A BIBLIOTECA ESCOLAR: DESAFIOS E OPORTUNIDADES NUM CONTEXTO DE MUDANÇA
-
Upload
margarete-rodrigues -
Category
Documents
-
view
221 -
download
0
description
Transcript of A BIBLIOTECA ESCOLAR: DESAFIOS E OPORTUNIDADES NUM CONTEXTO DE MUDANÇA
PRÁTICAS E MODELOS DE AUTO-AVALIAÇÃO DAS BE || MARGARETE L. RODRIGUES || 2010
A BIBLIOTECA ESCOLAR: DESAFIOS E OPORTUNIDADES NUM CONTEXTO DE MUDANÇA – TAREFA N.º 1 – FÓRUM 1
TABELA MATRIZ
Nota prévia: Por uma questão de organização e de uniformização dos documentos e procedimentos que são actualmente produzidos / observados no âmbito da trabalho da BE, parte-‐se, no preenchimento desta tabela matriz, do MAABE; não obstante, apenas aqui são referidos os itens que mais directamente se relacionavam com o tema deste trabalho (desafios, inovação e mudança nas BE) e/ou aos quais era dado destaque na bibliografia que contextualizava e originava este trabalho.
Áreas de intervenção referidas nos textos e implicadas na mudança
Funções do professor bibliotecário
O que a minha biblioteca já faz
Factores favoráveis/ Obstáculos à mudança
O que é preciso mudar -‐ acções a implementar
APOIO AO DESENVOLVIMENTO CURRICULAR1 1) Articulação curricular da biblioteca escolar (BE) com as estruturas de coordenação e supervisão pedagógica e com os docentes. 2
Cooperação da BE com: a) As estruturas de coordenação educativa e supervisão pedagógica.
“Representar a biblioteca escolar no conselho pedagógico, nos termos do regulamento interno.” (Portaria 756/2009) “Promover a articulação das actividades da biblioteca com os objectivos do projecto educativo, do projecto curricular de agrupamento/escola
A BE colabora: . com o conselho pedagógico (CP) no sentido de se integrar no projecto educativo (PE), no regulamento interno (RI) e no plano anual de actividades (PAA). . com os departamentos curriculares/ áreas disciplinares para conhecer os diferentes currículos, programas e orientações curriculares, visando integrar-‐se nas suas planificações. . com os coordenadores de
A cooperação com as estruturas indicadas faz-‐se essencialmente nas reuniões de conselho pedagógico e em contactos informais, pois nem sempre tem sido possível estar presente nas reuniões (de departamento, conselho de docentes, etc.) pelo facto de ser PB em
A professora bibliotecária (PB) deverá participar periodicamente nas reuniões de planificação das estruturas de coordenação educativa e de supervisão pedagógica.
PRÁTICAS E MODELOS DE AUTO-AVALIAÇÃO DAS BE || MARGARETE L. RODRIGUES || 2010
e dos projectos curriculares de turma”. (Portaria 756/2009)
estabelecimento de educação e ensino, os conselhos de turma e os docentes titulares das turmas, com o objectivo de conhecer os diferentes projectos curriculares e de se envolver no planeamento das respectivas actividades, estratégias e recursos.
meio horário e, portanto, ter reuniões de departamento, conselhos de turma, etc..
b) Os docentes na concretização das actividades curriculares desenvolvidas no espaço da BE ou tendo por base os seus recursos.
