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8 VIDA & SAÚDE NATURAL ANIMAIS, CASA E JARDIM | ESTILOS DE VIDA | MEIO AMBIENTE E ECOLOGIA | ALIMENTAÇÃO | SAÚDE E BELEZA NATURAL p Estudos demonstram que 100% do descontentamento dos jovens com o próprio corpo deve-se à insatisfação pela comparação da beleza e corpo ideal. E o resultado desta luta pelo corpo ideal trará um maior ou menor grau de autoestima. Sendo que esta será mais efetiva quanto mais a parecença com os modelos – ser magro e perfeito! Mesmo os rapazes e as raparigas que têm peso normal ou abaixo querem emagrecer. Emagrecer, para eles, significa a possibilidade de atingir a perfeição e, com ela, trazer “sucesso social”, “profissional”, “afetivo” e, principalmente, a não rejeição pela sociedade! Por Rosa Basto * Autoestima ameaçada? A ditadura da beleza (*) Licenciada em Psicologia Hipnoterapeuta Criadora do método Terapia Diamante® Presidente da Associação Internacional de Hipnose Clínica e Terapias Integrativas (AIHCTI) Presença quinzenalmente na TVI com a rubrica “ Curar com a Hipnoterapia” no programa A Tarde É Sua Formadora nacional e internacional de Hipnose Clínica e PNL e Terapia Diamante® www.drarosabasto.com [email protected] Lisboa: 218 222 403 | Porto: 224 017 112

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Estudos demonstram que 100% do descontentamento

dos jovens com o próprio corpo deve-se à insatisfação

pela comparação da beleza e corpo ideal. E o resultado desta luta pelo corpo ideal trará um maior ou menor

grau de autoestima. Sendo que esta será mais efetiva quanto mais a parecença

com os modelos – ser magro e perfeito! Mesmo os rapazes

e as raparigas que têm peso normal ou abaixo querem

emagrecer. Emagrecer, para eles, significa a possibilidade de atingir a perfeição e, com

ela, trazer “sucesso social”, “profissional”, “afetivo”

e, principalmente, a não rejeição pela sociedade!

Por Rosa Basto *

Autoestima ameaçada?

A ditadura da beleza

(*) Licenciada em Psicologia Hipnoterapeuta

Criadora do método Terapia Diamante®Presidente da Associação Internacional de

Hipnose Clínica e Terapias Integrativas (AIHCTI)Presença quinzenalmente na TVI

com a rubrica “ Curar com a Hipnoterapia” no programa

A Tarde É SuaFormadora nacional e internacional de Hipnose

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DISTÚRBIOS E PERTURBAÇÕES

PLANTAS MEDICINAIS QUE REDUZEM AS ADIÇÕES

POR DOCES E O APETITE Muitas vezes, o que causa a adição por doces é um me-canismo de compensação, no qual o consumo do açú-car vai aumentar a serotonina, um neurotransmissor produzido no nosso cérebro que, quando é libertado, nos dá uma sensação de alegria e bem-estar. Esta redu-ção de serotonina pode ser endógena como no caso de algumas depressões mais profundas. Mas, felizmente, muitas vezes, é secundária à produção de cortisol pelas glândulas supra-renais, o que vai de alguma forma faci-litar o tratamento, uma vez que a origem é exógena: o stress. Logo, vamos completar o tratamento para o stress com plantas que agem directamente sobre a produção de serotonina e outros neurotransmissores como a do-pamina ou acetilcolina, reduzindo, assim, a necessidade de comer hidratos de carbono de absorção rápida como bolachas, pão ou bolos.

As plantas aconselhadas são: grifónia; cacau; hoodia; mucuna; garcinia; bodelha; konjac; fi gueira-da-índia;

cenoura; feijoeiro; pimenta de Caiena.

Se tivéssemos de questionar entre beleza e essência, qual delas estaria em van-

tagem? Aparentemente seria a essência, mas nada poderá estar mais errado. A “boa aparência” compreendendo-se beleza, nos nossos dias, está em grande vantagem. Cada vez mais os adolescentes e jovens adultos se afastam da sua autenticidade e se preocupam com a autoimagem – ser bonito – caso contrário sentem-se “rejeitados”. Não que a autoimagem tenha algo de er-rado, até é muito positivo desde que seja em prol do bem-estar próprio, ou seja, de a pessoa se sentir bem com a sua imagem sem que seja para agradar aos outros e isso lhe traga prejuízo ou desconforto. Embora os pais, a boa moral e a religião se preo-cupem em passar a mensagem que o que importa é a essência, essa não é a realidade que nos chega aos consultórios. O tema principal das perturbações liga-das à imagem, nos jovens de hoje, associam-se à falta de au-toestima, gerando complexos de inferioridade, ansiedade, fobias, depressão, entre tantas outras perturbações de igual importân-cia. O que interessa é o imediato

