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MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO
Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO I
II
PREFEITURA MUNICIPAL DE PRESIDENTE KENNEDY - ES
R. Átila Vivácquia, nº 79 - Centro
CEP: 29350 | CNPJ: 27.165.703/0001-26
Fone: (28) 3535-1900
Sítio: www.presidentekennedy.es.gov.br
PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO – MÓDULOS LIMPEZA
URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS E DRENAGEM E MANEJO DE
ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS
PRODUTO 4: DIAGNÓSTICO TÉCNICO-PARTICIPATIVO
CARACTERIZAÇÃO GERAL
VOLUME 4
TOMO I
Versão 1
DEZEMBRO DE 2015
MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO
Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO I
III
EMPRESA RESPONSÁVEL
EVOLUA AMBIENTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA
CNPJ 16.697.255/0001-95
END.: R. Foz do Iguaçu, nº 250
CEP 86061-000, Londrina – PR.
EQUIPE TÉCNICA
Nayla Motta Campos Libos
Eng. Sanitarista e Ambiental
CREA/SC 90377-1/D | V-PR 110861
Alcides Pascoal Junior
Engenheiro Ambiental
CREA/PR 108839/D
Marcelo Gonçalves
Geógrafo
CREA/PR 95232/D
Deise Beatriz Farias
Gestora de Finanças
CRA/PR 200469
Claudia Barboza Camilo
Estagiária em Arquitetura e Urbanismo
Thiago Henrique Silva
Desenhista Técnico
John L. Dantas Cruz
Estagiário em Arquitetura e Urbanismo
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Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO I
IV
ÍNDICE GERAL
Volume 1
PLANO DE TRABALHO
Volume 2
FORMAÇÃO DO GRUPO DE TRABALHO
Volume 3
PLANO DE MOBILIZAÇÃO SOCIAL
Volume 4
RELATÓRIO DO DIAGNÓSTICO TÉCNICO-PARTICIPATIVO
Volume 5
RELATÓRIO DO PROGNÓSTICO E PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
Volume 6
RELATÓRIO DOS MECANISMOS E PROCEDIMENTOS DO CONTROLE SOCIAL
E DOS INSTRUMENTOS PARA AVALIAÇÃO SISTEMÁTICA DO PMSB
Volume 7
RELATÓRIO DOS PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES
Volume 8
PLANO DE EXECUÇÃO
Volume 9
MINUTA DE PROJETO DE LEI DO PMSB
Volume 10
RELATÓRIO SOBRE INDICADORES DE DESEMPENHO DO PMSB
Volume 11
SISTEMA DE INFORMAÇÕES DE SERVIÇO
Volume 12
RELATÓRIO MENSAL SIMPLIFICADO
Volume 13
RELATÓRIO FINAL DO PMSB
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Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO I
V
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................................... 14
2 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE PLANEJAMENTO ........................................................... 16
CARACTERIZAÇÃO FÍSICA SIMPLIFICADA DO MUNICÍPIO .................................................. 18
2.1.1 Clima ......................................................................................................................................... 18
2.1.2 Geologia .................................................................................................................................... 19
2.1.3 Geomorfologia ........................................................................................................................... 20
2.1.4 Pedologia................................................................................................................................... 22
2.1.5 Recursos Hídricos ..................................................................................................................... 24
2.1.6 Vegetação ................................................................................................................................. 26
EVOLUÇÃO DO MUNICÍPIO ...................................................................................................... 29
2.2.1 Dinâmica Populacional .............................................................................................................. 30
2.2.2 Estrutura Etária ......................................................................................................................... 31
EVOLUÇÃO POPULACIONAL ................................................................................................... 32
2.3.1 Projeção da População Urbana do Município de Presidente Kennedy .................................... 34
2.3.2 Definição da Projeção Populacional ......................................................................................... 36
2.3.3 População Flutuante ................................................................................................................. 39
3 PLANEJAMENTO FÍSICO TERRITORIAL ............................................................................... 41
PLANO DIRETOR MUNICIPAL DE PRESIDENTE KENNEDY .................................................. 41
3.1.1 Caracterização das Áreas de Interesse Social ......................................................................... 44
4 SISTEMAS PÚBLICOS E INFRAESTRUTURAS ..................................................................... 51
HABITAÇÃO ................................................................................................................................ 51
ENERGIA ELÉTRICA .................................................................................................................. 53
COMUNICAÇÃO E FONTES DE INFORMAÇÃO ...................................................................... 54
TRANSPORTE ............................................................................................................................ 54
ESTRUTURA COMUNITÁRIA .................................................................................................... 55
4.5.1 Cemitérios ................................................................................................................................. 55
4.5.2 Instituições de Ensino ............................................................................................................... 56
4.5.3 Estabelecimentos de saúde ...................................................................................................... 57
4.5.4 Entidades................................................................................................................................... 57
SEGURANÇA PÚBLICA ............................................................................................................. 58
ESTATÍSTICAS VITAIS E SAÚDE .............................................................................................. 59
4.7.1 Taxa de Natalidade ................................................................................................................... 59
4.7.2 Taxa de Mortalidade Infantil ...................................................................................................... 60
4.7.3 Esperança de vida ao nascer .................................................................................................... 61
4.7.4 Taxa de Fecundidade Geral ...................................................................................................... 62
4.7.5 Estrutura de Saúde ................................................................................................................... 62
4.7.6 Imunizações .............................................................................................................................. 66
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Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO I
VI
4.7.7 Doenças relacionadas com a Falta de Saneamento Básico .................................................... 66
4.7.8 Práticas de Saúde e Saneamento ............................................................................................ 69
EDUCAÇÃO ................................................................................................................................ 73
4.8.1 Índice da Educação Básica – IDEB .......................................................................................... 75
4.8.2 Taxa de analfabetismo .............................................................................................................. 77
CARACTERIZAÇÃO SOCIOECONÔMICA ................................................................................ 79
4.9.1 Índice de Desenvolvimento Humano Municipal – IDHM ........................................................... 79
4.9.2 Porcentagem de Renda Apropriada por Extrato da População ................................................ 81
4.9.3 Proporção de Crianças Menores de 2 anos Desnutridas ......................................................... 83
4.9.4 Atividades Econômicas do Município ........................................................................................ 84
4.9.5 Produto Interno Bruto – PIB ...................................................................................................... 85
4.9.6 Finanças Públicas Municipais ................................................................................................... 87
5 POLÍTICA E GESTÃO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO ................................... 89
LEGISLAÇÃO E NORMAS TÉCNICAS DE SANEAMENTO BÁSICO ....................................... 89
5.1.1 Legislação Nacional .................................................................................................................. 89
5.1.2 Legislação Estadual .................................................................................................................. 94
5.1.3 Legislação Municipal ................................................................................................................. 95
CARACTERIZAÇÃO DA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS ............................................................ 96
REGULAÇÃO E FIsCALIZAÇÃO dos serviços ........................................................................... 97
PROGRAMAS LOCAIS DE INTERESSE DO SANEAMENTO BÁSICO .................................... 97
PROCEDIMENTOS PARA A AVALIAÇÃO DE EFICÁCIA, EFICIÊNCIA E EFETIVIDADE DOS
SERVIÇOS PRESTADOS ........................................................................................................... 98
POLÍTICA DE RECURSOS HUMANOS ..................................................................................... 99
POLÍTICA TARIFÁRIA DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO ................................... 101
INSTRUMENTOS E MECANISMOS DE PARTICIPAÇÃO E CONTROLE SOCIAL NA GESTÃO
POLÍTICA DE SANEAMENTO BÁSICO ................................................................................... 102
SISTEMA DE INFORMAÇÃO SOBRE OS SERVIÇOS ............................................................ 103
6 REFERÊNCIAS ........................................................................................................................ 105
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Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO I
VII
LISTA DE FIGURAS
Figura 2.1 - Climograma municipal de Presidente Kennedy – ES ........................................................ 19
Figura 2.2 - Pirâmide etária do município de Presidente Kennedy com base no Censo 2010 ............ 31
Figura 2.3 - Pirâmide etária do estado do Espírito Santo com base no Censo 2010 ........................... 32
Figura 2.4 - Comportamento crescimento populacional de Presidente Kennedy - ES entre 1970 e 2010.
............................................................................................................................................................... 34
Figura 2.5 - Resultados dos métodos de estimativa populacional do município de Presidente Kennedy
– ES ....................................................................................................................................................... 37
Figura 4.1 - Gráfico de distribuição de domicílios urbanos por tipo de material das paredes externas.
............................................................................................................................................................... 52
Figura 4.2 - Gráfico de distribuição de domicílios rurais por tipo de material das paredes externas. .. 52
Figura 4.3 - Gráfico de densidade de moradores por domicílios. ......................................................... 53
Figura 4.4 - Gráfico de evolução do número de famílias atendidas pela rede de energia elétrica em
Presidente Kennedy no período entre 2000 e 2014 ............................................................................. 53
Figura 4.5 - Imagem de satélite com localização do Cemitério de Presidente Kennedy...................... 56
Figura 4.6 - Gráfico de ocorrências policiais por tipos de crime nos anos entre 2006 e 2009. ............ 58
Figura 4.7 - Gráfico de evolução da taxa de homicídios (a cada 100.000 habitantes) municipal, estadual
e nacional no período entre 1990 e 2009. ............................................................................................ 59
Figura 4.8 - Gráfico comparativo da Taxa Bruta de Natalidade por mil habitantes municipal, estadual e
federal nos anos de 2000 e 2010. ......................................................................................................... 60
Figura 4.9 - Gráfico comparativo da taxa mortalidade infantil municipal e estadual nos anos entre 2000
e 2009. ................................................................................................................................................... 61
Figura 4.10 - Gráfico comparativo da evolução nos índices de Esperança de Vida ao Nascer municipal,
estadual e federal nos Censos de 1991, 2000 e 2010. ........................................................................ 61
Figura 4.11 - Gráfico comparativo da evolução na taxa de fecundidade total municipal, estadual e
federal nos Censos de 1991, 2000 e 2010 ........................................................................................... 62
Figura 4.12 - Gráfico de evolução do número de médicos por habitantes nos anos de 1991 e 2000 –
comparativo entre municípios (Presidente Kennedy e Vitória), estado e união. .................................. 63
Figura 4.13 - Gráfico de evolução das despesas com o sistema de saúde pública por habitante em
Presidente Kennedy e origem dos recursos no período entre 2006 e 2009. ....................................... 65
Figura 4.14 - Gráfico de composição das despesas com sistema de saúde público em Presidente
Kennedy no período entre 2006 e 2009. ............................................................................................... 65
Figura 4.15 - Gráfico da evolução de imunização por doses aplicadas em Presidente Kennedy no
período entre 1994 e 2013. ................................................................................................................... 66
Figura 4.16 - Gráfico de evolução da taxa de incidência de dengue e leptospirose em Presidente
Kennedy no período entre 2001 e 2014. ............................................................................................... 67
Figura 4.17 - Gráfico de evolução do tipo de abastecimento de água por famílias em Presidente
Kennedy no período entre 2000 e 2014. ............................................................................................... 69
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Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO I
VIII
Figura 4.18 - Gráfico demonstrativo dos tipos de abastecimento de água pela porcentagem de famílias
atendidas em Presidente Kennedy no ano de 2014. ............................................................................ 69
Figura 4.19 - Gráfico de evolução do tratamento da água consumida por famílias em Presidente
Kennedy no período entre 2000 e 2014. ............................................................................................... 70
Figura 4.20 - Gráfico de evolução do tratamento da água consumida por famílias em Presidente
Kennedy no período entre 2000 e 2014. ............................................................................................... 71
Figura 4.21 - Gráfico de evolução da destinação do esgoto primário em relação ao número de famílias
em Presidente Kennedy no período entre 2000 e 2014. ...................................................................... 71
Figura 4.22 - Gráfico demonstrativo da destinação do esgoto primário por famílias em Presidente
Kennedy no ano de 2014. ..................................................................................................................... 72
Figura 4.23 - Gráfico demonstrativo de instalações sanitárias por moradores em Presidente Kennedy e
o tipo de coleta utilizado no ano de 2000. ............................................................................................. 72
Figura 4.24 - Gráfico demonstrativo de instalações sanitárias por moradores em Presidente Kennedy e
o tipo de coleta utilizado no ano de 2010. ............................................................................................. 73
Figura 4.25 - Gráfico comparativo referente às notas do IDEB obtidas nos anos iniciais do ensino
fundamental na rede pública. ................................................................................................................ 75
Figura 4.26 - Gráfico comparativo referente às notas do IDEB obtidas nos anos finais do ensino
fundamental na rede público. ................................................................................................................ 76
Figura 4.27 - Gráfico comparativo das notas obtidas e projeções do MEC em relação ao IDEB do ensino
fundamental (anos iniciais) na rede pública de Presidente Kennedy. .................................................. 77
Figura 4.28 - Gráfico comparativo entre as taxas de analfabetismo municipal, estadual e nacional nos
anos de 2000 e 2010. ............................................................................................................................ 78
Figura 4.29 - Gráfico de distribuição da taxa de analfabetismo no Município de Presidente Kennedy em
grupos de idade referentes aos anos de 2000 e 2010. ........................................................................ 78
Figura 4.30 - Gráfico comparativo da evolução do IDH-M municipal, estadual e nacional. ................. 79
Figura 4.31 - Gráfico comparativo do IDH por componentes em Presidente Kennedy e no Espírito Santo
compreendendo os anos de 1991, 2000 e 2010................................................................................... 80
Figura 4.32 - Gráfico de distribuição da população do Município de Presidente Kennedy por faixas de
renda. .................................................................................................................................................... 81
Figura 4.33 - Gráfico de evolução do número de benefícios concedidos pelo Programa Bolsa Família
em Presidente Kennedy no período entre 2004 e 2012. ...................................................................... 83
Figura 4.34 - Gráfico de evolução do número de crianças desnutridas abaixo dos 2 anos de idade em
Presidente Kennedy no período entre 2001 e 2005. ............................................................................ 83
Figura 4.35 - Gráfico de evolução da porcentagem de crianças desnutridas abaixo dos 2 anos de idade
em relação à população nesta faixa etária em Presidente Kennedy no período entre 2001 e 2005. .. 84
Figura 4.36 - Gráfico de distribuição do Valor Adicionado Bruto por setores produtivos referente ao ano
de 2012. ................................................................................................................................................. 85
Figura 4.37 - Gráfico de evolução do Produto Interno Bruto do Município de Presidente Kennedy. ... 86
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Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO I
IX
Figura 4.38 - Gráfico de variação percentual do Produto Interno Bruto do Município de Presidente
Kennedy no período de 2000 a 2012. ................................................................................................... 86
Figura 4.39 - Gráfico de evolução das receitas e despesas públicas municipais de Presidente Kennedy.
............................................................................................................................................................... 87
Figura 4.40 - Gráfico de evolução do superávit nas finanças públicas municipais de Presidente
Kennedy. ............................................................................................................................................... 87
Figura 5.1 – Possibilidade de administração/gestão dos serviços de saneamento. ............................ 99
Figura 5.2 - Organograma simplificado da administração da CESAN. ............................................... 101
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Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO I
X
LISTA DE PRANCHAS
Prancha 1 - Mapa de Localização Regional de Presidente Kennedy. ................................................. 17
Prancha 2 - Geomorfologia do município de Presidente Kennedy. ...................................................... 21
Prancha 3 - Pedologia do município de Presidente Kennedy. .............................................................. 23
Prancha 4 – Hidrografia do município de Presidente Kennedy. ........................................................... 25
Prancha 5 - Vegetação do município de Presidente Kennedy. ............................................................ 28
Prancha 6 - Mapa de macrozoneamento (Anexo 02) proposto pelo anteprojeto de Lei do Plano Diretor
Municipal de Presidente Kennedy. ........................................................................................................ 43
Prancha 7 - Mapa de zoneamento proposto para o distrito sede de Presidente Kennedy (Anexo 03a)
no anteprojeto de Lei do Plano Diretor Municipal. ................................................................................ 46
Prancha 8 - Mapa de zoneamento proposto para o distrito de Boa Esperança (Anexo 03b) no
anteprojeto de Lei do Plano Diretor Municipal de Presidente Kennedy................................................ 47
Prancha 9 - Mapa de zoneamento proposto para o distrito de Cacimbinha (Anexo 03c) no anteprojeto
de Lei do Plano Diretor Municipal de Presidente Kennedy. .................................................................. 48
Prancha 10 - Mapa de zoneamento proposto para o distrito de Marobá (Anexo 03e) no anteprojeto de
Lei do Plano Diretor Municipal de Presidente Kennedy. ....................................................................... 49
Prancha 11 - Mapa de hierarquia viária proposto para o distrito sede de Presidente Kennedy (Anexo
07a) no anteprojeto de Lei do Plano Diretor Municipal. ........................................................................ 50
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Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO I
XI
LISTA DE TABELAS
Tabela 2.1 - Crescimento populacional do Município de Presidente Kennedy entre 1970 e 2010 ...... 33
Tabela 2.2 - Projeção apresentada para o município de Presidente Kennedy pelo Método Geométrico
............................................................................................................................................................... 38
Tabela 4.1 - Evolução na frota veicular do município de Presidente Kennedy entre 2013 e 2014. ..... 55
Tabela 4.2 - Quadro de instituições de ensino existentes no município de Presidente Kennedy por nível
educacional e administração. ................................................................................................................ 56
Tabela 4.3 - Quadro de composição do corpo docente de Presidente Kennedy por nível educacional e
administração da instituição de ensino. ................................................................................................ 56
Tabela 4.4 - Unidades de saúde ligadas ao Sistema Único de Saúde por tipo de unidade – out/2015.
............................................................................................................................................................... 57
Tabela 4.5 - Tabela de recursos humanos da saúde pública no município de Presidente Kennedy
referente ao ano de 2009. ..................................................................................................................... 64
Tabela 4.6 - Relação de equipamentos de saúde disponíveis ao SUS no município de Presidente
Kennedy referente ao ano de 2009. ...................................................................................................... 64
Tabela 4.7 - Tabela demonstrativa da evolução na cobertura vacinal em Presidente Kennedy por tipo
de imunobiológico no período entre 2000 e 2009. ................................................................................ 68
Tabela 4.8 - Número de matrículas iniciais por nível de ensino referentes ao ano de 2012 no município
de Presidente Kennedy. ........................................................................................................................ 74
Tabela 4.9 - Quadro de evolução da porcentagem de crianças entre 6 e 14 anos fora da escola nos
níveis federal, estadual e municipal. ..................................................................................................... 74
Tabela 4.10 - Evolução de dados sobre a distribuição de renda no município de Presidente Kennedy
nos anos de 1991, 2000 e 2010. ........................................................................................................... 82
Tabela 5.1 - Quadro de funcionários da Companhia Espírito Santense de Saneamento referente ao
mês de dezembro de 2012. ................................................................................................................. 101
Tabela 5.2 - Classificação tarifária dos consumidores da CESAN de acordo com as faixas de consumo
do serviço de água. ............................................................................................................................. 102
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Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO I
XII
LISTA DE QUADROS
Quadro 2.1 - Características Geopolíticas de Presidente Kennedy – ES............................................. 29
Quadro 2.2 - Informações Históricas da Geopolítica de Presidente Kennedy ..................................... 30
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XIII
LISTA DE SIGLAS
AMUNES Associação dos Municípios do Estado do Espírito Santo
ANA Agência Nacional de Águas
AGERH Agência Estadual de Recursos Hídricos
ARSI Agência Reguladora de Saneamento Básico e Infraestrutura Viária
CESAN Companhia Espírito Santense de Saneamento
CNES Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde
DDD Discagem Direta à Distância
DENATRAN Departamento Nacional de Trânsito
EBTC Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos
EDP ESCELSA Espírito Santo Centrais Elétricas S. A.
