

tem a tipologia que foi considerada em fachadas e muretes, bem como as suas cau-

sas prováveis.

Fig. 5.240 - Sujidade / manchas de poluição na laje e viga de apoio

Os registos da anomalia são feitos em:

- exposição (N), na célula L52;

- exposição (E), na célula M52;

- exposição (S), na célula N52;

- exposição (W), na célula O52;

- “An.”, na célula P52.

As causas prováveis são registadas entre as células U52 e X52.

• Anomalia 11 (Manchas localizadas)

As manchas localizadas do revestimento de varandas e palas (Fig. 5.241) têm a

tipologia que foi considerada em fachadas e muretes, bem como as suas causas

prováveis.

Fig. 5.241 - Manchas localizadas por acção da humidade

Os registos da anomalia são feitos em:

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5. Fichas de inspecção do tipo C

186

- exposição (N), na célula L53;

- exposição (E), na célula M53;

- exposição (S), na célula N53;

- exposição (W), na célula O53;

- “An.”, na célula P53.

As causas prováveis são registadas entre as células U53 e AF53.

• Anomalia 12 (Escorrimentos)

Os escorrimentos localizados no revestimento de varandas e palas (Fig. 5.242) têm

a tipologia que foi considerada em fachadas e muretes, bem como as suas causas

prováveis.

Os registos da anomalia são feitos em:

- exposição (N), na célula L54;

- exposição (E), na célula M54;

- exposição (S), na célula N54;

- exposição (W), na célula O54;

- “An.”, na célula P54.

Fig. 5.242 - Escorrimentos na varanda devido à inexistência de uma soleira com pinga-

deira

As causas prováveis são registadas entre as células U54 e AC54.

• Anomalia 13 (Inexistência de tubo ladrão da laje)

A inexistência de tubo ladrão da laje deve-se sobretudo a erros de concepção e de

execução.

Os registos da anomalia são feitos em:

- exposição (N), na célula L55;

- exposição (E), na célula M55;

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Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995

187

- exposição (S), na célula N55;

- exposição (W), na célula O55;

- “An.”, na célula P55.

As causas prováveis são registadas entre as células U55 e X55.

• Anomalia 14 (Deficiência de drenagem de tubo ladrão da laje)

A deficiência de drenagem de tubo ladrão da laje (Fig. 5.243) pode dever-se, em

grande parte, a erros de concepção e execução, podendo ser igualmente associado

à ausência / inadequação de manutenção.

Os registos da anomalia são feitos em:

- exposição (N), na célula L56;

- exposição (E), na célula M56;

- exposição (S), na célula N56;

- exposição (W), na célula O56;

- “An.”, na célula P56.

Fig. 5.243 - Deficiência de drenagem de tubo ladrão devido à ausência de manutenção

As causas prováveis são registadas entre as células U56 e AA56.

• Anomalia 15 (Fissuração da laje)

A fissuração da laje (Figs. 5.244 e 5.245) é normalmente associada a erros de con-

cepção e execução e devido às acções ambientais, podendo existir ausência / ina-

dequação de manutenção.

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5. Fichas de inspecção do tipo C

188

Fig. 5.244 - Fissuração da laje devido à retracção do betão

Fig. 5.245 - Fissuração transversal na secção da viga devido a erro de concepção ou exe-

cução

Os registos da anomalia são feitos em:

- exposição (N), na célula L57;

- exposição (E), na célula M57;

- exposição (S), na célula N57;

- exposição (W), na célula O57;

- “An.”, na célula P57.

As causas prováveis são registadas entre as células U57 e AE57.

• Anomalia 16 (Corrosão de gradeamentos)

Na corrosão de gradeamentos (Fig. 5.246), foram ponderadas as correlações ano-

malias / causas de Gonçalves (2004).

Fig. 5.246 - Corrosão do gradeamento guarda-corpos

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Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995

189

Os registos da anomalia são feitos em:

- exposição (N), na célula L58;

- exposição (E), na célula M58;

- exposição (S), na célula N58;

- exposição (W), na célula O58;

- “An.”, na célula P58.

As causas prováveis são registadas entre as células U58 e AC58.

• Anomalia 17 (Deterioração de pintura / anodização / lacagem de gradeamentos)

Na deterioração de pintura / anodização / lacagem de gradeamentos (Fig. 5.247),

foram ponderadas as correlações anomalias / causas de Gonçalves (2004).

Os registos da anomalia são feitos em:

- exposição (N), na célula L59;

- exposição (E), na célula M59;

- exposição (S), na célula N59;

- exposição (W), na célula O59;

- “An.”, na célula P59.

Fig. 5.247 - Deterioração de pintura em gradeamento guarda-corpos com início de cor-

rosão

As causas prováveis são registadas entre as células U59 e AF59.

• Anomalia 18 (Deformação excessiva vertical)

A deformação excessiva vertical deve ser registada quando tal se constatar através

da visualização a uma certa distância do elemento estrutural. As causas poderão

estar associadas a erros de concepção, a erros de execução ou ainda ao incumpri-

mento do projecto de estruturas.

Os registos da anomalia são feitos em:

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5. Fichas de inspecção do tipo C

190

- exposição (N), na célula L60;

- exposição (E), na célula M60;

- exposição (S), na célula N60;

- exposição (W), na célula O60;

- “An.”, na célula P60.

As causas prováveis são registadas entre as células U60 e Y60.

• Anomalia 19 (Corrosão de armaduras / estrutura metálica da laje)

O processo de corrosão de armaduras / estrutura metálica da laje (Fig. 5.248) foi

descrito nas fachadas e muretes, bem como as suas causas.

Os registos da anomalia são feitos em:

- exposição (N), na célula L61;

- exposição (E), na célula M61;

- exposição (S), na célula N61;

- exposição (W), na célula O61;

- “An.”, na célula P61.

As causas prováveis são registadas entre as células U61 e AF61.

Fig. 5.248 - Corrosão das armaduras das lajes de varandas

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Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995

191

5.16 Ficha de inspecção C/VaPa2 de varandas e palas

Esta ficha de inspecção (Anexo 1) não é preenchida. Deve, no entanto, ser actualizada, uma

vez que as células para os registos das anomalias contêm ligações com as da ficha C/VaPa1.

Na abertura da ficha de inspecção C/VaPa2, deve-se seleccionar “actualizar” (actualização de

dados) e “continuar”. Automaticamente, são feitos os registos das anomalias e as classifica-

ções das anomalias. “Não actualizar” permite o acesso aos dados que não necessitam de alte-

rações. Depois de actualizar a ficha de inspecção, deve-se fechar o ficheiro e guardar as actua-

lizações.

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Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995

191

6. Conclusões

A elaboração do presente manual de inspecção teve como objectivo principal disponibilizar

um documento técnico / científico de apoio a um conjunto de fichas de inspecção que foram

criadas para o levantamento e caracterização da patologia exterior de construções edificadas

em Portugal, no período de 1970 a 1995, e de modo a que um técnico, não especialista nesta

área, mas com o suporte deste documento, possa proceder ao levantamento de anomalias /

causas da envolvente exterior em edifícios de habitação. Para tal efeito, foi elaborada uma

compilação exaustiva das anomalias e suas causas, com base em publicações científicas e

técnicas, que irão permitir o levantamento de centenas de edifícios, que está em curso em

várias regiões do País, com a colaboração dos Departamentos de Engenharia Civil das Escolas

dos Politécnicos de Leiria, Coimbra, Viseu e Tomar, das Universidades de Aveiro e Beira

Interior e do Instituto Superior Técnico.

Como conclusão final, julga-se que este Manual favorecerá o trabalho de levantamento das

anomalias / causas com utilidade para os municípios e para o País, na definição de prioridades

de intervenção, por regiões, neste tipo de edifícios.

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Bibliografia

192

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Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995

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Bibliografia

194

Lisboa, 6 de Fevereiro de 2008

Autores

Armando Araújo Jorge de Brito Eduardo Júlio

Professor Adjunto Professor Associado Agregado Professor Auxiliar

Vistos

Jorge de Brito João Martins

Professor Associado Agregado Professor Catedrático Coordenador do Presidente do ICIST Núcleo da Construção

A assinatura do Presidente do ICIST enquadra-se na obrigação dos Estatutos do ICIST - Cap. III, Art.º 9, n.º 3 apenas significando que foi

tomado conhecimento da apresentação do presente relatório uma vez que a qualidade científica e ético-profissional é de única

responsabilidade dos autores.

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Anexo 1

Listagem das fichas de inspecção

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LEVANTAMENTO E CARACTERIZAÇÃO DE PATOLOGIA EXTERIOR FICHA DE CONSTRUÇÕES EDIFICADAS EM PORTUGAL ENTRE 1970 E 1995 A1

IDENTIFICAÇÃO E CARACTERÍSTICAS GERAIS DO EDIFÍCIO1. Dados gerais

Vista geralFicha nº:Data:1.1Distrito:1.2 Concelho: FOTOLocalização:1.3 Ano de construção:1.4 Código estatístico:Proc. Nº:

2. Local de implantação 2.1 isolado 0 2.2 gaveto 0 2.3 banda / extremo 0 2.4 banda / meio 0

3. Tipologia do edifício

3.1 Multifamiliar 0 3.2 Unifamiliar 0Garagem Comércio Serviços Habitação Arrumos Pé-direito (ml)

Nº Caves 0 0 0 0 0 0.00R/C 0 0 0 0 0 0.00NºPisos elev. 0 0 0 0 0 0.00Sótão 0 0 0 0 0.00

4. Tipologia da estrutura resistente4.1 Pórtico / parede em betão armado 0 4.4 Laminar em betão armado 04.2 Viga / pilar em betão armado 0 4.5 Mista (betão / metálica) 04.3 Viga / pilar em perfil metálico 0 4.6 Mista (betão / alvenaria) 0

5. Tipologia da cobertura 5.1Inclinada 0 5.2 Plana / terraço 0 5. 3 Mista (inclinada / terraço) 0

6. Tipologia das paredes exteriores 6.1Paredes de pano duplo 0 6.2 Paredes de pano simples 0

7. Tipologia dos materiais das paredes exteriores 7.1 Alvenaria de tijolo furado 0 7.2 Alvenaria de tijolo maciço 0

7.3 Pedra natural 0 7.4 Blocos de betão 0 7.5 Betão 0 7.8 Desconhecida 0

7.6 Blocos de betão de argila expandida 0 7.7 Blocos de betão celular autoclavado 0

8. Tipologia dos revestimentos / acabamento de paredes exterioresRevestimentos por elementos descontínuos 8.1 ladrilhos cerâmicos 0

