A DISLEXIA E A DIFICULDADE NO APRENDIZADO · ações eficazes para auxiliar na avaliação e...

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1 UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO MESTRE PÓS – GRADUAÇÃO “LATO SENSU” A DISLEXIA E A DIFICULDADE NO APRENDIZADO POR. SÔNIA HELENA SALES DE SANTANA ORIENTADORA: PROF: MARIA ESTHER ARAUJO RIO DE JANEIRO 2009

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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

PÓS – GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

A DISLEXIA E A DIFICULDADE NO APRENDIZADO

POR. SÔNIA HELENA SALES DE SANTANA

ORIENTADORA: PROF: MARIA ESTHER ARAUJO

RIO DE JANEIRO

2009

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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

PÓS – GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

A DISLEXIA E A DIFICULDADE �O APRE�DIZADO

SÔNIA HELENA SALES DE SANTANA

Trabalho de monografia apresentado como requisito

Parcial para obtenção do grau Em psicopedagogia Rio de Janeiro

2009.

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AGRADECIME�TO

A DEUS POR TUDO QUE TEM FEITO EM MINHA

VIDA, PELAS GRANDIOSAS VITÓRIAS QUE TENHO

ALCANÇADO POR MEIO DA SUA PRESENÇA EM

MINHA CAMINHADA,. AGRADEÇO AO SÉRGIO

DOMINGUES QUE FOI CRUCIAL NOS MOMENTOS

MAIS DEFÍCIES, QUE ME INCENTIVA PARA QUE MAIS

UM DEGRAU EU VENHA SUBIR, AS MINHAS FILHAS,

POR TER SIDO ENCANSAVÉIS, VOCÊS SÃO UMA

DÁDIVAS DE DEUS PARA MIM.

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DEDICATÓRIA

DEDICO ESSA PESQUISA, AO SÉRGIO DOMINGUES QUE

TANTO CONTRIBUI DIRETA É INDIRETAMENTE PARA

QUE EU REALIZASSE ESSA PESQUISA, INCENTIVANDO O

MEU APERFEIÇOAMENTO É CRESCIMENTO

PROFISSIONAL.

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RESUMO

A principal meta é minimizar as dificuldades comuns da dislexia, neste processo

procuram-se reunir princípios é conceitos sobre distúrbios da aprendizagem o

transtorno da leitura e as alterações da linguagem correlacionadas com a dislexia.

No processo da escrita é da alfabetização, enfatizando-se sua separação construtivista

na deslexia há presenta uma lacuna inesperada entre habilidade de aprendizagem é o

sucesso escola. O problema não é comportamental, psicológico de motivação ou

social, não é doença é um funcionamento peculiar de celebro para o processo da

linguagem, não é possível realizar o diagnostico da dislexia antes do cinco anos de

idade, antes dessa idade não se podem diferencia as dificuldade de leitura é as

inaptidões estabelecidas, que são a única dislexia verdadeira sobre as quais se podem

atuar através da reeducação. Nesta perspectivas veio afirmação que, dos quadros

bastante encontrados de distúrbios de aprendizagem, a dislexia é um quadro bastante

encontrado nas salas de aula salas de aula mesmo assim muitos portadores de dislexia,

não diagnosticados corretamente, tratados é orientados, isso decorre da pouca

informação por parte dos profissionais de educação saúde, não sendo capazes de

identificar precocemente o ``problema´´ assim passam realizar os devidos

encaminhamentos, provocando em muitos caso frustrações nas crianças e até evasão

escolar.

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METODOLOGIA

A pesquisa é de revisão bibliográfica com coletas de dada dos

indireta utilizando como fonte livros, artigos e revistas destacando

como principais autores Snowling, Capovilla, Gorman, dentre

outos.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÂO 8

I- A Dislexia e a dificuldade no aprendizado 10 1.2 Apresentação dos sintomas 13 1.4 Sintomas da dislexia 14 1.4 história 15

II - Aspectos pedagógicos da dislexia 17 2.1 Algumas reflexões na pedagogia da dislexia 18

III- Aspectos psicopedagógicos da dislexia 20 IV - Proposta de intervenção da dislexia 25

4. 1- A dislexia intervenção e prevenção 27 4.2 A Dislexia Aspectos Preventivos 28

CONCLUSÃO 32

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 33

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Introdução

O trabalho a seguir aborda a distância, um assunto ainda pouco

compreendido na área educacional. O pequeno número de livros que tratam

deste tema no campo da educação representa a pouca relevância que a

educação dispensa o assunto. A pesquisa estudada a dificuldade no

aprendizado, destacando a dislexia, assunto com maior campo nas áreas de

psicopedagogia, fonologia, fonoaudiológica, psicologia, ficando a margem na

área educacional.

Além dos objetivos quais propostos questões secundárias são testadas

para estudo, tais como:

• Como a dislexia e tratada nas instituições de ensino

• Qual o desempenho dos alunos com a dislexia na sala de aula

• Existe distinção nas aulas entre alunos consideradas normais e aluno com

esse tipo de comprometimento.

A dislexia é um “problema” que dificulta o aprendizado da criança

atrapalha o seu desenvolvimento global. Esta dificuldade apresenta – se no ato

de adquirir fala da leitura, na escrita habilidade, dificuldade e em matemática e

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desenho geométricos alterações de comportamento. Definida comum distúrbio

ou transtorno de aprendizagem na área da leitura, escrita soletração a dislexia é

o distúrbio de maior incidência nas salas de aula. Pesquisas

realizadas em vários países mostram que entre o 5% e 17% da população

mundial e desleixas.

(Associação Brasileira de Dislexia - 2007).