EJA Educação de Jovens e Adultos
EMBRAPA Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
FCAA Fundação Ceciliano Abel de Almeida
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
IDEB Índice de Desenvolvimento da Educação Básica
IJSN Instituto Jones dos Santos Neves
INEP Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira
IPEA Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada
MDS Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome
MEC Ministério da Educação
OCDE Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico
OMS Organização Mundial da Saúde
PDM Plano Diretor Municipal
PISA Programme for International Student Assesment
PMSB Plano Municipal de Saneamento Básico
PNUD Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento
SAGE Sala de Apoio à Gestão Estratégica
SEAMA Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Hídricos
SEDURB Secretaria de Estado de Saneamento, Habitação e Desenvolvimento Urbano
SIDERGH/ES Sistema Integrado de Gerenciamento de Recursos Hídricos do Estado do Espírito Santo
SINAN Sistema de Informação de Agravos de Notificação
SIPNI Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações
SIOPS Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Saúde
SNIRH Sistema Nacional de Informações sobre Recursos Hídricos
SUS Sistema Único de Saúde
UNDP United Nations Development Programme
ZEIS Zonas Especiais de Interesse Social
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Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO I
14
1 INTRODUÇÃO
O saneamento básico consiste num conjunto de serviços, infraestruturas e
instalações operacionais: abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza
urbana e manejo de resíduos sólidos, drenagem e manejo de águas pluviais urbanas,
sendo diretamente associado ao desenvolvimento sustentável, uma vez que as
funções compreendidas em tal sistema proporcionam melhorias à saúde pública, às
condições socioeconômicas, juntamente à qualidade ambiental.
Tendo a preocupação das diferentes escalas de governo com questões
relacionadas ao saneamento, a Lei Federal nº. 11.445 de 2007 a qual estabelece as
diretrizes nacionais para o saneamento, bem como para a política federal do setor.
Tal legislação condiciona a prestação dos serviços públicos destas áreas à existência
do Plano de Saneamento Básico, o qual deve ser revisto periodicamente.
A Lei de Saneamento Básico, em seu Art. 9° estabelece como responsabilidade
do titular do serviço em formular a respectiva política pública de saneamento básico,
devendo para tanto:
I - elaborar os planos de saneamento básico, nos termos desta Lei;
II - prestar diretamente ou autorizar a delegação dos serviços e definir
o ente responsável pela sua regulação e fiscalização, bem como os
procedimentos de sua atuação;
III - adotar parâmetros para a garantia do atendimento essencial à
saúde pública, inclusive quanto ao volume mínimo per capita de água
para abastecimento público, observadas as normas nacionais relativas
à potabilidade da água;
IV - fixar os direitos e os deveres dos usuários;
V - estabelecer mecanismos de controle social, nos termos do inciso
IV do caput do art. 3o desta Lei;
VI - estabelecer sistema de informações sobre os serviços, articulado
com o Sistema Nacional de Informações em Saneamento;
VII - intervir e retomar a operação dos serviços delegados, por
indicação da entidade reguladora, nos casos e condições previstos em
lei e nos documentos contratuais.
(Lei Federal no 11.445 de 05 de janeiro de 2007, Capítulo II, Art. 9o).
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Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO I
15
Desta forma, verifica-se a necessidade municipal em adotar sua própria política
de saneamento básico adequada, a qual visa atender suas necessidades sanitárias,
promovendo melhor qualidade de vida e meio ambiente, e que sejam direcionadas às
características locais, tendo os princípios da universalidade, equidade,
sustentabilidade, entre outros.
O planejamento municipal consiste em estabelecer objetivos e metas para
melhor gestão dos recursos locais, embasando-se em estudos detalhados sobre a
temática abordada, para que assim sejam desenvolvidas estratégias, ações e
programas para o cumprimento dos objetivos estabelecidos.
A elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico – PMSB visa atender
as necessidades sanitárias no âmbito local, considerando as características e
limitações da área, de modo que a definição de objetivos, metas e desenvolvimento
de ações e programas voltados para o cumprimento de tais, sejam direcionados à
realidade do município.
O planejamento é fundamentado por meio da análise de diagnóstico construído
a partir de dados secundários fornecidos pela administração municipal, estudos,
informações coletadas in loco e revisões bibliográficas, consulta às bases
cartográficas e utilização de ferramentas de geoprocessamento, o que permite a
interpretação dos dados viabilizando o desenvolvimento avançado do diagnóstico,
etapa do plano que é apresentada neste documento.
O conhecimento das características do município, seus aspectos ambientais e
populacionais, além de suas infraestruturas de saneamento básico existentes,
embasam os estudos de planejamento e análise de viabilidade das estratégias e
medidas que virão a compor o plano de ação.
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16
2 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE PLANEJAMENTO
O município de Presidente Kennedy pertence ao estado do Espírito Santo, está
situado a altitude de 58 m em relação ao nível do mar, nas coordenadas geográficas
de 21° 5′ 39″ Sul e 41° 2′ 24″ Oeste do Meridiano de Greenwich. Está inserido na
microrregião Litoral Sul do Espírito Santo, composta por outros sete municípios além
de Presidente Kennedy.
Segundo IBGE (2010), o território de Presidente Kennedy possui 583,93 Km²,
com densidade demográfica de 17,66 hab./Km².
O município dista 121,8 Km da capital capixaba – Espírito Santo, e seu principal
acesso acontece a partir das rodovias BR-101, ES-162 e pela ES-060 que segue as
margens do Oceano Atlântico nos sentidos Norte-Sul.
As divisas municipais de Presidente Kennedy podem ser observadas na
Prancha 1, que confrontam com o Estado do Rio de Janeiro ao Sul, ao Leste com o
Oceano Atlântico, ao Norte com os municípios de Marataízes, Itapemirim e Atília
Vivacqua, e a oeste com o município de Mimoso do Sul.
A origem do município deu-se pela criação do distrito de Barra do Itabapoana
através de lei provincial no ano de 1853, estando subordinado ao município de
Itapemirim, mas remonta às ocupações jesuíticas do século XVII, sendo a Igreja das
Neves, edificada neste período por iniciativa dos padres jesuítas, um testemunho dos
primeiros anos de ocupação do município. No ano de 1949, através de lei estadual, o
município passou a denominar-se Batalha ainda sob o domínio de Itapemirim. A
elevação à categoria de município ocorreu em 1963, através da Lei Estadual nº1918,
havendo a mudança de denominação de Batalha para Presidente Kennedy.
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Prancha 1 - Mapa de Localização Regional de Presidente Kennedy.
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Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO I
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CARACTERIZAÇÃO FÍSICA SIMPLIFICADA DO MUNICÍPIO
Este tópico descreve as características ambientais encontradas no meio físico
do município de Presidente Kennedy, ressaltando os principais componentes
geofísicos que estão relacionados ao sistema de saneamento, qualidade ambiental e
de vida no município.
A seguir serão apresentados os aspectos ambientais da área, detalhando o
clima, geologia, geomorfologia, pedologia, hidrografia e vegetação da área do
município.
Os mapas apresentados foram elaborados em bases oficiais como Embrapa
(clima, geologia, geomorfologia e pedologia) e IBGE (vegetação), entre outras
informações definidas por ferramentas de geoprocessamento, como por exemplo a
hidrografia local.
2.1.1 Clima
Segundo a classificação climática de Köppen-Geiger (1973), baseada em
dados mensais pluviométricos e termométricos, o município de Presidente Kennedy
que está inserido é caracterizado por clima tropical megatérmico, quase mesotérmico
e sub úmido do tipo seco. Pertencente ao tipo Aw, tropical sub-úmido, em que, em
virtude de sua proximidade com o litoral sua temperatura média é de 23,6ºC, havendo
variações mais significativas quando do aumento da latitude, com certa amenização
da temperatura, e nos enclaves úmidos. A média pluviométrica é de 1.904 mm/ano
(DATA, 2015).
A Figura 2.1 apresenta o climograma municipal de Presidente Kennedy, nele
estão quantificados dados de pluviosidade e temperatura média ao longo do ano.
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Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO I
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Figura 2.1 - Climograma municipal de Presidente Kennedy – ES
Fonte: Adaptado de DATA, 2015.
Verifica-se que o mês de agosto é o mês mais seco, com média de precipitação
igual a 30 mm, sendo dezembro o mês mais úmido do ano, com precipitação média
de 172 mm. Observa-se também que os meses mais frios são os meses com menor
precipitação.
A temperatura média anual é aproximadamente 23º C, o verão se caracteriza
por ser uma estação muito quente com temperatura média de aproximadamente 25ºC,
e o inverno caracteriza-se por temperaturas amenas, com média de aproximadamente
20º C.
2.1.2 Geologia
O relevo é constituído por planícies flúvio-marinha que penetra profundamente
pelo vale do Rio Itabapoana; para o interior a planura cede lugar a um relevo regular,
modelado em rochas areno-argilosas do grupo Barreiras, constituindo os tabuleiros e
por superfícies onduladas, modeladas em rochas cristalinas, em meio a qual ocorrem
pontões, como o pico do Serrote, no extremo oeste. A altitude oscila do nível do mar
a 270 metros.
Predominam solos bem desenvolvidos, profundos a muito profundos, bem
acentuadamente drenados, bem porosos, ácidos e de baixa fertilidade natural. São
0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
200
220
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Pre
cip
itação (
mm
)
Tem
pera
tura
(◦C
)
mm T◦C
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Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO I
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solos que apresentam baixa fertilidade natural. São solos que apresentam baixa
arodibilidade devido à grande estabilidade de agregados (latossolo vermelho
amarelo).
2.1.3 Geomorfologia
Grande parte do município é formada por tabuleiros costeiros, havendo também
a ocorrência de planície costeira e terrenos de acumulação fluvial no limite nordeste
do município, ao longo da micro bacia do Córrego dos Galos, e também ao longo do
Rio Itabapoana. Os terrenos de acumulação fluvial próxima a foz deste rio constituem
uma grande área inundável.
Os tabuleiros se caracterizam por de topo plano, altitude baixa e formação por
rochas sedimentares. As planícies se localizam em baixas altitudes, o relevo varia
entre plano a levemente ondulado, e os processos de acumulação predominam sobre
os processos de erosão.
A hidrografia local caracteriza-se por média densidade de corpos hídricos, com
baixa sinuosidade de percurso e ângulos de junção predominantemente obtusos
(IBGE, 2009).
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Prancha 2 - Geomorfologia do município de Presidente Kennedy.
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2.1.4 Pedologia
O município é caracterizado pela ocorrência de latossolos e argissolos, com
notável predominância de latossolo vermelho-amarelo distrófico descrevendo uma
meia lua entre os limites oeste, sul e leste. O tipo argissolo amarelo distrocoeso ocupa
uma mancha que vai do centro ao nordeste do município.
Os Latossolos Vermelho-Amarelos são comuns em todo o território nacional
ocorrendo em terrenos planos, ondulados e suavemente ondulados com boas
condições de drenagem, apresentam uniformidade de cor e textura e grande
profundidade, esta propriedade combinada à porosidade característica permitem um
bom desenvolvimento radicular dos plantios. Por estarem associados a terrenos de
baixa declividade, favorecem o processo de mecanização agrícola. A subcategoria
dos solos Distróficos apresentam baixa fertilidade (ALMEIDA, SANTOS e ZARONI,
2015a).
Os Argissolos Amarelos são comuns em áreas litorâneas do país e nas
planícies amazônicas, caracterizam-se pela boa capacidade de retenção de umidade
e permeabilidade, têm baixa fertilidade em geral, e comumente ocorrem em terrenos
pouco movimentados, favorecendo a mecanização do uso do solo. Existe risco de
erosão causado pela diferença de texturas superficial e subsuperficial. A subcategoria
dos solos Distrocoesos apresentam além da baixa fertilidade a característica de
adensamento. Este tipo de solo é utilizado com frequência em culturas de cana-de-
açúcar e pastagens e, cultivo de mandioca, abacaxi, coco da baía e citros e áreas de
reflorestamento com eucalipto (ALMEIDA, SANTOS e ZARONI, 2015b).
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Prancha 3 - Pedologia do município de Presidente Kennedy.
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2.1.5 Recursos Hídricos
As principais bacias hidrográficas que abrangem o município de Presidente
Kennedy são a do Rio Itabapoana e a do Rio Itapemirim, havendo cinco microbacias
afluentes ao primeiro e três microbacias que desaguam no segundo.
O Rio Itabapoana compõe o limite do município de Presidente Kennedy com o
estado do Rio de Janeiro ao sul, é caracterizado pela existência de diversos meandros
em seu percurso e sua bacia constitui uma planície com amplas áreas alagáveis. O
Itabapoana tem como afluentes o Rio Preto (que compõe a fronteira oeste do
município), Rio dos Caetés, Córrego Jordão, Córrego São Bento e Córrego Morobá.
De acordo com o Mapa das Outorgas de Direito de Uso de Recursos Hídricos – ANA,
a Prefeitura de Presidente Kennedy possui dois pontos de captação localizados no
Rio Itabapoana para fins de abastecimento público e esgotamento sanitário (SNIRH,
2015).
A bacia do Rio Itapemirim localizada além dos limites do município ao norte
possui três afluentes dentro do município: Córrego Manhães, Rio Muqui do Norte e
Valão São Paulo.
Atualmente existem três estações que coletam dados referentes às bacias
hidrográficas no município de Presidente Kennedy, sendo a Estação Barra do
Guarulhos localizada no Rio Itabapoana, Estação Fazenda Cacheta no Rio Muqui do
Norte e Estação Fazenda Júlio Rocha no Rio Preto. De acordo com os dados
divulgados pela ANA referentes ao Rio Muqui do Norte no ano de 2014, o período de
maior vazão do rio se concentrou nos meses de dezembro e janeiro (com vazão de
9,33m³/s e 14,29m³/s respectivamente), havendo também um aumento de vazão no
mês de abril (12,88m³/s). O mês em que o rio apresentou a menor vazão em 2014 foi
outubro (6,80m³/s). Os dados disponíveis das estações Fazenda Júlio Rocha e Barra
do Guarulhos se referem a década de 60 (SNIRH, 2015).
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Prancha 4 – Hidrografia do município de Presidente Kennedy.
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2.1.6 Vegetação
A vegetação nativa do município, segundo dados apresentados no perfil do
município em 2009 (IJSN, 2009), é composta por Floresta Estacional Semidecidual,
Floresta Ombrófila Densa, vegetação de influência marinha ou restinga, mangues,
além dos campos de cultivo e pastagem.
A Floresta Estacional Semidecidual (ou Floresta Tropical Subcaducifólia)
ocorre em focos dispersos na área mais ocidental do município. Caracteriza-se, em
áreas tropicais como no município de Presidente Kennedy, pela influência do clima
estacional, em que as ocorrências de seca no inverno e o período mais úmido do
verão determinam a semidecidualidade das espécies vegetais existentes. A formação
desta floresta em “Terras Baixas” é comum nesta região, apresentando espécies
como o Pau-Brasil (Caesalpinia echinata) e o Jequitibá (Cariniana legalis).
A Floresta Ombrófila Densa (ou Floresta Tropical Pluvial) ocorre em uma
pequena mancha no extremo oeste do município, correspondendo às encostas dos
Maciços do Caparaó. O termo “ombrófilo” deriva do grego e refere-se a florestas com
característica de pluviosidade constante (IBGE, 2012), embora o clima do município
seja marcado pela presença de uma estação chuvosa e um período de estiagem. Este
tipo de vegetação apresenta cinco variações decorrentes da latitude e altitude:
formação aluvial, formação de terras baixas, formação submontana, formação
montana e formação alto-montana. A formação submontana ocorre nas encostas de
planaltos ou serras entre as altitudes de 50m a 500m quando localizada na faixa que
compreende as latitudes 16º a 24º sul (IBGE, 2012), descrição em que se enquadra a
vegetação existente no município de Presidente Kennedy. Caracteriza-se por
predomínio de espécies arbóreas de grande porte (raramente ultrapassando os 30m
de altura ao contrário do que ocorre na região amazônica), com presença de palmeiras
de pequeno porte e trepadeiras (lianas herbáceas). Os gêneros Pouteria,
Chrysophyllum e Alchornea ocorrem na formação submontada, havendo variações
nas diversas regiões do país.
A vegetação de restinga, que sofre influência direta de águas marítimas, ocupa
uma larga faixa contínua no litoral do município. Este bioma tem os gêneros Acicarpha,
Achyrocline, Polygala, Spartina e Vigna como principais caracterizadores.
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Os mangues, ou vegetação com influência fluvio-marinha, têm como
característica a localização em desembocaduras de rios no litoral, com presença de
áreas alagadas e ambiente salobro, apresentando espécies adaptadas à salinidade
destas águas como Maré-Vermelha (Rhizophora mangle), Capim-Marinho (Spartina
alterniflora) e Pirrixiu (Blutaparon portulacoides). Existem pequenas áreas recobertas
por este bioma no extremo sudeste do município, correspondendo à foz do Rio
Itabapoana.
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Prancha 5 - Vegetação do município de Presidente Kennedy.
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EVOLUÇÃO DO MUNICÍPIO
O município de Presidente Kennedy foi fundado como um distrito submetido ao
município vizinho de Itapemirim, embora houvesse ocupações que remontam ao
período colonial, cujo principal testemunho é constituído pela Igreja das Neves.
Localizado no extremo sul do estado do Espírito Santo, o município faz divisa
com o estado do Rio de Janeiro e está inserido na microrregião de planejamento
Litoral Sul (que também inclui os municípios de Alfredo Chaves, Anchieta, Iconha,
Itapemirim, Marataízes, Piúma e Rio Novo do Sul) de acordo com a Lei Estadual nº
9.768/2011.
Quadro 2.1 - Características Geopolíticas de Presidente Kennedy – ES
REGIONALIZAÇÃO
Localização Mesorregional Sul
Localização Microrregional Litoral Sul
Associação de Municípios Associação dos Municípios do Estado do Espírito Santo (AMUNES)
COORDENADAS MUNICÍPIO (UTM)1
Latitude Norte: 7675187m
Latitude Sul: 7643191m
Longitude Leste: 300064m
Longitude Oeste: 267991m
LIMITES
Norte: Itapemirim, Atílio Vivacqua
Sul: São Francisco de Itabapoana (RJ)
Leste: Marataízes e Oceano Atlântico
Oeste: Mimoso do Sul
DADOS GEOGRÁFICOS
Área do Município 583,93 Km²
População (Censo 2010)
Urbana: 3.440 habitantes
Rural: 6.874 habitantes
Total: 10.314 habitantes
Densidade Demográfica 17,66 hab/km²
Altitude da Sede 55 m
Distância da Capital 121,8 km
Distância do Aeroporto mais Próximo
50 km - Aeroporto Raimundo de Andrade em Cachoeiro do Itapemirim – ES2 170 km - Aeroporto Eurico Aguiar Salles em Vitória - ES
Distância do porto mais Próximo 107 km – Porto de Ubú em Anchieta - ES
Fonte: Dados de IBGE, Governo do Espírito Santo e IJSN.