“Apoiar as actividades curriculares e favorecer o desenvolvimento dos hábitos e competências de leitura, da literacia da informação e das competências digitais, trabalhando colaborativamente com todas as estruturas do agrupamento ou escola não agrupada.” (Portaria 756/2009) Desenvolver um “trabalho de proximidade e articulação com os professores que trabalham directamente com as
O plano de actividades da BE inclui actividades de apoio curricular a turmas. A equipa da BE auxilia no acompanhamento de grupos/ turmas/ alunos em trabalho orientado na BE (da equipa da BE fazem parte elementos provenientes de áreas disciplinares variadas e com formações diferenciadas). A BE produz / colabora com os docentes na elaboração de materiais pedagógicos e formativos e de apoio às diferentes actividades. A BE divulga os materiais que produz / de que dispõe, através do seu blogue (http://castelodelivros.blogs.sapo.pt), da sua página no Facebook e através da newsletter que envia regularmente (através de uma lista de difusão interna) com materiais e recursos da
Os docentes mostram-‐se abertos à articulação e agradados com as relações e parcerias que a BE procura estabelecer, mas, depois, na prática, a utilização da BE ainda não é tão rentabilizada pelos docentes no âmbito das suas actividades educativas / lectivas e de apoio, como seria desejável. O envio das newsletters fez com que o conhecimento dos docentes dos recursos que existem na BE fosse muito bom, como atestaram os
A PB / Equipa deverá: · Continuar a apresentar aos docentes sugestões de trabalho conjunto em torno do tratamento de diferentes unidades de ensino ou temas. . Reforçar a cooperação e o diálogo com todos os docentes, fazendo-‐os “entender (...) que a biblioteca cumpre objectivos semelhantes àqueles em que toda a restante escola se empenha e que algum do sucesso
PRÁTICAS E MODELOS DE AUTO-AVALIAÇÃO DAS BE || MARGARETE L. RODRIGUES || 2010
turmas, para a programação de experiências de aprendizagem autênticas e para a preparação de instrumentos de avaliação do conhecimento dos alunos que integrem as capacidades de uso da informação e comunicação previstas nos objectivos curriculares.” 4
BE relacionados com as diversas áreas curriculares. Paralelamente, também envia mensagens por correio electrónico aos docentes com sugestões de materiais /recursos destinados às suas actividades (o facto de ser um agrupamento de pequena dimensão possibilita um conhecimento mais próximo das actividades que se encontram a desenvolver).
resultados dos inquéritos do ano lectivo passado. A BE lançou no ano lectivo passado dois serviços de referência -‐ “Pergunte: a BE responde” e "Par pedagógico com um elemento da equipa da BE" – que não obtiveram qualquer pedido de colaboração durante o último ano, mas que, este ano, já registaram solicitações por parte dos docentes.
obtido tem a sua participação”.3 . Manter e reforçar os serviços “Pergunte: a BE responde” e "Par pedagógico com um elemento da equipa da BE".
c) Parceria da BE com os docentes responsáveis pelas áreas curriculares não disciplinares (ACND).
Semelhantes às anteriores.
A BE colabora com os docentes das turmas e/ ou directores de turma (DT) na concepção, realização e avaliação de actividades no âmbito das ACND, disponibilizando os seus espaços e recursos.
A procura / a adesão dos docentes aos recursos / serviços da BE é muito mais visível nestas áreas curriculares não disciplinares do que nas áreas disciplinares. É mais fácil a equipa recorrer à internet e
. Continuar a apresentar aos docentes das ACND propostas e sugestões de trabalho conjunto, na medida em que as ACND podem ser palco de actividades em que sejam bastantes
PRÁTICAS E MODELOS DE AUTO-AVALIAÇÃO DAS BE || MARGARETE L. RODRIGUES || 2010
encontrar lá os recursos de que não dispõe, fisicamente, na BE, para estas áreas do que para as curriculares.
visíveis os papéis Informacional, Transformativo e Formativo da BE 5.
d) Ligação da BE ao Plano Tecnológico da Educação (PTE).
“Apoiar as actividades curriculares e favorecer o desenvolvimento dos hábitos e competências de leitura, da literacia da informação e das competências digitais, trabalhando colaborativamente com todas as estruturas do agrupamento ou escola não agrupada.” (Portaria 756/2009)
A BE participa no PTE e no plano das tecnologias de informação e comunicação (TIC) no sentido de promover a utilização das TIC no contexto das actividades curriculares (a professora bibliotecária, que é a coordenadora da equipa pedagógica, faz parte da Equipa PTE, de acordo com a legislação em vigor).
