A civilização romana

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A CIVILIZAÇÃO ROMANA

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A CIVILIZAÇÃO ROMANA

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Localização central: Península Itálica

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Povoamento: Nativos: lígures e sículos = aprox. 2000 aC Italiotas: latinos, sabinos, volscos, équos, etruscos Gregos

Fases: Monarquia (753 – 509 aC) República (509 – 27 aC) Império (27 aC – 476 dC)

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A MONARQUIA ROMANA

Origem mítica: “Eneida”, de Virgílio Romanos = descendentes de Enéias Alba Longa: reino originário de Roma Numitor: legitimidade ameaçada por Amúlio, invasor e usurpador Rômulo a Remo, filhos da princesa Réia

Sílvia, lançados no rio Tibre Reconquista de Alba Longa pelos gêmeos

e disputa para governar um novo reino vencida por Rômulo

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A MONARQUIA ROMANA

Origem factual: Aprox. 2000 aC: latinos ocupara a área central da Pen. Itálica e

fundaram várias vilas, incluindo Roma (que talvez tenha sido uma fortificação)

Sec. VII aC: invasão etrusca e consolidação de Roma como cidade, resultando na formação de um governo organizado e politicamente estruturado

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A MONARQUIA ROMANA

Estrutura: Assembleia Curiata: cidadãos (soldados) agrupados em cúrias

(conj. de 10 clãs) = era reunida mediante convocação, elegia altos funcionários, deliberava sobre leis

Senado: conselho de anciãos chefes dos clãs propunha leis e fiscalizava os reis

Rei (Rex): chefe militar, religioso e juiz

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A MONARQUIA ROMANA

Informações sobre reis são imprecisas Reis de existência não comprovada:

• Rômulo: fundador e conquistador• Numa Pompílio, Túlio Hostílio, Anco Márcio

Reis de existência comprovada:• Lúcio Tarquínio, Sérvio Túlio, Tarquínio

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A MONARQUIA ROMANA

Estrutura social: Patrícios: grandes proprietários que possuíam direitos políticos e

desempenhavam importantes funções públicas Clientes: livres que eram associados aos patrícios de forma

auxiliar/subalterna o gozavam de proteção em troca de apoio Plebeus: livres dedicados ao trabalho

produtivo e sem direitos políticos Escravos: devedores incapacitados de

cumprir seus débitos e prisioneiros de guerra / eram considerados bens e exerciam desde funções básicas à especializadas

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A REPÚBLICA ROMANA

Instituições políticas: Magistratura:

• Cônsules,

Senado: nomeação de ministros, decretação de guerra, representação diplomática, deliberação sobre impostos...

Assembleias:

Pretores, Questores, Censores, Edis, Pontífices, Ditadores

• Curial: religiosa• Tribal: escolhia questores e edis• Centurial: votava leis no Campo de Marte, participação

masculina e votos por centúrias

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A REPÚBLICA ROMANA Conflitos: patrícios X plebeus

Patrícios controlavam instâncias políticas Plebeus garantiam a segurança de Roma Tomada de consciência por parte da plebe Ações: greves e atentados Resultados: • Lei das 12 Tábulas (450 aC) = registro escrito da legislação• Lei Canuléia (445 aC) = permitia casamento entre as classes• Criação de Magistrados da Plebe / Tribunos da Plebe (366 aC =

1º Cônsul eleito)• Lei Licínia (367 aC): explorar terras devolutas (ager publicius)• Fim da escravidão por dívida (366 aC)

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A REPÚBLICA ROMANA Conquistas territoriais

1ª fase: controle de toda Península Itálica 2ª fase: Guerra contra Cartago / Guerras Púnicas (256-146 aC)

• Domínio sobre Cartago (ex-colônia fenícia / “punis” = fenícios) asseguraria controle do Mediterrâneo

• 1ª etapa: submissão de Cartago ao pagamento de tributos

• 2ª etapa: reação cartaginesa, invasão à Roma e posterior retomada romana até a reconquista de territórios e assinatura de rendição de Cartago

• 3ª etapa: submissão completa e destruição da cidade de Cartago

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A REPÚBLICA ROMANA Conquistas territoriais

3ª fase:• Frente ocidental: Ibéria e Gália• Frente oriental: Macedônia,

Grécia e Ásia menor

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A REPÚBLICA ROMANA

Consequências da expansão Ampliação da riqueza Mudança nos hábitos materiais Profissionalização do Exército Vida urbana Contatos com culturas e civilização (influência grega) Expansão do latifúndio Expansão do escravismo Ampliação das desigualdades sociais

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A REPÚBLICA ROMANA

Crise social e tensões políticas Aumento da miséria: componente da instabilidade Massas populares e lideranças X elite patrícia Tibério Graco (133 aC): Lei agrária limitando

latifúndios e distribuindo terras aos plebeus = assassinato por lideranças patrícias e senadores

Caio Graco (123 aC): tentativa de ampliar participação de plebeus nas instituições políticas e aprovação da Lei Frumentária saldo: assassinato de Caio e perseguições a seus seguidores

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A REPÚBLICA ROMANA

Guerra Social (90 aC): reação a Marcus Lívio Drusus, seguidor dos ideais dos Gracos

