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A CIDADE E SEUS POVOADOS

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Mapa do Município de Tobias Barreto

O Município de Tobias Barreto, a princípio, chamou-se Rio Real

de Cima; depois, Campos do Rio Real. Mais tarde, Campos, por força

de decreto lei Estadual nº 377, de 31 de dezembro de 1943, passou a

donominar-se Tobias Barreto, numa homenagem ao seu filho ilustre,

Tobias Barreto de Menezes, poeta, filósofo e jurisconsulto, consagrado

nos mais altos meios culturais no Brasil e no exterior.

Sua fundação se deu entre 1599 e 1622, pelo célebre sertanista

Belchior Dias Moréia, sendo criada a sua Freguesia em 20 de outubro de

1718, pelo arcebispo da Bahia, Dom Sebastião Monteiro da Vide. Algum

tempo depois, precisamente em 17 de janeiro de 1835, era criada a Vila

de Campos.

Em 23 de outubro de 1909 pela lei de nº 550, passava de Vila

para Cidade de Campos. E como já falamos em 31 de dezembro de

1943, passou de Campos para Tobias Barreto.

Tobias Barreto está localizado na região centro-sul do Estado,

entre o Rio Real e o Rio Jabiberi. Possui uma área de 1.033 km², que é

localizada também na microrregião do Agreste ou do Sertão do Rio

Real. É divisa com o Estado da Bahia a Oeste; os municípios de Poço

Verde, Simão Dias e Riachão do Dantas, ao Norte; Itabaianinha e Tomar

do Geru, ao Leste.

A cidade possui uma população estimada em 47.265 habitantes,

de acordo com o último censo realizado em 2007 pelo IBGE (Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatística). Desse contingente populacional,

aproximadamente 10% vivem em condições precárias, necessitando da

intervenção das Políticas Públicas, o que demanda o Índice de

Desenvolvimento Humano (IDH) muito baixo. Segundo a classificação

do Programa das Nações Unidas Para O Desenvolvimento (PNDU), esse

índice é de 0, 596. Em relação aos outros municípios do Brasil, Tobias

Barreto apresenta uma situação ruim, ocupando a 4.724ª posição.

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Em relação aos municípios do Estado, Tobias Barreto ocupa a 55ª

posição em relação ao IDH, sendo que 54 municípios (72%) estão em

situação melhor, e 20 municípios (28%) em situação pior ou igual.

A população infanto-juvenil é estimada em 14.630. Desse total,

um percentual de aproximadamente 10% ainda está fora da escola. O

fato mais agravante dessa população vem se constituindo por estar

localizada numa região de fronteira, o que favorece a expansão de

problemas relacionados com a exploração sexual, prostituição infantil,

exploração do trabalho Infantil e a Pedofilia, que atinge principalmente

a classe baixa, desestruturando e tornando vulnerável, desta forma, a

instituição FAMÍLIA.

Diante da realidade do Município de Tobias Barreto que, apesar

de ser portador de uma rede de Assistência Social eficiente, podemos

constatar que as famílias de renda baixa estão cada vez mais

vulneráveis necessitando de maior intervenção. Essa vulnerabilidade

está dada principalmente na estrutura desigual e excludente da

sociedade atual, onde os problemas sociais podem provocar na família

várias mudanças consideráveis em seu inter-relacionamento, bem

como acarretar uma série de consequências desastrosas. Por isso, essas

famílias podem ser vistas como último elo de uma corrente que, muitas

vezes, expressa de forma sintomática o abandono e a violência

produzida em outras instâncias, ressaltando os casos de prostituição

infantil, aumento do índice de crianças no trabalho infantil e famílias

desempregadas nos bairros periféricos deste município.

A sobrevivência da população provém em sua maioria da

agropecuária, artesanato, bordado e do comércio, sendo o segundo o

seguimento de maior relevância.

Na década de 70, Tobias Barreto começou a se destacar no

comércio de confecção em geral, inclusive, bordados, chamados

richelieu. As mulheres saiam dos povoados para venderem-nos na

cidade e os baianos começaram a frequentar Tobias para comprá-los.

Foi aí que surgiu a Feira da Coruja (meia-noite). Em 1986, o centro

comercial de Tobias Barreto foi inaugurado, e para onde a feira foi

transferida. Hoje, o comércio de confecções da cidade decaiu muito,

principalmente por causa do valor dos impostos que os comerciantes

têm de pagar. Alguns fecharam suas portas e outros encontraram como

forma de se libertar da política tributária do Estado, mudando-se para o

Povoado Lagoa Redonda, do vizinho município de Itapicuru, na Bahia.

Depois que a ponte que separa os Estados de Sergipe e Bahia foi

construída, mais de 70 empresas já se instalaram naquele povoado

baiano.

Apesar de a produção de bordados de Tobias ter decaído, o

município ainda mantém a tradição secular desse tipo de arte.

Presença de destaque em vários eventos culturais, o artesanato de

Tobias Barreto é famoso em todo o Estado.

Com mais de 1000 km² de área, a ocupação e utilização do solo

são muito bem planejadas. A sua agricultura é bem desenvolvida

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porque conta com o apoio do Governo Estadual, na construção de

açudes, para melhorar a produção de hortifrutigranjeiros.

Destacam-se entre os produtos agrícolas, o milho, seguido do

feijão, maracujá e batata doce. A criação está pautada nos rebanhos

bovinos, ovinos, suínos, equinos e nos galináceos. Há também projetos

de piscicultura, com o aproveitamento da água das represas.

Existem no Município de Tobias Barreto aproximadamente 11.831

estabelecimentos com predominância para agricultura familiar, e renda

anual de R$ 2.000,00.

Tobias Barreto ficou famoso em todo Estado de Sergipe pelo seu

artesanato de linha (bordados) e de tecido. Vale ressaltar a

COOPERBORDADOS como a entidade que aglutina artesãos e mantém

viva a história do artesanato no município. A criação da cooperativa

consolidou o artesanato de bordados no município de Tobias Barreto,

de modo que tal empreendimento teve tamanha repercussão, que tem

sido apresentado em alguns estados brasileiros e em países como

Espanha, Portugal, Chile e Nicarágua, o que demonstra uma franca

ampliação de mercado.

O trabalho de COOPERBORDADOS tem reconhecimento

nacional e, graças a ela, o Município de Tobias Barreto recebeu em

2002 o selo “Mário Covas”, como município empreendedor.

Além disso, há também os trabalhos em couro e cerâmica. Dá

suporte ainda à economia do município um Distrito Industrial, por meio

da produção de bordados e de confecções.

A atividade comercial conta com o apoio da Câmera dos

Dirigentes Lojistas de (CDL), desse município.

Grande parte do que é produzido no município é vendido

diariamente no seu movimentado comércio, no Distrito Industrial (Pop

Show / Imperador dos Tecidos) e também na feira, que acontece todas

as segundas-feiras.

São fontes de receitas do município: IPTU, ICMS, IPVA, FPM, FNDE,

ISS e outros.

O clima é suave, variando pouco a sua temperatura. Os meses

mais chuvosos vão de março a agosto, e a precipitação pluviométrica

atinge, no período, 1.900 mm. A media das máximas é de 29 graus

centígrados, e a das mínimas, 22 graus.

Na vegetação, predominam os campos destinados à pecuária.

Seus principais rios são: Rio Real, Rio Jabiberi, Caripau, Jacarezinho,

Mocambo, Itamirim, Pastorado e Guaracema. O relevo é pouco

acidentado, apresentando-se como uma grande planície, rodeada de

serras, como, por exemplo, as do Jabiberi, Arruda, Boqueirão, Macota,

Evangelista ou Gangogi, Capitoa, Cosme, Palmares, Catramba,

Cavalos, Oiti, Papagaios, Barriga, Saquinho, Babu, e a maior de todas e

a mais falada, a Serra do Canine.

Ainda sobre o assunto dos rios, procuraremos esclarecer algumas

dúvidas que pairam entre alguns pesquisadores sobre as nascentes dos

rios Rio Real e Jabiberi. O primeiro nasce ao sul da Fazenda Pedra

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Furada, no Estado da Bahia, a dez ou doze léguas da sede, passando

por elas depois de percorrer toda a parte do oeste do município. Já o

segundo nasce em um lugar denominado Barra e vai desaguar no Rio

Real, bem próximo à sede, após um percurso de 30 km, recebendo os

riachos Salgado, Sena, Eliseu, Pedra, Pai Chico, Quixaba e a Gravata. O

Rio Real deságua no Oceano Atlântico, juntamente com o Rio Piauí,

através do imenso estuário (estuário dos rios Piauí-Real, conhecido

como estuário do Mangue Seco).

A distância entre Tobias Barreto e a Capital Aracaju é de 127 km

e, em linha reta, é de 108 km. Outros municípios, abaixo relacionados,

que ficam perto do nosso, mantêm a seguinte distância da Capital

sergipana:

Itabaianinha ............................ 28 Km

Tomar do Gerú ....................... 75 Km

Riachão do Dantas ................. 33 Km

Simão Dias ....................... 75 Km

Poço Verde ....................... 55 Km

Itapicuru – BA ....................... 26 Km

Do nível do mar, Tobias Barreto fica a 180 metros acima,

classificando-se entre as oito cidades de maior altitude do Estado. Suas

coordenadas geográficas são: longitude 37.99º e latitude 11.18º (dados

do IBGE).

Atualmente o município possui 36.088 eleitores aptos a votar.

Conforme dados do tribunal Regional Eleitoral, Tobias Barreto é o sétimo

Colégio Eleitoral do Estado, ficando atrás apenas de Aracaju, Nossa

Senhora do Socorro, Lagarto, Itabaiana, São Cristóvão e Estância.

Os dados da Secretaria de Finanças apontam para 9.239

domicílios e 1385 terrenos registrados no cadastro do IPTU (Imposto

Predial e Territorial Urbano). No comércio existem 936 casas comerciais,

576 prestadoras de serviços, 22 indústrias, 03 telheiros, 19 edifícios, 222

galpões, 01 Hospital (Hospital São Vicente de Paulo), 07 unidades de

saúde (Centro de Saúde II, SESP, Centro de Saúde João de Souza

Andrade, Consultório Odontológico do Colégio Tobias Barreto, Unidade

da Família Conjunto Padre Pedro, Unidade da Família CAIC, e Unidade

da Família, Conjunto Maria do Carmo), contando ainda com o IPES.

Hoje a cidade possui um supermercado grande, o G Barbosa,

além de 08 supermercados de médio porte. Temos também um

“Shopping” de médio porte, que é a loja BIS. São 12 farmácias, 08

padarias, 10 restaurantes, 11 pousadas, 02 hotéis, e tem também uma

média de 48 bares em toda a cidade. Há ainda lojas de cama, mesa e

banho, lojas de bordados; em síntese, são várias lojas de confecções

espalhadas por toda a cidade. A população se diverte nos 03 clubes

da cidade a saber: Clube Social de Tobias Barreto, Espaço Águia e

Associação Atlética Banco do Brasil (AABB).

Tobias Barreto possui uma média de 15.209 ligações elétricas, em

todo o seu município. Esses dados foram fornecidos pela Sulgipe (Cia Sul

Sergipana de Eletricidade) em 18/04/2008. A nossa água foi inaugurada

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em 22 de setembro de 1965. A firma naquela época era CAENE, e a

água vinha das barragens do Jabiberi. Nesse período, Tobias Barreto

tinha 6.200 habitantes. Depois, veio a DESO (Companhia de

Saneamento de Sergipe), quando a água passou a vir da Capoeira, no

Estado da Bahia, isso em 07/06/1984. Hoje, a DESO conta com 11.032

ligações domiciliares em todo município. A ultima mudança da DESO foi

através do Governo Estadual realizada em 27/04/2009. Trazendo água

da barragem do Jabiberi. Na estação de tratamento de água, utilizam-

se produtos químicos, como sulfato de alumínio, cloro e flúor.

A cidade conta hoje com quatro agências bancárias: Banco do

Estado de Sergipe (BANESE), Banco do Brasil S/A, Caixa Econômica

Federal e Banco do Nordeste do Brasil (BNB). Ainda existe o Bradesco

(Banco Brasileiro de Descontos S/A) que funciona na agência dos

Correios - ECT (Empresa Brasileiro de Correios e Telégrafos), que atende

em média de 300 pessoas por dia, desde o atendimento bancário, até

o envio de correspondências em geral.

Em matéria de comunicação impressa, Tobias possuíamos até

2008 o “Jornal Styllo, do saudoso jornalista Alberto Falk. Hoje, possuímos

três jornais de circulação: o “Mega Styllo”, “Tobias Barretu’s com Styllo”

e o informativo “Gloss”.

Em termos de telefonia, Tobias Barreto possui um posto da

TELEMAR, (onde era a TELERGIPE), que oferece serviços telefônicos

urbanos e interurbanos. Há também serviços de telefonia celular,

através de várias operadoras em nosso município. Contamos também

com serviços de alto-falante por toda a cidade por meio de carros de

som e motos sonorizadas, fazendo propagandas por todas as ruas.

Quanto ao sistema de televisão, existem quatro repetidoras, a saber:

canal 5, SBT; 6, TV Diário; 7, Rede TV e 13, Bandeirantes. Mas na maioria

das casas residenciais já existe parabólica, melhorando assim os sinais

das suas TV’s. Em relação ao sistema de rádio difusão, temos a rádio

mais antiga fundada por Luiz Alves de Oliveira Filho, a Rádio Imperatriz,

que hoje se chama: Rádio Ilha, inaugurada em 15 de agosto de 1990. A

segunda rádio a ser inaugurada foi a Rádio Clube, em 23 de setembro

de 1991, que fica na Lagoa Redonda, município de Itapicuru-BA, mas

que tem toda a programação voltada para Tobias Barreto. E a mais

nova rádio, a FM Luandê, cujo proprietário é o Ex-prefeito Diógenes

José de Oliveira Almeida, inaugurada em 20 de agosto de 2005.

Tobias Barreto possui também algumas quadras de esporte e um

Ginásio de Esporte do SESI, coberto, que leva o nome de Maria Rosa de

Oliveira (D. Duca) inaugurado em 30 de outubro de 1988. Temos

também o Estádio de Futebol o “Brejeirão”, inaugurado em 16 de

agosto de 1981. Em termos de ensino profissional, existe aqui o SENAC,

que foi inaugurado em 26 de fevereiro de 1994.

Para a segurança do nosso município hoje, há uma Delegacia

de Polícia, inaugurada em janeiro de 1981, contando com um

delegado de carreira, que comanda a Polícia Civil. E temos também

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uma Companhia de Polícia, comandada por um Capitão da Polícia

Militar do Estado de Sergipe.

Existem 14.090 alunos matriculados na redes escolares, municipal,

estadual e particular. As escolas que funcionam em nosso município:

ESTADUAIS

1ª - C. E. Abelardo Barreto do Rosário Praça: Abelardo

Barreto

2ª - C. E. Maria Rosa de Oliveira Conj. Maria do

Carmo

3ª - E. E. Dr. Albano Franco Rod. Gov.

Valadares

4ª - E. E. João Antônio César Rua: Carlos Lemos

5ª - E. E. Presidente Castelo Branco Praça: Castelo

Branco

6ª - E. E. Tobias Barreto Av. 07 de junho

7ª - E. E. R. Engº José Carvalho Rod. Gov.

Valadares

8ª - Unidade Pré-Escolar Rosinha Felipe Rua: Elias Felipe

PARTICULARES

1ª - C. Basilíscio Batista de Santana Av. Gov. João A.

Filho

2ª - Colégio Batista Integrado Rua: Carlos

Lemos

3ª - C. C. Mons. Basilíscio Raposo Praça: João

Valeriano

4ª - Colégio Construir Conj. Raimundo

Geraldo 5ª - E. E. F. e Médio Profª Iromildes de B. V. Rua Venâncio

Ramos

6ª - Instituto Educacional Cecília Meireles Largo do Glicério

7ª - Núcleo Educacional Irmã Mariele Rua Nova do

Conj. W. F.

MUNICIPAIS

Zona Urbana 1ª - E. M. E. I. Jardim de Inf. Joana Ramos Av. 7 de Junho

2ª - E. M. E. F. Santa Terezinha Av. J. David dos

Santos

3ª - E. M. E. F. Telma de Souza Almeida Av. Rotary Clube 4ª - E. M. E. F. Dr. J. Rodrigues B. de Matos Bairro Suti

5ª - E. M. E. F. Profº Nicodemos C. Falcão Conj. Padre Pedro

6ª - E. M. E. F. Paulo Freire Rua Antônio V. F. 7ª - E. M. E. F. São Vicente (Irmãs de S. Maria) Pça. Irmã Mariele

8ª - E. M. E. F. Iraildes Padilha Carvalho Rua Elias Felipe, 235

9ª - E. M. E. F. Antônio Alves Barreto Conj. Irmã

Dulce

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Zona Rural 1ª - E. M. E. F. Antonieta das V. França Água Boa

2ª - E. M. E. F. João Rod. dos Santos Barriga

3ª - E. M. E. F. Gilmara Fontes de Góis Campo Pequeno

4ª - E. M. E. F. Dep. Arnaldo Garcez Capitoa

5ª - E. M. E. F. Álvaro Alves de Matos Jabiberi

6ª - E. M. E. F. Pedro Izidio de Oliveira Montes Coelho

7ª - E. M. E. F. Nossa Srª D’Ajuda Nova Brasília 8ª - E. M. E. F. Antônio Euzébio dos Santos Roma

9ª - E. M. E. F. Amintas Leopoldino Ramos Samambaia

10ª - E. M. E. F. Italva Almeida da Fonseca Saquinho

11ª - E. M. E. F. Elisabete Leonila dos Santos Pé da Serra do

Jacaré

12ª - E. M. E. F. Elze Dantas Alagoas

13ª - E. M. E. F. Joaquim S. de Menezes Agrovila

14ª - E. M. E. F. Gertrudes Felipe da Rocha Baixão

15ª - E. M. E. F. Regina V. dos Santos Batata

16ª - E. M. E. F. Maria Amélia Ribeiro Boiadeira

17ª - E. M. E. F. Pedro Vieira de Góis Borda da Mata 18ª - E. M. E. F. João Bispo dos Santos Campestre do Abreu

19ª - E. M. E. F. Éster de Lemos Matos Candeias

20ª - E. M. E. F. Manoel E. de Santana Caraíbas

21ª - E. M. E. F. João dos Santos Araújo Curtume

22ª - E. M. E. F. Josefa Oliva de Menezes Jacaré

23ª - E. M. E. F. Salustriano Ribeiro Macacos

24ª - E. M. E. F. Zeferino de Souza Lima Matinha 25ª - E. M. E. F. José Ismael Alves Murituba II

26ª - E. M. E. F. Honorina Maria das Virgens Patos

27ª - E. M. E. F. Lídia do Amor Divino Pau de Colher

28ª - E. M. E. F. Josefa São Pedro de Jesus Sariema

29ª - E. M. E. F. Eduardo Bispo dos Santos Baixa da Jurubeba 30ª - E. M. E. F. Maria N. Rogério dos Santos Pedra de Amolar

31ª - E. M. E. F. José Cassimiro dos Santos Pilões

32ª - E. M. E. F. Auzenira G. de Santana Poço da Clara

33ª - E. M. E. F. Manoel S. dos Santos Queimada

Grande 34ª - E. M. E. F. José Geraldo Riacho Fundo

35ª - E. M. E. F. Mariana Macedo de Souza Sutero

36ª - E. M. E. F. José Roberto de Araújo Taquara

No município, funcionam os Cursos Superiores da Universidade

Tiradentes (UNIT), Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA) e

Universidade Luterana do Brasil (ULBRA). Na rede Estadual, estão

matriculados 4.892 alunos; na rede municipal, 7.884 e na rede privada,

1.314 alunos.

Datas históricas importantes para o nosso município que

deveriam ser consideradas como feriados municipais: Fundação da

Povoação entre 1599 e 1622, por Belchior Dias Moréia; Criação da

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Freguesia, em 20 de outubro de 1718, por Dom Sebastião Monteiro da

Vide; chegada da Imagem de Nossa Senhora Imperatriz dos Campos,

em 18 de dezembro de 1721, trazida por Dom Sebastião Monteiro da

Vide; criação da Vila de Campos, em 17 de janeiro de 1835; e

mudança do nome de Campos para Tobias Barreto, em 31 de

dezembro de 1943, pelo decreto-lei Estadual nº 377.

O catolicismo reúne um bom número de adeptos e conta com

uma única Igreja Matriz, a de Nossa Senhora Imperatriz dos Campos,

além de cinco Capelas distribuídas em toda cidade, a saber: Capela

Mãe Peregrina, no Conjunto Maria do Carmo; Capelinha da Santa Cruz,

Av. 7 de Junho; Capela da Sagrada Família, Conjunto Irmã Dulce;

Capela de São Pedro e São Paulo, no Conjunto Padre Pedro e, por fim,

Capela de São Benedito, no Abrigo Mariquinhas Barreto do Rosário. A

Igreja Católica conta também com os trabalhos das pastorais da

Criança, da Juventude, da 3ª Idade, da Carcerária, da Catequese, do

Batismo, do Dízimo, da Liturgia, da Comunicação, do Matrimônio, da

Evangelização e da Infância e Juventude. Existe também o Grupo da

Renovação Carismática, que se reúne todas as terças-feiras, à noite, na

Igreja Matriz. O nosso pároco é Raimundo Ferreira Araújo, que tomou

posse em 10 de outubro de 2009 e permanece à frente da Igreja até os

dias atuais.

Hoje em dia, o protestantismo aumentou muito em nossa

cidade, devido aos trabalhos realizados pelos pastores evangélicos, que

deram origem às seguintes Igrejas: Assembléia de Deus Missão,

Assembléia de Deus Ministério de Madureira, A Volta de Cristo,

Assembléia de Deus Missionária, Igreja Quadrangular, Brasil para Cristo,

Primeira Batista, Batista Renovada, Batista Monte Sião, Aliança

Missionária, Igreja Pentecostal Deus Proverá, Graça de Deus, Igreja

Congregacional, Presbiteriana, Filadélfia, Presbiteriana do Brasil,

Adventista do Sétimo Dia, Adventista da Promessa, Apostólica

Cristocentro, Pentecostal Deus é Amor, Universal do Reino de Deus, Ide

Anunciai, Mundial da Fé, Salão do Reino das Testemunhas de Jeová,

Igreja Cristã Maranata, Igreja Cristã Evangélica Filadélfia, Igreja Batista

Visão da Palavra, Congregação Cristã no Brasil e CVC, Comunidade de

Vida Cristã. Dados fornecidos pelo pastor e presidente do C. B. E. B.

(Convenção Batista Evangelizadora do Brasil). Hoje, aqui em Tobias

Barreto, os evangélicos contam com o presidente da União dos Ministros

Evangélicos de Sergipe (UIMESE), desde junho de 2008, que é o Pastor

Luiz Fernandes de Oliveira Neto, da Igreja Presbiteriana.

