A BIBLIOTECA ESCOLAR: DESAFIOS E OPORTUNIDADES NUM CONTEXTO DE MUDANÇA

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PRÁTICAS E MODELOS DE AUTO-AVALIAÇÃO DAS BE || MARGARETE L. RODRIGUES || 2010 A BIBLIOTECA ESCOLAR: DESAFIOS E OPORTUNIDADES NUM CONTEXTO DE MUDANÇA – TAREFA N.º 1 – FÓRUM 1 TABELA MATRIZ Nota prévia: Por uma questão de organização e de uniformização dos documentos e procedimentos que são actualmente produzidos / observados no âmbito da trabalho da BE, partese, no preenchimento desta tabela matriz, do MAABE; não obstante, apenas aqui são referidos os itens que mais directamente se relacionavam com o tema deste trabalho (desafios, inovação e mudança nas BE) e/ou aos quais era dado destaque na bibliografia que contextualizava e originava este trabalho. Áreas de intervenção referidas nos textos e implicadas na mudança Funções do professor bibliotecário O que a minha biblioteca já faz Factores favoráveis/ Obstáculos à mudança O que é preciso mudar acções a implementar APOIO AO DESENVOLVIMENTO CURRICULAR 1 1) Articulação curricular da biblioteca escolar (BE) com as estruturas de coordenação e supervisão pedagógica e com os docentes. 2 Cooperação da BE com: a) As estruturas de coordenação educativa e supervisão pedagógica. “Representar a biblioteca escolar no conselho pedagógico, nos termos do regulamento interno.” (Portaria 756/2009) “Promover a articulação das actividades da biblioteca com os objectivos do projecto educativo, do projecto curricular de agrupamento/escola A BE colabora: . com o conselho pedagógico (CP) no sentido de se integrar no projecto educativo (PE), no regulamento interno (RI) e no plano anual de actividades (PAA). . com os departamentos curriculares/ áreas disciplinares para conhecer os diferentes currículos, programas e orientações curriculares, visando integrarse nas suas planificações. . com os coordenadores de A cooperação com as estruturas indicadas fazse essencialmente nas reuniões de conselho pedagógico e em contactos informais, pois nem sempre tem sido possível estar presente nas reuniões (de departamento, conselho de docentes, etc.) pelo facto de ser PB em A professora bibliotecária (PB) deverá participar periodicamente nas reuniões de planificação das estruturas de coordenação educativa e de supervisão pedagógica.

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"PRÁTICAS E MODELOS DE AUTO-AVALIAÇÃO DAS BE " (trabalho n.º 1)

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A  BIBLIOTECA  ESCOLAR:  DESAFIOS  E  OPORTUNIDADES  NUM  CONTEXTO  DE  MUDANÇA  –  TAREFA  N.º  1  –  FÓRUM  1  

 TABELA  MATRIZ  

 Nota  prévia:  Por  uma  questão  de  organização  e  de  uniformização  dos  documentos  e  procedimentos  que  são  actualmente  produzidos  /  observados  no  âmbito  da  trabalho  da  BE,  parte-­‐se,  no  preenchimento  desta  tabela  matriz,  do  MAABE;  não  obstante,  apenas  aqui  são  referidos  os   itens  que  mais  directamente  se  relacionavam  com  o  tema  deste  trabalho  (desafios,   inovação  e  mudança  nas  BE)  e/ou  aos  quais  era  dado  destaque  na  bibliografia  que  contextualizava  e  originava  este  trabalho.  

Áreas  de  intervenção  referidas  nos  textos  e  implicadas  na  mudança  

Funções  do  professor  bibliotecário  

O  que  a  minha  biblioteca  já  faz  

Factores  favoráveis/  Obstáculos  à  mudança  

O  que  é  preciso  mudar  -­‐  acções  a  implementar  

APOIO  AO  DESENVOLVIMENTO  CURRICULAR1    1)  Articulação  curricular  da  biblioteca  escolar  (BE)  com  as  estruturas  de  coordenação  e  supervisão  pedagógica  e  com  os  docentes.  2    

Cooperação  da  BE  com:      a)  As  estruturas  de  coordenação  educativa  e  supervisão  pedagógica.    

“Representar  a  biblioteca  escolar  no  conselho  pedagógico,  nos  termos  do  regulamento  interno.”  (Portaria  756/2009)    “Promover  a  articulação  das  actividades  da  biblioteca  com  os  objectivos  do  projecto  educativo,  do  projecto  curricular  de  agrupamento/escola  

A  BE  colabora:    .  com  o  conselho  pedagógico  (CP)  no  sentido  de  se  integrar  no  projecto  educativo  (PE),  no  regulamento  interno  (RI)  e  no  plano  anual  de  actividades  (PAA).    .  com  os  departamentos  curriculares/  áreas  disciplinares  para  conhecer  os  diferentes  currículos,  programas  e  orientações  curriculares,  visando  integrar-­‐se  nas  suas  planificações.      .  com  os  coordenadores  de  

A  cooperação  com  as  estruturas  indicadas  faz-­‐se  essencialmente  nas  reuniões  de  conselho  pedagógico  e  em  contactos  informais,  pois  nem  sempre  tem  sido  possível  estar  presente  nas  reuniões  (de  departamento,  conselho  de  docentes,  etc.)  pelo  facto  de  ser  PB  em  

A  professora  bibliotecária  (PB)  deverá  participar  periodicamente  nas  reuniões  de  planificação  das  estruturas  de  coordenação  educativa  e  de  supervisão  pedagógica.    

