A Dissolução do Eu

38
 Título: A Dissolução do Eu Ano de Publicação: 1964 Fonte: www.pagina10.com.b r/samael

Transcript of A Dissolução do Eu

Ttulo: A Dissoluo do Eu Ano de Publicao: 1964 Fonte: www.pagina10.com.br/samael

A Dissoluo do Eu

Prefcio do Autor

Esta Mensagem de Natal de 1964 foi escrita em honra ao Primeiro Congresso Gnstico Latinoamericano que se celebrar na Cartagena, Repblica da Colmbia, de 27 de dezembro de 1964 a 1 de janeiro de 1965.

Samael Aun Weor

1

A Dissoluo do Eu

Introduo

Este Natal de 1964 tem para o Movimento Gnstico Cristo Universal da Colmbia duplo regozijo porque, alm das festividades celebradas no Sumum Supremum Santurio da Serra Nevada, verifica-se, na cidade de Cartagena, o Primeiro Congresso Gnstico que rene, em seu seio, valorosos expoentes do povo santo que j se forma sob a direo do Avatar de Aqurio, Venervel Mestre Samael Aun Weor, e da doutrina do Salvador do Mundo.

Este magno acontecimento nacional se verifica precisamente na cidade herica onde se deu o primeiro grito de independncia de nossa emancipao para sacudir o jugo da escravido e, com este Primeiro Congresso Gnstico, o Avatar de Aqurio nos d a segunda parte da mensagem que a Venervel Loja Manica Branca entrega por seu condutor pobre humanidade enferma que geme e chora por uma escravido mais oprobiosa que a que oprimiu a nossos progenitores e predecessores.

Procurem a verdade e ela lhes far livres, lemos nos Evangelhos, conhecimento exato que se cumpre a cada vez que um valoroso rompe com a maldade do mundo e busca realizar-se a fundo. Verdade que no pde ser rebatida pelos inimigos por causa da pureza e da santificao. Filsofos e escritores de antigamente perguntaram o que a verdade? Aqui, nesta mensagem, entrega o Avatar de Aqurio normas concretas para descobrir em ns essa verdade de que nos fala o Divino Rabino da Galilia.

H trs pecados capitais que separam o homem da verdade. Primeiro, quem mente peca contra o Pai que a verdade e contra o Nono Mandamento. Segundo, quem odeia peca contra o Filho que amor e contra o primeiro mandamento da lei de Deus. "Por amar uns aos outros provaro que so meus seguidores". "Pois, amar s os amigos fazem os fariseus". E terceiro, que fornica peca contra o Esprito Santo que fogo sexual, fonte mesma da vida e contra o Sexto Mandamento. Por isso, nos diz So Paulo, Corntios, 6, 18: "Fujam da fornicao, qualquer outro pecado que o homem fizer, fora do corpo, . Mas, o que fornica, contra seu prprio corpo peca". Por isso, o pior dos pecados porque nos fecha a porta de entrada (o sexo), para seguir o caminho de nossa prpria Cristificao. Recordem de que o Cristo nos disse "Eu sou o Caminho, Eu sou a Verdade, Eu sou a vida. Ningum chegar ao Pai se no por mim. Por isso, os mritos do corao regem a ascenso do Esprito Santo ou Fogo Sagrado em ns. A morada do Pai est no alto, a cabea; a do Filho, no meio, no corao; e o do Fogo sexual (Esprito Santo), no osso sacro ou cxis e frente porta de entrada onde o Senhor Jeov ps ao anjo com espada de fogo quando expulsou ao homem do paraso.

S o puro e casto pode entender a Santa Bblia e desentranhar os profundos mistrios que ela encerra. Mas, a ela acodem os que jamais a tm lido para rebater a guarda do sexto Mandamento dizendo: E o "Crescei e multiplicai-vos"?, mandamento que foi dado sozinho a Ado segundo a sabedoria da Gnese, e quando ainda no tinha dado companheira aoSamael Aun Weor

2

A Dissoluo do Eu

homem em sua primeira etapa evolutiva como andrgino. Tambm horrorizados se opem dodos ao mandamento porque pensam que o mundo pode acabar. Este argumento repetem a todo Gnstico que divulga o sexto Mandamento. Dizem que se dssemos estes ensinamentos humanidade (e esta o aceitasse), a mesma poderia acabar. Por isso, esto eles para reproduzir-se como outros animais da terra e suas mulheres parindo com dor, com insuportvel custo e grande vergonha e que ns tomaremos dali o que mas sirva para glria do Pai, do Filho e do Esprito Santo.

Foi to habilmente dissimulado pelos homens o sexto mandamento que vejamos como o explica a Enciclopdia Sopena, que quase sempre reproduz o que diz o dicionrio da Real Academia da Lngua Espanhola. Adultrio: (do latim adulterium) cpula ou ajuntamento carnal ilegtima do homem com a mulher, sendo um deles ou os dois casados; ou, o que o mesmo, a violao corporalmente consumada da fidelidade conjugal por qualquer um dos dois cnjuges, e Fornicao: (do latim fornicar) ter ajuntamento ou cpula carnal fora do Matrimnio.

Com o qual se indica claramente que adultrio e fornicao so a mesma coisa; com razo os eruditos nos tratam de Imbecis. Se o um e o outro fossem o mesmo, a Bblia no teria por que falar sobre adultrio e adultero em vinte e cinco versculos diferentes e de fornicao em vinte e cinco diversos versculos e de fornicado, fornicando e fornicar em muitos versculos mais. A definio acadmica obriga aos letrados e eruditos a rechaar o mandato tal como e a desprezar o sangue do Cordeiro; que estudem o que diz a Bblia no captulo quinze do Levtico onde se faa claramente do que implica o tremendo vcio da fornicao e declara imundo at ao que perde sua semente voluntria ou involuntariamente. Os mesmos leitores da Bblia manifestam que isso pertence ao Antigo Testamento para indicar assim que esta em desuso, quando o Cristo disse: "Eu no vim a anular a lei a no ser a cumpri-la". Lhes perguntem por que aceitam os dez mandamentos e at cobram os dzimos sendo do Antigo Testamento. O dicionrio da Real Academia define a palavra beijar: (do latim besaiare) como tocar alguma pessoa ou coisa com os lbios, contraindo-os ou dilatando-os brandamente para manifestar amor, amizade ou reverncia. Agora, cabe perguntar como o interpretar o letrado que passeando com uma dama, um desconhecido de ambos lhe d um beijo na bochecha? Como insgnia a Real Academia ou como o entende?... Ento em que ficamos?

Ns, os gnsticos, usamos o plano divino para o acontecimento de uma divina concepo e, muitas vezes, se processa na forma em que o denuncia a Santa Bblia e acontece o caso de Ana, me de Joo Batista, que o teve idade de setenta anos, por cujo motivo esse filho teve que viver no deserto e vestir-se com peles de animais.

Os externos usam milhes de espermatozides para sua prpria reproduo, ns os aproveitamos para nos dar vida, luz e sabedoria a ns mesmos e, com a escapada de um s deles, conseguimos obter filhos da luz. Sustentam os amantes do vcio que a mulher sofreSamael Aun Weor

3

A Dissoluo do Eu

quando o varo lhe nega a semente; lhes digamos que as nossas no sofrem porque so castas e que ns lhes levamos a vantagem de conhecer os dois sistemas sobre eles. O Mestre afirma que se Luzbel tivesse conhecido a sapincia do pecado jamais tivesse cado.

Observa, , Gnstico, que a mulher s perde um ovo mensalmente e que o fornicrio perde a vontade milhes no mesmo tempo. Foi demonstrado microscopicamente que a mulher produz milhes de ovos.

Observa que, em quase todas as espcies animais, o macho tem mais beleza que a fmea, em troca, na espcie humana, se opera o contrrio. Observa tambm que, entre os animais, o macho respeita a sua fmea uma vez que esta gerando e ela ao tempo foge, mas, o fornicrio no respeita as leis da natureza e faz justamente o contrrio. Observa que mulher lhe chama o sexo frgil e, entretanto, dirige o homem a seu desejo. Quando o homem recupera a castidade perdida, se rejuvenesce e se embeleza igual aos animais castos fora para explor-los, adquire novamente o basto de mando, o basto dos patriarcas e se liberta do sexo, e o domina.

