A Doutrina Do Espírito Santo

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A Doutrina do Espírito Santo (Estudo Bíblico) A DOUTRINA DO ESPÍRITO SANTO (Parakletologia). Leitura Bíblica: João 14.15-17; 16.5-16. Introdução: O estudo sobre a “Doutrina do Espírito Santo”, ministrado de forma sistemática é sem sombra de dúvidas importantíssimo, empolgante e reavivador. Espero que o Senhor nos conceda momentos de grande despertamento espiritual, um melhor entendimento sobre a pessoa do Espírito Santo, seus atributos e operações na vida da Igreja. Anseio que o Espírito Santo encontre em nós a disposição para vivermos profundas experiências com Ele e assim possa manifestar em nós o seu poder. Vivemos dias em que muito se fala sobre avivamento, renovação, e até mesmo sobre o Espírito Santo, mas por outro lado nunca se viu tanta “indigência espiritual”, manifestações fraudulentas, marketing religioso e tanta propaganda enganosa. É tempo mais que nunca de seguirmos o exemplo do profeta Habacuque registrado em seu livro 3:2 “Tenho ouvido, ó SENHOR, as tuas declarações, e me sinto alarmado; aviva a tua obra, ó SENHOR, no decorrer dos anos, e, no decurso dos anos, faze-a conhecida; na tua ira, lembra-te da misericórdia” . Com exceção das epístolas II e III João todos os livros do Novo Testamento contêm referências à promessa do derramamento do Espírito Santo. No entanto é reconhecida como a doutrina mais negligenciada. O formalismo e um medo indevido do fanatismo têm provocado uma reação contra a ênfase do Espírito Santo na experiência pessoal. Não pode haver cristianismo sem o Espírito Santo. Somente Ele pode fazer real o que a obra de Cristo possibilitou. Este estudo com certeza irá nos auxiliar a conhecermos melhor sobre o Espírito Santo e suas atuações. I – O que é Parakletologia Em Jo 14.16 encontramos que Jesus ao se referir ao Espírito Santo utilizou a expressão “outro consolador”. A palavra “outro”usada por Jesus no grego “allos” significa “outro do mesmo tipo” e a palavra “Consolador” no grego “parakletos (παρáκλητος)”, literalmente, “chamado para o lado de alguém”ou seja, para ajuda. Era usado em um tribunal para denotar o assistente legal, conselho para a defesa,

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A Doutrina do Espírito Santo (Estudo Bíblico)

A DOUTRINA DO ESPÍRITO SANTO (Parakletologia).

Leitura Bíblica: João 14.15-17; 16.5-16.

Introdução:

O estudo sobre a “Doutrina do Espírito Santo”, ministrado de forma sistemática é sem sombra de dúvidas importantíssimo, empolgante e reavivador.Espero que o Senhor nos conceda momentos de grande despertamento espiritual, um melhor entendimento sobre a pessoa do Espírito Santo, seus atributos e operações na vida da Igreja. Anseio que o Espírito Santo encontre em nós a disposição para vivermos profundas experiências com Ele e assim possa manifestar em nós o seu poder.Vivemos dias em que muito se fala sobre avivamento, renovação, e até mesmo sobre o Espírito Santo, mas por outro lado nunca se viu tanta “indigência espiritual”, manifestações fraudulentas, marketing religioso e tanta propaganda enganosa.É tempo mais que nunca de seguirmos o exemplo do profeta Habacuque registrado em seu livro 3:2 “Tenho ouvido, ó SENHOR, as tuas declarações, e me sinto alarmado; aviva a tua obra, ó SENHOR, no decorrer dos anos, e, no decurso dos anos, faze-a conhecida; na tua ira, lembra-te da misericórdia” .Com exceção das epístolas II e III João todos os livros do Novo Testamento contêm referências à promessa do derramamento do Espírito Santo. No entanto é reconhecida como a doutrina mais negligenciada.O formalismo e um medo indevido do fanatismo têm provocado uma reação contra a ênfase do Espírito Santo na experiência pessoal. Não pode haver cristianismo sem o Espírito Santo. Somente Ele pode fazer real o que a obra de Cristo possibilitou. Este estudo com certeza irá nos auxiliar a conhecermos melhor sobre o Espírito Santo e suas atuações.

I – O que é Parakletologia

Em Jo 14.16 encontramos que Jesus ao se referir ao Espírito Santo utilizou a expressão “outro consolador”. A palavra “outro”usada por Jesus no grego “allos” significa “outro do mesmo tipo” e a palavra “Consolador” no grego “parakletos (παρáκλητος)”, literalmente, “chamado para o lado de alguém”ou seja, para ajuda. Era usado em um tribunal para denotar o assistente legal, conselho para a defesa, defensor, advogado. Então,  em geral, aquele que pleiteia a causa de outrem, intercessor, advogado e em sentido mais amplo, significa “ajudador, auxiliador, consolador”.

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Parakletologia, portanto deriva-se da palavra grega “parakletos” e pode ser definida como a ciência que estuda acerca do Espírito Santo. Esta por sua vez, divide-se, no estudo da Bíblia em dois períodos: O do Antigo Testamento e do Novo Testamento.

