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7/25/2019 estratégi.. dislexia http://slidepdf.com/reader/full/estrategi-dislexia 1/29 Orientações / Estratégias para ajudar as crianças com Necessidades Educativas Especiais  Ana Paula Portela Neves  A planificação de estratégias e actividades, para ajudar as crianças com Necessidades Educativas Especiais a superar as suas dificuldades, deverá constituir o fim último de qualquer professor. Depois de seleccionar as estratégias que me parecem mais pertinentes, foi criado este documento para que todos os docentes envolvidos no processo de ensinoaprendi!agem destas crianças e adolescentes encontrassem nele algo que os possa ajudar no seu quotidiano. Estas sugest"es t#m um sentido lato e devem ser ajustadas $s necessidades individuais de cada criança.  DIFICULDADES MAIS FREQUENTES DO ALUNO DISLÉXICO / COM DIFICULDADES ESPECIFICAS DE APRENDIZAGEM E SUGESTÕES DE INTERVENÇÃO DIFICULDADES COMO AJUDAR Língu !"#$n L#%"u$ &%'#n(%)& %a&er dar informaç"es e resumir o te'to lido ( aluno) *# atentamente, troca os sons, esquecese das palavras, o que o leva a não compreender o te'to+ penali!ado devido $ sua mem-ria imediata e apresenta dificuldades na descodificação L#%"u$ #*+$#&&%, *er oralmente com e'pressividade ( aluno) *uta contra as invers"es, as omiss"es, as confus"es, os sons comple'os, as linas que salta, / No primeiro ano, fa!er muitos e'erc0cios de repetição ou discriminação de s0la&as sem significado 1pseudopalavras2, de consoantes pr-'imas 1cá3já, fá3vá, pá3&á, /2+ Diminuir o comprimento dos te'tos+ 4ropor quest"es intermédias+ 4edirle para resumir um parágrafo mais curto+ %e na fica3teste de avaliação teve dificuldade em responder $s quest"es, verificar oralmente se compreendeu ou não o te'to+ %e não compreendeu, a sua dificuldade de compreensão é ao n0vel da leitura+ %e compreendeu, a sua dificuldade é na transição para a escrita. 5edu!ir a velocidade de leitura em vo! alta 1a velocidade aumenta consideravelmente os erros nas crianças dislé'icas2+ Não o&rigar a ler em vo! alta em presença de outros alunos+ Dei'álo seguir a leitura com o dedo ou outro au'iliar+ 6

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Orientações / Estratégias para ajudar as crianças com Necessidades Educativas Especiais Ana Paula Portela Neves

 A planificação de estratégias e actividades, para ajudar as crianças com Necessidades Educativas Especiais a superar as suas dificuldades, deverá

constituir o fim último de qualquer professor.

Depois de seleccionar as estratégias que me parecem mais pertinentes, foi criado este documento para que todos os docentes envolvidos no

processo de ensinoaprendi!agem destas crianças e adolescentes encontrassem nele algo que os possa ajudar no seu quotidiano. Estas sugest"es t#m um

sentido lato e devem ser ajustadas $s necessidades individuais de cada criança.

  DIFICULDADES MAIS FREQUENTES DO ALUNO DISLÉXICO / COM DIFICULDADES ESPECIFICAS DE APRENDIZAGEM E SUGESTÕES DE

INTERVENÇÃO

DIFICULDADES COMO AJUDAR

Língu !"#$n

L#%"u$ &%'#n(%)&

%a&er dar informaç"es e resumir o te'to lido

( aluno)

*# atentamente, troca os sons, esquecese das palavras, o que o leva a não

compreender o te'to+

penali!ado devido $ sua mem-ria imediata e apresenta dificuldades na

descodificação

L#%"u$ #*+$#&&%,

*er oralmente com e'pressividade

( aluno) *uta contra as invers"es, as omiss"es, as confus"es, os sons comple'os, aslinas que salta, /

No primeiro ano, fa!er muitos e'erc0cios de repetição ou discriminação de

s0la&as sem significado 1pseudopalavras2, de consoantes pr-'imas 1cá3já,

fá3vá, pá3&á, /2+

Diminuir o comprimento dos te'tos+

4ropor quest"es intermédias+

4edirle para resumir um parágrafo mais curto+

%e na fica3teste de avaliação teve dificuldade em responder $s quest"es,

verificar oralmente se compreendeu ou não o te'to+ %e não compreendeu, a sua dificuldade de compreensão é ao n0vel da

leitura+

%e compreendeu, a sua dificuldade é na transição para a escrita.

5edu!ir a velocidade de leitura em vo! alta 1a velocidade aumenta

consideravelmente os erros nas crianças dislé'icas2+ Não o&rigar a ler em vo! alta em presença de outros alunos+ Dei'álo seguir a leitura com o dedo ou outro au'iliar+

6

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Orientações / Estratégias para ajudar as crianças com Necessidades Educativas Especiais Ana Paula Portela Neves

7ica &loqueado quando é pertur&ado pela emoção) os mecanismos de

compensação serão mais aparentes e portanto mais incomodativos,

prejudicando assim a fluide! da leitura e impedindo a compreensão do te'to.

*er os sons comple'os ao mesmo tempo que ele e fa!#lo repetilos+

8erificar a compreensão do te'to lido+

No primeiro ano, ensinar as grafias muito pr-'imas 1on3ou, m3n, p3&/2, com

alguns dias de intervalo.

O$")g$-%

Ditado de palavras, de frases.

( aluno) 9onfunde os sons e o sentido+

:esmo que coneça as regras de ortografia, tem dúvidas e quando as vai

aplicar já não sa&e/

%a&er copiar um te'to sem erros.

*er e compreender o te'to, ao reprodu!ilo confunde, inverte, esquecese de

letras, de s0la&as e de palavras. 4erdese em relação $ lina onde está. 8olta

atrás, escreve duas ve!es a mesma coisa. ( tempo que demora a voltar ao

te'to leva a que esqueça o que escreveu. A c-pia é um e'erc0cio muito dif0cil.

%- deverá considerar os erros ortográficos nos ditados ou em e'erc0cios de

ortografia 1no caso da regra aprendida, não nas outras palavras2+

7a!er contratos com a criança quanto ao número de erros ou $ nature!a dosmesmos. 4or e'emplo) ;<oje não quero erros no a3$=, mais tarde pedirle que

faça o acordo dos plurais simples+

%e &loqueia na escrita, deve encorajálo a escrever te'tos pessoais di!endo

le que a ortografia não será avaliada 1por e'emplo) pedirle para inventar uma

ist-ria de quatro linas, diferente todos os dias, em ve! de le dar e'erc0cios

gramaticais, durante um determinado tempo2.

Dividir o te'to e acentuar as refer#ncias visuais+

4ermitirle su&linar ou fa!er marcas no te'to+

 Ajudálo na sua forma de ;fa!er= 1ou palavra a palavra ou então letra a letra2.

G$!."%(

>dentificar frases e tipos de frases+

Distinguir o grupo nominal e ver&al, nome, adjectivo, determinante, género e

número/

( aluno)

Não compreende o voca&ulário mais ela&orado. 4or e'emplo, confunde

;palavra= e ;nome=.

%implificar as instruç"es 1tornálas progressivamente mais comple'as2+

 Aceitar que ele s- aprende parte de uma regra gramatical+

Evitar fa!#lo decorar as regras do género) ;o adjectivo qualificativo qualifica

o nome=, neste caso não se e'plica nada, não é dado sentido+

Evitar e'plicaç"es como) ;o adjectivo pode suprimirse= ? o dislé'ico pode

suprimir tudo, não avendo para ele qualquer pro&lema+

8erificar se compreende e distingue o sentido dessas palavras.

@

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Orientações / Estratégias para ajudar as crianças com Necessidades Educativas Especiais Ana Paula Portela Neves

C)nug01)

Distinguir passado, presente e futuro+

7a!er a concordncia do ver&o+

9onjugar+

( aluno)

Denota dificuldades frequentes na orientação temporal.

Não conta&ili!ar os erros nos sons ou erros de ortografia, se escreveu

correctamente a terminação e se fe! o acordo+

(rientálo na identificação dos indicadores de tempo, ajudálo e pedirle

para os su&linar+

Ensinarle os ver&os menos comple'os ao n0vel da ortografia e que sejam

mais ve!es utili!ados para que se possa encontrar mais facilmente a

terminação.

V)(2u'.$%)

Encontrar palavras da mesma fam0lia, ant-nimos, sin-nimos, distinguir os

om-nimos/+

Btili!ar o dicionário+

9olocar palavras por ordem alfa&ética.

