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  • A Dimenso da Informao, Conhecimentoe da Sabedoria na Gesto das Organizaes

    e Territrios: A Busca Contnua daInovao e Sobrevivncia

    Marcus Vincius Albrecht Anversa

    Doutorando em Geografia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ

    Analista em Cincia e Tecnologia do MCTI/Instituto Nacional de Tecnologia

    Brasil

    [email protected]

    Resumo

    Neste trabalho abordaremos o impacto da Informao & Conhecimento nas organizaes. AsTecnologias de Informao e Comunicao - TICs fornecem a base tcnica para os novos modos dereproduo e valorizao do capital seja o capital financeiro, transformado em pura informao, seja ocapital produtivo , ao permitirem a flexibilizao do aparato tcnico e do trabalho e ao viabilizarem aproduo e a circulao de um conjunto de bens informacionais de gil produo, comercializao econsumo. O capital financeiro, os genticos e demais dados dos elementos naturais e antrpicos sotransformados em recursos informacionais a disposio das diversas organizaes para a gesto,interveno e inovao. Tambm abordaremos o advento de uma nova Era ou Sociedade denominada Erada Sabedoria ou Sociedade da Conscincia, na qual vivenciamos uma poca de excesso de informao econhecimento, que precisam ser geridos e selecionados. Esta Era ou Sociedade tem como caracterstica aexigir uma cultura da sabedoria na gesto das organizaes, portanto, que repercutem em escala maior naeconomia na qual prevaleam certas competncias ditas referenciais. Elas so as pr-condies para umnovo tipo de liderana para as organizaes sobrevivam, que utiliza a sabedoria na administrao daenorme quantidade de informaes e conhecimentos visando a busca contnua da inovao esobrevivncia.

    Palavras Chaves

    Inovao, Informao & Conhecimento, Territrio, Sociedade da Sabedoria ouConscincia, Gesto por Referncias.

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  • 1. Introduo

    Esta pesquisa busca a conexo da Informao, Conhecimento e Sabedoria (Conscincia) com aInovao, os seus efeitos nas dinmicas territoriais, alm de sua repercusso na gesto das organizaes. um estudo preliminar, que procura utilizar em sua metodologia a anlise da dinmica socioespacial.

    A atuao da informao & conhecimento nas organizaes em suas respectivas bases territoriaisatravs dos fluxos informacionais, os seus consequentes efeitos inovativos e o impacto na produo sode grande importncia para os estudos ligados a essa tema. As anlises da organizao das novasinfraestruturas, especialmente ligadas informtica e a telecomunicaes, esto evoluindo como nunca,fomentando diversos debates focados na transformao das formas de produzir, distribuir bens materiais eimateriais, impactando no advento de novas formas gerencias e no provvel advento de uma Era chamadade Sabedoria ou Conscincia.

    2. A Informao & Conhecimento na Inovao do Territrio eOrganizaes

    A informao est inserida no processo em ocorrncia nas ltimas dcadas, na qual setransformaram substancialmente as formas de produzir e de distribuir bens materiais e imateriais. Tudoisso ocorre em parte ao desenvolvimento de um conjunto de tecnologias e inovaes relacionadas schamadas Tecnologias da Informao e Comunicao (TICs), que iro conferir novo estatuto informao, e ao conhecimento como fatores de competitividade, hegemonia geopoltica edesenvolvimento socioeconmico.

    Bertha Becker (2006) aponta que em vista das transformaes proporcionadas pelas TICs,responsveis pela atual sociedade informacional, novos atores se tornam portadores e mobilizadores denovos circuitos cognitivos e informacionais no territrio e, por conseguinte, nas organizaes. Estesatores procuram fazer uso desses circuitos para influir nos processos de tomada de deciso, como porexemplo, na Amaznia, em que a tnica da questo ambiental destaque, com repercusso local e global.

    Assinala-se ento que a diferenciao dos territrios, palco das aes sociais realizadas nas maisvariadas organizaes, remete diferenciao de suas prticas sociais, de suas prticas econmicas, isto ,de suas bases e prticas de conhecimento, de informao e de inovao. a partir dessas basesespecficas contidas em cada organizao em dada base territorial, que as estratgias de ao edesenvolvimento tm que ser pensadas e praticadas. Assim, se renova o papel do territrio, suporte dasorganizaes, como espao de interao, de aprendizagem social e de inovao em sentido amplo, no stecnolgica, mas tambm social.