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e  dos  projectos  curriculares  de  turma”.  (Portaria  756/2009)    

estabelecimento  de  educação  e  ensino,  os  conselhos  de  turma  e  os  docentes  titulares  das  turmas,  com  o  objectivo  de  conhecer  os  diferentes  projectos  curriculares  e  de  se  envolver  no  planeamento  das  respectivas  actividades,  estratégias  e  recursos.  

meio  horário  e,  portanto,  ter  reuniões  de  departamento,  conselhos  de  turma,  etc..    

  b)  Os  docentes  na  concretização  das  actividades  curriculares  desenvolvidas  no  espaço  da  BE  ou  tendo  por  base  os  seus  recursos.  

“Apoiar  as  actividades  curriculares  e  favorecer  o  desenvolvimento  dos  hábitos  e  competências  de  leitura,  da  literacia  da  informação  e  das  competências  digitais,  trabalhando  colaborativamente  com  todas  as  estruturas  do  agrupamento  ou  escola  não  agrupada.”  (Portaria  756/2009)    Desenvolver  um  “trabalho  de  proximidade  e  articulação  com  os  professores  que  trabalham  directamente  com  as  

O  plano  de  actividades  da  BE  inclui  actividades  de  apoio  curricular  a  turmas.      A  equipa  da  BE  auxilia  no  acompanhamento  de  grupos/  turmas/  alunos  em  trabalho  orientado  na  BE  (da  equipa  da  BE  fazem  parte  elementos  provenientes  de  áreas  disciplinares  variadas  e  com  formações  diferenciadas).      A  BE  produz  /  colabora  com  os  docentes  na  elaboração  de  materiais  pedagógicos  e  formativos  e  de  apoio  às  diferentes  actividades.      A  BE  divulga  os  materiais  que  produz  /  de  que  dispõe,  através  do  seu  blogue  (http://castelodelivros.blogs.sapo.pt),  da  sua  página  no  Facebook  e  através  da  newsletter  que  envia  regularmente  (através  de  uma  lista  de  difusão  interna)  com  materiais  e  recursos  da  

Os  docentes  mostram-­‐se  abertos  à  articulação  e  agradados  com  as  relações  e  parcerias  que  a  BE  procura  estabelecer,  mas,  depois,  na  prática,  a  utilização  da  BE  ainda  não  é  tão  rentabilizada  pelos  docentes  no  âmbito  das  suas  actividades  educativas  /  lectivas  e  de  apoio,  como  seria  desejável.    O   envio   das  newsletters   fez   com  que   o   conhecimento  dos   docentes   dos  recursos  que  existem  na   BE   fosse   muito  bom,   como  atestaram   os  

A  PB  /  Equipa  deverá:    ·  Continuar  a  apresentar  aos  docentes  sugestões  de  trabalho  conjunto  em  torno  do  tratamento  de  diferentes  unidades  de  ensino  ou  temas.      .  Reforçar  a  cooperação  e  o  diálogo  com  todos  os  docentes,  fazendo-­‐os  “entender  (...)  que  a  biblioteca  cumpre  objectivos  semelhantes  àqueles  em  que  toda  a  restante  escola  se  empenha  e  que  algum  do  sucesso  

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turmas,  para  a  programação  de  experiências  de  aprendizagem  autênticas  e  para  a  preparação  de  instrumentos  de  avaliação  do  conhecimento  dos  alunos  que  integrem  as  capacidades  de  uso  da  informação  e  comunicação  previstas  nos  objectivos  curriculares.”  4  

BE  relacionados  com  as  diversas  áreas  curriculares.  Paralelamente,  também  envia  mensagens  por  correio  electrónico  aos  docentes  com  sugestões  de  materiais  /recursos  destinados  às  suas  actividades  (o  facto  de  ser  um  agrupamento  de  pequena  dimensão  possibilita  um  conhecimento  mais  próximo  das  actividades  que  se  encontram  a  desenvolver).      

resultados   dos  inquéritos   do   ano  lectivo  passado.    A   BE   lançou   no   ano  lectivo   passado   dois  serviços   de  referência   -­‐  “Pergunte:   a   BE  responde”   e   "Par  pedagógico   com   um  elemento   da   equipa  da   BE"   –   que   não  obtiveram   qualquer  pedido   de  colaboração   durante  o   último   ano,   mas  que,     este   ano,   já  registaram  solicitações   por  parte  dos  docentes.    

obtido  tem  a  sua  participação”.3    .  Manter  e  reforçar  os  serviços  “Pergunte:  a  BE  responde”  e  "Par  pedagógico  com  um  elemento  da  equipa  da  BE".    

  c)  Parceria  da  BE  com  os  docentes  responsáveis  pelas  áreas  curriculares  não  disciplinares  (ACND).  

Semelhantes  às  anteriores.  

A  BE  colabora  com  os  docentes  das  turmas  e/  ou  directores  de  turma  (DT)  na  concepção,  realização  e  avaliação  de  actividades  no  âmbito  das  ACND,  disponibilizando  os  seus  espaços  e  recursos.    