– ser bonito a qualquer custo – se assim não for é como se não se tivesse qualquer tipo de valor na sociedade atual. Ao que parece, o que salta à vista e que pode sa-ciar de imediato os olhares mais indiscretos é o que está a dar! Mas onde está o bom senso de se poder ser “simples e autêntico”?

BELEZA VS. DOENÇAAfi nal, o que é a beleza e qual o preço para a alcançar? Para defi nir beleza e entrar num con-senso, provavelmente este artigo não chegaria. Os gostos são sub-jetivos e, por isso, o que é bonito para um, não o é para outro. A beleza poderá então ser enten-dida como a avaliação que uma pessoa faz sobre determinada coisa. Por isso, a beleza é subjeti-va, íntima e pessoal. No entanto, esta pode ser manipulada pela indústria da beleza, que através dos media, da publicidade, das novelas, das passerelles, levam a crer que beleza e magreza estão diretamente ligadas. Estes tratam de divulgar e propagar os ideais de beleza baseados nos modelos e não na beleza em si mesma. E as vítimas desta propagação são, sem dúvida, os mais novos que se encontram na fase de afi rma-

ção de identidade. Ao tentarem imitar os respetivos modelos, en-tram numa corrida eufórica sem olhar aos meios para atingir o objetivo: ser belo e aceite! Por sua vez, a ditadura da bele-za, governada por uma indústria que só visa lucros, leva o caos a muitos dos seus habitantes. A beleza vende, inspira, é motiva-dora e traz muitas vantagens para aqueles que a promovem e mui-tos prejuízos para quem a segue irrefl etidamente. Atrás dela fi cam os escravos de uma imagem que desejam, mas nunca alcançam. Refi ro-me a todos os jovens, que numa busca indiscriminada de padrões inexecutáveis, trazem às suas próprias vidas doenças que roubam a qualidade de vida e que podem até matar, como ocorre nas perturbações alimen-tares: a anorexia nervosa, buli-mia e as perturbações associadas à imagem como a dismorfofobia corporal.Segundo Alfred Adler (1930), autor da Psicologia de Desen-volvimento Individual, defende que o corpo é a maior fonte de sentimentos de inferioridade na criança, que se vê e sente frágil em relação aos mais crescidos. Sendo que as primeiras observa-

ções e experiências serão funda-mentais para o relacionamento com o próprio corpo no futuro. Pessoas que na infância tiveram maiores difi culdades em aceitar a sua autoimagem, trazem con-sigo um sentimento de baixa autoestima, sensação de “defor-midade/feiura” que os faz agir como se fossem realmente feios e rejeitados. Esta autoimagem inadequadamente mal formada faz com que tenham compor-tamentos distorcidos mediante a forma através da qual se ava-liam. Por este motivo, poder-emos dizer também que beleza é uma questão de imagem e de autoimagem. Esta é mutável e induzida por estímulos ex-ternos, internos, sentimentos e emoções. Será, nesse caso, determinante a forma como a própria pessoa orienta e con-trola todos estes estímulos, sentimentos e emoções para a afi rmação da sua autoestima. Quando a autoestima não é re-forçada durante a infância ou por outros fatores – como por exemplo ambientes sem harmo-nia familiar, instabilidade emo-cional, rejeição, etc. – podem desencadear estas perturbações alimentares e/ou perturbação

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10 VIDA & SAÚDE NATURAL10 VIDA & VIDA & SAÚDE NATURAL

SINAIS DE ANOREXIA• Contagem obsessiva de calorias;• Pular refeições;• Brincar com a comida no prato em vez de comer;• Esconder comida para evitar comê-la;• Mentir quanto a já ter comido numa tentativa de evitar a refeição;• Ingerir apenas um determinado tipo de comida;• Fazer exercício em excesso, particularmente depois de uma refeição ou “para abrir o apetite”;• Perda dramática de peso;• Excessivo interesse em questões relacionadas com peso, imagem corporal e jejum;• Vestir roupa larga ou disforme para esconder o corpo;• Baixos níveis de energia;• Doenças frequentes;• Sono excessivo;• Reduzido ou inexistente apetite sexual;• Tendência para cozinhar para os outros e colecionar receitas, devido à grande paixão pela comida;

• Alguns pacientes têm episódios em que comem compulsivamente, sendo que estes episódios ocorrem geralmente à noite e em segredo. Seguem-se vómitos autoindu-zidos.