Os prédios mais importantes da cidade são: A Biblioteca Pública

Francisco Barreto do Rosário, situada na Praça da Bandeira; O Fórum

João Fontes de Faria, situado na Av. José David dos Santos; Prefeitura

Municipal de Tobias Barreto, situada na Praça Dom José Thomaz S/N;

Câmara Municipal de Vereadores (Poder Legislativo Municipal,

composta por nove vereadores), situada na Av. 7 de Junho; Clube das

Mães, situado na Rua Sílvio Romero; Abrigo Mariquinha Barreto do

Rosário, situado na Av. Antônio Carlos Valadares; Memorial Tobias

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Barreto, na Av. 7 de Junho; Casa de Tobias Barreto, na Av. 7 de Junho;

Agência de INSS de Tobias Barreto, que fica na Rua Antônio Souza

Santos S/N; SENAC (Serviços Nacional de Aprendizagem Comercial),

localizado na Praça do Abelardo Barreto do Rosário; Centro de Serviço

de Confecções e Artesanato, situado na Av. Dr. José Airton de

Andrade; Sociedade São Vicente de Paula (Sede Vicentina), situado na

Rua Gov. João Alves; Centro de Treinamento Dom José Bezerra

Coutinho (Casa das Irmãs Santa Maria), que fica na Praça Irmã Mariele

e Centro de Convivência dos Idosos, localizado no Bairro Santos

Dumont.

No sentido de viagens, existe aqui o Terminal Rodoviário,

inaugurado em 28 de setembro de 1986, na administração de Luiz Alves

de Oliveira Filho e conta com as seguintes empresas de transportes

interestaduais e estaduais: Senhor do Bomfim, Nossa Senhora de Fátima,

Rota Sul, Itapemirim e São Geraldo, além de vários transportes

alternativos, que saem a toda hora da Rodoviária para quase todos os

lugares do nosso Estado.

Vindo de Aracaju, a pista que dá acesso a Tobias Barreto é a BR

101, que é uma Rodovia Federal, e as Estaduais, conhecidas como

Lourival Batista e João Valeriano. Vindo da Bahia, tem a BR 349, que é a

pista de Itapicuru, Sambaíba, Lagoa Redonda, até chegar a Tobias

Barreto. E temos também a rodovia que liga Tobias Barreto a

Itabaianinha, denominada de Rodovia Luiz Alves de Oliveira (Luiz

Caxingó).

O calendário de eventos movimenta a comunidade logo no

início do ano. Em janeiro, no dia 6, acontece a festa dos Santos Reis,

que já foi uma das melhores festas realizadas aqui. Hoje pouco se faz

para voltar aos tempos de outrora.

No mês de fevereiro, acontece o carnaval, hoje antecipado,

com várias bandas de fora da cidade e os famosos trios elétricos. Tobias

Barreto sempre realizou o melhor carnaval do Estado, quando o fazia na

data certa, mas hoje, que tudo mudou, caiu muito, tanto em

animação, como em quantidade de pessoas que vinham brincar o

grande carnaval tobiense.

Na Semana Santa, há festejos religiosos na Igreja Matriz. vias-

sacras pelas ruas de Tobias são realizadas e, na semana final, tem o

Domingo de Ramos, celebrado, pela manhã, com a procissão dos

ramos e, à tarde, com a procissão do encontro das imagens de Nossa

Senhora e a de Jesus, e na Sexta-Feira da Paixão, é feita outra grande

procissão com a imagem do Senhor Morto, percorrendo as principais

ruas da cidade. Nesse período, há também a queima de Judas nos

povoados.

Mês de maio como em quase todo lugar, no Brasil, há as

comemorações de Corpus Christi. Aqui não é diferente, há missas

celebradas durante o dia e a procissão à tarde.

Junho é um mês muito movimentado. Há a “Semana de

Cultura”, alusiva ao grande filho da terra Tobias Barreto de Menezes, a

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qual termina no dia 7 de junho, data do Nascimento dele.

Comemoram-se os festejos juninos com a festa de São João realizada

na véspera do dia 24, e a festa de São Pedro, realizada no dia 29. É um

dos meses mais movimentados da cidade, onde até o comércio vende

mais devido às festas desse período. Nessas festas, há concursos de

quadrilha, inclusive, com apresentação das quadrilhas famosas da

cidade. A Quadrilha Junina Balancê foi fundada em 1997, e a

Ciganinha, em 30 de junho de 2001. Existe o já famoso passeio de

carroças, realizado pelo Colégio Estadual Maria Rosa de Oliveira, sob a

idealização da professora Dilamar Barbosa Araújo. Aqui também ainda

há algumas casas residenciais que acendem fogueira, e as crianças nas

calçadas soltam fogos de todos os tipos, mas são poucas casas.

Agosto é o mês principal, da nossa Padroeira. No dia 15 de

agosto, é decretado feriado municipal, apesar de o Padre, há vários

anos, ter mudado a data da festa, de modo que a procissão se realize

no domingo, embora o dia 15 seja sempre mantido o feriado. A festa de

Nossa Senhora Imperatriz dos Campos conta com a seguinte

programação, no dia: alvorada pela manhã, missa festiva,

concelebração, procissão com a imagem da Santa, em um belíssimo

carro triunfal, pelas principais ruas da cidade, e a bênção do Santíssimo

Sacramento, após a chegada da procissão, na frente da Igreja Matriz.

Em setembro, acontece o desfile cívico, que há muitos anos não

era realizado. Por interesse da prefeita Marly do Carmo Barreto Campos,

essa festa cívica foi resgatada e, durante toda sua administração, foi

comemorado o 7 de setembro, porém, realizado um dia antes,

precisamente no dia 6 do mesmo mês, por causa das bandas marciais

que vêm de outras cidades abrilhantar a nossa festa. O desfile de 7 de

setembro conta com a participação de todos os Colégios da cidade,

além de algumas escolas dos povoados, que desfilam pela avenida

principal (Av. 7 de Junho).

Em outubro, há as comemorações do Dia da Criança, e as da

Emancipação Política (passagem de Vila de Campos para cidade),

que é comemorada no dia 23 de outubro. Antigamente, nesse mês,

eram realizadas as festas no Parque de Exposições Yoyó Tavares, a

exposição de gado, que já foi uma das melhores festas de exposição

agropecuária do Estado.

Dezembro é o mês de encerramento do ano, com a festa de

Natal e Ano Bom, que geralmente estimula os tradicionais bailes sociais

realizados na AABB e no Clube Social ou no Espaço Águia. Mas

geralmente os tobienses, hoje, estão preferindo festejar essas duas datas

em suas casas, juntamente com seus familiares e amigos.

O município de Tobias Barreto ficou conhecido como a “Terra

dos Bordados e das confecções convidativas”. Além desse epíteto,

carrega o estigma de um nome que consagrou o nordeste brasileiro

através da sua obra. Assim é que, na década de quarenta (31/12/1943),

nasceria a mais justa homenagem a mais um sergipano que batizou o

local do seu nascimento.

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O turista que vem a Tobias Barreto não pode deixar de visitar a casa onde

Tobias Barreto de Menezes nasceu; o Memorial a Tobias Barreto; a Serra do Canine; o

Casarão do grande poeta historiador José Francisco de Menezes (Zé Menezes, In

Memoriam), hoje a Secretaria de Cultura e Juventude, tendo como Secretário Josinilson

dos Santos Bispo; a Praça do Cruzeiro, com o Cruzeiro do século; a estátua de Tobias

Barreto, ao lado da Praça do Cruzeiro; a Igreja Matriz de Nossa Senhora Imperatriz dos

Campos; Igrejinha da Santa Cruz, na avenida principal; as lojas de bordado e

confecções; o Mirante de Oração da Serra da Saúde; a Biblioteca Pública Francisco

Barreto do Rosário; a primeira Igreja Evangélica do nosso município; a Igreja

Evangélica Congregacional, situada na Praça Cel. Luiz Antônio (Praça dos Crentes) e,

por fim, a Praça da Bandeira, com seus quiosques aconchegantes.

Aqui em nosso Município são muito apreciadas as comidas típicas locais, tais

como: carne do sol com macaxeira, carne ensopada, sarapatel, enroladinho de carneiro

(ou fatada) e a galinha caipira.

Essa é a nossa cidade de ontem e de hoje, com suas histórias

intrigantes, com seus personagens ilustres, fazendo das suas vidas

simplesmente lições de superação, para que possamos aprender com

eles os grandes exemplos de coragem, força e amor por sua terra natal.

POVOADOS

A zona rural do nosso município é composta por 27 povoados e

uma Vila. Em 1970, existiam apenas 10 povoados, já um pouco

desenvolvidos, com uma pequena quantidade de casas e de pessoas

residindo nesses povoados, além de, naquela época, uma vila, a Vila

de Samambaia.

Ultimamente, as comunidades foram surgindo e se

desenvolvendo, de uma forma cadenciada, a ponto de hoje o

município contar com muitos povoados. Há também vários lugarejos,

que não entram nessa pesquisa. Se olharmos no mapa de nosso

município, juntando lugarejo com povoados, dá mais de cem, porém

aqui, nós vamos fazer um estudo dos povoados mais desenvolvidos.

Uma observação que também vai ser feita aqui é que algum

tempo atrás, perdemos o povoado Campo Grande para o município

de Tomar do Gerú, e agora no último censo do IBGE, já não mais foi

contado como parte do nosso município.

Os povoados aqui pesquisados são os seguintes: Agrovila, Água

Boa, Alagoinhas, Barriga, Boiadeira, Borda da Mata, Brasília, Campestre

do Abreu, Campo Pequeno, Candeias, Cancelão, Capitoa, Curtume,

Fontinha, Jabiberi, Madeiro, Matinha, Monte Coelhos, Pau de Colher,

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Pedra de Amolar, Pilões, Poço da Clara, Riacho Fundo, Roma, Saquinho,

Sutero, Taquara e Vila Samambaia.

AGROVILA

Agrovila é um povoado muito famoso pelo cultivo de suas

hortaliças vendidas aqui em Tobias Barreto, principalmente os tomates

vermelhos e bonitos, que dão água na boca.

A coleta do lixo do povoado é feita através de um carro, que

depois leva o lixo para ser enterrado. Lá, existe vegetação nativa perto

do Rio Jabiberi, e a pesca predatória sempre acontece no povoado

sem controle. O abate de animais é feito lá mesmo, sem estrutura

apropriada, e o uso de agrotóxico nas pastagens é feito sem os devidos

cuidados.

O povoado em si possui quase 200 domicílios, com um número

de famílias de quase 380 em toda região. A distância entre a sede do

município e Agrovila é de 18 km. A sua escola chama-se Escola

Municipal de Ensino Fundamental Joaquim Serafim de Menezes.

Agrovila é onde se encontra a famosa barragem do Jabiberi,

que fica próximo do povoado, além da barragem, há os poços

tubulares, que já funcionaram; hoje são inutilizados, e entre os rios que

passam por perto, o mais famoso é o Rio Jabiberi.

O povoado hoje tem água encanada que vem da referida

barragem. Há dois chafarizes, energia elétrica, uma Igreja Católica, um

Posto de Saúde, duas mercearias, um campo de futebol, quatro bares,

um cemitério local e uma borracharia.

As associações existentes lá são três: Associações de Pequenos

Criadores, Associação Comunitária Produtores do Perímetro Irrigado do

Jabiberi e Associação de Desenvolvimento Comunitário José Olívio de

Almeida. No povoado, não há associação de Artesanato.

Suas principais fontes de renda são a agricultura, com o cultivo

do milho, pimentão, tomate, quiabo, etc. Em segundo plano, vem a

pecuária. Embora não tenha muito incentivo, o artesanato lá é limitado

a um tipo de bordado chamado de crivo de linho, trabalhado por

poucas pessoas.

ÁGUA BOA

Esse povoado tem uma estrutura que promete crescer muito

mais. É um lugar bem amplo, com casas bem alinhadas, e o lixo lá é

colocado no fundo das casas e depois queimado. Em Água Boa, não

existe o abate de animais, e os moradores do povoado vêm comprar

sua carne fresca na sede do município.

Quanto à educação, há uma escola que leva o nome de Escola

Municipal Antônio das Virgens França. No povoado, existem na faixa de

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mais ou menos 84 domicílios, e o número de famílias é de 82. A distância

entre essa comunidade e a sede do município é de 21 km. Dentro do

povoado existem algumas cisternas, construídas por um programa do

Governo Federal (Programa Água Doce do Governo Federal). O

povoado já possui energia elétrica e conta com uma Igreja Católica,

um posto telefônico, uma mercearia, dois bares e uma borracharia.

Água Boa é o único povoado que não possui um Campo de

Futebol; é um fato meio estranho, mas não sabemos o porquê!

A Associação Comunitária do Povoado Água Boa é uma das

mais organizadas de todos os povoados. Lá não existe associação de

artesanato, mas tem muitas pessoas que bordam, costuram e vão

vender seus produtos na sede do município. Outras fontes de renda são

a agricultura e a pecuária.

ALAGOINHAS

É um povoado ainda novo, em fase de crescimento. Lá não há

coleta de lixo, que é todo jogado à beira da estrada; não existe

vegetação nativa e não ocorre o pesca predatória. Sobre o abate de

animais no povoado, este não é feito lá. Os animais são abatidos no

povoado Monte Coelhos e vêm ser vendidos em Alagoinhas. Na

plantação em geral, não existe o uso de agrotóxico, contribuindo assim

para o meio ambiente.

Existem 04 tanques públicos e em relação a rios, lá só tem um. O

número de famílias é de 110, e destas, 50% se enquadram no PRONAF B.

A distância aproximada entre a sede do município e o povoado é de 27

km.

Na comunidade, há uma Escola, a Elza Dantas, água encanada,

açudes, energia elétrica e cisternas. Existe também a Associação de

Desenvolvimento Comunitário do Povoado Alagoinhas. O povoado em

si conta com bares, uma Igreja Católica, Casa de Farinha, mercearia,

orelhão e um Campo de Futebol.

Suas principais fontes de renda são a agricultura, através do

cultivo do milho, do feijão e da mandioca, além da pecuária.

BARRIGA

Esse já é um povoado mais antigos. O lixo não tem coleta. O

povo o leva para um areal do município, onde tem um buraco onde é

depositado, para depois ser queimado. Lá, não existe vegetação

nativa. A pesca predatória também não é feita e os animais são

abatidos no povoado, sem estrutura apropriada. Há também o uso de

agrotóxicos sem os devidos cuidados nas pastagens.

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Existem dois tanques, inclusive, um serve para o consumo

humano além de um riacho, que passa perto do povoado.

O número de famílias é de 166, das quais 60% se enquadram no

PRONAF B. à distância aproximada entre a sede do município e o

povoado é de 12 km. Existe também um Colégio que leva o nome de

Escola João Rodrigues dos Santos. A comunidade conta também com

posto de saúde, chafariz, energia elétrica e cisternas.

O povoado em si possui bar, uma Igreja Católica, mercearia,

Campos de futebol, aparelho dessalinizador e orelhão. 90% das ruas do

povoado são calçadas, e conta com a Associação de

Desenvolvimento Comunitário do Povoado Barriga.

As principais fontes de renda são a pecuária que compreende

80%, e a agricultura, 20%. O artesanato também é feito lá, e é uma das

fontes de renda do povoado.

BOIADEIRA

O povoado possui a Associação do Desenvolvimento

Comunitário do Povoado Boiadeira, que representa mais uma forma de

crescimento da comunidade. O lixo fica a céu aberto, jogado. Não

sabemos o destino certo. Lá, não ocorre a pesca predatória, não existe

o abate de animais no povoado e a carne verde é comprada na sede

do município nos dias de feira. Nesse povoado, foi constatado o uso de

agrotóxicos sem os devidos cuidados.

A Boiadeira possui um riacho, um rio que leva o nome de “Rio do

Pastorado” e uma Escola: Maria Amélia Ribeiro. Todas as famílias são

enquadradas no PRONAF B. A distância entre a sede do município e o

povoado é de 10 km. Já possui luz elétrica e algumas cisternas.

Lá no povoado, há uma Igreja Católica e um cemitério local.

Suas maiores fontes de renda são a agricultura, através do plantio de

milho, de feijão e de fava; a pecuária, com a criação de bovinos,

ovinos e equinos. O artesanato lá é produzido em uma pequena

quantidade, e os bordados que eles mais produzem é o “Richelieu”.

BORDA DA MATA

É um povoado ainda em fase de crescimento. 70% do lixo são

jogados nas estradas, e 30% são queimados. Lá, não existe vegetação

nativa, nem também a pesca predatória. O abate de animais não é

feito lá. Toda a carne de consumo vem de Tobias Barreto. O uso de

agrotóxico também não existe por lá.

No povoado, há um tanque público e um riacho. O número de

famílias é de 54, das quais 50% se enquadram no PRONAF B. A distância

aproximada entre a sede do município e o povoado é de 15 km. Já

possui uma escola com o nome de E. M. E. F. Pedro Vieira de Góis.

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A comunidade possui chafariz, energia elétrica, cisternas, bares,

Igreja Católica, um pequeno conjunto com 16 casas e a Associação

Comunitária do Povoado Borda da Mata.

As fontes de renda são a agricultura, da qual 70% destinam-se

ao cultivo da mandioca, do milho e do feijão e a pecuária, com 30%

para a criação de bovino e ovino.

BRASÍLIA

Ou Nova Brasília, como é conhecido. É mais um povoado antigo

do nosso município. 90% do lixo ficam a céu aberto, esperando algumas

atitudes da Prefeitura Municipal. Lá não existe rede de esgoto, nem

ocorre a pesca predatória e criminosa nos rios, mas existe o abate de

animais sem estrutura e o uso de agrotóxicos sem devidos cuidados

técnicos nas pastagens.

No povoado, há um tanque público, oito açudes privados,

quatro riachos, três pequenas barragens e dois rios.

O número de famílias que se enquadram no PRONAF B é de 95, e

em todo povoado, existe uma média de 148 famílias residindo lá. A

distância do povoado para a sede do município é de 14 km, e a única

escola que o povoado possui é Escola Nossa Senhora D’Ajuda.

A Nova Brasília possui água encanada, um posto de saúde,

energia elétrica, uma Igreja Católica, três Igrejas Evangélicas, duas

mercearias, dois campos de futebol, dois bares e uma borracharia.

As principais fontes de renda são a agricultura, através do cultivo

de milho, feijão, batata doce e mandioca. Na pecuária, há o criatório

de ovelhas, gado e porcos. O artesanato é outra grande fonte de

renda do povoado. Lá são feito dois tipos de bordados: o “Richelieu e o

Aplicado”. Existem também duas Associações: Associação Comunitária

do Povoado Nova Brasília e Associação Comunitária de Bordadeiras e

Moradores do Povoado Nova Brasília.

CAMPESTRE DO ABREU

É considerado a Bolívia tobiense, por ficar nas alturas e fazer

muito frio. Para quem gosta de morar em lugares altos, bem ventilados,

onde “o vento faz a curva”, não há lugar melhor.

Lá, não existe coleta de lixo, do qual 70% são jogados nas

estradas, e 30%, queimados. A pesca predatória não existe por lá, nem

há vegetação nativa na região. O abate de animais é feito sem

nenhuma estrutura apropriada, e ocorre também o uso de agrotóxico

sem os devidos cuidados técnicos nas pastagens. No povoado, há dois tanques públicos, açudes, chafariz e

cisternas. Existem 132 famílias que habitam na comunidade. Destas 70%

se enquadram no PRONAF B. A distância aproximada entre a sede do

município e o Campestre do Abreu é de 24 km. A comunidade possui a

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Escola João Bispo dos Santos, além de um posto de saúde e energia

elétrica.

O povoado conta também com um campo de futebol, uma

Igreja Católica e uma Evangélica, um conjunto habitacional com 16

casas, uma Associação de Desenvolvimento Comunitário do Povoado

Campestre do Abreu, uma mercearia e um orelhão. As principais fontes

de renda são a agricultura, pecuária e o artesanato.

CAMPO PEQUENO

O povoado em si está em fase de crescimento, mas é um dos

mais antigos do nosso município. Para a coleta do lixo, há quatro anos,

havia tambores de lixo espalhados por todo o povoado, e hoje não isso

existe mais. O lixo é jogado nas estradas, e uma parte é queimada. Lá

não existe mais vegetação nativa, e também não ocorre a pesca

predatória e criminosa. O uso de agrotóxico nas pastagens existe, mas

em pequena quantidade. O abate de animais não é feito no povoado.

Toda a carne a ser consumida vai de Tobias Barreto.

Só existe um tanque público, e por perto passa um riacho.

Existem também três pequenas barragens, um poço tubular e um rio,

que é o conhecido “Rio Jabiberi”.

O número de famílias existente é de 65, da quais 80% se

enquadram no PRONAF B. A comunidade tem na faixa de 141

residências. A distância entre a sede do município o povoado é de 12

km.

A comunidade possui uma Escola: Gilmara Fontes de Góis. Há

um chafariz, um orelhão e energia elétrica. Conta com a Associação

de Desenvolvimento Comunitário do Povoado Campo Pequeno, com

Igreja Católica e com o apoio comercial de bares e mercearia.

As principais fontes de renda são a pecuária, que corresponde a

70%, a agricultura, com 20% e o artesanato com 10%. Outra coisa que

deve ser citada nesse povoado é que em cada 10 pessoas que moram

lá, oito criam porcos no fundo dos seus quintais, que não deixa de ser

outra fonte de renda do povoado.

CANDEIAS

É um povoado bem pequeno, onde 70% do lixo são jogados nas

estradas, e 30%, queimados. Não há rede de esgoto. Sobre a

vegetação nativa, existe uma floresta subtropical. A pesca predatória e

criminosa nos rios e riacho não ocorre, porém o abate de animais é feito

no próprio povoado, podendo comprometer a saúde da população.

Existe o uso de agrotóxico nas pastagens, sem devidos cuidados

técnicos e sem nenhum tipo de proteção ao ser humano.

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Lá, tem 04 tanques públicos e um riacho (Riacho do Bispo), e

possui um açude com um dessalinizador que gera água potável através

de energia solar.

O número de famílias existentes no povoado é de 105, das quais

50% se enquadram no PRONAF B. A distância aproximada entre a sede

do município e o povoado é de 16 km. A comunidade é beneficiada

por uma Escola, que leva o nome de Escola Municipal Ester de Lemos

Matos. Lá, não possui água encanada, um chafariz e cisternas. Existe

um posto de saúde e já há energia elétrica em todo povoado.

No povoado, existe bar, mercearia, uma Igreja Católica e outra

Evangélica, um posto telefônico, um campo de futebol, orelhão e uma

Associação de Desenvolvimento Comunitário do Povoado Candeias. As

principais fontes de renda são a agricultura, através do cultivo de milho,

feijão e mandioca, pecuária e o artesanato.

CANCELÃO

É um povoado ainda em fase de crescimento. Uma parte do lixo

é colocada na beira da estrada, e a outra é queimada. Existe

vegetação nativa, mas fica um pouco longe do povoado, e a pesca

predatória lá não existe. O abate de animais é feito no povoado

Agrovila e levado para vender em Cancelão, na frente de um bar.

Outro fator importante é que não existe o uso de agrotóxico nas

pastagens.

No povoado, há um tanque público, que fica a 500 metros de

distância; um riacho, chamado de Riacho do André, localizado a uns

900 metros de distância da comunidade.

Existe uma faixa de 144 domicílios, onde moram

aproximadamente 80 famílias. A distância entre a sede do município e o

povoado é de 13 km.

O povoado já possui luz elétrica, e algumas casas possuem

também cisternas. A comunidade conta com uma Igreja Católica, uma

Igreja Evangélica, um orelhão da Telemar, uma mercearia, um campo

de futebol, dois bares, além da Associação de Desenvolvimento

Comunitário do Povoado Cancelão.

As maiores fontes de renda do povoado são Agricultura, através

do cultivo de milho e feijão e a pecuária, com a criação de gado,

ovelha e porco. O artesanato quase não existe; poucas pessoas

bordam ou costuram.

