A EQUIPE DE ENFERMAGEM FRENTE A ... -...
Transcript of A EQUIPE DE ENFERMAGEM FRENTE A ... -...
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
1
A EQUIPE DE ENFERMAGEM FRENTE A SISTEMATIZACcedilAtildeO DE ASSISTEcircNCIA
DE ENFERMAGEM
Claudia Renata Ferraz Simotildees
Graduanda do curso de Bacharelado em Enfermagem da Faculdade do Litoral Sul Paulista FALS
Praia Grande Satildeo Paulo Brasil
Elisangela Cabral
Graduanda do curso de Bacharelado em Enfermagem da Faculdade do Litoral Sul Paulista FALS
Praia Grande Satildeo Pauo Brasil
Raquel de Abreu Barbosa de Paula
Orientadora professora enfermeira e especialista em UTI e Estomaterapia do curso de Bacharelado
em Enfermagem da Faculdade do Litoral Sul Paulista FALS Praia Grande Satildeo Paulo Brasil
RESUMO Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem (SAE) eacute uma ferramenta no dia-a-dia da equipe de enfermagem sendo privativo ao enfermeiro sua elaboraccedilatildeo cabendo aos auxiliares e teacutecnicos de enfermagem sua execuccedilatildeo A SAE assume um papel importante como um meacutetodo de praacutetica baseada em evidecircncia cientiacutefica subsidiada na prescriccedilatildeo e implementaccedilatildeo das accedilotildees da Assistecircncia de Enfermagem que contribuem para a promoccedilatildeo prevenccedilatildeo recuperaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo em sauacutede da pessoa famiacutelia e sociedade Entretanto nem sempre a praacutetica tem sido satisfatoacuteria trazendo frustraccedilotildees na sua operacionalizaccedilatildeo e consequentemente conflitos nos resultados alcanccedilados comprometendo assim a qualidade da assistecircncia de enfermagem O presente estudo tem como objetivo geral descrever o conhecimento da equipe de enfermagem sobre a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem (SAE) e como objetivo especiacutefico identificar as dificuldades encontradas pela equipe de enfermagem na implementaccedilatildeo e aplicaccedilatildeo da SAE na sua rotina de trabalho Trata-se de um estudo de revisatildeo narrativa de literatura onde foi identificada a bibliografia potencial artigos cientiacuteficos e livros selecionados pela relevacircncia e adequaccedilatildeo aos objetivos propostos Os dados deste estudo permitiram concluir que haacute uma grande dificuldade na compreensatildeo
da importacircncia da SAE como meacutetodo de organizaccedilatildeo de cuidados na sua aplicaccedilatildeo e
implementaccedilatildeo Tais dificuldades segundo os trabalhos analisados acontecem por falta de conhecimento aprofundado sobre sua metodologia e pela indisponibilidade de tempo especialmente ocasionado por sobrecarga de trabalho constituindo num processo desestimulador e de comprometimento na qualidade assistencial de enfermagem
Palavras-chave Planejamento de Assistecircncia ao Paciente Equipe de enfermagem Processo de enfermagem
ABSTRACT Systematization of Nursing Assistance (SAE) is a tool in the daily routine of the nursing team being exclusive to the nurse its elaboration being the nursing assistants and technicians their execution The SAE assumes an important role as a method of practice based on scientific evidence subsidized in the prescription and implementation of nursing care actions which contribute to the promotion prevention recovery and rehabilitation in health of the person family and society However the practice has not always been satisfactory causing frustrations in its operationalization and consequently conflicts in the results achieved thus
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
2
compromising the quality of nursing care The present study has as general objective to describe the knowledge of the nursing team about the Systematization of Nursing Assistance (SAE) and as a specific objective to identify the difficulties encountered by the nursing team in the implementation and application of SAE in their work routine It is a study of narrative literature review where it was identified the potential bibliography scientific articles and books selected for relevance and adequacy to the proposed objectives The data from this study allowed us to conclude that there is great difficulty in understanding the importance of SAE as a method of organizing care in its application and implementation These difficulties according to the work analyzed are due to a lack of in-depth knowledge about its methodology and the unavailability of time especially caused by work overload constituting a discouraging process and compromising nursing care quality
Keywords Patient Care Planning Nursing team Nursing process
INTRODUCcedilAtildeO
O caminho evolutivo da sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem
percorre momentos histoacutericos desde o surgimento da enfermagem com Florence
Nightingale (1820-1910) o nascer cientiacutefico advindo do desenvolvimento das teorias
de enfermagem culminando na implantaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de
Enfermagem (AZEREDO 2004)
A partir da deacutecada de 50 os questionamentos apontados acerca da profissatildeo
e sua teacutecnica de trabalho levaram enfermeiras dos Estados Unidos a preocuparem-se
em aplicar princiacutepios cientiacuteficos aos seus procedimentos Este foi o iniacutecio da
percepccedilatildeo da necessidade de se desenvolver um conjunto de conhecimento
especiacutefico que pudesse conferir identidade e autonomia agrave profissatildeo A partir da
deacutecada de 60 estas reflexotildees levaram a busca mais acentuada no sentido de elaborar
modelos e teorias de enfermagem com o objetivo de descrever e caracterizar os
componentes dos fenocircmenos que lhe satildeo pertinentes e cuja finalidade foi explicar
elucidar e interpretar ou seja dizer o significado e o porquecirc dos fatos e suas relaccedilotildees
(VIETTA et al 1995 GERMANO 1983 DINIZ 2006)
No Brasil a apresentaccedilatildeo deste meacutetodo de assistecircncia iniciou-se na deacutecada
de 70 por Wanda de Aguiar Horta sendo que o seu impacto pode ser observado por
meio de sua aplicaccedilatildeo na assistecircncia no ensino e na pesquisa ateacute os dias atuais
(CUNHA amp BARROS 2005)
Observa-se na deacutecada de 60 apenas 3 trabalhos haviam sido publicados
sendo que na deacutecada de 70 jaacute haviam 154 trabalhos publicados Com a nova
legislaccedilatildeo uma vasta produccedilatildeo cientiacutefica no campo da enfermagem foi evidenciada
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
3
tendo no periacuteodo de 1979 a 1989 um total de 349 pesquisas produzidas e publicadas
Em relaccedilatildeo ao desenvolvimento acadecircmico foram nos anos 80 que os cursos de poacutes
graduaccedilatildeo obtiveram maior visibilidade Essa deacutecada foi uma eacutepoca marcada por
muitas conquistas no que concerne ao aspecto legal e tambeacutem em relaccedilatildeo a aquisiccedilatildeo
de direitos contudo houveram perdas pontuais durante este periacuteodo Dentre as
conquistas podemos citar a regulamentaccedilatildeo e aprovaccedilatildeo da Lei do Exerciacutecio
Profissional Lei nordm 74981986 regulamentada pelo Decreto 94406 que dispotildee sobre
o exerciacutecio da enfermagem (PEREIRA 2011)
Assim tambeacutem no final da deacutecada de 80 o Conselho Internacional de
Enfermagem (ICN) iniciou estudos objetivando a elaboraccedilatildeo de um sistema que
descrevesse a praacutetica de enfermagem a partir de uma nomenclatura compartilhada
pelas enfermeiras de todo o mundo Denomina-se Classificaccedilatildeo Internacional para a
Praacutetica de Enfermagem ndash ICNP ndash International Classification for Nursing Practice e
classifica-se os fenocircmenos de enfermagem as intervenccedilotildees e os resultados (PUNTEL
et al 2009)
Da deacutecada de 90 ao ano de 2002 vaacuterios acontecimentos formaram uma nova
forma de atuaccedilatildeo para a enfermagem no Brasil partindo da criaccedilatildeo do Sistema Uacutenico
de Sauacutede (SUS) constituiacutedo a partir das Leis Orgacircnicas da sauacutede (808090 e 814290)
que demarcou um periacuteodo de expansatildeo da rede ambulatorial em todo o paiacutes a criaccedilatildeo
das Unidades Baacutesicas de Sauacutede ambulatoacuterios regionais hospitais secundaacuterios e
terciaacuterios oferecendo a populaccedilatildeo um acesso significativo aos serviccedilos de sauacutede
dando iniacutecio ao processo de enfermagem generalista Desde 1997 um novo curriacuteculo
regulamentado pela Portaria jaacute citada de nordm 1721 de 15 de dezembro de 1994 do
Ministeacuterio da Educaccedilatildeo estruturou o conteuacutedo miacutenimo e duraccedilatildeo e duraccedilatildeo dos
cursos superiores em enfermagem em todo o paiacutes (NAKAMAE 1997)
Na Lei nordm 7498 de junho de 1986 que regulamenta do Exerciacutecio Profissional
de Enfermagem o termo adotado eacute Consulta de Enfermagem assim como na
Resoluccedilatildeo COFEN nordm159 de 1993 Entretanto na Resoluccedilatildeo COFEN 2722000
observa-se o emprego de Processo de Enfermagem para denominar o emprego da
assistecircncia sistematizada
As Leis que normatizam as profissotildees relacionadas a enfermagem apontam
que o trabalho nesta aacuterea eacute realizado por diferentes categorias de trabalhadores a
saber Enfermeiro Teacutecnico de Enfermagem Auxiliar de Enfermagem Nas diferentes
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
4
funccedilotildees em relaccedilatildeo agrave assistecircncia prestada apenas o enfermeiro possui atribuiccedilotildees
com funccedilotildees administrativas e de supervisatildeo (COREN 2001)
Estudos mostram que o ensino da SAE eacute proporcionado aos graduados de
enfermagem mas na formaccedilatildeo dos profissionais teacutecnicos e auxiliares pouca ou
nenhuma informaccedilatildeo eacute dada a este respeito Este fato eacute atribuiacutedo agrave dificuldade em
delimitar as competecircncias de cada profissional da equipe de enfermagem no que
discerne agrave operacionalizaccedilatildeo deste meacutetodo (MENDES amp BASTOS 2003)
Diante do exposto quanto a dificuldade efetiva de aplicabilidade da SAE pela
equipe de enfermagem diretamente envolvida neste processo a problemaacutetica a ser
estudada neste trabalho eacute de grande impacto na responsabilidade e na qualidade
assistencial quanto agrave utilizaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem
tendo em vista o Processo de Enfermagem no dia-a-dia de trabalho
O presente estudo tem como objetivo geral descrever o conhecimento da
equipe de enfermagem sobre a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem (SAE)
e como objetivo especiacutefico identificar as dificuldades encontradas pela equipe de
enfermagem na implementaccedilatildeo e aplicaccedilatildeo da SAE na sua rotina de trabalho
FUNDAMENTACcedilAtildeO TEOacuteRICA Mudanccedilas nos Curriacuteculos dos Cursos de Enfermagem ao longo do Tempo
A deacutecada de 20 foi consagrada como marco no que se refere ao ensino de
enfermagem no Brasil com a criaccedilatildeo da primeira escola de enfermagem ndash Ana Nery
mudando a sua praacutetica que ateacute entatildeo era feita por religiosas voluntaacuterias e escravas
na escola o ensino ministrado era de niacutevel meacutedio e profissional com o objetivo de se
preparar enfermeiras para a sauacutede puacuteblica com intuito de atender principalmente o
saneamento nos portos e a profilaxia das doenccedilas transmissiacuteveis (BARBOSA amp
BATISTA 2008)
Nos anos 30 intensificou-se a criaccedilatildeo de escolas de enfermagem o que tornou
necessaacuteria a criaccedilatildeo de uma padronizaccedilatildeo na formaccedilatildeo O curso tinha duraccedilatildeo inicial
de 3 (trecircs) anos conforme estabelecia o Decreto nordm 1630023 da Escola do
Departamento Nacional de Sauacutede Puacuteblica que passou a ter duraccedilatildeo de 4 (quarto)
anos jaacute no seu segundo ano de existecircncia Nesta eacutepoca o curso era dividido em 5
(cinco) partes onde no uacuteltimo ano havia a possibilidade de escolha de uma
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
5
especializaccedilatildeo (enfermagem cliacutenica sauacutede puacuteblica ou administraccedilatildeo hospitalar) Nas
deacutecadas de 40 e 50 a formaccedilatildeo em enfermagem era quase que exclusivamente
hospitalar e predominava a aprendizagem teacutecnica Nos anos 60 foram implantados os
primeiros cursos superiores de enfermagem com o reconhecimento da
profissionalizaccedilatildeo da enfermagem em seus trecircs niacuteveis superior teacutecnico e auxiliar
(LDB 402461) mas foi em 1962 que a legislaccedilatildeo promoveu o ensino meacutedio para o
ensino superior com o objetivo de ampliar as funccedilotildees da enfermeira de
exclusivamente assistenciais para somar-lhe ainda as administrativas e as de
docecircncia Outra mudanccedila que marcou esta eacutepoca foi a mudanccedila do ensino com base
teacutecnica para o ensino com fundamentaccedilatildeo cientiacutefica (PRUSS 2014)
Participando destes momentos histoacutericos e seu desenvolvimento cabe
ressaltar que a enfermagem desenvolveu e possui ateacute os dias atuais um conjunto de
conceitos e formas de atuar que constituem o conhecer em sauacutede e seu modo de
atuaccedilatildeo que se baseia principalmente na prestaccedilatildeo de serviccedilos em prol do indiviacuteduo
famiacutelia e comunidade em geral utilizando-se das fases do meacutetodo cientiacutefico Apesar
da organizaccedilatildeo desse trabalho ser denominada de Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de
Enfermagem tambeacutem referida como SAE ou Processo de Enfermagem (PE) outros
sinocircnimos tambeacutem satildeo conhecidos e utilizados na praacutetica do dia-a-dia tais como
Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia Metodologia da Assistecircncia Planejamento da
Assistecircncia Processo do Cuidado Metodologia do Cuidado Processo de
Assistecircncia Consulta de Enfermagem Processo de Atenccedilatildeo em Enfermagem e
Processo de Enfermagem (CARVALHO et al 2007 FIGUEIREDO et al 2006)
As instituiccedilotildees de ensino de enfermagem dos anos 80 voltaram-se entatildeo para
a formaccedilatildeo na aacuterea hospitalar e para a sauacutede puacuteblica somando-se a ideologia
prevencionista da deacutecada anterior ao movimento sanitaacuterio de sauacutede puacuteblica (Reforma
sanitaacuteria e proposta do SUDS) dando iniacutecio a uma nova fase de revisatildeo das funccedilotildees
do enfermeiro De 1990 a 2000 tornou-se possiacutevel identificar a melhor forma da busca
pela redefiniccedilatildeo e pelo reconhecimento professional assim como a conquista pela
autonomia do enfermeiro na sua praacutetica Para tanto houve uma nova adequaccedilatildeo de
curriacuteculos nos cursos agraves novas poliacuteticas e sistemas de sauacutede Muito contribuiu para
essas mudanccedilas na aacuterea da enfermagem o contexto dessa eacutepoca a concretizaccedilatildeo
da implantaccedilatildeo da nova proposta de sistema de sauacutede SUS a volta de algumas
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
6
doenccedilas endecircmicas como a dengue a conquista dos geneacutericos no cenaacuterio
farmacecircutico os processos de implantaccedilatildeo e consolidaccedilatildeo dos Conselhos de Sauacutede
e a presenccedila da exclusatildeo social e dos danos ambientais (THERRIEN et al 2008)
A implementaccedilatildeo e aplicaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem
na rotina do trabalho ao longo da histoacuteria
A metodologia conhecida como Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia da Assistecircncia
de Enfermagem (SAE) abrange etapas como organizaccedilatildeo planejamento e execuccedilatildeo
de accedilotildees sistematizadas cabendo a equipe de enfermagem sua realizaccedilatildeo pelo
tempo em que o cliente se encontra sob seus cuidados de acordo com as
responsabilidades e atribuiccedilotildees de cada professional da enfermagem (NEVES amp
SHIMIZU 2010)
Sua introduccedilatildeo aconteceu nas deacutecadas de 20 e 30 nos cursos de
Enfermagem especialmente atraveacutes do estudo de casos e no planejamento de
cuidados individualizados passando a ser utilizada como instrumento de
planejamento e execuccedilatildeo de sua praacutetica sendo denominada de Plano de Cuidados
passando a ser utilizada como meacutetodo cientiacutefico para organizar cuidados (Barreira amp
Baptista 2003)
No Brasil a SAE comeccedilou a ser implantada com maior ecircnfase em alguns
Serviccedilos de Enfermagem nas deacutecadas de 1970 e 80 Nessa eacutepoca a Teoria
de Necessidades Humanas Baacutesicas (NHB) de Wanda de Aguiar Horta
influenciou a aplicaccedilatildeo do Processo de Enfermagem nas instituiccedilotildees de
sauacutede e no ensino de Enfermagem Essa Teoria foi adotada para a
implementaccedilatildeo das etapas da SAE no cenaacuterio em estudo tendo em vista que
esse modelo tem sido adotado pela maioria dos enfermeiros e amplamente
utilizado nas pesquisas de SAE e nas realidades brasileiras (MARIA et al
1997)
Contudo a visatildeo da necessidade de se desenvolver um sistema de trabalho
que viesse de encontro com a necessidade da concretizaccedilatildeo da proposta de
promover manter e restaurar a sauacutede do paciente aconteceu somente nas uacuteltimas
deacutecadas (BASTOS amp MENDES 2005)
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
7
A teoria em enfermagem funciona como um alicerce estrutural para a
implantaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem (SAE) e o meacutetodo a
ser utilizado para implantar uma teoria na pratica eacute o Processo de Enfermagem
(REMIZOSKI et al 2010)
Dentre as diversas formas de organizar a assistecircncia para tornaacute-la segura
podemos destacar os protocolos a escala de funcionaacuterios diaacuteria e os fluxos do
processo de enfermagem sendo este uma ferramenta metodoloacutegica utilizada para
orientar o cuidado profissional de enfermagem de promover a qualidade no cuidado
prestado
A Resoluccedilatildeo COFEN 3582009 refere-se agraves cinco etapas de implementaccedilatildeo
do Processo de Enfermagem distribuiacutedas da seguinte maneira Coleta de dados de
Enfermagem (ou Histoacuterico de Enfermagem) Diagnoacutestico de Enfermagem
Planejamento de Enfermagem Implementaccedilatildeo e Avaliaccedilatildeo de Enfermagem
Embora aparentemente as responsabilidades na SAE estejam bem
delineadas observa-se ainda duacutevidas sobre as responsabilidades inerentes a cada
membro da equipe Neste sentido cabe esclarecer que aleacutem de possuir
conhecimento teacutecnico e cientiacutefico e uma praacutetica baseada em evidecircncias e de acordo
com a legislaccedilatildeo vigente o enfermeiro eacute profissional incumbido do planejamento e
execuccedilatildeo da SAE isto eacute o enfermeiro eacute quem colhe os dados realiza o exame fiacutesico
faz os diagnoacutesticos prescreve a assistecircncia e realiza a evoluccedilatildeo cabendo aos
teacutecnicos e auxiliares de enfermagem serem orientados (BAPTISTA 2012)
O processo de enfermagem eacute considerada a metodologia de trabalho mais
conhecida e de maior aceitaccedilatildeo em todo o mundo Importante salientar ainda que a
aplicaccedilatildeo do processo de enfermagem proporciona ao enfermeiro a possibilidade de
prestaccedilatildeo de cuidados individualizados por meio da anaacutelise das necessidades
humanas baacutesicas (ANDRADE 2007)
Segundo Casafus et al (2013) embora a coordenaccedilatildeo do processo de cuidar
seja responsabilidade do Enfermeiro a realidade natildeo tem sido evidenciada na anaacutelise
do dia-a-dia da praacutetica da enfermagem que aponta muintas vezes para o auxiliar e
teacutecnico de enfermagem realizando a tomada de decisatildeo sobre a assistecircncia a ser
prestada Essa realidade aponta para uma necessidade de investimentos em recursos
humanos e no fortalecimento da educaccedilatildeo permanente
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
8
Auxiliares e Teacutecnicos de enfermagem sofrem com a sobrecarga de trabalho e
procuram trabalhar entatildeo por um modelo conhecido como prestaccedilatildeo de cuidados
prescritos pelo profissional meacutedico descaracterizando a operacionalizaccedilatildeo da SAE Ambos
os profissionais (Auxiliares e Teacutecnicos) tem a SAE como um instrumento de cuidado
ilusoacuterio o que potildee o enfermeiro em situaccedilatildeo de impotecircncia em seu papel de planejar
e coordenar (BACKES et al 2005)
METODOLOGIA
Trata-se de um estudo de revisatildeo narrativa de literatura onde foi identificada
a bibliografia potencial localizada online artigos cientiacuteficos e livros selecionados pela
relevacircncia e adequaccedilatildeo aos objetivos propostos
Foram levantados os estudos brasileiros na base de dados Lilacs (Literatura
Latino-Americana e do Caribe em Ciecircncias da Sauacutede) Medline (Literatura
Internacional em Ciecircncias da Sauacutede) BDENF (Base de Dados de Enfermagem) e
Portal da BVS que possui tambeacutem bases referenciais como o Cataacutelogo de Revistas
Cientiacuteficas e o DeCS
As etapas adaptadas para o desenvolvimento desta revisatildeo foram escolha do
tema e do objeto de estudo levantamento da questatildeo da pesquisa ou definiccedilatildeo do
problema a ser investigado escolha dos descritores e dos termos livres levantamento
dos artigos nas bases de dados estabelecimento de criteacuterios para inclusatildeo e exclusatildeo
dos estudos aleacutem da discussatildeo dos resultados com a identificaccedilatildeo de conclusotildees
Os criteacuterios de inclusatildeo utilizados foram artigos originais que respondessem a
questatildeo norteadora com resumos apresentados na base de dados Os criteacuterios de
exclusatildeo foram editoriais artigos de revisatildeo da literatura e artigos que natildeo
respondessem a questatildeo norteadora proposta por este estudo
Para a busca dos descritores padronizados lanccedilou-se matildeo dos DeCS
(Descritores em Ciecircncias de Sauacutede) utilizando-se como DeCS Planejamento de
Assistecircncia ao Paciente Enfermagem Equipe de enfermagem Processo de
enfermagem
A busca de dados realizada foi feita objetivando o tema proposto e aconteceu
no segundo semestre de 2017
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
9
A seleccedilatildeo dos artigos para anaacutelise ocorreu com base nos artigos publicados
nos uacuteltimos 10 anos o que natildeo excluiu o uso de artigos de anos anteriores
Foram encontrados 75 artigos que continham as palavras chave contudo
somente 18 respondiam diretamente ao questionamento proposto
5 RESULTADOS
Tabela 1 ndash Siacutentese dos resultados da revisatildeo bibliograacutefica referente ao
conhecimento da equipe de enfermagem sobre a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia
de Enfermagem (SAE) Praia Grande 2017
Referecircncia Resultados principais RAMOS amp CARVALHO amp CANINI et al 2009
As maiorias dos profissionais sabem da existecircncia da SAE mas natildeo tem
um entendimento adequado sobre o seu papel dentro da SAE mesmo
apoacutes terem recebido treinamento sobre o assunto natildeo compreende como
essa ferramenta se adequada ao seu dia a dia e relatam natildeo terem essa
mateacuteria na sua formaccedilatildeo Porem participam arduamente na realizaccedilatildeo da
SAE dando paracircmetros e informaccedilotildees constante sobre o paciente O
consenso entre os entrevistados eacute o mesmo que a SAE melhora a
assistecircncia e qualidade do paciente mas natildeo compreendem seu papel
dentro dela
SILVA amp OLIVEIRA amp NEVES amp GUIMARAtildeES et al 2011
Os enfermeiros justificam que conhecem a SAE mas muitoS tambem natildeo
respoderam a pesquisa sobre conhecimento da SAE e porem nao a
utilizatildeo por varios motivos falta de formularios falta de incentivo
institucional e escases de matildeo de obra suficiente e reconhecem que
utilizando a ferramenta certa a qualidade do serviccedilo prestado pode
melhorar muito A maioria dos profissionais que tem conhecimento sobre
a SAE satildeo das UTIs e satildeo informatizadas com uma linguagem unica
Apenas 23 profissionais disseram conhecer todas as etapas da SAE
MEDEIROS amp SANTOS amp CABRAL et al 2012
Estudo feito com 13 enfermeiros da Paraiacuteba em uma maternidade publica
obsteacutetrica onde a opiniatildeo desses enfermeiros gerou um visatildeo positiva
vendo a SAE como um instrumento de trabalho que auxilia no cuidado e
na qualidade da assistecircncia prestada e traacutes seguranccedila para toda a equipe
e entendimento melhor de cada caso Dando uma resoluccedilatildeo de cada
caso organizando e planejando melhor cada execuccedilatildeo dentro do centro
obsteacutetrico e maternidade
COGO amp GEHLEN amp ILHA amp ZAMBELAN amp FREITAS amp BACKES et al 2012
Alguns enfermeiros relatam conhecer a SAE e sua importancia de uma
linguagem unica sempre visando o bem do paciente e tambem a
valorizaccedilatildeo do profissional poreacutem quando prescrito o cuidados algumas
pessoas natildeo gostaram e natildeo respeitavam considerando muita
interferencia do enfermeiro no cuidar
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
10
CASAFUS DELL`ACQUA amp BOCCHI et al 2013
Consideram a SAE como instrumento de organizaccedilatildeo e melhoria na
qualidade da assistecircncia e querem realizar todas as etapas constata-se
poreacutem que falta braccedilal falta de interesse e educaccedilatildeo continuada ameniza
a culpa pela falta de realizaccedilatildeo A falta de clareza e de valorizaccedilatildeo dificulta
a execuccedilatildeo tornando a SAE ilusoacuteria em uma tentativa frustrada de tornar
a SAE um modelo de organizaccedilatildeo e ferramenta de trabalho para beneficio
do paciente
MELO amp PEREIRA amp PONTES amp FARIAS amp BEZERRA et al 2016
A maioria das opiniotildees eacute que a SAE eacute beneacutefica garantindo uma
padronizaccedilatildeo porem entre outras opiniotildeesimplantar a SAE eacute um desafio
tambeacutem relatam a capacitaccedilatildeo acadecircmica e formaccedilatildeo dos
profissionaispouco investimento no profissional a pratica da
padronizaccedilatildeo do beneficio do paciente natildeo eacute rotina no Brasil contando
obstaacuteculos e desvalorizaccedilatildeo do profissional
SILVA amp ALMEIDA amp OLIVEIRA amp SAMPAIO amp PAIXAtildeO et al 2016
Compreende-se o desconhecimento em que processo de enfermagem
natildeo se ouviu falar mas reconhecem que eacute privativo do enfermeiro e que
deveria ser mais divulgado nas escola teacutecnicas quanto aos enfermeiros
veem com melhor planejamento economia para a instituiccedilatildeo e
conhecimento de cada paciente por outro lado se prendem a parte
burocraacutetica natildeo viabilizando a sua realizaccedilatildeo mas reconhecem a
importacircncia da SAE
Tabela 2 ndash Siacutentese dos resultados da revisatildeo bibliograacutefica referente agraves
dificuldades encontradas pela equipe de enfermagem na implementaccedilatildeo e
aplicaccedilatildeo da SAE na sua rotina de trabalho
Referecircncia Dificuldades apontadaspelos Enfermeiros Teacutecnicos e Auxiliares
HERMIDA et al 2004
Dentre as dificuldades apontadas pelos profissionais estatildeo realizaccedilatildeo do exame fiacutesico adequar o exame fiacutesico a doenccedila apresentada pelo paciente realizar ausculta pulmonar e cardiacuteaca necessidade de aprofundamento teoacuterico e falta de praacutetica cumprimento da prescriccedilatildeo de enfermagem por sua proacutepria equipe descontinuidade da implementaccedilatildeo da assistecircncia entre turnos alguns profissionais natildeo lecircem o que estaacute prescrito falta de conhecimento mesmo procurando por ele inseguranccedila prescriccedilatildeo de enfermagem sem avaliaccedilatildeo preacutevia do paciente natildeo saber realizar o processo de enfermagem dificuldade de elaborar a prescriccedilatildeo de enfermagem falta de objetividade na elaboraccedilatildeo da prescriccedilatildeo natildeo checagem dos cuidados na prescriccedilatildeo falta de objetividade no levantamento dos problemas Preparo inadequado na graduaccedilatildeodespreparo do pessoal falta de comprometimento envolvimento e responsabilidade de enfermeirosdesinteresse e desmotivaccedilatildeo perfil e postura inadequados de algumas profissionais falta de lideranccedila e de organizaccedilatildeo de enfermeiras pouca disponibilidade de enfermeiras e excesso de trabalho falhas no desempenho e falta de confianccedila de enfermeiras em seu trabalho desvalorizaccedilatildeo do trabalho e desconsideraccedilatildeo sobre a importacircncia da SAE por parte das enfermeiras problemas de relacionamento interpessoal conflitos internos ausecircncia de definiccedilatildeo de papeacuteis do quadro de enfermagem falta de conscientizaccedilatildeo da equipe de enfermagem falta de
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
11
treinamento da equipe de enfermagem falta de trabalho em equipe para padronizar a assistecircncia falta de integraccedilatildeo e resistecircncia de enfermeiras em envolver-se com propostas de melhoria da assistecircncia estresse questotildees salariais carecircncia de pessoal de enfermagemenfermeirosatividades administrativas concomitantes com as assistenciais aplicaccedilatildeo do processo como mais uma tarefa a instituiccedilatildeo como organizaccedilatildeo burocraacutetica natildeo espera que seja realizado outro cuidado aleacutem do estabelecido pelo meacutedico falta de vontade das chefias e da instituiccedilatildeo falta de material eou equipamento como sintoma da ldquofalta de vontade das chefias e instituiccedilotildeesrdquo inadequaccedilatildeo da estrutura fiacutesica da Unidade falhas na estrutura administrativa da instituiccedilatildeo ser instituiccedilatildeo puacuteblica baixa eficiecircncia de serviccedilos de apoio (laboratoacuterio)
BACKES amp ESPERANCcedilA amp AMARO amp CAMPOS amp CUNHA amp SCHWARTZ et al 2005
Este estudo aponta como dificuldades a falta de conhecimento teoacuterico cientiacutefico e praacutetico na execuccedilatildeo das fases da SAE tornando-se uma barreira por natildeo haver conscientizaccedilatildeo do quanto eacute importante este instrumento de trabalho Os cursos de graduaccedilatildeo tambeacutem foram apontados como insuficientes no contexto teoacuterico e praacutetico das enfermeiras para a realizaccedilatildeo da SAE com relatos de que os alunos recebem conhecimento superficial para a praacutetica de enfermagem sugerindo uma verificaccedilatildeo na grade curricular e conteuacutedo abrangido durante o curso Concluiu-se que os achados deste estudo respondem as questotildees iniciais desta pesquisa e que a execuccedilatildeo das fases do PE vincula-se agrave capacitaccedilatildeo que estes profissionais possuem para realizaccedilatildeo de suas atividades e da conscientizaccedilatildeo da sua importacircncia para a sua profissatildeo embora haja outros motivos citados em vaacuterios estudos apontados como dificultadores para a aplicaccedilatildeo do PE como planta fiacutesica falta de recursos humanos falta de tempo excesso de atribuiccedilotildees da enfermeira deficiecircncia da chefia falta de apoio administrativo falta de recursos materiais entre outros mas a falta de conhecimento por parte das enfermeiras para a realizaccedilatildeo do processo eacute visto como motivo principal que leva estas profissionais a natildeo executarem de forma eficaz a SAE em seu cotidiano
TAKAHASHI amp BARROS amp MICHEL amp SOUZA et al 2007
Este estudo aponta como dificuldades a falta de conhecimento teoacuterico cientiacutefico e praacutetico na execuccedilatildeo das fases da SAE tornando-se uma barreira por natildeo haver conscientizaccedilatildeo do quanto eacute importante este instrumento de trabalho Os cursos de graduaccedilatildeo tambeacutem foram apontados como insuficientes no contexto teoacuterico e praacutetico das enfermeiras para a realizaccedilatildeo da SAE com relatos de que os alunos recebem conhecimento superficial para a praacutetica de enfermagem sugerindo uma verificaccedilatildeo na grade curricular e conteuacutedo abrangido durante o curso Concluiu-se que os achados deste estudo respondem as questotildees iniciais desta pesquisa e que a execuccedilatildeo das fases do PE vincula-se agrave capacitaccedilatildeo que estes profissionais possuem para realizaccedilatildeo de suas atividades e da conscientizaccedilatildeo da sua importacircncia para a sua profissatildeo embora haja outros motivos citados em vaacuterios estudos apontados como dificultadores para a aplicaccedilatildeo do PE como planta fiacutesica falta de recursos humanos falta de tempo excesso de atribuiccedilotildees da enfermeira deficiecircncia da chefia falta de apoio administrativo falta de recursos materiais entre outros mas a falta de conhecimento por parte das enfermeiras para a realizaccedilatildeo do processo eacute visto como motivo principal que leva estas profissionais a natildeo executarem de forma eficaz a SAE em seu cotidiano
REMIZOSKI amp ROCHA amp VALL et al 2010
As dificuldades encontradas neste estudo foram preparo inadequado na formaccedilatildeo com baixa qualificaccedilatildeo dos docentes deacuteficit da aceitaccedilatildeo da equipe de sauacutede falta de comprometimento e
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
12
envolvimento da equipe falta de recursos materiais e excesso de atribuiccedilotildees para o enfermeiro despreparo da equipe descrenccedila e rejeiccedilatildeo do proacuteprio enfermeiro desvalorizaccedilatildeo dos enfermeiros diante de outros profissionais falta de credibilidade dos profissionais quanto as suas prescriccedilotildees resistecircncia aacute mudanccedilas carecircncia de apoio e estimulo da coordenaccedilatildeo de enfermagem falta de conhecimento sobre realizaccedilatildeo do exame fiacutesico falta de estabelecimento de prioridades e falta de conscientizaccedilatildeo sobre os benefiacutecios da implantaccedilatildeo da SAE no seu exerciacutecio profissional
SILVA amp FILHO amp QUEIROZ amp ABREU et al 2013
Conclui-se que apesar dos enfermeiros terem o conhecimento que a sistematizaccedilatildeo da assistecircncia eacute um instrumento para sua qualificaccedilatildeo e entenderem sua necessidade esses referem dissociaccedilatildeo de suas etapas resistecircncia dos profissionais deacuteficit de conhecimento e muitos profissionais como dificuldades a sua aplicabilidade Assim sendo observou-se que existem vaacuterios fatores que dificultam a implantaccedilatildeo da SAE com ecircxito
SILVA amp PRADO amp CARNEIRO amp COSTA et al 2014
O estudo evidencia a necessidade de mudanccedilas no processo de trabalho da enfermagem na unidade em estudo para a promoccedilatildeo e concretizaccedilatildeo do cuidado sistematizado e consequentemente melhoria da qualidade da assistecircncia ao cliente As dificuldades encontradas foram relacionadas aacute sobrecarga de trabalho deacuteficit no nuacutemero de profissionais para o desempenho das atividades estrutura fiacutesica inadequada a falta de recursos materiais realizaccedilatildeo de melhor dimensionamento de profissionais
GRANDO amp ZUSE et al 2014
As dificuldades apontadas pelos profissionais como fatores que impossibilitam uma aplicabilidade eficaz da SAE foram a necessidade de aprofundamento teoacuterico e a falta de praacutetica e objetividade pelos profissionais nos levantamentos de problemas bem como a necessidade de boa compreensatildeo sobre as etapas da SAE e aplicaccedilatildeo atraveacutes do saber e do fazer Foram evidenciadas tambeacutem falta de compromisso e envolvimentos nas atividades da equipe assim como deacuteficit de recursos humanos profissionais descontinuidade e acompanhamento perioacutedico aleacutem de estabelecimento de prioridades no serviccedilo Notou-se tambeacutem que pouco os auxiliares e teacutecnicos satildeo abordados nas pesquisas um erro fatal visto que esses profissionais satildeo peccedilas fundamentais para o sucesso na execuccedilatildeo e aplicaccedilatildeo da SAE Fala-se mais uma vez sobre os cursos de graduaccedilatildeo que deixam a desejar em conteuacutedo teoacuterico e praacutetico em suas grades curriculares e a falta ou inexpressiva educaccedilatildeo continuada
SANTOS et al 2014
A Sistematizaccedilatildeo de enfermagem ocorre de forma ainda fragmentada havendo a necessidade de reorganizaccedilatildeo deste instrumento para melhorar a assistecircncia do cliente pois somente com a realizaccedilatildeo de todas as etapas da SAE poderemos dizer que ela foi implantada corretamente As dificuldades apontadas foram a falta de recursos humanos a falta de conhecimento teoacuterico a desvalorizaccedilatildeo por parte da instituiccedilatildeo o natildeo reconhecimento da equipe de enfermagem investimentos na educaccedilatildeo continuada eacute um exemplo claro de carecircncia observou-se tambeacutem certa resistecircncia por parte dos enfermeiros falta de tempo para se dedicar ao paciente por realizarem atividades burocraacuteticas alta demanda de pacientes falta de privacidade com o paciente a falta de envolvimento do processo como um todo
SOUZA amp VASCONCELLOS amp PARRA et al 2015
O presente estudo revela que os enfermeiros satildeo sobrecarregados com tarefas natildeo pertinentes a sua funccedilatildeo e que por esse motivo deixam para segundo plano as atividades relacionadas aacute SAE e a equipe de enfermagem rotulando o enfermeiro como burocraacutetico e
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
13
favorecendo sua desvalorizaccedilatildeo Evidenciadas as dificuldades na aplicaccedilatildeo da SAE os enfermeiros acreditam que oferecer treinamento e capacitaccedilatildeo para a equipe em geral poder contar com recursos humanos e informatizaccedilatildeo atraveacutes de software poderia melhorar o planejamento de suas atividades permitindo assim de forma contiacutenua e integral a assistecircncia humanizada a valorizaccedilatildeo do enfermeiro aleacutem de fortalecer e engrandecer o trabalho em equipe
MARINELLI amp SILVA amp SILVA et al 2015
As principais dificuldades citadas satildeo falta de conhecimento sobre a realizaccedilatildeo do exame fiacutesico ausecircncia de treinamento sobre o tema nas instituiccedilotildees de sauacutede falta de registro adequado da assistecircncia de enfermagem a sobrecarga de trabalho evidenciada pelo deacuteficit de profissionais qualificados e capazes de identificar os problemas reais e potenciais dos pacientes envolvidos no PE conflito de papeacuteis dificuldade de aceitaccedilatildeo de mudanccedilas falta de credibilidade nas prescriccedilotildees de enfermagem carecircncia de pessoal treinado e com habilidades para exercer essa funccedilatildeo aleacutem de falta de apoio da equipe
FIGUEIREDO amp FERREIRA et al 2016
