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À DESCOBERTA DE LEIRIA!

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À DESCOBERTA DE LEIRIA!

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Ficha técnicaCâmara Municipal de Leiria

Divisão de Ação Cultural, Museus e BibliotecaDivisão de Juventude e Educação

Vereador da Cultura, Desporto e TurismoGonçalo Lopes

Vereadora da Educação e JuventudeAnabela Graça

Coordenação de ProjetoAna Santos Ferreira

TextosIsabel Brás

RevisãoDavid Arede

DesignSamuel Ramos

junho 2012 a novembro 2013

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Índice

INTRODUÇÃO ........................................................... 03

Onde fica A sua História e os seus protagonistas ...................... 10 O que visitar ......................................................... 13 O que fazer (serviços educativos) ............................ 17CASTELO DE LEIRIA Onde fica .............................................................. 21 A sua História e os seus protagonistas ...................... 23 O que visitar ......................................................... 33 O que fazer (serviços educativos) ............................ 36m|i|mo – MUSEU DA IMAGEM EM MOVIMENTO Onde fica .............................................................. 40 A sua História e os seus protagonistas ...................... 42 O que visitar ......................................................... 49 O que fazer (serviços educativos) ............................ 54

CENTRO DE INTERPRETAÇÃO DO LAPEDO

.............................................................. 08.................................

.......................................................

................

BIBLIOTECA MUNICIPAL AFONSO LOPES VIEIRAOnde fica ............................................... 57

A sua História e os seus protagonistas ....... 59 O que visitar ........................................... 68 O que fazer (serviços educativos) .............. 71MOINHO DO PAPEL Onde fica ............................................... 74 A sua História e os seus protagonistas ....... 76 O que visitar ........................................... 85 O que fazer (serviços educativos) .............. 88AGROMUSEU MUNICIPAL DONA JULINHA Onde fica ............................................... 92 A sua História e os seus protagonistas ....... 93

O que visitar .......................................... 107 O que fazer (serviços educativos) ............. 111SERÁ QUE AINDA SE LEMBRAM? ................ 117

......

.........................................

..........

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Introdução

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(1) Nomes fictícios atribuídos aos meninos das ilustrações no “Programa Escola”.

1 O Dinis e a Isabel dormitavam à sombra de um frondoso carvalho, ao fundo do quintal da avó Luísa.

Sempre que vinham da escola, depois de uma apetitosa merenda (arranjada com aquele toque especial que as avozinhas sabem dar) e feitos os TPC's, muito gostavam aqueles dois petizes de ir explorar as hortas e o pomar, que se estendiam nas traseiras da casa dos avós!

Adoravam observar os bichinhos pequeninos, como as formigas, seguindo com curiosidade o seu laborioso esforço de recolha e transporte de alimentos para o formigueiro.

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Admiravam acima de tudo o antigo carvalho, com o seu tronco robusto e os enormes ramos, dominando todo o quintal.

Subitamente, despertaram com um ruído de folhas a serem pisadas por uns pés pesados. Qual não foi o seu espanto, quando viram diante de si um ancião de longas barbas brancas muito sorridente. Quem seria? Não sentiram qualquer receio, porque lhes pareceu alguém familiar.

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(2) Qualquer semelhança com o famoso mago de Avalon é pura coincidência. Não usa uma longa túnica,

nem um chapéu pontiagudo. É verdade que lembra um pouco o Mestre de Il était une fois ... l'homme, com uns pozinhos de Gandalf, e mais ainda de Old

Sage. Mas é essencialmente um velhinho simpático, que já atravessou muitas eras e sabe tanto de coisas

que se veem, como de coisas que não se veem.

2- Merlino ! – (exclamaram os dois, quase em simultâneo. Logo se lembraram do velho sábio, personagem favorita de um jogo que costumavam partilhar na consola, somente um pouquinho de tempo antes do jantar.)

- Olá Dinis e Isabel! Estão bons? Que fazem? Querem acompanhar-me numa viagem inesquecível?

- Boa! – (responderam eles entusiasmados) – ainda temos umas horas até os nossos pais nos virem buscar. Para onde nos levas?

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- Fechem os olhos e agarrem-se ao meu bastão. Em segundos estaremos a bordo da Cápsula e viajaremos por fascinantes locais… Lá encontraremos uns fantásticos espaços para visitar e imensas coisas interessantes acerca deles havemos de descobrir. Vamos explorar a história da cidade e da região.

- E que espaços fantásticos são esses, que existem na nossa cidade e na nossa região? – (perguntou, intrigado, o Dinis.)

- Ouvimos dizer que Leiria tem grandes maravilhas, mas ainda conhecemos muito poucas – (acrescentou a Isabel.)

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- Vamos começar por viajar até ao , seguido do , depois damos um saltinho ao m|i|mo – museu da imagem em movimento. Descemos até à Biblioteca Municipal Afonso Lopes Vieira, fazemos um passeio à beira do Rio Lis e paramos no Moinho do Papel. Finalmente, saímos um pouco da cidade e terminamos a nossa aventura no Agromuseu Municipal Dona Julinha. Que tal?

- Viva! – (Gritaram alegres as crianças) – Podemos ir agora?

- Andemos, num ápice ao nosso destino!

(Firmaram as mãos no bastão de Merlino e puf… desapareceram no ar.)

Vale do Lapedo Castelo

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Onde fica?

(Puf… os nossos três amigos reapareceram no Vale do Lapedo.)

- Impressionante! – (exclamou Dinis, estupefacto com o que estava a contemplar)Que sítio tão fascinante, cheio de vegetação! Olha aquelas rochas! têm umas formas tão esquisitas… Onde estamos nós?

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CENTRO DE INTERPRETAÇÃO DO ABRIGO DO LAPEDO

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- O que estás a ver ali é o Vale do Lapedo. – Aqui, onde nos encontramos, chama-se Carrasqueira, que pertence à freguesia de Santa Eufémia.

Vamos visitar o Centro de Interpretação do Lapedo. Para cá chegar apanha-se a Estrada Nacional n.º 350, passa-se pelas localidades de Andrinos e Quintas do Sirol e segue-se em direção à Caranguejeira, até chegar ao café e garrafeira “Vista do Lapedo “.

Possui as seguintes coordenadas GPS:

(respondeu Merlino)

o o39 45’29.00’’N 8 43’53.00’’W.

CENTRO DE INTERPRETAÇÃO DO LAPEDO

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A sua História e os seus protagonistas

- Porque é que este sítio é tão importante? – (perguntou a Isabel.)

- O Vale do Lapedo – (explicou Merlino) – já pela beleza natural, com a sua configuração e características geológicas especiais, assim como o tipo de vegetação e animais que nele habitam, tem vindo a motivar o interesse das pessoas. Após 1998, esse interesse aumentou, pois ocorreu aqui uma das maiores descobertas arqueológicas dos últimos tempos, no nosso país, e com grande impacto mundial.

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CENTRO DE INTERPRETAÇÃO DO LAPEDO

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- Que descoberta foi essa? – (inquiriu o Dinis, cheio de curiosidade.)

- Em dezembro de 1998, através da verificação de uma suspeita de vestígios, numa toca de coelho, foram encontrados ossos humanos cobertos com ocre (pigmento natural). Os arqueólogos iniciaram as escavações e depararam com uma sepultura datada do Paleolítico Superior (40.000 a 10.000 anos AP = Antes do Presente), a primeira do género na Península Ibérica.

- Ó Merlino, o meu cão todos os dias descobre ossos no nosso quintal e até ao momento ninguém lhe deu muita importância! – (disse a Isabel, a rir)

– Porque são estes tão importantes para os arqueólogos?

CENTRO DE INTERPRETAÇÃO DO LAPEDO

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- A investigação dos arqueólogos permitiu concluir que as ossadas tinham mais de 24.500 anos, revelando características anatómicas de uma criança com cerca de 4 anos e muito provavelmente resultante de uma mistura entre o homem moderno e o nosso último antepassado europeu, o Homem de Neandertal. Sabem outra coisa interessante sobre esta criança? – (questiona o Merlino.)

- Querem ver que o ursinho de peluche estava a dormir com ela! – (alvitrou o Dinis.)

- Oh Dinis! Andas lá próximo – (disse o Merlino) – sabes, é que junto à criança foram encontradas ossadas de um láparo (coelho juvenil). O que é que isto pode significar? Não se sabe ao certo, mas podemos imaginar que a família quis que permanecesse junto desta criança algo querido e protetor.

CENTRO DE INTERPRETAÇÃO DO LAPEDO

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O que visitar

- Merlino, o que é que podemos ver dentro destas “casinhas” do Centro de Interpretação? – (questionou a Isabel, intrigada.)

- Hum… vejamos… - (respondeu Merlino) - na entrada do primeiro módulo encontramos o atendimento e a pequena loja; depois passamos por um corredor, onde podemos visualizar o enquadramento natural do Vale do Lapedo, isto é, ficamos a conhecer a fauna e a flora existente no vale. Também ficamos com uma melhor ideia do tempo que decorreu desde a primeira ocupação humana do local até ao período final do Paleolítico, através de uma barra cronológica.

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CENTRO DE INTERPRETAÇÃO DO LAPEDO

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Seguimos para o segundo módulo, onde encontramos vários painéis que ilustram o processo de escavação e análise do esqueleto do “menino do Lapedo”, bem como uma réplica da cabeça da criança e a réplica do próprio esqueleto, no seu contexto de enterramento. Voltamos ao primeiro módulo, para ver uma segunda parte, que mostra os materiais recolhidos na escavação arqueológica e a réplica de uma lareira de tratamento de peles de animais e o seu desmanche.

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CENTRO DE INTERPRETAÇÃO DO LAPEDO

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- E podemos ver o Vale daqui? – (interrogou o Dinis, que ficara impressionado com o primeiro vislumbre daquele lugar “mágico”, que lhe pareceu saído de um livro de aventuras.)

- Claro que sim – (responde Merlino) – seguindo por um caminho próprio, entre aquela vegetação, vais encontrar um belíssimo miradouro, donde consegues avistar grande parte do vale. Vamos lá?

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CENTRO DE INTERPRETAÇÃO DO LAPEDO

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- Sim – (disseram as crianças)

– Olha tão bonito! O que são aquelas aberturas na rocha que vemos por todo vale?

- Ah! – (replicou Merlino) – são diversas cavidades formadas pela erosão da rocha calcária, por ação da água e pela deposição de sedimentos. Por isso é que o vale se chama Lapedo, por causa destas inúmeras lapas, as quais serviam de abrigo, sobretudo para as comunidades dos caçadores-recoletores da Pré-História.

CENTRO DE INTERPRETAÇÃO DO LAPEDO

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O que fazer (serviços educativos)

(O sábio, de repente e para grande espanto dos pequenos, exibe o seu IPAD.)

- Qual é o vosso espanto? Lá por ser velhote não posso ter o meu IPADzinho?! Ora então vamos cá ver na página eletrónica da Câmara Municipal de Leiria, em www.cm-leiria.pt, qual o programa que o serviço educativo do CIALV (Centro de Interpretação do Abrigo do Lagar Velho) tem para oferecer…

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CENTRO DE INTERPRETAÇÃO DO LAPEDO

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É fácil deixarmo-nos envolver pela “magia” do Vale do Lapedo. É um lugar de comovente beleza e mistério. No Centro de Interpretação do Lapedo abre-se a porta para a compreensão da sua Geologia e Pré-História, proporcionando informações sobre o enquadramento natural do vale e a ocupação humana do sítio arqueológico Abrigo do Lagar Velho. Ali foram encontrados vestígios de um acampamento temporário de caçadores-recoletores, com 22.500 anos AP (Antes do Presente) e a famosa sepultura da criança do Paleolítico Superior conhecida por “menino do Lapedo”, com mais de 24.500 anos AP.

SERVIÇOS EDUCATIVOSCENTRO DE INTERPRETAÇÃO DO LAPEDO

[email protected]

GPS39º45'29.00'' N | 8º43'53.00'' W

CONTACTOS

Todas as atividades estão sujeitas a marcação prévia

Carrasqueira | 2420 Santa Eufémia

Tel.: 244 839 677 Casa dos Pintores | Oficina Municipal de Arqueologia

LAPEDO

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Visita guiada, com indicação dos sítios arqueológicos mais relevantes, onde se apresentam métodos de trabalho em arqueologia, o

resultado de alguns trabalhos desenvolvidos e o seu contributo para o conhecimento da história da ocupação humana na região.

Apresenta-se o modo de vida dos grupos de caçadores do Paleolítico Superior, especialmente quando estes têm uma relação crucial com

o seu meio ecológico, como é o caso das populações de caçadores-recolectores do Paleolítico Superior, que habitaram o Vale do Lapedo.

