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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
PÓS – GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
A DISLEXIA E A DIFICULDADE NO APRENDIZADO
POR. SÔNIA HELENA SALES DE SANTANA
ORIENTADORA: PROF: MARIA ESTHER ARAUJO
RIO DE JANEIRO
2009
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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
PÓS – GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
A DISLEXIA E A DIFICULDADE �O APRE�DIZADO
SÔNIA HELENA SALES DE SANTANA
Trabalho de monografia apresentado como requisito
Parcial para obtenção do grau Em psicopedagogia Rio de Janeiro
2009.
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AGRADECIME�TO
A DEUS POR TUDO QUE TEM FEITO EM MINHA
VIDA, PELAS GRANDIOSAS VITÓRIAS QUE TENHO
ALCANÇADO POR MEIO DA SUA PRESENÇA EM
MINHA CAMINHADA,. AGRADEÇO AO SÉRGIO
DOMINGUES QUE FOI CRUCIAL NOS MOMENTOS
MAIS DEFÍCIES, QUE ME INCENTIVA PARA QUE MAIS
UM DEGRAU EU VENHA SUBIR, AS MINHAS FILHAS,
POR TER SIDO ENCANSAVÉIS, VOCÊS SÃO UMA
DÁDIVAS DE DEUS PARA MIM.
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DEDICATÓRIA
DEDICO ESSA PESQUISA, AO SÉRGIO DOMINGUES QUE
TANTO CONTRIBUI DIRETA É INDIRETAMENTE PARA
QUE EU REALIZASSE ESSA PESQUISA, INCENTIVANDO O
MEU APERFEIÇOAMENTO É CRESCIMENTO
PROFISSIONAL.
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RESUMO
A principal meta é minimizar as dificuldades comuns da dislexia, neste processo
procuram-se reunir princípios é conceitos sobre distúrbios da aprendizagem o
transtorno da leitura e as alterações da linguagem correlacionadas com a dislexia.
No processo da escrita é da alfabetização, enfatizando-se sua separação construtivista
na deslexia há presenta uma lacuna inesperada entre habilidade de aprendizagem é o
sucesso escola. O problema não é comportamental, psicológico de motivação ou
social, não é doença é um funcionamento peculiar de celebro para o processo da
linguagem, não é possível realizar o diagnostico da dislexia antes do cinco anos de
idade, antes dessa idade não se podem diferencia as dificuldade de leitura é as
inaptidões estabelecidas, que são a única dislexia verdadeira sobre as quais se podem
atuar através da reeducação. Nesta perspectivas veio afirmação que, dos quadros
bastante encontrados de distúrbios de aprendizagem, a dislexia é um quadro bastante
encontrado nas salas de aula salas de aula mesmo assim muitos portadores de dislexia,
não diagnosticados corretamente, tratados é orientados, isso decorre da pouca
informação por parte dos profissionais de educação saúde, não sendo capazes de
identificar precocemente o ``problema´´ assim passam realizar os devidos
encaminhamentos, provocando em muitos caso frustrações nas crianças e até evasão
escolar.
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METODOLOGIA
A pesquisa é de revisão bibliográfica com coletas de dada dos
indireta utilizando como fonte livros, artigos e revistas destacando
como principais autores Snowling, Capovilla, Gorman, dentre
outos.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÂO 8
I- A Dislexia e a dificuldade no aprendizado 10 1.2 Apresentação dos sintomas 13 1.4 Sintomas da dislexia 14 1.4 história 15
II - Aspectos pedagógicos da dislexia 17 2.1 Algumas reflexões na pedagogia da dislexia 18
III- Aspectos psicopedagógicos da dislexia 20 IV - Proposta de intervenção da dislexia 25
4. 1- A dislexia intervenção e prevenção 27 4.2 A Dislexia Aspectos Preventivos 28
CONCLUSÃO 32
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 33
8
Introdução
O trabalho a seguir aborda a distância, um assunto ainda pouco
compreendido na área educacional. O pequeno número de livros que tratam
deste tema no campo da educação representa a pouca relevância que a
educação dispensa o assunto. A pesquisa estudada a dificuldade no
aprendizado, destacando a dislexia, assunto com maior campo nas áreas de
psicopedagogia, fonologia, fonoaudiológica, psicologia, ficando a margem na
área educacional.
Além dos objetivos quais propostos questões secundárias são testadas
para estudo, tais como:
• Como a dislexia e tratada nas instituições de ensino
• Qual o desempenho dos alunos com a dislexia na sala de aula
• Existe distinção nas aulas entre alunos consideradas normais e aluno com
esse tipo de comprometimento.
A dislexia é um “problema” que dificulta o aprendizado da criança
atrapalha o seu desenvolvimento global. Esta dificuldade apresenta – se no ato
de adquirir fala da leitura, na escrita habilidade, dificuldade e em matemática e
9
desenho geométricos alterações de comportamento. Definida comum distúrbio
ou transtorno de aprendizagem na área da leitura, escrita soletração a dislexia é
o distúrbio de maior incidência nas salas de aula. Pesquisas
realizadas em vários países mostram que entre o 5% e 17% da população
mundial e desleixas.
(Associação Brasileira de Dislexia - 2007).
A dislexia não acontece devido a um retardo mental ou a uma
escolarização inadequada ou uma deficiência visual ou auditiva e tão pouco
devido a um problema neurológico. o Tema dificuldade de aprendizagem é muito
amplo, neste caso por maior delimitação e exploração do tema proposto
priorizou-se enfocar em dislexia, aspetos pedagógico, aspectos psicopedagógico
e propostas de intervenção. Desta forma, espera contribuir para melhor
compreende a dislexia.