Nossa semente se nutre de trs mantimentos bsicos: Primeiro, com o que comemos; Segundo, com o que respiramos; e terceiro, com o pensamos; agora, saber porque pedimos para ti saneamento completo afastando vcios, separando-se das carnes e te pedindo castidade em pensamento, palavra e obra e no esquea que isto para ti, no para os de fora; por isso, o Cristo dizia: "No d margaridas aos porcos porque as pisam."

Observa, , gnstico, o humilde campons que, de sua semeadura, recolhe o que vale; o fruto ou a semente, e deixa que o bagao se apodrea na terra. "No faa como o habitante do abismo, que cuida muito seu corpo fsico enchendo o de distines e hospedagens e logo expulsa e at despreza sua semente" e roda na velhice como laranja espremida pisoteada de todo transeunte. Com justa razo, nos h dito o Mestre: "Se os homens soubessem o que vo perder quando vo fornicar, em lugar de ir rindo, iriam chorando".

No faa, , gnstico, como os habitantes do labirinto que alegram sua tristeza com licores e lupanares. Toma o vinho de luz... o licor de Mandrgoras, o licor dos deuses para que permanea herico e rebelde ante a maldade do mundo; mas no mude como Esa os direitos de primogenitura por um prato de lentilhas; nem como a mulher do Lot, voltando a cara ao passado, nem vivendo entre as dolorosas quedas das lembranas.

No creia, , gnstico, que tirar as pessoas do labirinto coisa fcil. Para isso, se requerem homens de pureza imaculada, virtude acrisolada e ter formado o Cristo em seu corao e, entretanto, por a lhe atacaro os inimigos do Cristo interno para danificar a honra. Observa que, ao lhe falar com um menino de matrimnio, te tratar de louco porque ele no tem maturidade para apreciar e julgar o tema a tratar. Igual coisa passar com os homens que noSamael Aun Weor

4

A Dissoluo do Eu

tm maturidade espiritual. Se falar da doutrina da Cristificao e da redeno, tambm lhe trataro de louco e se uniro para te atacar; por isso, foi morto com grande vergonha o filho do homem, por pregar esta doutrina. Tampouco, te alarme porque hoje se oponham venda de seus livros as grandes livrarias e se neguem a imprimi-lo grandes editoriais; j chegar o dia em que os pediro e procuraro o bem de seus negcios e por sobre toda considerao.

Os homens tm suas crenas e ns as respeitamos e, em meio de todas as crenas dos homens, se compreendem os buscadores da sala da sabedoria divina. Dem-lhes sempre a mo como obras de misericrdia.

Agora, escolhe voc o caminho: agrada ao mundo ou agrada a Deus. Com os homens, a morte e, com o Pai, a ressurreio.

JULHO Mestre GARGHA CUICHINES Sumum Dezembro 1964. Supremum

MEDINA

V.

Santuarium

Gnsticum

Samael Aun Weor

5

A Dissoluo do Eu

1. O rgo Kundartiguador

Transcorreram-se muitssimos milhes de anos evoluindo e involuindo lentamente da noite aterradora do passado e ainda o ser humano no sabe quem , nem de onde , nem para onde vai.

Um torpor de muitos sculos pesa sobre os antigos mistrios e o Verbo aguarda, no fundo do arca, o instante de ser realizado.

Depois da tradio edmica, h desideratos csmicos terrveis e equvocos sagrados que espantam e horrorizam. Os deuses tambm se equivocam.

E, hoje, como ontem, estamos sendo enfrentados pelo nosso prprio destino. Estamos ante o dilema do ser e do no ser da filosofia.

Muito se falou sobre a serpente sagrada e hoje vamos falar claramente sobre o rgo kundartiguador.

Deuses e Devas, avataras e reis divinos lutaram, h milhes de anos, para acabar com as conseqncias do rgo kundartiguador.

Todos os esforos dos profetas, Avataras e deuses para acabar com o desastroso resultado do rgo kundartiguador resultaram inteis.

necessrio saber que o rgo kundartiguador o fogo desenvolvido negativamente; a serpente baixando, precipitando-se do cxis at os infernos atmicos do homem.

O rgo kundartiguador a horrorosa cauda de Sat no corpo de desejos desse animal intelectual, falsamente chamado homem.

O que mais di, o que mais machuca alma saber que alguns indivduos sagrados deram humanidade o rgo kundartiguador.

Dizem as velhas tradies que, durante a poca lemrica, vieram terra certos indivduos sagrados em uma astronave csmica.

Esses indivduos formavam uma muito alta comisso sagrada encarregada de estudar os problemas evolutivos e involutivos da terra e da humanidade.

O arcanjo Sakaki e o principal arquifsico-qumico universal anjo Loisos eram os dois indivduos principais desta Santa comisso divina.Samael Aun Weor

6

A Dissoluo do Eu

Detrs de todo o drama do dem, est a sagrada comisso de seres inefveis. Eles vieram com corpo de carne e osso e sua nave aterrissou na Lemria. Por aquela antiga idade, comeava o instinto humano a desenvolver-se em razo objetiva.

A muito alta comisso pde evidenciar at no poder mais que o homem edmico j comeava a suspeitar do motivo pelo qual foi criado.

A raa Lemrica comeava a adivinhar os motivos de sua existncia, msera existncia por motivos mecnicos.

Cada ser humano uma maquininha que capta e transforma energias csmicas que logo adapta inconscientemente s capas inferiores da terra. Isso... maquininhas humanas... e nada mais. O que seria do mundo sem essas maquininhas?

O mundo sem esse selo, sem essa fisionomia, que lhe d a humanidade algo sem motivo e o que no tem motivo deixa de existir.

A humanidade em seu conjunto um rgo da natureza, um rgo que recolhe e assimila energias csmicas, necessrias para a marcha do organismo planetrio. Desgraadamente, no muito agradvel ser mquina e isso chamado homem... isso... se, isso e nada mais.

Quando algum rebelde se levanta em armas contra a natureza, quando quer deixar de ser mquina, os tenebrosos poderes o combatem morte e estranhos so aqueles humanos capazes de combater aos tenebrosos, natureza, ao cosmos, etc. E pelo comum, esses rebeldes capitulam.

Muitos so os chamados e poucos os escolhidos, somente uns poucos conseguem vencer a natureza e sentar-se no trono do poder para govern-la.

Os Lmures j tinham suspeitado tudo e, com seu instinto, compreendiam que os seres humanos deixavam de nascer quando depois de ter emprestado seus servios de mquinas natureza, faziam-se perversos.

Por onde quer e em todos os rinces da Lemria, se suspeitava instintivamente toda esta tragdia que j queria aparecer razo objetiva.

A comisso sagrada, depois de examinar serenamente este problema, resolveu tomar medidas csmicas drsticas para evitar a desiluso total do gnero humano e at suicdios em massa.

Os grandes desideratos csmicos esto detrs do Ado e Eva. A sagrada comisso est oculta

Samael Aun Weor

7

A Dissoluo do Eu

depois do drama e o cenrio edmico. Tudo se cumpre e o homem recebe o maldito estigma do rgo kundartiguador.

Tempo depois... muitos sculos possivelmente... retornou a Santa comisso encabeada pelo Archiserafn Sevohtartra dado que o arcanjo Sakaki se converteu em um dos quatro tetrasustentadores do Universo.

As tradies dizem que a volta foi aos trs anos justos, porm, estes trs anos sempre so simblicos.

A realidade foi que, ento, depois de severo exame da situao, o arquifsico-qumico Anjo Loisos destruiu o rgo kundartiguador na raa humana, porque esta no o necessitava. O ser humano tinha abandonado todas suas suspeitas e se iludiu das belezas deste mundo.

Os deuses salvaram ao ser humano de uma grande crise; obtiveram que se iludisse deste mundo e que vivesse nele como todo um cidado planetrio, mas, no puderam salv-los das ms conseqncias do rgo kundartiguador.

Realmente, as ms conseqncias de dito rgo se converteram em hbitos e costumes equivocados que ao irem-se ao fundo interno de nossa psique, converteram-se no subconsciente.

O Ego ou Eu psicolgico o mesmo subconsciente cujas razes se acham nas ms conseqncias do rgo kundartiguador.

Muito lutou o muito santo Ashiata Shiemash para tirar da humanidade as ms conseqncias do rgo kundartiguador.

Muito sofreu Santa Lamba no Tibet para salvar humanidade dessas horrveis conseqncias do mencionado rgo fatal.

Muitas amarguras passaram Buddha, Jesus, Moiss e outros para libertar humanidade das desastrosas conseqncias do rgo kundartiguador.