8.2 ladrilhos hidráulicos 08.3 placas de pedra natural 08.4 placas de pedra artificial 08.5 soletos / placas onduladas de fibrocimento 08.6 telhas cerâmicas 0

Revestimentos de ligantes minerais 8.7 tradicionais com pintura 08.8 não tradicionais (monomassas) com / sem pintura 0

8.9 ETICS 0 8.12 Pintura com acabamento liso 08.10 Betão à vista 0 8.13 Pintura com acabamento rugoso 08.11 Tijolo cerâmico face-à-vista 0 8.14 Impermeabilização 0

9. Tipologia das caixilharias / envidraçados / guarda-corpos9.1 madeira 0 Envidraçados 9.5 simples 0 Guarda-corpos 9.7 madeira 0

Caixilharias 9.2 alumínio 0 9.6 duplos 0 9.8 alumínio 09.3 aço 0 9.9 aço / ferro 09.4 PVC 0 9.10 betão 0

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LEVANTAMENTO E CARACTERIZAÇÃO DE PATOLOGIA EXTERIOR FICHA DE CONSTRUÇÕES EDIFICADAS EM PORTUGAL ENTRE 1970 E 1995 B1.1

OBRAS DE BENEFICIAÇÃO1. Cobertura

1.1. Cobertura inclinada 0

Projecto 0 Informação oral 0 Visualização 0

Trabalhos identificados no local:

Nº Int. - número de intervenções Nº Int. Ano1 Ano21.1.1 Limpeza de telhas / chapas do revestimento 01.1.2 Limpeza de algerozes / caleiras 01.1.3 Correcção de alinhamentos / encaixes de telhas 01.1.4 Substituição de telhas / chapas do revestimento deteriorados 01.1.5 Reparação / substituição de cumieiras / rincões deteriorados 01.1.6 Reparação / substituição de algerozes / caleiras / tubos de queda 01.1.7 Reparação / substituição da impermeabilização em caleiras recuadas 01.1.8 Reparação de remates com paredes não emergentes (beirais e bordos) 01.1.9 Reparação / substituição de rufos em paredes emergentes / platibandas 01.1.10 Reparação / substituição de remates com tubagens 01.1.11 Reparação / substituição de remates com chaminés 01.1.12 Reparação / substituição de remates com clarabóias 01.1.13 Reparação / substituição do capeamento de muretes / platibandas 01.1.14 Substituição de elementos metálicos de fixação deteriorados 01.1.15 Reparação / substituição de elementos deteriorados da estrutura de suporte 01.1.16 Reparação / substituição de clarabóias / janelas de sótão 01.1.17 Alteração / reforço da estrutura de suporte 01.1.18 Melhoramento do mecanismo de ventilação 01.1.19 Isolamento da cobertura 0

1.2. Cobertura em terraço 0 Projecto 0 Informação oral 0 Visualização 0

Trabalhos identificados no local:

Nº Int. - número de intervenções Nº Int. Ano1 Ano21.2.1 Reparações da impermeabilização da cobertura 01.2.2 Substituição da impermeabilização da cobertura 01.2.3 Substituição do agregado da protecção pesada 01.2.4 Nivelamento dos apoios de lajetas de sombreamento 01.2.5 Substituição de lajetas de sombreamento deterioradas 01.2.6 Substituição de ladrilhos colados deteriorados 01.2.7 Reparação / substituição de rufos com platibandas / paredes emergentes 01.2.8 Reparação / substituição de remates com soleiras 01.2.9 Reparação / substituição de remates nas embocaduras 01.2.10 Reparação / substituição de remates com tubagens emergentes 01.2.11 Reparação / substituição do capeamento de muretes / platibandas 01.2.12 Reparação / substituição de remates em juntas de dilatação 01.2.13 Reparação / substituição de remates em bases de apoio de equipamentos 01.2.14 Reparação / substituição da caleiras / tubos de queda 0

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LEVANTAMENTO E CARACTERIZAÇÃO DE PATOLOGIA EXTERIOR FICHA DE CONSTRUÇÕES EDIFICADAS EM PORTUGAL ENTRE 1970 E 1995 B1.2

OBRAS DE BENEFICIAÇÃO2. Fachada 0

Projecto 0 Informação oral 0 Visualização 0

Nº Int. - número de intervenções Exposição / Nº Int.Trabalhos identificados no local: N E S W Ano1 Ano22.1 Limpeza de fachadas / revestimentos 0 0 0 02.2 Reparação / substituição de rebocos deteriorados 0 0 0 02.3 Reparação / substituição de elementos pétreos deteriorados 0 0 0 02.4 Reparação / substituição de ladrilhos / azulejos deteriorados 0 0 0 02.5 Reparação / substituição de placas de fibrocimento deterioradas 0 0 0 02.6 Reparação / substituição de tijolos cerâmicos maciços 0 0 0 02.7 Reparação / substituição de pinturas 0 0 0 02.8 Substituição de elementos metálicos corroídos 0 0 0 02.9 Melhoramento do sistema de ventilação da caixa-de-ar (tubos superiores) 0 0 0 02.10 Melhoramento do sistema de drenagem da caixa-de-ar (tubos inferiores) 0 0 0 02.11 Substituição de mastiques 0 0 0 02.12 Realização de corte hídrico na base das paredes 0 0 0 02.13 Colocação de isolamento térmico nas fachadas 0 0 0 02.14 Reparação / substituição de tubos de queda 0 0 0 0

3. Vãos de fachada 0

Projecto 0 Informação oral 0 Visualização 0

Nº Int. - número de intervenções Exposição / Nº Int.Trabalhos identificados no local: N E S W Ano1 Ano2

3.1 Limpezas de peitoris / aduelas /guarnições / soleiras 0 0 0 03.2 Reparação / substituição de vedantes deteriorados 0 0 0 03.3 Substituição de vidros partidos 0 0 0 03.4 Reparação / substituição de peitoris deteriorados 0 0 0 03.5 Reparação / substituição de aduelas deteriorados 0 0 0 03.6 Reparação / substituição de soleiras deterioradas 0 0 0 03.7 Pintura / envernizamento de caixilharias 0 0 0 03.8 Substituição de caixilharias 0 0 0 03.9 Limpezas de peitoris / aduelas /guarnições / soleiras 0 0 0 03.10 Substituição de estores / portadas deteriorados 0 0 0 03.11 Substituição de fechos e dobradiças deteriorados 0 0 0 0

4. Varandas e palas 0

Projecto 0 Informação oral 0 Visualização 0

Nº Int. - número de intervenções Exposição / Nº Int.Trabalhos identificados no local: N E S W Ano1 Ano2

4.1 Limpeza de revestimentos / coroamentos 0 0 0 04.2 Reposição de elementos do revestimento descolados 0 0 0 04.3 Reparação / substituição da impermeabilização 0 0 0 04.4 Reparação / substituição de rebocos deteriorados 0 0 0 04.5 Reparação / substituição de elementos pétreos deteriorados 0 0 0 04.6 Reparação / substituição de ladrilhos deteriorados 0 0 0 04.7 Reparação / substituição de azulejos deteriorados 0 0 0 04.8 Reparação / substituição de coroamentos 0 0 0 04.9 Reparações de pinturas 0 0 0 04.10 Pinturas de revestimentos 0 0 0 04.11 Substituição de elementos metálicos corroídos / degradados 0 0 0 0

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LEVANTAMENTO E CARACTERIZAÇÃO DE PATOLOGIA EXTERIOR FICHA DE CONSTRUÇÕES EDIFICADAS EM PORTUGAL ENTRE 1970 E 1995 C/CI1

AVALIAÇÃO DA COBERTURA INCLINADA

1. AVALIAÇÃO DA COBERTURA1.1. Forma e visualização da cobertura

Visualização pelo exterior Visualização pelo interior1.1.1 Cobertura de uma água 01.1.2 Cobertura de duas águas 01.1.3 Cobertura de três águas 01.1.4 Cobertura de quatro águas 0 FOTO FOTO1.1.5 Cobertura em pavilhão 01.1.6 Cobertura redonda 01.1.7 Acessibilidade 0Visualização pelo exterior 1.1.8 total 0 Visualização pelo interior 1.1.10 total 0

1.1.9 parcial 0 1.1.11 parcial 0

1.2. Exposição da cobertura1.2.1 Exposição protegida 01.2.2 Exposição normal 0 Zona climática Inclinação %1.2.3 Exposição exposta 0

1.3. Estrutura de suporte 0

1.3.1 Betão armado 0 Contínua 0 Descontínua 0 Espessura (cm)1.3.2 Madeira 0 Asna aberta 0 Asna fechada 0 Madres 0 Ripas 01.3.3 Metálica 0 1.3.4 Mista (madeira / metálica) 0 1.3.5 Muretes de alvenaria 0

1.4. Revestimento da cobertura Vidrada C/ subtelha

1.4.1 Telha cerâmica lusa 0 0 01.4.2 Telha cerâmica marselha 0 1.4.8 Fibrocimento 01.4.3 Telha cerâmica de canudo 0 1.4.9 Plástico 01.4.4 Telha cerâmica romana 0 1.4.10 Metálico 01.4.5 Telha cerâmica plana 0 1.4.11 Betuminoso (telha asfáltica) 01.4.6 Soletos de ardósia 0 1.4.12 Misto 01.4.7 Telha de betão 0

1.5. Camada de isolamento térmico 0

Lã de rocha 0Lã de vidro 0 Espessura (cm)Poliestireno espandido moldado 0

1.5.1 Na laje de esteira 0 Poliestireno espandido extrudido 01.5.2 Na vertente 0 Poliuretano 0

Polietileno 0Aglomerado negro de cortiça 0Argila expandida 0

1.6. Ventilação da cobertura 01.6.1Micro-ventilação 0 1.6.2 Telhas de ventilação 0 1.6.3 Beiral com ventilação 0

1.6.4 Bandas de ventilação em cumieira / rincão 0 1.6.5 Ventilação do desvão 0

1.7. Singularidades da cobertura1.7.1 Cumieira / rincões 0 1.7.2 Remates de chaminés 0 1.7.3 Remates com paredes emergentes 01.7.4 Beiral / beirado 0 1.7.5 Remates em larós 0 1.7.6 Remates com paredes de bordo 01.7.8 Telhas passadeira 0 1.7.9 Tubos de queda 0 1.7.7 Remates com tubagens emergentes 01.7.10 Mansardas 0 madeira 0 vidro simples 01.7.11 Janelas de sótão 0 Caixilharias alumínio 0 Envidraçados vidros duplos 01.7.12 Clarabóias 0 aço 0 vidro aramado 01.7.13 Platibandas 0 PVC 0 policarbonato 01.7.14 Caleiras recuadas 0 Ralo de pinha 0 Descarregador de superfície 0 acrílico 01.7.15 Caleiras exteriores 0 Ralo de pinha 0