Destinatários: Pré-escolar, 1º, 2º e 3º CEB, SecundáriaParticipantes: Mínimo 12, máximo 25.Abertura e visitas guiadas por marcação préviaDuração: 40 minutos

Destinatários: 1º, 2º CEBParticipantes: mínimo 12, máximo 25Por marcação préviaDuração: 45 minutos

Destinatários: 1º, 2º, 3.º CEB Cidadãos invisuais e amblíopesParticipantes: mínimo 12, máximo 25Por marcação préviaDuração: 45 minutos

Destinatários: pré-escolar, 1º e 2º CEBParticipantes: mínimo 12,máximo 25Por marcação préviaDuração: 45 minutos

VISITAS GUIADAS

ARQUEOLOGIA EXPERIMENTAL – PROSPEÇÃO ARQUEOLÓGICAEsta oficina compreende uma componente teórica de enquadramento, apresentada numa perspetiva lúdico-pedagógica. Posteriormente,

a participação em atividades práticas de Arqueologia, nomeadamente, simulação de prospeção arqueológica e estudo de materiais

arqueológicos (arqueologia experimental), determina a relação com os sítios arqueológicos do Vale do Lapedo (Geográfica e Ambiental).

ARQUEOLOGIA TÁTIL EXPERIMENTAL *A oficina desenvolve-se num ambiente adaptado às necessidades dos participantes, mediante a disponibilização de objetos com

diferentes características, associáveis a diferentes cronologias e enquadrados na evolução tecnológica humana. Os objetos

disponibilizados e manuseados pelos participantes integram-se em diferentes grupos de materiais: pedra, madeira, osso e peles, com

especial relação com as atividades identificadas no Abrigo do Lagar Velho. Os materiais apresentam diferentes texturas, formas e

decorações. Através destes pressupostos, os participantes podem tirar ilações quanto ao objetivo e utilização das peças.

RISCOS E RABISCOS: A ARTE NA PRÉ-HISTÓRIA *O conceito de arte aplica-se aqui a um vasto conjunto de formas, que testemunham comportamentos simbólicos e sociais dos caçadores

paleolíticos. Procura-se relacionar o conhecimento do comportamento animal com o estudo da arte dos caçadores do Paleolítico Superior

europeu, considerando-se que o conhecimento do comportamento e morfologia dos animais permite uma melhor compreensão do

modo de vida, costumes e manifestações artísticas das populações humanas, especialmente quando estas têm uma relação crucial com

o seu meio ecológico, como é o caso das populações de caçadores-recolectores do Paleolítico Superior, que habitaram o Vale do Lapedo

e a bacia do Lis.

OFICINAS PEDAGÓGICAS

Exposições Temporárias | Comemorações de Efemérides | Formações | WorkshopsPara mais informações consulte a LEIRIAGENDA: www.cm-leiria/eventos | www.facebook.com/roteiroleiriagenda

OUTROS SERVIÇOS

TABELA:

Visitas guiadas:gratuito

OficinasEscolas do concelho de Leiria: gratuito

ATL e outros serviços de ocupação de tempos livres e escolas que não pertençam ao concelho de Leiria: €1,05 por participanteVEM DIVERTIR-TE NO CENTRO DE INTERPRETAÇÃO DO LAPEDO. ESPERAMOS PELA TUA VISITA!

* Oficina Pedagógica também realizada na Casa dos Pintores"

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- Merlino, a nossa aventura continua? – (inquiriu o Dinis.)

- Claro! Crianças, agarrem-se de novo ao bastão e a Cápsula levar-nos-á ao próximo destino. Qual é? Lembram-se? – (pergunta o Merlino.)

- O Castelo de Leiria! Será que os reis estão à nossa espera? – (responderam em coro.)

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Onde fica?

(Puf… os nossos três amigos reapareceram na Rua do Castelo, em Leiria.)

- Olhem, ali fica o Castelo, com as suas portas de entrada, ao cimo desta rua, em pleno centro da cidade – (apontou Merlino) – Majestoso, não é? É o símbolo e o orgulho de Leiria.

- Oooohhhh – (exclamaram as crianças, maravilhadas) – como é grande e bonito!

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CASTELO DE LEIRIA

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- Mas, se os pais ou os professores dos meninos, que não viajam na Cápsula, os quiserem trazer para uma visita, o que podem fazer para chegar até aqui? – (questionaram as crianças.)

- É fácil, com o Castelo lá no alto, basta percorrer as ruas na sua direção.

Coordenadas GPS: 39 44’51.00’’N 8 48’31.00’’W.o o

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CASTELO DE LEIRIA

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A sua História e os seus protagonistas

- Porque é que o castelo fica tão alto? – (perguntou a Isabel.)

- O castelo foi erigido neste morro de “dolerito ofítico” – (explicou Merlino) - Eu sei, é um nome um pouco difícil para ti, Isabel, e para o mano também, porque sois crianças. Mas é como os adultos chamam ao tipo de rocha de que é formada esta elevação no terreno. Construir uma fortaleza num sítio alto era importante para defender o território e os seus habitantes. Daqui de cima podia ver-se tudo em volta, até muitos quilómetros de distância. Assim, se as sentinelas avistassem tropas inimigas a aproximarem-se, tinham mais tempo para avisar os soldados e assim mais possibilidades de resistirem aos ataques dos invasores. Também as pessoas que

viviam nas imediações podiam refugiar-se dentro das muralhas e do próprio castelo.

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CASTELO DE LEIRIA

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CASTELO DE LEIRIA

- E além de tudo, as vistas da cidade, do rio e das paisagens em redor são maravilhosas! – (acrescentou o Dinis, encantado.)

- Tão maravilhosas que encantaram muitos outros povos, que contribuíram para a fixação de pessoas nesta zona, desde a Pré-História recente. – (comentou o Merlino.)

- Mas quando é que este castelo foi construído? – (questionou a Isabel.)-Começou por ser uma fortaleza militar e foi edificado por volta de 1135, ano que marca a fundação de Leiria. Foi diversas vezes atacado e tomado pelos muçulmanos, como aconteceu pelo menos em 1137, 1140 e 1144, e reconquistado pelos soldados cristãos do rei D. Afonso Henriques. Este primeiro rei de Portugal concedeu Carta de Foral a Leiria em 1142. Psiu……

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- Parece-me que estou a ver alguém chegar perto. Ah! mas é o valoroso D. Paio Guterres, primeiro alcaide-mor de Leiria! – (sussurrando para os pequenos) – acho que liguei, sem querer, o botão da Cápsula para viagens no tempo e regressámos a 1137. Bom dia, D. Paio, como tem passado? Parece muito satisfeito. Que aconteceu? – (questionou Merlino.)

- Depois de passarmos por grandes aflições, por causa da investida dos mouros, e ficando aqui sitiados durante vários dias, conseguimos aguentar e repelir esses infiéis – (respondeu o alcaide, limpando o suor que lhe escorria pelo rosto queimado do sol.)

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CASTELO DE LEIRIA

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CASTELO DE LEIRIA

- Bem vejo, deve ser um alívio grande para si e seus bravos soldados – (retorquiu Merlino.)

- Nem me fale! Estamos exaustos, mas muito contentes com esta vitória – (volveu D. Paio) – Agora, se me dão licença, estou com um pouco de pressa, tenho de ir escrever uma mensagem e enviar as boas notícias a el-rei D. Afonso Henriques. Adeus.

- Adeus D. Paio, boa sorte – (despediu-se Merlino. Voltando-se para as crianças, baixou a voz dizendo com ar sério) – Pobre D. Paio, desta vez escapou, mas no ataque de 1140 as coisas vão correr menos bem. Ele será feito prisioneiro e morrerão 250 cavaleiros.

- Que horror! – (exclamou a Isabel.)

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- Que outros reis, além do D. Afonso Henriques, estiveram aqui? – (interessou-se o Dinis.)

- Naqueles tempos – (respondeu Merlino) - os reis deslocavam-se frequentemente com a sua corte, pelas diversas vilas do seu reino. Leiria alojou, com mais frequência, reis como D. Afonso III e D. Dinis. A sua rainha, D. Isabel de Aragão, sabem… a Rainha Santa da famosa lenda do milagre das rosas? Pois ela, decerto, acompanhou o “Rei Lavrador” mas, quando passou a ser senhora de Leiria, raras vezes residiu aqui. Acho que preferia os seus paços reais em Monte Real e, após a morte do rei, fixou-se em Coimbra, mais propriamente em Santa Clara-a-Velha.

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CASTELO DE LEIRIA

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Também os reis – (continuou Merlino) - D. Afonso IV, D. Pedro I e D. Fernando residiram em Leiria. Na época ainda não existia no castelo um palácio real, por isso ficavam instalados nos antigos Paços de São Simão, que existiram no sítio onde hoje se encontra o edifício do Comando da PSP de Leiria, ali em baixo, no Largo de São Pedro. Neles, ou junto deles, realizaram-se as célebres Cortes de Leiria de 1254, que reuniram pela primeira vez os representantes dos três estados sociais: a nobreza, o clero e o povo. Também se realizaram aqui as Cortes de 1372 e 1376.

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CASTELO DE LEIRIA

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D. Afonso Henriques D. Afonso III D. Afonso IV

O Conquistador O Bolonhês Poeta Bravo

D. Afonso HenriquesReinado: 128 185

Fundação de Leiria em 1135. Recebe carta de foral em 1142.

1 - 1D. Afonso IIIReinado: 245 1279

Cortes - Em 1254, o rei reúne em Leiria uma cúria em que estão representados as três ordens.

1 - D. DinisReinado: 279 1325

I i nou aampliou o Pinhal de Leiria. Grande Poeta.1324 – Manda construir a Torre de Menagem atual.

1 -

mpuls o agricultura e

D. Afonso IVReinado: 325 1357

Filho de D. Dinis, cplantação do Pinhal de Leiria e recupera as muralhas do castelo.

1 -

onclui a

D. Dinis

CASTELO DE LEIRIA

Reis de Portugal

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D. FernandoD. Pedro I

O FormosoO Justiceiro

D. FernandoReinado: 67 83

1372 - Reun as cortes procede à reparação da cintura de defesa da povoação.

13 - 13

e e

D. Pedro IReinado: 57 67

Conhecido pela sua relação com Inês de Castro.

13 - 13

30

D. João I

O da Boa Memória

D. João IReinado: 85 433

1411 - Concede alvará régio para Paio Guterres produzir papel, no Moinho de Papel de Leiria.

13 - 1

CASTELO DE LEIRIA

Reis de Portugal

Para Restauro

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CASTELO DE LEIRIA

- E também vinham os príncipes e as princesas? – (perguntou a Isabel.)

- É de esperar – (disse Merlino) - que os filhos e as filhas destes monarcas e de outros que se lhes seguiram acompanhassem igualmente os pais. Até se fala de uma princesa Zara, que, diz a lenda, era filha de um velho mouro, guardião do castelo, depois de os muçulmanos o terem conquistado aos cristãos. Um dia, enquanto estava à janela, a linda princesa viu algo estranho: o mato deslocava-se de um lado para o outro e aproximava-se do castelo. Ela perguntou ao pai se o mato andava, ao que ele respondeu que sim, se o levassem. E de facto, o mato estava a ser levado pelos soldados do rei D. Afonso Henriques, que assim disfarçados conseguiram retomar o castelo. Da princesa Zara e do seu pai ninguém mais ouviu falar…

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- Que história tão engraçada – (disse o Dinis) E que mais nos contas sobre o castelo?

- Lamentavelmente – (prosseguiu Merlino) - o castelo viria a sofrer diversas destruições, ao longo de séculos, por causa de guerras e outras situações. Por exemplo, no século XVIII a população vinha aqui e retirava pedras do castelo para as suas casas. E assim, no século XIX, este já se encontrava em ruínas. Felizmente que no século seguinte, por iniciativa de pessoas como o Arquiteto Ernesto Korrodi e Tito de Sousa Larcher, o Estado viria a realizar obras de recuperação no castelo, entre 1916 e 1933, sob a direção de Korrodi. Graças a isso, hoje podemos admirá-lo em todo o seu esplendor, apesar de algumas partes já não serem originais.

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O que visitar

- O que podemos ver no interior do Castelo? – (quis ainda saber o Dinis.)