    Devemos atentar que as TICs fornecem a base tcnica para os novos modos de reproduo evalorizao do capital seja o capital financeiro, transformado em pura informao, seja o capitalprodutivo , ao permitirem a flexibilizao do aparato tcnico, do trabalho e ao viabilizarem a produo ea circulao de um conjunto de bens informacionais de gil produo, comercializao e consumo(PIRES, 2007). As informaes e dados ambientais, que usaremos como exemplificador, contidos numarede de 1Bancos de Dados e Bibliotecas Virtuais Ambientais BBVAs (ANVERSA, 2008), fornecemesses novos modos de reproduo e valorizao do capital, isto , o de moldar as organizaes que atuamdiretamente ou no na gesto da natureza, alm de proporcionar a matria-prima (informao, dados) queso o princpio ativo das inovaes. Os BBVAs tem a peculiaridade de funcionar como instrumentofacilitador e potencializador de empresas/organizaes na rpida interveno e de produo eficaz numdado territrio. Assim como o capital financeiro, os dados biogeogrficos, genticos (base dabiotecnologia) e dos demais dados dos elementos naturais e antrpicos so transformados e utilizadoscomo recursos informacionais (ALBAGLI & MACIEL, 2004).

    Atravs da Figura 1, pgina 3, podemos observar a existncia de dois importantes e principaiscentros informacionais e gerenciais ambientais do pas do Brasil: o Distrito Federal, atravs de Braslia,devido a cidade ser sede do Poder Executivo Federal, com seus Ministrios e rgos Federais, alm de

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  • sediar o coordenador da Rede Nacional de Meio Ambiente (RENIMA), o Centro Nacional deInformaes, Tecnologias Ambientais e Editorao (CNIA); e o Estado de So Paulo, com aproeminncia de Campinas, em virtude dos trabalhos realizados na coleta e disseminao de dados einformaes ambientais realizados pela Fundao Andr Tosello, em conjunto com a Universidade deBraslia (UnB) e Conselho Nacional para o Desenvolvimento Cientfico e Tecnolgico (CNPq); e peloCentro de Referncia em Informao Ambiental (CRIA), em conjunto com a Fundao de Amparo Pesquisa do Estado de So Paulo (FAPESP), Universidade de So Paulo (USP) e a Companhia deTecnologia de Saneamento Ambiental (CETESB).

    Figura 1: Quantidade de Fixos* de BBVAs Atuantes por Cidade no Brasil

    Fonte: ORGANIZADO POR MARCUS ANVERSA, 2008.

    * os bancos de dados e bibliotecas fsicas, da qual se gerncia e dissemina os fluxos informacionaisambientais dos BBVAs, sero denominados de fixos, diferente do conceito propalado pelo gegrafoMilton Santos. Tambm consideraremos fixos de BBVAs atuantes, alm daqueles que esto de fatodisponibilizando informaes e dados ambientais virtuais para a rede, os que esto se mobilizando paraimplementar a disseminao e os com potencial a mdio prazo de disponibilizar, segundo as informaesapuradas no I Workshop da RENIMA, 2005.

    1.Bibliotecas Virtuais Ambientais so organizaes que prestam um determinado servio on-line, no

    uma entidade independente ou nica. Elas requerem o uso padronizado de tecnologia para acessar os recursos deoutras e fazem parte dos objetos tcnico-cientfico-informacional. Como organizaes, provem os recursos, incluindoos profissionais especializados, visando selecionar, estruturar, oferecer acesso intelectual, interpretar, distribuir,preservar a integridade dos documentos ambientais, e garantir a persistncia das colees digitais, de tal forma queelas sejam lidas e disponveis economicamente para o uso atravs de um servio on-line, criado para atender as novasexigncias da pesquisa ambiental, sobretudo no que diz respeito agilidade para a obteno da informao. Decorrede um trabalho intelectual funcionando como um filtro para excluir informao irrelevante e, ao contrrio, tornardisponveis itens teis e de alta qualidade. Com isso resulta numa considervel ampliao do material impresso parauma grande variedade de recursos desmaterializados e desterritorializados que: a) consistem em representaesdigitais de objetos criados ou adaptados para este ambiente; b) so distribudos em muitos servidores e acessadoslivremente ou mediante compra ou licena. A Biblioteca Virtual Ambiental distingue-se das ferramentas de busca daInternet pela consistncia dos resultados que o usurio final recebe em sua busca por informao, embora o usointensivo de ferramentas eletrnicas seja uma exigncia para a localizao, manuteno e monitoramento dainformao que disponibiliza. Pelo fato de constituir-se no ciberespao, distingue-se, igualmente, das bibliotecas, doscentros de documentao e de outros lugares fsicos que organizam, armazenam e disseminam informao. No ossubstitui, embora deva complement-los.