( aluno)

9onfunde os sons o que ocasiona confus"es de sentido 1perfeito, prefeito+

erupção, irrupção+ á, $, a/2+

Cem dificuldade em encontrar e locali!ar a palavra na página+

Dificuldades nas refer#ncias espaciais e temporais 1antes, depois/2

Não conta&ili!ar os erros se a definição estiver correcta+

 Ajudálo a procurar palavras no dicionário e proporle um alfa&eto escrito

que irá colocar no seu dicionário.

E*+$#&&1) #&($%"

9onstruir uma frase, aumentála, redu!ila, pontuar.

9omentar uma imagem, continuar uma frase ou ist-ria, ordenar e escrever

um te'to.

( aluno)

5evela pro&lemas com o tempo, com as sucess"es+

Cem dificuldade em orientarse no te'to e compreend#lo+

 Ajudálo a compreender o que le é pedido e a estruturar as suas ideias+

Não deverá conta&ili!ar os erros nem su&linálos.

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Orientações / Estratégias para ajudar as crianças com Necessidades Educativas Especiais Ana Paula Portela Neves

loqueia perante a escrita devido $s dificuldades.

E&($%"

Escrever legivelmente, fa!er a pontuação, colocar os acentos e as

maiúsculas.

( aluno)

9omo na maioria dos casos, é disgráfico, não se sente $ vontade com a

escrita+ Não respeita as grande!as devido $ sua dificuldade de representação no

espaço.

>nsistir com os pais para vigiarem a forma como o aluno segura no lápis, visto

a mesma ter muita importncia na percepção dos ritmos 1ponto fraco dos

dislé'icos2+

8oltar a e'plicar o trajecto das letras+

%er paciente face $ sua grafia e ao seu lado desordenado3confuso.

 Aceitar as rasuras 1que são autocorrecç"es2 e a sua apresentação poucocuidada+

Não deverá arrancarle as páginas do caderno.

C)!+)&%01)

( aluno)

 As mesmas dificuldades apresentadas na e'pressão oral aparecem

igualmente na escrita+

Desrespeito da sinta'e+

N0vel de l0ngua demasiado familiar+

8oca&ulário po&re e repetitivo+

:á utili!ação dos tempos ver&ais+

7alta de pontuação+

 Acentuação deficiente+

Não sa&e delimitar as diferentes partes de um te'to 1introdução,

desenvolvimento e conclusão2, encadear e estruturar cronologicamente o seu

discurso+

4erde muito tempo com as dificuldades ortográficas.

4rivilegiar o conteúdo em relação $ forma+

7a!er e'erc0cios de estil0stica+

 Ajudálo a organi!ar as ideias de um te'to+

Não o penali!ar pela ortografia.

F

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M"#!."%(

( aluno)

5evela dificuldades em ler os enunciados com palavras comple'as, como

adjacentes, circunscritas, paralelogramo/

>nverte os signos, os algarismos, sem contudo errar o resultado+

Croca com frequ#ncia os sinais G e H+

:anifesta dificuldades em seguir um racioc0nio l-gico+

>nverte as refer#ncias em geometria) em cima, em &ai'o+ direita, esquerda/+ 9onfunde as letras que designam um ngulo AD9 por A9+

Denota pro&lemas de visuali!ação e organi!ação espacial+

:ostra falta de rigor e cuidado.

4ermitirle cegar ao resultado correcto mesmo que a forma de o fa!er seja

diferente da ensinada+

 Aconselar uma reeducação l-gicomatemática+

9ompreender que pode inverter os sinais mas fa!er um cálculo correcto+

Cer em conta não s- os resultados mas tam&ém o racioc0nio, valori!ando os

progressos e os sucessos+

Ensinarle a fa!er desenos e esquemas para a resolução de algunspro&lemas.

Língu& E&"$ng#%$&

>ngl#s 3 7ranc#s

Encontramos as mesmas dificuldades detectadas na l0ngua materna ao n0vel

da leitura, da ortografia, da conjugação ver&al, da gramática e da composição.

No >ngl#s á sempre maior dificuldade.

( aluno)

Denota dificuldades em associar a ortografia ao som devido ao pouco á&ito

em ouvir novos sons e ver novas grafias+

9onfunde a audição de sons muito pr-'imos mas com grafia e significadosdiferentes+

Cem algumas dificuldades nas letras não pronunciadas mas escritas e nas

regras de concordncia, diferentes da l0ngua materna.

Cra&alar a pronuncia 1mesmo que seja de forma e'agerada2, so&retudo nas

primeiras semanas de aprendi!agem.

I

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Orientações / Estratégias para ajudar as crianças com Necessidades Educativas Especiais Ana Paula Portela Neves

3%&"4$% # G#)g$-%

( aluno)

Demonstra dificuldades nos pro&lemas cronol-gicos, e'.) antes e depois de

Jesus 9risto, porque o cálculo não se fa! da mesma forma que para a

contagem dos anos+

>nverte datas e números+

5evela dificuldades)

• De locali!ação nos esquemas e compreensão das escalas+• De memori!ação

• De ortografia de palavras estrangeiras e mesmo dificuldade de

redacção na e'pressão escrita.

Btili!ar a apresentação visual, como frisos cronol-gicos+

 Ajudálo a ela&orar um plano da aula para poder estudar+

Não dar importncia aos erros ortográficos+

8alori!ar qualquer progresso ou sucesso+

7a!er esquemas utili!ando cores.

C%5n(%& 6 N"u$#7 / 8%)')g%

( aluno)

5evela dificuldades nas palavras comple'as, e'.) clorofila, diafragma/

>nverte ou não compreende os esquemas+

Cem dificuldades de memori!ação

Não descontar pelos erros ortográficos+

8alori!ar qualquer progresso ou sucesso.

C%5n(%& Fí&%()9Quí!%(

( aluno)

5evela dificuldades no voca&ulário+ >nverte as refer#ncias, e'.) na electricidade inverte os p-los+ >nversão da l-gica+

Demonstra dificuldades em memori!ar os s0m&olos e as f-rmulas.

Não descontar pelos erros ortográficos+

8alori!ar qualquer progresso ou sucesso.

K

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Orientações / Estratégias para ajudar as crianças com Necessidades Educativas Especiais Ana Paula Portela Neves

E6u(01) T#(n)'4g%( / E6u(01) V%&u'

( aluno revela)

4ro&lemas de orientação espacial+

Dificuldades nos tra&alos manuais+

4ro&lemas de esquemati!ação e espaciais+

Dificuldades na organi!ação e planificação.

 Apoiálo o mais poss0vel 1ou pelo professor ou pelos colegas2, nas tarefas

onde apresenta maiores dificuldades+

8alori!ar qualquer progresso ou sucesso.

 Ajudálo a organi!ar o plano de tra&alo.

E6u(01) Mu&%('

( aluno revela)

Dificuldades no solfejo+

4ro&lemas de audição, confusão dos sons e das linas da pauta e das

claves+

Dificuldades na reprodução e memori!ação de ritmos.

 Apoiálo o mais poss0vel 1ou pelo professor ou pelos colegas2, nas tarefas

onde apresenta maiores dificuldades+

8alori!ar qualquer progresso ou sucesso.

E6u(01) Fí&%(

( aluno revela)

Dificuldades em memori!ar sequ#ncias+

4ro&lemas de lateralidade e de esquema corporal+

Dificuldades de coordenação motora, espacial e temporal+

4ro&lemas e ritmo.

8er&ali!ar durante a aprendi!agem das sequ#ncias+

E'plicar individualmente os e'erc0cios ao aluno, antes da sua aplicação.

8alori!ar qualquer progresso ou sucesso.

DIFICULDADES DOS ALUNOS DISLÉXICOS / COM DIFICULDADES ESPEC:FICAS DE APRENDIZAGEM NA SALA DE AULA

L

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Orientações / Estratégias para ajudar as crianças com Necessidades Educativas Especiais Ana Paula Portela Neves

CARACTER:STICAS DIFICULDADES SUGESTÕES

L#n"%61) # 6;,%6

 Aus#ncia de automatismos) esforço

suplementar na ela&oração &ásica

6. (rgani!ação do tempo+

@. Cempo suplementar+

. Adaptaç"es em relação ao que é despendido para cada tarefa+

F. Ajuda na leitura e na ortografia+

I. Adaptaç"es temporárias nos conteúdos dos programas+

K. 8alori!ação do menos progresso relativamente ao tempo.

D%-%(u'66#& n )$%#n"01)

#&+(%'

Dificuldades no posicionamento e nos

pontos de refer#ncia+

Dificuldades nas arrumaç"es+

Desordem ou não e'ist#ncia de

estratégias metodol-gicas.