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LEVANTAMENTO E CARACTERIZAÇÃO DE PATOLOGIA EXTERIOR FICHA DE CONSTRUÇÕES EDIFICADAS EM PORTUGAL ENTRE 1970 E 1995 C/CI2

AVALIAÇÃO DA COBERTURA INCLINADA E REGISTO DAS ANOMALIAS E SUAS CAUSAS

2. REGISTO DAS ANOMALIAS E SUAS CAUSASAn. - anomalia Af. - área afectada Causas possíveis Causas2.1 - Anomalias An. Primeiras Próximas Prováveis1 - Inclinação insuficiente da cobertura 1 1,3,4 1 3 4

2 - Inclinação excessiva da cobertura, sem fixação adequada ao suporte 1 1,3,4 1 3 4

3 - Diferenças de tonalidade nos elementos 1 1 2,3,5,8,12,13,17 1 2 3 5 8 12 13 17

4 - Ventilação da cobertura insuficiente 1 1,2,3 1 2 3

5 - Acumulação de detritos, plantas e vegetação parasitária 1 2,12 1,3,8,13,15 2 12 1 3 8 13 15

6 - Acumulação de musgos / verdete 1 2,12 1,3,8,13,15 2 12 1 3 8 13 15

7 - Zonas de concavidade / convexidade 1 1 2,3,4,5,15 1 2 3 4 5 15

8 - Desalinhamento / deslocamento dos elementos 1 1 2,3,10,15 1 2 3 10 15

9 - Sobreposição / encaixe deficiente dos elementos 1 1 2,3,10,15 1 2 3 10 15

10 - Elementos descontínuos soltos 1 1 2,3,10,15 1 2 3 10 15

11 - Elementos fracturados / fissurados 1 1,2,3,6,7,11,12,15,18 1 2 3 6 7 11 12 15 18

12 - Descasques 1 1,2 3, 11 1 2 3 11

13 - Eflorescências 1 11 1,2,3,5,8,9 11 1 2 3 5 8 9

14 - Fissuração rendilhada ou mapeada 1 7 5,12 7 5 12

15 - Desprendimento do vidrado 1 7 5,12 7 5 12

16 - Deficiência de remate de cumieira / rincões 1 15 1,2,3,4,5 15 1 2 3 4 5

17 - Deficiência de remates em chaminés 1 15 1,2,3,4,5 15 1 2 3 4 5

18 - Deficiências de remates com paredes emergentes / platibandas 1 15 1,2,3,4,5 15 1 2 3 4 5

19 - Deficiências de remates no coroamento de platibandas 1 15 1,2,3,4,5 15 1 2 3 4 5

20 - Deficiência de remates com paredes de bordo 1 15 1,2,3,4,5 15 1 2 3 4 5

21 - Deficiência de remates em tubagens emergentes 1 15 1,2,3,4,5 15 1 2 3 4 5

22 - Deficiências de remates em larós 1 15 1,2,3,4,5 15 1 2 3 4 5

23 - Deficiências de remates em beirais / beirados 1 15 1,2,3,4,5 15 1 2 3 4 5

24 - Deficiências de remates com janelas de sótão / clarabóias 1 15 1,2,3,4,5 15 1 2 3 4 5

25 - Deficiências em caleiras recuadas 1 1,2,3,4,5,8,12,15 1 2 3 4 5 8 12 15

26 - Deficiências em caleiras exteriores 1 1,2,3,5,7,11,12,13,15,17 1 2 3 5 7 11 12 13 15 17

27 - Inexistência de ralos de pinha em caleiras 1 2,3,15 2 3 15

28 - Deficiências de remates em juntas de dilatação 1 15 1,2,3,4,5 15 1 2 3 4 5

29 - Degradação de chapas metálicas / plásticas 1 1 2,3,4,5,6,7,17,18 1 2 3 4 5 6 7 17 18

30 - Corrosão de elementos de fixação / guarda-corpos 1 1, 11 2,5,8,9,12,13,15 1 11 2 5 8 9 12 13 15

31 - Corrosão / apodrecimento de caixilharias de janelas de sótão / clarabóias 1 1, 11 2,5,8,9,12,13,15 1 11 2 5 8 9 12 13 15

32 - Reparações com produtos betuminosos em elementos descontínuos 1 3, 5 3 5

2.2 - Causas das anomalias

Erros de concepção 1 - pormenorização omissa ou deficiente2 - prescrição de materiais omissa ou deficiente

Erros de execução 3 - execução deficiente Acções de origem mecânica 6 - cargas excessivas4 - não cumprimento do projecto 7 - choques5 - utilização inadequada de materiais

Acções ambientais 8 - acumulação de humidade Utilização / manutenção 14 - utilização inadequada do espaço9 - chuvas intensas 15 - ausência / inadequação de manutenção10 - ventos excepcionais 16 - alteração de utilização do espaço11 - gelo / degelo 17 - envelhecimento natural12 - radiação solar / ultravioletas 18 - vandalismo13 - poluição

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LEVANTAMENTO E CARACTERIZAÇÃO DE PATOLOGIA EXTERIOR FICHA DE CONSTRUÇÕES EDIFICADAS EM PORTUGAL ENTRE 1970 E 1995 C/CI3

AVALIAÇÃO DA COBERTURA INCLINADA E CLASSIFICAÇÃO DAS ANOMALIAS

3. CLASSIFICAÇÃO DAS ANOMALIAS3.2 - Classificação das anomalias

An. - anomalia 1 - Urgência de 2 - Segurança 3 - ClassificaçãoClasse actuação / bem-estar pseudo-quantitativa

Nota: alterar a pontuação da anomalia 7 (Classe 1) para 50, quando estiver (1 + 2) em causa a segurança de pessoas e bens. Grupo 0 1 2 3 A B C 1 2 3 4

3.1 - Anomalias An. Pontuação50 30 20 10 50 20 10

≥80 e ≤100

≥60 e ≤70

≥40 e ≤50

≥20 e ≤30

1 - Inclinação insuficiente da cobertura 1 20 20 40 2 - Inclinação excessiva da cobertura, sem fixação adequada ao suporte 1 30 20 50 3 - Diferenças de tonalidade nos elementos 1 10 10 204 - Ventilação da cobertura insuficiente 1 20 20 40 5 - Acumulação de detritos, plantas e vegetação parasitária 1 30 20 50 6 - Acumulação de musgos / verdete 1 20 20 40 7 - Zonas de concavidade / convexidade 1 30 50 80 8 - Desalinhamento / deslocamento dos elementos 1 30 20 50 9 - Sobreposição / encaixe deficiente dos elementos 1 30 10 40 10 - Elementos descontínuos soltos 1 30 20 50 11 - Elementos fracturados / fissurados 1 30 50 80 12 - Descasques 1 30 20 50 13 - Eflorescências 1 30 20 50 14 - Fissuração rendilhada ou mapeada 1 30 20 50 15 - Desprendimento do vidrado 1 30 20 50 16 - Deficiência de remate de cumieira / rincões 1 30 20 50 17 - Deficiência de remates em chaminés 1 30 20 50 18 - Deficiências de remates com paredes emergentes / platibandas 1 30 20 50 19 - Deficiências de remates no coroamento de platibandas 1 30 20 50 20 - Deficiência de remates com paredes de bordo 1 30 20 50 21 - Deficiência de remates em tubagens emergentes 1 30 20 50 22 - Deficiências de remates em larós 1 30 20 50 23 - Deficiências de remates em beirais / beirados 1 30 20 50 24 - Deficiências de remates com janelas de sótão / clarabóias 1 30 20 50 25 - Deficiências em caleiras recuadas 1 30 20 50 26 - Deficiências em caleiras exteriores / tubos de queda 1 30 20 50 27 - Inexistência de ralos de pinha em caleiras 1 30 20 50 28 - Deficiências de remates em juntas de dilatação 1 30 20 50 29 - Degradação de chapas metálicas / plásticas 1 30 20 50 30 - Corrosão de elementos de fixação / guarda-corpos 1 30 20 50 31 - Corrosão de caixilharias de janelas de sótão / clarabóias 1 30 20 50 32 - Reparações com produtos betuminosos em elementos descontínuos 1 20 20 40

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LEVANTAMENTO E CARACTERIZAÇÃO DE PATOLOGIA EXTERIOR FICHA

DE CONSTRUÇÕES EDIFICADAS EM PORTUGAL ENTRE 1970 E 1995 C/CT1

AVALIAÇÃO DA COBERTURA EM TERRAÇO

1. AVALIAÇÃO DA COBERTURA1.1 - Acessibilidade / tipologia da cobertura1.1.1 Cobertura não acessível (acessível só para manutenção) 01.1.2 Cobertura acessível a pessoas 01.1.3 Cobertura acessível a veículos ligeiros 0 FOTO1.1.4 Cobertura acessível a veículos pesados 01.1.5 Terraço-jardim 01.1.6 Cobertura especial (densidade elevada de equip. electromecânico / tubagens) 0

1.2 - Estrutura de suporte1.2.1 Laje maciça de betão armado 0 1.2.3 Perfis metálicos 0 1.2.5 Outra solução 01.2.2 Laje aligeirada de betão armado 0 1.2.4 Pisos de madeira ou seus derivados 0 1.2.6 Espessura (cm)

1.3 - Camada de forma 0

1.3.1 Projecto 0 Betão de agregados leves 0 Pendente (%)1.3.2 Visualização 0 Betonilha 01.3.3 Informação oral 0 Pendente dada pela estrutura resistente 0

