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Junho de 2006
A Determinação da Taxa de Juros no Brasil
A Determinação da Taxa de Juros no Brasil
2
A Determinação da Taxa de Juros no Brasil
I. Importância do Controle da Inflação
II. Alternativas de Regimes Monetários
III. Implementação do Regime de Metas no Brasil
IV. Trajetória das Metas de Inflação no Brasil
V. Resultados da Política Monetária
VI. Evolução Recente da Atividade Econômica e do
Mercado de Trabalho
3
A Determinação da Taxa de Juros no Brasil
I. Importância do Controle da Inflação
4
Importância do Combate à Inflação
• Experiência internacional mostra que inflação baixa e estável é pré-condição para o crescimento, isto é, países só crescem de forma sustentada com estabilidade de preços;
• Brasil tem uma experiência ainda curta e recente de baixa inflação.
5
Crescimento e Inflação
1990-2005 (variação média anual)
PIB (%)
Cingapura 1,56,6China 5,19,5
Chile 8,25,6Tailândia 3,95,0
Coréia 4,85,8
Inflação (%)
Índia 5,9 7,4
México 3,1 14,52,1 133,6Brasil
6
Brasil: Inflação Mensal
Plano Collor I
%
Plano Real
Plano Verão 85Plano Bresser 75 Plano Collor II
Plano Cruzado65
55
45
35
25
15
5
-5
80 82 84 86 88 90 92 94 96 98 00 02 04 06
7
Importância do Combate à Inflação
• Apesar da queda do patamar inflacionário após a edição do Plano Real em 1994, observamos repiques inflacionários em 1999, 2002/2003 e, em menor escala, em 2004;
• Cultura inflacionária e mecanismos de indexação (formais ou informais) persistem na economia brasileira;
• Quadro de estabilidade de preços ainda precisa ser consolidado.
8
Brasil: Inflação em 12 Meses (1998-2006)%
18
15
12
9
6
3 4,2%
0
jan98
jan99
jan00
jan01
jan02
jan03
jan04
jan05
abr06
9
Importância do Combate à Inflação
• O controle da inflação também é prioritário para a inclusão social, já que as faixas mais pobres da população sofrem relativamente mais os efeitos perversos da inflação;
• O repique inflacionário no segundo semestre de 2002 e primeiro semestre de 2003, por exemplo, provocou forte erosão no poder de compra dos salários.
10
Salário Real Médio (2003-2005)
2003
-12,2%
4+2,0%
2
0-0,7%-2
-4
%
-6
-8
-10
-12
-14
2004 2005
11
Salário Real x Surpresa Inflacionária in
flaçã
o >
expe
ctat
iva
infla
ção
< ex
pect
ativ
a méd
ia m
óvel
de
3 m
eses
, R$
Surpresa Inflacionária
Salário Real
925
950
975
1000
1025
jan03
jul03
jan04
jul04
jan05
jul05
abr06
-4
-2
0
2
4
6
8
10
12
14 1050
12
Importância do Combate à Inflação
• Dados recentes da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) do IBGE atestam a importância do controle da inflação para a melhora da distribuição de renda;
• O único ano desde 1995 em que a parcela da renda dos 50% mais pobres não subiu foi justamente 2002, marcado por forte aceleração inflacionária.
13
Participação dos 50% Mais Pobres na Renda
15,5
15,0
14,5
14,0%
13,5
13,0
12,5
1995 1996 1997 1998 1999 2001 2002 2003 20042000
Fonte: IBGE (não houve pesquisa em 2000)
14
Importância do Combate à Inflação
• Em resumo, além de alongar o horizonte de previsibilidade dos agentes econômicos, reduzindo a incerteza e favorecendo o investimento, a inflação baixa e controlada preserva o poder de compra dos salários e contribui para a melhora na distribuição de renda, sustentando a demanda agregada e assegurando maior crescimento ao longo do tempo.
15
A Determinação da Taxa de Juros no Brasil
II. Alternativas de Regimes Monetários
16
Alternativas de Regimes Monetários
• Entre as alternativas de regimes monetários, o controle da taxa de câmbio e a definição de metas para agregados monetários foram usados em diversos países, e gradualmente abandonados.
