A biologia como ciência,história...

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 História da biologia Origem: Wikipédia, a enciclopédia livr e. As reflexões sobre o fenômeno da vida, sua origem e processos, emergiram em várias civilizações e culturas, ao longo do tempo histórico. Em um primeiro momento, o objeti vo do homem em obter conheci mento sobre o mundo nat ural, volta va -se ao desenvolvimento de técnicas que garantissem sua sobrevivência. [1] Nos seus primórdios, o ser humano aprendeu a utilizar as plantas e os animais em seu proveito. Aprendeu a evitar plantas venenosas e como tratar os animais. E ao observar o comportamento destes últimos, pode adotar técnicas de caça. Partindo também dos conhecimentos acerca da utilidade e da época de frutificação de diversos vegetais, desenvolveu a agricultura, aprendendo assim, a garantir, de maneira mais regular e segura o sustento das comunidades. Antiguidade Gravura do século XVI, por Martin Heemskerck, representando os Jardins suspensos da Babilónia  Na Mesopotâmia, sabia-se que o pólen podia ser utilizado para fertilizar plantas. Elementos do mundo vivo eram já utilizados como objetos de comércio em 1800 a.C., durante o período Hammurabi , especialmente as flores. Os povos orientais já tinham conhecimento do fenômeno da polinização em palmeiras e do fenômeno do dimorfismo sexual em várias espécies vegetais.  Na Índia, textos descreviam variados aspectos da vida das aves. No Egipto, a metamorfose de insectos e anfíbios eram descritos. Egípcios e babilonios detinham um conhecimento apreciável da anatomia e fisiologia de diversas formas de vida. Na Mesopotâmia, animais eram mantidos no que hoje podemos considerar como um dos  primeiros jardins zoológicos. (jardins botânicos: babilônia)  No Egipto, o conhecimento anatômico que aquele povo adquiriu sobre a anatomia do corpo humano e de outros animais, ficou registrado em baixos r elevos e papiros . Estes eram utilizados na prática do embalsamento, po is a mesma requeria um amplo conhecimento do corpo humano. No entanto, durante este período, a superstição estava, quase que invariavelmente, associada ao conhecimento objetivo. Na Babilónia e Assíria,

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História da biologiaOrigem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

As reflexões sobre o fenômeno da vida, sua origem e processos, emergiram em várias

civilizações e culturas, ao longo do tempo histórico. Em um primeiro momento, oobjetivo do homem em obter conhecimento sobre o mundo natural, voltava-se aodesenvolvimento de técnicas que garantissem sua sobrevivência.[1] Nos seus primórdios,o ser humano aprendeu a utilizar as plantas e os animais em seu proveito. Aprendeu aevitar plantas venenosas e como tratar os animais. E ao observar o comportamentodestes últimos, pode adotar técnicas de caça. Partindo também dos conhecimentosacerca da utilidade e da época de frutificação de diversos vegetais, desenvolveu aagricultura, aprendendo assim, a garantir, de maneira mais regular e segura o sustentodas comunidades.

Antiguidade

Gravura do século XVI, por Martin Heemskerck, representando osJardins suspensos daBabilónia 

 Na Mesopotâmia, sabia-se que o pólen podia ser utilizado para fertilizar plantas.Elementos do mundo vivo eram já utilizados como objetos de comércio em 1800 a.C.,durante o período Hammurabi, especialmente as flores. Os povos orientais já tinhamconhecimento do fenômeno da polinização em palmeiras e do fenômeno do dimorfismosexual em várias espécies vegetais.

 Na Índia, textos descreviam variados aspectos da vida das aves. No Egipto, ametamorfose de insectos e anfíbios eram descritos. Egípcios e babilonios detinham umconhecimento apreciável da anatomia e fisiologia de diversas formas de vida. NaMesopotâmia, animais eram mantidos no que hoje podemos considerar como um dos

 primeiros jardins zoológicos.