CAPITOA

A Capitoa é um dos povoados mais antigos do nosso município.

Lá ainda não tem coleta de lixo, sendo 50% jogado nas estradas, os

outros 50%, queimados. Hoje, já não existe mais vegetação nativa, nem

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a pesca predatória e criminosa, mas existe o abate de animais, sem os

devidos cuidados. Mesmo sem estrutura apropriada, são abatidos

bovinos, ovinos, caprinos e suínos. Outro problema é o uso de

agrotóxico nas pastagens sem os devidos cuidados técnicos, podendo,

assim, prejudicar a saúde humana.

Existem dois tanques, sendo que um deles serve para consumo

humano. Lá, há também um riacho, um rio, que leva o nome de Rio

Candangue, e Açudes.

O número de família é de 260, sendo que 75% se enquadram no

PRONAF B. A distância entre a sede do município e o povoado é de 17

km. A comunidade possui uma Escola Municipal do Ensino Fundamental

Dep. Arnaldo Garcez. Quanto ao número de residências, existem mais

de 299, que contam com um posto de saúde e quatro associações,

sendo que uma é em parceria com o povoado Nova Brasília. São elas:

Associação Com. João Vicente dos Santos do Povoado Capitoa,

Associação de Desenvolvimento Comunitário Povoado Capitoa,

Associação Comunitária Nossa Senhora D’Ajuda e Associação

Desenvolvimento Com. do Povoado Nova Brasília/ Capitoa.

A comunidade possui energia elétrica, bares, uma Igreja

Católica, campo de futebol, mercearia, Igreja Evangélica, cemitério,

mercado municipal, armarinho, lanchonete, barbearia, orelhão, salão

de bordado, posto telefônico, clube, padaria e farmácia. No povoado,

80% de suas ruas são calçadas.

As principais fontes de renda estão assim distribuídas: 20% para

agricultura, através do cultivo de mandioca, milho, feijão, fava e

batata; 50% para a pecuária, por meio da criação bovina, ovina e

caprina; 30% para o artesanato que, a cada dia, se desenvolve mais

nesse povoado.

CURTUME

O povoado é um dos mais distantes da sede do município, são

38 km de distância. Conta com alguns lugarejos, como a Caraíbas, que

se distancia da sede por 45 km, além de outros lugarejos não

mencionados neste trabalho.

Nesse povoado, 70% do lixo são jogados nas estradas, e 30% são

queimados. Não existe vegetação nativa, não ocorre a pesca

predatória no povoado. Lá, existe o abate de animais, sem estrutura

apropriada.

Uma das maiores virtudes do povoado é não usar agrotóxico nas

pastagens. Isso já é uma grande vantagem nos dias atuais.

No curtume, há dois tanques públicos, sendo que um serve para

o consumo humano, dois riachos e um rio, que leva o nome de “Rio

Mucambo”. O número de famílias é de 96, sendo que 80% destas se

enquadram no PRONAF B.

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Lá, existe a Escola João dos Santos Araújo, e já possui luz elétrica.

Há também algumas cisternas, uma Associação de Desenvolvimento

Comunitário do Povoado Curtume, bares, uma Igreja Católica, um

conjunto habitacional com 18 casas, campo de futebol e mercearia.

Suas maiores fontes de renda são a agricultura (60%) e a

pecuária (40%). O artesanato no povoado é pouco difundido.

FONTINHA

É um povoado novo, com pouca tradição, mas que se

desenvolve a cada dia. Já possui a Associação Comunitária do

Povoado Fontinha. O destino do lixo lá é desconhecido. Ocorrem a

prática da pesca predatória e o uso de agrotóxico. O abate de animais

é feito sem estrutura, e há o uso de agrotóxico nas pastagens. O

povoado possui um tanque público, um açude privado, um riacho, uma

escola municipal que leva o nome de Escola João Vicente dos Santos;

possui luz elétrica, uma Igreja Católica, uma mercearia, um campo de

futebol, dois bares e um cemitério local.

No povoado, 60% das famílias se enquadram no PRONAF B. A

distância entre a sede do município e a comunidade é de 8 km. A

quantidade de domicílios é de aproximadamente, em todo seu

território, 71.

A fonte de renda são a agricultura e pecuária. O artesanato é

representado pelo “Richelieu” em todo povoado.

JABIBERI

Esse é o primeiro povoado de Tobias Barreto. Muitos escritores

acham até que ele veio primeiro do que a Freguesia de Campos do Rio

Real. Isso tudo porque muitos afirmam que Belchior Dias Moréia (o

grande fundador de Campos) teria ido primeiro para lá, e depois para

Campos. Mas essa informação não é verídica. Belchior foi primeiro para

Paraíso e depois é que ele veio adquirir uma fazenda no pé da Serra do

Canine. Essa, sim, é a história verdadeira.

Jabiberi é um povoado de grande porte, porém uma parte do

lixo é transportada através de uma carroça para um terreno público,

onde é jogado e queimado, e a outra parte é jogada nas estradas. Não

existe rede de esgoto. Lá não há vegetação nativa; existe uma floresta

subtropical, com uma área de 26 tarefas; não ocorre a pesca

predatória e criminosa nos rios e riacho. No matadouro do povoado, há

o abate de animais (porcos, bois e ovelhas), sem estrutura apropriada e

sem nenhum tipo de higiene, e toda a carne verde é vendida no

mercado central. Uma das maiores virtudes do povoado é não usar

agrotóxicos nas pastagens.

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Existem dois tanques públicos e quatro riachos, sendo que de um

dos quais não sabemos o nome. São eles: Riacho Sene, Riacho do

Machado e o Riacho Pajaú. Existe um rio que dá o nome ao povoado,

o Rio Jabiberi, um dos rios mais famosos do nosso município.

O povoado possui mais de 243 domicílios e conta com uma faixa

de mais ou menos 200 famílias. A distância aproximada entre a sede do

município e o Jabiberi é de 20 km.

A comunidade conta com uma escola que leva o nome de

Escola Municipal de Ensino Fundamental Álvaro Alves de Matos, um

posto de saúde, chafariz, energia elétrica, cisternas, campo de futebol,

Igreja Católica, bares, Igreja Evangélica, mercado municipal, orelhão,

mercearia, padaria, Associação de Desenvolvimento Comunitário do

Povoado Jabiberi. Quanto à pavimentação, 80% das ruas do povoado

são calçadas.

As principais fontes de renda são: a agricultura, que abrange 30

%, e a pecuária, com 70%. E ainda tem o artesanato, que é bem

executado pelos seus artesãos em todo o povoado. Lá, também conta

com a Associação de Artesanato, que é outra grande fonte de renda

do povoado.

MADEIRO

O Madeiro, assim chamado, é pouco conhecido e ainda não

pode ser considerado um povoado, trata-se apenas de um lugarejo.

O destino do lixo desse lugar é queimado ou enterrado,

diferentemente de outros povoados e lugarejos. Não existe rede de

esgotos. A vegetação nativa fica perto do “olho d’água do Madeiro”.

Lá, não existe a pesca criminosa, e o abate de animais é feito em

Salobo e Murituba, onde os moradores vão comprar sua carne fresca.

No Madeiro, há um riacho que passa perto, o Sene, que vem do

Jabiberi, e existe também uma presa, no “olho d’água do Madeiro”. A

comunidade conta ainda com um rio, o famoso Rio Jabiberi, que passa

nas proximidades do lugarejo.

Existem aproximadamente 45 domicílios e mais ou menos 50

famílias, que residindo por lá. A distância entre a sede do município e o

lugarejo é de 22 km. Lá, não há posto de saúde, nem luz elétrica. No

Madeiro, algumas casas possuem cisternas, por não haver, em todo o

lugarejo, água encanada; possui um campo de futebol e conta com a

Associação de Desenvolvimento Comunitário do Povoado Jabiberi e a

Associação de Artesão do Povoado Jabiberi.

Suas principais fontes de renda são a agricultura, através do

cultivo do milho, feijão e fava verde, e também a pecuária e o

artesanato, feito à mão (bordado).

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MATINHA

Ainda é considerado um lugarejo, mas com certeza daqui a

alguns anos passará a ser um grande povoado. Em relação ao lixo do

lugarejo, 80% são jogados nas estradas, e 20% são queimados. Não

existe mata nativa, nem ocorre a pesca predatória e criminosa. Lá, não

existe o abate de animais. A carne é comprada em Tobias Barreto e

levada para o lugarejo. Outro fator positivo é que não é usado

agrotóxico nas pastagens.

No lugarejo, existe um tanque público, que serve para o

consumo humano; há também açudes privados, três riachos e um rio, o

Jabiberi, que passa perto de lá.

O número de famílias que lá habitam é 80, das quais 50% se

enquadram no PRONAF B. Quanto ao número de residências, existem

na faixa de 81. A distância aproximada entre a sede do município e o

lugarejo é de 30 km. A Matinha já possui uma Escola, que leva o nome

de E. M. E, F. Zeferino de Souza Lima; possui energia elétrica, uma

Associação de Desenvolvimento Comunitário Zeferino de Souza Lima do

Povoado Matinha, um campo de futebol e 57 cisternas, em todo o

lugarejo.

A comunidade possui bares, cinco criadores de suínos, que têm

suas pocilgas a 30 metros das casas. As fontes de renda são agricultura,

que ocupa 30%; a pecuária, 60%, e o artesanato, 10%.

Outra observação que deve ser feita sobre esse lugarejo é que,

quando estava pesquisando na Prefeitura Municipal de Tobias Barreto,

sobre o nome da associação, o que aparece já é povoado, em vez de

lugarejo. Não sabemos ao certo, no momento, se o lugarejo Matinha

realmente já passou a ser povoado. Isso vai ficar para outras pesquisas

futuras.

MONTES COELHO

É um dos maiores povoados do nosso município e um dos mais

antigos. Hoje, devido ao porte do povoado, já era para ser considerado

uma pequena vila, mas esperamos que um dia esse acontecimento

histórico se realize.

O lixo de lá é transportado por carroça para o lixão, que fica

fora do povoado. A vegetação nativa, hoje, não existe mais; a pesca

predatória também não. O abate de animais é feito no matadouro,

com estrutura apropriada. Outro assunto importante é que, no

povoado, não são usados agrotóxicos nas pastagens, o que não tem

prejudicado o meio ambiente.

Existe um tanque público, três riachos, uma pequena barragem,

um poço tubular, além do rio que passa no povoado, o “Rio Real”.

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Habitam no povoado 400 famílias, das quais 70% se enquadram

no PRONAF B. Lá, existem mais de 281 residências. A distância

aproximada entre a sede do município e a comunidade é 37 km.

O povoado já possui uma Escola, a Pedro Izídio de Oliveira e

conta com um posto de saúde, um posto telefônico, um posto policial,

uma casa de farinha comunitária, uma lan house, um clube social, um

campo de futebol, cemitério e com a Associação Comunitária Maria

Francisca de Oliveira do Povoado Monte Coelho, além de já usufruir de

energia elétrica e água encanada. A comunidade também possui

bares, um mercado e o matadouro. 50% das ruas do povoado são

calçadas.

As principais fontes de renda são agricultura, pecuária e o

artesanato.

O povoado conta com uma das Igrejas Católicas mais antigas

do nosso município, A Igreja de Nossa Senhora do Rosário.

PAU DE COLHER

O povoado é mais um, em nosso município, que está em fase de

crescimento. Lá não tem coleta de lixo. Uma parte é jogada nas

estradas, e a outra é queimada. No povoado, não existe vegetação

nativa, não ocorre a pesca predatória, não existe o uso de agrotóxico

nas pastagens e o abate de animais é feito lá mesmo, mas com toda

higiene possível.

No povoado, há um açude privado, que serve para o consumo

humano, um riacho e duas barragens pequenas, que são particulares.

A comunidade é composta de 100 famílias, das quais 60% se

enquadram no PRONAF B. A distância entre a sede do município e o

povoado é de 8 km. A comunidade possui uma escola, que leva o

nome de Lídia do Amor Divino, uma Igreja Católica, uma mercearia, um

campo de futebol, cisternas, um bar e a Associação de

Desenvolvimento Comunitário do Povoado Pau de Colher, além de já

estar eletrificado.

Principais fontes de renda: 70%, pecuária; 20%, agricultura e 10%,

artesanato.

Outro fato que vale ressaltar é que, nesse povoado, atualmente,

o consumo de água para a comunidade provém de Tobias Barreto,

através do caminhão pipa, principalmente no período de estiagem.

PEDRA DE AMOLAR

Hoje, é considerado um povoado que ainda está em fase de

crescimento. O lixo, como nos outros povoados, é jogado à beira da

estrada, prejudicando o meio ambiente. Lá não existe vegetação

nativa, nem ocorre a pesca predatória e criminosa, porém, existe o uso

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de agrotóxico nas pastagens, sem os devidos cuidados. Não existe o

abate de animais.

No povoado, só há um tanque público, um riacho, além de

açudes privados e cisternas.

Habitam na comunidade 53 famílias, das quais 80% se

enquadram no PRONAF B. Em toda região, existem mais ou menos umas

133 casas, e a distância aproximada entre a sede do município e o

povoado é de 32 km.

A comunidade já conta com a Escola Maria N. Rogério dos

Santos, energia elétrica, Associação Desenvolvimento Comunitário

Lindeval de Souza Neto do Povoado Pedra de Amolar, bares, oficina de

bicicleta, mercearia, orelhão e campo de futebol. É um dos únicos

povoados que não tem nem um tipo de igreja.

As principais fontes de renda são agricultura, pecuária e o

artesanato, produzido por algumas famílias do povoado.

PILÕES

Os Pilões é um povoado que promete crescer mais, dado o seu

desenvolvimento constante. No povoado, o lixo é jogado próximo ao

Riacho Caripau, que deságua no rio Real, comprometendo os recursos

hídricos e o meio ambiente. Esse povoado é um dos únicos que possui

30% de rede de esgoto, e onde existem também chiqueiros a 10 metros

das residências. Segundo os moradores, existe uma mão de poeira (é

um resíduo que sai da mandioca) que sai das casas de farinha,

prejudicando a todos da comunidade, problema que seria minimizado

com a conclusão da rede de esgoto, onde o resíduo seria jogado.

Lá, não existe mais vegetação nativa, não acontece a pesca

predatória e criminosa, nem ocorre também o uso de agrotóxico nas

pastagens. Entretanto acontece o abate de animais, sem estrutura

apropriada, principalmente o de ovelhas e porcos.

Existem dois tanques, o Riacho Caripau, e um rio que passa

perto, que é o Rio Real.

Formam a comunidade de Pilões 124 famílias, das quais 90% se

enquadram no PRONAF B e, em todo o povoado, existem 116

domicílios. A distância entre a sede do município e Pilões é de 25 km.

A comunidade conta com a Escola José Cassimiro dos Santos,

com uma Igreja Católica, a Associação de Desenvolvimento

Comunitário do Povoado Pilões, uma casa de farinha comunitária, além

de já usufruir de água encanada, energia elétrica, açudes, chafarizes e

orelhão em praça pública. Quanto à pavimentação, 70% das ruas do

povoado são calçadas.

As fontes de renda comunidade são agricultura, pecuária e o

artesanato.

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POÇO DA CLARA

Poço da Clara é mais um povoado do nosso município, onde se

joga o lixo à margem das estradas e nos fundos de quintais, causando

danos ao meio ambiente. Nesse povoado, existe vegetação nativa,

com cerca de 80 tarefas de caatinga virgem. Lá, não ocorre a pesca

predatória, e o abate de animais é feito no povoado, sem estrutura

apropriada. Por outro lado, não são usados agrotóxicos nas pastagens.

Existem três tanques, mas todos estão contaminados, há dois

açudes privados, dois riachos, uma barragem pequena, além dos rios

que passam por perto do povoado.

A comunidade é formada por 100 famílias, das quais 50% se

enquadram no PRONAF B e, em todo povoado, há na faixa 116

residências. A distância entre a sede do município e o povoado é de 40

km.

A comunidade conta com a Escola Auzenira Gonçalves de

Santana, algumas igrejas, energia elétrica, cisternas, com a Associação

de Desenvolvimento Comunitário do Povoado Poço da Clara, bares,

padaria, mercearia, orelhão e campo de futebol.

As fontes de renda são a agricultura, pecuária e lá é, em

pouquíssima quantidade, o artesanato.

RIACHO FUNDO

Esse é um povoado do nosso município, ainda em

desenvolvimento, que possui uma escola que leva o nome de Escola

Municipal de Ensino Fundamental José Geraldo. O povoado fica a 12

km da sede do município. Lá existe vegetação nativa, que fica bem

perto do povoado. No povoado, não ocorre pesca predatória, nem é

feito o abate de animais. O destino do lixo é o fogo, isto é, 100%

queimados.

Riacho Fundo possui um tanque público, três açudes privados e

um riacho, que recebe o nome do próprio lugar. São 40 famílias que se

enquadram no PRONAF B; só no povoado existem 35 domicílios, um

posto de saúde, chafarizes, luz elétrica, cisternas em algumas casas,

uma Igrejinha Católica, uma mercearia, um campo de futebol, um

cemitério local e uma Associação de Desenvolvimento Comunitário do

Povoado Riacho Fundo.

Principais fontes de renda: a agricultura, que abrange 80% e a

pecuária, com 20%. Quanto ao artesanato, pouco é feito, por ser

pequeno o número de pessoas que possuem máquinas de costura em

suas casas.

ROMA

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É um dos povoados mais antigos da nossa região. Lá, hoje existe

um posto de saúde do município, uma Igreja Católica, a de Santa Luzia,

e existe também uma Capelinha da Santa Cruz, que foi a primeira Igreja

do povoado a ser construída. Possui uma Igreja Evangélica, posto

telefônico, três mercearias, um campo de futebol, dois bares e um

cemitério local. Além de tudo isso, a comunidade conta com a

Associação Comunitária do Povoado Roma e com a Associação de

Desenvolvimento Comunitário do Povoado Roma, fundada em 1988.

Quanto ao artesanato, não existe associação, mas tem

bordadeiras que fazem esse trabalho, usando máquinas industriais.

Outra fonte de renda do povoado é a agricultura, sendo 20%

destinados ao cultivo do milho, da fava e do feijão. A pecuária abrange

80% da fonte de renda, através da criação de ovinos, bovinos e

equinos.

Esse povoado possui luz elétrica, açudes, água encanada e uma

escola, que leva o nome de Escola Municipal Antônio Euzébio dos

Santos. A distância entre a sede do município e Roma é de 8 km, pela

pista. Nas redondezas do povoado e no próprio povoado, existem 110

famílias, sendo que no povoado tem 35 domicílios.

Roma possui tanques públicos, açudes privados, riachos (Riacho

da Roma) e uma mini barragem. O lixo é armazenado no fundo do

cemitério local, aonde funcionários da Prefeitura Municipal,

periodicamente, vão e fazem a coleta. A vegetação nativa localiza-se

perto do riacho.

O abate de animais é feito na sede do município, e levado para

ser vendido no povoado. Esse é o povoado Roma, com todo o seu

desenvolvimento.

SAMAMBAIA

Ou Vila de Samambaia, como é conhecida. Hoje, é considerado

um dos maiores povoados do nosso município, e também um dos mais

antigos. Começou a ser conhecido por Várzea do Caripau, depois

Igreja Nova de São José (nome dado pelo Padre Virgílio do Rosário

Montalvão) e, definitivamente, passou a chamar-se de Vila de

Samambaia.

O lixo é jogado em um terreno público, através de coleta

realizada lá mesmo. Metade da comunidade conta com rede de

esgoto e, perto do povoado, a umas 500 tarefas de distância, existe

vegetação nativa. Nos rios e riachos, não acontece a pesca predatória.

Por outro lado, o abatimento de animais, no matadouro público, ocorre

sem estrutura apropriada, além de haver o uso de agrotóxicos nas

pastagens, sem os devidos cuidados técnicos. Existe em Samambaia um

tanque público, um açude privado, cinco riachos, duas barragens,

inclusive, uma precisando de reforma, e dois rios: Caripau e Macacos.

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A Vila de Samambaia possui uma média de 288 famílias, das

quais 70% se enquadram no PRONAF B. A distância aproximada entre a

Vila e a sede do município é de 36 km. A comunidade dispõe de uma

escola, a Escola Municipal de Ensino Fundamental Amintas Leopoldino

Ramos, de uma Igreja Católica e uma Evangélica, de dois campos de

futebol, de um cemitério, de um posto policial, de um mini mercado, de

bares, mercearia e lan house, de uma farmácia, de borracharia, de

água encanada, de um posto de saúde, de energia elétrica e de

algumas cisternas. Existem duas Associações, a saber: Associação dos

Artesãos da Vila de Samambaia e Associação de Desenvolvimento

Comunitário da Vila de Samambaia.

As principais fontes de renda são a agricultura, através do cultivo

de feijão, milho e mandioca; a pecuária e o artesanato, que é muito

divulgado naquela comunidade.

Uma das histórias do povoado versa sobre como e quando foi

fundado o Cartório de Registro Civil e Notas, aliás, uma história muito

mal explicada ao longo dos anos, a qual muitos já tentaram explicá-la e

nunca chegaram a um denominador comum. Aqui, vamos aproveitar e

elucidar essa questão definitivamente.

O Intendente de Campos, na época, era o Sr. Filadelfo Santos

Lima, juntamente com o Interventor do Estado, o Sr. Augusto Maynard

Gomes, os quais resolveram criar um Cartório em Samambaia, devido

ao grande número de moradores e ao crescimento do comércio.

Através de um decreto, criado pelo intendente de Campos, foi fundado

em 25 de setembro de 1931, o primeiro Cartório de Registro Civil e

Notas, que teve como titulares: 1º - Domingos Leopoldino Ramos (pai de

Dr. Moreno, grande advogado do nosso município); 2º - Boaventura

José de Santana; 3º - Antero de Oliveira Souza; 4º - Luiz de Souza Lima e

o 5º - Luizete de Souza Neto, o último a exercer a função no Cartório.

Esse cartório funcionou durante um período de 76 anos e, nessa época,

o povoado passou a se chamar Vila de Samambaia.

Em 01 de fevereiro de 2008, o Cartório foi fechado pelo Tribunal

de Justiça do Estado, e nunca mais foi reaberto. Esperamos que um dia

ele volte a abrir suas portas, para que a Vila de Samambaia possa

continuar crescendo e se desenvolvendo como antes.

SAQUINHO

O povoado Saquinho é um dos mais antigos de Tobias Barreto, e

em fase de crescimento. 70% do são jogados nas estradas, e 30% são

queimados, além de não haver rede de esgoto.

Lá, existem 10 tarefas de vegetação nativa e não acontece a

pesca predatória e criminosa; no entanto, o abate de animais é feito no

povoado, sem estrutura apropriada. Em contrapartida, não ocorre o

uso de agrotóxico nas pastagens.

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O povoado dispõe de açudes privados, que servem para o

consumo humano, e de quatro riachos.

O número de famílias é de 67, sendo que 70% se enquadram no

PRONAF B, e há 120 casas em todo povoado. A distância entre a sede

do município e o povoado Saquinho é de 17 km.

A comunidade conta com a Escola Italva Almeida da Fonseca,

com um posto de saúde, com a Associação de Desenvolvimento

Comunitário do Povoado Saquinho, um centro de bordado e com uma

Igreja Católica, além de haver um chafariz, energia elétrica, um campo

de futebol, e bares.