Outra solução 0

1.4 - Barreira pára-vapor 0

1.4.1 Projecto 0 1.4.2 Visualização 0 1.4.3 Informação oral 0

1.5 - Camada de isolamento térmico 0

1.5.1 Projecto 0 Betão de agregados leves 01.5.2 Visualização 0 Betão celular 01.5.3 Informação oral 0 Poliestireno expandido moldado 0 Aglomerado de cortiça 0

Poliestireno expandido extrudido 0 Painéis de vidro celular 01.5.4 Sob a impermeabilização 0 Espuma rígida de poliuretano 0 Painéis mistos 01.5.5 Sobre a impermeabilização 0 Perlite ou vermiculite expandida 0 Outra solução 0

Fibras, partículas ou aparas de madeira 0Lã de vidro 0 Espessura (cm)Lã de rocha 0

1.6 - Camada de dessolidarização 0

1.6.4 Sob a impermeabilização 0 Feltro de fibra de vidro contínuo 0Feltro de fibra de vidro perfurado 0Feltro de poliéster 0

1.6.1 Projecto 0 Manta de geotêxtil 01.6.2 Visualização 0 Filme de plástico 01.6.3 Informação oral 0 Outra solução 0

Não existe esta camada 0Não se conhece a solução 0

1.6.5 Sobre a impermeabilização 0 Feltro de fibra de vidro contínuo 0Feltro de poliéster 0Manta de geotêxtil 0Filme de plástico 0Camada de areia 0Outra solução 0Não existe esta camada 0Não se conhece a solução 0

1.7 - Camada filtrante (para terraços-jardins) 0

1.7.1 Projecto 0 Feltro de poliéster 01.7.2 Visualização 0 Manta de geotêxtil 01.7.3 Informação oral 0 Outra solução 0

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LEVANTAMENTO E CARACTERIZAÇÃO DE PATOLOGIA EXTERIOR FICHA

DE CONSTRUÇÕES EDIFICADAS EM PORTUGAL ENTRE 1970 E 1995 C/CT2

AVALIAÇÃO DA COBERTURA EM TERRAÇO

1. AVALIAÇÃO DA COBERTURA1.10 - Camada drenante (para terraços-jardim) 0

Calhau rolado 0Agregado britado 0

1.10.1 Projecto 0 Painéis de poliestereno expandido nervurados 01.10.2 Visualização 0 Placas de plástico nervuradas e perfuradas 0 Espessura (cm)1.10.3 Informação oral 0 Outra solução 0

Não existe esta camada 0Não se conhece a solução 0

1.11 - Materiais de base da impermeabilização 0

Membranas betuminosas 01.11.1 Projecto 0 Membranas sintéticas 01.11.2 Visualização 0 Produtos líquidos de base betuminosa 01.11.3 Informação oral 0 Produtos líquidos sintéticos 0

Outra solução 0

1.12 - Protecção e acabamento 0

1.12.1 Projecto 0 1.12.2 Visualização 0 1.12.3 Informação oral 0Autoprotecção da membrana betuminosa 0 Ladrilhos cerâmicos sobre betonilha 0Camada de terra vegetal 0 Ladrilhos hidráulicos sobre betonilha 0Agregado grosso 0 Painel sanduíche de betão e isolante térmico 0Lajetas de betão 0 Outra solução 0

Espessura (cm)

1.13 - Remates da impermeabilização 0

1.13.1 Com platibandas ou paredes emergentes: 0Altura aproximada do remate (cm)

1.13.1.1 Projecto 0 Ficou aparente e colado ao paramento 01.13.1.2 Visualização 0 Ficou recoberto com um rufo 01.13.1.3 Informação oral 0 Ficou colado sobre um rufo 0

Outra solução 0

1.13.2 Com coroamento de platibanda: 0Reveste o paramento vertical e o seu coroamento 0Com um capeamento em chapa metálica 0

1.13.2.1 Projecto 0 Com um capeamento de pedra ou betão 01.13.2.2 Visualização 0 Com revestimento de ligante sintético 01.13.2.3 Informação oral 0 Com uma camada de argamassa pintada 0

Outra solução 0

1.13.3 Em juntas de dilatação: 0Com o sistema de impermeabilização da zona corrente 0

1.13.3.1 Projecto 0 Com materiais distintos da zona corrente 01.13.3.2 Visualização 0 Colocado um cordão comprimido na junta para suporte do remate 01.13.3.3 Informação oral 0 Colocada sobre a junta uma banda de dessolarização do remate 0

Impermeabilização da zona corrente não interrompida na junta 0Outra solução 0

1.13.4 Com soleiras de portas: 0 1.13.5 Com tubos de queda: 0 1.13.6 Com caleiras: 01.13.4.1 Projecto 0 1.13.5.1 Projecto 0 1.13.6.1 Projecto 01.13.4.2 Visualização 0 1.13.5.2 Visualização 0 1.13.6.2 Visualização 01.13.4.3 Informação oral 0 1.13.5.3 Informação oral 0 1.13.6.3 Informação oral 0

1.13.7 Com base de apoio de equipamento diverso: 0 1.13.8 Com tubagens emergentes: 01.13.7.1 Projecto 0 1.13.8.1 Projecto 01.13.7.2 Visualização 0 1.13.8.2 Visualização 01.13.7.3 Informação oral 0 1.13.8.3 Informação oral 0

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LEVANTAMENTO E CARACTERIZAÇÃO DE PATOLOGIA EXTERIOR FICHA DE CONSTRUÇÕES EDIFICADAS EM PORTUGAL ENTRE 1970 E 1995 C/CT3

AVALIAÇÃO DA COBERTURA EM TERRAÇO E REGISTO DAS ANOMALIAS E SUAS CAUSA

2. REGISTO DAS ANOMALIAS E SUAS CAUSASAn. - anomalia Causas possíveis Causas2.1 - Anomalias An. Primeiras Próximas ProváveisDiversas:1 - Acumulação de detritos, objectos, plantas e vegetação parasitária 1 2,12 1,3,8,15 2 12 1 3 8 15

2 - Acumulação de musgos / verdete 1 2,12 1,3,8,15 2 12 1 3 8 15

3 - Acumulação de água ou manchas que o indiciem 1 1.9 3.4 1 9 3 4

Na impermeabilização:Não é visívelÉ visível 14 - Fissuração generalizada 1 1 2,3,4,5,8,12,17 1 2 3 4 5 8 12 17

5 - Fissuras localizadas 1 1 2,3,4,5,6,12,14 1 2 3 4 5 6 12 14

6 - Fissuras longitudinais ou transversais de desenvolvimento significativo 1 1 2,3,4,12 1 2 3 4 12

7 - Perfurações 1 6,7,14 6 7 14

8 - Rasgamentos 1 6,7,10,14 6 7 10 14

9 - Enrugamentos ou dobras 1 1 2,3,4,5,10,12 1 2 3 4 5 10 12

10 - Empolamento ou bolsas de ar 1 1 2,3,4,5,8,12 1 2 3 4 5 8 12

11 - "Alagartado" à superfície de membranas betuminosas 1 1 2,3,4,5,8,12,17 1 2 3 4 5 8 12 17

12 - Descolamento de juntas de sobreposição das membranas 1 1 2,3,4,12 1 2 3 4 12

13 - Juntas de sobreposição das membranas sem largura uniforme 1 1 3 1 3

14 - Deformação acentuada sob os apoios de lajetas de sombreamento 1 1 2,6,14 1 2 6 141 1 2Na protecção da impermeabilização:Leve 115 - Granulado mineral removido em áreas significativas 1 2,9,10 2 9 10

16 - Autoprotecção da membrana em folha de alumínio fissurada / rasgada 1 6.7 6 7

17 - Outras anomalias 0Pesada 118 - Material rolado ou britado deslocado para zonas mais abrigadas do vento 1 2,3,9,10 2 3 9 10

19 - Dimensão do agregado muito variável 1 2, 3 2 3

20 - Espessura insuficiente da camada de material rolado ou britado 1 1.3 1 3

21 - Lajetas de sombreamento partidas 1 1.2 3,6,7 1 2 3 6 7

22 - Lajetas de sombreamento desniveladas / instáveis 1 3, 6 3 6

23 - Inexistência de juntas de esquartelamento 1 1.3 1 3

24 - Descolamentos de ladrilhos colados 1 1,2,8,17 3.5 1 2 8 17 3 5

25 - Fissuração / fractura de ladrilhos 1 1,4,8,17 3,5,6,7 1 4 8 17 3 5 6 7

26 - Fissuração nas juntas entre ladrilhos 1 1,2,12 3,5,17 1 2 12 3 5 17

27 - Eflorescências 1 2, 15 3,5,8 2 15 3 5 8

28 - Fissuração da betonilha ou da camada de betão da protecção pesada 1 2 1,3,5,11,12 2 1 3 5 11 12

Erros de concepção 1 - pormenorização omissa ou deficiente2 - prescrição de materiais omissa ou deficiente

Erros de execução 3 - execução deficiente Acções de origem mecânica 6 - cargas excessivas4 - não cumprimento do projecto 7 - choques5 - utilização inadequada de materiais

Acções ambientais 8 - acumulação de humidade Utilização / manutenção 14 - utilização inadequada do espaço9 - chuvas intensas 15 - ausência / inadequação de manutenção10 - ventos excepcionais 16 - alteração de utilização do espaço11 - gelo / degelo 17 - envelhecimento natural12 - radiação solar / ultravioletas 18 - vandalismo13 - poluição

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AVALIAÇÃO DA COBERTURA EM TERRAÇO E REGISTO DAS ANOMALIAS E SUAS CAUSAS

2. REGISTO DAS ANOMALIAS E SUAS CAUSASAn. - anomalia Causas possíveis Causas2.1 - Anomalias An. Primeiras Próximas Prováveis

Nos remates com platibandas ou paredes emergentes:29 - Empolamentos 1 1,2,3,4,8,12 1 2 3 4 8 12

30 - Descolamentos 1 1,2,3,4,8,12 1 2 3 4 8 12

31 - Fissuração / rasgamento 1 1,2,3,4,5,6,12 1 2 3 4 5 6 12

32 - Deficiência do remate com rufo 1 1,2,3,4,5 1 2 3 4 5

Em juntas de dilatação:33 - Deficiência do remate em juntas ao nível da cobertura 1 1,2,3,4,5 1 2 3 4 5