A  procura  /  a  adesão  dos  docentes  aos  recursos  /  serviços  da  BE  é  muito  mais  visível  nestas  áreas  curriculares  não  disciplinares  do  que  nas  áreas  disciplinares.  É  mais  fácil  a  equipa  recorrer  à  internet  e  

.  Continuar  a  apresentar  aos  docentes  das  ACND  propostas  e  sugestões  de  trabalho  conjunto,  na  medida  em  que  as  ACND  podem  ser  palco  de  actividades    em  que  sejam  bastantes  

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encontrar  lá  os  recursos  de  que  não  dispõe,  fisicamente,  na  BE,  para  estas  áreas  do  que  para  as  curriculares.  

visíveis  os  papéis  Informacional,  Transformativo  e  Formativo  da  BE  5.  

  d)  Ligação  da  BE  ao  Plano  Tecnológico  da  Educação  (PTE).  

“Apoiar  as  actividades  curriculares  e  favorecer  o  desenvolvimento  dos  hábitos  e  competências  de  leitura,  da  literacia  da  informação  e  das  competências  digitais,  trabalhando  colaborativamente  com  todas  as  estruturas  do  agrupamento  ou  escola  não  agrupada.”  (Portaria  756/2009)  

A  BE  participa  no  PTE  e  no  plano  das  tecnologias  de  informação  e  comunicação  (TIC)  no  sentido  de  promover  a  utilização  das  TIC  no  contexto  das  actividades  curriculares  (a  professora  bibliotecária,  que  é  a  coordenadora  da  equipa  pedagógica,  faz  parte  da  Equipa  PTE,  de  acordo  com  a  legislação  em  vigor).    

A  utilização  da  BE  é  rentabilizada  pelos  docentes  em  actividades  curriculares  e  formativas  relacionadas  com  a  utilização  das  TIC  e  o  desenvolvimento  de  outros  programas  e  projectos,  porém  essa  utilização  é  por  vezes  prejudicada  pelo  mau  estado  das  redes  e  equipamentos  existentes  na  BE,  que  necessitam  de  muita  manutenção  por  técnicos  especializados.    A  qualidade  do  serviço  de  internet  não  é  a  desejável  para  o  desenvolvimento  das  

A  PB  deverá:    .  Promover  reuniões  com  os  responsáveis  pelos  diferentes  programas  e  projectos  e  estudar  formas  de  colaboração.      .  Reforçar,  junto  da  equipa  PTE,  a  necessidade  de  apoio  técnico  às  redes  e  equipamentos  existentes  na  BE,  que  se  deterioram  /  avariam  com  facilidade  devido  ao  uso  continuado.    .  Continuar  a  desenvolver  actividades  que  já  desenvolve,  no  âmbito  do  PTE,  

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actividades  pretendidas  e  juntamente  com  a  frequência  com  que  surgem  avarias  de  difícil  reparação  nos  PC  constituem  constrangimentos  na  elaboração  de  trabalhos  com  qualidade  e  um  factor  dissuasor  da  presença  dos  alunos  na  BE.  

como  sejam  a  formação  “Avaliar  páginas  Web”,  o  concurso  “NetPaper”,  o    Blogue  “Castelo  de  Livros”,  a  página  da  BE  no  Facebook,  o  Bibliotim,  os    Biblio_desafios,  o  recurso  ao  multimédia  na  Hora  do  Conto,  etc..    

  e)  Integração  da  BE  no  plano  de  ocupação  dos  tempos  escolares  (OTE).  

“Apoiar  actividades  livres,  extracurriculares  e  de  enriquecimento  curricular  incluídas  no  plano  de  actividades  ou  projecto  educativo  do  agrupamento  ou  da  escola  não  agrupada”.  (Portaria  756/2009)  

A  BE  apoia  o  plano  de  ocupação  dos  tempos  escolares  (OTE)  do  agrupamento  na  medida  em  que  oferece  um  conjunto  de  recursos  que  os  alunos  podem  explorar  de  forma  autónoma  ou  em  aulas  de  substituição,  sob  a  orientação  do  professor  responsável  (materiais  como  os  livros  do  Ler+,  revistas,  filmes  em  DVD/VHS,  computadores,  jogos  matemáticos,  jogos  de  tabuleiro,  com  ou  sem  competições  organizadas,  Jogo  do  24,  etc.).    Paralelamente,  a  BE  criou  este  ano  um  Clube  de  Leitura,  no  âmbito  do  plano  de  OTE.  

A  procura  dos  materiais  /  recursos  e  do  próprio  espaço  da  BE  atesta  que  o  que  se  disponibiliza  encontra,  junto  de  alunos  e  professores,  um  acolhimento  bastante  significativo,  no  entanto,  dada  a  diversidade  de  actividades  existentes  (o  agrupamento  dispõe  de  dez  clubes,  de  um  mapa  de  aulas  de  substituição,  etc.),  é  difícil  a  BE  dispor  de  

A  equipa  deverá:    .  Apresentar  aos  docentes  sugestões  de  actividades  conjuntas.      .  Produzir,  em  colaboração  com  os  docentes,  materiais  e  sugestões  de  actividades  e  recursos  que  sirvam  a  OTE,  de  forma  a  ultrapassar  a  escassez  de  recursos.    

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uma  abrangência  e  qualidade  de  materiais  que  dê  resposta  a  todas  as  solicitações.  

      A  BE  procura  apoiar  os  docentes  no  desenvolvimento  de  outros  programas  e  projectos  –  Plano  Nacional  de  Leitura  (cuja  acção  no  agrupamento  a  BE  coordena),  Plano  de  Acção  da  Matemática,  Educação  para  a  Saúde,  em  Ensino  Experimental  das  Ciências,  Desporto  Escolar.  