A principal dificuldade do povoado é a falta de água, já que,

no período de seca, a comunidade está bebendo água, que não é de

boa qualidade, provinda de dois açudes particulares. Existe um

dessalinizador, mas está quebrado. Além disso, o povoado precisa

também de calçamento, pois, no período de chuvas, a lama dificulta o

tráfego das pessoas.

Principais fontes de renda: a agricultura, que abrange 20%; e a

pecuária, 80%.

SOTERO

O povoado é novo e ainda está em fase de crescimento. Em

relação ao lixo, 60% são jogados às margens das estradas e 40%,

queimados. Lá, existe uma área de aproximadamente 400 tarefas de

cerrado, com mata virgem; não ocorre a pesca predatória, nem o uso

de agrotóxico nas pastagens, e o abate de animais é feito lá, mas sem

estrutura apropriada.

Existem dois tanques públicos, dois açudes privados, um riacho

que passa perto, uma barragem e um rio, o “Caripau”.

Formam a comunidade mais de 50 famílias, sendo que 10% delas

se enquadram no PRONAF B e, em todo o povoado, há na faixa de 109

casas. A distância entre a sede do município e o Sotero é de 24 km.

Na comunidade existem chafarizes, 03 bares, orelhão, cisternas.

O povoado ainda dispõe de energia elétrica, de uma Associação de

Desenvolvimento Comunitário Lucas Aquino César do Povoado Sotero,

de uma Igreja Católica, de casa de farinha e mercearia, de um campo

de futebol e de um salão de beleza. Existem também 06 chiqueiros de

porcos a dez metros das residências.

As principais fontes de renda são a agricultura e a pecuária.

TAQUARA

Apesar de já ser considerado um povoado, a Taquara, como é

conhecido, ainda está em fase de crescimento e desenvolvimento. O

lixo é colocado em uma área privada, onde a comunidade o deposita

e o queima. Lá, não existe rede esgoto nem vegetação nativa, e não

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ocorre a pesca predatória e criminal. Nas pastagens, ocorre o uso de

agrotóxicos sem os devidos cuidados técnicos. Outro fator importante é

o abate de animais, que lá não acontece.

No povoado, há um tanque público, um açude privado, um

riacho e um rio que passa perto, além de cisternas.

Formam a comunidade 56 famílias, sendo que 60% delas se

enquadram no PRONAF B e, em todo povoado, existem na faixa de 69

domicílios. A distância entre a sede do município e a Taquara é de 24

km.

A comunidade possui uma escola, a José Roberto de Araújo,

energia elétrica, uma Igreja Católica, bares e telefone comunitário via

rádio. Para chegar ao povoado, enfrentamos algumas dificuldades

devidas ao estrago das estradas, sem esquecer a escuridão total no

centro do povoado, por falta de lâmpadas.

Suas principais fontes de renda são o bordado (artesanato),

agricultura e a pecuária.

VILA DE CAMPOS PARA CIDADE

A história de como o nosso Município passou à categoria de

cidade foi a seguinte:

Mons. Olímpio Campos, de memória imortal, chefiava o

Partido Conservador (Cabaú) no Estado todo, e era grande amigo do

Coronel Luiz Antônio da Costa Melo, grande homem de atitudes, o qual,

naquela época, já era Deputado Provinciano da nossa povoação e

vinha lutando incessantemente em favor da terra que ele tanto amava,

conseguindo aos poucos a realização de obras indispensáveis para o

desenvolvimento de Campos, terra que o adotou como filho.

Conseguiu a construção da Represa e da Ponte no Rio Real, em pedra

e cal, bem junto à atual Rua Elias Montalvão, à margem do rio; a

abertura da Lagoa da Porta, fonte primeira e valor autêntico para a

serventia pública; construiu a Represa no Lugarejo Samambaia,

conhecido por Igreja Nova, nome admitido pelo vigário Virgílio do

Rosário Montalvão.

A posição do Coronel Luiz Antônio era das mais vantajosas

entre os que se apresentavam na região e, dada a sua condição de

amigo inseparável do Mons. Olímpio Campos, este não titubeara em

apresentar ao Cel. Luiz Antônio um plano, que seria o seu afastamento

das conversações políticas em favor do Major Ernesto José de Souza,

irmão do Mons. Olímpio Campos, para que assumisse a Presidência da

Assembléia, com todas as chances de ser conduzido à Presidência do

Estado, em troca do reconhecimento, passaria a Vila de Campos para

cidade.

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Cel. Luiz Antônio aceitou tranquilo e satisfeito, pois era

desejo já manifestado aos amigos e correligionários. E tudo foi feito

dentro na maior harmonia.

Presidia os destinos do Estado o Guilherme de Souza

Campos (1905 a 1906), irmão do Mons. Olímpio Campos. E nessa época,

surgiu uma mobilização para derrubar do poder o Guilherme Campos.

Seguido por uma multidão de sergipanos de várias partes

do Estado, Fausto Cardoso foi chamado para assumir o Governo, por

conta da deposição (ou renúncia) do Presidente Guilherme Campos. O

vice-presidente, Pelino Nobre e seus auxiliares compuseram uma nova

administração estadual. Quem assume o Governo é o desembargador

João Maria Loureiro Tavares (1906), enquanto era nomeado, pelo

Presidente Rodrigues Alves (Presidente da República Francisco de Paula

Rodrigues Alves, de 15/11/1902 a 15/11/1906), o General Firmino Rego. A

revolução demora pouco, e as forças federais, chamadas a intervir,

matam Fausto Cardoso na Praça do Palácio e repõem os governantes

afastados. Fausto Cardoso morre em 28 de agosto de 1906, dizendo

frases que ficaram indeléveis na memória dos sergipanos: “A liberdade

só se prepara na história, com o cimento do tempo e o sangue dos

homens” e “Morro, mas a vitória é nossa, sergipanos”. Pouco mais de

três meses, no dia 09 de novembro de 1906, os filhos de Fausto Cardoso

– Humberto e Armando, em companhia de Délio Guaraná, atacam e

matam o senador Mons. Olímpio de Souza Campos, na Praça 15 de

novembro, no Rio de Janeiro. Tinha final trágico o confronto entre

Fausto Cardoso, que representava as idéias progressivas da política

sergipana, e o Mons. Olímpio Campos, chefe oligárquico conservador

(Cabaú).

Mas antes de acontecer a morte do Mons. Olímpio

Campos, ele já tinha outorgado a lei que passava a localidade da

condição de Vila de Campos para a de cidade, a qual entraria em

vigor em 23 de outubro de 1909. E foi o que aconteceu. Mas isso tudo só

foi possível através do acordo feito pelo Cel. Luiz Antônio da Costa

Melo, um dos maiores líderes políticos de Campos.

Nessa época, conduzia os destinos do Estado o Dr. José

Rodrigues da Costa Dória (1908 a 1911), e era seu vice o Dr. Manoel

Batista Itajay, que assumira a presidência estadual por ocasião da

licença concedida ao efetivo, e é Manoel Batista Itajay quem assina a

lei nº 550, de 23 de outubro 1909, passando da categoria de Vila para a

de cidade.

Outro que contribuiu para que a Vila de Campos passasse

para cidade foi o nosso intendente João Alves de Oliveira, que, na

ocasião, era quem comandava os destinos da vila de Campos; era

também grande amigo do Coronel Luiz Antônio, ambos do mesmo

partido político (conservador).

E foi em 23 de outubro de 1909 que a lei nº 550 entrou em

vigor, assinada por Manoel Batista Itajay, pois era quem estava no

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poder naquele momento e, sem pestanejar, acabava de ter assinado

uma das maiores leis para o nosso município.

A cidade recebeu com alegria esfuziante o chefe Luiz

Antônio e, lá na Praça da Matriz, em seu velho sobrado, ele abriu as

portas e salões para o grande baile, onde compareceu o povo sem

distinções partidárias.

Os liberais, sob a chefia do Cel. José Antônio de Lemos,

aplaudiram o gesto, sobremodo, grandioso do Cel. Luiz Antônio. Nesse

dia, os lampiões foram acessos mais cedo do que de costume, os

foguetes estouraram, a missa solene foi celebrada pelo Padre Virgílio do

Rosário Montalvão, e os discursos foram proferidos com o calor e o

entusiasmo de uma mocidade cheia de esperança no futuro que se

abria para a cidade sertaneja. A festa varou até a madrugada, os

partidos que eram opostos se juntaram, e vários líderes políticos do

partido Peba e Cabaú discursaram juntos (isso só aconteceu uma vez,

depois que a festa acabou, os partidos Peba e Cabaú voltaram a ser

adversários políticos). Foi uma bela festa que ficou na memória do

tempo.

No Jornal Coluna Popular nº 06, de 31 de dezembro de

2005, tem uma matéria tão importante, escrita pelo professor Aerton

Matos de Oliveira, que resolvemos transcrever algumas partes, onde ele

faz uma pergunta: “23 de outubro emancipação política ou elevação à

categoria de cidade?”

“O 23 de outubro certamente é uma das datas mais

importantes do calendário cívico de Tobias Barreto. No entanto,

convém fazer algumas ressalvas em relação ao evento que originou o

feriado. A grande maioria das pessoas ao referir-se à data,

erroneamente a denomina como dia da emancipação política de

Tobias Barreto.”

“Essa afirmação é incorreta, uma vez que a mesma ocorreu

a partir do momento em que o povoado de Campos foi elevado à

categoria de vila em 17 de Janeiro de 1835. Fica a sugestão para a

Câmera dos Vereadores analisarem a possibilidade de incluir essa data

como feriado municipal recebendo o nome de Vila de Campos”.

“Alguns podem estar se perguntando como uma vila

poderia estar emancipada politicamente. Realmente, hoje quando

uma localidade ascende à categoria de vila, ela continua subordinada

a outro município. No entanto, no século XIX, a emancipação ocorria

com a elevação à categoria de vila. Um indício claro disso, é que nessa

ocasião era criada a Câmera Municipal tendo esta autonomia política

para tomar decisões peculiares à esfera Municipal. Conclui-se então,

que o dia 23 de outubro, na verdade representa a comemoração

alusiva a elevação de Vila de Campos à categoria de cidade”.

Propomos uma reflexão sobre esse assunto, e nunca mais

dizermos que 23 de outubro é feriado devido à emancipação política

do município, sendo que houve apenas a elevação da Vila de Campos,

já emancipada, para a cidade de Campos.

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Réplica da Lei que eleva a Vila de Campos à categoria de

Cidade de Campos, sendo que no dia 23 de outubro de 2009, a Cidade

de Tobias Barreto comemorou seu centenário.

INTENDENTES A PREFEITOS

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A história política de nossa terra já vem de longas datas, de

épocas passadas onde quem mandava eram os coronéis e pessoas

mais abastadas do povoado. E isso nos leva à data de quando nossa

Freguesia passou a ser Vila de Campos, em 17 de janeiro de 1835.

Naquela época, quando qualquer povoado ou Freguesia passavam

para a condição de Vila, eram considerados emancipados e, a partir

daí, pessoas se reuniam para traçar os destinos do lugarejo.

Antes dos intendentes, quem tomava as decisões em Campos

era uma cúpula de pessoas mais conhecidas e bem abastadas

financeiramente. Eram pessoas escolhidas pelo povo ou por algum

Deputado Provinciano ou capitão. E assim se formava um “Conselho

Municipal”, e o presidente desse conselho era quem mandava,

tomando todas as decisões na Vila. Este conselho permaneceu por

muito tempo conduzindo os destinos da Vila de Campos. Depois deste,

foi os “edis” que começaram a comandar a Vila. Os “edis” era um

conselho de vereadores, porém antes dos intendentes, também.

As câmaras municipais estão nas origens de nossa história como

Nação. Configuram as células iniciais de toda a estrutura política

moldada nas lutas do nosso povo. A figura do vereador brasileiro

nasceu em 1532, no momento em que Martim Afonso de Souza deu

início à nossa organização política, instalando a primeira Câmara das

Américas na Vila de São Vicente, sede de sua Capitania Hereditária,

com 110 léguas de costa, ou seja, os 726 quilômetros, que hoje

abrangem o Rio de Janeiro e o Paraná. Ali, começou a reproduzir-se a

“Célula Mater” da Nacionalidade. Isso teve início quase um século

antes de os “Pilgrims” de Massachussetts fazerem algo parecido nos

assentamentos coloniais ingleses, que dariam origem aos Estados Unidos

da América.

Martim Afonso de Souza atribuiu à Câmara vicentina

competência para discutir a deliberar sobre os problemas referentes a

arruamento, construções, limpeza, ordem pública, taxas e impostos,

divisão e posse de terras e heranças, além de promover a guerra e

assentar a paz com os gentios, como aconteceu no episódio da

confederação dos Tamoios; além disso, decretar a criação de arraiais e

convocar juntas para discutir e deliberar sobre os negócios da

Capitania. Era ela integrada por três vereadores, um Procurador, dois

almotacés e um Escrivão.

Para exercer a vereança, era preciso ser homem bom,

conhecedor do português, ser bem instruído e gozar de prestígio entre

os habitantes. Não podiam exercê-la os estrangeiros, os não católicos e

os trabalhadores braçais.

Os edis elegiam, entre seus pares, um Juiz Ordinário como

presidente da casa legislativa. O Procurador requeria o andamento das

causas públicas. Os almotacés administravam o mercado, verificando a

distribuição dos gêneros alimentícios e a exatidão dos pesos e medidas.

O Escrivão redigia as atas de reuniões, transcrevendo-as em livro

próprio.

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A singela organização parlamentar vicentina multiplicou-se por

todo o país, com os nomes de Senado da Câmara, Conselho ou,

simplesmente, Câmara. Compostas por “homens bons” ou vereadores

eleitos, essas cortes comunais tiveram magno papel na formação da

consciência do povo brasileiro. Antes e depois do surgimento de nossas

províncias e Estados, elas sempre figuraram na estrutura política da

Nação.

A etimologia da palavra “vereador” inicia-se no verbo “verear”,

que significa administrar, reger, governar. Historicamente, a figura do

edil aparece em Portugal no Século XIV, quando servia como assistente

dos juízes na administração municipal. Esses assistentes, por suas

atribuições, assemelhavam-se ao “aedile”, o antigo magistrado romano

que cuidava da salubridade, da desobstrução das vias públicas, da

inspeção e da conservação dos edifícios públicos, do abastecimento

das cidades, além de vigiar o preço do trigo, os pesos e as medidas,

para proteger os compradores contra fraudes. Para isso, a “aedile”

podia editar os regulamentos edicilianos, depois chamados de posturas

e, hoje, de leis municipais. Daí, a equivalência da nomenclatura entre

“edil” e vereador.

Desde o período colonial até a República, as câmaras

encaminharam nosso povo em direção àquilo que hoje entendemos

por democracia num Estado de Direito. Essa destinação de nosso Poder

Legislativo municipal deve ter sido traçada por algo superior a regimes e

ideologias, algo que se repete até hoje no artigo 167 da Constituição

Imperial e oxalá os netos de nossos netos também possam usufruir essa

prerrogativa. Ou seja, sempre por eleição, “em todas as cidades e vilas

ora existentes, e nas mais que no futuro se criarem, haverá câmaras, às

quais compete o governo econômico e municipal das cidades e vilas”,

conforme aquele texto constitucional.

Depois de 17 de janeiro de 1835, aparece o primeiro político de

nossa terra, o Tenente-Coronel Salvador de Góis e Souza, irmão do

naturalista Antônio Muniz de Souza. Ele pertencia ao Partido Liberal

(PEBA) e era primo de Pedro Barreto de Menezes, pai de Tobias Barreto

de Menezes. Naquela época, um dos seus adversários era Capitão-mor

Luiz de Melo e Faria Oliveira, que pertencia ao Partido Político

Conservador (Cabaú). Nos movimentos da Independência, ele lutou ao

lado de Dantas Portátil no avanço sobre Vieira de Melo, na Capitania

de Sergipe, para proclamar a obra de D. Pedro I.

O Tenente-Coronel Salvador de Góis, já com a idade um pouco

avançada, passa a liderança do partido na Vila de Campos para Pedro

Barreto de Menezes, e logo funda o primeiro Conselho Municipal de

Campos, juntamente com seu irmão Domingos José de Menezes Góis.

Este conselho funcionava na Casa de Pedro Barreto. As reuniões sempre

aconteciam aos domingos, tendo como Partido Político o Liberal

(Peba).

Em 29 de agosto de 1863, sai a primeira lista dos partidários que

comandavam o Conselho Municipal. Todos sobre o comando de Pedro

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Barreto e seu irmão Domingos José de Menezes Góis. Esta lista é

transcrita no Correio de Sergipe, ano XXVI, nº 67, de sábado, 29 de

agosto do mesmo ano:

Domingos de Souza Oliveira

Félix Barreto de Menezes

Diogo Travassos de Abreu Leite

José Sotero de Melo

Pedro Antônio de Souza

Ricardo de Souza Oliveira

Luiz Cirilo Lima

Tenente José Antônio do Rosário

Francisco José de Andrade

Salvador Benvindo de Oliveira

Félix Barreto de Oliveira

José Domingues de Menezes

Amâncio de Freitas de Oliveira

José Felipe de Oliveira

Tenente-Coronel Alexandre da Fonseca Cunha e Amaral

A Vila de Campos era comandada por estes senhores que

acabamos de citar. Era o Conselho Municipal, denominado também de

Câmara Municipal, composta pelos edis (vereadores) que cuidavam da

edilidade naquela época e acumulava os poderes legislativo e

executivo. O presidente eleito pelos seus pares exercia a função

executiva em conformidade com as deliberações aprovadas e

promulgadas. Assim, era esse conselho na época da Monarquia.

O Partido Liberal elegeu naquela época vários Deputados

provincianos. Os primeiros foram Pe. Francisco Xavier de Góis e Amaral,

Tenente-Cel. Alexandre da Fonseca Cunha e Amaral e Pe. João Antônio

de Figueiredo Matos. Esses foram os primeiros a serem Deputados

provincianos da Vila de Campos, todos eleitos com o apoio do político

Pedro Barreto de Menezes, que liderava o partido Liberal.

O Major Pedro Barreto de Menezes, homem esclarecido,

destacou-se na política pela perspicácia e escrupulosa honradez. Dirigiu

por muito tempo o partido Liberal e antes de falecer, em 1867, ele passa

a liderança para o Tenente-Coronel Alexandre da Fonseca Cunha e

Amaral, outro grande líder político que chegou a ser Deputado

Provinciano juntamente com o Coronel José Antônio Lemos que, depois

do Tenente-Coronel Alexandre da Roma, como era conhecido, passou

a liderança para José de Lemos, Deputado Provinciano por várias vezes

e que soube como ninguém conduzir os destinos políticos do Partido

Liberal (Peba).

O Capitão-mor Luiz de Melo de Faria e Oliveira era do Partido

Conservador e passa a liderança do partido para o Coronel Luiz Antônio

da Costa Melo, em 1868. Este assume, com a idade de 32 anos, e faz

uma mudança geral em toda a sua estrutura, chamando pessoas mais

conhecidas da Vila de Campos para fazerem parte desse partido, que

não tinha grande ascensão em Campos e não era muito popular. Esse

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partido tinha como principal chefe político em Sergipe o Mons. Olímpio

Campos. O Coronel Luiz Antônio consegue trazer para seu partido o

Tenente José Dantas da Costa e o astuto Professor Manoel Joaquim de

Oliveira Campos, João Francisco de Faria, e algum tempo depois, o

Coronel Francisco Barreto do Rosário, que chega a assumir a liderança

do partido Conservador, quando o Coronel Luiz Antônio passa para ele

a liderança, isso tempos depois.

O partido político Conservador ainda conseguiu eleger

Deputado Provinciano por um mandato o Professor Manoel Joaquim de

Oliveira Campos, e por vários mandatos, o Cel. Luiz Antônio. Depois de

algum tempo, conseguiu eleger também o Cel. Francisco Barreto do

Rosário, por vários mandatos.

Nesta lista, há o nome dos primeiros políticos que se destacaram

na antiga Vila de Campos, tanto dos Liberais, como dos Conservadores.

Foram pessoas que fizeram história em Campos e deixaram seus nomes

gravados na história. Essa lista compreende de 1835 a 1900, depois da

Proclamação da República.

LIBERAL – Peba

Salvador de Góis e Souza

Pedro Barreto de Menezes

Pe. Francisco Xavier de Góis e Amaral

Pe. João Antônio de Figueiredo Matos

Alexandre da F. Cunha e Amaral

Cel. José Antônio de Lemos

CONSERVADOR – Cabaú

Luiz de Melo de Faria e Oliveira

Luiz Antônio da Costa Melo

Profº Manoel Joaquim de O. Campos

José Dantas da Costa

João Francisco de Faria

Cel. Francisco Barreto do Rosário

OBS: Essas estrelas significam dizer que foram esses os primeiros

deputados provincianos da Vila de Campos, e os que possuem a

bolinha preta chegaram a ser líderes políticos, em Campos, dos seus

respectivos partidos.

Agora, passaremos a relatar os fatos acontecidos na época da

República, já na ocasião em que ela foi proclamada pelo Marechal

Deodoro da Fonseca.

No dia 15 de novembro de 1889, o Marechal Deodoro da

Fonseca, com o apoio dos republicanos, demitiu o Conselho de

Ministros e seu presidente. Na noite desse mesmo dia, o marechal

assinou o manifesto proclamando a República no Brasil e instalando um

governo provisório.

Após 67 anos, a monarquia chagava ao fim. No dia 18 de

novembro, D. Pedro II e a família imperial partiam rumo à Europa. Tinha

início a República Brasileira com o Marechal Deodoro da Fonseca

assumindo provisoriamente o posto de presidente do Brasil. A partir de

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então, o país seria governado por um presidente escolhido pelo povo

através das eleições. Foi um grande avanço rumo à consolidação da

democracia no Brasil.

A figura do “coronel” era muito comum durante os anos iniciais

da República, principalmente, nas regiões do interior do Brasil. O coronel

era um grande fazendeiro que utilizava seu poder econômico para

garantir a eleição dos candidatos que apoiava. Era usado o voto de

“cabresto”, pelo qual o coronel (fazendeiro) obrigava e usava até

mesmo de violência para que os eleitores de seu “curral eleitoral”

votassem nos candidatos apoiados por ele. Como o voto era aberto, os

eleitores eram fiscalizados e pressionados por capangas do coronel,

para que votassem nos candidatos indicados. O coronel também

utilizava outros “recursos” para conseguir seus objetivos políticos, tais

como: compra de votos, votos fantasmas, troca de favores, fraudes

eleitorais e violência. Com a proclamação da República, todas as grandes Vilas e Municípios do

Estado de Sergipe mandaram para capital do Estado um documento escrito pela Câmara

Municipal (Conselho Municipal), com o título de “Adesão do Povo”. Aqui foi escrita

com o título de Adesão do Povo de Campos, Documento nº 26 A e nº 27 B. Sendo que

foram escritas duas adesões e enviadas para a capital. Estes dois documentos foram

tirados do livro “A República em Sergipe”, de autoria de Baltazar Góes, relançado em

2005 pela Secretaria de Estado da Cultura de Sergipe.