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I - A Dislexia e a dificuldade no aprendizado
O campo de estudos das dificuldades de aprendizagem é uma de
pesquisa vasta, entretanto, dentre os transtornos de aprendizagem existente
(dislalia, discalculia, disgrafia, disfasias, memória, transtorno de défcit de
atenção e hiperatividade entre outras) destacar-se, nesta pesquisa, a dislexia,
dada sua singularidade e importância de seu conhecimento para a aplicação de
ações eficazes para auxiliar na avaliação e tratamento de pessoas dislexia.
A dislexia é definida como uma falta de habilidade na linguagem que se
reflete na leitura. Entretanto, ela não é causada por uma baixa de inteligência. O
que ocorre é uma lacuna inesperada entre a habilidade de aprendizagem e o
sucesso escolar, sendo que o problema não é comportamental, psicológico, de
motivação ou social (Associação Nacional de Dislexia lanhez, 2002).
A dislexia torna-se evidente na época da alfabetização, embora alguns
sintomas como que são a dificuldades de memorizar o desligamento já estejam
presentes em fases anteriores. Apesar de instrução convencional, adequada
inteligência e oportunidade sócio-cultural e sem distúrbios cognitivos
fundamentais, a criança falha no processo da aquisição da linguagem.
Independe de causas intelectuais, emocionais ou culturais, Ou seja, a dislexia
não é uma doença, é um funcionamento peculiar do cérebro para o
processamento da linguagem. De fato, pesquisas atuais, obtidas através de
exames por imagens do cérebro, sugerem que os disléxicos processam as
informações de um modo diferente, tornando-as pessoas únicas; cada uma com
suas características, habilidades e inabilidades próprias (Associação Nacional de
Dislexia, 2005).
Embora os disléxicos tenham grandes dificuldades para aprender a ler, escrever
e soletrar, suas dificuldades não implicam em falta de sucesso no futuro, haja
vista o grande número de pessoas disléxicas que obtiveram sucesso, entre elas,
Thomas Edison (inventor), Tom Cruise (ator), Walt Disney (fundador dos
personagens e estúdios Disney) e Agatha Christie (autora) (Estill, 2005; Gorman,
11
2003). De fato, alguns pesquisadores acreditam que pessoas disléxicas têm até
uma maior probabilidade de serem bem sucedidas; acredita-se que a batalha
inicial de disléxicos para aprender de maneira convencional estimula sua
criatividade e desenvolve uma habilidade para lidar melhor com problemas e
com o stress (Gorman, 2003).
O campo de estudos das dificuldades de aprendizagem é uma de
pesquisa vasta, entretanto, dentre os transtornos de aprendizagem existentes
(dislalia, discalculia, disgrafia, disfasias, memória, transtorno de défcit de
atenção e hiperatividade entre outras) destacar –se,nesta pesquisa, a dislexia,
dada sua singularidade e importância de seu conhecimento para a aplicação de
ações eficazes para auxiliar na avaliação e tratamento de pessoas disléxicas.
De fato, ao contrário de outras pessoas que não sofrem de dislexia, os disléxicos
processam informações em uma área diferente de seu cérebro; embora os
cérebros de disléxicos sejam perfeitamente normais. A dislexia parece resultar
de falhas nas conexões cerebrais. Uma criança aprende a ler ao reconhecer e
processar fonemas, memorizando as letras e seus sons. Ela passa então a
analisar as palavras, dividindo-as em sílabas e fonemas e relacionando as letras
a seus respectivos sons. À medida que a criança adquire a habilidade de ler com
mais facilidade, outra parte de seu cérebro passa a se desenvolver; sua função é
a de construir uma memória permanente que imediatamente reconheça palavras
que lhe são familiares. À medida que a criança progride no aprendizado da
leitura, esta parte do cérebro passa a dominar o processo e, conseqüentemente,
a leitura passa a exigir menos esforço. O disléxico, entretanto, no processo de
leitura recorre somente à área cerebral que processa fonemas. A conseqüência
disso é que disléxicos têm dificuldade em diferenciar fonemas de sílabas, pois
sua região cerebral responsável pela análise de palavras permanece inativa.
Suas ligações cerebrais não incluem a área responsável pela identificação de
palavras e, portanto, a criança disléxica não consegue reconhecer palavras que
já tenha lido ou estudado. A leitura se torna um grande esforço para ela, pois
toda palavra que ela lê aparenta ser nova e desconhecida (Gorman, 2003) e
Estill (2005) salientam que é preciso ter uma especial atenção com as crianças
que gostam de conversar, são curiosas, entendem e falam bem, mas aparentam
desinteresse em ler e escrever. Segundo Estill seria interessante, no caso de
12
crianças leitoras, oferecer um mesmo problema matemático, escrito e oral, e
comparar as respostas, pois, freqüentemente encontramos respostas diferentes,
corretas na questão oral e incorreta na mesma questão escrita. Isto é, a mesma.
Criança que parece não saber resolver um problema matemático por
escrito, poderá ter um desempenho surpreendente quando o mesmo problema
lhe é apresentado.
Oralmente. Esta situação exemplifica como podemos confundir as
dificuldades não é na aprendizagem da matemática, mas na leitura.
Outro ponto a ser considerado se fala em dislexia é de que existem
crianças
Que apesar de todas estas dificuldades, conseguem aprender a ler, mas
vão.
Carregando a sua dislexia camuflada. Em geral, estas crianças,
incompreendida em suas dificuldades muitas vezes são vistas como
desinteressadas, e cobradas com revolta. Estill (2005) destaca alguns sinais que
ajudam os profissionais a
Compreender o que pode estar ocorrendo com aprendizes:
• Dificuldades nas aquisições lingüísticas: dificuldades em reconhecer
rimas
• Aliterações; vocabulário reduzido; construções gramáticas inadequadas,
severa.