34 - Deficiência do remate em juntas sobreelevadas 1 1,2,3,4,5 1 2 3 4 5

35 - Deficiência do remate em juntas entre edifícios 1 1,2,3,4,5 1 2 3 4 5

Nos remates:36 - Com soleiras 1 1,2,3,4,5 1 2 3 4 5

37 - Com embocaduras de tubos de queda 1 1,2,3,4,5,15 1 2 3 4 5 15

38 - Com tubagens emergentes 1 1,2,3,4,5 1 2 3 4 5

39 - Com bases de equipamento de apoio 1 1,2,3,4,5 1 2 3 4 5

40 - Com caleiras 1 1,2,3,4,5 1 2 3 4 5

2.2 - Causas das anomalias

Erros de concepção 1 - pormenorização omissa ou deficiente2 - prescrição de materiais omissa ou deficiente

Erros de execução 3 - execução deficiente Acções de origem mecânica 6 - cargas excessivas4 - não cumprimento do projecto 7 - choques5 - utilização inadequada de materiais

Acções ambientais 8 - acumulação de humidade Utilização / manutenção 14 - utilização inadequada do espaço9 - chuvas intensas 15 - ausência / inadequação de manutenção10 - ventos excepcionais 16 - alteração de utilização do espaço11 - gelo / degelo 17 - envelhecimento natural12 - radiação solar / ultravioletas 18 - vandalismo13 - poluição

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LEVANTAMENTO E CARACTERIZAÇÃO DE PATOLOGIA EXTERIOR FICHA DE CONSTRUÇÕES EDIFICADAS EM PORTUGAL ENTRE 1970 E 1995 C/CT5

AVALIAÇÃO DA COBERTURA EM TERRAÇO E CLASSIFICAÇÃO DAS ANOMALIAS

3. CLASSIFICAÇÃO DAS ANOMALIAS

3.2 - Classificação das anomaliasAn. - anomalia 1 - Urgência de 2 - Segurança 3 - Classificação

Classe actuação / bem-estar pseudo-quantitativa(1 + 2)

Grupo 0 1 2 3 A B C 1 2 3 4

3.1 - Anomalias An. Pontuação50 30 20 10 50 20 10

≥80 e ≤100

≥60 e ≤70

≥40 e ≤50

≥20 e ≤30

Diversas: 1 - Acumulação de detritos, objectos, plantas e vegetação parasitária 1 30 20 50 2 - Acumulação de musgos / verdete 1 10 10 203 - Acumulação de água ou manchas que o indiciem 1 20 20 40 Na impermeabilização:4 - Fissuração generalizada 1 50 20 70 5 - Fissuras localizadas 1 50 20 70 6 - Fissuras longitudinais ou transversais de desenvolvimento significativo 1 50 20 70 7 - Perfurações 1 50 20 70 8 - Rasgamentos 1 50 20 70 9 - Enrugamentos ou dobras 1 30 20 50 10 - Empolamento ou bolsas de ar 1 30 20 50 11 - "Alagartado" à superfície de membranas betuminosas 1 50 20 70 12 - Descolamento de juntas de sobreposição das membranas 1 50 20 70 13 - Juntas de sobreposição das membranas sem largura uniforme 1 20 10 3014 - Deformação acentuada sob os apoios de lajetas de sombreamento 1 30 20 50 Na protecção da impermeabilização:Leve15 - Granulado mineral removido em áreas significativas 1 30 20 50 16 - Autoprotecção da membrana em folha de alumínio fissurada / rasgada 1 30 20 50 17 - Outras anomalias 0 Pesada18 - Material rolado ou britado deslocado para zonas mais abrigadas do vento 1 30 20 50 19 - Dimensão do agregado muito variável 1 20 20 40 20 - Espessura insuficiente da camada de material rolado ou britado 1 20 20 40 21 - Lajetas de sombreamento partidas 1 30 20 50 22 - Lajetas de sombreamento desniveladas / instáveis 1 30 50 80 23 - Inexistência de juntas de esquartelamento 1 20 20 40

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LEVANTAMENTO E CARACTERIZAÇÃO DE PATOLOGIA EXTERIOR FICHA DE CONSTRUÇÕES EDIFICADAS EM PORTUGAL ENTRE 1970 E 1995 C/CT6

AVALIAÇÃO DA COBERTURA EM TERRAÇO E CLASSIFICAÇÃO DAS ANOMALIAS

3. CLASSIFICAÇÃO DAS ANOMALIAS

3.2 - Classificação das anomaliasAn. - anomalia 1 - Urgência de 2 - Segurança 3 - Classificação

Classe actuação / bem-estar pseudo-quantitativa(1 + 2)

Grupo 0 1 2 3 A B C 1 2 3 4

3.1 - Anomalias An. Pontuação50 30 20 10 50 20 10

≥80 e ≤100

≥60 e ≤70

≥40 e ≤50

≥20 e ≤30

Na protecção da impermeabilização:Pesada24 - Descolamentos de ladrilhos colados 1 20 20 40 25 - Fissuração / fractura de ladrilhos 1 20 20 40 26 - Fissuração nas juntas entre ladrilhos 1 20 20 40 27 - Eflorescências 1 20 10 3028 - Fissuração da betonilha ou da camada de betão da protecção pesada 1 20 10 30Nos remates com platibandas ou paredes emergentes:29 - Empolamentos 1 30 20 50 30 - Descolamentos 1 50 20 70 31 - Fissuração / rasgamento 1 50 20 70 32 - Deficiência do remate com rufo 1 30 20 50 Em juntas de dilatação:33 - Deficiência do remate em juntas ao nível da cobertura 1 50 20 70 34 - Deficiência do remate em juntas sobreelevadas 1 50 20 70 35 - Deficiência do remate em juntas entre edifícios 1 30 20 50 Nos remates:36 - Com soleiras 1 30 20 50 37 - Com embocaduras de tubos de queda 1 30 20 50 38 - Com tubagens emergentes 1 30 20 50 39 - Com bases de equipamento de apoio 1 30 20 50 40 - Com caleiras 1 30 20 50

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LEVANTAMENTO E CARACTERIZAÇÃO DE PATOLOGIA EXTERIOR FICHA DE CONSTRUÇÕES EDIFICADAS EM PORTUGAL ENTRE 1970 E 1995 C/Fa1

AVALIAÇÃO DAS FACHADAS E MURETES

1. AVALIAÇÃO DAS FACHADAS1.1. Visualização das fachadas 1.1.1 Fachada Norte (N) 0 1.1.3 Fachada Sul (S) 0

Visualização Visualização

FOTO FOTO

1.1.2 Fachada Este (E) 0 1.1.4 Fachada Oeste (W) 0 Visualização Visualização

FOTO FOTO

1.2. Condições de exposição1.2.1 Condições severas 0 1.2.2 Condições moderadas 0 1.2.3 Condições favoráveis 0

1.3. Camada de isolamento térmico 0

1.3.1 Projecto 0 Lã de rocha 01.3.2 Visualização 0 Lã de vidro 01.3.3 Informação oral 0 Poliestireno expandido moldado 01.3.4 Isolante pelo interior 0 Poliestireno expandido extrudido 0 Espessura do isolamento (cm)1.3.5 Isolante na caixa-de-ar 0 Espuma de poliuretano injectada 01.3.6 Isolante pelo exterior 0 Placas de poliuretano 0

Aglomerado negro de cortiça 0Argila expandida 0

1.3.7 Espessura total das paredes (cm) Com tubagem superior 01.3.8 Largura total de caixa-de-ar (cm) 1.3.9 Ventilação da caixa-de-ar 0 Com tubagem inferior 0

Com tijoleira cerâmica 01.3.10 Correcção de pontes térmicas 0 1.3.10.1 Pelo interior 0 Com tijolo cerâmico 0

1.3.10.2 Pelo exterior 0 Com isolamento 0Só afagada 0 Com tubo inferior 0

1.3.11 Caleira de drenagem 0 Afagada e pintada 0 Drenagem Com mais de um tubo inferior 0

1.4. Singularidades das fachadas

1.4.1 Cornijas 0 1.4.2 Gárgulas 0 1.4.3 Elementos artísticos 0Ladrilhos cerâmicos 0 Ladrilhos cerâmicos 0

1.4.4 Soco 0 Ladrilhos hidráulicos 0 1.4.5 Cunhais 0 Ladrilhos hidráulicos 0Placas de pedra natural 0 Placas de pedra natural 0Placas de pedra artificial 0 Placas de pedra artificial 0Argamassa cimentícia 0 Argamassa cimentícia 0

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LEVANTAMENTO E CARACTERIZAÇÃO DE PATOLOGIA EXTERIOR FICHA DE CONSTRUÇÕES EDIFICADAS EM PORTUGAL ENTRE 1970 E 1995 C/Fa2

AVALIAÇÃO DAS FACHADAS E MURETE

2. REGISTO DAS ANOMALIAS E SUAS CAUSASAn. - anomalia Exposição Causas possíveis Causas 2.1 - Anomalias N E S W An. Primeiras Próximas prováveis

1 - Vegetação parasitária de grande porte (plantas, erva) 0 0 0 0 1 1.2 3,8,9,11,13,15 1 2 3 8 9 11 13 15

2 - Colonização biológica (algas, líquenes, fungos, musgos, verdete) 0 0 0 0 1 1.2 3,8,9,11,13,15 1 2 3 8 9 11 13 15

3 - Abaulamento do painel de tijolo 0 0 0 0 1 5, 10 1.3 5 10 1 3

4 - Deficiências de planeza do revestimento 0 0 0 0 1 2 3.5 2 3 5

5 - Desagregação / esfarelamento / erosão 0 0 0 0 1 2,3,5,8,9,10,11,15 2 3 5 8 9 10 11 15

6 - Alveolização / crateras 0 0 0 0 1 2,5,10,11,12 3,7,8,9 2 5 10 11 12 3 7 8 9

7 - Empolamento 0 0 0 0 1 1 2,3,5,8,9,11,15 1 2 3 5 8 11 15

8 - Descolamentos / destacamento / descasque 0 0 0 0 1 1 2,3,5,8,9,11,15 1 2 3 5 8 11 15

9 - Eflorescências / criptoflorescências 0 0 0 0 1 2 3,5,8,9,11,15 2 3 5 8 9 11 15

10 - Alteração de cor (amarelecimento / bronzeam. / descoloração) 0 0 0 0 1 8,12,13,15,17 8 12 13 15 17

11 - Sujidade / manchas de poluição 0 0 0 0 1 2 5,13,15 2 5 13

12 - Manchas localizadas 0 0 0 0 1 1,2,10,11 3,5,8,9,12,13,15,18 1 2 10 11 3 5 8 9 12 13 15 18