1 Coordenadas em UTM com origem na linha do Equador e Meridiano de Greenwich. 2 O aeroporto de Cachoeiro do Itapemirim ainda passa por obras de modernização para atender a voos
comerciais.
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A ocupação do território de Presidente Kennedy ocorreu ainda no período
colonial com a chegada do padre José de Anchieta na Planície de Muribeca, local
onde por sua iniciativa foi construída uma pequena igreja de madeira, sendo
posteriormente, em 1694, substituída pela Igreja das Neves, construída por jesuítas
junto aos escravos e índios catequizados.
Sob a denominação de Batalha, Presidente Kennedy permaneceu como distrito
submetido ao município de Itapemirim até o ano de 1963, quando foi desmembrado
por lei estadual e elevado à categoria de município com o nome de Presidente
Kennedy em homenagem ao presidente americano assassinado neste mesmo ano.
Quadro 2.2 - Informações Históricas da Geopolítica de Presidente Kennedy
ANO LEGISLAÇÃO AÇÃO ADMINISTRATIVA
1581 - Construção de uma igreja de madeira na Planície de Muribeca por iniciativa do padre jesuíta José de Anchieta.
1702 - Legalização da Fazenda Muribeca instituída pelo padre jesuíta André de Almeida nas imediações da igreja.
1853 Lei Provincial nº 3 É criado o distrito de Barra do Itabapoana, subordinado ao município de Itapemirim.
1949 Lei Estadual nº 265 O distrito de Barra do Itabapoana passa a denominar-se Batalha.
1963 Lei Estadual nº 1918 O distrito de Batalha é elevado à categoria de município com a denominação de Presidente Kennedy.
Fonte: dados do IBGE e Prefeitura de Presidente Kennedy.
A projeção do IBGE para a população de Presidente Kennedy no ano de 2015
é de 11.309 habitantes. O município contava no último Censo Demográfico realizado
em 2010 com uma população de 10.314 habitantes, composta por 5.056 mulheres
(49%) e 5.258 homens (51%). De acordo com dados do mesmo Censo, a população
total do município era composta por 6.874 habitantes residindo na área rural e 3.440
residindo na área urbana, de modo que a taxa de urbanização do município era de
33%, o que lhe atribui caráter fortemente rural.
2.2.1 Dinâmica Populacional
A partir dos dados coletados nos Censos demográficos desde a década de 70,
quando o antigo distrito de batalha já figurava nas estatísticas como município de
Presidente Kennedy, é possível notar que ouve pouca variação na população total do
município.
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O primeiro censo realizado no município (Censo 1970) relata uma estimativa
de 12.223 habitantes, havendo uma forte queda neste valor no Censo 1980, quando
a estimativa populacional para o município de Presidente Kennedy foi de 9.805
habitantes (uma retração de 19,7%). O Censo 1991 registrou nova retração
populacional, com estimativa de 9.443 habitantes, de modo que só houve aumento
demográfico no Censo 2000, quando se registrou o número de 9.555 habitantes
(aumento de 1,3% em relação ao Censo 1991). A partir de então a população do
município tem aumentado, registrando 10.314 habitantes no Censo 2010 e com
projeção para 11.309 habitantes segundo o IBGE.
2.2.2 Estrutura Etária
De acordo com dados obtidos no Censo Demográfico de 2010 a estrutura etária
da população de Presidente Kennedy apresentava predomínio de habitantes entre as
idades de 10 a 19 anos, com total de 1.951 habitantes (18,9% da população) nesta
faixa etária somando homens e mulheres e, considerando o afunilamento existente na
base da pirâmide (entre 0 e 9 anos), há uma tendência visível para janela demográfica,
ou seja, a predominância de jovens e adultos economicamente ativos na população
da cidade, o que poderá trazer mudanças positivas para a economia local.
Figura 2.2 - Pirâmide etária do município de Presidente Kennedy com base no Censo 2010
Fonte: Dados do IBGE.
600 400 200 0 200 400 600
0 a 45 a 9
10 a 1415 a 1920 a 2425 a 2930 a 3435 a 3940 a 44
45 a 4950 a 5455 a 5960 a 64
65 a 6970 a 74
75 a 7980 a 84
85 a 8990 a 9495 a 99
Mais de 100
Presidente Kennedy
Homens Mulheres
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Figura 2.3 - Pirâmide etária do estado do Espírito Santo com base no Censo 2010
Fonte: Dados do IBGE.
Em comparação à pirâmide etária de Presidente Kennedy, o estado do Espírito
Santo apresenta maior proporção de população nas faixas etárias que incluem jovens
adultos, entre 20 e 29 anos principalmente.
EVOLUÇÃO POPULACIONAL
O estudo da evolução populacional do município de Presidente Kennedy, visa
estimar a população para o plano de 20 anos, a fim de, estabelecer um projeto efetivo
no decorrer deste período. Ressalta-se que a obtenção de uma estimativa consistente
do crescimento populacional é de suma importância, afinal as ações propostas no
Plano Municipal de Saneamento Básico devem atender as demandas futuras.
Para o cálculo da Evolução Populacional, pode-se realizar uma projeção por
meio de métodos matemáticos ou estatísticos, como o método crescimento aritmético,
ou o do crescimento geométrico. Todos esses métodos se baseiam nos dados
históricos de população, como dados censitários produzidos pelo Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística – IBGE. Para o planejamento dos setores de saneamento
básico, os estudos entre população urbana e rural devem ser específicos para cada
caso.
200000 150000 100000 50000 0 50000 100000 150000 200000
0 a 45 a 9
10 a 1415 a 1920 a 2425 a 2930 a 3435 a 3940 a 44
45 a 4950 a 5455 a 5960 a 64
65 a 6970 a 74
75 a 7980 a 84
85 a 8990 a 9495 a 99
Mais de 100
Espírito Santo
Homens Mulheres
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A taxa de crescimento populacional (%/ano) consiste na variação percentual da
população em um determinado período. Para obter a taxa média de crescimento anual
em determinado período, utilizou-se a seguinte equação:
𝐾 = (𝑃2
𝑃1)(
1
(𝑡2−𝑡1))−1
Onde:
K = taxa média de crescimento anual
P2 = população do ano 2
P1 = população do ano 1
t2 = ano 2
t1 = ano 1
A Tabela 2.1 apresenta a série histórica do crescimento populacional de
Presidente Kennedy - ES, e a sua variação de taxa de crescimento entre 1970 e 2010.
Tabela 2.1 - Crescimento populacional do Município de Presidente Kennedy entre 1970 e 2010
Ano Pop. Total (hab)
Taxa de Cresc. da
Pop. Total (%
a.a)
Pop. Urbana (hab)
Pop. Urbana
(%)
Taxa de Cresc. da
Pop. Urbana (%
a.a)
Pop. Rural (hab)
Pop. Rural (%)
Taxa de Cresc. da
Pop. Rural (%
a.a)
1970 10.789 - 480 4,45% 10.309 95,55%
1980 9.801 -0,96% 1.023 10,44% 7,86% 8.778 89,56% -1,59%
1991 9.433 -0,35% 1.914 20,29% 5,86% 7.519 79,71% -1,40%
2000 9.555 0,14% 2.530 26,48% 3,15% 7.025 73,52% -0,75%
2010 10.314 0,77% 3.440 33,35% 3,12% 6.874 66,65% -0,22%
Fonte: Adaptado de IBGE,2010.
Assim, utilizando Software de processamento de planilha eletrônica, construiu-
se um gráfico do crescimento populacional do município, o que permite melhor
visualização do crescimento populacional do município ao longo das últimas quatro
décadas.
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Figura 2.4 - Comportamento crescimento populacional de Presidente Kennedy - ES entre 1970 e 2010.
Fonte: Adaptado de IBGE, 2010.
Ao analisar a Figura 2.4, verifica-se que a população total residente no
município de Presidente Kennedy, apresenta um crescimento constante desde 1991,
sendo que no último Censo Demográfico realizado pelo IBGE em 2010, apresentou
população total de 10.314 habitantes.
2.3.1 Projeção da População Urbana do Município de Presidente Kennedy
Conforme descrito no item anterior, para o planejamento dos setores de
saneamento básico, os estudos de projeção populacional serão específicos tanto para
área urbana, quanto para rural. O Plano Municipal de Saneamento Básico terá um
horizonte de planejamento de 20 anos, tendo como o Ano Inicial de planejamento o
ano de 2016. Para efetividade do planejamento dos setores de saneamento básico,
os estudos entre população urbana e rural foram realizados especificamente.
Foram utilizados os seguintes métodos estatísticos, para a obtenção da
projeção populacional:
Método Aritmético
Consiste em somar, à população atual, sempre o mesmo número de habitantes
em iguais períodos do tempo. Graficamente, crescimento é representado por uma
0
2.000
4.000
6.000
8.000
10.000
12.000
1970 1980 1991 2000 2010
Po
pu
laçã
o (
ha
b)
Período (Anos)
Total Urbana Rural
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linha reta, utilizando como base os dois últimos censos demográficos (MINISTÉRIO
DO MEIO AMBIENTE, 2013). A expressão que traduz este método é a seguinte:
𝑃 = 𝑃2 + (𝑃2 − 𝑃1
𝑡2 − 𝑡1) ∗ (𝑡 − 𝑡2)
Onde:
P = população futura do ano t
P2 = população do último censo
P1 = população do penúltimo censo
t2 = ano do último censo
t1=ano do penúltimo censo
Método Geométrico
O modelo de crescimento da população é dado por uma progressão
geométrica, sendo a curva representativa de evolução de população uma parábola
(BRASIL, 2013). Analiticamente, a fórmula que traduz este crescimento é dada pela
seguinte expressão:
𝑃2 = 𝑃1 ∗ (1 + 𝐾)𝑡2−𝑡1
onde:
K = taxa de crescimento anual médio
P2 = população do ano 2
P1 = população do ano 1
t2 = ano 2
t1 = ano 1
Método dos Mínimos Quadrados
Este método resume-se ao cálculo da equação da reta dos mínimos quadrados
para os valores obtido em censos anteriores e a sua extrapolação para anos futuros
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(BRASIL, 2013). Assim, a estimativa da população (Pn), é dada pela seguinte
expressão:
Onde:
Pn = população no ano “n”
tn = ano “n”
Os parâmetros a e b são obtidos pelas seguintes expressões:
𝑎 =∑𝑡𝑖 ∑𝑃𝑖 − 𝑀∑ 𝑡𝑖𝑃𝑖
(∑ 𝑡𝑖)2 −𝑀∑(𝑡𝑖)2
𝑏 =∑ 𝑡𝑖 ∑ 𝑡𝑖𝑃𝑖 − ∑𝑃𝑖 ∑(𝑡𝑖)2
(∑ 𝑡𝑖)2 −𝑀∑(𝑡𝑖)2
Sendo M o número de censos disponíveis e ti o ano em que se apurou a
população Pi.
2.3.2 Definição da Projeção Populacional
Após a obtenção dos resultados pelos métodos descritos no item anterior,
sendo marcados no gráfico todos os valores dos censos realizados e os valores das
previsões encontradas para a população total do município, e com base na percepção
visual, escolhe-se a curva que melhor se ajusta à curva dos censos demográficos.
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Figura 2.5 - Resultados dos métodos de estimativa populacional do município de Presidente Kennedy – ES
Fonte: Adaptado de IBGE.
Constata-se que a curva que melhor se ajusta visualmente à curva dos censos
demográficos para o Município de Presidente Kennedy, é aquela na qual se utilizou o
Método Geométrico, considerando que esta segue a constante inclinação da curva
dos últimos censos do IBGE.
Portanto, para as projeções do plano do Município de Presidente Kennedy
adota-se a Tabela 2.2.
0
1500
3000
4500
6000
7500
9000
10500
12000
13500
15000
16500
19
70
19
75
19
80
19
85
19
90
19
95
20
00
20
05
20
10
20
15
20
20
20
25
20
30
20
35
Censo-IBGE Aritimético Geométrico Min. Quadrados
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Tabela 2.2 - Projeção apresentada para o município de Presidente Kennedy pelo Método Geométrico
ANO TOTAL (hab) URBANA (hab) RURAL (hab)
2011 10393 3547 6846
2012 10473 3658 6815
2013 10553 3772 6781
2014 10634 3890 6744
2015 10716 4011 6705
2016 10798 4136 6662
2017 10881 4265 6615
2018 10964 4399 6566
2019 11049 4536 6513
2020 11133 4677 6456
2021 11219 4823 6395
2022 11305 4974 6331
2023 11392 5129 6263
2024 11479 5289 6190
2025 11567 5454 6113
2026 11656 5624 6032
2027 11745 5800 5946
2028 11835 5981 5855
2029 11926 6167 5759
2030 12018 6360 5658
2031 12110 6558 5552
2032 12203 6763 5440
2033 12296 6974 5323
2034 12391 7191 5199
2035 12486 7416 5070
2036 12582 7647 4935
Fonte: Adaptado de IBGE.
A perspectiva de instalação de um grande empreendimento no município pode
alterar completamente a dinâmica de evolução populacional, aumentando
significativamente a população urbana, por exemplo.
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A cada revisão do plano (no máximo a cada 4 anos) seja feita uma reavaliação
da estimativa de crescimento populacional, conforme determina a Lei 11.445/07.
Recomenda-se que as revisões do PMSB, juntamente com estimativa populacional,
sejam feitas quando ocorrerem censos e contagens do IBGE.
2.3.3 População Flutuante
Em determinados municípios, além da população residente, o número de
pessoal que a utilizam temporariamente, também é significativo, e este aspecto deve
ser considerado no PMSB, sendo um índice considerado nos cálculos de
dimensionamento de vazões e serviços de saneamento. É o caso de cidades
balneárias, estâncias climáticas, estâncias minerais, etc. Esta população é
denominada de população flutuante. Da mesma maneira que é feito para a população
fixa, estudos deverão ser desenvolvidos para que a população flutuante seja
determinada. Isso configura diferentes desafios para o saneamento.
A população flutuante envolve uma enorme dificuldade, pois a infraestrutura
deve ser planejada e construída para atender a essa demanda, mas acaba por
permanecer ociosa boa parte do tempo. A flutuação também traz melhoras na oferta
de postos de trabalho na prestação de serviços e no comércio, que precisa recrutar
trabalhadores temporários nas temporadas e em feriados, mas em muitos casos, não
consegue manter tais empregos fora da estação de maior movimento e demanda.
De acordo com o Estudo de Impacto Ambiental da Planta de Filtragem e
Terminal Portuário Privativo para embarque de minério de Ferro Presidente
Kennedy/ES, elaborado em maio de 2010, o município de Presidente Kennedy não
possui intensa atratividade turística, como é o caso do município de Marataízes, suas
praias, apesar de se apresentar em perfeitas condições, devido à beleza e
preservação, ainda carecem de facilidade de acesso e infraestrutura turística. Mesmo
possuindo deficiências em infraestrutura turística, o município de Presidente Kennedy
tem recebido, especialmente no verão, e em algumas outras ocasiões, contingente
relevante de turistas (CEPEMAR, 2010).
No mesmo estudo, o período de veraneio provoca um incremento na população
do município de Presidente Kennedy da ordem de 25% a 30%, com o número de
veranistas oscilando entre 3.000 e 4.000 visitantes, em sua maioria advindos dos
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estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais, e de outros municípios do Espírito Santo.
Sendo 40% proprietários de casas, 40% hóspedes de pousadas e campings, e 20%
casas locadas por temporada.
A Secretaria Municipal de Turismo de Presidente Kennedy (2013) afirmou um
incremento de aproximadamente 3.000 habitantes no período do verão, considerando
os meses de dezembro, janeiro e fevereiro.
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3 PLANEJAMENTO FÍSICO TERRITORIAL
PLANO DIRETOR MUNICIPAL DE PRESIDENTE KENNEDY
O Plano Diretor Municipal de Presidente Kennedy, que atualmente passa por
discussão e cujo anteprojeto de lei (FCAA, 2010) consta do ano de 2010, surge como
instrumento para orientar o desenvolvimento da cidade cumprindo o disposto na Lei
do Estatuto da Cidade:
“Art. 41. O plano diretor é obrigatório para cidades:
I – com mais de vinte mil habitantes;
II – integrantes de regiões metropolitanas e aglomerações urbanas;
III – onde o Poder Público municipal pretenda utilizar os instrumentos
previstos no § 4o do art. 182 da Constituição Federal;
IV – integrantes de áreas de especial interesse turístico;
V – inseridas na área de influência de empreendimentos ou atividades
com significativo impacto ambiental de âmbito regional ou nacional.
VI - incluídas no cadastro nacional de Municípios com áreas
suscetíveis à ocorrência de deslizamentos de grande impacto,
inundações bruscas ou processos geológicos ou hidrológicos
correlatos.” (BRASIL, 2001).
Desta forma o Plano Diretor Municipal constitui instrumento de grande valia
para ordenar o desenvolvimento urbano considerando o fato da exploração petrolífera
no local ser uma atividade de significativo impacto ambiental.
Os temas que estruturam a Lei do Plano Diretor Municipal de Presidente
Kennedy são:
Desenvolvimento Territorial;
Patrimônio Ambiental;
Patrimônio Histórico e Arquitetônico;
Mobilidade e Acessibilidade;
Desenvolvimento Econômico e Regional.
O macrozoneamento proposto para o município de Presidente Kennedy (Anexo
02 do Plano Diretor Municipal) é centrado principalmente no aperfeiçoamento das
atividades rurais, demarcação de áreas de preservação ambiental (notadamente
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próximas à bacia do Rio Itabapoana) e planejamento das áreas de ocupação urbana,
com ênfase na interligação de distrito sede e outros distritos existentes através do eixo
viário composto pela rodovia ES-162, de maneira a otimizar e concentrar a
infraestrutura e equipamentos urbanos ao longo de um eixo estratégico. Também
foram previstas macrozonas especiais para as áreas onde a instalação de
empreendimentos industriais implicasse conflitos com questões ambientais ou
patrimoniais, como na área de implantação do Porto Central próximo ao distrito de
Marobá.
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Prancha 6 - Mapa de macrozoneamento (Anexo 02) proposto pelo anteprojeto de Lei do Plano Diretor Municipal de Presidente Kennedy.
Adaptado de FCCA, 2010.
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Ainda na Lei do Estatuto da Cidade, se tratando sobre a regulamentação da
política urbana, o artigo 2º reforça a importância de se fortalecer a função social da
propriedade urbana e, entre outros temas, aborda a questão da habitação e
ocupações precárias no espaço urbano:
“Art. 2o A política urbana tem por objetivo ordenar o pleno
desenvolvimento das funções sociais da cidade e da propriedade
urbana, mediante as seguintes diretrizes gerais:
[...]