    Bancos de Dados Virtuais Ambientais so organizaes, parte dos objetos tcnico-cientfico-informacional, que cuidam de um grupo especfico de dados ambientais, tendo um padro de formatao,qualificados e de preferncia, georeferenciados. So condicionados s peculiaridades do ciberespao, que provem osrecursos, incluindo os profissionais especializados, para selecionar, estruturar, interpretar, distribuir, preservar a

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  • integridade dos dados ambientais, e garantir a persistncia das colees digitais, de tal forma que elas sejam lidas edisponveis para o uso de uma comunidade cientfica, instituies pblicas e privadas e pela sociedade em geralatravs de um servio on-line. (GOMES, 2002; DIGITAL LIBRARY FEDERATION, 2007; ANVERSA, 2008)

    Na cidade de Campinas tambm se localiza uma das mais importantes instituies de ensinosuperior do Brasil, a Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), possuidora de uma importantebiblioteca virtual e criadora e gestora, atravs do seu Ncleo de Inovao Tecnolgica (NIT), de vriaspatentes e produtos inovativos em diversas reas como Fsica, Qumica, Medicina, Odontologia,Engenharias, e na rea biolgica.

    Baseado nos fixos de BBVAs, podemos realizar uma correlao com o quantitativo depesquisadores de grau universitrio que desenvolveram patentes/inovaes nas reas de Biologia e MeioAmbiente, disseminados pelos Ncleos de Inovao Tecnolgica dos 10 maiores Centros Regionais deInovao do Brasil, como podemos observar na Figura 2, abrangendo o perodo de 01/01/2006 a14/05/2014. Nota-se o destaque de Belo Horizonte, resultado do incremento das Polticas Pblicas emCincia e Tecnologia realizada pelo Governo do Estado de Minas Gerais nos ltimos anos.

    Temos confirmadas entre os 10 Centros Regionais de Inovao as cidades de Campinas eBraslia, dois importantes centros informacionais ambientais do Brasil que disseminam os seus dados einformaes ambientais atravs de redes cooperativas. Temos o exemplo das Redes ComunitriasAcadmicas no Brasil (Redecomep) criada em 2005 pela Portaria N 395 do Ministrio da Cincia eTecnologia (MCT), para dar suporte s aplicaes avanadas, nas reas de: computao, telemedicina(mantida pela Rede Universitria de Telemedicina RUTE), fsica de partculas, meteorologia,...,biologia e meio ambiente.

    Figura 2: Total de Pesquisadores de Inovaes nas reas de Biologia e Meio Ambiente (Formao emBiologia e Engenharia Florestal) nos 10 Maiores Centros de Inovao do Brasil

    Fonte: BANCO DE PATENTES DO INPI, 2014; PLATAFORMA LATTES/CNPq, 2014;ORGANIZADO POR MARCUS ANVERSA, 2014. *Belo Horizonte, Campinas, Curitiba e So Paulo, valores apurados por estimativa.

    Com base no que foi levantado at aqui a respeito do conhecimento, incluso a inovao, ambosproporcionados pela informao, podemos reconhecer ento que

    (...) socialmente moldado, possuindo no apenas uma dimensotemporal/histrica, mas tambm espacial/ territorial. Ainda que se possafazer referncia a um conceito genrico de conhecimento, osconhecimentos so especficos e diferenciados. Em um mesmo contextoeconmico e sociocultural, o conhecimento se diferencia, segundo reas ecomunidades de especialistas; segmentos e agentes econmicos;segmentos e grupos sociais; empresas e organizaes; constelaesregionais e redes sociais e produtivas (ALBAGLI & MACIEL, 2004).