II – Paralelo sobre o Espírito Santo no Antigo Testamento e no Novo Testamento:

· No primeiro as atividades e as manifestações do Espírito Santo eram esporádicas, específicas e em tempos distintos.· No segundo, tem sua maior ênfase após o dia de pentecostes, quando suas atividades se concretizam direta e continuamente, através da Igreja.· No Antigo Testamento Ele se manifestava em circunstâncias especiais.· No Novo Testamento, veio para morar nos corações dos crentes e enche-los do seu poder.· No Antigo Testamento tinha-se um conhecimento limitado do Espírito Santo, pois, o viam como um poder impessoal vindo da parte de Deus.· Porém, no Novo Testamento essa idéia foi aclarada quando Ele manifestou de modo pessoal, racional e direto, ainda que invisível.O Espírito Santo no Antigo Testamento O Espírito Santo no Novo TestamentoAtividade e manifestações esporádicas, específicas e em tempos distintos. Após o dia de pentecostes suas atividades se tornaram diretas e continuas através da Igreja.Manifestava em circunstâncias especiais. Veio para morar nos corações dos crentes e enche-los do seu poder.Tinha-se um conhecimento restrito, limitado sobre o Espírito Santo, pois, viam-no como um poder impessoal vindo de Deus. O conhecimento foi aclarado pela sua manifestação de modo pessoal, racional, direto, ainda que invisível.Era dado por medida, e para fins específicos. É derramado abundantemente sobre todos os salvos que o buscam.

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III- A palavra espírito nas línguas originais

No Antigo Testamento, a língua hebraica a traduz com “rûah”, que significa essencialmente, “respiração, ar, força, vento, brisa, espírito, ânimo, humor, Espírito”.No Novo Testamento, escrito na língua grega a palavra para espírito é “pneuma”, que denota primariamente “vento”; também “respiração”; então, especialmente “espírito”, que como o vento, é invisível, imaterial e poderoso.Tanto “rûah” como “pneuma” podem referir-se ao Espírito Santo, ao espírito humano, aos anjos e até mesmo aos espíritos imundos, daí a necessidade do cuidado redobrado ao analisarmos os textos em que elas se apresentam.Vejamos alguns exemplos de passagens Bíblicas empregando estas palavras com sentidos diferentes:

Rûah   Pneuma► Gênesis 1:2     ► Mateus 12:45► Gênesis 6:3   ► Lucas 1:47► Gênesis 41:8   ► Lucas 4:14► Gênesis 45:27 ► Atos 16:16► Jó 4:15   ► Romanos 8:16

 Tanto na interpretação de textos como na experiência do dia a dia cabe-nos observar o conselho do “Apóstolo do Amor” registrado em I Jo 4.I “Amados, não creiais em todo espírito, mas provai se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo”.

IV -  A deidade do Espírito Santo

1 O Espírito Santo é Deus; At 5.3-4

A deidade do Espírito Santo está implícita na do Pai e do Filho. Ela é a mesma nas três pessoas. Não se separa, mas pertence à mesma essência divina do único Deus.

2 O Espírito Santo possui atributos divinos

A- Eternidade:  Hb 9.14.

B- Imutabilidade: Ml 3.6; Hb1.11. Este atributo não exclusivo de uma pessoa da trindade, mas pertence as três.

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C- Onisciência: Provém da fusão de duas palavras latinas “omnes” que significa “tudo”e “scientia” que quer dizer ciência, ou conhecimento. O Espírito Santo, do mesmo modo que o Pai e o Filho, tem total conhecimento de todas as coisas, Sl 139.2-3; conhece todos os homens, I Rs 8.39; Jr 16.17.

D- Onipotente:  Lc 1.35; At 1. 8; Rm 15.19.

E- Onipresença: O Espírito Santo penetra em todas as coisas e perscruta o nosso entendimento, pois, está presente em toda a parte. Ele não se divide em várias manifestações, porque sua presença é total em todos os lugares; Sl 139.7-10; Jr 23.23-24.

3 O Espírito Santo realiza trabalhos divinos

A- Ele pairava por cima da face das águas e participou da glória da criação, Jó 26.13; Gn 1. 2,9,10; Cap. 2.7; II Pd 3.5; Sl 139.15.16.

B- O Espírito Santo criou e sustenta o homem; Jó 33.4. Toda a pessoa, seja ou não, servo de Deus, é sustentada pelo poder criativo do Espírito Santo de Deus, Dn 5.23; At 17.28. A existência do homem é como o som da tecla do piano que dura tão somente enquanto o dedo do artista está sobre a mesma.

C- O Espírito Santo levantou a Cristo da morte mediante a ressurreição e de igual modo será o agente na ressurreição dos salvos em todo o mundo, Rm 8:11.

D- O Espírito Santo transforma em nova criatura, Jo 3.3-8. O Espírito Santo desenvolve uma relação pessoal com a criatura humana, nas esferas da mente, da vontade, e dos sentimentos, que por sua vez se ligam diretamente com a alma, onde Ele atua. Depois de convence-la, o espírito humano torna-se acessível ao Espírito Santo. Vejamos:

· Na esfera da mente: O Espírito Santo opera com o objetivo de convencer intelectualmente, através das escrituras.