A sagrada comisso de seres inefveis se jogou um terrvel carma csmico sobre seus ombros; dito carma ser pago no futuro Mavantara.

Escutem-me irmos gnsticos:

Compreendam que, s com os trs fatores da revoluo da conscincia, podem acabar com as ms conseqncias do rgo kundartiguador. Esses trs fatores so:Samael Aun Weor

8

A Dissoluo do Eu

a) Morte do Eu psicolgico; b) Nascimento do Ser em ns, e c) Sacrifcio pela humanidade.

O Eu morre base de rigorosa compreenso criadora.

O Ser nasce em ns com o maithuna (magia sexual).

Sacrifcio pela humanidade caridade e amor bem entendidos.

As escolas que ensinam a ejaculao do smen, de forma muito mstica, so realmente negras porque, com essa prtica, se desenvolve o rgo kundartiguador.

As escolas que ensinam a conexo do Lingan-Yoni sem ejaculao do smen so brancas porque assim sobe o Kundalini pelo canal medular.

As escolas que ensinam a fortificar o Eu psicolgico so negras porque assim se fortalecem as ms conseqncias do rgo kundartiguador.

As escolas que ensinam a dissoluo do Eu (morte mstica) so brancas porque destrem as ms conseqncias do rgo kundartiguador.

O rgo kundartiguador a cauda de Satans, o fogo sexual descendo do cxis para os infernos atmicos do homem.

Samael Aun Weor

9

A Dissoluo do Eu

2. O Ens Seminis

Amadssimos irmos gnsticos:

necessrio que, neste natal, compreendam, a fundo, todas as evolues e involues do Ens-Seminis porque, dentro dele, podero achar, com suma pacincia, todo o ens-virtutis do elemento fogo.

Contam as tradies esotricas que, depois do desaparecimento do continente Atlante, sobreviveram certos conhecimentos relativos origem e significao do Ens.-Seminis.

Dizem as velhas tradies que esses conhecimentos relacionados com o Ens.-Seminis sobreviveram submerso da Atlntida, mas, que, depois de uns trinta e cinco sculos de guerras incessantes, todos esses conhecimentos se perderam.

Os velhos sacerdotes contam que, de toda a primitiva sabedoria relacionada com o Ens.Seminis, somente ficou a tradio que afirmava categoricamente a possibilidade de autorealizar-se intimamente com o exioehary, smen ou esperma.

Certas informaes fragmentrias, aqui e l dispersas por distintos lugares, no indicavam os mtodos para operar com o Ens.-Seminis e os primitivos arianos descendentes da Atlntida cansados de tantas guerras comearam a indagar procurando o esoterismo do Ens.-Seminis.

Os ofegantes buscadores da luz sabiam muito bem pelas tradies que, com o Ens.-Seminis, se obtm a autoperfeio individual, mas, desconheciam a chave Tntrica do Maithuna e sofriam procurando-a, mas, no a encontravam.

Realmente, somente os velhos Hierofantes egpcios, indostos, etc., descendentes da antiga sociedade Atlante chamada Akhaldan, possuam toda a cincia Tntrica completa com a chave secreta do Maithuna.

Entrar nas velhas escolas de mistrios era algo muito difcil porque as provas eram muito terrveis e muito poucos as passavam com xito.

A grande maioria de aspirantes luz nada sabia sobre o Mahituna, mas, pelas tradies, compreendiam que, com o Ens.-Seminis sabiamente transmutado, se obteria a autoperfeio.

O ignorante procede sempre ignorantemente e muitos acreditaram que, com somente com o abster-se sexualmente, ficaria resolvido o problema de sua auto-realizao.

Samael Aun Weor

10

A Dissoluo do Eu

Este conceito equivocado originou muitas comunidades de monges abstmios organizados em seitas e religies que ignoravam o Mahituna.

Acreditaram os ignorantes que, com somente o abster-se, ficaria resolvido o problema de sua autoperfeio; assim , e assim foi, e assim ser sempre a ignorncia.

O mas lamentvel que, ainda a estas horas da vida, existam no s monges, mas, tambm muitos, pseudo-ocultistas e pseudo-esoteristas convencidos de que, com somente o abster-se, j est resolvido o problema de sua auto-realizao.

No esperma, h evolues formidveis e tremendas involues. O s trabalho natural de formao do esperma evolutivo; o ultimo resultado de tudo o que comemos e bebemos o esperma.

tambm necessrio saber que as evolues do esperma esto submetidas fundamental lei csmica sagrada, do Heptaparaparshinokh, que a lei do Santo Sete, a septenria lei.

Quando o Ens.-Seminis ou esperma completa suas evolues septenrias, deve receber um impulso do exterior e ser transmutado com o Maithuna porque, do contrrio, entra totalmente no processo da involuo ou retrocesso, convertendo o indivduo em infrasexual degenerado.

A involuo do esperma elabora muitas outras substncias perniciosas. Uma delas especialmente maligna que tem a propriedade de originar dois tipos de aes no funcionalismo geral do organismo.

O primeiro tipo de ao consiste em provocar o depsito de gordura superfina dentro do organismo. O segundo tipo de ao consiste em originar no ser humano certas vibraes malignas conhecidas no esoterismo como: vibraes venenionoskirianas.

O primeiro caso origina porcos humanos, quer dizer, homens gordos, horrveis, cheios de gordura.

O segundo caso origina homens fracos e enxutos, intensamente carregados com as perversas vibraes Venenionoskirianas. Estas vibraes se manifestam em forma dual. Fanatismo em alto grau e cinismo perito, so em sntese, a dual manifestao dessas tenebrosas vibraes.

O fanatismo est acostumado a ser externo e o cinismo resulta interno. Eis aqui duas caras de uma mesma medalha: o anverso e o reverso.

Samael Aun Weor

11

A Dissoluo do Eu

O mais grave de tudo isto e dessa absurda abstinncia sexual que as tenebrosas vibraes venenionoskirianas no s estimulam as ms conseqncias do rgo kundartiguador, mas sim, tambm, podem desenvolver realmente dito rgo maligno.

Se tivermos em conta que todo oposto contm o seu contrrio e que, portanto, dentro da mesma luz, esto as trevas e viceversa, e que, dentro da virtude, est seu oposto em estado latente, etc., devemos, ento, compreender a fundo a palavra Kundalini.

Kunda, recorda-nos ao rgo kundartiguador; Lini, em antiga linguagem Atlante, significa fim. Isto pois: fim do rgo kundartiguador.

Analisando a fundo a questo, chegamos concluso lgica de que necessitamos o Maithuna para transmutar o Ens.-Seminis e pr fim no s ao rgo kundartiguador mas, tambm, s conseqncias que ficaram de dito rgo.

Quando o Eu se dissolve e a serpente de fogo sobe pelo canal medular, desaparecem at os ltimos vestgios do rgo kundartiguador.

Devido a isso, podemos dar ao fogo sagrado o nome da Kundalini que significa: fim do rgo kundartiguador.

Samael Aun Weor

12

A Dissoluo do Eu

3. Os Sete Cosmos

A Cabala diz que existem dois cosmos: o macrocosmos e o microcosmos. O primeiro representa o imensamente grande, o segundo representa o imensamente pequeno.

O ensino Cabalista sobre os dois cosmos est incompleto, to somente um ensino fragmentrio.

Existem sete cosmos e no unicamente dois como pretendem equivocadamente os cabalistas.

O Absoluto, em si mesmo, explicado pela Cabala como tendo trs aspectos, ou seja:

1) AIN SOP AUR. 2) AIN SOP. 3) AIN.

AIN SOP AUR deve ser o crculo externo.

AIN SOP deve ser o crculo mdio.

AIN de fato SAT, o IMANIFESTADO ABSOLUTO.

O primeiro cosmos no poderia existir dentro do imanifestado Ain, nem sequer dentro do Ain Sop. O primeiro cosmos s pode existir no Ain Sop Aur.

O primeiro cosmos de natureza puramente espiritual e seu nome protocosmos.

O segundo o Ayocosmos ou Melagocosmos, isto , o grande cosmos, todos os sis, todos os mundos do espao infinito.

O terceiro cosmos o Macrocosmos do qual falam os cabalistas em seus livros e est composto pela via Lctea com seus dezoito milhes de sis que giram ao redor do sol central Crio.

O quarto o Deuterocosmos que est constitudo pelo Sol de nosso sistema Solar com todas suas leis.

O quinto o Mesocosmos, nosso planeta Terra.

O sexto o Microcosmos homem.

