A concordata explosiva da Arapuã

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A concordata explosiva da Arapuã

Empresa afunda em meio a operações suspeitas e investigação da CVM

Por Lucia Kassai

Um processo que corre em sigilo na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) pode jogar alguma luz numa das concordatas mais polêmicas da história do varejo brasileiro, a das Lojas Arapuã. Sob investigação estão empréstimos suspeitos, remessas de dinheiro para o exterior, atraso de entrega dos balanços e maus tratos aos acionistas minoritários, daquela que já foi uma das maiores redes varejistas do País. A investigação da CVM surge num momento crítico. A juíza Cláudia Longobardi Campana, da 6ª Vara Cível de São Paulo, decidiu que se a empresa não depositasse até sexta-feira, 28 de abril, uma parcela no valor de R$ 260 milhões, teria sua falência decretada. A Arapuã, sem dinheiro e atolada em dívidas de quase R$ 1 bilhão, entrou na Justiça em busca de uma liminar que ao menos retarde a sentença final.

Balanços maquiados. A investigação da CVM teve origem em uma queixa encaminhada por um acionista minoritário, Antônio Martins, dono de 0,0016% das ações da companhia e superintendente da Evadin, uma das maiores credoras. Ele alega que a abertura de capital da Arapuã, feita em 1995 e que arrecadou R$ 200 milhões, foi feita com base em balanços maquiados. Na época, sustenta ele, a empresa já viveria sérias dificuldades financeiras, e os investidores atraídos para as bolsas estariam sendo convocados apenas para absorver o prejuízo. Se isso for confirmado, trata-se de crime do colarinho branco. Nas últimas semanas a CVM intimou os principais executivos da empresa para depor – e alguns já pediram adiamento, alegando que estão sobrecarregados por causa do processo de concordata. O advogado da Arapuã, Ricardo Tepedino, garante que não houve nenhuma irregularidade no lançamento de ações.

A Evadin também lançou suspeitas pesadas no processo de concordata. Tadeu Laskowski, advogado da fábrica de eletroeletrônicos, anexou aos autos um dossiê na qual acusa a família Simeira Jacob, controladora da Arapuã, de ter pego emprestados da própria empresa R$ 235 milhões, exatos dois meses antes de pedir a concordata. Emprestar dinheiro da empresa para os próprios controladores é uma irregularidade que pode ser enquadrada como apropriação indébita, passível de punição com até 4 anos de reclusão. Laskowski também diz que, dias antes da concordata, a Arapuã teria emprestado R$ 1,5 milhão para empresas offshore, em condições suspeitas – sem juros. E repete a acusação de que a abertura de capital teria base em balanços “feitos com dissimulação”, o que pode ser enquadrado como falsificação de documento público – pena de até seis anos de reclusão. A Arapuã garante, no processo, que o empréstimo foi uma mera operação financeira para garantir o pagamento de alguns credores. E, para rebater as acusações, contratou uma auditoria da Trevisan e Associados. Enquanto isso, a Arapuã segue sem publicar balanço desde 1997.

Inimigos mortais. Por trás da guerra de lama há uma história de amigos que se tornaram inimigos mortais. De um lado estão Jorge Simeira Jacob, fundador da Arapuã, e seu filho Renato, o atual presidente. Do outro, Leo Kryss, dono da marca Evadin e fabricante dos produtos Mitsubishi, terceiro maior credor da rede e aquele que será mais prejudicado se a Arapuã for à falência. Kryss, que tinha um relacionamento “no fio do bigode” com os Simeira Jacob, transformou as lojas no principal canal de vendas de seus televisores. Chegou a criar modelos e linhas que eram vendidos apenas nas lojas da rede. Entregava mercadorias em consignação, com prazos de até um ano para o pagamento, exigindo pouquíssimas garantias. Hoje tem R$ 82 milhões a receber, e, em caso de falência, será um dos últimos a pôr a mão em algum dinheiro. “A questão virou pessoal. Leo achou que deveriam

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tê-lo informado, com antecedência, que a Arapuã estava quebrada”, diz uma fonte próxima do investidor. A maioria dos credores, donos de 84% dos créditos, está solidária com os Simeira Jacob. “A empresa sempre foi correta e merece uma segunda chance”, diz Fernando Mendes Almeida, advogado da Semp Toshiba, comissária da concordata, com R$ 100 milhões a receber. Segundo ele, a Arapuã é recuperável, mas precisaria de 5 anos para se colocar de pé. Dificilmente terá tanto tempo.

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Péssimo exemplo: Veja como a Kodak quebrou regras básicas do empreendedorismoBy

redação– Posted on 22/01/2012

A Kodak apresentou perante um tribunal de Nova York, nessa última quinta-feira (19), um pedido de concordata para reorganizar seus negócios. ”A companhia e suas subsidiárias nos EUA entram com pedido voluntário de ‘proteção’ ao Capítulo 11 da Lei de Falências dos Estados Unidos”, afirmou em nota a empresa.