XIV – regularização fundiária e urbanização de áreas ocupadas por
população de baixa renda mediante o estabelecimento de normas
especiais de urbanização, uso e ocupação do solo e edificação,
consideradas a situação socioeconômica da população e as normas
ambientais; [...]” (BRASIL, 2001).
Atendendo ao disposto neste artigo, o Plano Diretor Municipal de Presidente
Kennedy prevê a delimitação de Zonas Especiais de Interesse Social que serão
descritas a seguir.
3.1.1 Caracterização das Áreas de Interesse Social
As Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS) previstas no Plano Diretor
Municipal de Presidente Kennedy têm como característica geral a regularização e
provimento de equipamentos públicos em áreas ocupadas por habitações precárias e
população de baixa renda. A ZEIS 01 coincide com as áreas urbanas que apresentam
esta característica, visando além da regularização a possível relocação de ocupações
em área de risco. A ZEIS 02 abrange áreas rurais ocupadas de forma precária e
distribuídas sobre os distritos do município.
Além do distrito sede que conta com 4 áreas delimitadas como ZEIS 01 e
descritas no Anexo 3a do PDM, são previstas também as ZEIS 02 nos distritos Boa
Esperança, Cacimbinha e Marobá, constando nos anexos 3b, 3c e 3e do Plano Diretor
Municipal respectivamente. As Zonas Especiais de Interesse Social localizadas no
distrito sede se encontram em áreas tangentes ao principal eixo viário da cidade
(ilustrado no Anexo 03a – Zoneamento da Sede e no Anexo 07a – Hierarquia Viária
da Sede) formado pelas ruas Sete de Setembro, Atila Vivacqua e pelo trecho urbano
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da rodovia estadual ES-162. Denominado como Eixo de Dinamização pelo
Anteprojeto de Lei do Plano Diretor (FCAA, 2010), este eixo propõe a concentração
de funções comerciais e de serviço como apoio às necessidades dos bairros
adjacentes e como forma de otimizar o transporte na área urbanizada. Também como
ponto em comum estas áreas localizam-se em proximidade de áreas de proteção
ambiental, um reflexo da ocupação irregular de dos fundos de vale urbanos.
A ZEIS 01/01 encontra-se no extremo noroeste da área urbana, próxima ao
Ginásio Esportivo Eraldo de Lemos Corrêa, sendo composta por ruas de terra ainda
sem denominação cujo acesso ocorre pela Rua 7 de Setembro, no fim do principal
eixo viário da cidade. É delimitada por duas áreas de proteção ambiental ao leste e
ao oeste e pela zona rural ao norte.
As ZEIS 01/02 e 01/03 abrangem duas faixas paralelas em relação às ruas
Atílio Vivacqua e Mirtes Barreiros Gomes separadas por uma pequena área linear de
proteção ambiental, estando localizadas mais próximas à região central do distrito
sede. A ZEIS 01/03 é delimitada ao leste por uma Zona de Expansão Urbana. Esta
área de expansão se caracteriza, de acordo com o texto da lei do Plano Diretor
Municipal, pela “localização adequada para a expansão da área urbana em função da
proximidade com eixos viários consolidados, relevo com poucos acidentes
geográficos e proximidade de áreas infra estruturadas” (FCAA, 2010), seu objetivo é
estimular a urbanização diversificada e adensada em áreas adequadamente servidas
de infraestrutura e de modo integrado ao espaço urbano consolidado.
A ZEIS 01/04, também próxima ao centro do distrito sede, localiza-se ao longo
de uma rua de terra no extremo sudeste do distrito sede e perpendicular à rodovia ES-
162, principal acesso ao local e ligação com os distritos litorâneos. É delimitada ao sul
e ao leste por uma área de proteção ambiental e ao oeste por uma Zona de Ocupação
Controlada, caracterizada pelo predomínio de uso residencial e ocupação menos
adensada em relação às outras áreas urbanas devido à proximidade da área de
preservação.
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Prancha 7 - Mapa de zoneamento proposto para o distrito sede de Presidente Kennedy (Anexo 03a) no anteprojeto de Lei do Plano Diretor Municipal.
Fonte: adaptado de FCCA, 2010.
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Prancha 8 - Mapa de zoneamento proposto para o distrito de Boa Esperança (Anexo 03b) no anteprojeto de Lei do Plano Diretor Municipal de Presidente Kennedy.
Fonte: adaptado de FCCA, 2010.
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Prancha 9 - Mapa de zoneamento proposto para o distrito de Cacimbinha (Anexo 03c) no anteprojeto de Lei do Plano Diretor Municipal de Presidente Kennedy.
Fonte: adaptado de FCCA, 201
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Prancha 10 - Mapa de zoneamento proposto para o distrito de Marobá (Anexo 03e) no anteprojeto de Lei do Plano Diretor Municipal de Presidente Kennedy.
Fonte: adaptado de FCCA, 2010.
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Prancha 11 - Mapa de hierarquia viária proposto para o distrito sede de Presidente Kennedy (Anexo 07a) no anteprojeto de Lei do Plano Diretor Municipal.
Fonte: adaptado de FCCA, 2010.
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4 SISTEMAS PÚBLICOS E INFRAESTRUTURAS
Este item descreve o conjunto de infraestruturas e serviços que atendem a
população de Presidente Kennedy, sendo distribuído entre: habitação, comunicação,
transporte, energia elétrica, saúde, educação, saneamento básico e segurança.
A administração do serviço público kennediense é subdividida nas seguintes
secretarias:
a) Administração;
b) Agricultura;
c) Assistência Social e Habitação;
d) Educação;
e) Fazenda;
f) Meio Ambiente;
g) Obras e Serviços Públicos;
h) Desenvolvimento Econômico;
i) Saúde;
j) Transporte e Frota;
k) Cultura, Turismo, Esporte e Lazer;
l) Procuradoria Jurídica;
m) Controladoria Interna;
n) Segurança.
HABITAÇÃO
Segundo dados obtidos no último censo demográfico do IBGE (Censo 2010) o
município de Presidente Kennedy contava com 3.313 domicílios, sendo divididos em
1.118 domicílios urbanos (34%) e 2.195 domicílios localizados na zona rural (66%). O
mesmo levantamento realizado em 2010 analisou as residências de acordo com o tipo
de revestimento externo, podendo servir como um indicador de renda das residências,
e com esse levantamento foi possível observar o maior índice de residências em
alvenaria sem revestimentos, madeira e outros materiais na zona rural. Enquanto na
zona urbana predominam as residências em alvenaria com algum tipo de
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revestimento. Não foram observados domicílios cujas paredes externas fossem
edificadas em taipa ou palha, tanto no meio urbano como no rural.
Figura 4.1 - Gráfico de distribuição de domicílios urbanos por tipo de material das paredes externas.
Fonte: Dados do Censo 2010, IBGE.
Figura 4.2 - Gráfico de distribuição de domicílios rurais por tipo de material das paredes externas.
Fonte: Dados do Censo 2010, IBGE.
90%
10%
Domicílios urbanos por tipo de material das paredes externas.
Domicílios permanentes urbanos -Paredes externas em alvenaria comrevestimento.
Domicílios permanentes urbanos -Paredes externas em alvenaria semrevestimento.
1.89186%
22310%
51%
50%
703%
Domicílios rurais por tipo de material das paredes externas.
Domicílios permanentes rurais -Paredes externas em alvenariacom revestimento.
Domicílios permanentes rurais -Paredes externas em alvenariasem revestimento.
Domicílios permanentes rurais -Paredes externas em madeiraaparelhada.
Domicílios permanentes rurais -Paredes externas em madeiraaproveitada.
Domicílios permanentes rurais -Paredes externas em outromaterial.
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As taxas de densidade de moradores por dormitórios apresentam predomínio
de densidades entre uma e duas pessoas por dormitórios, embora a proporção de
habitações que possuem de dois a três moradores por dormitório seja considerável.
Figura 4.3 - Gráfico de densidade de moradores por domicílios.
Fonte: Dados do Censo 2010, IBGE.
ENERGIA ELÉTRICA
O município de Presidente Kennedy, assim como outros 69 municípios do
estado, é atendido pela Espírito Santo Centrais Elétricas S/A – EDP ESCELSA, cuja
licença de concessão vigora até o ano de 2025. A energia elétrica do município é
fornecida em baixa tensão - 127/220 V e em alta tensão – 13.800 KV.
Figura 4.4 - Gráfico de evolução do número de famílias atendidas pela rede de energia elétrica em Presidente Kennedy no período entre 2000 e 2014
Fonte: dados do Ministério da Saúde publicados por DATASUS.
37%
46%
13%
4%
Domicílios: Densidade de moradores.
Densidade de moradores por dormitório -Até 1,0 morador.
Densidade de moradores por dormitório -Mais de 1,0 a 2,0 moradores.
Densidade de moradores por dormitório -Mais de 2,0 a 3,0 moradores.
Densidade de moradores por dormitório -Mais de 3,0 moradores.
1314
19272135
2455 24972752 2883
3021 3037 3168 32963493
3631 3732 3628
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
3500
4000
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Núm
ero
de F
am
ília
s
Energia elétrica por famílias atendidas
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COMUNICAÇÃO E FONTES DE INFORMAÇÃO
O município de Presidente Kennedy conta com serviços telefônicos fixo e móvel
sendo que o código de área DDD local é 28, possui agência de correios da EBCT –
Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos em seu distrito sede que oferece serviços
postais e telegráficos. Também conta com recepção de TV, rádio, jornais estaduais.
TRANSPORTE
A principal via de acesso ao distrito sede do município de Presidente Kennedy
é a rodovia estadual ES-162, tendo ligação com o município de Itapemirim a noroeste
e com o litoral a sudeste. Algumas vias não pavimentadas fazem a ligação entre os
demais distritos municipais, como no exemplo da estrada ES-060 e da Estrada
Municipal que ligam os distritos litorâneos à sede municipal.
O aeroporto Eurico Aguiar Salles, em Vitória, é o aeroporto com voos
comerciais mais próximo dentro do estado do Espírito Santo, a aproximadamente
170km (2h 30min) de distância da sede de Presidente Kennedy. No entanto, o
aeroporto de Cachoeiro do Itapemirim, localizado a aproximadamente 50km de
Presidente Kennedy (50min), passa atualmente por processo de modernização para
que possa atender também voos comerciais, se tornando uma referência na região
sul do estado, que engloba a população kennediense.
Atualmente o Porto de Ubú, a aproximadamente 100km de distância, é o mais
próximo do município de Presidente Kennedy. Localizado também na microrregião do
Litoral Sul, em Anchieta, o porto é operado pela Samarco Mineração e foi criado
principalmente como terminal de escoamento de minério de ferro. Ainda em fase de
projeto, o Porto Central a ser instalado no município de Presidente Kennedy constituirá
uma nova opção para o escoamento da produção industrial de mineração e
agropecuária kennediense e de outros municípios da região.
A nível municipal, a questão do transporte é abordada pelo Capítulo V da Lei
de Plano Diretor (Da Política de Mobilidade e Acessibilidade). Entre as propostas para
a mobilidade do município o incentivo a meios de transporte não poluentes é
representado pelos planos cicloviários previstos para os distritos de Jaqueira, Marobá,
Praia das Neves, Santo Eduardo, São Paulo e distrito sede de Presidente Kennedy.
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De acordo com dados do DENATRAN divulgados pelo IBGE, em 2014 o
município de Presidente Kennedy possuía uma frota de 2.235 automóveis e 2.366
motocicletas.
Tabela 4.1 - Evolução na frota veicular do município de Presidente Kennedy entre 2013 e 2014.
VEÍCULOS POR TIPO FROTA 2013 FROTA 2014 EVOLUÇÃO (%)
Automóvel 2.080 2.235 15,5%
Caminhão 301 341 4,0%
Caminhão trator 7 18 1,1%
Caminhonete 505 561 5,6%
Camioneta 90 94 0,4%
Micro-ônibus 17 19 0,2%
Motocicleta 2.272 2.366 9,4%
Motoneta 337 354 1,7%
Ônibus 22 25 0,3%
Trator de rodas 0 0 0,0%
Utilitário 29 34 0,5%
Outros 58 70 1,2%
Total de Veículos 5.718 6.117 39,9%
Fonte: dados do DENATRAN publicados por IBGE.
A tabela demonstra a evolução da frota veicular no município de Presidente
Kennedy entre os anos de 2013 e 2014 por tipos de veículos. No total observa-se que
houve crescimento de 39,9% da frota kennediense, sendo que as maiores
contribuições para este valor são devido ao aumento do número de automóveis
(15,5%) e motocicletas (9,5%) principalmente. As caminhonetes e caminhões também
apresentaram crescimento expressivo (5,6% e 4,0% respectivamente).
ESTRUTURA COMUNITÁRIA
4.5.1 Cemitérios
O Cemitério de Presidente Kennedy localiza-se na extremidade oeste do distrito
sede do município.
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Figura 4.5 - Imagem de satélite com localização do Cemitério de Presidente Kennedy.
Fonte: imagem do Google Earth Pro (2010).
4.5.2 Instituições de Ensino
O município de Presidente Kennedy, segundo dados do Censo Educacional
2012, conta com 19 instituições de ensino, dentre as quais uma delas atende alunos
do ensino médio (Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio de Presidente
Kennedy) sendo a única escola sob administração estadual do município.
Tabela 4.2 - Quadro de instituições de ensino existentes no município de Presidente Kennedy por nível educacional e administração.
NÍVEL EDUCACIONAL NÚMERO DE ESCOLAS
Ensino fundamental 19
Ensino fundamental em escola pública estadual 1
Ensino fundamental em escola pública municipal 18
Ensino médio em escola pública estadual 1
Ensino pré-escolar em escola pública municipal 14
Fonte: dados do Censo Escolar 2012 MEC/INEP publicados por IBGE.
Tabela 4.3 - Quadro de composição do corpo docente de Presidente Kennedy por nível educacional e administração da instituição de ensino.
NÍVEL EDUCACIONAL NÚMERO DE DOCENTES
Ensino fundamental 130
Ensino fundamental em escola pública estadual 24
Ensino fundamental em escola pública municipal 106
Ensino médio em escola pública estadual 52
Ensino pré-escolar em escola pública municipal 37
Fonte: dados do Censo Escolar 2012 MEC/INEP publicados por IBGE.
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De acordo com os dados obtidos no mesmo Censo Educacional, em 2012 o
município contava com 130 docentes no sistema de ensino fundamental (entre os
quais 24 atendiam na escola estadual) e 52 docentes atendendo no ensino médio.
4.5.3 Estabelecimentos de saúde
Os últimos dados da pesquisa de Assistência Médica Sanitária realizada pelo
IBGE são referentes ao ano de 2009, em que o município de Presidente Kennedy
contava com dez estabelecimentos de saúde no total.
Tabela 4.4 - Unidades de saúde ligadas ao Sistema Único de Saúde por tipo de unidade – out/2015.
TIPO DE UNIDADE QUANTIDADE
Centro de regulação de serviços de saúde -
Centro de saúde / Unidade básica de saúde 9
Centro de atenção psicossocial -
Clínica especializada / ambulatório especializado -
Consultório isolado -
Farmácia popular -
Hospital dia -
Hospital especializado -
Hospital geral -
Policlínica -
Posto de saúde -
Pronto Socorro Geral 1
Secretaria de Saúde 1
Unidade de serviço de apoio de diagnose e terapia 2
Unidade de vigilância em saúde 1
Unidade móvel terrestre -
Unidade mista de atenção básica -
TOTAL 14
Fonte: adaptado de IJSN, dados do CNES/Ministério da Saúde – 2015.
Atualmente, segundo dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de
Saúde (com atualização em outubro de 2015) o município possui 14 estabelecimentos
ligados ao Sistema Único de Saúde – SUS, sendo nove unidades básicas de saúde e
um pronto socorro geral.
4.5.4 Entidades
A atuação de entidades civis na administração pública é de fundamental
importância para o envolvimento da população organizada em processos deliberativos
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da cidade e reforça a gestão democrática da cidade como um dos princípios
estabelecidos na criação do Estatuto da Cidade.
No município de Presidente Kennedy as entidades civis têm atuado junto ao
poder público em comissões acerca de projetos de legislação importantes como na
construção do Plano Diretor Municipal. Neste processo estiveram envolvidos o
Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Cooperativa Quilombo de Batalha, Conselho de
Pastores e Líderes Evangélicos e Representantes dos Professores (PRESIDENTE
KENNEDY, 2009). A participação de outras entidades civis nas discussões políticas
ocorre em conselhos municipais específicos, cuja composição é divulgada por meio
de decretos no website da prefeitura municipal <www.presidentekennedy.es.gov.br>.
SEGURANÇA PÚBLICA
Segundo os dados coletados pela Secretaria Estadual de Segurança Pública
do Espírito Santo, referentes aos anos entre 2006 e 2009, o maior número de
ocorrências policiais em Presidente Kennedy se referem aos crimes não-letais contra
a pessoa, enquanto os crimes violentos contra o patrimônio e a mortes violentas
representam a menor parte das ocorrências no período analisado.
Figura 4.6 - Gráfico de ocorrências policiais por tipos de crime nos anos entre 2006 e 2009.
Fonte: dados da Secretaria Estadual de Segurança Pública do Espírito Santo publicados pelo IJSN.
Os números de mortes violentas registrados no município apresentaram
oscilação no período analisado, mas se mantiveram abaixo das dez ocorrências por
59
45
31 32
7884
77
60
6 5 3 66 93
10
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
2006 2007 2008 2009
Número e tipo de ocorrências entre 2006 e 2009
Crimes contra o patrimônio Crimes não-letais contra a pessoa
Crimes violentos contra o patrimônio Mortes violentas
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ano. A Figura 4.7 demonstra a evolução na taxa de homicídios em Presidente
Kennedy, no Espírito Santo e no Brasil.
Figura 4.7 - Gráfico de evolução da taxa de homicídios (a cada 100.000 habitantes) municipal, estadual e nacional no período entre 1990 e 2009.
Fonte: dados do DATASUS publicados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA).
Em todas as escalas administrativas o índice se manteve neste período acima
do limiar de 10 homicídios a cada 100.000 habitantes, logo caracterizando um quadro
epidêmico segundo os parâmetros da Organização Mundial da Saúde (OMS). Em
Presidente Kennedy a taxa apresentou grandes oscilações no período analisado,
atingindo o pico de 80 no ano de 1999 e tendo seu menor índice em 2009, único ano
em que a taxa de homicídios esteve abaixo dos 10 pontos.
ESTATÍSTICAS VITAIS E SAÚDE
4.7.1 Taxa de Natalidade
Presidente Kennedy registrou no ano de 2010 um total de 138 nascimentos
(nascidos vivos). Em relação à população residente no município neste mesmo ano,
isso representa uma taxa de natalidade de 13,38 nascidos vivos para cada mil
habitantes.