Samael Aun Weor

13

A Dissoluo do Eu

O stimo o Tritocosmos, o imensamente pequeno, tomos, molculas, insetos, micrbios, eltrones, etc. e alm disso o Avitchi, Abismo.

Entre o Microcosmos homem e o Macrocosmos, existem o Mesocosmos e o Deuterocosmos, portanto, resulta um pouco caprichosa aquela frase que diz: "O homem o Microcosmos do Macrocosmos".

Cada um dos sete Cosmos tem suas leis prprias. O gnstico tem que estudar as leis que governam a estes sete Cosmos, a fim de saber qual o posto que ocupamos na vida e como devemos fazer para obter a liberao final.

Raio da Criao

Diz o Mestre G. que o raio da criao inicia seu crescimento do Absoluto e termina na lua. O erro do Mestre G. consiste em acreditar que a lua um fragmento desprendido da terra.

A lua muito mais antiga que a terra e um mundo j morto, um mundo que pertenceu a outro raio da criao.

Realmente nosso prprio Raio de criao se iniciou no Absoluto e terminou no Inferno, Infernus, Avitchi, Trtaro Grego, Inferno romano, reino mineral submerso, Morada fatal dos tenebrosos sublunares.

O raio da criao corretamente explicado assim: a) b) c) d) e) f) g) O abismo. Todos A Todos Todos O os os os Absoluto mundos sis sol planetas terra

Os irmos do Movimento Gnstico devem compreender, a fundo, este conhecimento esotrico que, nesta Mensagem de Natal, lhes damos para que saibam qual o lugar exato que devem ocupar no raio da criao.

Precisamos conhecer, a fundo, o caminho a fim de obter o Natal do corao e a liberao final.

No Absoluto, se inicia o raio da criao com o Protocosmos. Todos os mundos, no raio da criao, correspondem ao Ayocosmos.Samael Aun Weor

14

A Dissoluo do Eu

Todos os sis da via Lctea correspondem aos Macrocosmos no raio da criao.

O Deuterocosmos no raio da criao o sol.

O Mesocosmos no raio da criao est constitudo por todos os planetas do Sistema Solar e a terra que os representa.

O Microcosmos o homem no raio da criao.

O Tritocosmos o tomo e o abismo.

No primeiro cosmos, s existe a nica lei, a lei do Absoluto.

No segundo cosmos, o primeiro se converte em trs e trs leis governam o segundo cosmos.

No terceiro cosmos, as trs se convertem em seis leis.

No quarto cosmos, as seis se duplicam em doze.

No quinto cosmos, as doze se duplicam para se converter em vinte e quatro leis.

No sexto cosmos, as vinte e quatro leis se duplicam convertendo-se em quarenta e oito leis.

No stimo cosmos, as quarenta e oito leis se convertem por duplicao em noventa e seis leis.

No Protocosmos, somente se faz a vontade do Absoluto, a nica lei.

No segundo cosmos, a grande lei se converte em trs, Pai, Filho e Esprito Santo, Fora Positiva, Fora Negativa, Fora Neutra.

No terceiro cosmos, comea a mecnica porque as trs foras primitivas se dividem convertendo-se em seis.

No quarto cosmos, a vida se volta muito mais mecnica porque j no so seis, a no ser doze as leis que o governam.

No quinto cosmos, a vida muitssimo mais mecnica e j quase nada tem que ver com a vontade do Absoluto, porque as doze leis se tornaram vinte e quatro.

No sexto cosmos, a vida to tremendamente materialista e mecnica que j nem sequer se suspeita que existe a vontade do Absoluto.Samael Aun Weor

15

A Dissoluo do Eu

Ns vivemos em um mundo mecnico de quarenta e oito leis, um mundo onde no se faz a vontade do Absoluto, um apartadssimo rinco do universo, um lugar escuro e terrivelmente doloroso.

O posto que ocupamos no raio da criao lamentvel, em nosso mundo j no se faz a vontade do Absoluto nem sequer a vontade das Trs Divinas Pessoas chamadas Pai, Filho e Esprito Santo.

Quarenta e oito espantosas leis mecnicas nos governam e dirigem, somos realmente uns infelizes desterrados vivendo neste vale de amarguras; por debaixo de ns no raio da criao, s esto os desgraados do abismo governados pela horrvel mecnica das noventa e seis leis.

Precisamos nos libertar das quarenta e oito leis para passar ao quinto cosmos (o das vinte e quatro leis). Precisamos nos libertar logo do quinto cosmos (o das doze leis) e, depois, continuar nosso trabalho de liberao final passando pelo quarto e o terceiro e segundo cosmos para retornar ao Absoluto.

Todas as substncias dos sete cosmos esto dentro de ns mesmos. Dentro do crebro pensante, temos a substncia do Protocosmos, dentro do crebro Motor ou sistema Pensante temos a substncia do Ayocosmos. Dentro do crebro consciente formado por todos os centros nervosos especficos do organismo humano, temos a substncia do Macrocosmos e assim sucessivamente.

Temos os materiais para trabalhar dentro do organismo humano e, se criarmos os corpos existenciais superiores do Ser, lograremos, de fato, nos libertar de todos os cosmos incluindo o stimo, para entrar, ao fim, dentro do Absoluto, Imanifestado, Sat, Ain.

Os germens dos corpos existenciais do ser se acham depositados no smen. necessrio desenvolver esses germens, e isso somente possvel com o Maithuna (Magia Sexual)

J em nossas passadas publicaes e Mensagens, falamos sobre os corpos existenciais superiores do ser, e, por isso, nossos estudantes Gnsticos esto informados.

Sabemos que o corpo astral (no o confundamos com o corpo lunar) est governado por vinte e quatro leis e que o corpo fsico est governado por quarenta e oito leis.

Se acreditarem no corpo astral, claro que nos libertaremos do mundo fatal das quarenta e oito leis, e que nos converteremos em habitantes do mundo das vinte e quatro leis.

Samael Aun Weor

16

A Dissoluo do Eu

Se acreditarem no corpo mental, nos libertaremos do mundo das vinte e quatro leis e entraremos em mundo das doze leis; recordemos que o corpo mental est governando por doze leis.

Se acreditarem no corpo causal ou corpo da vontade consciente, entramos no mundo de seis leis e nos convertemos nos habitantes desse mundo porque o corpo da vontade consciente (o causal) est governador por seis leis.

Os trabalhos com o Maithuna e a dissoluo do eu, mais o sacrifcio pela humanidade, permitem-nos fazer novas criaes, dentro de ns mesmos, para nos libertar do mundo das seis leis e passar mais frente do Ayacosmos e Protocosmos inefvel.

necessrio que todos nossos estudantes gnsticos compreendam, neste Natal, que, somente criando os corpos existenciais superiores do ser e celebrando a morte do eu e o natal do corao, podero obter a liberao final.

O Ser somente pode entrar dentro daquele que criou os corpos existenciais superiores.

O natal do corao s pode ser celebrado, de verdade, por aquele que tenha criado os corpos existenciais superiores do Ser.

A constituio do animal intelectual, equivocadamente chamado homem, a seguinte: a) b) c) d) e) f) O Budhata Corpo Corpo O Corpo Corpo Lunar Mental Eu de Fsico Vital desejos Lunar Pluralizado

Os trs aspectos do Atman-Buddhi-Manas, ou Esprito Divino, Esprito de Vida, Esprito Humano, no encarnaram no ser humano porque este no possui ainda os corpos Solares, quer dizer, os Corpos existenciais do Ser.

Todos nossos esforos se dirigem a nos libertar da Lua que, desgraadamente, levamos em nossos corpos lunares.

Criando nossos corpos Solares, libertamo-nos da influncia Lunar.

S com o Maithuna (Magia Sexual), poderemos nos dar ao luxo de criar nossos corpos Solares porque os germens de ditos corpos se acham no smen.

Samael Aun Weor

17

A Dissoluo do Eu

Os corpos Lunares so tidos vivendo no mundo das quarenta e oito leis, o vale das amarguras.

Os corpos lunares so femininos, por isso, os homens deste mundo, nos mundos internos, depois da morte, so mulheres subconscientes, frios fantasmas.

muito lamentvel que os escritores Teosofista, Pseudo-Rosacruzes, etc. no tenham sido capazes de compreender que os veculos internos atuais do ser humano so corpos lunares que devemos desintegrar depois de haver criado os corpos Solares.

impossvel nos liberar do mundo das quarenta e oito leis enquanto no tenhamos criado os corpos existenciais Superiores do Ser.

