A David de Deus Dias Paz à sua alma A -...

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8042 boul. St-Michel Satellite - Écran géant - Événements sportifs Ouvert de 6 AM à 10 PM 37 37 376-2652 Cont. na pág 2 Nos Açores: Uma Saúde cancerosa • Crónica de Osvaldo Cabral, pág. 4 Nos Estados Unidos: O risco da deportação de Portugueses • Artigo de Daniel Bastos, pág. 13 A N I V E R S Á R I O . . º º Foto LusoPresse. SALÃO INTERNACIONAL DE TURISMO DE MONTREAL... AZORES AIRLINES COM PRESENÇA DESTACADA Leia artigo de Norberto Aguiar, pág. 2 Cont. na pág 10 EDITORIAL POPULISMO Por Carlos DE JESUS É a fruta do tempo. Que querem? A emoção antes da razão. Se assim não fosse como é que vamos compreender o resultado das eleições de domingo, em Montreal? Tínhamos um “maire”, Denis Coder- re, que, em quatro anos, pôs muita coisa e muita gente na ordem, em todo o caso, na- quilo que era mais urgente. Soube rodear- se dos elementos mais íntegros, mesmo recrutados no campo adversário. Soube ir buscar gente competente sem agendas po- litiqueiras, federalistas ou pequistas, para se acabar de vez com a morosidade e a cor- rupção que eram a marca de comércio desta cidade. Saneou os corruptos, abrandou a cobiça dos sindicatos, trouxe um clima propício para os investimentos e conse- quentemente para o emprego. Obteve o estatuto político e legislativo de “metrópo- le” para a cidade. Mas, mais importante ainda, pôs no estaleiro a reparação das in- fraestruturas que durante meio século ti- nham sido descuradas pelas administrações anteriores. Claro, quatro anos não dá para arrumar a casa toda, mas foi o suficiente para que os montrealenses pudessem começar a res- pirar um ar mais puro e a ter orgulho da sua cidade, não só a nível nacional como internacionalmente. E, exatamente no mo- mento em que ele se preparava para novos voos, para dotar a cidade dum verdadeiro estatuto de cidade do futuro que vemos? Vemos uma jovem – que meses atrás nin- guém conhecia fora dos círculos idealistas ELEIÇÕES MUNICIPAIS NO QUEBEQUE LUÍS MIRANDA E ARMANDO MELO, ÚNICOS PORTUGUESES ELEITOS! Por Norberto AGUIAR As eleições municipais de domingo passado, no conjunto da província, contaram com a participação de uma dezena de candida- tos de origem portuguesa. Repartidos pelas cidades de Gatineau, Ste- Thérèse, Laval e Montreal, os nossos compa- triotas cumpriram a sua implicação cívica, con- correndo aos postos de vereadores, na sua qua- se totalidade, porque a exceção foi mesmo Luís Miranda, que voltou a concorrer para presiden- te da Junta de Freguesia de Anjou, uma cidade que aqui há anos tinha honras de aglomerado camarário... Freguesia de Anjou E por falarmos em Luís Miranda, comece- mos por dizer que o nosso picopedrense vol- tou a ganhar a presidência da Junta de Freguesia de Anjou, pelo oitavo mandato consecutivo, o que é simplesmente fantástico. E não é tudo. Sabendo-se da «guerra» existente neste ato eleitoral de 2017 entre a Equipe Coderre e Projet Montréal, Luís Miranda, sereno, avan- çou de novo para a disputa da presidência de Anjou com a sua própria equipa. E o resultado não podia ter sido melhor: os seus quatro can- didatos foram todos eleitos, mesmo se dois deles eram (são) novos na matéria! De resto, neste ato eleitoral de todas as surpresas, Luís Miranda teve mesmo que se bater contra uma sua antiga colega, desta vez integrada nas listas da Equipa Denis Coderre. Uma vitória em toda a linha! Para que conste, Luís Miranda ganhou a corrida à presidência da Freguesia de Anjou com 54,22% de votos, isto é, com mais 3 992 votos que o seu mais próximo rival! Mais uma grande vitória política deste nosso compatrio- ta que chegou a este país ainda jovem, e cujos primeiros passos políticos foram dados como vereador, por acaso nesta mesma cidade de An- jou, onde morava e mora. Luís Miranda. Armando Melo. Foto LusoPresse. LP David de Deus Dias Paz à sua alma A poucas horas do fecho desta edição tomámos conhecimento do fale- cimento do Senhor David Dias, um dos grandes pioneiros da restauração portu- guesa de Montreal, um dos maiores e mais antigos embaixadores da cozinha clássica portuguesa por estas terras do novo mundo. A comunidade fica mais pobre, mas a sua lembrança vai enrique- cer a nossa memória histórica comum. À família enlutada, particularmente à esposa, D. Maria Flormina Cardoso, aos filhos, David e Nelson, assim como todos os demais, o LusoPresse apre- senta-lhes os seus mais sentidos pêsames. Vol. XXI • N° 381 • Montreal, 9 de novembro de 2017

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8042 boul. St-MichelSatellite - Écran géant - Événements sportifs

Ouvert de 6 AM à 10 PM

3737376-2652

Cont. na pág 2

Nos Açores:Uma Saúde cancerosa• Crónica de Osvaldo Cabral, pág. 4

Nos Estados Unidos:O risco da deportaçãode Portugueses• Artigo de Daniel Bastos, pág. 13

ANIVERSÁRIO

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Foto LusoPresse.

SALÃO INTERNACIONAL DE TURISMO DE MONTREAL...

AZORES AIRLINES COM PRESENÇA DESTACADALeia artigo de Norberto Aguiar, pág. 2

Cont. na pág 10

EDITORIAL

POPULISMO• Por Carlos DE JESUS

É a fruta do tempo. Que querem?A emoção antes da razão. Se assim nãofosse como é que vamos compreender oresultado das eleições de domingo, emMontreal?

Tínhamos um “maire”, Denis Coder-re, que, em quatro anos, pôs muita coisa emuita gente na ordem, em todo o caso, na-quilo que era mais urgente. Soube rodear-se dos elementos mais íntegros, mesmorecrutados no campo adversário. Soube irbuscar gente competente sem agendas po-litiqueiras, federalistas ou pequistas, parase acabar de vez com a morosidade e a cor-rupção que eram a marca de comércio destacidade. Saneou os corruptos, abrandou acobiça dos sindicatos, trouxe um climapropício para os investimentos e conse-quentemente para o emprego. Obteve oestatuto político e legislativo de “metrópo-le” para a cidade. Mas, mais importanteainda, pôs no estaleiro a reparação das in-fraestruturas que durante meio século ti-nham sido descuradas pelas administraçõesanteriores.

Claro, quatro anos não dá para arrumara casa toda, mas foi o suficiente para queos montrealenses pudessem começar a res-pirar um ar mais puro e a ter orgulho dasua cidade, não só a nível nacional comointernacionalmente. E, exatamente no mo-mento em que ele se preparava para novosvoos, para dotar a cidade dum verdadeiroestatuto de cidade do futuro que vemos?Vemos uma jovem – que meses atrás nin-guém conhecia fora dos círculos idealistas

ELEIÇÕES MUNICIPAIS NO QUEBEQUE

LUÍS MIRANDA E ARMANDO MELO, ÚNICOS PORTUGUESES ELEITOS!• Por Norberto AGUIAR

As eleições municipais de domingopassado, no conjunto da província, contaramcom a participação de uma dezena de candida-tos de origem portuguesa.

Repartidos pelas cidades de Gatineau, Ste-Thérèse, Laval e Montreal, os nossos compa-triotas cumpriram a sua implicação cívica, con-correndo aos postos de vereadores, na sua qua-se totalidade, porque a exceção foi mesmo LuísMiranda, que voltou a concorrer para presiden-te da Junta de Freguesia de Anjou, uma cidadeque aqui há anos tinha honras de aglomeradocamarário...

Freguesia de AnjouE por falarmos em Luís Miranda, comece-

mos por dizer que o nosso picopedrense vol-tou a ganhar a presidência da Junta de Freguesiade Anjou, pelo oitavo mandato consecutivo,o que é simplesmente fantástico. E não é tudo.

Sabendo-se da «guerra» existente neste atoeleitoral de 2017 entre a Equipe Coderre eProjet Montréal, Luís Miranda, sereno, avan-çou de novo para a disputa da presidência deAnjou com a sua própria equipa. E o resultadonão podia ter sido melhor: os seus quatro can-didatos foram todos eleitos, mesmo se doisdeles eram (são) novos na matéria! De resto,neste ato eleitoral de todas as surpresas, LuísMiranda teve mesmo que se bater contra umasua antiga colega, desta vez integrada nas listasda Equipa Denis Coderre. Uma vitória em todaa linha!

Para que conste, Luís Miranda ganhou acorrida à presidência da Freguesia de Anjoucom 54,22% de votos, isto é, com mais 3 992votos que o seu mais próximo rival! Mais umagrande vitória política deste nosso compatrio-ta que chegou a este país ainda jovem, e cujosprimeiros passos políticos foram dados comovereador, por acaso nesta mesma cidade de An-jou, onde morava e mora.

Luís Miranda.

Armando Melo. Foto LusoPresse.

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David de Deus Dias

Paz à sua almaA poucas horas do fecho desta

edição tomámos conhecimento do fale-cimento do Senhor David Dias, um dosgrandes pioneiros da restauração portu-guesa de Montreal, um dos maiores emais antigos embaixadores da cozinhaclássica portuguesa por estas terras donovo mundo. A comunidade fica maispobre, mas a sua lembrança vai enrique-cer a nossa memória histórica comum.

À família enlutada, particularmenteà esposa, D. Maria Flormina Cardoso,aos filhos, David e Nelson, assim comotodos os demais, o LusoPresse apre-senta-lhes os seus mais sentidospêsames.