· Na esfera do sentimento: O Espírito Santo opera nesta esfera levando o pecador a desejar possuir e sentir o que lhe é apresentado.

· Na esfera da vontade: É aqui nesta esfera que o Espírito Santo promove a decisão do pecador, se ele estiver convencido da verdade divina em sua mente e em seu coração.

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V – O Espírito Santo de Forma Pessoal

1 O Espírito Santo exerce atributos de uma personalidade

· Intelecto,  Rm 8.27.· Vontade, I Co 12.11.· Sentimento,  Ef 4.30, Tg 4.5.

2 O Espírito Santo exerce atividades pessoais

· Revela,  II Pd 1.21.· Ensina,  Jo 14.26; ! Co 2.13.· Clama,  Gl 4.6.· Intercede,  Rm 8.26.· Fala,  Ap 2.7; At 13.2.· Ordena,  At 16.6-7.· Testifica,  Jo 15.26.

3 O Espírito Santo é susceptível ao trato pessoal

· Sofre oposição, At 7.51; I Ts 5.19.· Ele não deve ser entristecido, Ef 4.30.· Contra Ele não se deve proferir mentira, At 5.3.· Contra Ele não devemos blasfemar, Mt 12.32.

VI – Nomes que identificam o Espírito Santo

1 Espírito de Deus   (I Co 3.16; I Jo 4.2).

O Espírito Santo é o Executivo da Divindade, operando em todas as esferas, tanto física, como moral. Por intermédio do Espírito Santo, Deus criou e preserva o universo. Por meio do Espírito – “o dedo de Deus” Lc 11.20, Deus opera na esfera espiritual, convertendo os pecadores, santificando e sustentando os crentes.Os dois nomes “Espírito” e “Deus” indicam o que é e o que faz. O primeiro, indica a terceira pessoa da trindade, e o segundo revela sua deidade, Gn 1.2; I Co 2.11.O Espírito é chamado Deus, porque a divindade pertence às três pessoas da Trindade. Intitula-se Espírito de Deus, porque é enviado pelo Pai. Ele é a sua promessa, Jo 15.26; At 1.4.A importância deste nome é a identificação e a declaração de que o Espírito é Deus

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visto que procede do Pai.

2 Espírito de Cristo     (Rm 8.9).

É interessante saber que esta passagem fala de dois títulos: “Espírito de Deus” e “Espírito de Cristo”. No primeiro, Ele se identifica com a primeira pessoa da Trindade, o Pai, e no segundo, relaciona-se com a segunda pessoa, Cristo, nome de ofício divino e ministerial que significa “Ungido” ou “Messias”.A relação entre Cristo e o Espírito Santo revela-se nas obras efetuadas por Jesus, mas efetivadas pelo Espírito Santo na experiência humana.Não há nenhuma distinção especial entre os termos:  “Espírito de Deus” e “Espírito de Cristo” e “Espírito Santo”, há somente um Espírito Santo, da mesma maneira como há um Pai e um Filho, ( I Co 12.11).O Espírito Santo possui muitos nomes que descrevem seus diversos ministérios.Por que o Espírito Santo é chamado de Espírito de Cristo?

A- Porque Ele foi enviado em nome de Cristo, Jo 14.26.B- Porque Ele é o Espírito enviado por Cristo, Jo 16.7.C- Porque Ele só habita na vida daqueles que crêem em Cristo, Jo 7.38-39.D- Porque é Cristo quem batiza com o Espírito Santo, Mt 3.11.E- O Espírito Santo é chamado de “Espírito de Cristo” porque sua missão especial é glorificar a Cristo, Jo 16.14. Ver Gn 8.14 ( A pomba é símbolo do Espírito Santo, a oliveira é símbolo de Cristo. O Ramo da oliveira indicava vida).F- O Cristo glorificado está presente na igreja e nos crentes pelo Espírito Santo, I Jo 4.13.G- Ele infunde a vida do Salvador na existência do pecador, através da regeneração, II Co 5.17.H- O Espírito Santo desenvolve na vida dos cristãos as características pessoais de Cristo, Gl 5.22; I Co 2.14-16.

3 Espírito do Senhor    (At 8.39; II Co 3.17.18).

O Espírito Santo quando se apresenta como o “Espírito do Senhor”, revela o senhorio do Deus Todo-Poderoso. A Palavra “Senhor”não se restringe a uma pessoa, mas às três da Trindade. Quando o Espírito do Senhor se manifesta na vida do Cristão, ou de modo geral na Igreja, significa que Ele quer exercitar seu senhorio.