0,00
10,00
20,00
30,00
40,00
50,00
60,00
70,00
80,00
90,00
199
0
199
1
199
2
199
3
199
4
199
5
199
6
199
7
199
8
199
9
200
0
200
1
200
2
200
3
200
4
200
5
200
6
2007
200
8
200
9
Ano
Taxa de homicídios (100.000 habitantes)
Presidente Kennedy Espírito Santo Brasil
MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO
Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO I
60
Figura 4.8 - Gráfico comparativo da Taxa Bruta de Natalidade por mil habitantes municipal, estadual e federal nos anos de 2000 e 2010.
Fonte: Dados do IBGE e DATASUS.
Em relação às taxas de natalidade bruta estadual e nacional, o valor obtido em
Presidente Kennedy encontra-se abaixo da média. No entanto, a comparação com as
taxas da década anterior (com base no Censo 2000) demonstram que houve aumento
na taxa de natalidade municipal, enquanto este indicador teve queda tanto no âmbito
federal quanto no estadual.
4.7.2 Taxa de Mortalidade Infantil
Na primeira década do século XXI, a taxa de mortalidade infantil (para cada mil
nascidos vivos) apresentou grandes variações, tendo o maior índice no ano de 2000
(44,25 em cada 1000 nascidos vivos) e o menor índice em 2004, quando obteve taxa
de mortalidade zero.
11,83
18,8520,86
13,3814,75
15,88
0,00
5,00
10,00
15,00
20,00
25,00
Presidente Kennedy Espírito Santo Brasil
Taxa Bruta de Natalidade por mil habitantes
Taxa de Natalidade Ano 2000 Taxa de Natalidade Ano 2010
MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO
Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO I
61
Figura 4.9 - Gráfico comparativo da taxa mortalidade infantil municipal e estadual nos anos entre 2000 e 2009.
Fonte: dados da Secretaria de Saúde do Espírito Santo.
4.7.3 Esperança de vida ao nascer
No Censo Demográfico realizado em 1991, o índice de esperança de vida ao
nascer colocava o município de Presidente Kennedy atrás do índice observado no
país e no estado respectivamente. Esta situação se manteve nos Censos realizados
em 2000 e 2010, sendo que houve aumento neste indicador em todas as escalas, com
níveis superiores ao dos 70 anos de idade.
Figura 4.10 - Gráfico comparativo da evolução nos índices de Esperança de Vida ao Nascer municipal, estadual e federal nos Censos de 1991, 2000 e 2010.
Fonte: dados do IBGE publicados por Atlas Brasil/PNUD.
44,25
15,50
27,7820,41
0,00
9,35
38,46
8,93
16,53
7,75
18,63 17,78
15,91 16,1614,90 15,42 15,03
13,69 14,2612,26
0,00
5,00
10,00
15,00
20,00
25,00
30,00
35,00
40,00
45,00
50,00
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
Taxa de Mortalidade Infantil a cada 1000 nascidos vivos
Presidente Kennedy Espírito Santo
64,7368,61
73,94
66,1771,64
75,1
60,61
67,09
73,5
0
10
20
30
40
50
60
70
80
Censo 1991 Censo 2000 Censo 2010
Esperança de Vida ao Nascer
Brasil Espírito Santo Presidente Kennedy
MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO
Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO I
62
4.7.4 Taxa de Fecundidade Geral
Tomando as informações obtidas pelo IBGE nos Censos de 1991, 2000 e 2010
como base para análise é possível notar que a taxa de fecundidade geral em
Presidente Kennedy se manteve bem próxima das taxas nacional e estadual no ano
de 2010. Nos Censos de 1991 e 2000 a taxa observada em Presidente Kennedy era
consideravelmente superior às taxas estadual e nacional, havendo uma grande
retração entre a taxa deste ano e a taxa observada em 2010 (de 3,48 para 1,72).
Figura 4.11 - Gráfico comparativo da evolução na taxa de fecundidade total municipal, estadual e federal nos Censos de 1991, 2000 e 2010
Fonte: dados do IBGE publicados por Atlas Brasil/PNUD.
Nos últimos anos a taxa de fecundidade total, ou seja, a proporção de filhos
nascidos vivos em relação ao grupo de mulheres em idade fértil (15 a 49 anos)
apresentou retração, ficando abaixo do nível de 2,1 em todos os níveis político-
administrativos.
4.7.5 Estrutura de Saúde
De acordo com levantamento realizado pelo IPEA em relação ao número de
médicos a cada mil habitantes considerando os anos de 1991 e 2000 houve aumento
neste índice tanto em Presidente Kennedy quanto nas demais escalas administrativas
(federal e municipal).
2,88
2,37
1,89
2,78
2,16
1,8
3,48
2,83
1,72
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
4
Censo 1991 Censo 2000 Censo 2010
Taxa de Fecundidade Total
Brasil Espírito Santo Presidente Kennedy
MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO
Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO I
63
Figura 4.12 - Gráfico de evolução do número de médicos por habitantes nos anos de 1991 e 2000 – comparativo entre municípios (Presidente Kennedy e Vitória), estado e união.
Fonte: dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA).
Para fins de comparação, a capital do estado possuía em 2000 um índice 10
vezes superior ao de Presidente Kennedy, o que reflete a desigualdade na distribuição
de médicos entre grandes centros urbanos e áreas interioranas. Embora tenha
apresentado alta no número de médicos em relação ao período analisado, o índice
em Presidente Kennedy se manteve abaixo das médias estadual e nacional.
A Tabela 4.5 descreve a relação de vinculados ao sistema público de saúde
municipal por número de profissionais e categorias de serviço com base nos dados
do CNES (Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde). Nesta tabela é possível
observar que em 2009 o número de médicos para cada mil habitantes aumentou
consideravelmente em relação aos dados de 2000, saltando de 0,553 para 2,70.
A Tabela 4.6 descreve a relação de equipamentos médicos disponíveis ao
sistema de saúde pública no município, bem como a proporção desses equipamentos
em relação à população (equipamento para cada 100.000 habitantes).
0,4
5,757
1,052 1,0210,553
5,63
1,143 1,162
0
1
2
3
4
5
6
7
Presidente Kennedy Vitória Espírito Santo Brasil
Médicos residentes por mil habitantes
Médicos residentes (por mil habitantes) 1991 Médicos residentes (por mil habitantes) 2001
MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO
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64
Tabela 4.5 - Tabela de recursos humanos da saúde pública no município de Presidente Kennedy referente ao ano de 2009.
Número de equipamentos de categorias selecionadas existentes, em uso, disponíveis ao SUS e por 100.000 habitantes, segundo categorias do equipamento (Dez/2009)
Categoria Existentes Em uso Disponível
ao SUS
Equipamento em uso/
100.000 hab
Equipamento SUS/100.000
hab
Mamógrafo - - - - -
Raio X 7 7 7 64,2 64,2
Tomógrafo Computadorizado - - - - -
Ressonância Magnética - - - - -
Ultrassom 3 2 3 27,5 18,3
Equipo Odontológico Completo 6 6 6 55,0 55,0
Fonte: dados do CNES publicados por DATASUS.
Tabela 4.6 - Relação de equipamentos de saúde disponíveis ao SUS no município de Presidente Kennedy referente ao ano de 2009.
Recursos Humanos (vínculos) segundo categorias selecionadas (Dez/2009)
Categoria Total Atende ao
SUS Profissional/1.000
habitantes
Profissional SUS/1.000 habitantes
Médicos 29 29 2,7 2,7
Anestesista 0 0 0,0 0,0
Cirurgião Geral 0 0 0,0 0,0
Clínico Geral 10 10 0,9 0,9
Gineco Obstetra 3 3 0,3 0,3
Médico de Família 4 4 0,4 0,4
Pediatra 2 2 0,2 0,2
Psiquiatra 1 1 0,1 0,1
Radiologista 2 2 0,2 0,2
Cirurgião dentista 8 8 0,7 0,7
Enfermeiro 13 13 1,2 1,2
Fisioterapeuta 8 8 0,7 0,7
Fonoaudiólogo 1 1 0,1 0,1
Nutricionista 5 5 0,5 0,5
Farmacêutico 3 3 0,3 0,3
Assistente social 1 1 0,1 0,1
Psicólogo 4 4 0,4 0,4
Auxiliar de Enfermagem 3 3 0,3 0,3
Técnico de Enfermagem 29 29 2,7 2,7
Fonte: dados do CNES publicados por DATASUS.
Em relação à origem dos recursos para manutenção e investimento no sistema
de saúde pública local, a maior parte das despesas é paga com recursos próprios do
município. Analisando a Figura 4.13 é possível observar que o investimento com
recursos próprios do governo municipal aumentou gradativamente no período entre
MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO
Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO I
65
2006 e 2008, apresentando retração no ano de 2009. Durante esse mesmo período,
de 2006 a 2009, as transferências do Sistema Único de Saúde se mantiveram
estáveis.
Figura 4.13 - Gráfico de evolução das despesas com o sistema de saúde pública por habitante em Presidente Kennedy e origem dos recursos no período entre 2006 e 2009.
Fonte: dados do SIOPS publicados por DATASUS.
Figura 4.14 - Gráfico de composição das despesas com sistema de saúde público em Presidente Kennedy no período entre 2006 e 2009.
Fonte: dados do SIOPS publicados por DATASUS.
O gráfico da Figura 4.14 demonstra que, ao longo do período analisado, a
participação dos recursos repassados pelo SUS ao sistema público de saúde
kennediense diminuiu proporcionalmente ao total de despesas, em contraponto ao
aumento gradativo de recursos próprios do município investidos. Este quadro se
R$ -
R$ 200,00
R$ 400,00
R$ 600,00
R$ 800,00
R$ 1.000,00
2006 2007 2008 2009
Origem dos recursos para sistema de saúde pública
Despesa total com saúde por habitante Despesa com recursos próprios por habitante
Transferências SUS por habitante
69,28 68,3 47,3355,84
7,13 5,9
26,53
11,76
25,5220,56
12,02 13,37
34,53
37,9649,23
32,11
10,39 11,14 11,84 14,85
0
20
40
60
80
2006 2007 2008 2009
Despesas com sistem da saúde pública
Composição das despesas com sistema público de saúde
% despesa com pessoal/despesa total
% despesa com investimentos/despesa total
% transferências SUS/despesa total com saúde
% de recursos próprios aplicados em saúde
% despesa com serv. terceiros - pessoa jurídica /despesa total
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Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO I
66
reverteu apenas em 2009, sendo este o segundo ano com maior montante de
investimentos em relação à despesa total com o sistema de saúde. O ano anterior
representou o período com maior investimento proporcionalmente ao total das
despesas.
4.7.6 Imunizações
As doses de imunização aplicadas em Presidente Kennedy têm se mantido
acima de 4000 desde o ano de 1994 apresentando variações anuais para mais ou
para menos, segundo dados divulgados pela Secretaria Estadual de Saúde do Espírito
Santo.
Figura 4.15 - Gráfico da evolução de imunização por doses aplicadas em Presidente Kennedy no período entre 1994 e 2013.
Fonte: dados do DATASUS/Secretaria Estadual de Saúde do Espírito Santo.
4.7.7 Doenças relacionadas com a Falta de Saneamento Básico
A partir dos avanços nos sistemas de informações, bem como no controle de
doenças infecciosas, houve também o progresso nos registros de dados sobre saúde
pública, resultando na maior disponibilidade de informações como: quadros
epidemiológicos, falecimentos por determinados tipos de doenças e estado nutricional
da população (principalmente infantil).
A ausência de saneamento básico adequado agrava na disseminação de
inúmeras doenças, estas são transmitidas pelo contato ou ingestão de água
contaminada, contato da pele com o solo e resíduos contaminados.
Presidente Kennedy; 8289
0
2000
4000
6000
8000
10000
12000
Núm
ero
de d
oses a
plic
adas
Imunizações: doses aplicadas por ano no município
MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO
Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO I
67
As doenças causadas por saneamento básico inadequado são frequentemente
caracterizadas por problemas no sistema digestivo, ou serem infecciosas e/ou
parasitárias, como: amebíase, ancilostomíase, ascaridíase, cisticercose, cólera,
dengue, diarreia, disenterias, elefantíase, esquistossomose, febre amarela, febre
paratifoide, febre tifoide, giardíase, hepatite A, infecções na pele e nos olhos,
leptospirose, malária, poliomielite, teníase e tricuríase.
Os indicadores epidemiológicos representam diretamente os efeitos das ações
relacionadas ao saneamento básico, sendo ferramenta indicativa sobre a sua
efetividade. O gráfico da Figura 4.16 indica as taxas de incidência de dengue e
leptospirose na população kennediense entre os anos de 2001 e 2014, neste período,
a taxa de mortalidade ligada a essas doenças foi nula.
Figura 4.16 - Gráfico de evolução da taxa de incidência de dengue e leptospirose em Presidente Kennedy no período entre 2001 e 2014.
Fonte: dados do SINAN publicados em Sala de Apoio à Gestão Estratégica (SAGE).
Paralelamente aos dados apresentados no gráfico da Figura 4.16, a tabela
seguinte apresenta dados de morbidade disponibilizado pelo caderno de informação
de saúde do DATASUS, com dados gerados em maio de 2010. Como o estudo é
relacionado a saneamento, destaca-se os números de internações por doenças
infecciosas parasitárias, que são decorrentes do sistema de saneamento básico
ineficiente.
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Dengue 20,92 146,1 20,83 0 0 0 51,75 139,1 0 38,78 125,3 19,17 215,6 17,82
Leptospirose 0 0 0 0 0 0 41,4 0 0 0 19,28 0 0 0
0
50
100
150
200
250
Ocorr
ência
a c
ada g
rupo d
e 1
00.0
00
habitante
s
Taxa de Incidência de Dengue e Leptospirose
MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO
Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO I
68
Tabela 4.7 - Tabela demonstrativa da evolução na cobertura vacinal em Presidente Kennedy por tipo de imunobiológico no período entre 2000 e 2009.
Capítulo CID Menor 1 1 a 4 5 a 9 10 a 14 15 a 19 20 a 49 50 a 64 65 e mais 60 e mais Total
I. Algumas doenças infecciosas e parasitárias 19,2 27,3 4,0 - - 0,7 2,7 2,0 2,3
II. Neoplasias (tumores) - - - - - 4,9 18,4 6,8 10,9 6,1
III. Doenças sangue órgãos hemat e transt imunitár - - - - 2,0 0,4 3,4 - 2,0 0,9
IV. Doenças endócrinas nutricionais e metabólicas 3,8 9,1 4,0 - - 1,1 4,6 5,4 5,0 2,4
V. Transtornos mentais e comportamentais - - - 5,9 2,0 9,1 - - - 4,9
VI. Doenças do sistema nervoso - - 4,0 - - 0,7 1,1 1,4 1,0 0,9
VII. Doenças do olho e anexos - - - - - - - 5,4 4,0 0,7
VIII. Doenças do ouvido e da apófise mastóide - - - - - - - - - -
IX. Doenças do aparelho circulatório 3,8 9,1 - - 2,0 9,5 27,6 33,8 32,7 13,7
X. Doenças do aparelho respiratório 26,9 18,2 8,0 5,9 - 1,8 3,4 9,5 6,9 4,7
XI. Doenças do aparelho digestivo 3,8 27,3 20,0 17,6 2,0 12,6 14,9 5,4 5,0 11,5
XII. Doenças da pele e do tecido subcutâneo 3,8 - - - - 1,8 2,3 - 1,0 1,4
XIII. Doenças sist osteomuscular e tec conjuntivo - - - - 2,0 2,5 3,4 - - 1,9
XIV. Doenças do aparelho geniturinário - - 8,0 5,9 7,8 4,9 9,2 24,3 20,8 8,2
XV. Gravidez parto e puerpério - - - 17,6 70,6 31,2 - - - 22,2
XVI. Algumas afec originadas no período perinatal 34,6 - - - - - - - - 1,6
XVII. Malf cong deformid e anomalias cromossômicas 3,8 9,1 16,0 5,9 - 0,7 - - - 1,6
XVIII. Sint sinais e achad anorm ex clín e laborat - - - - - 2,1 - - - 1,0
XIX. Lesões enven e alg out conseq causas externas - - 36,0 41,2 7,8 14,4 10,3 5,4 8,9 12,8
XX. Causas externas de morbidade e mortalidade - - - - - - - - - -
XXI. Contatos com serviços de saúde - - - - 3,9 1,8 1,1 - - 1,4
CID 10ª Revisão não disponível ou não preenchido - - - - - - - - - -
Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0
Fonte: dados de SI/PNI publicados no Caderno de Informações de Saúde de Presidente Kennedy por DATASUS.
MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO
Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO I
69
4.7.8 Práticas de Saúde e Saneamento
O número de famílias atendidas pela rede pública de abastecimento de água
apresentou crescimento constante durante o período analisado enquanto a
quantidade de famílias cujo abastecimento se dava por meio de poços ou nascentes
diminuiu com menor intensidade neste mesmo período.
Figura 4.17 - Gráfico de evolução do tipo de abastecimento de água por famílias em Presidente Kennedy no período entre 2000 e 2014.
Fonte: dados do Ministério da Saúde publicados por DATASUS.
Figura 4.18 - Gráfico demonstrativo dos tipos de abastecimento de água pela porcentagem de famílias atendidas em Presidente Kennedy no ano de 2014.
Fonte: dados do Ministério da Saúde publicados por DATASUS.
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
1998 2000 2002 2004 2006 2008 2010 2012 2014 2016
Núm
ero
de F
am
ília
s
Abastecimento de água por famílias
Abastecimento de água pela rede pública.
Abastecimento de água por poço ou nascente.
Abastecimento de água por outros meios.
65%
29%
6%
Abastecimento de água por famílias em 2014
Abastecimento de água pela rede pública.
Abastecimento de água por poço ounascente.
Abastecimento de água por outros meios.
MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO
Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO I
70
Em relação aos dados do ano de 2014, nota-se que a maior parte do
abastecimento de água das famílias kennedienses (65%) já ocorre por meio da rede
pública de abastecimento, embora ainda exista uma proporção considerável de
famílias abastecidas por poços ou nascentes.
Quanto ao tratamento dado à agua consumida pelas famílias em Presidente
Kennedy, houve evolução no número de famílias atendidas com água filtrada e água
clorada, embora também tenha aumentado o número de famílias consumindo água
sem tratamento. Os números relativos ao consumo de água fervida, que já era baixo,
se mantiveram relativamente estáveis ao longo do período analisado, apresentado
maior queda nos últimos anos.
Figura 4.19 - Gráfico de evolução do tratamento da água consumida por famílias em Presidente Kennedy no período entre 2000 e 2014.
Fonte: dados do Ministério da Saúde publicados por DATASUS.
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
1600
1800
2000
1998 2000 2002 2004 2006 2008 2010 2012 2014 2016
Núm
ero
de F
am
ília
s
Tratamento da água consumida por famílias
Água Filtrada Água Fervida Água Clorada Água sem Tratamento
MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO
Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO I
71
Figura 4.20 - Gráfico de evolução do tratamento da água consumida por famílias em Presidente Kennedy no período entre 2000 e 2014.
Fonte: dados do Ministério da Saúde publicados por DATASUS.