A dislexia não acontece devido a um retardo mental ou a uma

escolarização inadequada ou uma deficiência visual ou auditiva e tão pouco

devido a um problema neurológico. o Tema dificuldade de aprendizagem é muito

amplo, neste caso por maior delimitação e exploração do tema proposto

priorizou-se enfocar em dislexia, aspetos pedagógico, aspectos psicopedagógico

e propostas de intervenção. Desta forma, espera contribuir para melhor

compreende a dislexia.

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I - A Dislexia e a dificuldade no aprendizado

O campo de estudos das dificuldades de aprendizagem é uma de

pesquisa vasta, entretanto, dentre os transtornos de aprendizagem existente

(dislalia, discalculia, disgrafia, disfasias, memória, transtorno de défcit de

atenção e hiperatividade entre outras) destacar-se, nesta pesquisa, a dislexia,

dada sua singularidade e importância de seu conhecimento para a aplicação de

ações eficazes para auxiliar na avaliação e tratamento de pessoas dislexia.

A dislexia é definida como uma falta de habilidade na linguagem que se

reflete na leitura. Entretanto, ela não é causada por uma baixa de inteligência. O

que ocorre é uma lacuna inesperada entre a habilidade de aprendizagem e o

sucesso escolar, sendo que o problema não é comportamental, psicológico, de

motivação ou social (Associação Nacional de Dislexia lanhez, 2002).

A dislexia torna-se evidente na época da alfabetização, embora alguns

sintomas como que são a dificuldades de memorizar o desligamento já estejam

presentes em fases anteriores. Apesar de instrução convencional, adequada

inteligência e oportunidade sócio-cultural e sem distúrbios cognitivos

fundamentais, a criança falha no processo da aquisição da linguagem.

Independe de causas intelectuais, emocionais ou culturais, Ou seja, a dislexia

não é uma doença, é um funcionamento peculiar do cérebro para o

processamento da linguagem. De fato, pesquisas atuais, obtidas através de

exames por imagens do cérebro, sugerem que os disléxicos processam as

informações de um modo diferente, tornando-as pessoas únicas; cada uma com

suas características, habilidades e inabilidades próprias (Associação Nacional de

Dislexia, 2005).

Embora os disléxicos tenham grandes dificuldades para aprender a ler, escrever

e soletrar, suas dificuldades não implicam em falta de sucesso no futuro, haja

vista o grande número de pessoas disléxicas que obtiveram sucesso, entre elas,

Thomas Edison (inventor), Tom Cruise (ator), Walt Disney (fundador dos

personagens e estúdios Disney) e Agatha Christie (autora) (Estill, 2005; Gorman,

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2003). De fato, alguns pesquisadores acreditam que pessoas disléxicas têm até

uma maior probabilidade de serem bem sucedidas; acredita-se que a batalha

inicial de disléxicos para aprender de maneira convencional estimula sua

criatividade e desenvolve uma habilidade para lidar melhor com problemas e

com o stress (Gorman, 2003).

O campo de estudos das dificuldades de aprendizagem é uma de

pesquisa vasta, entretanto, dentre os transtornos de aprendizagem existentes

(dislalia, discalculia, disgrafia, disfasias, memória, transtorno de défcit de

atenção e hiperatividade entre outras) destacar –se,nesta pesquisa, a dislexia,

dada sua singularidade e importância de seu conhecimento para a aplicação de

ações eficazes para auxiliar na avaliação e tratamento de pessoas disléxicas.

De fato, ao contrário de outras pessoas que não sofrem de dislexia, os disléxicos

processam informações em uma área diferente de seu cérebro; embora os

cérebros de disléxicos sejam perfeitamente normais. A dislexia parece resultar

de falhas nas conexões cerebrais. Uma criança aprende a ler ao reconhecer e

processar fonemas, memorizando as letras e seus sons. Ela passa então a

analisar as palavras, dividindo-as em sílabas e fonemas e relacionando as letras

a seus respectivos sons. À medida que a criança adquire a habilidade de ler com

mais facilidade, outra parte de seu cérebro passa a se desenvolver; sua função é

a de construir uma memória permanente que imediatamente reconheça palavras

que lhe são familiares. À medida que a criança progride no aprendizado da

leitura, esta parte do cérebro passa a dominar o processo e, conseqüentemente,

a leitura passa a exigir menos esforço. O disléxico, entretanto, no processo de

leitura recorre somente à área cerebral que processa fonemas. A conseqüência

disso é que disléxicos têm dificuldade em diferenciar fonemas de sílabas, pois

sua região cerebral responsável pela análise de palavras permanece inativa.

Suas ligações cerebrais não incluem a área responsável pela identificação de

palavras e, portanto, a criança disléxica não consegue reconhecer palavras que

já tenha lido ou estudado. A leitura se torna um grande esforço para ela, pois

toda palavra que ela lê aparenta ser nova e desconhecida (Gorman, 2003) e

Estill (2005) salientam que é preciso ter uma especial atenção com as crianças

que gostam de conversar, são curiosas, entendem e falam bem, mas aparentam

desinteresse em ler e escrever. Segundo Estill seria interessante, no caso de

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crianças leitoras, oferecer um mesmo problema matemático, escrito e oral, e

comparar as respostas, pois, freqüentemente encontramos respostas diferentes,

corretas na questão oral e incorreta na mesma questão escrita. Isto é, a mesma.

Criança que parece não saber resolver um problema matemático por

escrito, poderá ter um desempenho surpreendente quando o mesmo problema

lhe é apresentado.

Oralmente. Esta situação exemplifica como podemos confundir as

dificuldades não é na aprendizagem da matemática, mas na leitura.

Outro ponto a ser considerado se fala em dislexia é de que existem

crianças

Que apesar de todas estas dificuldades, conseguem aprender a ler, mas

vão.

Carregando a sua dislexia camuflada. Em geral, estas crianças,

incompreendida em suas dificuldades muitas vezes são vistas como

desinteressadas, e cobradas com revolta. Estill (2005) destaca alguns sinais que

ajudam os profissionais a

Compreender o que pode estar ocorrendo com aprendizes:

• Dificuldades nas aquisições lingüísticas: dificuldades em reconhecer

rimas

• Aliterações; vocabulário reduzido; construções gramáticas inadequadas,

severa.