13 - Escorrimentos 0 0 0 0 1 1,2,3,4,5,8,9,15 1 2 3 4 5 8 9 15

14 - Ascensão capilar 0 0 0 0 1 15 1,2,3,4,5,8,9 15 1 2 3 4 5 8 9

15 - Graffiti 0 0 0 0 1 15, 18 15 18

16 - Fissuração ou descamação do vidrado de ladrilhos 0 0 0 0 1 1,2,3,5,8,9,11,12 1 2 3 5 8 9 11 12

17 - Esmagamento ou lascagem nos bordos de ladrilhos 0 0 0 0 1 1,2,4,5,12,15 3,7,8,18 1 2 4 5 12 15 3 7 8 18

18 - Enodoamento, alteração de cor ou de brilho de ladrilhos 0 0 0 0 1 7,12,13,15 17, 18 7 12 13 15 17 18

19 - Riscagem ou desgaste de ladrilhos / placas pétreas 0 0 0 0 1 5,10,17,18 2,7,15 5 10 17 18 2 7 15

20 - Fissuração / deterioração de juntas de ladrilhos 0 0 0 0 1 1,2,12,15 3.17 1 2 12 15 3 5 17

21 - Fracturação 0 0 0 0 1 2.15 1,3,5,7,8,9,11,18 2 15 1 3 5 7 8 9 11 18

22 - Fissuração rendilhada ou mapeada 0 0 0 0 1 1,2,15 3,5,8,9,10,11,12 1 2 15 3 5 8 9 10 11 12

23 - Fissuração sem orientação preferencial e não rendilhada 0 0 0 0 1 2.15 1,3,4,5,8,9,10,11,12 2 15 1 3 4 5 8 9 10 11 12

24 - Fissuração predominantemente vertical 0 0 0 0 1 2.15 1,3,4,5,8,9,10,11,12 2 15 1 3 4 5 8 9 10 11 12

25 - Fissuração predominantemente horizontal 0 0 0 0 1 2.15 1,3,4,5,8,9,10,11,12 2 15 1 3 4 5 8 9 10 11 12

26 - Fisuração predominantemente inclinada 0 0 0 0 1 2.15 1,3,4,5,8,9,10,11,12 2 15 1 3 4 5 8 9 10 11 12

27 - Corrosão de elementos metálicos incorporados no revestimento 0 0 0 0 1 1.2 3,5,8,9,11,13,15,17 1 2 3 5 8 9 11 13 15 17

28 - Corrosão de armaduras / elementos metálicos da estrutura 0 0 0 0 1 1.2 3,5,8,9,11,13,15 1 2 3 5 8 9 11 13 15

29 - Deterioração / inexistência dos mastiques 0 0 0 0 1 2,15,17 3,5,8,9,10,11,12,13 2 15 17 3 5 8 9 10 11 12 13

30 - Deficiência de drenagem da caixa-de-ar 0 0 0 0 1 1,2,3,4,5,18 1 2 3 4 5 18

31 - Deficiência de ventilação da caixa-de-ar 0 0 0 0 1 1,2,3,4,5,18 1 2 3 4 5 18

32 - Deficências em tubos de queda 0 0 0 0 1 2 3,5,7,15,18 2 3 5 7 15 18

Em coroamentos de muretes / platibandas:33 - Inexistência de capeamento 0 0 0 0 1 1,2,3,4,5 1 2 3 4 5

34 - Colonização biológica do capeamento 0 0 0 0 1 1.2 3,8,9,11,13,15 1 2 3 8 9 11 13 15

35 - Deslocações / arqueamento do capeamento 0 0 0 0 1 1,2,3,4,5,10,12,15 1 2 3 4 5 10 12 17

36 - Corrosão do capeamento 0 0 0 0 1 1.2 3,5,8,9,11,15,17 1 2 3 5 8 9 11 15 17

37 - Rotura / fissuração do capeamento 0 0 0 0 1 1.15 2,3,5,7,8,9,10,11,12 1 15 2 3 5 7 8 9 10 11 12

38 - Inexistência de pingadeira no capeamento 0 0 0 0 1 1,2,3,4,5 1 2 3 4 5

2.2 - Causas das anomaliasErros de concepção 1 - pormenorização omissa ou deficiente

2 - prescrição de materiais omissa ou deficiente

Erros de execução 3 - execução deficiente Acções de origem mecânica 6 - cargas excessivas4 - não cumprimento do projecto 7 - choques5 - utilização inadequada de materiais

Acções ambientais 8 - acumulação de humidade Utilização / manutenção 14 - utilização inadequada do espaço9 - chuvas intensas 15 - ausência / inadequação de manutenção10 - ventos excepcionais 16 - alteração de utilização do espaço11 - gelo / degelo 17 - envelhecimento natural12 - radiação solar / ultravioletas 18 - vandalismo

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LEVANTAMENTO E CARACTERIZAÇÃO DE PATOLOGIA EXTERIOR FICHA DE CONSTRUÇÕES EDIFICADAS EM PORTUGAL ENTRE 1970 E 1995 C/Fa3

AVALIAÇÃO DAS FACHADAS E MURETES

3. CLASSIFICAÇÃO DAS ANOMALIAS3.2 - Classificação das anomalias

An. - anomalia 1 - Urgência de 2 - Segurança 3 - ClassificaçãoClasse actuação / bem-estar pseudo-quantitativa

(1 + 2)Exposição Grupo 0 1 2 3 A B C 1 2 3 4

3.1 - Anomalias N S E W An. Pontuação50 30 20 10 50 20 10

≥80 e ≤100

≥60 e ≤70

≥40 e ≤50

≥20 e ≤30

1 - Vegetação parasitária de grande porte (plantas, erva 0 0 0 0 1 30 20 502 - Colonização biológica (algas, líquenes, fungos, musgos, verdete 0 0 0 0 1 20 20 403 - Abaulamento do painel de tijolo 0 0 0 0 1 50 50 1004 - Deficiências de planeza do revestimento 0 0 0 0 1 10 10 205 - Desagregação / esfarelamento / erosão 0 0 0 0 1 30 50 806 - Alveolização / crateras 0 0 0 0 1 20 20 407 - Empolamento 0 0 0 0 1 20 20 408 - Descolamentos / destacamento / descasque 0 0 0 0 1 20 50 709 - Eflorescências / criptoflorescências 0 0 0 0 1 20 20 4010 - Alteração de cor (amarelecimento / bronzeam. / descoloração 0 0 0 0 1 10 10 2011 - Sujidade / manchas de poluição 0 0 0 0 1 10 10 2012 - Manchas localizadas 0 0 0 0 1 30 20 5013 - Escorrimentos 0 0 0 0 1 10 10 2014 - Ascensão capilar 0 0 0 0 1 30 50 8015 - Graffiti 0 0 0 0 1 10 10 2016 - Fissuração ou descamação do vidrado de ladrilhos 0 0 0 0 1 20 10 3017 - Esmagamento ou lascagem nos bordos de ladrilhos 0 0 0 0 1 20 10 3018 - Enodoamento, alteração de cor ou de brilho de ladrilho 0 0 0 0 1 10 10 2019 - Riscagem ou desgaste de ladrilhos / placas pétreas 0 0 0 0 1 10 10 2020 - Fissuração / deterioração de juntas de ladrilhos 0 0 0 0 1 20 20 4021 - Fracturação 0 0 0 0 1 20 50 7022 - Fissuração rendilhada ou mapeada 0 0 0 0 1 20 50 7023 - Fissuração sem orientação preferencial não rendilhada 0 0 0 0 1 20 50 7024 - Fissuração predominantemente vertica 0 0 0 0 1 20 50 7025 - Fissuração predominantemente horizonta 0 0 0 0 1 20 50 7026 - Fisuração predominantemente inclinada 0 0 0 0 1 20 50 7027 - Corrosão de elementos metálicos incorporados no revestimento 0 0 0 0 1 20 20 4028 - Corrosão de armaduras / elementos metálicos da estrutura 0 0 0 0 1 30 50 8029 - Deterioração / inexistência dos mastiques 0 0 0 0 1 30 50 8030 - Deficiência de drenagem da caixa-de-a 0 0 0 0 1 20 20 4031 - Deficiência de ventilação da caixa-de-a 0 0 0 0 1 20 20 4032 - Deficências em tubos de queda 0 0 0 0 1 20 20 40Em coroamentos de muretes / platibandas:33 - Inexistência de capeamento 0 0 0 0 1 20 20 4034 - Colonização biológica do capeamento 0 0 0 0 1 20 20 4035 - Deslocações / arqueamento do capeamento 0 0 0 0 1 20 20 4036 - Corrosão do capeamento 0 0 0 0 1 20 20 4037 - Rotura / fissuração do capeamento 0 0 0 0 1 20 20 4038 - Inexistência de pingadeira no capeamento 0 0 0 0 1 20 20 40

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LEVANTAMENTO E CARACTERIZAÇÃO DE PATOLOGIA EXTERIOR FICHA DE CONSTRUÇÕES EDIFICADAS EM PORTUGAL ENTRE 1970 E 1995 C/Va1

AVALIAÇÃO DE VÃOS DE FACHADA

1. AVALIAÇÃO DE VÃOS DE FACHADA1.1. Singularidades Protecção térmica 1.1.1 estores 0

1.1.2 portadas exteriores 01.1.3 portadas interiores 0

Ombreiras / vergas 1.1.4 argamassa pintada 01.1.5 elementos pétreos 01.1.6 elementos cerâmicos 0

Peitoris 1.1.7 madeira 0 com rasgos 0 1.1.10 Soleiras com rasgos 01.1.8 pedra 0 com pingadeira 01.1.9 metal 0 com inclinação 0

Acabamento das caixilharias 1.1.11 pintura 0 Gradeamentos de protecção 1.1.16 ferro / aço 01.1.12 envernizamento 0 1.1.17 alumínio 01.1.13 velatura 01.1.14 anodização 01.1.15 lacagem 0

2. REGISTO DAS ANOMALIAS E SUAS CAUSAS

An. - anomalia Af. - área afectada Exposição Causas possíveis Causas 2.1 - Anomalias N E S W An. Primeiras Próximas prováveis1 - Colonização biológica em peitoris / soleiras / ombreiras / vergas 0 0 0 0 1 11 1,2,3,4,8,9,13,15 11 1 2 3 4 8 9 13 15