4 Espírito Santo      (Rm 1.4).

Assim é chamado porque é Santo e santificar é sua obra principal, Rm 1.4.Necessitamos dum salvador por duas razões: Para fazer alguma coisa por nós, e para realizar algo em nós. Jesus fez o primeiro ao morrer por nós, e o pelo Espírito

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Santo ele habita em nós, transmitindo às nossas almas a sua vida divina.O Espírito Santo veio para reorganizar a natureza do homem e para opor-se a todas as tendências más.Este título é o mais conhecido e usado principalmente pela Igreja, desde a sua fundação. A Santidade é um estado eterno que pertence às três pessoas da Trindade.O Espírito Santo é o agente da santificação e por isso é chamado Santo. Esta palavra está implícita em sua natureza divina, e manifesta-se como uma qualidade sobre os que são santificados, I Ts 4.7,8.O profeta Isaías relata a visão do trono de Deus e ouve os serafins pronunciarem: Santo, Santo, Santo em alusão às três pessoas da Trindade, Is 6.3. João na Ilha de Patmos ouve o mesmo louvor, Ap 4.8.A missão do Espírito Santo não é só a de proclamar e revelar a santidade de Deus, mas, sim, a de santificar, como o seu próprio nome indica.Uma de suas atribuições é a de limpar e purificar com o Espírito de ardor e de Justiça, Is 4.4 ( Ver na versão R.A).O Espírito de santificação manifesta-se contra tudo o que é pecaminoso, sujo e abominável, e com o “Espírito de ardor” queima as escórias e faz juízo.A santidade de Deus é eterna e imutável. O Espírito é santo por si mesmo e produz a santificação, uma necessidade contínua do homem enquanto estiver sob o jugo do pecado. Por isso, o apóstolo Pedro escreve sobre este tema em I Pd 1.14-16.

5 Espírito da Graça   (Zc 12.10; ; Hb 10.29)

O Espírito da Graça, dá graça ao homem para que se arrependa, quando peleja com ele. Ele concede o poder para a santificação, perseverança e serviço. É Ele quem convence o mundo do pecado da justiça e do juízo, Jo 16.8-10, e manifesta a graça (favor imerecido, benevolência) ao pecador.O Espírito da Graça opõe-se ao espírito do pecado, manifestação virulenta que escraviza e desvia o homem de Deus.Resistir o chamado do Espírito da Graça significa insultar a Deus e desprezar a sua disposição de libertar e salvar o pecador; Hb 10.29.Aquele que trata com despeito ao Espírito da Graça afasta aquele que é o único que pode tocar ou comover o coração, e assim, separa a si mesmo da misericórdia de Deus,

6 Espírito de Adoção   (Rm 8.15-16).

Adoção é a aceitação voluntária e legal de uma criança como filho. Era freqüente entre os antigos hebreus, gregos e romanos, o adotar uma criança, que era entregue voluntariamente por uma família, e incorporada a outra.Fazia-se também a adoção de escravos , os quais, depois de um certo tempo eram

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aceitos com todos os direitos legais daquela família.No plano espiritual, éramos escravos e estávamos sob o jugo do “espírito de servidão”, Rm 8.15-16, mas quando a pessoa é salva, não somente lhe é dado o nome de filho de Deus, e adotado na família divina, como também recebe dentro da sua alma o conhecimento de que participa da natureza divina, Jo 1.12-13; I Jo 3.1.

7 Espírito da Promessa   (Ef 1.13).

O texto revela que ele é o Espírito da Promessa porque sua vinda cumpriu a determinação divina para o dia do Pentecostes e para o ministério de Cristo, anunciado por  Jl 2.28; Ez 39.29; Ez 36.27 e reafirmado por Jesus como a “Promessa do Pai”, Lc 24.49; At 1.4.Uma das funções do Espírito da Promessa é selar e confirmar a promessa do Pai e do Filho, II Co 1.22.Ele se identifica como o “penhor da nossa herança” adquirida pelos méritos de Cristo, que se constitui em garantia da herança, no futuro. O Selo comprova a autenticidade da promessa que é o próprio Espírito Santo, Ef 4.30.

8 Espírito da verdade     ( Jo 14.17; 15.26; 16.13).

Quando Ele se manifesta como Espírito da Verdade, revela-se como a expressão exata do que o evangelho apresenta. Cristo declarou: “Eu sou o caminho, e a verdade e a vida”, Jo 14.6. Por isso o Espírito Santo testifica Dele.O propósito da encarnação foi revelar o Pai; a missão do Espírito Santo é revelar o Filho. Ele não oferece uma nova e diferente revelação, mas sim abre as mentes  dos homens para viverem o mais profundo significado da vida e das palavras de Cristo. A igreja de Cristo é chamada da coluna e firmeza da verdade, I Tm 3.15, construída pelo Espírito Santo.

9 Espírito de Glória    (I Pd 4.14)

A palavra “Glória”na linguagem bíblica, tem o sentido de caráter. Não é simples resplendor, brilho, fama, celebridade, renome, reputação, típicos da majestade humana. O Espírito de Glória não se manifesta para tornar alguém famoso, brilhante ou célebre. Do ponto de vista divino, glória tem a ver com o que revelamos em nosso caráter cristão.Em relação ao Espírito Santo, a Bíblia o apresenta como o que não falaria de si mesmo, Jo16.13, mas de Cristo. Demonstraria a glória de Cristo, manifestada em bondade, perdão, amor, santidade e justiça.Para o viver cristão, o caráter de Cristo é o modelo ideal e é o Espírito de Glória quem revela tudo. É o Espírito Santo quem produz no crente um caráter parecido com o de Jesus Cristo, II Co 3.18. Sua glória é como o espelho que nos mostra o que

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somos.