Samael Aun Weor

18

A Dissoluo do Eu

4. O Eu Psicolgico

Os Pseudo-ocultistas e pseudo-esoteristas dividem o Ego em dois Eus: Eu superior e Eu inferior.

Superior e inferior so divises de um mesmo organismo.

Eu Superior, Eu inferior todo Ego, todo Eu.

O ntimo, o real, no Eu, transcende qualquer eu, est alm de qualquer Eu.

O ntimo o Ser, o Ser o real, o atemporal, o divinal.

O Eu teve um princpio e ter inevitavelmente um fim, tudo o que tem um princpio tem um fim.

O Ser, o ntimo, no teve princpio, no ter fim. Ele o que , o que sempre foi e o que sempre ser.

O Eu continua depois da morte e retorna a este vale de lgrimas para repetir acontecimentos, satisfazer paixes e pagar Carma.

O Ser no continua porque no teve princpio, somente continua o que pertence ao tempo, o que teve um princpio. O Ser no pertence ao tempo.

O que contnua est submetido decrepitude, degenerao, dor e paixo. Nossa vida atual o efeito de nossa vida passada, continuao de nossa vida passada, o efeito de uma causa anterior.

Toda causa tem seu efeito, todo efeito tem sua causa, toda causa, transforma-se em efeito, todo efeito se converte em causa.

Nossa vida presente a causa de nossa vida futura, nossa futura vida ter por causa nossa vida atual, com todos seus erros e misrias.

Continuar postergar o erro e a dor. Ns devemos morrer, de instante em instante, para no continuar; melhor ser que continuar.

O Eu a origem do erro e de sua conseqncia. Enquanto existir o Eu, existir a dor e o erro.

Nascer dor, morrer dor, viver dor; dor na infncia, na adolescncia, na juventude, na maturidade, na velhice; tudo, neste mundo, dor.Samael Aun Weor

19

A Dissoluo do Eu

Quando deixamos de existir em todos os nveis da mente, desaparece a dor, somente deixaremos de existir radicalmente dissolvendo o Eu psicolgico.

A origem do Eu o rgo Kundartiguador. O Eu est constitudo por todas as ms conseqncias do rgo Kundartiguador.

O Eu um molho de paixes, desejos, temores, dios, egosmo, inveja, orgulho, gula, preguia, ira, apetncias, apegos, sentimentalismos morbosos, herana, famlia, raa, nao, etc.

O Eu mltiplo, o Eu no individual, o Eu existe pluralizado e continua pluralizado e retorna pluralizado.

Assim como a gua se compe de muitas gotas, assim como a chama se compe de muitas partculas gneas, assim, o Eu se compe de muitos Eus.

Milhares de pequenos Eus constituem o Eu ou Ego que continua depois da morte e retorna a este vale de lgrimas para satisfazer desejos e pagar Carma.

Em cinta sucessiva, os Eus passam em ordem sucessiva pela tela da vida, para representar seu papel no drama doloroso da vida.

Cada Eu da trgica cinta tem sua mente prpria, suas idias, e critrio prprio. O que a um Eu gosta a outro Eu desgosta.

O Eu que hoje jura fidelidade, ante o Ara da Gnosis, deslocado, mais tarde, por outro Eu que odeia a Gnosis; o Eu que hoje jura amor eterno a uma mulher substitudo, mais tarde, por outro Eu que nada tem que ver nem com a mulher nem com o juramento.

O animal intelectual chamado falsamente homem no tem individualidade porque no tem um centro permanente de conscincia, no tem continuidade de propsitos porque no tem um centro de gravidade permanente, somente tem o Eu pluralizado.

No pois estranho que muitos se filiem ao Movimento Gnstico e logo se convertam em inimigos dele. Hoje com a Gnosis, amanh contra a Gnosis, hoje em uma escola, amanh em outra, hoje com uma mulher, amanh com outra, hoje amigo amanh inimigo, etc.

Samael Aun Weor

20

A Dissoluo do Eu

5. Retorno e Reencarnao

Retorno e reencarnao so duas leis diferentes; severas anlises nos levaram concluso de que existe diferena entre retornar e reencarnar.

O Eu no um indivduo posto que est constitudo por muitos Eus, e cada Eu, mesmo que tem algo de nossa prpria subconcincia, goza de certa auto-independncia.

O Eu legio de diabos. Afirmar que a legio se reencarna resulta absurdo. exato afirmar que o indivduo se reencarna, mas, no exato afirmar que a legio se reencarna.

Neste mundo, existem milhes de pessoas, mas, muito difcil achar um indivduo.

Somente criando nossos corpos existenciais superiores do Ser, dissolvendo o Eu, e encarnando o Ser, convertemo-nos em indivduos.

Os indivduos sagrados se reencarnam, mas, o Eu unicamente retorna nova matriz para vestir-se, ou melhor dissssemos, revestir-se com novo traje de pele.

O Eu continua em nossos descendentes mediatos ou imediatos, o Eu a raa, o erro e a dor que continuam.

Alguns ignorantes pseudo-ocultistas supem equivocadamente que a personalidade se reencarna e freqentemente confundem a personalidade com o Eu.

A personalidade no o Eu, a personalidade no se reencarna, a personalidade filha de seu tempo e morre em seu tempo.

A personalidade no o corpo fsico. A personalidade no o corpo Vital, a personalidade no o Eu, a personalidade no a alma, a personalidade no o esprito.

A personalidade energtica, sutil, atmica e se forma durante os primeiros sete anos da infncia com a herana, costumes, exemplos, etc, robustecendo-se com o tempo e as experincias.

Trs coisas vo ao panteo ou Cemitrio: 1) 2) 3) Personalidade. Corpo Corpo fsico vital

Samael Aun Weor

21

A Dissoluo do Eu

O corpo fsico e o vital se desintegram pouco a pouco em forma simultnea. A personalidade perambula pelo cemitrio ou panteo e, somente atravs de vrios sculos, vai se desintegrando.

O que continua, isso que no se desintegra no cemitrio, o Eu pluralizado. A legio do Eu continua com um corpo comum. Dito corpo no o astral como supem muitos.

O corpo que usa a legio do Eu o corpo lunar ou corpo molecular. necessrio que os estudantes gnsticos no confundam o corpo lunar com o corpo solar.

O corpo solar o corpo astral.

Somente aqueles que trabalharam com o Maithuna durante muitos anos possuem realmente o corpo astral.

Os pequenos Eus que habitam no corpo lunar se projetam por todas as legies da mente csmica e retornam a seu corpo comum (o corpo lunar).

O Eu vestido com seu corpo lunar retorna a uma nova matriz para revestir-se com o traje de pele e repetir neste, vale de lgrimas, suas mesmas tragdias e amarguras.

Somente aqueles que possuem o Ser se reencarnam. Os que no possuem o Ser retornam.

Precisa-se possuir o Ser para reencarnar-se. Necessita-se no possuir o Ser para retornar.

sacrifcio reencarnar-se, um fracasso retornar. Reencarnam-se os indivduos sagrados para salvar o mundo. Retornam os imbecis para atormentar o mundo.

As reencarnaes sagradas foram sempre celebradas no Tibete com grandes festas religiosas. Jesus de Nazareth foi uma reencarnao. O nascimento de Jesus foi o acontecimento maior do mundo.

Samael Aun Weor

22

A Dissoluo do Eu

6. Dissoluo do Eu

Meus irmos:

necessrio que, neste natal, compreendam, a fundo, a necessidade de dissolver o Eu.

O perigo maior que existe na vida o de nos converter em HANASMUSSIANOS.

Quem no trabalha na dissoluo do Eu, em cada existncia, vai se degenerando mais e mais at que, por fim, deixa de nascer porque se converteu em Hanasmussiano perigoso.

Existem quatro classes do Hanasmussianos: 1) Hanasmussianos de tipo cretino, muito decrpito, estpido e degenerado. 2) Hanasmussianos fortes, ardilosos, perversos. 3) Hanasmussianos com duplo centro de gravidade, mas que no tm corpo Astral, e somente usam corpo Lunar. 4) Hanasmussianos com duplo centro de gravidade e corpo Astral.

Os Hanasmussianos de primeiro tipo so verdadeiros cretinos, idiotas, e degenerados extremamente perversos, mas, que j no tm nem sequer fora para ser perversos; essa classe se desintegra rapidamente depois da morte do corpo fsico.

Os Hanasmussianos do segundo tipo continuam retornando a este mundo em rgos do reino animal.