- Depois de passarmos – (explicou Merlino) - as Portas da Albacara, a entrada principal para o castelo, encontramos a Casa da Guarda, onde agora se localiza a receção, bilheteira e loja. Ao subir por uma escadaria chegamos à Porta da Buçaqueira - Torre dos Sinos, que no século XIII serviu como local de criação ou de guarda de falcões, açores e gaviões usados nas caçadas. Passamos depois pela Igreja de Santa Isabel da Pena, a primeira igreja a ser fundada em Leiria, na década de 1140, por iniciativa de D. Dinis Anaia, prior da Sé de Coimbra, e entregue aos Cónegos de Santa Cruz de Coimbra.

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As , anexas à igreja, mostram o local onde residia o vigário crúzio e outros cónegos e clérigos, ou seja, os padres que prestavam serviços religiosos e tomavam conta da igreja. Do lado oposto, próximo da igreja, erguem-se os Paços Novos, ou o palácio real, com a sua formosíssima galeria e os seus torreões, mandados construir por D. Dinis no século XIV, pelo que o seu brasão foi lá colocado.

Ruínas da Colegiada

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A , estrutura central do castelo medieval com funções militares, sofreu obras de reforma em 1324, por ordens de D. Dinis. Do seu alto avista-se toda a cidade e arredores. Atualmente possui, no seu interior, um núcleo museológico (um pequeno museu), que mostra alguns objetos ali encontrados em escavações arqueológicas, realizadas em 1996, e réplicas de armamento da época medieval. Perto da torre, num pano da muralha, encontramos a porta da traição, onde se crê que entraram sorrateiramente os muçulmanos, numa das tomadas do castelo. Finalmente, podemos ver as antigas cisternas do castelo, onde se armazenava a água.

torre de menagem

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CASTELO DE LEIRIA

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O que fazer (serviços educativos)

– Merlino, além de visitar todas essas coisas curiosas, que mais podemos fazer no Castelo? - (questionou o Dinis.)

(O sábio exibe de novo o seu IPAD e responde) - Há imensas atividades, como visitas guiadas, oficinas pedagógicas, exposições temporárias, celebrações de Dias Comemorativos ou efemérides, ações de formação e workshops.

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CASTELO DE LEIRIA

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Uma das “glórias” de Leiria, como o carateriza o poeta Afonso Lopes Vieira. Sem dúvida, o símbolo da cidade e o orgulho dos seus habitantes. A sua posição altiva, dominando a paisagem urbana, forneceu segurança e estabilidade a diversas gerações. Desde tempos pré-históricos que o morro, onde foi implantado, aos pés do qual serpenteia o Rio Lis, abrigou diferentes povos. O ano de 1135 marca a história da cidade pela construção desta fortaleza militar, por iniciativa de D. Afonso Henriques.

Ao visitá-lo desfilam pelo nosso imaginário os reis e as rainhas, os príncipes e as princesas, os cavaleiros e os heróis que por aqui passaram. A Torre de Menagem invoca D. Dinis, mentor da sua reedificação e impulsionador do desenvolvimento das terras leirienses. O Pinhal de Leiria ficar-lhe-á ligado para sempre. Na bela galeria dos Paços Novos, parece-nos “ver” D. João I e a Ínclita Geração contemplando a cidade e projetando a aventura da nação “por mares nunca dantes navegados”…

SERVIÇOS EDUCATIVOSCASTELO DE LEIRIA

CONTACTOS

Todas as atividades estão sujeitas a marcação prévia

Rua do Castelo | 2400-235 Leiria

Tel.: 244 839 670

www.cm-leiria.pt | [email protected]

GPS39°44’49.00’’ N | 8°48’34.00’’ W

HORÁRIO terça a domingo Inverno 1 outubro a 31 março: 9h30-17h30Verão 1 abril a 30 setembro: 10h00-18h00

Encerra à segunda-feira, 1 de janeiro, dia de Páscoa e 25 de dezembro

CASTELO

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O CASTELO ANTES E DEPOISUma visita que permite descobrir e conhecer a história que antecedeu o aparecimento das muralhas. Aprende-se história com base nas

mais recentes investigações e descobertas arqueológicas.

Olhar o horizonte, além das muralhas, enriquece a cultura histórica e ensina a interpretar a paisagem submissa.

Destinatários: pré-escolar, 1º, 2º e 3º CEB, SecundáriaParticipantes: mínimo 12, máximo 25De terça a sexta-feira, dentro do horário do CasteloDuração: 60 minutos

Destinatários: pré-escolar e 1.º CEBParticipantes: mínimo 12, máximo 25De terça a sexta-feira, dentro do horário do CasteloDuração: 60 minutos

Destinatários: pré-escolar e 1.º CEBParticipantes: mínimo 12, máximo 25De terça a sexta-feira, dentro do horário do CasteloDuração: 60 minutos

Destinatários: pré-escolar e 1.º CEBParticipantes: mínimo 12, máximo 25De terça a sexta-feira, dentro do horário do CasteloDuração: 60 minutos

Destinatários: pré-escolar e 1.º CEBParticipantes: mínimo 12, máximo 25De terça a sexta-feira, dentro do horário do CasteloDuração: 60 minutos

Destinatários: 1º e 2º CEBParticipantes: mínimo 10, máximo 15De terça a sexta-feira, dentro do horário do CasteloDuração: 60 minutos

Destinatários: pré-escolar e 1.º, 2º CEBParticipantes: mínimo 12, máximo 25De terça a sexta-feira, dentro do horário do CasteloDuração: 60 minutos

VISITAS GUIADAS

À CONQUISTA DO CASTELOMunidos de um escudo, de uma espada, de uma coroa ou até mesmo de uma tiara vamos partir à descoberta do Castelo. Como

verdadeiros artífices medievais construiremos os nossos próprios apetrechos e descobriremos a sua utilidade e simbologia.

CASTELOS PARA GUERREIROS E PRINCESASQueres construir o teu castelo? Imagina que és um rei, uma rainha, um guerreiro lendário ou uma princesa encantada…

Utilizando materiais naturais e reciclados, vem dar largas à tua criatividade e imaginação e constrói o teu próprio castelo.

CONTOS ANIMADOS - LENDAS DA CIDADEA princesa Zara recebe as crianças. Numa visita guiada pelos diferentes espaços do Castelo, os participantes vão conhecendo a sua história, através de surpreendentes leituras encenadas.

A MAGIA DAS SOMBRASAtravés da magia da luz, personagens vão surgindo na tela branca. Será um rei, uma princesa, será um corvo? Não! São as sombras dos personagens que pairam como uma névoa sobre o castelo de Leiria.

O MILAGRE DAS ROSASTendo por base a conhecida lenda “O Milagre das Rosas”, os participantes serão envolvidos, individual ou coletivamente, numa sugestiva diversidade de técnicas, que podem ir desde a construção de personagens, flores, cenários, passando por pequenas dramatizações

CAÇA À COROA - PEDDY PAPPERAtividade lúdica destinada aos mais aventureiros, que, desvendando as pistas e vencendo etapas, partem em busca de um tesouro escondido algures no Castelo. A "Caça à coroa" realiza-se dentro das muralhas do Castelo e é pedagogicamente estruturada em função da história do Castelo e da Cidade de Leiria.

OFICINAS PEDAGÓGICAS

Exposições Temporárias | Comemorações de Efemérides | Formações | WorkshopsPara mais informações consulte a LEIRIAGENDA: www.cm-leiria/eventos | www.facebook.com/roteiroleiriagenda

OUTROS SERVIÇOSTABELA:Visitas guiadas e Oficinas:

Escolas do concelho de Leiria: gratuito

ATL e outros serviços de ocupação de tempos livres e escolas que não pertençam ao concelho de Leiria: €1,05 por participanteVEM DIVERTIR-TE NO CASTELO DE LEIRIA. ESPERAMOS PELA TUA VISITA!

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- O Castelo de Leiria é bem fixe – (declarou a Isabel) – vou dizer à minha professora para nos trazer aqui, numa visita de estudo. Gostava que os meus colegas de classe conhecessem este lugar tão maravilhoso.

- Sim, boa ideia – (concordou Merlino) - Agora vamos ver um outro espaço mais moderno, mas igualmente interessante, que fica aqui bem perto: o m|i|mo – museu da imagem em movimento. Nem precisamos da Cápsula, basta descer uns metros pela calçada e num instante lá chegaremos.

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Onde fica?

- Este é o Largo de São Pedro – (explicou Merlino). O m|i|mo fica num local chamado “Cerca do Castelo”. E reparem, mesmo ao lado, temos a pequenina e fabulosa Igreja de São Pedro.

É um Monumento Nacional como o Castelo, e é do estilo românico. Observem o seu arco de volta perfeita, no seu lindo portal. Foi a segunda igreja de Leiria, construída no século XII.

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m|i|mo – MUSEU DA IMAGEM EM MOVIMENTO

PRODUÇÃO

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Vemos a sede da PSP, instalada nos antigos Paços Episcopais, construídos em 1640, onde residiam os bispos da diocese de Leiria, criada em 22 de maio de 1545. Por isso é que todos os anos o dia 22 de maio é feriado municipal, para se celebrar o dia da cidade. Também, já referi há pouco, aqui existiram os Paços reais de São Simão, lembram-se?

Coordenadas GPS: 39 44'50.50''N 8 48'26.70''W.o o

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A sua História e os seus protagonistas

- Este museu tem um nome giro – (comentou o Dinis) – mas do que é que trata?

- O m|i|mo – (respondeu Merlino) - ensina-nos a perceber como funciona o maravilhoso mundo das imagens em movimento. Possui uma fantástica coleção de objetos, suportes de imagens animadas e em movimento, que nos permitem ver as diferentes técnicas de projeção, exibição e difusão das imagens, desde os tempos em que ainda não havia cinema (Pré-Cinema) até ao Cinema dos nossos dias. Também a Fotografia merece destaque neste Museu.

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- Ah, eu gosto muito de desenhos animados! Como é que se lembraram de fazer um museu destes aqui em Leiria? – (questionou a Isabel.)

- Em 1996 – (continuou Merlino) - por ocasião de uma iniciativa levada a cabo pelo Teatro José Lúcio da Silva, no âmbito das comemorações dos 100 Anos do Cinema Português, surgiu a ideia de criar ali no Teatro, uma exposição permanente dedicada às origens do Cinema. Como se foram recolhendo e estudando muitas peças, a Câmara Municipal de Leiria autorizou, em 1997, que se constituísse um museu, primeiramente designado “Museu da Imagem”. Em 1999, passou a chamar-se “Museu da Imagem em Movimento”, por ser um nome mais adequado aos conteúdos da sua exposição permanente.

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Quando, em 2005, se iniciaram, no Teatro José Lúcio da Silva, as obras para a sua modernização, o m|i|mo instalou-se temporariamente no Mercado de Sant'Ana e finalmente, em tempos bem recentes, veio para um novo edifício, na Cerca do Castelo. Esta nova sede do m|i|mo resultou da recuperação de um conjunto de edifícios, junto da igreja de São Pedro, bastante antigos.

- Boa tarde Senhor Mimoso! – - obrigado por nos receber. Gostaria que explicasse aos meninos a história deste local, escolhido para as novas instalações do m|i|mo.

(cumprimentou Merlino, a mascote do m|i|mo)

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- Boa tarde, sejam bem-vindos – (disse o Mimoso)

- É um prazer falar-vos da história deste lugar. O que sabemos, pelas fontes bibliográficas e pelas escavações arqueológicas aqui realizadas, é que neste local existiram unidades agrícolas romanas, edifícios medievais do tempo da fundação de Leiria, e um grande cemitério do tempo da fundação da Igreja de São Pedro, ou seja, no século XII. Um dos edifícios, provavelmente com ligação à igreja, albergava a fábrica paroquial (uma comissão que administrava os bens destinados à conservação, reparação e manutenção da igreja e ao exercício das suas funções) e o vigário.

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O edifício, onde hoje se encontra o m|i|mo foi “cavalariça da Rainha D. Isabel” e mais tarde “celeiro del-rei”. Sofreu obras no século XVI ou XVII. Com a criação do Bispado de Leiria, em 1545, os bens que o Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra possuía no Priorado de Santa Isabel da Pena, em Leiria, passaram para a Mitra e para o Cabido da Sé, tendo o bispo D. Dinis de Melo mandado fazer um celeiro episcopal – o “Celeiro da Mitra” -, num edifício com escadaria de alpendre, mais fronteiro da nave da Igreja de São Pedro, e confinando com o “celeiro del-rei”. O seu piso térreo coincidiria, possivelmente, com o antigo edifício da adega e celeiro que o Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra aí havia construído. Durante as Invasões Francesas, o Paço Episcopal, onde residia o bispo, bem como estes edifícios, na sua envolvência, sofreriam destruições.