DOCUMENTO Nº 26 A

Adesão do povo de Campos

“Cidadãos membros do Governo Provisório do Estado Federal de

Sergipe. A Câmara municipal desta vila de Campos, unindo-se ao

sentimento de patriotismo que inspirou o nosso Exército e Armada, e o

povo a dar no dia 15 do Corrente o brado que constituiu a República

em nosso país; e considerando que esse ato de nossos patrícios,

alvissareiro da felicidade pública, vai abrir para o Brasil a era de nossa

verdadeira liberdade, alargando a estrada do progresso moral e

material, que a política até então seguida embaraçava, já

corrompendo a virilidade do caráter nacional, já amortecendo o

civismo de nossos patrícios por meio da corrupção dos costumes, e da

compressão oficial, exercida em todos os ramos do público serviço e,

felicitando-se por ter realizado tão auspicioso acontecimento sem a

mais leve perturbação da ordem pública, e da tranquilidade particular,

apressa-se em vir trazer ao Governo Provisório do Estado Federal de

Sergipe os seus mais ardentes votos de adesão, obediência, simpática e

respeito profundo, penhorando desde já todos seus esforços e serviços

para o definitivo assentamento e acordo. Viva a República. Viva o povo

brasileiro. Paço da Câmara Municipal da Vila de Campos, 23 de

novembro de 1889. Diogo Travassos de Abreu Leite, P. José Antônio de

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Faria, Ladislau Febrônio de Andrade, Joaquim José de Montalvão,

Francisco José de Andrade Sólon”.

DOCUMENTO Nº 26 B

Adesão da Câmara de Campos

“Cidadãos membros do Governo Provisório do Estado Federal de

Sergipe. Os abaixo-firmados, residentes no Município da Vila de

Campos, acordes com as vistas que o Governo Provisório do Brasil

prometeu aos nossos patrícios e, atendendo a que o estabelecimento

do governo do povo, pelo povo, é o único capaz de garantir em toda

sua plenitude os direitos dos cidadãos sem distinção de classes,

instruindo-o, moralizando, e implantando em seu ânimo as normas de

bons cidadãos pelo exemplo, vêm depor ante o governo provisório do

Estado Federal de Sergipe os seus protestos de absoluta adesão e

obediência a todos os atos emanados do poder republicano. Viva a

República. Viva o povo brasileiro.

Vila dos Campos, 25 de novembro de 1889.

(Assinam 52 cidadãos)”.

Então ficava clara a adesão do povo e dos políticos da Vila de

Campos aos movimentos Republicanos. Neste ano de 1889, aparecia

outra formação da Câmara Municipal com nomes novos na política. A

formação era a seguinte:

Presidente: Diogo Travassos de Abreu Leite

1º MEMBRO: P. José Antônio de Faria

2º MEMBRO: Ladislau Febrônio de Andrade

3º MEMBRO: Joaquim José de Montalvão

4º MEMBRO: Francisco José de Andrade Sólon

Houve, nos primeiros anos da República, séria instabilidade

política.

Uma série de acontecimentos influiu para essa instabilidade no

Estado, mormente no interior. Mudanças contínuas do Governo

Provisório Estadual e de Juntas Governativas, como: anulação de leis e

atos dos governos anteriores, promulgação e revogação de

Constituições, dissolução da Assembléia Constituinte, dissolução das

Câmaras Municipais, etc.

Por decreto de 21 de novembro de 1890, do Vice-Governador

em exercício, o Juiz de Direito Lourenço Freire de Mesquita Dantas, foi

promulgada uma Constituição, pela qual cada município seria

governado por um CONSELHO MUNICIPAL, cujos membros seriam eleitos

diretamente para um período de quatro anos. Essa Constituição foi

revogada pela Lei de 8 de junho de 1891, promulgada pela Assembléia

Constituinte, de que foi 1º Secretário o político simãodiense Dr. Joviniano

Joaquim de Carvalho. Segundo essa nova Constituição, os municípios

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governar-se-iam por uma Câmara de Vereadores e um Edil, eleitos

anualmente através de voto direto.

A Constituição de 1891 teve vida efêmera, revogada que foi

pela de 18 de maio de 1892.

O Decreto nº 15, de 09 de novembro de 1891, fixou o dia 21 de

dezembro do mesmo ano para a realização das eleições de vereadores

e edis.

Para as aludidas eleições, as cédulas de vereadores conteriam

nove nomes em alguns municípios. Em São Cristóvão e nas vilas, apenas

cinco nomes. Nas cédulas referentes à eleição de edis, apenas um

nome.

Essas eleições municipais não se realizaram.

O Decreto nº 21, de 5 de janeiro de 1892, assinado pela Junta

Governativa do Estado, aclamada em 26 de novembro de 1891,

dissolveu a Assembléia Constituinte eleita em 10 de março do referido

ano, 1891.

Pelo Decreto nº 17, de 28 de novembro de 1891, da JUNTA DO

GOVERNO PROVISÓRIO, constituída dos cidadãos Leandro Ribeiro da

Siqueira Maciel, Olinto Rodrigues Dantas e Marcelino José Jorge, foram

declarados de nenhum efeito todos os atos do Governador Cel. Luiz de

Oliveira Ribeiro, por consequência de determinado comportamento na

Assembléia do Estado.

Tudo isso, essa evidente instabilidade da política estadual

infundia desconfiança e retraimento nos chefes políticos do interior. Finalmente, instituiu-se melhor ordem. Tomados outros rumos, e uma nova

legislação trouxe outra forma de governo para os municípios, com um Conselho

Municipal e um Intendente, diretamente eleitos.

Em 1892, 22 Deputados da Assembléia Legislativa de Sergipe, sob a

presidência do padre Olímpio de Souza Campos, elaboraram outra Constituição que,

oficialmente, é conhecida como a primeira de Sergipe. Foram eles: Bacharel João de

Araújo Lima, professor Brício Cardoso, Coronel Benjamin de Souza Telles, Manuel

Francisco de Oliveira, Alexandre Félix de Menezes Júnior, Guilherme Nabuco Maciel,

Leandro Ribeiro de Siqueira Maciel Júnior, Domingos de Santiago, Joaquim do Padro

Sampaio Leite, Sebastião da Fonseca Andrade, Dr. Manuel Batista Itajaí, Mateus de

Souza Machado, Rafael Arcanjo Montalvão1, Antônio Ludugero de Oliveira Queiroz,

Manuel Xavier de Oliveira, Capitão Vicente Ferreira dos Passos, Antônio Augusto

Gentil Fortes, Marcolino Ezequiel de Jesus, Farmacêutico Josino Odorico de Menezes,

Capitão Messias Ludugero e Oliveira Valadão, Bacharel Gonçalo de Aguiar Boto de

Menezes e Alferes Arestides Augusto Vilas-Boas.

OBS: Este nome grifado é de um dos filhos ilustres de Campos, que na ocasião

era deputado provinciano por Simão Dias.

Depois da primeira constituição de Sergipe, realizada em 1892, Campos

continuou com a Câmara Municipal, tendo seu presidente comandando a política local.

Só depois de seis anos, é que veio aparecer o seu primeiro Intendente da Vila de

Campos, o Sr. José Domingues de Menezes.

Intendente é a pessoa que dirige ou administra alguma coisa,

podendo ser o presidente dos vereadores da época (edis). É uma

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designação dada, até pouco depois de 1920, aos chefes do poder

executivo municipal. Atualmente, prefeito.

OBS: Entre os primeiros intendentes de Campos, discriminados doravante, não

foi possível saber sobre o mandato do Cel. Luiz Antonio da Costa Melo, como

intendente. Sabemos apenas que ele o foi, mas não encontramos nenhum documento

provando essa tese. Descobrimos que ele exerceu o cargo através de algumas entrevistas

com pessoas mais idosas, que nos relataram esse fato. Achamos todos os documentos

dos outros intendentes, tanto de entrada, como de saída da intendência. O caso de Cel.

Luiz Antônio, este grande líder político, vai ficar para outros pesquisadores descobrirem

o tempo certo de sua entrada e saída da intendência da velha Campos de outrora.

1º INTENDENTE

José Domingues de Menezes

Era tio de seu Zé Menezes (Grande Historiador), irmão de

Francisco Sales de Menezes (Chico Menezes), que se destacou novo na

política local como chefe político de Campos. José Domingues era

fazendeiro e foi eleito em 1898 até 1901, chegando a fazer uma boa

administração na Vila de Campos. Ele assumiu o posto de intendente já

com a idade de 59 anos. Saiu do comando da Vila e nunca mais quis

exercer outro cargo na política local. Integrava o partido dos Liberais

(Peba).

2º INTENDENTE Antônio Guimarães de Carvalho (Mangabinha)

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Nasceu aqui na Vila de Campos e era muito conhecido. Na

época em que assumiu a intendência, foi eleito em 1901 e, até 1904,

trabalhou na construção do Mercado Municipal, uma das maiores

obras já realizadas em Campos, ao qual deu nome de Mercado

Municipal Cel. Luiz Antônio da Costa Melo, (grande homenagem a seu

“cacique” político do partido conservador, Cabaú). Ele recebeu

também em 1903 o telégrafo, cujo serviço foi inaugurado em sua

administração, e ficava instalado no sobrado do chefe político Cel. Luiz

Antônio Mangabinha, como era conhecido aqui e no Estado da Bahia.

Antônio Guimarães fez sua carreira política no Estado da Bahia,

precisamente, em Barracão (hoje Rio Real). Foi que ele adquiriu status

políticos e ficou muito conhecido em todo o Estado da Bahia.

3º INTENDENTE

Cel. Francisco Barreto do Rosário

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Era um grande chefe político conservador (Cabaú), juntamente

com o coronel Luiz Antônio da Costa Melo. Chico Barreto, como era

conhecido, lutou muito ao lado do Cel. Luiz Antônio para ver a Vila de

Campos passar para a condição de cidade. Mas esta emancipação

política só veio em 1909. Ele fez uma boa administração à altura do

possível, nesse seu primeiro mandato. Comandou a edilidade de 1904

até 1907.

4º INTENDENTE

Comendador João Alves de Oliveira

O Comendador era um homem sério, um folhetinista, católico de

grandes virtudes e que, em Itororó, na Bahia, construiu Igrejas, lutando e

combatendo o Protestantismo, merecendo a honraria de ser agraciado

com a comenda da Santa Sé, no grau de comendador da Ordem de

São Gregório Magno.

Realizou uma administração elogiada por todas as correntes,

fato que o capacitou para novas realizações sociais. Ele conquistou a

simpatia dos amigos e partidários de um e outro partido, pois tinha linha

franca nas conversações entre Cabaus e Peba (conservador e Liberal),

cujos chefes eram Luiz Antônio e José de Lemos. Ficou

aproximadamente na administração de 1907 até 1910. Foi nessa

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administração que a Vila de Campos passou a ser cidade de Campos,

através da força política do Cel. Luiz Antônio e do Cel. Chico Barreto,

contando com a grande ajuda do Comendador João Alves de Oliveira.

Essa foi uma das maiores festas realizadas em Campos. Foi em 23 de

outubro de 1909, quando se juntaram pela primeira vez os

Conservadores e Liberais para festejarem a passagem da Vila para

cidade (na primeira parte do livro eu conto esta história com detalhes).

Aquela grandiosa festa, com banda de música, foi toda realizada na

administração do Comendador João Alves.

Ele fez um dos melhores administradores e fez uma falta muito

grande a Campos com o seu afastamento da edilidade.

OBS: Os administradores, depois de João Alves de Oliveira,

fizeram alguma coisa dentro dos recursos administrados praticamente

pela Câmara de Vereadores, que eram os auxiliares diretos dos

Intendentes, pois as obras eram indicadas e realizadas com a sua

colaboração. Os impostos eram colocados em hasta pública, sob o nome de “ramos”, que

eram leiloados pelos interessados e arrematados por determinado valor para

recolhimento em cotas mensais. Havia um planejamento administrativo e sem

mordomias, com ajuda do povo na solução dos problemas mais corriqueiros.

5º INTENDENTE

Cel. Francisco Barreto do Rosário

Segundo mandato dele. Mais uma vez, consegue comandar a

edilidade. Seu partido, o Conservador (Cabaú), cada vez crescia mais

naquela época, em Campos. Ele entrou em 1910 e ficou até 1913.

Realizou outra boa administração, mas nunca igual ao comendador

João Alves. Mas Chico Barreto era um homem prestimoso e sabia como

ninguém agradar a seus munícipes.

OBS: Em 1913, já acabando a administração de Chico Barreto,

era para ser Intendente em Campos o Cel. Luiz Antônio da Costa Melo,

mas houve um impasse do partido político Conservador, que só foi ter

um chefe político em Campos a partir 31 de maio de 1914, sendo

colocado na Intendência o Sr. Severiano Cardoso.

6º INTENDENTE

Severiano Cardoso dos Santos

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Assumiu a intendência, apenas por dez meses, em 31 de maio

de 1914, no lugar do Cel. Luiz Antônio, e saiu em 31 de março de 1915.

Fez uma razoável administração pelo pouco tempo que passou.

Homem muito inteligente, de modo que, nos anos 20, chegou a ser

promotor e juiz em Campos. (Ele é o pai de Dona Raimundinha de

Severo, grande professora desta terra, com grandes serviços prestados

a cultura tobiense). Seu Severo, como era chamado, não era um

político profissional como o Cel. Luiz Antônio nem como Cel. Chico

Barreto. Era apenas um partidário fiel ao seu partido político e não

hesitou quando foi chamado para assumir a Intendência Municipal.

OBS: Não sabemos o porquê de a cidade de Campos ficar sem

Intendente por, praticamente nove meses, de 31 de março de 1915 até

1º de janeiro de 1916. Em nossas pesquisas, não foi possível saber os

motivos reais desta parte da história.

7º INTENDENTE

Antônio Justiniano de Menezes

Entra em 1º de janeiro de 1916, dedicando-se ao serviço de

limpeza da Lagoa da Porta e Construção do Mercado de Samambaia,

embora não cuidasse bem da iluminação da cidade, a querosene.

Deixou a Intendência em 31 de dezembro de 1918.

8º INTENDENTE

Francisco Alves de Oliveira

Homem sério, de caráter forte, que exercia a função de

farmacêutico. Era amigo de Pereira Lobo. Assumiu a intendência em 1º

de janeiro de 1919, fazendo uma administração um tanto

revolucionária, com abertura de ruas, cortando pastos e encontrando

dura resistência por parte de proprietários políticos que

acompanhavam os chefes José de Lemos e Francisco Barreto (Peba e

Cabaú).

Concluiu sua administração em 31 de dezembro de 1921, e foi

nomeado funcionário público federal.

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9º INTENDENTE

Thomé Dantas da Costa

Um homem muito rico, um grande fazendeiro, dono de muitas

terras e o maior comerciante naquela época. Eleito, assumiu em 1º de

janeiro de 1922, realizando uma administração a contento das partes,

pois sabia impor respeito aos seus adversários, e, ao terminar o

mandato, permaneceu cercado de estima geral, exercendo suas

atividades nos campos da pecuária e do comércio. Saiu em 31 de

dezembro de 1924.

10º INTENDENTE

Pedro Antônio de Menezes

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Um dos homens mais cultos daquela época, muito inteligente e

retraído, poliglota, sabia o português como poucos. Não é a toa que

era parente de Tobias Barreto de Menezes. Pertencia ao partido Liberal

(Peba) e entrou na política, colocado pelo chefe político e seu parente,

o Cel. Francisco Sales de Menezes (Chico Menezes), seu tio e grande

amigo. Ambos tinham grande confiança um no outro. Foi eleito em 1º

de janeiro de 1925, mas não demorou muito tempo e renunciou ainda

nesse ano, precisamente, no mês de maio.

11º INTENDENTE

Isaías Alves Barreto

Assumiu o cargo em junho de 1925. Ele era o presidente da

Câmara Municipal na ocasião e teve que assumir a edilidade.

Comerciante que desenvolveu alguns trabalhos em favor da edilidade

e entrou com uma trajetória de trabalho voltado para a cidade. Deixou

a Intendência em 31 de dezembro de 1925.

12º INTENDENTE

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Joviniano José dos Santos

Foi eleito em 1º de janeiro de 1926. Era comerciante e exerceu o

mandato para completar o outro passado. Soube desenvolver grande

atividade dentro dos recursos orçamentários, fazendo o que lhe foi

possível para melhorar a vida urbana da cidade, sem esquecer o

interior. Deixou a Intendência em 31 de dezembro de 1928, sendo

considerado um ótimo Intendente por suas realizações em Campos.

13º INTENDENTE

Carlos Vieira Sobral

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Sempre honesto ao extremo. Estudou muito até chegar a

bacharel. Foi genro de Thomé Dantas e sócio da grande firma de

Tecidos, além de agente de Bancos. Elegeu-se em novembro de 1928,

época em que surgiu o Jornal de Campos. Tomou posse a 1º de janeiro

de 1929, e seu discurso de posse foi publicado no Jornal de Campos.

Trimestralmente, era publicado o Balancete de Receitas e Despesas da

Intendência.

Arboriza a cidade, constrói ponte de madeira no Rio Jabiberi,

cerca com seis fios de arame farpados a cidade, para evitar a

presença de animais. Foi, sem dúvida, a melhor administração já

realizada em Campos. Veio a revolução de 30 e Sobral renunciou em 07

de novembro de 1930.

OBS: Com a renúncia do Dr. Carlos Vieira Sobral, devida à

revolução de 30, assume o cargo o Secretário Geral da Prefeitura

inteiramente, por um período de quase um mês.

14º INTENDENTE

Josué Montalvão Filho

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Toma posse em 08 de novembro de 1930, na qualidade de

Secretário da Prefeitura. Assumiu em decorrência do Decreto de 06 de

novembro de 1930, que dissolveu a Assembléia e as Câmaras ou

Conselhos Municipais, no dia 08 de novembro. Permaneceu no cargo

até o dia 28 de novembro de 1930.

15º INTENDENTE

Filadelpho dos Santos Lima

Sr. Filadelpho com sua esposa

Dona Mariolinda Caxingó

Comerciante, nomeado em 21 de novembro de 1930.

Empossado a 28 de novembro do mesmo ano, de imediato, lutou para

desenvolver uma atividade que empolgou, pois continuava o trabalho

de Sobral e ainda adquiriu madeirame para instalação da Energia

Elétrica, um sonho que ele nutria há muito tempo. A política exigiu sua

renúncia e no dia 25 de fevereiro de 1932, solicitou sua exoneração,

tendo o Interventor Federal, Maynard Gomes, agradecido sua

colaboração nos seguintes termos: “Ao conceder-lhe exoneração,

pedistes intendente de Campos, cabe-me agradecer pela

colaboração prestada a meu governo como administrador desse

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município, cargo que soubestes exercer com integridade, esforço e

dedicação, que aqui louvo sem reservas pt. Atenciosas saudações (a)...

Augusto Maynard – Interventor Federal”. (D. O. de 27.02.1932)

16º INTENDENTE

José Pedro dos Santos

Seu José Pedro era pai de Dona Julieta Barreto, casada com Zé

Menezes (historiador), homem íntegro, político já há vários anos de

estrada. Era comerciante, de cursos corridos, nomeado a 25 de

fevereiro de 1932, tomou posse aos 05 de março do mesmo ano.

Realizou obras a contento e deu assistência aos flagelados que

invadiram a cidade, tangidos pela seca impiedosa que devastou o

sertão. Construiu Talho de Carne Verdes, Matadouro, onde hoje é

depósito e garagem da prefeitura (isso no ano de 1988. Hoje em 2008,

as garagens têm donos particulares). Foi exonerado em 13 de abril de

1935, no Governo Eronildes de Carvalho, eleito pela Assembléia de

Estado.

OBS: José Pedro dos Santos, quando foi exonerado pelo

Governador do Estado Eronildes de Carvalho, acabava em Campos os

Intendentes, e começava a era dos Prefeitos Nomeados pelo poder

maior, que era o governador. Isso prevaleceu por muito tempo, e o

primeiro prefeito nomeado foi o Cel. Francisco Barreto do Rosário (Chico

Barreto), em 13 de abril de 1935.

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Cópia do Decreto que comprova a nomeação de Chico

Barreto como o primeiro Prefeito Nomeado pelo Município.

1º PREFEITO NOMEADO

Cel. Francisco Barreto do Rosário

Nomeado pelo decreto-lei de 13 de abril de 1935, tomou posse

aos 29 de abril e afastou-se para concorrer às eleições que iriam ser

disputadas nesse mesmo ano. Saiu em 17 de setembro de 1935, período

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bem curto de administração, quase não podendo fazer nada pelo

Município.

OBS: Agora, passamos a falar de uma página triste da nossa

história, que manchou de sangue a nossa política, isso no ano de 1935.

A história que vamos narrar agora provém dos depoimentos de Zé

Menezes, Dr. Aderbal, Raimundo de Bem Bem e das informações

contidas nos livros consultados ao longo desta pesquisa, além de

entrevistas com pessoas conhecedoras da história da nossa cidade.

Era o ano de 1935, e, com a promulgação da Constituição

Estadual, de 16 de julho de 1935, em noventa dias depois, seria

realizada a eleição municipal. Quem estava na administração do nosso

município era o Intendente José Pedro dos Santos, que foi exonerado

pelo Governo Eronildes de Carvalho, através do Decreto-Lei datado de

13 de abril de 1935, que exonerava aquele e dava posse ao primeiro

Prefeito nomeado de Campos, o Cel. Francisco Barreto do Rosário.

Chico Barreto resolve se afastar do cargo de Prefeito, nomeado

em 17 de setembro de 1935, para concorrer às eleições de 14 de

outubro do mesmo ano, contra seu grande adversário João

Hermenegildo Ramos, outro grande político da terra, pertencente à

corrente política de Leandro Maciel.

Para um atendimento melhor sobre os políticos daquela disputa,

vejamos a seguinte situação: João Hermenegildo Ramos (João de

Santa) tinha o apoio do Ex-intendente José Pedro dos Santos,

juntamente com José Caetano de Siqueira Filho, os quais faziam parte

da ala Leandris, sendo oposição ao Cel. Chico Barreto.

O segundo grupo era do Cel. Chico Barreto, que tinha o apoio

de seu sobrinho Barreto Filho (grande político sergipano) e de outros

correligionários de Campos. O Cel. Chico Barreto já tinha se afastado

da prefeitura, deixando em seu lugar Petronilio Ferreira de São José, do

mesmo partido, “União Republicana”, o qual tomou posse a 18/09/1935

e permaneceu no cargo por um bom tempo.

Para completar, falece o Cel. José Antônio de Lemos em 17 de

junho de 1935, o qual tinha passado a chefia do seu partido político

para Chico Menezes. Se o Cel. José Lemos tivesse vivo, iria tentar

apaziguar os ânimos dos dois lados partidários, para haver uma junção.

O clima ficou muito pesado em Campos devido à disputa

existente entre estes dois grupos, um do Cel. Chico Barreto, e o outro do

ex-Intendente José Pedro dos Santos.

O Governo procura intervir na situação de Campos, que parecia

não dar nada de bom nas eleições de novembro, e procura uma

solução para os problemas existentes, buscando um acordo político

entro as duas partes litigantes, sem conseguir sucesso com as

negociações.

Embora as precauções tomadas pela autoridade judiciária

local, o juiz Dr. J. Pires Wynne, que aconselhou paz e ordem em

Campos, os ânimos dos dois lados ainda permaneceram muito

acirrados.