6. (rgani!ação dos espaços com referencias &em sinali!adas.

a2 4ara lugares e locais)

• %inalética reforçada 1etiquetas2 para os edif0cios, andares, salas, placas,

moveis, gavetas ou cacifos &em identificados, etc.+

• E'ist#ncia de material de arrumação adaptado+

&24ara o material pessoal)

• >dentificação com etiquetas ou cores para diferenciar os livros, os

cadernos, etc.+

@. Btili!ar documentos escritos &em leg0veis e claros, sem so&recarga de

informaç"es, com letra adaptada 1tipo, espaçamento e tamano2

D%-%(u'66#& n )$%#n"01)"#!+)$'

Dificuldades no tempo, na cronologia e

na duração+

Desordem nos processos, estratégias,

metodologias a adoptar.

6. 8alori!ação do papel de referente com a utili!ação de um caderno onde

anotará os tra&alos de casa ou até de uma planificação pessoal glo&al auto

gerida+

@. 5efer#ncias temporais por planificação vis0vel, com cores e etiquetas1individuais ou de afi'ação colectiva2+

. Creino auditivo 1oral2 e3ou visual 1planos afi'ados, cursores, etc.2, definir as

etapas das comunicaç"es escritas e orais+

F. Aprender os processos e etapas na resolução das quest"es tipo, a resolver

1eventualmente com ficas de ajuda, sumários, resumos, esquemas2+

I. %olicitação frequente da narração, do relat-rio, da estratégia, como ajuda para

locali!ar as anomalias de sequenciali!ação.

M

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Orientações / Estratégias para ajudar as crianças com Necessidades Educativas Especiais Ana Paula Portela Neves

P$)2'#!& 6# "#n01)

ue&ras de atenção+

Distracção com qualquer estimulo

auditivo e visual+

Defeito na fi'ação da atenção em

elementos cave das mensagens orais e

escritas 1perderse no discurso2, na

recepção ou e'pressão+

9onfusão na mem-ria imediata+

:ensagem informativa alterada ou

anulada.

6. >mportncia do am&iente 3 comportamento geral da turma devido aos

distractores visuais ou auditivos+

@. 9olocar o aluno na primeira fila, frente ao quadro+

. >nstruç"es e e'plicaç"es curtas, passo a passo+

F. ( aluno não se pode distrair com o material escolar+

I. 9amadas de atenção do professor 1olar, pro'imidade, dirigirse

directamente ao aluno2+

K. Oestão da atenção da turma 1regular os momentos de fala e sil#ncio, os ciclos

de atenção3esforço, e'erc0cios mentais ou corporais, apresentaç"es motivantes,

etc.2+L. E'erc0cios para treinar a atenção, tais com)

• E'erc0cios de encadeamento mentais com o&stáculos, aumentando

progressivamente o grau de dificuldade+

• Desco&erta de diferenças em te'tos semelantes+

• E'erc0cios tipo ;caça ao intruso=, ;desco&re as diferenças= oral ou visual,

etc.+

• Jogos de atenção auditivos ou visuoespaciais.

P$)2'#!& 6#

!#!)$%701) 7raca mem-ria imediata) salto de

dados, impossi&ilidade de reter várias

instruç"es ou esclarecimentos sucessivos

ou seguidos+

 Alteraç"es na mem-ria de tra&alo) mau

funcionamento do tratamento de dados em

mem-ria 1utili!ação 3 conservação2+ Dificuldades de arma!enamento na

mem-ria a longo termo ou na sua função

de evocação.

6. Decomposição das instruç"es e informaç"es 1em elementos curtos e

sucessivos2, verificação da sua integração 1ver&ali!ar2 e a sua e'cussão+

@. Creino de e'erc0cios ou jogos adaptados com palavras e algarismos redu!idos

e forma auditiva e visual+

. Creino no tratamento fundamental das instruç"es e informaç"es)

• Nature!a do que é fornecido ou pedido+

• Nature!a do que já está memori!ado, do que é preciso complementar+• Nature!a do tratamento a fornecer $s respostas+

F. E'erc0cios de revisão do voca&ulário, dos conecimentos ou do processo,

eventualmente numa periodicidade regular+

I. Creino mnésico 1e'erc0cio, jogos diversos adaptados2+

K. Ela&oração frequente de pequenas ajudas, facilmente acess0veis+

• 7icas processo 1gramática, ta&uada, cadernos de ortografia, etc.2+

• 7icas listas das minas palavras dif0ceis um dos meus erros tipo 1por

temas ou fam0lia2

P

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Orientações / Estratégias para ajudar as crianças com Necessidades Educativas Especiais Ana Paula Portela Neves

L. 5edução das cargas mnésicas.

D%-%(u'66#& 6#<!n%+u'01)= 6)&

()n>#(%!#n")& #

%n-)$!0?#&

Dificuldades variáveis quanto $

a&stracção, classificação, categori!ação,

encadeamento, programação/+

Dificuldades nas organi!aç"es em

;ar&orescentes mentais=, assim com

esta&elecimento de ligaç"es.

6. Creinos progressivos acompanados, no processo de tratamento fundamental

das informaç"es, instruç"es e tarefas, diferenciando &em as etapas)

• >dentificação do que é pedido e3ou fornecido+

• 4rocura do que é conecido ligado ao tema espec0fico+

• Ela&oração da nature!a e das etapas do tratamento a desenvolver+

• Ela&oração 3 formulação da resposta

@. >dentificação das anomalias repetitivas nas estratégias e processos pessoais

do aluno+• Ela&oração das correcç"es necessárias+

• 9onstituição de um pequeno caderno ;antierros= 1onde irá registar as

estratégias permanentes ou temporárias2 dispon0vel a qualquer momento+

. 4artir do concreto para o a&stracto, e das aprendi!agens das noç"es para as

entidades 1não desmem&rar2+

F. Ajudar a distanciarse da impulsividade, e a estruturar a ordem correcta na

análise das informaç"es ou das instruç"es assim como nos processos de

racioc0nio+

I. Avaliar com frequ#ncia, interactivamente, o ;acompanamento= e discutir com

o aluno as ajudas que le podem ser proporcionadas.

A'"#$0?#& ) ní,#' 6

'#%"u$

*entidão, esitaç"es, repetiç"es/+

Dificuldades na leitura) omissão de

letras, s0la&as, palavras ou linas,

recuos/+ Erros de descodificação+

;A&sorção= na descodificação em

detrimento do sentido+

 Agravamento $ medida que vai ficando

cansado+

Dificuldade frequente em determinar os

pr-prios erros+

 Alteração ou perda total da possi&ilidade

6. Ajudar na compreensão de te'tos e enunciados diversos)

a2 Acompanamento da leitura para vigiar a descodificação e o sentido

1muito importante2

&2 Btili!ar livros de te'to tipograficamente adequados ou reescritos, commovimentação de marcador m-vel ou cursor+

c2 *eitura pormenori!ada com c-digos de cor, su&linados ou marcando os

pontos essenciais de analise ou de dados+

d2 5eforçar elementos de refer#ncia e estruturas como planos, sumários,

0ndice, t0tulos, su&t0tulos, tipografia, pontuação/+

e2 Disponi&ili!ação de ferramentas facilitadoras 1ficas ou cadernos pessoais

com o voca&ulário, dicionário de conjugação, dicionário ou ficas de

voca&ulário por fam0lias e cores, computador/2 com treino na sua utili!ação+

6Q

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Orientações / Estratégias para ajudar as crianças com Necessidades Educativas Especiais Ana Paula Portela Neves

de accionar a compreensão, isto é, do

conteúdo da pr-pria informação.

f2 Afi'ação temporária visualmente pr-'ima para relem&rar os erros mais

frequentes, as regras ou as estratégias 1afi'ação na sala de aula, no caderno,

ou mesmo no local onde estuda em casa2+

g2 Nos casos mais severos, possi&ilidade de o professor orali!ar ou gravar 

@. Creinos espec0ficos)

7onol-gicos

• Ditados de s0la&as+

• 4alavras com espaços para completar com s0la&as+

• Jogos de supressão de letras e s0la&as+

• Ditados de pseudopalavras, seguidos da sua decomposição em s0la&as edepois em fonemas+

• Cra&alo em suporte de poesia 1rima, figura de estilo/2

*e'ical

• ;7lases= imagem 3 palavra glo&al+

• E'erc0cios com fam0lias de palavras, prefi'os, sufi'os/+

• 7rases com lacunas com sugest"es de palavras ortograficamente

pr-'imas/

8isuoatencionais

• E'erc0cios de descodificação com dificuldade crescente+

• E'erc0cios de intrusos ou de diferenças em c-digo ou grafismos+• Jogos adaptados visuoatencionais.