17
Alternativas de Regimes Monetários
• Controle da taxa de câmbio:
O controle da taxa de câmbio foi utilizado diversas vezes no Brasil e em outras economias, culminando em geral com crises cambiais;
Exemplos recentes: Reino Unido (1992), México (1994), Tailândia, Coréia do Sul, Filipinas e Indonésia (1997), Rússia (1998), Argentina (2002) e Brasil em diversas ocasiões (a mais recente, em 1999).
18
Alternativas de Regimes Monetários
• Metas de agregados monetários:
Evidência empírica comprova que correlação entre inflação e quantidade de moeda é instável no curto prazo;
A instabilidade da demanda por agregados monetários, a endogeneidade de sua oferta e inovações financeiras levaram ao abandono da opção de metas de agregados monetários;
Exemplos: Reino Unido nas décadas de 70 e 80, Alemanha e Suíça até a década de 90.
19
Alternativas de Regimes Monetários
• Na busca de alternativas, consolidaram-se nos últimos 15 anos duas mudanças institucionais que ajudaram a reduzir a inflação em diversos países:
Adoção da política de metas de inflação;
Autonomia operacional da autoridade monetária.
20
Alternativas de Regimes Monetários
• Regime de metas de inflação:
O Banco Central se compromete a atuar de forma a garantir que a taxa de inflação esteja em linha com uma meta pré-estabelecida, anunciada publicamente;
Política de metas é um mecanismo de coordenação de expectativas, tendo a vantagem de ser mais transparente e ser melhor entendido pela sociedade.
21
Alternativas de Regimes Monetários
• O regime de metas de inflação foi formalmente
adotado pela primeira vez pela Nova Zelândia em
1989/1990, seguida pelo Canadá e pelo Chile em 1991
e por Israel e Reino Unido em 1992;
• Atualmente, é seguido em 22 países (entre
desenvolvidos e economias emergentes), além do
Banco Central Europeu.
22
Países que Seguem Metas de Inflação
ano de adoção do regime de metas
infla
ção
ante
rior à
ado
ção
das
met
as (%
)
Israel
NovaZelândia
CanadáReino Unido Suécia
Austrália
México
Polô
nia
República Tcheca Colômbia
Coréia do Sul
BRASIL
Áfricado Sul
SuíçaTailândia
IslândiaNoruega
0
48
1216
20
1989 1991 1993 1995 1997 1999 2001 2003
Filipinas
40 Peru
36
32
28 Chile
24
Hungria Turquia
2006
23
Regime de Metas de Inflação
• Diversos países adotaram o regime de metas para
assegurar permanentemente os ganhos advindos da
baixa inflação (por exemplo: Reino Unido, Suécia,
Austrália e Canadá);
• Outros países adotaram o regime de metas em ambiente
de inflação elevada, para conduzir à desinflação gradual
da economia (por exemplo: Chile, Israel, Colômbia e
República Tcheca, além do Brasil).
24
Regime de Metas de Inflação
• Resultados mostram uma queda pronunciada da
inflação, em especial nas economias emergentes
que adotaram a política de metas para conduzir o
processo desinflacionário;
• Em qualquer caso, a autoridade monetária necessita
de autonomia operacional para perseguir a meta.
25
Regime de Metas de InflaçãoInflação Média nos Países que Seguem Regime de Metas
(desde a sua adoção) 24
Economias Emergentes
20
16
12%
8
Países Desenvolvidos4
01990 1993 1996 1999 2002 2005
26
Regime de Metas de Inflação
• Alguns exemplos de sucesso:
Países desenvolvidos:
•Nova Zelândia
•Reino Unido
Economias Emergentes:
•Chile
•Israel
27
Nova Zelândia
• Pioneira na adoção do regime de metas de inflação,
implantado em 1989/90;
• Contexto: Inflação alta e volátil ao longo de toda a década
de 80, chegando próximo a 20% no final da década;
• Em 1989, formalizada a autonomia do Banco Central;
• Resultados: a inflação convergiu rapidamente para o
objetivo, mantendo-se no intervalo das metas por quase
todo o período.