Vol. XXI • N° 381 • Montreal, 9 de novembro de 2017

Página 29 de novembro de 2017 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

SALÃO INTERNACIONAL DE TURISMO

AZORES AIRLINES COM PRESENÇA DESTACADA• Por Norberto AGUIAR

LUSOPRESSE – Desenrolou-seno passado mês de outubro (dias 20, 21 e22), o 29.° Salão Internacional de Turismo,uma organização do Aeroporto de Mon-treal, que teve lugar, como sempre, nas insta-lações da Place Bonaventure, em Montreal.

Mais de 100 países tomaram parte nesteimportantíssimo certame de turismo, da Po-lónia às Filipinas, do Japão à China, da Itáliaao México, passando por Portugal, superi-ormente representado pela Azores Airlines,a companhia açoriana de transportes aéreos,com delegação em Toronto.

Para além da Azores Airlines, com umgrupo de quatro pessoas, entre elas o seudiretor geral para o Canadá, Carlos Botelho,também marcou presença o Turismo dosAçores, nas pessoas de Rui Amen e JoãoBarbosa.

Com um stand impressionante, cujaalegoria é um avião pintado de cachalote,um cetáceo muito característico das águasaçorianas, os elementos da Azores Airlinese do Turismo Açores não tiveram mãos amedir na resposta às solicitações dos feiran-tes, digamos assim, sempre ávidos por sabero porquê de se lhes propor o destino Aço-res, hoje por hoje um dos destinos turísticosmais procurados da Europa. São asestatísticas que o dizem...

No decorrer dos três dias que duroutamanha exposição, que incorporou maisde 400 especialistas do mundo inteiro, ostand da Azores Airlines, instalado em localestratégico, logo à esquina da entrada prin-

cipal, teve enorme êxito, ao ponto doseu diretor geral nos ter dito que a pre-sença da Azores Airlines neste certamede Montreal é para continuar, dada asua dimensão planetária, com uma vi-sibilidade enorme para os interesses doturismo dos Açores, e Portugal conti-nental, sem esquecer a Madeira, destinospara onde voa a Azores Airlines.

«Já estive em vários certames destesno Canadá. Por isso estou em condiçõesde poder avaliar que para além de To-ronto, Montreal terá de contar semprecom a nossa presença», havia de nos di-zer Carlos Botelho, o homem forte dacompanhia aérea açorinan neste país.

Para além dos stands com progra-mas e respostas de todos os níveis e in-teresses turísticos destinados aos muitostranseuntes interessados, o certamecontou ainda com mais de 300 confe-rencistas profissionais, prontos paradissertarem sobre as mais de 250 destina-ções turísticas em realce.

Nesta matéria específica, os Açorestambém tiveram uma palavra a dizer,com a exposição feita por Rui Amen.De resto, do eco da sua apresentação,pode dizer-se que Rui Amen teve com-portamento meritório.

No decorrer da nossa visita, aindativemos tempo para observar muitosoutros stands, alguns até com literaturaturística relacionada com Portugal, maspraticamente todos de responsabilidadeestrangeira. Exemplo disso foi o Va-cances Celebritours, com agências emQuebeque e Brossard.

Uma palavra final para assinalar apresença de Andreia Pavão neste impor-tante encontro de turismo, ela que é dire-tora geral dos Hotéis Platano Azores,em Ponta Delgada.... E do staf da Azores Airlines em Toronto, Adriana Oliveira e Susan Costa. Foto

LusoPresse.

Da esquerda para a direita, Carlos Botelho, diretor geral da Azores Airlines para oCanadá, Rui Amen (Turismo dos Açores), Andreia Pavão (Hotéis Platano) e JoãoBarbosa (Turismo dos Açores). Foto LusoPresse.

dum mundo “d’amour et d’eau fraiche” – lhepassar à frente na preferência das urnas. O po-vo tem a memória curta e facilmente se deixalevar pelos slogans e sorrisos.

Para a grande maioria dos comentaristase observadores atentos da política local, estaeleição de Valérie Plante para a presidência daCâmara Municipal de Montreal foi de uma totalsurpresa. Quando os resultados, uma hora de-pois do fecho das urnas, lhe davam já a dianteira,sempre pensei que no final o “Maire Coderre”acabaria por ganhar. E este, como me dei contano dia seguinte, foi também o sentimento dagrande maioria dos editorialistas que acom-

EDITORIAL...Cont. da pág 1

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panhei.É verdade que esta eleição tem algo de his-

tórico. Em 375 anos de existência esta é aprimeira vez que a principal cidade do Quebe-que vai ser dirigida por uma mulher. Teria sidoeste o facto determinante na sua escolha porparte dos eleitores? O facto de ser mulher, ape-sar de merecer ser sublinhado pelo avanço no-tável que tal representa na implicação femininanas esferas políticas, por si só não é garante dasua capacidade a gerir uma cidade como Mon-treal.

Tem a seu favor um bom curriculum aca-démico em antropologia e em relações mul-tiétnicas que seguramente lhe terão inspiradoa sua carreira na política municipal. É conhecidoo seu empenho pela justiça social e o combateà pobreza. Não se lhe conhece uma posição

ideológica extremada, o que explica o apeloque ela lançou, após a vitória, à classe dos em-presários que, na última semana tinham apoia-do publicamente Denis Coderre. Mas a suafalta de experiência e de contactos nos meiosempresariais e políticos, tanto provinciais co-mo federais, e a sua inexperiência em admi-nistração, fazem-me temer dias incertos paraMontreal. Que a cidade se transforme numavilória à imagem do “Plateau-Mont-Royal”.

Só espero que eu me engane, assim comome enganei no resultado das eleições. Só esperoque a sua eleição não volte a acicatar os apetitesdos sindicatos para ganhar mais e trabalharmenos, em prejuízo dos montrealenses quevão pagar mais e receber menos serviços.

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Fazer história da... HistóriaO CASAMENTO COMO SOLUÇÃO

De novo como turista, a Anália che-gou a Montreal em maio de 1976. E como operíodo que mediava o seu retorno a São Mi-guel e a sua segunda chegada a Montreal nãotinha mais que quatro meses, o nervosismoda família, e meu, claro, era grande. Não fossemos agentes, à sua chegada, recambiá-la para osAçores, por força do pouco tempo ali passadoentre as duas viagens...

Pode dizer-se que nos dias anteriores àsua chegada a Montreal todos estávamos denervos à flor da pele. Mais tarde viríamos a sa-ber que a Anália também sofreu muito com apossibilidade de nem sequer sair do aeroporto,como era muito vulgar acontecer naquela alturaa quem demandasse a este país como turista.

Felizmente que tudo correu bem. O agentecanadiano da Imigração que a recebeu foi mui-to simpático e não esteve com muitas pergun-tas, embora tivesse bastas razões para a ques-tionar davantage... É que tendo entrado comoturista em setembro de 1975, saído em janeirode 1976 e logo regressado em maio do mesmoano, voltando a entrar como turista, não teriao agente aqui matéria para a interrogar? Claroque tinha. Mas não o fez e ainda bem, porqueaos nervos da família no antes e depois, veio abonança de termos a Anália connosco semproblemas, mesmo se por apenas mais ummês de estada, o suficiente, no entanto, comvista aos passos que teríamos que dar para apreparação do futuro casamento.

A partir da chegada da Anália, e sem outrasopções possíveis, por já faladas ou até experi-mentadas, demos corda às nossas diligências,porque o tempo que tínhamos não era muito...Além disso, havia alguns pequenos atritos porcausa da residência onde ficaria a viver a Anália,sabendo-se que a avó não abdicava de estarcom ela.

Como já vimos, a solução mais fácil e rá-pida para que a Anália ficasse no Canadá passa-va, para todos os efeitos, pelo casamento. Ecomo eu era seu noivo ia para quatro anos, odesígnio estava encontrado, ao casar-me comela. Eu que não gostava desta terra, via-me, derepente, obrigado a cá ficar nem que fosse pormais uns tempos.

Certo de que a Anália era a mulher da mi-nha vida, avancei para o enlace contra todas ascontrariedades, sendo a primeira a juventudede ambos; principalmente da Anália, apenas esó com 16 anos... Era ainda uma menina! Maseu sabia, pelos quase quatro anos de namoro,que ali estava uma jovem cheia de maturidade,pronta para passar para uma etapa adulta, demaiores responsabilidades, embora sendo elaainda uma adolescente.

Passámos todos os trâmites próprios da-quilo que conduz a um casamento. Com algu-mas contrariedades pelo caminho, é certo, masque nada nem ninguém nos conseguiu entãoparar. Agora já éramos nós que traçávamos onosso destino, sem influências externas.

A partir do momento que decidimos casar,tudo foi tão rápido. E em pouco mais de quatromeses estávamos casados. O dia escolhido?14 de agosto de 1976!

No próximo número abordaremos algunsdos pormenores que andaram à volta desteinesquecível, para mim e para a Anália, acon-tecimento. Norberto Aguiar

PORTUGAL NA ONDA• Por Carlos DE JESUS

LUSOPRESSE – De passagem porMontreal, em outubro passado, por ocasiãodo lançamento da campanha “Can’t skip Por-tugal” no Canadá, a Secretária de Estado doTurismo, Ana Mendes Godinho, encontrou-se no Hotel Reine Elizabeth com representan-tes do turismo e dos órgãos de informação doQuebeque, a quem deu a conhecer o estadoefervescente em que se encontra o turismoportuguês.

Na verdade, os números avançados pelarepresentante do governo de Lisboa são decausar invejas, mesmo entre os mais popularescentros de atração turística internacional.