DIAGNÓSTICO DA ANOREXIAO diagnóstico é feito por um psiquiatra, pelo facto de se tratar de uma perturbação mental. Segundo o DSM-IV, para que exista diagnóstico, é necessário surgir quatro critérios de diagnóstico:

A. Recusa em manter o peso corporal igual ou acima do mínimo normal adequado à idade e à altura (abaixo dos 85% esperado);B. Medo intenso de ganhar peso ou de engordar, mesmo estando com o peso abaixo do normal;C. Perturbação no modo de vivenciar o peso ou a forma do cor-po, infl uência indevida do peso ou da forma do corpo sobre a autoavaliação ou negação do baixo peso corporal atual;D. Nas mulheres pós-menarca, amenorreia, isto é, ausência de pelo menos três ciclos menstruais consecutivos (obviamente não incluído no diagnóstico masculino).

Nota: Para além destes critérios, é necessário fazer um exame completo para determinar a extensão da respetiva perturbação.

CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS• O início da anorexia nervosa tende a ocorrer entre os 10 e os 30 anos, embora, de acordo com o DSM-IV, a idade de início mais comum seja entre os 14 e 18 anos.• Hipotermia (de até 35º C), edema de membros inferiores, bradicardia, hipotensão e lanudo (aparência de pelos semelhante aos neonatais) que se manifestam, havendo uma série de modifi cações metabólicas.• Alterações eletrocardiográfi cas.• Em casos mais graves pode surgir dilatação gástrica.• Em alguns pacientes, a aortografi a tem mostrado uma síndrome da artéria mesentérica superior.• Os pacientes tendem a ter comportamento obsessivo compulsivo, depressão e ansiedade.

TRATAMENTOTendo em conta as implicações psicológicas e médicas da anorexia nervosa, recomendo um plano de tratamen-to abrangente:• Hospitalização em casos muito graves e estritamente necessário. Quando existem suspeitas de desidratação, inanição e desequilíbrios eletrolíticos podem comprometer a saúde e, em alguns casos, levar à morte.• Terapia individual e familiar.• Acompanhamento por três técnicos de saúde: psiquia-tra, psicólogo e nutricionista.• O acompanhamento psicoterapêutico é fundamental. Através da terapia cognitiva-comportamental, psicoterapia dinâmica, terapia familiar e, ainda, a hipnoterapia. No meu consultório, utilizo mais a hipnoterapia por ser umaabordagem rápida no tratamento. A terapia familiar também é fundamental nestes casos. É feita uma análise à família para melhor ser aconselhada o tipo de terapia para o paciente em questão. É importante conhecer os familiares mais signifi cativos do paciente para melhor se trabalhar o objeto de distúrbio do mesmo. Quando não é possível trabalhar com a família, as questões familiares são levadas para a terapia individual.• Estudos recentes farmacológicos não identifi caram ainda qualquer medicamento para a melhora defi nitiva dos sintomas da anorexia nervosa. Por esse motivo, tem--se dado muito relevo ao apoio psicoterapêutico neste tipo de perturbações.

ANOREXIA NERVOSAA anorexia nervosa, também meramente conhecida como anorexia, é uma perturbação alimentar que estimula na pessoa muito medo de ganhar peso e/ou gordura corporal, levando-a a delimitar a quantidade de comida que ingere de forma implacável. Por vezes, os anoréxicos também fazem exercício em excesso, num esforço de queimar as calorias que ingeriram para não ganharem peso extra. Mesmo quando se abatem fi sicamente, e os outros os acham doentiamente magros, os anoréxicos ainda acham que os seus corpos são muito pesados e continuam a comer tão pouco quanto possível. Infelizmente, sem nutrientes sufi cientes para os alimentar, os órgãos internos de um anoréxico podem falhar, podendo daí resultar a morte. Um anoréxico raramente reconhece a perturbação alimentar e não procura ajuda. Por isso, muitas vezes, são familiares e amigos que suspeitam de anorexia nervosa e o elucidam a procurar ajuda.