Interessado no assunto, o Ambiente Externo realizou uma pesquisa para identificar o que aconteceu com a empresa que revolucionou com a forma  de como tiramos fotografias. Com isso, destacamos três fatores decisivos para “o fim do momento Kodak”.

Erro 1: Falta de uma visão de futuro

George Eastman, o Steve Jobs da era analógica

Toda grande empresa possui um empreendedor que enxergou uma oportunidade e a transformou em um negócio altamente lucrativo. Isso é a lei básica do empreendedorismo. George Eastman fundou a Kodak em 1889 e criou a câmera fotográfica por filme. Como o novo produto não atraiu o público já acostumado a fotografar com a tecnologia existente na época (chapas de vidro), Eastman viu que era necessário levar a nova invenção para público de massa.  Com esse objetivo, introduziu a nova câmera de fotografias no mercado com o slogan: “Você aperta o botão e nós fazemos o resto”. O público deliciou-se com a novidade e logo a frase ficou conhecida

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mundialmente. Em 25 anos, a máquina fotográfica com filme tinha chegado a milhões de americanos.

Muita da veia criativa da Kodak foi herdada de George Eastman. Porém, o fundador da empresa faleceu em 1932 vítima de uma doença degenerativa. Mas, mesmo assim, foi o grande influenciador das inovações da empresa durante décadas. Para Nancy West, da Universidade de Missouri, Eastman havia exercido tal influência sobre a empresa que quando ele morreu, a Kodak rapidamente se transformou numa companhia ligada à nostalgia. “Nostalgia é adorável, mas ela não permite que as pessoas sigam em frente”, disse ela, que já estudou a empresa a fundo.

Erro 2: Medo de inovar

Lançado em 1935, o Kodachrome foi o primeiro filme colorido da história e parou de ser produzido em 2009

Outra regra básica do empreendedorismo é a necessidade de inovação constante de produtos e a busca por novas oportunidades de negócios para não ficar atrás da concorrência. Você encontra isso em qualquer livro sobre o assunto. Porém, é hilário dizer que uma empresa que sobreviveu a duas guerras mundiais, morreu por causa da revolução digital. E pior, vítima da própria invenção.

Hoje, a câmera digital faz parte das nossas vidas. Elas estão nos celulares, nas bolsas, mochilas e enfim. Sua tecnologia permitia uma grande inovação na época ao qual começou o “boom” da fotografia digital: ver como a foto ficou antes de manda-lá para a revelação, e o melhor, de forma instantânea. Com a popularização da internet, podemos fotografar aqui no Brasil e enviar a foto para alguém que esteja no outro lado do mundo. Mas, é fato dizer, que a maioria das pessoas deixam as fotos guardadas no computador. Porém, saiba que toda essa revolução foi possível graças a uma invenção da Kodak? E acredite se quiser: a mesma câmera digital foi o motivo da sua falência.

Em 1975, eles criaram a primeira câmera digital, um protótipo do tamanho de uma torradeira, que precisava de 23 segundos de exposição para produzir uma imagem de 0,01 megapixel em preto e branco. Porém, o produto foi para a gaveta pois poderia prejudicar o tradicional negócio onde a empresa possuia 90% de participação de mercado. “A Kodak foi a primeira empresa a criar a câmera digital, mas naquela época, a maioria de seus lucros vinha da vendas de produtos químicos utilizados nos filmes e eles tinham medo de investir em algo novo porque achavam que podia prejudicar seu negócio tradicional. Quando eles perceberam, o mercado digital tinha chegado para ficar, ultrapassado o filme e todos os concorrentes da Kodak tinham câmeras digitais muito superiores. As câmeras [digitais] Kodak nunca foram boas e a empresa perdeu a

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reputação conquistada com o ‘momento Kodak’”. disse Olivier Laurent, editor de notícias do British Journal of Photography.

Erro 3: Decisões erradas

O marketing era um dos fortes da Kodak

Além da falta de inovação, a Kodak foi prejudicada por suas péssimas decisões. Em 2007, a Kodak se desfez da Onex, uma empresa que fazia equipamentos de raios-x para hospitais e dentistas, por uma uma quantia de U$ 2,35 bilhões. Os analistas disseram que era um erro sair do negócio quando muitas pessoas estavam prestes a se aposentar e a procura por raios-x aumentaria.

Conclusão

Concluimos que a Kodak é um exemplo do que não se deve fazer nos negócios. Como aconteceu recentemente com a indústria da música e cinematrográfica — que disse não para a revolução digital após o mundo conhecer o Napster, onde era possível baixar músicas gratuitamente —  a empresa pagou o preço por não se adaptar as mudanças do mercado. E o mais interessante, muitos dos fatores responsáveis pela falência da empresa fundada por George Eastman são o inversos das teorias que lemos em qualquer livro falando de empreendedorismo. Sim, aqueles livros chatos que muito de nós dizemos que nada escrito ali funciona na prática.