A'"#$0?#& ) ní,#' 6

#&($%" Erros e dificuldades id#nticos ao da

leitura e outros espec0ficos de

descodificação+ *entidão, rasuras, emendas, grafismo

irregular+

Dificuldade na autocorrecção dos erros+

Na copia frequentes dificuldades em

copiar erros de locali!ação entre os dois

te'tos+ aus#ncia de percepção do sentido+

 Agravamento maior se é necessário

ouvir, compreender ou escrever ao mesmo

6. Codas as ajudas e treinos ligados $ disle'ia, são validos tam&ém para a

escrita+

@. Esforço para facilitar as apresentaç"es correctas do tra&alo escrito+. Aprendi!agem das estratégias de releitura e correcç"es+

F. Evitar tomar notas 1enorme so&recarga cognitiva2+

I. Ajuda e controlo da c-pia de te'tos.

66

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Orientações / Estratégias para ajudar as crianças com Necessidades Educativas Especiais Ana Paula Portela Neves

tempo.

R#+#$(u&&?#&+&%()'4g%(&

7orte desgaste da motivação e fracasso

quotidiano, renovado e longo+

5ejeição frequente da leitura, da escrita

e por ve!es da escola+

9ansaço intelectual e f0sico+

 Aus#ncia de percepção da ligação entre

esforços e resultados+

%entimento de nulidade) diminuição daautoestima+

4erda da motivação e do investimento,

que pode eventualmente cegar a um

estádio de ;impot#ncia adquirida= 1rejeição

progressiva de todo o acto comple'o de

investimento intelectual de aprendi!agem+

perda da vontade de fa!er, portanto do

sa&er fa!er.

6. >mportncia do conecimento das pertur&aç"es e dos interesses do aluno,

para o ajudar a com&at#los) empatia, &enevol#ncia, e'ig#ncia, / apoiar e dar

continuidade $ reeducação anterior 1se e'istir2+

@. Apoio pessoal e'presso frequentemente no tra&alo ligado $ escrita+

rea&ilitação paralela da noção de esforço+

. Analise com o aluno so&re a forma como ele sente as ajudas que le são

dadas+

F. 5eferencia frequente $ utilidade funcional e social da leitura mais necessáriado que para a escola 1interesse de escritas retiradas da comunicação corrente2+

I. Dar atenção ao reconecimento dos progressos mesmo que limitados)

necessidade de empolar as gratificaç"es e as evoluç"es+

K. Depois de uma averiguação das capacidades reais, facilitar as respostas

escritas ou recoler parcial ou totalmente as respostas na oralidade+

L. >mportncia das adaptaç"es, notaç"es e avaliaç"es)

• 4restar especial atenção $s apreciaç"es orais ou escritas) evitar olar

depreciativo, de censura+ salvaguardar sempre um aspecto positivo,

encorajador e de esperança+

• *imitação ou e'clusão de elementos pejorativos na ortografia, atenção

particular ao conteúdo intelectual su&jacente aos pro&lemas de escrita+

• 8alori!ar a avaliação através da e'pressão oral+

• Notação com integração na avaliação de critérios de esforço e

progressão, acrescidos aos do seu n0vel+

• %elecção dos alvos de notação em função dos pro&lemas espec0ficos doaluno+

•  Análise com o aluno dos seus resultados negativos) locali!ação

;interactiva= dos pro&lemas e tarefas de remediação.

6@

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Orientações / Estratégias para ajudar as crianças com Necessidades Educativas Especiais Ana Paula Portela Neves

P#$"u$20?#& -#("%,&9

&)(%%&

Desvalori!ação relativamente aos

colegas 1sendo por ve!es o&jecto de troça2+

%entimento de diferença e

anormalidade+

8ulnera&ilidade relativamente $s falsas

interpretaç"es, julgamentos ou sanç"es a

que estão sujeitos+

7requente vergona e3ou culpa&ilidade

em relação $ fam0lia e aos professores+ 5epercuss"es frequentes no umor e

no comportamento 1depressão, ini&ição,

&loqueios, fo&ias, fugas2 traços reaccionais

comportamentais 1insta&ilidade,

manifestaç"es de carácter, etc.2.

6. Desenvolver uma acção geral de sensi&ili!ação 3 educação para a diferença e

acolimento na turma+

@. 7avorecimento de situaç"es de sucesso no tra&alo com valori!ação pú&lica+

. 9onfiarle tra&alos e miss"es particulares 1dossiers, entrevistas,

e'posiç"es, etc.2, podendo assim e'primir as suas capacidades evidentes, não

escritas, perante toda a turma+

F. 4romover o interesse pelo tra&alo de grupo ou de tutoria com colegas+

I. Evitar comparação dos seus tra&alos menos conseguidos com os dos seuscolegas+ comparar sim, tra&alos por ele ela&orados anteriormente, valori!ando

qualquer progresso+

K. 7a!er um esforço especial na aprendi!agem da e'pressão oral,

proporcionandole situaç"es de reali!ação nesta área.

6

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Orientações / Estratégias para ajudar as crianças com Necessidades Educativas Especiais Ana Paula Portela Neves

4ara o professor poder, no seu quotidiano escolar, lidar com crianças dislé'icas, sugiro algumas ideias suscept0veis de o ajudarem no contacto com

estas crianças. As sugest"es podem ser utili!adas com outras crianças que apresentem Necessidades Educativas Especiais e devem ser adaptadas $s

caracter0sticas individuais de cada criança.

 A criança dislé'ica deve ser estimulada mas, tal como as outras crianças, deve ser avaliada para medir os seus conecimentos com &ase numa

norma e assim possuir refer#ncias. ( melor é comparar os resultados do momento com os reali!ados anteriormente.

E'plicar $ turma que a criança é dislé'ica, tal como algumas são m0opes, fa!endo so&ressair as suas a&ilidades, muitas ve!es esquecidas.  Alta

mente intuitivas, pois são crianças que pensam e perce&em de uma maneira multidimensional, pensam mais com as imagens do que com as palavras, possuem

grande imaginação, e'perimentam as ideias como realidades, t#m uma curiosidade natural para sa&er como funcionam as coisas e são altamente conscientes

do am&iente que as rodeia.

A'gu!& )$%#n"0?#& # 'gun& ()n&#'>)& -un6!#n"%& para lidar com estas crianças. ( professor, em cola&oração com os pais, pode ajudar na

superação de algumas dificuldades quanto $ organi!ação.

• 4roporcionarle a má'ima atenção individuali!ada e levála a pedir esclarecimentos quando le surge alguma dúvida+

• 9onfirmar sempre se compreendeu as tarefas escritas que le foram propostas+

•  Assegurarse que os te'tos que le são dados para ler correspondem ao seu n0vel de leitura+

• 5epetir as instruç"es várias ve!es e, se for necessário, fa!#la ver&ali!ar para verificar se compreendeu+

• 4ermitir a gravação das aulas e a utili!ação de recursos como apontamentos, ta&uada, calculadora, computador...+

• Não estar convencido de que o aluno se consegue lem&rar do que aprendeu no dia anterior+

• 9orrigir os seus tra&alos o mais rapidamente poss0vel e neles destacar essencialmente os aspectos positivos+

• 8alori!ar os progressos de acordo com o seu esforço e não com o n0vel dos outros colegas da turma+

• Dar refer#ncias no tempo e no espaço)

5efer#ncias visuais, tácteis, assim como refer#ncias de orientação 1propor, por e'emplo, um orário pintado com cores

diferentes para uma &oa orientação ou um calendário pessoal no qual possa escrever...2+

• 7ornecer uma ajuda metodol-gica através de planos de tra&alo, quadros, esquemas, ficas para superar a falta de organi!ação, o défice

de mem-ria)

Esta&elecer projectos muito estruturados com a ajuda do a luno +

6F

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Orientações / Estratégias para ajudar as crianças com Necessidades Educativas Especiais Ana Paula Portela Neves

E'plorar as condiç"es de reali!ação 1a planificação das tarefas de uma importncia primordial2. Este tra&alo é suposto ser 

feito em cola&oração com os pais que apoiarão o filo fora do orário escolar+

• Dar tempo ao aluno para e'plicar, comentar, justificar 1este é um momento privilegiado para o acompanamento2+

•  Adaptar as modalidades de avaliação de modo a permitir a o&servação do seu progresso)

%eparar a avaliação dos conecimentos e da ortografia+

 Atri&uir mais tempo para a reali!ação dos testes de avaliação 1a avaliação dos progressos, assim como a análise dos erros,

são dispensáveis para estes alunos, podendo deste modo situaremse em relação a si mesmos e $s e'ig#ncias escolares2+

•4rivilegiar a avaliação dos conecimentos na oralidade e evitar 

 

situaç"es que possam provocar pertur&aç"es emotivas relativas $sdificuldades técnicas 1por e'emplo, a leitura em vo! alta perante te turma2+

• Não esitar em utili!ar o computador o mais cedo poss0vel 1escrever uma palavra no teclado, o&rigando a prestar atenção $ imagem

palavra2)

( corrector ortográfico integrado no computador permite escrever correctamente e assim poderá concentrarse mais na

e'pressão+

• 4ropor instrumentos facilitadores, como o computador, dicionário, calculadora, ta&uada, gramática, s0nteses 1ela&oradas com a ajuda

do aluno2. Estas ferramentas devem estar sempre $ disposição do aluno, so&retudo na primeira fase de aprendi!agem+

• Distri&uir suportes escritos &em leg0veis)

7otoc-pias da aula R ou resumo da mesma R antes ou depois da aula+

9orrecção escrita dos principais e'erc0cios feitos na aula. 4odemos sugerir que a turma possua cadernos para as várias discipli

nas e nos quais os alunos mais rápidos efectuem todos os registos escritos 1e tam&ém orais2 das aulas. Estes cadernos

deverão conter tudo o que foi reali!ado nas aulas, podendo ser consultados e mesmo fotocopiados por qualquer aluno.