• Dificuldade para entender as palavras pelo significado;
• Dificuldade em fazer cópias, trabalhos e agendas incompletas;
• Dificuldade na leitura lê, mas não entende o que leu;
13
• Importantes dificuldades de organização seqüencial tempo-espacial;
seqüências e rotinas diárias;
• Dificuldades em matemático cálculo e desenhos geométricos;
• Grande dificuldade para aprender uma segunda língua;
Confusões de orientação, trabalhar com dicionários e mapas é um complicador.
• Alterações de comportamento – agressividade, desinteresse, baixa auto-
estima e até mesmo condutas opositivo-desafiadoras.
1.2 Apresentação dos sintomas
Os sintomas-chave na dislexia são dificuldades para ler e soletrar,
frequentemente com desempenho em matemática relativamente melhor. Como
algumas crianças disléxicas gostam de ler ou têm boa compreensão de leitura, é
importante verificar especificamente a leitura em voz alta e a aprendizagem
fônica. Pais e professores poderão relatar ritmos lentos de leitura ou de escrita,
inversão de letras e números, problemas na memorização dos fatos matemáticos
básicos e erros incomuns em leitura e soletração (Ver Tabela 1).
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1.3 Sintomas da dislexia
Primário Problemas com letras e soletração, problemas na
codificação foi na lógica da linguagem escrita.
Correlatado Problemas nos processo da linguagem articulação rotulação
memória verbal a curto e longo prazo
Secundário Baixo desempenho em compreensão na leitura e na
matemática, auto-estima baixa inversão de letras, diferenças
no movimento dos olhos durante a leitura
Artificial Problemas com a atenção, delinqüência e problemas viso-
especial.
Tabela 1- (2005 p )
O mais importante é que a indicação inicial pode ocorrer não pelos
sintomas cognitivos, mas pelos físicos ou emocionais, tais como ansiedade ou
depressão, relutância em ir á escola, dores de cabeça e problemas estomacais. É
importante verificar se esses sintomas ocorrem sempre ou só nos dias escolares.
Mesmo que ocorra sempre, a causa principal pode ser a dislexia devido a
fracassos (ou medo do fracasso) decorrente da experiência disléxica (Pennington,
1997).
15
1.4 história
A maioria dos disléxicos não apresenta eventos de alto risco em suas
histórias pré-natal ou perinatal, nem apresenta atrasos nítidos nos aspectos
fundamentais do desenvolvimento inicial, embora possam estar presentes, em
algumas histórias, leves problemas articulatórios e de retardo na fala. Há três
aspectos da história que são particularmente informativos – história da família
(levantar a historia de leitura, soletração e problemas correlatos de linguagem
entre parentes de primeiro e segundo graus do paciente), e histórias de leitura e
linguagem.
As observações importantes de comportamentos ligam-se aos seguintes erros
(Pennington, 1997):
a) Erros de palavras funcionais: São substituições de palavras “pequenas”, tais
como artigos e proposições. Frequentemente, os disléxicos trocam “um” e “o” e
lêem erradamente as preposições.
b) Erros visuais: São substituições nas palavras de conteúdo baseada numa
similaridade visual superficial com a palavra-alvo (Exemplo: “carro” por “cano”). A
significância destes erros está em que a criança está usando a similaridade
visual no lugar do código fonológico completo para nomear a palavra e,
novamente, estes erros são reflexos de problemas fonológicos.
c) Erros de lexicalização: se referem às trocas de uma não-palavra por uma
palavra real, usualmente com uma forma visual similar (“bom” em lugar de
“bim”). A significância destes erros é essencialmente a mesma dos erros visuais;
d) Erros de soletração: são os erros de acréscimo, omissões ou substituições de
consoantes (“exetivo” por “executivo”). Os disléxicos são mais fracos também na
soletração de vagais. Como regra geral, uma taxa de precisão fonoaudiológica
para seqüências consonantais inferior a 60% em crianças e a 70 % em
adolescente e adulto é considerada disléxica.
Observa-se com base nos sintomas, que a dislexia pode causar uma
série de transtorno psicossociais interferindo no aprendizado e na dificuldade de
a sim ilação das palavras e no processo da linguagem . Quando utilizamos o
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material de orientação psicanalítica, fartamente encontramos nas obras de
Freud, Milani Klein, Uinncot e Bion, dentro outras, passamos a ter subsídios para
desempenha, Ester olhar mais apurado e sensível deste ser e suas dificuldade
para que possamos entender,o quanto os aspectos inconsciente influenciam na
aprendizagem e o quanto a harnomia psíquica capacita ou prejudica está
atividade, além de leitura e escrita é um fenômeno pluridimensional, que não que
mão se situa apenas no portado, mas também na família, no professor, no
método educacional, na escola e na sociedade, ou seja, nas múltiplas interações
entre eles.
17
II Aspectos pedagógicos da dislexia
Algumas crianças abandonam a escola levando consigo a imagem da
sua incapacidade, outras permanecem na escola, porem tornam-se vitima de
programas educacionais inadequados e desestimulantes, programas sem
capacidades para adaptar sés objetivos de ensino ás diferentes individuais das
crianças que tem mais dificuldades de aprender após vários fracassos a
criança é encaminhada ao profissional considerado mais adequado, visando
sua reintegração ao sistema escola assim chegam aos consultórios ou clinicas
multidisciplinares crianças com dificuldades de aprendizagem e algumas
portadoras de distúrbio especifico,como por exemplo, a dislexia. A criança
aprender a partir as sua bagagem cultural, e social intelectual e nesse caso a
criança dislexia pode ter desvantagem, apesar de possuir um inteligência
adequada e muito vezes a não compreensão do seu problema faz com que
seja visto como no entanto, segundo Ross (1979) , citando por Miranda (2000),
a utilização do termo ``distúrbio de aprendizagem ´´ chama atenção para a
existência de crianças que freqüentam escola e apresentam dificuldade de
aprendizagem, embora aparentemente não possuam defeitos físicos,
sensórios, intelectuais ou emocionais. Este rotulo, segundo Guerra (1989) ,
ocasionou durante anos que tais crianças fossem ignoradas de varias maneira
como ``hiperatividade´´ ``síndrome hiperanetica síndrome da criança
hiperativa´´lesão celebral mínima disfunção celebral mínima ```dificuldade de
aprendizagem ´´ ou ``disfunção na aprendizagem.as explicações psicanalíticas
sugerem que a psicoterapia é um método adequado numa memória dos casos,
deve dos ao diagnóstico ser difícil de ser detectado em casa individualmente ,
uma vez que quando os casos melhoram na adequação escola nas atividade
quando o êxito escola nas atividades escolares tornam-se evidente. Já os
psicólogos educacionais e experimentais passaram a identificar a dislexia como
uma deficiência proveniente de física, emocionais, sociais, e educacionais
18
apresentadas pelos deficientes de leitura originadas a teoria pluralística de
cassação.