Gilvânia Banker

Os desequilíbrios financeiros geram problemas incalculáveis para as companhias que não possuem planejamento e nem um fluxo de caixa controlado. De acordo

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com pesquisa da Serasa Experian, 975 instituições brasileiras entraram com pedido de falência em 2012. As micro e pequenas empresas apresentaram um maior número de solicitações nos primeiros seis meses de 2012. Somente para essa categoria, foram 529 solicitações. De janeiro a junho de 2012, houve uma alta de 11,2% com relação ao mesmo período de 2011.  

Ainda conforme os dados da Serasa, desses 975 pedidos, 286 foram feitos pelas companhias de médio porte e 160 pelas grandes. De acordo com a especialista contábil Dora Ramos, diretora da Fharos Assessoria Empresarial, o colapso das médias e grandes empresas pode decorrer do acúmulo de financiamentos e capital de giro e até mesmo como uma solução estratégica. Nestes casos, para que o gestor não deixe o empreendimento fracassar, ela orienta que se reconheça a situação de alerta antes que o problema tome proporções maiores.

Mas existem meios de evitar o fracasso de um negócio. A especialista diz que é preciso ter um controle de gastos e um bom planejamento. "Nos primeiros anos de abertura de um empreendimento, deve-se ter uma administração muito precisa, pois qualquer deslize pode levar ao fechamento das portas", explica. 

A incapacidade financeira é gerada por uma má administração que, conforme ela, muitas vezes, pode acontecer por fatores externos e acaba acarretando numa falha do gestor. Segundo Dora, os riscos precisam ser avaliados e previstos. "O administrador precisa pensar de forma muito ampla a falência é consequência de um pensamento um tanto quanto restrito onde alguns fatores deixaram de ser contemplados", analisa. 

Na maioria das vezes, o pedido judicial é feito pelos próprios fornecedores, já cansados de negociar e de cobrar. No caso de a corporação ir à bancarrota, ela precisa passar por um processo judicial a ponto de provar que está completamente sem condições de quitar suas dívidas. "Imaginem se todos que tivessem problemas financeiros pedissem falência, seria uma saída ótima", ironiza. 

Depois que se chega a vias jurídicas, muitas vezes, é possível a recuperação judicial, renegociando os débitos. "Tive clientes com muitas dificuldades financeiras, e seus maiores credores eram bancos, e muitos deles conseguiram reverter o processo", exemplifica.

Planejamento auxilia a manter a saúde financeira

Abrir um negócio pode ser o sonho de uma vida inteira. Para impedir que esse sonho não se transforme em pesadelo, as dicas são simples, basta que o empresário tenha o controle de toda a operação. De acordo com a especialista contábil Dora Ramos, diretora da Fharos Assessoria Empresarial, as micro e pequenas empresas, muitas vezes, mostram-se saudáveis, mas seus proprietários começam a se empolgar e gastam mais do que devem, tornando-as inviáveis financeiramente. "As retiradas não podem ir além da capacidade da companhia", alerta. É nesse momento que o planejamento se mostra tão fundamental. Além disso, é preciso estar prevenido com seguros contra acidentes, roubos, furtos, incêndio etc. "Eu já tive clientes que sofreram assaltos e acidentes e que não tinham seguro que pudesse cobrir o prejuízo de um estoque, por exemplo", comenta.

O papel do contador, conforme Dora, é o de consultor. "Ele tem todas as informações da instituição e deve comunicar o mais rapidamente possível o que está acontecendo para o seu cliente", alerta. Segundo ela, o profissional contábil acaba sendo um dos braços do empresário para a tomada de decisões. 

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Porém, essas dicas se encaixam para os pequenos, pois, no caso das grandes, a falência, muitas vezes, é uma saída estratégica. "Elas possuem todo esse controle, têm planejamento, uma equipe de consultoria e poderiam mudar o curso antes de chegar a isso", comenta Dora. 

Quem não se lembra da companhia aérea Varig e das outras duas do grupo, a Rio Sul Linhas Aéreas e a Nordeste Linhas Aéreas, quando a sua falência foi decretada oficialmente em 20 de agosto de 2010? O pedido de fechamento foi feito pelo próprio administrador do grupo, que alegou que a corporação não tinha capacidade de quitar suas dívidas e reclamava de valores devidos pela União, um dos motivos de seu fechamento.

Recentemente, outra empresa aérea teve o mesmo destino. No começo de julho, a Pluna anunciou sua falência, e operava com cerca de 250 voos semanais, com rotas entre Argentina, Brasil, Chile e Paraguai.