• Dificuldade para entender as palavras pelo significado;

• Dificuldade em fazer cópias, trabalhos e agendas incompletas;

• Dificuldade na leitura lê, mas não entende o que leu;

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• Importantes dificuldades de organização seqüencial tempo-espacial;

seqüências e rotinas diárias;

• Dificuldades em matemático cálculo e desenhos geométricos;

• Grande dificuldade para aprender uma segunda língua;

Confusões de orientação, trabalhar com dicionários e mapas é um complicador.

• Alterações de comportamento – agressividade, desinteresse, baixa auto-

estima e até mesmo condutas opositivo-desafiadoras.

1.2 Apresentação dos sintomas

Os sintomas-chave na dislexia são dificuldades para ler e soletrar,

frequentemente com desempenho em matemática relativamente melhor. Como

algumas crianças disléxicas gostam de ler ou têm boa compreensão de leitura, é

importante verificar especificamente a leitura em voz alta e a aprendizagem

fônica. Pais e professores poderão relatar ritmos lentos de leitura ou de escrita,

inversão de letras e números, problemas na memorização dos fatos matemáticos

básicos e erros incomuns em leitura e soletração (Ver Tabela 1).

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1.3 Sintomas da dislexia

Primário Problemas com letras e soletração, problemas na

codificação foi na lógica da linguagem escrita.

Correlatado Problemas nos processo da linguagem articulação rotulação

memória verbal a curto e longo prazo

Secundário Baixo desempenho em compreensão na leitura e na

matemática, auto-estima baixa inversão de letras, diferenças

no movimento dos olhos durante a leitura

Artificial Problemas com a atenção, delinqüência e problemas viso-

especial.

Tabela 1- (2005 p )

O mais importante é que a indicação inicial pode ocorrer não pelos

sintomas cognitivos, mas pelos físicos ou emocionais, tais como ansiedade ou

depressão, relutância em ir á escola, dores de cabeça e problemas estomacais. É

importante verificar se esses sintomas ocorrem sempre ou só nos dias escolares.

Mesmo que ocorra sempre, a causa principal pode ser a dislexia devido a

fracassos (ou medo do fracasso) decorrente da experiência disléxica (Pennington,

1997).

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1.4 história

A maioria dos disléxicos não apresenta eventos de alto risco em suas

histórias pré-natal ou perinatal, nem apresenta atrasos nítidos nos aspectos

fundamentais do desenvolvimento inicial, embora possam estar presentes, em

algumas histórias, leves problemas articulatórios e de retardo na fala. Há três

aspectos da história que são particularmente informativos – história da família

(levantar a historia de leitura, soletração e problemas correlatos de linguagem

entre parentes de primeiro e segundo graus do paciente), e histórias de leitura e

linguagem.

As observações importantes de comportamentos ligam-se aos seguintes erros

(Pennington, 1997):

a) Erros de palavras funcionais: São substituições de palavras “pequenas”, tais

como artigos e proposições. Frequentemente, os disléxicos trocam “um” e “o” e

lêem erradamente as preposições.

b) Erros visuais: São substituições nas palavras de conteúdo baseada numa

similaridade visual superficial com a palavra-alvo (Exemplo: “carro” por “cano”). A

significância destes erros está em que a criança está usando a similaridade

visual no lugar do código fonológico completo para nomear a palavra e,

novamente, estes erros são reflexos de problemas fonológicos.

c) Erros de lexicalização: se referem às trocas de uma não-palavra por uma

palavra real, usualmente com uma forma visual similar (“bom” em lugar de

“bim”). A significância destes erros é essencialmente a mesma dos erros visuais;

d) Erros de soletração: são os erros de acréscimo, omissões ou substituições de

consoantes (“exetivo” por “executivo”). Os disléxicos são mais fracos também na

soletração de vagais. Como regra geral, uma taxa de precisão fonoaudiológica

para seqüências consonantais inferior a 60% em crianças e a 70 % em

adolescente e adulto é considerada disléxica.

Observa-se com base nos sintomas, que a dislexia pode causar uma

série de transtorno psicossociais interferindo no aprendizado e na dificuldade de

a sim ilação das palavras e no processo da linguagem . Quando utilizamos o

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material de orientação psicanalítica, fartamente encontramos nas obras de

Freud, Milani Klein, Uinncot e Bion, dentro outras, passamos a ter subsídios para

desempenha, Ester olhar mais apurado e sensível deste ser e suas dificuldade

para que possamos entender,o quanto os aspectos inconsciente influenciam na

aprendizagem e o quanto a harnomia psíquica capacita ou prejudica está

atividade, além de leitura e escrita é um fenômeno pluridimensional, que não que

mão se situa apenas no portado, mas também na família, no professor, no

método educacional, na escola e na sociedade, ou seja, nas múltiplas interações

entre eles.