Os dados coletados tomando o ano de 2014 como referência demonstram que
a maior proporção de famílias consome água filtrada, seguida pelas famílias que
fazem consumo de água sem tratamento.
Em relação à destinação do esgoto primário e tomando como referência o
período entre 2000 e 2014 para análise dos dados, nota-se que houve queda no
número de famílias que dispunham o esgoto primário a céu aberto e aumento no
número de famílias cujo esgoto era destinado à rede pública ou fossas.
Figura 4.21 - Gráfico de evolução da destinação do esgoto primário em relação ao número de famílias em Presidente Kennedy no período entre 2000 e 2014.
Fonte: dados do Ministério da Saúde publicados por DATASUS.
52%
0%
10%
38%
Tratamento da água consumida por famílias em 2014
Água Filtrada
Água Fervida
Água Clorada
Água sem Tratamento
0
500
1000
1500
2000
2500
1998 2000 2002 2004 2006 2008 2010 2012 2014 2016
Núm
ero
de F
am
ília
s
Destinação do esgoto primário por famílias
Esgoto primário coletado pela rede. Esgoto primário coletado por fossa.
Esgoto primário a céu aberto.
MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO
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72
Figura 4.22 - Gráfico demonstrativo da destinação do esgoto primário por famílias em Presidente Kennedy no ano de 2014.
Fonte: dados do Ministério da Saúde publicados por DATASUS.
No ano de 2014, os dados coletados indicaram que a maior parte das famílias
(52%) tem seu esgoto primário coletado por fossas, enquanto um terço destas famílias
já são atendidas pelo sistema público de coleta de esgoto. No entanto a proporção de
famílias cujo esgoto é disposto a céu aberto ainda representa um valor considerável
(15%).
Os Censos Demográficos de 2000 e 2010 coletaram informações sobre as
instalações sanitárias em relação aos moradores do município de Presidente Kennedy
e o tipo de coleta utilizado nestas instalações.
Figura 4.23 - Gráfico demonstrativo de instalações sanitárias por moradores em Presidente Kennedy e o tipo de coleta utilizado no ano de 2000.
Fonte: dados do IBGE publicados por DATASUS.
33%
52%
15%
Destinação do esgoto primário por famílias em 2014
Esgoto primário coletado pela rede.
Esgoto primário coletado por fossa.
Esgoto primário a céu aberto.
20%
18%
27%
18%
2%
2%13%
Censo 2000 - Instalações sanitárias e tipo de coleta
Rede geral de esgoto ou pluvial - nãodiscriminadoFossa séptica - não discriminada
Fossa rudimentar - não discriminada
Vala - não discriminada
Rio, lago ou mar
Outro escoadouro - não discriminado
Não tem instalação sanitária
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Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO I
73
Em 2000, a maior era representada por moradores que utilizavam instalações
sanitárias cuja coleta ocorria por meio de fossas rudimentares. Valas e fossas sépticas
representavam valores consideráveis (ambas com porcentagem de 18%) e também
havia um grande número de moradores sem instalação sanitária (13%). A proporção
de moradores com instalações sanitárias cuja coleta acontecia pela rede geral de
esgoto era de 20%.
Figura 4.24 - Gráfico demonstrativo de instalações sanitárias por moradores em Presidente Kennedy e o tipo de coleta utilizado no ano de 2010.
Fonte: dados do IBGE publicados por DATASUS.
Em relação ao ano de 2010 houve aumento considerável na proporção de
moradores cujas instalações sanitárias tinham coleta por meio da rede de esgoto,
passando de 20% para 27%. A proporção de fossa rudimentares apresentou aumento
(de 27% para 38%) em detrimento das fossas sépticas que obtiveram retração (de
18% para 12%). Também houve aumento na proporção de instalações que se utilizam
de valas. Por outro lado, o número de moradores sem instalações sanitárias caiu
drasticamente entre no ano de 2010 em relação ao censo anterior (de 13% para 2%).
EDUCAÇÃO
População nas faixas etárias atendidas pela educação básica que, de acordo
com a lei que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional (Lei 9.394, de
20/12/1996), é composta por:
a) educação infantil, oferecida na forma de creches, ou entidades equivalentes,
para crianças de até três anos, e de pré-escolas para aquelas entre 4 e 5 anos;
27%
12%
38%
19%
0%2% 2%
Censo 2010 - Instalações sanitárias e tipo de coleta
Rede geral de esgoto ou pluvial - nãodiscriminado
Fossa séptica - não discriminada
Fossa rudimentar - não discriminada
Vala - não discriminada
Rio, lago ou mar
Outro escoadouro - não discriminado
Não tem instalação sanitária
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Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO I
74
b) ensino fundamental obrigatório, com duração de nove anos, iniciando-se aos
seis anos de idade; e
c) ensino médio, com duração mínima de três anos.
A Tabela 4.8 demonstra o número de matrículas no sistema educacional
kennediense referentes ao ano de 2012 nos níveis de educação infantil, ensino
fundamental, ensino médio e EJA.
Tabela 4.8 - Número de matrículas iniciais por nível de ensino referentes ao ano de 2012 no município de Presidente Kennedy.
ADMINISTRAÇÃO
Educação Infantil Ensino Fundamental
Médio
EJA presencial
Creche Pré-escola Anos
Iniciais Anos Finais
Fundamental
Médio
Par. Int. Par. Int. Par. Int. Par. Int. Par. Int. Par. Int. Par. Int.
Estadual Urbana
0 0 0 0 0 0 238 0 716 0 134 0 0 0
Estadual rural 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Municipal Urbana
0 117 46 58 243 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Municipal Rural
0 47 158 37 606 35 655 0 0 0 159 0 0 0
Estadual e Municipal
0 164 204 95 849 35 893 0 716 0 293 0 0 0
Fonte: dados do MEC/INEP.
Os dados apresentados na Tabela 4.8 demonstram que a maior parte da
população escolar é composta por alunos do ensino fundamental, havendo
distribuição relativamente equitativa entre os grupos dos anos iniciais e dos anos
finais. Os alunos matriculados no ensino médio também representam uma parte
expressiva do total de alunos.
Tabela 4.9 - Quadro de evolução da porcentagem de crianças entre 6 e 14 anos fora da escola nos níveis federal, estadual e municipal.
Porcentagem de crianças de 6 a 14 anos fora da escola
Ano 1991 2000 2010
Brasil 24,48 6,89 3,31
Espírito Santo 20,08 7,08 3,02
Presidente Kennedy 28,19 8,81 2,87
Fonte: dados do Atlas Brasil/PNUD.
A Tabela 4.9 traz dados referentes à porcentagem de crianças em idade escolar
(de 6 a 14 anos) fora da escola nos níveis federal, estadual em municipal ao longo
dos três últimos censos. Em 1991 as taxas nas três escalas de governo atingiam
valores alarmantes acima de 20%. Passando por uma queda considerável em 2000,
a taxa percentual de crianças fora da escola atingiu níveis muito mais baixos em 2010,
destacando-se o desempenho de Presidente Kennedy que obteve taxa de 2,87%,
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Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO I
75
valor inferior ao observado no estado e a união. Nos períodos anteriores os dados do
município apontaram taxas mais altas em relação aos outros dois níveis de
administração.
4.8.1 Índice da Educação Básica – IDEB
O Índice de Educação Básica (IDEB) no município de Presidente Kennedy
apresenta dois cenários diversos. Enquanto nos primeiros anos do ensino
fundamental (do 1º ao 5º ano) o município vem progredindo continuamente desde o
ano de 2005, atingindo inclusive notas mais altas que a média nacional. Entretanto
nos últimos anos do ensino fundamental o desempenho se manteve abaixo das
médias estadual e nacional, apresentando quedas de pontuação nos anos de 2009 e
2013 em relação às notas anteriores.
Figura 4.25 - Gráfico comparativo referente às notas do IDEB obtidas nos anos iniciais do ensino fundamental na rede pública.
Fonte: Dados do INEP.
3,2
3,9
3,2
4,6
5,6
3,94,3
4,8 5,0 5,2
3,64,0
4,44,7 4,9
0,0
1,0
2,0
3,0
4,0
5,0
6,0
IDEB2005
IDEB2007
IDEB2009
IDEB2011
IDEB2013
IDEB - Ensino Fundamental (1º ao 5º ano)
PRESIDENTE KENNEDY ESPÍRITO SANTO BRASIL
MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO
Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO I
76
Figura 4.26 - Gráfico comparativo referente às notas do IDEB obtidas nos anos finais do ensino fundamental na rede público.
Fonte: Dados do INEP.
O Ministério da Educação estabeleceu como meta do IDEB para o país a média
6, similar ao desempenho dos países desenvolvidos3, para os anos iniciais do ensino
fundamental até o ano de 2021, tomando-se como marco o bicentenário da
independência nacional em 2022. Para atingir tal meta, foram criadas projeções
intermediárias a cada dois anos possibilitando o acompanhamento do desempenho
nacional, dos estados, municípios e escolas que participarem da Prova Brasil.
Considerando a nota 6 como média nacional, poderão existir variações entre as metas
dos municípios de acordo com o desempenho atual até o prazo estipulado
(FERNANDES, 2007).
3 A meta foi estabelecida através da compatibilização entre as notas do IDEB e o desempenho dos países membros da OCDE no PISA (Programme for Internacional Student Assessment).
3,1
3,7
2,8
3,5
2,8
3,53,7 3,8 3,9 3,9
3,23,5
3,73,9 4,0
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
3,0
3,5
4,0
4,5
IDEB2005
IDEB2007
IDEB2009
IDEB2011
IDEB2013
IDEB - Ensino Fundamental (6º ao 9º ano)
PRESIDENTE KENNEDY ESPÍRITO SANTO BRASIL
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Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO I
77
Figura 4.27 - Gráfico comparativo das notas obtidas e projeções do MEC em relação ao IDEB do ensino fundamental (anos iniciais) na rede pública de Presidente Kennedy.
Fonte: Dados do MEC/INEP.
O Município de Presidente Kennedy apresentou bom desempenho em
comparação às metas estipuladas pelo MEC para o IDEB municipal referente aos
primeiros anos do ensino fundamental na rede pública, tendo ultrapassado a meta
para 2021 ainda no ano de 2013.
4.8.2 Taxa de analfabetismo
Segundo dados do Censo 2010, a taxa de analfabetismo da população
kennediense com 15 anos ou mais no município foi de 17,1% e este índice representa
um avanço na alfabetização em relação à taxa observada no Censo 2000, quando
25,5% da população nesta faixa etária era analfabeta. Cabe ressaltar que, mesmo
apresentando melhora no quadro da alfabetização, este índice ainda pode ser visto
como alto em relação a taxa nacional de 9,6 % e da região sudeste avaliada em 5,5%.
Em geral, as cidades de menor porte como Presidente Kennedy, com pouco mais de
10.000 habitantes, apresentam desempenho inferior em relação às cidades maiores
e capitais, cuja estrutura educacional consolidada e melhores condições
socioeconômicas favorecem a obtenção de taxas de analfabetismo menores (IBGE,
2011).
3,9
3,2
4,6
5,6
3,2
3,6
4,04,3
4,54,8
5,15,4
0,0
1,0
2,0
3,0
4,0
5,0
6,0
7,0
8,0
9,0
10,0
2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019 2021
IDEB - Presidente Kennedy
Notas Obtidas Projeções Exponencial (Notas Obtidas)
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Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO I
78
Figura 4.28 - Gráfico comparativo entre as taxas de analfabetismo municipal, estadual e nacional nos anos de 2000 e 2010.
Fonte: Dados do IBGE.
No Espírito Santo as taxas de analfabetismo, tanto no Censo 2000 quanto no
Censo 2010, se mantiveram ligeiramente menores em relação às taxas nacionais e
com grande discrepância em relação às taxas kennedienses.
Figura 4.29 - Gráfico de distribuição da taxa de analfabetismo no Município de Presidente Kennedy em grupos de idade referentes aos anos de 2000 e 2010.
Fonte: Dados do IBGE
Se tratando da distribuição da taxa de analfabetismo entre os grupos de faixa
etária, nota-se que em Presidente Kennedy, assim como em todo o território nacional,
a incidência do analfabetismo é maior entre o grupo de pessoas com 60 anos de idade
ou mais (IBGE, 2011), enquanto o grupo de pessoas mais jovens concentra as
13,6%11,7%
25,5%
9,6%8,1%
17,1%
0,0%
5,0%
10,0%
15,0%
20,0%
25,0%
30,0%
Brasil Espírito Santo Presidente Kennedy
Taxa de Analfabetismo
Censo 2000 Censo 2010
8,8%
26,2%
59,5%
2,6%
15,5%
46,5%
0,0%
10,0%
20,0%
30,0%
40,0%
50,0%
60,0%
70,0%
Grupo de pessoas de 15 a 24 anos. Grupo de pessoas de 24 e 59 anos. Grupo de pessoas com 60 anos oumais.
Taxa de Analfabetismo em Presidente Kennedy por grupos de idade
Censo 2000 Censo 2010
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79
menores taxas. Cabe ressaltar positivamente que a queda na taxa de analfabetismo
atingiu todos os grupos de idade analisados.
CARACTERIZAÇÃO SOCIOECONÔMICA
4.9.1 Índice de Desenvolvimento Humano Municipal – IDHM
O Índice de Desenvolvimento Humano do município tem aumentado desde os
resultados obtidos no Censo 1991, sendo o último valor obtido no Censo 2010 de
0,657. No entanto cabe ressaltar que o IDHM de Presidente Kennedy tem se mantido
abaixo da média estadual, cujo índice em 2010 foi de 0,740; esta característica foi
observada também nos Censos 2000 e 1991.
Figura 4.30 - Gráfico comparativo da evolução do IDH-M municipal, estadual e nacional4.
Fonte: Dados de IBGE e UNDP.
A nível nacional, o Índice de Desenvolvimento Humano foi divulgado pela última
vez no Relatório de Desenvolvimento Humano 2014 emitido pelo PNUD com relação
ao ano de 2013. O país apresentou IDHM de 0,744 considerado alto; sendo o 79º
colocado no ranking mundial (UNDP, 2014).
O Ranking de IDHM gerado pelo Atlas Brasil é subdividido em quatro faixas:
muito alto (0,800 – 1,000), alto (0,700 – 0,799), médio (0,600 – 0,699), baixo (0,500 –
0,599) e muito baixo (0,000 – 0,499). Com base nos dados de IDHM de 2010, o
4 Dados referentes ao IDH-M no ano de 1991 não divulgados pelo PNUD. No Entanto o índice de Desenvolvimento Humano para o ano de 1990 divulgado foi de 0,612 (UNDP, 2015).
0,369
0,532
0,657
0,505
0,640
0,7400,682
0,739
0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
0,8
1991 2000 2010
Evolução do IDH-M
Presidente Kennedy Espírito Santo Brasil
MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO
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80
município de Presidente Kennedy ocupa a posição de número 2964 no país, tendo
seu IDHM classificado como médio. No estado do Espírito Santo, o município ocupou
em 2010 a 65º posição entre os 78 municípios, neste ranking apenas os municípios
de Vitória e Vila Velha obtiveram índices considerados muito altos (0,845 e 0,800
respectivamente).
A análise do IDH-M por componentes (renda, longevidade e educação)
demonstram que, tanto no nível municipal quanto estadual, o componente educação
sempre apresentou maior defasagem em relação à totalidade do índice. Por outro
lado, o índice IDH referente à longevidade sempre obteve os melhores desempenhos.
Figura 4.31 - Gráfico comparativo do IDH por componentes em Presidente Kennedy e no Espírito Santo compreendendo os anos de 1991, 2000 e 2010.
Fonte: dados do PNUD Brasil.
O gráfico comparativo na Figura 4.31 demonstra que todos os componentes
obtiveram evolução positiva ao longo dos três períodos analisados e, de maneira
geral, os índices observados no município de Presidente Kennedy se mantiveram
abaixo das médias estaduais, cabendo observar a gradativa diminuição entre esta
diferença. Ainda sendo o índice com menor nota na composição do IDH-M, o
componente de educação tem progredido significativamente no âmbito municipal,
saltando de 0,159 no primeiro período de análise para 0,553 no último período.
0,159
0,3040,367
0,4910,553
0,6530,594
0,686 0,7020,777 0,808 0,835
0,530
0,619 0,584
0,6870,636
0,743
0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
0,8
0,9
PresidenteKennedy
Espírito Santo PresidenteKennedy
Espírito Santo PresidenteKennedy
Espírito Santo
1991 2000 2010
IDH por componente
IDH - Educação IDH - Longevidade IDH - Renda
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Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO I
81
4.9.2 Porcentagem de Renda Apropriada por Extrato da População
O Censo 2010 realizou levantamento sobre o rendimento dos habitantes de
Presidente Kennedy subdividindo-os em domicílios por oito faixas de renda. A faixa
de rendimento mais expressiva observada neste levantamento é de domicílios com
renda mensal de um a dois salários mínimos, o que representa 30% do total analisado,
seguida pela faixa de dois a cinco salários mínimos e meio a um salário mínimo,
representando 27% e 21% do total de domicílios respectivamente.
A faixa mais alta de rendimento domiciliar, acima de 20 salários mínimos,
corresponde a somente 1% do total. Cabe ressaltar ainda que neste levantamento,
6% dos domicílios analisados foram classificados na faixa “sem rendimento”.
O rendimento médio mensal per capita observado nos domicílios rurais foi de
R$ 337,29 enquanto a média urbana registrada corresponde a mais que o dobro deste
valor (R$ 726,41).
Figura 4.32 - Gráfico de distribuição da população do Município de Presidente Kennedy por faixas de renda.
Fonte: Dados do IBGE.
6%
21%
30%
27%
7%
2%1%
6%
Rendimento domiciliar
Domicílios com rendimentonominal mensal domiciliar de até1/2 salário mínimo.Domicílios com rendimento nominalmensal domiciliar de mais de 1/2 a1 salário mínimo.Domicílios com rendimento nominalmensal domiciliar de mais de 1 a 2salários mínimos.Domicílios com rendimento nominalmensal domiciliar de mais de 2 a 5salários mínimos.Domicílios com rendimento nominalmensal domiciliar de mais de 5 a 10salários mínimos.Domicílios com rendimento nominalmensal domiciliar de mais de 10 a20 salários mínimos.Domicílios com rendimento nominalmensal domiciliar de mais de 20salários mínimos.Domicílios com rendimento nominalmensal domiciliar sem rendimento.
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Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO I
82
Segundo levantamentos realizados pelo IBGE para o desenvolvimento do
Mapa da Pobreza e Desigualdade – Municípios Brasileiros – 2003, o Índice de Gini no
município era de 0,47 enquanto o índice estadual era de 0,50; indicando ligeira
vantagem no quadro de igualdade social do município de Presidente Kennedy em
relação ao estado do Espírito Santo.
A Tabela 4.10 traz alguns dados relacionados à distribuição de renda no
município de Presidente Kennedy.
Tabela 4.10 - Evolução de dados sobre a distribuição de renda no município de Presidente Kennedy nos anos de 1991, 2000 e 2010.
