A Criatividade no uso do numeral vinte e dois em cartazes do Prêmio Design Museu da Casa Brasileira

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    Intercom Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da ComunicaoXXXIII Congresso Brasileiro de Cincias da Comunicao Caxias do Sul, RS 2 a 6 de setembro de 2010

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    A criatividade no uso do numeral vinte e dois em cartazes do Prmio Design

    Museu da Casa Brasileira1

    Fabola Mescouto LOURENO2

    Rodrigo Carvalho PIRES3

    Raphael Santos FREIRE4

    Netlia Silva dos Anjos SEIXAS5

    Universidade Federal do Par, Belm, PA

    RESUMO

    Este artigo apresenta uma anlise de trs cartazes inscritos na 22 edio do Prmio

    Design Museu da Casa Brasileira sob a tica de Charles Peirce. Desenvolvido a partir

    dos conhecimentos adquiridos a partir do estudo da teoria do autor acima citado, o

    artigo tem como um de seus objetivos por em prtica os conhecimentos dos trsestudantes autores do presente artigo e tambm atentar para a importncia do estudo de

    teorias lingusticas por parte de alunos do Curso de Comunicao Social.

    PALAVRAS-CHAVE: semitica; Charles Peirce; 22 prmio design; Museu da CasaBrasileira.

    1. Introduo

    O Museu da Casa Brasileira (MCB), h dcadas, um espao de exposio domobilirio dos sculos XVII ao XXI, e tambm conta com mostras temporrias do que

    h de mais atual em objetos e design brasileiros e internacionais. Alm disso, a

    instituio oferece cursos, palestras e promove discusses que tratam sobre a temtica

    do design e da arquitetura.

    Com o objetivo de reconhecer a excelncia do design brasileiro e incentivar o seu

    fortalecimento e disseminao, o Museu desenvolve desde 1986 o Prmio Design

    Museu da Casa Brasileira, no qual estudantes, arquitetos, designers, profissionais de

    1Trabalho apresentado na Diviso Temtica DT 8Estudos Interdisciplinares da Comunicao, da Intercom JniorJornada de Iniciao Cientfica em Comunicao, evento componente do XXXIII Congresso Brasileiro de Cinciasda Comunicao

    2Estudante de Graduao 6 semestre do Curso de Comunicao SocialPublicidade e Propaganda da UniversidadeFederal do Par (UFPA), email:[email protected].

    3Estudante de Graduao 6 semestre do Curso de Comunicao Social - Publicidade e Propaganda da UniversidadeFederal do Par (UFPA), email:[email protected].

    4Estudante de Graduao 8 semestre do Curso de Comunicao Social - Jornalismo da Universidade Federal doPar (UFPA), email:[email protected]

    5Orientadora do trabalho. Professora da Faculdade de Comunicao da Universidade Federal do Par, email:[email protected].

    mailto:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]
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    reas afins e demais interessados podem participar por meio da inscrio de cartazes,

    que contemplem uma ou mais das categorias presentes no regulamento.

    O trabalho que se segue constitudo de uma anlise de trs cartazes inscritos no 22

    Prmio Design MCB, com base nos textos da autora Lcia Santaella, principal estudiosa

    do terico Charles Peirce no pas. A proposta de analisar tal corpus se deu mediante a

    criatividade constatada dos participantes em retratar a edio do Prmio de diversas

    maneiras diferentes. A elaborao deste artigo pretende pr em prtica nossos

    conhecimentos apreendidos em sala de aula sobre a teoria lingustica do autor,

    estabelecendo uma conexo com os cartazes em questo.

    2. O Museu da Casa Brasileira MCBO Museu da Casa Brasileira MCB uma instituio pblica criada por Lus Arrobas

    Martins, secretrio da Fazenda de Abreu Sodr, na poca Governador de So Paulo. O

    secretrio idealizou uma instituio destinada conservao, restaurao, pesquisa e

    exposio de mveis, alfaias e objetos de arte e de decorao de residncias,

    considerados de valor histrico ou artstico para o pas. Dessa forma, em maro de

    1970, foi inaugurado o ento denominado Museu do Mobilirio Artstico e Histrico

    Brasileiro.