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II Aspectos pedagógicos da dislexia

Algumas crianças abandonam a escola levando consigo a imagem da

sua incapacidade, outras permanecem na escola, porem tornam-se vitima de

programas educacionais inadequados e desestimulantes, programas sem

capacidades para adaptar sés objetivos de ensino ás diferentes individuais das

crianças que tem mais dificuldades de aprender após vários fracassos a

criança é encaminhada ao profissional considerado mais adequado, visando

sua reintegração ao sistema escola assim chegam aos consultórios ou clinicas

multidisciplinares crianças com dificuldades de aprendizagem e algumas

portadoras de distúrbio especifico,como por exemplo, a dislexia. A criança

aprender a partir as sua bagagem cultural, e social intelectual e nesse caso a

criança dislexia pode ter desvantagem, apesar de possuir um inteligência

adequada e muito vezes a não compreensão do seu problema faz com que

seja visto como no entanto, segundo Ross (1979) , citando por Miranda (2000),

a utilização do termo ``distúrbio de aprendizagem ´´ chama atenção para a

existência de crianças que freqüentam escola e apresentam dificuldade de

aprendizagem, embora aparentemente não possuam defeitos físicos,

sensórios, intelectuais ou emocionais. Este rotulo, segundo Guerra (1989) ,

ocasionou durante anos que tais crianças fossem ignoradas de varias maneira

como ``hiperatividade´´ ``síndrome hiperanetica síndrome da criança

hiperativa´´lesão celebral mínima disfunção celebral mínima ```dificuldade de

aprendizagem ´´ ou ``disfunção na aprendizagem.as explicações psicanalíticas

sugerem que a psicoterapia é um método adequado numa memória dos casos,

deve dos ao diagnóstico ser difícil de ser detectado em casa individualmente ,

uma vez que quando os casos melhoram na adequação escola nas atividade

quando o êxito escola nas atividades escolares tornam-se evidente. Já os

psicólogos educacionais e experimentais passaram a identificar a dislexia como

uma deficiência proveniente de física, emocionais, sociais, e educacionais

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apresentadas pelos deficientes de leitura originadas a teoria pluralística de

cassação.

2.1 Algumas reflexões na pedagogia da dislexia

A dislexia pode-se interpretar erroneamente como um sinal de baixa

capacidade intelectual do sujeito, porém estudos recentes mostram que esse

sujeito pode sobressair de suas dificuldades na aprendizagem da lecto-escrita.

A dislexia é uma disfrenção que atinge frequentemente crianças, podendo

também ser percebida em pessoas adultas, e esta disfunção altera significar

levemente a produtividade em sala de aula, uma vez que a família em muitos

dos casos relatados em literatura, e a ultima a tomar conhecimento e interagir

no processo para minimizar o seu impacto na aprendizagem infantil.

Para Alves (2000) ler e escrever requer intensa reflexão sobre as

características dos diferentes sons e sua correlação com os elementos gráficos

a serem utilizados, tarefa difícil aos portadores de dislexia. Outro conceito

introduzido foi o “atraso naturacional”que denomina a lentidão no

desenvolvimento de certos aspectos neurológico especializado. A diferença de

lesão celebral mínima não está em defeitos estrutural, quando a psicologia

genética começa e divulga suas pesquisas, alguma autora sobre forte emoção

influencia desse estudo tentara modifica a aprendizagem da leitura e nas suas

perturbações. Lançam três espetos do desenvolvimento da linguagem. As

dificuldades de leitura e escrita continuam a constituir um dos principais

obstáculos que surgem ao longo da escolarização, na medida em que, alem da

dificuldade na aquisição da leitura ou escrita em si, causam dificuldades em

outras áreas de aprendizagem da leitura e da escrita. Os fatores podem

envolver situações adversas á aprendizagem normal, como o edifício escolar,

organização, pedagogia didática deficientes, abandono escolar, relações

familiar. e sociais, perturbadas ou meio social-ecomonicos e cultural

desfavorecido, os fatores inerentes do individuo referem-se á presença de uma

ou mais deficiência declaradas tendo em conta a referência a aspectos como a

presença de uma deficiência ou o meio social e cultural

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1- aspectos como lentidão na leitura,

2- reconhecimento em símbolos gráficos,

3- fonema,

Aqui a dislexia passa a ser considerada como a conseqüência de problemas

gnósico, e práxicos.

1-Problema : gnóxico são palavras simbólicas que explicam é da ritmo

nos conjuntos de letras, facilitando o dislexo a nemorizar os conjuntos de

letras, traços assim formando as palavras.

2- problema práxicos: é associação e a problemática

comportamental e escolar o que favorece um estudo psicomotor, é a percepção

em gesto articulatório específicos em que no dislexio se observa á articulação

de relação em os sistema verbal, mobilizando a encenação na leitura de texto.

Após os processos mais básicos de leitura, como identificação e

extração do significado de palavras individuais, outros processos operam na

frase ou sentença, e também tratam da organização global ou da estrutura

temática de toda uma história (Salles, 2001), que são os processos envolvidos

na habilidade de compreensão de leitura.

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III Aspectos psicopedagógico da dislexia

A psicopedagogia entender por dislexia do desenvolvimento ou

evolutiva, como um.

Distúrbio do processo de aprendizagem, já que a deficiência ocorre na

dificuldade do endivido durante a aquisição da leitura e expressão escrita. O

terno deve ser empregado para aqueles que apresentam uma ineficiência em

comum e especifica nas habilidades da leitura escrita, ao longo de seu

processo de educação formal, apesar de possuírem potencialidade igual ou

superior á media acuidade auditiva e visual normais, ausência de problemas

afetivo-emocionais. O quadro da dislexia,guarda correlação biológica

apresenta deficiências cognitivas fundamentais de possível origem

constitucional, segundo definição da Word federation of. Neurology.(www, 2

ccb/psicologia/revista/dislexia.htm). A base biológica se refere o distúrbio

funcionais localizados no hemisfério celebro esquerdo (área que na maioria

dos destros é responsável pelos processos de linguagem, de leitura e escrita),

mais especificamente no plano temporal, que apresenta falta da assimetria

habitual de tamanho e opera com nítida lentidão.