Ano 1991 2000 2010
Percentual da renda apropriada pelos 10% mais ricos 47,45 54,28 37,75
Índice de Gini 0,56 0,63 0,48
% de extremamente pobres (2010) 22,13 22,13 7,6
Fonte: dados do Atlas Brasil/PNUD.
De modo geral, houve avanços positivos no quadro de distribuição de renda
local sendo que tanto o percentual da renda apropriada pelos 10% mais ricos como a
porcentagem da população classificada como extremamente pobres apresentaram
retração entre 1991 em 2010. Consequentemente o Índice de Gini, que avalia a
desigualdade na distribuição de renda, ficou mais próximo de zero.
Em relação à assistência social, a Figura 4.33 mostra a evolução do número de
benefícios concedidos pelo Programa Bolsa Família no município de Presidente
Kennedy entre os anos de 2004 e 2012. Ao longo deste período o número de
benefícios subiu de 929 para 1247, havendo uma pequena retração nos anos de 2009
e 2010, quando número de benefícios observados no mês de dezembro foi de 1043.
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83
Figura 4.33 - Gráfico de evolução do número de benefícios concedidos pelo Programa Bolsa Família em Presidente Kennedy no período entre 2004 e 2012.
Fonte: dados do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) publicados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA).
4.9.3 Proporção de Crianças Menores de 2 anos Desnutridas
De acordo com os dados disponibilizados pelo DATASUS referentes ao número
de crianças desnutridas em Presidente Kennedy entre os anos de 2001 e 2005, houve
uma pequena queda nos índices de desnutrição, apresentando algumas oscilações
no período analisado.
Figura 4.34 - Gráfico de evolução do número de crianças desnutridas abaixo dos 2 anos de idade em Presidente Kennedy no período entre 2001 e 2005.
Fonte: dados do Ministério da Saúde publicados por DATASUS.
929
1112 11401243 1235
11361043
11781247
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
Ano
Nú
mer
o d
e b
enef
ício
s em
dez
emb
ro
Programa Bolsa Família em Presidente Kennedy
7
5
73
1
15
98
3
5
0
2
4
6
8
10
12
14
16
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006
Títu
lo d
o E
ixo
Título do Eixo
Desnutrição abaixo de 2 anos
Crianças até 1 ano desnutridas
Crianças entre 1 e 2 anosdesnutridas
MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO
Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO I
84
Pelo gráfico apresentado é possível notar que a maior evolução se deu em
relação às crianças de 1 a 2 anos, passando de 15 crianças desnutridas em 2001 para
5 em 2005, sendo que no ano de 2004 houve apenas 3 casos de desnutrição nesta
faixa etária. Entre as crianças abaixo de 1 ano, o índice que já era baixo diminuiu de
7 casos em 2001 para apenas 1 em 20055.
Figura 4.35 - Gráfico de evolução da porcentagem de crianças desnutridas abaixo dos 2 anos de idade em relação à população nesta faixa etária em Presidente Kennedy no período entre
2001 e 2005.
Fonte: dados do Ministério da Saúde publicados por DATASUS.
Analisando os índices percentuais, nota-se que a tendência de queda nos
casos de desnutrição infantil no período analisado se repete, embora o ano de 2005
tenha apresentado um aumento preocupante na proporção de crianças entre 1 e 2
anos desnutridas em relação ao ano anterior.
4.9.4 Atividades Econômicas do Município
Na composição do Valor Adicionado Bruto do município por setores de
produção, nota-se a predominância do setor secundário, ou industrial,
correspondendo a 97% das riquezas geradas atividades produtivas no município em
2012.
5 Os dados disponibilizados pelo DATASUS se referem aos meses de cada ano no período analisado. Para fins de análise e comparação entre os anos do período foram utilizados os índices referentes ao mês de janeiro de cada ano.
4,1%
3,0%
4,1%
1,8%
0,6%
9,1%
5,5%4,8%
1,8%
3,0%
0,0%
1,0%
2,0%
3,0%
4,0%
5,0%
6,0%
7,0%
8,0%
9,0%
10,0%
2001 2002 2003 2004 2005
Desnutrição abaixo de 2 anos (%)
Crianças até 1 ano desnutridas (%) Crianças entre 1 e 2 anos desnutridas (%)
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85
Este fenômeno se deve ao avanço da indústria extrativa mineral na região sul
do estado do Espírito Santo representada pela extração de petróleo off-shore feita
pela Petrobrás, tendo surtido efeitos similares nos municípios de Anchieta e
Itapemirim, cujos PIBs per capita em relação a 2011 aparecem no ranking estadual
na segunda e terceira colocações respectivamente (IJSN, 2013). Segundo dados
referentes ao ano de 2012, o município se tornou maior produtor petroleiro do estado
(IJSN, 2014).
Entre as atividades do setor primário, destacam-se a produção pecuária, cultivo
de maracujá, mandioca, mamão e cana-de-açúcar. O município se destaca como
maior produtor de leite na região sul do Espírito Santo (PRESIDENTE KENNEDY,
2015a). A pesca constitui principal fonte de renda para famílias que residem nos
distritos litorâneos de Marobá e Praia das Neves (PRESIDENTE KENNEDY, 2015b)
Figura 4.36 - Gráfico de distribuição do Valor Adicionado Bruto por setores produtivos referente ao ano de 2012.
Fonte: Dados do IBGE.
4.9.5 Produto Interno Bruto – PIB
O PIB do município de Presidente Kennedy tem grande importância na
economia do Estado do Espírito Santo, sendo que no ano de 2012 o município
registrou o quinto maior Produto Interno Bruto do estado (avaliado em R$
5.339.306.000,00) e o maior PIB per capita do país, com valor de R$ 511.967,00.
1%
97%
2%
Valor Adicionado Bruto por setores - 2012
Valor adicionado bruto da agropecuária apreços correntes
Valor adicionado bruto da indústria apreços correntes
Valor adicionado bruto dos serviços apreços correntes
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Figura 4.37 - Gráfico de evolução do Produto Interno Bruto do Município de Presidente Kennedy.
Fonte: Dados do IBGE.
Desde 1999 o PIB do município tem apresentado tendência de alta com
algumas variações negativas. Os principais picos de crescimento percentual foram
registrados nos anos de 2003, 2007, 2010 e 2011, atingindo valores na casa dos três
dígitos. Houve recessões nos anos de 2001, 2004, 2006 e 2009. As variações do PIB
se mantiveram na casa dos dois dígitos tanto nos períodos de crescimento quanto nos
períodos recessivos.
Figura 4.38 - Gráfico de variação percentual do Produto Interno Bruto do Município de Presidente Kennedy no período de 2000 a 2012.
Fonte: Dados do IBGE.
R$ 0,00
R$ 1.000.000.000,00
R$ 2.000.000.000,00
R$ 3.000.000.000,00
R$ 4.000.000.000,00
R$ 5.000.000.000,00
R$ 6.000.000.000,00
PIB1999
PIB2000
PIB2001
PIB2002
PIB2003
PIB2004
PIB2005
PIB2006
PIB2007
PIB2008
PIB2009
PIB2010
PIB2011
PIB2012
Evolução do Produto Interno Bruto de Presidente Kennedy
PIB2000
PIB2001
PIB2002
PIB2003
PIB2004
PIB2005
PIB2006
PIB2007
PIB2008
PIB2009
PIB2010
PIB2011
PIB2012
CRESCIMENTO 40% -30% 67% 272% -39% 52% -25% 175% 74% -26% 106% 149,82 32,96%
-100%
-50%
0%
50%
100%
150%
200%
250%
300%
Crescimento Percentual do PIB
MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO
Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO I
87
4.9.6 Finanças Públicas Municipais
Com base nos dados da série histórica de 2002 a 2012 é possível observar que
o município tem apresentado balanço satisfatório entre as receitas e despesas
públicas, mantendo o superávit ao longo de todo o período analisado e com notável
aumento a partir do ano de 2008.
Figura 4.39 - Gráfico de evolução das receitas e despesas públicas municipais de Presidente Kennedy.
Fonte: Dados do IJSN.
Figura 4.40 - Gráfico de evolução do superávit nas finanças públicas municipais de Presidente Kennedy.
Fonte: Dados do IJSN.
A evolução do superávit nas finanças públicas do município apresentou
pequena variação entre os anos de 2002 e 2007, tendo um crescimento considerável
R$ -
R$ 50.000.000,00
R$ 100.000.000,00
R$ 150.000.000,00
R$ 200.000.000,00
R$ 250.000.000,00
R$ 300.000.000,00
R$ 350.000.000,00
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
Finanças públicas municipais de Presidente Kennedy
Receitas Despesas
R$ 12.933.110,35
R$ 64.643.592,73
R$ 64.699.263,35
R$ 43.633.727,68
R$ 81.457.849,75
R$ 257.170.858,55
R$ -
R$ 50.000.000,00
R$ 100.000.000,00
R$ 150.000.000,00
R$ 200.000.000,00
R$ 250.000.000,00
R$ 300.000.000,00
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
Evolução do superávit nas finanças públicas
MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO
Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO I
88
no ano de 2008 e ligeira queda no ano de 2010 em relação aos dois anos anteriores.
Houve retomada de crescimento no ano seguinte, de modo a manter a tendência de
positiva, atingindo um pico acima de 250 milhões de reais em 2012.
MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO
Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO I
89
5 POLÍTICA E GESTÃO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO
LEGISLAÇÃO E NORMAS TÉCNICAS DE SANEAMENTO BÁSICO
Neste item apresentam-se as normas técnicas e legislações que interfiram com
os sistemas de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, tendo como objetivo
principal, o apontamento da legislação local relacionada (Plano Diretor, Código de
Posturas, regulamento de Limpeza Urbana ou leis específicas), para que ocorram
possíveis ajustes após a elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico.
A política municipal existente aliada à elaboração do PMSB contempla o
planejamento do setor de saneamento composto pelos serviços de limpeza urbana e
manejo dos resíduos sólidos, convalidando as exigências legais, conforme o Decreto
Federal no 7.217, de 2010. Tornando-se fundamental e diretriz para a tomada de
decisões futuras.
5.1.1 Legislação Nacional
Tratando-se de Plano Municipal de Saneamento Básico, a legislação nacional
é representada por Leis, Decretos, Normas, Portarias e Resoluções que visam inserir
ações e normativas que auxiliem no desenvolvimento urbano, abrangendo o tema de
Saneamento Básicos e direitos humanos básico.
A seguir, estão destacadas as legislações e suas respectivas funções a nível
nacional.
Constituição Federal: De acordo com o Art. 23, é competência comum
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, promover programas de
construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais e de saneamento
básico. No Art. 30. Compete aos Municípios: prestar, com a cooperação técnica e
financeira da União e do Estado, serviços de atendimento à saúde da população.
Lei 8.080, 19/09/1990 - Lei Orgânica da Saúde: Dispõe sobre as
condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o
funcionamento dos serviços correspondentes.
“Art. 3º - A saúde tem como fatores determinantes e condicionantes,
entre outros, a alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio
MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO
Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO I
90
ambiente, o trabalho, a renda, a educação, o transporte, o lazer e o
acesso aos bens e serviços essenciais; os níveis de saúde da
população expressam a organização social e econômica do País.
Parágrafo único. Dizem respeito também à saúde as ações que, por
força do disposto no artigo anterior, se destinam a garantir às pessoas
e à coletividade condições de bem-estar físico, mental e social. “
Lei 10.257/01 – Estatuto das Cidades, que estabelece normas de ordem
pública e interesse social que regulam o uso da propriedade urbana em prol do bem
coletivo, da segurança e do bem-estar dos cidadãos, bem como do equilíbrio
ambiental. A política urbana tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das
funções sociais da cidade e da propriedade urbana, mediante as seguintes diretrizes
gerais:
“I- Garantir o direito a cidades sustentáveis, entendido como o direito
à terra urbana, à moradia, ao saneamento ambiental, à infraestrutura
urbana, ao transporte e aos serviços públicos, ao trabalho e ao lazer,
para as presentes e futuras gerações;
II – gestão democrática por meio da participação da população e de
associações representativas dos vários segmentos da comunidade na
formulação, execução e acompanhamento de planos, programas e
projetos de desenvolvimento urbano;
III – cooperação entre os governos, a iniciativa privada e os demais
setores da sociedade no processo de urbanização, em atendimento
ao interesse social;
IV – planejamento do desenvolvimento das cidades, da distribuição
espacial da população e das atividades econômicas do Município e do
território sob sua área de influência, de modo a evitar e corrigir as
distorções do crescimento urbano e seus efeitos negativos sobre o
meio ambiente;
V – oferta de equipamentos urbanos e comunitários, transporte e
serviços públicos adequados aos interesses e necessidades da
população e às características locais;
VI – ordenação e controle do uso do solo, de forma a evitar:
a) a utilização inadequada dos imóveis urbanos;
b) a proximidade de usos incompatíveis ou inconvenientes;
MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO
Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO I
91
c) o parcelamento do solo, a edificação ou o uso excessivos ou
inadequados em relação à infraestrutura urbana;
d) a instalação de empreendimentos ou atividades que possam
funcionar como pólos geradores de tráfego, sem a previsão da
infraestrutura correspondente;
e) a retenção especulativa de imóvel urbano, que resulte na sua
subutilização ou não utilização;
f) a deterioração das áreas urbanizadas;
g) a poluição e a degradação ambiental;
h) a exposição da população a riscos de desastres. (Incluído pela Lei
nº 12.608, de 2012)
VII – integração e complementaridade entre as atividades urbanas e
rurais, tendo em vista o desenvolvimento socioeconômico do
Município e do território sob sua área de influência;
VIII – adoção de padrões de produção e consumo de bens e serviços
e de expansão urbana compatíveis com os limites da sustentabilidade
ambiental, social e econômica do Município e do território sob sua área
de influência;
IX – justa distribuição dos benefícios e ônus decorrentes do processo
de urbanização;
X – adequação dos instrumentos de política econômica, tributária e
financeira e dos gastos públicos aos objetivos do desenvolvimento
urbano, de modo a privilegiar os investimentos geradores de bem-
estar geral e a fruição dos bens pelos diferentes segmentos sociais;
XI – recuperação dos investimentos do Poder Público de que tenha
resultado a valorização de imóveis urbanos;
XII – proteção, preservação e recuperação do meio ambiente natural
e construído, do patrimônio cultural, histórico, artístico, paisagístico e
arqueológico. ”
Lei 11.445/07 - Lei Nacional de Saneamento Básico estabelece as
diretrizes nacionais para o saneamento básico e para a política federal de saneamento
básico e tem como objetivos:
“I - universalização do acesso;
II - integralidade, compreendida como o conjunto de todas as
atividades e componentes de cada um dos diversos serviços de
MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO
Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO I
92
saneamento básico, propiciando à população o acesso a
conformidade de suas necessidades e maximizando a eficácia das
ações e resultados;
III - abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e
manejo dos resíduos sólidos realizados de formas adequadas à saúde
pública e à proteção do meio ambiente;
IV - disponibilidade, em todas as áreas urbanas, de serviços de
drenagem e de manejo das águas pluviais adequados à saúde pública
e à segurança da vida e do patrimônio público e privado;
V - adoção de métodos, técnicas e processos que considerem as
peculiaridades locais e regionais;
VI - articulação com as políticas de desenvolvimento urbano e
regional, de habitação, de combate à pobreza e de sua erradicação,
de proteção ambiental, de promoção da saúde e outras de relevante
interesse social voltadas para a melhoria da qualidade de vida, para
as quais o saneamento básico seja fator determinante;
VII - eficiência e sustentabilidade econômica;
VIII - utilização de tecnologias apropriadas, considerando a
capacidade de pagamento dos usuários e a adoção de soluções
graduais e progressivas;
IX - transparência das ações, baseada em sistemas de informações e
processos decisórios institucionalizados;
X - controle social;
XI - segurança, qualidade e regularidade;
XII - integração das infraestruturas e serviços com a gestão eficiente
dos recursos hídricos. “
Lei 12.305/10 – Política Nacional de Resíduos Sólidos que institui a
Política Nacional de Resíduos Sólidos, dispondo sobre seus princípios, objetivos e
instrumentos, bem como sobre as diretrizes relativas à gestão integrada e
gerenciamento de resíduos sólidos, incluídos os perigosos, às responsabilidades dos
geradores e do poder público e aos instrumentos econômicos aplicáveis.
Decreto Nº 8.211, de 21 de março de 2014. – Altera o Decreto nº 7.217,
de 21 de junho de 2010, que regulamenta a Lei nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007,
que estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico.
MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO
Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO I
93
Decreto Nº 7.217, de 21 de junho de 2010. – Regulamenta a Lei no
11.445, de 5 de janeiro de 2007, que estabelece diretrizes nacionais para o
saneamento básico, e dá outras providências:
Art. 3° - Os serviços públicos de saneamento básico possuem
natureza essencial e serão prestados com base nos seguintes
princípios:
I - universalização do acesso;
II - integralidade, compreendida como o conjunto de todas as
atividades e componentes de cada um dos diversos serviços de
saneamento básico, propiciando à população o acesso a
conformidade de suas necessidades e maximizando a eficácia das
ações e resultados;
III - abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana,
manejo dos resíduos sólidos e manejo de águas pluviais realizados de
formas adequadas à saúde pública e à proteção do meio ambiente;
IV - disponibilidade, em todas as áreas urbanas, de serviços públicos
de manejo das águas pluviais adequados à saúde pública e à
segurança da vida e do patrimônio público e privado;
V - adoção de métodos, técnicas e processos que considerem as
peculiaridades locais e regionais, não causem risco à saúde pública e
promovam o uso racional da energia, conservação e racionalização do
uso da água e dos demais recursos naturais;
VI - articulação com as políticas de desenvolvimento urbano e
regional, de habitação, de combate à pobreza e de sua erradicação,
de proteção ambiental, de recursos hídricos, de promoção da saúde e
outras de relevante interesse social, voltadas para a melhoria da
qualidade de vida, para as quais o saneamento básico seja fator
determinante;
VII - eficiência e sustentabilidade econômica;
VIII - utilização de tecnologias apropriadas, considerando a
capacidade de pagamento dos usuários e a adoção de soluções
graduais e progressivas;
IX - transparência das ações, baseada em sistemas de informações e
processos decisórios institucionalizados;
X - controle social;
MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO
Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO I
94
XI - segurança, qualidade e regularidade; e
XII - integração das infraestruturas e serviços com a gestão eficiente
dos recursos hídricos. “
Portaria 2.314/11 do Ministério da Saúde e Decreto 5.440/05,
estabelecem definições e procedimentos sobre o controle de qualidade da água de
sistemas de abastecimento e instituem mecanismos e instrumentos para divulgação
de informação ao consumidor sobre a qualidade da água para o consumo humano.
Resolução Recomendada 75 de 02/07/09 do Conselho de Cidades,
que trata da Política e do conteúdo mínimo dos Planos de Saneamento Básico.
Resoluções 25 e 34 de 2005 do Conselho das Cidades, sobre a
participação e controle social na elaboração e acompanhamento do Plano Diretor do
Município.