A utilização da BE é rentabilizada pelos docentes em actividades curriculares e formativas relacionadas com a utilização das TIC e o desenvolvimento de outros programas e projectos, porém essa utilização é por vezes prejudicada pelo mau estado das redes e equipamentos existentes na BE, que necessitam de muita manutenção por técnicos especializados. A qualidade do serviço de internet não é a desejável para o desenvolvimento das
A PB deverá: . Promover reuniões com os responsáveis pelos diferentes programas e projectos e estudar formas de colaboração. . Reforçar, junto da equipa PTE, a necessidade de apoio técnico às redes e equipamentos existentes na BE, que se deterioram / avariam com facilidade devido ao uso continuado. . Continuar a desenvolver actividades que já desenvolve, no âmbito do PTE,
PRÁTICAS E MODELOS DE AUTO-AVALIAÇÃO DAS BE || MARGARETE L. RODRIGUES || 2010
actividades pretendidas e juntamente com a frequência com que surgem avarias de difícil reparação nos PC constituem constrangimentos na elaboração de trabalhos com qualidade e um factor dissuasor da presença dos alunos na BE.
como sejam a formação “Avaliar páginas Web”, o concurso “NetPaper”, o Blogue “Castelo de Livros”, a página da BE no Facebook, o Bibliotim, os Biblio_desafios, o recurso ao multimédia na Hora do Conto, etc..
e) Integração da BE no plano de ocupação dos tempos escolares (OTE).
“Apoiar actividades livres, extracurriculares e de enriquecimento curricular incluídas no plano de actividades ou projecto educativo do agrupamento ou da escola não agrupada”. (Portaria 756/2009)
A BE apoia o plano de ocupação dos tempos escolares (OTE) do agrupamento na medida em que oferece um conjunto de recursos que os alunos podem explorar de forma autónoma ou em aulas de substituição, sob a orientação do professor responsável (materiais como os livros do Ler+, revistas, filmes em DVD/VHS, computadores, jogos matemáticos, jogos de tabuleiro, com ou sem competições organizadas, Jogo do 24, etc.). Paralelamente, a BE criou este ano um Clube de Leitura, no âmbito do plano de OTE.
A procura dos materiais / recursos e do próprio espaço da BE atesta que o que se disponibiliza encontra, junto de alunos e professores, um acolhimento bastante significativo, no entanto, dada a diversidade de actividades existentes (o agrupamento dispõe de dez clubes, de um mapa de aulas de substituição, etc.), é difícil a BE dispor de
A equipa deverá: . Apresentar aos docentes sugestões de actividades conjuntas. . Produzir, em colaboração com os docentes, materiais e sugestões de actividades e recursos que sirvam a OTE, de forma a ultrapassar a escassez de recursos.
PRÁTICAS E MODELOS DE AUTO-AVALIAÇÃO DAS BE || MARGARETE L. RODRIGUES || 2010
uma abrangência e qualidade de materiais que dê resposta a todas as solicitações.
A BE procura apoiar os docentes no desenvolvimento de outros programas e projectos – Plano Nacional de Leitura (cuja acção no agrupamento a BE coordena), Plano de Acção da Matemática, Educação para a Saúde, em Ensino Experimental das Ciências, Desporto Escolar.
. Continuar a inserir acções destes programas e projectos no plano de actividades da BE.
APOIO AO DESENVOLVIMENTO CURRICULAR 2) Promoção das literacias da informação, tecnológica e digital
a) Organização de actividades de formação de utilizadores.
Promover recursos e actividades que tenham em conta, mais do que a “transmissão ou transferência de informação”, “as dimensões humanas de escolha e uso da informação”. 6
O plano de trabalho da BE inclui actividades de formação de utilizadores com as turmas no sentido de promover o valor da BE, motivar para a sua utilização, esclarecer sobre as formas como está organizada e ensinar a utilizar os diferentes serviços. Alunos e docentes desenvolvem competências para o uso da BE revelando um maior nível de autonomia na sua utilização após as sessões de formação de utilizadores. A BE produz materiais informativos de apoio à formação dos utilizadores: . Guia do utilizador destinado a alunos do 1.ºCEB (explorado pelos alunos, na
Apesar de os alunos mostrarem interesse pelas actividades que visam a sua formação enquanto utilizadores da BE, nem sempre eles tomam a iniciativa de, no dia-‐a-‐dia, procurar / localizar os materiais na BE e, talvez por algum facilitismo, solicitam a ajuda da equipa, não se tornando muito autónomos.