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- E que aconteceu depois dos franceses terem passado por aqui? – (atreveu-se a interromper o Dinis.)

- Bom – (respondeu o Mimoso) - os edifícios devem ter sido reparados, pois em 1823 alojaram neles uma parte do corpo do exército português, que fora destacado para Leiria. Em 1870, a Igreja de São Pedro servia como teatro. Aliás, o escritor Eça de Queiroz chegou a vir aqui assistir a espetáculos, quando veio residir em Leiria, entre 1870 e 1871, por ter sido nomeado Administrador do Concelho. Entre 1889 e 1899, a Igreja viu-se reduzida a palheiro e curral de gado, depois a depósito de madeiras, tendo ficado em ruínas.

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Só em 1940 é que seria reconstruída. Os edifícios que já referimos e o Paço Episcopal foram ocupados pelo Regimento de Artilharia N.º 4 até 1975. Entre esse ano e 1981, alojaram-se aqui os “retornados” das ex-colónias portuguesas em África. Finalmente, em 1985, o antigo Paço Episcopal passou a ser a sede do Comando da PSP de Leiria.

-Uau, que longa e interessante história têm estes espaços, nunca imaginei que tanta gente tivesse vivido aqui! – (exclamou a Isabel, deveras impressionada com o que acabara de ouvir.)

- Obrigado, Mimoso – (disse Merlino) - foi muito gratificante conhecê-lo e ouvi-lo. Ensinou-nos imensas coisas interessantes.

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O que visitar

- Querem ver o m|i|mo? Sigam-me, mas aos saltinhos, se puderem, hi, hi, hi… estou a brincar! Aqui, à entrada, fica a receção e a loja com recordações giras para comprarem. Ali, à direita, temos o Centro de Documentação e Informação Artur Avelar, onde, através da Biblioteca e do Arquivo de Imagem, podem consultar diversas bibliografias, documentos e materiais audiovisuais sobre cinema e fotografia. Há uma sala de visionamento para os audiovisuais.

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Mesmo ao lado da Biblioteca, fica a Reserva Visitável, onde podem descobrir curiosos aparelhinhos, como os brinquedos óticos e as lanternas mágicas. Ali, ao fundo, fica o Gabinete e Laboratório de Conservação e Restauro, onde técnicos conservadores/restauradores trabalham na limpeza e retauração das peças. Vamos passar pela Área de lazer, que é uma área onde os visitantes podem descansar, lanchar (há máquinas de venda com café e outras bebidas quentes, águas, sumos, e snacks) e maravilhar-se com uma soberba vista para o rio e o Estádio. Aqui, ao lado, aliás cuidado com os degraus, porque temos de descer um bocadinho, entramos na Sala de Exposições Temporárias. Reparem nas suas colunas e arcos, mas sobretudo no pavimento… é inclinado!

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- Giro não é? Estão a gostar? – (perguntou o Mimoso.)

- Oh, sim, estamos a gostar muito – (responderam as crianças.)

- E ainda não viram tudo. Subamos ao piso 1, que eu acho que se vão divertir bastante, na Oficina do Olhar. Lá existe um conjunto de objetos recriados que podem tocar e manipular, de forma a realizarem experiências de imagens animadas, seguindo a evolução da física e da mecânica.

- Ai que divertido, olha Dinis, estou a girar o zootrópio gigante. Vem ver, é o máximo! – (disse a Isabel, rindo, muito satisfeita.)

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- Que pândego! – (exclamou o Dinis, muito divertido) - Parece um tambor e tem uns cortes por onde podemos ver as figuras em tiras, que parecem mexer-se quando o fazes girar. Se girares com mais força mexem-se mais rápido.

- Continuemos – (disse Merlino) – quero passar pelo Centro de Recursos Multimédia, para ver como se produzem documentos audiovisuais, e pela Sala Polivalente. Com um pouco de sorte chegamos a tempo de assistir à projeção de um filme. Quem me dera que fosse um western (filme de cowboys) com o John Wayne, o meu ator favorito.

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- A sala polivalente também serve para ações de formação e workshops, colóquios e conferências, sessões de lanterna mágica e teatro de sombras – (acrescentou o Mimoso) – Bom, neste piso só falta ver a grande Sala de Exposições, que também recebe exposições temporárias de arte, design, entre outras.

- Ainda há mais um piso, não há? – (perguntou o Dinis.)

- Sim – (respondeu o Mimoso) – no piso 2 fica o Serviço Educativo e a Área Administrativa.

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O que fazer (serviços educativos)

- Senhor Mimoso, – (disse Merlino) - estamos encantadíssimos com tudo o que vimos. Sabemos que os vossos serviços educativos realizam muitas atividades interessantes, que também ajudam a conhecer melhor, e de forma divertida, os espaços e as coleções do m|i|mo. Quer-nos falar sobre elas?

- São ótimas, eu recomendo-as todas! – (respondeu o Mimoso) - Por acaso tenho aqui o programa, podem ficar com ele. Olhem só o que podem escolher:

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O m|i|mo é o ponto de partida para uma viagem à arqueologia da imagem, desde o Pré-Cinema à Imagem Numérica, documentando os momentos e apresentando as mágicas máquinas que construíram a História, desafiaram convicções e quebraram barreiras, iludindo os sentidos e perceções.

É a chave que permite descobrir os múltiplos cruzamentos, entre os marcos que compõem a História do maravilhoso mundo das imagens animadas, onde as dimensões do real e dos sonhos se confundem.

O m|i|mo é uma magnífica viagem pelos limites da imaginação, num caminho de luz e sombra, cor, ritmo e volume, engenho e arte… ilusão e realidade.

SERVIÇOS EDUCATIVOSm|i|mo - MUSEU DA IMAGEM EM MOVIMENTO

CONTACTOS

Todas as atividades estão sujeitas a marcação prévia

Largo de S. Pedro (cerca do Castelo) 2400-235 Leiria

Tel.: 244 839 675

www.cm-leiria.pt | [email protected]

GPS39°44`50.50’’ N | 8°48`26.70’’ W

HORÁRIO segunda a sexta-feira: 10h00 às 13h00 / 14h00 às 17:30

sábados: 14h00 às 17h30

m|i|mo

PRODUÇÃO

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VISITA GUIADAVisita ao circuito museológico, abordando três grandes áreas: pré-cinema, fotografia e cinema. As visitas são costumizadas aos níveis de

ensino dos visitantes.

Destinatários: pré-escolar, 1º, 2º e 3º CEB, SecundáriaParticipantes: mínimo 12, máximo 25De terça a sexta-feira, dentro do horário do MuseuDuração: 45 minutos

Destinatários: pré-escolar, 1.º, 2.º e 3.º CEBParticipantes: mínimo 12, máximo 25De terça a sexta-feira, dentro do horário do m|i|moDuração: 30 a 60 minutos

Destinatários: pré-escolar, 1.º, 2.º e 3.º CEB.Participantes: mínimo 10, máximo 25De terça a sexta-feira, dentro do horário do m|i|moDuração: 30 a 60 minutos

Destinatários: pré-escolar, 1.º, 2.º e 3.º CEB.Participantes: mínimo 10, máximo 25De terça a sexta-feira, dentro do horário do m|i|moDuração: 30 a 60 minutos

Destinatários: 1.º CEBParticipantes: mínimo 12, máximo 25De terça a sexta-feira, dentro do horário do m|i|moDuração: 60 minutos

Destinatários: 2.º, 3.º CEB e SecundárioParticipantes: mínimo 5, máximo 10Às quintas, dentro do horário do m|i|moDuração: aproximadamente 90 minutos

VISITAS GUIADAS

CURIOSAMENTE | A MAGIA DA ÓTICAOficina de descoberta dos princípios básicos do cinema de animação, que visa estimular e compreender a essência do mecanismo da

representação gráfica do movimento. Através da realização de várias experiências, os participantes têm oportunidade de explorar, de

uma forma lúdica, a magia das imagens em movimento.

TEATRO DE SOMBRASO teatro de sombras é a forma mais antiga de contar histórias com imagens em movimento, sendo por isso um dos antecessores do

cinema. Nesta oficina, os participantes vão criar e construir personagens e, através da dramatização de pequenas histórias, as sombras

ganham vida.

LANTERNA MÁGICAA lanterna mágica é o antecedente mais próximo do cinema. Ouvindo histórias conhecidas ou inventadas, os participantes são

convidados a assumir dois papéis importantes: de ilustradores e o de narrador. No final assistem a um "espetáculo" de lanterna mágica.

HOJE VOU AO FOTÓGRAFOSabias que antigamente ir ao fotógrafo era um momento único e raro?Queres vir fazer o teu retrato num museu de Leiria?Aceita o desafio e vem construir uma moldura em origami, para colocar a tua fotografia.

CIANOTIPIAA Cianotipia é uma antiga técnica fotográfica, que origina imagens de cor azul, feita a partir de uma emulsão aquosa fotossensível, à base de ferro, que se pode aplicar em vários suportes como o papel, tecido, pedra entre outros.A oficina de cianotipia é uma oportunidade de conhecer e experimentar os processos que envolvem os primórdios da fotografia.

OFICINAS PEDAGÓGICAS

Exposições Temporárias | Comemorações de Efemérides | Formações | WorkshopsPara mais informações consulte a LEIRIAGENDA: www.cm-leiria/eventos | www.facebook.com/roteiroleiriagenda

OUTROS SERVIÇOSTABELA:Visitas guiadas e Oficinas:

Escolas do concelho de Leiria: gratuito

ATL e outros serviços de ocupação de tempos livres e escolas que não pertençam ao concelho de Leiria: €1,05 por participanteVEM DIVERTIR-TE NO m|i|mo.. ESPERAMOS PELA TUA VISITA!

PRODUÇÃO

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Onde fica?

- Para chegarmos à Biblioteca vamos de igual modo dar um descansozinho à Cápsula – (disse Merlino, olhando bem-humorado para as duas crianças).

– Faz-nos bem andar um bocadinho a pé. E assim aproveitamos para ver o Centro Histórico, a parte mais antiga da cidade. Tem uma “Rua Direita”, que na verdade é um pouco torta – (comentou ele, soltando uma sonora gargalhada.)

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- Uma Rua Direita que é torta? Como é isso? – (perguntou a Isabel.)

- Já vão ver – (afirmou o Merlino) - Primeiro descemos o Largo de São Pedro, em direção ao centro histórico da cidade, ao Largo Cândido dos Reis (Terreiro). No nº6 situa-se a nossa Biblioteca Municipal Afonso Lopes Vieira. Quem vier pelo lado do Largo da República, é só cortar para a Rua dos Mártires e descer pela Rua de Alcobaça.

Coordenadas GPS: 39°44'38.00''N 8° 48'36.50”W'.

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A sua História e os seus protagonistas

- Que casas tão grandes e bonitas tem este largo! – (exclamou a Isabel.)

- É verdade – (respondeu Merlino) - este largo, já desde o século XVII, que é um dos locais mais nobres da cidade. Chamava-se “Terreiro das Camarinhas”. Ainda hoje as pessoas dizem: “vamos ao Terreiro”, porque é como ficou mais conhecido. Aqui podemos ver as casas de famílias ilustres, como o solar do Barão de Salgueiro, o solar dos Ataídes, ou a casa do Barão de Viamonte, que deu nome à Rua Direita, a partir de 1881. O edifício que a Biblioteca ocupa é bastante grande, pois vai até à esquina com a Rua Gomes Freire. É conhecido como a Casa Charters d'Azevedo.

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- Eia, essa família devia ser muito rica, para ter uma casa assim tão grande! – (comentou o Dinis.)

- Na verdade – (explicou Merlino) - é a maior de Leiria, considerando o comprimento da fachada. Antes de ter sido adquirida, no século XIX, por José Isabel Henriques d'Azevedo, 1.º Visconde de S. Sebastião, ela pertenceu a outra família ilustre, os Sousa Castelo-Branco. Foi sofrendo algumas reformas ao longo do tempo e acabou sendo dividida pelos vários sucessores do 1.º Visconde de S. Sebastião, entre os quais Guilherme Charters Henriques d'Azevedo, a quem calhou a parte onde hoje está instalada a Biblioteca. Também ali funcionou o Grémio da Lavoura.

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- E como é que a Biblioteca foi aí parar? E porque é que se chama Biblioteca Afonso Lopes Vieira e não tem antes o nome do dono da casa? – (questionou a Isabel.)