2.1 Algumas reflexões na pedagogia da dislexia
A dislexia pode-se interpretar erroneamente como um sinal de baixa
capacidade intelectual do sujeito, porém estudos recentes mostram que esse
sujeito pode sobressair de suas dificuldades na aprendizagem da lecto-escrita.
A dislexia é uma disfrenção que atinge frequentemente crianças, podendo
também ser percebida em pessoas adultas, e esta disfunção altera significar
levemente a produtividade em sala de aula, uma vez que a família em muitos
dos casos relatados em literatura, e a ultima a tomar conhecimento e interagir
no processo para minimizar o seu impacto na aprendizagem infantil.
Para Alves (2000) ler e escrever requer intensa reflexão sobre as
características dos diferentes sons e sua correlação com os elementos gráficos
a serem utilizados, tarefa difícil aos portadores de dislexia. Outro conceito
introduzido foi o “atraso naturacional”que denomina a lentidão no
desenvolvimento de certos aspectos neurológico especializado. A diferença de
lesão celebral mínima não está em defeitos estrutural, quando a psicologia
genética começa e divulga suas pesquisas, alguma autora sobre forte emoção
influencia desse estudo tentara modifica a aprendizagem da leitura e nas suas
perturbações. Lançam três espetos do desenvolvimento da linguagem. As
dificuldades de leitura e escrita continuam a constituir um dos principais
obstáculos que surgem ao longo da escolarização, na medida em que, alem da
dificuldade na aquisição da leitura ou escrita em si, causam dificuldades em
outras áreas de aprendizagem da leitura e da escrita. Os fatores podem
envolver situações adversas á aprendizagem normal, como o edifício escolar,
organização, pedagogia didática deficientes, abandono escolar, relações
familiar. e sociais, perturbadas ou meio social-ecomonicos e cultural
desfavorecido, os fatores inerentes do individuo referem-se á presença de uma
ou mais deficiência declaradas tendo em conta a referência a aspectos como a
presença de uma deficiência ou o meio social e cultural
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1- aspectos como lentidão na leitura,
2- reconhecimento em símbolos gráficos,
3- fonema,
Aqui a dislexia passa a ser considerada como a conseqüência de problemas
gnósico, e práxicos.
1-Problema : gnóxico são palavras simbólicas que explicam é da ritmo
nos conjuntos de letras, facilitando o dislexo a nemorizar os conjuntos de
letras, traços assim formando as palavras.
2- problema práxicos: é associação e a problemática
comportamental e escolar o que favorece um estudo psicomotor, é a percepção
em gesto articulatório específicos em que no dislexio se observa á articulação
de relação em os sistema verbal, mobilizando a encenação na leitura de texto.
Após os processos mais básicos de leitura, como identificação e
extração do significado de palavras individuais, outros processos operam na
frase ou sentença, e também tratam da organização global ou da estrutura
temática de toda uma história (Salles, 2001), que são os processos envolvidos
na habilidade de compreensão de leitura.
20
III Aspectos psicopedagógico da dislexia
A psicopedagogia entender por dislexia do desenvolvimento ou
evolutiva, como um.
Distúrbio do processo de aprendizagem, já que a deficiência ocorre na
dificuldade do endivido durante a aquisição da leitura e expressão escrita. O
terno deve ser empregado para aqueles que apresentam uma ineficiência em
comum e especifica nas habilidades da leitura escrita, ao longo de seu
processo de educação formal, apesar de possuírem potencialidade igual ou
superior á media acuidade auditiva e visual normais, ausência de problemas
afetivo-emocionais. O quadro da dislexia,guarda correlação biológica
apresenta deficiências cognitivas fundamentais de possível origem
constitucional, segundo definição da Word federation of. Neurology.(www, 2
ccb/psicologia/revista/dislexia.htm). A base biológica se refere o distúrbio
funcionais localizados no hemisfério celebro esquerdo (área que na maioria
dos destros é responsável pelos processos de linguagem, de leitura e escrita),
mais especificamente no plano temporal, que apresenta falta da assimetria
habitual de tamanho e opera com nítida lentidão.
. Para emprenhamos o mundo da informação, não basta simplesmente,
encara-lo com a razão, o melhor caminho para as convivências sócias do
mundo atual é unir razão e emoção para que se construa o alicerce necessário
á construção do conhecimento e do aprendizado significativa. o maior desafio
do mundo atual da informações é como organiza-las, com encontrar meios
que viabilizam a organização dasinfomações que permitam torna-las
disponível quando necessárias.aprendizagem pode ser consideradas como
um compromisso essencialmente emocional, cabe ao ensino o compromisso
com motivação, estimulação e orientação da aprendizagem. Não se pode
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ensinar a que não quer aprender aquém não se encontra disponível para as
incertezas e a busca de conheci mento consistir fudalmentamente em
aprender a enfrentar o desafio de elaborar estratégicas, meios eficazes na
mobilização do educando, de sua emoção em paralelo com a razão. “O papel
educacional deve estar centrado na formação do ser pensante critico e
transformado, que desenvolva a capacidade de lidar com os problemas
educacionais e sociais, desta forma, segundo Pelvas define como
empobrecimento espécie humana”. Deve-se buscar por parte do educando o
auto-questionamento por mais que este tenha compromisso em dimensões.