O grupo Eastman Kodak, pioneiro em câmeras fotográficas, informou pedido de concordata em janeiro desse ano. Com 130 anos no mercado, obteve uma linha de crédito de US$ 950 milhões do Citigroup para continuar operando. 

Conforme Dora, no caso das grandes empresas, os fatores são inúmeros, como até mesmo as flutuações das aplicações na bolsa de valores. Mas, para ela, independentemente do tamanho da instituição, o planejamento e a gestão de riscos são os ingredientes essenciais para evitar o endividamento.

Dívidas tributárias pesam nos resultados

Uma dívida tributária não gera falência, mas pode dar muita dor de cabeça. No aperto financeiro, o gestor logo deixa de pagar os impostos, que vão virando uma bola de neve. Portanto, a companhia pode se complicar bastante com o fisco. Conforme o advogado e professor Fábio Canazaro, especialista em Direito Tributário, o empresário pode se enredar com a chamada penhora online, que é a cobrança judicial fiscal, e, se a instituição não conseguir se defender, ela poderá quebrar. 

A saída, de acordo com o especialista, é organização e planejamento tributário. "Grande problema dos passivos é o amadorismo e a falta de conhecimento", diz Canazaro. Conforme ele, as instituições investem, fazem grandes contratações, compram maquinários ou exageram na aquisição de estoques, e se esquecem de planejar os impostos. Para não morrer na praia, Canazaro aconselha que os empresários busquem se cercar de uma boa equipe de advogados tributaristas, contadores e administradores para que o negócio possa ir adiante, pois, quando chega ao ponto de ir buscar acordo judicial, a entidade precisa apresentar um plano que demonstre que ela tem condições de pagar as suas dívidas.

"As pessoas acham que os débitos tributários caducam", brinca a especialista contábil Dora Ramos, da Fharos Assessoria Empresarial, e diz que, muitos pequenos empresários simplesmente abandonam seus negócios. Porém, conforme ela, o CPF do responsável também vai ficar comprometido, caso o devedor tenha que ajustar as contas com o fisco.

Rio Grande do Sul tem boa recuperação de empresas

A Lei n.º 11.101, de 9 fevereiro de 2005,  buscou priorizar a recuperação das empresas. Conforme a legislação, a dívida não pode ser inferior a 40 salários-mínimos, hoje R$ 24.880,00, mesmo que o processo tenha começado antes da lei de 2005, quando ainda não havia um valor mínimo previsto na legislação. 

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No Rio Grande do Sul, o número de pedidos de falências não chega a ser significativo, na opinião do juiz da Vara de Falências e Concordatas do Estado, Lucas Maltez Kachny. Tramitam hoje um total 3 mil processos ativos. Desses, 334 estão em procedimento falimentar, e 33 estão em negociação, ou seja, em recuperação judicial.

Apenas 68 instituições entraram com pedidos de autofalência. O juiz acredita que a lei acabou favorecendo o diálogo e a negociação.

O requisito para o fechamento total das atividades da companhia é a comprovação da impossibilidade total de recursos para pagar as contas devidas. "Mas são muito poucos casos", lembra o juiz.

Raio-X ajuda a identificar rumos a serem corrigidos

Onde está o dinheiro? Para detectar a falta de recursos e as causas que a levaram a tornar uma empresa incapaz, é necessário realizar uma verdadeira radiografia. Essa metodologia, chamada de Análise de Viabilidade de Negócios, conforme o diretor da Nota 10 Consultoria, Laerte Oliveira, possibilita a análise dos acontecimentos das movimentações para que se consiga fazer os ajustes necessários.

Se o dinheiro sumiu do caixa é sinal de má gestão. A busca pelo lucro é o que paga os investimentos, mas, conforme Oliveira, as pessoas confundem as sobras do caixa no final do dia e acham que podem usufruir dele livremente. "O lucro é a sobra do dinheiro depois que tudo estiver pago", lembra, e diz que, mesmo que sobre capital, tem que haver critério para utilizá-lo. O consultor alerta que o dono tem que acostumar a usar o seu pró-labore, que é o seu valor fixo mensal.

O serviço de investigação tem o objetivo de analisar se determinado negócio dará o lucro tão esperado e se conseguirá manter-se ativo, sem fazer parte das estatísticas do fechamento de empresas nos primeiros anos de vida. Para Oliveira, pagar e receber é apenas uma reação. "A área financeira é um termômetro e não o remédio", reforça. Para ele, a área comercial deve ser muito bem estruturada, bem como o setor de compras, por exemplo, ambos fundamentais no andamento dos negócios. 

Após as pesquisas, é elaborado, com base em indicadores gerenciais e fundamentado em critérios contábeis, um dossiê com todas as orientações, tabelas e gráficos. Com essa avaliação, comenta, também é possível identificar gastos desnecessários e melhores maneiras de economizar dinheiro.