(jardins botânicos: babilônia)

 No Egipto, o conhecimento anatômico que aquele povo adquiriu sobre a anatomia docorpo humano e de outros animais, ficou registrado em baixos relevos e papiros . Esteseram utilizados na prática do embalsamento, pois a mesma requeria um amploconhecimento do corpo humano. No entanto, durante este período, a superstição estava,quase que invariavelmente, associada ao conhecimento objetivo. Na Babilónia e Assíria,

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órgãos de ani ais eram usados para prever o futuro, e no Egi pto, uma grande dose de

misti ismo envolvia a práti a médi a.

Durante o per íodo greco-romano, os estudiosos começam a dar mais ênfase e utili açãoa métodos racionalistas.

Ar istóteles tornou-se, na Antiguidade clássica, um dos mais inf luentes e impor tantesnaturalistas. Atingiu tal estatuto, fruto do seu apurado trabal o de observação da

natureza, sobretudo no que diz respeito ao compor tamento e caracter ísticas dos animaise plantas. Desenvolveu um trabal o relacionado com a categor ização dos seres vivos,

tendo sido o pr imeiro a formular um sistema de classif icação, baseado na distinção entreanimais com sangue e animais sem sangue. Constatou a existência de órgão homólogos

e análogos em vár ios grupos de seres vivos. O seu trabalho foi de tal modo impor tante,que a sua inf luência e idéias perduraram durante séculos.

O sucessor de Ar istóteles, Teofrasto, foi o autor de inúmeros trabalhos sobre bot nica

( Historia Plantarum) que sobreviveram como sendo os mais impor tantes contr i butos para esta área até à Idade Média.

 Na Roma Antiga, Plínio, o Velho elabora um compêndio, o Naturalis Histor iae, sobre

todo conhecimento sobre histor ia natural registrado até aquele momento.

Poster iormente, mas ainda em Roma, Galeno tornou-se num pioneiro nas áreas da

medicina e anatomia.

[edi ] Idade Média

A Idade Média é por muitos considerada como a idade das trevas, no que

também diz respeito ao avanço do conhecimento científico. No tangente

às ciências biológicas, poucos avanços foram feitos neste período.

 No mundo árabe, grande par te da literatura da Grécia Antiga, incluído as obras de

Ar istótles, foram traduzidas e desta forma este conhecimento permaneceu preservado.

Alguns pensadores árabes adicionaram às observações de Ar istóteles alguns

conhecimentos produzidos através da exper imentação. De par ticular relevo encontra-se

o trabalho de al-Jahiz (776-869):  K itab al Hayawan ( Livro dos animais). Nesta obra, oautor discorre sobre var iados assuntos, entre os quais há que fr isar os que dizem respeitoà organização social de insectos (especialmente formigas), à psicologia e comunicaçãoanimal. Par te da obra sobreviveu até aos nossos dias, encontrando actualmente numa

 bi blioteca em Milão.

Durante o século XIII, Al ber to Magno escreveu De Vegetabilis et Plantis e De

animalibus(por volta de 1260). Este autor deu especial relevância à reprodução esexualidade das plantas e animais. Na pr imeira obra, há a destacar a diferenciação entre

 plantas monodicotilodôneas e dicotiledôneas e entre plantas vasculares e não vasculares.

mesmo sendo um ar isótélico, Al ber to Magno adotou uma atitude cr ítica, quanto as

af irmações de Ar istóteles. Chegou a af irmar que O objectivo da ciência natural não é

 simplesmente aceitar as afirmações de outros, mas investigar as causas que operam na

natureza. Chegou a dedicar um capítulo inteiro, numa de suas obras, ao que ele chamou

de erros de Aristóteles. Tal como Roger Bacon, seu contemporâneo, Al ber to Magno

estudou intensivamente a natureza, utilizando de modo intensivo o método

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experimental. Em De veget  ¡ 

ili¢  relata que:£ 

exper i¤  ent  ¥ 

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§  é o úni ̈ o meio seguro emt   i s investi gações. Em termos do estudo da botânica, os seus trabalhos são comparáveis,em importância aos de Teofrasto. Alberto Magno era um [[Doutor da Igreja], tendocomo objetivo cognitivo de sua prática como historiador natural, o desvendamento do

 plano divino, que deveria se manifestar por todo o mundo natural. Compreender estemundo natural era compreender o plando divino. Este tipo de posicionamento de

Magno, comprova a inexistência de um conflito entre ciência e religião no trabalho deum prolífico naturalista.