2 - Eflorescências / criptoflorescências 0 0 0 0 1 11 1,3,5,8,9,13,15 11 1 3 5 8 9 13 15

3 - Humidade de infiltração 0 0 0 0 1 5,8,11,12,13 1,2,3,4,7,9,18 5 8 11 12 13 1 2 3 4 7 9 18

4 - Inexistência / insuficiência de inclinação em peitoris 0 0 0 0 1 1,2,4,5 1 2 4 5

5 - Inexistência de pingadeira em peitoris 0 0 0 0 1 1,2,4,5 1 2 4 5

6 - Inexistência de rasgos em peitoris 0 0 0 0 1 1,2,4,6 1 2 4 5

7 - Balanço insuficiente de peitoris 0 0 0 0 1 1,2,3,4,5 1 2 3 4 5

8 - Fissuração em peitoris / soleiras / ombreiras / vergas 0 0 0 0 1 8,11,13,18 1,2,3,4,5,6,7,12 8 11 13 18 1 2 3 4 5 6 7 12

9 - Fissuração e fractura de vidros 0 0 0 0 1 10,12,15 1,3,7,18 10 12 15 1 3 7 18

10 - Deterioração de vedantes 0 0 0 0 1 18 2,3,5,12,17 18 2 3 5 12 17

11 - Empenos e deficiência de funcionamento 0 0 0 0 1 2,10,15,18 3,5,8,9,11,12 2 10 15 18 3 5 8 9 11 12

12 - Deterioração de fechos e dobradiças 0 0 0 0 1 2, 10 8,9,11,13,15,18 2 10 8 9 11 13 15 18

13- Deterioração do lacado / anodizado 0 0 0 0 1 2,7,15 5,8,9,10,11,12,13,18 2 7 15 5 8 9 10 11 12 13 18

14 - Deterioração de pinturas em caixilharias / gradeamentos 0 0 0 0 1 2.7 3,5,8,9,10,11,12,13,15 2 7 3 5 8 9 10 11 12 15 18

15 - Corrosão por picagem em caixilharias / gradeamentos 0 0 0 0 1 2 3,5,8,9,10,11,13,15 2 3 5 8 9 10 11 13 15

16 - Ataque de xilófagos 0 0 0 0 1 12.15 3,8,9,11,13 12 15 3 8 9 11 13

17 - Apodrecimento / humidade / fungos 0 0 0 0 1 15 3,8,9,11,13 15 3 8 9 11 13

18- Delaminação do contraplacado das faces exteriores da madeira 0 0 0 0 1 2,10,12,15 3,5,8,9,11,13 2 10 12 15 3 5 8 9 11 13

19 - Deterioração de estores / portadas 0 0 0 0 1 3.5 7,10,12,13,15,18 3 5 7 10 12 13 15 18

2.2 - Causas das anomalias

Erros de concepção 1 - pormenorização omissa ou deficiente2 - prescrição de materiais omissa ou deficiente

Erros de execução 3 - execução deficiente Acções de origem mecânica 6 - cargas excessivas4 - não cumprimento do projecto 7 - choques5 - utilização inadequada de materiais

Acções ambientais 8 - acumulação de humidade Utilização / manutenção 14 - utilização inadequada do espaço9 - chuvas intensas 15 - ausência / inadequação de manutenção10 - ventos excepcionais 16 - alteração de utilização do espaço11 - gelo / degelo 17 - envelhecimento natural12 - radiação solar / ultravioletas 18 - vandalismo13 - poluição

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LEVANTAMENTO E CARACTERIZAÇÃO DE PATOLOGIA EXTERIOR FICHA DE CONSTRUÇÕES EDIFICADAS EM PORTUGAL ENTRE 1970 E 1995 C/Va2

AVALIAÇÃO DE VÃOS DE FACHADA

3. CLASSIFICAÇÃO DAS ANOMALIAS3.2 - Classificação das anomalias

An. - anomalia 1 - Urgência de 2 - Segurança 3 - ClassificaçãoClasse actuação / bem-estar pseudo-quantitativa

(1 + 2)Exposição Grupo 0 1 2 3 A B C 1 2 3 4

3.1 - Anomalias N E S W An. Pontuação50 30 20 10 50 20 10

≥80 e ≤100

≥60 e ≤70

≥40 e ≤50

≥20 e ≤30

1 - Colonização biológica em peitoris / soleiras / ombreiras / vergas 0 0 0 0 1 10 10 202 - Eflorescências / criptoflorescências 0 0 0 0 1 20 20 40 3 - Humidade de infiltração 0 0 0 0 1 30 20 50 4 - Inexistência / insuficiência de inclinação em peitoris 0 0 0 0 1 20 20 40 5 - Inexistência de pingadeira em peitoris 0 0 0 0 1 20 20 40 6 - Inexistência de rasgos em peitoris 0 0 0 0 1 20 20 40 7 - Balanço insuficiente de peitoris 0 0 0 0 1 20 20 40 8 - Fissuração em peitoris / soleiras / ombreiras / vergas 0 0 0 0 1 20 20 40 9 - Fissuração e fractura de vidros 0 0 0 0 1 30 50 80 10 - Deterioração de vedantes 0 0 0 0 1 30 20 50 11 - Empenos e deficiência de funcionamento 0 0 0 0 1 30 20 50 12 - Deterioração de fechos e dobradiças 0 0 0 0 1 30 50 80 13- Deterioração do lacado / anodizado 0 0 0 0 1 10 10 2014 - Deterioração de pinturas em caixilharias / gradeamentos 0 0 0 0 1 10 10 2015 - Corrosão por picagem em caixilharias / gradeamentos 0 0 0 0 1 30 20 50 16 - Ataque de xilófagos 0 0 0 0 1 30 20 50 17 - Apodrecimento / humidade / fungos 0 0 0 0 1 30 20 50 18- Delaminação do contraplacado das faces exteriores da madeira 0 0 0 0 1 30 20 50 19 - Deterioração de estores / portadas 0 0 0 0 1 20 20 40

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LEVANTAMENTO E CARACTERIZAÇÃO DE PATOLOGIA EXTERIOR FICHA DE CONSTRUÇÕES EDIFICADAS EM PORTUGAL ENTRE 1970 E 1995 C/VaPa1

AVALIAÇÃO DE VARANDAS E PALAS

1. AVALIAÇÃO DE VARANDAS E PALAS1.1. Singularidades1.1.1. Varandas 0

1.1.1.1 Betão armado 0 apoio em consola 01.1.1.2 Pedra 0 apoio em vigas de bordadura 01.1.1.3 Metálica 0

1.1.1.4 Impermeabilização 0 1.1.1.5 Pingadeira 0 1.1.1.6 Tubo-ladrão 0 1.1.1.7 Marquise 0

1.1.1.8 muretes em alvenaria 0 Coroamento 1.1.1.11pedra 0 Pingadeira 0Guarda-corpos 1.1.1.9 muretes em betão 0 1.1.1.12 argamassa 0

1.1.1.10 gradeamentos 0 1.1.1.13 chapa metálica 0

Gradeamentos 1.1.1.14 aço 0

1.1.1.15 alumínio 0 anodização 0 lacagem 0

1.1.1.16 ferro fundido 0 pintura 01.1.1.17 madeira 0

1.1.2. Palas 0

1.1.2.1 Betão armado 0 apoio em consola 01.1.2.2 Pedra 0 apoio em vigas de bordadura 01.1.2.3 Metálica 0 apoio em suspensão / tirantes 0

1.1.2.4 Impermeabilização 0 1.1.2.5 Pingadeira 0

2. REGISTO DAS ANOMALIAS E SUAS CAUSASAn. - anomalia Exposição Causas possíveis Causas

2.1 - Anomalias N E S W An. Primeira Próxima prováveis1 - Colonização biológica 0 0 0 0 1 2,12 1,3,8,15 2 12 1 3 8 15

2 - Vegetação parasitária de grande porte (plantas, erva) 0 0 0 0 1 2,12 1,3,8,15 2 12 1 3 8 15

3 - Deficiências de planeza do revestimento 0 0 0 0 1 2 3.5 2 3 5

4 - Desagregação / esfarelamento / erosão 0 0 0 0 1 2,3,5,8,9,10,11,15 2 3 5 8 9 10 11 15

5 - Alveolização / crateras 0 0 0 0 1 2,5,10,11,12 3,7,8,9 2 5 10 11 12 3 7 8 9

6 - Empolamento 0 0 0 0 1 1 2,3,5,8,9,11,15 1 2 3 5 8 9 11 15

7 - Descolamentos / destacamento / descasque 0 0 0 0 1 2.15 1,3,4,5,8,9,10,11,12 2 15 1 3 4 5 8 9 10 11 12

8 - Eflorescências / criptofloresências 0 0 0 0 1 2 3,5,8,9,11,15 2 3 5 8 9 11 15

9 - Alteração de cor (amarelecimento / bronzeamento / descoloração) 0 0 0 0 1 8,12,13,15,17 8 12 13 15 17

10 - Sujidade / manchas de poluição 0 0 0 0 1 2 5,13,15 2 5 13 15

11 - Manchas localizadas 0 0 0 0 1 1,2,10,11 3,5,8,9,12,13,15,18 1 2 10 11 3 5 8 9 12 13 15 18

12 - Escorrimentos 0 0 0 0 1 2.15 1,3,4,5,8,9,11 2 15 1 3 4 5 8 9 11

13 - Inexistência de tubo ladrão da laje 0 0 0 0 1 1,2,3,4 1 2 3 4

14 - Deficiência de drenagem de tubo ladrão da laje 0 0 0 0 1 1,2,3,5,13,15,18 1 2 3 5 13 15 18

15 - Fissuração da laje 0 0 0 0 1 2.15 1,3,4,5,8,9,10,11,12 2 15 1 3 4 5 8 9 10 11 12

16 - Corrosão de gradeamentos 0 0 0 0 1 2 3,5,8,9,10,11,13,15 2 3 5 8 9 10 11 13 15

17 - Deterioração de pintura / anodização / lacagem de gradeamentos 0 0 0 0 1 2.7 3,5,8,9,10,11,12,13,15 2 7 3 5 8 9 10 11 12 13 15 18