As principais dificuldades encontradas para a implantaccedilatildeo da SAE mostraram que a falta de conhecimento sobre a SAE e inadequaccedilatildeo na estrutura do hospital satildeo fatores que dificultam o atendimento de forma individualizada ao paciente dentro do centro ciruacutergico e conclui-se que para atender o paciente de forma integral fazem-se necessaacuterias aulas teoacutericas aliadas ao exerciacutecio da profissatildeo aleacutem de se evidenciar que a pouca experiecircncia de profissionais receacutem formados podem interferir de forma negativa na realizaccedilatildeo da SAE cursos teacutecnicos natildeo possuem conhecimento preacutevio da implantaccedilatildeo do processo de sistematizaccedilatildeo de enfermagem outra dificuldade aponta comunicaccedilatildeo insuficiente entre funcionaacuterios priorizaccedilatildeo de atividades administrativas por parte dos enfermeiros sobrecarga de trabalho desmotivaccedilatildeo falta de recursos humanos condiccedilotildees miacutenimas de trabalho desqualificaccedilatildeo e a falta de estrateacutegias oferecidas pelo gerenciador e instituiccedilatildeo empregatiacutecia
DISCUSSAtildeO
A Sistematizaccedilatildeo da Assistecircnciade EnfermagemndashSAE desde sua
implantaccedilatildeo no Brasil tem sido encarada como um desafio no que concerne a sua
implantaccedilatildeo e execuccedilatildeo apesar do consenso de se tratar de umas das mais
importantes responsabilidades do Enfermeiro
Sendo um processo organizacional a SAE eacute o instrumento que oferece as
condiccedilotildees adequadas para o desenvolvimento dos meacutetodos adequados de forma
interdiciplinar tornando o cuidado humanizado sendo que esta metodologia
padronizada pode ser considerada dentro do campo assistencial uma das mais
poderosas conquistas que em contrapartida exige do profissional um conhecimento
amplo e profundo de saberes com perpectiva interdisciplinar e multidimencional
Os trabalhos demonstram que seu desenvolvimento ainda natildeo eacute total
especialmente por conta da desmotivaccedilatildeo dos enfermeiros que por excesso de tarefas
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
14
acumuladas pela pouca atenccedilatildeo e pouco entendimento da equipe sobre os resultados
esperados e obtidos sua implantaccedilatildeo tem sido ineficaz
Uma das barreiras apresentadas neste sentido esta na ausecircncia do pleno
conhecimento acerca de todas as vantagens para a equipe paciente e instituiccedilatildeo
Sobre a corresponsabilidade das instituiccedilotildees acerca do baixo conhecimento
tanto do enfermeiro quanto da equipe haacute o apontamento da baixa demanda de cursos
de atualizaccedilatildeo e investimentos
Quanto aacutes demais dificuldades apontadas pelos enfermeiros podemos
encontrar a baixa adesatildeo da equipe por desconhecer a importacircncia e por estarem
focados mais na execuccedilatildeo da assistecircncia do que na parte documental apresentada
pelo Enfermeiro fazendo com que o Enfermeiro sinta-se desvalorizado
Em contrapartida Auxiliares e Teacutecnicos justificam sua baixa adesatildeo por
encararem a execuccedilatildeo e a implementaccedilatildeo dos cuidados apontados na SAE como
ilusoacuterios e fora do contexto real da rotina e demanda apresentada pelas instituiccedilotildees
Mesmo com as dificuldades apontadas tanto Enfermeiro quanto Auxiliares e
Teacutecnicos versam pelo mesmo contexto de considerarem a SAE como um instrumento
de trabalho vaacutelido
Importante salientar que apesar deste reconhecimento o tema abordado
sobre as dificuldades relacionadas aacute SAE no acircmbito cientifico tem sido pouco
explorado conforme observado no baixo nuacutemero de artigos encontrados que se
relacionavam diretamente sobre o assunto Contudo esta pesquisa mostra que o
interesse pelo assunto vem crescendo a partir do ano de 2010
CONCLUSAtildeO E CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Conforme observado sobre o tema estudado haacute uma grande dificuldade na
compreensatildeo da importacircncia da SAE como meacutetodo de organizaccedilatildeo de cuidados na
sua aplicaccedilatildeo e implementaccedilatildeo Tais dificuldades segundo os trabalhos analisado
acontecem por falta de conhecimento aprofundado sobre sua metodologia e pela
indisponibilidade de tempo ocasionado pela extenuaccedilatildeo profissional ocasionado por
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
15
sobrecarga de serviccedilo outra barreira observada eacute a visatildeo de ser um processo
desestimulador ou exclusivamente burocraacutetico
Contudo eacute iacutempar a aceitaccedilatildeo de que se trata de um meacutetodo de muita
importacircncia para o paciente como uma garantia de um cuidado mais organizado
eficiente e individualizado tornado integral a assistecircncia
Apesar desta visatildeo os trabalhos demonstram que os profissionais
compreendem que o sucesso desse meacutetodo estaacute baseado na obtenccedilatildeo de uma
estrutura miacutenima em termos de recursos humanos fiacutesicos de tempo e de interesse
da equipe de enfermagem
Conclui-se que o sucesso desse processo eacute apontado como dependente de
fatores tais como interesse da coordenaccedilatildeo equipe e de uma atuaccedilatildeo persistente da
educaccedilatildeo continuada
REFEREcircNCIAS
ANDRADE JS VIEIRA MJ Praacutetica assistencial de enfermagemproblemas perspectivas e necessidade de sistematizaccedilatildeo Rev Bras Enf 200558(3)261-5 AZEREDO T B S Histoacuterias da enfermagem no Paranaacute Site Coren-PR Curitiba 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwcorenprorgbrartigosartigo_23htmgt BACKES DS ESPERANCcedilA MP AMARO AM CAMPOS IEF CUNHA AD CHWARTZ E Sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem percepccedilatildeo dos enfermeiros de um hospital filantroacutepico Acta Sci Health Sci 2005 27(1)25-9 BARBOSA TSC amp Baptista SS Movimento de expansatildeo dos cursos superiores de enfermagem na regiatildeo centro-oeste do Brasil uma perspectiva histoacuterica Revista Eletrocircnica de Enfermagem 104 2008 BAPTISTA CMC et al Evoluccedilatildeo de enfermagem In CIANCIARULLO TI(Org) et al Sistema de Assistecircncia de Enfermagem evoluccedilatildeo e tendecircncias 5ed Satildeo Paulo Iacutecone 2012 p 173-190 BARREIRA I amp BAPTISTA S O movimento de reconsideraccedilatildeo do ensino e da pesquisa histoacuteria da enfermagem Rev Bras Enferm Novdez 2003 56 (6) 702-06 BASTOS MAR MENDES MA Transformando a praacutetica do enfermeiro Nursing Rio de Janeiro v 80 n 8 p 30-37 2005
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
16
CASAFUS DELLrsquoACQUA BOCCHI Entre o Ecircxito e a Frustraccedilatildeo Com a Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem Esc Anna Nery (impr)2013 abr - jun 17 (2)313 ndash 321
CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM Lei nordm 5905 de 12 de julho de 1973 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf Conselho Federal de Enfermagem ndash COFEN Resoluccedilatildeo 3582009 [on line] Disponiacutevel em httpwwwcofengovbrresoluo-cofen-3582009_4384html Conselho Federal de Enfermagem ndash COFEN Resoluccedilatildeo 3112007 [on line] Disponiacutevel em httpwwwcofengovbrresoluo-cofen-3112007_4345html Conselho Regional de Enfermagem de Satildeo Paulo ndash COREN Processo de Enfermagem Guia para a Praacutetica Satildeo Paulo 2015 Conselho Federal de Enfermagem de Satildeo Paulo ndash COFEN Guia de recomendaccedilotildees para registro de enfermagem no prontuaacuterio do paciente e outros documentos de enfermagem Satildeo Paulo 2016
___________ Lei ndeg 749886 de 25 de Junho de 1986 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf
__________ Decreto ndeg 9440687 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf ___________ Lei nordm 8967 de 28 de dezembro de 1994 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf ___________ Resoluccedilatildeo COFEN - 3112007 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf ___________ Resoluccedilatildeo COFEN-3582009 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf ___________ Resoluccedilatildeo COFEN ndash 3702010 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SAtildeO PAULO Decreto 4406 de 08 de junho de 1987 Disponiacutevel em httpportalcoren spgovbrsitesdefaultfilesParecer_013_AtuaC3A7C3A3o_de_AUX_como_TECpdf
Cogo Gehlen Ilha Zamberlan Freitas Backes et al Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem no Cenaacuterio Hospitalar Percepccedilatildeo Dos Enfermeiros Cogitare Enferm 2012 JulSet 17(3)513-8
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
17
CUNHA SMB BARROS ALB Anaacutelise da Implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem segundo o Modelo Conceitual de Horta Rev Bras Enferm 2005 set-out 58(5)568-72
DUARTE APP ELLENSOHN LA Operacionalizaccedilatildeo do processo de enfermagem em terapia intensiva neonatal Rev enferm UERJ 2007 outdez 15(4) 521-6 FIGUEIREDO RM ZEM-MASCARENHAS SH NAPOLEAtildeO AA Caracterizaccedilatildeo da produccedilatildeo do conhecimento sobre sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem no Brasil VerEsc Enferm USP 2006 abril 40(2) 299-303 FIGUEIREDO FERREIRA et al Dificuldades da Equipe de Enfermagem na Implantaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enferemagem no Centro Cirurgico de Campo Grande ndash MS wwwConvibrabr GRANDO ZUSE et al Dificuldades na Instituiccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem no Exercicio Profissional ndash Revisatildeo Integrativa Revista Contexto amp Sauacutede Ijuiacute bull v 14 bull n 26 bull JanJun 2014 GERMANO RM Educaccedilatildeo e ideologia da enfermagem no Brasil Satildeo PauloCortez 1983
HERMIDA PMV Desvelando a Implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de
Enfermagem Rev Bras de Enferm Brasiacutelia (DT) 2004 nov-dez 57(6)733-7
MARIA VLR DIAS AMC SHIOTSU CH FARIAS FAC Sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem no Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia relato de experiecircncia Rev Esc Enferm USP 1987 21(esp)77-87
MARINELLI SILVA SILVA SISTEMATIZACcedilAtildeO DA ASSISTEcircNCIA DE ENFERMAGEM Desafios para a implantaccedilatildeo Revista Enfermagem Contemporacircnea 2015 JulDez4(2) MEDEIROS SANTOS CABRAL Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem na Perspectiva dos Enfermeiros Uma Abordagem Metodologica na Teoria Fundamentada Rev Gauacutecha Enferm 2012( 33) MEDEIROS AL et al Sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem na perspectiva dos enfermeiros uma abordagem metodoloacutegica na teoria fundamentada Rev Gaucha Enferm 33(3) 174-181 set 2012 httppesquisabvsaludorgportalresourceptlil-654473
Medeiros AL Santos SR Cabral RWL Desvelando dificuldades operacionais na sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem na perspectiva da Grounded Theory Rev Eletr Enferm 201315(1)44-53 MENDES AA BASTOS MAR Processo de enfermagem sequecircncias no cuidar fazem a diferenccedila Rev Bras Enferm 200356(3)271-6
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
18
MELO PEREIRA PONTES FARIAS BEZERRA Implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem no Brasil Revisatildeo de Literatura wwwconbraciscombr Congresso Brasileiro de Ciecircncias e Sauacutede 2016 NAKAMAE DD Novos caminhos da enfermagem por mudanccedilas no ensino e na praacutetica da profissatildeo Satildeo Paulo (SP) Cortez 1987 NEVES RS SHIMIZU HE Anaacutelise da implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem em uma unidade de reabilitaccedilatildeo Rev bras enferm Brasiacutelia v 63 n 2 p 222-229 abr 2010 PRUSS ACSF O ensino de graduaccedilatildeo em enfermagem na Universidade Federal do Rio Grande do Sul referente agrave parturiccedilatildeo nas deacutecadas de 1950 e 1960 2014 PUNTEL A et al Enfermagem enquanto disciplina que campo de conhecimento identifica a profissatildeo Revista Brasileira de Enfermagem v 62 n 5 2009 Ramos LAR Carvalho EC Canini SRMS Opiniatildeo de auxiliares e teacutecnicos de enfermagem sobre a sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem Rev Eletr Enf 200911(1)39-44
Remizoski LROCHA VAL Dificuldades na implantaccedilatildeo da sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem - SAE uma revisatildeo teoacuterica Cadernos da Escola de Sauacutede Curitiba 2010 TARDIF M Saberes docentes e formaccedilatildeo profissional Petroacutepolis (RJ) Vozes 2002TAKAHASHI A A BARROS A L B L MICHEL J L MSOUZA M F Dificuldades e Facilidades Apontadas por Enfermeiras de um Hospital de Ensino na Execuccedilatildeo do Processo de Enfermagem Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de Satildeo Paulo-UNIFESP Satildeo Paulo (SP) Brasil 2007 VIETTA EP Et al Tomada de depoimentos pessoal de enfermeiras hospitalares da deacutecada de 50 subsiacutedios para a compreensatildeo da enfermagem atual Revlatinoamenfermagem Ribeiratildeo Preto v 3 n 2 p19-35 julho 1995 SANTOS LIMA MELO Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem na Unidade de Terapia IntensivaRevisatildeo Bibliogrfia Ciecircncias Bioloacutegicas e da Sauacutede Aracaju v 2 n2 p 45-58 out 2014 periodicossetedubr SILVA ALMEIDA OLIVEIRA OLIVEIRA SAMPAIO PAIXAtildeO Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem na Perspectiva da Equipe Enferm Foco 2016 7 (2) 32-36 SILVA PRADO CARNEIRO COSTA Implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem Dificuldades e Potencialidades Revista da
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
19
Universidade Vale do Rio Verde Trecircs Coraccedilotildees v 12 n 2 p 580-590 agodez 2014 SILVA OLIVEIRANEVES GUIMARAtildeES et al O conhecimento do enfermeiro sobre a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem da teoria agrave praacuteticaRev Esc Enferm USP2011 45(6)1380-6 wwweeuspbrreeusp
SILVA FILHO QUEIROZ ABREU et al Utilizaccedilatildeo do Processo de Enfermagem e as Dificuldades Encontradas por Enfermeiros Cogitare Enferm 2013 AbrJun 18(2)351-7 SOUZA VASCONCELLOS PARRA et al Processo de EnfermagemDificuldades Enfrentadas Pelos Enfermeiros de um Hospital Puacuteblico de Grande Porte na Amazonia Brasil Braz J Surg Clin ResBJCR 2015
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
2
compromising the quality of nursing care The present study has as general objective to describe the knowledge of the nursing team about the Systematization of Nursing Assistance (SAE) and as a specific objective to identify the difficulties encountered by the nursing team in the implementation and application of SAE in their work routine It is a study of narrative literature review where it was identified the potential bibliography scientific articles and books selected for relevance and adequacy to the proposed objectives The data from this study allowed us to conclude that there is great difficulty in understanding the importance of SAE as a method of organizing care in its application and implementation These difficulties according to the work analyzed are due to a lack of in-depth knowledge about its methodology and the unavailability of time especially caused by work overload constituting a discouraging process and compromising nursing care quality
Keywords Patient Care Planning Nursing team Nursing process
INTRODUCcedilAtildeO
O caminho evolutivo da sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem
percorre momentos histoacutericos desde o surgimento da enfermagem com Florence
Nightingale (1820-1910) o nascer cientiacutefico advindo do desenvolvimento das teorias
de enfermagem culminando na implantaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de
Enfermagem (AZEREDO 2004)
A partir da deacutecada de 50 os questionamentos apontados acerca da profissatildeo
e sua teacutecnica de trabalho levaram enfermeiras dos Estados Unidos a preocuparem-se
em aplicar princiacutepios cientiacuteficos aos seus procedimentos Este foi o iniacutecio da
percepccedilatildeo da necessidade de se desenvolver um conjunto de conhecimento
especiacutefico que pudesse conferir identidade e autonomia agrave profissatildeo A partir da
deacutecada de 60 estas reflexotildees levaram a busca mais acentuada no sentido de elaborar
modelos e teorias de enfermagem com o objetivo de descrever e caracterizar os
componentes dos fenocircmenos que lhe satildeo pertinentes e cuja finalidade foi explicar
elucidar e interpretar ou seja dizer o significado e o porquecirc dos fatos e suas relaccedilotildees
(VIETTA et al 1995 GERMANO 1983 DINIZ 2006)
No Brasil a apresentaccedilatildeo deste meacutetodo de assistecircncia iniciou-se na deacutecada
de 70 por Wanda de Aguiar Horta sendo que o seu impacto pode ser observado por
meio de sua aplicaccedilatildeo na assistecircncia no ensino e na pesquisa ateacute os dias atuais
(CUNHA amp BARROS 2005)
Observa-se na deacutecada de 60 apenas 3 trabalhos haviam sido publicados
sendo que na deacutecada de 70 jaacute haviam 154 trabalhos publicados Com a nova
legislaccedilatildeo uma vasta produccedilatildeo cientiacutefica no campo da enfermagem foi evidenciada
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
3
tendo no periacuteodo de 1979 a 1989 um total de 349 pesquisas produzidas e publicadas
Em relaccedilatildeo ao desenvolvimento acadecircmico foram nos anos 80 que os cursos de poacutes
graduaccedilatildeo obtiveram maior visibilidade Essa deacutecada foi uma eacutepoca marcada por
muitas conquistas no que concerne ao aspecto legal e tambeacutem em relaccedilatildeo a aquisiccedilatildeo
de direitos contudo houveram perdas pontuais durante este periacuteodo Dentre as
conquistas podemos citar a regulamentaccedilatildeo e aprovaccedilatildeo da Lei do Exerciacutecio
Profissional Lei nordm 74981986 regulamentada pelo Decreto 94406 que dispotildee sobre
o exerciacutecio da enfermagem (PEREIRA 2011)
Assim tambeacutem no final da deacutecada de 80 o Conselho Internacional de
Enfermagem (ICN) iniciou estudos objetivando a elaboraccedilatildeo de um sistema que
descrevesse a praacutetica de enfermagem a partir de uma nomenclatura compartilhada
pelas enfermeiras de todo o mundo Denomina-se Classificaccedilatildeo Internacional para a
Praacutetica de Enfermagem ndash ICNP ndash International Classification for Nursing Practice e
classifica-se os fenocircmenos de enfermagem as intervenccedilotildees e os resultados (PUNTEL
et al 2009)
Da deacutecada de 90 ao ano de 2002 vaacuterios acontecimentos formaram uma nova
forma de atuaccedilatildeo para a enfermagem no Brasil partindo da criaccedilatildeo do Sistema Uacutenico
de Sauacutede (SUS) constituiacutedo a partir das Leis Orgacircnicas da sauacutede (808090 e 814290)
que demarcou um periacuteodo de expansatildeo da rede ambulatorial em todo o paiacutes a criaccedilatildeo
das Unidades Baacutesicas de Sauacutede ambulatoacuterios regionais hospitais secundaacuterios e
terciaacuterios oferecendo a populaccedilatildeo um acesso significativo aos serviccedilos de sauacutede
dando iniacutecio ao processo de enfermagem generalista Desde 1997 um novo curriacuteculo
regulamentado pela Portaria jaacute citada de nordm 1721 de 15 de dezembro de 1994 do
Ministeacuterio da Educaccedilatildeo estruturou o conteuacutedo miacutenimo e duraccedilatildeo e duraccedilatildeo dos
cursos superiores em enfermagem em todo o paiacutes (NAKAMAE 1997)
Na Lei nordm 7498 de junho de 1986 que regulamenta do Exerciacutecio Profissional
de Enfermagem o termo adotado eacute Consulta de Enfermagem assim como na
Resoluccedilatildeo COFEN nordm159 de 1993 Entretanto na Resoluccedilatildeo COFEN 2722000
observa-se o emprego de Processo de Enfermagem para denominar o emprego da
assistecircncia sistematizada
As Leis que normatizam as profissotildees relacionadas a enfermagem apontam
que o trabalho nesta aacuterea eacute realizado por diferentes categorias de trabalhadores a
saber Enfermeiro Teacutecnico de Enfermagem Auxiliar de Enfermagem Nas diferentes
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
4
funccedilotildees em relaccedilatildeo agrave assistecircncia prestada apenas o enfermeiro possui atribuiccedilotildees
com funccedilotildees administrativas e de supervisatildeo (COREN 2001)
Estudos mostram que o ensino da SAE eacute proporcionado aos graduados de
enfermagem mas na formaccedilatildeo dos profissionais teacutecnicos e auxiliares pouca ou
nenhuma informaccedilatildeo eacute dada a este respeito Este fato eacute atribuiacutedo agrave dificuldade em
delimitar as competecircncias de cada profissional da equipe de enfermagem no que
discerne agrave operacionalizaccedilatildeo deste meacutetodo (MENDES amp BASTOS 2003)
Diante do exposto quanto a dificuldade efetiva de aplicabilidade da SAE pela
equipe de enfermagem diretamente envolvida neste processo a problemaacutetica a ser
estudada neste trabalho eacute de grande impacto na responsabilidade e na qualidade
assistencial quanto agrave utilizaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem
tendo em vista o Processo de Enfermagem no dia-a-dia de trabalho
O presente estudo tem como objetivo geral descrever o conhecimento da
equipe de enfermagem sobre a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem (SAE)
e como objetivo especiacutefico identificar as dificuldades encontradas pela equipe de
enfermagem na implementaccedilatildeo e aplicaccedilatildeo da SAE na sua rotina de trabalho
FUNDAMENTACcedilAtildeO TEOacuteRICA Mudanccedilas nos Curriacuteculos dos Cursos de Enfermagem ao longo do Tempo
A deacutecada de 20 foi consagrada como marco no que se refere ao ensino de
enfermagem no Brasil com a criaccedilatildeo da primeira escola de enfermagem ndash Ana Nery
mudando a sua praacutetica que ateacute entatildeo era feita por religiosas voluntaacuterias e escravas
na escola o ensino ministrado era de niacutevel meacutedio e profissional com o objetivo de se
preparar enfermeiras para a sauacutede puacuteblica com intuito de atender principalmente o
saneamento nos portos e a profilaxia das doenccedilas transmissiacuteveis (BARBOSA amp
BATISTA 2008)
Nos anos 30 intensificou-se a criaccedilatildeo de escolas de enfermagem o que tornou
necessaacuteria a criaccedilatildeo de uma padronizaccedilatildeo na formaccedilatildeo O curso tinha duraccedilatildeo inicial
de 3 (trecircs) anos conforme estabelecia o Decreto nordm 1630023 da Escola do
Departamento Nacional de Sauacutede Puacuteblica que passou a ter duraccedilatildeo de 4 (quarto)
anos jaacute no seu segundo ano de existecircncia Nesta eacutepoca o curso era dividido em 5
(cinco) partes onde no uacuteltimo ano havia a possibilidade de escolha de uma
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
5
especializaccedilatildeo (enfermagem cliacutenica sauacutede puacuteblica ou administraccedilatildeo hospitalar) Nas
deacutecadas de 40 e 50 a formaccedilatildeo em enfermagem era quase que exclusivamente
hospitalar e predominava a aprendizagem teacutecnica Nos anos 60 foram implantados os
primeiros cursos superiores de enfermagem com o reconhecimento da
profissionalizaccedilatildeo da enfermagem em seus trecircs niacuteveis superior teacutecnico e auxiliar
(LDB 402461) mas foi em 1962 que a legislaccedilatildeo promoveu o ensino meacutedio para o
ensino superior com o objetivo de ampliar as funccedilotildees da enfermeira de
exclusivamente assistenciais para somar-lhe ainda as administrativas e as de
docecircncia Outra mudanccedila que marcou esta eacutepoca foi a mudanccedila do ensino com base
teacutecnica para o ensino com fundamentaccedilatildeo cientiacutefica (PRUSS 2014)
Participando destes momentos histoacutericos e seu desenvolvimento cabe
ressaltar que a enfermagem desenvolveu e possui ateacute os dias atuais um conjunto de
conceitos e formas de atuar que constituem o conhecer em sauacutede e seu modo de
atuaccedilatildeo que se baseia principalmente na prestaccedilatildeo de serviccedilos em prol do indiviacuteduo
famiacutelia e comunidade em geral utilizando-se das fases do meacutetodo cientiacutefico Apesar
da organizaccedilatildeo desse trabalho ser denominada de Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de
Enfermagem tambeacutem referida como SAE ou Processo de Enfermagem (PE) outros
sinocircnimos tambeacutem satildeo conhecidos e utilizados na praacutetica do dia-a-dia tais como
Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia Metodologia da Assistecircncia Planejamento da
Assistecircncia Processo do Cuidado Metodologia do Cuidado Processo de
Assistecircncia Consulta de Enfermagem Processo de Atenccedilatildeo em Enfermagem e
Processo de Enfermagem (CARVALHO et al 2007 FIGUEIREDO et al 2006)
As instituiccedilotildees de ensino de enfermagem dos anos 80 voltaram-se entatildeo para
a formaccedilatildeo na aacuterea hospitalar e para a sauacutede puacuteblica somando-se a ideologia
prevencionista da deacutecada anterior ao movimento sanitaacuterio de sauacutede puacuteblica (Reforma
sanitaacuteria e proposta do SUDS) dando iniacutecio a uma nova fase de revisatildeo das funccedilotildees
do enfermeiro De 1990 a 2000 tornou-se possiacutevel identificar a melhor forma da busca
pela redefiniccedilatildeo e pelo reconhecimento professional assim como a conquista pela
autonomia do enfermeiro na sua praacutetica Para tanto houve uma nova adequaccedilatildeo de
curriacuteculos nos cursos agraves novas poliacuteticas e sistemas de sauacutede Muito contribuiu para
essas mudanccedilas na aacuterea da enfermagem o contexto dessa eacutepoca a concretizaccedilatildeo
da implantaccedilatildeo da nova proposta de sistema de sauacutede SUS a volta de algumas
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
6
doenccedilas endecircmicas como a dengue a conquista dos geneacutericos no cenaacuterio
farmacecircutico os processos de implantaccedilatildeo e consolidaccedilatildeo dos Conselhos de Sauacutede
e a presenccedila da exclusatildeo social e dos danos ambientais (THERRIEN et al 2008)
A implementaccedilatildeo e aplicaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem
na rotina do trabalho ao longo da histoacuteria
A metodologia conhecida como Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia da Assistecircncia
de Enfermagem (SAE) abrange etapas como organizaccedilatildeo planejamento e execuccedilatildeo
de accedilotildees sistematizadas cabendo a equipe de enfermagem sua realizaccedilatildeo pelo
tempo em que o cliente se encontra sob seus cuidados de acordo com as
responsabilidades e atribuiccedilotildees de cada professional da enfermagem (NEVES amp
SHIMIZU 2010)
Sua introduccedilatildeo aconteceu nas deacutecadas de 20 e 30 nos cursos de
Enfermagem especialmente atraveacutes do estudo de casos e no planejamento de
cuidados individualizados passando a ser utilizada como instrumento de
planejamento e execuccedilatildeo de sua praacutetica sendo denominada de Plano de Cuidados
passando a ser utilizada como meacutetodo cientiacutefico para organizar cuidados (Barreira amp
Baptista 2003)
No Brasil a SAE comeccedilou a ser implantada com maior ecircnfase em alguns
Serviccedilos de Enfermagem nas deacutecadas de 1970 e 80 Nessa eacutepoca a Teoria
de Necessidades Humanas Baacutesicas (NHB) de Wanda de Aguiar Horta
influenciou a aplicaccedilatildeo do Processo de Enfermagem nas instituiccedilotildees de
sauacutede e no ensino de Enfermagem Essa Teoria foi adotada para a
implementaccedilatildeo das etapas da SAE no cenaacuterio em estudo tendo em vista que
esse modelo tem sido adotado pela maioria dos enfermeiros e amplamente
utilizado nas pesquisas de SAE e nas realidades brasileiras (MARIA et al
1997)
Contudo a visatildeo da necessidade de se desenvolver um sistema de trabalho
que viesse de encontro com a necessidade da concretizaccedilatildeo da proposta de
promover manter e restaurar a sauacutede do paciente aconteceu somente nas uacuteltimas
deacutecadas (BASTOS amp MENDES 2005)
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
7
A teoria em enfermagem funciona como um alicerce estrutural para a
implantaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem (SAE) e o meacutetodo a
ser utilizado para implantar uma teoria na pratica eacute o Processo de Enfermagem
(REMIZOSKI et al 2010)
Dentre as diversas formas de organizar a assistecircncia para tornaacute-la segura
podemos destacar os protocolos a escala de funcionaacuterios diaacuteria e os fluxos do
processo de enfermagem sendo este uma ferramenta metodoloacutegica utilizada para
orientar o cuidado profissional de enfermagem de promover a qualidade no cuidado
prestado
A Resoluccedilatildeo COFEN 3582009 refere-se agraves cinco etapas de implementaccedilatildeo
do Processo de Enfermagem distribuiacutedas da seguinte maneira Coleta de dados de
Enfermagem (ou Histoacuterico de Enfermagem) Diagnoacutestico de Enfermagem
Planejamento de Enfermagem Implementaccedilatildeo e Avaliaccedilatildeo de Enfermagem
Embora aparentemente as responsabilidades na SAE estejam bem
delineadas observa-se ainda duacutevidas sobre as responsabilidades inerentes a cada
membro da equipe Neste sentido cabe esclarecer que aleacutem de possuir
conhecimento teacutecnico e cientiacutefico e uma praacutetica baseada em evidecircncias e de acordo
com a legislaccedilatildeo vigente o enfermeiro eacute profissional incumbido do planejamento e
execuccedilatildeo da SAE isto eacute o enfermeiro eacute quem colhe os dados realiza o exame fiacutesico
faz os diagnoacutesticos prescreve a assistecircncia e realiza a evoluccedilatildeo cabendo aos
teacutecnicos e auxiliares de enfermagem serem orientados (BAPTISTA 2012)
O processo de enfermagem eacute considerada a metodologia de trabalho mais
conhecida e de maior aceitaccedilatildeo em todo o mundo Importante salientar ainda que a
aplicaccedilatildeo do processo de enfermagem proporciona ao enfermeiro a possibilidade de
prestaccedilatildeo de cuidados individualizados por meio da anaacutelise das necessidades
humanas baacutesicas (ANDRADE 2007)
Segundo Casafus et al (2013) embora a coordenaccedilatildeo do processo de cuidar
seja responsabilidade do Enfermeiro a realidade natildeo tem sido evidenciada na anaacutelise
do dia-a-dia da praacutetica da enfermagem que aponta muintas vezes para o auxiliar e
teacutecnico de enfermagem realizando a tomada de decisatildeo sobre a assistecircncia a ser
prestada Essa realidade aponta para uma necessidade de investimentos em recursos
humanos e no fortalecimento da educaccedilatildeo permanente
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
8
Auxiliares e Teacutecnicos de enfermagem sofrem com a sobrecarga de trabalho e
procuram trabalhar entatildeo por um modelo conhecido como prestaccedilatildeo de cuidados
prescritos pelo profissional meacutedico descaracterizando a operacionalizaccedilatildeo da SAE Ambos
os profissionais (Auxiliares e Teacutecnicos) tem a SAE como um instrumento de cuidado
ilusoacuterio o que potildee o enfermeiro em situaccedilatildeo de impotecircncia em seu papel de planejar
e coordenar (BACKES et al 2005)
METODOLOGIA
Trata-se de um estudo de revisatildeo narrativa de literatura onde foi identificada
a bibliografia potencial localizada online artigos cientiacuteficos e livros selecionados pela
relevacircncia e adequaccedilatildeo aos objetivos propostos
Foram levantados os estudos brasileiros na base de dados Lilacs (Literatura
Latino-Americana e do Caribe em Ciecircncias da Sauacutede) Medline (Literatura
Internacional em Ciecircncias da Sauacutede) BDENF (Base de Dados de Enfermagem) e
Portal da BVS que possui tambeacutem bases referenciais como o Cataacutelogo de Revistas
Cientiacuteficas e o DeCS
As etapas adaptadas para o desenvolvimento desta revisatildeo foram escolha do
tema e do objeto de estudo levantamento da questatildeo da pesquisa ou definiccedilatildeo do
problema a ser investigado escolha dos descritores e dos termos livres levantamento
dos artigos nas bases de dados estabelecimento de criteacuterios para inclusatildeo e exclusatildeo
dos estudos aleacutem da discussatildeo dos resultados com a identificaccedilatildeo de conclusotildees
Os criteacuterios de inclusatildeo utilizados foram artigos originais que respondessem a
questatildeo norteadora com resumos apresentados na base de dados Os criteacuterios de
exclusatildeo foram editoriais artigos de revisatildeo da literatura e artigos que natildeo
respondessem a questatildeo norteadora proposta por este estudo
Para a busca dos descritores padronizados lanccedilou-se matildeo dos DeCS
(Descritores em Ciecircncias de Sauacutede) utilizando-se como DeCS Planejamento de
Assistecircncia ao Paciente Enfermagem Equipe de enfermagem Processo de
enfermagem
A busca de dados realizada foi feita objetivando o tema proposto e aconteceu
no segundo semestre de 2017
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
9
A seleccedilatildeo dos artigos para anaacutelise ocorreu com base nos artigos publicados
nos uacuteltimos 10 anos o que natildeo excluiu o uso de artigos de anos anteriores
Foram encontrados 75 artigos que continham as palavras chave contudo
somente 18 respondiam diretamente ao questionamento proposto
5 RESULTADOS
Tabela 1 ndash Siacutentese dos resultados da revisatildeo bibliograacutefica referente ao
conhecimento da equipe de enfermagem sobre a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia
de Enfermagem (SAE) Praia Grande 2017
Referecircncia Resultados principais RAMOS amp CARVALHO amp CANINI et al 2009
As maiorias dos profissionais sabem da existecircncia da SAE mas natildeo tem
um entendimento adequado sobre o seu papel dentro da SAE mesmo
apoacutes terem recebido treinamento sobre o assunto natildeo compreende como
essa ferramenta se adequada ao seu dia a dia e relatam natildeo terem essa
mateacuteria na sua formaccedilatildeo Porem participam arduamente na realizaccedilatildeo da
SAE dando paracircmetros e informaccedilotildees constante sobre o paciente O
consenso entre os entrevistados eacute o mesmo que a SAE melhora a
assistecircncia e qualidade do paciente mas natildeo compreendem seu papel
dentro dela
SILVA amp OLIVEIRA amp NEVES amp GUIMARAtildeES et al 2011
Os enfermeiros justificam que conhecem a SAE mas muitoS tambem natildeo
respoderam a pesquisa sobre conhecimento da SAE e porem nao a
utilizatildeo por varios motivos falta de formularios falta de incentivo
institucional e escases de matildeo de obra suficiente e reconhecem que
utilizando a ferramenta certa a qualidade do serviccedilo prestado pode
melhorar muito A maioria dos profissionais que tem conhecimento sobre
a SAE satildeo das UTIs e satildeo informatizadas com uma linguagem unica
Apenas 23 profissionais disseram conhecer todas as etapas da SAE
MEDEIROS amp SANTOS amp CABRAL et al 2012
Estudo feito com 13 enfermeiros da Paraiacuteba em uma maternidade publica
obsteacutetrica onde a opiniatildeo desses enfermeiros gerou um visatildeo positiva
vendo a SAE como um instrumento de trabalho que auxilia no cuidado e
na qualidade da assistecircncia prestada e traacutes seguranccedila para toda a equipe
e entendimento melhor de cada caso Dando uma resoluccedilatildeo de cada
caso organizando e planejando melhor cada execuccedilatildeo dentro do centro
obsteacutetrico e maternidade
COGO amp GEHLEN amp ILHA amp ZAMBELAN amp FREITAS amp BACKES et al 2012
Alguns enfermeiros relatam conhecer a SAE e sua importancia de uma
linguagem unica sempre visando o bem do paciente e tambem a
valorizaccedilatildeo do profissional poreacutem quando prescrito o cuidados algumas
pessoas natildeo gostaram e natildeo respeitavam considerando muita
interferencia do enfermeiro no cuidar
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
10
CASAFUS DELL`ACQUA amp BOCCHI et al 2013
Consideram a SAE como instrumento de organizaccedilatildeo e melhoria na
qualidade da assistecircncia e querem realizar todas as etapas constata-se
poreacutem que falta braccedilal falta de interesse e educaccedilatildeo continuada ameniza
a culpa pela falta de realizaccedilatildeo A falta de clareza e de valorizaccedilatildeo dificulta
a execuccedilatildeo tornando a SAE ilusoacuteria em uma tentativa frustrada de tornar
a SAE um modelo de organizaccedilatildeo e ferramenta de trabalho para beneficio
do paciente
MELO amp PEREIRA amp PONTES amp FARIAS amp BEZERRA et al 2016
A maioria das opiniotildees eacute que a SAE eacute beneacutefica garantindo uma
padronizaccedilatildeo porem entre outras opiniotildeesimplantar a SAE eacute um desafio
tambeacutem relatam a capacitaccedilatildeo acadecircmica e formaccedilatildeo dos
profissionaispouco investimento no profissional a pratica da
padronizaccedilatildeo do beneficio do paciente natildeo eacute rotina no Brasil contando
obstaacuteculos e desvalorizaccedilatildeo do profissional
SILVA amp ALMEIDA amp OLIVEIRA amp SAMPAIO amp PAIXAtildeO et al 2016
Compreende-se o desconhecimento em que processo de enfermagem
natildeo se ouviu falar mas reconhecem que eacute privativo do enfermeiro e que
deveria ser mais divulgado nas escola teacutecnicas quanto aos enfermeiros
veem com melhor planejamento economia para a instituiccedilatildeo e
conhecimento de cada paciente por outro lado se prendem a parte
burocraacutetica natildeo viabilizando a sua realizaccedilatildeo mas reconhecem a
importacircncia da SAE
Tabela 2 ndash Siacutentese dos resultados da revisatildeo bibliograacutefica referente agraves
dificuldades encontradas pela equipe de enfermagem na implementaccedilatildeo e
aplicaccedilatildeo da SAE na sua rotina de trabalho
Referecircncia Dificuldades apontadaspelos Enfermeiros Teacutecnicos e Auxiliares
HERMIDA et al 2004
Dentre as dificuldades apontadas pelos profissionais estatildeo realizaccedilatildeo do exame fiacutesico adequar o exame fiacutesico a doenccedila apresentada pelo paciente realizar ausculta pulmonar e cardiacuteaca necessidade de aprofundamento teoacuterico e falta de praacutetica cumprimento da prescriccedilatildeo de enfermagem por sua proacutepria equipe descontinuidade da implementaccedilatildeo da assistecircncia entre turnos alguns profissionais natildeo lecircem o que estaacute prescrito falta de conhecimento mesmo procurando por ele inseguranccedila prescriccedilatildeo de enfermagem sem avaliaccedilatildeo preacutevia do paciente natildeo saber realizar o processo de enfermagem dificuldade de elaborar a prescriccedilatildeo de enfermagem falta de objetividade na elaboraccedilatildeo da prescriccedilatildeo natildeo checagem dos cuidados na prescriccedilatildeo falta de objetividade no levantamento dos problemas Preparo inadequado na graduaccedilatildeodespreparo do pessoal falta de comprometimento envolvimento e responsabilidade de enfermeirosdesinteresse e desmotivaccedilatildeo perfil e postura inadequados de algumas profissionais falta de lideranccedila e de organizaccedilatildeo de enfermeiras pouca disponibilidade de enfermeiras e excesso de trabalho falhas no desempenho e falta de confianccedila de enfermeiras em seu trabalho desvalorizaccedilatildeo do trabalho e desconsideraccedilatildeo sobre a importacircncia da SAE por parte das enfermeiras problemas de relacionamento interpessoal conflitos internos ausecircncia de definiccedilatildeo de papeacuteis do quadro de enfermagem falta de conscientizaccedilatildeo da equipe de enfermagem falta de
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
11
treinamento da equipe de enfermagem falta de trabalho em equipe para padronizar a assistecircncia falta de integraccedilatildeo e resistecircncia de enfermeiras em envolver-se com propostas de melhoria da assistecircncia estresse questotildees salariais carecircncia de pessoal de enfermagemenfermeirosatividades administrativas concomitantes com as assistenciais aplicaccedilatildeo do processo como mais uma tarefa a instituiccedilatildeo como organizaccedilatildeo burocraacutetica natildeo espera que seja realizado outro cuidado aleacutem do estabelecido pelo meacutedico falta de vontade das chefias e da instituiccedilatildeo falta de material eou equipamento como sintoma da ldquofalta de vontade das chefias e instituiccedilotildeesrdquo inadequaccedilatildeo da estrutura fiacutesica da Unidade falhas na estrutura administrativa da instituiccedilatildeo ser instituiccedilatildeo puacuteblica baixa eficiecircncia de serviccedilos de apoio (laboratoacuterio)