Os Hanasmussianos de terceiro grau foram iniciados em Magia Branca e adquirirem muitos poderes psquicos, mas, como no dissolveram o Eu, extraviaram-se do caminho e caram na magia negra. Esta classe do Hanasmussianos como uma moeda de duas caras, o anverso e o reverso; duas personalidades internas, uma branca, outra negra, cada uma dessas duas personalidades tem auto-independncia e psquicos poderes.

Os Hanasmussianos de quarto tipo so verdadeiros Boddhisattwas cados que cometeram o erro de fortificar o Eu. Estes Hanasmussianos tm duplo centro de gravidade, a divina e a diablica. O mais grave de tudo que tm corpo Astral; exemplo: Andramelek, este Hanasmussino confunde aos invocadores inexperientes, os dois Andramelek so um, o branco e o negro; ambos os adeptos so opostos e, entretanto, so um, e ambos so verdadeiros mestres, um da Loja Manica Branca, e o outro da Loja Manica Negra.

Muitos iniciados que conseguiram criar corpos existenciais superiores do Ser fracassaram porque no dissolveram o Eu psicolgico.

Samael Aun Weor

23

A Dissoluo do Eu

Esses iniciados no puderam celebrar o natal do corao, no conseguiram encarnar o Ser, apesar de possurem os corpos existenciais superiores, e se converteram no Hanasmussianos com duplo centro de gravidade.

necessrio compreender a necessidade de trabalhar com os trs fatores da revoluo da Conscincia se que realmente queremos a Auto-realizao a fundo.

Se excluirmos qualquer fator da revoluo da Conscincia, o resultado o fracasso.

Nascer, morrer, nos sacrificar pela humanidade, eis a os trs fatores bsicos da revoluo da conscincia.

Magia Sexual, dissoluo do Eu, caridade, este o triplo sendeiro da vida reta.

Alguns irmos gnsticos tm nos escrito nos pedindo uma didtica para a dissoluo do Eu.

A melhor didtica para a dissoluo do Eu acha-se na vida prtica intensamente vivida.

A convivncia um espelho maravilhoso onde o Eu se pode contemplar de corpo inteiro.

A relao com nossos semelhantes, os defeitos escondidos no fundo subconsciente afloram espontaneamente, saltam fora porque o subconsciente nos trai e, se estivermos em estado de alerta percepo, ento, os vemos tal qual so em si mesmos.

A melhor alegria para o Gnstico celebrar o descobrimento de algum de seus defeitos.

Defeito descoberto, defeito morto; quando descobrimos algum defeito, devemos v-lo em cena como quem est vendo cinema, mas, sem julgar nem condenar.

No suficiente compreender intelectualmente o defeito descoberto; faz-se necessrio nos inundar em profunda meditao interior para apanhar ao defeito nos outros nveis da mente.

A mente tem muitos nveis e profundidades e, enquanto no tenhamos compreendido um defeito em todos os nveis da mente, nada teremos feito, e este continua existindo como demnio tentador no fundo de nosso prprio subconsciente.

Quando um defeito integralmente compreendido em todos os nveis da mente, ento, este se desintegra com seu pequeno Eu, que o caracteriza, reduzindo-o poeira csmica nos mundos suprasensveis.

Samael Aun Weor

24

A Dissoluo do Eu

Assim como vamos morrendo de instante em instante, assim como vamos estabelecendo, dentro de ns, um centro de conscincia permanente, um centro de gravidade permanente.

Dentro de todo ser humano que no se ache em ultimo estado de degenerao, existe o Budhata, o Princpio Budista interior, o material psquico ou matria prima para fabricar isso que se chama Alma.

O Eu pluralizado gasta torpemente dito material psquico em exploses atmicas absurdas de invejas, cobia, dios, cimes, fornicaes, apegos, vaidades, etc.

Conforme o Eu pluralizado vai morrendo de instante em instante, o material psquico vai se acumulando dentro de ns mesmos, nos convertendo em um centro permanente de conscincia.

Assim

como

vamos nos individualizando pouco a pouco, desesgoitizando-nos,

individualizamo-nos.

Porm, esclarecemos que a individualidade no tudo; com o acontecimento de Belm, devemos passar sobreindividualidade.

O trabalho de dissoluo do Eu algo muito srio, precisamos nos estudar assim mesmo profundamente em todos os nveis da mente; o Eu um livro de muitos tomos.

Precisamos estudar nossos pensamentos, emoes, aes, de instante em instante, sem justificar nem condenar, precisamos compreender, integralmente, em todas as profundidades da mente, todos e cada um de nossos defeitos.

O Eu pluralizado o subconsciente; quando dissolvemos o Eu, o subconsciente se converte em consciente.

Precisamos converter o subconsciente em consciente e isso somente possvel obtendo a aniquilao do Eu.

Quando o consciente passa a ocupar o posto de subconsciente, adquirimos isso que se chama conscincia contnua.

Quem goza de conscincia contnua vive a todo instante consciente no somente no mundo fsico, mas, tambm, nos mundos superiores.

Samael Aun Weor

25

A Dissoluo do Eu

A humanidade atual subconsciente em um noventa e sete por cento e, por isso, dorme profundamente no somente no mundo fsico, mas, tambm nos mundos suprasensveis durante o sonho do corpo fsico e depois da morte.

Necessitamos da morte do Eu, precisamos morrer de instante em instante, aqui e agora, no somente no mundo fsico, mas, tambm, em todos os planos da Mente Csmica.

Devemos ser desumanos para conosco mesmos e fazer a diseco do Eu com o tremendo bisturi da autocrtica.

Samael Aun Weor

26

A Dissoluo do Eu

7. A Luta dos Opostos

Um grande Mestre dizia: Procurem a iluminao que todo o resto lhes ser dado.

O pior inimigo da iluminao o Eu. necessrio saber que o Eu um n no fluir da existncia, uma obstruo fatal no fluxo da vida livre em seu movimento.

Perguntou-se a um mestre: Qual o caminho? "Que magnfica montanha" disse referindo-se montanha onde tinha seu retiro. No lhes perguntou a respeito da montanha, a no ser a cerca do caminho. "Enquanto no puder ir alm da montanha, no poder encontrar o caminho", replicou o Mestre.

Outro monge fez a mesma pergunta a esse mesmo Mestre: "L est justo diante de seus olhos" respondeu o Mestre. Por que no posso v-lo?" "Porque tem idias egostas".Poderei v-lo senhor? "Enquanto tiver uma viso dualista e diga: Eu no posso, seus olhos estaro obscurecidos por essa viso relativa. Quando no houver Eu nem voc, poder ver. Quando no houver eu nem voc, quem querer ver?"

O fundamento do Eu o dualismo da mente. O Eu se sustenta pelo batalhar dos opostos.

Todo o raciocnio se fundamenta no batalhar dos opostos. Se dissermos "fulano de tal alto", queremos dizer que no baixo. Se dissermos "estou entrando" queremos dizer que no estamos saindo. Se dissermos: "estou alegre", afirmamos, com isso, que no estamos tristes, etc.

Os problemas da vida no so a no ser formas mentais com dois plos: um positivo e outro negativo. Os problemas se sustentam pela mente e so criados pela mente. Quando deixamos de pensar em um problema, este termina inevitavelmente.

Alegria e tristeza; prazer e dor; bem e mal; triunfo e derrota, constituem o batalhar dos opostos no qual se fundamenta o Eu.

Toda a vida miservel que vivemos vai de um oposto a outro: triunfo, derrota; gosto, desgosto, prazer, dor, fracasso, xito, isto, aquilo, etc.

Precisamos nos liberar da tirania dos opostos; isto somente possvel aprendendo a viver de instante em instante sem abstraes de nenhuma espcie, sem sonhos, sem fantasia.

Observastes como as pedras do caminho esto plidas e puras depois de um torrencial aguaceiro? Primeiro, somente pode-se murmurar um oh de admirao. Ns devemos

Samael Aun Weor

27

A Dissoluo do Eu

compreender esse oh! das coisas sem deformar essa exclamao divina com a batalha dos opostos.

Joshu, perguntou ao mestre Nansen: O que o Tao? "A vida comum" respondeu Nansen. "Como se faz para viver de acordo com ela? "Se tratar de viver de acordo com ela, fugir de ti; no trate de cantar esta cano, deixa que ela mesma se cante. Acaso o humilde soluo, no vem por si s?"