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Chega o dia da eleição em Campos, realizado em 14 de

outubro de 1935 (um dia de segunda-feira). O dia começa um pouco

agitado, devido aos eleitores dos dois partidos estarem um pouco

exaltados. A votação começa pela manhã e, quando o povo está na

fila para votar, começa um tiroteio tremendo, amedrontando os

votantes. Foi um corre-corre em toda a cidade. Parecia uma guerra. O

pânico tomou conta de todo o povo de Campos, inclusive, dos políticos

mais experientes, que ficaram atônitos com toda bagunça que foi

gerada com aquele tiroteio imenso. A confusão foi na Praça da Igreja

Matriz (hoje Praça Dom José Thomaz), onde trocaram tiros Canuto e

Noel contra José Pedro dos Santos e Siqueira e onde ficaram feridos

gravemente os dois últimos. Canuto e Noel fugiram. Siqueira faleceu no

dia seguinte devido ao ferimento em 15 de outubro de 1935, e José

Pedro, dois meses depois, no dia 14 de dezembro de 1935, aqui em

Campos.

Na mesma hora que aconteceu o tiroteio, a votação foi

cancelada e foi nula a eleição. Pairou sobre a cidade grande silêncio e

desânimo, dando margem às reações contra a atitude violenta dos

responsáveis pela intranquilidade pública, no Município e no Estado,

com repercussão nos jornais da capital e do país.

Os dois atiradores, Canuto e Noel, fugiram para lugares

desconhecidos e não foi possível saber o seu paradeiro. Algum tempo

depois, quando a poeira já tinha baixado, voltam a Campos os dois

assassinos. Canuto é preso e levado para capital, ficando lá em uma

penitenciária do Estado. Morre na prisão. Já Noel teve um fim que não

foi bom. Um dia pela manhã, Noel ia comprar pão, passando pela Rua

do Amparo, logo no começo da rua bem na esquina, quando ele

chega nesse ponto é alvejado por um tiro certeiro no pescoço, a bala

atravessa e pega na parede, Noel cai morto, todo lavado de sangue. O

tiro veio de fuzil do soldado Pedro que destacava aqui em Campos.

E assim acabava essa história triste da política de Campos, com

um fim de vingança para esses dois assassinos.

2º PREFEITO NOMEADO

Petronilo Ferreira de São José

Foi nomeado através dos pedidos do Cel. Chico Barreto, que ia

deixar a prefeitura, para se candidatar nas eleições de novembro de

1935, e como Petronilo era do mesmo partido do Cel. Chico Barreto, ele

consegue ser nomeado, em 18 de setembro de 1935. Petronilo era o

antigo Escrivão do Registro Civil e fez uma administração boa, voltada

para os serviços burocráticos da prefeitura. Depois daquela confusão

do tiroteio na praça da Matriz de Campos, fazendo duas vítimas

mortais, e com a anulação da eleição, quem levou vantagem foi seu

Petronilo, que continuou como prefeito nomeado de Campos, só

saindo em agosto de 1937.

3º PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL

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José de Souza Santos

Toma posse em 21 de agosto de 1937. Com a saída de Petronilo,

e com a ausência do Cel. Chico Barreto, José de Souza, como

presidente da Câmara, assume o cargo. Em 10 de novembro, um golpe

de Estado implantando um sistema político diferente fazia desaparecer

as representações partidárias e, com isso, José de Souza sai do cargo

em 13 de novembro de 1937, devido ao golpe de Estado.

4º PREFEITO NOMEADO

Cel. Francisco Barreto do Rosário

Assume, ao voltar da capital onde estava afastado, no dia 15 de

novembro de 1937, e permanece até o princípio de dezembro, quando

embarca para o Rio de Janeiro, abandonando definitivamente a vida

política em seu município. Acaba aqui a passagem deste grande líder

político em nossa cidade, o qual vem a falecer em Viradouro, Estado de

São Paulo, em 1947 (ver Biografias).

5º PREFEITO NOMEADO

João Hermenegildo Ramos

É nomeado em 12 de dezembro de 1937. Permanecendo à

frente da edilidade realizando serviços a contento dos amigos e dos

que antes o combatiam. Instala o Serviço de Energia Elétrica na cidade,

adquire um possante motor a lenha, iluminando boa parte da cidade.

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Faz diversas obras em toda cidade, o que o fez um ótimo prefeito para

Campos. João Hermenegildo era pai do Dr. Antônio Ramos, que, anos

depois, seria prefeito do nosso município. Essa é outra história. Ficou à

frente da prefeitura até 02 de agosto de 1940.

6º PREFEITO NOMEADO

Dr. Aloísio Barrados Coutinho Neves

Médico baiano. É nomeado sob os auspícios do Dr. Moreira de

Souza, da ala Mayniardista. Assumiu em 03 de agosto de 1940, saindo

em 01 de dezembro de 1940, por motivos políticos.

7º SECRETÁRIO INTERINO

Josué Montalvão Filho

Era Secretário geral da prefeitura e assume mais uma vez; porém

desta vez, o tempo que ele passa é bem maior do que a primeira vez.

Assume a 1º de dezembro de 1940, no mesmo dia que é exonerado o

Dr. Aloísio Coutinho. Faz boa administração, um pouco cautelosa,

podendo ter feito mais pela população de Campos. Deixa o cargo em

31 de julho de 1941.

8º PREFEITO NOMEADO

Dr. Aloísio Barrados Coutinho Neves

Reassume as rédeas do poder em Campos. É nomeado em 1º

de agosto de 1941 e passa a dar uma grande assistência ao setor de

saúde. Dr. Aloísio ajeita todo setor pessoal da prefeitura, nomeando

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pessoas para serviços básicos e necessários, através de Portaria e

Decretos. É ele que fez um Decreto de nº 5, de 19 de abril de 1942,

dando o nome de “Getúlio Vargas” à rua que fica ao lado da avenida

principal (Av. 7 de junho). Dr. Aloísio foi outro que fez uma ótima

administração em Campos. Deixa a prefeitura em 30 de maio de 1942.

9º PREFEITO NOMEADO

José Joviniano dos Santos

Toma posse em 31 de maio de 1942, um dia após a saída de Dr.

Aloísio Coutinho. Permanece no cargo, depois de várias obras de

limpeza e arborização da cidade, constrói a Prefeitura Municipal (hoje

Memorial de Tobias Barreto), dando assim uma grande alavancada em

sua administração. Esta foi uma de suas maiores obras. Permaneceu à

frente da prefeitura até o dia 12 de março de 1945.

10º PREFEITO NOMEADO

Francisco Sales de Menezes

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Toma posse em 12 de março de 1945, dia da saída de José

Joviniano. Chico Menezes, como era conhecido e grande chefe

político da época, era o último remanescente do velho Partido Liberal

(Peba), herdado das mãos do Cel. José de Lemos, que via em Chico

Menezes seu grande substituto. E nessa época, quando entra na

prefeitura, já era chefe político do PR (Partido Republicano), que

sempre se unia com o PSD (Partido Social Democrático) contra a UDN

(União Democrática Nacional). Chico Menezes era um homem de fibra,

pai do grande historiador Zé Menezes. Sua palavra tinha o “poder de

um tiro”. Comandou por muito tempo a política em Campos. Muito

esperto e astuto, geralmente quando as urnas se abriam, só dava

candidato por ele indicado. Sempre ocupava cargos bons em Campos,

como: Delegado de Polícia, Juiz e outros. Era agraciado pelos políticos

da capital sergipana, que sempre deviam favores a Chico Menezes.

Entrega o cargo no dia 19 de novembro de 1945, ficando por pouco

tempo à frente da edilidade. Esse foi um dos maiores líderes políticos de

Campos (ver Biografias).

11º PREFEITO NOMEADO

Dr. João Fontes de Faria

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Dr. João Fontes é nomeado prefeito em 20 de novembro de

1945. Juiz de Direito da cidade, assume o cargo para presidir o pleito de

02 de dezembro de 1945, tendo como candidatos o General Dutra e o

Brigadeiro Eduardo Gomes. Entrega o cargo após o término da eleição.

12º PREFEITO NOMEADO

Francisco Sales de Menezes

Reassume Chico Menezes a prefeitura em 10 de dezembro de

1945 e, no mesmo dia, renuncia ao cargo, ficando obrigado a assumir o

seu lugar o Secretário Geral da Prefeitura.

13º SECRETÁRIO INTERINO

João Batista Lima

Homem trabalhador, que já exercia o cargo de Secretário da

Prefeitura há muito tempo, assume o cargo em 11 de dezembro de 1945

e permanece até o dia 23 de dezembro do mesmo ano.

14º PREFEITO NOMEADO

Capitão Deoclides Bastos

Toma posse no mesmo dia que João Batista Lima sai, em 23 de

dezembro de 1945. Capitão Deoclides Bastos era um homem que

seguia uma linha militar, aliás, foi o primeiro militar de carreira a assumir

a edilidade. Ficou até o dia 1º de março de 1946. Nesse período, que o

Capitão Bastos sai, ninguém quis assumir a prefeitura, cujo Secretário

Geral estava afastado das suas funções. Então, quem assume por

apenas dezesseis dias é o fiscal da Prefeitura, Filomeno Travassos de

Abreu Leite, mas não chegou a assinar nenhum documento. Assumiu

apenas para não deixar a edilidade só, durante dezesseis dias.

15º PREFEITO NOMEADO

João Hermenegildo Ramos

É nomeado novamente pela segunda vez João Hermenegildo,

que toma posse em 16 de março de 1946. Em seu primeiro Ato, de

número 09, reintegra no cargo de Secretário Geral da Prefeitura João

Batista Lima, que também era tesoureiro. Fez outra boa administração e

saiu em 03 de maio de 1947.

16º PREFEITO NOMEADO

João Antônio César

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Toma posse em 03 de maio de 1947, e fez boa administração.

Seu maior erro foi destruir a casa de Tobias Barreto para construir uma

exatoria estadual. Ele, em sua administração, calça o mercado Luiz

Antônio e constrói a frente em arcos, modernizando assim toda a sua

estrutura (este mercado hoje é o calçadão da Av. 7 de Junho). João

César foi quem tirou o nome da Rua Tobias Barreto e coloca o nome de

Avenida sete de Junho (data do nascimento do ilustre filho da terra),

sugestão dada pelo Juiz Dr. João Fontes de Faria. Fica na prefeitura até

o dia 09 de novembro de 1947, quando assume o primeiro prefeito

eleito pelo voto direto.

Esses foram todos os prefeitos colocados no poder através de

nomeações e de decretos. Agora, nosso município passava por uma

mudança na política, começando a era dos prefeitos eleitos pelo voto

direto, com a promulgação da constituição do Estado, em 16 de julho

de 1947. Noventa dias depois, realizaram-se as eleições municipais,

precisamente, em 19 de outubro de 1947, um dia de domingo. Foi a

primeira eleição com o voto direto. Eram candidatos: José Francisco de

Menezes, filho de Chico Menezes, líder político do partido PR (Partido

Republicano), contra o Sr. Manoel Barbosa Sobrinho (Nezinho Barbosa,

pai de Dr. Aderbal Barbosa), pelo partido da UDN (União Democrática

Nacional). Sai vencedor do pleito o Sr. José Francisco de Menezes, o

primeiro prefeito de nossa história política, o qual tomou posse em 09 de

novembro de 1947.

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Nesta primeira eleição, houve duas chapas de votação. Uma

era para votar no prefeito, e a outra, no vereador da preferência do

eleitor. Além dos prefeitos, nesta primeira eleição, foram votados os

primeiros vereadores com o voto direto, mudando assim a história das

eleições em Tobias Barreto. Os vereadores ou edis, como queiram

chamar na época dos Intendentes e Prefeitos Nomeados, geralmente

eram escolhidos pelos Intendentes, chefes de partido (líderes

partidários) e coronéis, que tinham voz ativa no partido político e

grande poder de persuasão. Era assim que tudo funcionava. Só depois

desta eleição de 19 de outubro de 1947, é que tudo se modificou para

melhor.

As origens das palavras prefeito e município também são latinas.

Os romanos denominavam praefectus, a autoridade posta à frente das

fortificações que cercavam o município. O praefectus( prefeito) era o

chefe do municipium (município), local onde as pessoas moravam e

exerciam seus ofícios, gozando dos seus direitos e cumprindo com seus

deveres.

1º PREFEITO

José Francisco de Menezes

VEREADORES: Próspero Pereira de Freitas

José Nunes de Oliveira

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João Basílio de Oliveira

Alcides Rodrigues da Silva

José Jeremias dos Santos

Virgílio Rabelo do Rosário

Austeclino Batalha de Matos (*)

(*) Assumiu bem depois, já no final do mandato.

José Menezes assume o cargo em 09 de novembro de 1947. Sua

administração foi uma verdadeira aula de como devemos tratar a

nossa cidade. Era um brilho só. Constrói a parte da Av. Getúlio Vargas,

pavimenta a parte da Av. 7 de Junho que vai da porta da Casa Santo

Antônio até o Bar Popular; calça a Rua Oliveira Campos, a Rua Antônio

Muniz, a Praça da Matriz e a Rua Cel. José de Lemos. Adquiriu Motores

para Energia Elétrica e luta junto ao Senador Júlio Leite e as Prefeituras

de Arauá, Itabaianinha e outros para conseguir a vinda dos fios de

Paulo Afonso. Abre Posto Médico e coloca à frente o Dr. Bernardino

Mitidieri; auxilia a compra do instrumental da Lira Nossa Senhora

Imperatriz; faz doação de motor a óleo para Matriz; constrói represas

em vários lugares do município, pontes, etc. Foi uma das administrações

mais conscientes e voltadas para as necessidades do povo. No dia 30

de junho de 1949, o Prefeito Zé Menezes pede afastamento do cargo

por motivo de doença e, para ocupar interinamente o seu lugar, o

Presidente da Câmara de Vereadores, o Sr. Próspero Pereira de Freitas,

que assume no dia 1º de junho do mesmo ano. Reassume seu Zé

Menezes a 1º de outubro de 1949 e dá continuidade ao seu grandioso

trabalho na cidade. Entrega o cargo em 31 de janeiro de 1951.

OBS: A disputa agora era com o Sr. Raimundo Geraldo dos

Santos, do partido político UDN, contra o ex-presidente da Câmara de

Vereadores, o Sr. Próspero Pereira de Freitas, apoiado pelo partido de

Chico Menezes e do ex-prefeito Zé Menezes (PR), chegando a ter

também o apoio do PSD (Partido Socialista Democrático). Chegou o dia

da eleição e quem sai vitorioso é Raimundo Geraldo do Santos, da UDN.

2º PREFEITO

Raimundo Geraldo dos Santos

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VEREADORES: João Basílio de Oliveira

Virgilio Rabelo dos Santos

Alcides Rodrigues da Silva

Antonio Dória de Morais

João de Barros Padilha (*)

Josafá José de Santana (**)

(*) Ficou como vereador até o dia 13/06/1951, quando assume,

em seu lugar, João Emílio dos Santos, que fica até o final do mandato.

(**) Não sabemos a data do seu mandato. Foi mais ou

menos entre os anos de 1953 e 1955.

Raimundo Geraldo, homem honesto de boa índole, um ser

cativante em toda sua bondade, tomou posse em 1º de fevereiro de

1951, e fez também uma maravilhosa administração. Constrói o

Matadouro, Talho de Carnes Verdes, calça diversas ruas, constrói

palanque na Praça Dom José Thomaz e mantém em dia a cidade

limpa e assistida, além de uma série de outros benefícios. Terminou seu

mandato em 31 de janeiro de 1955.

OBS: Agora os candidatos eram outros. Só não mudavam as

siglas partidárias, que permaneciam as mesmas. João Basílio de Oliveira,

da UDN contra José Francisco de Menezes, que iria tentar se eleger pela

segunda vez, com o apoio de seu pai e chefe do partido PR. chega a

eleição e, mais uma vez, sai vitorioso Zé Menezes. João Basílio, mesmo

com o apoio de João Valeriano, não consegue se eleger prefeito.

3º PREFEITO

José Francisco de Menezes

VEREADORES: José Nunes de Oliveira

Alcides Rodrigues da Silva

Antonio Dória de Morais

João Valeriano dos Santos

Próspero Pereira de Freitas

Antonio da Mota Amado

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Enéas Amado de Oliveira (*)

(*) Entrou depois de quase dois anos de mandato.

José Menezes é eleito mais uma vez, provando, assim, o que foi

a marca do seu trabalho para com seus conterrâneos. Toma posse em

1º de fevereiro de 1955 e dá continuidade ao seu trabalho, um trabalho

sempre voltado para Igreja Católica e, contando sempre com ajuda do

Padre João Barbosa, para a população mais carente do município. Ele,

nesse período de administração, voltou a fazer grandes obras, dando

uma desenvoltura maior ao nosso comercio. Foi outra administração

brilhante, como da primeira vez. Terminou seu mandato em 31 de

janeiro de 1959.

OBS: Na política de Tobias Barreto, sempre estava aparecendo,

naquela época, novos nomes. Agora, aparecia um nome para prefeito

que ia fazer história em nosso Município e no Estado, sendo um

verdadeiro líder político, comandando seu partido político por muitos

anos: era João Valeriano dos Santos, candidato da UDN a prefeito,

contra João Ramos de Oliveira, do PR e PSD. Ele era filho do grande

comerciante Leopoldo de Oliveira, muito conhecido na cidade e

militante do partido político de Chico Menezes. Vence as eleições João

Valeriano, da UDN, e assim começava aqui a brilhante carreira política

deste grande homem.

4º PREFEITO

João Valeriano dos Santos

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VEREADORES: João Basílio de Oliveira

José Rosa Felipe

Raimundo Menezes Fontes

Raimundo Geraldo dos Santos

Antônio da Mota Amado

Overlack Ramos Campos

Alcides Rodrigues da Silva

Antônio de Souza Lima

Sr. João Valeriano foi um dos grandes líderes políticos que passou

por esta terra e que deixou muitas saudades. Homem honesto, de

grande senso de responsabilidade para com os outros, dedicou sua

vida à política, e tomou posse em 1º de fevereiro de 1959. Simples, de

atitudes firmes, muitas vezes voluntarioso, João Valeriano fez grandes

obras. A que mais chamou atenção foi a luz elétrica, trazida por ele, de

Paulo Afonso, através da Sulgipe. Essa foi uma das suas maiores obras já

realizada aqui em Tobias Barreto. Ele terminou seu mandato em 31de

janeiro de 1963.

OBS: O pleito agora era Raimundo Geraldo dos Santos, da UDN,

tentando se eleger pela segunda vez, contra José Leopoldo de Oliveira,

do PR. Vence mais uma vez Raimundo Geraldo dos Santos e iguala a Zé

Menezes, com dois mandatos de prefeito.

5º PREFEITO

Raimundo Geraldo dos Santos

VEREADORES: Anderson Valadares Santos

Antônio de Souza Lima

Guilherme de Souza

José Bispo dos Santos

Francisco Ribeiro de Almeida

Manoel Barbosa Sobrinho (*)

(*) Seu Nezinho Barbosa assumiu no final do mandato. Não foi

saber a data de sua entrada nem saída da Câmara de Vereadores.

Sr. Raimundo Geraldo entra agora para o seu segundo

mandato, provando, assim, sua grande credibilidade como político.

Tomou posse em 1º de fevereiro de 1963. Fez uma administração

estável, inalterável, de poucas realizações, mas sempre pronto para

ajudar o povo mais carente. Saiu em 31 de janeiro de 1967.

OBS: As eleições para prefeito eram para ser realizadas, aqui em

Tobias Barreto, em 15 de novembro de 1966, mas foram adiadas para 12

de março de 1967, não somente aqui, mas também em algumas

cidades do Estado de Sergipe. O Prefeito que ia deixando o cargo, o Sr.

Raimundo Geraldo, permanece como interventor, por ordem do juiz,

ficando mais dois meses: fevereiro até o final de março, administrando a

nossa cidade.

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Entre os anos de 1947 e 1966, não existiam os vice-prefeitos. Só a

partir do ano de 1967 é que aparecem nas chapas majoritárias os

prefeitos e seus vices.

Nas eleições de 1967, os partidos políticos resolveram eleger um

candidato único que, para ser eleito, tinha que ter 50% dos votos mais

um. O candidato era Antônio Souza Ramos, filho do ex-prefeito

nomeado João Hermenegildo Ramos (João de Santa). Com a

candidatura única, é eleito Antônio Ramos ,e o primeiro vice-prefeito da

história, Dr. Brás Melo Costa.

6º PREFEITO

Antônio Souza Ramos

VICE: Dr. Brás Melo Costa

Dr. Antônio Ramos

VEREADORES: José Vasconcelos Filho

Raimundo Menezes Fontes Antônio Nery do Nascimento ()

Alcides Rodrigues da Silva

Guilherme de Souza Antônio de Souza Lima ()

José Alves dos Santos ()

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() Em 31 de agosto de 1969, foi declarado cassado o mandato

do vereador Antônio Nery do Nascimento, por faltas. Reassumiu o

cargo, por decisão judicial, em 08 de setembro de 1970. () Exerceu mandato de 09 de setembro de 1969 a 1º de

setembro de 1970, ocupando a vaga do vereador Antônio Nery. () Exerceu mandato no período de 30 de setembro de 1969 a 04

de novembro de 1969 e 03 de março de 1970 a 15 de maio de 1970, por

licença do Vereador Alcides Rodrigues da Silva.

OBS: Nesta administração, Pedro de Sinhô ainda chegou assumir

por alguns dias no lugar do vereador Alcides Rodrigues da Silva.

Sr. Antônio Ramos, uma pessoa de grande personalidade, que

deu uma visão de cidade, com sua administração dinâmica e para

frente com o pensamento no futuro, assumiu a prefeitura em 30 de

março de 1967. Realizou obras monumentais para época. Foi dele a

abertura da Av. 31 de março, hoje Luiz Alves, a Praça do Castelo

Branco, o Fórum João Fontes de Farias, o Sanitário Público, a Praça N. Srª

Imperatriz, onde ficava localizado o Bar Estrela; fez também a primeira

Escola Pública do Município, o Jardim de Infância Joana Ramos, a

Praça da Bandeira, onde existia um parque de diversão. Aliás, até hoje,

foi o único prefeito a preocupar-se com a infância tobiense. Foi ele

também o primeiro perfeito a homenagear Tobias Barreto com um

busto, que foi colocado na entrada da cidade, e hoje está no Escola

Estadual Tobias Barreto. Essas foram algumas das obras mais importantes

realizadas pelo Sr. Antônio Ramos, não esquecendo que foi ele quem

trouxe o primeiro trio elétrico para Tobias Barreto.

Nesse período do mandato de quatro anos de Antônio Ramos, o

seu vice, Dr. Brás, chegou a assumir por um mês, chegando a calçar a

rua que fica do lado do Mercado de Cereais, bem em frente a sua loja

de Material de Construção. Esta foi a única realização do seu vice.

Antônio Ramos retorna à prefeitura e sai em 31 de janeiro de 1971.

OBS: O próximo prefeito que assumiria a prefeitura foi votado

para um mandato tampão, de dois anos. E o eleito para esse mandato

foi João Valeriano dos Santos, que vinha para seu segundo mandato,

elegendo-se com uma boa votação. Seu opositor foi José Juarez de

Almeida, tendo como seu vice Antônio Nery do Nascimento, mas essa

chapa não conseguiu sucesso.

7º PREFEITO

João Valeriano dos Santos

Vice: José Vasconcelos Filho

Vereadores: Antônio Ávila dos Reis

Antônio de Souza Lima

Anderson Valadares Santos

Guilherme de Souza

Alcides Rodrigues da Silva

Álvaro Alves de Matos

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Pedro Simões de Souza

José Alves dos Santos

Filomeno Neto

Jovino Alves da Silva

Sr. João Valeriano volta mais uma vez para o seu segundo

mandato. Ele, como era um líder nato, sabia como ninguém comandar

o seu povo. Tomou posse em 1º de fevereiro de 1971, voltando a fazer

mais uma boa administração. Deixa a prefeitura a 15 de março de 1973

(tampão).