- Afonso Lopes Vieira – (explicou Merlino) - foi um grande poeta e escritor leiriense, que viveu entre 1878 e 1946. Apesar de ter ido viver para Lisboa, desde os seis anos, nunca esqueceu a sua cidade natal e vinha visitá-la amiúde. Ai! lá carreguei outra vez, sem querer, no botão da máquina do tempo e agora estamos a recuar ao ano de 1946. Estamos no Largo da Rosa, em Lisboa, em frente à porta da casa do Poeta, que morreu no dia 25 de janeiro daquele ano. Mas aí vem a sua esposa, D. Helena Aboim Lopes Vieira, abrir-nos a porta.

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- Bom dia, minha senhora – (cumprimentou Merlino) - desculpe o incómodo, mas queríamos fazer-lhe algumas perguntas sobre a fabulosa biblioteca pessoal do seu ilustre esposo, pode ser?

- Claro, sejam bem-vindos - (disse D. Helena Lopes Vieira) Entrem, por favor, eu mesma os conduzirei até lá. Sigam-me por este corredor. Ei-la!

- Caracas! – (exclamou o Dinis, fascinado com tantos livros nas estantes e sobretudo com o aspeto elegante de toda a sala.)

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- Para além de ser a sua biblioteca pessoal – (explicou D. Helena Lopes Vieira) - com muitos livros que herdou do tio das Cortes, o Dr. Xavier Rodrigues Cordeiro, este era igualmente o gabinete de trabalho do Afonso. Aqui escreveu muitas cartas, obras literárias e discursos que proferiu em várias conferências e viagens. Mas aproveitem agora para ver a biblioteca como está, no seu estado original, porque em breve irá ser doada à cidade de Leiria. Tenciono cumprir esse desejo de meu marido, que embora não o tenha deixado registado por escrito, manifestou-o publicamente há uns anos atrás, mais precisamente em 15 de abril de 1939, numa entrevista que concedeu ao “Diário de Lisboa”.

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- Isso é um gesto muito afetuoso e nobre de seu marido! – (comentou Merlino) - E de si também, porque não o tendo manifestado por escrito… a senhora não seria obrigada a concretizar essa doação.

- Faço-o com muito gosto – (declarou D. Helena Lopes Vieira) - e porque sei que o Afonso ficaria muito feliz. Espero que os leirienses apreciem e não se esqueçam de quem tanto defendeu a sua nação e a sua cidade.

- Com certeza que ficarão gratos e perpetuarão a memória do nosso grande Poeta, que muito divulgou Portugal, a cultura e a literatura portuguesas – (retorquiu Merlino) - Muito obrigado, senhora D. Helena, pela sua gentileza. Adeus e passe muito bem.

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- Adeus, adeus crianças – (despediu-se D. Helena Lopes Vieira)

- Quando a biblioteca for para Leiria, não se esqueçam de a frequentar e ler os livros que o Afonso escreveu, com muito carinho, para vós. O meu favorito é “Animais Nossos Amigos”.

(Bloing… os nossos amigos regressaram rapidamente ao presente.)

- Ainda venho cá a pensar no que nos contou a D. Helena Aboim Lopes Vieira… - (disse a Isabel.)

- Também eu – (replicou Dinis.)

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- Adeus, adeus crianças – (despediu-se D. Helena Lopes Vieira) - Quando a biblioteca for para Leiria, não se esqueçam de a frequentar e ler os livros que o Afonso escreveu, com muito carinho, para vós. O meu favorito é “Animais Nossos Amigos”.

(Bloing… os nossos amigos regressaram rapidamente ao presente.)

- Ainda venho cá a pensar no que nos contou a D. Helena Aboim Lopes Vieira… - (disse a Isabel.)

- Também eu – (replicou Dinis.)

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- Lembro-me – (disse Merlino) - que também o senhor Américo Cortez Pinto deu uma ajuda na transferência da biblioteca de Afonso Lopes Vieira para Leiria, tendo ainda conseguido, junto de D. Helena Lopes Vieira, a doação do mobiliário e outros objetos pessoais do Poeta. Deste modo, a Câmara Municipal de Leiria inaugurou a Biblioteca Municipal Afonso Lopes Vieira no dia 30 de abril de 1955, no edifício dos Paços do Concelho. Só mais tarde é que passou para a antiga Casa Charters d'Azevedo, depois da realização das obras do projeto de instalação, da responsabilidade do Arquiteto Charters Monteiro, tendo sido inaugurada no novo edifício a 25 de setembro de 1997.

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O que visitar

- Primeiro – (explicou Merlino) - entramos num espaçoso átrio com o Balcão de Atendimento, onde entre outras coisas podemos fazer as requisições e entregas dos livros ou materiais audiovisuais que necessitarmos. À esquerda, situa-se uma sala onde se realizam regularmente exposições temporárias de pintura, fotografia, trabalhos de alunos de escolas… enfim, sobre muitas coisas. Por vezes até mesmo no átrio se fazem pequenas exposições. À direita do balcão de atendimento fica a Sala de Apoio, e do outro lado, as instalações sanitárias para o público e a Sala Fernando Amaro, secretário do Governador de Macau até à década de 60. A área central é a grande Sala de Leitura de Adultos, com muitas estantes cheias de livros que se podem consultar.

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É o lugar ideal para o estudo, pois aí as pessoas devem permanecer em silêncio para não perturbar a concentração na leitura. Engraçado é o pátio interior com umas laranjeiras, junto da sala de leitura. Existe também um pátio exterior, bem maior, voltado para o Largo Cândido dos Reis e para a Rua Grão Vasco. Possui umas pequenas pirâmides em vidro, que lembram as do famoso Museu do Louvre, em Paris.

- E no piso de cima, o que é que existe? – (perguntou a Isabel.)

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- Quando subimos as escadas – (continuou Merlino) - logo à esquerda vemos uma sala que é usada para formações, conferências, palestras… depois, em grande parte da galeria que circunda este piso, situam-se diversos postos de utilização de computadores para o público. A sala maior é a Sala de Leitura Infantil e Juvenil, dedicada à literatura para os mais novos. Ali próximo, é possível ver a biblioteca pessoal e gabinete de trabalho do Afonso Lopes Vieira na Sala Afonso Lopes Vieira. Há ainda neste piso uma Cafetaria, com uma pequena esplanada (quando faz bom tempo, claro!) numa varanda virada para o largo e o Castelo, e uma área que é reservada aos serviços internos da Biblioteca.

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O que fazer (serviços educativos)

- Mas não vamos à biblioteca só para ler livros!? – (admirou-se a Isabel.)

- Oh! não – (respondeu Merlino) - a Biblioteca é um “mundo” a descobrir! Olhem só que coisas maravilhosas se podem fazer ali:

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BIBLIOTECA

A Biblioteca Municipal Afonso Lopes Vieira oferece a oportunidade de visitar um ambiente da intimidade de um dos nossos maiores escritores do século XX: a Sala Afonso Lopes Vieira, que reconstitui a biblioteca e o gabinete do poeta.

Apesar da era digital em que vivemos, nada poderá substituir a dimensão profunda e absorvente do Livro. Manusear os livros e mergulhar na imensidão dos seus conteúdos, num lugar propício à reflexão, cria uma relação única e privilegiada com o conhecimento.

A Biblioteca Municipal Afonso Lopes Vieira vai mais além do mero repositório de livros e audiovisuais; promove as nossas “viagens” através do portal de descoberta de milhares de universos da criação humana.

SERVIÇOS EDUCATIVOSBIBLIOTECA MUNICIPAL AFONSO LOPES VIEIRA

CONTACTOS

Todas as atividades estão sujeitas a marcação prévia

Largo Cândido dos Reis | 2410-112 LEIRIA

Tel.: 244 839 666

www.cm-leiria.pt | [email protected]

GPS39°44’38.00’’ N | 8° 48’36.50’’ W

HORÁRIO segunda-feira14h00-20h00

terça a sexta-feira10h00-20h00

sábados14h00-20h00

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VISITA GUIADA À SALA AFONSO LOPES VIEIRAUma viagem pela literatura de Afonso Lopes Vieira, na sua biblioteca pessoal, doada ao Município de Leiria.

Destinatários: 9 º ano, Secundário e Superior.Participantes: até 30 participantesquinta-feira às 14h00Duração: até 60 minutos Destinatários: pré-escolar, 1º CEB

Participantes: mínimo 12, máximo 25 | À segunda-feira, entre as 10h00 e as 11h00.Duração: 60 minutos

Destinatários: Bebés dos 6 aos 36 meses e acompanhanteParticipantes: 10 | À quinta-feira, das 10:15 às 11:00Duração: 45 minutos

Destinatários: pré-escolar, 1º CEB.Participantes: mínimo 12, máximo 30À quarta-feira, entre as 10h30 e as 11h00. À sexta-feira, entre as 14h30 e as 15h00.Duração: 30 minutos

Destinatários: 1º CEBParticipantes: mínimo 12, máximo 30À sexta-feira, entre as 14:00 e 15:00Duração: 60 minutos

Destinatários: 2.º e 3º CEB Participantes: máximo 25À segunda-feira, das 11h00 às 12h30Duração: 90 minutos

Destinatários: 2º CEBParticipantes: máximo 122 sessões em cada interrupção escolar, entre as 15h00 e as 16h00Duração: 60 minutos

Destinatários: 3.º CEB e SecundárioParticipantes: máximo 25Na primeira segunda-feira de cada mês, entre as 11h00 e as 12h30Duração: 90 minutos

Destinatários: SecundárioParticipantes: 1 turma durante 1 semana, por ano (10º, 11º e 12º ano) 2º período 2013/2014: alunos do 12º ano 3º período 2013/2014: alunos do 11º ano 1º período 2014/2015: alunos do 10º ano

VISITAS GUIADAS

BEBETECA - Cantinho de EmbaloA Bebeteca é um espaço intergeracional, criado a pensar na promoção da leitura desde os primeiros anos de vida. Acontece num ambiente dimensionado e apelativo para uma aprendizagem lúdica e ativa dos bebés.

CONTOS E CANTIGAS | HORA DO CONTOContemplando o sentido semântico das palavras ou textos literários, esta atividade proporciona momentos agradáveis de fantasia e imaginação. As histórias, adaptadas às faixas etárias, podem ser animadas com sons e música.

DE CONTO EM CONTO (H)ORA EÇA!A iniciativa visa a exploração de pequenos mistérios e aventuras, em alguns contos adaptados às crianças, o conhecimento de existências quotidianas do autor Eça de Queiroz, bem como a mediatização do interesse e gosto pela leitura.

À DESCOBERTA DA BIBLIOTECA Identificação dos diferentes recursos de informação existentes na BMALV, que inclui pesquisa em catálogo informático e localização nas estantes. Deste modo, proporciona-se aos utentes o conhecimento e a prática de utilização de uma biblioteca

CLUBE DE LEITURA | LEITURA PARTILHADAPromovendo a dinâmica de grupo e a reflexão, pretende-se incentivar o espírito crítico e a discussão de ideias, em torno de uma obra ou de um autor.

COMO FAZER REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS De uma forma divertida desenvolvem-se competências de pesquisa bibliográfica e documental. Com base no normativo, os participantes adquirem o conhecimento que lhes permitirá tirar o máximo partido de uma Biblioteca.

AUTORES À VISTA Apresentação conjunta de trabalhos realizados no âmbito do estudo de autores, da disciplina de língua portuguesa. Os projetos pedagógicos e curriculares desenvolvidos nas escolas serão partilhados com a comunidade através de uma exposição/animação a realizar na Biblioteca Municipal Afonso Lopes Vieira.

OFICINAS PEDAGÓGICAS

Exposições Temporárias | Comemorações de Efemérides | Formações | WorkshopsPara mais informações consulte a LEIRIAGENDA: www.cm-leiria/eventos | www.facebook.com/roteiroleiriagenda

OUTROS SERVIÇOSVEM DIVERTIR-TE NA BIBLIOTECA MUNICIPAL. ESPERAMOS PELA TUA VISITA!

VISITA GUIADA | DETETIVE POR UM DIAAtravés de pistas, as crianças descobrem o "mistério" da Biblioteca.Estas visitas têm dois momentos diferentes: - Para o pré-escolar, um momento lúdico com um jogo ou uma história. - Para o 1º CEB, um jogo lúdico para localização dos recursos de informação nas estantes.

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Onde fica?

- Que belo passeio à beira do Lis! – (exclamou Merlino).

- E que agradável é o som da água a correr. Meninos, estamos quase a chegar ao Moinho do Papel. Cuidado para não caírem ao rio.

- Em que local da cidade de Leiria é que nos encontramos? – (questionou o Dinis.)