• >ndicar por escrito, no caderno diário do aluno, o tra&alo de casa a reali!ar)

5edu!ir a quantidade de tra&alos de casa, consoante a lentidão, mas manter a e'ig#ncia quanto $ qualidade 1conversar 

com os pais relativamente ao tempo má'imo a conceder a esta tarefa2. 

6I

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Orientações / Estratégias para ajudar as crianças com Necessidades Educativas Especiais Ana Paula Portela Neves

 As crianças com dificuldades espec0ficas de aprendi!agem a&ordam a tarefa de aprender, geralmente, de uma forma ineficiente e desorgani!ada.

Não analisam os pro&lemas nem os a&ordam de forma sistemática+ não t#m consci#ncia que e'istem técnicas que podem ser usadas para melorar a

mem-ria+ não sa&em fa!er anotaç"es nem esquemas/ 4erante uma actividade mais comple'a, estas crianças sentemse perdidas quanto $ forma de iniciar 

o tra&alo. As fracas estratégias informais de aprendi!agem, tam&ém denominadas a&ilidades metacognitivas t#m um impacto tão grande so&re o

desempeno escolar quanto as dificuldades reais de aprendi!agem.

Estas estratégias de aprendi!agem podem ser ensinadas 3 tra&aladas aproveitando, eventualmente, as aulas de Estudo Acompanado.

ESTRATÉGIAS INFORMAIS DE APRENDIZAGEM

O$gn%701) 6) "#!+)

• Btili!ar um caderno para anotação dos deveres+

• 5egistar as datas pertinentes num calendário+

• 7a!er uma lista de tarefas a reali!ar+

• 7a!er uma estimativa do tempo a conceder a cada tarefa+

• Esta&elecer pra!os 1o que deve fa!er oje, amana, para a semana/2+

• Ela&orar um orário de tra&alo+

• (rgani!ar um caderno com partes e divis"es+

• 9riar um sistema de arquivo para itens a guardar.

O$gn%701) 6) #&"u6)

• *er correctamente os enunciados+• 7a!er anotaç"es das aulas e dos livros por palavras suas+

• 7a!er uma préleitura do te'to 1o&servar ca&eçalos, introduç"es, ilustraç"es, notas de rodapé e

resumos para se familiari!ar com o material antes de entrar na leitura do te'to2+

• %alientar ou su&linar as informaç"es relevantes+

• 5eorgani!ar ou reagrupar as informaç"es 1salientar palavras cave ou factos, criar gráficos ou

listas de conceitos relacionados2+

• 7a!er rascunos+

• Ela&orar e rever esquemas+

6K

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Orientações / Estratégias para ajudar as crianças com Necessidades Educativas Especiais Ana Paula Portela Neves

• 5ecompensarse a si pr-prio quando conclui as tarefas com sucesso.

O$gn%701) # $#'%701) 6# "#&"#&

• 4erguntar quais os conteúdos que o teste avaliará, que tipologia de e'erc0cios será usada

1e'emplo) verdadeira 3 falso, pergunta 3 resposta, escola múltipla, composição, /2+

• 5ever gradualmente as anotaç"es e as matérias e não dei'ar tudo para a véspera+

• 5eservar um tempo adicional para o estudo das matérias mais dif0ceis+

• 7ormar grupos de estudo+

E'aminar rapidamente o teste e planear uma estratégia para a sua reali!ação+• 5eservar mais tempo para as quest"es mais dif0ceis, respondendo primeiro $s mais fáceis.

D#&#n,)',%!#n") 6 !#!4$%

• Bsar o ensaio ver&al 1repetir varias ve!es até aprender2+

• >nventar rimas+

• Bsar acr-nimos e dispositivos mnem-nicos+

• Bsar a visuali!ação 1e'.) utili!ar a imagem mental de um lugar, gráfico, diagrama ou mesmo de

um rascuno feito anteriormente2+

• 9riar associaç"es.

S)'u01) 6# +$)2'#!& # ")!6 6# 6#(%&?#&

• >dentificar o o&jecto a ser alcançado ou o principal pro&lema a ser resolvido+

• 4esquisar informação, utili!ando diferentes técnicas+

• 7a!er listas de acç"es a reali!ar e poss0veis soluç"es+•  Avaliar e eliminar opç"es, usando factores como riscos envolvidos, tempo necessário e poss0vel

reali!ação+

• Cestar soluç"es para verificação do seu funcionamento.

6L

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Orientações / Estratégias para ajudar as crianças com Necessidades Educativas Especiais Ana Paula Portela Neves

Neste documento são apresentadas algumas caracter0sticas das crianças com %0ndrome de Asperger 1%A2 acompanadas por sugest"es e

estratégias a usar na sala de aula. Estas sugest"es t#m um sentido lato e devem ser ajustadas $s necessidades individuais de cada criança com %A.

CARACTERISTICAS MAIS FREQUENTES DO ALUNO COM S:NDROME DE ASPERGER E SUGESTÕES DE INTERVENÇÃO

CARACTER:STICAS SUGESTÕES

In")'#$@n(% . '"#$01) 6& $)"%n&  As crianças

com %A ficam ansiosas quando confrontadas com

mudanças ainda que ligeiras. %ão altamente

sens0veis a factores am&ientais de stress, e por 

ve!es refugiamse em determinados rituais. 7icam

muito preocupadas quando não sa&em muito &em o

que as espera. ( stress, a fadiga, e e'cesso de

informação sensorial, podem desta&ili!álas.

 Assegure um am&iente seguro e previs0vel+

Evite mudanças+

 As rotinas diárias devem ser consistentes) a criança com %A deve compreender cada rotina

diária e sa&er o que a espera, de forma a concentrarse na tarefa que tem em mãos+

Evite surpresas) prepare a criança antecipadamente para actividades especiais, alteração de

orários, ou qualquer outra mudança de á&itos, mesmo que m0nima+

Evite situaç"es de medo do desconecido.

D%-%(u'66#& 6# %n"#$(01) &)(%' 9  As crianças

com %A t#m dificuldade em compreender as

comple'as regras da interacção social. %ão

ingénuas, e'tremamente egoc#ntricas, podem não

gostar do contacto f0sico e t#m falta de tacto e

dificuldade em compreender as dei'as sociais.:ostram pouca a&ilidade para iniciar e manter uma

conversa. C#m um voca&ulário sofisticado, mas

dificuldade na comunicação. 7alam para as pessoas

mas não com elas. Não compreendem as anedotas,

a ironia ou metáforas, e usam um tom de vo!

monoc-rdico e pouco natural ( contacto ocular é

po&re ou fuga!.

 Apresente e'pectativas claras e regras para o comportamento+

4roteja a criança da troça ou a&uso f0sico ou psicol-gico+

Em idades mais velas, e'plique aos colegas as caracter0sticas inerentes da criança com

%A. Elogie os colegas quando estes a tratam com respeito. Esta atitude evita o isolamento da

criança, ao mesmo tempo que promove a empatia e tolerncia entre todas elas+

5ealce as capacidades académicas da criança com %A, criando situaç"es de aprendi!agemem grupo onde as suas capacidades de leitura, voca&ulário, mem-ria ou outras, sejam vistas

como um talento pelos seus colegas, aumentando a pro&a&ilidade de que sejam aceites.

 A maior parte das crianças com %A deseja ter amigos, no entanto, não sa&em como fa!#lo.

 A criança deve ser ensinada so&re o que deve di!er e como o deve fa!er. E'emplifique e crie

situaç"es de ;fa!deconta=.