Organizar com os directores de turma e os docentes titulares das turmas um calendário de sessões de formação de utilizadores com as respectivas turmas ao longo do ano, para não se ficar apenas pelas sessões que são organizadas na abertura do ano lectivo. Reforçar / clarificar a informação
PRÁTICAS E MODELOS DE AUTO-AVALIAÇÃO DAS BE || MARGARETE L. RODRIGUES || 2010
BE, pela professora bibliotecária, com a colaboração dos docentes); . Guia do utilizador destinado a alunos dos 2.º e 3.º CEB (explorado pelos docentes responsáveis pelas ACND, que colaboraram com a BE nesse sentido); . Guia do utilizador destinado a educadores / professores.
exposta, visando a autonomia dos utilizadores.
b) Promoção do ensino em contexto de competências de informação.
Promover recursos e actividades que tenham em conta, mais do que a “transmissão ou transferência de informação”, “as dimensões humanas de escolha e uso da informação”.
A BE propõe um modelo de pesquisa de informação a ser usado por toda a escola e estimula a inserção, nas aulas das disciplinas e das ACND, bem como noutras actividades, do ensino e treino contextualizado de competências de informação com recurso a esse modelo, de forma a que os alunos não acedam apenas à informação, mas sejam capazes de a recuperar de forma pessoal e crítica. A BE promove uma formação que procura apoiar os utilizadores na selecção e utilização de recursos electrónicos e media, de acordo com as suas necessidades, intitulada “Avaliar páginas Web” e que e dirigida a todas as turmas do 5.º ao 9.º ano.
Alguns conselhos de turma aceitaram o repto da BE e solicitaram aos alunos a elaboração de um trabalho, sob orientação do professor e com base no Guião de Pesquisa e Tratamento da Informação (GPTI) fornecido pelos serviços da BE (explorado pelos directores de turma e/ou pelos professores de ACND; utilizado na elaboração de trabalhos pelas turmas, sob a orientação do professor), porém,
A PB deverá: . Reforçar, junto dos conselhos de turma, a elaboração de trabalhos pelos alunos com recurso ao GPTI. . Sensibilizar os docentes para as vantagens de um planeamento antecipado e conjunto dos trabalhos de pesquisa a realizar na BE (promovendo a “instrução integrada” e o “currículo integrado”) 7. . Fornecer
PRÁTICAS E MODELOS DE AUTO-AVALIAÇÃO DAS BE || MARGARETE L. RODRIGUES || 2010
essa ainda não foi uma prática que se tivesse estendido a todas as turmas. Constatamos diariamente, quer na BE, quer em reuniões com as diversas estruturas pedagógicas do agrupamento, que as dificuldades dos alunos não residem tanto na pesquisa da informação como na apropriação da informação, isto é, os alunos vão sendo cada vez mais autónomos na selecção da informação de que precisam mas continuam a revelar muitas dificuldades na transformação dessa informação em conhecimento, ou, melhor ainda, em “conhecimento com relevância pessoal” (no dizer de Bertram
aos alunos, quando estes se encontram a desenvolver trabalhos na BE, orientação e apoio para um maior desempenho na pesquisa, selecção e tratamento da informação. . Continuar a promover a formação “Avaliar páginas Web”.
PRÁTICAS E MODELOS DE AUTO-AVALIAÇÃO DAS BE || MARGARETE L. RODRIGUES || 2010
Brookes 8 ). c) Promoção do
ensino em contexto de competências tecnológicas e digitais.
Promover as “quatro competências sócio-‐cognitivas que podem e devem ser rentabilizadas na Internet: aprender a procurar informação e a aprender, aprender a comunicar, aprender a colaborar e aprender a participar na sociedade”. 9
O GPTI a que atrás se aludiu inclui um breve conjunto de orientações para o uso proficiente e responsável dos recursos de informação.