  .  Continuar  a  inserir  acções  destes  programas  e  projectos  no  plano  de  actividades  da  BE.      

APOIO  AO  DESENVOLVIMENTO  CURRICULAR    2)  Promoção  das  literacias  da  informação,  tecnológica  e  digital  

a)  Organização  de  actividades  de  formação  de  utilizadores.  

Promover  recursos  e  actividades  que  tenham  em  conta,  mais  do  que  a  “transmissão  ou  transferência  de  informação”,  “as  dimensões  humanas  de  escolha  e  uso  da  informação”.  6  

O  plano  de  trabalho  da  BE  inclui  actividades  de  formação  de  utilizadores  com  as  turmas  no  sentido  de  promover  o  valor  da  BE,  motivar  para  a  sua  utilização,  esclarecer  sobre  as  formas  como  está  organizada  e  ensinar  a  utilizar  os  diferentes  serviços.      Alunos  e  docentes  desenvolvem  competências  para  o  uso  da  BE  revelando  um  maior  nível  de  autonomia  na  sua  utilização  após  as  sessões  de  formação  de  utilizadores.      A  BE  produz  materiais  informativos  de  apoio  à  formação  dos  utilizadores:  .  Guia  do  utilizador  destinado  a  alunos  do  1.ºCEB  (explorado  pelos  alunos,  na  

Apesar  de  os  alunos  mostrarem  interesse  pelas  actividades  que  visam  a  sua  formação  enquanto  utilizadores  da  BE,  nem  sempre  eles  tomam  a  iniciativa  de,  no  dia-­‐a-­‐dia,  procurar  /  localizar  os  materiais  na  BE  e,  talvez  por  algum  facilitismo,  solicitam  a  ajuda  da  equipa,  não  se  tornando  muito  autónomos.  

 Organizar  com  os  directores  de  turma  e  os  docentes  titulares  das  turmas  um  calendário  de  sessões  de  formação  de  utilizadores  com  as  respectivas  turmas  ao  longo  do  ano,  para  não  se  ficar  apenas  pelas  sessões  que  são  organizadas  na  abertura  do  ano  lectivo.    Reforçar  /  clarificar  a  informação  

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BE,  pela  professora  bibliotecária,  com  a  colaboração  dos  docentes);  .  Guia  do  utilizador  destinado  a  alunos  dos  2.º  e  3.º  CEB  (explorado  pelos  docentes  responsáveis  pelas  ACND,  que  colaboraram  com  a  BE  nesse  sentido);  .  Guia  do  utilizador  destinado  a  educadores  /  professores.    

exposta,  visando  a  autonomia  dos  utilizadores.    

  b)  Promoção  do  ensino  em  contexto  de  competências  de  informação.  

Promover  recursos  e  actividades  que  tenham  em  conta,  mais  do  que  a  “transmissão  ou  transferência  de  informação”,  “as  dimensões  humanas  de  escolha  e  uso  da  informação”.  

A  BE  propõe  um  modelo  de  pesquisa  de  informação  a  ser  usado  por  toda  a  escola  e  estimula  a  inserção,  nas  aulas  das  disciplinas  e  das  ACND,  bem  como  noutras  actividades,  do  ensino  e  treino  contextualizado  de  competências  de  informação  com  recurso  a  esse  modelo,  de  forma  a  que  os  alunos  não  acedam  apenas  à  informação,  mas  sejam  capazes  de  a  recuperar  de  forma  pessoal  e  crítica.      A  BE  promove  uma  formação  que  procura  apoiar  os  utilizadores  na  selecção  e  utilização  de  recursos  electrónicos  e  media,  de  acordo  com  as  suas  necessidades,  intitulada  “Avaliar  páginas  Web”  e  que  e  dirigida  a  todas  as  turmas  do  5.º  ao  9.º  ano.    

Alguns  conselhos  de  turma  aceitaram  o  repto  da  BE  e  solicitaram  aos  alunos  a  elaboração  de  um  trabalho,  sob  orientação  do  professor  e  com  base  no  Guião  de  Pesquisa  e  Tratamento  da  Informação  (GPTI)  fornecido  pelos  serviços  da  BE  (explorado  pelos  directores  de  turma  e/ou  pelos  professores  de  ACND;  utilizado  na  elaboração  de  trabalhos  pelas  turmas,  sob  a  orientação  do  professor),  porém,  

A  PB  deverá:  .  Reforçar,  junto  dos  conselhos  de  turma,  a  elaboração  de  trabalhos  pelos  alunos  com  recurso  ao  GPTI.      .  Sensibilizar  os  docentes  para  as  vantagens  de  um  planeamento  antecipado  e  conjunto  dos  trabalhos  de  pesquisa  a  realizar  na  BE  (promovendo  a  “instrução  integrada”  e  o  “currículo  integrado”)  7.    .  Fornecer    

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essa  ainda  não  foi  uma  prática  que  se  tivesse  estendido  a  todas  as  turmas.    Constatamos  diariamente,  quer  na  BE,  quer  em  reuniões  com  as  diversas  estruturas  pedagógicas  do  agrupamento,  que  as  dificuldades  dos  alunos  não  residem  tanto  na  pesquisa  da  informação  como  na  apropriação  da  informação,  isto  é,  os  alunos  vão  sendo  cada  vez  mais  autónomos  na  selecção  da  informação  de  que  precisam  mas  continuam  a  revelar  muitas  dificuldades  na  transformação  dessa  informação  em  conhecimento,  ou,  melhor  ainda,  em  “conhecimento  com  relevância  pessoal”  (no  dizer  de  Bertram  

aos  alunos,  quando  estes  se  encontram  a  desenvolver  trabalhos  na  BE,  orientação  e  apoio  para  um  maior  desempenho  na  pesquisa,  selecção  e  tratamento  da  informação.      .  Continuar  a  promover  a  formação  “Avaliar  páginas  Web”.  