BACKES amp ESPERANCcedilA amp AMARO amp CAMPOS amp CUNHA amp SCHWARTZ et al 2005
Este estudo aponta como dificuldades a falta de conhecimento teoacuterico cientiacutefico e praacutetico na execuccedilatildeo das fases da SAE tornando-se uma barreira por natildeo haver conscientizaccedilatildeo do quanto eacute importante este instrumento de trabalho Os cursos de graduaccedilatildeo tambeacutem foram apontados como insuficientes no contexto teoacuterico e praacutetico das enfermeiras para a realizaccedilatildeo da SAE com relatos de que os alunos recebem conhecimento superficial para a praacutetica de enfermagem sugerindo uma verificaccedilatildeo na grade curricular e conteuacutedo abrangido durante o curso Concluiu-se que os achados deste estudo respondem as questotildees iniciais desta pesquisa e que a execuccedilatildeo das fases do PE vincula-se agrave capacitaccedilatildeo que estes profissionais possuem para realizaccedilatildeo de suas atividades e da conscientizaccedilatildeo da sua importacircncia para a sua profissatildeo embora haja outros motivos citados em vaacuterios estudos apontados como dificultadores para a aplicaccedilatildeo do PE como planta fiacutesica falta de recursos humanos falta de tempo excesso de atribuiccedilotildees da enfermeira deficiecircncia da chefia falta de apoio administrativo falta de recursos materiais entre outros mas a falta de conhecimento por parte das enfermeiras para a realizaccedilatildeo do processo eacute visto como motivo principal que leva estas profissionais a natildeo executarem de forma eficaz a SAE em seu cotidiano
TAKAHASHI amp BARROS amp MICHEL amp SOUZA et al 2007
Este estudo aponta como dificuldades a falta de conhecimento teoacuterico cientiacutefico e praacutetico na execuccedilatildeo das fases da SAE tornando-se uma barreira por natildeo haver conscientizaccedilatildeo do quanto eacute importante este instrumento de trabalho Os cursos de graduaccedilatildeo tambeacutem foram apontados como insuficientes no contexto teoacuterico e praacutetico das enfermeiras para a realizaccedilatildeo da SAE com relatos de que os alunos recebem conhecimento superficial para a praacutetica de enfermagem sugerindo uma verificaccedilatildeo na grade curricular e conteuacutedo abrangido durante o curso Concluiu-se que os achados deste estudo respondem as questotildees iniciais desta pesquisa e que a execuccedilatildeo das fases do PE vincula-se agrave capacitaccedilatildeo que estes profissionais possuem para realizaccedilatildeo de suas atividades e da conscientizaccedilatildeo da sua importacircncia para a sua profissatildeo embora haja outros motivos citados em vaacuterios estudos apontados como dificultadores para a aplicaccedilatildeo do PE como planta fiacutesica falta de recursos humanos falta de tempo excesso de atribuiccedilotildees da enfermeira deficiecircncia da chefia falta de apoio administrativo falta de recursos materiais entre outros mas a falta de conhecimento por parte das enfermeiras para a realizaccedilatildeo do processo eacute visto como motivo principal que leva estas profissionais a natildeo executarem de forma eficaz a SAE em seu cotidiano
REMIZOSKI amp ROCHA amp VALL et al 2010
As dificuldades encontradas neste estudo foram preparo inadequado na formaccedilatildeo com baixa qualificaccedilatildeo dos docentes deacuteficit da aceitaccedilatildeo da equipe de sauacutede falta de comprometimento e
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
12
envolvimento da equipe falta de recursos materiais e excesso de atribuiccedilotildees para o enfermeiro despreparo da equipe descrenccedila e rejeiccedilatildeo do proacuteprio enfermeiro desvalorizaccedilatildeo dos enfermeiros diante de outros profissionais falta de credibilidade dos profissionais quanto as suas prescriccedilotildees resistecircncia aacute mudanccedilas carecircncia de apoio e estimulo da coordenaccedilatildeo de enfermagem falta de conhecimento sobre realizaccedilatildeo do exame fiacutesico falta de estabelecimento de prioridades e falta de conscientizaccedilatildeo sobre os benefiacutecios da implantaccedilatildeo da SAE no seu exerciacutecio profissional
SILVA amp FILHO amp QUEIROZ amp ABREU et al 2013
Conclui-se que apesar dos enfermeiros terem o conhecimento que a sistematizaccedilatildeo da assistecircncia eacute um instrumento para sua qualificaccedilatildeo e entenderem sua necessidade esses referem dissociaccedilatildeo de suas etapas resistecircncia dos profissionais deacuteficit de conhecimento e muitos profissionais como dificuldades a sua aplicabilidade Assim sendo observou-se que existem vaacuterios fatores que dificultam a implantaccedilatildeo da SAE com ecircxito
SILVA amp PRADO amp CARNEIRO amp COSTA et al 2014
O estudo evidencia a necessidade de mudanccedilas no processo de trabalho da enfermagem na unidade em estudo para a promoccedilatildeo e concretizaccedilatildeo do cuidado sistematizado e consequentemente melhoria da qualidade da assistecircncia ao cliente As dificuldades encontradas foram relacionadas aacute sobrecarga de trabalho deacuteficit no nuacutemero de profissionais para o desempenho das atividades estrutura fiacutesica inadequada a falta de recursos materiais realizaccedilatildeo de melhor dimensionamento de profissionais
GRANDO amp ZUSE et al 2014
As dificuldades apontadas pelos profissionais como fatores que impossibilitam uma aplicabilidade eficaz da SAE foram a necessidade de aprofundamento teoacuterico e a falta de praacutetica e objetividade pelos profissionais nos levantamentos de problemas bem como a necessidade de boa compreensatildeo sobre as etapas da SAE e aplicaccedilatildeo atraveacutes do saber e do fazer Foram evidenciadas tambeacutem falta de compromisso e envolvimentos nas atividades da equipe assim como deacuteficit de recursos humanos profissionais descontinuidade e acompanhamento perioacutedico aleacutem de estabelecimento de prioridades no serviccedilo Notou-se tambeacutem que pouco os auxiliares e teacutecnicos satildeo abordados nas pesquisas um erro fatal visto que esses profissionais satildeo peccedilas fundamentais para o sucesso na execuccedilatildeo e aplicaccedilatildeo da SAE Fala-se mais uma vez sobre os cursos de graduaccedilatildeo que deixam a desejar em conteuacutedo teoacuterico e praacutetico em suas grades curriculares e a falta ou inexpressiva educaccedilatildeo continuada
SANTOS et al 2014
A Sistematizaccedilatildeo de enfermagem ocorre de forma ainda fragmentada havendo a necessidade de reorganizaccedilatildeo deste instrumento para melhorar a assistecircncia do cliente pois somente com a realizaccedilatildeo de todas as etapas da SAE poderemos dizer que ela foi implantada corretamente As dificuldades apontadas foram a falta de recursos humanos a falta de conhecimento teoacuterico a desvalorizaccedilatildeo por parte da instituiccedilatildeo o natildeo reconhecimento da equipe de enfermagem investimentos na educaccedilatildeo continuada eacute um exemplo claro de carecircncia observou-se tambeacutem certa resistecircncia por parte dos enfermeiros falta de tempo para se dedicar ao paciente por realizarem atividades burocraacuteticas alta demanda de pacientes falta de privacidade com o paciente a falta de envolvimento do processo como um todo
SOUZA amp VASCONCELLOS amp PARRA et al 2015
O presente estudo revela que os enfermeiros satildeo sobrecarregados com tarefas natildeo pertinentes a sua funccedilatildeo e que por esse motivo deixam para segundo plano as atividades relacionadas aacute SAE e a equipe de enfermagem rotulando o enfermeiro como burocraacutetico e
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
13
favorecendo sua desvalorizaccedilatildeo Evidenciadas as dificuldades na aplicaccedilatildeo da SAE os enfermeiros acreditam que oferecer treinamento e capacitaccedilatildeo para a equipe em geral poder contar com recursos humanos e informatizaccedilatildeo atraveacutes de software poderia melhorar o planejamento de suas atividades permitindo assim de forma contiacutenua e integral a assistecircncia humanizada a valorizaccedilatildeo do enfermeiro aleacutem de fortalecer e engrandecer o trabalho em equipe
MARINELLI amp SILVA amp SILVA et al 2015
As principais dificuldades citadas satildeo falta de conhecimento sobre a realizaccedilatildeo do exame fiacutesico ausecircncia de treinamento sobre o tema nas instituiccedilotildees de sauacutede falta de registro adequado da assistecircncia de enfermagem a sobrecarga de trabalho evidenciada pelo deacuteficit de profissionais qualificados e capazes de identificar os problemas reais e potenciais dos pacientes envolvidos no PE conflito de papeacuteis dificuldade de aceitaccedilatildeo de mudanccedilas falta de credibilidade nas prescriccedilotildees de enfermagem carecircncia de pessoal treinado e com habilidades para exercer essa funccedilatildeo aleacutem de falta de apoio da equipe
FIGUEIREDO amp FERREIRA et al 2016
As principais dificuldades encontradas para a implantaccedilatildeo da SAE mostraram que a falta de conhecimento sobre a SAE e inadequaccedilatildeo na estrutura do hospital satildeo fatores que dificultam o atendimento de forma individualizada ao paciente dentro do centro ciruacutergico e conclui-se que para atender o paciente de forma integral fazem-se necessaacuterias aulas teoacutericas aliadas ao exerciacutecio da profissatildeo aleacutem de se evidenciar que a pouca experiecircncia de profissionais receacutem formados podem interferir de forma negativa na realizaccedilatildeo da SAE cursos teacutecnicos natildeo possuem conhecimento preacutevio da implantaccedilatildeo do processo de sistematizaccedilatildeo de enfermagem outra dificuldade aponta comunicaccedilatildeo insuficiente entre funcionaacuterios priorizaccedilatildeo de atividades administrativas por parte dos enfermeiros sobrecarga de trabalho desmotivaccedilatildeo falta de recursos humanos condiccedilotildees miacutenimas de trabalho desqualificaccedilatildeo e a falta de estrateacutegias oferecidas pelo gerenciador e instituiccedilatildeo empregatiacutecia
DISCUSSAtildeO
A Sistematizaccedilatildeo da Assistecircnciade EnfermagemndashSAE desde sua
implantaccedilatildeo no Brasil tem sido encarada como um desafio no que concerne a sua
implantaccedilatildeo e execuccedilatildeo apesar do consenso de se tratar de umas das mais
importantes responsabilidades do Enfermeiro
Sendo um processo organizacional a SAE eacute o instrumento que oferece as
condiccedilotildees adequadas para o desenvolvimento dos meacutetodos adequados de forma
interdiciplinar tornando o cuidado humanizado sendo que esta metodologia
padronizada pode ser considerada dentro do campo assistencial uma das mais
poderosas conquistas que em contrapartida exige do profissional um conhecimento
amplo e profundo de saberes com perpectiva interdisciplinar e multidimencional
Os trabalhos demonstram que seu desenvolvimento ainda natildeo eacute total
especialmente por conta da desmotivaccedilatildeo dos enfermeiros que por excesso de tarefas
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
14
acumuladas pela pouca atenccedilatildeo e pouco entendimento da equipe sobre os resultados
esperados e obtidos sua implantaccedilatildeo tem sido ineficaz
Uma das barreiras apresentadas neste sentido esta na ausecircncia do pleno
conhecimento acerca de todas as vantagens para a equipe paciente e instituiccedilatildeo
Sobre a corresponsabilidade das instituiccedilotildees acerca do baixo conhecimento
tanto do enfermeiro quanto da equipe haacute o apontamento da baixa demanda de cursos
de atualizaccedilatildeo e investimentos
Quanto aacutes demais dificuldades apontadas pelos enfermeiros podemos
encontrar a baixa adesatildeo da equipe por desconhecer a importacircncia e por estarem
focados mais na execuccedilatildeo da assistecircncia do que na parte documental apresentada
pelo Enfermeiro fazendo com que o Enfermeiro sinta-se desvalorizado
Em contrapartida Auxiliares e Teacutecnicos justificam sua baixa adesatildeo por
encararem a execuccedilatildeo e a implementaccedilatildeo dos cuidados apontados na SAE como
ilusoacuterios e fora do contexto real da rotina e demanda apresentada pelas instituiccedilotildees
Mesmo com as dificuldades apontadas tanto Enfermeiro quanto Auxiliares e
Teacutecnicos versam pelo mesmo contexto de considerarem a SAE como um instrumento
de trabalho vaacutelido
Importante salientar que apesar deste reconhecimento o tema abordado
sobre as dificuldades relacionadas aacute SAE no acircmbito cientifico tem sido pouco
explorado conforme observado no baixo nuacutemero de artigos encontrados que se
relacionavam diretamente sobre o assunto Contudo esta pesquisa mostra que o
interesse pelo assunto vem crescendo a partir do ano de 2010
CONCLUSAtildeO E CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Conforme observado sobre o tema estudado haacute uma grande dificuldade na
compreensatildeo da importacircncia da SAE como meacutetodo de organizaccedilatildeo de cuidados na
sua aplicaccedilatildeo e implementaccedilatildeo Tais dificuldades segundo os trabalhos analisado
acontecem por falta de conhecimento aprofundado sobre sua metodologia e pela
indisponibilidade de tempo ocasionado pela extenuaccedilatildeo profissional ocasionado por
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
15
sobrecarga de serviccedilo outra barreira observada eacute a visatildeo de ser um processo
desestimulador ou exclusivamente burocraacutetico
Contudo eacute iacutempar a aceitaccedilatildeo de que se trata de um meacutetodo de muita
importacircncia para o paciente como uma garantia de um cuidado mais organizado
eficiente e individualizado tornado integral a assistecircncia
Apesar desta visatildeo os trabalhos demonstram que os profissionais
compreendem que o sucesso desse meacutetodo estaacute baseado na obtenccedilatildeo de uma
estrutura miacutenima em termos de recursos humanos fiacutesicos de tempo e de interesse
da equipe de enfermagem
Conclui-se que o sucesso desse processo eacute apontado como dependente de
fatores tais como interesse da coordenaccedilatildeo equipe e de uma atuaccedilatildeo persistente da
educaccedilatildeo continuada
REFEREcircNCIAS
ANDRADE JS VIEIRA MJ Praacutetica assistencial de enfermagemproblemas perspectivas e necessidade de sistematizaccedilatildeo Rev Bras Enf 200558(3)261-5 AZEREDO T B S Histoacuterias da enfermagem no Paranaacute Site Coren-PR Curitiba 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwcorenprorgbrartigosartigo_23htmgt BACKES DS ESPERANCcedilA MP AMARO AM CAMPOS IEF CUNHA AD CHWARTZ E Sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem percepccedilatildeo dos enfermeiros de um hospital filantroacutepico Acta Sci Health Sci 2005 27(1)25-9 BARBOSA TSC amp Baptista SS Movimento de expansatildeo dos cursos superiores de enfermagem na regiatildeo centro-oeste do Brasil uma perspectiva histoacuterica Revista Eletrocircnica de Enfermagem 104 2008 BAPTISTA CMC et al Evoluccedilatildeo de enfermagem In CIANCIARULLO TI(Org) et al Sistema de Assistecircncia de Enfermagem evoluccedilatildeo e tendecircncias 5ed Satildeo Paulo Iacutecone 2012 p 173-190 BARREIRA I amp BAPTISTA S O movimento de reconsideraccedilatildeo do ensino e da pesquisa histoacuteria da enfermagem Rev Bras Enferm Novdez 2003 56 (6) 702-06 BASTOS MAR MENDES MA Transformando a praacutetica do enfermeiro Nursing Rio de Janeiro v 80 n 8 p 30-37 2005
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
16
CASAFUS DELLrsquoACQUA BOCCHI Entre o Ecircxito e a Frustraccedilatildeo Com a Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem Esc Anna Nery (impr)2013 abr - jun 17 (2)313 ndash 321
CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM Lei nordm 5905 de 12 de julho de 1973 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf Conselho Federal de Enfermagem ndash COFEN Resoluccedilatildeo 3582009 [on line] Disponiacutevel em httpwwwcofengovbrresoluo-cofen-3582009_4384html Conselho Federal de Enfermagem ndash COFEN Resoluccedilatildeo 3112007 [on line] Disponiacutevel em httpwwwcofengovbrresoluo-cofen-3112007_4345html Conselho Regional de Enfermagem de Satildeo Paulo ndash COREN Processo de Enfermagem Guia para a Praacutetica Satildeo Paulo 2015 Conselho Federal de Enfermagem de Satildeo Paulo ndash COFEN Guia de recomendaccedilotildees para registro de enfermagem no prontuaacuterio do paciente e outros documentos de enfermagem Satildeo Paulo 2016
___________ Lei ndeg 749886 de 25 de Junho de 1986 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf
__________ Decreto ndeg 9440687 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf ___________ Lei nordm 8967 de 28 de dezembro de 1994 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf ___________ Resoluccedilatildeo COFEN - 3112007 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf ___________ Resoluccedilatildeo COFEN-3582009 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf ___________ Resoluccedilatildeo COFEN ndash 3702010 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SAtildeO PAULO Decreto 4406 de 08 de junho de 1987 Disponiacutevel em httpportalcoren spgovbrsitesdefaultfilesParecer_013_AtuaC3A7C3A3o_de_AUX_como_TECpdf
Cogo Gehlen Ilha Zamberlan Freitas Backes et al Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem no Cenaacuterio Hospitalar Percepccedilatildeo Dos Enfermeiros Cogitare Enferm 2012 JulSet 17(3)513-8
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
17
CUNHA SMB BARROS ALB Anaacutelise da Implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem segundo o Modelo Conceitual de Horta Rev Bras Enferm 2005 set-out 58(5)568-72
DUARTE APP ELLENSOHN LA Operacionalizaccedilatildeo do processo de enfermagem em terapia intensiva neonatal Rev enferm UERJ 2007 outdez 15(4) 521-6 FIGUEIREDO RM ZEM-MASCARENHAS SH NAPOLEAtildeO AA Caracterizaccedilatildeo da produccedilatildeo do conhecimento sobre sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem no Brasil VerEsc Enferm USP 2006 abril 40(2) 299-303 FIGUEIREDO FERREIRA et al Dificuldades da Equipe de Enfermagem na Implantaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enferemagem no Centro Cirurgico de Campo Grande ndash MS wwwConvibrabr GRANDO ZUSE et al Dificuldades na Instituiccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem no Exercicio Profissional ndash Revisatildeo Integrativa Revista Contexto amp Sauacutede Ijuiacute bull v 14 bull n 26 bull JanJun 2014 GERMANO RM Educaccedilatildeo e ideologia da enfermagem no Brasil Satildeo PauloCortez 1983
HERMIDA PMV Desvelando a Implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de
Enfermagem Rev Bras de Enferm Brasiacutelia (DT) 2004 nov-dez 57(6)733-7
MARIA VLR DIAS AMC SHIOTSU CH FARIAS FAC Sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem no Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia relato de experiecircncia Rev Esc Enferm USP 1987 21(esp)77-87
MARINELLI SILVA SILVA SISTEMATIZACcedilAtildeO DA ASSISTEcircNCIA DE ENFERMAGEM Desafios para a implantaccedilatildeo Revista Enfermagem Contemporacircnea 2015 JulDez4(2) MEDEIROS SANTOS CABRAL Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem na Perspectiva dos Enfermeiros Uma Abordagem Metodologica na Teoria Fundamentada Rev Gauacutecha Enferm 2012( 33) MEDEIROS AL et al Sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem na perspectiva dos enfermeiros uma abordagem metodoloacutegica na teoria fundamentada Rev Gaucha Enferm 33(3) 174-181 set 2012 httppesquisabvsaludorgportalresourceptlil-654473
Medeiros AL Santos SR Cabral RWL Desvelando dificuldades operacionais na sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem na perspectiva da Grounded Theory Rev Eletr Enferm 201315(1)44-53 MENDES AA BASTOS MAR Processo de enfermagem sequecircncias no cuidar fazem a diferenccedila Rev Bras Enferm 200356(3)271-6
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
18
MELO PEREIRA PONTES FARIAS BEZERRA Implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem no Brasil Revisatildeo de Literatura wwwconbraciscombr Congresso Brasileiro de Ciecircncias e Sauacutede 2016 NAKAMAE DD Novos caminhos da enfermagem por mudanccedilas no ensino e na praacutetica da profissatildeo Satildeo Paulo (SP) Cortez 1987 NEVES RS SHIMIZU HE Anaacutelise da implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem em uma unidade de reabilitaccedilatildeo Rev bras enferm Brasiacutelia v 63 n 2 p 222-229 abr 2010 PRUSS ACSF O ensino de graduaccedilatildeo em enfermagem na Universidade Federal do Rio Grande do Sul referente agrave parturiccedilatildeo nas deacutecadas de 1950 e 1960 2014 PUNTEL A et al Enfermagem enquanto disciplina que campo de conhecimento identifica a profissatildeo Revista Brasileira de Enfermagem v 62 n 5 2009 Ramos LAR Carvalho EC Canini SRMS Opiniatildeo de auxiliares e teacutecnicos de enfermagem sobre a sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem Rev Eletr Enf 200911(1)39-44
Remizoski LROCHA VAL Dificuldades na implantaccedilatildeo da sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem - SAE uma revisatildeo teoacuterica Cadernos da Escola de Sauacutede Curitiba 2010 TARDIF M Saberes docentes e formaccedilatildeo profissional Petroacutepolis (RJ) Vozes 2002TAKAHASHI A A BARROS A L B L MICHEL J L MSOUZA M F Dificuldades e Facilidades Apontadas por Enfermeiras de um Hospital de Ensino na Execuccedilatildeo do Processo de Enfermagem Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de Satildeo Paulo-UNIFESP Satildeo Paulo (SP) Brasil 2007 VIETTA EP Et al Tomada de depoimentos pessoal de enfermeiras hospitalares da deacutecada de 50 subsiacutedios para a compreensatildeo da enfermagem atual Revlatinoamenfermagem Ribeiratildeo Preto v 3 n 2 p19-35 julho 1995 SANTOS LIMA MELO Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem na Unidade de Terapia IntensivaRevisatildeo Bibliogrfia Ciecircncias Bioloacutegicas e da Sauacutede Aracaju v 2 n2 p 45-58 out 2014 periodicossetedubr SILVA ALMEIDA OLIVEIRA OLIVEIRA SAMPAIO PAIXAtildeO Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem na Perspectiva da Equipe Enferm Foco 2016 7 (2) 32-36 SILVA PRADO CARNEIRO COSTA Implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem Dificuldades e Potencialidades Revista da
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
19
Universidade Vale do Rio Verde Trecircs Coraccedilotildees v 12 n 2 p 580-590 agodez 2014 SILVA OLIVEIRANEVES GUIMARAtildeES et al O conhecimento do enfermeiro sobre a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem da teoria agrave praacuteticaRev Esc Enferm USP2011 45(6)1380-6 wwweeuspbrreeusp
SILVA FILHO QUEIROZ ABREU et al Utilizaccedilatildeo do Processo de Enfermagem e as Dificuldades Encontradas por Enfermeiros Cogitare Enferm 2013 AbrJun 18(2)351-7 SOUZA VASCONCELLOS PARRA et al Processo de EnfermagemDificuldades Enfrentadas Pelos Enfermeiros de um Hospital Puacuteblico de Grande Porte na Amazonia Brasil Braz J Surg Clin ResBJCR 2015
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
3
tendo no periacuteodo de 1979 a 1989 um total de 349 pesquisas produzidas e publicadas
Em relaccedilatildeo ao desenvolvimento acadecircmico foram nos anos 80 que os cursos de poacutes
graduaccedilatildeo obtiveram maior visibilidade Essa deacutecada foi uma eacutepoca marcada por
muitas conquistas no que concerne ao aspecto legal e tambeacutem em relaccedilatildeo a aquisiccedilatildeo
de direitos contudo houveram perdas pontuais durante este periacuteodo Dentre as
conquistas podemos citar a regulamentaccedilatildeo e aprovaccedilatildeo da Lei do Exerciacutecio
Profissional Lei nordm 74981986 regulamentada pelo Decreto 94406 que dispotildee sobre
o exerciacutecio da enfermagem (PEREIRA 2011)
Assim tambeacutem no final da deacutecada de 80 o Conselho Internacional de
Enfermagem (ICN) iniciou estudos objetivando a elaboraccedilatildeo de um sistema que
descrevesse a praacutetica de enfermagem a partir de uma nomenclatura compartilhada
pelas enfermeiras de todo o mundo Denomina-se Classificaccedilatildeo Internacional para a
Praacutetica de Enfermagem ndash ICNP ndash International Classification for Nursing Practice e
classifica-se os fenocircmenos de enfermagem as intervenccedilotildees e os resultados (PUNTEL
et al 2009)
Da deacutecada de 90 ao ano de 2002 vaacuterios acontecimentos formaram uma nova
forma de atuaccedilatildeo para a enfermagem no Brasil partindo da criaccedilatildeo do Sistema Uacutenico
de Sauacutede (SUS) constituiacutedo a partir das Leis Orgacircnicas da sauacutede (808090 e 814290)
que demarcou um periacuteodo de expansatildeo da rede ambulatorial em todo o paiacutes a criaccedilatildeo
das Unidades Baacutesicas de Sauacutede ambulatoacuterios regionais hospitais secundaacuterios e
terciaacuterios oferecendo a populaccedilatildeo um acesso significativo aos serviccedilos de sauacutede
dando iniacutecio ao processo de enfermagem generalista Desde 1997 um novo curriacuteculo
regulamentado pela Portaria jaacute citada de nordm 1721 de 15 de dezembro de 1994 do
Ministeacuterio da Educaccedilatildeo estruturou o conteuacutedo miacutenimo e duraccedilatildeo e duraccedilatildeo dos
cursos superiores em enfermagem em todo o paiacutes (NAKAMAE 1997)
Na Lei nordm 7498 de junho de 1986 que regulamenta do Exerciacutecio Profissional
de Enfermagem o termo adotado eacute Consulta de Enfermagem assim como na
Resoluccedilatildeo COFEN nordm159 de 1993 Entretanto na Resoluccedilatildeo COFEN 2722000
observa-se o emprego de Processo de Enfermagem para denominar o emprego da
assistecircncia sistematizada
As Leis que normatizam as profissotildees relacionadas a enfermagem apontam
que o trabalho nesta aacuterea eacute realizado por diferentes categorias de trabalhadores a
saber Enfermeiro Teacutecnico de Enfermagem Auxiliar de Enfermagem Nas diferentes
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
4
funccedilotildees em relaccedilatildeo agrave assistecircncia prestada apenas o enfermeiro possui atribuiccedilotildees
com funccedilotildees administrativas e de supervisatildeo (COREN 2001)
Estudos mostram que o ensino da SAE eacute proporcionado aos graduados de
enfermagem mas na formaccedilatildeo dos profissionais teacutecnicos e auxiliares pouca ou
nenhuma informaccedilatildeo eacute dada a este respeito Este fato eacute atribuiacutedo agrave dificuldade em
delimitar as competecircncias de cada profissional da equipe de enfermagem no que
discerne agrave operacionalizaccedilatildeo deste meacutetodo (MENDES amp BASTOS 2003)
Diante do exposto quanto a dificuldade efetiva de aplicabilidade da SAE pela
equipe de enfermagem diretamente envolvida neste processo a problemaacutetica a ser
estudada neste trabalho eacute de grande impacto na responsabilidade e na qualidade
assistencial quanto agrave utilizaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem
tendo em vista o Processo de Enfermagem no dia-a-dia de trabalho
O presente estudo tem como objetivo geral descrever o conhecimento da
equipe de enfermagem sobre a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem (SAE)
e como objetivo especiacutefico identificar as dificuldades encontradas pela equipe de
enfermagem na implementaccedilatildeo e aplicaccedilatildeo da SAE na sua rotina de trabalho
FUNDAMENTACcedilAtildeO TEOacuteRICA Mudanccedilas nos Curriacuteculos dos Cursos de Enfermagem ao longo do Tempo
A deacutecada de 20 foi consagrada como marco no que se refere ao ensino de
enfermagem no Brasil com a criaccedilatildeo da primeira escola de enfermagem ndash Ana Nery
mudando a sua praacutetica que ateacute entatildeo era feita por religiosas voluntaacuterias e escravas
na escola o ensino ministrado era de niacutevel meacutedio e profissional com o objetivo de se
preparar enfermeiras para a sauacutede puacuteblica com intuito de atender principalmente o
saneamento nos portos e a profilaxia das doenccedilas transmissiacuteveis (BARBOSA amp
BATISTA 2008)
Nos anos 30 intensificou-se a criaccedilatildeo de escolas de enfermagem o que tornou
necessaacuteria a criaccedilatildeo de uma padronizaccedilatildeo na formaccedilatildeo O curso tinha duraccedilatildeo inicial
de 3 (trecircs) anos conforme estabelecia o Decreto nordm 1630023 da Escola do
Departamento Nacional de Sauacutede Puacuteblica que passou a ter duraccedilatildeo de 4 (quarto)
anos jaacute no seu segundo ano de existecircncia Nesta eacutepoca o curso era dividido em 5
(cinco) partes onde no uacuteltimo ano havia a possibilidade de escolha de uma
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
5
especializaccedilatildeo (enfermagem cliacutenica sauacutede puacuteblica ou administraccedilatildeo hospitalar) Nas
deacutecadas de 40 e 50 a formaccedilatildeo em enfermagem era quase que exclusivamente
hospitalar e predominava a aprendizagem teacutecnica Nos anos 60 foram implantados os
primeiros cursos superiores de enfermagem com o reconhecimento da
profissionalizaccedilatildeo da enfermagem em seus trecircs niacuteveis superior teacutecnico e auxiliar
(LDB 402461) mas foi em 1962 que a legislaccedilatildeo promoveu o ensino meacutedio para o
ensino superior com o objetivo de ampliar as funccedilotildees da enfermeira de
exclusivamente assistenciais para somar-lhe ainda as administrativas e as de
docecircncia Outra mudanccedila que marcou esta eacutepoca foi a mudanccedila do ensino com base
teacutecnica para o ensino com fundamentaccedilatildeo cientiacutefica (PRUSS 2014)
Participando destes momentos histoacutericos e seu desenvolvimento cabe
ressaltar que a enfermagem desenvolveu e possui ateacute os dias atuais um conjunto de
conceitos e formas de atuar que constituem o conhecer em sauacutede e seu modo de
atuaccedilatildeo que se baseia principalmente na prestaccedilatildeo de serviccedilos em prol do indiviacuteduo
famiacutelia e comunidade em geral utilizando-se das fases do meacutetodo cientiacutefico Apesar
da organizaccedilatildeo desse trabalho ser denominada de Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de
Enfermagem tambeacutem referida como SAE ou Processo de Enfermagem (PE) outros
sinocircnimos tambeacutem satildeo conhecidos e utilizados na praacutetica do dia-a-dia tais como
Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia Metodologia da Assistecircncia Planejamento da
Assistecircncia Processo do Cuidado Metodologia do Cuidado Processo de
Assistecircncia Consulta de Enfermagem Processo de Atenccedilatildeo em Enfermagem e
Processo de Enfermagem (CARVALHO et al 2007 FIGUEIREDO et al 2006)
As instituiccedilotildees de ensino de enfermagem dos anos 80 voltaram-se entatildeo para
a formaccedilatildeo na aacuterea hospitalar e para a sauacutede puacuteblica somando-se a ideologia
prevencionista da deacutecada anterior ao movimento sanitaacuterio de sauacutede puacuteblica (Reforma
sanitaacuteria e proposta do SUDS) dando iniacutecio a uma nova fase de revisatildeo das funccedilotildees
do enfermeiro De 1990 a 2000 tornou-se possiacutevel identificar a melhor forma da busca
pela redefiniccedilatildeo e pelo reconhecimento professional assim como a conquista pela
autonomia do enfermeiro na sua praacutetica Para tanto houve uma nova adequaccedilatildeo de
curriacuteculos nos cursos agraves novas poliacuteticas e sistemas de sauacutede Muito contribuiu para
essas mudanccedilas na aacuterea da enfermagem o contexto dessa eacutepoca a concretizaccedilatildeo
da implantaccedilatildeo da nova proposta de sistema de sauacutede SUS a volta de algumas
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
6
doenccedilas endecircmicas como a dengue a conquista dos geneacutericos no cenaacuterio
farmacecircutico os processos de implantaccedilatildeo e consolidaccedilatildeo dos Conselhos de Sauacutede
e a presenccedila da exclusatildeo social e dos danos ambientais (THERRIEN et al 2008)
A implementaccedilatildeo e aplicaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem
na rotina do trabalho ao longo da histoacuteria
A metodologia conhecida como Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia da Assistecircncia
de Enfermagem (SAE) abrange etapas como organizaccedilatildeo planejamento e execuccedilatildeo
de accedilotildees sistematizadas cabendo a equipe de enfermagem sua realizaccedilatildeo pelo
tempo em que o cliente se encontra sob seus cuidados de acordo com as
responsabilidades e atribuiccedilotildees de cada professional da enfermagem (NEVES amp
SHIMIZU 2010)
Sua introduccedilatildeo aconteceu nas deacutecadas de 20 e 30 nos cursos de
Enfermagem especialmente atraveacutes do estudo de casos e no planejamento de
cuidados individualizados passando a ser utilizada como instrumento de
planejamento e execuccedilatildeo de sua praacutetica sendo denominada de Plano de Cuidados
passando a ser utilizada como meacutetodo cientiacutefico para organizar cuidados (Barreira amp
Baptista 2003)
No Brasil a SAE comeccedilou a ser implantada com maior ecircnfase em alguns
Serviccedilos de Enfermagem nas deacutecadas de 1970 e 80 Nessa eacutepoca a Teoria
de Necessidades Humanas Baacutesicas (NHB) de Wanda de Aguiar Horta
influenciou a aplicaccedilatildeo do Processo de Enfermagem nas instituiccedilotildees de
sauacutede e no ensino de Enfermagem Essa Teoria foi adotada para a
implementaccedilatildeo das etapas da SAE no cenaacuterio em estudo tendo em vista que
esse modelo tem sido adotado pela maioria dos enfermeiros e amplamente
utilizado nas pesquisas de SAE e nas realidades brasileiras (MARIA et al
1997)
Contudo a visatildeo da necessidade de se desenvolver um sistema de trabalho
que viesse de encontro com a necessidade da concretizaccedilatildeo da proposta de
promover manter e restaurar a sauacutede do paciente aconteceu somente nas uacuteltimas
deacutecadas (BASTOS amp MENDES 2005)
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
7
A teoria em enfermagem funciona como um alicerce estrutural para a
implantaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem (SAE) e o meacutetodo a
ser utilizado para implantar uma teoria na pratica eacute o Processo de Enfermagem
(REMIZOSKI et al 2010)
Dentre as diversas formas de organizar a assistecircncia para tornaacute-la segura
podemos destacar os protocolos a escala de funcionaacuterios diaacuteria e os fluxos do
processo de enfermagem sendo este uma ferramenta metodoloacutegica utilizada para
orientar o cuidado profissional de enfermagem de promover a qualidade no cuidado
prestado
A Resoluccedilatildeo COFEN 3582009 refere-se agraves cinco etapas de implementaccedilatildeo
do Processo de Enfermagem distribuiacutedas da seguinte maneira Coleta de dados de
Enfermagem (ou Histoacuterico de Enfermagem) Diagnoacutestico de Enfermagem
Planejamento de Enfermagem Implementaccedilatildeo e Avaliaccedilatildeo de Enfermagem
Embora aparentemente as responsabilidades na SAE estejam bem
delineadas observa-se ainda duacutevidas sobre as responsabilidades inerentes a cada
membro da equipe Neste sentido cabe esclarecer que aleacutem de possuir
conhecimento teacutecnico e cientiacutefico e uma praacutetica baseada em evidecircncias e de acordo
com a legislaccedilatildeo vigente o enfermeiro eacute profissional incumbido do planejamento e
execuccedilatildeo da SAE isto eacute o enfermeiro eacute quem colhe os dados realiza o exame fiacutesico
faz os diagnoacutesticos prescreve a assistecircncia e realiza a evoluccedilatildeo cabendo aos
teacutecnicos e auxiliares de enfermagem serem orientados (BAPTISTA 2012)
O processo de enfermagem eacute considerada a metodologia de trabalho mais
conhecida e de maior aceitaccedilatildeo em todo o mundo Importante salientar ainda que a
aplicaccedilatildeo do processo de enfermagem proporciona ao enfermeiro a possibilidade de
prestaccedilatildeo de cuidados individualizados por meio da anaacutelise das necessidades
humanas baacutesicas (ANDRADE 2007)
Segundo Casafus et al (2013) embora a coordenaccedilatildeo do processo de cuidar
seja responsabilidade do Enfermeiro a realidade natildeo tem sido evidenciada na anaacutelise
do dia-a-dia da praacutetica da enfermagem que aponta muintas vezes para o auxiliar e
teacutecnico de enfermagem realizando a tomada de decisatildeo sobre a assistecircncia a ser
prestada Essa realidade aponta para uma necessidade de investimentos em recursos
humanos e no fortalecimento da educaccedilatildeo permanente
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
8
Auxiliares e Teacutecnicos de enfermagem sofrem com a sobrecarga de trabalho e
procuram trabalhar entatildeo por um modelo conhecido como prestaccedilatildeo de cuidados
prescritos pelo profissional meacutedico descaracterizando a operacionalizaccedilatildeo da SAE Ambos
os profissionais (Auxiliares e Teacutecnicos) tem a SAE como um instrumento de cuidado
ilusoacuterio o que potildee o enfermeiro em situaccedilatildeo de impotecircncia em seu papel de planejar
e coordenar (BACKES et al 2005)
METODOLOGIA
Trata-se de um estudo de revisatildeo narrativa de literatura onde foi identificada
a bibliografia potencial localizada online artigos cientiacuteficos e livros selecionados pela
relevacircncia e adequaccedilatildeo aos objetivos propostos
Foram levantados os estudos brasileiros na base de dados Lilacs (Literatura
Latino-Americana e do Caribe em Ciecircncias da Sauacutede) Medline (Literatura
Internacional em Ciecircncias da Sauacutede) BDENF (Base de Dados de Enfermagem) e
Portal da BVS que possui tambeacutem bases referenciais como o Cataacutelogo de Revistas
Cientiacuteficas e o DeCS
As etapas adaptadas para o desenvolvimento desta revisatildeo foram escolha do
tema e do objeto de estudo levantamento da questatildeo da pesquisa ou definiccedilatildeo do
problema a ser investigado escolha dos descritores e dos termos livres levantamento
dos artigos nas bases de dados estabelecimento de criteacuterios para inclusatildeo e exclusatildeo
dos estudos aleacutem da discussatildeo dos resultados com a identificaccedilatildeo de conclusotildees
Os criteacuterios de inclusatildeo utilizados foram artigos originais que respondessem a
questatildeo norteadora com resumos apresentados na base de dados Os criteacuterios de
exclusatildeo foram editoriais artigos de revisatildeo da literatura e artigos que natildeo
respondessem a questatildeo norteadora proposta por este estudo
Para a busca dos descritores padronizados lanccedilou-se matildeo dos DeCS
(Descritores em Ciecircncias de Sauacutede) utilizando-se como DeCS Planejamento de
Assistecircncia ao Paciente Enfermagem Equipe de enfermagem Processo de
enfermagem
A busca de dados realizada foi feita objetivando o tema proposto e aconteceu