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  • 2.2. O Poder da Inovao em Alterar a Estrutura Econmica, a Base Territorial e as Organizaes

    Como lembra Hindenburgo Pires (2003), toda uma estrutura econmica possui uma baseterritorial. Se a estrutura econmica se altera, a base territorial tambm se altera. Como a base territorialse alterou em muitas cidades, pode-se admitir, por conseguinte, que novamente a estrutura econmicatambm tende a se alterar e assim por diante, gerando o crculo virtuoso do crescimento econmico. Aocontrrio do que alguns pesquisadores e analistas tenham previsto, o espao local no perdeu suaimportncia com o desenvolvimento das telecomunicaes e das indstrias de informao, frutos darevoluo da microeletrnica. Acompanhado a disperso das atividades econmicas da globalizao, ascidades, por exemplo, adquiriram novas formas de composio do capital e de centralizao territorial,associadas aos novos arranjos de gerenciamento, produo, inovao e comando operacional dessasatividades em escala planetria. Isto pode ser visto com o surgimento dos Portos Digitais, que so polosde desenvolvimento de softwares e Economia Criativa. O que os diferencia dos demais parquestecnolgicos a sua territorialidade. O Porto Digital, que podemos visualizar um deles, o Porto Digital doRecife na Figura 3, pgina 6, um parque urbano, geralmente abrigados em reas de ocupao antiga deuma cidade em processo de revitalizao e restruturao urbana, isto, um territrio reconfigurado pelaao inovadora proporcionada pelas TICs. O Porto Digital um modelo organizacional resultante dosefeitos inovativos aplicados em tal base territorial. So inmeros os projetos de Portos Digitais efetuadospor iniciativas de governos locais no Brasil, cabendo destacar os seguintes:

    Projeto Porto Digital, no Recife: http://www.portodigital.org.br/ Teleporto de Belo Horizonte: http://www.teleportobrasil.com.br/qsomos.htm Teleporto de Nova Lima (MG): http://www.teleportobrasil.com.br/novalima.htm

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  • Figura 3: Porto Digital do Recife

    Fonte: REVISTA DIGITAL, 2014.

    3. A Sociedade da Sabedoria ou ConscinciaNo Quadro 1, pgina 7, podemos ver esquematizados os atributos das sociedades que

    antecederam a Sociedade da Informao e do Conhecimento, alm da prpria, organizado por PauloSabbag (2007, p. 24).

    Quadro 1: Atributos das Sociedades Agrria, Industrial e do ConhecimentoATRIBUTOS SOCIEDADE

    AGRRIASOCIEDADEINDUSTRIAL

    SOCIEDADE DOCONHECIMENTO

    Processo Semear para depoisColher

    Produzir e Operar Compreender paraCriar

    Mote Moro onde Trabalho Trabalho onde mereno

    Trabalho enquantoPenso

    Orientao Passado, Tradio Organizao Futuro, Inovao

    Instituio Prevalente Famlia Organizao Indivduo

    Organizao Hierarquia Massificao Rede

    Valor Recursos Naturais eHumanos (mo de obra)

    Capital eTecnologia

    Competncia eSabedoria

    Smbolo Terra Cidade MenteFonte: SABBAG, 2007.

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  • A referida Sociedade do Conhecimento substitui os padres denominados Sociedade Industriale Agrria, porm no elimina a agricultura nem a indstria. Por outro lado, a Sociedade doConhecimento desencadeia transformaes na agricultura com vistas a maior produtividade ehomogeneidade, tais como a mecanizao, a seleo gentica das sementes, desenvolvimento de novastcnicas de manejo da terra, como bem afirma e exemplifica Paulo Sabbag (2007, p. 25). Mudanas etransformaes estas propiciadas pelas inovaes surgidas, que so os fatores centrais, de incremento, quecaracterizam a ento chamada Sociedade do Conhecimento.

    Entretanto, novas ideias e formulaes esto sendo disseminadas por alguns estudiosos eprofissionais ligados anlise dos Processos Organizacionais, Gesto, Empreendedorismo, etc. Eleslevantam a questo que a chamada Era da Informao e do Conhecimento (ALBAGLI & MACIEL,2004), ou Sociedade do Conhecimento (BELL, 2006; CASTELLS, 2003), esteja sendo inovada por umanova Onda, Era ou Sociedade no milnio presente. Estes estudiosos a denominam de Era da Sabedoria(KOPS, 2011), ou tambm Sociedade da Conscincia (GUEVARA & DIB, 2012), baseados nas ideias dePeter Drucker, Stephen Covey, Robert Audrey, Paul Cohen, Taichi Sakaiya, entre outros. O pressupostodo advento dessa Era ou Sociedade de vivenciarmos uma poca de excesso de informaes econhecimentos, que precisam ser geridos e selecionados.