OBS: Começava agora a era Luizinho, que aparecia pela

primeira vez para disputar o pleito, tendo como seu vice João Basílio de

Oliveira, apontados por João Valeriano e Raimundo Geraldo. Essa era a

chapa do partido político Arena I (Aliança Renovada Nacional), um

partido apoiado pelo governo.

A segunda chapa era formada por Antônio Nery do Nascimento

e vice João de Souza Andrade (Arena II). Saiu vitorioso desse pleito Luiz

Alves de Oliveira Filho (Luizinho), que tomou posse logo na saída de

João Valeriano dos Santos, seu cacique político.

8º PREFEITO

Luiz Alves de Oliveira Filho

VICE: João Basílio de Oliveira

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Luizinho – grande líder político

VEREADORES: José Alves dos Santos Miguel Alves da Silva ()

Pedro Simões de Souza

Antônio A’vila dos Reis

Filomeno Neto

Antônio de Souza Lima

Jerônimo José dos Santos

José Bispo dos Santos

João Evangelista dos Santos

Salomão Ferreira do Nascimento

Guilherme de Souza Ademir Freitas Batista ()

Jovino Alves da Silva ()

Carlos Lemos Matos ()

() Exerceu o mandato até 17 de junho de 1975, por renúncia.

() Assume a vereança a 06 de maio de 1975, por licença de José

Alves dos Santos e, logo após, ocupou a vaga do Miguel Alves da Silva,

que renuncia, permanecendo até 12 de maio de 1976, quando

também renunciou. () Assumiu o cargo em 06 de maio de 1975 por licença de Salomão Ferreira do

Nascimento e, após, renunciou o mandato em 17 de junho de 1975.

() Ocupou a vaga de Ademir Freitas Batista a 19 de maio de

1976 e exerceu o mandato até o fim da legislatura.

Luizinho, como era conhecido, iniciou aqui a sua carreira

vitoriosa e de grande sucesso. Foi empossado em 15 de março de 1973,

mas com pouca experiência, não fez uma boa administração e ficou

um pouco apagada. Ele ainda não sabia como administrar um

município. Em seu primeiro mandato, Luizinho foi orientado por João

Valeriano, que era seu cacique político, e nesse período, sua

administração foi considerada média, embora muitos adversários o

tenham criticado. Mas ele nunca se esqueceu dos menos favorecidos e

nem da população rural do município, onde ele sempre teve um bom

conceito perante os mais necessitados e sempre prestou grandes

serviços às pessoas enfermas. Seu mandato acabou a 31 de janeiro de

1977.

Em 15 de novembro de 1976, a disputa era João Valeriano dos

Santos contra mais uma vez Antônio Nery do Nascimento. Agora, já era

Leão contra a Zebra. As disputas eram acirradas, quem era Leão era

Leão, diga-se da mesma forma com a Zebra. E nesse pleito, sai vitorioso

mais uma vez João Valeriano; porém, o destino mudaria tudo. No dia 25

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de dezembro de 1976, falece João Valeriano, deixando uma imensa

tristeza em todo o seu eleitorado e, no seu lugar, como principal

herdeiro político, o Luizinho, que tempos depois soube como ninguém

honrar o seu nome. O Juiz da cidade, Dr. José Alves Neto, dá a eleição

para o outro partido (Zebra), e sai vitorioso Antônio Nery, que ainda

chega a fazer festa na cidade comemorando a vitória. Luizinho, junto às

forças políticas, recorre para o Supremo Tribunal Eleitoral em Brasília

juntamente com seu amigo, o senador Lourival Baptista. Chega o final

do mandato de Luizinho, e quem assume é Josafá Ribeiro de Almeida

(Joca), depois José Dias dos Santos (Zé Vermelho), quando chega a

decisão final do Supremo Tribunal Eleitoral dando posse ao vice de João

Valeriano, o Sr. Antônio Ávila dos Reis, que assume a prefeitura por um

mandato de seis anos.

9º PREFEITO

Josafá Ribeiro de Almeida

VEREADORES: José Dias dos Santos

Pedro Simões de Souza

Nivaldo Torres Lemos

Ariscógenis de Oliveira Lemos

José Alves de Melo

Filomeno Neto

Jerônimo José dos Santos

Adolfo Santana

Raimundo Alves dos Santos

Antônio Oliveira dos Santos

Josafá Ribeiro de Almeida (Joca) assume em virtude de ser o

primeiro Secretário Interino da Prefeitura, no dia 01 de fevereiro de 1977

e permanece até o dia 09 de março de 1977, juntamente com todos os

vereadores eleitos.

10º PREFEITO

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José Dias dos Santos

Zé Vermelho, como era conhecido, assumiu em virtude de a

Câmara de Vereadores já o ter elegido como presidente da Câmara.

Assumiu no dia 10 de março de 1977, e deixando o cargo de prefeito

em 14 de abril de 1977, quando chega a decisão do Supremo Tribunal

Eleitoral dando posse ao vice da chapa de João Valeriano, Antônio

Ávila dos Reis.

11º PREFEITO

Antônio Ávila dos Reis

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Brejeiro, como é conhecido, fez também uma boa

administração. Tomou posse em 14 de abril de 1977. Fez grandes obras,

como: pavimentação e saneamento básico no Bairro Castelo Branco e

Conjunto Walter Franco e construiu doze escolas em todo município. Foi

o primeiro prefeito a usar manilha no serviço de esgoto da cidade.

Conseguiu através do governador Augusto Franco e do Secretário de

Educação do Estado da época, Antonio Carlos Valadares, o terreno

para a construção do Colégio Abelardo Barreto do Rosário. Fez a

construção do estádio de futebol, que hoje leva o nome de “O

Brejeirão, além de outras obras. Saiu da prefeitura em 31 de janeiro de

1983.

OBS.: As eleições de 1982 foram em todos os níveis: Governo,

Deputados, Prefeitos, Vereadores, etc. Foi realizada em 15 de novembro

desse mesmo ano. Aqui a disputa era Luizinho, mais uma vez candidato,

contra Antônio Ramos. Naquela eleição, havia também outros

candidatos a prefeito, mas os mais populares eram eles dois. Vence

Luizinho, com uma diferença de votos incrível para época. O “Jornal de

Campos”, em seu editorial, fala assim da eleição de 1982:

“Parece-nos que isto se deve a que, de algum modo, esse

bloco, até aqui vinha mudando as figuras de proa, no caso o Prefeito

Luiz Alves não atinar para esse prisma, se desenhe uma sucessão

hereditária – familiar. Mas, mesmo assim, vale a observação, pois se

substituíram Raimundo Geraldo, Antônio Ramos, Valeriano, Luizinho,

A’vila dos Reis e agora, de novo Luizinho. Mudam, sempre, as feições de

frente de bloco. Por sua vez o bloco da “zebra”, o PDS-2, depois da

morte de Francisco Menezes jamais encontrou um líder e sim figuras

circunstanciais e tópicas, de tal modo que foram buscar do PDS-I a

figura de Antônio Ramos para porta-bandeira. Com resultados nulos,

como se vê. Falta, sobretudo, liderança ao PDS-2. Sua tendência, não o

encontrando, é a liquidação”. (Sic)

Este foi um comentário feito pelo Jornal de Campos depois da

vitória de Luizinho sobre Antônio Ramos. Luizinho obteve 6.170 votos e

Antônio Ramos, 4.290.

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12º PREFEITO

Luiz Alves de Oliveira Filho

VICE: Raimundo Menezes Fontes

VEREADORES: Josafá Ribeiro de Almeida

Lindeval de Souza Neto

José Alves de Melo ()

Nivaldo Torres Lemos

Raimundo Serafim de Menezes

Filomeno Neto

Salomão Ferreira do Nascimento

Fernando Luiz Ribeiro Cruz

Maria Cremildes de Souza

Antônio Valentim Ferreira Filho

Pedro Simões de Souza

() Falece o vereador José Alves de Melo, mais conhecido por

José Pascoal, em fevereiro de 1987. Ocupa seu lugar José Vasconcelos

Filho, até o fim do mandato, em 31/12/1988.

Luizinho chegava agora para o seu segundo mandato, agora,

porém, com uma bagagem bem diferente da primeira vez. Já era um

verdadeiro líder em todos os sentidos, um comandante como Chico

Menezes e João Valeriano. Tomou posse a 1º de fevereiro de 1983.

Nesse segundo mandato, em pouco tempo, Luizinho já se mostrava um

grande administrador devido ao número de obras entregues à

população tobiense. Em pouco mais de um ano de mandato, o Jornal

de Campos publicou que o plano de governo de 6 anos de Luizinho foi

cumprido em um ano e meio de administração.

Ele contemplou todos os setores da administração, como saúde,

educação, saneamento básico, esgotos, pavimentação de ruas e

avenidas, urbanização de praças e jardins, construção e recuperação

de rodagens e aterro de pedreiras na cidade. Foram pavimentadas

ruas como a Av. João Alves Filho, Trav. Dom José Thomaz, a Rua

Graccho Cardoso, Trav. Nossa Senhora do Amparo, Rua Elias Felipe, Av.

31 de março, entre outras. Foram eletrificadas várias ruas, como a Rua

José Leopoldo de Oliveira, Rua da Brasília e Rua Elias Felipe. Abriu novas

ruas, entre as quais, a rua Itabaianinha e a Rua Manoel Barbosa

Sobrinho, para ligar o Conjunto Walter Franco à cidade. Inaugurou a

Adutora da capoeira em 1984. Construiu vários açudes em todo o

município, 15 poços artesianos e 600 cisternas nos vários povoados que

integram o município. Construiu também várias escolas em todo o

município entre as quais, a Pré-Escola Rosinha Felipe, na Rua Elias Felipe

(Rua que leva o nome de seu avô materno e pré-escola que leva o

nome de sua avó materna). Edificou vários conjuntos residenciais,

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fazendo também grandes mutirões para levantamento de casas para o

povo.

Em termo de saúde, construiu um posto municipal com serviço

de parto, pequenas cirurgias e com três médicos atendendo. Fez do

Tanque dos Missionários um verdadeiro zoológico, e da Lagoa da Porta,

ponto turístico.

Ele soube como ninguém transformar Tobias Barreto em uma

verdadeira cidade, tanto que foi considerado o melhor prefeito do

Estado Sergipe.

Essas foram algumas obras que o prefeito Luizinho realizou em

Tobias Barreto, não vamos enumerar todas por não haver necessidade.

Em 09 de novembro de 1984, Luizinho pede à Câmara de

Vereadores licença do cargo, para descansar e quem assume o cargo

é o seu vice, Raimundo Menezes Fontes, por três meses. Luizinho retorna

no final de janeiro de 1985, para dar continuidade a sua administração.

O mandato de Luiz Alves se estende até 31 de dezembro de

1988, de acordo com a nova Constituição Brasileira, promulgada a 05

de outubro de 1988.

OBS: A eleição de 1987 não teve muita graça. Luizinho, com

uma administração fabulosa, quem ele apontasse para prefeito seria

eleito. Luizinho indicou seu tio Josafá Ribeiro de Almeida (Joca), que

vence facilmente com uma votação de 8.801 votos, em uma eleição

que votaram 17.767 eleitores.

13º PREFEITO

Josafá Ribeiro de Almeida

VICE: Filomeno Neto

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VEREADORES: Antônio Valentim Ferreira Filho

Lindeval de Souza Neto

Antônio Nery do Nascimento Júnior

Nailson Gama Ramos

Osvaldo Vidal dos Santos

Jerônimo José dos Santos

Antônio Carlos Ramos

Armindo Oliveira Santos

Raimundo Alves dos Santos

Luiz Carlos dos Santos

Antônio Ávila dos Reis

Valdécio Cassiano Ramos

Antônio Oliveira Santos

Juarez Alves Matos ()

() O vereador Juarez, do Jabiberi, assumiu o posto do

Planejamento, e ocupa sua cadeira na Câmara o primeiro suplente,

Pedro Simões de Souza (Pedro de Sinhô).

Joca, como era conhecido, tomou posse a 1º de janeiro de

1989, e fez uma boa administração, principalmente no sentido da

saúde, e no setor pessoal, ajudando as pessoas mais carentes, dando

de tudo: de botijão ao colchão, cama, mesa e banho, etc. Suas

principais obras foram a construção de um posto médico situado, no

Povoado Roma; manutenção geral do Hospital São Vicente de Paulo;

construção do Grupo Escolar Municipal Santa Terezinha, no Bairro Santa

Rita e reforma em vários colégios da cidade e do município. Reconstruiu

a casa onde Tobias Barreto de Menezes nasceu e fez uma grandiosa

festa na inauguração, com a presença de escritores da obra de Tobias

Barreto no evento. Construiu várias pontes nos povoados e reformou

outras também. Foi na gestão de Joca a Criação e instalação do

Projeto Criança Feliz com mais de cento e sessenta crianças pobres do

município. Esse projeto era administrado pela primeira dama do

município, Dona Maria Raimunda Felipe de Almeida (Dona

Raimundinha), projeto este que várias cidades vieram aqui copiá-lo.

Construiu 115 casas no Bairro Padre Pedro e o Jardim elevado por toda

extensão da Av. 7 de Junho, com pedras portuguesas. Doou um terreno

na praça do Abelardo para que lá fosse construído o prédio do SENAC,

além de outras realizações.

Joca deixou a prefeitura em 31 de dezembro de 1992, mais

paupérrimo do que nunca, e não conseguiu fazer sucesso.

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OBS: As eleições para prefeito em 1992 não foram muito boas

para o PFL, que não contava mais com seu grande líder Luizinho, o qual

havia falecido a 23 de agosto de 1990, ficando a cidade de Tobias

Barreto sem liderança política. Os candidatos eram pelo PFL, Carlos

Alberto de Oliveira (irmão de Luizinho) e Antônio Nery do Nascimento

Júnior, que se prevalece da falta de organização do PFL, de Alberto e

Joca, e principalmente, da falta do grande líder Luizinho e vence a

eleição, sendo eleito na época o mais jovem prefeito do Estado de

Sergipe, com uma expressiva votação, que ficou na história.

14º PREFEITO

Antônio Nery do Nascimento Júnior

VICE: Josenaldo de Góis

VEREADORES: Pedro Simões de Souza

Antônio Ávila dos Reis

Nailson Gama Ramos

Osvaldo Vidal dos Santos

Juarez Alves de Matos

Filomeno Neto

Armindo Oliveira Santos

Maria Vital de Macedo

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Luiz Carlos dos Santos

José Romero Alves de Oliveira

Raimundo Alves dos Santos

Élson Figueiredo Nascimento

Valdécio Cassiano Ramos

Lindeval de Souza Neto ()

() Falece Lindeval de Souza e, em seu lugar, assume o primeiro

suplente, que era João Farias de Santana (Badurel, do Povoado

Jabiberi).

Antônio Nery Júnior toma posse em 01 de janeiro de 1993, com

status de grande líder, tendo uma votação esmagadora. Sua

administração teve altos e baixos devido a sua inexperiência como

administrador. Suas principais obras foram: pavimentação de várias

ruas; construção da Praça Éster de Lemos; reforma da Praça da

Bandeira; reforma também de várias escolas do município; aquisição

da sede da Secretaria de Obras; reforma do Mercado da Carne;

instalação de um posto telefônico no Povoado Campo Pequeno;

Construção do Calçadão Afonso Assis de Almeida (onde era o

Mercado Velho da Av. 7 de Junho); antecipação do carnaval tobiense;

construção da Praça Irmã Dulce (antigo Largo São Vicente), além de

várias escolas no Município e do Shopping Popular de Tobias Barreto

(Arca de Noé). Essas foram algumas obras realizadas na administração

de Antônio Nery Júnior.

Deixou a prefeitura por afastamento a 31 de outubro de 1996, e

assumiu o seu posto o Presidente da Câmara.

15º PREFEITO

Armindo Oliveira Santos

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Assume a prefeitura em 01 de novembro de 1996, comandando

a nossa cidade por dois meses. Deixa a prefeitura em 31 de dezembro

de 1996.

OBS: Nas eleições de 03 de outubro de 1996, houve vários

candidatos para disputar a prefeitura. Foram eles: Diógenes José de

Oliveira Almeida (PMDB) e a Vice Marly do Carmo Barreto Campos, José

Menezes Costa (Deka, PSDB) e o Vice Armindo Oliveira Santos,

Josenaldo de Góis (Nado do posto, PPS) e o Vice Josafá Ribeiro de

Almeida (Joca). E correndo por fora, ainda teve Antônio de Souza

Ramos (PSB) e o Vice Raimundo Antônio C. de Andrade. Vence

Diógenes José de Oliveira Almeida por uma diferença mínima, contra

Deka e Armindo. Os outros obtiveram poucos votos.

16º PREFEITO

Diógenes José de Oliveira Almeida

VICE: Marly do Carmo Barreto Campos

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Diógenes Almeida, depois de Luizinho,

uma das melhores administrações

VEREADORES: Luiz Carlos dos Santos

Filomeno Neto

Nailson Gama Ramos

Raimundo Alves dos Santos

Osvaldo Vidal dos Santos

Élson Figueiredo Nascimento

João Farias de Santana

José de Góis Filho

José Mauro dos Santos

Lenilson José de França

Valmira Almeida Souza

Montival Cardoso dos Santos

Jerônimo José dos Santos

José Edivânio dos Santos ()

() O vereador José Edivânio dos Santos faleceu em 24 de

fevereiro de 1998, entrando em seu lugar José Pereira dos Santos (Zé

Malandro), que assumiu por um ano e quase dois meses. Depois, ele

assume a Secretária de Obras, e entra no seu lugar o vereador Manuel

Jobson de Souza Santos (King), permanecendo no cargo por um bom

tempo.

Administração Diógenes Almeida começou em 01 de janeiro de

1997. Foi uma das melhores depois de Luizinho. Arrumou a prefeitura,

que estava uma bagunça, quando ele entrou. Em menos de um ano,

colocou a casa em ordem. Seu secretariado era muito eficiente.

Diógenes foi quem colocou, na Praça do Cruzeiro, a estátua de corpo

inteiro de Tobias Barreto de Menezes, um grande feito em sua

administração. Construção e reforma do prédio da prefeitura, situado

na Praça Dom José Thomaz (onde era o fórum). Colocou energia no

Povoado Campestre do Abreu e fez o saneamento básico da Rua Júlia

Maria da Soledade; criação da Central de Ambulância, reforma do

prédio e criação do Memorial de Tobias Barreto; reforma e

funcionamento do posto de saúde João de Souza Andrade;

pavimentação a paralelepípedo de várias ruas no Povoado Monte

Coelho, inclusive, a entrada do povoado; reforma de várias escolas no

município através de convênios, entre outras. Essas foram algumas obras

realizadas nesta administração. Deixou a prefeitura toda organizada,

com todas as contas quitadas, que é uma coisa difícil de acontecer,

mas o prefeito Diógenes Almeida assim o fez. Saiu da prefeitura em 31

de dezembro de 2000.

OBS.: Nas eleições de 01 de outubro de 2000, os candidatos

eram Esdras Valeriano dos Santos e o vice Dr. José Airton de Andrade,

contra Marly do Carmo Barreto Campos e sua vice Nildete Góis. Como

comentavam aqui, eram os meninos contra as meninas e, naquela

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ocasião, Esdras Valeriano tinha o apoio do radialista Cláudio Rotay, que

havia sido preso há alguns dias. Quando foi solto, uma multidão de

“fiéis” a Rotay foram esperá-lo na entrada da cidade. Foi ali que Esdras

Valeriano ganhou a política, uma vez que ele estava no meio da

multidão. Esdras vence a eleição com uma diferença de votos grande,

por ter contado também com o apoio da maioria das lideranças

políticas de Tobias Barreto.

17º PREFEITO

Esdras Valeriano dos Santos

VICE: José Airton de Andrade

VEREADORES: Nailson Gama Ramos

Antônio Menezes Costa

Filomeno Neto

João Farias de Santana

José Claro dos Santos

José de Góis Filho

Lenilson José de França

Manoel Jobson de Souza Santos

Raimundo Alves dos Santos

Valmira Almeida Souza

Maria Vital de Macedo

Montival Cardoso dos Santos

Luiz Carlos dos Santos

Osvaldo Alves dos Santos

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Foi uma administração um pouco conturbada por causa dos

problemas relacionados com as verbas da Educação, (Verbas Federais)

e outras coisas mais, que aconteceram durante o período em que

Esdras ficou na prefeitura. Tomou posse em 01 de janeiro de 2001. Suas

principais obras foram: campo do gado, que leva o nome do irmão,

Joãozito Valeriano (in memorian), auditório João Valeriano; adquiriu a

parte de cima do Banco do Brasil e o Colégio Paulo Freire, com recursos

da prefeitura; construiu o consultório odontológico no fundo do Colégio

Tobias Barreto e o PA, do calçadão; reformou várias secretarias do

Município; calçou o Bairro Suti e o Santos Dumont; construiu o posto de

saúde do Riacho Fundo e do Campo Pequeno; reformou várias escolas

do município; no Cancelão, construiu algumas casas habitacionais.

Nessa administração, Esdras Valeriano ainda chegou a ser afastado do

cargo, em um dia de sexta-feira, e assumiu o seu vice Dr. Airton

Andrade, por dois dias. Na segunda-feira, à noite, já estava de volta ao

cargo. Deixou o cargo em 31 de dezembro de 2004.

OBS: Chegam as eleições de 2004, que, por sinal, foi muito

disputada pelos dois candidatos, um pelo PTB, Dr. José Airton de

Andrade, com sua vice Marly Barreto e, do outro lado, pelo PT, Adílson

de Jesus Santos (Dílson de Agripino), com seu vice: Dr. João Pacífico de

Andrade Neto (João Pacífico). Foi uma verdadeira disputa acirrada. Há

muito que Tobias Barreto não viu uma disputa daquelas: ânimos muitos

exaltados, confusões por toda a cidade. Chegou o dia da votação,

realizada em 03 de outubro de 2004, e o vencedor, por uma

quantidade mínima de votos, foi Dr. Airton de Andrade.

18º PREFEITO

José Airton de Andrade

VICE: Marly do Carmo Barreto Campos

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Dr. Airton, o homem que tinha

tudo para ser o salvador da pátria

VEREADORES: Antônio de Menezes Costa

Lenilson José de França

Luiz Carlos dos Santos

Montival Cardoso dos Santos

Maria Vital de Macedo

Manuel Jobson de Souza Santos

Fábio dos Santos Ramos ()

João Olegário de Matos Neto

Osvaldo Vidal dos Santos

() O Vereador Fábio dos Santos Ramos (Fábio de Nailson) é

afastado por infidelidade partidária e entra em seu lugar José de Góis

Filho, que assume em 14 de agosto de 2008 e permanece até o final do

mandato.

Dr. Airton era uma pessoa boa, muito voltada para as causas da

justiça. Como advogado, fez muito favor para pessoas mais carentes.

Sempre brincalhão e sorridente, parecia que nada o abalava. Era um

menino que se esqueceu de crescer. Tivemos o prazer de conhecer de

perto quem foi o homem Airton Andrade. Era nosso amigo particular.

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Assumiu a tão sonhada prefeitura em 01 de janeiro de 2005; porém, o

destino mudou tudo. No dia 23 de maio deste mesmo ano, numa vigem

para a capital sergipana, envolve-se em um acidente automobilístico e

vem a falecer no lugar do acidente, acabando ali a sua boa

administração que, até o momento, vinha fazendo em nosso município.