    Ernani Silva Bruno6 foi convidado para dirigir o novo museu que a princpio foi

    instalado em um casaro na Alameda Nothmann, no bairro Campos Elsios, em So

    Paulo. A principiante instituio tinha como objetivo inicial recolher peas deextraordinria qualidade e grande representatividade para a cultura brasileira, a fim de

    fazer com que esses materiais estivessem disponveis e acessveis para um maior

    nmero de pessoas possvel. Com isso, a direo do museu passou a veicular notcias na

    imprensa, com o intuito de que surgissem propostas de venda e doao de objetos.

    Criou-se assim, uma comisso para avaliar as peas que fossem adquiridas, tendo por

    base seu valor sociolgico, histrico e artstico. O material recolhido durante esses anos

    se configura como um valioso acervo constitudo de mveis, alfaias religiosas e objetos

    decorativos, com estima histrica e artstica, produzidos no Brasil e no exterior entre os

    sculos XVII e XXI.

    Em novembro de 1970, o Museu comeava a sofrer uma transformao. A Fundao

    Padre Anchieta cedeu por comodato o uso do Solar Fbio Prado para o governo do

    Estado, que tinha a inteno de instalar ali o recm-fundado museu. Nessa ocasio, a

    denominao da instituio foi alterada para Museu da Cultura Paulista e sua rea de

    6Jornalista e historiador, Ernani Silva Bruno nasceu em 10 de agosto de 1912, em Curitiba (PR), onde iniciou seusestudos. Em 1937, bacharelou-se pela Faculdade de Direito da Universidade de So Paulo e, concomitantemente,desenvolveu-se como jornalista. Atuou nos jornais Ao; Jornal da Manh (1938-1939) com pseudnimo de CosmeVelho; A Noite (1942-1947) e Jornal de So Paulo (1947-1948). Atualmente o Museu da Casa Brasileira possui oAcervo Equipamentos da Casa Brasileira, Usos e CostumesArquivo Ernani Silva Bruno, um fichrio de citaes

    sobre equipamentos, usos e costumes domsticos da sociedade brasileira ao longo de toda sua histria. Produzido nadcada de 1970 por um grupo de pesquisadores da Universidade de So Paulo, o arquivo o nico em seu tipoexistente no pas.

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    atuao foi ampliada para tornar o museu um centro de estudos, destinado a pesquisar a

    complexa gama de informaes acerca da evoluo material da cultura de So Paulo e

    do Brasil. A nova denominao no alcanou acordo, causando um longo debate entre

    os conselheiros. Em 1971, aps quase um ano de debates, a proposta de Srgio Buarque

    de Hollanda e de Ernani da Silva Bruno de denominar o espao como Museu da CasaBrasileira foi aprovada.

    Paralelamente transposio para a nova sede7, o Conselho Diretor buscou,

    especialmente durante os cinco primeiros anos da instituio, uma significativa

    ampliao do acervo, que caracteriza o atual perfil sociolgico e histrico da coleo

    presente no Museu. A grande quantidade de peas adquiridas durante a administrao

    de Ernani Bruno permitiu a ampliao da atuao didtica do museu, o qual passou a

    apresentar exposies permanentes e temticas acerca da evoluo do mobilirio

    brasileiro.

    O primeiro diretor do Museu dedicou-se em firmar a instituio como um centro de

    pesquisas especializado na evoluo dos equipamentos da casa brasileira e nos seus usos

    e costumes. Nesse sentido, foi fundamental a transferncia para o museu de um arquivo

    desenvolvido ao longo da dcada de 70 pelo professor Carlos Alberto Cerqueira Lemos

    e por alunos da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP. Esse arquivo, que

    atualmente leva o nome do primeiro diretor do museu, composto por mais de 28 mil

    fichas com citaes e informaes sobre arquitetura, mobilirio e equipamentos

    domsticos, do sculo XVI ao XIX. O acervo tambm revela toda a trajetria da cultura

    material do Brasil, alm das peculiaridades, transformaes e assimilaes sofridas pela

    sociedade brasileira ao longo de seus quatro primeiros sculos de histria.

    Com a ampliao do perfil museolgico da instituio, novas propostas e abordagens,

    como a arquitetura e o design, foram ganhando considervel espao por meio de

    exposies temporrias, conferncias, premiaes e concursos. Desde 1993, o museu

    tambm sedia o Prmio Jovens Arquitetos, promovido pelo Instituto de Arquitetos do

    Brasil (IAB). Alm das exposies permanentes e temporrias, o Museu da Casa

    Brasileira possui uma agenda cultural fixa, promovendo apresentaes musicais

    regulares. Tambm possui uma editora prpria, especializada em publicaes sobre

    design, mobilirio, cultura material, costumes e usos da sociedade brasileira.