    De acordo com o economista Taichi Sakaia, a sabedoria passa a se revestir de um valoreconmico, uma vez que a dominncia das informaes e conhecimentos o novo padro de valoreconmico. Segundo Robert Audrey e Paul Cohen (1996)

    [...] o novo conceito de sabedoria surgiu em 1985, quando o economistaTaichi Sakaiya publicou um livro cujo ttulo uma palavra que elecunhou. A palavra japonesa uma combinao de chi (conhecimento) eka (valor) , mas Sakaiya enfatiza que tambm est includa a palavra chie(sabedoria). O termo denota inteligncia e sofisticao, o que Sakaiaressalta ao escrever o que denomina a histria do futuro. O livro tornou-se um sucesso no Japo, mas somente em 1991 foi traduzido para o inglscom o ttulo de The Knowledge-Value Revolution.

    A respeito de sabedoria, Kevin Macgarry (1991) revela que o indivduo que dispe de sabedoria,tem conhecimento e informao, entretanto, Otto Peters (2002) considera que a sabedoria recebeelementos do conhecimento prtico, terico, tico e da reflexo da experincia, enfatizando que asubjetividade do conhecimento resplandece quando o indivduo volta para a forma mais elevada deconhecimento: a sabedoria. Os indivduos decidem autonomamente qual informao deve ser utilizada edescartada ou se a sabedoria conhecimento ou conhecimento informao. Na verdade, a sabedoriaextrapola a informao e o conhecimento, porque se constitui pela experincia acumulada pelo indivduoe, por ser alimentada pelo conhecimento, no pode ser estocada, como afirma Miriam Aquino (2008).

    Segundo os adeptos da ideia da Sociedade da Sabedoria ou Conscincia, na atual Economia daComunicao, da Informao e do Conhecimento, sob o timo da ideologia neoliberal, da financeirizaoda economia, as grandes corporaes, que at pouco tempo atrs determinavam os avanos e o destino dahumanidade, hoje em dia veem-se cooptadas pela dinmica e os interesses a curtssimo prazo dos agentesfinanceiros de Wall Street.

    enfatizado por essa corrente a existncia de uma crise civilizatria, a qual no somentesocioeconmica, mas principalmente moral, velhos paradigmas e estruturas scio-cognitivas queprecisam ser rapidamente superados para que possamos lidar com as novas e mutantes realidadestecnolgicas, educacionais, organizacionais e socioculturais (GUEVARA, 2006), ocorridas pelas aes eefeitos inovativos que permeiam o planeta. As manifestaes populares que ocorrem no Mundo, entreelas, nos espaos pblicos adjacentes a Wall Street contra a imposio do modelo neoliberal, nas naesdo Oriente Mdio assoladas pela Primavera rabe em busca de uma verdadeira representatividadedemocrtica, a procura de identidade nacional dos povos da Ucrnia, dos imigrantes e seus problemas deassimilao de cunho scio-econmico-cultural na Europa, notadamente na Frana. Temos asmanifestaes ocorridas em julho de 2013 no Brasil com reivindicaes apresentadas de forma difusa,assim como a sua organizao e adeso espontnea, anrquica, todas so mostras, pontas de um icebergda dita crise civilizatria e paradigmtica. Os movimentos sociais passam a apresentar novas formas de

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  • convocao e organizao, resultado da acelerada gnese e disseminao de inovaes, em especial, ascontidas nas TICs, com amplo uso das estruturas rizomticas contidas no ciberespao e que sodemonstradas atravs de seus fluxos na Internet, como podemos observar na Figura 4.

    Figura 4: Mapa Ilustrativo da Internet (2004)

    Fonte: PROJETO OPTE, 2004.

    A Era da Sabedoria ou Sociedade da Conscincia tem como caracterstica a exigir o permear deuma cultura da sabedoria na gesto das organizaes, portanto, que repercutem em escala maior naeconomia, nas aes e gestes, na qual prevaleam certas competncias ditas referenciais comohospitalidade, diversidade, pluriculturalismo, valores organizacionais, cidadania, legalidade, tica,sustentabilidade, qualidade, excelncia, aprendizagem organizacional e incluso social. um conjuntode referencias, que antes de ser parte de um manifesto de boas intenes, so as pr-condies necessriaspara um novo tipo de liderana para as organizaes sobrevivam nessa nova sociedade, a qual utiliza asabedoria na administrao da enorme quantidade de informaes e conhecimentos, que precisam sergeridos, selecionados para a busca contnua da inovao.