 Apesar de não terem uma noção pessoal e profunda acerca das emoç"es dos outros, as

crianças com %A podem aprender a maneira correcta de reagir $s mesmas. As pessoas com

%A devem aprender, de forma intelectual, as regras de comportamento social, uma ve! que

6M

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Orientações / Estratégias para ajudar as crianças com Necessidades Educativas Especiais Ana Paula Portela Neves

les falta a intuição e instinto social.

(s estudantes mais velos podem &eneficiar de um SamigotutorS.

 A criança com %A tem tend#ncia para se fecar, por isso, o professor deve promover o

envolvimento com os outros, encorajando uma sociali!ação activa, e limitando o tempo gasto

na pesquisa solitária dos seus interesses o&sessivos+

>ncentive a criança com %A para jogos de equipa, ensinandoo como começar, manter e

terminar um jogo+

Devem ser incutidas noç"es como fle'i&ilidade, cooperação e partila.

L#Bu# $#&"$%") 6# %n"#$#&&#& 9 As crianças com %Aapresentam preocupaç"es e'c#ntricas ou peculiares,

e fi'aç"es intensas. Estas crianças tendem a

produ!ir longas conversas so&re as suas áreas de

interesse+ fa!em perguntas repetidamente so&re

certos assuntos+ dificilmente mudam de opinião+

seguem as suas pr-prias ideias independentemente

de e'ig#ncias e'teriores, e por ve!es recusamse a

aprender matérias para além daquelas que fa!em

parte do seu grupo restrito de interesses.

Não permita que a criança com %A discuta ou pona quest"es, persistentemente, so&reinteresses isolados. *imite este comportamento, especificando um tempo durante o dia em que

a criança pode falar so&re esses assuntos+

 A utili!ação de um reforço positivo, com o intuito de se o&ter um determinado

comportamento, é uma estratégia importante para ajudar as crianças com %A+

 Algumas crianças com %A não querem fa!er tra&alos so&re temas que fujam á sua área de

interesse. Devem ser esta&elecidas e'pectativas firmes quanto $ conclusão dos tra&alos.

Deverá ser dei'ado claro, para a criança com %A, que não é ela que manda, e que deverá

seguir regras espec0ficas. No entanto, simultaneamente, o professor tam&ém pode fa!er 

concess"es, permitindo que a criança possa seguir os seus interesses em determinadas

condiç"es+

4ara crianças particularmente teimosas, de inicio poderá ser necessário planificar as tarefas,

de forma a incluir a sua área de interesse+

4oderá oferecer tarefas ao aluno com %A que relacionem o seu tema de interesse com a

matéria em estudo+

Btili!e as o&sess"es da criança como uma forma de alargar o seu repert-rio de interesses.

C)n(#n"$01) 6#-%(%#n"# 9  As crianças estão

frequentemente distra0das, ocupadas com os seus

pensamentos+ são muito desorgani!adas+

apresentam dificuldade em concentrarse nas

actividades da sala+ possuem tend#ncia para se

isolarem no seu comple'o mundo interior, e t#m

dificuldade em aprender quando em grupo.

Deve ser esta&elecida uma estrutura e'terna &em definida, para que a criança com %A tena

aproveitamento escolar. As tarefas devem ser divididas em pequenas unidades, e o professor 

deve com frequ#ncia informar dos resultados que estão a ser o&tidos ao longo do tra&alo, e

reorientar sempre que necessário.

 As crianças com grandes pro&lemas de concentração &eneficiam com o esta&elecimento de

limites de tempo para aca&ar as tarefas, pois desta forma a criança consegue alguma

organi!ação+

6P

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Orientações / Estratégias para ajudar as crianças com Necessidades Educativas Especiais Ana Paula Portela Neves

 As crianças com %A podem, por ve!es, ser muito teimosas+ elas precisam de o&jectivos &em

definidos e de um programa estruturado que as leve a perce&er que o respeito pelas regras

produ! resultados positivos, 1este tipo de programa motiva as crianças com %A a tornaremse

produtivas, e como tal, a um aumento da sua autoestima e a n0veis de stress &ai'os2+

Nos casos de %A t0picos, a pouca concentração, lentidão da escrita e a marcada

desorgani!ação, podem tornar necessário que se diminua a quantidade de tra&alo na sala de

aula ou em casa+

%ente a criança com %A nas carteiras da frente e façale frequentemente perguntas

directas, para que ela sinta necessidade de acompanar a aula+

Bse um sinal, 1por e'emplo um toque no om&ro2, para os momentos em que a criança seencontra distra0da+

%ente a criança ao lado de outra que amigavelmente le lem&re da necessidade de estar 

atenta $ tarefa ou $ aula+

( professor deverá encorajar activamente a criança com %A a a&andonar os seus

pensamentos ou fantasias e a focarse no mundo real. Esta é uma &atala constante, uma ve!

que o mundo interior é muito mais atraente para a criança do que a vida real.

C))$6#n01) !)")$ +)2$# 9 As crianças com %A

são fisicamente desajeitadas, com movimentos

r0gidos, não t#m jeito para jogos que envolvam

actividades f0sicas. Apresentam pro&lemas de

motricidade fina que podem originar dificuldades no

uso de canetas e outros materiais, comprometendo a

capacidade para o deseno.

Encamine a criança com %A para um programa ajustado ás suas capacidades motoras+

Envolva a criança com %A em programas de manutenção f0sica em ve! de desportos de

competição 1que podem provocar frustração e afastamento dos colegas da equipa pois as

crianças com %A podem não compreender que durante um jogo é necessário coordenar das

suas acç"es com as dos outros mem&ros da equipa2+

 As crianças com %A podem precisar de um treino individuali!ado de psicomotricidade que

inclua desenar e copiar no papel e no quadro+

uando são propostos tra&alos com limite de tempo, leve em consideração que a criançacom %A pode demorar mais tempo a escrever+

(s estudantes com %A podem precisar de mais tempo para aca&ar os testes, 1a

possi&ilidade de fa!er os e'ames numa outra sala permite que a criança tena mais tempo

para os terminar, e que o professor possa discretamente manter a criança focada na tarefa em

questão2.

@Q

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Orientações / Estratégias para ajudar as crianças com Necessidades Educativas Especiais Ana Paula Portela Neves

D%-%(u'66#& (6!%(& 9  A maioria das crianças

com %A t#m uma intelig#ncia média ou acima da

média, 1especialmente no dom0nio ver&al2, mas

podem ter dificuldade na capacidade de

compreensão de racioc0nios muito ela&orados.

Cendem a fa!er interpretaç"es muito literais. A sua

visão é muito concreta e a capacidade de a&stracção

limitada. ( seu estilo de linguagem pedante, 1com

voca&ulário e e'press"es fora do normal para aidade2, dão a falsa imagem do que compreendem o

que estão a di!er, quando na realidade apenas estão

a repetir o que ouviram ou leram. As crianças com

esta s0ndrome normalmente apresentam uma

e'celente mem-ria ;automática=, sem compreender o

que repetem, de uma forma mecnica, e sempre na

mesma ordem como se fossem um gravador. A

capacidade de resolução de novos pro&lemas é

tam&ém fraca.

4roporcionar um programa educativo altamente individuali!ado e estruturado de forma a

garantir que é &em sucedido. A criança com %A necessita de uma grande motivação para não

seguir os seus impulsos. A aprendi!agem tem de ser compensadora e não uma fonte de

ansiedade+

Não pense que a criança com %A compreendeu o conceito, apenas porque repetiu o que

ouviu+

uando os conceitos são a&stractos, proporcione e'plicaç"es adicionais ou tente simplificá

los, tentando ser o mais concreto poss0vel+

Btili!e a e'cepcional capacidade de mem-ria destas crianças) a retenção de informaçãoconcreta é normalmente a sua área forte+

Btili!e, sempre que poss0vel, aprendi!agens &aseadas na prática e viv#ncias 3 interesses da

criança+

Btili!e ajudas visuais, como mapas semnticos+

Divida as tarefas e etapas mais pequenas ou apresente formas alternativas+

7orneça instruç"es directas acompanadas de e'emplos+

Evite so&recarga ver&al+

 As composiç"es escritas das crianças com %A são frequentemente mon-tonas, introdu!em

mudanças &ruscas de assunto e cont#m conotaç"es incorrectas das palavras. 9om frequ#ncia

estas crianças não sentem a diferença entre o conecimento factual e as suas pr-prias ideias,e assumem que o professor vai compreender as suas e'press"es enigmáticas+

Normalmente as crianças com %A possuem uma e'celente capacidade de leitura

automática+ mas t#m dificuldades na compreensão lingu0stica. Não se deve presumir que estas

crianças compreendem o que l#em s- porque o fa!em fluentemente, reforce instruç"es e use

apoios visuais+  A qualidade do tra&alo académico pode ser fraco porque a criança com %A muitas ve!es

não se esforça em áreas que a não interessam. Devem ser esta&elecidas regras claras em

relação ao que se espera da qualidade do tra&alo.