Não obstante a informação de que os alunos dispõem, é visível na BE que as competências tecnológicas e digitais dos alunos, sobretudo dos alunos mais novos (1.º e 2.º ciclos) necessitam de muita orientação e acompanhamento.
A PB vai propor à equipa PTE que, durante os intervalos para almoço, um professor da equipa faça breves sessões de formação, para os alunos, no domínio da literacia tecnológica e digital (sessões de quinze minutos e dirigidas a grupos de doze alunos, de forma a ficarem dois alunos por computador).
d) Impacto da BE nas competências tecnológicas, digitais e de informação dos alunos. 10
O PB deve avaliar o impacto do seu trabalho / e do trabalho da BE em resultados concretos.10
Os alunos revelam, em cada ano e ao longo de cada nível/ano de escolaridade, progressos no uso de competências tecnológicas, digitais e de informação nas diferentes disciplinas e áreas curriculares/áreas de conteúdo (como atestam os resultados de inquéritos que foram no ano passado aplicados, no âmbito da avaliação da BE no domínio A do MAABE.
Apesar dos progressos assinalados na coluna à esquerda, ainda são evidentes dificuldades de compreensão dos problemas éticos, legais e de responsabilidade social associados ao acesso, avaliação e uso da informação e das tecnologias, por parte dos alunos.
A BE deverá: . Insistir na adopção do modelo de pesquisa uniforme para toda a escola (GPTI). . Reforçar a articulação entre a BE e o trabalho de sala de aula.
PRÁTICAS E MODELOS DE AUTO-AVALIAÇÃO DAS BE || MARGARETE L. RODRIGUES || 2010
e) Impacto da BE no
desenvolvimento de valores e atitudes indispensáveis à formação da cidadania e à aprendizagem ao longo da vida.11
O PB deve avaliar o impacto do seu trabalho / e do trabalho da BE em resultados concretos.10
Os alunos aplicam modalidades de trabalho diversificadas – individual, a pares ou em grupo – e realizam tarefas diferenciadas, de acordo com a estruturação espacial e funcional da BE. Os alunos revelam curiosidade pelas exposições, pelos conteúdos apresentados no ecrã, pelo Biblio_desafio (desafios curriculares semanais), pelo Bibliotim (boletim informativo da BE destinado preferencialmente a alunos) e pelo blogue, o que confirma a existência de alguma apetência pelo saber. Alguns alunos (em número menor) sugerem a aquisição de livros, aderem às actividades propostas e voluntariam-‐se para actividades como a leitura de histórias na Hora do Conto, o que também é revelador de uma disponibilidade para a vida cívica.
Não obstante a evidência apontada na coluna à esquerda, os alunos nem sempre: . cumprem normas de actuação, de convivência e de trabalho, inerentes ao sistema de organização e funcionamento da BE; . revelam valores de cooperação, autonomia e responsabilidade, conformes a uma aprendizagem autónoma, activa e colaborativa; . demonstram atitudes de reflexão crítica, necessárias a uma aprendizagem baseada em recursos e apostada na autonomia.
A equipa pedagógica deverá: · Procurar mobilizar a escola para a criação e aplicação de um código de conduta, coerente e de aplicação generalizada, indo ao encontro do projecto (presente no PE e do PAA) “Desculpe, Com licença, Faz Favor”.
PRÁTICAS E MODELOS DE AUTO-AVALIAÇÃO DAS BE || MARGARETE L. RODRIGUES || 2010
GESTÃO DA BIBLIOTECA ESCOLAR12 1) Acesso e serviços prestados pela BE.
a) Resposta da BE às necessidades da escola.