    Hoje o Museu da Casa Brasileira subordinado Secretaria da Cultura do Estado de

    So Paulo e se apresenta como a nica instituio brasileira voltada ao estudo,

    preservao e exposio da histria do mobilirio e das artes aplicadas, o MCB tambm

    reconhecido como um dos mais dinmicos centros de estudos da arquitetura e do

    design contemporneo no Brasil.

    3. Prmio Design Museu da Casa Brasileira7A consolidao do Museu se deu em 1945 com a concluso da obra do Solar.

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    Desde 1986, O Museu da Casa Brasileira promove o Prmio Design do Museu da Casa

    Brasileira, que em poucos anos se consagrou como uma das mais conceituadas

    premiaes na rea de design de produto no pas, e uma importante referncia para os

    profissionais e estudantes da rea. Naquela poca, havia pouco conhecimento sobre o

    que era o design e poucos davam importncia para esta atividade. Com postura

    visionria, o publicitrio Roberto Duailibi, ento frente do Museu da Casa Brasileira,

    resolveu criar um prmio que incentivasse o design no Brasil.

    O Prmio promovido anualmente pelo Museu e se constituiu como uma das mais

    conceituadas premiaes na rea de design de produto no pas, sendo chamado por

    alguns de Oscar do design brasileiro. A credibilidade do Prmio vem de seu carter

    cultural, sem interesses comerciais, garantido especialmente pelo carter e atuao da

    instituio que o promove.

    3.1 A 22 Edio do Prmio Design Museu da Casa Brasileira

    No presente trabalho feita uma anlise de trs cartazes elaborados para a 22 Edio

    do Prmio Design Museu da Casa Brasileira. Esta edio aconteceu no ano de 2008 e

    abriu inscries para inscries para a participao de designers profissionais e

    estudantes. Na 22 edio houve mudanas no regulamento, como a criao de

    modalidades de prottipos reservada a projetos em estgio de prottipo ou mock-up#,

    cujos projetos eram anteriormente reunidos na nica categoriaNovas idias/conceitos.

    A edio foi dividida em etapas onde inicialmente os inscritos deveriam produzir umcartaz para a edio dentro de oito categorias, a saber: Mobilirio; Utenslios;

    Iluminao; Txteis; Equipamentos eletroeletrnicos; Equipamentos de construo;

    Equipamentos de transporte e Trabalhos escritos. Posteriormente, o vencedor deveria

    desenvolver as peas complementares: folheto com o regulamento e ficha de inscrio

    do Prmio; convites da exposio, digital e impresso; folheto e banner da exposio;

    certificado; camiseta e selo da edio.

    Para o 22 Prmio houve 454 inscries de cartazes que mostravam luminrias, cabides,

    pregadores de roupa, clips, talheres, cadeiras, entre outros objetos mobilirios e que

    tentaram concorrer ao prmio do primeiro lugar no valor bruto de R$ 8.000,00. Os

    primeiros lugares de cada categoria receberam R$ 6.250,00, somando assim o total de

    R$ 50.000,00 em premiao. Os prottipos s receberam meno honrosa. Por meio dos

    critrios originalidade; concepo formal; inovao tecnolgica; adequao ao mercado;

    viabilidade industrial; qualidade e segurana; proteo ambiental, no primeiro momento

    a comisso julgadora selecionou doze finalistas para exibirem seus cartazes na mostra

    do 22 Prmio. Dentre os finalistas, apenas um cartaz foi escolhido, o criado por Aline

    Coutinho de Arajo e Leandro Lopes de Oliveira, de So Paulo.

    A escova de dentes um objeto presente no cotidiano de todos,mantendo uma estreita relao com o corpo de cada um de ns. Ao

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    mesmo tempo, pertence ao universo da grande indstria, envolvendorecursos tecnolgicos avanados em seu projeto e sua produo. Otratamento grfico dado a ela esmerado: as cerdas sugerem o cdigode barras caracterstico do produto industrial; a imagem do cremedental, por sua vez, obtida por meio de um jogo tipogrfico com osnumerais, sem perder a clareza da leitura do 22. (Trecho retirado dotexto do jri enviado a imprensa).