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CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS• Episódios recorrentes de compulsão alimentar;• Sentimento de falta de controlo sobre o comer durante esses episódios;• Vómitos autoinduzidos;• Uso de laxantes e diuréticos;• Jejum.

TRATAMENTO E FARMACOLOGIANesta perturbação, verifi camos que o tratamento é mais fácil, mas muito prolongado. A linha psicoterapêutica do tratamento é muito parecida ou quase igual à da anorexia nervosa. Quanto aos fármacos utilizados, os medicamentos antidepressivos têm-se mostrado muito úteis numa fase inicial da perturbação e durante os casos mais difíceis.

DISMORFOFOBIA CORPORALEsta perturbação leva as pessoas a uma visão distorcida e exage-rada da sua imagem e aparência, fi cando obcecadas com caracte-rísticas físicas reais ou pequenas imperfeições aparentes que na cabeça destes pacientes se tornam autênticas monstruosidades. Estas pessoas sofrem imenso, porque não conseguem controlar os pensamentos negativos acerca da sua aparência, mesmo quando os outros garantem que estão óptimos e que a imperfeição é me-nor e impercetível. Não costumam acreditar e chegam a pensar que só dizem isso para lhes agradar. A dismorfofobia corporal é também chamada de síndrome de distorção da imagem. Trata-se de uma perturbação que afeta a perceção e valorização corporal. Estes pacientes preocupam-se de forma exacerbada com um defei-to real ou imaginado na aparência física.

SINAIS E SINTOMAS• Verifi car repetidamente a aparência da parte específi ca em espe-lhos ou outras superfícies refl etoras;• Recusa em tirar fotografi as;• Usar muita roupa, maquilhagem excessiva e chapéus para camu-fl ar a imperfeição;• Usar as mãos ou postura para esconder o defeito;• Rituais elaborados para tratar da aparência;• Pesquisa excessiva sobre a parte do corpo tida como imperfeita;• Procurar cirurgia ou outros tratamentos médicos, apesar das opi-niões ou recomendações médicas contrárias;• Procurar confi rmação acerca do defeito percebido ou tentar con-vencer os outros de que é anormal ou excessivo;

• Evitar circunstâncias sociais em que a imperfeição percebida pode ser notada;• Sentir fobia social por causa do defeito;• As pessoas com dismorfofobia severa podem abandonar a es-cola, deixar o emprego ou evitar sair de casa. Nos casos mais severos podem tentar o suicídio;• Comparar frequentemente a aparência com a de outros.

INDICADORES DE DISMORFOFOBIA CORPORAL

• Sentimentos de desconforto em público;• Preocupação e avaliação da aparência;• Tendência para sobrevalorizar a aparência ao determinar o valor próprio;• Evitamento de circunstâncias sociais e contacto físico com outros;• Alteração excessiva da aparência através de roupa ou cosmé-ticos;• Tendência para verifi car frequentemente a aparência e procu-rar confi rmação junto de outros.

COMPLICAÇÕESEsta perturbação causa quadros de ansiedade e stress, levan-do os pacientes ao evitamento social e consequente prejuízo na vida social, assim como o desempenho escolar e profi ssional. Estes não conseguem conhecer pessoas novas nem fazer ami-gos, devido à difi culdade em se afi rmarem e aceitarem a sua aparência. A dismorfofobia tem ainda o inconveniente de se tornar crónica e trazer outros problemas de saúde mental: de-pressão, isolamento social e uma procura exacerbada por cui-dados médicos desnecessários. Quando muito insatisfeitos (o que acontece facilmente) tendem a procurar a cirurgia plástica num esforço de corrigir ou melhorar uma imperfeição real ou imaginada. Normalmente, nada resolve e sentem-se ainda mais incomodados.

TRATAMENTO E FARMACOLOGIA O tratamento para a dismorfofobia envolve, normalmente, uma abordagem combinada com medicação e psicoterapia. Os an-tidepressivos e a hipnoterapia podem ajudar a superar a obce-cação e ansiedade acerca da sua aparência. Os antidepressivos, numa primeira fase, ajudam a compensar o défi ce da produção de moléculas neurotransmissoras para o alívio dos sintomas da depressão e a psicoterapia com a hipnose tem mostrado bons resultados, levando o paciente a aumentar a segurança e con-fi ança, melhorando a qualidade de vida.