- Pertinho da “ponte dos caniços” – (respondeu Merlino) - Do lado do rio há um pequeno açude, muito engraçado, e na margem direita situa-se o quartel dos Bombeiros

Municipais de Leiria.

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MOINHO DO PAPEL

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- Como se chega até aqui… quero dizer, normalmente? – (perguntou a Isabel.)

- Pode-se chegar aqui pela autoestrada A1, ou EN1, em direção ao centro da cidade. O Moinho fica perto do Largo de Infantaria 7, ou, se quiserem na margem oposta ao quartel dos Bombeiros Municipais, exatamente na Rua da Fábrica do papel, nº13.

Coordenadas GPS: 39º44´25.50’’N 8º48’03.80’’W

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MOINHO DO PAPEL

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A sua História e os seus protagonistas

- Este moinho não é mesmo de papel, pois não? Senão, com tanta água em volta era capaz de se desfazer todo – (comentou a Isabel, muito preocupada.)- Ah, ah, ah – (riu o Dinis) – que tolinha!

- Então, Dinis, – (repreendeu Merlino) - não arrelies a tua irmã. Isabel, sabes o que é um moinho?

- Sei, – (afirmou a Isabel) - mas os que eu já vi na Serra de São Mamede eram de pedra, tinham umas grandes velas a girar e estavam muito alto, lá nos montes.

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- Esses são os moinhos de vento – (explicou Merlino) - ou seja, para fazer girar as mós que moem os cereais utiliza-se a força do vento. Por isso é que geralmente ficam no cimo dos montes, onde o vento sopra com mais intensidade. O Moinho do Papel inicialmente também se destinou à moagem dos cereais, mas como se situa junto ao rio, em vez do vento usa a força da água para fazer girar as mós. Aqui, para além do Moinho do Papel, existiram, desde os tempos medievais, vários moinhos de água ou azenhas.

- Olha depressa, Merlino – (avisou o Dinis) – o ponteiro do cronómetro da Cápsula está a marcar 1411. Porquê?

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- Bom – (disse Merlino) - lá vamos nós de novo voltar atrás no tempo. Desta vez, vamos recuar ao século XV, para perceberem porque é que se chama Moinho do Papel. Já vejo ali parado, a observar o rio, Gonçalo Lourenço de Gomide.

É o “patrão” da “fábrica do papel” e o escrivão do rei. Vamos perguntar-lhe como tudo começou. Senhor Gonçalo, se faz o favor, pode-nos dizer o que se faz aqui no seu moinho?

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- Ora vivam, forasteiros – (saudou D. Gonçalo) - Entrem e vejam, – (disse ele, empertigando-se cheio de orgulho) - o meu engenho é o primeiro cá no reino e nesta cidade, onde se faz o papel a partir da celulose. É um dos primeiros também na Península Ibérica! Por Carta Régia d´ El-rei D. Dinis… olhem, até a tenho aqui comigo, querem ver? Cá está… El-rei diz aqui que me permite “em dois assentamentos velhos que em outro tempo foram moinhos que estão no termo e na ribeira da nossa vila de Leiria … junto à ponte dos caniços…" instalar "…engenhos de fazer ferro, serrar madeira, pisar burel e fazer papel, ou outras coisas que se façam com o artifício da água… contando que não sejam moinhos de pão". Estes assentamentos, que em outro tempo foram moinhos de moer cereais, e que antes eram de um tal Afonso Annes Fanqueiro, estavam destruídos há muito. Fiquei com eles por troca que fiz com o mosteiro de Santa Clara.

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Olha lá, ó rapaz! – (gritou ele a um rapazito que ia a passar por perto) – Vai chamar o mestre para ir trolar os rodízios, que a corrente de água vai demasiado forte – (voltando-se para os nossos amigos) – desculpem, não posso ficar aqui na conversa, tenho muito que fazer. Adeus.

- Adeus senhor Gonçalo, obrigado – (agradeceu Merlino.)

- Merlino, porque é que o senhor Gonçalo Lourenço não continuou a moer os cereais e passou a fabricar o papel? – (questionou a Isabel.).

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- Sabes – (disse Merlino) - é que neste século surgiu pela primeira vez a imprensa. O alemão Johannes Gutenberg foi o inventor em 1439 da prensa móvel, que permitiu a impressão, através de carateres móveis, revolucionando o modo de fazer livros na Europa e no Mundo. E para imprimir os livros, naturalmente precisavam de papel. Leiria foi uma das primeiras cidades em Portugal, além de Faro e Lisboa, a ter uma tipografia. Pertencia ao judeu Abrão D'Orta e provavelmente situar-se-ia na antiga judiaria de Leiria, ali na zona da Igreja da Misericórdia. Foi lá impresso em 1496 o Almanach Perpetuum Celestium, escrito entre 1473 e 1478 por outro judeu, o Abraão Zacuto. Este importante guia astronómico teve uma enorme importância para os nossos navegadores, durante as viagens dos Descobrimentos.

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- Uau! – (exclamou o Dinis, impressionado) – e depois, e depois o que aconteceu ao moinho?

- O moinho – (respondeu Merlino) - voltaria mais tarde a dedicar-se à moagem de cereais, como o milho e o trigo, e até ao descasque de arroz. Já no século XX, para além de moagem de cereais, também foi um lagar de azeite, mas nos últimos anos em que esteve ativo dedicou-se exclusivamente à moagem de cereais.

- E porque é que hoje é um museu? – (quis saber a Isabel.)

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- Quando morreu a sua última moleira, - (explicou Merlino) - os edifícios, que já eram antigos, começaram a degradar-se, até que a Câmara Municipal de Leiria decidiu adquiri-los e recuperá-los. Assim, elaborou-se um projeto, em que vários técnicos do Município e outros especialistas convidados intervieram, para salvaguardar este importante património da cidade, transformando-o num museu. Em 2003, os arqueólogos municipais iniciaram ali trabalhos arqueológicos, que permitiram conhecer melhor todos aqueles espaços e a sua evolução no tempo. Depois o Arquiteto Siza Vieira projetou a recuperação do edifício já existente, a construção de um novo corpo e o arranjo das áreas exteriores anexas.

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As obras começaram em 2006 e o Museu veio a ser inaugurado em 2009. Importante também foi a intervenção do senhor Manuel Meneses, o moleiro, que ajudou na recuperação de toda a maquinaria envolvida no processo de moagem: as azenhas (rodas verticais), rodízios, mós, têmperas, entrosas, chumaceiras… assim, hoje podemos ver tudo a funcionar. O moinho voltou a produzir e muita gente da cidade e arredores vem aqui de novo comprar a farinha.

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O que visitar

- O que vemos por fora já é bastante giro, mas o que vamos encontrar lá dentro também vale a pena ver? – (perguntou a Isabel.)

- Sem dúvida! – (exclamou Merlino.)- Logo junto à receção, na Sala Multimédia e de Exposições, podemos ver expostas várias máquinas de impressão, desde a mais antiga, manual, até à mais moderna. Existem ainda equipamentos multimédia, usados para que os visitantes tenham acesso a informação mais detalhada, com imagem e som, sobre as exposições temporárias que ali se realizam e também sobre o próprio Moinho.

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Depois, numa pequena sala ali próxima, o Moinho Pequeno, vemos duas mós que funcionam de modo distinto, as levadas da água e os rodízios que fazem girar as mós. Segue-se a Sala do Papel, espaço onde funcionaram, sucessivamente, moinhos do cereal, moinho do papel e lagar de azeite. Aqui encontramos os utensílios relacionados com o fabrico tradicional do papel, como a prensa, o estendal, a tina Holandesa (utilizada para a moagem do papel através de energia elétrica), a guilhotina e, claro, o papel artesanal, que os visitantes podem aprender a fazer. Passa-se por uma pequena cozinha, onde existe um forno elétrico para cozer o pão.

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Chegados à Sala do Cereal, encontramos um outro espaço destinado à moagem e armazenamento dos cereais, da farinha e de todos os equipamentos necessários à farinação.

Isto, para já não falar dos agradabilíssimos espaços exteriores envolventes, a Esplanada e o Jardim Pedagógico, no qual se cultivam plantas relacionadas com o papel (Bétula e Bambu) e o cereal (milho, trigo e centeio).

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O que fazer (serviços educativos)

- Vamos ver outra vez, no meu IPAD, quais as atividades que este Museu oferece? – (sugeriu Merlino.)

- Oh, sim, por favor Merlino – (pediu o Dinis) - Quero dizer, já deve ser bem interessante visitar tudo o que nos acabastes de explicar, mas podermos participar em algumas coisas, que nos ensinam de modo divertido, é muito melhor. Eu gostaria de saber fazer papel, deve ser o máximo!

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- Claro que podes aprender a fazer o papel artesanal…. – (confirmou Merlino) - Vês aqui? Estão a dizer algo sobre isso.

Mas se calhar é melhor ler todo o programa desde o início:

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Na margem esquerda do Rio Lis situa-se o primeiro moinho de papel de Portugal, datado de 1411. Este testemunha e preserva a memória das artes e ofícios tradicionais ligados ao papel e ao cereal.

Através das visitas, oficinas e jogos propostos, é possível criar e recriar objetos, sabores e sensações que unem o que nunca deve ser separado – tradição e inovação – como alavanca impulsionadora do conhecimento e da experiência do passado, visando a construção do futuro.

SERVIÇOS EDUCATIVOSMOINHO DO PAPEL

CONTACTOS

Todas as atividades estão sujeitas a marcação prévia

Rua Fábrica do Papel, nº13 | 2410 -103 Leiria

Tel.: 244 839 672

www.cm-leiria.pt | [email protected]

GPS39°44’25.50” | N8°48’03.80” W

HORÁRIO

terça a sexta-feira: 9h30 às 12h3014h30 às 17h30

sábados: 14h00 às 17h30

MOINHO DO PAPEL

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ERA UMA VEZ UM MOINHO DE ÁGUAComo forma de dar a conhecer a história do Moinho do Papel, propõe-se uma visita orientada e adequada aos níveis de ensino, dando a conhecer a história do Moinho do Papel. Pode ser complementada com oficinas pedagógicas.

Destinatários: pré-escolar, 1.º, 2.º e 3.º Ciclos, SecundárioParticipantes: mínimo 12, máximo 25De terça a sexta-feira, dentro do horário de funcionamento do Museu

Duração: 45 minutos

Destinatários: pré-escolar, 1º, 2º CEBParticipantes: mínimo 12, máximo 25De terça a sexta-feira, dentro do horário de funcionamento do MuseuDuração: 60 minutos

Destinatários: pré-escolar e 1ºCEBParticipantes: mínimo 12, máximo 25De terça a sexta-feira, dentro do horário de funcionamento do Museu

Duração: 80 minutos

Destinatários: pré-escolar, 1º, 2º 3º CEB e SecundárioParticipantes: mínimo 12, máximo 25De terça a sexta-feira, dentro do horário de funcionamento do MuseuDuração: 120 minutos

Destinatários: 3º e 4º ano do 1º CEB e 2º CEBParticipantes: mínimo 12,máximo 25De terça a sexta-feira, dentro do horário de funcionamento do Museu

Duração: 45 minutos

Destinatários: pré-escolar, 1º, 2º 3º CEB e SecundárioParticipantes: mínimo 12,máximo 25De terça a sexta-feira, dentro do horário de funcionamento do MuseuDuração: 80 minutos

Destinatários: pré-escolar, 1º, 2º e 3º CEBParticipantes: mínimo 12,máximo 25De terça a sexta-feira, dentro do horário de funcionamento do MuseuDuração: 60 minutos

VISITAS GUIADAS

HÁ COR E VIDA NO MOINHONa margem esquerda do Rio Lis existe um Moinho com muitas histórias para contar. Está rodeado de lindas cascatas, arvoredo e animais que podes pintar. Nesta oficina, os participantes são convidados a desenvolver a sua criatividade e, dando largas à imaginação, criar uma pintura mural alusiva ao espaço.

COMO NASCE O PAPELEm ambiente de oficina artesanal, envolvem-se todos os participantes no fabrico de papel e, reciclando jornais e/ou utilizando algodão, percorrem todas as etapas de fabricação: corte ou rasgo do jornal; trituração da mistura do jornal com a água, para produção da pasta; fabrico das folhas e secagem no estendal.

GRÃO A GRÃO SE FAZ O PÃOApresentados os cereais e restantes ingredientes a trabalhar, o grupo, socorrendo-se de utensílios e saberes ancestrais, põe mãos à massa: peneirando, misturando e ajustando ingredientes, a massa fica pronta a receber a benção e o descanso! Levedada aquela, cada participante tende o seu pãozinho, que vai ao forno e, após cozedura, orgulhosamente saboreia.