    4. Apresentao dos cartazes analisadosPara desenvolvermos nossa anlise, escolhemos trs cartazes que foram inscritos na 22

    edio do Prmio Design Museu da Casa Brasileira. O principal motivo para termos

    escolhidos tais cartazes foi a forma como seus autores utilizaram de forma criativa o

    numeral vinte e dois para comporem suas obras.

    O primeiro cartaz (Figura 2) foi inscrito na categoria Iluminao e retrata duas

    luminrias. O prximo cartaz (Figura 3), inscrito na categoriaMobilirio e mostra uma

    espcie de banco feito com o numeral. Por fim, o terceiro cartaz (Figura 4) estava

    inserido na categoria Utenslios e retrata dois pregadores de roupa.

    Figura 1. Cartaz vencedor da 22

    edio do Prmio Design Museu daCasa Brasileira

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    No fim deste artigo, podem-se conferir outros oito cartazes que tambm foram inscritos

    na 22 edio do Prmio Design MCB. Optamos por coloc-los como anexo em nosso

    trabalho para justificar a nossa escolha dos trs cartazes citados anteriormente e tambm

    para que seja possvel conferir outras obras inscritas para a 22 edio.

    Figura 2. Cartaz inscrito nacategoria Iluminao

    Figura 3. Cartaz inscrito nacategoria Mobilirio

    Figura 4. Cartaz inscrito nacategoria Utenslios

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    5. Anlise semitica dos cartazesA semitica uma das disciplinas que fazem parte da ampla

    arquitetura filosfica de Peirce. Essa arquitetura est alicerada nafenomenologia, uma quase-cincia que investiga os modos como

    apreendemos qualquer coisa que aparea nossa mente...(SANTAELLA, 2002, p. 02).

    A semitica possui uma estreita relao com a fenomenologia e esta por sua vez

    apresenta trs ramos: a gramtica especulativa, a lgica crtica e a metodutica ou

    retrica especulativa. Dos trs ramos, a gramtica especulativa foi o estudado durante as

    aulas da disciplina de Comunicao e Teorias da Linguagem no primeiro semestre de

    2009, pois esta que se dedica a estudar todos os tipos de signos e analisa o seu

    comportamento, como eles podem significar e os seus modos de interpretao.

    A gramtica especulativa dispe de definies para analisar tudo o que diz respeito aosigno, por meio da representao e dos trs aspectos que ela engloba: significao,

    objetivao e interpretao. Isso se d porque para Charles Peirce o signo possui uma

    natureza tridica, ou seja, ele analisado:

    Em si mesmo, nas suas propriedades internas, ou seja, no seu poder designificar; na sua referncia quilo que ele indica, se refere ourepresenta; e nos tipos de efeito que est apto a produzir nos seusreceptores, isto , nos tipos de interpretao que ele tem o potencial dedespertar nos seus usurios.(SANTAELLA, 2002. p. 05).

    A semitica nos permite analisar os signos e as mensagens que eles transmitem. Osrepresentamens dos signos analisados so os prprios cartazes, pois eles so o que ns

    vemos, o que chega at ns e tem o poder de significar algo; j o objeto o que cada um

    desses cartazes, individualmente, indica, refere ou representa; finalmente, o

    interpretante ser todo e qualquer efeito interpretativo que esses cartazes potencialmente

    causaro em um indivduo que entrar em contato com eles, completando assim os trs

    elementos que compem o signo.

    A fenomenologia defende que existem trs elementos universais com os quais todos os

    fenmenos se apresentam mente humana. So eles: a primeiridade, que est

    relacionada basicamente s possibilidades, qualidades e sentimentos; a secundidade, que

    est relacionada basicamente s idias de dependncia, ao e reao; e a terceiridade,

    que est ligada generalidade e continuidade. Cada um desses elementos, com a

    exceo da primeiridade engloba os sentidos dos elementos anteriores. Assim, a

    secundidade tambm possui a primeiridade, e a terceiridade possui a secundidade e

    primeiridade. Esses elementos se manifestam no signo, visto que primeiramente ele

    algo apresentado mente, atrela outro algo que lembra, faz referncia ou representa, a

    um terceiro algo que gera um efeito em um possvel intrprete. (SANTAELLA, 2002.

    p.07).