Para começar, só no ano passado, de acor-do com os dados que divulgou na altura, houveem Portugal 21 milhões de turistas e espera queas receitas deste ano aumentem de mais 20 %.

Os efeitos do turismo, apesar desta indús-tria representar apenas 7 % da atividade econó-mica do país, faz-se sentir na taxa de desempre-go que em 2014 era de 17 % e este ano baixoupara 8 %. A economia portuguesa cresceu esteano já mais de 3 % do que no total do ano pas-sado.

Claro que este surto turístico tem muito aver com o plano e os investimentos governa-mentais na melhoria das infraestruturas dopaís, em termos hoteleiros, restauro de monu-mentos, recuperação de moradias degradadas.Nunca se viram tantas gruas no céu de Portugalcomo atualmente, o que significa que tambéma empresa privada está intimamente ligada aosinvestimentos neste setor.

A recompensar estes esforços, várias ins-tâncias internacionais de notação, assim comoguias, revistas e jornais especializados em via-gens e turismo têm vindo a colocar Portugalno topo das preferências dos viajantes.

No dia 30 de setembro, numa cerimóniaem São Petersburgo, na Rússia, os World TravelAwards, conhecidoscomo os Óscares doturismo, declararamPortugal com o me-lhor destino europeuem 2017. Mas estenão foi o único galar-dão com que o paísfoi distinguido. NoAlgarve, eleitos co-mo Melhor Destinode Praia da Europa,encontramos o Re-sort Mais Românticoda Europa (MonteSanto Resort), o Me-lhor Resort de Praia(Hotel Quinta do La-go), o Melhor ResortLifestyle (Epic SanaAlgarve), MelhorResort Lifestyle deLuxo (Conrad Algar-ve), Melhor Hotel pa-ra Encontros e Con-ferências (Ria ParkHotel), Melhor Ho-tel Butique e MelhorResort Butique (am-bos na Vila Joya).

A Ilha da Madeira recebeu o pré-mio de Melhor Destino de Ilha e umde seus hotéis, o Pestana Porto SantoAll Inclusive, o melhor resort euro-peu com tudo incluído. O Porto deLisboa foi escolhido o melhor paracruzeiros. Na capital ficam tambémhotéis premiados, como o Altis Be-lém Hotel & Spa (Melhor Hotel De-sign), Bairro Alto Hotel (MelhorHotel Icónico) e Pestana Palace Lis-boa (Melhor Hotel de Luxo para Ne-gócios).

A secretária de estado referiu ain-da que, segundo uma sondagem in-ternacional sobre os melhores paísespara os expatriados viverem da suareforma, Portugal está em 5º lugar.Assim como está em terceiro lugarno ranking dos países mais pacíficosdo mundo.

Para responder a este crescenteinteresse por Portugal, espera-se, nodizer de Ana Godinho, que a capaci-dade de voos com destino a Portugal,aumente para o dobro no próximoano, ou seja 400 mil novos lugaresde avião. Este ano já houve um au-mento de 34 %.

No mesmo hotel houve tam-bém uma feira organizada pelo Turis-mo de Portugal, na qual estiveramrepresentadas várias companhias aé-reas com ligações para Portugal, agên-cias de viagem, grossistas e represen-tantes de várias unidades hoteleirasdo continente e das ilhas.

A senhora Ana Godinho, a-companhada por William Delgado,diretor do Turismo Portugal no Cana-dá, teve vários encontros privadoscom diretores de escritórios de turis-mo regionais assim como com diver-sos fornecedores de serviços. L P

Ana Mendes Godinho, secretária de Estado doTurismo.

Página 49 de novembro de 2017 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

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SIÈGE SOCIAL6475, rue Salois - AuteuilLaval, H7H 1G7 - Québec, CanadaTéls.: (450) 628-0125 (450) 622-0134 (514) 835-7199Courriel: [email protected] Web: www.lusopresse.com

Editor: Norberto AGUIARAdministradora: Anália NARCISOContabilidade: Petra AGUIARPrimeiros Diretores:• Pedro Felizardo NEVES• José Vieira ARRUDA• Norberto AGUIAR

Diretor: Carlos de JesusCf. de Redação: Norberto AguiarAdjunto/Redação: Jules NadeauConceção e Infografia: N. Aguiar

Escrevem nesta edição:

• Carlos de Jesus• Norberto Aguiar• Luciana Graça• Filipe Batista• Daniel Bastos• Osvaldo Cabral• Lélia Pereira Nunes• Carlos Taveira

Revisora de textos: Vitória Faria

Societé canadienne des postes-Envois depublica-tions canadiennes-Numéro deconvention 1058924Dépôt légal Bibliothèque Nationale du Québec etBibliothèque Nationale du Canada.Port de retour garanti.

LusaQ TVProdutor Executivo:• Norberto AGUIARContatos: 514.835-7199

450.628-0125Programação:• Segunda-feira: 21h00• Sábado: 11h00; domingo: 17h00(Ver informações: páginas 5 e 8)

UMA SAÚDE CANCEROSA• Por Osvaldo CABRAL

É assustadorfrequentar as unidadesde saúde por estasilhas fora ou até mes-mo falar com os do-entes e profissionaisdo setor.

Não há dia emque não apareça nacomunicação social ou à porta dos hospitaisinúmeras queixas sobre a desorganização quereina nestas unidades, a demora nas consultase nas cirurgias e, agora, até a falta de medica-mentos, coisa nunca vista no tão propaladoServiço Regional de Saúde.

Não é surpresa para ninguém que a polí-tica de saúde nestes últimos anos tem sidouma lástima.

Basta contar o número de Secretários quepassaram pela tutela, o maior de todos até hoje.

O recente caso da falta de medicamentosno Centro de Saúde da Ribeira Grande é a pon-ta de um grande iceberg que navega ao deusdará, sob a espantosa desorientação da Secreta-ria Regional da Saúde.

A Ordem dos Enfermeiros denunciou ocaso e o Secretário, incrivelmente, não só desva-lorizou a denúncia como ainda ironizou, di-zendo que a Ordem está “empenhada no anún-cio constante desta falta de medicamentos”.

Como é recorrente nalguns políticos destaterra, o Secretário gostaria que os enfermeirosestivessem calados, escondendo do públicomais esta trapalhada.

Garantiu, depois, que o problema estavaresolvido. E não era verdade.

A Ordem dos Médicos foi ao Centro deSaúde e confirmou a miserável situação.

O Secretário, encurralado, lá veio dizer que,afinal, há necessidade de “reforçar os stocks demedicamentos”, mas não resistiu à alfinetada,afirmando que é necessário “melhorar os níveisde comunicação” entre médicos e enfermeiros,no sentido de “reportar as situações e intervir”.

Ora, foi isso mesmo que fizeram em julhopara a administração da Unidade de Saúde de S.Miguel, que nem se dignou responder.

Foi o Secretário que respondeu à denún-cia, quase um mês depois, e ainda se queixa dafalta de comunicação entre os profissionais...

Ou seja, um problema que depende exclu-sivamente da administração do Centro de Saú-de e da própria tutela, que durou um mês a res-ponder à denúncia dos enfermeiros, ainda temo desplante de “empurrar” a borrada para cimados profissionais de saúde.

E qual o papel da Unidade de Saúde de S.Miguel no meio de tudo isto?

A pobreza franciscana desta política desaúde é de tal ordem que voltou a apresentar,agora, um programa já proposto pelo CDS-

PP há três anos – exacto, há três anos! –, massó agora aprovado durante a discussão do Planoe Orçamento, para reduzir as listas de esperade cirurgias.

E o programa agora anunciado é todo de-calcado de outros aplicados há vários anos,sem nenhuma inovação, sem mais financia-mento e, portanto, com a perspetiva de umresultado exatamente igual aos outros, que foi...o aumento substancial das listas de espera!

Em poucos anos as listas de espera engros-saram de 8 para mais de 11 mil doentes. É obra!

Nunca se viu tamanha incompetência nosetor da Saúde nesta Região.

Em 2011 foi aplicado um programa derecuperação tal e qual o de hoje e o compromis-so era para uma redução durante o mandato.

Chegou ao fim do mandato e as listas deespera tinham crescido!

Em 2014, novo programa.O Secretário da Saúde de então, Luis Ca-

bral, anuncia “uma viragem” na gestão das lis-tas, a situação “completamente resolvida” nal-gumas especialidades e uma “redução significa-tiva” nas listas de espera.

Estamos em 2017 e nunca tivemos umalista de espera tão grossa como a atual.

Como é que se pode acreditar nesta gover-nação?

Agora vem o programa Cirurge, outro pa-liativo com pouco mais de 900 mil euros eapenas 175 mil até ao final do ano, metade doque pagou à Clínica Bom Jesus para operaçõesàs cataratas...

A Ordem dos Enfermeiros, em Lisboa,enviou para a Procuradoria da República umpedido de investigação sobre as mais de 2 600pessoas que terão morrido à espera de umacirurgia nos hospitais do país, no ano passado.

Era bom saber quantas nos Açores, tam-bém, já terão morrido, nestes últimos anos, à esperaque lhes chamassem para as respetivas cirurgias.

Só a ortopedia tem uma média de 780 diasde espera em Ponta Delgada.

Alguém imagina um doente, por exemplo,a precisar de ser operado a uma anca ou a preci-sar de uma prótese e o sofrimento e as infeçõesque deve contrair ao longo dessa espera?

E a deslocação de especialistas às outrasilhas? Outra borrasca nunca vista.

Desde 2014 que, teimosamente, a Secre-taria da Saúde cortou com as deslocações, base-adas no regime de então, para só agora preten-der repor o desastre que criou e, mesmo assim,ainda nem avançou com a nova proposta pararesolver o problema.

Ao que parece, o carteiro demora muitoentre a Secretaria Regional e a Presidência doGoverno para aprovação da nova portaria.