10 Espírito da vida   (Rm 8.2)

O Espírito Santo é aquela pessoa da Divindade cujo ofício especial é a criação e preservação da vida natural e espiritual, Jó 33.4; Gn 1.2, 26.Toda a pessoa, seja ou não servo de Deus, é sustentada pelo poder criativo do Espírito Santo de Deus, Dn 5.23; At 17.28.A existência do homem é como o som harmônio que dura tão somente enquanto o dedo do artista está sobre a mesma, Rm 8.11.

VII – O Espírito Santo e a liguagem dos símbolos

Os símbolos contribuem para o conhecimento da verdade. Falam da diversidade de operações do Espírito Santo, sem afetar a sua unicidade e a sua imutabilidade.De fato eles representam as características da natureza do Espírito Santo.São modos especiais para compreendermos as suas operações, representadas por coisas do mundo físico.

1 Pomba  ( Jo 1.32-33 ).

Na simbologia Bíblica esta ave identifica vida, paz, comunicação, expiação e poder. Possui assas fortes e largas. É graciosa, e, em sua maioria, mansa e sociável. Adapta-se facilmente à vida doméstica.Deus o Criador, sábio nas relações com suas criaturas, utiliza os recursos do conhecimento humano para falar sobre o mundo espiritual.Foi Ele quem primeiro usou a pomba como símbolo do seu Espírito, Jo 1.32-33. João Batista entendeu que o Espírito Santo manifestava-se em forma de uma pomba, pó isso, não teve dúvida do fato. Aquela visão foi real e constituiu-se em um sinal que o convencia de que Aquele era de fato, o Filho de Deus.Esta forma pela qual o Espírito Santo se apresentou no batismo em águas de Jesus, não estabelece dificuldade doutrinária. A Terceira pessoa da Trindade não precisa de forma corpórea, pois, é Espírito, Jo 4.14; II Co 3.17. Ele apenas se configurou aos olhos de João Batista para mostrar o Messias prometido por Deus. Vejamos algumas características da pomba que testificam as ações do Espírito Santo.

A – Movimento.

O Espírito Santo manifesta-se através da dinâmica de seus movimentos. Ele atua sobre o mundo da mesma forma como “movia sobre as águas”, Gn 1.2 que simbolizam a humanidade, e opera para convence-la do pecado, da justiça e do

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juízo, Jo 16.8-10. Ele se move no seio da igreja para dinamizar a vida dos crentes.A pomba é uma ave inquieta, seus movimentos falam de vida, força e ação.

B – Vida.

O Espírito Santo transmite e simboliza a vida, Rm 8.2,11; II Co3.6. O pecador está morto, mas o cristão é vivificado, Ef 2.1. No dilúvio, Noé e sua família entraram na arca para se salvarem das águas. Muitos dias depois, ele soltou um corvo, que ia e voltava, até não retornar mais. Depois enviou uma pomba que, não encontrando lugar para pousar, voltou. Ao regressar trouxe no bico uma folha de oliveira, Gn 8.6-12. Este episódio simboliza o papel do Espírito Santo no mundo. O corvo é carnívoro e vive muito bem onde há morte. A pomba é o símbolo da vida, da pureza e por isso retornou á arca. Jesus é a oliveira, Rm 11.17.

C – Simplicidade

Jesus disse: “Sede prudentes como as serpentes e símplices como as pombas”, Mt 10.16, Ele conhecia a natureza desta ave; por isso, comparava-a à simplicidade. Isto fala de pureza da mente, sem a malícia do mundo. Só um coração despido de presunção e de vaidade recebe o Espírito Santo.Simplicidade é o estado e a atitude de quem é simples, e possui a pureza de propósitos. A pomba possui estas características. O Espírito Santo inspira estas características de simplicidade nos cristãos para que vivam numa dimensão mais pura e acessível a Deus.

D – Mansidão

O salmista almejou no Sl 55.6-7 ter asas como de pomba para fugir para longe e pernoitar no deserto, onde há paz e mansidão. O espírito Santo é manso e habita em corações puros. Ele não reside onde existe tumulto e violência porque é terno e gracioso. Um dos frutos que o Espírito Santo Gera na vida do crente é a mansidão, Gl 5.22.

E – Pureza

Como aquela pomba que retornou a Noé porque não encontrou lugar entre os mortos do dilúvio, Gn 8.8-9, assim é o Espírito Santo, não pode habitar onde há impureza,

F – Paz

Já é tradicional a ilustração da paz, simbolizada pela pomba. Onde o Espírito Santo

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está existe quietude. Sua presença em nós produz a tranqüilidade do perdão dos pecados, como declara a Bíblia: “Sendo pois justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo”, Rm 5.1A unção do Espírito Santo na vida do crente o habilita tanto a ter paz, Gl 5.22, como também a promover a paz aos corações contritos, Lc 4.18-19.