    Liderana esta que deve ter os atributos de uma conscincia expandida (econmica-social-

    ambiental-espiritual-inovativa), que dever ser capaz de analisar desde uma perspectiva maior, oturbulento e complexo mundo atual, e seus possveis impactos no curto, meio e longo prazo nasorganizaes, na sociedade e no espao planetrio; e que na procura pela excelncia, promoverambientes que favoream a intuio, a criatividade e o trabalho em equipe para satisfazer a necessidadede rpidas inovaes (demanda externa) e adaptaes (demanda interna), associadas s aceleradastransformaes organizacionais orientadas por uma busca no s de sobrevivncia, mas de sentido, depropsito e de participao maior. Estas transformaes so sustentadas tanto pelas TICs, quanto peloaprimoramento contnuo dos relacionamentos internos e externos associados a maiores nveis deintegridade, cooperao, convergncia, compromisso e respeito mtuo.

    Na nova sociedade, segundo os seus idealizadores, as lideranas de vis transformadoras seroinspiradas e inspiradoras, corresponsveis por manter vivo e atualizado no s a Misso, Viso e Valoresda Organizao, mas tambm o flow (CSIKSZENTMIHALYI, 1997), um estado altamente estimulante ecriativo (inovativo), de leveza e clareza, da organizao.

    3.1. As Competncias Referenciais na Gesto de uma Organizao daEra da Sabedoria

    A gesto por referenciais busca contnua do aperfeioamento, isto , da inovao dentro dosprocessos de gesto e produo. Sugere um novo patamar, uma nova esteira, um norteador capaz deestabelecer uma nova alavanca de mover o mundo dos diversos tipos de organizaes como faz a de

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  • Arquimedes (Sculo III A.C.) para alavancar o mundo: D-me uma alavanca que moverei o mundo. Emoutras palavras: Deem-me um ponto de apoio = levantarei o mundo. A pluralidade de referenciais conferesabedoria (KOPS, 2011). Estas referncias provocam o contnuo questionamento e alimentando ossaberes e os fazeres de uma organizao, alcanando uma nova matriz de referncias para os processos degesto e que facilitam os efeitos inovativos.

    As organizaes, dentre estas, que buscam a criao de produtos e servios inovativos,necessitam propor-se em ser um referencial modelar nos seus processos de gesto. Ser um referencialmodelar passa a ser um desafio para as organizaes. Para tanto, necessita deixar legados relevantes eefetivos para a comunidade atravs de seus feitos, conquistas e realizaes. Muitos desses legados soinventos, tornando-se produtos ou servios inovativos que beneficiam a sociedade em geral. Tudo issoexige sabedoria de saberes e de fazeres, que favoream a otimizao, os efeitos de criatividade e inovaode dada organizao. Sua sobrevivncia depende dessas aes.

    Uma gesto pautada na sabedoria de saberes e fazeres facilita a ocorrncia de mudanas,evoluo, quebra de paradigmas, isto , a ocorrncia de inovaes, muitas delas, radicais. Esta forma degesto propicia os efeitos do desabrochar da criatividade, da inventividade, da inovao em suas diversasformas, como os tecnolgicos, de mtodos, servios,..., tendo a sociedade em geral como o realbeneficirio. Para isto, urge a necessidade de certa liberdade poltica, ideolgica, ambiente produtivoapresentando competividade, alm de outros incentivos. Muitas vezes a poltica, o patrulhamentoideolgico, o fundamentalismo religioso,..., emperram e atrasam o progresso da cincia, tecnologia einovao. Temos os exemplos ocorridos na China do sculo XIV pronta para ter a sua RevoluoIndustrial, mas emperrada pelo governo centralista e autocrtico das dinastias Ming e Qing, da AlemanhaNazista quanto a no aceitao da fsica ps-Einstein por sua origem judaica, da Unio Sovitica deStalin, na qual o bilogo de periferia, Trofin Denisovich Lisenko, conquistou o apoio de autoridadespolticas com o argumento que se podia multiplicar a produo agrcola com processos lamarckianos e arepresso aos pensamentos contrrios, etc. No Brasil temos o caso do padre Roberto Landell de Moura, o"pai brasileiro do rdio", taxado em sua poca de "herege", "impostor", "feiticeiro perigoso", etc, por seusexperimentos envolvendo transmisses de rdio, pagando com sofrimento, isolamento e indiferena a suaposio de absoluto vanguardismo cientfico.