Perante este diagnóstico francamentecancerígeno, já gastamos milhões e milhõesde euros, sem que ninguém se responsabilizepela situação caótica no sector.

A doença, pelo que se vai vendo, é para seagravar. Sem cura à vista.

IGREJA BAPTISTA PORTUGUESADomingos às 15H00 – Pregação do Evangelho6297 Ave. Monkland, (NDG) Montreal

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De longa duração a PortugalAs visitas dos emigrantes

• Por Daniel BASTOS

Contrariamente à ideia do senso co-mum que considera a emigração portuguesacomo uma gesta onde só existem histórias in-dividuais de sucesso de compatriotas que al-cançaram o êxito lá fora, a realidade do fenó-meno migratório nacional está cheia de casosde emigrantes que tiveram menos sorte e vivemcom dificuldades, confrontados com situaçõesde precariedade, de doença, de desemprego, deabandono e de solidão.

Este número de casos de insucesso terávindo mesmo a aumentar nos últimos anosem consequência do envelhecimento e das cri-ses que afetam alguns dos tradicionais destinosda emigração lusa, como é o caso premente daVenezuela, cuja prolongada crise política, eco-nómica e social está a afetar de sobremaneira acomunidade portuguesa. Os últimos Relatóriosda Emigração Portuguesa não deixam de alertarpara este conjunto de situações, apontandomesmo que o fluxo migratório regista inúme-ros casos de sucesso, mas que existem igual-mente vários dramas de isolamento e pobreza.

Estas condições confrangedoras de difi-culdades, responsáveis em grande medida pelofacto de muitos portugueses no estrangeiroficarem largas décadas afastados da sua terranatal, tem originado a dinamização de projetosque têm possibilitado a visita de emigrantes delonga duração a Portugal.

É o caso, por exemplo, do programa“Portugal no Coração” da Fundação Inatel,destinado a emigrantes de longa duração, comdécadas de afastamento de Portugal, e que játrouxe ao nosso país cerca de 800 compatrio-tas, provenientes de mais de 25 países, nas úl-timas décadas. Ainda no final do passado mêsde outubro, um grupo de 15 emigrantes, com-posto essencialmente por emigrantes commais de 65 anos residentes na Argentina, Brasile Venezuela esteve de visita a Portugal, inte-grado num outro projeto da Secretaria de Es-tado das Comunidades, e que tem como princi-pal objetivo trazer compatriotas que não visi-tam o nosso país há pelo menos 20 anos.

Estes programas revelam-se de uma im-portância fulcral na consubstanciação das fun-ções de vinculação identitária e de solidariedadesocial que devem nortear as prioridades polí-ticas do Governo para as Comunidades Portu-guesas, genuínas embaixadoras de Portugal noMundo, mas que como nós, não estão imunesou livres de infortúnios e crises.

L P

Página 59 de novembro de 2017 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

Feliz Natala todos!

Página 69 de novembro de 2017 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

A PRIMEIRA LEVA DE ILHÉUS: 21 DE OUTUBRO DE 1747• Por Lélia Pereira NUNES

A gente vê e ouve e sente e cheira e come anossa ilha com o sentido da alma, com o quedela nos foi sempre mais íntimo e familiar.Somos parte da condição insular.

João de Melo, O Segredo das Ilhas, 2016:42

Visualizo a cena outonal nas ilhas debruma, no distante século XVIII. Homens,mulheres e crianças carregando suas alfaias sãoembarcados nas galeras “Jesus, Maria, José” e“Sant’Ana e Senhor do Bonfim”. Integram oprimeiro contingente de casais açorianos queserão transportados dos Açores à Ilha de SantaCatarina. Olhares ansiosos. Sorrisos de espe-ranças. Lágrimas de saudade lavam a face dosque partem e dos que ficam acenando seus len-ços à beira do cais. Outros, cheios de curiosi-dade, assistem a movimentação daquele ir e virsem conta, cientes da corajosa aventura que ospobres ilhéus vão empreender rumo a um des-tino desconhecido no Brasil.

Aos poucos, todo burburinho cessa. Doporto de Angra, na Ilha Terceira de Jesus, échegada a hora de partir. O Capitão ou Mestreresponsável pelo transporte lê em voz alta nonavio, no dia anterior a partida e no primeirodia da viagem, após a celebração da Missa, asdezesseis cláusulas do Regimento que devenortear o assento do transporte dos “cazaes”das Ilhas para o Brasil. Desde as condições deembarque até particularismos como a sepa-ração de homens e mulheres, divisão de tarefas,controle e feitura de alimentos, normas discipli-nares de como todos devem se portar durantea longa viagem.

Levantam-se as amarras e a âncora. Come-ça a travessia pelos caminhos do mar. Para trás, opassado. Na outra margem do imenso Atlântico,o futuro. Uma nova história será escrita.

Até que este dia acontecesse, incontáveisarticulações políticas e estratégicas para essa ocu-pação de açorianos no Brasil Meridional foramconstruídas, culminando com a assinatura doTratado de Madrid em 1750, delimitando o ter-ritório brasileiro, cujas fronteiras apresentamquase a mesma cartografia do Brasil de hoje.

Além dos interesses políticos havia o dese-jo manifesto dos insulares de emigrar. Docu-mentos das Câmaras das Ilhas do Pico e São Jor-ge, datados de 1722, atestam que foram efetuadosalistamentos e tratados os transportes de popula-ções de São Roque do Pico, Vila da Lajes do Picoe Vila Nova do Topo, de São Jorge.

Passaram-se vinte anos. Em 1742, o Briga-deiro José da Silva Paes, primeiro governadorda Capitania da Ilha de Santa Catarina, faz ve-emente apelo ao Conselho Ultramarino pe-dindo que enviasse alguns “cazaes”, pois “semgente que as guarnessa, são corpos sem alma”.Quatro anos depois, tramita na corte de Lisboaum documento que relata a triste situação deprecariedade dos ilhéus dos Açores – “[...] queV. Magestade se dignasse de mandar tirardas Ilhas o número de cazais que lhe parecessee transportalos á América, donde rezultariaás Ilhas grande alívio em não ver padecer osseus moradores reduzidos aos males que trazconsigo hua extrema indigencia[...] ( Piaz-za,1992:64). O historiador catarinense, Osval-do Rodrigues Cabra, em Os Açorianos, refere-

se a este apelo como a única solução para ame-nizar o quadro de miserabilidade islenha e pro-ver o Brasil.

Finalmente, o Rei D.João V, via ConselhoUltramarino, normatiza as ações da coroa portu-guesa assinando, a 31 de agosto de 1746, a ProvisãoRégia, que abre o alistamento e oferece benefíciosaos ilhéus açorianos e madeirenses que desejassemmigrar para a Ilha de Santa Catarina e terras conti-nentais fronteiriças. Seguida do Alvará de 5 de se-tembro que define as condições dos transportes.Mais de quatrocentas cópias do edital régio foramespalhadas por todas as povoações e, a partir deentão, começou o alistamento nas nove ilhas doarquipélago açoriano. Cada candidato ao se alistarera anotado além dos dados de identificação, a pro-fissão, a residência, a idade, a estatura, cor dos olhos,do cabelo e da pele, formato do rosto, da boca, donariz e da barba, o estado civil e se casado ajuntavaos dados completos da mulher e filhos. Ao final,foram alistados cerca de 7 817, sendo que as Ilhasde São Jorge, Graciosa e Pico contribuíram com24%, 11,5% e 9,0% do seu efetivo populacional.Enquanto a Terceira, Faial e São Miguel com 4,51%,2,75% e 0,73% respetivamente. Embora, não apa-reça a proporção dos alistados nas ilhas de SantaMaria, Flores e Corvo no assentamento em terrascatarinenses aparecem “cazaes” dessas ilhas.

O contrato de assentamento dos trans-portes foi assinado a 7 de agosto de 1747 pelosministros do Conselho Ultramarino e por Feli-ciano Velho Oldenberg, o contratador “assen-tista”. O primeiro embarque ocorreu no dia 6de outubro de 1747, sendo completada a cargahumana no dia seguinte. Foram embarcadas236 pessoas, 43 casais, na galera “Jesus, Maria,

José”, capitaneada por Luís Lopes Godelho.A outra galera, “Sant’Ana e Senhor do Bon-fim”, capitaneada por Pedro Lopes Arraya, re-alizou o embarque de 237 pessoas, sendo 42casais. Ao todo, 473 açorianos partiram doporto de Angra, Ilha Terceira, no dia 21 de ou-tubro de 1747, com a promessa de receberemum quarto de légua em quadro e a distribuiçãode dois alqueires de sementes por casal, armas,ferramentas e algumas vacas, éguas, cavalos etouros. Levaram a âncora da esperança. Pilotosde sonhos buscaram um futuro venturoso nasterras do sul do Brasil.

Daniel de Sá, certa vez escreveu-me sobrea partida da primeira leva de ilhéus: “esses que

atravessaram o Atlântico em viagens de medoe morte, fugindo à pobreza que nestas ilhasreinava mais que El-Rei D.João V, foram aí pa-ra fazer tudo desde o princípio”. E fizeram...Seu espírito ilhéu, indomável, nunca arrefeceue nem desapareceu por trás das brumas ou deum tempo passado.

Hoje, 21 de outubro de 2017, 270 anosdepois da histórica travessia, marco inicial daepopeia açoriana, sinto um orgulho imensodos nossos, meus e vossos, antepassadosaventureiros que partiram mar adentro, carre-gando as ilhas dentro de si, na redescoberta doNovo Mundo.

Ilha de Santa Catarina, 21 de outubro de 2017270 anos da 1ª partida para SC

Porto de Angra.

Cópia do Edital de 1746.

A rota seguida.