28
Nova Zelândia: Inflação e MetasIPC (Variação Acumulada em 4 Trimestres)
20
%
0,0
2,0
0,0
3,0
1,0
3,0
Introdução do Regime de Metas para Inflação
181614121086420
-24T80
2T83
4T85
2T88
4T90
2T93
4T95
2T98
4T00
2T03
1T06
29
Reino Unido
• Contexto: adoção do regime de metas de inflação em 1992,
após o colapso e a saída da libra esterlina do Sistema
Monetário Europeu necessidade de uma nova âncora
nominal;
• Em 1997, o regime é consolidado com a autonomia formal
do Banco da Inglaterra;
• Resultados: inflação baixa e o mais longo ciclo de
crescimento econômico do País desde o início do século
passado.
30
Reino Unido: Inflação e MetasPreços ao Consumidor (Variação Acumulada em 4 Trimestres)
9Introdução do Regime de Metas para Inflação
*Em 2003, mudança da meta acompanhada por mudança do índice de referência
1,0
4,0
2,52,0
Autonomia do Banco da Inglaterra
8
7
6
5%
4
3
2
1
01T89
3T90
1T92
3T93
1T95
3T96
1T98
3T99
1T01
3T02
1T04
1T06
31
Reino Unido: PIB110
Introdução do Regime de Metas para Inflação
+ longo período de crescimento do PIB:
40 trimestres de resultado positivo
100
90
70
80
2002
=100
60
501T74
3T77
1T81
3T84
1T88
3T91
1T95
3T98
1T02
4T05
32
Reino Unido: Crescimento do PIBAntes do Regime de
MetasNo Regime de
Metas
32,7
1,92
%
1
0
Média 1980-1991 Média 1992-2005
33
Reino Unido: Variância da Inflação e do PIB
8
0
1
2
3
4
0 1 2
1993-2005
1960-19691955-1959
desvio-padrão do crescimento do PIB (%)
desv
io-p
adrã
o da
infla
ção
(%)
No período de metas, volatilidade da inflação e do PIB é a menor do pós-guerra
7
1970-19796
51980-1992
3 4 5 6 7 8
34
Chile
• Contexto: Inflação alta e ampla indexação da economia nas
décadas de 70 e 80;
• Em 1989, o Banco Central ganha autonomia operacional e
financeira;
• Adoção do regime de metas de inflação em 1991
1991-1998: Versão “light” (com bandas cambiais )
Desde 1999: Versão “rígida” (com câmbio flutuante);
• Resultados: queda acentuada da inflação ao longo de todo o
período, com forte crescimento econômico.
35
Chile: Inflação e Metas IPC (Variação Acumulada em 12 Meses)
31Introdução do Regime de Metas para Inflação
%
4,02,0
27
23
19
15
11
7
3
-1
jan abr jul out jan abr jul out jan abr jul out jan abr90 91 92 93 95 96 97 98 00 01 02 03 05 06
36
Chile: Crescimento do PIBAntes do Regime de
MetasNo Regime de
Metas6 5,7
5
43,4
3%
2
1
0Média 1980-1990 Média 1991-2005
37
Israel
• Contexto: inflação crônica e ampla dolarização da economia
na década 80 planos heterodoxos não conseguem debelar
inflação de forma definitiva;
• Banco Central autônomo desde sua fundação, em 1954;
• Em 1992, adoção de metas de inflação com bandas cambiais;
• Flutuação do câmbio a partir de 1997;
• Queda gradual da inflação para a atual meta: 1%-3%.
38
Israel: Inflação e Metas IPC (Variação Acumulada em 12 Meses)
22Introdução do Regime de Metas para Inflação
14,5
10,08,0 7,0
2,0
11,0 10,0
4,0 3,5
3,0 2,5
17
12
%
7
1,03,02
-3
jan jul jan jul jan jul abr91 93 96 98 01 03 06
39
A Determinação da Taxa de Juros no Brasil
III. Implementação do Regime de Metas no Brasil
40
Implementação do Regime de Metas no Brasil
• Regime de metas instituído em junho de 1999,
complementando a transição para o câmbio flutuante;
• Com o colapso do regime de câmbio fixo, era necessário
buscar uma nova âncora nominal para a economia;
• Alternativas ....
– Controle de agregado monetário?
– Nova âncora cambial?
– Dolarização?
.... não se mostravam viáveis na prática.