G – Sensibilidade

A pomba é uma ave sensível, ela foge ao perceber o perigo. Da mesma forma quando pecamos o Espírito Santo se entristece. A pomba é uma ave que se amedronta facilmente. Se houver algum tipo de ameaça à sua vida ou ao seu ninho, ela o abandona imediatamente. Também se houver atitude irreverente à presença do Espírito Santo, ele se afasta, podendo se evadir, ou até mesmo ser extinto da vida do crente, I Ts 5.19. ( Ver Jz 16.20; I Sm 16.1, 14 )Davi sabia que o Espírito Era sensível e não convivia com o pecado, Sl 51.11.

2 Fogo   ( Mt 3.11; Lc 3.16; Is 4.4 )

O fogo ilustra a limpeza, a purificação, a intrepidez ardente, e o zelo produzido pela unção do Espírito Santo.O Espírito Santo é comparado ao fogo porque este aquece, ilumina, espalha-se, purifica. O fogo representado pelo Espírito Santo tem o sentido de “poder que penetra e purifica” os mais duros dos metais.O ouro por exemplo, quando sai do crisol, expele toda a impureza e torna-se o mais valioso de todos os metais.No dia de pentecostes esse fogo manifestou-se sobre os discípulos sem destruí-los, antes purificou das impurezas. Lembremo-nos que no mesmo dia dois elementos da natureza, o vento (som como)e o fogo (línguas como), manifestaram-se como símbolos da obra do Espírito Santo, At 2.2-3.

3 Vento   ( Ez 37.7-10; Jo 3.8; At 2.2)

O vento simboliza a obra regeneradora do Espírito Santo e, é indicativo da sua misteriosa operação independente, penetrante, vivificante e purificante.O vento também produz refrigério. Como é bom ao andarmos sob o calor escaldante depararmos com o assoprar do vento, trazendo-nos o seu refrescor e dando-nos ânimo para prosseguirmos em nossa caminhada. Assim também o Espírito Santo com a sua brisa de consolo, ânimo e coragem, nos conduz à vitória por Cristo Jesus Nosso Senhor.

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4 Água  ( Ez 36.25-27; 47.1-5; Jo3.5; 4.14; 7.38-39 )

O Espírito é a fonte da Água viva, a mais pura, e a melhor porque Ele é um verdadeiro rio da vida, inundando as nossas almas e limpando a poeira do pecado. O poder do Espírito opera no reino espiritual o que a água faz na ordem material.A água purifica, refresca, sacia a sede, e torna frutífero o estéril. Ela purifica o que está sujo e restaura a limpeza.

5 Selo   ( Ef 1.13; II Co 1.22 )

Essa ilustração exprime os seguintes pensamentos:A –  Possessão. A impressão dum selo dá a entender uma relação com o dono do selo, e, é um sinal seguro de algo que lhe pertence. Os crentes são propriedade de Deus, e sabe-se que o são pelo Espírito que neles habita. O seguinte costume era comum em Éfeso no tempo de Paulo. Um negociante ia ao porto e então a marcava com seu selo, um sinal de reconhecimento da possessão.B -  A idéia de segurança . Também está incluída, Ef 1.13 vide Ap 7.3 O Espírito inspira um sentimento de segurança e certeza no coração do crente, Rm 8.16.  Ele é o penhor ou primícias da nossa herança celestial, uma garantia da glória vindoura.

6 Azeite O azeite é talvez o símbolo mais comum e mais conhecido do Espírito Santo. Quando se usava o azeite no ritual do antigo Testamento, falava-se de utilidade, frutificação, beleza, vida, e transformação. Três verdades sublimes estão relacionadas com o azeite:A- Alegria Sl 23.5; Is 61.3; At 13.52.B- Consolo  At 9.31; Jo 14.16; Lc 10.34.C- Alimento para as lâmpadas  Mt 25.1-10.

7 Chuva  (Tg 5.7)

Chuva nos fala de regar uma terra seca, é isto que o Espírito Santo faz no coração do homem, rega o endurecido coração e o torna mole para receber a graça salvadora de Cristo, Sl 68.9; 72.6; 107.35.

Conclusão

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Amados, chegamos não ao término, mas a uma vírgula desta infindável e edificante matéria e espero que tenha enriquecido não só os seus conhecimentos acerca do Espírito Santo, mas também, que tenha aumentado consideravelmente a sua experiência com Ele. Que seu desejo em se tornar cada vez mais cheio do Espírito Santo se cumpra a cada dia, até a vinda de Cristo Jesus. Ressalto que dentro desta matéria estudaremos ainda sobre o batismo com Espírito Santo e sobre os dons espirituais que estão divididos em duas apostilas.Deixo aqui como advertência que sigamos o exemplo do profeta Ezequiel narrado no capítulo 47 do livro de mesmo nome, onde o profeta não se conteve em ficar apenas às margens do rio das “Águas Purificadoras”antes, entrou até não poder passar a vau e então teve que nadar.Não contente em estar apenas a margem do “Oceano do Espírito” com o conhecimento que você adquiriu sobre Ele. Vá mais longe. Mergulhe. Tome posse da unção e seja um poderoso instrumento nas mãos do Senhor. Viva na unção. Amém ! ! !

