A Crise Do Pensamento Aristotélico e a Revolução Copernicana

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A CRISE DO PENSAMENTO ARISTOTÉLICO E A REVOLUÇÃO COPERNICANA O pensamento cosmológico de Aristóteles perdurou ao longo dos séculos, sendo incorporado na Idade Média pela igreja como verdade absoluta, pois este permitia explicar em termos teológicos a constituição do universo. O nominalismo de Guilherme de Ockham, movimento que buscava justificar a existência de todas as coisas, acabou trazendo consigo questionamentos que levaram a desconstrução do pensamento de Aristóteles. As novas teorias científicas que tinham como interesse inicial complementar o modelo cosmológico aristotélico mostraram muitas de suas falhas. O cardeal Nicolau de Cusa trouxe a ideia de referencial, afirmando que todos os corpos estariam em movimento, porém para dizer se um corpo está ou não em movimento deveria ser levada em consideração apenas a posição do observador. No século XVI , Nicolau Copérnico propôs o modelo heliocêntrico de universo, rompendo de uma vez com o modelo de Aristóteles. Acreditava que somente admitindo que a Terra realizava uma órbita circular seria possível explicar vários fenômenos não contemplados no antigo modelo. Apesar disso, Copérnico mantinha a ideia de que o universo era finito e de que os astros possuíam valores. O sol, por exemplo, foi colocado numa posição de nobreza em relação aos planetas. Adepto da teoria de Copérnico e do atomismo grego, Giordano Bruno acreditava que o universo seria infinito e sem posições privilegiadas.

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Relatório especifico sobre a evolução do conhecimento cosmológico

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A CRISE DO PENSAMENTO ARISTOTÉLICO E A REVOLUÇÃO COPERNICANA

O pensamento cosmológico de Aristóteles perdurou ao longo dos séculos, sendo incorporado na Idade Média pela igreja como verdade absoluta, pois este permitia explicar em termos teológicos a constituição do universo.

O nominalismo de Guilherme de Ockham, movimento que buscava justificar a existência de todas as coisas, acabou trazendo consigo questionamentos que levaram a desconstrução do pensamento de Aristóteles. As novas teorias científicas que tinham como interesse inicial complementar o modelo cosmológico aristotélico mostraram muitas de suas falhas.

O cardeal Nicolau de Cusa trouxe a ideia de referencial, afirmando que todos os corpos estariam em movimento, porém para dizer se um corpo está ou não em movimento deveria ser levada em consideração apenas a posição do observador.

No século XVI , Nicolau Copérnico propôs o modelo heliocêntrico de universo, rompendo de uma vez com o modelo de Aristóteles. Acreditava que somente admitindo que a Terra realizava uma órbita circular seria possível explicar vários fenômenos não contemplados no antigo modelo. Apesar disso, Copérnico mantinha a ideia de que o universo era finito e de que os astros possuíam valores. O sol, por exemplo, foi colocado numa posição de nobreza em relação aos planetas.

Adepto da teoria de Copérnico e do atomismo grego, Giordano Bruno acreditava que o universo seria infinito e sem posições privilegiadas.