A DOBRAR EU VOU CRIAR Usando uma folha da oficina "Como nasce o papel", os participantes constroem pequenas recordações: ex. moinhos, caixas, ratinhos, flores, molduras, entre outros, com recurso às técnicas de origami, quiling e dobragens.

FOLHA A FOLHA… Esta atividade desenvolve-se em dois momentos: primeiro cada participante terá de fabricar uma folha de papel, na oficina "Como nasce o papel"; seguidamente, e folha a folha, constrói o próprio caderno, álbum, bloco ou diário dos segredos.

À DESCOBERTA DO MOINHO DO PAPEL PEDDY PAPERNão se trata de uma corrida, mas sim de um desafio, que pretende de forma lúdica incentivar a descoberta histórica deste local. No moinho cada participante conhecerá espaços e objetos diferentes, acompanhados de painéis informativos, muito úteis na resolução de enigmas e tarefas que vão surgindo ao longo do percurso. O Peddy Paper é constituído por 5 etapas, realizadas em 5 locais diferentes do Moinho do Papel, que incluem uma parte teórica (questões) e uma parte prática (passatempos e charadas). A cada equipa é atribuído um envelope de cor, que passa a identificar a equipa e deve ser procurada em todos os locais de passagem. Nos envelopes seguintes estarão definidas as tarefas/enigmas a resolver pela equipa, antes de avançar para próxima etapa... até à meta!

OFICINAS PEDAGÓGICAS

Exposições Temporárias | Comemorações de Efemérides | Formações | WorkshopsPara mais informações consulte a LEIRIAGENDA: www.cm-leiria/eventos | www.facebook.com/roteiroleiriagenda

OUTROS SERVIÇOSTABELA:Visitas guiadas e Oficinas:

Escolas do concelho de Leiria: gratuito

ATL e outros serviços de ocupação de tempos livres e escolas que não pertençam ao concelho de Leiria:€1,05 por participanteVEM DIVERTIR-TE NO MOINHO DO PAPEL. ESPERAMOS PELA TUA VISITA!

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Onde fica?

- Segurem-se bem meninos – (avisou Merlino) - esta é uma viagem um pouco mais longa. Vamos até à Ortigosa.

- E onde fica a Ortigosa? – (inquiriu o Dinis.)

- Ortigosa – (explicou Merlino) - fica a 12 quilómetros a Norte de Leiria, na Estrada Nacional N.º 109, que liga Leiria à Figueira da Foz. Ao chegar ao centro da Ortigosa passam pela Igreja Paroquial de Santo Amaro, poucos metros à frente fica o Agromuseu Municipal Dona Julinha.

Coordenadas GPS: 39º49'51.50''N 8º50'26.50''W.

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AGROMUSEU MUNICIPAL DONA JULINHA

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A sua História e os seus protagonistas

- O que é o Agromuseu? E porque se chama Agromuseu Dona Julinha? – (quis perceber a Isabel.)

- O Agromuseu – (volveu Merlino) - é um museu que mostra como era e funcionava a antiga Casa Agrícola da família Pereira Alves de Matos Carreira, donos de muitas terras. Os diversos trabalhadores rurais que estavam ao seu serviço cultivavam nelas cereais, especialmente o milho, para além de variados produtos hortícolas, como as batatas, couves, alfaces, cenouras, feijões, abóboras, entre outros. Produzia-se também muito azeite e vinho. Mas, já agora, e se voltássemos à Cápsula para regressar ao passado e falássemos diretamente com os fundadores desta casa agrícola? Gostariam de os conhecer?

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AGROMUSEU MUNICIPAL DONA JULINHA

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- Claro que sim, vamos a isso – (disseram as crianças em coro) – Quem são? E donde são? Viveram aqui há muito tempo atrás?

- Calma – (pediu Merlino) - não me baralhem com tantas perguntas, primeiro recuemos até aos inícios do século XX.

(E zoing… lá vão eles parar a uma agradável noite de verão em 1903.)

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- Vamos bater à porta – (sugeriu Merlino) - Deve estar gente na casa, pois pareceu-me ver a luz acesa de uma candeia. Sim, porque nesta época ainda não havia luz elétrica, por isso usam-se velas, candeias de azeite e também candeeiros a petróleo.

(Truz, truz, truz.)

- Quem é? – (perguntou uma voz masculina de dentro de casa.)

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- Ah, deve ser o dono – (disse Merlino) - Boa noite, senhor José Pereira, venho aqui com uns meninos bem comportados, que gostariam de conhecer um pouco da história desta sua casa. Será que nos poderia esclarecer, se não achar que é muito tarde ou muito incómodo?

- Ora essa, entrem, por favor – (convidou José Pereira) - Vou chamar a minha esposa, ela vai gostar de vos receber e oferecer um chá. As criadas acabaram de cozer uma fornada de bolinhos de pinhão. Sigam-me para a nossa sala de visitas.

- Que sala tão bonita – (exclamaram maravilhados, Dinis e Isabel, sentando-se nuns cadeirões forrados a veludo, que acharam muito elegantes e confortáveis.)

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(Os donos da casa não tardaram a entrar na sala, saudando com alegria os inesperados visitantes.)

- Agora que estão acomodados – (disse o dono da casa) - comecemos a nossa história. Chamo-me José Joaquim Pereira e esta é a minha esposa, D. Clemência Alves de Matos. Construímos esta casa nos finais do século passado para o nosso casamento. Eu sou natural de Ruivaqueira, um lugarzinho aqui bem próximo, e a minha esposa é da Família Alves de Matos, dos Conqueiros.. Ambas as terras onde nascemos pertencem à freguesia de Souto da Carpalhosa. Tenho um irmão, o Joaquim José Pereira, e somos conhecidos como os “Pereira Barbeiros”, pois além de sermos donos de propriedades agrícolas, damos continuidade ao ofício da família.

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- Têm uma barbearia? – (perguntou o Dinis, interessado. Sempre achara mais divertido ir com o avô cortar o cabelo, numa daquelas barbearias à moda antiga, do que nos modernos salões de cabeleireiro, que o pai frequentava.)

- Não meu jovem – (respondeu José Pereira) – nestes dias chamam-nos barbeiro, porque tratamos as pessoas e os animais doentes. Somos assim uma espécie de médicos, dentistas, enfermeiros e veterinários cá da aldeia e arredores, – (disse ele a rir dos rostos das crianças, espelhando uma grande admiração) – temos até uma casita, ali no adro da igreja, para dar as consultas e também vamos a casa das pessoas que precisam da nossa ajuda. Dá-nos muito trabalho.

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Não é fácil gerir tantas coisas ao mesmo tempo: vastas extensões de terrenos para cultivar, muitos animais para criar, como bois e vacas, cavalos e burros, porcos, galinhas e outras aves, coelhos… sem falar da resina, madeira, matos e lenhas que retiramos das nossas terras florestais.

- A minha família é maior que a do meu esposo e também tem uma grande quinta, nos Conqueiros, para cuidar – (acrescentou D. Clemência, servindo o chá e os bolinhos) - Tenho sete irmãos, um dos quais é o D. José Alves de Matos, nomeado neste ano de 1903, Arcebispo de Mytilene.

- Os nossos filhos é que já estão a dormir, senão apresentávamo-los – (disse José Pereira) - A Maria Júlia, o Joaquim e a Deolinda, são o nosso orgulho e descendência.

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- Oh! – (retorquiu Merlino, olhando admirado para o relógio) – nem reparei como era tarde para as crianças. É melhor irmos andando. Muito obrigado pelo vosso tempo e explicações. Ah! e também pelo chá com bolinhos, estavam deliciosos. Adeus.

(Boing… toing… zoing… lá voltaram outra vez ao século XXI…)

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- Merlino, assim não vamos ficar a saber o final da história! – (exclamou a Isabel, dececionada.)

- Não te preocupes, Isabel – (tranquilizou Merlino) - no nosso tempo, e felizmente para nós, a neta do senhor José Pereira e última herdeira desta Casa ainda está viva. Cá estamos na sua residência, em Leiria. Vamos pedir que nos fale mais sobre a sua família. Ela chama-se D. Leonilde Pereira Alves Carreira, mas todos a conhecem por D. Julinha. Eis porque o Agromuseu tem o seu nome, pelo qual é mais conhecida. Já iremos perceber porquê.

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- Boa tarde, D. Julinha – (cumprimentou Merlino) - como tem passado? Pode-nos falar sobre os seus pais e a casa na Ortigosa?

- Com muito gosto – (respondeu D. Julinha) - Entrem, entrem, meus meninos. Fico muito contente com o vosso interesse pela história da minha família. Ora então, por onde hei de começar? Ah! pois, meu pai chamava-se Domingues Fernandes Carreira, era natural da Guia e foi para a Ortigosa para montar uma farmácia. Conheceu minha mãe, Maria Júlia Pereira Alves de Matos, ternamente chamada de “Julinha”, casaram e eu nasci. Porém, não cheguei a conhecer a minha mãe, pois ela morreu quando eu tinha apenas 10 meses. Aliás, o tio Quinzinho e a tia Deolinda também morreram jovens e solteiros.

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Coitada da avó Clemência! Já nessa altura estava viúva e depois perdeu também os filhos! Com o desgosto e porque eu era a sua única neta, pediu a meu pai que fossemos viver com ela para a Casa Agrícola e assim aconteceu. Para lembrar a minha mãe passaram a chamar-me também “Julinha”. O meu pai, quando foi para a Ortigosa, levou sua irmã Maria da Luz Carreira para morar com ele. A tia enviuvara e ficara sozinha com a prima Arlete, sua única filha. Por isso, foi a tia Isabel da Luz quem me criou (a avó Clemência morreu seis meses depois da minha mãe) e cresci com a prima Arlete, como se fôssemos irmãs. Como eu herdei todos os bens de minha mãe e avós maternos, mas era menor, o meu pai passou a ser o grande administrador daquela casa e tornou-se também um grande comerciante.

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- Refere-se à farmácia? – (interrompeu o Dinis.)

- Sim – (confirmou D. Julinha) - meu pai continuou com a farmácia, mas ampliou-a e estabeleceu uma grande loja, a “Loja da Casa”, que hoje seria equivalente a um centro comercial. Vendia-se um pouco de tudo, desde vestuário, acessórios (chapéus, luvas, sapatos), tecidos a metro, retrosaria e miudezas, mercearia e bebidas, rações para o gado… mesmo os produtos agrícolas que se produziam na Casa eram vendidos ali. Também concentrava serviços, como a distribuição do correio, pagamento de seguro e impostos. Infelizmente, a loja já não existe nos dias de hoje.

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- E porque é que agora a casa é um museu? – (perguntou a Isabel.)

- Bom, – (continuou D. Julinha) - apesar do meu pai ter casado novamente e ter tido outra filha, minha irmã portanto, a verdade é que a casa era da minha mãe e fui eu quem a herdou. E assim, como foi para meus avós, seus primeiros donos, seria também a casa para o meu casamento. Eu ia casar com o médico, Dr. Fernando Augusto Cavalheiro da Conceição Trindade Lopes, mas infelizmente morreu. Éramos jovens, não chegámos a ter filhos e como não voltei a casar, fiquei sem descendentes diretos. Sou o último membro desta família.

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Então, em 2002 doei a casa à Câmara Municipal de Leiria na condição de esta ser transformada num museu que ensine, sobretudo às gerações mais novas, como era viver numa casa agrícola tradicional e a importância de cuidarmos da terra, pois é ela quem nos alimenta. E, claro, que também preserve a memória da minha família. A Câmara assim fez e hoje podem visitar o Agromuseu.

- Que história tão romântica, se bem que um pouco trágica! – (comentou Merlino) - Muito obrigado, D. Julinha, e adeus.

- Adeus – (despediu-se D. Julinha) - Meninos, portem-se bem e não se esqueçam de ir visitar o Agromuseu.

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O que visitar

- O que podemos ver no Agromuseu? – (perguntou logo o Dinis, interessado.)

- Vejamos… - (disse Merlino, consultando de novo o IPAD) - temos logo à entrada o celeiro, onde se guardavam os cereais nas tulhas ou arcas grandes de madeira, depois a adega, onde podemos ver vários utensílios ligados ao vinho, sobretudo os pipos para o guardar. Segue-se o pátio do lagar, onde se pisavam as uvas da quinta. Depois passamos pelas hortas da casa, que continuam a reproduzir os canteiros com ervas aromáticas e produtos hortícolas, como antigamente, vemos uma réplica de uma picota (um aparelho tradicional para tirar água dos poços) e o barraco, para armazenar os pastos do gado.