41
Implementação do Regime de Metas no Brasil
• Definições iniciais:
Índice de referência: IPCA (mede a variação do custo da
cesta de consumo representativa da população com
renda até 40 salários mínimos em 12 regiões
metropolitanas do país);
Metas definidas para o ano-calendário, dois anos à
frente;
Metas estabelecidas com intervalo de tolerância, sem
cláusulas de escape.
42
Implementação do Regime de Metas no Brasil
• No caso do Brasil, as metas são definidas pelo
Conselho Monetário Nacional (CMN);
• Ao Banco Central, cabe a responsabilidade de cumprir
as metas, utilizando a taxa de juros de curtíssimo prazo
como instrumento;
• Copom (Comitê de Política Monetária) é o órgão
colegiado no âmbito do Banco Central responsável pela
decisão de taxa de juros.
43
Implementação do Regime de Metas no Brasil
• Nas últimas duas décadas, o estabelecimento de comitês decisórios de política monetária tornou-se uma prática comum nos bancos centrais de todo o mundo;
• Os comitês reduzem a discricionariedade da decisão e permitem a criação de um ritual e calendário adequados;
• Decisão colegiada tende a ser menos sujeita a erros que a decisão individual;
• Seguindo essa tendência, o Copom foi criado em 1996, formado pelo Presidente e pelos diretores do Banco Central.
44
Implementação do Regime de Metas no Brasil
CMN estabelece a meta de inflação
Banco Central é responsável por seu cumprimento
Copom fixa a taxa de juros de curto prazo
Taxa de juros afeta a inflação com defasagens
45
Implementação do Regime de Metas no Brasil
• Pré-condições:
Estabelecimento de uma única meta/objetivo;
Credibilidade das metas e do índice utilizado;
Autonomia operacional do Banco Central/Copom;
Regime de câmbio flutuante.
46
Implementação do Regime de Metas no Brasil
• O Banco Central determina a taxa de juros de curtíssimo
prazo (taxa Selic), mas a transmissão da política monetária
se dá por meio das taxas de mercado em diferentes
horizontes, que não são controladas pela autoridade
monetária;
• É possível ocorrer um descasamento entre a taxa Selic e
as taxas de mercado, se os agentes antecipam mudanças
da política monetária, ou em períodos de incerteza ou
ainda em períodos em que a política monetária perde
credibilidade.
47
Selic e Taxas de Mercado (180 e 360 Dias)
jan jan jan
32Taxa Selic30Taxa Swap 180 Dias
28Taxa Swap 360 Dias
26
24
%
22
20
18
16
14jan jan jan mai00 02 03 04 05 0601
48
Implementação do Regime de Metas no Brasil
• A eficácia da política monetária depende em grande
medida da sua credibilidade;
• Uma comunicação eficaz e o compromisso com a
transparência são fundamentais na implementação da
política monetária;
• Para coordenar expectativas, o banco central necessita
explicar suas decisões de forma racional e consistente.
49
Implementação do Regime de Metas no Brasil
• O Banco Central do Brasil é reconhecido internacionalmente pela excelência e pioneirismo de sua política de comunicação e transparência;
• Instrumentos de comunicação:
Atas das reuniões do Copom divulgadas uma semana após a reunião, explicando detidamente os condicionantes da decisão;
“Relatório de Inflação” trimestral;
“Carta Aberta” do Presidente do Banco Central ao Ministro da Fazenda, no caso da meta de inflação não ser cumprida.
50
Implementação do Regime de Metas no Brasil
• Na implementação da política monetária, o Banco Central avalia detidamente uma série de indicadores, como:
Evolução da economia global;
Cenário doméstico de atividade, preços, crédito, finanças públicas e balanço de pagamentos;
Mercado de trabalho;
Mercado monetário;
Expectativas dos agentes privados;
Modelos de projeção para a inflação.
51
A Determinação da Taxa de Juros no Brasil
IV. Trajetória das Metas de Inflação no Brasil
52
Trajetória das Metas de Inflação no Brasil
• Trajetória para as metas no Brasil foi definida pelo CMN,
tendo por fundamento a convergência gradual da taxa de
inflação da economia brasileira para níveis próximos aos
vigentes nos nossos principais parceiros comerciais;
• Essa trajetória foi revista, em função de choques adversos
que atingiram a economia e alteraram a velocidade de
convergência para a meta de inflação de longo prazo.