“Garantir a organização do espaço e assegurar a gestão funcional e pedagógica dos recursos materiais afectos à biblioteca.” (Portaria 756/2009) “Definir e operacionalizar uma política de gestão dos recursos de informação, promovendo a sua integração nas práticas de professores e alunos.” (Portaria 756/2009)
A BE está aberta das 8h45 às 17h30 (todo o período lectivo), sem qualquer interrupção e têm acesso à BE alunos, professores, pessoal não docente e pais / encarregados de educação / outros elementos da comunidade educativa em situações excepcionais como sejam actividades abertas à comunidade educativa. Os recursos e serviços da BE procuram responder às metas e estratégias definidas no PE e no PCA. A BE cria condições e é usada como recurso e como local de lazer e de trabalho. A BE apoia os utilizadores no acesso à colecção, aos equipamentos, à leitura, à pesquisa e ao uso da informação, bem como a bens culturais.
Embora os recursos e serviços da BE procurem responder às necessidades do agrupamento, o Fundo Documental revela fragilidades a nível da proporção material livro / não livro (com claro predomínio do primeiro) e na proporção entre as diversas áreas / classes, pelo facto de já não receber verbas significativas para renovação de fundos desde a data da sua integração (2002). Felizmente, recebeu recentemente uma verba da RBE e encontra-‐se, neste momento, em fase de elaboração de uma proposta de aquisição.
. Continuar a apoiar os utilizadores no acesso e na procura e produção da informação, incentivando uma cultura de acesso e uso da BE e dos recursos. . Procurar, através da transversalidade às diversas estruturas pedagógicas e de gestão, e áreas curriculares, estar “omnipresente” no processo de ensino e aprendizagem, de forma a colocar-‐se “no centro das aprendizagens e da construção do conhecimento” 13.
b) Avaliação da BE. “Implementar processos de avaliação dos serviços e
A BE implementa um sistema de auto-‐avaliação contínuo, agora padronizado pelo MAABE, e em cujo processo são envolvidos os órgãos de
Já há vários anos que a BE se auto-‐avaliava com regularidade, através da aplicação
Decorrente da aplicação do MAABE:
PRÁTICAS E MODELOS DE AUTO-AVALIAÇÃO DAS BE || MARGARETE L. RODRIGUES || 2010
elaborar um relatório anual de auto -‐avaliação a remeter ao Gabinete Coordenador da Rede de Bibliotecas Escolares (GRBE).” (Portaria 756/2009) Recolher e avaliar evidências: práticas que visem a “demonstração de impacto tangível e resultados práticos dos serviços e iniciativas desenvolvidos, e de como estes se relacionam com o cumprimento dos objectivos de aprendizagem dos alunos.” 14
direcção, administração e gestão. Os resultados da auto-‐avaliação são divulgados junto dos órgãos de direcção, administração e gestão (conselho geral, director, conselho pedagógico), estruturas de coordenação educativa e de supervisão pedagógica e da restante comunidade, com o objectivo de promover e valorizar as mais-‐valias da BE e de alertar para os pontos fracos do seu funcionamento. A auto-‐avaliação do agrupamento integra os resultados da auto-‐avaliação da BE. A Avaliação Externa das Escolas já avaliou a BE, aquando da acção inspectiva que realizou ao agrupamento em 2009.
de inquéritos, entrevistas, através da elaboração de relatórios, etc. Agora, com a aplicação do MAABE, esses procedimentos foram melhorados pelo rigor a que o processo obriga, não obstante também tenha de ser apontada a excessiva morosidade do processo, sobretudo da redacção / elaboração do relatório final.
· Alterar práticas de acordo com a identificação dos pontos fortes e fracos. · Identificar acções para a melhoria e integrá-‐las no processo de planeamento.
GESTÃO DA BIBLIOTECA ESCOLAR 3) Condições humanas e materiais para a prestação dos
a) Liderança do PB. O PB exerce uma liderança forte e eficaz, promovendo: . o trabalho sistemático e a comunicação com os órgãos de direcção,
A PB promove o trabalho partilhado a que se refere a coluna à esquerda e procura cultivar um ambiente em que a forma de trabalho predominante seja a do trabalho colaborativo.
Não são sentidos grandes obstáculos à acção, apenas, eventualmente, alguma instabilidade na constituição da equipa pedagógica
Continuar a reforçar a ideia da importância da estabilidade da equipa pedagógica junto da direcção do agrupamento.