L P

Em Porto FormosoEleitos tomam posse

O Salão da Casa do Povo do PortoFormoso foi, no sábado, dia 21 de outubro,palco da tomada de posse dos novos órgãosautárquicos da Freguesia de Porto Formoso -Executivo da Junta de Freguesia e Assembleiade Freguesia.

O presidente da Junta de Freguesia do Por-to Formoso, eleito pelo Partido Socialista, emresultado do ato eleitoral do passado dia 1 deoutubro, Emanuel Furtado, iniciou, no sábado,as suas funções, para o quadriénio 2017-2021.O restante Executivo da Junta de Freguesia,sob proposta do presidente, foi eleito semvotos contra, juntando-se ao investido, a Se-cretária, Ana Carolina Pinto e o Tesoureiro,Arnaldo Aguiar.

Nesta cerimónia de instalação dos novosórgãos autárquicos foi, ainda, eleita a Mesa daAssembleia de Freguesia para o mandato 2017-2021. Patrícia Teixeira foi reeleita presidenteda Assembleia de Freguesia, pelo PS, a quemse juntam, como primeiro e segundo secretá-rios, Ana Maria Silva, pelo PS, e Tiago Medei-ros, pelo PSD, demonstrando, deste modo,uma enorme abertura democrática.

No discurso, Emanuel Furtado, começoupor saudar os presentes, referindo que foi “comum imenso sentimento de orgulho, humildadee com profundo sentido de missão que hojetomo posse como presidente da Junta de Fre-guesia, para um mandato de mais quatro anos”tendo acrescentado que “os portoformosensesexpressaram nas urnas um forte desejo de con-tinuidade, depositando em nós uma enormeresponsabilidade. Tudo faremos para honraressa distinção. Trabalharemos ainda com maisafinco, mais determinação e mais energia.”

Referiu, ainda, que este mandato terá deser marcado por uma relação justa e equitativa,por parte do executivo camarário, com todasas freguesias, manifestando-se “totalmente dis-ponível para colaborar desde que sinta que hárespeito político e institucional.”

Teve, ainda, oportunidade de expressarque, da Assembleia de Freguesia, espera “queseja um espaço de diálogo, reflexão, debate econvergência de ideias que possam contribuirpara o desenvolvimento da nossa freguesia,esperando que não aconteça o que aconteceuno mandato que ora termina, no qual a oposi-ção optou por não respeitar o mandato queos portoformosenses lhes conferiu, preferindoa renúncia maciça dos seus mandatos.”

Terminou, reiterando que esta será uma“Junta fiel ao seu programa, fiel à sua estratégiae fiel aos seus valores”, dando, por fim, vivasao Porto Formoso.

O gabinete de imprensa da Junta de Fre-guesia do Porto Formoso

Este é o triunvirato que vai dirigir a Junta nospróximos quatro anos, Ana Carolina Pinto (secre-tária), Emanuel Furtado (presidente) e ArnaldoAguiar (tesoureiro).

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EM SANTA CRUZ

FORMAÇÃO DE PROFESSORESLUSOPRESSE – No passado mês de outubro teve lugar uma ação de formação de

professores da responsabilidade do Instituto Camões, cuja orientação esteve a cargo daCoordenação do Ensino do Português no Canadá, liderada pela Dra. Ana Paula Ribeiro,representada em Montreal por Inês Faro.

Participaram nesta ação, já realizada em épocas anteriores, grande parte dos professoresdas eascolas de Português de Laval e Santa Cruz.

Este encontro, levado a efeito nas instalações escolares da Missão de Santa Cruz,contou com a participação dos formadores vindos de Portugal, Nuno Marques, da Lidel,e de Fátima Páscoa, do Instituto Camões.

Esta sessão permitiu aos professores comunitários tomarem contacto com novasferramentas no ensino do Português em Portugal, mas com adaptações para a realidade doensino da nossa língua na comunidade.

Antes de Montreal, os dois formadores nacionais passaram por Toronto, Winnipege Otava, onde realizaram sessões semelhantes.

Neste encontro estiveram igualmente presentes a nova leitora de Português naUniversidade de Montreal, Luísa Teixeira da Cunha, e o cônsul de Portugal em Montreal,José Guedes de Sousa.

ELEIÇÕES...Cont. da pág 1

Agora, em mais este ciclo de quatro anosà frente dos destinos da cidade de Anjou, queaté pode ser o seu último, deseja-se que LuísMiranda tenha um mandato assaz interessantede maneira a ficar nos anais da cidade comoum «maire» a recordar pela positiva.

Rivière-des-Prairies – Pointe-aux-Trembles

Manuel Guedes era, juntamente com LuísMiranda, o outro político eleito na cidade deMontreal, mais concretamente no bairro deRivière-des-Prairies – Pointe-aux-Trembles,embora com funções diferentes, por ser apenasvereador de bairro, enquanto o açoriano tinhafunções de chefia, presidindo primeiro à Câma-ra Municipal de Anjou e, nos úlltimos anos, àJunta da mesma cidade, agora por via da junçãode diversas aglomerações territoriais, onde, co-mo se sabe, foi incluída Anjou.

Eleito há quatro anos com alguma surpre-sa, a verdade é que, não sendo eleito agora, asurpresa ainda é maior, para mais com o exce-lente score que atingiu e que o fez perder oposto na vereação de Rivière-des-Prairies –Pointe-aux-Trembles por apenas 52 votos!Uma lástima para as nossas cores...

Entretanto, pode dizer-se que ManuelGuedes foi uma das vítimas da guerra instaladaentre os dois maiores partidos municipais deMontreal. Só assim se percebe que tenha ficadoem segundo lugar no seu bairro, atrás da candi-data de Projet Montréal, Lisa Christensen.

Plateau Mont-RoyalOutro que teve boa prestação mas que

não deu para vencer, foi o jovem Daniel Lou-reiro.

A concorrer pelo bairro Jeanne-Mance,considerado o «Bairro Português» da cidade,Daniel Loureiro tinha tarefa difícil, principal-mente por estar em terreno afeto às gentes dopartido Projet Montréal... Apesar dessa dificul-dade, Daniel Loureiro (Equipa Coderre) deuboa réplica à sua adversária, Maeva Vilain, eclassificou-se em segundo lugar na corrida avereador do bairro, com 31,74% de votos. Paraum noviço, nada mau.

Porque tem ressonância com o Portuguêsfalado, registe-se a incontestável eleição de Ale-xander Norris, também pelo bairro Jeanne-Mance, mas no seu caso eleito para o Conselhoda Cidade central.

Ainda no Plateau Mont-Royal, Ivan Dias,a concorrer pelo partido Plateau sans frontiè-res, ficou-se pelos 207 votos.

Distrito de VerdunEmbora sem muitas informações pessoais

a seu respeito, nota elevada para Nathalie Pedro,a concorrer pela Equipe Projet Montréal nocírculo eleitoral de Verdun, bairro Champlain– Iles des Soeurs.

Nathalie Pedro conquistou o segundo lu-gar na corrida a vereadora de bairro com47,15% de votos contra 52,85% da vencedoraMarie José Parent, do partido de Denis Coder-re. Uma diferença de apenas 673 votos!

Mercier-Hochelaga-MaisonneuveNeste distrito, a concorrer pelo bairro

Louis Riel, esteve João Neves, um habitué des-tas andanças eleitorais.

Depois de concorrer aos atos eleitoraisprovinciais e federais por diversas vezes, sem

êxito aparente, João Neves, desta vez, decidiutentar mais uma vez a sua chance, concorrendono bairro onde reside, o Louis Riel.

Integrado nas listas do partido CoalitionMontréal, João Neves, tal qual o seu agrupa-mento político teve muitos poucos votos, 252.

Cidade de LavalNesta cidade, que sempre que vai a eleições

conta com larga participação de candidatos deorigem portuguesa, que no entanto têm sempresaído derrotados, desta vez contou com a par-ticipação de dois concorrentes lusófonos, Cé-sar Augusto e Allisson Rodrigues. O primeirointegrou as listas do partido Action-Laval -Equipa-Jean Claude Gobé e a segunda as dopartido Aliance-Equipa-Alain Lecompte eCyntia Leblanc.

César Augusto Maldonado ficou em 4.°lugar, com 12,27% de votos, concorrendo nobairro Laval-les-Iles. Já Allison Rodrigues aca-bou em 5.° lugar, com apenas 2,28 % de votos.O seu bairro foi o L´Orée-des-Bois.

Cidade de GatineauPara vereadora da freguesia Manoir-des-

Trembles-Val-Tétreau, em Gatineau, concor-reu nas listas do partido do «maire», PedneaudJobin, Mélisa Ferreira. A sua participação, ape-sar de concorrer pelo partido vencedor das elei-ções locais, não resultou em vitória, muito em-bora tenha obtido um número elevado de vo-tos, com 48,18%, no entanto insuficiente paracantar vitória, visto a sua adversária ter conse-guido mais 145 cruzinhas...

Pode dizer-se que, noutras circunstâncias,os números obtidos por Mélisa Ferreira teriamdado para fazer parte da nova equipa políticada cidade de Gatineau, onde vive uma largapercentagem de portugueses.

Ville de Ste-Thérèse, cidade irmã deLagoa

É de Lagoa o antigo, e agora novo vereadorde origem portuguesa eleito para o ConselhoMunicipal da Câmara da cidade de Ste-Thérèse.Falamos, claro está, de Armando Melo, quedepois de ser uma primeira vez eleito vereadorem 2013, acaba, agora, de ganhar um segundomandato eleitoral para fazer parte de uma câ-mara onde no mandato que terminou há poucochegou ao posto de vice-presidente.

Com efeito, Armando Melo ganhou aseleições no Distrito 17 da sua cidade adoptivapela segunda vez, sempre na lista da antiga, eagora nova presidente da Câmara, Sylvie Sur-prenant.