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    O signo pode ter como fundamento trs propriedades: a sua qualidade, que quando

    uma caracterstica funciona como signo. Essa propriedade chamada de quali-signo. O

    poder que essa qualidade tem de sugerir algo que lhe d capacidade de funcionar

    como signo. Podemos ver esse fundamento preponderantemente na Figura 2, pois

    primeiramente observa-se um formato de cor preta no canto inferior esquerdo queassociado a uma mudana no tom da cor predominante do cartaz (vermelho), que se

    propaga deste formato para a lateral do cartaz, pode assim sugerir um abajur. No canto

    inferior direito, observa-se a repetio do formato em tom mais claro podendo sugerir a

    sombra do abajur. Juntos, devido forma e disposio dos dois, pode-se sugerir o

    numeral 22. Na Figura 3, o formato da imagem se assemelha a uma cadeira e os

    elementos da sugerida moblia, da forma como esto dispostos, assemelham-se,

    tambm, ao numeral 22. Em ambos os cartazes, os fundamentos so qualidades que

    sugerem algo, sendo assim, signos ou quali-signos.

    Outra propriedade a de existncia, aquela na qual um existente aponta e/ou fazreferncia para outros existentes, por se relacionar com eles, e funciona como um signo

    de cada referncia ao qual o primeiro existente se aplica, pois faz parte daquilo para que

    remete. Essa propriedade a do sin-signo, exemplificada na Figura 4, pois este se utiliza

    de uma fotografia que um existente que aponta para outro existente, que so os

    pregadores de roupa, representados na foto. Apesar de no estar predominante, este

    cartaz tambm possui a primeira propriedade, ou seja, a de quali-signo, pois o formato

    com o que o arame est posicionado nos pregadores sugere o nmero 22.

    A terceira e ltima propriedade apresenta um aspecto de lei: uma abstrao atuante

    sobre um caso singular, adaptando-se sua generalidade, ao que h de comum com

    todos os elementos que compem uma classe, fazendo com que as coisas ocorram de

    acordo com aquilo que a lei ordena. Essa propriedade o legi-signo, encontrada nas

    palavras que compem as frases presentes nos trs cartazes analisados, isso devido ao

    fato das palavras pertencerem a um sistema, significando o que esse sistema define que

    elas expressem. (SANTAELLA, 2002. p. 14).

    Baseado na segunda teoria, que visa analisar a maneira como o signo vai representar um

    objeto, vai depender do fundamento do seu objeto. Se um fundamento for um quali-

    signo, a relao com o objeto ser um cone; se for um existente, ser um ndice; e se foruma lei, ser um smbolo.

    A respeito do objeto do signo, existem duas distines: o objeto dinmico e o imediato.

    O imediato o modo como o signo representa ou evoca aquilo a que ele se refere e

    aquilo a que ele se refere o objeto dinmico, ou seja, o todo. O objeto imediato possui

    uma funo mediadora, pois s se consegue alcanar o objeto dinmico a partir do

    imediato. A relao do signo com o objeto dinmico vai depender do fundamento desse

    signo, que pode ser uma qualidade, um existente ou uma lei, e dependendo do

    fundamento ir mudar o objeto imediato, pois uma vez que se tem trs fundamentos, se

    tem trs relaes deste com o objeto, que se for um quali-signo, a relao ser icnica,

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    ou seja, vai sugerir ou evocar o seu objeto dinmico; se for um sin-signo, ele ser

    indicial, ou seja, vai indicar o seu objeto dinmico, e se for um legi-signo, ser

    simblico, ou seja, vai representar o objeto dinmico.

    O quali-signo icnico, pois ele s pode sugerir o seu objeto por similaridade. O cone

    s pode sugerir ou evocar algo porque a qualidade que ele exibe se assemelha com uma

    outra qualidade, e essa qualidade sugerida vem a ser o objeto dinmico; o objeto

    imediato vem a ser o prprio fundamento, ou seja, a qualidade que ele exibe. Nas

    Figuras 2 e 3, uma vez que tem por predominncia fundamentos quali-signicos, suas

    relaes com seus objetos dinmicos sero cones, pois na Figura 2 o cone sugere o seu

    objeto pela similaridade com um abajur ou luminria, e a Figura 3 sugere o seu objeto

    dinmico pela similaridade com uma cadeira. Logo, o objeto dinmico de um o abajur

    e do outro uma cadeira, e o objeto imediato ser o prprio fundamento, ou seja, as

    qualidades que eles apresentam.