. Para emprenhamos o mundo da informação, não basta simplesmente,

encara-lo com a razão, o melhor caminho para as convivências sócias do

mundo atual é unir razão e emoção para que se construa o alicerce necessário

á construção do conhecimento e do aprendizado significativa. o maior desafio

do mundo atual da informações é como organiza-las, com encontrar meios

que viabilizam a organização dasinfomações que permitam torna-las

disponível quando necessárias.aprendizagem pode ser consideradas como

um compromisso essencialmente emocional, cabe ao ensino o compromisso

com motivação, estimulação e orientação da aprendizagem. Não se pode

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ensinar a que não quer aprender aquém não se encontra disponível para as

incertezas e a busca de conheci mento consistir fudalmentamente em

aprender a enfrentar o desafio de elaborar estratégicas, meios eficazes na

mobilização do educando, de sua emoção em paralelo com a razão. “O papel

educacional deve estar centrado na formação do ser pensante critico e

transformado, que desenvolva a capacidade de lidar com os problemas

educacionais e sociais, desta forma, segundo Pelvas define como

empobrecimento espécie humana”. Deve-se buscar por parte do educando o

auto-questionamento por mais que este tenha compromisso em dimensões.

Todavia, o quadro sintomático está expressando claramente que algo não

está com o sujeito e que precisa ser modificado. Assim, ao término do

diagnóstico – sendo caracterizado um quadro de dislexia, o tratamento

psicopedagógico vai ser direcionado aos sintomas do indivíduo, visando a

superação dos mesmos, já que estes estão impedindo a evolução de seu

processo geral de aprendizagem, além de produzirem problemas secundários

mais severos que a própria dislexia.

Sabendo que toda criança inicia seu processo de escolarização desejando

aprender, desejando ir bem à escola, como seus demais colegas, irmãos e

primos. Que seus talentos fossem vistos e admirados mingúem

conscientemente, se regozija por vivenciar fracassos e frustrações ao longo de

sua vida, nenhum jovem ficar feliz ao levar seu boletim com resultados

insatisfatório para seus pais.

Sabemos ainda, que o individuo quando passa a ter autonomia e

independência, começa a obter realizações concretas e estará fortalecendo

sua estrutura egóica e sua auto-estima, o que lhe afiança ir reabilitando os

demais recursos cognitivos.

Entendemos que pelo fato de serem vivenciadas novas relações

interpessoais com o profissional e com o processo de aprendizagem, novos

espaços serão criados, permitindo o surgimento de vínculos sadios,

estruturados e prazerosos – diferentes.

Não há nenhum outro tipo de relacionamento no qual um ser humano se coloque de maneira tão

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irrestrita e outro pode existir algo pior do que um lar insatisfatório a inexistência de um lar. (Winnicott, 2005. p -74,75)

Tecnicamente a abordagem de trabalho associa o estimulo e

desenvolvimento de suas inclinações naturais, com o resgate das deficiências

instrumentais, através de métodos multisensoriais, que partem da linguagem

oral á estruturação do pensamento, da leitura espontânea á discussão

temática, da elaboração crítica e gerativa das idéias á expressão escrita.

Desta forma um sentido efetivo do aprender e do processo de aprendizagem

começa a ser incorporado.

A atuação de psicopedagogo busca embasamento constante nos diversos

teóricos, visando maior capacitação e compreensão do jovem disléxico que o

procura. Busca, sobretudo, técnicas e estratégias de trabalho e de conduta

que façam mais sentido para ele; objetiva em suas sessões conhecer,

entender e esclarecer o mecanismo manifesto junto dele, seja através de

jogos, de vivências e de discussões de temas pertinentes, buscando e

permitindo o conhecimento. O olhar psicopedagógico não deve refletir uma

visão reducionista que rotularia o disléxico como um déficit em si mesmo, pois

desta forma estaria alimentando sua condição de sujeito identificado de sua

família ou

mesmo de sua classe. Desta forma, a atuação da psicopedagogia só encontra

real eficiência quando atingir a família do disléxico, incorporando-a ao

tratamento, já que está se apresenta no mínimo contaminada pelos fracassos

e sofrimentos de seus filhos, associado às projeções de seus próprios

sofrimentos, além das tentativas fracassadas de auxilio. Para tanto, a

compreensão do sistema funcional, da dinâmica desta família, se faz

necessário para que se possa orientá-la eficientemente. A ação deve se

estender á instituição escolar, alertando e sensibilizando seus educadores de

que o disléxico pode e merece aprender, tal qual outro aluno qualquer, que

ele apenas precisa de técnicas e estratégias. Com a mediação de outra

pessoa, também consegue compreender textos da maior complexidade, o que

antes não conseguia. O educador deve valorizar não seus erros, mas seus

acertos. (Bowlby-2005)

Assim, o olhar e escuta psicopedagógico, entendem a dislexia: sob um viés

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integrativo, onde importam os aspectos orgânicos e psicodinâmicos do

individuo, bem como a instituição família e sistema educacional, na figura da

escola. A atuação psicopedagógica visa auxiliar a que o sujeito se beneficie

com um processo de aprendizagem que lhe seja significativo e prazeroso,

num nível compatível ás suas reais potencialidades necessárias.