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Brookes  8  ).     c)  Promoção  do  

ensino  em  contexto  de  competências  tecnológicas  e  digitais.  

Promover  as  “quatro  competências  sócio-­‐cognitivas  que  podem  e  devem  ser  rentabilizadas  na  Internet:  aprender  a  procurar  informação  e  a  aprender,  aprender  a  comunicar,  aprender  a  colaborar  e  aprender  a  participar  na  sociedade”.  9    

O  GPTI  a  que  atrás  se  aludiu  inclui  um  breve  conjunto  de  orientações  para  o  uso  proficiente  e  responsável  dos  recursos  de  informação.  

Não  obstante  a  informação  de  que  os  alunos  dispõem,  é  visível  na  BE  que  as  competências  tecnológicas  e  digitais  dos  alunos,  sobretudo  dos  alunos  mais  novos  (1.º  e  2.º  ciclos)  necessitam  de  muita  orientação  e  acompanhamento.    

A  PB  vai  propor  à  equipa  PTE  que,  durante  os  intervalos  para  almoço,  um  professor  da  equipa  faça  breves  sessões  de  formação,  para  os  alunos,  no  domínio  da  literacia  tecnológica  e  digital  (sessões  de  quinze  minutos  e  dirigidas  a  grupos  de  doze  alunos,  de  forma  a  ficarem  dois  alunos  por  computador).  

  d)  Impacto  da  BE  nas  competências  tecnológicas,  digitais  e  de  informação  dos  alunos.  10  

O  PB  deve  avaliar  o  impacto  do  seu  trabalho  /  e  do  trabalho  da  BE  em  resultados  concretos.10  

Os  alunos  revelam,  em  cada  ano  e  ao  longo  de  cada  nível/ano  de  escolaridade,  progressos  no  uso  de  competências  tecnológicas,  digitais  e  de  informação  nas  diferentes  disciplinas  e  áreas  curriculares/áreas  de  conteúdo  (como  atestam  os  resultados  de  inquéritos  que  foram  no  ano  passado  aplicados,  no  âmbito  da  avaliação  da  BE  no  domínio  A  do  MAABE.      

Apesar  dos  progressos  assinalados  na  coluna  à  esquerda,  ainda  são  evidentes  dificuldades  de  compreensão  dos  problemas  éticos,  legais  e  de  responsabilidade  social  associados  ao  acesso,  avaliação  e  uso  da  informação  e  das  tecnologias,  por  parte  dos  alunos.  

A  BE  deverá:    .  Insistir  na  adopção  do  modelo  de  pesquisa  uniforme  para  toda  a  escola  (GPTI).    .  Reforçar  a  articulação  entre  a  BE  e  o  trabalho  de  sala  de  aula.      

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    e)  Impacto  da  BE  no  

desenvolvimento  de  valores  e  atitudes  indispensáveis  à  formação  da  cidadania  e  à  aprendizagem  ao  longo  da  vida.11    

O  PB  deve  avaliar  o  impacto  do  seu  trabalho  /  e  do  trabalho  da  BE  em  resultados  concretos.10  

Os  alunos  aplicam  modalidades  de  trabalho  diversificadas  –  individual,  a  pares  ou  em  grupo  –  e  realizam  tarefas  diferenciadas,  de  acordo  com  a  estruturação  espacial  e  funcional  da  BE.      Os  alunos  revelam  curiosidade  pelas  exposições,  pelos  conteúdos  apresentados  no  ecrã,  pelo  Biblio_desafio  (desafios  curriculares  semanais),  pelo  Bibliotim  (boletim  informativo  da  BE  destinado  preferencialmente  a  alunos)  e  pelo  blogue,  o  que  confirma  a  existência  de  alguma  apetência  pelo  saber.    Alguns  alunos  (em  número  menor)  sugerem  a  aquisição  de  livros,  aderem  às  actividades  propostas  e  voluntariam-­‐se  para  actividades  como  a  leitura  de  histórias  na  Hora  do  Conto,  o  que  também  é  revelador  de  uma  disponibilidade  para  a  vida  cívica.  

Não  obstante  a  evidência  apontada  na  coluna  à  esquerda,  os  alunos  nem  sempre:    .  cumprem  normas  de  actuação,  de  convivência  e  de  trabalho,  inerentes  ao  sistema  de  organização  e  funcionamento  da  BE;    .  revelam  valores  de  cooperação,  autonomia  e  responsabilidade,  conformes  a  uma  aprendizagem  autónoma,  activa  e  colaborativa;    .  demonstram  atitudes  de  reflexão  crítica,  necessárias  a  uma  aprendizagem  baseada  em  recursos  e  apostada  na  autonomia.    

A  equipa  pedagógica  deverá:      ·  Procurar  mobilizar  a  escola  para  a  criação  e  aplicação  de  um  código  de  conduta,  coerente  e  de  aplicação  generalizada,  indo  ao  encontro  do  projecto  (presente  no  PE  e  do  PAA)  “Desculpe,  Com  licença,  Faz  Favor”.    