    O ndice tem por fundamento a existncia concreta. O objeto imediato do ndice a

    maneira com que o ndice capaz de indicar outro existente, ou seja, o seu objeto

    dinmico, com o qual ele mantm uma conexo existencial. De uma forma geral,

    ndices possuem cones, porm no so esses cones que iro capacit-los como signos.

    Isto pode ser observado na Figura 4, pois a foto do utenslio em questo indica o seu

    objeto dinmico, que so os pregadores de roupa, e o objeto imediato essa fotografia

    especfica, que representa a forma como o ndice aponta para o seu objeto dinmico, que

    um outro existente, com o qual ele possui uma relao por meio da tomada da foto.

    Em relao ao smbolo, o fundamento o legi-signo. De acordo com Santaella,

    Leis operam no modo condicional. Preenchidas determinadascondies a lei agir. (...) Se o fundamento do smbolo uma leiento, o smbolo est plenamente habilitado para representar quiloque a lei prescreve que ele represente. (SANTAELLA, 2002. p.20).

    O objeto imediato o modo como o smbolo vai representar o objeto dinmico por meio

    de uma lei, como no caso das palavras presentes nos cartazes que compuseram nossa

    anlise. Essas palavras so um caso singular, pois esto convencionadas a representar

    alguma coisa. A forma como essa palavra est escrita e o objeto imediato e o que elarepresenta o objeto dinmico.

    Por fim, na teoria da interpretao, o signo possui trs interpretantes: o imediato, que o

    potencial interpretativo do signo, ainda no nvel abstrato, antes que o signo se encontre

    com o intrprete, fazendo com que esse potencial se efetive. No caso da nossa anlise, o

    interpretante imediato o potencial interpretativo que cada cartaz possui, mesmo antes

    de encontrar algum indivduo que o tente decifrar, interpretar. O interpretante dinmico

    se refere ao levantamento que feito quando analisamos um signo, pois qualquer

    intrprete apenas enumera algumas possibilidades interpretativas do signo. Este

    interpretante pode estar em trs nveis: o interpretante emocional, quando o efeito que

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    um signo provoca possui apenas a qualidade de sentimento e emoo; o interpretante

    energtico, quando h o dispndio de energia fsica ou mental para decifrar a

    intencionalidade do signo; e, por ltimo, o interpretante lgico, quando o signo

    interpretado atravs de uma regra interpretativa internalizada pelo intrprete. O ltimo

    dos interpretantes, o interpretante final, a totalidade de interpretaes que o signo podealcanar, porm ele nunca atingido, uma vez que conseguir obter todas as possveis

    interpretaes causadas pelo signo se faz impossvel.

    Consideraes finais

    Ao trmino deste artigo, percebemos o quanto a disciplina Comunicao e Teorias de

    Linguagem se fez importante em nosso percurso acadmico, uma vez que pudemos ter

    contato com teorias a respeito do signo lingstico como a semiologia, a anlise do

    discurso, entre outras teorias as quais se fazem bastante pertinentes nas reas dojornalismo e da publicidade.

    A elaborao deste trabalho foi de extrema importncia, pois pudemos conferir como

    aplicar as teorias estudadas dentro de sala de aula e perceber principalmente como os

    signos, elementos lingsticos, discursos. esto presentes em nosso dia a dia e nem nos

    damos conta.

    Por meio da anlise dos cartazes inscritos na 22 edio do Prmio Design Museu da

    Casa Brasileira percebemos que a teoria sgnica do terico Charles Peirce pode ser

    aplicada a qualquer objeto de estudo e que com ela podemos observar e verificarelementos da linguagem, mensagens, signos que ao olhar de um observador comum

    passariam despercebidos.

    Referncias bibliogrficas

    Biografia Ernani Silva Bruno. Disponvel em:. Acesso em 27 de Jun. 2009.

    Corrida pelo ouro. Disponvel em:. Acesso em 27 de Jun. 2009.

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    Intercom Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da ComunicaoXXXIII Congresso Brasileiro de Cincias da Comunicao Caxias do Sul, RS 2 a 6 de setembro de 2010

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