Armando Melo, de novo incorporado naslistas do Party Municipal Énergie avec SylvieSurprenant venceu o seu adversário por ape-nas 110 votos, demonstração cabal de que aluta não foi fácil.

Mas como ganhar é o que interessa nestascoisas da política, pois a história reza poucosobre os perdedores, aí está Armando Meloarmado para desempehar mais um mandatopolítico de quatro anos ao serviço dos resi-dentes da Cidade de Ste-Thérèse.

Entretanto, e como curiosidade, avance-se com o facto de Sylvie Surprenant, eleita paraum terceiro mandato em Ste-Thérèse, ter porcompanheiro um açoriano de Vila Franca doCampo.

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Foto de Inês Faro.

UMA LÁGRIMA AO VENTO!...• Por Filipe BATISTA

Era um lindo dia de outono! O vento desfolhava atarde como a dor desfolhava o peito da esposa que acabavade perder o seu companheiro de vida!... Filhos e demais fa-miliares acolhiam os amigos/as que iam chegando ao adroda igreja movidos pela mágoa da perda do nosso amigoAlexandre Amâncio! Distribuíam-se abraços e beijos numrosário de sentimentos de profunda dor.

Amante dos seus e da vida, Alexandre Amâncio era um homem profundamentebom, reservado, de poucas falas, simples, olhar penetrante e muito atento à vida que me-xia à sua volta. Distribuía generosidade com delicadeza a todos quantos se aproximavamde si.

Aqui fica, pois, o meu profundo pesar a toda a família enlutada pela perda do seu entequerido, Alexandre. Neste arrepio de trizteza, fica a certeza de uma lágrima que deriva aovento para sempre. L P

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Página 119 de novembro de 2017 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

CRISTINA CALISTO AFIRMA:

«SEREI PRESIDENTE DE TODOS OS LAGOENSES SEM EXCEÇÃO»SANTA CRUZ, Lagoa – Foi esta a

mensagem deixada pela presidente da CâmaraMunicipal de Lagoa, Cristina Calisto, na ceri-mónia de tomada de posse dos novos eleitosà Assembleia e Câmara Municipal que investi-ram as suas funções.

A primeira mulher presidente da CâmaraMunicipal de Lagoa e única da Região Autóno-ma dos Açores, que conseguiu a maior vitóriade sempre do Partido Socialista, frisou que seiniciou hoje “o exercício de uma cidadania de-mocrática, legitimada pelo voto dos Lagoensesque, de forma consciente, expressiva e inequí-voca, elegeram os seus representantes, no pas-sado dia 1 de outubro. A partir de hoje todos

temos a responsabilidade, o labor e o dever re-forçado no exercício das nossas funções polí-ticas, que devemos desempenhar com nobreza,evidenciando toda a nossa dedicação às causaspúblicas, sempre com espírito democrático.”

A autarca lagoense frisou que “os Lagoen-ses não tiveram dúvidas e confiaram o destinoda Lagoa a uma equipa com a qual se identifi-cam. Uma equipa aberta e receptiva, que ideali-zou e que lidera um projeto que privilegia o su-perior interesse da Lagoa e dos Lagoenses.”

Cristina Calisto dirigiu ainda palavras degratidão e respeito a todos os vereadores e de-putados municipais que ontem cessaram o seumandato, salientando que, “durante o desem-penho de funções foram exemplo de rigor ecompetência, contribuindo com o seu caráctercívico, intelectual e social nas decisões cruciais

para a Lagoa.”À oposição deixou, igualmente, algumas

palavras, frisando que “independentemente deideologias políticas, estou certa que, neste man-dato, contribuirão para o enriquecimento daspropostas de trabalho do novo executivo eajudarão a enfrentar os desafios futuros que seavizinham. O papel reservado à oposição nãodeverá ser somente e apenas o de se opor.” Aedil do executivo camarário espera mesmo que,“o consenso e a partilha salutar de ideias, suges-tões e soluções sejam possíveis na missão quefoi confiada a cada um, assim como o foi, deforma muito salutar neste último mandato on-de verdadeiramente realizou-se um trabalho deequipa, com total transparência e verdade.”

Da equipa que compõe o executivo e ór-gão deliberativo do município, Cristina Calisto

Português ao raio X• Por Luciana GRAÇA

(Leitora de português do Camões- Instituto da Cooperação e da Língua,na Universidade de Toronto)

Rubrica produzida em colaboraçãocom a Coordenação do Ensino Portuguêsno Canadá/Camões, I.P.

Caso: «tinha ganho» ou «tinha ganha-do»?

• Usain Bolt também já TINHA GA-NHO os 100 e os 200 metros nos mesmosJogos Olímpicos. (Visão, 2016-08-20)

• Antes dos 20 anos já TINHA GA-NHADO vários títulos em competiçõesregionais. (Observador, 2016-08-17)

Comentário:• «tinha ganhado»: i) «ganhar» é

um dos verbos com particípio passadoduplo, ou seja, com um particípio passadoregular («ganhado») e um particípio pas-sado irregular («ganho»); ii) a regra geraldo emprego destas formas de particípiopassado é a seguinte: a) o particípio regular(«ganhado») conjuga-se com os auxiliares«ter» e «haver» e b) o particípio irregular(«ganho») é utilizado com os auxiliares«ser» e «estar»; iii) logo, não devemoshesitar em dizer «tinha ganhado».

Em síntese:• tinha ganho X• tinha ganhado V

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frisou que “ambos são compostos por pessoasque são todos um exemplo de competência,seriedade, tolerância, dedicação e envolvimentosocial. Gente ambiciosa e exigente que desejao melhor para a Lagoa. Pessoas que amam asua terra e que têm humildade suficiente paraadmitir que ainda existe mais a fazer.”

Estar ao lado das famílias; apostar na edu-cação; captar investimento para o concelho;servir a nossa comunidade em parceria comtodas as instituições; concretizar um conjuntode investimentos na orla costeira, no setoreconómico e turístico e avançar com a moder-nização administrativa e smart city, que são al-vo de candidatura a fundos comunitários, sãoalgumas das prioridades deste atual executivo.

De referir que, numa sessão que se realizouno edifício dos Paços do Concelho completa-mente lotado de pessoas, tomaram posse JoséDias Pereira (PS), Graça Araújo (PS), CarlosResendes (PSD), Frederico Sousa (PS), PedroMarques (PS), Ruben Cabral (PSD), Maria dosAnjos Silva (PS), Pedro Rodrigues (PS), CésarPacheco (PS), Ana Medeiros (PSD), Edite Pre-to (PS), Eduíno Rego (PS), Vitor Sousa (PSD),Manuel Rodrigues (PS), Olga Soares (PS), Ál-varo Vitorino (PS), José Pacheco (PSD), AndréAlmeida (PS), Mónica Domingues (PS), CarlaGalvão (PSD), Francisco Magalhães (PS), paraa Assembleia Municipal.

Tomaram ainda posse, por inerência, paraeste órgão, os presidentes de junta: Paulo Melo(Água de Pau), Adriano Costa (Cabouco), Gil-berto Borges (Rosário), Sérgio Costa (SantaCruz) e Vitória Couto (Ribeira Chã), todoseleitos pelas listas do PS.

Já para o órgão executivo do municípiotomaram posse Cristina Calisto (PS), RicardoMartins Mota (PS), Carlos Furtado (PSD),Fernando Jorge Moniz (PS), Albertina Oliveira(PS), Nelson Santos (PS) e Roberto Oliveira(PSD), respetivamente. L P

Cristina Calisto no discurso de tomada de posse.

Página 129 de novembro de 2017 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

Se viajarpara os Açores...

Escolha...

Paulo DuarteSEDE:Largo de S. João, 189500-106 Ponta DelgadaTel.: 296 282 899Fax: 296 282 064Telem.: 962 810 646Email: [email protected]ÇORES

Valença prepara-se...Para um Natal de sonho

FORTALEZA DE CHOCOLATEE PISTA DE GELO

Valença está a preparar um programamágico este Natal recheado de atividades parapequenos e graúdos, entre 1 de dezembro e 7de janeiro. Valença transforma-se na CidadePresépio, marcada pelos tons, sons e saboresnatalícios, durante 38 dias.

Fortaleza de Chocolate, Pista de Gelo,Duendelândia, Cidade Presépio, Mercado deNatal, Comboio Turístico, concertos, recria-ção da Natividade, iluminação artística e Ca-valgata de Reis, são 10 motivos para viver ex-periências únicas, este Natal em Valença.

38 Dias de Animação ConstanteA carismática Fortaleza de Valença e a ci-

dade preparam um recheado programa de por-menores, para marcar os visitantes, com mo-mentos de espírito natalício memoráveis. Umprograma doce e único, com 38 dias de ani-mação constante, que envolve a Câmara Mu-nicipal, as associações, a hotelaria, a restaura-ção e o comércio em geral.

Um pouco por todo a cidade as decora-ções de Natal vão começar a tomar conta dasruas e a surpreender os visitantes.

50 Formas de Saborear o Chocolate emValença

Gosta de Chocolate? Valença é o seu des-tino este Natal! A cidade vai proporcionarmais de 50 formas de saborear e sentir osaromas do chocolate, na Fortaleza de Cho-colate, entre 6 e 10 de dezembro. Esta é umafeira mostra dedicada, em exclusivo, à degus-tação e compra de produtos à base de cho-colate.

Pista de Gelo em ValençaUma pista de gelo, este Natal, em Valen-

ça, vai apaixonar os entusiastas da patinagemno gelo, para as primeiras patinadelas ou des-frute desta atividade.