Talvez o principal legado da Idade Média para o avanço do conhecimento científico naárea das ciências biológicas tenha sido o estabelecimento de inúmeras universidades quefuncionaram como embriões do pensamento e método científico à serem impostos pela,

 posterior revolução científica promovida pelos trabalhos deGalileu e Newton. NaEuropa foram fundadas as primeiras universidades por volta de 1200 (Paris, Bologna eOxford). Muitos documentos gregos e árabes começaram a ser traduzidos, produzindoavanço em várias áreas do conhecimento, inclusive aBiologia e a Medicina.

[editar RenascençaGarcia da Orta estudou a aplicação medicinal das plantas, conhecimento que deixou nasua obra C ol 

© 

  uios dos S impl es e Drogas das C ousas Med i  inai s da Índ ia

[editar Tempos modernos

[editar Século XV e Século XV

Capa da obra de Lineu: Syst ema Nat urae (1758)

Em 1628, William Harvey demonstra a dinâmica da circulação dosangue e que estes é bombeado pelocoração. Com a utilização do microscópio por Antony vanLeeuwenhoek, por volta de 1650, um novo mundo se abre para os naturalistas: o mundomicroscópico.

Em 1658, Jan Swammerdam tornou-se o primeiro a observar eritrócitos, enquanto queLeeuwenhoek, por volta de 1680, observou pela primeira vez protozoários e bactérias.

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Durante os séculos XVII e XVIII, grande ênfase foi dada à classificação, nomeação esistematização dos seres vivos. O expoente máximo desta actividade foiLineu. Em1735 publicou o seu sistema taxonómico, baseado nas semelhanças morfológicas entreseres vivos e na utilização de uma nomenclatura binominal (nomes científicos) emlatim.

(focar: importância dos descobrimentos) (novamente: jardins botânicos) (exploradores)

A descoberta e descrição de novas espécies tornou-se nessa época, uma empreitadageneralizada no meio dos historiadores naturais.

[editar Século X X

Darwin caricaturado como macaco.

Apesar de iniciar seus trabalhos no século XVIII, Lamarck expoêm sua teoriatransformista em um discurso proferido em 1800 e de forma mais elaborada em 1809,em sua obra "Filosofia Zoológica". Por não apresentar um mecanismo evolutivo viável,sua teoria recebeu pouca aceitação.

Da mesma forma que Lamarck, Georges Cuvier inicia seus trabalhos, ainda no séculoXVII, mas a maior parte de sua produção se daria no primeiro quarto do século XIX,influenciando toda a geração de naturalistas do período pré-darwiniano. Apóscomprovar o fenômeno da extinçãoGeorges Cuvier formulou as leis da AnatomiaComparada, possibilitando assim, as reconstruções paleontológicas. Através destasreconstruções, os seres extintos, somente encontrado na forma fóssil, poderiam compor,

 juntamente com os viventes, um único sistema de classificação, que abrangeria toda aHistória Natural do Globo ao longo do tempo. Este expansão dos limites do tempo,além da possibilidade de se visualizar sequencias evolutivas através de comparaçõesentre espécies reconstruidas paleontologicamente, foram o legado deGeorges Cuvier ,um fixista, para a biologia evolutiva.[2].

Em 1833, foi sintetizada artificialmente a primeira enzima (diastase): uma nova ciência,a bioquímica, começa a dar os primeiros passos.

Em 1839 Mathias Schleiden e Schwann propõem a sua teoria celular, que estabelecia acélula como unidade básica de constituição dos organismos e que as mesmas eram

 produzidas por céluals pré-existentes.

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Por volta de 1850, a teor ia miasmática da doença foi ultrapassada pela nova teor iagerminal da doença. O método antiséptico tornou-se prática usual na actividade médica.