Aprendizagem pode ser consideradas como um compromisso essencialmente

emocional, cabe ao ensino o compromisso com motivação, estimulação e

orientação da aprendizagem. Não se pode ensinar a que não quer aprender,

aqueles que não se encontram disponíveis para a incertezas e a busca de

conhecimento- ensinar consistir fundamentalmente em aprender a enfrentar o

desafio de elaborar estratégicas, meios eficaz na mobilização do educando,

de sua emoção em paralelo com a razão. “ O papel educacional deve estar

centrado na formação do ser pensante critico e transformado, que desenvolva

a capacidade de lidar com os problemas educacionais e sociais, desta forma,

segundo Pelvas define como empobrecimento espécie humanas (Paulo corte,

2002). Deve – se buscar por parte do educando o auto- questionamento por

mais que este tenha compromisso em dimensões todavia, o quadro

sintomático está expressando claramente que algo não está com o sujeito e

que precisa ser modificado. Assim, ao término do diagnóstico sendo

caracterizado um quadro de dislexia , o tratamento psicopedagógico vai ser

direcionado aos sintomas do individuo, visando a superação dos mesmo. Já

que estes estão impedindo a evolução de seu processo geral de

aprendizagem, além de produzirem problemas secundários mais severos que

a própria dislexia. Sabendo que toda criança inicia seu processo de

escolaridade desejando aprender, desejando ir bem á escola, como seus

demais colegas, irmãos e primos. Que seus talentos fossem vistos e

admirados ninguém conscientemente, se regozija por vivenciar fracassos e

frustrações ao longo de sua vida, nenhum jovem ficar feliz ao levar seu

boletim com resultados insatisfatório para seus pais. Sabemos ainda, que o

individuo quando passar a ter autonomia e independência, começa a obter

realizações concretas e estará fortalecendo sua estrutura egóica experiência

promovem modificações estáveis na personalidade e na dinâmica grupal as

quais revertem no manejo instrumental da realidade . A aprendizagem não só

objetiva a criança ou adolescente, mas o adulto e profissionais na integração

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e reintegração grupal.Inspirando-nos segundo( Pichon,2005) um dos que se

preocupou com a questão "GRUPO", verificaremos a importância de se

trabalhar estas instituições: "a aprendizagem é uma apropriação instrumental

da realidade para transformar-se e transformá-la. Essa apropriação possibilita

uma intervenção que gera mudanças em si, e no contexto que se dá.

Caracteriza-se também, por ser uma adaptação ativa, constante na realidade.

Implica, portanto, em estruturação, desestruturação e reestruturação. Isso

gera tensão a qual necessita não apenas ser descarregada, mas revitalizada,

renovada, enriquecida.

Embora o corpo teórico nos remeta á afirmação da origem neurológica

dos distúrbios cognitivos, a elaboração de um de plano de trabalho é

mais abrangente e respeitam além do quadro sintomático, os aspectos

psicopedagógico, familiares e sociais de cada individuo. (Sara pain-2004)

considera o problema de aprendizagem como e que este se configura num

estado particular de um sistema que para equilibra-se precisou adotar este

tipo de comportamento.

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IV Proposta de intervenção da dislexia

Como foi dito, a dislexia é uma dificuldade que está relacionada com a

percepção do texto escrito. Podemos dizer então que a primeira tarefa de um

bom leitor diante do texto é a do tipo perceptivo ou sensorial, ao extrair

informação do texto escrito, através do reconhecimento da palavra escrita

(decodificação) e sua análise lingüística. A percepção visual do texto relaciona-

se com os movimentos sacádicos e as fixações do olho,portanto a leitura está

relacionada com a percepção visual que é a capacidade de retirar informações,

conhecimento do mundo visível.(Martins-pag119-2001) ., Numa abordagem

psicolingüística, a dislexia é uma dificuldade na aprendizagem da leitura

relacionada ao reconhecimento da correspondência entre os símbolos gráficos

(grafema) e o fonema e a transformação dos símbolos gráficos em linguagem

verbal.

Mas para os profissionais que acompanham essas pessoas fica a dúvida: como

intervir para torná-las mais eficientes em sua vida acadêmica?

No atendimento psicopedagógico tenho tido resultados significativos com o

Programa de Enriquecimento Instrumental (PEI). Trata-se de uma nova

tecnologia pedagógica e psicológica, inovadora, criada pelo Prof. Dr. Reuven

Feuerstein em Israel que proporciona aos indivíduos uma melhor relação com a

aprendizagem (snowling-2004)

“Não sabe se organizar”, “é desatento”, “começa e não termina uma tarefa”, “é

impulsivo”, “tem boas idéias mas não consegue colocá-las no papel”, “estuda

mas não consegue tirar boas notas na escola”, “não compreende o que lê” sem

falar na auto estima comprometida. Essa é uma realidade que encontramos

quando se trata de pessoas com dificuldades de aprendizado.

A proposta do PEI é ensinar o indivíduo a pensar sobre os próprios processos e

assim ganhar autonomia. É aprender como aprender. Na experiência do

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consultório atendo vários pacientes que usam os filtros espectrais e apresentam

dislexia. O foco do trabalho está em desenvolver e aprimorar as operações

mentais que mais atrapalham essas pessoas, são elas: o trabalho com mais de

uma fonte de informação, análise e síntese, o controle da impulsividade,

representações mentais, precisão e exatidão na coleta de dados, orientação

espaço-temporal, dentre muitas outras ( Gomes, 2002). E a mais importante

delas: o sentimento de competência.

Segundo Eric Weber, “o uso dos filtros e o PEI modificaram minha vida,

agora não tenho medo de enfrentar desafios... em pouco tempo, já consegui ler

dois livros com um nível de compreensão que não tinha antes!” (sic.). Já Rafael

Horta sente-se mais seguro na escola, passou a gostar de ler e as notas

melhoraram. Ainda não terminou o programa, mas a diferença já é perceptível

pela família e!! pela escola,

essas pessoas tornaram-se conscientes de suas dificuldades e de seus

processos e passaram a criar novas estratégias para melhorar seu

conhecimento e elevar seu sentimento de competência – muitas vezes

comprometido pelo fracasso escolar ou profissional.

Nas palavras do Prof. Feuerstein: “Educar é uma aposta no outro”. Por isso o

PEI precisa ser conhecido nas escolas e clínicas para que a Educação ganhe

um novo olhar sobre o processo de aprendizagem e a hora de começar é agora!

Segundo Tallal et al. (1997, in Capovilla, 2002), a dislexia caracteriza-se

por um distúrbio na linguagem expressivo-receptiva que não pode ser atribuído a

atraso geral do desenvolvimento, distúrbios auditivos, lesões neurológicas

importantes (como paralisia cerebral e epilepsia) ou distúrbios emocionais. Para

Frith (1997), a dislexia pode ser compreendida como sendo resultante de uma

interação entre aspectos biológicos, cognitivos e ambientais que não podem ser

separados uns dos outros.