Em Valença, a pista de gelo terá recintocoberto, no Jardim Municipal, abre a 1 de de-zembro e prolonga-se até 6 de janeiro.

Esta é uma oportunidade para todas asgerações, de Valença e região, praticarem umamodalidade apaixonante e divertida numapista de gelo.

www.cm-valenca.pt / www.visitvalenca.comTel: 251 809 524 E-mail: [email protected]/municipiodevalenca /www.twitter.com/#!/mun_valenca

Dobrando bocas em dobro

Onde se fala da utilidade de bocas a dobrar• Por Carlos TAVEIRA

Se ignorareseste artigo não perdesnada e isto não é bocapara te ferrar. Foi ins-pirado (o artigo, nãoa boca) numa pergun-ta que corre pelo Face-book: «Porque temosduas orelhas, dois o-lhos e somente umaboca?». Li-a no mural do Carlos de Jesus, edito-rialista da LusoPresse. E não é que a perguntase desdobrou numa série de outras que me fi-caram a roer cá por dentro? Foram tantas quedecidi publicar um sumário desse auto diálogo,adicionando outro artigo inútil à inutilidadedos anteriores. Mas olha, diverti-me comigopróprio, como se tivesse uma boca que falavae uma outra que da primeira se ria. Senti-me,como se dizia na minha juventude, um «bo-cas», quer dizer alguém que, como diz a desele-gante expressão popular, «arrota postas de pes-cada». Afinal isto de bocas até tem muito quedela se diga. Que se diga aos ouvidos, claro,porquanto uma boca (ou um «bocas») não ouve,apenas se ouve. Mas houve (e há) muita genteque dela (boca) se serviu para bastos, e por vezesinconfessáveis, propósitos que, quando multi-plicados por duas (bocas), dão resultados surpre-endentes, preocupantes ou simplesmente diver-tidos. Partilho o meu brainstorming com quemteve a pachorra de me ler até aqui e até lá abaixocontinuar a fazê-lo.

A primeira pergunta que me coloquei foióbvia: onde seria posta a segunda boca? É de-cisão delicada, basta olhar para a cabeça doshumanos, atravancada de órgãos e apêndicescapilares. Hás-de concordar comigo: a cabeçaé o território natural para se implantar uma se-gunda boca! Não faria sentido nenhum impin-gi-la ao peito ou às costas. Haveria que adaptaro vestuário, prever um orifício bucal libertandoa boca peitoral ou dorsal. Com tanta boca sufo-cada neste mundo, por que razão impedir umaoutra de se exprimir livremente, sem abafos?Está fora de questão colocá-las nos membros,posteriores ou anteriores. Ao bloquear um gol-pe com o antebraço, ou ao desferir um pontapé,lá se nos partiam os dentes e se nos fendiamos lábios. Além disso, no caso extremo de vi-rarmos manetas ou pernetas, viraríamos zaro-lhos. E que dizer de quem fala pelos cotovelos?Seria igualmente irrefletido implantá-la numadas bundinhas, estaríamos condenados a sen-tarmo-nos sobre uma só (bundinha) para nãoesmagar a boca implantada na outra. No pes-coço? Ideia a considerar! Uma boca na nuca,de muita serventia para quem diz uma coisapela frente e outra pelas costas.

Depois de avaliar várias opções caiu-meo olho num design criativo: duas bocas fron-tais. Imagina: comissuras dos lábios roçando-se abaixo do filtro (aquela concavidade no cen-tro geodésico da face), lábios alongando-sebochechas acima até aos lóbulos das orelhas.Bocas de orelha a orelha. Ideal para quem pro-duz um discurso à esquerda e outro à direita. Éa minha preferida! Já viste as possibilidadesdurante um banquete? Beber com uma e alam-

bazar-me com a outra... Até me lambo os qua-tro beiços! Quem gosta de cavaquear à mesaficaria servido, comendo e falando ao mesmotempo, tornando obsoleto o adágio «bocacheia não conversa».

Para os desafortunados dos países pobres,assim como para os pobres dos países afortu-nados, constituiria má novidade. Já reclamamque têm várias bocas para alimentar, o dobrodelas implicaria miséria a dobrar, lá reza o dité-rio: «a cada boca uma sopa». Opor-se-iam auma boca suplementar os governos que man-têm a firmeza dos seus princípios através deditaduras ou de «democracias musculadas», abraços com as sempiternas malvadas manifes-tações populares, excitadas por palavras de or-dem esquerdistas.

Mas que grandes benefícios para o univer-so artístico! As gargantas educadas dos cemcantores do Coro Gulbenkian produziriam oefeito de duzentas vozes, enquanto coros mo-destos, como as tunas académicas, seriam enri-quecidos. E que dizer da voz mágica de umaCéline Dion cantando em dueto singular; damusicalidade falada dos jograis; do alcance, emestereofonia, da voz da Mariza; da potênciavocal dos Pavarottis, Domigos e Carreras? Umregozijo, nesses momentos quatro ouvidos se-riam bem-vindos.

E os assediadores? Esses homens (porquesão quase todos do sexo dito masculino) im-portantes, heterossexuais ou homossexuais,à cabeça de impérios económicos, que segueme perseguem quem deles depende? Tomo co-mo exemplo um caso fortemente mediatizadono Quebeque, onde um magnata do humor(entre outros) se divertia a forçar (sabes a quê)jovens aspirantes a uma carreira artística. Víti-mas que se riam para o público com uma bocae choravam, sozinhas, com a segunda. Comuma só boca, o homem conseguiu calar deze-nas de outras que, finalmente, acordaram deum longo silêncio e o denunciaram na praçapública. Imaginas que estragos fariam eles (asse-diadores) e que confusões levantariam elas (asassediadas), com duas bocas? É caso para dizerque com bocas a dobrar, se dobra um predador.

Devido à imperfeição dos humanos, casoshaveria onde bocas da mesma face apresenta-riam dimensões diferentes. Como, por exem-plo, em países bilingues, como este Canadá,onde a vantagem da dupla boca é manifesta:uma comunicando em francês, enquanto a ou-tra, maior, se exprimiria em inglês. Para quempossui personalidades duplas, opostas, aqueledesentendimento interior que os aflige subiriaaos lábios, permitindo viva discussão entreum que larga balões de esperança e o outro queos rebenta… Para os professores, com umaboca ensinariam, com a outra disciplinariam...Preguiçosos assumidos, como eu, ficariam en-cantados com duas bocas para bocejar... Ir-mãos gémeos teriam a atenção simultânea damesma mãe... Os viciados em nicotina e caná-bis exultariam... Grande triunfo para políticosdesonestos, vigaristas de vocação, pregadoresoportunistas, vendedores da banha da cobra eoutros que da palavra fazem carreira.

Acautelemo-nos, no entanto, com as am-bições dos humanos: quando se lhes dá a mão,já querem o braço inteiro. Ou os dois. Porque,estimulados pela boca suplementar, haveria

quem exigisse uma terceira. Todos nós já trope-çámos em indivíduos com cabeças a abarrotarde bocas, mas de ouvido minúsculo. Aquelesque parecem ter uma dificuldade congénita empronunciar a seguinte frase: «Oh pá... Tens ra-zão».

Enfim, um mundo de possibilidades.E tu? Que pensas disto tudo? Que farias

se tivesses duas bocas?

© Carlos Taveira.Artigo publicado simultaneamente no

meu blogue: «O Blogue do Beto Piri»

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O risco de deportação de meio milhar de portugue-ses nos Estados Unidos da América

• Por Daniel BASTOS

Uma das áreas políticas que tem gerado maior polémica na atual go-vernação norte-americana, é inquestionavelmente a política de imigração deli-neada pela administração Trump, que tem causado não só impacto nos EstadosUnidos da América como no estrangeiro, como mostram as proibições tem-porárias da entrada de cidadãos de países do Médio Oriente e de África.

Pretendendo essencialmente reduzir para metade o número de vistos de re-sidência permanentes atribuídos anualmente e impor novos critérios para a en-trada de imigrantes nos EUA, a nova estratégia da administração americana, li-derada por Donald Trump, para a imigração rompe declaradamente com a his-tória dos Estados Unidos, uma notável nação de imigrantes.

De facto, os pilares da principal nação do mundo foram construídos aolongo da sua história pela pujança da imigração inglesa, irlandesa, italiana, ale-mã, asiática, hispânica e de vários outros povos. Como afirma o historiadorAlexander Keyssar “os estrangeiros construíram a América no passado e con-tribuem para o seu desenvolvimento até hoje”.

Também a comunidade lusa, cujas raízes no território norte-americano re-montam sobretudo ao primeiro quartel do séc. XIX, quando entre 1820 e 1970emigraram para os EUA cerca de meio milhão de portugueses, a maior parte de-les oriundos dos Açores e da Madeira, ocupa um papel prestimoso no mosaicocultural americano.

No entanto, a população luso-americana que ultrapassa nos dias de hojeum milhão de pessoas, e está sobretudo concentrada na Califórnia, Massachu-setts, Rhode Island e Nova Jérsia, não pode deixar de sentir algum incómodopela inversão do paradigma das políticas de imigração norte-americana.

É que para além do dever de memória, a comunidade luso-americana pode as-sistir nos tempos próximos, com o fim do programa “DACA (Deferred Actionfor Childhood Arrivals)”, um programa que permite a jovens que foram levadospara os EUA em criança de forma ilegal receberem proteção contra de-portação,autorização de trabalho e número de segurança social, à possibilidade de deportaçãode meio milhar de jovens portugueses que deixam de estar abrangidos por esteantigo projeto criado em 2012 pelo ex-presidente americano Barack Obama.