Todavia, o quadro sintomático está expressando claramente que algo não
está com o sujeito e que precisa ser modificado. Assim, ao término do
diagnóstico – sendo caracterizado um quadro de dislexia, o tratamento
psicopedagógico vai ser direcionado aos sintomas do indivíduo, visando a
superação dos mesmos, já que estes estão impedindo a evolução de seu
processo geral de aprendizagem, além de produzirem problemas secundários
mais severos que a própria dislexia.
Sabendo que toda criança inicia seu processo de escolarização desejando
aprender, desejando ir bem à escola, como seus demais colegas, irmãos e
primos. Que seus talentos fossem vistos e admirados mingúem
conscientemente, se regozija por vivenciar fracassos e frustrações ao longo de
sua vida, nenhum jovem ficar feliz ao levar seu boletim com resultados
insatisfatório para seus pais.
Sabemos ainda, que o individuo quando passa a ter autonomia e
independência, começa a obter realizações concretas e estará fortalecendo
sua estrutura egóica e sua auto-estima, o que lhe afiança ir reabilitando os
demais recursos cognitivos.
Entendemos que pelo fato de serem vivenciadas novas relações
interpessoais com o profissional e com o processo de aprendizagem, novos
espaços serão criados, permitindo o surgimento de vínculos sadios,
estruturados e prazerosos – diferentes.
Não há nenhum outro tipo de relacionamento no qual um ser humano se coloque de maneira tão
22
irrestrita e outro pode existir algo pior do que um lar insatisfatório a inexistência de um lar. (Winnicott, 2005. p -74,75)
Tecnicamente a abordagem de trabalho associa o estimulo e
desenvolvimento de suas inclinações naturais, com o resgate das deficiências
instrumentais, através de métodos multisensoriais, que partem da linguagem
oral á estruturação do pensamento, da leitura espontânea á discussão
temática, da elaboração crítica e gerativa das idéias á expressão escrita.
Desta forma um sentido efetivo do aprender e do processo de aprendizagem
começa a ser incorporado.
A atuação de psicopedagogo busca embasamento constante nos diversos
teóricos, visando maior capacitação e compreensão do jovem disléxico que o
procura. Busca, sobretudo, técnicas e estratégias de trabalho e de conduta
que façam mais sentido para ele; objetiva em suas sessões conhecer,
entender e esclarecer o mecanismo manifesto junto dele, seja através de
jogos, de vivências e de discussões de temas pertinentes, buscando e
permitindo o conhecimento. O olhar psicopedagógico não deve refletir uma
visão reducionista que rotularia o disléxico como um déficit em si mesmo, pois
desta forma estaria alimentando sua condição de sujeito identificado de sua
família ou
mesmo de sua classe. Desta forma, a atuação da psicopedagogia só encontra
real eficiência quando atingir a família do disléxico, incorporando-a ao
tratamento, já que está se apresenta no mínimo contaminada pelos fracassos
e sofrimentos de seus filhos, associado às projeções de seus próprios
sofrimentos, além das tentativas fracassadas de auxilio. Para tanto, a
compreensão do sistema funcional, da dinâmica desta família, se faz
necessário para que se possa orientá-la eficientemente. A ação deve se
estender á instituição escolar, alertando e sensibilizando seus educadores de
que o disléxico pode e merece aprender, tal qual outro aluno qualquer, que
ele apenas precisa de técnicas e estratégias. Com a mediação de outra
pessoa, também consegue compreender textos da maior complexidade, o que
antes não conseguia. O educador deve valorizar não seus erros, mas seus
acertos. (Bowlby-2005)
Assim, o olhar e escuta psicopedagógico, entendem a dislexia: sob um viés
23
integrativo, onde importam os aspectos orgânicos e psicodinâmicos do
individuo, bem como a instituição família e sistema educacional, na figura da
escola. A atuação psicopedagógica visa auxiliar a que o sujeito se beneficie
com um processo de aprendizagem que lhe seja significativo e prazeroso,
num nível compatível ás suas reais potencialidades necessárias.
Aprendizagem pode ser consideradas como um compromisso essencialmente
emocional, cabe ao ensino o compromisso com motivação, estimulação e
orientação da aprendizagem. Não se pode ensinar a que não quer aprender,
aqueles que não se encontram disponíveis para a incertezas e a busca de
conhecimento- ensinar consistir fundamentalmente em aprender a enfrentar o
desafio de elaborar estratégicas, meios eficaz na mobilização do educando,
de sua emoção em paralelo com a razão. “ O papel educacional deve estar
centrado na formação do ser pensante critico e transformado, que desenvolva
a capacidade de lidar com os problemas educacionais e sociais, desta forma,
segundo Pelvas define como empobrecimento espécie humanas (Paulo corte,
2002). Deve – se buscar por parte do educando o auto- questionamento por
mais que este tenha compromisso em dimensões todavia, o quadro
sintomático está expressando claramente que algo não está com o sujeito e
que precisa ser modificado. Assim, ao término do diagnóstico sendo
caracterizado um quadro de dislexia , o tratamento psicopedagógico vai ser
direcionado aos sintomas do individuo, visando a superação dos mesmo. Já
que estes estão impedindo a evolução de seu processo geral de
aprendizagem, além de produzirem problemas secundários mais severos que
a própria dislexia. Sabendo que toda criança inicia seu processo de
escolaridade desejando aprender, desejando ir bem á escola, como seus
demais colegas, irmãos e primos. Que seus talentos fossem vistos e
admirados ninguém conscientemente, se regozija por vivenciar fracassos e
frustrações ao longo de sua vida, nenhum jovem ficar feliz ao levar seu
boletim com resultados insatisfatório para seus pais. Sabemos ainda, que o
individuo quando passar a ter autonomia e independência, começa a obter
realizações concretas e estará fortalecendo sua estrutura egóica experiência
promovem modificações estáveis na personalidade e na dinâmica grupal as
quais revertem no manejo instrumental da realidade . A aprendizagem não só
objetiva a criança ou adolescente, mas o adulto e profissionais na integração
24
e reintegração grupal.Inspirando-nos segundo( Pichon,2005) um dos que se
preocupou com a questão "GRUPO", verificaremos a importância de se
trabalhar estas instituições: "a aprendizagem é uma apropriação instrumental
da realidade para transformar-se e transformá-la. Essa apropriação possibilita
uma intervenção que gera mudanças em si, e no contexto que se dá.