Vu'n#$2%'%66# #!)(%)n' 9  As crianças com %A

podem ter dificuldades em lidar com as e'ig#ncias

sociais e emocionais da escola. A sua infle'i&ilidade

tornaas ansiosas. A sua autoestima é &ai'a, e são

4revina as crises, proporcionando um elevado grau de consist#ncia. 4repare estas crianças

para as mudanças na sua rotina diária, evitando assim o stress. As crianças com %A ficam

facilmente assustadas, !angadas ou incomodadas quando são forçadas a encarar mudanças

inesperadas+

@6

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Orientações / Estratégias para ajudar as crianças com Necessidades Educativas Especiais Ana Paula Portela Neves

l inguagem comple'a, seguir direcç"es, e

compreender a intenção das e'press"es3palavras

com significados múltiplos.

E'plicar metáforas e palavras com significado duplo, sempre que utili!adas+

>ncentivar a criança a pedir que repitam uma instrução, simplificada ou escrita se não a

compreender 

7a!er uma +u& entre instruç"es e ,#$%-%($ Bu# ) 'un) ()!+$##n6#u

*imitar as perguntas orais a um número que o aluno possa controlar.

32%'%66#& )$gn%7(%)n%& +)2$#&   Bsar programaç"es e calendários+

:anter listas das atri&uiç"es+

 Ajudar o aluno a usar listas de Ua fa!erV e listas de verificação.

@

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Orientações / Estratégias para ajudar as crianças com Necessidades Educativas Especiais Ana Paula Portela Neves

DEFICINCIA AUDITIVA

Bm indiv0duo que apresenta um pro&lema de audição é considerado surdo, se a sua

capacidade de audição não se revela funcionais em termos de actividades do diaadia.

considerado que apresenta ipoacusia, se essa capacidade é deficiente mas ainda funcional,recorrendo ou não a um aparelo auditivo. Esta pro&lemática não deve ser confundida cm

disfunç"es auditivas, isto é, com a incapacidade para interpretar est0mulos auditivos que não

resulta de perda de audição.

(s indiv0duos cuja perda de audição é ligeira podem e'i&ir padr"es de fala normais e,

neste caso, o seu pro&lema auditivo muitas ve!es não é detectado. Bm aluno nestas condiç"es

pode apresentar dificuldades em percepcionar produç"es orais cuja intensidade de som é

&ai'a, assim como as pode ter quando elas ocorrem a uma certa distncia. %e o

desenvolvimento da linguagem não é completo, o aluno pode ter dificuldade em compreender 

ideias a&stractas, &em como conceitos.

%e se regista uma perda moderada de audição e não é usado qualquer aparelo

auditivo, o aluno pode não ser capa! de acompanar grande parte d que é dito. %e as

condiç"es forem favoráveis, estes alunos t#m a capacidade de compreender os diálogos que

ocorrem a uma distncia de 6 a @ metros. frequente serem capa!es de percepcionar as

vogais, enquanto as consoantes podem não ser perfeitamente ouvidas ou, então, não o serem

de todo.

Bma criança cuja perda de audição é moderadamente severa e que não usa aparelo

auditivo terá uma capacidade redu!ida de percepcionar diálogos. Bma ve! que a fala se

desenvolve como resultado directo da audição, a criança netas condiç"es pode apresentar 

atrasos na fala, assim como e'pressividade redu!ida, em termos de voca&ulário, e

inadequação da estrutura da linguagem.

uando se regista uma perda de audição severa, não são ouvidos a maior parte dos

sons produ!idos no meio em que a criança se encontra, em&ora esta possa ter a percepção de

sons intensos e possa responder aos mesmos. Estas crianças podem não produ!ir quaisquer 

palavras, apesar de ser poss0vel que produ!am vocali!aç"es, sendo que poucos sons serão

reconecidos como palavras.

E&"$"g%& A6)+"$ 

:uitos educadores pensam que devem falar alto, quando se dirigem a um aluno cuja

capacidade auditiva está diminu0da. recomendável, pelo contrário, manter a vo! dentro dos

limites usuais. indispensável que o professor fale pausada e distintamente, para ajudar o

aluno a compreender o que está a ser dito. 9omo é -&vio, tal não se aplica a um indiv0duo cuja

surde! é profunda.

tam&ém frequente que os professores e'agerem os movimentos produ!idos com a

&oca, quando falam com alunos nas condiç"es descritas. Cal atitude não é aconselável, uma

ve! que confunde o aluno, impedindo a correcta leitura do movimento dos lá&ios. uando fala,

@F

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Orientações / Estratégias para ajudar as crianças com Necessidades Educativas Especiais Ana Paula Portela Neves

o professor deve colocarse sempre de frente para o aluno. %erá igualmente útil que escreva no

quadro o que pretende que seja reali!ado, não esquecendo, porém, de se virar de frente para o

aluno, ante de e'plicar esses tra&alos. A estes alunos deve ser pedido que repitam as

instruç"es rece&idas, a fim de o professor se poder certificar de que as compreenderam.

(utro factor importante a considerar é a colocação do aluno na sala. Este deveencontrarse a cerca de metros do professor, o que le permitirá ler nos lá&ios e tam&ém

interpretar sinais visuais.

 A iluminação da sala de aula não deve incidir directamente so&re o rosto do aluno, pois

desta forma este poderá ter dificuldade em o&servar o professor.

( professor deverá ainda distri&uir documentos escritos ao aluno com defici#ncias

auditivas, os quais focarão pontoscave. Estes documentos ajudáloão a seguir as instruç"es

do professor. Estes alunos t#m maior facilidade em aprender, se o professor apresentar a

informação a transmitir em modo visual. %empre que poss0vel, os professores devem, pois,

criar est0mulos visuais, tais como imagens. Estes alunos terão pra!er em ler material descritivo,

uma ve! que este fa! apelo $ sua capacidade de visuali!ação. (s professores podem esperar 

&ons resultados quando solicitam a alunos com esta pro&lemática que especifiquem detales

em que está envolvida a imagética visual. (s alunos devem, pois, ser encorajados a recorrer 

$s suas compet#ncias, quando se dedicam $ escrita criativa. Cal como acontece com todos os

alunos, uma reacção positiva encorajálosá a prosseguir o seu tra&alo na área da produção

escrita.

@I

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Orientações / Estratégias para ajudar as crianças com Necessidades Educativas Especiais Ana Paula Portela Neves

INTERVENÇÃO COMPORTAMENTAL NO M8ITO ESCOLAR 9 CRIANÇAS COM

S:NDROME DE 3IPERACTIVIDADE COM DÉFICE DE ATENÇÃO

 Actualmente, as crianças e os adolescentes passam uma parte considerável das suas

vidas nas salas de aula. A escola tem pois, vindo a transformarse numa instituição que já nãose limita a instruir matérias académicas. agora algo que se apro'ima da instituição educativa

por e'cel#ncia, condicionando a vida de mil"es de pessoas.

 As crianças com %<DA, em parte pelas suas caracter0sticas espec0ficas, mas tam&ém

pelo tipo de e'ig#ncias que a escola coloca, apresentam particulares dificuldades de

relacionamento interpessoal, nomeadamente com os pares e tam&ém, numa significativa

percentagem, pro&lemas de reali!ação académica. uer o relacionamento com os outros, quer 

os tra&alos escolares e'igem refle'ão, planeamento, estratégia, esta&elecimento de

o&jectivos e, por tudo isto, uma comple'a gestão do tempo. Estas são algumas compet#ncias

que estas crianças usualmente possuem, mas que são incapa!es de e'i&ir quando as

circunstncias o e'igem.

necessário que os professores não desistam e procurem dar a estas crianças

motivação e autoestima que necessitam para alcançarem o sucesso escolar. 4ara isso, é

preciso uma &oa intervenção, que deve começar pela aquisição de conecimentos acerca

deste distúr&io. De seguida, devem seleccionar o tipo de intervenção, tendo em conta as

caracter0sticas da criança em questão e os recursos da sala de aula. Nos programas de

intervenção é necessário dar mais #nfase $s áreas que se pretendem alterar 1disciplina,

pro&lemas académicos, compet#ncias sociais2.

Bm &om desempeno escolar pode fa!er muito para diminuir os factores negativos

associados $ iperactividade, nomeadamente a &ai'a autoestima, os pensamentos

depressivos, as dificuldades de relacionamento interpessoal, a desatenção, a impulsividade, a

fraca tolerncia $ frustração, etc. Não cuidar deste aspecto fundamental e dei'álo seguir o seu

curso normal 1usualmente negativo2 resulta precisamente no agravamento de todos os factores

mencionados.