Após realizar a circunavegação a bordo do H.M.S.Beagle(1831-1836) o naturalista br itânico Char les Darwin, retorna a Inglaterra e produz diversos trabalhos nas áreas da

Geologia e da Histór ia Natural. Através das reconstruções paleontológicas dos

espécimes coletados naquela viagem e de estudos na área da Anatomia Comparada,além das observações sobre o meio ambiente (orgânico e inorgânico)Darwin passou aelaborar sua teor ia evolutiva. passou vinte e dois anos preparando um "Grande Livro" 

sobre o assunto, quando recebeu um estudo enviado pelo jovem naturalista Alfred

Russel Wallace, que também versava sobre mecanismos evolutivos. Aconselhado pelogeólogo Char les Lyell e pelo botânicoJoseph Hooker , Darwin submeteu seu trabalho

sobre Seleção Natural, juntamente com o estudo de Wallace, para ser lido em sessão daLinnean Society of London (1858). No ano seguinte Char les darwin pubicava sua

grande obra A Origem das Espécies (1859) na qual descreve a selecção natural comomecanismo pr imár io da evolução. Esta teor ia se desenvolveu no que é agora

considerado o paradigma central para explicação de diversos fenômenos na Biologia

Em 1866, a genética dá os seus pr imeiros passos graças ao trabalho de um monge austr íaco, Gregor Mendel. Nesse ano, formulou as suas leis da hereditar iedade. No

entanto, o seu trabalho permaneceu na obscur idade durante 35 anos.

Por volta de 1880, Rober t Koch introduziu métodos para fazer crescer culturas puras de

microorganismos, utilizando placas de Petr i contendo ágar e nutr ientes específ icos. A

disci plina da bacter iologia começava assim a tomar forma. Introduziu também aquilo a

que se vir ia a chamar de postulados de Koch, permitindo através da sua utilização, à

determinação concreta que um microorganismo provoca uma doença específ ica.

A geração espontânea, crença que af irmava a possi bilidade de poder aparecer vida a

 par tir de matér ia não viva, foi f inalmente desacreditada por via de exper iências levadasa cabo por Louis Pasteur .

O citologista Walther Flemming, em 1882, tornou-se no pr imeiro a demonstrar que os

estágios diferenciados da mitose não eram fruto de ar tefactos de coloração das lâminas

 para observação microscópica. Assim, estabeleceu-se que a mitose ocorre nas células

vivas e para além disso que o número cromossómico duplicava em número mesmo

antes da célula se dividir em duas. Em 1887, August Weismann propôs que o número

cromossómico ter ia pois que ser reduzido para metade, no caso das células sexuais(gametas). Tal proposição tornou-se facto quando da descober ta do processo da meiose.

[edi ar] Sécul XX

 No início do século XX, em 1902, o cromossomo foi identif icado como a estrutura que

aloca os genes. Desta forma, o papel central dos cromossomas na hereditar iedade e nos

 processos de deselvolvimento foi estabelecido. O fenómeno de linkage genético e a

recombinação de genes em cromossomas durante a divisão celular foram explorados,

em par ticular por Thomas Hunt Morgan, através de organismo modelo: a drosophila

melanogaster .

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Entre as décadas de tr inta e quarenta, através de diversos trabalhos, nas áreas da

zoologia, paleontologia, genética de populações e etc., foi proposta uma síntese entre ateor ia da Seleção Natural e a Genética. Esta f icou conhecida como a Moderna Síntese

Evolutiva, Nova Síntese Evolutiva ou Neodarwinismo. Por passar a or ientar ostrabalhos da Biologia, concomitante ao apor te de dados que as pesquisas biológicas

 passaram a lhe proporcionar, a Moderna Sintese Evolutiva, pode ser considerado como

o paradigma das ciências biológicas.[3]

 

Oswald Avery, em 1943, mostrou concludentemente que era o DNA e não as proteínas,

que compunham mater ial genético dos cromossomos. Em 1953, James Watson e

Francis Cr ick demonstraram o funcionamento e a estrutura em dupla hélice do DNA . Anatureza do código genético foi exper imentalmente desvelada a par tir do trabalho de

 Nirenberg, Khorana e de outros, no f inal da década de 50. Esta última descober ta aliadaà descober ta da pr imeira enzima de restr ição em 1968 e da técnica de PCR em 1983,

 proporcionaram o impulso da ciência a que ho je damos o nome de biologia molecular .