no segundo semestre de 2017
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
9
A seleccedilatildeo dos artigos para anaacutelise ocorreu com base nos artigos publicados
nos uacuteltimos 10 anos o que natildeo excluiu o uso de artigos de anos anteriores
Foram encontrados 75 artigos que continham as palavras chave contudo
somente 18 respondiam diretamente ao questionamento proposto
5 RESULTADOS
Tabela 1 ndash Siacutentese dos resultados da revisatildeo bibliograacutefica referente ao
conhecimento da equipe de enfermagem sobre a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia
de Enfermagem (SAE) Praia Grande 2017
Referecircncia Resultados principais RAMOS amp CARVALHO amp CANINI et al 2009
As maiorias dos profissionais sabem da existecircncia da SAE mas natildeo tem
um entendimento adequado sobre o seu papel dentro da SAE mesmo
apoacutes terem recebido treinamento sobre o assunto natildeo compreende como
essa ferramenta se adequada ao seu dia a dia e relatam natildeo terem essa
mateacuteria na sua formaccedilatildeo Porem participam arduamente na realizaccedilatildeo da
SAE dando paracircmetros e informaccedilotildees constante sobre o paciente O
consenso entre os entrevistados eacute o mesmo que a SAE melhora a
assistecircncia e qualidade do paciente mas natildeo compreendem seu papel
dentro dela
SILVA amp OLIVEIRA amp NEVES amp GUIMARAtildeES et al 2011
Os enfermeiros justificam que conhecem a SAE mas muitoS tambem natildeo
respoderam a pesquisa sobre conhecimento da SAE e porem nao a
utilizatildeo por varios motivos falta de formularios falta de incentivo
institucional e escases de matildeo de obra suficiente e reconhecem que
utilizando a ferramenta certa a qualidade do serviccedilo prestado pode
melhorar muito A maioria dos profissionais que tem conhecimento sobre
a SAE satildeo das UTIs e satildeo informatizadas com uma linguagem unica
Apenas 23 profissionais disseram conhecer todas as etapas da SAE
MEDEIROS amp SANTOS amp CABRAL et al 2012
Estudo feito com 13 enfermeiros da Paraiacuteba em uma maternidade publica
obsteacutetrica onde a opiniatildeo desses enfermeiros gerou um visatildeo positiva
vendo a SAE como um instrumento de trabalho que auxilia no cuidado e
na qualidade da assistecircncia prestada e traacutes seguranccedila para toda a equipe
e entendimento melhor de cada caso Dando uma resoluccedilatildeo de cada
caso organizando e planejando melhor cada execuccedilatildeo dentro do centro
obsteacutetrico e maternidade
COGO amp GEHLEN amp ILHA amp ZAMBELAN amp FREITAS amp BACKES et al 2012
Alguns enfermeiros relatam conhecer a SAE e sua importancia de uma
linguagem unica sempre visando o bem do paciente e tambem a
valorizaccedilatildeo do profissional poreacutem quando prescrito o cuidados algumas
pessoas natildeo gostaram e natildeo respeitavam considerando muita
interferencia do enfermeiro no cuidar
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
10
CASAFUS DELL`ACQUA amp BOCCHI et al 2013
Consideram a SAE como instrumento de organizaccedilatildeo e melhoria na
qualidade da assistecircncia e querem realizar todas as etapas constata-se
poreacutem que falta braccedilal falta de interesse e educaccedilatildeo continuada ameniza
a culpa pela falta de realizaccedilatildeo A falta de clareza e de valorizaccedilatildeo dificulta
a execuccedilatildeo tornando a SAE ilusoacuteria em uma tentativa frustrada de tornar
a SAE um modelo de organizaccedilatildeo e ferramenta de trabalho para beneficio
do paciente
MELO amp PEREIRA amp PONTES amp FARIAS amp BEZERRA et al 2016
A maioria das opiniotildees eacute que a SAE eacute beneacutefica garantindo uma
padronizaccedilatildeo porem entre outras opiniotildeesimplantar a SAE eacute um desafio
tambeacutem relatam a capacitaccedilatildeo acadecircmica e formaccedilatildeo dos
profissionaispouco investimento no profissional a pratica da
padronizaccedilatildeo do beneficio do paciente natildeo eacute rotina no Brasil contando
obstaacuteculos e desvalorizaccedilatildeo do profissional
SILVA amp ALMEIDA amp OLIVEIRA amp SAMPAIO amp PAIXAtildeO et al 2016
Compreende-se o desconhecimento em que processo de enfermagem
natildeo se ouviu falar mas reconhecem que eacute privativo do enfermeiro e que
deveria ser mais divulgado nas escola teacutecnicas quanto aos enfermeiros
veem com melhor planejamento economia para a instituiccedilatildeo e
conhecimento de cada paciente por outro lado se prendem a parte
burocraacutetica natildeo viabilizando a sua realizaccedilatildeo mas reconhecem a
importacircncia da SAE
Tabela 2 ndash Siacutentese dos resultados da revisatildeo bibliograacutefica referente agraves
dificuldades encontradas pela equipe de enfermagem na implementaccedilatildeo e
aplicaccedilatildeo da SAE na sua rotina de trabalho
Referecircncia Dificuldades apontadaspelos Enfermeiros Teacutecnicos e Auxiliares
HERMIDA et al 2004
Dentre as dificuldades apontadas pelos profissionais estatildeo realizaccedilatildeo do exame fiacutesico adequar o exame fiacutesico a doenccedila apresentada pelo paciente realizar ausculta pulmonar e cardiacuteaca necessidade de aprofundamento teoacuterico e falta de praacutetica cumprimento da prescriccedilatildeo de enfermagem por sua proacutepria equipe descontinuidade da implementaccedilatildeo da assistecircncia entre turnos alguns profissionais natildeo lecircem o que estaacute prescrito falta de conhecimento mesmo procurando por ele inseguranccedila prescriccedilatildeo de enfermagem sem avaliaccedilatildeo preacutevia do paciente natildeo saber realizar o processo de enfermagem dificuldade de elaborar a prescriccedilatildeo de enfermagem falta de objetividade na elaboraccedilatildeo da prescriccedilatildeo natildeo checagem dos cuidados na prescriccedilatildeo falta de objetividade no levantamento dos problemas Preparo inadequado na graduaccedilatildeodespreparo do pessoal falta de comprometimento envolvimento e responsabilidade de enfermeirosdesinteresse e desmotivaccedilatildeo perfil e postura inadequados de algumas profissionais falta de lideranccedila e de organizaccedilatildeo de enfermeiras pouca disponibilidade de enfermeiras e excesso de trabalho falhas no desempenho e falta de confianccedila de enfermeiras em seu trabalho desvalorizaccedilatildeo do trabalho e desconsideraccedilatildeo sobre a importacircncia da SAE por parte das enfermeiras problemas de relacionamento interpessoal conflitos internos ausecircncia de definiccedilatildeo de papeacuteis do quadro de enfermagem falta de conscientizaccedilatildeo da equipe de enfermagem falta de
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
11
treinamento da equipe de enfermagem falta de trabalho em equipe para padronizar a assistecircncia falta de integraccedilatildeo e resistecircncia de enfermeiras em envolver-se com propostas de melhoria da assistecircncia estresse questotildees salariais carecircncia de pessoal de enfermagemenfermeirosatividades administrativas concomitantes com as assistenciais aplicaccedilatildeo do processo como mais uma tarefa a instituiccedilatildeo como organizaccedilatildeo burocraacutetica natildeo espera que seja realizado outro cuidado aleacutem do estabelecido pelo meacutedico falta de vontade das chefias e da instituiccedilatildeo falta de material eou equipamento como sintoma da ldquofalta de vontade das chefias e instituiccedilotildeesrdquo inadequaccedilatildeo da estrutura fiacutesica da Unidade falhas na estrutura administrativa da instituiccedilatildeo ser instituiccedilatildeo puacuteblica baixa eficiecircncia de serviccedilos de apoio (laboratoacuterio)
BACKES amp ESPERANCcedilA amp AMARO amp CAMPOS amp CUNHA amp SCHWARTZ et al 2005
Este estudo aponta como dificuldades a falta de conhecimento teoacuterico cientiacutefico e praacutetico na execuccedilatildeo das fases da SAE tornando-se uma barreira por natildeo haver conscientizaccedilatildeo do quanto eacute importante este instrumento de trabalho Os cursos de graduaccedilatildeo tambeacutem foram apontados como insuficientes no contexto teoacuterico e praacutetico das enfermeiras para a realizaccedilatildeo da SAE com relatos de que os alunos recebem conhecimento superficial para a praacutetica de enfermagem sugerindo uma verificaccedilatildeo na grade curricular e conteuacutedo abrangido durante o curso Concluiu-se que os achados deste estudo respondem as questotildees iniciais desta pesquisa e que a execuccedilatildeo das fases do PE vincula-se agrave capacitaccedilatildeo que estes profissionais possuem para realizaccedilatildeo de suas atividades e da conscientizaccedilatildeo da sua importacircncia para a sua profissatildeo embora haja outros motivos citados em vaacuterios estudos apontados como dificultadores para a aplicaccedilatildeo do PE como planta fiacutesica falta de recursos humanos falta de tempo excesso de atribuiccedilotildees da enfermeira deficiecircncia da chefia falta de apoio administrativo falta de recursos materiais entre outros mas a falta de conhecimento por parte das enfermeiras para a realizaccedilatildeo do processo eacute visto como motivo principal que leva estas profissionais a natildeo executarem de forma eficaz a SAE em seu cotidiano
TAKAHASHI amp BARROS amp MICHEL amp SOUZA et al 2007
Este estudo aponta como dificuldades a falta de conhecimento teoacuterico cientiacutefico e praacutetico na execuccedilatildeo das fases da SAE tornando-se uma barreira por natildeo haver conscientizaccedilatildeo do quanto eacute importante este instrumento de trabalho Os cursos de graduaccedilatildeo tambeacutem foram apontados como insuficientes no contexto teoacuterico e praacutetico das enfermeiras para a realizaccedilatildeo da SAE com relatos de que os alunos recebem conhecimento superficial para a praacutetica de enfermagem sugerindo uma verificaccedilatildeo na grade curricular e conteuacutedo abrangido durante o curso Concluiu-se que os achados deste estudo respondem as questotildees iniciais desta pesquisa e que a execuccedilatildeo das fases do PE vincula-se agrave capacitaccedilatildeo que estes profissionais possuem para realizaccedilatildeo de suas atividades e da conscientizaccedilatildeo da sua importacircncia para a sua profissatildeo embora haja outros motivos citados em vaacuterios estudos apontados como dificultadores para a aplicaccedilatildeo do PE como planta fiacutesica falta de recursos humanos falta de tempo excesso de atribuiccedilotildees da enfermeira deficiecircncia da chefia falta de apoio administrativo falta de recursos materiais entre outros mas a falta de conhecimento por parte das enfermeiras para a realizaccedilatildeo do processo eacute visto como motivo principal que leva estas profissionais a natildeo executarem de forma eficaz a SAE em seu cotidiano
REMIZOSKI amp ROCHA amp VALL et al 2010
As dificuldades encontradas neste estudo foram preparo inadequado na formaccedilatildeo com baixa qualificaccedilatildeo dos docentes deacuteficit da aceitaccedilatildeo da equipe de sauacutede falta de comprometimento e
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
12
envolvimento da equipe falta de recursos materiais e excesso de atribuiccedilotildees para o enfermeiro despreparo da equipe descrenccedila e rejeiccedilatildeo do proacuteprio enfermeiro desvalorizaccedilatildeo dos enfermeiros diante de outros profissionais falta de credibilidade dos profissionais quanto as suas prescriccedilotildees resistecircncia aacute mudanccedilas carecircncia de apoio e estimulo da coordenaccedilatildeo de enfermagem falta de conhecimento sobre realizaccedilatildeo do exame fiacutesico falta de estabelecimento de prioridades e falta de conscientizaccedilatildeo sobre os benefiacutecios da implantaccedilatildeo da SAE no seu exerciacutecio profissional
SILVA amp FILHO amp QUEIROZ amp ABREU et al 2013
Conclui-se que apesar dos enfermeiros terem o conhecimento que a sistematizaccedilatildeo da assistecircncia eacute um instrumento para sua qualificaccedilatildeo e entenderem sua necessidade esses referem dissociaccedilatildeo de suas etapas resistecircncia dos profissionais deacuteficit de conhecimento e muitos profissionais como dificuldades a sua aplicabilidade Assim sendo observou-se que existem vaacuterios fatores que dificultam a implantaccedilatildeo da SAE com ecircxito
SILVA amp PRADO amp CARNEIRO amp COSTA et al 2014
O estudo evidencia a necessidade de mudanccedilas no processo de trabalho da enfermagem na unidade em estudo para a promoccedilatildeo e concretizaccedilatildeo do cuidado sistematizado e consequentemente melhoria da qualidade da assistecircncia ao cliente As dificuldades encontradas foram relacionadas aacute sobrecarga de trabalho deacuteficit no nuacutemero de profissionais para o desempenho das atividades estrutura fiacutesica inadequada a falta de recursos materiais realizaccedilatildeo de melhor dimensionamento de profissionais
GRANDO amp ZUSE et al 2014
As dificuldades apontadas pelos profissionais como fatores que impossibilitam uma aplicabilidade eficaz da SAE foram a necessidade de aprofundamento teoacuterico e a falta de praacutetica e objetividade pelos profissionais nos levantamentos de problemas bem como a necessidade de boa compreensatildeo sobre as etapas da SAE e aplicaccedilatildeo atraveacutes do saber e do fazer Foram evidenciadas tambeacutem falta de compromisso e envolvimentos nas atividades da equipe assim como deacuteficit de recursos humanos profissionais descontinuidade e acompanhamento perioacutedico aleacutem de estabelecimento de prioridades no serviccedilo Notou-se tambeacutem que pouco os auxiliares e teacutecnicos satildeo abordados nas pesquisas um erro fatal visto que esses profissionais satildeo peccedilas fundamentais para o sucesso na execuccedilatildeo e aplicaccedilatildeo da SAE Fala-se mais uma vez sobre os cursos de graduaccedilatildeo que deixam a desejar em conteuacutedo teoacuterico e praacutetico em suas grades curriculares e a falta ou inexpressiva educaccedilatildeo continuada
SANTOS et al 2014
A Sistematizaccedilatildeo de enfermagem ocorre de forma ainda fragmentada havendo a necessidade de reorganizaccedilatildeo deste instrumento para melhorar a assistecircncia do cliente pois somente com a realizaccedilatildeo de todas as etapas da SAE poderemos dizer que ela foi implantada corretamente As dificuldades apontadas foram a falta de recursos humanos a falta de conhecimento teoacuterico a desvalorizaccedilatildeo por parte da instituiccedilatildeo o natildeo reconhecimento da equipe de enfermagem investimentos na educaccedilatildeo continuada eacute um exemplo claro de carecircncia observou-se tambeacutem certa resistecircncia por parte dos enfermeiros falta de tempo para se dedicar ao paciente por realizarem atividades burocraacuteticas alta demanda de pacientes falta de privacidade com o paciente a falta de envolvimento do processo como um todo
SOUZA amp VASCONCELLOS amp PARRA et al 2015
O presente estudo revela que os enfermeiros satildeo sobrecarregados com tarefas natildeo pertinentes a sua funccedilatildeo e que por esse motivo deixam para segundo plano as atividades relacionadas aacute SAE e a equipe de enfermagem rotulando o enfermeiro como burocraacutetico e
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
13
favorecendo sua desvalorizaccedilatildeo Evidenciadas as dificuldades na aplicaccedilatildeo da SAE os enfermeiros acreditam que oferecer treinamento e capacitaccedilatildeo para a equipe em geral poder contar com recursos humanos e informatizaccedilatildeo atraveacutes de software poderia melhorar o planejamento de suas atividades permitindo assim de forma contiacutenua e integral a assistecircncia humanizada a valorizaccedilatildeo do enfermeiro aleacutem de fortalecer e engrandecer o trabalho em equipe
MARINELLI amp SILVA amp SILVA et al 2015
As principais dificuldades citadas satildeo falta de conhecimento sobre a realizaccedilatildeo do exame fiacutesico ausecircncia de treinamento sobre o tema nas instituiccedilotildees de sauacutede falta de registro adequado da assistecircncia de enfermagem a sobrecarga de trabalho evidenciada pelo deacuteficit de profissionais qualificados e capazes de identificar os problemas reais e potenciais dos pacientes envolvidos no PE conflito de papeacuteis dificuldade de aceitaccedilatildeo de mudanccedilas falta de credibilidade nas prescriccedilotildees de enfermagem carecircncia de pessoal treinado e com habilidades para exercer essa funccedilatildeo aleacutem de falta de apoio da equipe
FIGUEIREDO amp FERREIRA et al 2016
As principais dificuldades encontradas para a implantaccedilatildeo da SAE mostraram que a falta de conhecimento sobre a SAE e inadequaccedilatildeo na estrutura do hospital satildeo fatores que dificultam o atendimento de forma individualizada ao paciente dentro do centro ciruacutergico e conclui-se que para atender o paciente de forma integral fazem-se necessaacuterias aulas teoacutericas aliadas ao exerciacutecio da profissatildeo aleacutem de se evidenciar que a pouca experiecircncia de profissionais receacutem formados podem interferir de forma negativa na realizaccedilatildeo da SAE cursos teacutecnicos natildeo possuem conhecimento preacutevio da implantaccedilatildeo do processo de sistematizaccedilatildeo de enfermagem outra dificuldade aponta comunicaccedilatildeo insuficiente entre funcionaacuterios priorizaccedilatildeo de atividades administrativas por parte dos enfermeiros sobrecarga de trabalho desmotivaccedilatildeo falta de recursos humanos condiccedilotildees miacutenimas de trabalho desqualificaccedilatildeo e a falta de estrateacutegias oferecidas pelo gerenciador e instituiccedilatildeo empregatiacutecia
DISCUSSAtildeO
A Sistematizaccedilatildeo da Assistecircnciade EnfermagemndashSAE desde sua
implantaccedilatildeo no Brasil tem sido encarada como um desafio no que concerne a sua
implantaccedilatildeo e execuccedilatildeo apesar do consenso de se tratar de umas das mais
importantes responsabilidades do Enfermeiro
Sendo um processo organizacional a SAE eacute o instrumento que oferece as
condiccedilotildees adequadas para o desenvolvimento dos meacutetodos adequados de forma
interdiciplinar tornando o cuidado humanizado sendo que esta metodologia
padronizada pode ser considerada dentro do campo assistencial uma das mais
poderosas conquistas que em contrapartida exige do profissional um conhecimento
amplo e profundo de saberes com perpectiva interdisciplinar e multidimencional
Os trabalhos demonstram que seu desenvolvimento ainda natildeo eacute total
especialmente por conta da desmotivaccedilatildeo dos enfermeiros que por excesso de tarefas
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
14
acumuladas pela pouca atenccedilatildeo e pouco entendimento da equipe sobre os resultados
esperados e obtidos sua implantaccedilatildeo tem sido ineficaz
Uma das barreiras apresentadas neste sentido esta na ausecircncia do pleno
conhecimento acerca de todas as vantagens para a equipe paciente e instituiccedilatildeo
Sobre a corresponsabilidade das instituiccedilotildees acerca do baixo conhecimento
tanto do enfermeiro quanto da equipe haacute o apontamento da baixa demanda de cursos
de atualizaccedilatildeo e investimentos
Quanto aacutes demais dificuldades apontadas pelos enfermeiros podemos
encontrar a baixa adesatildeo da equipe por desconhecer a importacircncia e por estarem
focados mais na execuccedilatildeo da assistecircncia do que na parte documental apresentada
pelo Enfermeiro fazendo com que o Enfermeiro sinta-se desvalorizado
Em contrapartida Auxiliares e Teacutecnicos justificam sua baixa adesatildeo por
encararem a execuccedilatildeo e a implementaccedilatildeo dos cuidados apontados na SAE como
ilusoacuterios e fora do contexto real da rotina e demanda apresentada pelas instituiccedilotildees
Mesmo com as dificuldades apontadas tanto Enfermeiro quanto Auxiliares e
Teacutecnicos versam pelo mesmo contexto de considerarem a SAE como um instrumento
de trabalho vaacutelido
Importante salientar que apesar deste reconhecimento o tema abordado
sobre as dificuldades relacionadas aacute SAE no acircmbito cientifico tem sido pouco
explorado conforme observado no baixo nuacutemero de artigos encontrados que se
relacionavam diretamente sobre o assunto Contudo esta pesquisa mostra que o
interesse pelo assunto vem crescendo a partir do ano de 2010
CONCLUSAtildeO E CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Conforme observado sobre o tema estudado haacute uma grande dificuldade na
compreensatildeo da importacircncia da SAE como meacutetodo de organizaccedilatildeo de cuidados na
sua aplicaccedilatildeo e implementaccedilatildeo Tais dificuldades segundo os trabalhos analisado
acontecem por falta de conhecimento aprofundado sobre sua metodologia e pela
indisponibilidade de tempo ocasionado pela extenuaccedilatildeo profissional ocasionado por
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
15
sobrecarga de serviccedilo outra barreira observada eacute a visatildeo de ser um processo
desestimulador ou exclusivamente burocraacutetico
Contudo eacute iacutempar a aceitaccedilatildeo de que se trata de um meacutetodo de muita
importacircncia para o paciente como uma garantia de um cuidado mais organizado
eficiente e individualizado tornado integral a assistecircncia
Apesar desta visatildeo os trabalhos demonstram que os profissionais
compreendem que o sucesso desse meacutetodo estaacute baseado na obtenccedilatildeo de uma
estrutura miacutenima em termos de recursos humanos fiacutesicos de tempo e de interesse
da equipe de enfermagem
Conclui-se que o sucesso desse processo eacute apontado como dependente de
fatores tais como interesse da coordenaccedilatildeo equipe e de uma atuaccedilatildeo persistente da
educaccedilatildeo continuada
REFEREcircNCIAS
ANDRADE JS VIEIRA MJ Praacutetica assistencial de enfermagemproblemas perspectivas e necessidade de sistematizaccedilatildeo Rev Bras Enf 200558(3)261-5 AZEREDO T B S Histoacuterias da enfermagem no Paranaacute Site Coren-PR Curitiba 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwcorenprorgbrartigosartigo_23htmgt BACKES DS ESPERANCcedilA MP AMARO AM CAMPOS IEF CUNHA AD CHWARTZ E Sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem percepccedilatildeo dos enfermeiros de um hospital filantroacutepico Acta Sci Health Sci 2005 27(1)25-9 BARBOSA TSC amp Baptista SS Movimento de expansatildeo dos cursos superiores de enfermagem na regiatildeo centro-oeste do Brasil uma perspectiva histoacuterica Revista Eletrocircnica de Enfermagem 104 2008 BAPTISTA CMC et al Evoluccedilatildeo de enfermagem In CIANCIARULLO TI(Org) et al Sistema de Assistecircncia de Enfermagem evoluccedilatildeo e tendecircncias 5ed Satildeo Paulo Iacutecone 2012 p 173-190 BARREIRA I amp BAPTISTA S O movimento de reconsideraccedilatildeo do ensino e da pesquisa histoacuteria da enfermagem Rev Bras Enferm Novdez 2003 56 (6) 702-06 BASTOS MAR MENDES MA Transformando a praacutetica do enfermeiro Nursing Rio de Janeiro v 80 n 8 p 30-37 2005
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
16
CASAFUS DELLrsquoACQUA BOCCHI Entre o Ecircxito e a Frustraccedilatildeo Com a Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem Esc Anna Nery (impr)2013 abr - jun 17 (2)313 ndash 321
CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM Lei nordm 5905 de 12 de julho de 1973 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf Conselho Federal de Enfermagem ndash COFEN Resoluccedilatildeo 3582009 [on line] Disponiacutevel em httpwwwcofengovbrresoluo-cofen-3582009_4384html Conselho Federal de Enfermagem ndash COFEN Resoluccedilatildeo 3112007 [on line] Disponiacutevel em httpwwwcofengovbrresoluo-cofen-3112007_4345html Conselho Regional de Enfermagem de Satildeo Paulo ndash COREN Processo de Enfermagem Guia para a Praacutetica Satildeo Paulo 2015 Conselho Federal de Enfermagem de Satildeo Paulo ndash COFEN Guia de recomendaccedilotildees para registro de enfermagem no prontuaacuterio do paciente e outros documentos de enfermagem Satildeo Paulo 2016
___________ Lei ndeg 749886 de 25 de Junho de 1986 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf
__________ Decreto ndeg 9440687 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf ___________ Lei nordm 8967 de 28 de dezembro de 1994 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf ___________ Resoluccedilatildeo COFEN - 3112007 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf ___________ Resoluccedilatildeo COFEN-3582009 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf ___________ Resoluccedilatildeo COFEN ndash 3702010 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SAtildeO PAULO Decreto 4406 de 08 de junho de 1987 Disponiacutevel em httpportalcoren spgovbrsitesdefaultfilesParecer_013_AtuaC3A7C3A3o_de_AUX_como_TECpdf
Cogo Gehlen Ilha Zamberlan Freitas Backes et al Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem no Cenaacuterio Hospitalar Percepccedilatildeo Dos Enfermeiros Cogitare Enferm 2012 JulSet 17(3)513-8
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
17
CUNHA SMB BARROS ALB Anaacutelise da Implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem segundo o Modelo Conceitual de Horta Rev Bras Enferm 2005 set-out 58(5)568-72
DUARTE APP ELLENSOHN LA Operacionalizaccedilatildeo do processo de enfermagem em terapia intensiva neonatal Rev enferm UERJ 2007 outdez 15(4) 521-6 FIGUEIREDO RM ZEM-MASCARENHAS SH NAPOLEAtildeO AA Caracterizaccedilatildeo da produccedilatildeo do conhecimento sobre sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem no Brasil VerEsc Enferm USP 2006 abril 40(2) 299-303 FIGUEIREDO FERREIRA et al Dificuldades da Equipe de Enfermagem na Implantaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enferemagem no Centro Cirurgico de Campo Grande ndash MS wwwConvibrabr GRANDO ZUSE et al Dificuldades na Instituiccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem no Exercicio Profissional ndash Revisatildeo Integrativa Revista Contexto amp Sauacutede Ijuiacute bull v 14 bull n 26 bull JanJun 2014 GERMANO RM Educaccedilatildeo e ideologia da enfermagem no Brasil Satildeo PauloCortez 1983
HERMIDA PMV Desvelando a Implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de
Enfermagem Rev Bras de Enferm Brasiacutelia (DT) 2004 nov-dez 57(6)733-7
MARIA VLR DIAS AMC SHIOTSU CH FARIAS FAC Sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem no Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia relato de experiecircncia Rev Esc Enferm USP 1987 21(esp)77-87
MARINELLI SILVA SILVA SISTEMATIZACcedilAtildeO DA ASSISTEcircNCIA DE ENFERMAGEM Desafios para a implantaccedilatildeo Revista Enfermagem Contemporacircnea 2015 JulDez4(2) MEDEIROS SANTOS CABRAL Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem na Perspectiva dos Enfermeiros Uma Abordagem Metodologica na Teoria Fundamentada Rev Gauacutecha Enferm 2012( 33) MEDEIROS AL et al Sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem na perspectiva dos enfermeiros uma abordagem metodoloacutegica na teoria fundamentada Rev Gaucha Enferm 33(3) 174-181 set 2012 httppesquisabvsaludorgportalresourceptlil-654473
Medeiros AL Santos SR Cabral RWL Desvelando dificuldades operacionais na sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem na perspectiva da Grounded Theory Rev Eletr Enferm 201315(1)44-53 MENDES AA BASTOS MAR Processo de enfermagem sequecircncias no cuidar fazem a diferenccedila Rev Bras Enferm 200356(3)271-6
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
18
MELO PEREIRA PONTES FARIAS BEZERRA Implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem no Brasil Revisatildeo de Literatura wwwconbraciscombr Congresso Brasileiro de Ciecircncias e Sauacutede 2016 NAKAMAE DD Novos caminhos da enfermagem por mudanccedilas no ensino e na praacutetica da profissatildeo Satildeo Paulo (SP) Cortez 1987 NEVES RS SHIMIZU HE Anaacutelise da implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem em uma unidade de reabilitaccedilatildeo Rev bras enferm Brasiacutelia v 63 n 2 p 222-229 abr 2010 PRUSS ACSF O ensino de graduaccedilatildeo em enfermagem na Universidade Federal do Rio Grande do Sul referente agrave parturiccedilatildeo nas deacutecadas de 1950 e 1960 2014 PUNTEL A et al Enfermagem enquanto disciplina que campo de conhecimento identifica a profissatildeo Revista Brasileira de Enfermagem v 62 n 5 2009 Ramos LAR Carvalho EC Canini SRMS Opiniatildeo de auxiliares e teacutecnicos de enfermagem sobre a sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem Rev Eletr Enf 200911(1)39-44
Remizoski LROCHA VAL Dificuldades na implantaccedilatildeo da sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem - SAE uma revisatildeo teoacuterica Cadernos da Escola de Sauacutede Curitiba 2010 TARDIF M Saberes docentes e formaccedilatildeo profissional Petroacutepolis (RJ) Vozes 2002TAKAHASHI A A BARROS A L B L MICHEL J L MSOUZA M F Dificuldades e Facilidades Apontadas por Enfermeiras de um Hospital de Ensino na Execuccedilatildeo do Processo de Enfermagem Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de Satildeo Paulo-UNIFESP Satildeo Paulo (SP) Brasil 2007 VIETTA EP Et al Tomada de depoimentos pessoal de enfermeiras hospitalares da deacutecada de 50 subsiacutedios para a compreensatildeo da enfermagem atual Revlatinoamenfermagem Ribeiratildeo Preto v 3 n 2 p19-35 julho 1995 SANTOS LIMA MELO Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem na Unidade de Terapia IntensivaRevisatildeo Bibliogrfia Ciecircncias Bioloacutegicas e da Sauacutede Aracaju v 2 n2 p 45-58 out 2014 periodicossetedubr SILVA ALMEIDA OLIVEIRA OLIVEIRA SAMPAIO PAIXAtildeO Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem na Perspectiva da Equipe Enferm Foco 2016 7 (2) 32-36 SILVA PRADO CARNEIRO COSTA Implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem Dificuldades e Potencialidades Revista da
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
19
Universidade Vale do Rio Verde Trecircs Coraccedilotildees v 12 n 2 p 580-590 agodez 2014 SILVA OLIVEIRANEVES GUIMARAtildeES et al O conhecimento do enfermeiro sobre a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem da teoria agrave praacuteticaRev Esc Enferm USP2011 45(6)1380-6 wwweeuspbrreeusp
SILVA FILHO QUEIROZ ABREU et al Utilizaccedilatildeo do Processo de Enfermagem e as Dificuldades Encontradas por Enfermeiros Cogitare Enferm 2013 AbrJun 18(2)351-7 SOUZA VASCONCELLOS PARRA et al Processo de EnfermagemDificuldades Enfrentadas Pelos Enfermeiros de um Hospital Puacuteblico de Grande Porte na Amazonia Brasil Braz J Surg Clin ResBJCR 2015
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
4
funccedilotildees em relaccedilatildeo agrave assistecircncia prestada apenas o enfermeiro possui atribuiccedilotildees
com funccedilotildees administrativas e de supervisatildeo (COREN 2001)
Estudos mostram que o ensino da SAE eacute proporcionado aos graduados de
enfermagem mas na formaccedilatildeo dos profissionais teacutecnicos e auxiliares pouca ou
nenhuma informaccedilatildeo eacute dada a este respeito Este fato eacute atribuiacutedo agrave dificuldade em
delimitar as competecircncias de cada profissional da equipe de enfermagem no que
discerne agrave operacionalizaccedilatildeo deste meacutetodo (MENDES amp BASTOS 2003)
Diante do exposto quanto a dificuldade efetiva de aplicabilidade da SAE pela
equipe de enfermagem diretamente envolvida neste processo a problemaacutetica a ser
estudada neste trabalho eacute de grande impacto na responsabilidade e na qualidade
assistencial quanto agrave utilizaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem
tendo em vista o Processo de Enfermagem no dia-a-dia de trabalho
O presente estudo tem como objetivo geral descrever o conhecimento da
equipe de enfermagem sobre a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem (SAE)
e como objetivo especiacutefico identificar as dificuldades encontradas pela equipe de
enfermagem na implementaccedilatildeo e aplicaccedilatildeo da SAE na sua rotina de trabalho
FUNDAMENTACcedilAtildeO TEOacuteRICA Mudanccedilas nos Curriacuteculos dos Cursos de Enfermagem ao longo do Tempo
A deacutecada de 20 foi consagrada como marco no que se refere ao ensino de
enfermagem no Brasil com a criaccedilatildeo da primeira escola de enfermagem ndash Ana Nery
mudando a sua praacutetica que ateacute entatildeo era feita por religiosas voluntaacuterias e escravas
na escola o ensino ministrado era de niacutevel meacutedio e profissional com o objetivo de se
preparar enfermeiras para a sauacutede puacuteblica com intuito de atender principalmente o
saneamento nos portos e a profilaxia das doenccedilas transmissiacuteveis (BARBOSA amp
BATISTA 2008)
Nos anos 30 intensificou-se a criaccedilatildeo de escolas de enfermagem o que tornou
necessaacuteria a criaccedilatildeo de uma padronizaccedilatildeo na formaccedilatildeo O curso tinha duraccedilatildeo inicial
de 3 (trecircs) anos conforme estabelecia o Decreto nordm 1630023 da Escola do
Departamento Nacional de Sauacutede Puacuteblica que passou a ter duraccedilatildeo de 4 (quarto)
anos jaacute no seu segundo ano de existecircncia Nesta eacutepoca o curso era dividido em 5
(cinco) partes onde no uacuteltimo ano havia a possibilidade de escolha de uma
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
5
especializaccedilatildeo (enfermagem cliacutenica sauacutede puacuteblica ou administraccedilatildeo hospitalar) Nas
deacutecadas de 40 e 50 a formaccedilatildeo em enfermagem era quase que exclusivamente
hospitalar e predominava a aprendizagem teacutecnica Nos anos 60 foram implantados os
primeiros cursos superiores de enfermagem com o reconhecimento da
profissionalizaccedilatildeo da enfermagem em seus trecircs niacuteveis superior teacutecnico e auxiliar
(LDB 402461) mas foi em 1962 que a legislaccedilatildeo promoveu o ensino meacutedio para o
ensino superior com o objetivo de ampliar as funccedilotildees da enfermeira de
exclusivamente assistenciais para somar-lhe ainda as administrativas e as de
docecircncia Outra mudanccedila que marcou esta eacutepoca foi a mudanccedila do ensino com base
teacutecnica para o ensino com fundamentaccedilatildeo cientiacutefica (PRUSS 2014)
Participando destes momentos histoacutericos e seu desenvolvimento cabe
ressaltar que a enfermagem desenvolveu e possui ateacute os dias atuais um conjunto de
conceitos e formas de atuar que constituem o conhecer em sauacutede e seu modo de
atuaccedilatildeo que se baseia principalmente na prestaccedilatildeo de serviccedilos em prol do indiviacuteduo
famiacutelia e comunidade em geral utilizando-se das fases do meacutetodo cientiacutefico Apesar
da organizaccedilatildeo desse trabalho ser denominada de Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de
Enfermagem tambeacutem referida como SAE ou Processo de Enfermagem (PE) outros
sinocircnimos tambeacutem satildeo conhecidos e utilizados na praacutetica do dia-a-dia tais como
Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia Metodologia da Assistecircncia Planejamento da
Assistecircncia Processo do Cuidado Metodologia do Cuidado Processo de
Assistecircncia Consulta de Enfermagem Processo de Atenccedilatildeo em Enfermagem e
Processo de Enfermagem (CARVALHO et al 2007 FIGUEIREDO et al 2006)
As instituiccedilotildees de ensino de enfermagem dos anos 80 voltaram-se entatildeo para
a formaccedilatildeo na aacuterea hospitalar e para a sauacutede puacuteblica somando-se a ideologia
prevencionista da deacutecada anterior ao movimento sanitaacuterio de sauacutede puacuteblica (Reforma
sanitaacuteria e proposta do SUDS) dando iniacutecio a uma nova fase de revisatildeo das funccedilotildees
do enfermeiro De 1990 a 2000 tornou-se possiacutevel identificar a melhor forma da busca
pela redefiniccedilatildeo e pelo reconhecimento professional assim como a conquista pela
autonomia do enfermeiro na sua praacutetica Para tanto houve uma nova adequaccedilatildeo de
curriacuteculos nos cursos agraves novas poliacuteticas e sistemas de sauacutede Muito contribuiu para
essas mudanccedilas na aacuterea da enfermagem o contexto dessa eacutepoca a concretizaccedilatildeo
da implantaccedilatildeo da nova proposta de sistema de sauacutede SUS a volta de algumas
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
6
doenccedilas endecircmicas como a dengue a conquista dos geneacutericos no cenaacuterio
farmacecircutico os processos de implantaccedilatildeo e consolidaccedilatildeo dos Conselhos de Sauacutede
e a presenccedila da exclusatildeo social e dos danos ambientais (THERRIEN et al 2008)
A implementaccedilatildeo e aplicaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem
na rotina do trabalho ao longo da histoacuteria
A metodologia conhecida como Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia da Assistecircncia
de Enfermagem (SAE) abrange etapas como organizaccedilatildeo planejamento e execuccedilatildeo
de accedilotildees sistematizadas cabendo a equipe de enfermagem sua realizaccedilatildeo pelo
tempo em que o cliente se encontra sob seus cuidados de acordo com as
responsabilidades e atribuiccedilotildees de cada professional da enfermagem (NEVES amp
SHIMIZU 2010)
Sua introduccedilatildeo aconteceu nas deacutecadas de 20 e 30 nos cursos de
Enfermagem especialmente atraveacutes do estudo de casos e no planejamento de
cuidados individualizados passando a ser utilizada como instrumento de
planejamento e execuccedilatildeo de sua praacutetica sendo denominada de Plano de Cuidados
passando a ser utilizada como meacutetodo cientiacutefico para organizar cuidados (Barreira amp
Baptista 2003)
No Brasil a SAE comeccedilou a ser implantada com maior ecircnfase em alguns
Serviccedilos de Enfermagem nas deacutecadas de 1970 e 80 Nessa eacutepoca a Teoria
de Necessidades Humanas Baacutesicas (NHB) de Wanda de Aguiar Horta
influenciou a aplicaccedilatildeo do Processo de Enfermagem nas instituiccedilotildees de
sauacutede e no ensino de Enfermagem Essa Teoria foi adotada para a
implementaccedilatildeo das etapas da SAE no cenaacuterio em estudo tendo em vista que
esse modelo tem sido adotado pela maioria dos enfermeiros e amplamente
utilizado nas pesquisas de SAE e nas realidades brasileiras (MARIA et al
1997)
Contudo a visatildeo da necessidade de se desenvolver um sistema de trabalho
que viesse de encontro com a necessidade da concretizaccedilatildeo da proposta de
promover manter e restaurar a sauacutede do paciente aconteceu somente nas uacuteltimas
deacutecadas (BASTOS amp MENDES 2005)
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
7
A teoria em enfermagem funciona como um alicerce estrutural para a
implantaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem (SAE) e o meacutetodo a
ser utilizado para implantar uma teoria na pratica eacute o Processo de Enfermagem
(REMIZOSKI et al 2010)
Dentre as diversas formas de organizar a assistecircncia para tornaacute-la segura
podemos destacar os protocolos a escala de funcionaacuterios diaacuteria e os fluxos do
processo de enfermagem sendo este uma ferramenta metodoloacutegica utilizada para