    Por conta de todas estas questes, as organizaes, portanto, necessitam revisar e aperfeioarconstantemente seus referenciais, que so: 1) referenciais situacionais; 2) referenciais ideolgicos; 3)referenciais paradigmticos; 4) referenciais tericos; 5) referenciais tcnicos; 6) referenciais prticos; 7)referenciais legais; 8) referenciais ticos; 9) referenciais de benchmarking; 10) referenciais de produo eservios; 11) referenciais financeiros; 12) referenciais de recursos humanos; 13) referenciais demarketing; 14) referenciais de responsabilidade social; 15) referenciais de logstica; 16) referenciais desustentabilidade; 17) referenciais de incluso social.

    Certos referenciais paradigmticos organizacionais afetam diretamente os processos de gesto deuma organizao, isto , sua evoluo, seus efeitos inovativos. Darci Kops (2011) cita algumas:

    - os valores organizacionais: paradigma ideolgico capaz de referendar os processos de gesto e decognio organizacional;

    - o profissionalismo: paradigma que estabelece parmetros profissionais para os processos de gesto epara os processos de cognio nas organizaes;

    - a cidadania: paradigma que estabelece parmetros para a convivncia cidad das pessoas e dasorganizaes impactando os processos de gesto e de cognio nas organizaes;

    - a legalidade: paradigma que confere legitimidade para os processos de gesto e de cognio;

    - a tica: paradigma que confere eticidade para os processos de gesto e de cognio;

    - a sustentabilidade: paradigma que confere grandeza na interface entre a organizao e o planeta nosaspectos de respeito natureza e ao meio ambiente, impactando os processos de gesto e de cognio nasorganizaes;

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  • - a qualidade: paradigma que serve de referncia e parmetro de tangibilidade nos produtos e nosservios decorrentes dos processos de gesto e nos processos de cognio;

    - a excelncia: paradigma que serve de referncia e de parmetro de nveis de exigncia e tangibilidadedos produtos e servios decorrentes dos processos de gesto impactando os processos de cognio nasorganizaes;

    - a aprendizagem organizacional: paradigma que assegura o processo de aculturao e de negentropianos processos de gesto e nos processos de cognio nas organizaes;

    - a educao corporativa: paradigma que assegura a cognio como um imperativo de ressignificaodos saberes e dos fazeres nos processos de gesto das organizaes;

    - alinhamento organizacional: paradigma que preconiza um grau de sintonia fina nos processos de gestode recursos humanos impactando os processos de cognio nas organizaes;

    - gesto por competncias: paradigma que enfatiza as competncias como referencial nos processos degesto de pessoas, de materiais, de patrimnio, de negociao, de convivncia e na interfaceorganizaes-clientes impactando os processos de cognio nas organizaes;

    - gesto por resultados: paradigma que enfatiza a importncia de consolidar os propsitos desejados,metas compartilhadas, desempenhos referenciais a partir de indicadores e ndices de controle comreflexos na gesto e na cognio nas organizaes;

    - sistemas humanizantes: paradigma que estabelece parmetros humanizantes dentro dos sistemas e dosprocessos de gesto das organizaes com reflexos nos processos de cognio nas organizaes;

    - benchmarking: paradigma que remete um olhar para fora das organizaes no sentido de encontrar, nomercado, em outros ambientes acadmicos e politcnicos, os melhores saberes e os melhores fazeres nosprocessos de gesto com impacto nos processos de cognio nas organizaes;

    - a mudana planejada: paradigma racional, e deliberado, de inovao, e de ousadia, nos processos degesto e nos processos de cognio nas organizaes;

    - o planejamento: paradigma e processo alicerado em ferramentas que possibilitam delinear novoscenrios nos processos de gesto e de cognio nas organizaes;

    - a avaliao organizacional: paradigma e processo alicerado em ferramentas que possibilitam auditarfatores de eficincia, de eficcia, de efetividade e de relevncia organizacional;

    - o cliente (sociedade): referncia e referencial dos processos de gesto e de cognio nas organizaes.

    Como afirma Darci Kops (2011), para a execuo de todas essas competncias referenciais, umaarquitetura pedaggica entra em jogo. A cognio, especialmente, a gesto da cognio nas organizaes,atravs de programas de T, D & E (Treinamento, Desenvolvimento e Educao) tem pela frente o desafiode reconhecer e construir referenciais, impactando os processos, com perspectivas de variadas inovaes,seja nos processos de gesto como na de produtos, conforme dada organizao.