5.1.2 Legislação Estadual
Lei Complementar no 248 de 02 de julho de 2002: Cria o Instituto
Estadual de Meio Ambiente e Recurso Hídricos - IEMA e dá outras providências;
Lei Complementar no 264 de 09 de julho de 2003: Altera a Lei
Complementar nº 248/02, que criou o Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos
Hídricos – IEMA e dá outras providências;
Lei Ordinária nº 6871 de 14 de novembro de 2001: Dispõe sobre o
regime de prestação do serviço público de saneamento básico no Estado do Espírito
Santo.
Lei Complementar nº 477 de 30 de dezembro de 2008: Cria a Agência
Reguladora de Saneamento Básico e Infra-Estrutura Viária do Espírito Santo - ARSI
e dá outras providências.
Decreto nº 2319-R, de 05 de agosto de 2009: Regulamenta a Lei
Complementar nº 477, de 29 de dezembro de 2008, que criou a Agência Reguladora
de Saneamento Básico e Infraestrutura Viária do Espírito Santo – ARSI.
MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO
Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO I
95
Lei Complementar nº 512, de 04 de dezembro de 2009: Dá nova
redação a dispositivos da Lei Complementar nº 477, de 29.12.2008, que criou a
Agência Reguladora de Saneamento Básico e Infraestrutura Viária do Espírito Santo
– ARSI.
Lei Ordinária nº 9096 de 30 de dezembro de 2008: Estabelece as
Diretrizes e a Política Estadual de Saneamento Básico e dá outras providências.
Resolução ARSI nº 008 de 07 de dezembro de 2010: Estabelece as
condições gerais para a prestação e utilização dos serviços públicos de abastecimento
de água e de esgotamento sanitário.
Resolução ARSI nº 033 de 09 de setembro de 2014: Estabelece
condições gerais para transferência de informações entre o prestador de serviços e a
Agência Reguladora de Saneamento Básico e Infraestrutura Viária do Estado do
Espírito Santo - ARSI, e dá outras providências.
Lei nº 10179 de 18 de março de 2014: Dispõe sobre a Política Estadual
de Recursos Hídricos, institui o Sistema Integrado de Gerenciamento de Recursos
Hídricos do Estado do Espírito Santo – SIGERH/ES e dá outras providências.
Lei nº 10143 de 16 de dezembro de 2013: Cria a Agência Estadual de
Recursos Hídricos – AGERH, e dá outras providências.
5.1.3 Legislação Municipal
Decreto Municipal nº 1, de 07 de janeiro de 2014: aprova o plano de
contingência de Presidente Kennedy para situações de prevenção, alerta e
emergência.
Lei Complementar nº 002, de 19 de dezembro de 2008: dispõe sobre
o Código Tributário do município de Presidente Kennedy e dá outras providências.
Lei nº 681, de 30 de dezembro de 2005: dispõe sobre o Código
Sanitário do Município de Presidente Kennedy/ES, e dá outras providências.
MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO
Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO I
96
Lei nº 530, de 26 de julho de 1999: institui o código de vigilância à saúde
do município de Presidente Kennedy, Estado do Espírito Santo, dispõe sobre os
direitos e obrigações que se relacionam à saúde e bem-estar individual e coletivo dos
seus habitantes, sobre o sistema único de saúde e aprova normas sobre promoção,
proteção e recuperação da saúde;
Lei nº 527, de 21 de dezembro de 1999: institui o Código de Postura do
Município de Presidente Kennedy e dá outras providências.
Lei Orgânica – 01, de 04 de janeiro de 1990: dispõe sobre a Lei
Orgânica do município de Presidente Kennedy;
Lei nº 114, de 20 de agosto de 1985: dispõe sobre o parcelamento do
solo urbano no município de Presidente Kennedy, Estado do Espírito Santo.
Lei nº 687, de 11 de maio de 2006: Cria o Serviço Autônomo de Água
e Esgoto do Município de Presidente Kennedy – SAAE/PK, como entidade autárquica
de direito público, da administração indireta e dá outras providências.
Decreto nº 7, de 22 de fevereiro de 2006: Regulamenta a Lei Municipal
nº 676, de 02 de dezembro de 2005, que dispõe sobre os serviços de água.
CARACTERIZAÇÃO DA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS
A Companhia Espírito Santense de Saneamento (CESAN), empresa de
economia mista, é responsável pelos serviços de captação, tratamento e distribuição
de água, coleta e tratamento de esgoto no município de Presidente Kennedy e outros
51 municípios do Espírito Santo. A empresa também realiza estudos, projetos e
execução de obras relativas a novas instalações e ampliação de redes.
Como consta na Lei Municipal nº545 que dispõe sobre a estrutura
administrativa da Prefeitura Municipal de Presidente Kennedy, a infraestrutura e
serviços do sistema de drenagem no município de Presidente Kennedy é atribuição
da Secretaria de Obras e Serviços Públicos municipal através do Departamento de
Construção e Conservação, (Art. 31, alínea ‘d’) enquanto a Secretaria do Meio
Ambiente é responsável pela coleta dos resíduos sólidos produzidos no município
MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO
Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO I
97
através do departamento de Resíduos Sólidos, Líquidos e Poluidores de Ar. De acordo
com a Prefeitura de Presidente Kennedy (PRESIDENTE KENNEDY, 2014), o
município gera uma média mensal de 160 toneladas de resíduo doméstico. Este
resíduo é coletado através de contrato entre a prefeitura e a Empresa AZ
Empreendimentos, sendo encaminhando para uma estação municipal de transbordo
localizado na rodovia ES-162, km 26. Os resíduos são direcionados em contêineres
para a Central de Tratamento de Resíduos de Cachoeiro de Itapemirim (CTRCI).
REGULAÇÃO E FISCALIZAÇÃO DOS SERVIÇOS
No estado do Espírito Santo, a Agência Reguladora de Saneamento Básico e
Infraestrutura Viária do Espírito Santo (ARSI) funciona como autarquia de regime
especial vinculada à Secretaria de Estado de Saneamento, Habitação e
Desenvolvimento Urbano (Sedurb). Tem como função a regulamentação, controle e
fiscalização, em nível estadual, dos serviços de abastecimento de água e
esgotamento sanitário, além de serviços de infraestrutura viária com pedágio
delegados ao governo do Espírito Santo.
Como autarquia vinculada à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e
Recursos Hídricos (SEAMA), a Agência Estadual de Recursos Hídricos (AGERH) tem
o papel de execução da Política Estadual de Recursos Hídricos, regulação do uso dos
recursos hídricos estaduais, e também promove a implementação, gestão das obras
de infraestrutura hídrica e realização do monitoramento hidrológico no território
estadual.
PROGRAMAS LOCAIS DE INTERESSE DO SANEAMENTO BÁSICO
Entre os programas desenvolvidos pela prefeitura municipal de Presidente
Kennedy no âmbito do saneamento, as campanhas e mobilizações no combate ao
mosquito da dengue constituem as ações principais para mitigar possíveis epidemias
relacionadas à deficiência de saneamento no município. Além das campanhas
educativas na rede escolar do município, contratação de agentes de endemias e
intensificação das atividades nas unidades de atenção primária e pronto atendimento,
a prefeitura também realiza vistorias em imóveis à procura de possíveis focos do
MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO
Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO I
98
Aedes aegypti e recolhimento de resíduos sólidos que possam acumular água e
abrigar focos do mosquito transmissor.
Com o objetivo de preservar seus recursos hídricos, a prefeitura também criou
o programa Olho D’água, cujas ações são voltadas à proteção de nascentes e
córregos no município através da preservação da vegetação lindeira. A prefeitura tem
promovido ações junto aos produtores rurais, distribuindo mudas para plantio em
áreas de proteção no entorno dos mananciais bem como materiais para a construção
de cercas nestas áreas.
PROCEDIMENTOS PARA A AVALIAÇÃO DE EFICÁCIA, EFICIÊNCIA E
EFETIVIDADE DOS SERVIÇOS PRESTADOS
Atualmente, no município de Presidente Kennedy não são adotados
procedimentos para a avaliação sistemática de eficácia, eficiência e efetividade dos
serviços prestados.
A ARSI realiza fiscalização nas instalações utilizadas da CESAN regularmente,
tanto as Estações de Tratamento de Água e Esgoto quanto as sedes administrativas
e de atendimento ao consumidor. Os relatórios obtidos como resultado das
fiscalizações são disponibilizados online no website da ARSI
<http://www.arsi.es.gov.br/default.asp>, possibilitando o consumidor de averiguar as
condições em que a concessionária presta os serviços de saneamento básico. As
possíveis reclamações, opiniões e sugestões de usuários em relação aos serviços de
água e esgoto no estado do Espírito Santo são atendidos pela ARSI através do seu
canal de Ouvidoria.
A CESAN, responsável pelos serviços de saneamento no município de
Presidente Kennedy, mantém serviço gratuito de atendimento aos clientes para a
solicitação de serviços, esclarecimento de dúvidas ou reclamações através de call
center 24h, além de possuir escritórios para atendimento presencial em todos os 52
municípios onde atua. A empresa também se disponibiliza para comunicação com os
usuários através de seu website (http://www.cesan.com.br/servicos/atendimento-e-
informacoes/). Pesquisas de satisfação do cliente são realizadas anualmente para
avaliar a percepção dos usuários em relação aos serviços de abastecimento de água,
coleta e tratamento de esgoto, atendimento ao cliente e comunicação social, as
MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO
Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO I
99
pesquisas abrangem principalmente a região metropolitana de Vitória, que concentra
boa parte da população do estado.
A Lei Federal nº 11.445/2007, que estabelece diretrizes nacionais para o
saneamento básico, prevê que o titular dos serviços estabeleça um sistema de
informações, articulado com o Sistema Nacional de Informações em Saneamento –
SNIS, objetivando a coleta e sistematização dos dados relativos à cobertura, à
qualidade e a eficiência dos serviços; e as melhorias nas condições de saúde e na
qualidade de vida da população e do meio ambiente.
POLÍTICA DE RECURSOS HUMANOS
Os serviços de saneamento básico considerados como serviços de interesse
local cuja prestação, conforme preconizado pela Constituição Federal de 1988, cabe
aos municípios. Portanto, a titularidade da prestação é do município, podendo estes
serviços ser administrado de diferentes formas conforme opção de tal ente
competente. Neste sentido, a Figura 5.1 abaixo ilustra as possíveis formas de gestão:
Figura 5.1 – Possibilidade de administração/gestão dos serviços de saneamento.
Ressalta-se que o município pode optar por uma destas formas de gestão, ou
associar duas ou mais formas de acordo com a viabilidade, uma vez que, a gestão
Gestão Pública
Administração Pública Direta
Administração Pública Indireta
Gestão Pública Associada
Consórcios Públicos
Convênio associativo ou
cooperação
Gestão Público Privada
Contratação de prestação de Serviços
Concessão privada
Concessão Patrocinada, administrativa e
urbaniística: Parcerias Público Privadas
MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO
Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO I
100
dos serviços de saneamento envolve várias atividades distintas, porém correlatas.
Assim, pode ser viável ao município gerir diretamente apenas parte dos serviços,
terceirizar outra parcela e delegar demais atividades envolvidas, por exemplo.
A Constituição Federal brasileira define diversas formas de prestação dos
serviços públicos. Além da prestação direta – realizada pela administração
centralizada ou descentralizada do titular – e da prestação indireta – delegada por
meio de concessão ou permissão, que inclui as chamadas parcerias público-privadas
(PPPs) regulamentadas pela Lei nº 11.079/2004 –, passou a existir também a gestão
associada, no âmbito da cooperação interfederativa, por meio de consórcios públicos
ou convênios de cooperação, regulamentada pela Lei nº 11.107/2005.
As formas de prestação direta e indireta são as tradicionalmente conhecidas e
amplamente praticadas no setor de saneamento básico com algumas experiências de
gestão por meio de consórcios públicos constituídos nos moldes da Lei nº
11.107/2005.
Essa gestão associada veio constituir uma alternativa muito importante para a
gestão dos serviços de saneamento básico pelos municípios, uma vez que a
associação destes em âmbito territorial mais amplo permite obter escalas
administrativas e operacionais mais viáveis e sustentáveis. Além disso, a gestão
associada proporciona aos municípios melhores condições para cumprir as diretrizes
normativas da Lei nº 11.445/2007, visto que admite a atuação conjunta desses entes
para o exercício pleno das funções de planejamento, regulação, fiscalização e
prestação dos serviços.
No estado do Espírito Santo a CESAN realiza a admissão de seus funcionários
efetivos através de concursos públicos, embora também realize processos seletivos
simplificados. Todos os funcionários são contratados pelo regime de Consolidação
das Leis do Trabalho (CLT), também compõem a força de trabalho da empresa os
estagiários e menores aprendizes. O Plano de Carreiras e Remuneração constitui o
principal instrumento gestor de recursos humanos da empresa.
MUNICÍPIO DE PRESIDENTE KENNEDY PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO
Produto 4 – Diagnóstico Técnico-Participativo – TOMO I
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Tabela 5.1 - Quadro de funcionários da Companhia Espírito Santense de Saneamento referente ao mês de dezembro de 2012.
QUADRO DE FUNCIONÁRIOS DA CESAN (DEZ/2012)
Empregados concursados 1.450
Empregados Ad Nutum 5
Diretores 5
Estagiários 194
Aprendizes 38
Terceiros -
Total 1.692
Fonte: CESAN, 2013.
A Figura 5.2 apresenta o organograma simplificado da administração da
CESAN.
Figura 5.2 - Organograma simplificado da administração da CESAN.
Fonte: CESAN, 2013.
POLÍTICA TARIFÁRIA DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO
As tarifas referentes aos serviços de saneamento básico prestados pela
CESAN são reguladas pela Diretoria Colegiada da ARSI e reajustadas anualmente.
As decisões sobre a política tarifária dos serviços de saneamento básico também
passam por análise da sociedade civil através do Conselho Consultivo da ARSI,
considerando que esta tem como atribuições opinar quanto aos critérios para fixação,
revisão, ajuste e homologação de tarifas pertinentes e apreciar, em último grau de
recurso, as matérias decididas pela Diretoria Colegiada.
Assembléia Geral
Conselho Fiscal
Conselho de Administração
Diretoria
Presidência
Diretoria de Relações com o
Cliente
Diretoria de Meio Ambiente
Diretoria de Operação
Metropolitana
Diretoria de Operação do
Interior
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A estrutura tarifária da CESAN classifica o consumo de seus serviços em cinco
categorias de acordo com os perfis consumidores: tarifa social, residencial,
comércio/serviços, indústria e poder público. As tarifas do serviço de abastecimento
de água aumentam proporcionalmente às faixas de consumo, descritas na Tabela 5.2.
Tabela 5.2 - Classificação tarifária dos consumidores da CESAN de acordo com as faixas de consumo do serviço de água.
0 a 10m³
11 a 15 m³
16 a 20m³
21 a 30m³
31 a 50m³
Acima de 50m³
Fonte: CESAN, 2013.
A chamada “Tarifa Social” é destinada aos consumidores da categoria
residencial inscritos no Programa Bolsa Família ou que recebam o Benefício de
Prestação Continuada, a empresa também possui um programa de descontos sobre
as tarifas de água e esgoto voltado às instituições filantrópicas e estabelecimentos
hospitalares sem fins lucrativos ou que realizem atendimento pelo Sistema Único de
Saúde (SUS). A CESAN mantem a mesma estrutura tarifária de serviços para todos
os municípios atendidos e a tarifa do serviço de esgoto é calculada com base em duas
categorias: usuários residenciais e não residenciais (CESAN, 2013).
INSTRUMENTOS E MECANISMOS DE PARTICIPAÇÃO E CONTROLE
SOCIAL NA GESTÃO POLÍTICA DE SANEAMENTO BÁSICO
Em nível estadual, a Agência Reguladora de Saneamento Básico e
Infraestrutura Viária do Espírito Santo (ARSI) realiza audiências e consultas públicas
no intuito de integrar a população capixaba às deliberações em relação aos serviços
públicos regulamentados pelo órgão. Outro instrumento de participação popular na
gestão do saneamento básico através da agência é o Conselho Consultivo de
Saneamento Básico e de Serviços de Infraestrutura Viária, composto por
representantes de diversos grupos sociais, tendo as seguintes funções:
“I - opinar sobre o programa de trabalho da ARSI;
II - apreciar, em último grau de recurso, as matérias decididas pela
Diretoria Colegiada;
III - apresentar proposições a respeito das matérias de competência
da ARSI;
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IV - acompanhar as atividades da ARSI, verificando o adequado
cumprimento de suas competências;
V - apreciar relatórios periódicos de atividades da ARSI elaboradas
pela Diretoria Colegiada;
VI - eleger, dentre seus membros, o Secretário do Conselho, que não
poderá ser Diretor da ARSI;
VII - examinar críticas, denúncias e sugestões feitas pelos usuários e,
com base nas informações, fazer proposições à Diretoria;
VIII - tornar acessível ao público os seus atos normativos e decisões;
IX - opinar quanto aos critérios para fixação, revisão, ajuste e
homologação de tarifas pertinentes;
X - aconselhar a Diretoria Colegiada quanto às atividades de
regulação, controle e fiscalização.” (ARSI, 2015).
A CESAN, empresa responsável pelos serviços de saneamento básico no
município de Presidente Kennedy, disponibiliza em seu website
<http://www.cesan.com.br/investimentos/balancos-e-relatorios/> relatórios
patrimoniais anualmente, além dos relatórios empresarial, de gestão e de
sustentabilidade. A disponibilização destes materiais é de fundamental importância
para informar o consumidor dos serviços de saneamento básico sobre a empresa e
suas ações, bem como torna-lo apto para cobrar novas ações ou sugerir melhorias
nos serviços.
A criação dos comitês de coordenação e comitê executivo para o
desenvolvimento do Plano Municipal de Saneamento Básico (Decreto nº 85/2015)
bem como a realização de reuniões comunitárias acerca deste assunto constituem
ações importantes da prefeitura municipal de Presidente Kennedy no sentido de
integrar os poderes executivo e legislativo do município e representantes da
sociedade civil na discussão das ações a serem adotadas em relação ao saneamento
básico no município, atendendo ao princípio contido no Estatuto da Cidade sobre a
gestão democrática do espaço urbano.
SISTEMA DE INFORMAÇÃO SOBRE OS SERVIÇOS
Criado em 1996, o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento –
SNIS é vinculado à Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental (SNSA) do
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Ministério das Cidades (MCidades) e tem como objetivo ser ferramenta de auxílio
para:
Planejamento e execução de políticas públicas de saneamento;
Orientação da aplicação de recursos;
Conhecimento e avaliação do setor saneamento;
Avaliação de desempenho dos prestadores de serviços;
Aperfeiçoamento da gestão;
Orientação de atividades regulatórias e de fiscalização;
Exercício do controle social.
As prestadoras de serviços de água e esgoto além de resíduos sólidos
repassam informações e indicadores sobre os serviços prestados para manter o
banco de dados atualizado. O SNIS disponibiliza para consulta pública online
<http://app.cidades.gov.br/serieHistorica/> os principais dados referentes a serviços
de saneamento básico nos municípios brasileiros.
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6 REFERÊNCIAS
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