orientar o cuidado profissional de enfermagem de promover a qualidade no cuidado
prestado
A Resoluccedilatildeo COFEN 3582009 refere-se agraves cinco etapas de implementaccedilatildeo
do Processo de Enfermagem distribuiacutedas da seguinte maneira Coleta de dados de
Enfermagem (ou Histoacuterico de Enfermagem) Diagnoacutestico de Enfermagem
Planejamento de Enfermagem Implementaccedilatildeo e Avaliaccedilatildeo de Enfermagem
Embora aparentemente as responsabilidades na SAE estejam bem
delineadas observa-se ainda duacutevidas sobre as responsabilidades inerentes a cada
membro da equipe Neste sentido cabe esclarecer que aleacutem de possuir
conhecimento teacutecnico e cientiacutefico e uma praacutetica baseada em evidecircncias e de acordo
com a legislaccedilatildeo vigente o enfermeiro eacute profissional incumbido do planejamento e
execuccedilatildeo da SAE isto eacute o enfermeiro eacute quem colhe os dados realiza o exame fiacutesico
faz os diagnoacutesticos prescreve a assistecircncia e realiza a evoluccedilatildeo cabendo aos
teacutecnicos e auxiliares de enfermagem serem orientados (BAPTISTA 2012)
O processo de enfermagem eacute considerada a metodologia de trabalho mais
conhecida e de maior aceitaccedilatildeo em todo o mundo Importante salientar ainda que a
aplicaccedilatildeo do processo de enfermagem proporciona ao enfermeiro a possibilidade de
prestaccedilatildeo de cuidados individualizados por meio da anaacutelise das necessidades
humanas baacutesicas (ANDRADE 2007)
Segundo Casafus et al (2013) embora a coordenaccedilatildeo do processo de cuidar
seja responsabilidade do Enfermeiro a realidade natildeo tem sido evidenciada na anaacutelise
do dia-a-dia da praacutetica da enfermagem que aponta muintas vezes para o auxiliar e
teacutecnico de enfermagem realizando a tomada de decisatildeo sobre a assistecircncia a ser
prestada Essa realidade aponta para uma necessidade de investimentos em recursos
humanos e no fortalecimento da educaccedilatildeo permanente
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
8
Auxiliares e Teacutecnicos de enfermagem sofrem com a sobrecarga de trabalho e
procuram trabalhar entatildeo por um modelo conhecido como prestaccedilatildeo de cuidados
prescritos pelo profissional meacutedico descaracterizando a operacionalizaccedilatildeo da SAE Ambos
os profissionais (Auxiliares e Teacutecnicos) tem a SAE como um instrumento de cuidado
ilusoacuterio o que potildee o enfermeiro em situaccedilatildeo de impotecircncia em seu papel de planejar
e coordenar (BACKES et al 2005)
METODOLOGIA
Trata-se de um estudo de revisatildeo narrativa de literatura onde foi identificada
a bibliografia potencial localizada online artigos cientiacuteficos e livros selecionados pela
relevacircncia e adequaccedilatildeo aos objetivos propostos
Foram levantados os estudos brasileiros na base de dados Lilacs (Literatura
Latino-Americana e do Caribe em Ciecircncias da Sauacutede) Medline (Literatura
Internacional em Ciecircncias da Sauacutede) BDENF (Base de Dados de Enfermagem) e
Portal da BVS que possui tambeacutem bases referenciais como o Cataacutelogo de Revistas
Cientiacuteficas e o DeCS
As etapas adaptadas para o desenvolvimento desta revisatildeo foram escolha do
tema e do objeto de estudo levantamento da questatildeo da pesquisa ou definiccedilatildeo do
problema a ser investigado escolha dos descritores e dos termos livres levantamento
dos artigos nas bases de dados estabelecimento de criteacuterios para inclusatildeo e exclusatildeo
dos estudos aleacutem da discussatildeo dos resultados com a identificaccedilatildeo de conclusotildees
Os criteacuterios de inclusatildeo utilizados foram artigos originais que respondessem a
questatildeo norteadora com resumos apresentados na base de dados Os criteacuterios de
exclusatildeo foram editoriais artigos de revisatildeo da literatura e artigos que natildeo
respondessem a questatildeo norteadora proposta por este estudo
Para a busca dos descritores padronizados lanccedilou-se matildeo dos DeCS
(Descritores em Ciecircncias de Sauacutede) utilizando-se como DeCS Planejamento de
Assistecircncia ao Paciente Enfermagem Equipe de enfermagem Processo de
enfermagem
A busca de dados realizada foi feita objetivando o tema proposto e aconteceu
no segundo semestre de 2017
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
9
A seleccedilatildeo dos artigos para anaacutelise ocorreu com base nos artigos publicados
nos uacuteltimos 10 anos o que natildeo excluiu o uso de artigos de anos anteriores
Foram encontrados 75 artigos que continham as palavras chave contudo
somente 18 respondiam diretamente ao questionamento proposto
5 RESULTADOS
Tabela 1 ndash Siacutentese dos resultados da revisatildeo bibliograacutefica referente ao
conhecimento da equipe de enfermagem sobre a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia
de Enfermagem (SAE) Praia Grande 2017
Referecircncia Resultados principais RAMOS amp CARVALHO amp CANINI et al 2009
As maiorias dos profissionais sabem da existecircncia da SAE mas natildeo tem
um entendimento adequado sobre o seu papel dentro da SAE mesmo
apoacutes terem recebido treinamento sobre o assunto natildeo compreende como
essa ferramenta se adequada ao seu dia a dia e relatam natildeo terem essa
mateacuteria na sua formaccedilatildeo Porem participam arduamente na realizaccedilatildeo da
SAE dando paracircmetros e informaccedilotildees constante sobre o paciente O
consenso entre os entrevistados eacute o mesmo que a SAE melhora a
assistecircncia e qualidade do paciente mas natildeo compreendem seu papel
dentro dela
SILVA amp OLIVEIRA amp NEVES amp GUIMARAtildeES et al 2011
Os enfermeiros justificam que conhecem a SAE mas muitoS tambem natildeo
respoderam a pesquisa sobre conhecimento da SAE e porem nao a
utilizatildeo por varios motivos falta de formularios falta de incentivo
institucional e escases de matildeo de obra suficiente e reconhecem que
utilizando a ferramenta certa a qualidade do serviccedilo prestado pode
melhorar muito A maioria dos profissionais que tem conhecimento sobre
a SAE satildeo das UTIs e satildeo informatizadas com uma linguagem unica
Apenas 23 profissionais disseram conhecer todas as etapas da SAE
MEDEIROS amp SANTOS amp CABRAL et al 2012
Estudo feito com 13 enfermeiros da Paraiacuteba em uma maternidade publica
obsteacutetrica onde a opiniatildeo desses enfermeiros gerou um visatildeo positiva
vendo a SAE como um instrumento de trabalho que auxilia no cuidado e
na qualidade da assistecircncia prestada e traacutes seguranccedila para toda a equipe
e entendimento melhor de cada caso Dando uma resoluccedilatildeo de cada
caso organizando e planejando melhor cada execuccedilatildeo dentro do centro
obsteacutetrico e maternidade
COGO amp GEHLEN amp ILHA amp ZAMBELAN amp FREITAS amp BACKES et al 2012
Alguns enfermeiros relatam conhecer a SAE e sua importancia de uma
linguagem unica sempre visando o bem do paciente e tambem a
valorizaccedilatildeo do profissional poreacutem quando prescrito o cuidados algumas
pessoas natildeo gostaram e natildeo respeitavam considerando muita
interferencia do enfermeiro no cuidar
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
10
CASAFUS DELL`ACQUA amp BOCCHI et al 2013
Consideram a SAE como instrumento de organizaccedilatildeo e melhoria na
qualidade da assistecircncia e querem realizar todas as etapas constata-se
poreacutem que falta braccedilal falta de interesse e educaccedilatildeo continuada ameniza
a culpa pela falta de realizaccedilatildeo A falta de clareza e de valorizaccedilatildeo dificulta
a execuccedilatildeo tornando a SAE ilusoacuteria em uma tentativa frustrada de tornar
a SAE um modelo de organizaccedilatildeo e ferramenta de trabalho para beneficio
do paciente
MELO amp PEREIRA amp PONTES amp FARIAS amp BEZERRA et al 2016
A maioria das opiniotildees eacute que a SAE eacute beneacutefica garantindo uma
padronizaccedilatildeo porem entre outras opiniotildeesimplantar a SAE eacute um desafio
tambeacutem relatam a capacitaccedilatildeo acadecircmica e formaccedilatildeo dos
profissionaispouco investimento no profissional a pratica da
padronizaccedilatildeo do beneficio do paciente natildeo eacute rotina no Brasil contando
obstaacuteculos e desvalorizaccedilatildeo do profissional
SILVA amp ALMEIDA amp OLIVEIRA amp SAMPAIO amp PAIXAtildeO et al 2016
Compreende-se o desconhecimento em que processo de enfermagem
natildeo se ouviu falar mas reconhecem que eacute privativo do enfermeiro e que
deveria ser mais divulgado nas escola teacutecnicas quanto aos enfermeiros
veem com melhor planejamento economia para a instituiccedilatildeo e
conhecimento de cada paciente por outro lado se prendem a parte
burocraacutetica natildeo viabilizando a sua realizaccedilatildeo mas reconhecem a
importacircncia da SAE
Tabela 2 ndash Siacutentese dos resultados da revisatildeo bibliograacutefica referente agraves
dificuldades encontradas pela equipe de enfermagem na implementaccedilatildeo e
aplicaccedilatildeo da SAE na sua rotina de trabalho
Referecircncia Dificuldades apontadaspelos Enfermeiros Teacutecnicos e Auxiliares
HERMIDA et al 2004
Dentre as dificuldades apontadas pelos profissionais estatildeo realizaccedilatildeo do exame fiacutesico adequar o exame fiacutesico a doenccedila apresentada pelo paciente realizar ausculta pulmonar e cardiacuteaca necessidade de aprofundamento teoacuterico e falta de praacutetica cumprimento da prescriccedilatildeo de enfermagem por sua proacutepria equipe descontinuidade da implementaccedilatildeo da assistecircncia entre turnos alguns profissionais natildeo lecircem o que estaacute prescrito falta de conhecimento mesmo procurando por ele inseguranccedila prescriccedilatildeo de enfermagem sem avaliaccedilatildeo preacutevia do paciente natildeo saber realizar o processo de enfermagem dificuldade de elaborar a prescriccedilatildeo de enfermagem falta de objetividade na elaboraccedilatildeo da prescriccedilatildeo natildeo checagem dos cuidados na prescriccedilatildeo falta de objetividade no levantamento dos problemas Preparo inadequado na graduaccedilatildeodespreparo do pessoal falta de comprometimento envolvimento e responsabilidade de enfermeirosdesinteresse e desmotivaccedilatildeo perfil e postura inadequados de algumas profissionais falta de lideranccedila e de organizaccedilatildeo de enfermeiras pouca disponibilidade de enfermeiras e excesso de trabalho falhas no desempenho e falta de confianccedila de enfermeiras em seu trabalho desvalorizaccedilatildeo do trabalho e desconsideraccedilatildeo sobre a importacircncia da SAE por parte das enfermeiras problemas de relacionamento interpessoal conflitos internos ausecircncia de definiccedilatildeo de papeacuteis do quadro de enfermagem falta de conscientizaccedilatildeo da equipe de enfermagem falta de
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
11
treinamento da equipe de enfermagem falta de trabalho em equipe para padronizar a assistecircncia falta de integraccedilatildeo e resistecircncia de enfermeiras em envolver-se com propostas de melhoria da assistecircncia estresse questotildees salariais carecircncia de pessoal de enfermagemenfermeirosatividades administrativas concomitantes com as assistenciais aplicaccedilatildeo do processo como mais uma tarefa a instituiccedilatildeo como organizaccedilatildeo burocraacutetica natildeo espera que seja realizado outro cuidado aleacutem do estabelecido pelo meacutedico falta de vontade das chefias e da instituiccedilatildeo falta de material eou equipamento como sintoma da ldquofalta de vontade das chefias e instituiccedilotildeesrdquo inadequaccedilatildeo da estrutura fiacutesica da Unidade falhas na estrutura administrativa da instituiccedilatildeo ser instituiccedilatildeo puacuteblica baixa eficiecircncia de serviccedilos de apoio (laboratoacuterio)
BACKES amp ESPERANCcedilA amp AMARO amp CAMPOS amp CUNHA amp SCHWARTZ et al 2005
Este estudo aponta como dificuldades a falta de conhecimento teoacuterico cientiacutefico e praacutetico na execuccedilatildeo das fases da SAE tornando-se uma barreira por natildeo haver conscientizaccedilatildeo do quanto eacute importante este instrumento de trabalho Os cursos de graduaccedilatildeo tambeacutem foram apontados como insuficientes no contexto teoacuterico e praacutetico das enfermeiras para a realizaccedilatildeo da SAE com relatos de que os alunos recebem conhecimento superficial para a praacutetica de enfermagem sugerindo uma verificaccedilatildeo na grade curricular e conteuacutedo abrangido durante o curso Concluiu-se que os achados deste estudo respondem as questotildees iniciais desta pesquisa e que a execuccedilatildeo das fases do PE vincula-se agrave capacitaccedilatildeo que estes profissionais possuem para realizaccedilatildeo de suas atividades e da conscientizaccedilatildeo da sua importacircncia para a sua profissatildeo embora haja outros motivos citados em vaacuterios estudos apontados como dificultadores para a aplicaccedilatildeo do PE como planta fiacutesica falta de recursos humanos falta de tempo excesso de atribuiccedilotildees da enfermeira deficiecircncia da chefia falta de apoio administrativo falta de recursos materiais entre outros mas a falta de conhecimento por parte das enfermeiras para a realizaccedilatildeo do processo eacute visto como motivo principal que leva estas profissionais a natildeo executarem de forma eficaz a SAE em seu cotidiano
TAKAHASHI amp BARROS amp MICHEL amp SOUZA et al 2007
Este estudo aponta como dificuldades a falta de conhecimento teoacuterico cientiacutefico e praacutetico na execuccedilatildeo das fases da SAE tornando-se uma barreira por natildeo haver conscientizaccedilatildeo do quanto eacute importante este instrumento de trabalho Os cursos de graduaccedilatildeo tambeacutem foram apontados como insuficientes no contexto teoacuterico e praacutetico das enfermeiras para a realizaccedilatildeo da SAE com relatos de que os alunos recebem conhecimento superficial para a praacutetica de enfermagem sugerindo uma verificaccedilatildeo na grade curricular e conteuacutedo abrangido durante o curso Concluiu-se que os achados deste estudo respondem as questotildees iniciais desta pesquisa e que a execuccedilatildeo das fases do PE vincula-se agrave capacitaccedilatildeo que estes profissionais possuem para realizaccedilatildeo de suas atividades e da conscientizaccedilatildeo da sua importacircncia para a sua profissatildeo embora haja outros motivos citados em vaacuterios estudos apontados como dificultadores para a aplicaccedilatildeo do PE como planta fiacutesica falta de recursos humanos falta de tempo excesso de atribuiccedilotildees da enfermeira deficiecircncia da chefia falta de apoio administrativo falta de recursos materiais entre outros mas a falta de conhecimento por parte das enfermeiras para a realizaccedilatildeo do processo eacute visto como motivo principal que leva estas profissionais a natildeo executarem de forma eficaz a SAE em seu cotidiano
REMIZOSKI amp ROCHA amp VALL et al 2010
As dificuldades encontradas neste estudo foram preparo inadequado na formaccedilatildeo com baixa qualificaccedilatildeo dos docentes deacuteficit da aceitaccedilatildeo da equipe de sauacutede falta de comprometimento e
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
12
envolvimento da equipe falta de recursos materiais e excesso de atribuiccedilotildees para o enfermeiro despreparo da equipe descrenccedila e rejeiccedilatildeo do proacuteprio enfermeiro desvalorizaccedilatildeo dos enfermeiros diante de outros profissionais falta de credibilidade dos profissionais quanto as suas prescriccedilotildees resistecircncia aacute mudanccedilas carecircncia de apoio e estimulo da coordenaccedilatildeo de enfermagem falta de conhecimento sobre realizaccedilatildeo do exame fiacutesico falta de estabelecimento de prioridades e falta de conscientizaccedilatildeo sobre os benefiacutecios da implantaccedilatildeo da SAE no seu exerciacutecio profissional
SILVA amp FILHO amp QUEIROZ amp ABREU et al 2013
Conclui-se que apesar dos enfermeiros terem o conhecimento que a sistematizaccedilatildeo da assistecircncia eacute um instrumento para sua qualificaccedilatildeo e entenderem sua necessidade esses referem dissociaccedilatildeo de suas etapas resistecircncia dos profissionais deacuteficit de conhecimento e muitos profissionais como dificuldades a sua aplicabilidade Assim sendo observou-se que existem vaacuterios fatores que dificultam a implantaccedilatildeo da SAE com ecircxito
SILVA amp PRADO amp CARNEIRO amp COSTA et al 2014
O estudo evidencia a necessidade de mudanccedilas no processo de trabalho da enfermagem na unidade em estudo para a promoccedilatildeo e concretizaccedilatildeo do cuidado sistematizado e consequentemente melhoria da qualidade da assistecircncia ao cliente As dificuldades encontradas foram relacionadas aacute sobrecarga de trabalho deacuteficit no nuacutemero de profissionais para o desempenho das atividades estrutura fiacutesica inadequada a falta de recursos materiais realizaccedilatildeo de melhor dimensionamento de profissionais
GRANDO amp ZUSE et al 2014
As dificuldades apontadas pelos profissionais como fatores que impossibilitam uma aplicabilidade eficaz da SAE foram a necessidade de aprofundamento teoacuterico e a falta de praacutetica e objetividade pelos profissionais nos levantamentos de problemas bem como a necessidade de boa compreensatildeo sobre as etapas da SAE e aplicaccedilatildeo atraveacutes do saber e do fazer Foram evidenciadas tambeacutem falta de compromisso e envolvimentos nas atividades da equipe assim como deacuteficit de recursos humanos profissionais descontinuidade e acompanhamento perioacutedico aleacutem de estabelecimento de prioridades no serviccedilo Notou-se tambeacutem que pouco os auxiliares e teacutecnicos satildeo abordados nas pesquisas um erro fatal visto que esses profissionais satildeo peccedilas fundamentais para o sucesso na execuccedilatildeo e aplicaccedilatildeo da SAE Fala-se mais uma vez sobre os cursos de graduaccedilatildeo que deixam a desejar em conteuacutedo teoacuterico e praacutetico em suas grades curriculares e a falta ou inexpressiva educaccedilatildeo continuada
SANTOS et al 2014
A Sistematizaccedilatildeo de enfermagem ocorre de forma ainda fragmentada havendo a necessidade de reorganizaccedilatildeo deste instrumento para melhorar a assistecircncia do cliente pois somente com a realizaccedilatildeo de todas as etapas da SAE poderemos dizer que ela foi implantada corretamente As dificuldades apontadas foram a falta de recursos humanos a falta de conhecimento teoacuterico a desvalorizaccedilatildeo por parte da instituiccedilatildeo o natildeo reconhecimento da equipe de enfermagem investimentos na educaccedilatildeo continuada eacute um exemplo claro de carecircncia observou-se tambeacutem certa resistecircncia por parte dos enfermeiros falta de tempo para se dedicar ao paciente por realizarem atividades burocraacuteticas alta demanda de pacientes falta de privacidade com o paciente a falta de envolvimento do processo como um todo
SOUZA amp VASCONCELLOS amp PARRA et al 2015
O presente estudo revela que os enfermeiros satildeo sobrecarregados com tarefas natildeo pertinentes a sua funccedilatildeo e que por esse motivo deixam para segundo plano as atividades relacionadas aacute SAE e a equipe de enfermagem rotulando o enfermeiro como burocraacutetico e
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
13
favorecendo sua desvalorizaccedilatildeo Evidenciadas as dificuldades na aplicaccedilatildeo da SAE os enfermeiros acreditam que oferecer treinamento e capacitaccedilatildeo para a equipe em geral poder contar com recursos humanos e informatizaccedilatildeo atraveacutes de software poderia melhorar o planejamento de suas atividades permitindo assim de forma contiacutenua e integral a assistecircncia humanizada a valorizaccedilatildeo do enfermeiro aleacutem de fortalecer e engrandecer o trabalho em equipe
MARINELLI amp SILVA amp SILVA et al 2015
As principais dificuldades citadas satildeo falta de conhecimento sobre a realizaccedilatildeo do exame fiacutesico ausecircncia de treinamento sobre o tema nas instituiccedilotildees de sauacutede falta de registro adequado da assistecircncia de enfermagem a sobrecarga de trabalho evidenciada pelo deacuteficit de profissionais qualificados e capazes de identificar os problemas reais e potenciais dos pacientes envolvidos no PE conflito de papeacuteis dificuldade de aceitaccedilatildeo de mudanccedilas falta de credibilidade nas prescriccedilotildees de enfermagem carecircncia de pessoal treinado e com habilidades para exercer essa funccedilatildeo aleacutem de falta de apoio da equipe
FIGUEIREDO amp FERREIRA et al 2016
As principais dificuldades encontradas para a implantaccedilatildeo da SAE mostraram que a falta de conhecimento sobre a SAE e inadequaccedilatildeo na estrutura do hospital satildeo fatores que dificultam o atendimento de forma individualizada ao paciente dentro do centro ciruacutergico e conclui-se que para atender o paciente de forma integral fazem-se necessaacuterias aulas teoacutericas aliadas ao exerciacutecio da profissatildeo aleacutem de se evidenciar que a pouca experiecircncia de profissionais receacutem formados podem interferir de forma negativa na realizaccedilatildeo da SAE cursos teacutecnicos natildeo possuem conhecimento preacutevio da implantaccedilatildeo do processo de sistematizaccedilatildeo de enfermagem outra dificuldade aponta comunicaccedilatildeo insuficiente entre funcionaacuterios priorizaccedilatildeo de atividades administrativas por parte dos enfermeiros sobrecarga de trabalho desmotivaccedilatildeo falta de recursos humanos condiccedilotildees miacutenimas de trabalho desqualificaccedilatildeo e a falta de estrateacutegias oferecidas pelo gerenciador e instituiccedilatildeo empregatiacutecia
DISCUSSAtildeO
A Sistematizaccedilatildeo da Assistecircnciade EnfermagemndashSAE desde sua
implantaccedilatildeo no Brasil tem sido encarada como um desafio no que concerne a sua
implantaccedilatildeo e execuccedilatildeo apesar do consenso de se tratar de umas das mais
importantes responsabilidades do Enfermeiro
Sendo um processo organizacional a SAE eacute o instrumento que oferece as
condiccedilotildees adequadas para o desenvolvimento dos meacutetodos adequados de forma
interdiciplinar tornando o cuidado humanizado sendo que esta metodologia
padronizada pode ser considerada dentro do campo assistencial uma das mais
poderosas conquistas que em contrapartida exige do profissional um conhecimento
amplo e profundo de saberes com perpectiva interdisciplinar e multidimencional
Os trabalhos demonstram que seu desenvolvimento ainda natildeo eacute total
especialmente por conta da desmotivaccedilatildeo dos enfermeiros que por excesso de tarefas
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
14
acumuladas pela pouca atenccedilatildeo e pouco entendimento da equipe sobre os resultados
esperados e obtidos sua implantaccedilatildeo tem sido ineficaz
Uma das barreiras apresentadas neste sentido esta na ausecircncia do pleno
conhecimento acerca de todas as vantagens para a equipe paciente e instituiccedilatildeo
Sobre a corresponsabilidade das instituiccedilotildees acerca do baixo conhecimento
tanto do enfermeiro quanto da equipe haacute o apontamento da baixa demanda de cursos
de atualizaccedilatildeo e investimentos
Quanto aacutes demais dificuldades apontadas pelos enfermeiros podemos
encontrar a baixa adesatildeo da equipe por desconhecer a importacircncia e por estarem
focados mais na execuccedilatildeo da assistecircncia do que na parte documental apresentada
pelo Enfermeiro fazendo com que o Enfermeiro sinta-se desvalorizado
Em contrapartida Auxiliares e Teacutecnicos justificam sua baixa adesatildeo por
encararem a execuccedilatildeo e a implementaccedilatildeo dos cuidados apontados na SAE como
ilusoacuterios e fora do contexto real da rotina e demanda apresentada pelas instituiccedilotildees
Mesmo com as dificuldades apontadas tanto Enfermeiro quanto Auxiliares e
Teacutecnicos versam pelo mesmo contexto de considerarem a SAE como um instrumento
de trabalho vaacutelido
Importante salientar que apesar deste reconhecimento o tema abordado
sobre as dificuldades relacionadas aacute SAE no acircmbito cientifico tem sido pouco
explorado conforme observado no baixo nuacutemero de artigos encontrados que se
relacionavam diretamente sobre o assunto Contudo esta pesquisa mostra que o
interesse pelo assunto vem crescendo a partir do ano de 2010
CONCLUSAtildeO E CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Conforme observado sobre o tema estudado haacute uma grande dificuldade na
compreensatildeo da importacircncia da SAE como meacutetodo de organizaccedilatildeo de cuidados na
sua aplicaccedilatildeo e implementaccedilatildeo Tais dificuldades segundo os trabalhos analisado
acontecem por falta de conhecimento aprofundado sobre sua metodologia e pela
indisponibilidade de tempo ocasionado pela extenuaccedilatildeo profissional ocasionado por
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
15
sobrecarga de serviccedilo outra barreira observada eacute a visatildeo de ser um processo
desestimulador ou exclusivamente burocraacutetico
Contudo eacute iacutempar a aceitaccedilatildeo de que se trata de um meacutetodo de muita
importacircncia para o paciente como uma garantia de um cuidado mais organizado
eficiente e individualizado tornado integral a assistecircncia
Apesar desta visatildeo os trabalhos demonstram que os profissionais
compreendem que o sucesso desse meacutetodo estaacute baseado na obtenccedilatildeo de uma
estrutura miacutenima em termos de recursos humanos fiacutesicos de tempo e de interesse
da equipe de enfermagem
Conclui-se que o sucesso desse processo eacute apontado como dependente de
fatores tais como interesse da coordenaccedilatildeo equipe e de uma atuaccedilatildeo persistente da
educaccedilatildeo continuada
REFEREcircNCIAS
ANDRADE JS VIEIRA MJ Praacutetica assistencial de enfermagemproblemas perspectivas e necessidade de sistematizaccedilatildeo Rev Bras Enf 200558(3)261-5 AZEREDO T B S Histoacuterias da enfermagem no Paranaacute Site Coren-PR Curitiba 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwcorenprorgbrartigosartigo_23htmgt BACKES DS ESPERANCcedilA MP AMARO AM CAMPOS IEF CUNHA AD CHWARTZ E Sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem percepccedilatildeo dos enfermeiros de um hospital filantroacutepico Acta Sci Health Sci 2005 27(1)25-9 BARBOSA TSC amp Baptista SS Movimento de expansatildeo dos cursos superiores de enfermagem na regiatildeo centro-oeste do Brasil uma perspectiva histoacuterica Revista Eletrocircnica de Enfermagem 104 2008 BAPTISTA CMC et al Evoluccedilatildeo de enfermagem In CIANCIARULLO TI(Org) et al Sistema de Assistecircncia de Enfermagem evoluccedilatildeo e tendecircncias 5ed Satildeo Paulo Iacutecone 2012 p 173-190 BARREIRA I amp BAPTISTA S O movimento de reconsideraccedilatildeo do ensino e da pesquisa histoacuteria da enfermagem Rev Bras Enferm Novdez 2003 56 (6) 702-06 BASTOS MAR MENDES MA Transformando a praacutetica do enfermeiro Nursing Rio de Janeiro v 80 n 8 p 30-37 2005
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
16
CASAFUS DELLrsquoACQUA BOCCHI Entre o Ecircxito e a Frustraccedilatildeo Com a Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem Esc Anna Nery (impr)2013 abr - jun 17 (2)313 ndash 321
CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM Lei nordm 5905 de 12 de julho de 1973 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf Conselho Federal de Enfermagem ndash COFEN Resoluccedilatildeo 3582009 [on line] Disponiacutevel em httpwwwcofengovbrresoluo-cofen-3582009_4384html Conselho Federal de Enfermagem ndash COFEN Resoluccedilatildeo 3112007 [on line] Disponiacutevel em httpwwwcofengovbrresoluo-cofen-3112007_4345html Conselho Regional de Enfermagem de Satildeo Paulo ndash COREN Processo de Enfermagem Guia para a Praacutetica Satildeo Paulo 2015 Conselho Federal de Enfermagem de Satildeo Paulo ndash COFEN Guia de recomendaccedilotildees para registro de enfermagem no prontuaacuterio do paciente e outros documentos de enfermagem Satildeo Paulo 2016
___________ Lei ndeg 749886 de 25 de Junho de 1986 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf
__________ Decreto ndeg 9440687 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf ___________ Lei nordm 8967 de 28 de dezembro de 1994 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf ___________ Resoluccedilatildeo COFEN - 3112007 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf ___________ Resoluccedilatildeo COFEN-3582009 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf ___________ Resoluccedilatildeo COFEN ndash 3702010 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SAtildeO PAULO Decreto 4406 de 08 de junho de 1987 Disponiacutevel em httpportalcoren spgovbrsitesdefaultfilesParecer_013_AtuaC3A7C3A3o_de_AUX_como_TECpdf
Cogo Gehlen Ilha Zamberlan Freitas Backes et al Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem no Cenaacuterio Hospitalar Percepccedilatildeo Dos Enfermeiros Cogitare Enferm 2012 JulSet 17(3)513-8
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
17
CUNHA SMB BARROS ALB Anaacutelise da Implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem segundo o Modelo Conceitual de Horta Rev Bras Enferm 2005 set-out 58(5)568-72
DUARTE APP ELLENSOHN LA Operacionalizaccedilatildeo do processo de enfermagem em terapia intensiva neonatal Rev enferm UERJ 2007 outdez 15(4) 521-6 FIGUEIREDO RM ZEM-MASCARENHAS SH NAPOLEAtildeO AA Caracterizaccedilatildeo da produccedilatildeo do conhecimento sobre sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem no Brasil VerEsc Enferm USP 2006 abril 40(2) 299-303 FIGUEIREDO FERREIRA et al Dificuldades da Equipe de Enfermagem na Implantaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enferemagem no Centro Cirurgico de Campo Grande ndash MS wwwConvibrabr GRANDO ZUSE et al Dificuldades na Instituiccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem no Exercicio Profissional ndash Revisatildeo Integrativa Revista Contexto amp Sauacutede Ijuiacute bull v 14 bull n 26 bull JanJun 2014 GERMANO RM Educaccedilatildeo e ideologia da enfermagem no Brasil Satildeo PauloCortez 1983
HERMIDA PMV Desvelando a Implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de
Enfermagem Rev Bras de Enferm Brasiacutelia (DT) 2004 nov-dez 57(6)733-7
MARIA VLR DIAS AMC SHIOTSU CH FARIAS FAC Sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem no Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia relato de experiecircncia Rev Esc Enferm USP 1987 21(esp)77-87
MARINELLI SILVA SILVA SISTEMATIZACcedilAtildeO DA ASSISTEcircNCIA DE ENFERMAGEM Desafios para a implantaccedilatildeo Revista Enfermagem Contemporacircnea 2015 JulDez4(2) MEDEIROS SANTOS CABRAL Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem na Perspectiva dos Enfermeiros Uma Abordagem Metodologica na Teoria Fundamentada Rev Gauacutecha Enferm 2012( 33) MEDEIROS AL et al Sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem na perspectiva dos enfermeiros uma abordagem metodoloacutegica na teoria fundamentada Rev Gaucha Enferm 33(3) 174-181 set 2012 httppesquisabvsaludorgportalresourceptlil-654473
Medeiros AL Santos SR Cabral RWL Desvelando dificuldades operacionais na sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem na perspectiva da Grounded Theory Rev Eletr Enferm 201315(1)44-53 MENDES AA BASTOS MAR Processo de enfermagem sequecircncias no cuidar fazem a diferenccedila Rev Bras Enferm 200356(3)271-6
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
18
MELO PEREIRA PONTES FARIAS BEZERRA Implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem no Brasil Revisatildeo de Literatura wwwconbraciscombr Congresso Brasileiro de Ciecircncias e Sauacutede 2016 NAKAMAE DD Novos caminhos da enfermagem por mudanccedilas no ensino e na praacutetica da profissatildeo Satildeo Paulo (SP) Cortez 1987 NEVES RS SHIMIZU HE Anaacutelise da implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem em uma unidade de reabilitaccedilatildeo Rev bras enferm Brasiacutelia v 63 n 2 p 222-229 abr 2010 PRUSS ACSF O ensino de graduaccedilatildeo em enfermagem na Universidade Federal do Rio Grande do Sul referente agrave parturiccedilatildeo nas deacutecadas de 1950 e 1960 2014 PUNTEL A et al Enfermagem enquanto disciplina que campo de conhecimento identifica a profissatildeo Revista Brasileira de Enfermagem v 62 n 5 2009 Ramos LAR Carvalho EC Canini SRMS Opiniatildeo de auxiliares e teacutecnicos de enfermagem sobre a sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem Rev Eletr Enf 200911(1)39-44
Remizoski LROCHA VAL Dificuldades na implantaccedilatildeo da sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem - SAE uma revisatildeo teoacuterica Cadernos da Escola de Sauacutede Curitiba 2010 TARDIF M Saberes docentes e formaccedilatildeo profissional Petroacutepolis (RJ) Vozes 2002TAKAHASHI A A BARROS A L B L MICHEL J L MSOUZA M F Dificuldades e Facilidades Apontadas por Enfermeiras de um Hospital de Ensino na Execuccedilatildeo do Processo de Enfermagem Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de Satildeo Paulo-UNIFESP Satildeo Paulo (SP) Brasil 2007 VIETTA EP Et al Tomada de depoimentos pessoal de enfermeiras hospitalares da deacutecada de 50 subsiacutedios para a compreensatildeo da enfermagem atual Revlatinoamenfermagem Ribeiratildeo Preto v 3 n 2 p19-35 julho 1995 SANTOS LIMA MELO Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem na Unidade de Terapia IntensivaRevisatildeo Bibliogrfia Ciecircncias Bioloacutegicas e da Sauacutede Aracaju v 2 n2 p 45-58 out 2014 periodicossetedubr SILVA ALMEIDA OLIVEIRA OLIVEIRA SAMPAIO PAIXAtildeO Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem na Perspectiva da Equipe Enferm Foco 2016 7 (2) 32-36 SILVA PRADO CARNEIRO COSTA Implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem Dificuldades e Potencialidades Revista da
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
19
Universidade Vale do Rio Verde Trecircs Coraccedilotildees v 12 n 2 p 580-590 agodez 2014 SILVA OLIVEIRANEVES GUIMARAtildeES et al O conhecimento do enfermeiro sobre a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem da teoria agrave praacuteticaRev Esc Enferm USP2011 45(6)1380-6 wwweeuspbrreeusp
SILVA FILHO QUEIROZ ABREU et al Utilizaccedilatildeo do Processo de Enfermagem e as Dificuldades Encontradas por Enfermeiros Cogitare Enferm 2013 AbrJun 18(2)351-7 SOUZA VASCONCELLOS PARRA et al Processo de EnfermagemDificuldades Enfrentadas Pelos Enfermeiros de um Hospital Puacuteblico de Grande Porte na Amazonia Brasil Braz J Surg Clin ResBJCR 2015
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
5
especializaccedilatildeo (enfermagem cliacutenica sauacutede puacuteblica ou administraccedilatildeo hospitalar) Nas
deacutecadas de 40 e 50 a formaccedilatildeo em enfermagem era quase que exclusivamente
hospitalar e predominava a aprendizagem teacutecnica Nos anos 60 foram implantados os
primeiros cursos superiores de enfermagem com o reconhecimento da
profissionalizaccedilatildeo da enfermagem em seus trecircs niacuteveis superior teacutecnico e auxiliar
(LDB 402461) mas foi em 1962 que a legislaccedilatildeo promoveu o ensino meacutedio para o
ensino superior com o objetivo de ampliar as funccedilotildees da enfermeira de
exclusivamente assistenciais para somar-lhe ainda as administrativas e as de
docecircncia Outra mudanccedila que marcou esta eacutepoca foi a mudanccedila do ensino com base
teacutecnica para o ensino com fundamentaccedilatildeo cientiacutefica (PRUSS 2014)
Participando destes momentos histoacutericos e seu desenvolvimento cabe
ressaltar que a enfermagem desenvolveu e possui ateacute os dias atuais um conjunto de
conceitos e formas de atuar que constituem o conhecer em sauacutede e seu modo de
atuaccedilatildeo que se baseia principalmente na prestaccedilatildeo de serviccedilos em prol do indiviacuteduo
famiacutelia e comunidade em geral utilizando-se das fases do meacutetodo cientiacutefico Apesar
da organizaccedilatildeo desse trabalho ser denominada de Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de
Enfermagem tambeacutem referida como SAE ou Processo de Enfermagem (PE) outros
sinocircnimos tambeacutem satildeo conhecidos e utilizados na praacutetica do dia-a-dia tais como
Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia Metodologia da Assistecircncia Planejamento da
Assistecircncia Processo do Cuidado Metodologia do Cuidado Processo de
Assistecircncia Consulta de Enfermagem Processo de Atenccedilatildeo em Enfermagem e
Processo de Enfermagem (CARVALHO et al 2007 FIGUEIREDO et al 2006)
As instituiccedilotildees de ensino de enfermagem dos anos 80 voltaram-se entatildeo para
a formaccedilatildeo na aacuterea hospitalar e para a sauacutede puacuteblica somando-se a ideologia
prevencionista da deacutecada anterior ao movimento sanitaacuterio de sauacutede puacuteblica (Reforma
sanitaacuteria e proposta do SUDS) dando iniacutecio a uma nova fase de revisatildeo das funccedilotildees
do enfermeiro De 1990 a 2000 tornou-se possiacutevel identificar a melhor forma da busca
pela redefiniccedilatildeo e pelo reconhecimento professional assim como a conquista pela
autonomia do enfermeiro na sua praacutetica Para tanto houve uma nova adequaccedilatildeo de
curriacuteculos nos cursos agraves novas poliacuteticas e sistemas de sauacutede Muito contribuiu para
essas mudanccedilas na aacuterea da enfermagem o contexto dessa eacutepoca a concretizaccedilatildeo
da implantaccedilatildeo da nova proposta de sistema de sauacutede SUS a volta de algumas
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
6
doenccedilas endecircmicas como a dengue a conquista dos geneacutericos no cenaacuterio
farmacecircutico os processos de implantaccedilatildeo e consolidaccedilatildeo dos Conselhos de Sauacutede
e a presenccedila da exclusatildeo social e dos danos ambientais (THERRIEN et al 2008)
A implementaccedilatildeo e aplicaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem
na rotina do trabalho ao longo da histoacuteria
A metodologia conhecida como Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia da Assistecircncia
de Enfermagem (SAE) abrange etapas como organizaccedilatildeo planejamento e execuccedilatildeo
de accedilotildees sistematizadas cabendo a equipe de enfermagem sua realizaccedilatildeo pelo
tempo em que o cliente se encontra sob seus cuidados de acordo com as
responsabilidades e atribuiccedilotildees de cada professional da enfermagem (NEVES amp
SHIMIZU 2010)
Sua introduccedilatildeo aconteceu nas deacutecadas de 20 e 30 nos cursos de
Enfermagem especialmente atraveacutes do estudo de casos e no planejamento de
cuidados individualizados passando a ser utilizada como instrumento de
planejamento e execuccedilatildeo de sua praacutetica sendo denominada de Plano de Cuidados