A intervenção na dislexia tem sido feita principalmente por meio de dois

métodos de alfabetização, o multissensorial e o fônico. Enquanto o método

multissensorial é mais indicado para crianças mais velhas, que já possuem

histórico de fracasso escolar, o método fônico é indicado para crianças mais

jovens e deve ser introduzido logo no início da alfabetização.

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Conforme Capovilla (2002) e Capovilla e Capovilla (2002b), o método

multissensorial busca combinar diferentes modalidades sensoriais no ensino da

linguagem escrita às crianças. Ao unir as modalidades auditivas, visuais,

sinestésica e tátil, este método facilita a leitura e a escrita ao estabelecer a

conexão entre aspectos visuais (a forma ortográfica da palavra), auditivos (a

forma fonológica) e sinestésicos (os movimentos necessários para escrever

aquela palavra).

Já o método fônico, conforme exposto anteriormente, focaliza o ensino

sistemático das relações entres as letras e os sons, explicitando o mapeamento

que a escrita alfabética faz da fala.

Visto que os procedimentos fônicos são importantes tanto para a

aquisição regular de leitura e escrita quanto para a intervenção nas dislexias, e

visto que o presente trabalho tem como objetivo auxiliar a prevenção dos

distúrbios de leitura e escrita, no capítulo seguinte serão analisados alguns dos

estudos já conduzidos visando à prevenção de tais distúrbios com a introdução

precoce de atividades fônicas.

4. 1- A dislexia intervenção e prevenção

Para que se faça um trabalho de prevenção é essencial que se

estabeleça uma relação causal entre duas variáveis. Para isso, um estudo

longitudinal é imprescindível. Pode-se fazer esse estudo utilizando um grupo de

indivíduos que será submetido a uma intervenção relacionada com a variável

considerada como causa e, em seguida, testar esse mesmo grupo após a

intervenção, para avaliar o seu desempenho. Supondo que todos os elementos

de contexto do estudo permaneçam constantes, se o desempenho do grupo for

superior ao de um grupo controle, que não sofreu tal intervenção, pode-se

afirmar que a relação entre as variáveis é causal (Bradley & Bryant, 1985; Bryant

& Alegria, 1989).

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Após esses testes as crianças avaliadas foram divididas em dois grupos,

um controle e um experimental. Ambos os grupos tinham em comum o baixo

desempenho nas tarefas meta fonológicas, a idade e a inteligência (conforme

avaliação psicométrica). As crianças do grupo experimental foram submetidas a

um procedimento com exercícios de rima e aliteração, enquanto as do grupo

controle foram submetidas a um procedimento com exercícios de classificação

de palavras com base semântica. Os resultados em dois testes de leitura e um

de ortografia mostraram a superioridade do desempenho do grupo experimental

em relação ao grupo controle cerca de um ano após as intervenções, sugerindo

que o trabalho metafonológico foi especificamente eficaz em melhorar o

desempenho em leitura e escrita, mas não o trabalho semântico (Bryant &

Bradley, 1985).

Outros trabalhos de intervenção foram conduzidos pela equipe de

Lundberg (Lundberg, Frost & Peterson, 1988; Lundberg, Olofsson & Wall, 1980;

Olofsson & Lundberg, 1983, 1985). Durante todo o ano anterior ao do

aprendizado da leitura, as crianças foram submetidas a atividades meta

fonológicas. As crianças do grupo experimental mostraram-se superiores em

leitura e escrita em relação ao grupo controle ao final do primeiro ano de

aprendizagem e também ao final do segundo ano.

Tais estudos sugerem que a análise segmentar tem relação causal com o

sucesso ou o fracasso na aquisição da leitura, ou seja, crianças com boas.

4.2- A DISLEXIA ASPECTOS PREVENTIVOS

Diversos estudos têm mostrado que é possível desenvolver a

consciência fonológica em crianças pré-escolares (Ball & Blachman, 1991;

Cunningham, 90). Estudos mostram ainda que, quanto maior a idade da criança

e, portanto, quanto mais tempo se passa com a dificuldade de leitura e escrita,

tanto menores são os efeitos da intervenção (Olson et al., no prelo). Portanto, é

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essencial intervir o mais precocemente possível, de preferência antes da

instrução formal de leitura, prevenindo ulteriores problemas na aquisição de

leitura e escrita.

Com este objetivo de prevenir distúrbios de leitura e escrita, mais

especificamente de prevenir a dislexia, Borstron e Elbro (1997, in Capovilla,

2002) conduziram um estudo com crianças pré-escolares, cujos pais eram

disléxicos. Tais crianças, portanto, eram consideradas de risco para desenvolver

dislexia. A pesquisa buscou responder a duas questões principais: a) é possível

desenvolver consciência fonêmica em crianças pré-escolares de risco cujos pais

são disléxicos? e b) o procedimento de consciência fonêmica pode reduzir a

incidência de dislexia nessas crianças de risco?

Para responder às questões, os pesquisadores selecionaram 136

crianças dinamarquesas, alunas da pré-escola Nenhuma delas havia tido

qualquer instrução prévia sobre leitura e escrita. Tais crianças foram divididas em

três grupos:

• grupo experimental com pais disléxicos (GED): 36 crianças, filhas de pais

disléxicos, que participaram do procedimento de intervenção;

• grupo controle com pais disléxicos (GCD): 52 crianças, filhas de pais

disléxicos, que continuaram participando apenas das atividades escolares

regulares;

• grupo controle com pais não-disléxicos (GCND): 48 crianças, filhas de

pais não disléxicos, que também participaram apenas das atividades

escolares regulares.