PRÁTICAS E MODELOS DE AUTO-AVALIAÇÃO DAS BE || MARGARETE L. RODRIGUES || 2010
serviços. administração e gestão, departamentos curriculares e demais estruturas de coordenação educativa e supervisão pedagógica, bem como com todos os docentes. . Uma gestão integrada que rentabilize recursos e possibilidades de trabalho na escola, bem como os recursos humanos. . A mobilização das comunidades educativa e escolar para o valor e para o trabalho da/ com a BE. . O apoio a projectos e a articulação com outros actores com intervenção pedagógica na escola (PTE, PNEP, PNL, outros).
de ano para ano, fruto, na maior parte dos casos, das colocações dos professores; uma maior estabilidade dos elementos da equipa pedagógica ajudaria à consecução dos objectivos da PB.
b) Adequação dos computadores e
“Garantir a organização do
Os equipamentos são suficientes, em número, para as necessidades locais e
Nem sempre os equipamentos estão
A PB / equipa deverão:
PRÁTICAS E MODELOS DE AUTO-AVALIAÇÃO DAS BE || MARGARETE L. RODRIGUES || 2010
equipamentos tecnológicos ao trabalho da BE e dos utilizadores na escola.
espaço e assegurar a gestão funcional e pedagógica dos recursos materiais afectos à biblioteca.” (Portaria 756/2009)
para os serviços de biblioteca que esta realiza. A PB procura rentabilizar possibilidades de afectação de recursos e de trabalho no contexto do desenvolvimento do PTE ou de outros projectos na área das TIC. A BE recorre a diferentes tipos de ferramentas da Web 2.0, para incentivar o diálogo e desenvolver processos formativos ou criativos com os utilizadores e com a escola (plataforma moodle da escola, blogue, Facebook e fiversas aplicações e programas nos seus recursos).
aptos para responder em actualidade, adequação e funcionalidade aos desafios que o paradigma actual coloca e ao trabalho e uso da documentação em diferentes suportes.
· Inventariar necessidades em termos de número, actualização ou de reparação técnica dos equipamentos. · Aprofundar a articulação com a equipa PTE para rentabilizar equipamentos e possibilidades de trabalho, tão necessárias quer a nível de formação dos alunos (a que já se fez referência), quer a nível da reparação do hardware e do software (a que também já se aludiu).
GESTÃO DA BIBLIOTECA ESCOLAR 4) Gestão da colecção/ da informação
a) Organização da informação. Informatização da colecção.
“Garantir a organização do espaço e assegurar a gestão funcional e pedagógica dos recursos materiais afectos à
A informação está organizada segundo regras e linguagens normalizadas (na catalogação, classificação e indexação) que garantem a sua eficaz recuperação. Está implementado um sistema de gestão bibliográfico automatizado
Alguns utilizadores já vão sendo capazes de pesquisar materiais e recursos nos postos de consulta. O catálogo, porém, apenas pode ser
A BE tem como objectivo próximo facultar o catálogo em linha.
PRÁTICAS E MODELOS DE AUTO-AVALIAÇÃO DAS BE || MARGARETE L. RODRIGUES || 2010
biblioteca.” (Portaria 756/2009)
que permite a simplificação de um conjunto de processos inerentes ao circuito do documento e à difusão e pesquisa da informação. Os utilizadores podem consultar o catálogo a partir dos postos de consulta locais.
pesquisado na BE, o que constitui um obstáculo.
b) Difusão da informação
“Garantir a organização do espaço e assegurar a gestão funcional e pedagógica dos recursos materiais afectos à biblioteca.” (Portaria 756/2009)
A BE organiza e difunde, através da WEB 2.0, listagens de recursos de informação a que já se fez referência (documentos impressos, recursos digitais e em linha) adequados a temáticas diversas, de âmbito curricular ou associadas a determinado projecto. A BE cria instrumentos de promoção da colecção e de divulgação de recursos de informação, através da WEB 2.0, a que também já se aludiu: o boletim informativo Bibliotim, mais destinado a alunos, a newsletter para professores e educadores, folhetos com orientações, guiões, etc. A BE recorre a estratégias formativas e de interacção com os utilizadores, através de concursos, jogos e desafios (já mencionados), que desafiam a sua curiosidade acerca de um livro ou assunto.