passando a ser utilizada como meacutetodo cientiacutefico para organizar cuidados (Barreira amp
Baptista 2003)
No Brasil a SAE comeccedilou a ser implantada com maior ecircnfase em alguns
Serviccedilos de Enfermagem nas deacutecadas de 1970 e 80 Nessa eacutepoca a Teoria
de Necessidades Humanas Baacutesicas (NHB) de Wanda de Aguiar Horta
influenciou a aplicaccedilatildeo do Processo de Enfermagem nas instituiccedilotildees de
sauacutede e no ensino de Enfermagem Essa Teoria foi adotada para a
implementaccedilatildeo das etapas da SAE no cenaacuterio em estudo tendo em vista que
esse modelo tem sido adotado pela maioria dos enfermeiros e amplamente
utilizado nas pesquisas de SAE e nas realidades brasileiras (MARIA et al
1997)
Contudo a visatildeo da necessidade de se desenvolver um sistema de trabalho
que viesse de encontro com a necessidade da concretizaccedilatildeo da proposta de
promover manter e restaurar a sauacutede do paciente aconteceu somente nas uacuteltimas
deacutecadas (BASTOS amp MENDES 2005)
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
7
A teoria em enfermagem funciona como um alicerce estrutural para a
implantaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem (SAE) e o meacutetodo a
ser utilizado para implantar uma teoria na pratica eacute o Processo de Enfermagem
(REMIZOSKI et al 2010)
Dentre as diversas formas de organizar a assistecircncia para tornaacute-la segura
podemos destacar os protocolos a escala de funcionaacuterios diaacuteria e os fluxos do
processo de enfermagem sendo este uma ferramenta metodoloacutegica utilizada para
orientar o cuidado profissional de enfermagem de promover a qualidade no cuidado
prestado
A Resoluccedilatildeo COFEN 3582009 refere-se agraves cinco etapas de implementaccedilatildeo
do Processo de Enfermagem distribuiacutedas da seguinte maneira Coleta de dados de
Enfermagem (ou Histoacuterico de Enfermagem) Diagnoacutestico de Enfermagem
Planejamento de Enfermagem Implementaccedilatildeo e Avaliaccedilatildeo de Enfermagem
Embora aparentemente as responsabilidades na SAE estejam bem
delineadas observa-se ainda duacutevidas sobre as responsabilidades inerentes a cada
membro da equipe Neste sentido cabe esclarecer que aleacutem de possuir
conhecimento teacutecnico e cientiacutefico e uma praacutetica baseada em evidecircncias e de acordo
com a legislaccedilatildeo vigente o enfermeiro eacute profissional incumbido do planejamento e
execuccedilatildeo da SAE isto eacute o enfermeiro eacute quem colhe os dados realiza o exame fiacutesico
faz os diagnoacutesticos prescreve a assistecircncia e realiza a evoluccedilatildeo cabendo aos
teacutecnicos e auxiliares de enfermagem serem orientados (BAPTISTA 2012)
O processo de enfermagem eacute considerada a metodologia de trabalho mais
conhecida e de maior aceitaccedilatildeo em todo o mundo Importante salientar ainda que a
aplicaccedilatildeo do processo de enfermagem proporciona ao enfermeiro a possibilidade de
prestaccedilatildeo de cuidados individualizados por meio da anaacutelise das necessidades
humanas baacutesicas (ANDRADE 2007)
Segundo Casafus et al (2013) embora a coordenaccedilatildeo do processo de cuidar
seja responsabilidade do Enfermeiro a realidade natildeo tem sido evidenciada na anaacutelise
do dia-a-dia da praacutetica da enfermagem que aponta muintas vezes para o auxiliar e
teacutecnico de enfermagem realizando a tomada de decisatildeo sobre a assistecircncia a ser
prestada Essa realidade aponta para uma necessidade de investimentos em recursos
humanos e no fortalecimento da educaccedilatildeo permanente
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
8
Auxiliares e Teacutecnicos de enfermagem sofrem com a sobrecarga de trabalho e
procuram trabalhar entatildeo por um modelo conhecido como prestaccedilatildeo de cuidados
prescritos pelo profissional meacutedico descaracterizando a operacionalizaccedilatildeo da SAE Ambos
os profissionais (Auxiliares e Teacutecnicos) tem a SAE como um instrumento de cuidado
ilusoacuterio o que potildee o enfermeiro em situaccedilatildeo de impotecircncia em seu papel de planejar
e coordenar (BACKES et al 2005)
METODOLOGIA
Trata-se de um estudo de revisatildeo narrativa de literatura onde foi identificada
a bibliografia potencial localizada online artigos cientiacuteficos e livros selecionados pela
relevacircncia e adequaccedilatildeo aos objetivos propostos
Foram levantados os estudos brasileiros na base de dados Lilacs (Literatura
Latino-Americana e do Caribe em Ciecircncias da Sauacutede) Medline (Literatura
Internacional em Ciecircncias da Sauacutede) BDENF (Base de Dados de Enfermagem) e
Portal da BVS que possui tambeacutem bases referenciais como o Cataacutelogo de Revistas
Cientiacuteficas e o DeCS
As etapas adaptadas para o desenvolvimento desta revisatildeo foram escolha do
tema e do objeto de estudo levantamento da questatildeo da pesquisa ou definiccedilatildeo do
problema a ser investigado escolha dos descritores e dos termos livres levantamento
dos artigos nas bases de dados estabelecimento de criteacuterios para inclusatildeo e exclusatildeo
dos estudos aleacutem da discussatildeo dos resultados com a identificaccedilatildeo de conclusotildees
Os criteacuterios de inclusatildeo utilizados foram artigos originais que respondessem a
questatildeo norteadora com resumos apresentados na base de dados Os criteacuterios de
exclusatildeo foram editoriais artigos de revisatildeo da literatura e artigos que natildeo
respondessem a questatildeo norteadora proposta por este estudo
Para a busca dos descritores padronizados lanccedilou-se matildeo dos DeCS
(Descritores em Ciecircncias de Sauacutede) utilizando-se como DeCS Planejamento de
Assistecircncia ao Paciente Enfermagem Equipe de enfermagem Processo de
enfermagem
A busca de dados realizada foi feita objetivando o tema proposto e aconteceu
no segundo semestre de 2017
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
9
A seleccedilatildeo dos artigos para anaacutelise ocorreu com base nos artigos publicados
nos uacuteltimos 10 anos o que natildeo excluiu o uso de artigos de anos anteriores
Foram encontrados 75 artigos que continham as palavras chave contudo
somente 18 respondiam diretamente ao questionamento proposto
5 RESULTADOS
Tabela 1 ndash Siacutentese dos resultados da revisatildeo bibliograacutefica referente ao
conhecimento da equipe de enfermagem sobre a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia
de Enfermagem (SAE) Praia Grande 2017
Referecircncia Resultados principais RAMOS amp CARVALHO amp CANINI et al 2009
As maiorias dos profissionais sabem da existecircncia da SAE mas natildeo tem
um entendimento adequado sobre o seu papel dentro da SAE mesmo
apoacutes terem recebido treinamento sobre o assunto natildeo compreende como
essa ferramenta se adequada ao seu dia a dia e relatam natildeo terem essa
mateacuteria na sua formaccedilatildeo Porem participam arduamente na realizaccedilatildeo da
SAE dando paracircmetros e informaccedilotildees constante sobre o paciente O
consenso entre os entrevistados eacute o mesmo que a SAE melhora a
assistecircncia e qualidade do paciente mas natildeo compreendem seu papel
dentro dela
SILVA amp OLIVEIRA amp NEVES amp GUIMARAtildeES et al 2011
Os enfermeiros justificam que conhecem a SAE mas muitoS tambem natildeo
respoderam a pesquisa sobre conhecimento da SAE e porem nao a
utilizatildeo por varios motivos falta de formularios falta de incentivo
institucional e escases de matildeo de obra suficiente e reconhecem que
utilizando a ferramenta certa a qualidade do serviccedilo prestado pode
melhorar muito A maioria dos profissionais que tem conhecimento sobre
a SAE satildeo das UTIs e satildeo informatizadas com uma linguagem unica
Apenas 23 profissionais disseram conhecer todas as etapas da SAE
MEDEIROS amp SANTOS amp CABRAL et al 2012
Estudo feito com 13 enfermeiros da Paraiacuteba em uma maternidade publica
obsteacutetrica onde a opiniatildeo desses enfermeiros gerou um visatildeo positiva
vendo a SAE como um instrumento de trabalho que auxilia no cuidado e
na qualidade da assistecircncia prestada e traacutes seguranccedila para toda a equipe
e entendimento melhor de cada caso Dando uma resoluccedilatildeo de cada
caso organizando e planejando melhor cada execuccedilatildeo dentro do centro
obsteacutetrico e maternidade
COGO amp GEHLEN amp ILHA amp ZAMBELAN amp FREITAS amp BACKES et al 2012
Alguns enfermeiros relatam conhecer a SAE e sua importancia de uma
linguagem unica sempre visando o bem do paciente e tambem a
valorizaccedilatildeo do profissional poreacutem quando prescrito o cuidados algumas
pessoas natildeo gostaram e natildeo respeitavam considerando muita
interferencia do enfermeiro no cuidar
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
10
CASAFUS DELL`ACQUA amp BOCCHI et al 2013
Consideram a SAE como instrumento de organizaccedilatildeo e melhoria na
qualidade da assistecircncia e querem realizar todas as etapas constata-se
poreacutem que falta braccedilal falta de interesse e educaccedilatildeo continuada ameniza
a culpa pela falta de realizaccedilatildeo A falta de clareza e de valorizaccedilatildeo dificulta
a execuccedilatildeo tornando a SAE ilusoacuteria em uma tentativa frustrada de tornar
a SAE um modelo de organizaccedilatildeo e ferramenta de trabalho para beneficio
do paciente
MELO amp PEREIRA amp PONTES amp FARIAS amp BEZERRA et al 2016
A maioria das opiniotildees eacute que a SAE eacute beneacutefica garantindo uma
padronizaccedilatildeo porem entre outras opiniotildeesimplantar a SAE eacute um desafio
tambeacutem relatam a capacitaccedilatildeo acadecircmica e formaccedilatildeo dos
profissionaispouco investimento no profissional a pratica da
padronizaccedilatildeo do beneficio do paciente natildeo eacute rotina no Brasil contando
obstaacuteculos e desvalorizaccedilatildeo do profissional
SILVA amp ALMEIDA amp OLIVEIRA amp SAMPAIO amp PAIXAtildeO et al 2016
Compreende-se o desconhecimento em que processo de enfermagem
natildeo se ouviu falar mas reconhecem que eacute privativo do enfermeiro e que
deveria ser mais divulgado nas escola teacutecnicas quanto aos enfermeiros
veem com melhor planejamento economia para a instituiccedilatildeo e
conhecimento de cada paciente por outro lado se prendem a parte
burocraacutetica natildeo viabilizando a sua realizaccedilatildeo mas reconhecem a
importacircncia da SAE
Tabela 2 ndash Siacutentese dos resultados da revisatildeo bibliograacutefica referente agraves
dificuldades encontradas pela equipe de enfermagem na implementaccedilatildeo e
aplicaccedilatildeo da SAE na sua rotina de trabalho
Referecircncia Dificuldades apontadaspelos Enfermeiros Teacutecnicos e Auxiliares
HERMIDA et al 2004
Dentre as dificuldades apontadas pelos profissionais estatildeo realizaccedilatildeo do exame fiacutesico adequar o exame fiacutesico a doenccedila apresentada pelo paciente realizar ausculta pulmonar e cardiacuteaca necessidade de aprofundamento teoacuterico e falta de praacutetica cumprimento da prescriccedilatildeo de enfermagem por sua proacutepria equipe descontinuidade da implementaccedilatildeo da assistecircncia entre turnos alguns profissionais natildeo lecircem o que estaacute prescrito falta de conhecimento mesmo procurando por ele inseguranccedila prescriccedilatildeo de enfermagem sem avaliaccedilatildeo preacutevia do paciente natildeo saber realizar o processo de enfermagem dificuldade de elaborar a prescriccedilatildeo de enfermagem falta de objetividade na elaboraccedilatildeo da prescriccedilatildeo natildeo checagem dos cuidados na prescriccedilatildeo falta de objetividade no levantamento dos problemas Preparo inadequado na graduaccedilatildeodespreparo do pessoal falta de comprometimento envolvimento e responsabilidade de enfermeirosdesinteresse e desmotivaccedilatildeo perfil e postura inadequados de algumas profissionais falta de lideranccedila e de organizaccedilatildeo de enfermeiras pouca disponibilidade de enfermeiras e excesso de trabalho falhas no desempenho e falta de confianccedila de enfermeiras em seu trabalho desvalorizaccedilatildeo do trabalho e desconsideraccedilatildeo sobre a importacircncia da SAE por parte das enfermeiras problemas de relacionamento interpessoal conflitos internos ausecircncia de definiccedilatildeo de papeacuteis do quadro de enfermagem falta de conscientizaccedilatildeo da equipe de enfermagem falta de
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
11
treinamento da equipe de enfermagem falta de trabalho em equipe para padronizar a assistecircncia falta de integraccedilatildeo e resistecircncia de enfermeiras em envolver-se com propostas de melhoria da assistecircncia estresse questotildees salariais carecircncia de pessoal de enfermagemenfermeirosatividades administrativas concomitantes com as assistenciais aplicaccedilatildeo do processo como mais uma tarefa a instituiccedilatildeo como organizaccedilatildeo burocraacutetica natildeo espera que seja realizado outro cuidado aleacutem do estabelecido pelo meacutedico falta de vontade das chefias e da instituiccedilatildeo falta de material eou equipamento como sintoma da ldquofalta de vontade das chefias e instituiccedilotildeesrdquo inadequaccedilatildeo da estrutura fiacutesica da Unidade falhas na estrutura administrativa da instituiccedilatildeo ser instituiccedilatildeo puacuteblica baixa eficiecircncia de serviccedilos de apoio (laboratoacuterio)
BACKES amp ESPERANCcedilA amp AMARO amp CAMPOS amp CUNHA amp SCHWARTZ et al 2005
Este estudo aponta como dificuldades a falta de conhecimento teoacuterico cientiacutefico e praacutetico na execuccedilatildeo das fases da SAE tornando-se uma barreira por natildeo haver conscientizaccedilatildeo do quanto eacute importante este instrumento de trabalho Os cursos de graduaccedilatildeo tambeacutem foram apontados como insuficientes no contexto teoacuterico e praacutetico das enfermeiras para a realizaccedilatildeo da SAE com relatos de que os alunos recebem conhecimento superficial para a praacutetica de enfermagem sugerindo uma verificaccedilatildeo na grade curricular e conteuacutedo abrangido durante o curso Concluiu-se que os achados deste estudo respondem as questotildees iniciais desta pesquisa e que a execuccedilatildeo das fases do PE vincula-se agrave capacitaccedilatildeo que estes profissionais possuem para realizaccedilatildeo de suas atividades e da conscientizaccedilatildeo da sua importacircncia para a sua profissatildeo embora haja outros motivos citados em vaacuterios estudos apontados como dificultadores para a aplicaccedilatildeo do PE como planta fiacutesica falta de recursos humanos falta de tempo excesso de atribuiccedilotildees da enfermeira deficiecircncia da chefia falta de apoio administrativo falta de recursos materiais entre outros mas a falta de conhecimento por parte das enfermeiras para a realizaccedilatildeo do processo eacute visto como motivo principal que leva estas profissionais a natildeo executarem de forma eficaz a SAE em seu cotidiano
TAKAHASHI amp BARROS amp MICHEL amp SOUZA et al 2007
Este estudo aponta como dificuldades a falta de conhecimento teoacuterico cientiacutefico e praacutetico na execuccedilatildeo das fases da SAE tornando-se uma barreira por natildeo haver conscientizaccedilatildeo do quanto eacute importante este instrumento de trabalho Os cursos de graduaccedilatildeo tambeacutem foram apontados como insuficientes no contexto teoacuterico e praacutetico das enfermeiras para a realizaccedilatildeo da SAE com relatos de que os alunos recebem conhecimento superficial para a praacutetica de enfermagem sugerindo uma verificaccedilatildeo na grade curricular e conteuacutedo abrangido durante o curso Concluiu-se que os achados deste estudo respondem as questotildees iniciais desta pesquisa e que a execuccedilatildeo das fases do PE vincula-se agrave capacitaccedilatildeo que estes profissionais possuem para realizaccedilatildeo de suas atividades e da conscientizaccedilatildeo da sua importacircncia para a sua profissatildeo embora haja outros motivos citados em vaacuterios estudos apontados como dificultadores para a aplicaccedilatildeo do PE como planta fiacutesica falta de recursos humanos falta de tempo excesso de atribuiccedilotildees da enfermeira deficiecircncia da chefia falta de apoio administrativo falta de recursos materiais entre outros mas a falta de conhecimento por parte das enfermeiras para a realizaccedilatildeo do processo eacute visto como motivo principal que leva estas profissionais a natildeo executarem de forma eficaz a SAE em seu cotidiano
REMIZOSKI amp ROCHA amp VALL et al 2010
As dificuldades encontradas neste estudo foram preparo inadequado na formaccedilatildeo com baixa qualificaccedilatildeo dos docentes deacuteficit da aceitaccedilatildeo da equipe de sauacutede falta de comprometimento e
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
12
envolvimento da equipe falta de recursos materiais e excesso de atribuiccedilotildees para o enfermeiro despreparo da equipe descrenccedila e rejeiccedilatildeo do proacuteprio enfermeiro desvalorizaccedilatildeo dos enfermeiros diante de outros profissionais falta de credibilidade dos profissionais quanto as suas prescriccedilotildees resistecircncia aacute mudanccedilas carecircncia de apoio e estimulo da coordenaccedilatildeo de enfermagem falta de conhecimento sobre realizaccedilatildeo do exame fiacutesico falta de estabelecimento de prioridades e falta de conscientizaccedilatildeo sobre os benefiacutecios da implantaccedilatildeo da SAE no seu exerciacutecio profissional
SILVA amp FILHO amp QUEIROZ amp ABREU et al 2013
Conclui-se que apesar dos enfermeiros terem o conhecimento que a sistematizaccedilatildeo da assistecircncia eacute um instrumento para sua qualificaccedilatildeo e entenderem sua necessidade esses referem dissociaccedilatildeo de suas etapas resistecircncia dos profissionais deacuteficit de conhecimento e muitos profissionais como dificuldades a sua aplicabilidade Assim sendo observou-se que existem vaacuterios fatores que dificultam a implantaccedilatildeo da SAE com ecircxito
SILVA amp PRADO amp CARNEIRO amp COSTA et al 2014
O estudo evidencia a necessidade de mudanccedilas no processo de trabalho da enfermagem na unidade em estudo para a promoccedilatildeo e concretizaccedilatildeo do cuidado sistematizado e consequentemente melhoria da qualidade da assistecircncia ao cliente As dificuldades encontradas foram relacionadas aacute sobrecarga de trabalho deacuteficit no nuacutemero de profissionais para o desempenho das atividades estrutura fiacutesica inadequada a falta de recursos materiais realizaccedilatildeo de melhor dimensionamento de profissionais
GRANDO amp ZUSE et al 2014
As dificuldades apontadas pelos profissionais como fatores que impossibilitam uma aplicabilidade eficaz da SAE foram a necessidade de aprofundamento teoacuterico e a falta de praacutetica e objetividade pelos profissionais nos levantamentos de problemas bem como a necessidade de boa compreensatildeo sobre as etapas da SAE e aplicaccedilatildeo atraveacutes do saber e do fazer Foram evidenciadas tambeacutem falta de compromisso e envolvimentos nas atividades da equipe assim como deacuteficit de recursos humanos profissionais descontinuidade e acompanhamento perioacutedico aleacutem de estabelecimento de prioridades no serviccedilo Notou-se tambeacutem que pouco os auxiliares e teacutecnicos satildeo abordados nas pesquisas um erro fatal visto que esses profissionais satildeo peccedilas fundamentais para o sucesso na execuccedilatildeo e aplicaccedilatildeo da SAE Fala-se mais uma vez sobre os cursos de graduaccedilatildeo que deixam a desejar em conteuacutedo teoacuterico e praacutetico em suas grades curriculares e a falta ou inexpressiva educaccedilatildeo continuada
SANTOS et al 2014
A Sistematizaccedilatildeo de enfermagem ocorre de forma ainda fragmentada havendo a necessidade de reorganizaccedilatildeo deste instrumento para melhorar a assistecircncia do cliente pois somente com a realizaccedilatildeo de todas as etapas da SAE poderemos dizer que ela foi implantada corretamente As dificuldades apontadas foram a falta de recursos humanos a falta de conhecimento teoacuterico a desvalorizaccedilatildeo por parte da instituiccedilatildeo o natildeo reconhecimento da equipe de enfermagem investimentos na educaccedilatildeo continuada eacute um exemplo claro de carecircncia observou-se tambeacutem certa resistecircncia por parte dos enfermeiros falta de tempo para se dedicar ao paciente por realizarem atividades burocraacuteticas alta demanda de pacientes falta de privacidade com o paciente a falta de envolvimento do processo como um todo
SOUZA amp VASCONCELLOS amp PARRA et al 2015
O presente estudo revela que os enfermeiros satildeo sobrecarregados com tarefas natildeo pertinentes a sua funccedilatildeo e que por esse motivo deixam para segundo plano as atividades relacionadas aacute SAE e a equipe de enfermagem rotulando o enfermeiro como burocraacutetico e
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
13
favorecendo sua desvalorizaccedilatildeo Evidenciadas as dificuldades na aplicaccedilatildeo da SAE os enfermeiros acreditam que oferecer treinamento e capacitaccedilatildeo para a equipe em geral poder contar com recursos humanos e informatizaccedilatildeo atraveacutes de software poderia melhorar o planejamento de suas atividades permitindo assim de forma contiacutenua e integral a assistecircncia humanizada a valorizaccedilatildeo do enfermeiro aleacutem de fortalecer e engrandecer o trabalho em equipe
MARINELLI amp SILVA amp SILVA et al 2015
As principais dificuldades citadas satildeo falta de conhecimento sobre a realizaccedilatildeo do exame fiacutesico ausecircncia de treinamento sobre o tema nas instituiccedilotildees de sauacutede falta de registro adequado da assistecircncia de enfermagem a sobrecarga de trabalho evidenciada pelo deacuteficit de profissionais qualificados e capazes de identificar os problemas reais e potenciais dos pacientes envolvidos no PE conflito de papeacuteis dificuldade de aceitaccedilatildeo de mudanccedilas falta de credibilidade nas prescriccedilotildees de enfermagem carecircncia de pessoal treinado e com habilidades para exercer essa funccedilatildeo aleacutem de falta de apoio da equipe
FIGUEIREDO amp FERREIRA et al 2016
As principais dificuldades encontradas para a implantaccedilatildeo da SAE mostraram que a falta de conhecimento sobre a SAE e inadequaccedilatildeo na estrutura do hospital satildeo fatores que dificultam o atendimento de forma individualizada ao paciente dentro do centro ciruacutergico e conclui-se que para atender o paciente de forma integral fazem-se necessaacuterias aulas teoacutericas aliadas ao exerciacutecio da profissatildeo aleacutem de se evidenciar que a pouca experiecircncia de profissionais receacutem formados podem interferir de forma negativa na realizaccedilatildeo da SAE cursos teacutecnicos natildeo possuem conhecimento preacutevio da implantaccedilatildeo do processo de sistematizaccedilatildeo de enfermagem outra dificuldade aponta comunicaccedilatildeo insuficiente entre funcionaacuterios priorizaccedilatildeo de atividades administrativas por parte dos enfermeiros sobrecarga de trabalho desmotivaccedilatildeo falta de recursos humanos condiccedilotildees miacutenimas de trabalho desqualificaccedilatildeo e a falta de estrateacutegias oferecidas pelo gerenciador e instituiccedilatildeo empregatiacutecia
DISCUSSAtildeO
A Sistematizaccedilatildeo da Assistecircnciade EnfermagemndashSAE desde sua
implantaccedilatildeo no Brasil tem sido encarada como um desafio no que concerne a sua
implantaccedilatildeo e execuccedilatildeo apesar do consenso de se tratar de umas das mais
importantes responsabilidades do Enfermeiro
Sendo um processo organizacional a SAE eacute o instrumento que oferece as
condiccedilotildees adequadas para o desenvolvimento dos meacutetodos adequados de forma
interdiciplinar tornando o cuidado humanizado sendo que esta metodologia
padronizada pode ser considerada dentro do campo assistencial uma das mais
poderosas conquistas que em contrapartida exige do profissional um conhecimento
amplo e profundo de saberes com perpectiva interdisciplinar e multidimencional
Os trabalhos demonstram que seu desenvolvimento ainda natildeo eacute total
especialmente por conta da desmotivaccedilatildeo dos enfermeiros que por excesso de tarefas
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
14
acumuladas pela pouca atenccedilatildeo e pouco entendimento da equipe sobre os resultados
esperados e obtidos sua implantaccedilatildeo tem sido ineficaz
Uma das barreiras apresentadas neste sentido esta na ausecircncia do pleno
conhecimento acerca de todas as vantagens para a equipe paciente e instituiccedilatildeo
Sobre a corresponsabilidade das instituiccedilotildees acerca do baixo conhecimento
tanto do enfermeiro quanto da equipe haacute o apontamento da baixa demanda de cursos
de atualizaccedilatildeo e investimentos
Quanto aacutes demais dificuldades apontadas pelos enfermeiros podemos
encontrar a baixa adesatildeo da equipe por desconhecer a importacircncia e por estarem
focados mais na execuccedilatildeo da assistecircncia do que na parte documental apresentada
pelo Enfermeiro fazendo com que o Enfermeiro sinta-se desvalorizado
Em contrapartida Auxiliares e Teacutecnicos justificam sua baixa adesatildeo por
encararem a execuccedilatildeo e a implementaccedilatildeo dos cuidados apontados na SAE como
ilusoacuterios e fora do contexto real da rotina e demanda apresentada pelas instituiccedilotildees
Mesmo com as dificuldades apontadas tanto Enfermeiro quanto Auxiliares e
Teacutecnicos versam pelo mesmo contexto de considerarem a SAE como um instrumento
de trabalho vaacutelido
Importante salientar que apesar deste reconhecimento o tema abordado
sobre as dificuldades relacionadas aacute SAE no acircmbito cientifico tem sido pouco
explorado conforme observado no baixo nuacutemero de artigos encontrados que se
relacionavam diretamente sobre o assunto Contudo esta pesquisa mostra que o
interesse pelo assunto vem crescendo a partir do ano de 2010
CONCLUSAtildeO E CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Conforme observado sobre o tema estudado haacute uma grande dificuldade na
compreensatildeo da importacircncia da SAE como meacutetodo de organizaccedilatildeo de cuidados na
sua aplicaccedilatildeo e implementaccedilatildeo Tais dificuldades segundo os trabalhos analisado
acontecem por falta de conhecimento aprofundado sobre sua metodologia e pela
indisponibilidade de tempo ocasionado pela extenuaccedilatildeo profissional ocasionado por
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
15
sobrecarga de serviccedilo outra barreira observada eacute a visatildeo de ser um processo
desestimulador ou exclusivamente burocraacutetico
Contudo eacute iacutempar a aceitaccedilatildeo de que se trata de um meacutetodo de muita
importacircncia para o paciente como uma garantia de um cuidado mais organizado
eficiente e individualizado tornado integral a assistecircncia
Apesar desta visatildeo os trabalhos demonstram que os profissionais
compreendem que o sucesso desse meacutetodo estaacute baseado na obtenccedilatildeo de uma
estrutura miacutenima em termos de recursos humanos fiacutesicos de tempo e de interesse
da equipe de enfermagem
Conclui-se que o sucesso desse processo eacute apontado como dependente de
fatores tais como interesse da coordenaccedilatildeo equipe e de uma atuaccedilatildeo persistente da
educaccedilatildeo continuada
REFEREcircNCIAS
ANDRADE JS VIEIRA MJ Praacutetica assistencial de enfermagemproblemas perspectivas e necessidade de sistematizaccedilatildeo Rev Bras Enf 200558(3)261-5 AZEREDO T B S Histoacuterias da enfermagem no Paranaacute Site Coren-PR Curitiba 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwcorenprorgbrartigosartigo_23htmgt BACKES DS ESPERANCcedilA MP AMARO AM CAMPOS IEF CUNHA AD CHWARTZ E Sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem percepccedilatildeo dos enfermeiros de um hospital filantroacutepico Acta Sci Health Sci 2005 27(1)25-9 BARBOSA TSC amp Baptista SS Movimento de expansatildeo dos cursos superiores de enfermagem na regiatildeo centro-oeste do Brasil uma perspectiva histoacuterica Revista Eletrocircnica de Enfermagem 104 2008 BAPTISTA CMC et al Evoluccedilatildeo de enfermagem In CIANCIARULLO TI(Org) et al Sistema de Assistecircncia de Enfermagem evoluccedilatildeo e tendecircncias 5ed Satildeo Paulo Iacutecone 2012 p 173-190 BARREIRA I amp BAPTISTA S O movimento de reconsideraccedilatildeo do ensino e da pesquisa histoacuteria da enfermagem Rev Bras Enferm Novdez 2003 56 (6) 702-06 BASTOS MAR MENDES MA Transformando a praacutetica do enfermeiro Nursing Rio de Janeiro v 80 n 8 p 30-37 2005
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
16
CASAFUS DELLrsquoACQUA BOCCHI Entre o Ecircxito e a Frustraccedilatildeo Com a Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem Esc Anna Nery (impr)2013 abr - jun 17 (2)313 ndash 321
CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM Lei nordm 5905 de 12 de julho de 1973 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf Conselho Federal de Enfermagem ndash COFEN Resoluccedilatildeo 3582009 [on line] Disponiacutevel em httpwwwcofengovbrresoluo-cofen-3582009_4384html Conselho Federal de Enfermagem ndash COFEN Resoluccedilatildeo 3112007 [on line] Disponiacutevel em httpwwwcofengovbrresoluo-cofen-3112007_4345html Conselho Regional de Enfermagem de Satildeo Paulo ndash COREN Processo de Enfermagem Guia para a Praacutetica Satildeo Paulo 2015 Conselho Federal de Enfermagem de Satildeo Paulo ndash COFEN Guia de recomendaccedilotildees para registro de enfermagem no prontuaacuterio do paciente e outros documentos de enfermagem Satildeo Paulo 2016
___________ Lei ndeg 749886 de 25 de Junho de 1986 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf
__________ Decreto ndeg 9440687 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf ___________ Lei nordm 8967 de 28 de dezembro de 1994 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf ___________ Resoluccedilatildeo COFEN - 3112007 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf ___________ Resoluccedilatildeo COFEN-3582009 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf ___________ Resoluccedilatildeo COFEN ndash 3702010 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SAtildeO PAULO Decreto 4406 de 08 de junho de 1987 Disponiacutevel em httpportalcoren spgovbrsitesdefaultfilesParecer_013_AtuaC3A7C3A3o_de_AUX_como_TECpdf
Cogo Gehlen Ilha Zamberlan Freitas Backes et al Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem no Cenaacuterio Hospitalar Percepccedilatildeo Dos Enfermeiros Cogitare Enferm 2012 JulSet 17(3)513-8
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
17
CUNHA SMB BARROS ALB Anaacutelise da Implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem segundo o Modelo Conceitual de Horta Rev Bras Enferm 2005 set-out 58(5)568-72
DUARTE APP ELLENSOHN LA Operacionalizaccedilatildeo do processo de enfermagem em terapia intensiva neonatal Rev enferm UERJ 2007 outdez 15(4) 521-6 FIGUEIREDO RM ZEM-MASCARENHAS SH NAPOLEAtildeO AA Caracterizaccedilatildeo da produccedilatildeo do conhecimento sobre sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem no Brasil VerEsc Enferm USP 2006 abril 40(2) 299-303 FIGUEIREDO FERREIRA et al Dificuldades da Equipe de Enfermagem na Implantaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enferemagem no Centro Cirurgico de Campo Grande ndash MS wwwConvibrabr GRANDO ZUSE et al Dificuldades na Instituiccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem no Exercicio Profissional ndash Revisatildeo Integrativa Revista Contexto amp Sauacutede Ijuiacute bull v 14 bull n 26 bull JanJun 2014 GERMANO RM Educaccedilatildeo e ideologia da enfermagem no Brasil Satildeo PauloCortez 1983
HERMIDA PMV Desvelando a Implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de
Enfermagem Rev Bras de Enferm Brasiacutelia (DT) 2004 nov-dez 57(6)733-7
MARIA VLR DIAS AMC SHIOTSU CH FARIAS FAC Sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem no Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia relato de experiecircncia Rev Esc Enferm USP 1987 21(esp)77-87
MARINELLI SILVA SILVA SISTEMATIZACcedilAtildeO DA ASSISTEcircNCIA DE ENFERMAGEM Desafios para a implantaccedilatildeo Revista Enfermagem Contemporacircnea 2015 JulDez4(2) MEDEIROS SANTOS CABRAL Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem na Perspectiva dos Enfermeiros Uma Abordagem Metodologica na Teoria Fundamentada Rev Gauacutecha Enferm 2012( 33) MEDEIROS AL et al Sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem na perspectiva dos enfermeiros uma abordagem metodoloacutegica na teoria fundamentada Rev Gaucha Enferm 33(3) 174-181 set 2012 httppesquisabvsaludorgportalresourceptlil-654473
Medeiros AL Santos SR Cabral RWL Desvelando dificuldades operacionais na sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem na perspectiva da Grounded Theory Rev Eletr Enferm 201315(1)44-53 MENDES AA BASTOS MAR Processo de enfermagem sequecircncias no cuidar fazem a diferenccedila Rev Bras Enferm 200356(3)271-6
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
18
MELO PEREIRA PONTES FARIAS BEZERRA Implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem no Brasil Revisatildeo de Literatura wwwconbraciscombr Congresso Brasileiro de Ciecircncias e Sauacutede 2016 NAKAMAE DD Novos caminhos da enfermagem por mudanccedilas no ensino e na praacutetica da profissatildeo Satildeo Paulo (SP) Cortez 1987 NEVES RS SHIMIZU HE Anaacutelise da implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem em uma unidade de reabilitaccedilatildeo Rev bras enferm Brasiacutelia v 63 n 2 p 222-229 abr 2010 PRUSS ACSF O ensino de graduaccedilatildeo em enfermagem na Universidade Federal do Rio Grande do Sul referente agrave parturiccedilatildeo nas deacutecadas de 1950 e 1960 2014 PUNTEL A et al Enfermagem enquanto disciplina que campo de conhecimento identifica a profissatildeo Revista Brasileira de Enfermagem v 62 n 5 2009 Ramos LAR Carvalho EC Canini SRMS Opiniatildeo de auxiliares e teacutecnicos de enfermagem sobre a sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem Rev Eletr Enf 200911(1)39-44
Remizoski LROCHA VAL Dificuldades na implantaccedilatildeo da sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem - SAE uma revisatildeo teoacuterica Cadernos da Escola de Sauacutede Curitiba 2010 TARDIF M Saberes docentes e formaccedilatildeo profissional Petroacutepolis (RJ) Vozes 2002TAKAHASHI A A BARROS A L B L MICHEL J L MSOUZA M F Dificuldades e Facilidades Apontadas por Enfermeiras de um Hospital de Ensino na Execuccedilatildeo do Processo de Enfermagem Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de Satildeo Paulo-UNIFESP Satildeo Paulo (SP) Brasil 2007 VIETTA EP Et al Tomada de depoimentos pessoal de enfermeiras hospitalares da deacutecada de 50 subsiacutedios para a compreensatildeo da enfermagem atual Revlatinoamenfermagem Ribeiratildeo Preto v 3 n 2 p19-35 julho 1995 SANTOS LIMA MELO Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem na Unidade de Terapia IntensivaRevisatildeo Bibliogrfia Ciecircncias Bioloacutegicas e da Sauacutede Aracaju v 2 n2 p 45-58 out 2014 periodicossetedubr SILVA ALMEIDA OLIVEIRA OLIVEIRA SAMPAIO PAIXAtildeO Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem na Perspectiva da Equipe Enferm Foco 2016 7 (2) 32-36 SILVA PRADO CARNEIRO COSTA Implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem Dificuldades e Potencialidades Revista da
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
19
Universidade Vale do Rio Verde Trecircs Coraccedilotildees v 12 n 2 p 580-590 agodez 2014 SILVA OLIVEIRANEVES GUIMARAtildeES et al O conhecimento do enfermeiro sobre a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem da teoria agrave praacuteticaRev Esc Enferm USP2011 45(6)1380-6 wwweeuspbrreeusp
SILVA FILHO QUEIROZ ABREU et al Utilizaccedilatildeo do Processo de Enfermagem e as Dificuldades Encontradas por Enfermeiros Cogitare Enferm 2013 AbrJun 18(2)351-7 SOUZA VASCONCELLOS PARRA et al Processo de EnfermagemDificuldades Enfrentadas Pelos Enfermeiros de um Hospital Puacuteblico de Grande Porte na Amazonia Brasil Braz J Surg Clin ResBJCR 2015
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
6
doenccedilas endecircmicas como a dengue a conquista dos geneacutericos no cenaacuterio
farmacecircutico os processos de implantaccedilatildeo e consolidaccedilatildeo dos Conselhos de Sauacutede
e a presenccedila da exclusatildeo social e dos danos ambientais (THERRIEN et al 2008)
A implementaccedilatildeo e aplicaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem
na rotina do trabalho ao longo da histoacuteria
A metodologia conhecida como Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia da Assistecircncia
de Enfermagem (SAE) abrange etapas como organizaccedilatildeo planejamento e execuccedilatildeo
de accedilotildees sistematizadas cabendo a equipe de enfermagem sua realizaccedilatildeo pelo
tempo em que o cliente se encontra sob seus cuidados de acordo com as
responsabilidades e atribuiccedilotildees de cada professional da enfermagem (NEVES amp
SHIMIZU 2010)
Sua introduccedilatildeo aconteceu nas deacutecadas de 20 e 30 nos cursos de
Enfermagem especialmente atraveacutes do estudo de casos e no planejamento de
cuidados individualizados passando a ser utilizada como instrumento de
planejamento e execuccedilatildeo de sua praacutetica sendo denominada de Plano de Cuidados
passando a ser utilizada como meacutetodo cientiacutefico para organizar cuidados (Barreira amp
Baptista 2003)
No Brasil a SAE comeccedilou a ser implantada com maior ecircnfase em alguns
Serviccedilos de Enfermagem nas deacutecadas de 1970 e 80 Nessa eacutepoca a Teoria
de Necessidades Humanas Baacutesicas (NHB) de Wanda de Aguiar Horta
influenciou a aplicaccedilatildeo do Processo de Enfermagem nas instituiccedilotildees de
sauacutede e no ensino de Enfermagem Essa Teoria foi adotada para a
implementaccedilatildeo das etapas da SAE no cenaacuterio em estudo tendo em vista que
esse modelo tem sido adotado pela maioria dos enfermeiros e amplamente
utilizado nas pesquisas de SAE e nas realidades brasileiras (MARIA et al
1997)
Contudo a visatildeo da necessidade de se desenvolver um sistema de trabalho
que viesse de encontro com a necessidade da concretizaccedilatildeo da proposta de
promover manter e restaurar a sauacutede do paciente aconteceu somente nas uacuteltimas
deacutecadas (BASTOS amp MENDES 2005)
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
7
A teoria em enfermagem funciona como um alicerce estrutural para a
implantaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem (SAE) e o meacutetodo a
ser utilizado para implantar uma teoria na pratica eacute o Processo de Enfermagem
(REMIZOSKI et al 2010)
Dentre as diversas formas de organizar a assistecircncia para tornaacute-la segura