Através do Fruto do Espírito Santo o caráter de Cristo é novamente formado no homem. O pecado afetou consideravelmente imagem de Deus em nós levando-nos a produzir as obras da carne. (Efésios 2.2,3; Gálatas 5.19-21) Entretanto através do novo nascimento, Cristo é novamente formado em nós e assim somos transformados constantemente de glória em glória, crescendo na graça e no conhecimento de Jesus Cristo. (2 Co 3.17,18) A manifestação do fruto do Espírito Santo diz respeito à nossa santificação. (separação do pecado e consagração a Deus) É através da manifestação do fruto do Espírito Santo que a maturidade espiritual torna-se perceptível. Qualquer novo convertido pode manifestar fruto do Espírito Santo se a sua conversão for realmente autêntica.Na Bíblia, em João 15.1,2 Jesus se expressou assim: “Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o lavrador. Toda a vara em mim, que não dá fruto, a tira; e limpa toda aquela que dá fruto, para que dê mais fruto.” Ele usou a metáfora da videira para comunicar a necessidade de um relacionamento vital entre ele e o crente a fim de que haja a produção do fruto Espírito Santo. Esta é a maneira que evidencia que somos discípulos de Cristo. (Mt 7.16; 5.13-16) É através do fruto do Espírito Santo que Deus é glorificado em nossa vida, e assim muitos são abençoadas através de nosso bom testemunho. (João 15.8) A Bíblia declara que o fruto do Espírito Santo é o amor, o qual foi derramado por Deus em nossos corações (Rm 5.5) Lendo em Gálatas 5.22 verificamos que o fruto do Espírito pode se apresentar de 9 formas distintas:

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1. Amor(gr. ágape) – É o amor divino para com a humanidade perdida. (Jo 3.16) É um amor imutável, sacrificial, espontâneo e que nos leva a amar até os próprios inimigos. (Mt 5.46,48)

2. Alegria (gozo)– é o amor exultante. É uma alegria constante na vida do crente, decorrente de seu bem-estar com Deus. Este amo se manifesta inclusive nas tribulações. (2 Co 7.4; At 13.52)

3. Paz– A paz é o amor em repouso. É uma tranqüilidade íntima e perfeita, independente das circunstâncias. Podemos desfrutar da paz em três sentidos: Paz com Deus (Rm 5.1; Cl 3.15); paz com o próximo (Rm 12.18; Hb 12.14) e a paz interior. A paz que guarda nossos corações e os nossos sentimentos em Cristo Jesus. (Fp 4.7) Os ímpios não tem paz! (Is 48.22)

4. Longanimidade (paciência)– É o amor que suporta a falta de cortesia e amabilidade por parte dos outros. (Ef 4.2; 2 Co 6.4) É a paciência de forma contínua. Paulo reconheceu a paciência de Jesus Cristo para com ele. (1Tm 1.16) Em 2 Coríntios 6.4-6 Paulo fala da muita paciência.

5. Benignidade –É uma forma de amor compassivo e misericordioso. É a virtude que nos dá condições de sermos gentis para com os outros, expressando ternura, compaixão e brandura. A benignidade de Deus na vida de Paulo impediu de o carcereiro de Filipos de suicidar-se. (Atos 16.24-34)

6. Bondade –É a prática do bem, o amor em ação. É ser uma bênção para os outros. (Rm 15.14) e alcança o favor de Deus (Pv 12.2). É o amor generoso e caridoso. Se antes fazíamos o mal agora Cristo nos capacita para sermos bons para com todos.

7. Fé –Não é apenas crer e confiar. É também ser fiel e honesto, pois Deus é fiel. (1 Co 1.9) Através desta virtude o crente se mantém fiel ao Senhor em quaisquer circunstâncias. Descobrimos se temos esta qualidade quando somos desafiados à infidelidade. É o amor em sua fidelidade a Deus. (1 Pe 1.6,7)

8. Mansidão –Virtude que nos torna pacíficos, com serenidade e brandura diante de situações irritantes, perturbadora e desagradáveis. Antes éramos agressivos e nos irritávamos com qualquer coisa que nos contrariava. Jesus falou para aprendermos a mansidão com ele. (Mt 11.29). Ele se conservou manso diante de seu traidor. (1 Pe 2.21-23), e curou a orelha do servo do sumo sacerdote que fazia parte dos que tinham ido prendê-lo. (Lc 22.51) É o amor submisso a Deus.

9. Temperança (Domínio próprio)– Deus respeita o nosso livre arbítrio e por isso não nos domina, mas nos guia na verdade. Além da orientação do

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Espírito Santo contamos com o domínio próprio que atua como um freio contra as paixões da carne as quais vão contra os propósitos de Deus para nossa vida. De vez em quando somos tentados, velhas paixões e coisas ilícitas podem bater à porta de nosso coração (1 Co 10.13 ;2 Pe 2.9) mas através dessa virtude o crente avalia e reconhece que a vontade de Deus é mais importante e assim ele é vitorioso. (Mt 10.37-39). É o domínio próprio que nos aperfeiçoa em santidade, por isso precisamos cultivá-lo (1 Co 6.12; 9.25) É o amor disciplinar de Deus. O domínio próprio envolve todas as áreas de nossa vida: os pensamentos, palavras e atos.