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GESTÃO  DA  BIBLIOTECA  ESCOLAR12    1)  Acesso  e  serviços  prestados  pela  BE.    

a)  Resposta  da  BE  às  necessidades  da  escola.  

“Garantir  a  organização  do  espaço  e  assegurar  a  gestão  funcional  e  pedagógica  dos  recursos  materiais  afectos  à  biblioteca.”  (Portaria  756/2009)    “Definir  e  operacionalizar  uma  política  de  gestão  dos  recursos  de  informação,  promovendo  a  sua  integração  nas  práticas  de  professores  e  alunos.”  (Portaria  756/2009)  

A  BE  está  aberta  das  8h45  às  17h30  (todo  o  período  lectivo),  sem  qualquer  interrupção  e  têm  acesso  à  BE  alunos,  professores,  pessoal  não  docente  e  pais  /  encarregados  de  educação  /  outros  elementos  da  comunidade  educativa  em  situações  excepcionais  como  sejam  actividades  abertas  à  comunidade  educativa.    Os  recursos  e  serviços  da  BE  procuram  responder  às  metas  e  estratégias  definidas  no  PE  e  no  PCA.      A  BE  cria  condições  e  é  usada  como  recurso  e  como  local  de  lazer  e  de  trabalho.      A  BE  apoia  os  utilizadores  no  acesso  à  colecção,  aos  equipamentos,  à  leitura,  à  pesquisa  e  ao  uso  da  informação,  bem  como  a  bens  culturais.  

Embora  os  recursos  e  serviços  da  BE  procurem  responder  às  necessidades  do  agrupamento,  o  Fundo  Documental  revela  fragilidades  a  nível  da  proporção  material  livro  /  não  livro  (com  claro  predomínio  do  primeiro)  e  na  proporção  entre  as  diversas  áreas  /  classes,  pelo  facto  de  já  não  receber  verbas  significativas  para  renovação  de  fundos  desde  a  data  da  sua  integração  (2002).  Felizmente,  recebeu  recentemente  uma  verba  da  RBE  e  encontra-­‐se,  neste  momento,  em  fase  de  elaboração  de  uma  proposta  de  aquisição.  

 .  Continuar  a  apoiar  os  utilizadores  no  acesso  e  na  procura  e  produção  da  informação,  incentivando  uma  cultura  de  acesso  e  uso  da  BE  e  dos  recursos.      .  Procurar,  através  da  transversalidade  às  diversas  estruturas  pedagógicas  e  de  gestão,  e  áreas  curriculares,  estar  “omnipresente”  no  processo  de  ensino  e  aprendizagem,  de  forma  a  colocar-­‐se  “no  centro  das  aprendizagens  e  da  construção  do  conhecimento”  13.    

  b)  Avaliação  da  BE.   “Implementar  processos  de  avaliação  dos  serviços  e  

A  BE  implementa  um  sistema  de  auto-­‐avaliação  contínuo,  agora  padronizado  pelo  MAABE,  e  em  cujo  processo  são  envolvidos  os  órgãos  de  

Já  há  vários  anos  que  a  BE  se  auto-­‐avaliava  com  regularidade,  através  da  aplicação  

Decorrente  da  aplicação  do  MAABE:    

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elaborar  um  relatório  anual  de  auto  -­‐avaliação  a  remeter  ao  Gabinete  Coordenador  da  Rede  de  Bibliotecas  Escolares  (GRBE).”  (Portaria  756/2009)    Recolher  e  avaliar  evidências:  práticas  que  visem  a  “demonstração  de  impacto  tangível  e  resultados  práticos  dos  serviços  e  iniciativas  desenvolvidos,  e  de  como  estes  se  relacionam  com  o  cumprimento  dos  objectivos  de  aprendizagem  dos  alunos.”  14  

direcção,  administração  e  gestão.      Os  resultados  da  auto-­‐avaliação  são  divulgados  junto  dos  órgãos  de  direcção,  administração  e  gestão  (conselho  geral,  director,  conselho  pedagógico),  estruturas  de  coordenação  educativa  e  de  supervisão  pedagógica  e  da  restante  comunidade,  com  o  objectivo  de  promover  e  valorizar  as  mais-­‐valias  da  BE  e  de  alertar  para  os  pontos  fracos  do  seu  funcionamento.      A  auto-­‐avaliação  do  agrupamento  integra  os  resultados  da  auto-­‐avaliação  da  BE.      A  Avaliação  Externa  das  Escolas  já  avaliou  a  BE,  aquando  da  acção  inspectiva  que  realizou  ao  agrupamento  em  2009.  

de  inquéritos,  entrevistas,  através  da  elaboração  de  relatórios,  etc.  Agora,  com  a  aplicação  do  MAABE,  esses  procedimentos  foram  melhorados  pelo  rigor  a  que  o  processo  obriga,  não  obstante  também  tenha  de  ser  apontada  a  excessiva  morosidade  do  processo,  sobretudo  da  redacção  /  elaboração  do  relatório  final.  

·  Alterar  práticas  de  acordo  com  a  identificação  dos  pontos  fortes  e  fracos.        ·  Identificar  acções  para  a  melhoria  e  integrá-­‐las  no  processo  de  planeamento.      