18 - Deformação excessiva vertical 0 0 0 0 1 1,2,3,4,5 1 2 3 4 5

19 - Corrosão de amaduras / estrutura metálica da laje 0 0 0 0 1 2.15 1,3,4,5,8,9,10,11,12,13 2 15 1 3 4 5 8 9 10 11 12 13

2.2 - Causas das anomaliasErros de concepção 1 - pormenorização omissa ou deficiente

2 - prescrição de materiais omissa ou deficiente

Erros de execução 3 - execução deficiente Acções de origem mecânica 6 - cargas excessivas4 - não cumprimento do projecto 7 - choques5 - utilização inadequada de materiais

Acções ambientais 8 - acumulação de humidade Utilização / manutenção 14 - utilização inadequada do espaço9 - chuvas intensas 15 - ausência / inadequação de manutenção10 - ventos excepcionais 16 - alteração de utilização do espaço11 - gelo / degelo 17 - envelhecimento natural12 - radiação solar / ultravioletas 18 - vandalismo13 - poluição

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LEVANTAMENTO E CARACTERIZAÇÃO DE PATOLOGIA EXTERIOR FICHA DE CONSTRUÇÕES EDIFICADAS EM PORTUGAL ENTRE 1970 E 1995 C/VaPa2

AVALIAÇÃO DE VARANDAS E PALAS

3. CLASSIFICAÇÃO DAS ANOMALIAS3.2 - Classificação das anomalias

An. - anomalia 1 - Urgência de 2 - Segurança 3 - ClassificaçãoClasse actuação / bem-estar pseudo-quantitativa

(1 + 2)Exposição Grupo 0 1 2 3 A B C 1 2 3 4

3.1 - Anomalias N E S W An. Pontuação50 30 20 10 50 20 10

≥80 e 100≤

≥60 e 70≤

≥40 e 50≤

≥20 e 30≤

1 - Colonização biológica 0 0 0 0 1 20 20 40 2 - Vegetação parasitária de grande porte (plantas, erva) 0 0 0 0 1 30 20 50 3 - Deficiências de planeza do revestimento 0 0 0 0 1 10 10 204 - Desagregação / esfarelamento / erosão 0 0 0 0 1 30 20 50 5 - Alveolização / crateras 0 0 0 0 1 20 20 40 6 - Empolamento 0 0 0 0 1 20 20 40 7 - Descolamentos / destacamento / descasque 0 0 0 0 1 30 20 50 8 - Eflorescências / criptofloresências 0 0 0 0 1 20 20 40 9 - Alteração de cor (amarelecimento / bronzeamento / descoloração) 0 0 0 0 1 10 10 2010 - Sujidade / manchas de poluição 0 0 0 0 1 10 10 2011 - Manchas localizadas 0 0 0 0 1 30 20 50 12 - Escorrimentos 0 0 0 0 1 20 10 3013 - Inexistência de tubo ladrão da laje 0 0 0 0 1 30 20 50 14 - Deficiência de drenagem de tubo ladrão da laje 0 0 0 0 1 30 20 50 15 - Fissuração da laje 0 0 0 0 1 30 20 50 16 - Corrosão de gradeamentos 0 0 0 0 1 30 20 50 17 - Deterioração de pintura / anodização / lacagem de gradeamentos 0 0 0 0 1 10 10 2018 - Deformação excessiva vertical 0 0 0 0 1 30 50 80 19 - Corrosão de amaduras / estrutura metálica da laje 0 0 0 0 1 30 50 80

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Anexo 2

Distribuição dos concelhos de Portugal Continental segundo as zonas climáticas

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Manual de inspecção de patologia exterior de construções edificadas em Portugal no período de 1970 a 1995

2-1

Zona Concelhos Zona Concelhos Zona Concelhos Zona

Abrantes 2 Boticas 3 Freixo de Espada à Cinta 3 Montemor-o-Novo 1

Águeda 2 Braga 2 Fronteira 1 Montemor-o-Velho 2 Aguiar da Beira 3 Bragança 3 Fundão 3 Montijo* 2 Alandroal 1 Cabeceiras de Basto 3 Gavião 2 Mora 1 Albergaria-a-Velha 2 Cadaval 2 Góis 3 Mortágua 2 Albufeira 2 Caldas da Rainha* 2 Gondomar 2 Moura 2 Alcácer do Sal* 2 Caminha 2 Gouveia 3 Mourão 1 Alcanena 2 Campo Maior 2 Grândola* 2 Murça 3 Alcobaça 2 Cantanhede* 2 Guarda 3 Murtosa* 3 Alcochete* 2 Carrazeda de Ansiães 3 Guimarães 2 Nazaré** 3 Alcoutim 1 Carregal do Sal 2 Idanha-a-Nova 2 Nelas 2 Alenquer 2 Cartaxo 2 Ílhavo* 2 Nisa 2 Alfândega da Fé 2 Cascais** 3 Lagoa 2 Óbidos* 2 Alijó 3 Castanheira de Pêra 2 Lagos 2 Odemira* 2 Aljezur* 2 Castelo Branco 2 Lamego 3 Oeiras** 3 Aljustrel 1 Castelo de Paiva 2 Leiria* 2 Oleiros 3 Almada** 3 Castelo de Vide 2 Lisboa* 2 Olhão 2 Almeida 2 Castro d'Aire 3 Loulé 2 Oliveira de Azeméis 2 Almeirim 2 Castro Marim 2 Loures* 2 Oliveira do Bairro 2 Almodôvar 1 Castro Verde 1 Lourinhã* 2 Oliveira de Frades 2 Alpiarça 2 Celorico de Basto 3 Lousã 3 Oliveira do Hospital 3 Alter do Chão 1 Celorico da Beira 3 Lousada 2 Ourique 1 Alvaiázere 2 Chamusca 2 Mação 2 Ovar* 2 Alvito 1 Chaves 3 Macedo de Cavaleiros 3 Paços de Ferreira 2 Amadora* 2 Cinfães 3 Mafra* 2 Palmela 2 Amarante 3 Coimbra 2 Maia 2 Pampilhosa da Serra 3 Amares 2 Condeixa-a-Nova 2 Mangualde 2 Paredes 2 Anadia 2 Constância 2 Manteigas 3 Paredes de Coura 2 Ansião 2 Coruche 2 Marco de Canavezes 2 Pedrógão Grande 2 Arcos de Valdevez 3 Covilhã 3 Marinha Grande* 2 Penacova 2 Arganil 3 Crato 2 Marvão 3 Penafiel 2 Armamar 3 Cuba 1 Matosinhos** 3 Penalva do Castelo 3 Arouca 3 Elvas 2 Mealhada 2 Penamacor 3 Arraiolos 1 Entroncamento 2 Meda 3 Penedono 3 Arronches 2 Espinho* 3 Melgaço 3 Penela 2 Arruda dos Vinhos 2 Esposende** 3 Mértola 1 Peniche** 3 Aveiro* 2 Estarreja* 2 Mesão Frio 2 Peso da Régua 3 Avis 1 Estremoz 2 Mira* 2 Pinhel 2 Azambuja 2 Évora 2 Miranda do Corvo 2 Pombal* 2 Baião 2 Fafe 3 Mirando do Douro 3 Ponte da Barca 3 Barcelos 2 Faro 2 Mirandela 2 Ponte de Lima 2 Barrancos 1 Feira* 2 Mogadouro 3 Ponte de Sôr 2 Barreiro* 2 Felgueiras 2 Moimenta da Beira 3 Portalegre 3 Batalha 2 Ferreira do Alentejo 1 Moita* 2 Portel 1 Beja 1 Ferreira do Zêzere 2 Monção 3 Portimão* 2

Belmonte 3 Fig. de Castelo Rodrigo 2 Monchique 3 Porto* 2

Benavente* 2 Figueira da Foz* 2 Mondim de Basto 3 Porto de Mós 2 Bombarral 2 Figueiró dos Vinhos 2 Monforte 2 Póvoa de Lanhoso 2 Borba 2 Fornos de Algodres 3 Montalegre 3 Póvoa de Varzim* 2 * Concelho pertencente a zona II, tendo no entanto características da zona III numa faixa de 20 km da costa litoral. ** Concelho da costa litoral pertencente na totalidade à zona III.

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Anexo 2 – Distribuição dos Concelhos de Portugal Continental segundo as zonas climáticas

2-2

Concelhos Zona Concelhos Zona Concelhos Zona Concelhos ZonaProença-a-Nova 2 Seia 3 Tondela 2 Vila Nova de Cerveira 2

Redondo 2 Seixal* 2 Torre de Moncorvo 2 Vila Nova de Famlicão 2

Reguengos de Monsaraz 2 Sernancelhe 3 Torres Novas 2 Vila Nova de Foz Côa 2 Resende 3 Serpa 1 Torres Vedras* 2 Vila Nova de Gaia* 2 Ribeira de Pena 3 Sertã 3 Trancoso 3 Vila Nova de Ourém 2 Rio Maior 2 Sesimbra* 2 Vale de Cambra 2 Vila Nova de Paiva 3 Sabrosa 3 Setúbal* 2 Valença 2 Vila Nova de Poiares 2 Sabugal 3 Sever do Vouga 2 Valongo 2 Vila Pouca de Aguiar 3 Salvaterra de Magos 2 Silves* 2 Valpaços 2 Vila Real 3 Sata Comba Dão 2 Sines* 2 Vendas Novas 2 Vila Real Sto António 2 Stª Marta de Penaguião 3 Sintra* 2 Viana do Alentejo 1 Vila Velha de Ródão 2

Santarém 2 Sobral de Monte Agraço 2 Viana do Castelo* 2 Vila Verde 2

Santiago do Cacém* 2 Soure 2 Vidigueira 1 Vila Viçosa 2 Santo Tirso 2 Sousel 1 Vieira do Minho 3 Vimioso 3 São Brás de Alportel 2 Tábua 2 Vila do Rei 2 Vinhais 3 São João da Madeira 2 Tabuaço 3 Vila do Bispo** 3 Viseu 2 São João da Pesqueira 2 Tarouca 3 Vila do Conde* 2 Vouzela 2 São Pedro do Sul 2 Tavira 2 Vila Flor 2 Sardoal 2 Terras de Bouro 3 Vila Franca de Xira* 2

Sátão 2 Tomar 2 Vila Nova da Barquinha 2

* Concelho pertencente a zona II, tendo no entanto características da zona III numa faixa de 20 Km da costa litoral.

** Concelho da costa litoral pertencente na totalidade à zona III.