BULIMIA NERVOSAA bulimia nervosa signifi ca compulsão alimentar, ingerindo-se mais alimentos do que a maioria das pessoas em circunstâncias similares e, num período semelhante de tempo, com uma forte sensação de perda de controlo. A bulimia é uma perturbação alimentar mais suave que a anorexia, tendo a particularidade de os seus portadores não esconderem os sintomas como os da anorexia nervosa. A grande diferença entre a bulimia e a anorexia é que a primeira é mais prevalente do que a segunda, e tem melhores resultados terapêuticos.

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DISTÚRBIOS E PERTURBAÇÕES

CONSELHOCaro leitor, ao passar os olhos por este pequeno texto poderá perceber a gravidade destas perturbações mentais e como o pre-ço desta pretensiosa beleza é exageradamente elevada. A morte pode ser o preço mais alto! Se por acaso está a sentir os sintomas aqui descritos deve procurar ajuda o mais rapidamente possível para o estado clínico não se agravar. Se é pai ou mãe de uma pessoa com estes sinais e sintomas, leve o seu/vosso filho a uma consulta, porque estas perturbações não se tratam sozinhas, e só o apoio familiar não é suficiente. O ideal será que num futu-ro próximo as pessoas estejam suficientemente elucidadas, para que ensinem as crianças a ter uma elevada autoestima e uma boa formação de autoimagem. Talvez os valores que outrora eram tão valorizados possam agora ser instaurados, fomentando a possibilidade de que ser-se “simples e autêntico” volte a ser um grande princípio a ser defendido! Deixo algumas dicas que poderão ajudar a melhorar a autoes-tima:

• Procure a autoestima dentro de si. Comprar algo caro ou adquirir um carro novo pode trazer prazer momentâneo, mas não recuperam a autoestima;• Procure o autoconhecimento. Quais são as suas qualidades? Os seus pontos fortes? Quais são os seus limites? Como é que isso o preocupa e o que faz perante esses limites?;

• Pratique a autoaceitação incondicional. Incondicional não significa “passivo”. Mesmo que tenha défices em alguns assuntos, isso não o desqualifica enquanto pessoa. Auto- aceitação incondicional significa ser a sua “melhor amiga”, mesmo não sendo perfeita;• Se não está satisfeita com os seus défices, pare de se lamentar e faça. Transforme os lamentos em ação. Estabe-leça metas viáveis e lute por elas. Prossiga e não se compare com ninguém;• Diga “não” ao perfeccionismo;• Faça o melhor que puder;• Procure melhorar sempre, mas assuma o risco do erro. Erros não são insucessos, são oportunidades de aprendizagem;• Cultive a assertividade. A capacidade de expressar os seus direitos, sentimentos e emoções sem hostilidade e tendo em conta o direito do outro. Desenvolva a empatia. Procure colocar-se no lugar do outro. Trabalhe a capacidade de dizer “não” sem se sentir culpada;• Redescobrir a autoestima é, habitualmente, um processo longo, mas que vale a pena;• Caso estes conselhos lhe pareçam difíceis, não se envergo-nhe! Procure ajuda.

Fonte: Neuronews

QUESTIONÁRIO DE AVALIAÇÃO DA AUTOESTIMAApresento uma série de frases que se referem a si e à sua forma de pensar. Leia, atentamente, cada uma delas e assinale “sim” se coincidir com a sua forma de pensar e “não” em caso contrário. É importante que seja sincera.

Avaliação das respostasCada resposta “sim” vale um ponto nos itens: 1, 4, 5, 7, 10, 11, 13, 15 e 17.Cada resposta “não” vale um ponto nos itens: 2, 3, 6, 8, 9, 12, 14, 16.

CorreçãoAs pontuações que oscilam entre 0 e 17: 0 – 5 Autoestima baixa6 – 10 Autoestima média11 – 17 Autoestima alta

1. Penso que tenho mais qualidades que defeitos.2. Creio que a maioria das pessoas são melhores do que eu.3. Estou descontente comigo mesmo(a).4. Sinto-me muito confiante.5. Os meus companheiros estimam-me.6. Não sirvo para nada.7. Geralmente, os professores gostam de mim.8. Ninguém gosta de mim.9. Sou uma pessoa com pouco valor.10. Considero-me tão inteligente como os meus companheiros.11. Sinto-me muito autoconfiante.12. Não sou capaz de resolver os meus problemas.13. Considero-me atraente.14. É frequente não ser capaz de enfrentar as dificuldades.15. Por vezes, sinto-me orgulhoso(a) dos meus sucessos.16. Pensam que sou parvo(a).17. Sinto-me satisfeito comigo mesmo(a).

Sim Não

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