4ara que a integração de um criança com %<DA na escola regular seja efica! e para

que estas crianças não se distraiam frequentemente, é imperioso que o professor adquira uma

atitude diferente. uanto mais vivo e animado for o estilo do professor, maior será a atenção dacriança. Na medida do poss0vel, deverseia tentar modificar o método de ensino todas as duas

ou tr#s semanas para conservar o efeito de novidade. *em&ra ainda que a nova forma de

ensino deve tornar, o mais poss0vel, as crianças activas e menos passivas. Deste modo, e'iste

uma aprendi!agem mais duradoura e rápida. Na sala de actividades é aconselável fa!er 

algumas alteraç"es.  A sala deverá conter pouca quantidade de est0mulos visuais, para que os

mesmos não distraiam a criança. ( professor deve ter alta consideração na arrumação e

organi!ação da sala.

  9onvém ainda realçar a diferença espec0fica entre a forma de lidar com

comportamentos pro&lemáticos e com a reali!ação académica de crianças iperactivas. Em

@K

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Orientações / Estratégias para ajudar as crianças com Necessidades Educativas Especiais Ana Paula Portela Neves

geral, os primeiros resultam de uma dificuldade da criança em e'ecutar aquilo que já sabe, pelo

que, mais do que le ensinar comportamentos, terá o professor que le lem&rar que aça aquilo

que já sabe!  a segunda e'ige necessariamente ensino directo e sistematicamente

monitori!ado, uma ve! que incide normalmente so&re algo que a criança ainda n"o sabe#

Bma das áreas cr0ticas em que muitos alunos t#m dificuldades, em particular alunoscom %<DA, são as regras da sala de aula. A que&ra destas regras, a sua ultrapassagem ou

ignorncia 1voluntária ou involuntária2 constituem uma das áreas de maior conflitualidade dos

professores com os alunos. 4ara que isto não aconteça, os professores devem ter 

comportamentos proactivos no sentido de promover comportamentos adequados.

4ara que a gestão de comportamentos de alunos com %<DA seja &em sucedida, é

essencial que o eedbac$  fornecido a estes alunos so&re as suas actividades, &em como os

reforços ou recompensas pelos &ons desempenos comportamentais ou académicos, sejam

mais imediatos e cont0nuos do que para os restantes alunos.   inútil tentar longas e'plicaç"es

no caso de má conduta. As crianças devem ser persuadidas de que a recompensa virá quando

a regra for respeitada. Da mesma forma, ap-s cada falta os castigos deverão ser imediatos.

 Acreditase que se ap-s um comportamento apropriado se seguir uma recompensa ou elogio,

este comportamento irá manifestarse mais ve!es no futuro. ( mesmo acontece ao contrário,

se um comportamento inapropriado for ignorado 1se não for muito grave2 ou punido 1se for 

grave2 imediatamente ap-s o acto, este será menos frequente no futuro ou até posto de lado.

Estas crianças precisam que as pessoas as elogiem e acreditem nelas. criando am&ientes

confortáveis e seguros que se promove a autodisciplina e se desenvolvem actividades de

aprendi!agem.

%alientase ainda que a utili!ação e'cessiva de reforços positivos pode distrair a

criança da tarefa. A recompensa deve ser, preferivelmente, feita com actividades que a criança

goste de reali!ar e não com reforços concretos 1isto é, com o&jectos2.

Bma criança iperactiva deve ter uma locali!ação preferencial na primeira fila.

5elativamente $s actividades propostas, e'istem alguns cuidados que se devem ter em conta,

para um sucesso escolar.  5ecomendase ainda o fraccionamento das actividades com a

adaptação ao tempo de concentração do aluno e aumento progressivo das tarefas...

 As crianças iperactivas, pelas suas caracter0sticas comportamentais, estão e'postas a

um stress acrescido durante as tarefas escolares, pelo que necessitam de desenvolver actividades e'tracurriculares que sirvam de escape $s tens"es acumuladas. Estas actividades

podem ser desportos, passatempos ou outras que sejam do agrado das crianças e que les

permitam o&ter um sentimento de sucesso.

Numerosos autores salientam que é muito mais útil e produtivo orientar as crianças

com %<DA 1assim como todas as outras2 para o tra&alo académico do que tentar 

simplesmente controlálas através de estratégias comportamentais. De facto, é empiricamente

demonstrável que os &ons alunos virtualmente não apresentam pro&lemas de comportamento,

verificandose normalmente o contrário com os alunos fracos. Na verdade, o &om desempeno

@L

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Orientações / Estratégias para ajudar as crianças com Necessidades Educativas Especiais Ana Paula Portela Neves

académico permite aos alunos orientaremse sistematicamente para o&jectivos curriculares,

incompat0veis com comportamentos disruptivos.

 As ;regras de ouro= para lidar com todos os alunos e principalmente para lidar com os

alunos iperactivos são) instruir e prevenir# Numa sala de aula, isto significa centrar o tra&alo

nas tarefas académicas e criar um am&iente de aprendi!agem em que os comportamentosdisruptivos sejam mais prevenidos do que corrigidos e em que o professor, por consequ#ncia,

seja mais proactivo do que reactivo#

uando se trata de redu!ir e controlar o comportamento das crianças iperactivas na

escola, é imprescind0vel que os docentes implicados adoptem atitudes favoráveis e positivas, e

conce&am um sistema de aprendi!agem escolar que tena em conta as capacidades, as

destre!as e as limitaç"es apresentadas por tais crianças. Num primeiro momento, para facilitar 

esta tarefa e ajudar os professores e os educadores em geral a melorar o clima e a dinmica

das aulas, os especialistas prop"em algumas recomendaç"es e sugest"es práticas, das quais

destaco as seguintes a t0tulo de orientação)

5elacionarse com as crianças de forma tranquila e rela'ada, prestando atenção

aos seus comportamentos adequados 1permanecer sentado, reali!ar as tarefas propostas, etc.2

e ignorando as condutas inadequadas e pertur&adoras+

:ostrarse firme e seguro quando é necessário cumprir as regras e as normas

escolares, mas evitar as ameaças, castigos e repreens"es. Btili!ar sistemas de pontos, ficas e

ouros privilégios para controlar o comportamento inadequado. Enaltecer a criança pelos seus

#'itos diários e elogiar outro aluno como modelo de conduta a seguir+ Cransmitir confiança nos progressos e capacidades da criança. Esta deve perce&er 

que o professor espera que actue correctamente e cumpra os seus deveres escolares.

aconselável dispor de um sistema de aprendi!agem diário, estruturado e no qual se

apresentam as tarefas de dificuldade progressiva, &reves 16Q6I minutos2 e adequadas ao

ritmo de aprendi!agem. 9om e'erc0cios que estão ao alcance das suas possi&ilidades, as

crianças iperactivas o&t#m #'ito e isso aumenta a sua autoestima.

9om&inar actividades escolares com e'erc0cios para desenvolver a ini&ição

muscular, aprender a rela'ar e aumentar a concentração. 4or e'emplo) ensinar os alunos a

respirar lentamente, a fecar os olos e a escutar um som lento e regular, utili!ar cadeiras de

&aloiço, &alancins e o&jectos de te'tura suave para estimular o rela'amento, etc.

4ropor $s crianças iperactivas a reali!ação de tarefas espec0ficas, com por 

e'emplo, apagar o quadro e praticar e'erc0cios para redu!ir a tensão, como &ater com o lápis

ritmicamente, &alancear as pernas, estimular trejeitos e e'press"es faciais, etc.+

4lanificar dramati!aç"es e representaç"es de ist-rias e contos em que aparecem

personagens a proferir frases como as seguintes) ;ue teno de fa!erW=, ;Ceno de ir devagar,

tranquilamente=, ;Estou a aprender a rela'arme=, ;9onsigo falar devagar e suavemente=, etc.+

@M

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Orientações / Estratégias para ajudar as crianças com Necessidades Educativas Especiais Ana Paula Portela Neves

7omentar actividades como escutar narraç"es e, depois, pedir $s crianças que

resumam e descrevam o que sucedeu, quantas personagens intervieram, qual foi o final da

ist-ria, etc.)

4raticar e'erc0cios de sequ#ncias. <a&ituar o aluno a ouvir e a o&servar letras,

números e s0m&olos e, depois, a repetilos e a copialos+ 4or último, deve assinalarse que pais e professores devem tra&alar em

cola&oração e cooperar para fomentar a confiança das crianças, estimular as suas destre!as e

as suas capacidades a um ritmo adequado e dispor o am&iente familiar e escolar de modo a

tornar mais fáceis os seus pequenos progressos diários.