Não obstante o trabalho que vem sendo feito de organização de listagens de materiais por áreas / assuntos, que são enviadas / facultadas aos docentes, o catálogo, no seu todo, apenas pode ser pesquisado na BE.
A BE tem como objectivo muito próximo facultar o catálogo em linha.
PRÁTICAS E MODELOS DE AUTO-AVALIAÇÃO DAS BE || MARGARETE L. RODRIGUES || 2010
Notas: 1 Cf. com a área-‐chave “Integração na escola e no processo de ensino/ aprendizagem”, referida no texto da sessão “A Biblioteca Escolar: desafios e oportunidades no contexto da mudança”, p. 3. 2 “A intervenção pedagógica e curricular significa a superação de meras interacções casuais com a informação e a transição para aproximações explicitamente formalizadas e sistemáticas, em que a aprendizagem é auxiliada por estruturas e ferramentas cognitivas. Dados empíricos de investigações conduzidas até à data indicam que intervenções pedagógicas planeadas e estruturadas têm um impacto positivo no domínio das ferramentas cognitivas de processamento da informação, na forma de apreciação dos conteúdos e nas atitudes dos indivíduos relativamente à auto-‐aprendizagem e à função da educação em geral.” (Ross Todd, “Aprendizagem na escola na era da informação: oportunidades, resultados e caminhos possíveis”, pp. 3-‐4). 3 Retirado do texto da sessão “A Biblioteca Escolar: desafios e oportunidades no contexto da mudança”, pp. 4-‐5. 4 Ross Todd, op. cit., p. 3. 5 V. texto da sessão “A Biblioteca Escolar: desafios e oportunidades no contexto da mudança”, pp. 1-‐2. 6 Ross Todd, op. cit., p. 3. 7 Cf. Ana Amélia Cardoso, “A Biblioteca Escolar 2.0: novas funções para o professor bibliotecário”, p. 5. 8 Apud Ross Todd, op. cit., p. 2. 9 Monereo, apud Ana Amélia Cardoso, op. cit., p. 2. 9 “As bibliotecas escolares existem para provocar impacto e transformar a vida dos cidadãos mais jovens.” (Ross Todd, op. cit., p. 3). 10 “Na verdade, ao conceito de literacia da informação subjaz a capacidade de criar experiências de aprendizagem explícitas, sistemáticas, integradas e contextualizadas que promovam o desenvolvimento de competências e sejam capazes de inculcar nos alunos um conjunto de
PRÁTICAS E MODELOS DE AUTO-AVALIAÇÃO DAS BE || MARGARETE L. RODRIGUES || 2010
valores e atitudes relacionados com o uso adequado da informação.” (Ross Todd, op. cit., p. 4). “O destino final da viagem não é um aluno ou uma comunidade proficiente em literacias da informação, mas sim o desenvolvimento de indivíduos e comunidades educativas com capacidade crítica e abertos ao conhecimento “ (idem, ibidem, p. 6). 11 Engloba aspectos das áreas-‐chave “Condições de Acesso. Qualidade da Colecção” e “Gestão da BE”, mencionados no texto da sessão “A Biblioteca Escolar: desafios e oportunidades no contexto da mudança”, p. 3. 12 V. o texto da sessão “A Biblioteca Escolar: desafios e oportunidades no contexto da mudança”, p. 2. 13 Ross Todd, op. cit., p. 5. Ainda sobre essa necessária “omnipresença” da BE, leia-‐se o seguinte excerto de “The Role of the School Library Media Specialist in the 21st Century -‐ ERICDigest” : “School libraries have no boundaries. The "library" is not a place; rather, library is everywhere. This means that school library media specialists should not be cloistered within the walls of the library and within the constraints of scheduled library time. Beyond the school environment, students will need to make library skills part of their daily lives. Information problem-‐solving skills help students on a daily basis.”