Empreendedorismo direcionadopara a Diáspora Portuguesa

• Por Daniel BASTOS

Cada vez mais encarado como a chave para o futuro, o empreendedo-rismo é a palavra de ordem em Portugal e no Mundo, e veio para ficar. Dos estu-dantes aos empresários, dos jovens desempregados aos de longa duração, da es-cola à empresa, dos docentes aos decisores económicos, políticos e sociais, aideia chave é a mesma: é fundamental fortalecer e disseminar uma cultura em-preendedora.

Este novo olhar universal, alicerçado no conhecimento e na inovação, napromoção e construção de ideias, na avaliação de oportunidades, na mobilizaçãode recursos, na assunção de riscos e na concretização de iniciativas diferenciadase de sucesso, tem implementado novos negócios, empresas e projetos que têmdinamizado e impulsionado as economias dos países.

Portugal não foge à regra. O nosso país apresenta na atualidade, ao níveldo empreendedorismo, muitos e bons exemplos de casos de sucesso que atravésda sua capacidade de iniciativa, risco e novas tecnologias, criam os seus própriosprojetos que vão dando cartas inclusive além-fronteiras. Um desses mercados,que pelas suas inúmeras potencialidades começam a captar a atenção dos em-preendedores lusos, é o da Diáspora Portuguesa, o chamado “mercado da sau-dade”, formado por milhões de portugueses a viver no estrangeiro.

Ainda recentemente a imprensa nacional e lusófona destacou nas páginasdos seus órgãos de informação, o exemplo da Rumo, uma plataforma online deapoio psicológico para emigrantes portugueses. Um projeto delineado pelodoutorando na Universidade de Leicester, no Reino Unido, Francisco ValenteGonçalves, na sequência de uma experiência pessoal, quando o mesmo necessitouem 2015 de se submeter a um processo psicoterapêutico.

Em fase de franco crescimento, esta plataforma online que possibilita ocontacto entre pessoas de nacionalidade portuguesa, que residem fora do seupaís, e serviços de psicologia promovidos por profissionais desta área com amesma nacionalidade, é um exemplo claro dos benefícios mútuos que podemadvir da aposta empreendedora na Lusofonia, que além de consolidar o cres-cimento de novas iniciativas nacionais, permite simultaneamente aos nossoscompatriotas usufruir de serviços úteis e inovadores. L P

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Salário igual entre géneros

LISBOA – O secretário de Estado doEmprego, Miguel Cabrita, anunciou no par-lamento que o Governo vai aprovar até ao fi-nal do ano uma proposta de lei no âmbito dapromoção da igualdade salarial entre mulherese homens.

“No mês de maio apresentamos aos par-ceiros sociais um pacote de medidas de promo-ção da igualdade salarial entre mulheres e ho-mens por um trabalho igual ou de valor igualprestado no mesmo empregador. Após reco-lha dos contributos dos parceiros sociais, oGoverno vai prosseguir esta agenda e vai apro-var uma proposta de lei sobre esta matéria asubmeter ainda este ano à Assembleia da Repú-blica”, disse o secretário de Estado.

Miguel Cabrita esteve no plenário da As-sembleia República, onde foi apreciado o rela-tório de 2016 sobre a igualdade de oportuni-dades entre homens e mulheres no trabalho,no emprego e na formação profissional.

“O relatório revela progressos, mas tam-bém a existência de desigualdades significativasentre homens e mulheres que comprometemos princípios da igualdade”, sublinhou.

Nesse sentido, sustentou que é necessário“a existência de políticas públicas para pôr fimàs diferenças ainda existentes em diferentes do-mínios”.

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MAJOR LEAGUE SOCCER

AÍ ESTÃO, EM GRANDE, AS FINAIS DE ZONA• Por Norberto AGUIAR

Os jogos das meias-finais de zonada liga de futebol norte-americana Major Lea-gue Soccer tiveram o seu epílogo domingopassado, com os embates Toronto FC x NovaIorque Red Bull, Timbers de Portland x Dyna-mo de Houston e Nova Iorque City x Colum-bus Crew. Antes, a meio da semana, o Soun-ders de Seattle havia recebido o Whitecaps deVancouver.

Se bem se lembram, nos jogos da primeiramão destas meias-finais, o Whitecaps, em casa,não tinha ido além de um empate a zero, contrao Sounders; o Toronto FC havia ido ganhar aNova Iorque por 2-1; o Columbus, intramuros,batia o Nova Iorque City (4-1); e o Dynamonão tinha conseguido melhor do que um em-pate, a zero, diante do Timbers, em sua própriacasa...

Pois, agora, já se conhecem os finalistasde zona e que são, não sem dificuldades, o To-ronto FC, que acabou o campeonato destaca-do em primeiro lugar, e o Columbus Crew, nazona Este; o Dynamo e o Sounders, na sérieOeste.

Nestes jogos das meias-finais, o TorontoFC, que tinha vencido, por 2-1, em casa doRed Bull, viu-se em palpos de aranha para se-guir para o jogo da final de Leste, pois perden-do, agora no seu estádio por 1-0, viveu mo-mentos de grande tensão para não sofrer um

segundo golo, que lhe poria fora de tal objeti-vo... Valeu, assim, aos torontoenses, o golomarcado no terreno adversário, quando se pen-sava que neste segundo jogo o Toronto FCaverbasse nova vitória.

Zona EsteEliminatória 1:Nova Iorque Red Bull x Toronto FC, 1-2Toronto FC x Nova Iorque Red Bull, 0-1Apurado: Toronto FC por golo marcadofora.

Nesta zona Este, o outro confronto opuso Columbus Crew ao Nova Iorque City, istoé, o quarto classificado contra o segundo. Noprimeiro desafio, em Columbus, o City foi sur-preendido pelo querer dos «amarelos», que nofinal da contenda tinham conseguido uma vi-tória clara, por 4-1.

Pode dizer-se que os deuses estiveram dolado da formação da casa, que beneficiaramdesde cedo com a expulsão de um jogador ad-versário, condição que viria a ser fundamentalpara esta disparidade de números...

Veio o segundo jogo e com ele a elimina-ção do Nova Iorque City, que embora tivessetarefa difícil, esteve em vias do apuramento atéao último apito do árbitro, mercê dos dois go-los que apontou, um em cada parte. Como ti-nha marcado um golo em Columbus, para oNova Iorque bastava marcar mais um tento,que várias vezes esteve eminente, como naque-

le remate ao ponte a poucos minutos do final...

Eliminatória 2:Columbus Crew x Nova Iorque City, 4-1Nova Iorque City x Columbus Crew, 2-0Apurado: Columbus Crew, 4-3 no conjuntodas duas mãos.

Na Zona Oeste, que este ano pareceu me-nos competitiva do que a Zona Este, as meias-finais opuseram o Whitecaps de Vancouverao Sounders de Seattle, duas equipas onde a ri-validade é grande, por mor da proximidade geo-gráfica. Sendo terceiro e segundo classificados,com os mesmos pontos, é preciso dizer, pre-via-se uma eliminatória muito renhida. E foiisso que aconteceu, se bem que, no geral, aceita-se perfeitamente que seja o Seattle a passar à fi-nal, mercê da sua vitória em casa, na segunda-mão, por 2-0, isto depois do empate a zero,em Vancouver.

Zona OesteEliminatória 2:Whitecaps de Vancouver x Sounders de Seattle,0-0Sounders de Seattle x Whitecaps de Vancouver,2-0Apurado: Sounders de Seattle, 2-0 no con-junto dos dois jogos.

No segundo embate desta zona Oeste ti-vemos frente a frente o primeiro classificado

Timbers de Portland – mais um ponto do queo Sounders e o Whitecaps – e o Dynamo deHouston, quarto posicionado. E, logo à par-tida, pensou-se que o Dynamo não teria gran-des hipóteses de ombrear com a equipa do Es-tado de Oregon. Para mais, o Dynamo sofreuesta época uma grande transformação, que pas-sou pela entrada de vários novos jogadores,sem falar na contratação de um novo treinador.Tudo isto, como se sabe, leva tempo a sincro-nizar...

No primeiro jogo deste embate, o Dyna-

Pedro Santos, ex-Sporting de Braga, com as corede época e por isso apurada para a final da Zo2017, o Toronto FC.

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es do Columbus Crew, equipa surpresa neste fimona Este, onde vai defrontar o campeão da MLS

mo resistiu ao poderio do Timbers e o quemelhor conseguiu, em casa, foi um empate azero...

Pensou-se que o jogo da segunda-mão,em Portland, fosse apenas uma formalidadepara o Timbers. Mas isto foi sem contar como arreganho dos homens de Houston, que de-ram uma grande lição de humildade, ao traba-lharem do primeiro ao último minuto do en-contro, o que lhes acabou por valer uma sur-preendente vitória por 2-1, o suficiente paraeliminar o primeiro classificado da sua série e,

até, grande favorito à vitória da própria TaçaMLS...

Eliminatória 1:Dynamo de Houston x Timbers de Portland,0-0Timbers de Portland x Dynamo de Houston,1-2Apurado: Dynamo de Houston pelodiferencial de um golo.

O tudo ou nada!As finais, entre o Toronto FC e o Colum-

bus Crew, na Zona Este, e o Sounders de Seat-tle e o Dynamo de Houston, na Zona Oeste,disputam-se apenas no dia 21 de novembropor força das datas FIFA, a preencher com oapuramento das restantes Seleções candidatasao Mundial do próximo ano.

Vejamos, entretanto, o acasalamento dosdois jogos, que podem muito bem fazer comque se repita a final do ano passado quando oSounders de Seattle defrontou e bateu o To-ronto FC.

Dia 21 de novembroÀs 20h00Columbus Crew x Toronto FC, em Columbus,OhioÀs 22h00Dynamo de Houston x Sounders de Seattle,em Houston, Texas.A segunda-mão disputa-se nos dias 29 e 30 denovembro, agora em casa dos agora visitantes.

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