GESTÃO  DA  BIBLIOTECA  ESCOLAR    3)  Condições  humanas  e  materiais  para  a  prestação  dos  

a)  Liderança  do  PB.   O  PB  exerce  uma  liderança  forte  e  eficaz,  promovendo:  .  o  trabalho  sistemático  e  a  comunicação  com  os  órgãos  de  direcção,  

A  PB  promove  o  trabalho  partilhado  a  que  se  refere  a  coluna  à  esquerda  e  procura  cultivar  um  ambiente  em  que  a  forma  de  trabalho  predominante  seja  a  do  trabalho  colaborativo.  

Não  são  sentidos  grandes  obstáculos  à  acção,  apenas,  eventualmente,  alguma  instabilidade  na  constituição  da  equipa  pedagógica  

Continuar  a  reforçar  a  ideia  da  importância  da  estabilidade  da  equipa  pedagógica  junto  da  direcção  do  agrupamento.  

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serviços.   administração  e  gestão,  departamentos  curriculares  e  demais  estruturas  de  coordenação  educativa  e  supervisão  pedagógica,  bem  como  com  todos  os  docentes.  .  Uma  gestão  integrada  que  rentabilize  recursos  e  possibilidades  de  trabalho  na  escola,  bem  como  os  recursos  humanos.  .  A  mobilização  das  comunidades  educativa  e  escolar  para  o  valor  e  para  o  trabalho  da/  com  a  BE.    .  O  apoio  a  projectos  e  a  articulação  com  outros  actores  com  intervenção  pedagógica  na  escola  (PTE,  PNEP,  PNL,  outros).  

de  ano  para  ano,  fruto,  na  maior  parte  dos  casos,  das  colocações  dos  professores;  uma  maior  estabilidade  dos  elementos  da  equipa  pedagógica  ajudaria  à  consecução  dos  objectivos  da  PB.  

  b)  Adequação  dos  computadores  e  

“Garantir  a  organização  do  

Os  equipamentos  são  suficientes,  em  número,  para  as  necessidades  locais  e  

Nem  sempre  os  equipamentos  estão  

A  PB  /  equipa  deverão:  

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equipamentos  tecnológicos  ao  trabalho  da  BE  e  dos  utilizadores  na  escola.  

espaço  e  assegurar  a  gestão  funcional  e  pedagógica  dos  recursos  materiais  afectos  à  biblioteca.”  (Portaria  756/2009)    

para  os  serviços  de  biblioteca  que  esta  realiza.    A  PB  procura  rentabilizar  possibilidades  de  afectação  de  recursos  e  de  trabalho  no  contexto  do  desenvolvimento  do  PTE  ou  de  outros  projectos  na  área  das  TIC.    A  BE  recorre  a  diferentes  tipos  de  ferramentas  da  Web  2.0,  para  incentivar  o  diálogo  e  desenvolver  processos  formativos  ou  criativos  com  os  utilizadores  e  com  a  escola  (plataforma  moodle  da  escola,  blogue,  Facebook  e  fiversas  aplicações  e  programas  nos  seus  recursos).  

aptos  para  responder  em  actualidade,  adequação  e  funcionalidade  aos  desafios  que  o  paradigma  actual  coloca  e  ao  trabalho  e  uso  da  documentação  em  diferentes  suportes.    

 ·  Inventariar  necessidades  em  termos  de  número,  actualização  ou  de  reparação  técnica  dos  equipamentos.      ·  Aprofundar  a  articulação  com  a  equipa  PTE  para  rentabilizar  equipamentos  e  possibilidades  de  trabalho,  tão  necessárias  quer  a  nível  de  formação  dos  alunos  (a  que  já  se  fez  referência),  quer  a  nível  da  reparação  do  hardware  e  do  software  (a  que  também  já  se  aludiu).  

GESTÃO  DA  BIBLIOTECA  ESCOLAR    4)  Gestão  da  colecção/  da  informação  

a)  Organização  da  informação.  Informatização  da  colecção.  

“Garantir  a  organização  do  espaço  e  assegurar  a  gestão  funcional  e  pedagógica  dos  recursos  materiais  afectos  à  

A  informação  está  organizada  segundo  regras  e  linguagens  normalizadas  (na  catalogação,  classificação  e  indexação)  que  garantem  a  sua  eficaz  recuperação.      Está  implementado  um  sistema  de  gestão  bibliográfico  automatizado  

Alguns  utilizadores  já  vão  sendo  capazes  de  pesquisar  materiais  e  recursos  nos  postos  de  consulta.  O  catálogo,  porém,    apenas  pode  ser  

A  BE  tem  como  objectivo  próximo  facultar  o    catálogo  em  linha.  

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biblioteca.”  (Portaria  756/2009)  

que  permite  a  simplificação  de  um  conjunto  de  processos  inerentes  ao  circuito  do  documento  e  à  difusão  e  pesquisa  da  informação.      Os  utilizadores  podem  consultar  o  catálogo  a  partir  dos  postos  de  consulta  locais.  

pesquisado  na  BE,  o  que  constitui  um  obstáculo.  

  b)  Difusão  da  informação  

“Garantir  a  organização  do  espaço  e  assegurar  a  gestão  funcional  e  pedagógica  dos  recursos  materiais  afectos  à  biblioteca.”  (Portaria  756/2009)  

A  BE  organiza  e  difunde,  através  da  WEB  2.0,  listagens  de  recursos  de  informação  a  que  já  se  fez  referência  (documentos  impressos,  recursos  digitais  e  em  linha)  adequados  a  temáticas  diversas,  de  âmbito  curricular  ou  associadas  a  determinado  projecto.      A  BE  cria  instrumentos  de  promoção  da  colecção  e  de  divulgação  de  recursos  de  informação,  através  da  WEB  2.0,  a  que  também  já  se  aludiu:  o  boletim  informativo  Bibliotim,  mais  destinado  a  alunos,  a  newsletter  para  professores  e  educadores,  folhetos  com  orientações,  guiões,  etc.  A  BE  recorre  a  estratégias  formativas  e  de  interacção  com  os  utilizadores,  através  de  concursos,  jogos  e  desafios  (já  mencionados),  que  desafiam  a  sua  curiosidade  acerca  de  um  livro  ou  assunto.  