podemos destacar os protocolos a escala de funcionaacuterios diaacuteria e os fluxos do
processo de enfermagem sendo este uma ferramenta metodoloacutegica utilizada para
orientar o cuidado profissional de enfermagem de promover a qualidade no cuidado
prestado
A Resoluccedilatildeo COFEN 3582009 refere-se agraves cinco etapas de implementaccedilatildeo
do Processo de Enfermagem distribuiacutedas da seguinte maneira Coleta de dados de
Enfermagem (ou Histoacuterico de Enfermagem) Diagnoacutestico de Enfermagem
Planejamento de Enfermagem Implementaccedilatildeo e Avaliaccedilatildeo de Enfermagem
Embora aparentemente as responsabilidades na SAE estejam bem
delineadas observa-se ainda duacutevidas sobre as responsabilidades inerentes a cada
membro da equipe Neste sentido cabe esclarecer que aleacutem de possuir
conhecimento teacutecnico e cientiacutefico e uma praacutetica baseada em evidecircncias e de acordo
com a legislaccedilatildeo vigente o enfermeiro eacute profissional incumbido do planejamento e
execuccedilatildeo da SAE isto eacute o enfermeiro eacute quem colhe os dados realiza o exame fiacutesico
faz os diagnoacutesticos prescreve a assistecircncia e realiza a evoluccedilatildeo cabendo aos
teacutecnicos e auxiliares de enfermagem serem orientados (BAPTISTA 2012)
O processo de enfermagem eacute considerada a metodologia de trabalho mais
conhecida e de maior aceitaccedilatildeo em todo o mundo Importante salientar ainda que a
aplicaccedilatildeo do processo de enfermagem proporciona ao enfermeiro a possibilidade de
prestaccedilatildeo de cuidados individualizados por meio da anaacutelise das necessidades
humanas baacutesicas (ANDRADE 2007)
Segundo Casafus et al (2013) embora a coordenaccedilatildeo do processo de cuidar
seja responsabilidade do Enfermeiro a realidade natildeo tem sido evidenciada na anaacutelise
do dia-a-dia da praacutetica da enfermagem que aponta muintas vezes para o auxiliar e
teacutecnico de enfermagem realizando a tomada de decisatildeo sobre a assistecircncia a ser
prestada Essa realidade aponta para uma necessidade de investimentos em recursos
humanos e no fortalecimento da educaccedilatildeo permanente
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
8
Auxiliares e Teacutecnicos de enfermagem sofrem com a sobrecarga de trabalho e
procuram trabalhar entatildeo por um modelo conhecido como prestaccedilatildeo de cuidados
prescritos pelo profissional meacutedico descaracterizando a operacionalizaccedilatildeo da SAE Ambos
os profissionais (Auxiliares e Teacutecnicos) tem a SAE como um instrumento de cuidado
ilusoacuterio o que potildee o enfermeiro em situaccedilatildeo de impotecircncia em seu papel de planejar
e coordenar (BACKES et al 2005)
METODOLOGIA
Trata-se de um estudo de revisatildeo narrativa de literatura onde foi identificada
a bibliografia potencial localizada online artigos cientiacuteficos e livros selecionados pela
relevacircncia e adequaccedilatildeo aos objetivos propostos
Foram levantados os estudos brasileiros na base de dados Lilacs (Literatura
Latino-Americana e do Caribe em Ciecircncias da Sauacutede) Medline (Literatura
Internacional em Ciecircncias da Sauacutede) BDENF (Base de Dados de Enfermagem) e
Portal da BVS que possui tambeacutem bases referenciais como o Cataacutelogo de Revistas
Cientiacuteficas e o DeCS
As etapas adaptadas para o desenvolvimento desta revisatildeo foram escolha do
tema e do objeto de estudo levantamento da questatildeo da pesquisa ou definiccedilatildeo do
problema a ser investigado escolha dos descritores e dos termos livres levantamento
dos artigos nas bases de dados estabelecimento de criteacuterios para inclusatildeo e exclusatildeo
dos estudos aleacutem da discussatildeo dos resultados com a identificaccedilatildeo de conclusotildees
Os criteacuterios de inclusatildeo utilizados foram artigos originais que respondessem a
questatildeo norteadora com resumos apresentados na base de dados Os criteacuterios de
exclusatildeo foram editoriais artigos de revisatildeo da literatura e artigos que natildeo
respondessem a questatildeo norteadora proposta por este estudo
Para a busca dos descritores padronizados lanccedilou-se matildeo dos DeCS
(Descritores em Ciecircncias de Sauacutede) utilizando-se como DeCS Planejamento de
Assistecircncia ao Paciente Enfermagem Equipe de enfermagem Processo de
enfermagem
A busca de dados realizada foi feita objetivando o tema proposto e aconteceu
no segundo semestre de 2017
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
9
A seleccedilatildeo dos artigos para anaacutelise ocorreu com base nos artigos publicados
nos uacuteltimos 10 anos o que natildeo excluiu o uso de artigos de anos anteriores
Foram encontrados 75 artigos que continham as palavras chave contudo
somente 18 respondiam diretamente ao questionamento proposto
5 RESULTADOS
Tabela 1 ndash Siacutentese dos resultados da revisatildeo bibliograacutefica referente ao
conhecimento da equipe de enfermagem sobre a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia
de Enfermagem (SAE) Praia Grande 2017
Referecircncia Resultados principais RAMOS amp CARVALHO amp CANINI et al 2009
As maiorias dos profissionais sabem da existecircncia da SAE mas natildeo tem
um entendimento adequado sobre o seu papel dentro da SAE mesmo
apoacutes terem recebido treinamento sobre o assunto natildeo compreende como
essa ferramenta se adequada ao seu dia a dia e relatam natildeo terem essa
mateacuteria na sua formaccedilatildeo Porem participam arduamente na realizaccedilatildeo da
SAE dando paracircmetros e informaccedilotildees constante sobre o paciente O
consenso entre os entrevistados eacute o mesmo que a SAE melhora a
assistecircncia e qualidade do paciente mas natildeo compreendem seu papel
dentro dela
SILVA amp OLIVEIRA amp NEVES amp GUIMARAtildeES et al 2011
Os enfermeiros justificam que conhecem a SAE mas muitoS tambem natildeo
respoderam a pesquisa sobre conhecimento da SAE e porem nao a
utilizatildeo por varios motivos falta de formularios falta de incentivo
institucional e escases de matildeo de obra suficiente e reconhecem que
utilizando a ferramenta certa a qualidade do serviccedilo prestado pode
melhorar muito A maioria dos profissionais que tem conhecimento sobre
a SAE satildeo das UTIs e satildeo informatizadas com uma linguagem unica
Apenas 23 profissionais disseram conhecer todas as etapas da SAE
MEDEIROS amp SANTOS amp CABRAL et al 2012
Estudo feito com 13 enfermeiros da Paraiacuteba em uma maternidade publica
obsteacutetrica onde a opiniatildeo desses enfermeiros gerou um visatildeo positiva
vendo a SAE como um instrumento de trabalho que auxilia no cuidado e
na qualidade da assistecircncia prestada e traacutes seguranccedila para toda a equipe
e entendimento melhor de cada caso Dando uma resoluccedilatildeo de cada
caso organizando e planejando melhor cada execuccedilatildeo dentro do centro
obsteacutetrico e maternidade
COGO amp GEHLEN amp ILHA amp ZAMBELAN amp FREITAS amp BACKES et al 2012
Alguns enfermeiros relatam conhecer a SAE e sua importancia de uma
linguagem unica sempre visando o bem do paciente e tambem a
valorizaccedilatildeo do profissional poreacutem quando prescrito o cuidados algumas
pessoas natildeo gostaram e natildeo respeitavam considerando muita
interferencia do enfermeiro no cuidar
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
10
CASAFUS DELL`ACQUA amp BOCCHI et al 2013
Consideram a SAE como instrumento de organizaccedilatildeo e melhoria na
qualidade da assistecircncia e querem realizar todas as etapas constata-se
poreacutem que falta braccedilal falta de interesse e educaccedilatildeo continuada ameniza
a culpa pela falta de realizaccedilatildeo A falta de clareza e de valorizaccedilatildeo dificulta
a execuccedilatildeo tornando a SAE ilusoacuteria em uma tentativa frustrada de tornar
a SAE um modelo de organizaccedilatildeo e ferramenta de trabalho para beneficio
do paciente
MELO amp PEREIRA amp PONTES amp FARIAS amp BEZERRA et al 2016
A maioria das opiniotildees eacute que a SAE eacute beneacutefica garantindo uma
padronizaccedilatildeo porem entre outras opiniotildeesimplantar a SAE eacute um desafio
tambeacutem relatam a capacitaccedilatildeo acadecircmica e formaccedilatildeo dos
profissionaispouco investimento no profissional a pratica da
padronizaccedilatildeo do beneficio do paciente natildeo eacute rotina no Brasil contando
obstaacuteculos e desvalorizaccedilatildeo do profissional
SILVA amp ALMEIDA amp OLIVEIRA amp SAMPAIO amp PAIXAtildeO et al 2016
Compreende-se o desconhecimento em que processo de enfermagem
natildeo se ouviu falar mas reconhecem que eacute privativo do enfermeiro e que
deveria ser mais divulgado nas escola teacutecnicas quanto aos enfermeiros
veem com melhor planejamento economia para a instituiccedilatildeo e
conhecimento de cada paciente por outro lado se prendem a parte
burocraacutetica natildeo viabilizando a sua realizaccedilatildeo mas reconhecem a
importacircncia da SAE
Tabela 2 ndash Siacutentese dos resultados da revisatildeo bibliograacutefica referente agraves
dificuldades encontradas pela equipe de enfermagem na implementaccedilatildeo e
aplicaccedilatildeo da SAE na sua rotina de trabalho
Referecircncia Dificuldades apontadaspelos Enfermeiros Teacutecnicos e Auxiliares
HERMIDA et al 2004
Dentre as dificuldades apontadas pelos profissionais estatildeo realizaccedilatildeo do exame fiacutesico adequar o exame fiacutesico a doenccedila apresentada pelo paciente realizar ausculta pulmonar e cardiacuteaca necessidade de aprofundamento teoacuterico e falta de praacutetica cumprimento da prescriccedilatildeo de enfermagem por sua proacutepria equipe descontinuidade da implementaccedilatildeo da assistecircncia entre turnos alguns profissionais natildeo lecircem o que estaacute prescrito falta de conhecimento mesmo procurando por ele inseguranccedila prescriccedilatildeo de enfermagem sem avaliaccedilatildeo preacutevia do paciente natildeo saber realizar o processo de enfermagem dificuldade de elaborar a prescriccedilatildeo de enfermagem falta de objetividade na elaboraccedilatildeo da prescriccedilatildeo natildeo checagem dos cuidados na prescriccedilatildeo falta de objetividade no levantamento dos problemas Preparo inadequado na graduaccedilatildeodespreparo do pessoal falta de comprometimento envolvimento e responsabilidade de enfermeirosdesinteresse e desmotivaccedilatildeo perfil e postura inadequados de algumas profissionais falta de lideranccedila e de organizaccedilatildeo de enfermeiras pouca disponibilidade de enfermeiras e excesso de trabalho falhas no desempenho e falta de confianccedila de enfermeiras em seu trabalho desvalorizaccedilatildeo do trabalho e desconsideraccedilatildeo sobre a importacircncia da SAE por parte das enfermeiras problemas de relacionamento interpessoal conflitos internos ausecircncia de definiccedilatildeo de papeacuteis do quadro de enfermagem falta de conscientizaccedilatildeo da equipe de enfermagem falta de
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
11
treinamento da equipe de enfermagem falta de trabalho em equipe para padronizar a assistecircncia falta de integraccedilatildeo e resistecircncia de enfermeiras em envolver-se com propostas de melhoria da assistecircncia estresse questotildees salariais carecircncia de pessoal de enfermagemenfermeirosatividades administrativas concomitantes com as assistenciais aplicaccedilatildeo do processo como mais uma tarefa a instituiccedilatildeo como organizaccedilatildeo burocraacutetica natildeo espera que seja realizado outro cuidado aleacutem do estabelecido pelo meacutedico falta de vontade das chefias e da instituiccedilatildeo falta de material eou equipamento como sintoma da ldquofalta de vontade das chefias e instituiccedilotildeesrdquo inadequaccedilatildeo da estrutura fiacutesica da Unidade falhas na estrutura administrativa da instituiccedilatildeo ser instituiccedilatildeo puacuteblica baixa eficiecircncia de serviccedilos de apoio (laboratoacuterio)
BACKES amp ESPERANCcedilA amp AMARO amp CAMPOS amp CUNHA amp SCHWARTZ et al 2005
Este estudo aponta como dificuldades a falta de conhecimento teoacuterico cientiacutefico e praacutetico na execuccedilatildeo das fases da SAE tornando-se uma barreira por natildeo haver conscientizaccedilatildeo do quanto eacute importante este instrumento de trabalho Os cursos de graduaccedilatildeo tambeacutem foram apontados como insuficientes no contexto teoacuterico e praacutetico das enfermeiras para a realizaccedilatildeo da SAE com relatos de que os alunos recebem conhecimento superficial para a praacutetica de enfermagem sugerindo uma verificaccedilatildeo na grade curricular e conteuacutedo abrangido durante o curso Concluiu-se que os achados deste estudo respondem as questotildees iniciais desta pesquisa e que a execuccedilatildeo das fases do PE vincula-se agrave capacitaccedilatildeo que estes profissionais possuem para realizaccedilatildeo de suas atividades e da conscientizaccedilatildeo da sua importacircncia para a sua profissatildeo embora haja outros motivos citados em vaacuterios estudos apontados como dificultadores para a aplicaccedilatildeo do PE como planta fiacutesica falta de recursos humanos falta de tempo excesso de atribuiccedilotildees da enfermeira deficiecircncia da chefia falta de apoio administrativo falta de recursos materiais entre outros mas a falta de conhecimento por parte das enfermeiras para a realizaccedilatildeo do processo eacute visto como motivo principal que leva estas profissionais a natildeo executarem de forma eficaz a SAE em seu cotidiano
TAKAHASHI amp BARROS amp MICHEL amp SOUZA et al 2007
Este estudo aponta como dificuldades a falta de conhecimento teoacuterico cientiacutefico e praacutetico na execuccedilatildeo das fases da SAE tornando-se uma barreira por natildeo haver conscientizaccedilatildeo do quanto eacute importante este instrumento de trabalho Os cursos de graduaccedilatildeo tambeacutem foram apontados como insuficientes no contexto teoacuterico e praacutetico das enfermeiras para a realizaccedilatildeo da SAE com relatos de que os alunos recebem conhecimento superficial para a praacutetica de enfermagem sugerindo uma verificaccedilatildeo na grade curricular e conteuacutedo abrangido durante o curso Concluiu-se que os achados deste estudo respondem as questotildees iniciais desta pesquisa e que a execuccedilatildeo das fases do PE vincula-se agrave capacitaccedilatildeo que estes profissionais possuem para realizaccedilatildeo de suas atividades e da conscientizaccedilatildeo da sua importacircncia para a sua profissatildeo embora haja outros motivos citados em vaacuterios estudos apontados como dificultadores para a aplicaccedilatildeo do PE como planta fiacutesica falta de recursos humanos falta de tempo excesso de atribuiccedilotildees da enfermeira deficiecircncia da chefia falta de apoio administrativo falta de recursos materiais entre outros mas a falta de conhecimento por parte das enfermeiras para a realizaccedilatildeo do processo eacute visto como motivo principal que leva estas profissionais a natildeo executarem de forma eficaz a SAE em seu cotidiano
REMIZOSKI amp ROCHA amp VALL et al 2010
As dificuldades encontradas neste estudo foram preparo inadequado na formaccedilatildeo com baixa qualificaccedilatildeo dos docentes deacuteficit da aceitaccedilatildeo da equipe de sauacutede falta de comprometimento e
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
12
envolvimento da equipe falta de recursos materiais e excesso de atribuiccedilotildees para o enfermeiro despreparo da equipe descrenccedila e rejeiccedilatildeo do proacuteprio enfermeiro desvalorizaccedilatildeo dos enfermeiros diante de outros profissionais falta de credibilidade dos profissionais quanto as suas prescriccedilotildees resistecircncia aacute mudanccedilas carecircncia de apoio e estimulo da coordenaccedilatildeo de enfermagem falta de conhecimento sobre realizaccedilatildeo do exame fiacutesico falta de estabelecimento de prioridades e falta de conscientizaccedilatildeo sobre os benefiacutecios da implantaccedilatildeo da SAE no seu exerciacutecio profissional
SILVA amp FILHO amp QUEIROZ amp ABREU et al 2013
Conclui-se que apesar dos enfermeiros terem o conhecimento que a sistematizaccedilatildeo da assistecircncia eacute um instrumento para sua qualificaccedilatildeo e entenderem sua necessidade esses referem dissociaccedilatildeo de suas etapas resistecircncia dos profissionais deacuteficit de conhecimento e muitos profissionais como dificuldades a sua aplicabilidade Assim sendo observou-se que existem vaacuterios fatores que dificultam a implantaccedilatildeo da SAE com ecircxito
SILVA amp PRADO amp CARNEIRO amp COSTA et al 2014
O estudo evidencia a necessidade de mudanccedilas no processo de trabalho da enfermagem na unidade em estudo para a promoccedilatildeo e concretizaccedilatildeo do cuidado sistematizado e consequentemente melhoria da qualidade da assistecircncia ao cliente As dificuldades encontradas foram relacionadas aacute sobrecarga de trabalho deacuteficit no nuacutemero de profissionais para o desempenho das atividades estrutura fiacutesica inadequada a falta de recursos materiais realizaccedilatildeo de melhor dimensionamento de profissionais
GRANDO amp ZUSE et al 2014
As dificuldades apontadas pelos profissionais como fatores que impossibilitam uma aplicabilidade eficaz da SAE foram a necessidade de aprofundamento teoacuterico e a falta de praacutetica e objetividade pelos profissionais nos levantamentos de problemas bem como a necessidade de boa compreensatildeo sobre as etapas da SAE e aplicaccedilatildeo atraveacutes do saber e do fazer Foram evidenciadas tambeacutem falta de compromisso e envolvimentos nas atividades da equipe assim como deacuteficit de recursos humanos profissionais descontinuidade e acompanhamento perioacutedico aleacutem de estabelecimento de prioridades no serviccedilo Notou-se tambeacutem que pouco os auxiliares e teacutecnicos satildeo abordados nas pesquisas um erro fatal visto que esses profissionais satildeo peccedilas fundamentais para o sucesso na execuccedilatildeo e aplicaccedilatildeo da SAE Fala-se mais uma vez sobre os cursos de graduaccedilatildeo que deixam a desejar em conteuacutedo teoacuterico e praacutetico em suas grades curriculares e a falta ou inexpressiva educaccedilatildeo continuada
SANTOS et al 2014
A Sistematizaccedilatildeo de enfermagem ocorre de forma ainda fragmentada havendo a necessidade de reorganizaccedilatildeo deste instrumento para melhorar a assistecircncia do cliente pois somente com a realizaccedilatildeo de todas as etapas da SAE poderemos dizer que ela foi implantada corretamente As dificuldades apontadas foram a falta de recursos humanos a falta de conhecimento teoacuterico a desvalorizaccedilatildeo por parte da instituiccedilatildeo o natildeo reconhecimento da equipe de enfermagem investimentos na educaccedilatildeo continuada eacute um exemplo claro de carecircncia observou-se tambeacutem certa resistecircncia por parte dos enfermeiros falta de tempo para se dedicar ao paciente por realizarem atividades burocraacuteticas alta demanda de pacientes falta de privacidade com o paciente a falta de envolvimento do processo como um todo
SOUZA amp VASCONCELLOS amp PARRA et al 2015
O presente estudo revela que os enfermeiros satildeo sobrecarregados com tarefas natildeo pertinentes a sua funccedilatildeo e que por esse motivo deixam para segundo plano as atividades relacionadas aacute SAE e a equipe de enfermagem rotulando o enfermeiro como burocraacutetico e
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
13
favorecendo sua desvalorizaccedilatildeo Evidenciadas as dificuldades na aplicaccedilatildeo da SAE os enfermeiros acreditam que oferecer treinamento e capacitaccedilatildeo para a equipe em geral poder contar com recursos humanos e informatizaccedilatildeo atraveacutes de software poderia melhorar o planejamento de suas atividades permitindo assim de forma contiacutenua e integral a assistecircncia humanizada a valorizaccedilatildeo do enfermeiro aleacutem de fortalecer e engrandecer o trabalho em equipe
MARINELLI amp SILVA amp SILVA et al 2015
As principais dificuldades citadas satildeo falta de conhecimento sobre a realizaccedilatildeo do exame fiacutesico ausecircncia de treinamento sobre o tema nas instituiccedilotildees de sauacutede falta de registro adequado da assistecircncia de enfermagem a sobrecarga de trabalho evidenciada pelo deacuteficit de profissionais qualificados e capazes de identificar os problemas reais e potenciais dos pacientes envolvidos no PE conflito de papeacuteis dificuldade de aceitaccedilatildeo de mudanccedilas falta de credibilidade nas prescriccedilotildees de enfermagem carecircncia de pessoal treinado e com habilidades para exercer essa funccedilatildeo aleacutem de falta de apoio da equipe
FIGUEIREDO amp FERREIRA et al 2016
As principais dificuldades encontradas para a implantaccedilatildeo da SAE mostraram que a falta de conhecimento sobre a SAE e inadequaccedilatildeo na estrutura do hospital satildeo fatores que dificultam o atendimento de forma individualizada ao paciente dentro do centro ciruacutergico e conclui-se que para atender o paciente de forma integral fazem-se necessaacuterias aulas teoacutericas aliadas ao exerciacutecio da profissatildeo aleacutem de se evidenciar que a pouca experiecircncia de profissionais receacutem formados podem interferir de forma negativa na realizaccedilatildeo da SAE cursos teacutecnicos natildeo possuem conhecimento preacutevio da implantaccedilatildeo do processo de sistematizaccedilatildeo de enfermagem outra dificuldade aponta comunicaccedilatildeo insuficiente entre funcionaacuterios priorizaccedilatildeo de atividades administrativas por parte dos enfermeiros sobrecarga de trabalho desmotivaccedilatildeo falta de recursos humanos condiccedilotildees miacutenimas de trabalho desqualificaccedilatildeo e a falta de estrateacutegias oferecidas pelo gerenciador e instituiccedilatildeo empregatiacutecia
DISCUSSAtildeO
A Sistematizaccedilatildeo da Assistecircnciade EnfermagemndashSAE desde sua
implantaccedilatildeo no Brasil tem sido encarada como um desafio no que concerne a sua
implantaccedilatildeo e execuccedilatildeo apesar do consenso de se tratar de umas das mais
importantes responsabilidades do Enfermeiro
Sendo um processo organizacional a SAE eacute o instrumento que oferece as
condiccedilotildees adequadas para o desenvolvimento dos meacutetodos adequados de forma
interdiciplinar tornando o cuidado humanizado sendo que esta metodologia
padronizada pode ser considerada dentro do campo assistencial uma das mais
poderosas conquistas que em contrapartida exige do profissional um conhecimento
amplo e profundo de saberes com perpectiva interdisciplinar e multidimencional
Os trabalhos demonstram que seu desenvolvimento ainda natildeo eacute total
especialmente por conta da desmotivaccedilatildeo dos enfermeiros que por excesso de tarefas
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
14
acumuladas pela pouca atenccedilatildeo e pouco entendimento da equipe sobre os resultados
esperados e obtidos sua implantaccedilatildeo tem sido ineficaz
Uma das barreiras apresentadas neste sentido esta na ausecircncia do pleno
conhecimento acerca de todas as vantagens para a equipe paciente e instituiccedilatildeo
Sobre a corresponsabilidade das instituiccedilotildees acerca do baixo conhecimento
tanto do enfermeiro quanto da equipe haacute o apontamento da baixa demanda de cursos
de atualizaccedilatildeo e investimentos
Quanto aacutes demais dificuldades apontadas pelos enfermeiros podemos
encontrar a baixa adesatildeo da equipe por desconhecer a importacircncia e por estarem
focados mais na execuccedilatildeo da assistecircncia do que na parte documental apresentada
pelo Enfermeiro fazendo com que o Enfermeiro sinta-se desvalorizado
Em contrapartida Auxiliares e Teacutecnicos justificam sua baixa adesatildeo por
encararem a execuccedilatildeo e a implementaccedilatildeo dos cuidados apontados na SAE como
ilusoacuterios e fora do contexto real da rotina e demanda apresentada pelas instituiccedilotildees
Mesmo com as dificuldades apontadas tanto Enfermeiro quanto Auxiliares e
Teacutecnicos versam pelo mesmo contexto de considerarem a SAE como um instrumento
de trabalho vaacutelido
Importante salientar que apesar deste reconhecimento o tema abordado
sobre as dificuldades relacionadas aacute SAE no acircmbito cientifico tem sido pouco
explorado conforme observado no baixo nuacutemero de artigos encontrados que se
relacionavam diretamente sobre o assunto Contudo esta pesquisa mostra que o
interesse pelo assunto vem crescendo a partir do ano de 2010
CONCLUSAtildeO E CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Conforme observado sobre o tema estudado haacute uma grande dificuldade na
compreensatildeo da importacircncia da SAE como meacutetodo de organizaccedilatildeo de cuidados na
sua aplicaccedilatildeo e implementaccedilatildeo Tais dificuldades segundo os trabalhos analisado
acontecem por falta de conhecimento aprofundado sobre sua metodologia e pela
indisponibilidade de tempo ocasionado pela extenuaccedilatildeo profissional ocasionado por
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
15
sobrecarga de serviccedilo outra barreira observada eacute a visatildeo de ser um processo
desestimulador ou exclusivamente burocraacutetico
Contudo eacute iacutempar a aceitaccedilatildeo de que se trata de um meacutetodo de muita
importacircncia para o paciente como uma garantia de um cuidado mais organizado
eficiente e individualizado tornado integral a assistecircncia
Apesar desta visatildeo os trabalhos demonstram que os profissionais
compreendem que o sucesso desse meacutetodo estaacute baseado na obtenccedilatildeo de uma
estrutura miacutenima em termos de recursos humanos fiacutesicos de tempo e de interesse
da equipe de enfermagem
Conclui-se que o sucesso desse processo eacute apontado como dependente de
fatores tais como interesse da coordenaccedilatildeo equipe e de uma atuaccedilatildeo persistente da
educaccedilatildeo continuada
REFEREcircNCIAS
ANDRADE JS VIEIRA MJ Praacutetica assistencial de enfermagemproblemas perspectivas e necessidade de sistematizaccedilatildeo Rev Bras Enf 200558(3)261-5 AZEREDO T B S Histoacuterias da enfermagem no Paranaacute Site Coren-PR Curitiba 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwcorenprorgbrartigosartigo_23htmgt BACKES DS ESPERANCcedilA MP AMARO AM CAMPOS IEF CUNHA AD CHWARTZ E Sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem percepccedilatildeo dos enfermeiros de um hospital filantroacutepico Acta Sci Health Sci 2005 27(1)25-9 BARBOSA TSC amp Baptista SS Movimento de expansatildeo dos cursos superiores de enfermagem na regiatildeo centro-oeste do Brasil uma perspectiva histoacuterica Revista Eletrocircnica de Enfermagem 104 2008 BAPTISTA CMC et al Evoluccedilatildeo de enfermagem In CIANCIARULLO TI(Org) et al Sistema de Assistecircncia de Enfermagem evoluccedilatildeo e tendecircncias 5ed Satildeo Paulo Iacutecone 2012 p 173-190 BARREIRA I amp BAPTISTA S O movimento de reconsideraccedilatildeo do ensino e da pesquisa histoacuteria da enfermagem Rev Bras Enferm Novdez 2003 56 (6) 702-06 BASTOS MAR MENDES MA Transformando a praacutetica do enfermeiro Nursing Rio de Janeiro v 80 n 8 p 30-37 2005
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
16
CASAFUS DELLrsquoACQUA BOCCHI Entre o Ecircxito e a Frustraccedilatildeo Com a Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem Esc Anna Nery (impr)2013 abr - jun 17 (2)313 ndash 321
CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM Lei nordm 5905 de 12 de julho de 1973 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf Conselho Federal de Enfermagem ndash COFEN Resoluccedilatildeo 3582009 [on line] Disponiacutevel em httpwwwcofengovbrresoluo-cofen-3582009_4384html Conselho Federal de Enfermagem ndash COFEN Resoluccedilatildeo 3112007 [on line] Disponiacutevel em httpwwwcofengovbrresoluo-cofen-3112007_4345html Conselho Regional de Enfermagem de Satildeo Paulo ndash COREN Processo de Enfermagem Guia para a Praacutetica Satildeo Paulo 2015 Conselho Federal de Enfermagem de Satildeo Paulo ndash COFEN Guia de recomendaccedilotildees para registro de enfermagem no prontuaacuterio do paciente e outros documentos de enfermagem Satildeo Paulo 2016
___________ Lei ndeg 749886 de 25 de Junho de 1986 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf
__________ Decreto ndeg 9440687 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf ___________ Lei nordm 8967 de 28 de dezembro de 1994 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf ___________ Resoluccedilatildeo COFEN - 3112007 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf ___________ Resoluccedilatildeo COFEN-3582009 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf ___________ Resoluccedilatildeo COFEN ndash 3702010 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SAtildeO PAULO Decreto 4406 de 08 de junho de 1987 Disponiacutevel em httpportalcoren spgovbrsitesdefaultfilesParecer_013_AtuaC3A7C3A3o_de_AUX_como_TECpdf
Cogo Gehlen Ilha Zamberlan Freitas Backes et al Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem no Cenaacuterio Hospitalar Percepccedilatildeo Dos Enfermeiros Cogitare Enferm 2012 JulSet 17(3)513-8
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
17
CUNHA SMB BARROS ALB Anaacutelise da Implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem segundo o Modelo Conceitual de Horta Rev Bras Enferm 2005 set-out 58(5)568-72
DUARTE APP ELLENSOHN LA Operacionalizaccedilatildeo do processo de enfermagem em terapia intensiva neonatal Rev enferm UERJ 2007 outdez 15(4) 521-6 FIGUEIREDO RM ZEM-MASCARENHAS SH NAPOLEAtildeO AA Caracterizaccedilatildeo da produccedilatildeo do conhecimento sobre sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem no Brasil VerEsc Enferm USP 2006 abril 40(2) 299-303 FIGUEIREDO FERREIRA et al Dificuldades da Equipe de Enfermagem na Implantaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enferemagem no Centro Cirurgico de Campo Grande ndash MS wwwConvibrabr GRANDO ZUSE et al Dificuldades na Instituiccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem no Exercicio Profissional ndash Revisatildeo Integrativa Revista Contexto amp Sauacutede Ijuiacute bull v 14 bull n 26 bull JanJun 2014 GERMANO RM Educaccedilatildeo e ideologia da enfermagem no Brasil Satildeo PauloCortez 1983
HERMIDA PMV Desvelando a Implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de
Enfermagem Rev Bras de Enferm Brasiacutelia (DT) 2004 nov-dez 57(6)733-7
MARIA VLR DIAS AMC SHIOTSU CH FARIAS FAC Sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem no Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia relato de experiecircncia Rev Esc Enferm USP 1987 21(esp)77-87
MARINELLI SILVA SILVA SISTEMATIZACcedilAtildeO DA ASSISTEcircNCIA DE ENFERMAGEM Desafios para a implantaccedilatildeo Revista Enfermagem Contemporacircnea 2015 JulDez4(2) MEDEIROS SANTOS CABRAL Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem na Perspectiva dos Enfermeiros Uma Abordagem Metodologica na Teoria Fundamentada Rev Gauacutecha Enferm 2012( 33) MEDEIROS AL et al Sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem na perspectiva dos enfermeiros uma abordagem metodoloacutegica na teoria fundamentada Rev Gaucha Enferm 33(3) 174-181 set 2012 httppesquisabvsaludorgportalresourceptlil-654473
Medeiros AL Santos SR Cabral RWL Desvelando dificuldades operacionais na sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem na perspectiva da Grounded Theory Rev Eletr Enferm 201315(1)44-53 MENDES AA BASTOS MAR Processo de enfermagem sequecircncias no cuidar fazem a diferenccedila Rev Bras Enferm 200356(3)271-6
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
18
MELO PEREIRA PONTES FARIAS BEZERRA Implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem no Brasil Revisatildeo de Literatura wwwconbraciscombr Congresso Brasileiro de Ciecircncias e Sauacutede 2016 NAKAMAE DD Novos caminhos da enfermagem por mudanccedilas no ensino e na praacutetica da profissatildeo Satildeo Paulo (SP) Cortez 1987 NEVES RS SHIMIZU HE Anaacutelise da implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem em uma unidade de reabilitaccedilatildeo Rev bras enferm Brasiacutelia v 63 n 2 p 222-229 abr 2010 PRUSS ACSF O ensino de graduaccedilatildeo em enfermagem na Universidade Federal do Rio Grande do Sul referente agrave parturiccedilatildeo nas deacutecadas de 1950 e 1960 2014 PUNTEL A et al Enfermagem enquanto disciplina que campo de conhecimento identifica a profissatildeo Revista Brasileira de Enfermagem v 62 n 5 2009 Ramos LAR Carvalho EC Canini SRMS Opiniatildeo de auxiliares e teacutecnicos de enfermagem sobre a sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem Rev Eletr Enf 200911(1)39-44
Remizoski LROCHA VAL Dificuldades na implantaccedilatildeo da sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem - SAE uma revisatildeo teoacuterica Cadernos da Escola de Sauacutede Curitiba 2010 TARDIF M Saberes docentes e formaccedilatildeo profissional Petroacutepolis (RJ) Vozes 2002TAKAHASHI A A BARROS A L B L MICHEL J L MSOUZA M F Dificuldades e Facilidades Apontadas por Enfermeiras de um Hospital de Ensino na Execuccedilatildeo do Processo de Enfermagem Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de Satildeo Paulo-UNIFESP Satildeo Paulo (SP) Brasil 2007 VIETTA EP Et al Tomada de depoimentos pessoal de enfermeiras hospitalares da deacutecada de 50 subsiacutedios para a compreensatildeo da enfermagem atual Revlatinoamenfermagem Ribeiratildeo Preto v 3 n 2 p19-35 julho 1995 SANTOS LIMA MELO Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem na Unidade de Terapia IntensivaRevisatildeo Bibliogrfia Ciecircncias Bioloacutegicas e da Sauacutede Aracaju v 2 n2 p 45-58 out 2014 periodicossetedubr SILVA ALMEIDA OLIVEIRA OLIVEIRA SAMPAIO PAIXAtildeO Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem na Perspectiva da Equipe Enferm Foco 2016 7 (2) 32-36 SILVA PRADO CARNEIRO COSTA Implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem Dificuldades e Potencialidades Revista da
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
19
Universidade Vale do Rio Verde Trecircs Coraccedilotildees v 12 n 2 p 580-590 agodez 2014 SILVA OLIVEIRANEVES GUIMARAtildeES et al O conhecimento do enfermeiro sobre a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem da teoria agrave praacuteticaRev Esc Enferm USP2011 45(6)1380-6 wwweeuspbrreeusp
SILVA FILHO QUEIROZ ABREU et al Utilizaccedilatildeo do Processo de Enfermagem e as Dificuldades Encontradas por Enfermeiros Cogitare Enferm 2013 AbrJun 18(2)351-7 SOUZA VASCONCELLOS PARRA et al Processo de EnfermagemDificuldades Enfrentadas Pelos Enfermeiros de um Hospital Puacuteblico de Grande Porte na Amazonia Brasil Braz J Surg Clin ResBJCR 2015
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
7
A teoria em enfermagem funciona como um alicerce estrutural para a
implantaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem (SAE) e o meacutetodo a
ser utilizado para implantar uma teoria na pratica eacute o Processo de Enfermagem
(REMIZOSKI et al 2010)
Dentre as diversas formas de organizar a assistecircncia para tornaacute-la segura
podemos destacar os protocolos a escala de funcionaacuterios diaacuteria e os fluxos do
processo de enfermagem sendo este uma ferramenta metodoloacutegica utilizada para
orientar o cuidado profissional de enfermagem de promover a qualidade no cuidado
prestado
A Resoluccedilatildeo COFEN 3582009 refere-se agraves cinco etapas de implementaccedilatildeo
do Processo de Enfermagem distribuiacutedas da seguinte maneira Coleta de dados de
Enfermagem (ou Histoacuterico de Enfermagem) Diagnoacutestico de Enfermagem
Planejamento de Enfermagem Implementaccedilatildeo e Avaliaccedilatildeo de Enfermagem
Embora aparentemente as responsabilidades na SAE estejam bem
delineadas observa-se ainda duacutevidas sobre as responsabilidades inerentes a cada
membro da equipe Neste sentido cabe esclarecer que aleacutem de possuir
conhecimento teacutecnico e cientiacutefico e uma praacutetica baseada em evidecircncias e de acordo
com a legislaccedilatildeo vigente o enfermeiro eacute profissional incumbido do planejamento e
execuccedilatildeo da SAE isto eacute o enfermeiro eacute quem colhe os dados realiza o exame fiacutesico
faz os diagnoacutesticos prescreve a assistecircncia e realiza a evoluccedilatildeo cabendo aos
teacutecnicos e auxiliares de enfermagem serem orientados (BAPTISTA 2012)
O processo de enfermagem eacute considerada a metodologia de trabalho mais
conhecida e de maior aceitaccedilatildeo em todo o mundo Importante salientar ainda que a
aplicaccedilatildeo do processo de enfermagem proporciona ao enfermeiro a possibilidade de
prestaccedilatildeo de cuidados individualizados por meio da anaacutelise das necessidades
humanas baacutesicas (ANDRADE 2007)
Segundo Casafus et al (2013) embora a coordenaccedilatildeo do processo de cuidar
seja responsabilidade do Enfermeiro a realidade natildeo tem sido evidenciada na anaacutelise
do dia-a-dia da praacutetica da enfermagem que aponta muintas vezes para o auxiliar e
teacutecnico de enfermagem realizando a tomada de decisatildeo sobre a assistecircncia a ser
prestada Essa realidade aponta para uma necessidade de investimentos em recursos
humanos e no fortalecimento da educaccedilatildeo permanente
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
8
Auxiliares e Teacutecnicos de enfermagem sofrem com a sobrecarga de trabalho e
procuram trabalhar entatildeo por um modelo conhecido como prestaccedilatildeo de cuidados
prescritos pelo profissional meacutedico descaracterizando a operacionalizaccedilatildeo da SAE Ambos
os profissionais (Auxiliares e Teacutecnicos) tem a SAE como um instrumento de cuidado
ilusoacuterio o que potildee o enfermeiro em situaccedilatildeo de impotecircncia em seu papel de planejar
e coordenar (BACKES et al 2005)
METODOLOGIA
Trata-se de um estudo de revisatildeo narrativa de literatura onde foi identificada
a bibliografia potencial localizada online artigos cientiacuteficos e livros selecionados pela
relevacircncia e adequaccedilatildeo aos objetivos propostos
Foram levantados os estudos brasileiros na base de dados Lilacs (Literatura
Latino-Americana e do Caribe em Ciecircncias da Sauacutede) Medline (Literatura
Internacional em Ciecircncias da Sauacutede) BDENF (Base de Dados de Enfermagem) e
Portal da BVS que possui tambeacutem bases referenciais como o Cataacutelogo de Revistas
Cientiacuteficas e o DeCS
As etapas adaptadas para o desenvolvimento desta revisatildeo foram escolha do
tema e do objeto de estudo levantamento da questatildeo da pesquisa ou definiccedilatildeo do
problema a ser investigado escolha dos descritores e dos termos livres levantamento
dos artigos nas bases de dados estabelecimento de criteacuterios para inclusatildeo e exclusatildeo