Caracteriza-se também, por ser uma adaptação ativa, constante na realidade.
Implica, portanto, em estruturação, desestruturação e reestruturação. Isso
gera tensão a qual necessita não apenas ser descarregada, mas revitalizada,
renovada, enriquecida.
Embora o corpo teórico nos remeta á afirmação da origem neurológica
dos distúrbios cognitivos, a elaboração de um de plano de trabalho é
mais abrangente e respeitam além do quadro sintomático, os aspectos
psicopedagógico, familiares e sociais de cada individuo. (Sara pain-2004)
considera o problema de aprendizagem como e que este se configura num
estado particular de um sistema que para equilibra-se precisou adotar este
tipo de comportamento.
25
IV Proposta de intervenção da dislexia
Como foi dito, a dislexia é uma dificuldade que está relacionada com a
percepção do texto escrito. Podemos dizer então que a primeira tarefa de um
bom leitor diante do texto é a do tipo perceptivo ou sensorial, ao extrair
informação do texto escrito, através do reconhecimento da palavra escrita
(decodificação) e sua análise lingüística. A percepção visual do texto relaciona-
se com os movimentos sacádicos e as fixações do olho,portanto a leitura está
relacionada com a percepção visual que é a capacidade de retirar informações,
conhecimento do mundo visível.(Martins-pag119-2001) ., Numa abordagem
psicolingüística, a dislexia é uma dificuldade na aprendizagem da leitura
relacionada ao reconhecimento da correspondência entre os símbolos gráficos
(grafema) e o fonema e a transformação dos símbolos gráficos em linguagem
verbal.
Mas para os profissionais que acompanham essas pessoas fica a dúvida: como
intervir para torná-las mais eficientes em sua vida acadêmica?
No atendimento psicopedagógico tenho tido resultados significativos com o
Programa de Enriquecimento Instrumental (PEI). Trata-se de uma nova
tecnologia pedagógica e psicológica, inovadora, criada pelo Prof. Dr. Reuven
Feuerstein em Israel que proporciona aos indivíduos uma melhor relação com a
aprendizagem (snowling-2004)
“Não sabe se organizar”, “é desatento”, “começa e não termina uma tarefa”, “é
impulsivo”, “tem boas idéias mas não consegue colocá-las no papel”, “estuda
mas não consegue tirar boas notas na escola”, “não compreende o que lê” sem
falar na auto estima comprometida. Essa é uma realidade que encontramos
quando se trata de pessoas com dificuldades de aprendizado.
A proposta do PEI é ensinar o indivíduo a pensar sobre os próprios processos e
assim ganhar autonomia. É aprender como aprender. Na experiência do
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consultório atendo vários pacientes que usam os filtros espectrais e apresentam
dislexia. O foco do trabalho está em desenvolver e aprimorar as operações
mentais que mais atrapalham essas pessoas, são elas: o trabalho com mais de
uma fonte de informação, análise e síntese, o controle da impulsividade,
representações mentais, precisão e exatidão na coleta de dados, orientação
espaço-temporal, dentre muitas outras ( Gomes, 2002). E a mais importante
delas: o sentimento de competência.
Segundo Eric Weber, “o uso dos filtros e o PEI modificaram minha vida,
agora não tenho medo de enfrentar desafios... em pouco tempo, já consegui ler
dois livros com um nível de compreensão que não tinha antes!” (sic.). Já Rafael
Horta sente-se mais seguro na escola, passou a gostar de ler e as notas
melhoraram. Ainda não terminou o programa, mas a diferença já é perceptível
pela família e!! pela escola,
essas pessoas tornaram-se conscientes de suas dificuldades e de seus
processos e passaram a criar novas estratégias para melhorar seu
conhecimento e elevar seu sentimento de competência – muitas vezes
comprometido pelo fracasso escolar ou profissional.
Nas palavras do Prof. Feuerstein: “Educar é uma aposta no outro”. Por isso o
PEI precisa ser conhecido nas escolas e clínicas para que a Educação ganhe
um novo olhar sobre o processo de aprendizagem e a hora de começar é agora!
Segundo Tallal et al. (1997, in Capovilla, 2002), a dislexia caracteriza-se
por um distúrbio na linguagem expressivo-receptiva que não pode ser atribuído a
atraso geral do desenvolvimento, distúrbios auditivos, lesões neurológicas
importantes (como paralisia cerebral e epilepsia) ou distúrbios emocionais. Para
Frith (1997), a dislexia pode ser compreendida como sendo resultante de uma
interação entre aspectos biológicos, cognitivos e ambientais que não podem ser
separados uns dos outros.