Não  obstante  o  trabalho  que  vem  sendo  feito  de  organização  de  listagens  de  materiais  por  áreas  /  assuntos,    que  são  enviadas  /  facultadas  aos  docentes,  o  catálogo,  no  seu  todo,  apenas  pode  ser  pesquisado  na  BE.  

A  BE  tem  como  objectivo  muito  próximo  facultar  o    catálogo  em  linha.  

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Notas:  1   Cf.   com   a   área-­‐chave   “Integração   na   escola   e   no   processo   de   ensino/   aprendizagem”,   referida   no   texto   da   sessão   “A   Biblioteca   Escolar:  desafios  e  oportunidades  no  contexto  da  mudança”,  p.  3.    2  “A  intervenção  pedagógica  e  curricular  significa  a  superação  de  meras  interacções  casuais  com  a  informação  e  a  transição  para  aproximações  explicitamente  formalizadas  e  sistemáticas,  em  que  a  aprendizagem  é  auxiliada  por  estruturas  e   ferramentas  cognitivas.  Dados  empíricos  de  investigações  conduzidas  até  à  data  indicam  que  intervenções  pedagógicas  planeadas  e  estruturadas  têm  um  impacto  positivo  no  domínio  das  ferramentas  cognitivas  de  processamento  da  informação,  na  forma  de  apreciação  dos  conteúdos  e  nas  atitudes  dos  indivíduos  relativamente  à  auto-­‐aprendizagem  e  à  função  da  educação  em  geral.”  (Ross  Todd,  “Aprendizagem  na  escola  na  era  da  informação:  oportunidades,  resultados  e  caminhos  possíveis”,  pp.  3-­‐4).    3  Retirado  do  texto  da  sessão  “A  Biblioteca  Escolar:  desafios  e  oportunidades  no  contexto  da  mudança”,  pp.  4-­‐5.      4  Ross  Todd,  op.  cit.,  p.  3.    5  V.  texto  da  sessão  “A  Biblioteca  Escolar:  desafios  e  oportunidades  no  contexto  da  mudança”,  pp.  1-­‐2.    6  Ross  Todd,  op.  cit.,  p.  3.    7  Cf.  Ana  Amélia  Cardoso,  “A  Biblioteca  Escolar  2.0:  novas  funções  para  o  professor  bibliotecário”,  p.  5.    8  Apud  Ross  Todd,  op.  cit.,  p.  2.    9  Monereo,  apud  Ana  Amélia  Cardoso,  op.  cit.,  p.  2.    9  “As  bibliotecas  escolares  existem  para  provocar  impacto  e  transformar  a  vida  dos  cidadãos  mais  jovens.”  (Ross  Todd,  op.  cit.,  p.  3).    10   “Na   verdade,   ao   conceito   de   literacia   da   informação   subjaz   a   capacidade   de   criar   experiências   de   aprendizagem  explícitas,   sistemáticas,  integradas   e   contextualizadas   que   promovam  o   desenvolvimento   de   competências   e   sejam   capazes   de   inculcar   nos   alunos   um   conjunto   de  

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valores  e  atitudes  relacionados  com  o  uso  adequado  da  informação.”  (Ross  Todd,  op.  cit.,  p.  4).  “O  destino  final  da  viagem  não  é  um  aluno  ou  uma  comunidade  proficiente  em  literacias  da  informação,  mas  sim  o  desenvolvimento  de  indivíduos  e  comunidades  educativas  com  capacidade  crítica  e  abertos  ao  conhecimento  “  (idem,  ibidem,  p.  6).    11   Engloba   aspectos   das   áreas-­‐chave   “Condições   de   Acesso.   Qualidade   da   Colecção”   e   “Gestão   da   BE”,  mencionados   no   texto   da   sessão   “A  Biblioteca  Escolar:  desafios  e  oportunidades  no  contexto  da  mudança”,  p.  3.    12  V.  o  texto  da  sessão  “A  Biblioteca  Escolar:  desafios  e  oportunidades  no  contexto  da  mudança”,  p.  2.    13  Ross  Todd,  op.  cit.,  p.  5.    Ainda  sobre  essa  necessária  “omnipresença”  da  BE,  leia-­‐se  o  seguinte  excerto  de  “The  Role  of  the  School  Library  Media  Specialist  in  the  21st  Century  -­‐  ERICDigest”  :  “School  libraries  have  no  boundaries.  The  "library"  is  not  a  place;  rather,  library  is  everywhere.  This  means  that  school  library  media  specialists  should  not  be  cloistered  within  the  walls  of  the  library  and  within  the  constraints  of  scheduled  library  time.  Beyond  the  school  environment,  students  will  need  to  make  library  skills  part  of  their  daily  lives.  Information  problem-­‐solving  skills  help  students  on  a  daily  basis.”