Massas populares contra forças do exército romano Roma obrigada a ceder cidadania para atenuar tensões Revolta dos escravos • 136-132 aC: formação de um movimento organizado que

chegou a dominar cidades – e posteriormente sufocado pelo exército

• Revolta da Spártaco (73-71 aC): causou transtornos que abalaram a ordem institucional romana

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A REPÚBLICA ROMANA

Tensões sociais desordem pública Crise de poder no Senado e nas instituições da magistratura Militares: ascensão política Mário: prestígio obtido por vitórias externas empregado para

domínio do poder em Roma• Instituiu soldo para legionários• Alta popularidade• Eleito cônsul ilegalmente 6 vezes consecutivas • Herdeiro político: César Sila: herói em vitória sobre aliados revoltados• Rival de Mário e manteve-se ilegalmente como

ditador vitalício de 82-79 aC

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A REPÚBLICA ROMANA

Ascensão de Júlio César General de prestígio e herdeiro de tradicional família romana Formação do Primeiro Triunvirato (59 aC) juntamente com Crasso e Pompeu César: ampliação territorial no oeste (tomada de toda a Gália e parte da

Bretanha) = maior prestígio entre a população 53 aC: morte de Crasso após derrota na Pártia = Pompeu e Senado

tentaram isolar César Estratégia populista no exílio e invasão à Roma, tornando-se

ditador vitalício em 46 aC Reformas no Estado, ampliou cidadania para povos dominados, distribuiu

terras, fez grandes obras públicas temor de republicanos: tentativa de César torna-se rei 44 aC: assassinato

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Júlio César

Crasso

Pompeu

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A REPÚBLICA ROMANA

A ascensão de Otávio Herdeiro “acidental” de César Membro do Segundo Triunvirato ao lado de Marco Antônio e Lépido Perseguições aos adversários de César Tentativas de Lépido e Marco Antônio de isolar Otávio Aliança de Marco Antônio e Cleópatra Guerra entre Otávio e Marco Antônio =

derrota de M. Antonio (31 aC) e anexação do Egito = consagração de Otávio, acumulando poderes além de qualquer outro governante anterior

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O IMPÉRIO ROMANO

Alto Império27 a.C - 235

Baixo Império235 - 476

ALTO IMPÉRIO: relativa estabilidade, relativa paz entre províncias e conquistas.

BAIXO IMPÉRIO: Crises econômicas, lutas sociais, instabilidade política e invasões bárbaras.

Moedas do Império Romano

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Augusto: 27 a.C – 14 d.C DINASTIA JÚLIO-CLAUDIANA: Dificuldades políticas

• Tibério (14 – 37);• Calígula (37 – 41);• Cláudio (41 – 54);• Nero (54 – 69);

69 – O ano dos quatro imperadores: Galba, Otto, Vitelius e Vespasiano (início de nova dinastia, dezembro de 69)

O IMPÉRIO ROMANO

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DINASTIA DOS FLÁVIOS: Equilíbrio econômico e relativa tranquilidade.• Vespasiano (69 – 79);• Tito (79 – 81);• Domiciano (81 – 96).

DINASTIA DOS ANTONINOS: Estabilidade e governos prósperos.• Nerva (96 – 98);• Trajano (98 – 117);• Adriano (117 – 138);• Antonio Pio (138 – 161);• Marco Aurélio (161 – 180);• Cômodo (180 – 192).

O IMPÉRIO ROMANO

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O IMPÉRIO ROMANO DINASTIA DOS SEVEROS: Crises de poder, distúrbios nas fronteiras,

problemas econômicos.• Septímio Severo (193 – 211);• Caracala (211 – 217);• Macrinus e Diadumenianus (217 – 218);• Heliogabus (218 – 219);• Selêuco, Urânio, Gélio Máximo, Verus (219 – 222);• Severo Alexandre (222 – 235);

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O IMPÉRIO ROMANO

O Baixo Império Longo período de decadência de Roma• Crises políticas: sem critério definido para sucessão;• Colapso do escravismo;• Economia em crise: impostos altos e inflação;• Fronteiras desprotegidas: falta de soldados;• Difusão do Cristianismo;• Queda nas atividades produtivas;• População urbana: migração para interior.

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O IMPÉRIO ROMANO

Tentativas de reformas:

Diocleciano (284 – 312): Tetrarquia – governo por 2 imperadores Augustos e auxiliados por 2 Césares em um império dividido em duas partes (Ocidente e Oriente). Os imperadores governariam por até 20 anos, quando os Césares assumiriam o poder e reiniciariam o ciclo. Projeto abandonado pelos sucessores.

Constantino (313 – 337): Reunificou o império, transferiu a capital para Constantinopla e legalizou o Cristianismo.

Teodósio (378 – 395): Divisão do Império e oficialização do Cristianismo como religião oficial.

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O IMPÉRIO ROMANO

Em 476, após enfrentar sucessivas invasões, o Império Romano do Ocidente foi definitivamente derrubado pelos hérulos, tribo germânica que se estabeleceu dentro dos limites de Roma.

Rômulo Augústulo, último imperador romano.

Enquanto a poção ocidental de Roma estava em ruína, o Império Romano do Oriente conseguiu manter-se firme, passando a ser reconhecido como Império Bizantino, existindo até 1453, quando foi derrubado pelos islâmicos.

Moeda cunhada após a conquista dos hérulos, expondo a face do rei Odoacro

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O IMPÉRIO ROMANO