19ª PREFEITA

Marly do Carmo Barreto Campos

Assume a prefeitura em 25 de maio de 2005, ainda em estado

de choque, em função da morte de Dr. Airton Andrade. E faz a sua

parte como a primeira mulher a assumir a nossa prefeitura. A

administração Marly Barreto foi muito voltada para o social do

município. Ela inaugura o projeto Fênix, adquirindo sede própria; faz o

Posto de Saúde, que leva o nome do grande médico Dr. Lafayete

Simões, no Bairro Maria do Carmo; reforma os colégios Telma Almeida,

Nicodemos Falcão, Gilmara Fontes, entre outros; constrói uma escola no

Povoado Alagoinhas; resgata o 7 de setembro através de desfiles

cívicos; adquire nova sede para o Conselho Tutelar; reforma o Centro

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de Conveniência dos Idosos; conclui a Praça no povoado Samambaia;

faz a praça do povoado Brasília; reforma a Praça do Cruzeiro; eletrifica

diversas ruas da cidade, tais como: Pedro Correia, Bom Jardim e Brás

Melo Costa; revitaliza os canteiros da Av. Gumercindo Bersa e Francisco

Barreto,além de outras obras na cidade. Seu mandato terminou em 31

de dezembro de 2008.

OBS: A política realizada no ano de 2008 começou com três candidatos, sendo eles: A

prefeita Marly Barreto (PSDB), tendo como vice Acledison Silvino. Adilson de Jesus

Santos (Dílson de Agripino – PT) e o vice Antônio Menezes Costa (Tony Tecido), e

Diógenes José de O. Almeida (PP), e o vice Fabinho de Dr. Airton. Com o desenrolar

da campanha, o vice da prefeita renuncia em plena rádio, e ela resolve renunciar

também, fazendo seu pronunciamento em outro programa de rádio, e opta a apoiar o

candidato do PT, Dílson de Agripino. Foi uma eleição bem diferente das outras

passadas, prevalecendo mais o jogo de bastidores, bem como o poder aquisitivo dos

mais abastados, e com o PT bem fortalecido e bem diferente das outras eleições

passadas. Já o PP, de Diógenes Almeida, foi menos favorecido em suas coligações. Não

havia nomes relevantes em seu palanque, com algumas exceções, é claro.

A eleição foi realizada em 05 de outubro de 2008 e vence o

candidato do PT, Dílson de Agripino, com uma diferença de votos muito

grande, uma das maiores de toda a história política de Tobias Barreto. E

uma das pessoas que devemos destacar nessa eleição foi o Promotor

de Justiça, Dr. Raimundo Bispo Filho, que muito atuou em todo o nosso

município, prestando grandes serviços à Justiça Eleitoral de Sergipe e

mostrando que as autoridades quando querem agir e fazer cumprir a

lei, eles o fazem. E assim fez Dr. Raimundo Bispo, esse grande promotor,

que nunca deveria ter saído desta cidade carente de pessoas como

ele, que sabem impor a lei, e soube fazer com que os tobienses

passassem a acreditar mais na justiça deste país.

20º PREFEITO

Adilson de Jesus Santos

VICE: Antônio de Menezes Costa

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Dílson de Agripino, a nova

esperança de Tobias Barreto

VEREADORES: João Olegário de Matos Neto

Diógenes José de Oliveira Almeida Júnior

Montival Cardoso dos Santos

Lenilson José de França

Nailson Gama Ramos

Adisandro Pinheiro dos Santos

Osvaldo Vidal dos Santos

Luiz Carlos dos Santos

Luiz Ferreira da Silva Filho

Dílson de Agripino foi diplomado em 18 de dezembro de 2008 e

tomou posse em 1º de janeiro de 2009, com uma grande festa

realizada. O PT de Francisco de Assis (Cici) e outros, cujos membros há

muitos anos falavam em cima de um banquinho de madeira consegue

chegar ao cargo mais alto do nosso Município.

CURIOSIDADES POLÍTICAS EM TOBIAS BARRETO

1º. PRIMEIRO INTENDENTE DE CAMPOS (Tobias Barreto): Cel. José

Domingues de Menezes – comandou de 1898 a 1901.

2º. PRIMEIRO PREFEITO NOMEADO PELO GOVERNO DE SERGIPE:

Cel. Francisco Barreto do Rosário (Cel. Chico Barreto) – comandou de

29/04/1935 a 17/09/1935.

3º. PRIMEIRO PREFEITO ELEITO PELO POVO: José Francisco de

Menezes (Zé Menezes) – administrou de 09/11/1947 a 31/01/1951.

4º. PRIMEIRA ELEIÇÃO REALIZADA EM TOBIAS BARRETO. ELEIÇÕES

COM O POVO NAS URNAS (Eleições Diretas): realizada em 19/10/1947,

um dia de domingo.

5º. PRIMEIRO CANDIDATO ÚNICO A DISPUTAR AS ELEIÇÕES PARA

PREFEITO: Antônio de Souza Ramos – em 12/03/1967.

6º. PRIMEIRO VICE-PREFEITO DA NOSSA HISTÓRIA: Dr. Brás Melo

Costa – assumiu durante o período de 30/03/1967 a 31/01/1971.

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7º. PRIMEIRO DEPUTADO ESTADUAL ELEITO PELO VOTO DIRETO:

João Valeriano dos Santos, pelo Partido da UDN (União Democrática

Nacional) – período de 1963 até 1966, com 2.121 votos. Eleição

realizada em 07/10/1962.

8º. PRIMEIRA MULHER A ASSUMIR A CAMÂRA DE VEREADORES:

Maria Cremildes de Souza, entre 31/01/1983 a 31/01/1988, com 519

votos, pelo partido político PDS (Partido Democrático Social).

9º. PRIMEIRA MULHER A ASSUMIR A PREFEITURA DE TOBIAS

BARRETO: Marly do Carmo Barreto Campos – durante o período de

25/05/2005 a 31/12/2008.

10º. MAIORES LÍDERES POLÍTICOS DE TOBIAS BARRETO:

• Pedro Barreto de Menezes (LIBERAL)

• Cel. Luiz Antônio da Costa Melo (COSERVADOR)

• Cel. José Antônio de Lemos (LIBERAL)

• Cel. Francisco Barreto do Rosário (CONSERVADOR)

• Cel. Francisco Sales de Menezes (Chico Menezes, PR)

• João Valeriano dos Santos (UDN)

• Luiz Alves de Oliveira Filho (ARENA I, PDS I, PFL)

INTENDENTES A PREFEITOS

INTENDENTES POSSE SAÍDA

1º José Domingues de Menezes Intendente 1898 1901

2º Antônio Guimarães de Carvalho Intendente 1901 1904

3º Cel. Francisco Barreto do Rosário Intendente 1904 1907

4º Comendador João Alves de

Oliveira

Intendente 1907 1910

5º Cel. Francisco Barreto do Rosário Intendente 1910 1913

6º Severiano Cardoso dos Santos Intendente 31/05/1914 31/03/1915

7º Antônio Justiniano de Menezes Intendente 01/01/1916 31/12/1918

8º Francisco Alves de Oliveira Intendente 01/01/1919 31/12/1921

9º Thomé Dantas da Costa Intendente 01/01/1922 31/12/1924

10º Pedro Antônio de Menezes Intendente 01/01/1925 05/1925

11º Isaias Alves Barreto Presidente do

Cons. Municipal

06/1925 31/12/1925

12º Joviniano José dos Santos Intendente 01/01/1926 31/12/1928

13º Carlos Vieira Sobral Intendente 01/01/1929 07/11/1930

14º Josué Montalvão Filho Secretário

Interino

08/11/1930 28/11/1930

15º Filadelpho dos Santos Lima Intendente 28/11/1930 25/02/1932

16º José Pedro dos Santos Intendente 05/03/1932 13/04/1935

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PREFEITOS NOMEADOS POSSE SAÍDA

1º Cel. Francisco Barreto do

Rosário

Prefeito

Nomeado

29/04/1935 17/09/1935

2º Petronilo Ferreira de São José Prefeito

Nomeado

18/09/1935 08/1937

3º José de Souza Santos Presidente da

Câmara

Municipal

21/08/1937 13/11/1937

4º Cel. Francisco Barreto do

Rosário

Prefeito

Nomeado

15/11/1937 12/1937

5º João Hermenegildo Ramos Prefeito

Nomeado

12/12/1937 02/08/1940

6º Dr. Aloísio B. Coutinho Neves Prefeito

Nomeado

03/08/1940 01/12/1940

7º Josué Montalvão Filho Secretário

Interino

01/12/1940 31/07/1941

8º Dr. Aloísio B. Coutinho Neves Prefeito

Nomeado

01/08/1941 30/05/1942

9º José Joviniano dos Santos Prefeito

Nomeado

31/05/1942 12/03/1945

10º Francisco Sales de Menezes Prefeito

Nomeado

10/12/1945 10/12/1945

11º Dr. João Fontes de Faria Prefeito

Nomeado

20/11/1945 12/1945

12º Francisco Sales de Menezes Prefeito

Nomeado

10/12/1945 10/12/1945

13º João Batista Lima Secretário

Interino

11/12/1945 10/12/1945

14º Capitão Deoclides Bastos Prefeito

Nomeado

23/12/1945 01/03/1946

15º João Hermenegildo Ramos Prefeito

Nomeado

16/03/1946 03/05/1947

16º João Antônio César Prefeito

Nomeado

03/05/1947 09/11/1947

PREFEITOS POSSE SAÍDA

1º José Francisco de Menezes Prefeito 09/11/1947 31/01/1951

2º Raimundo Geraldo dos Santos Prefeito 01/02/1951 31/01/1955

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3º José Francisco de Menezes Prefeito 01/02/1955 31/01/1959

4º João Valeriano dos Santos Prefeito 01/02/1959 31/01/1963

5º Raimundo Geraldo dos Santos Prefeito 01/02/1963 31/01/1967

6º Antônio de Souza Ramos Prefeito 30/03/1967 31/01/1971

7º João Valeriano dos Santos Prefeito 01/02/1971 15/03/1973

8º Luiz Alves de Oliveira Filho Prefeito 15/03/1973 31/01/1977

9º Josafá Ribeiro de Almeida Secretário

Interino

01/02/1977 09/03/1977

10º José Dias dos Santos Presidente da

Câmara

10/03/1977 14/04/1977

11º Antônio Ávila dos Reis Prefeito 14/04/1977 31/01/1983

12º Luiz Alves de Oliveira Filho Prefeito 01/02/1983 31/12/1988

13º Josafá Ribeiro de Almeida Prefeito 01/01/1989 31/12/1992

14º Antônio Nery do N. Júnior Prefeito 01/01/1993 31/10/1996

15º Armindo Oliveira Santos Presidente da

Câmara

01/11/1996 31/12/1996

16º Diógenes José de O. Almeida Prefeito 01/01/1997 31/12/2000

17º Esdras Valeriano dos Santos Prefeito 01/01/2001 31/12/2004

18ºJosé Airton de Andrade Prefeito 01/01/2005 23/05/2005

19º Marly do Carmo B. Campos Prefeita 25/05/2005 31/12/2008

20º Adilson de Jesus Santos Prefeito 01/01/2009 -

21º

22º

23º

24º

25º

OBS: Essas lacunas em branco no gráfico são para

preenchimento, com o passar do tempo, dos novos prefeitos que forem

tomando posse. Assim, vocês manterão este livro sempre atualizado.

PARTIDOS POLÍTICOS – SIGLAS

Os partidos políticos que se destacaram em nossa cidade foram

muitos. Depois dessas siglas partidárias, a política virou bagunça. Hoje

em dia, não sabemos mais quem é Zebra (Cabaú) ou Leão (Peba),

como antigamente. Virou um emaranhado de siglas partidárias que

dificulta identificarmos quem é quem; por isso, o município está do jeito

que está.

Liberais Conservadores

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PEBA CABAÚ

União Democrática Nacional

UDN

Partido Republicano

PR

Partido Socialista Democrático

PSD

ARENA 1

Aliança Renovada Nacional

LEÃO

ARENA 2

Aliança Renovada Nacional

ZEBRA

PDS 1

Partido Democrático Social

PDS 2

Partido Democrática Social

PFL

Partido da Frente Liberal

PMDB

Partido do Movimento

Democrática Brasileiro

OBS.: O PTB, PDT, PSDB, PPR, PFL hoje é o DEM, e, correndo por fora e

muito prestigiado no atual momento político por que passa o país, vem o velho e

insistente PT ocupar o cargo mais elevado do nosso Legislativo.

O Legislativo Tobiense

A Lista de deputados que assumiram uma cadeira pela cidade de Campos, hoje

Tobias Barreto, começa nos remotos anos de 1845 até os anos atuais. São Deputados

Provincianos; depois, passaram a ser Deputados Estaduais, e houve também os

Deputados Federais, filhos da terra, que não chegaram a se eleger, mas ficaram em uma

boa colocação, com votação estrondosa.

Deputado veio do latim deputadu, enviado a alguma missão.

Em latim, deputare significou inicialmente posar, separar e, por fim, o

sentido que hoje tem, de indivíduo que trata de interesses de outros. Já

senatus, senado, conselho onde tinham assento os anciães, e senator,

senador. O termo ancião, cujo sentido equivale ao indivíduo que

atuava como conselheiro, também é palavra de origem latina. Esse é

também o caso do presidente, do latim praesidente, declinação de

praesidens, presidente, designado àquele que está assentado à frente,

na sede, no palácio, ocupando o primeiro lugar.

1ª PARTE

1845 a 1900 - DEPUTADOS PROVINCIANOS

1º. Pe. Francisco Xavier de Góis e Amaral (Pe. Amaral) – Partido

Político: Liberal (PEBA).

2º. Profº.: Manoel Joaquim de Oliveira Campos (Profº.: Oliveira

Campos) – Partido Político: Conservador (CABAÚ).

3º. Pe. João Antônio de Figueiredo Matos (Pe. João de Matos) –

Partido Político: Liberal (PEBA).

4º. Tenente-coronel Alexandre da Fonseca Cunha e Amaral

(Alexandre da Roma) – Partido Político: Liberal (PEBA). Além de ser

deputado, foi chefe político do Partido Liberal.

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5º. Cel. Luiz Antônio da Costa Melo (Cel. Luiz Antônio) – Partido

Político: Conservador (CABAÚ). Exerceu o mandato de 1886 a 1887 /

1888 a 1889 / 1901 a 1902. E foi chefe político do Partido Conservador

por muitos anos. 6º. Cel. José Antônio de Lemos (Cel. Zé de Lemos) – Partido Político: Liberal.

Foi eleito deputado pela primeira vez no século XIX, (não sabemos a data certa);

depois, foi eleito em 21 de abril de 1918 na vaga do Dr. Batista Itajaí. Posteriormente,

foi eleito por mais um mandato, cujo período não foi encontrado. Foi chefe político do

Partido Liberal.

7º. Cel. Francisco Barreto do Rosário (Cel. Chico Barreto) –

Partido Político: Conservador (Cabaú). Foi por vários mandatos

Deputado Provinciano, e foi também chefe político, Intendente e

Prefeito Nomeado.

2ª PARTE

Agora, a lista dos Deputados Estaduais, das décadas de sessenta

até os anos atuais.

João Valeriano dos Santos

PARTIDO: UDN (União Democrática Nacional)

VOTAÇÃO: 2.121

ELEIÇÃO REALIZADA EM: 07/10/1962

EXERCEU: 1º Mandato de 1963 até 1966.

João Valeriano dos Santos

PARTIDO: ARENA I (Aliança Renovada Nacional)

VOTAÇÃO: 2.658

ELEIÇÃO REALIZADA EM: 15/11/1966

EXERCEU: 2º Mandato - de 1967 até 1970.

Antônio Souza Ramos

PARTIDO: ARENA (Aliança Renovada Nacional)

VOTAÇÃO: 2.186 - SUPLENTE

ELEIÇÃO REALIZADA EM: 15/11/1974

EXERCEU: Entrou nos últimos anos, já acabando o seu mandato.

Luiz Alves de Oliveira Filho

PARTIDO: ARENA I (Aliança Renovada Nacional)

VOTAÇÃO: 8.982

ELEIÇÃO REALIZADA EM: 15/11/1978

EXERCEU: 1º Mandato - de 1979 até 1982.

Antônio Nery do Nascimento

PARTIDO: ARENA II

VOTAÇÃO: 8.535

ELEIÇÃO REALIZADA EM: 15/11/1978

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EXERCEU: 1º Mandato - de 1979 até 1982.

Carlos Alberto de Oliveira

PARTIDO: PDS I (Partido Democrático Social)

VOTAÇÃO: 10.751

ELEIÇÃO REALIZADA EM: 15/11/1982

EXERCEU: 1º Mandato - de 1983 até 1986.

Carlos Alberto de Oliveira

PARTIDO: PFL (Partido da Frente Liberal)

VOTAÇÃO: 9.403

ELEIÇÃO REALIZADA EM: 15/11/1986

EXERCEU: 2º Mandato - de 1987 até 1990.

Carlos Alberto de Oliveira

PARTIDO: PDC / PFL / PMN / PRN / PSDB (coligações)

VOTAÇÃO: 6.615

ELEIÇÃO REALIZADA EM: 03/10/1990

EXERCEU: 3º Mandato - de 1991 até 1994.

Josenaldo de Góis

PARTIDO: PDT (Partido Democrático Trabalhista)

VOTAÇÃO: 8.279

ELEIÇÃO REALIZADA EM: 03/10/1994

EXERCEU: 1º Mandato - de 1995 até 1998.

Diógenes José de Oliveira Almeida

PARTIDO: PPR

VOTAÇÃO: 9.027 - SUPLENTE

ELEIÇÃO REALIZADA EM: 03/10/1994

EXERCEU: OBS: Ficou na suplência do partido, mas depois,

assumiu por um período de quase dois anos.

OBSERVAÇÕES:

Nesta eleição de 1994, Tobias Barreto teve três candidatos às

vagas de Deputado Estadual. E nesse ano, Carlos Alberto de Oliveira

ainda ficou na suplência de seu partido, PFL, com uma votação de

5.339 votos.

No ano de 1998, ano de eleições, tivemos um filho da terra que

ficou na suplência do seu partido, PSDB, para Deputado Estadual,

Antônio Nery do Nascimento Júnior, mas não chegou a assumir. Obteve

5.415 votos na época.

Nas eleições de 2002, tivemos também outro candidato a

Deputado Estadual, que se destacou, ficando na primeira suplência do

seu partido PTB, Dr. José Airton de Andrade, que teve 10.379 votos em

todo o Estado, uma votação surpreendente, mas não chegou a assumir.

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Com a lista de Deputados Federais dos filhos da terra, ainda não

tivemos a oportunidade de assumir uma cadeira no Plenário Federal. Só

chegamos perto por duas vezes, uma com o radialista Miguel Alves da

Silva, nas eleições realizadas em 04/10/1998, pelo partido político PSC,

com uma votação de 7.064 votos, e outra foi Adisandro Pinheiro dos

Santos (Pinheirinho na Moral), que ficou na primeira suplência do partido

PC do B, com uma votação de 12.484 votos, nas eleições realizadas em

01/10/2006. Essa votação expressiva que Pinheirinho obteve mostra que

é possível eleger um Deputado Estadual e um Federal em Tobias

Barreto. É só haver união partidária.

No âmbito do Senado Federal, houve Carlos Alberto de Oliveira,

que chegou a ficar na primeira suplência da Senadora Maria do Carmo

Alves, mas por divergências políticas, e impasse da Senadora, ele não

assumiu o cargo.

OS PRÉDIOS DA INTENDÊNCIA

O primeiro prédio onde foi instalada a primeira prefeitura, de

que se tem idéia, foi ao lado da Igreja Matriz, na Praça Dom José

Thomaz. Era uma casa grande, com várias portas, onde ficava o fórum

e onde atendiam os primeiros edis da nossa história. Lá, eram realizados

trabalhos jurídicos, administrativos da intendência e trabalhos dos

primeiros edis (vereadores). Essa casa foi construída no final do século XIX e permaneceu até os anos

quarenta, por onde passaram Intendentes e alguns Prefeitos Nomeados.

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Primeira Intendência de Tobias Barreto,

onde está escrito Ministério da Saúde

Entre os anos de 1942 a 1944, foi construída outra prefeitura, na

rua principal de campos, bem no centro da cidade. Isso aconteceu na

administração de José Joviniano dos Santos. Com a nova prefeitura,

tudo foi mudado, só ficando na antiga Intendência o fórum, onde eram

realizados os trabalhos jurídicos. Em 23 de janeiro de 1971, nessa primeira

prefeitura, foi inaugurado pelo prefeito Antônio de Souza Ramos o

Fórum Dr. João Fontes de Faria que, depois, foi mudado para a Avenida

José David dos Santos.

Foto da antiga prefeitura na Avenida 7 de junho,

hoje Memorial de Tobias Barreto de Menezes.

Essa prefeitura foi inaugurada na administração de José

Joviniano dos Santos e permaneceu por um período de 55 anos. Em

1947, recebeu o primeiro prefeito eleito pelo voto direto, o Sr. José

Francisco de Menezes (Zé Menezes) e foi lá que surgiu a segunda

Câmara de Vereadores, que ficava em uma sala grande e onde tinha

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uma mesa, em torno da qual primeiros edis de Campos se reunião para

tomar suas decisões. Com o passar do tempo, a Câmara de Vereadores

passou a fazer suas reuniões na casa vizinha à prefeitura, que tinha

como seu proprietário um dos antigos músicos, conhecido por

“Rosinha”. Aquela casa também serviu de escola musical da lira e de

escola de arte culinária, inclusive, minha mãe foi a primeira e única

professora (Dona Raimundinha de Joca), e foi nessa casa onde depois

foi construída a Câmara de Vereadores.

Em 1998, o prefeito Diógenes José de Oliveira Almeida constrói

no antigo prédio do Fórum a nova Prefeitura Municipal, precisamente

em dezembro daquele ano, e inaugura com grande festividade. Assim

a prefeitura voltava para o seu lugar de sempre, de onde nunca

deveria ter saído.

No lugar da prefeitura velha, situada na Av. 7 de Junho, foi

construído o Memorial Tobias Barreto de Menezes pelo prefeito

Diógenes José de Oliveira Almeida e inaugurado em 07 de junho de

2000, quando a cidade comemorava os 161 anos de nascimento de

seu mais ilustre filho, Tobias Barreto de Menezes.

Atual prefeitura da nossa cidade inaugurada em dezembro de

1998 pelo prefeito Diógenes José de Oliveira Almeida.

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E sobre a Câmara de Vereadores, quando a Prefeitura foi

mudada para Praça Dom José Thomaz, ela permaneceu no mesmo

lugar, porém passando por um processo de várias reformas para deixar

o lugar adequado para as reuniões e seções da Câmara e deixar o

espaço confortável para o atendimento ao público tobiense. O nosso

legislativo já chegou a ter no começo seis edis, depois passou a oito,

chegando a quatorze vereadores e hoje, o Legislativo Municipal conta

com nove vereadores eleitos pelo povo. A Câmara Municipal de

Vereadores também tem seu plenário, que homenageia um dos ilustres

vereadores, com o nome de Plenário Lindeval de Souza Neto.

Essa é a Câmara de Vereadores, situada na Av. 7 de Junho,

depois da sua última reforma.