As crianças do GED participaram de um programa de intervenção, com

atividades de consciência fonêmica, que era ministrado pelas próprias

professoras na pré-escola. Neste programa, todas as letras do alfabeto eram

introduzidas segundo uma ordem pré-determinada. As vogais eram introduzidas

nas duas primeiras semanas do procedimento e depois eram introduzidas duas

consoantes por semana. As consoantes facilmente pronunciavam eram

ensinadas primeiro. O som de cada letra era relacionado a uma expressão ou

objeto (ex.: o som /m/ era relacionado ao "gosto bom"), e era ensinada a forma

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de articulação de cada som (ex.: para pronunciar o som /m/, os lábios devem

estar fechados, o som sai pelo nariz, a língua fica relachada e não se

movimenta). Para cada consoante eram sempre apresentados o nome da letra e

o seu som (Capovilla, 2002; Capovilla & Capovilla, 2002b).

Incluindo atenção auditiva discriminação e memória, bem como

processamento fonológico e compreensão auditiva. Verificou-se que o treino

comportamental melhorou a linguagem oral e a leitura, do ponto de vista

neurológica, as crianças com dislexia apresentaram um aumento da atividade em

múltiplas áreas cerebrais os resultados sugerem que uma remediação

comportamental parcial de difícies no processamento da linguagem, resultando

numa melhoria da leitura, diminui nas áreas cerebrais associadas ao

processamento fonológico e produz uma ativação compensatória adicional de

outras regiões cerebrais, um outro estudo com fins semelhantes, de éden et al.

(2004) feito com adultos, demonstrou também o treino fonológico resulta numa

melhoria da performance em indivíduos com dislexia em tarefas de manipulação

fonológica; esta mudanças comportamentais estavam associadas a um aumento

da atividade nas regiões do hemisfério esquerdo utilizados por leitores normais e

atividades compensatórias do hemisfério direito, outros estudos realizados com

crianças disléxicas que foram sujeitas a uma intervenção baseadas nas

competências fonológicas demonstraram que a melhoria observada na leitura,se

associava uma “normalização” de área anteriormente ativadas de modo

deficiente do hemisfério esquerdo (e.g;ayward et al ; 2003 Richard et al; 2000,

cit. In éden et al, 2004).

Como vimos à dislexia é conseqüência de diferenças de base neurológica

nos mecanismos cognitivos que suportam a leitura. Há evidencia apontam para a

sua base hereditária e para o seu caráter persistente. Contudo, mesmo

assumindo a sua base genética, isso não significa que não seja susceptível da

intervenção do ambiente (c.g.snowling-2000. Frith 2000) segundo MORTON E

FRITT (1995, at. In snowling 2000), a manifestação de uma perturbação

cognitiva de base biológica está depende de uma interação complexa entre os

processos deficitário e o ambiente em que a criança se desenvolve, deste modo,

havendo lugar para a influencia ambientais, pode falar–se num espaço para a

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intervenção na dislexia mantendo a idéia do deficiente fonológico como

característica central nesta perturbação, é importante que qualquer intervenção

tenha em consideração as competências fonológicas tróia (1999, cit. Insnowling,

2000) tendo como objetivo explorar os efeitos cerebrais de uma intervenção

comportamental remediativa em individuo com dislexia, utilizou um programa de

intervenção computadorizado composto por sete exercícios que enfatizavam

diferente aspectos da linguagem oral aqui verifica-se, desta forma que a

intervenção de base fonológica na dislexia, além de conduzir a melhorias nos

mecanismos perturbados, faz-se acompanhar de correlatos cerebrais

acrescente-se ainda que estudos formais em contextos clínicos e de sala de aula

tem demonstrado que o ensino dos princípios da consciência fonológica a todas

as crianças conduz o aumento em múltiplas medidas da capacidade de leitura e

a perspectiva mais eficaz para tratar indivíduos com dislexia ( e-g- Reyner et al;

2001: Swanson, 1999, torgesen et al ; 2001, cit. In éden et al. 2004).

Apesar de até aqui termos centrado a nossa atenção numa óptica

remediativa, falando de intervenção em indivíduos com diagnóstico de dislexia, é

necessário salientar a importância cada vez maior que se da a uma lógica

preventiva e de intervenção precoce.

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Conclusão

Conclui-se de tudo que foi pesquisado, as escolas é um dos agentes

responsáveis pela integração da criança na sociedade e das descobertas de

suas dificuldades no aprendizado,nas escola os professores tem dificuldade de

identificar a dislexia já que não tem fundamentação teórica e conhecimento de

causa no assunto. O aluno portador de dislexia já não tem a compreensão do

profissional, falto qualificação dos professores para lidar com as dificuldades de

seus alunos, no aprendizado em seu cotidiano escola. Isso acontece por que

não fomos preparados durante a sua formação acadêmica, por isso é diante

desse fato estaríamos com esses problemas em sala de aula, apesar de que a

dificuldade do aprendizado está ligada a área de saúde, apesar de que não há

tratamento medicamentoso especifico podem ser indicados apenas para

fatores sociados como transtorno de atenção e problemas comportamentais.

Devido as suas diversas nomenclaturas existentes como distúrbio,

dificuldades, transtornos ou problemas, afastando-as do campo, sendo assim

os educadores preferem rotular o aluno com dificuldades como preguiçosos ou

algo dessa natureza e não são criadas estratégias específicas de ensino,

criando-se uma barreira enorme entre aluno e professor. Diante dessa

pesquisa esperamos ter contribuído para que surjam novos estudos em nossa

área que essas questões sejam revistas no curso de formação. Ressalta-se

também a importância de uma adequada investigação, buscando um correto

diagnostico para então direcionar o melhor tratamento indicado para o caso,

esperamos também que as escolas reconheçam que podemos contribuir mais

qualificando melhor os seus professores para então lidar melhor identificarmos

alunos com a dislexia.

Por esse motivo, as escolas deveriam ser mais preparadas para a

abordagem do assunto dando condições a seus profissionais para melhor

identificar dentro da sala de aula os dislexos assim diferenciando preguiça de

dificuldade.

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