A intervenção na dislexia tem sido feita principalmente por meio de dois
métodos de alfabetização, o multissensorial e o fônico. Enquanto o método
multissensorial é mais indicado para crianças mais velhas, que já possuem
histórico de fracasso escolar, o método fônico é indicado para crianças mais
jovens e deve ser introduzido logo no início da alfabetização.
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Conforme Capovilla (2002) e Capovilla e Capovilla (2002b), o método
multissensorial busca combinar diferentes modalidades sensoriais no ensino da
linguagem escrita às crianças. Ao unir as modalidades auditivas, visuais,
sinestésica e tátil, este método facilita a leitura e a escrita ao estabelecer a
conexão entre aspectos visuais (a forma ortográfica da palavra), auditivos (a
forma fonológica) e sinestésicos (os movimentos necessários para escrever
aquela palavra).
Já o método fônico, conforme exposto anteriormente, focaliza o ensino
sistemático das relações entres as letras e os sons, explicitando o mapeamento
que a escrita alfabética faz da fala.
Visto que os procedimentos fônicos são importantes tanto para a
aquisição regular de leitura e escrita quanto para a intervenção nas dislexias, e
visto que o presente trabalho tem como objetivo auxiliar a prevenção dos
distúrbios de leitura e escrita, no capítulo seguinte serão analisados alguns dos
estudos já conduzidos visando à prevenção de tais distúrbios com a introdução
precoce de atividades fônicas.
4. 1- A dislexia intervenção e prevenção
Para que se faça um trabalho de prevenção é essencial que se
estabeleça uma relação causal entre duas variáveis. Para isso, um estudo
longitudinal é imprescindível. Pode-se fazer esse estudo utilizando um grupo de
indivíduos que será submetido a uma intervenção relacionada com a variável
considerada como causa e, em seguida, testar esse mesmo grupo após a
intervenção, para avaliar o seu desempenho. Supondo que todos os elementos
de contexto do estudo permaneçam constantes, se o desempenho do grupo for
superior ao de um grupo controle, que não sofreu tal intervenção, pode-se
afirmar que a relação entre as variáveis é causal (Bradley & Bryant, 1985; Bryant
& Alegria, 1989).
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Após esses testes as crianças avaliadas foram divididas em dois grupos,
um controle e um experimental. Ambos os grupos tinham em comum o baixo
desempenho nas tarefas meta fonológicas, a idade e a inteligência (conforme
avaliação psicométrica). As crianças do grupo experimental foram submetidas a
um procedimento com exercícios de rima e aliteração, enquanto as do grupo
controle foram submetidas a um procedimento com exercícios de classificação
de palavras com base semântica. Os resultados em dois testes de leitura e um
de ortografia mostraram a superioridade do desempenho do grupo experimental
em relação ao grupo controle cerca de um ano após as intervenções, sugerindo
que o trabalho metafonológico foi especificamente eficaz em melhorar o
desempenho em leitura e escrita, mas não o trabalho semântico (Bryant &
Bradley, 1985).
Outros trabalhos de intervenção foram conduzidos pela equipe de
Lundberg (Lundberg, Frost & Peterson, 1988; Lundberg, Olofsson & Wall, 1980;
Olofsson & Lundberg, 1983, 1985). Durante todo o ano anterior ao do
aprendizado da leitura, as crianças foram submetidas a atividades meta
fonológicas. As crianças do grupo experimental mostraram-se superiores em
leitura e escrita em relação ao grupo controle ao final do primeiro ano de
aprendizagem e também ao final do segundo ano.
Tais estudos sugerem que a análise segmentar tem relação causal com o
sucesso ou o fracasso na aquisição da leitura, ou seja, crianças com boas.
4.2- A DISLEXIA ASPECTOS PREVENTIVOS
Diversos estudos têm mostrado que é possível desenvolver a
consciência fonológica em crianças pré-escolares (Ball & Blachman, 1991;
Cunningham, 90). Estudos mostram ainda que, quanto maior a idade da criança
e, portanto, quanto mais tempo se passa com a dificuldade de leitura e escrita,
tanto menores são os efeitos da intervenção (Olson et al., no prelo). Portanto, é
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essencial intervir o mais precocemente possível, de preferência antes da
instrução formal de leitura, prevenindo ulteriores problemas na aquisição de
leitura e escrita.
Com este objetivo de prevenir distúrbios de leitura e escrita, mais
especificamente de prevenir a dislexia, Borstron e Elbro (1997, in Capovilla,
2002) conduziram um estudo com crianças pré-escolares, cujos pais eram
disléxicos. Tais crianças, portanto, eram consideradas de risco para desenvolver
dislexia. A pesquisa buscou responder a duas questões principais: a) é possível
desenvolver consciência fonêmica em crianças pré-escolares de risco cujos pais
são disléxicos? e b) o procedimento de consciência fonêmica pode reduzir a
incidência de dislexia nessas crianças de risco?
Para responder às questões, os pesquisadores selecionaram 136
crianças dinamarquesas, alunas da pré-escola Nenhuma delas havia tido
qualquer instrução prévia sobre leitura e escrita. Tais crianças foram divididas em
três grupos:
• grupo experimental com pais disléxicos (GED): 36 crianças, filhas de pais
disléxicos, que participaram do procedimento de intervenção;
• grupo controle com pais disléxicos (GCD): 52 crianças, filhas de pais
disléxicos, que continuaram participando apenas das atividades escolares
regulares;
• grupo controle com pais não-disléxicos (GCND): 48 crianças, filhas de
pais não disléxicos, que também participaram apenas das atividades
escolares regulares.