53
Trajetória das Metas de Inflação no Brasil
Estratégia delineada pelo CMN no lançamento do regime previa rápida desinflação:
Metas de Inflação fixadas em 1999/2001
1999 8% +/- 2%
2000 6% +/- 2% Resolução no 2.615, de junho de 1999
2001 4% +/- 2%
2002 3,5% +/- 2% Resolução no 2.744, de junho de 2000
2003 3,25% +/- 2% Resolução no 2.842, de junho de 2001
54
Trajetória das Metas de Inflação no Brasil
Choques levaram à revisão da estratégia original
2003 4% +/- 2,5%
2004 3,75% +/- 2,5%
Resolução nº 2.972, de junho de 2002 (alterando a meta de inflação e o intervalo de tolerância fixados em 2001)
2003: Trajetória de metas ajustadas
2003 8,5% Carta Aberta ao Ministro da Fazenda, de janeiro de 2003 (meta ajustada)
2004 5,5%
55
Trajetória das Metas de Inflação no Brasil
Desinflação permitiu retorno à estratégia anterior
2004 5,5% +/- 2,5%
2005 4,5% +/- 2,5%
Retorno ao intervalo de tolerância original
Resolução no 3.108, de junho de 2003 (adota a meta ajustada do Bacen para 2004 como nova meta do CMN, com intervalo de tolerância de 2,5 p.p., e fixa a meta de 2005)
2006 4,5% +/- 2% Resolução no 3.210, de junho de 2004
2007 4,5% +/- 2% Resolução no 3.291, de junho de 2005
(obs: meta de 2008 será estabelecida em junho de 2006)
56
Trajetória das Metas de Inflação no Brasil
• As metas de inflação no Brasil ainda são
relativamente mais altas, e os intervalos de
tolerância maiores, do que em outros países que
seguem o mesmo regime de política monetária
(mesmo as economias emergentes)
57
Metas de Inflação
Metapara 2006
Intervalo deTolerância Período
Brasil 4,5 +- 2,0 (meta para ano-calendário)África do Sul 3,0 – 6,0 - meta de longo-prazoAustrália 2,0 – 3,0Canadá 2,0 +- 1,0
- (meta de longo-prazo)(meta de longo-prazo)
Chile 3,0 +- 1,0 (meta de longo-prazo)Colômbia 4,5 +- 0,5
Reino Unido 2,0 +- 1,0
Islândia 2,5 +- 1,5 (meta de longo-prazo)(meta para ano-calendário)
Israel 2,0 +- 1,0 (meta de longo-prazo)México 3,0 (meta de longo-prazo)Nova Zelândia 2,0 +- 1,0
+- 1,0(meta de longo-prazo)
Peru 2,5 +- 1,0(meta de longo-prazo)(meta de longo-prazo)
República Tcheca 3,0 +- 1,0Suécia 2,0 +- 1,0 (meta de longo-prazo)
(meta para ano-calendário)
Tailândia 0,0 - 3,5 - (meta de longo-prazo)Turquia 5,0 - (meta para ano-calendário)
58
A Determinação da Taxa de Juros no Brasil
V. Resultados da Política Monetária
59
Resultados da Política Monetária
• No período de metas para a inflação, houve redução na
volatilidade da inflação, da taxa de juros e da taxa de
crescimento do PIB, em comparação com o período entre a
estabilização (Plano Real) e a implementação do regime de
metas;
• A taxa média de crescimento do PIB subiu, comparativamente
ao período de câmbio fixo;
• A taxa de juros caiu de forma expressiva.
60
Volatilidade de Inflação,PIB e Taxa de Juros
Inflação, PIB e Taxa SelicMédia, Desvio Padrão e Coeficiente de Variação
Período Taxa SelicInflação PIB
Média D.P. C.V. Média D.P. C.V.Média D.P. C.V.