Meus

irmos:

recordem-se,

neste

natal,

desta

frase:

"A Gnosis vivida nos fatos, se murcha nas abstraes e difcil de achar at nos pensamentos mais nobres.

Perguntaram ao mestre Bokujo: "Temos que vestir e comer todos os dias? Como poderamos escapar deste?" O Mestre respondeu: "Comendo e nos vestindo". "No compreendo" disse o discpulo. "Ento, te vista e coma" disse o Mestre. Esta precisamente a ao livre dos opostos: Comemos, vestimo-nos? Por que fazer um problema disso? Por que estar em outras coisas enquanto estamos comendo e vestindo?

Se estiver comendo, coma; e se estiver te vestindo, vista-te, e se andar pela rua, anda, anda, anda, mas, no pense em outra coisa, faa unicamente o que est fazendo, no fuja dos fatos, no os encha de tantos significados, smbolos, sermes e advertncias. Viva-os sem alegorias, com mente receptiva de instante em instante.

Amadssimos irmos gnsticos que hoje celebram conosco a festa de natal: Compreendam que estou falando do sendeiro de ao, livre do batalhar doloroso dos opostos.

Ao sem distraes, sem escapatrias, sem fantasias, sem abstraes de nenhuma espcie.

Mudem seus carteres, amadsimos, mudem atravs da ao inteligente, livre do batalhar dos opostos.

Quando fecham as portas fantasia, se acorda o rgo da intuio.

A ao livre do batalhar dos opostos ao intuitiva, ao plena; onde h plenitude, o Eu est ausente.

A

ao

intuitiva

nos

conduz

da

mo

at

o

despertar

da

conscincia.

Trabalhemos e descansemos felizes nos abandonando ao curso da vida. Esgotemos a gua turva e podre do pensamento habitual e no vazio fluir a Gnosis e, com ela, a alegria de viver.Samael Aun Weor

28

A Dissoluo do Eu

Esta ao inteligente, livre do batalhar dos opostos eleva a um ponto no qual algo deve romper-se.

Quando tudo marcha bem, se rompe o teto rgido de pensar e a luz e o poder do ntimo entram em torrentes na mente que deixou que sonhar.

Ento, no mundo fsico e fora dele, durante o sonho do corpo material, vivemos totalmente conscientes e iluminados gozando a dita da vida nos mundos superiores.

Esta tenso contnua da mente, esta disciplina, leva-nos a despertar da conscincia.

Se estivermos comendo e pensando em negcios claro que estamos sonhando. Se estivermos dirigindo um automvel e pensando na noiva, lgico que no estamos acordados, estamos sonhando; se estivermos trabalhando e nos recordando do compadre ou comadre, ou ao amigo, ou ao irmo, etc., claro que estamos sonhando.

As pessoas que vivem sonhando no mundo fsico vivem tambm sonhando nos mundos internos durante aquelas horas em que o corpo fsico est dormindo.

Precisa-se deixar de sonhar nos mundos internos. Quando deixamos de sonhar no mundo fsico, despertamos aqui e agora, e esse despertar aparece nos mundos internos.

Procurem primeiro a iluminao que todo o demais lhe ser dado.

Quem est iluminado v o caminho, quem no est iluminado no pode ver o caminho e facilmente pode extraviar-se do caminho e cair no abismo.

So terrveis o esforo e a vigilncia de que se necessita, de segundo em segundo, de instante em instante, para no cair em sonho: Basta com um minuto de descuido e j a mente est sonhando ao lembrar-se de algo, ao pensar em algo distinto ao trabalho ou ao fato que estejamos vivendo no momento.

Quando, no mundo fsico, aprendemos a estar acordados de instante em instante, nos mundos internos, durante as horas de sonho o corpo fsico e tambm depois da morte, viveremos acordados e autoconscientes de instante em instante.

doloroso saber que a conscincia de todos os seres humanos dorme e sonha profundamente no somente durante aquelas horas de repouso do corpo fsico, mas, tambm, durante esse estado ironicamente chamado estado de viglia.

A ao livre de dualismo mental produz o despertar da conscincia.Samael Aun Weor

29

A Dissoluo do Eu

8. Tcnica da Meditao

A tcnica da meditao nos permite chegar at as alturas da iluminao.

Devemos distinguir entre uma mente que est quieta e uma mente que est aquietada fora.

Devemos distinguir entre uma mente que esta em silncio e uma mente que est silenciada violentamente.

Quando a mente est aquietada fora, realmente, no est quieta, est amordaada pela violncia; e, nos nveis mais profundos do entendimento, h toda uma tempestade.

Quando a mente est silenciada violentamente, realmente, no est em silncio e, no fundo, clama, e grita e se desespera.

necessrio acabar com as modificaes do princpio pensante durante a meditao.

Quando o princpio pensante fica sob nosso controle, a iluminao chega a ns espontaneamente.

O controle mental nos permite destruir os grilos criados pelo pensamento. Para obter a quietude e o silncio da mente, necessrio saber viver de instante em instante, saber aproveitar cada momento, no dosar o momento.

Toma tudo de cada momento porque cada momento filho da Gnosis, cada momento absoluto, vivo e significante. A momentaneidade caracterstica especial dos gnsticos. Ns amamos a filosofia da momentaneidade.

O mestre Ummom disse a seus discpulos: "Se caminharem, caminhem; se se sentarem, sentem-se, mas, no vacilem".

Um primeiro estudo na tcnica da meditao a sala de espera dessa paz divina que supera todo conhecimento.

A forma mais elevada de pensar no pensar. Quando obtm a quietude e o silncio da mente, o Eu, com todas suas paixes, desejos, apetncias, temores, afetos, etc., se ausenta. Somente em ausncia do Eu, pode a essncia da mente (BUDDHATA) despertar para unir-se ao ntimo e nos levar a xtase.

Samael Aun Weor

30

A Dissoluo do Eu

falso, como pretende a escola de magia negra do Subub, que a mnada, ou a Grande Realidade, penetre dentro daquele que ainda no possui os corpos existenciais superiores do Ser

O que entra dentro dos fanticos tenebrosos do Subub so as entidades tenebrosas que se expressam neles com gestos, aes e palavras bestiais e absurdas, essas pessoas so posudas por tenebrosos.

A quietude e o silncio da mente tm um somente objetivo: liberar a essncia da mente para que esta, fundida com a mnada ou ntimo, possa experimentar isso que ns chamamos a verdade.

Durante o xtase e em ausncia do Eu, pode a essncia viver livremente no mundo da nvoa de fogo experimentando a verdade.

Quando a mente se acha em estado passivo e receptivo absolutamente quieta e em silncio, se liberta o Budhata ou Essncia da mente e chega o xtase.

A essncia se acha sempre engarrafada entre o batalhar dos opostos; mas, quando a batalha termina e a quietude e o silncio so absolutos, a Essncia fica livre e a garrafa torna-se pedaos.

Quando vamos praticar a meditao, nossa mente assaltada por muitas lembranas, desejos, paixes, preocupaes, etc.

Devemos evitar o conflito entre a ateno e a distrao. Existe conflito entre a distrao e a ateno quando combatemos contra esses assaltantes da mente. O Eu o projetor de ditos assaltantes mentais. Onde h conflito, no existe quietude nem silncio.

Devemos anular o projetor mediante a auto-observao e a compreenso. Examinem cada imagem, cada lembrana, cada pensamento que cheguem mente. Recordem-se de que todo pensamento tem dois plos: o positivo e o negativo.

Entrar e sair so dois aspectos de uma mesma coisa, o alto e o baixo, o agradvel e o desagradvel, etc., so sempre os dois plos de uma mesma coisa.

Examinem os dois plos de cada forma mental que chegue mente. Recordem-se de que, somente mediante o estudo das polaridades, se chega sntese.

Toda forma mental pode ser eliminada mediante a sntese. Exemplo: assalta-nos a lembrana de uma noiva. bela? Pensemos que a beleza o oposto da feira e que, se em suaSamael Aun Weor

31

A Dissoluo do Eu

juventude bela, em sua velhice ser feia. Sntese: no vale a pena pensar nela, uma iluso, uma flor que se murchar inevitavelmente.

Na ndia, esta auto-observao e estudo de nossa prpria mente chamada PRATYARA.

Os pssaros-pensamentos devem passar pelo espao de nossa prpria mente em sucessivo desfile, mas sem deixar rastro algum.

A infinita procisso de pensamentos projetados pelo Eu, ao fim, se esgota e, ento, a mente fica quieta e em silncio.