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- Gado? O que é isso!? – (interrogou a Isabel, intrigada.)

- Ora... – (retorquiu Merlino) - são os animais que se criavam aqui na casa, como os bois, as vacas, as ovelhas, os burros, as galinhas… bom, mas onde é que nós íamos? Ah! pois, passamos pela eira, onde se faziam as descamisadas e de um modo geral se debulhavam, limpavam e secavam ao sol os cereais (trigo, milho, cevada, centeio e aveia) e as leguminosas (grão-de-bico, feijão…). Ao lado fica a casa da eira, que guardava os instrumentos usados na eira, e a alpendrada, um telheiro usado também nas descamisadas e no abrigo de matos e lenhas.

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Entramos num pátio interior, e vemos as “casinhas” dos animais”: os galinheiros, habitados pelas aves de capoeira, como as galinhas, galos, os pintainhos, os perus, os patos, os gansos; as coelheiras dos coelhos; os currais dos bois e das vacas; as pocilgas dos porquinhos; a cavalariça, onde vivia o Joãozinho, o cavalo de raça Lusitana do senhor Carreira, pai da D. Julinha.

- Depois – (continuou Merlino) - ainda podemos ver a casa da salgadeira, onde se desmanchava o porco depois da matança, se faziam os enchidos e se guardavam as carnes, em arcas cheias de sal.

- Sal!? Mas porquê? Gostavam da comida muito salgada? – (inquiriu o Dinis.)

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- Nada disso! – (exclamou Merlino) - É que antigamente não existiam eletrodomésticos, como os frigoríficos e as arcas congeladoras. Assim, o sal servia para conservar alguns alimentos, como a carne e o peixe. Também podemos ver a casa do forno, que, como o nome indica, era onde se cozia a broa e o pão, num forno tradicional a lenha. Finalmente, o percurso de visitas acaba no ladrilho, onde se faziam atividades domésticas e algumas agrícolas, como escolher e retalhar a azeitona, depois dos trabalhos de apanha da azeitona, no outono.

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O que fazer (serviços educativos)

- Olha, olha… isto vocês devem gostar – (continuou Merlino) – Diz aqui que podem observar animais. Isto quer dizer que têm animais vivos. E até acho que sei quem são.

- Quem? Animais? Que espécie de animais? – (gritaram as crianças, encantadas com a ideia dos animais. Adoravam toda a espécie de bichinhos e tinham o maior respeito por eles. Em sua casa tinham um cão, um gato e um papagaio, com quem gostavam imenso de brincar. Mas também ajudavam os pais a cuidar deles.)

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- Ao que parece, podem brincar com o Pantufa e o Faísca, os cães, e com o Bombom e o Micas, os gatos. São muito mansinhos. Depois ainda podem ver ao vivo coelhos, galos e galinhas, um peru muito vaidoso e um casal de patos.

- Yuppi!!! – (manifestaram-se os petizes com alegria) – e que mais podemos fazer?

- Esperem, temos de continuar a consultar em www.cm-leiria.pt ou na Leiriagenda, o programa das atividades:

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O Agromuseu Municipal Dona Julinha recria o ambiente da antiga Casa Agrícola Pereira Alves de Matos Carreira, construída nos finais do século XIX, promovendo assim o património cultural e etnográfico da região leiriense.

A primazia dada a atividades lúdicas e pedagógicas potencia o conhecimento dos espaços e objetos musealizados. O conjunto pretende estabelecer uma relação interativa com o público, e explorando as temáticas ligadas à agricultura, pecuária, silvicultura, transformação artesanal de alimentos, usos e costumes tradicionais.

SERVIÇOS EDUCATIVOSAGROMUSEU MUNICIPAL DONA JULINHA

CONTACTOS

Todas as atividades estão sujeitas a marcação prévia

Travessa da Igreja | 2425-781 Ortigosa | LEIRIA

Tel.: 244 614 635

www.cm-leiria.pt | [email protected]

GPS39°49´51.50” N | 8°50’26.50” W

HORÁRIOsegunda a sexta-feira: 10h00 às 13h00 | 14h00 às 17h30

sábados: apenas grupos, por marcação

AGROMUSEU

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Visita guiada ao circuito museológico, com visionamento de documentário, sobre a Casa Agrícola Pereira Alves de Matos Carreira.

Destinatários: pré-escolar, 1º,2º,3ºCEB, SecundárioParticipantes: mínimo 10, máximo 25De segunda a sexta-feira das 14h00 às 17h00Duração: 60 minutos

Destinatários: pré-escolar, 1.º e 2.º CEBParticipantes: mínimo 10, máximo 25 | terça a sexta-feira das 14h00 às 17h30Duração: 30 a 60 minutos

Destinatários: pré-escolar, 1.º e 2.º CEBParticipantes: mínimo 10, máximo 25 | terça a sexta-feira das 14h00 às 17h30Duração: 30 a 60 minutos

Destinatários: pré-escolar, 1.º e 2.º CEBParticipantes: mínimo 10, máximo 25 | terça a sexta-feira das 14h00 às 17h30Duração: 30 a 60 minutos

Destinatários: pré-escolar, 1.º, 2.º e 3.º CEBParticipantes: mínimo 10, máximo 25 | terça a sexta-feira das 14h00 às 17h30Duração: 30 a 60 minutos

Destinatários: pré-escolar, 1.º, 2.º e 3.º CEB, SecundárioParticipantes: mínimo 10, máximo 25 | terça a sexta-feira das 14h00 às 17h30Duração: 30 a 60 minutos

Destinatários: pré-escolar, 1.º, 2.º e 3.º CEBParticipantes: mínimo 12 e máximo 25 em equipas de 4 elementos.terça a sexta-feira das 14h00 às 17h30Duração: 60 minutos

Destinatários: 1.º, 2.º e 3.º CEBParticipantes: mínimo 12, máximo 25 Duração: Período da manhã (Agromuseu) 90 minutos Período da tarde (Moinho do Papel) 120 minutos

VISITAS GUIADAS

PEQUENOS HORTELÃOS Nas hortas, os "pequenos hortelãos", distribuídos por grupos, apreendem noções básicas de horticultura tradicional. De acordo com a época do ano, os participantes iniciam as suas tarefas agrícolas, que passam por: preparar a terra, semear ou transplantar, mondar, sachar e regar.

HISTÓRIAS DE ESPANTO E DE ENCANTO Estimular a leitura e promover as histórias e os contos tradicionais, bem como outros elementos da tradição oral (adivinhas, provérbios, lengalengas…), são os objetivos desta atividade, que inclui animação com fantoches e dedoches.

À COCA DOS BICHINHOSVisa estimular a exploração da biodiversidade e sensibilizar para a importância da sua preservação. "À coca dos bichinhos" procura ensinar os hábitos e comportamentos dos animais residentes: perus, gansos, patos, galos, galinhas, pintos, coelhos, cães e gatos, por via da observação direta e da participação nas tarefas dos tratadores, na área da alimentação e higienização dos seus cómodos.

POUPAR A TERRA As boas práticas ecológicas são incentivadas nesta atividade. O ponto de ignição é a imaginação e a criatividade, na reutilização dos RSU (resíduos domésticos) e materiais naturais, matéria prima para construir novos objetos, úteis e divertidos. Entre outras atividades, haverá construção de comedouros e bebedouros para aves, com garrafas e garrafões pet.

ORA AGORA JOGAS TU Promoção de jogos e dinâmicas para grupos infantis e juvenis. Jogos de ar livre e de interior, com especial realce para os jogos populares, como o jogo do lenço, da carica, do berlinde, do botão, do pião, da malha, da corrida de sacos, jogo do arco, das andas, de saltar à corda, de tração à corda, da corrida de colher e batata, entre outros.

DESCOBRINDO O AGROMUSEU: PEDDY PAPERUma forma diferente e mais divertida de conhecer o Agromuseu. É constituído por uma parte teórica (questões) e uma parte prática (tarefas).

PÃO COM SABORES DA HORTAVamos descobrir as ervas aromáticas e todos os seus benefícios para a nossa saúde. No Moinho do Papel, vamos misturar as ervas aromáticas colhidas no Agromuseu e fazer pão com sabores.

OFICINAS PEDAGÓGICAS

Exposições Temporárias | Comemorações de Efemérides | Formações | WorkshopsPara mais informações consulte a LEIRIAGENDA: www.cm-leiria/eventos | www.facebook.com/roteiroleiriagenda

OUTROS SERVIÇOS

VEM DIVERTIR-TE NO AGROMUSEU. ESPERAMOS PELA TUA VISITA!

TABELA:Visitas guiadas e Oficinas:

Escolas do concelho de Leiria: gratuito

ATL e outros serviços de ocupação de tempos livres e escolas que não pertençam ao concelho de Leiria: €1,05 por participante

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- Cáspite! que interessantes e variadas atividades podemos fazer em todos estes museus e no Castelo! Queremos participar em tudo! – (afirmou o Dinis) – Decerto que será muito bom irmos visitá-los em passeio de estudo, mas acho que também era uma boa ideia voltarmos a estes lugares nos fins de semanas, com os nossos pais. Assim, ensinávamos-lhes aquilo que já tínhamos aprendido, em conjunto com os professores e os colegas da escola.

- Concordo contigo, mano – (disse a Isabel) – Mas, Merlino, já sinto imensa fome, quero voltar para casa.

- Claro, meus queridos amiguinhos – (concordou Merlino) - Já nos fartámos de passear, agora é altura de regressar. Vamos lá. 1,2,3… agarrem-se ao bastão…

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E puf… Dinis e Isabel viram-se de novo, no fundo do quintal da avó Luísa, encostados ao tronco robusto do grande carvalho. De Merlino nem sinal. Entreolharam-se um pouco confusos.

Teria sido apenas um sonho?

FIM

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3. Completa as frases, escolhendo as palavras corretas.

D. Afonso Henriques mandou construir o Castelo de Leiria em ________________.

O seu primeiro alcaide-mor chamava-se ___________________________. A Torre de

Menagem foi reconstruída no século XIII por iniciativa do rei ___________________,

enquanto que os Paços Novos foram edificados por ordem de _________________.

Será que ainda se lembram?

1. Que idade tinha o “Menino do Lapedo” quando foi sepultado?a) 10 anos b) 4 anos c) 2 anos

2. Qual o animal que foi colocado sobre o corpo do “Menino”?a) Mamute b) Urso c) Coelho juvenil

R: D. Dinis; D. José Mourinho;1140; 1135; D. Cristiano Ronaldo; D. Paio Guterres; D. Ricardo Araújo Pereira; D. João I

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4.a) Moura (muçulmana) b) Budista c) Cristã

5. Será verdade ou mentira? O m|i|mo tem as suas instalações no local dos antigos celeiros da Mitra

As coleções expostas são de caixas de fósforosNo m|i|mo podemos ver e usar aparelhos engraçados como o zootrópio

Segundo uma das lendas, no Castelo viveu a princesa Zara. Ela era:

V F

A. B. Pessoa que realiza o filme

C. Conjunto de toda a música do filme

D. Superfície onde se projeta o filme

E. O mesmo que obra cinematográfica

F. Pessoa masculina que representa no filme

Aparelho para filmar ou gravar imagens.

6. Completa

AB

CD

EF

C A A

R A I

N

E

M

A

O

B N A S R

A

T

F

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7.a) Francisco Rodrigues Lobo b) Marco Horácio c) Afonso Lopes Vieira

8. Em que ano foi inaugurada a primeira Biblioteca Municipal Afonso Lopes Vieira?

Como se chama o escritor que doou a sua biblioteca pessoal à cidade de Leiria?

V F

1955 1997 1855

1755 1135 2055 1411

2012 24.500

9. Como se chamava o proprietário do Moinho do Papel em 1411?a) Gonçalo Lourenço de Gomide b) Gonçalo Eanes de Zurara c) Gonçalo Zarco

10. Será verdade ou mentira? a) Leiria foi a terceira cidade a ter uma tipografia

b) As mós do Moinho do Papel são movidas pelo ventoc) Para além do papel, foi moinho de cereais

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01

11.a) Um palácio do século XV

b) Uma fortaleza do século XIIc) Uma casa agrícola do século XIX

12. Faz corresponder as afirmações da coluna A com as afirmações da coluna B.

O Agromuseu Municipal Dona Julinha recria o ambiente de:

a) O fundador da casa é

b) A casa produzia

c) Os bois e as vacas

d) Na eira faziam-se as

A

descamisadas.

eram animais que ali se criavam.

José Joaquim Pereira.

cereais, vinho e azeite.

B

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VEM À NOSSA DESCOBERTA!