Anterior ao Regime de Metas1T96 – 2T99 5,8 4,9 84% 2,1 5,3 251% 28,2 6,0 21%
Regime de Metas8,1 5,5 68% 2,6 3,6 137% 18,8 2,7 14%3T99 – 1T06
Regime de Metas (exclusive período de choques externos: 3T01 a 2T03)
3T99 – 1T06 6,6 3,0 46% 3,4 3,2 93% 18,0 1,9 11%
*todos os dados trimestrais anualizados
61
Taxa Selic
50 Média Anterior ao Regime de Metas
%
45Média Regime
de Metas40
35
Média Regimede Metas
(excl jul 01 a jun 03)
30
25
20
15jan jan jan jan jan jan jan jan jan jan mai96 97 98 99 00 01 02 03 04 05 06
62
Inflação x Metas
• 1999/2000: a inflação ficou dentro do intervalo de tolerância
estabelecido pelo CMN;
• 2001/2002: choques adversos de grande magnitude
atingiram a economia, desviando a inflação da trajetória
das metas;
• 2003: efeitos defasados dos choques de 2001/2002 ainda
impactaram a taxa de inflação;
• 2004/2006: a inflação retorna à trajetória das metas.
63
Metas de InflaçãoIPCA
14
%
0
2
4
6
8
10
12
1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
MetasIntervalos de Tolerância
2006
8,9
6,0
7,7
12,5
9,3
7,6
IPCA (Consenso)
5,74,2 4,5
2007
64
Quadro Inflacionário Recente
• As medidas de núcleo de inflação acompanhadas pelo
Banco Central mostram comportamento recente mais
benigno da inflação, após a forte aceleração de 2002 e,
em menor escala, de 2004;
• Da mesma forma, o índice de difusão da inflação (% de
itens com aumento mensal de preços) apresenta
tendência de queda;
• Os preços no atacado caíram em 2005, após variação de
dois dígitos em 2004.
65
Núcleos de Inflação
IPCA: Medidas do Núcleo (Média Móvel de 3 Meses)
%
Com SuavizaçãoExclusão
Sem Suavização
0,2jan02
1,7
1,4
1,1
0,8
0,5
jul02
jan03
jul03
jan04
jul04
jan05
jul05
jan06
mai06
66
Índice de Difusão
88Linha de Tendência
78
% 68
58
48jan02
jul02
jan03
jul03
jan04
jul04
jan05
jul05
mai06
jan06
67
Preços Livres Comercializáveis x Não-comercializáveis
Acumulado em 12 Meses1021
Comercializáveis18 9
158
Não-Comercializáveis127 %%
96
6
53
40jan06
jan02
jul02
jan03
jul03
jan04
jul04
jan05
jul05
mai06
68
Preços Livres Comercializáveis xTaxa de Câmbio
21
Taxa de Câmbio
Comercializáveis
%
R$/
US$
2,0mai06
4,0
19
17 3,6
15
13 3,211
9 2,8
7
2,45
3
1jan02
jul02
jan03
jul03
jan04
jul04
jan05
jul05
jan06
69
Expectativas de Inflação
• A política monetária tem conseguido manter as
expectativas de inflação sob controle;
• Para 2006 e 2007, expectativas dos agentes privados
estão bem ancoradas à trajetória das metas.