Conclusão: A Bíblia fala de diferentes níveis de frutificação: fruto (Jo 15.2a); mais fruto (Jo 15.2b); muito fruto (Jo 15.5,8) e o fruto permanente (João 15.16) Todos nós que já possuímos uma aliança com Deus fomos designados para darmos o fruto do Espírito Santo afim de que sejamos espirituais e não mais carnais. O caminho para a frutificação é ser sensível à voz do Espírito Santo em nosso interior. É Ele quem nos impulsiona a buscar a plena vontade de Deus para nossa sua vida. (Rm 12.1-2; 2 Co 7.1) Por sua vez a busca pela vontade de Deus envolverá o exercício de nossa fé (fidelidade) e esta opera a maturidade. (Hb 5.14) 

Uma pessoa madura na fé experimenta o melhor de Deus, as coisas excelentes. Em Efésios 5.9,10 lemos: “Porque o fruto do Espírito está em toda a bondade, e justiça e verdade; aprovando o que é agradável ao Senhor. (Efésios 5.9,10). Vejamos a oração de Paulo pelos filipenses: “E peço isto: que o vosso amor cresça mais e mais em ciência e em todo o conhecimento, Para que aproveis as coisas excelentes, para que sejais sinceros, e sem escândalo algum até ao dia de Cristo; Cheios dos frutos de justiça, que são por Jesus Cristo, para glória e louvor de Deus.” (Filipenses 1.9-11) Este é o plano de Deus para a restauração do homem a fim de que este venha a cumprir o propósito para o qual foi criado: glorificar a Cristo.“Por esta razão, pois, te admoesto que reavives o dom de Deus que há em ti pela imposição das minhas mãos.” (2 Timóteo 1.6)

A primeira obra do Espírito Santo na vida do homem é convencê-lo do pecado mostrando-lhe a necessidade de se converter. (Lc 1.14-17) A conversão real se evidencia pela progressiva separação do pecado (santificação) cujo resultado é a manifestação do o fruto do Espírito Santo. É também o Espírito Santo que nos faz ver a grande necessidade de evangelizar o mundo. Entretanto para executar esta nobre tarefa com eficiência precisaremos de poder, ou seja, de unção, em fim da graça de Deus. Daí a necessidade do batismo no Espírito Santo. A palavra batismo vem do grego baptismós e significa imersão de alguma coisa. Neste ato o crente é envolvido, imerso na plenitude do Espírito Santo e assim ele é revestido com poder do alto.

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1. EVIDÊNCIA DO BATISMO NO ESPÍRITO SANTOA principal evidência do batismo no Espírito Santo é o ato de falar em línguas, concedidas pelo próprio Espírito Santo e não por nós mesmos. É uma promessa do Pai para qualquer crente em qualquer época em qualquer lugar. Veja as passagens bíblicas abaixo:

No cenáculo. (At 2.2,3) Na casa de Cornélio. (At 10.44) Na vida de Paulo. (1 Co 14.18)

Antes do Pentecostes, o Espírito Santo havia descido na vida de várias pessoas como João Batista (Lc 1.47), Isabel (Lc 1.41), Zacarias (Lc 1.7) e Simeão (Lc 2.52). Entretanto não há nenhum registro de que algum desses personagens haja falado línguas estranhas. Mas no dia de Pentecostes, o derramamento do Espírito Santo foi assinalado assim: eles falaram em línguas. Em Atos 2.4 lemos: “E todos foram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem.”

2. A FINALIDADE DO BATISMO NO ESPÍRITO SANTO Realizar a obra de evangelização com ousadia, poder e autoridade celestial.

(At 1.8; 4.31,33) Produzir mais conversões. (At 11.24) Dar visão dos perdidos. (At 16.9; At 18.9-11) Proporcionar mais intimidade com Deus e assiste em nossas fraquezas. (1

Co 14.4; Rm 8.26) Preparar-nos para receber dons do Espírito Santo para edificação pessoal e

crescimento da igreja. (1 Co 12-11) Capacitar-nos a desbaratar o inimigo. (2 Co 10.4,5)

3. COMO RECEBER O BATISMO NO ESPÍRITO SANTO Não existem regras específicas para receber o batismo no Espírito Santo, entretanto podemos desenvolver algumas atitudes essenciais em relação a esta bênção:

Obedecer a Palavra. (At 5.32) Desejar. (ter sede) (Jo 7.37-39). Buscar com perseverança. ( Lc 11.13; At 1.4) Confiar que vai receber. (Mc 11.24; 1 Jo 5.14,15)

A busca pelo batismo com o Espírito Santo:O batismo no Espírito Santo está disponível a todos que perseverarem em buscá-lo, por isso devemos incluí-lo com prioridade em nossos seus pedidos diários e ter confiança que vamos recebê-lo. Ore com alegria e deleite-se no Senhor (Salmos 37.4) Se o inimigo sussurrar que você não vai ser batizado, não creia, continue glorificando a Deus. Satanás sempre vai se opor a este revestimento porque ele sabe que um crente revestido do poder do alto sempre atuará de forma ofensiva contra o reino das trevas. Em Cristo somos mais que vencedores.

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