Em 1965, foi demonstrado que células normais em cultura dividiam-se apenas umnúmero limitado de vezes (o limite de Hayf lick ), envelhecendo e morrendo depois. Por 

volta da mesma altura, descobr iu-se que as células-tronco eram uma excepção a estaregra e começou-se o seu estudo exaustivo. O estudo das células-tronco toti potentes 

começou a ser crucial para se entender a biologia do desenvolvimento, levando também

à esperança de aparecimento de novas aplicações médicas de impor tância relevante. O

estudo dos organismo, da sua reprodução e da função dos seus órgãos, passou a ser 

efectuado no nível molecular . O reducionismo constituitivo na análise dos processos

 biológicos voltados ao funcionamento dos organismos, tornava-se cada vez maistr iunfante e promissor. Mesmo os processos de classif icação científ ica dos organismos,

especialmente a cladística, passou a utilizar dados moleculares como as sequências de

DNA e RNA como caracteres a ter em conta.

 Nos meados da década de 80, como consequência do

traba

lho p

ione

iro de Woese (sequenciação RNA r i bossomal do ti po 16S), a própr ia árvore da vida tomou nova

forma. De uma classif icação em dois domínios, passou-se a uma classif icação em três

domínios: Archaea, Bacter ia e Eukarya.

A par tir de 1983, com a descober ta dos genes homeobox, muitos dos processos de

morfogénese dos organismos, do ovo até ao adulto, começaram a ser descober tos,

começando pela mosca-da-fruta, passando por outros insectos e animais, incluindo o

Homem. Estas descober tas também levaram a alguns teór icos elaborar um "Segundo

Pilar " para a teor ia evolutiva vigente, a qual não consegue explicar algumas questões

concernentes à restr ições e direcionamentos evolutivos, que se apresentam na f ilogeniade diversas espécies. Esta teor ia complementar é conhecida como Biologia Evolutiva do

Desenvolvimento, Biologia Evolucionár ia Desenvolvimental ou simplesmente Evo-Devo.

Apesar do processo de clonagem em plantas  já ser conhecido há milénios, somente em

1997 o pr imeiro animal, a ovelha Dolly, foi clonado através do processo detransferência de um núcleo de célula somática para o citoplasma de um ovócito 

anucleado (processo de transferência nuclear). Poucos anos mais tarde, outrosmamíferos foram clonados pelo mesmo método: cães, gatos e cavalos.

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Hi ria da Bi l ia 

O início do estudo da biologia se deu a par tir da pr imeira classif icação dos animais,

feito pelo grego Ar istóteles, que conseguiu catalogar cerca de 500 espécies em estilomoderno.

  No século XIV, em 1316, o professor da escola de medicina de Bolonha, o italianoMondino de Luzzi, publicou o pr imeiro livro conhecido como a anatomia humana.

Cerca de três séculos após a publicação, surgiu a teor ia da Evolução, elaborada pelos

 biólogos ingleses:  Char les Rober t Darwin e Alfred Russel Wallace. Segundo eles, osorganismos das plantas e dos animais estão sempre em processo de mudança.

Mas, uma das maiores descober tas foi feita somente no século XX, em 1944, quando o

 bacter iologista nor te-amer icano Oswald Theodore Avery, descobr iu que o DNA (ácido

desoxirr i bonucleico) era a matér ia-pr ima da qual são feitos os genes, ou se ja, é a par tir desta molécula que f ica escr ito o código genético. A par tir de então, os cientistas

(biólogos) conseguiram desvendar alguns enigmas a respeito da ciência.

ABIOLOGIA - ETAPAS DO MÉTODO CIENTÍFICO Você é dessas pessoas cur iosas, que observam o mundo com atenção e procuram

realmente compreende-lo? Que levam sempre em conta o que já se conhece sobredeterminado assunto antes de tirar suas conclusões?

Em caso af irmativo, seu procedimento segue alguns dos pr incí piosdo método

empregado pelos cientistas para fazer ciência.