70
Expectativas x Metas - Final do Ano
Expectativaano+1
Metaano+1
Expectativaano+2
Metaano+2
1999 7,0 6,0 4,0 4,0
2000 4,3 4,0 3,8 3,5
2001 4,8 3,5 4,0 3,25*
2002 11,0 4,0** 8,0 3,75**
2003 6,0 5,5 5,0 4,5
2004 5,7 4,5 5,0 4,5
2005 4,5 4,5 4,5 4,5
*Meta CMN fixada em jun/2001 (Resolução nº 2,842)** Meta CMN fixada em jun/2002 (Resolução n° 2,972)
71
Expectativas de Inflação
6,4
%
6,0
20055,6
5,2
4,8
20074,4
2006
4,0jan04
jul04
jan05
jul05
jan06
jun06
72
Expectativas x IPCA
Expectativa de IPCAPróximos 12 Meses
4,0
4,5
5,0
5,5
6,0
6,5
7,0
jul04
ago04
set04
out04
nov04
dez04
jan05
fev05
mar05
abr05
mai05
18IPCA em
12 Meses (t+12)16
14
12
%
10
8
6
4
jan jul jan jul jan jul jan jul mai02 02 03 03 04 04 05 05 06
73
Surpresa InflacionáriaIPCA Ocorrido (–) IPCA Esperado
03 03 04 04 05 05 06
-4
-2
0
2
4
6
IPC
A >
exp
ecta
tivas
IPC
A <
ex
pect
ativ
as
14
12
10
8
maijan jul jan jul jan jul jan06
74
Expectativas e Metas
15
%
Expectativa de IPCAPróximos 12 Meses12
Metas de Inflação9
6
3
0jan02
jan03
jan04
jan05
jan06
jan07
jan08
75
A Determinação da Taxa de Juros no Brasil
VI. Evolução Recente da Atividade Econômica e do Mercado de Trabalho
76
PIB
Em Relação ao Trimestre Anterior, Dessazonalizado2,0
%
-1,5
-1,0
-0,5
0,0
0,5
1,0
1,5
Maior Crescimento desde 3º tri/2004
1,4
1T 3T 1T 3T 1T2T 4T 2T 4T04 04 05 05 0604 04 05 05
77
PIBde
ssaz
onal
izad
o, 1
990
= 10
0
Média1999-2003: 1,8%
Média2004-2006: 3,7%
122
125
128
131
134
137
1T99
Projeção2006: 4%152
149
146
143
140
1T06
1T00
1T01
1T02
1T03
1T04
1T05
2006
Fonte: IBGE, Banco Central
78
Consumo das Famílias
Em Relação a Igual Trimestre do Ano Anterior6
Crescimento pelo 10º Trimestre Consecutivo5
%
1T04
3T04
1T05
3T05
1T06
4 3,9
3
2
1
0
4T04
2T05
4T05
2T04
Fonte: IBGE
79
Produção Industrialde
ssaz
onal
izad
o, 2
002
= 10
0
95
100
105
jan fev
2002
2003
2005115 2006
110 2004
mar abr mai jun jul ago set out nov dez
80
Vendas no Varejode
ssaz
onal
izad
o, 2
003
= 10
0
9799
101103105107109
jan01
Média Móvel de 3 Meses119117115113111
jan02
jan03
jan04
jan05
mar06
81
Criação de Emprego FormalAcumulado em 12 Meses
2,0
milh
ões
0,5
Média 2003: 667 mil
Média 2004-2006: 1.282 mil1,5
1,0
Média 1995-2002: 33 mil0,0
-0,5
-1,0jan jan jan jan jan jan jan jan jan jan jan abr95 96 97 98 99 00 01 02 03 04 05 06
82
Taxa de Desemprego
13,2
2002
2003
2004
2006
12,812,412,011,611,2
%%
10,810,410,0
20059,69,28,88,48,0
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
83
Salário Real e Massa SalarialMédias Móveis de 3 Meses, Deflacionadas pelo INPC
Salário Real Médio Massa Salarial Real
940jan
98
102
104
jan
2003
= 1
00
1121010
1101000
108990
106980
R$
970
960
950 100
jan abr jan abrjul jul jul jul04 04 05 05 06 04 04 05 0605
84
Confiança dos Consumidores (São Paulo)
150
140
esca
la: 0
-20
0
130
120
110
1001T04
2T04
3T04
4T04
1T05
2T05
3T05
4T05
1T06
2T06
Fonte: Fecomercio
85
Confiança dos Consumidores (São Paulo)
170
Condições Atuais(barra)
Intenção Futura(linha)150
esca
la: 0
-20
0
130
110
90
701T04
2T04
3T04
4T04
1T05
2T05
3T05
4T05
1T06
2T06
Fonte: Fecomercio
86
Investimento
Em Relação ao Trimestre Anterior, Dessazonalizado765
%
3,743210
-1-2-3-4
1T04
2T04
3T04
4T04
1T05
2T05
3T05
4T05
1T06
Fonte: IBGE
87
Confiança Empresarial
70
65
45
50
55
esca
la: 0
-100 60
40
1T04
3T04
1T05
3T05
1T06
2T04
4T04
2T05
4T05
Fonte: FGV
88
Junho de 2006
A Determinação da Taxa de Juros no Brasil
A Determinação da Taxa de Juros no Brasil