Um grande Mestre auto-realizado disse: "Somente quando o projetor, quer dizer o Eu, est ausente por completo, ento, sobrevm o silncio que no produto da mente. Este silncio inesgotvel, no do tempo, o incomensurvel, somente ento chega aquilo que .

Toda esta tcnica se resume em dois princpios: a) Profunda reflexo e b) Tremenda serenidade.

Esta tcnica da meditao com seu no-pensamento pe a trabalhar a parte mais central da mente, a que produz o xtase.

Recordem que a parte central da mente isso que se chama o Budhata, a Essncia, a Conscincia.

Quando o Budhata acorda, ficamos iluminados, necessitamos do despertar do Budhata (a conscincia)

O estudante Gnstico pode praticar sentado ao estilo ocidental ou ao estilo oriental.

aconselhvel praticar com os olhos fechados para evitar as distraes do mundo exterior.

Convm relaxar o corpo evitando cuidadosamente o que algum msculo fique em tenso.

Resulta magnifico saber combinar inteligentemente a meditao com o sonho a fim de que a matria no estorve.

O Budhata, a Essncia, o material psquico, o princpio buddhico interior, o material anmico ou matria prima com a qual damos forma alma.

O Budhata o melhor que temos dentro e acordado com a meditao interior profunda.Samael Aun Weor

32

A Dissoluo do Eu

O Budhata realmente o nico elemento que possui o pobre animal intelectual para chegar a experimentar isso que chamamos a Verdade.

No podendo o animal intelectual encarnar o Ser devido a que ainda no possui os corpos existenciais superiores, quo nico pode praticar a meditao para autodespertar o Budhata e conhecer a verdade.

Jesus, o Divino Mestre cujo natal celebramos neste ano de mil novecentos e sessenta e quatro, disse: "Conheam a Verdade e a Verdade lhes far livres".

Samael Aun Weor

33

A Dissoluo do Eu

9. O xtase

Isan enviou ao mestre Koysen um espelho. Koysen o mostrou a seus monges e disse: "Este o espelho do Isan ou o meu?"

"Se disserem que do Isan, como pode ser que se encontre em minhas mos?" "Se disserem que meu, acaso no lhe recebi que as mos do Isan? Fala, fala, se no o farei pedaos".

Os monges no puderam passar entre esses dois opostos e o mestre tornou pedaos o espelho.

impossvel o xtase enquanto a Essncia esteja engarrafada entre os opostos.

Em tempos de Babilnia, veio ao mundo o Bodhisattwa do Muito Santo Ashiata-Shiemash, um grande Avatar.

O Bodhisattwa no estava cado e, como todo Bodhisattwa, tinha normalmente desenvolvidos os corpos existenciais superiores do Ser.

Quando chegou idade responsvel, chegou ao monte Veziniana e se meteu em uma caverna.

Conta a tradio que fez trs tremendos jejuns de quarenta dias cada um acompanhado de sofrimento intencional e voluntrio.

O primeiro jejum ele dedicou orao e meditao.

O segundo jejum foi dedicado a revisar toda sua vida e as vidas passadas. O terceiro jejum foi o definitivo, foi dedicado a acabar com a associao mecnica da mente, no comeu e somente bebeu gua e cada meia hora se arrancava dois cabelos do peito.

Existem dois tipos de associao mecnica que devem fazer a base dos opostos: a) Associao mecnica por idias, palavras, frases, etc. b) Associao mecnica por imagens, formas, coisas, pessoas, etc.

Uma idia se associa outra, uma palavra outra, uma frase outra e vem o batalhar dos opostos.

Uma pessoa se associa outra, a lembrana de algum vem mente, uma imagem se associa outra, uma forma outra e continua o batalhar dos opostos.

Samael Aun Weor

34

A Dissoluo do Eu

O Bodhisattwa do Avatar Ashiata-Shiemash, sofrendo o inexprimvel e jejuando quarenta dias, mortificando-se espantosamente, consumido em profunda meditao ntima, obteve a dissociao da mecnica mental e sua mente ficou solenemente quieta e em imponente silncio.

O resultado foi o xtase com encarnao de seu real Ser. Ashiba-Shiemash fez na sia uma grande obra fundando monastrios e estabelecendo, em todo lugar, governantes de conscincia acordada; este Bodhisattwa pde encarnar seu Real Ser durante a meditao porque tinha os corpos existenciais superiores do Ser.

Aqueles que no tm os corpos existenciais superiores do Ser no podem obter que a Divindade ou o Ser opere dentro deles ou se encarne mas sim podem liberar a Essncia para que se funda com o Ser e participe de seu xtase.

Em estado de xtase, podemos estudar os grandes mistrios da vida e da morte.

Ter que estudar o ritual da vida e da morte, enquanto chega o Oficiante (o Intimo, o Ser)

Somente em ausncia do Eu, se pode experimentar a dita do Ser. Somente em ausncia do Eu, chega o xtase.

Quando se obtm a dissociao da mecnica mental, vem isso que os Orientais chamam: estalo da bolsa, irrupo no vazio; ento, h um grito de jbilo porque a Essncia (o Budhata) escapou-se dentre a batalha dos opostos e agora participa da comunho dos Santos.

Somente experimentando o xtase, sabe-se o que a verdade e a vida. Somente em ausncia do Eu, gozamos a dita da vida em seu movimento. Somente em estado de xtase, podemos descobrir o fundo significado do natal que, esta noite, celebramos com jbilo em nosso corao.

Quando em estado de xtase estudamos a vida do Cristo, descobrimos que grande parte do drama csmico representado pelo Senhor ficou sem escrever.

Devemos praticar diariamente a meditao Gnstica. Pode-se pratic-la sozinho ou acompanhados.

A tcnica da meditao ensinada nesta mensagem deve estabelecer-se em todos os Lumisiais Gnsticos, como uma obrigao, convertendo ditos Lumisiais em centros de meditao. Todos os irmos gnsticos em grupos, devem sentar-se a meditar.

Todo grupo Gnstico deve praticar esta tcnica da meditao antes ou depois dos rituais.Samael Aun Weor

35

A Dissoluo do Eu

Tambm se pode e se deve praticar a tcnica da meditao em casa, diariamente; quem puder sair de passeio ao campo deve faz-lo para meditar no silncio do bosque.

Apoiados nesta mensagem e com estes ensinamentos, se precisa incluir, dentro da ordem dos Lumisiais Gnsticos, a tcnica da meditao. Entregamos aos Lumisiais a nica tcnica que deve ser aceita por todos os Lumisiais.

falso assegurar que a Grande Realidade possa operar dentro de um indivduo que no possua os corpos existenciais do Ser.

estpido afirmar que a Grande Realidade penetre dentro de algum (como o pretendem os tenebrosos do Subub) para arrojar fora de ns as entidades animais instintivas inundadas que constituem o Eu pluralizado.

Repetimos: A GRANDE REALIDADE NO PODE PENETRAR DENTRO DAQUELES QUE NO POSSUAM OS CORPOS EXISTENCIAIS SUPERIORES DO SER. SOMENTE COM O MAITHUNA (MAGIA SEXUAL), PODEMOS CRIAR OS CORPOS SUPERIORES

EXISTENCIAIS DO SER.

O grande Avatar Ashiata Shiemash pde encarnar-se em seu Bodhisattwa quando este ltimo se achava com a mente em absoluta quietude e silncio; devido ao fato concreto de que j possua os corpos existenciais superiores do Ser, desde antigas reencarnaes.

necessrio tambm esclarecer que, depois do xtase, apesar de receber um tremendo potencial de energia, no, por isso, fica disolvido o Eu, como acreditam equivocadamente muitos estudantes de ocultismo.

A dissoluo do Eu sozinho possvel base de profunda compreenso e incessante trabalho dirio em ns mesmos de instante em instante.

Explicamos tudo isto para que no se confunda a meditao Gnstica com as pratica tenebrosas do Subub e muitas outras escolas de magia negra.

Quando um mstico alcana o xtase, sente, ao retornar ao corpo fsico, a necessidade urgente de criar os corpos existenciais superior do Ser e o indescritvel desejo de dissolver o Eu.

O xtase no um estado nebuloso, mas, um estado de assombro transcendente associado a uma perfeita claridade mental.

Meus irmos; Desejo-lhes Feliz Natal e Prspero ano novo.

Samael Aun Weor

36

A Dissoluo do Eu

Que a estrela de Belm resplandea em seu caminho.

Paz Inverencial!

Samael Aun Weor

Samael Aun Weor

37