Mas o que é ciência, af inal? Em linhas gerais, pode-se def inir ciência como um método

r igorosopara investigar a natureza, tentando explicá-lade acordo com regras lógicas. Nessa empreitada, o cientista utiliza procedimentos -métodos científ icos ± que se

assemelham aos empregados pelos detetives em suas investigações.

Tanto o cientista quanto o detetive observam cuidadosamente os fatos e tentam explica-los. Cada novo fato descober to pode for talecer uma explicação, ou desacreditá-la.

Em alguma medida, podemos e devemos agir "cientif icamente" em nossa vida

cotidiana, recorrendo a cer tos procedimentos lógicos para descobr ir como as coisas

funcionam ou por que elas acontecem. Agimos cientif icamente quando, a par tir da

observação de determinado acontecimento, temos um " pal pite" de por que ele estáocorrendo; esse " pal pite" é o que os cientistas chamam de hi pótese. Por exemplo, você

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liga a televisão e ela não funciona.

Seu pr imeiro pal pite será, provavelmente, que a televisão não está ligada à tomada.Para

testar essa hi pótese, basta olhar o cabo de alimentação. Se ele estiver ligado à tomada,você re jeitaráa hi pótese e formulará outra, que possivelmente será: está faltando energiaelétr ica.

Para testar essa nova hi pótese, você poder ia, digamos, tentar acender a luz ou ligar outroaparelho elétr ico. Em nosso dia-a-dia, essas atitudes podem a judar-nos a tomar decisão.

O procedimento científ ico é, por tanto uma ferramenta poderosa à nossa disposição que

 pode ser útil para melhorar nossa compreensão do mundo.

Você está preste a começarum estudo de alguns dos ramos da Biologia. Que vantagemum futuro professor de Educação Física ter ia ao estudar essa disci plina? Sem exageros,

as vantagens são muitas. Além de entender como os organismos funcionam, vocêcompreende a intr incada rede biológica do qual fazemos par te, juntamente com todos os

outros seres vivos da terra.

Um conhecimento mais aprofundado sobre o fenômeno da vida permite entender melhor a causa das doenças, possi bilitando assim sua cura e prevenção. Conhecer 

melhor a trama da vida é fundamental para que possamos atuar, como cidadãos

conscientes, na busca de soluções para um dos maiores desaf ios da humanidade: a

 preservação do ambiente terrestre.

 Novíssimos campos de pesquisa biológica como a Biotecnologia e a Engenhar iaGenética, têm dado à humanidade enorme poder de modif icar a natureza. Ho je já é

 possível, por exemplo, cr iar var iedades de organismos antes inexistentes, produzir cópias idênticas de um organismo adulto ou mesmo prever doenças antes que elas se

manifestem.

A utilização ou não desses conhecimentos deve ser decidida pela sociedade, e esse é um

dos motivos pelos quais você, como cidadão, precisa conhecer os fundamentos da

ciência biológica. Além de tudo, ao estudar Biologia Humana, você entrará em contatocom o modo científ ico de pensar e proceder, o que poderá provocar mudanças positivas

em sua vida.

Etapas do método científ ico

1.  Observação: análise cr ítica dos fatos.

2.  Questionamento: elaboração de uma pergunta ou identif icação de umproblema aser resolvido.

3.  Formulação de hi pótese: possível resposta a uma pergunta ou solução de um problema.

4.  Realização de dedução: previsão possível baseada na hi pótese.

5.  Exper imentação: teste da dedução ou novas observações para testar a dedução.

Ao se realizar o exper imento deve-se trabalhar com grupo de controle.

6.  Conclusão; Etapa em que se aceita ou se re jeita uma hi pótese.

Ex. Um estudante decidiu testar os resultados da falta de determinada vitamina na

alimentação de um grupo de ratos. Colocou então cinco ratos em uma gaiola e retirou de

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sua dieta os alimentos r icos na vitamina em questão. Após alguns dias, os pêlos dos

ratos começaram a cair. Concluiu então que esta vitamina desempenha algum papel nocrescimento e manutenção dos pêlos. Esta exper iência esta cer ta?