As crianças do GED participaram de um programa de intervenção, com
atividades de consciência fonêmica, que era ministrado pelas próprias
professoras na pré-escola. Neste programa, todas as letras do alfabeto eram
introduzidas segundo uma ordem pré-determinada. As vogais eram introduzidas
nas duas primeiras semanas do procedimento e depois eram introduzidas duas
consoantes por semana. As consoantes facilmente pronunciavam eram
ensinadas primeiro. O som de cada letra era relacionado a uma expressão ou
objeto (ex.: o som /m/ era relacionado ao "gosto bom"), e era ensinada a forma
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de articulação de cada som (ex.: para pronunciar o som /m/, os lábios devem
estar fechados, o som sai pelo nariz, a língua fica relachada e não se
movimenta). Para cada consoante eram sempre apresentados o nome da letra e
o seu som (Capovilla, 2002; Capovilla & Capovilla, 2002b).
Incluindo atenção auditiva discriminação e memória, bem como
processamento fonológico e compreensão auditiva. Verificou-se que o treino
comportamental melhorou a linguagem oral e a leitura, do ponto de vista
neurológica, as crianças com dislexia apresentaram um aumento da atividade em
múltiplas áreas cerebrais os resultados sugerem que uma remediação
comportamental parcial de difícies no processamento da linguagem, resultando
numa melhoria da leitura, diminui nas áreas cerebrais associadas ao
processamento fonológico e produz uma ativação compensatória adicional de
outras regiões cerebrais, um outro estudo com fins semelhantes, de éden et al.
(2004) feito com adultos, demonstrou também o treino fonológico resulta numa
melhoria da performance em indivíduos com dislexia em tarefas de manipulação
fonológica; esta mudanças comportamentais estavam associadas a um aumento
da atividade nas regiões do hemisfério esquerdo utilizados por leitores normais e
atividades compensatórias do hemisfério direito, outros estudos realizados com
crianças disléxicas que foram sujeitas a uma intervenção baseadas nas
competências fonológicas demonstraram que a melhoria observada na leitura,se
associava uma “normalização” de área anteriormente ativadas de modo
deficiente do hemisfério esquerdo (e.g;ayward et al ; 2003 Richard et al; 2000,
cit. In éden et al, 2004).
Como vimos à dislexia é conseqüência de diferenças de base neurológica
nos mecanismos cognitivos que suportam a leitura. Há evidencia apontam para a
sua base hereditária e para o seu caráter persistente. Contudo, mesmo
assumindo a sua base genética, isso não significa que não seja susceptível da
intervenção do ambiente (c.g.snowling-2000. Frith 2000) segundo MORTON E
FRITT (1995, at. In snowling 2000), a manifestação de uma perturbação
cognitiva de base biológica está depende de uma interação complexa entre os
processos deficitário e o ambiente em que a criança se desenvolve, deste modo,
havendo lugar para a influencia ambientais, pode falar–se num espaço para a
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intervenção na dislexia mantendo a idéia do deficiente fonológico como
característica central nesta perturbação, é importante que qualquer intervenção
tenha em consideração as competências fonológicas tróia (1999, cit. Insnowling,
2000) tendo como objetivo explorar os efeitos cerebrais de uma intervenção
comportamental remediativa em individuo com dislexia, utilizou um programa de
intervenção computadorizado composto por sete exercícios que enfatizavam
diferente aspectos da linguagem oral aqui verifica-se, desta forma que a
intervenção de base fonológica na dislexia, além de conduzir a melhorias nos
mecanismos perturbados, faz-se acompanhar de correlatos cerebrais
acrescente-se ainda que estudos formais em contextos clínicos e de sala de aula
tem demonstrado que o ensino dos princípios da consciência fonológica a todas
as crianças conduz o aumento em múltiplas medidas da capacidade de leitura e
a perspectiva mais eficaz para tratar indivíduos com dislexia ( e-g- Reyner et al;
2001: Swanson, 1999, torgesen et al ; 2001, cit. In éden et al. 2004).
Apesar de até aqui termos centrado a nossa atenção numa óptica
remediativa, falando de intervenção em indivíduos com diagnóstico de dislexia, é
necessário salientar a importância cada vez maior que se da a uma lógica
preventiva e de intervenção precoce.
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Conclusão
Conclui-se de tudo que foi pesquisado, as escolas é um dos agentes
responsáveis pela integração da criança na sociedade e das descobertas de
suas dificuldades no aprendizado,nas escola os professores tem dificuldade de
identificar a dislexia já que não tem fundamentação teórica e conhecimento de
causa no assunto. O aluno portador de dislexia já não tem a compreensão do
profissional, falto qualificação dos professores para lidar com as dificuldades de
seus alunos, no aprendizado em seu cotidiano escola. Isso acontece por que
não fomos preparados durante a sua formação acadêmica, por isso é diante
desse fato estaríamos com esses problemas em sala de aula, apesar de que a
dificuldade do aprendizado está ligada a área de saúde, apesar de que não há
tratamento medicamentoso especifico podem ser indicados apenas para
fatores sociados como transtorno de atenção e problemas comportamentais.
Devido as suas diversas nomenclaturas existentes como distúrbio,
dificuldades, transtornos ou problemas, afastando-as do campo, sendo assim
os educadores preferem rotular o aluno com dificuldades como preguiçosos ou
algo dessa natureza e não são criadas estratégias específicas de ensino,
criando-se uma barreira enorme entre aluno e professor. Diante dessa
pesquisa esperamos ter contribuído para que surjam novos estudos em nossa
área que essas questões sejam revistas no curso de formação. Ressalta-se
também a importância de uma adequada investigação, buscando um correto
diagnostico para então direcionar o melhor tratamento indicado para o caso,
esperamos também que as escolas reconheçam que podemos contribuir mais
qualificando melhor os seus professores para então lidar melhor identificarmos
alunos com a dislexia.
Por esse motivo, as escolas deveriam ser mais preparadas para a
abordagem do assunto dando condições a seus profissionais para melhor
identificar dentro da sala de aula os dislexos assim diferenciando preguiça de
dificuldade.
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