    Temos ento as caractersticas organizacionais inerentes da dita Sociedade da Sabedoria ouConscincia, que dever ser calcada primordialmente na Educao. Como expe Moacir Gadotti (2006) arespeito do papel de Educao na Sociedade do Conhecimento, temos os requisitos primordiais para asucednea:

    [...] A Sociedade do Conhecimento uma sociedade de mltiplasoportunidades de aprendizagem: parcerias entre o pblico e o privado(famlia, empresa, associaes...), avaliaes permanentes, debatepblico, autonomia da escola, generalizao da inovao (*grifosnossos). As consequncias para a escola e para a educao em geral so

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  • enormes: ensinar a pensar; saber comunicar-se; saber pesquisar; terraciocnio lgico; fazer snteses e elaboraes tericas; saber organizar oprprio trabalho; ter disciplina para o trabalho; ser independente eautnomo; saber articular o conhecimento com a prtica; ser aprendizautnomo e a distncia. Nesse contexto de impregnao do conhecimentocabe escola: amar o conhecimento como espao de realizao humana,de alegria e de contentamento cultural; cabe-lhe selecionar e revercriticamente a informao (*grifo nosso); formular hipteses; sercriativa e inventiva (inovar); ser provocadora de mensagens e no purareceptora; produzir, construir e reconstruir conhecimento elaborado. Emais: sob uma perspectiva emancipadora da educao, a escola tem quefazer tudo isso em favor dos excludos. No discriminar o pobre. Ela nopode distribuir poder, mas pode construir e reconstruir conhecimentos,saber, que poder. Sob uma perspectiva emancipadora da educao, atecnologia contribui pouco para a emancipao dos excludos se no forassociada ao exerccio da cidadania. Como diz Ladislau Dowbor, a escoladeixar de ser lecionadora para ser gestora do conhecimento (*grifonosso). Pela primeira vez, diz ele, a educao tem a possibilidade de serdeterminante sobre o desenvolvimento.

    Concluso

    O impacto da informao & conhecimento no territrio e nas organizaes, alm de proporcionare estimular os efeitos inventivos e inovativos, um tema que tm ocupado lugar de destaque nasdiscusses socioeconmicas neste Sculo XXI. O tema abre perspectivas muito promissoras como, porexemplo, os estudos a respeito dos polos e parques tecnolgicos, das incubadoras tecnolgicas, dosaglomerados de indstrias, dos sistemas regionais ou locais de inovao, do papel das universidades, dascibercidades, das redes tcnico-cientficas, e, claro, do arranjo e gesto das organizaes, utilizando aanlise socioespacial.

    Existem muitas crticas em relao dinamizao territorial da aprendizagem e da inovao porconta de suas estreitas interpretaes economicistas e tecnolgicas com vistas a melhorar acompetitividade dos territrios diante da economia globalizada (MOULAERT & NUSSBAUMER, 2005).Por isso, o estudo das tcnicas, da inovao est muito alm da informao puramente tcnica outecnolgica. Milton Santos (2006) prope que estamos diante de uma busca voraz de mais fluidez, o queengendra a procura de tcnicas cada vez mais eficazes. Entretanto, defende a ideia de que a fluidez no uma categoria tcnica, sociotcnica. Isso faz a diferena em relao a muitas anlises contemporneasque beiram a certo determinismo de parte das tcnicas, esquecendo que envolve um conjunto das aes.

    Com o advento da Era da Sabedoria ou da Conscincia est a exigir permanentes revises dosrecorrentes saberes e, tambm, dos recorrentes fazeres inerentes aos processos de gesto dentro da culturaorganizacional das organizaes. Como Darci Kops (2011) prope, realizadas atravs das chamadasGesto por Referenciais, de forma inovadora dentro dos processos de gesto, que sugere um novopatamar, h a promoo de uma nova esteira, um novo lastro balizador capaz de estabelecer uma novaalavanca de mover o mundo corporativo, questionando e alimentando os saberes e os fazeres de umaorganizao, alcanando uma nova matriz de referncias para os processos de gesto. Ser um referencialmodelar legitima a misso bsica de uma organizao. Reconhecer e construir referenciais (MAIA, 2005)necessita ser uma sistemtica cultural de construo social da realidade dentro das organizaes. Issoimplica em gesto por referenciais. A cognio tem um papel fundamental na construo dos saberes e naconsolidao organizacional dos fazeres. Trata-se de um esforo coletivo de construo social darealidade da organizao balizada em referenciais.

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