dos estudos aleacutem da discussatildeo dos resultados com a identificaccedilatildeo de conclusotildees
Os criteacuterios de inclusatildeo utilizados foram artigos originais que respondessem a
questatildeo norteadora com resumos apresentados na base de dados Os criteacuterios de
exclusatildeo foram editoriais artigos de revisatildeo da literatura e artigos que natildeo
respondessem a questatildeo norteadora proposta por este estudo
Para a busca dos descritores padronizados lanccedilou-se matildeo dos DeCS
(Descritores em Ciecircncias de Sauacutede) utilizando-se como DeCS Planejamento de
Assistecircncia ao Paciente Enfermagem Equipe de enfermagem Processo de
enfermagem
A busca de dados realizada foi feita objetivando o tema proposto e aconteceu
no segundo semestre de 2017
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
9
A seleccedilatildeo dos artigos para anaacutelise ocorreu com base nos artigos publicados
nos uacuteltimos 10 anos o que natildeo excluiu o uso de artigos de anos anteriores
Foram encontrados 75 artigos que continham as palavras chave contudo
somente 18 respondiam diretamente ao questionamento proposto
5 RESULTADOS
Tabela 1 ndash Siacutentese dos resultados da revisatildeo bibliograacutefica referente ao
conhecimento da equipe de enfermagem sobre a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia
de Enfermagem (SAE) Praia Grande 2017
Referecircncia Resultados principais RAMOS amp CARVALHO amp CANINI et al 2009
As maiorias dos profissionais sabem da existecircncia da SAE mas natildeo tem
um entendimento adequado sobre o seu papel dentro da SAE mesmo
apoacutes terem recebido treinamento sobre o assunto natildeo compreende como
essa ferramenta se adequada ao seu dia a dia e relatam natildeo terem essa
mateacuteria na sua formaccedilatildeo Porem participam arduamente na realizaccedilatildeo da
SAE dando paracircmetros e informaccedilotildees constante sobre o paciente O
consenso entre os entrevistados eacute o mesmo que a SAE melhora a
assistecircncia e qualidade do paciente mas natildeo compreendem seu papel
dentro dela
SILVA amp OLIVEIRA amp NEVES amp GUIMARAtildeES et al 2011
Os enfermeiros justificam que conhecem a SAE mas muitoS tambem natildeo
respoderam a pesquisa sobre conhecimento da SAE e porem nao a
utilizatildeo por varios motivos falta de formularios falta de incentivo
institucional e escases de matildeo de obra suficiente e reconhecem que
utilizando a ferramenta certa a qualidade do serviccedilo prestado pode
melhorar muito A maioria dos profissionais que tem conhecimento sobre
a SAE satildeo das UTIs e satildeo informatizadas com uma linguagem unica
Apenas 23 profissionais disseram conhecer todas as etapas da SAE
MEDEIROS amp SANTOS amp CABRAL et al 2012
Estudo feito com 13 enfermeiros da Paraiacuteba em uma maternidade publica
obsteacutetrica onde a opiniatildeo desses enfermeiros gerou um visatildeo positiva
vendo a SAE como um instrumento de trabalho que auxilia no cuidado e
na qualidade da assistecircncia prestada e traacutes seguranccedila para toda a equipe
e entendimento melhor de cada caso Dando uma resoluccedilatildeo de cada
caso organizando e planejando melhor cada execuccedilatildeo dentro do centro
obsteacutetrico e maternidade
COGO amp GEHLEN amp ILHA amp ZAMBELAN amp FREITAS amp BACKES et al 2012
Alguns enfermeiros relatam conhecer a SAE e sua importancia de uma
linguagem unica sempre visando o bem do paciente e tambem a
valorizaccedilatildeo do profissional poreacutem quando prescrito o cuidados algumas
pessoas natildeo gostaram e natildeo respeitavam considerando muita
interferencia do enfermeiro no cuidar
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
10
CASAFUS DELL`ACQUA amp BOCCHI et al 2013
Consideram a SAE como instrumento de organizaccedilatildeo e melhoria na
qualidade da assistecircncia e querem realizar todas as etapas constata-se
poreacutem que falta braccedilal falta de interesse e educaccedilatildeo continuada ameniza
a culpa pela falta de realizaccedilatildeo A falta de clareza e de valorizaccedilatildeo dificulta
a execuccedilatildeo tornando a SAE ilusoacuteria em uma tentativa frustrada de tornar
a SAE um modelo de organizaccedilatildeo e ferramenta de trabalho para beneficio
do paciente
MELO amp PEREIRA amp PONTES amp FARIAS amp BEZERRA et al 2016
A maioria das opiniotildees eacute que a SAE eacute beneacutefica garantindo uma
padronizaccedilatildeo porem entre outras opiniotildeesimplantar a SAE eacute um desafio
tambeacutem relatam a capacitaccedilatildeo acadecircmica e formaccedilatildeo dos
profissionaispouco investimento no profissional a pratica da
padronizaccedilatildeo do beneficio do paciente natildeo eacute rotina no Brasil contando
obstaacuteculos e desvalorizaccedilatildeo do profissional
SILVA amp ALMEIDA amp OLIVEIRA amp SAMPAIO amp PAIXAtildeO et al 2016
Compreende-se o desconhecimento em que processo de enfermagem
natildeo se ouviu falar mas reconhecem que eacute privativo do enfermeiro e que
deveria ser mais divulgado nas escola teacutecnicas quanto aos enfermeiros
veem com melhor planejamento economia para a instituiccedilatildeo e
conhecimento de cada paciente por outro lado se prendem a parte
burocraacutetica natildeo viabilizando a sua realizaccedilatildeo mas reconhecem a
importacircncia da SAE
Tabela 2 ndash Siacutentese dos resultados da revisatildeo bibliograacutefica referente agraves
dificuldades encontradas pela equipe de enfermagem na implementaccedilatildeo e
aplicaccedilatildeo da SAE na sua rotina de trabalho
Referecircncia Dificuldades apontadaspelos Enfermeiros Teacutecnicos e Auxiliares
HERMIDA et al 2004
Dentre as dificuldades apontadas pelos profissionais estatildeo realizaccedilatildeo do exame fiacutesico adequar o exame fiacutesico a doenccedila apresentada pelo paciente realizar ausculta pulmonar e cardiacuteaca necessidade de aprofundamento teoacuterico e falta de praacutetica cumprimento da prescriccedilatildeo de enfermagem por sua proacutepria equipe descontinuidade da implementaccedilatildeo da assistecircncia entre turnos alguns profissionais natildeo lecircem o que estaacute prescrito falta de conhecimento mesmo procurando por ele inseguranccedila prescriccedilatildeo de enfermagem sem avaliaccedilatildeo preacutevia do paciente natildeo saber realizar o processo de enfermagem dificuldade de elaborar a prescriccedilatildeo de enfermagem falta de objetividade na elaboraccedilatildeo da prescriccedilatildeo natildeo checagem dos cuidados na prescriccedilatildeo falta de objetividade no levantamento dos problemas Preparo inadequado na graduaccedilatildeodespreparo do pessoal falta de comprometimento envolvimento e responsabilidade de enfermeirosdesinteresse e desmotivaccedilatildeo perfil e postura inadequados de algumas profissionais falta de lideranccedila e de organizaccedilatildeo de enfermeiras pouca disponibilidade de enfermeiras e excesso de trabalho falhas no desempenho e falta de confianccedila de enfermeiras em seu trabalho desvalorizaccedilatildeo do trabalho e desconsideraccedilatildeo sobre a importacircncia da SAE por parte das enfermeiras problemas de relacionamento interpessoal conflitos internos ausecircncia de definiccedilatildeo de papeacuteis do quadro de enfermagem falta de conscientizaccedilatildeo da equipe de enfermagem falta de
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
11
treinamento da equipe de enfermagem falta de trabalho em equipe para padronizar a assistecircncia falta de integraccedilatildeo e resistecircncia de enfermeiras em envolver-se com propostas de melhoria da assistecircncia estresse questotildees salariais carecircncia de pessoal de enfermagemenfermeirosatividades administrativas concomitantes com as assistenciais aplicaccedilatildeo do processo como mais uma tarefa a instituiccedilatildeo como organizaccedilatildeo burocraacutetica natildeo espera que seja realizado outro cuidado aleacutem do estabelecido pelo meacutedico falta de vontade das chefias e da instituiccedilatildeo falta de material eou equipamento como sintoma da ldquofalta de vontade das chefias e instituiccedilotildeesrdquo inadequaccedilatildeo da estrutura fiacutesica da Unidade falhas na estrutura administrativa da instituiccedilatildeo ser instituiccedilatildeo puacuteblica baixa eficiecircncia de serviccedilos de apoio (laboratoacuterio)
BACKES amp ESPERANCcedilA amp AMARO amp CAMPOS amp CUNHA amp SCHWARTZ et al 2005
Este estudo aponta como dificuldades a falta de conhecimento teoacuterico cientiacutefico e praacutetico na execuccedilatildeo das fases da SAE tornando-se uma barreira por natildeo haver conscientizaccedilatildeo do quanto eacute importante este instrumento de trabalho Os cursos de graduaccedilatildeo tambeacutem foram apontados como insuficientes no contexto teoacuterico e praacutetico das enfermeiras para a realizaccedilatildeo da SAE com relatos de que os alunos recebem conhecimento superficial para a praacutetica de enfermagem sugerindo uma verificaccedilatildeo na grade curricular e conteuacutedo abrangido durante o curso Concluiu-se que os achados deste estudo respondem as questotildees iniciais desta pesquisa e que a execuccedilatildeo das fases do PE vincula-se agrave capacitaccedilatildeo que estes profissionais possuem para realizaccedilatildeo de suas atividades e da conscientizaccedilatildeo da sua importacircncia para a sua profissatildeo embora haja outros motivos citados em vaacuterios estudos apontados como dificultadores para a aplicaccedilatildeo do PE como planta fiacutesica falta de recursos humanos falta de tempo excesso de atribuiccedilotildees da enfermeira deficiecircncia da chefia falta de apoio administrativo falta de recursos materiais entre outros mas a falta de conhecimento por parte das enfermeiras para a realizaccedilatildeo do processo eacute visto como motivo principal que leva estas profissionais a natildeo executarem de forma eficaz a SAE em seu cotidiano
TAKAHASHI amp BARROS amp MICHEL amp SOUZA et al 2007
Este estudo aponta como dificuldades a falta de conhecimento teoacuterico cientiacutefico e praacutetico na execuccedilatildeo das fases da SAE tornando-se uma barreira por natildeo haver conscientizaccedilatildeo do quanto eacute importante este instrumento de trabalho Os cursos de graduaccedilatildeo tambeacutem foram apontados como insuficientes no contexto teoacuterico e praacutetico das enfermeiras para a realizaccedilatildeo da SAE com relatos de que os alunos recebem conhecimento superficial para a praacutetica de enfermagem sugerindo uma verificaccedilatildeo na grade curricular e conteuacutedo abrangido durante o curso Concluiu-se que os achados deste estudo respondem as questotildees iniciais desta pesquisa e que a execuccedilatildeo das fases do PE vincula-se agrave capacitaccedilatildeo que estes profissionais possuem para realizaccedilatildeo de suas atividades e da conscientizaccedilatildeo da sua importacircncia para a sua profissatildeo embora haja outros motivos citados em vaacuterios estudos apontados como dificultadores para a aplicaccedilatildeo do PE como planta fiacutesica falta de recursos humanos falta de tempo excesso de atribuiccedilotildees da enfermeira deficiecircncia da chefia falta de apoio administrativo falta de recursos materiais entre outros mas a falta de conhecimento por parte das enfermeiras para a realizaccedilatildeo do processo eacute visto como motivo principal que leva estas profissionais a natildeo executarem de forma eficaz a SAE em seu cotidiano
REMIZOSKI amp ROCHA amp VALL et al 2010
As dificuldades encontradas neste estudo foram preparo inadequado na formaccedilatildeo com baixa qualificaccedilatildeo dos docentes deacuteficit da aceitaccedilatildeo da equipe de sauacutede falta de comprometimento e
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
12
envolvimento da equipe falta de recursos materiais e excesso de atribuiccedilotildees para o enfermeiro despreparo da equipe descrenccedila e rejeiccedilatildeo do proacuteprio enfermeiro desvalorizaccedilatildeo dos enfermeiros diante de outros profissionais falta de credibilidade dos profissionais quanto as suas prescriccedilotildees resistecircncia aacute mudanccedilas carecircncia de apoio e estimulo da coordenaccedilatildeo de enfermagem falta de conhecimento sobre realizaccedilatildeo do exame fiacutesico falta de estabelecimento de prioridades e falta de conscientizaccedilatildeo sobre os benefiacutecios da implantaccedilatildeo da SAE no seu exerciacutecio profissional
SILVA amp FILHO amp QUEIROZ amp ABREU et al 2013
Conclui-se que apesar dos enfermeiros terem o conhecimento que a sistematizaccedilatildeo da assistecircncia eacute um instrumento para sua qualificaccedilatildeo e entenderem sua necessidade esses referem dissociaccedilatildeo de suas etapas resistecircncia dos profissionais deacuteficit de conhecimento e muitos profissionais como dificuldades a sua aplicabilidade Assim sendo observou-se que existem vaacuterios fatores que dificultam a implantaccedilatildeo da SAE com ecircxito
SILVA amp PRADO amp CARNEIRO amp COSTA et al 2014
O estudo evidencia a necessidade de mudanccedilas no processo de trabalho da enfermagem na unidade em estudo para a promoccedilatildeo e concretizaccedilatildeo do cuidado sistematizado e consequentemente melhoria da qualidade da assistecircncia ao cliente As dificuldades encontradas foram relacionadas aacute sobrecarga de trabalho deacuteficit no nuacutemero de profissionais para o desempenho das atividades estrutura fiacutesica inadequada a falta de recursos materiais realizaccedilatildeo de melhor dimensionamento de profissionais
GRANDO amp ZUSE et al 2014
As dificuldades apontadas pelos profissionais como fatores que impossibilitam uma aplicabilidade eficaz da SAE foram a necessidade de aprofundamento teoacuterico e a falta de praacutetica e objetividade pelos profissionais nos levantamentos de problemas bem como a necessidade de boa compreensatildeo sobre as etapas da SAE e aplicaccedilatildeo atraveacutes do saber e do fazer Foram evidenciadas tambeacutem falta de compromisso e envolvimentos nas atividades da equipe assim como deacuteficit de recursos humanos profissionais descontinuidade e acompanhamento perioacutedico aleacutem de estabelecimento de prioridades no serviccedilo Notou-se tambeacutem que pouco os auxiliares e teacutecnicos satildeo abordados nas pesquisas um erro fatal visto que esses profissionais satildeo peccedilas fundamentais para o sucesso na execuccedilatildeo e aplicaccedilatildeo da SAE Fala-se mais uma vez sobre os cursos de graduaccedilatildeo que deixam a desejar em conteuacutedo teoacuterico e praacutetico em suas grades curriculares e a falta ou inexpressiva educaccedilatildeo continuada
SANTOS et al 2014
A Sistematizaccedilatildeo de enfermagem ocorre de forma ainda fragmentada havendo a necessidade de reorganizaccedilatildeo deste instrumento para melhorar a assistecircncia do cliente pois somente com a realizaccedilatildeo de todas as etapas da SAE poderemos dizer que ela foi implantada corretamente As dificuldades apontadas foram a falta de recursos humanos a falta de conhecimento teoacuterico a desvalorizaccedilatildeo por parte da instituiccedilatildeo o natildeo reconhecimento da equipe de enfermagem investimentos na educaccedilatildeo continuada eacute um exemplo claro de carecircncia observou-se tambeacutem certa resistecircncia por parte dos enfermeiros falta de tempo para se dedicar ao paciente por realizarem atividades burocraacuteticas alta demanda de pacientes falta de privacidade com o paciente a falta de envolvimento do processo como um todo
SOUZA amp VASCONCELLOS amp PARRA et al 2015
O presente estudo revela que os enfermeiros satildeo sobrecarregados com tarefas natildeo pertinentes a sua funccedilatildeo e que por esse motivo deixam para segundo plano as atividades relacionadas aacute SAE e a equipe de enfermagem rotulando o enfermeiro como burocraacutetico e
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
13
favorecendo sua desvalorizaccedilatildeo Evidenciadas as dificuldades na aplicaccedilatildeo da SAE os enfermeiros acreditam que oferecer treinamento e capacitaccedilatildeo para a equipe em geral poder contar com recursos humanos e informatizaccedilatildeo atraveacutes de software poderia melhorar o planejamento de suas atividades permitindo assim de forma contiacutenua e integral a assistecircncia humanizada a valorizaccedilatildeo do enfermeiro aleacutem de fortalecer e engrandecer o trabalho em equipe
MARINELLI amp SILVA amp SILVA et al 2015
As principais dificuldades citadas satildeo falta de conhecimento sobre a realizaccedilatildeo do exame fiacutesico ausecircncia de treinamento sobre o tema nas instituiccedilotildees de sauacutede falta de registro adequado da assistecircncia de enfermagem a sobrecarga de trabalho evidenciada pelo deacuteficit de profissionais qualificados e capazes de identificar os problemas reais e potenciais dos pacientes envolvidos no PE conflito de papeacuteis dificuldade de aceitaccedilatildeo de mudanccedilas falta de credibilidade nas prescriccedilotildees de enfermagem carecircncia de pessoal treinado e com habilidades para exercer essa funccedilatildeo aleacutem de falta de apoio da equipe
FIGUEIREDO amp FERREIRA et al 2016
As principais dificuldades encontradas para a implantaccedilatildeo da SAE mostraram que a falta de conhecimento sobre a SAE e inadequaccedilatildeo na estrutura do hospital satildeo fatores que dificultam o atendimento de forma individualizada ao paciente dentro do centro ciruacutergico e conclui-se que para atender o paciente de forma integral fazem-se necessaacuterias aulas teoacutericas aliadas ao exerciacutecio da profissatildeo aleacutem de se evidenciar que a pouca experiecircncia de profissionais receacutem formados podem interferir de forma negativa na realizaccedilatildeo da SAE cursos teacutecnicos natildeo possuem conhecimento preacutevio da implantaccedilatildeo do processo de sistematizaccedilatildeo de enfermagem outra dificuldade aponta comunicaccedilatildeo insuficiente entre funcionaacuterios priorizaccedilatildeo de atividades administrativas por parte dos enfermeiros sobrecarga de trabalho desmotivaccedilatildeo falta de recursos humanos condiccedilotildees miacutenimas de trabalho desqualificaccedilatildeo e a falta de estrateacutegias oferecidas pelo gerenciador e instituiccedilatildeo empregatiacutecia
DISCUSSAtildeO
A Sistematizaccedilatildeo da Assistecircnciade EnfermagemndashSAE desde sua
implantaccedilatildeo no Brasil tem sido encarada como um desafio no que concerne a sua
implantaccedilatildeo e execuccedilatildeo apesar do consenso de se tratar de umas das mais
importantes responsabilidades do Enfermeiro
Sendo um processo organizacional a SAE eacute o instrumento que oferece as
condiccedilotildees adequadas para o desenvolvimento dos meacutetodos adequados de forma
interdiciplinar tornando o cuidado humanizado sendo que esta metodologia
padronizada pode ser considerada dentro do campo assistencial uma das mais
poderosas conquistas que em contrapartida exige do profissional um conhecimento
amplo e profundo de saberes com perpectiva interdisciplinar e multidimencional
Os trabalhos demonstram que seu desenvolvimento ainda natildeo eacute total
especialmente por conta da desmotivaccedilatildeo dos enfermeiros que por excesso de tarefas
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
14
acumuladas pela pouca atenccedilatildeo e pouco entendimento da equipe sobre os resultados
esperados e obtidos sua implantaccedilatildeo tem sido ineficaz
Uma das barreiras apresentadas neste sentido esta na ausecircncia do pleno
conhecimento acerca de todas as vantagens para a equipe paciente e instituiccedilatildeo
Sobre a corresponsabilidade das instituiccedilotildees acerca do baixo conhecimento
tanto do enfermeiro quanto da equipe haacute o apontamento da baixa demanda de cursos
de atualizaccedilatildeo e investimentos
Quanto aacutes demais dificuldades apontadas pelos enfermeiros podemos
encontrar a baixa adesatildeo da equipe por desconhecer a importacircncia e por estarem
focados mais na execuccedilatildeo da assistecircncia do que na parte documental apresentada
pelo Enfermeiro fazendo com que o Enfermeiro sinta-se desvalorizado
Em contrapartida Auxiliares e Teacutecnicos justificam sua baixa adesatildeo por
encararem a execuccedilatildeo e a implementaccedilatildeo dos cuidados apontados na SAE como
ilusoacuterios e fora do contexto real da rotina e demanda apresentada pelas instituiccedilotildees
Mesmo com as dificuldades apontadas tanto Enfermeiro quanto Auxiliares e
Teacutecnicos versam pelo mesmo contexto de considerarem a SAE como um instrumento
de trabalho vaacutelido
Importante salientar que apesar deste reconhecimento o tema abordado
sobre as dificuldades relacionadas aacute SAE no acircmbito cientifico tem sido pouco
explorado conforme observado no baixo nuacutemero de artigos encontrados que se
relacionavam diretamente sobre o assunto Contudo esta pesquisa mostra que o
interesse pelo assunto vem crescendo a partir do ano de 2010
CONCLUSAtildeO E CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Conforme observado sobre o tema estudado haacute uma grande dificuldade na
compreensatildeo da importacircncia da SAE como meacutetodo de organizaccedilatildeo de cuidados na
sua aplicaccedilatildeo e implementaccedilatildeo Tais dificuldades segundo os trabalhos analisado
acontecem por falta de conhecimento aprofundado sobre sua metodologia e pela
indisponibilidade de tempo ocasionado pela extenuaccedilatildeo profissional ocasionado por
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
15
sobrecarga de serviccedilo outra barreira observada eacute a visatildeo de ser um processo
desestimulador ou exclusivamente burocraacutetico
Contudo eacute iacutempar a aceitaccedilatildeo de que se trata de um meacutetodo de muita
importacircncia para o paciente como uma garantia de um cuidado mais organizado
eficiente e individualizado tornado integral a assistecircncia
Apesar desta visatildeo os trabalhos demonstram que os profissionais
compreendem que o sucesso desse meacutetodo estaacute baseado na obtenccedilatildeo de uma
estrutura miacutenima em termos de recursos humanos fiacutesicos de tempo e de interesse
da equipe de enfermagem
Conclui-se que o sucesso desse processo eacute apontado como dependente de
fatores tais como interesse da coordenaccedilatildeo equipe e de uma atuaccedilatildeo persistente da
educaccedilatildeo continuada
REFEREcircNCIAS
ANDRADE JS VIEIRA MJ Praacutetica assistencial de enfermagemproblemas perspectivas e necessidade de sistematizaccedilatildeo Rev Bras Enf 200558(3)261-5 AZEREDO T B S Histoacuterias da enfermagem no Paranaacute Site Coren-PR Curitiba 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwcorenprorgbrartigosartigo_23htmgt BACKES DS ESPERANCcedilA MP AMARO AM CAMPOS IEF CUNHA AD CHWARTZ E Sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem percepccedilatildeo dos enfermeiros de um hospital filantroacutepico Acta Sci Health Sci 2005 27(1)25-9 BARBOSA TSC amp Baptista SS Movimento de expansatildeo dos cursos superiores de enfermagem na regiatildeo centro-oeste do Brasil uma perspectiva histoacuterica Revista Eletrocircnica de Enfermagem 104 2008 BAPTISTA CMC et al Evoluccedilatildeo de enfermagem In CIANCIARULLO TI(Org) et al Sistema de Assistecircncia de Enfermagem evoluccedilatildeo e tendecircncias 5ed Satildeo Paulo Iacutecone 2012 p 173-190 BARREIRA I amp BAPTISTA S O movimento de reconsideraccedilatildeo do ensino e da pesquisa histoacuteria da enfermagem Rev Bras Enferm Novdez 2003 56 (6) 702-06 BASTOS MAR MENDES MA Transformando a praacutetica do enfermeiro Nursing Rio de Janeiro v 80 n 8 p 30-37 2005
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
16
CASAFUS DELLrsquoACQUA BOCCHI Entre o Ecircxito e a Frustraccedilatildeo Com a Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem Esc Anna Nery (impr)2013 abr - jun 17 (2)313 ndash 321
CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM Lei nordm 5905 de 12 de julho de 1973 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf Conselho Federal de Enfermagem ndash COFEN Resoluccedilatildeo 3582009 [on line] Disponiacutevel em httpwwwcofengovbrresoluo-cofen-3582009_4384html Conselho Federal de Enfermagem ndash COFEN Resoluccedilatildeo 3112007 [on line] Disponiacutevel em httpwwwcofengovbrresoluo-cofen-3112007_4345html Conselho Regional de Enfermagem de Satildeo Paulo ndash COREN Processo de Enfermagem Guia para a Praacutetica Satildeo Paulo 2015 Conselho Federal de Enfermagem de Satildeo Paulo ndash COFEN Guia de recomendaccedilotildees para registro de enfermagem no prontuaacuterio do paciente e outros documentos de enfermagem Satildeo Paulo 2016
___________ Lei ndeg 749886 de 25 de Junho de 1986 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf
__________ Decreto ndeg 9440687 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf ___________ Lei nordm 8967 de 28 de dezembro de 1994 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf ___________ Resoluccedilatildeo COFEN - 3112007 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf ___________ Resoluccedilatildeo COFEN-3582009 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf ___________ Resoluccedilatildeo COFEN ndash 3702010 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SAtildeO PAULO Decreto 4406 de 08 de junho de 1987 Disponiacutevel em httpportalcoren spgovbrsitesdefaultfilesParecer_013_AtuaC3A7C3A3o_de_AUX_como_TECpdf
Cogo Gehlen Ilha Zamberlan Freitas Backes et al Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem no Cenaacuterio Hospitalar Percepccedilatildeo Dos Enfermeiros Cogitare Enferm 2012 JulSet 17(3)513-8
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
17
CUNHA SMB BARROS ALB Anaacutelise da Implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem segundo o Modelo Conceitual de Horta Rev Bras Enferm 2005 set-out 58(5)568-72
DUARTE APP ELLENSOHN LA Operacionalizaccedilatildeo do processo de enfermagem em terapia intensiva neonatal Rev enferm UERJ 2007 outdez 15(4) 521-6 FIGUEIREDO RM ZEM-MASCARENHAS SH NAPOLEAtildeO AA Caracterizaccedilatildeo da produccedilatildeo do conhecimento sobre sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem no Brasil VerEsc Enferm USP 2006 abril 40(2) 299-303 FIGUEIREDO FERREIRA et al Dificuldades da Equipe de Enfermagem na Implantaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enferemagem no Centro Cirurgico de Campo Grande ndash MS wwwConvibrabr GRANDO ZUSE et al Dificuldades na Instituiccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem no Exercicio Profissional ndash Revisatildeo Integrativa Revista Contexto amp Sauacutede Ijuiacute bull v 14 bull n 26 bull JanJun 2014 GERMANO RM Educaccedilatildeo e ideologia da enfermagem no Brasil Satildeo PauloCortez 1983
HERMIDA PMV Desvelando a Implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de
Enfermagem Rev Bras de Enferm Brasiacutelia (DT) 2004 nov-dez 57(6)733-7
MARIA VLR DIAS AMC SHIOTSU CH FARIAS FAC Sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem no Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia relato de experiecircncia Rev Esc Enferm USP 1987 21(esp)77-87
MARINELLI SILVA SILVA SISTEMATIZACcedilAtildeO DA ASSISTEcircNCIA DE ENFERMAGEM Desafios para a implantaccedilatildeo Revista Enfermagem Contemporacircnea 2015 JulDez4(2) MEDEIROS SANTOS CABRAL Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem na Perspectiva dos Enfermeiros Uma Abordagem Metodologica na Teoria Fundamentada Rev Gauacutecha Enferm 2012( 33) MEDEIROS AL et al Sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem na perspectiva dos enfermeiros uma abordagem metodoloacutegica na teoria fundamentada Rev Gaucha Enferm 33(3) 174-181 set 2012 httppesquisabvsaludorgportalresourceptlil-654473
Medeiros AL Santos SR Cabral RWL Desvelando dificuldades operacionais na sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem na perspectiva da Grounded Theory Rev Eletr Enferm 201315(1)44-53 MENDES AA BASTOS MAR Processo de enfermagem sequecircncias no cuidar fazem a diferenccedila Rev Bras Enferm 200356(3)271-6
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
18
MELO PEREIRA PONTES FARIAS BEZERRA Implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem no Brasil Revisatildeo de Literatura wwwconbraciscombr Congresso Brasileiro de Ciecircncias e Sauacutede 2016 NAKAMAE DD Novos caminhos da enfermagem por mudanccedilas no ensino e na praacutetica da profissatildeo Satildeo Paulo (SP) Cortez 1987 NEVES RS SHIMIZU HE Anaacutelise da implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem em uma unidade de reabilitaccedilatildeo Rev bras enferm Brasiacutelia v 63 n 2 p 222-229 abr 2010 PRUSS ACSF O ensino de graduaccedilatildeo em enfermagem na Universidade Federal do Rio Grande do Sul referente agrave parturiccedilatildeo nas deacutecadas de 1950 e 1960 2014 PUNTEL A et al Enfermagem enquanto disciplina que campo de conhecimento identifica a profissatildeo Revista Brasileira de Enfermagem v 62 n 5 2009 Ramos LAR Carvalho EC Canini SRMS Opiniatildeo de auxiliares e teacutecnicos de enfermagem sobre a sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem Rev Eletr Enf 200911(1)39-44
Remizoski LROCHA VAL Dificuldades na implantaccedilatildeo da sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem - SAE uma revisatildeo teoacuterica Cadernos da Escola de Sauacutede Curitiba 2010 TARDIF M Saberes docentes e formaccedilatildeo profissional Petroacutepolis (RJ) Vozes 2002TAKAHASHI A A BARROS A L B L MICHEL J L MSOUZA M F Dificuldades e Facilidades Apontadas por Enfermeiras de um Hospital de Ensino na Execuccedilatildeo do Processo de Enfermagem Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de Satildeo Paulo-UNIFESP Satildeo Paulo (SP) Brasil 2007 VIETTA EP Et al Tomada de depoimentos pessoal de enfermeiras hospitalares da deacutecada de 50 subsiacutedios para a compreensatildeo da enfermagem atual Revlatinoamenfermagem Ribeiratildeo Preto v 3 n 2 p19-35 julho 1995 SANTOS LIMA MELO Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem na Unidade de Terapia IntensivaRevisatildeo Bibliogrfia Ciecircncias Bioloacutegicas e da Sauacutede Aracaju v 2 n2 p 45-58 out 2014 periodicossetedubr SILVA ALMEIDA OLIVEIRA OLIVEIRA SAMPAIO PAIXAtildeO Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem na Perspectiva da Equipe Enferm Foco 2016 7 (2) 32-36 SILVA PRADO CARNEIRO COSTA Implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem Dificuldades e Potencialidades Revista da
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
19
Universidade Vale do Rio Verde Trecircs Coraccedilotildees v 12 n 2 p 580-590 agodez 2014 SILVA OLIVEIRANEVES GUIMARAtildeES et al O conhecimento do enfermeiro sobre a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem da teoria agrave praacuteticaRev Esc Enferm USP2011 45(6)1380-6 wwweeuspbrreeusp
SILVA FILHO QUEIROZ ABREU et al Utilizaccedilatildeo do Processo de Enfermagem e as Dificuldades Encontradas por Enfermeiros Cogitare Enferm 2013 AbrJun 18(2)351-7 SOUZA VASCONCELLOS PARRA et al Processo de EnfermagemDificuldades Enfrentadas Pelos Enfermeiros de um Hospital Puacuteblico de Grande Porte na Amazonia Brasil Braz J Surg Clin ResBJCR 2015
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
8
Auxiliares e Teacutecnicos de enfermagem sofrem com a sobrecarga de trabalho e
procuram trabalhar entatildeo por um modelo conhecido como prestaccedilatildeo de cuidados
prescritos pelo profissional meacutedico descaracterizando a operacionalizaccedilatildeo da SAE Ambos
os profissionais (Auxiliares e Teacutecnicos) tem a SAE como um instrumento de cuidado
ilusoacuterio o que potildee o enfermeiro em situaccedilatildeo de impotecircncia em seu papel de planejar
e coordenar (BACKES et al 2005)
METODOLOGIA
Trata-se de um estudo de revisatildeo narrativa de literatura onde foi identificada
a bibliografia potencial localizada online artigos cientiacuteficos e livros selecionados pela
relevacircncia e adequaccedilatildeo aos objetivos propostos
Foram levantados os estudos brasileiros na base de dados Lilacs (Literatura
Latino-Americana e do Caribe em Ciecircncias da Sauacutede) Medline (Literatura
Internacional em Ciecircncias da Sauacutede) BDENF (Base de Dados de Enfermagem) e
Portal da BVS que possui tambeacutem bases referenciais como o Cataacutelogo de Revistas
Cientiacuteficas e o DeCS
As etapas adaptadas para o desenvolvimento desta revisatildeo foram escolha do
tema e do objeto de estudo levantamento da questatildeo da pesquisa ou definiccedilatildeo do
problema a ser investigado escolha dos descritores e dos termos livres levantamento
dos artigos nas bases de dados estabelecimento de criteacuterios para inclusatildeo e exclusatildeo
dos estudos aleacutem da discussatildeo dos resultados com a identificaccedilatildeo de conclusotildees
Os criteacuterios de inclusatildeo utilizados foram artigos originais que respondessem a
questatildeo norteadora com resumos apresentados na base de dados Os criteacuterios de
exclusatildeo foram editoriais artigos de revisatildeo da literatura e artigos que natildeo
respondessem a questatildeo norteadora proposta por este estudo
Para a busca dos descritores padronizados lanccedilou-se matildeo dos DeCS
(Descritores em Ciecircncias de Sauacutede) utilizando-se como DeCS Planejamento de
Assistecircncia ao Paciente Enfermagem Equipe de enfermagem Processo de
enfermagem
A busca de dados realizada foi feita objetivando o tema proposto e aconteceu
no segundo semestre de 2017
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
9
A seleccedilatildeo dos artigos para anaacutelise ocorreu com base nos artigos publicados
nos uacuteltimos 10 anos o que natildeo excluiu o uso de artigos de anos anteriores
Foram encontrados 75 artigos que continham as palavras chave contudo
somente 18 respondiam diretamente ao questionamento proposto
5 RESULTADOS
Tabela 1 ndash Siacutentese dos resultados da revisatildeo bibliograacutefica referente ao
conhecimento da equipe de enfermagem sobre a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia
de Enfermagem (SAE) Praia Grande 2017
Referecircncia Resultados principais RAMOS amp CARVALHO amp CANINI et al 2009
As maiorias dos profissionais sabem da existecircncia da SAE mas natildeo tem
um entendimento adequado sobre o seu papel dentro da SAE mesmo
apoacutes terem recebido treinamento sobre o assunto natildeo compreende como
essa ferramenta se adequada ao seu dia a dia e relatam natildeo terem essa
mateacuteria na sua formaccedilatildeo Porem participam arduamente na realizaccedilatildeo da
SAE dando paracircmetros e informaccedilotildees constante sobre o paciente O
consenso entre os entrevistados eacute o mesmo que a SAE melhora a
assistecircncia e qualidade do paciente mas natildeo compreendem seu papel
dentro dela
SILVA amp OLIVEIRA amp NEVES amp GUIMARAtildeES et al 2011
Os enfermeiros justificam que conhecem a SAE mas muitoS tambem natildeo
respoderam a pesquisa sobre conhecimento da SAE e porem nao a
utilizatildeo por varios motivos falta de formularios falta de incentivo
institucional e escases de matildeo de obra suficiente e reconhecem que
utilizando a ferramenta certa a qualidade do serviccedilo prestado pode
melhorar muito A maioria dos profissionais que tem conhecimento sobre
a SAE satildeo das UTIs e satildeo informatizadas com uma linguagem unica
Apenas 23 profissionais disseram conhecer todas as etapas da SAE
MEDEIROS amp SANTOS amp CABRAL et al 2012
Estudo feito com 13 enfermeiros da Paraiacuteba em uma maternidade publica
obsteacutetrica onde a opiniatildeo desses enfermeiros gerou um visatildeo positiva
vendo a SAE como um instrumento de trabalho que auxilia no cuidado e
na qualidade da assistecircncia prestada e traacutes seguranccedila para toda a equipe
e entendimento melhor de cada caso Dando uma resoluccedilatildeo de cada
caso organizando e planejando melhor cada execuccedilatildeo dentro do centro
obsteacutetrico e maternidade
COGO amp GEHLEN amp ILHA amp ZAMBELAN amp FREITAS amp BACKES et al 2012
Alguns enfermeiros relatam conhecer a SAE e sua importancia de uma
linguagem unica sempre visando o bem do paciente e tambem a
valorizaccedilatildeo do profissional poreacutem quando prescrito o cuidados algumas
pessoas natildeo gostaram e natildeo respeitavam considerando muita
interferencia do enfermeiro no cuidar
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
10
CASAFUS DELL`ACQUA amp BOCCHI et al 2013
Consideram a SAE como instrumento de organizaccedilatildeo e melhoria na
qualidade da assistecircncia e querem realizar todas as etapas constata-se
poreacutem que falta braccedilal falta de interesse e educaccedilatildeo continuada ameniza
a culpa pela falta de realizaccedilatildeo A falta de clareza e de valorizaccedilatildeo dificulta
a execuccedilatildeo tornando a SAE ilusoacuteria em uma tentativa frustrada de tornar
a SAE um modelo de organizaccedilatildeo e ferramenta de trabalho para beneficio
do paciente
MELO amp PEREIRA amp PONTES amp FARIAS amp BEZERRA et al 2016
A maioria das opiniotildees eacute que a SAE eacute beneacutefica garantindo uma
padronizaccedilatildeo porem entre outras opiniotildeesimplantar a SAE eacute um desafio
tambeacutem relatam a capacitaccedilatildeo acadecircmica e formaccedilatildeo dos
profissionaispouco investimento no profissional a pratica da
padronizaccedilatildeo do beneficio do paciente natildeo eacute rotina no Brasil contando
obstaacuteculos e desvalorizaccedilatildeo do profissional
SILVA amp ALMEIDA amp OLIVEIRA amp SAMPAIO amp PAIXAtildeO et al 2016
Compreende-se o desconhecimento em que processo de enfermagem
natildeo se ouviu falar mas reconhecem que eacute privativo do enfermeiro e que
deveria ser mais divulgado nas escola teacutecnicas quanto aos enfermeiros
veem com melhor planejamento economia para a instituiccedilatildeo e
conhecimento de cada paciente por outro lado se prendem a parte
burocraacutetica natildeo viabilizando a sua realizaccedilatildeo mas reconhecem a
importacircncia da SAE
Tabela 2 ndash Siacutentese dos resultados da revisatildeo bibliograacutefica referente agraves
dificuldades encontradas pela equipe de enfermagem na implementaccedilatildeo e
aplicaccedilatildeo da SAE na sua rotina de trabalho
Referecircncia Dificuldades apontadaspelos Enfermeiros Teacutecnicos e Auxiliares
HERMIDA et al 2004
Dentre as dificuldades apontadas pelos profissionais estatildeo realizaccedilatildeo do exame fiacutesico adequar o exame fiacutesico a doenccedila apresentada pelo paciente realizar ausculta pulmonar e cardiacuteaca necessidade de aprofundamento teoacuterico e falta de praacutetica cumprimento da prescriccedilatildeo de enfermagem por sua proacutepria equipe descontinuidade da implementaccedilatildeo da assistecircncia entre turnos alguns profissionais natildeo lecircem o que estaacute prescrito falta de conhecimento mesmo procurando por ele inseguranccedila prescriccedilatildeo de enfermagem sem avaliaccedilatildeo preacutevia do paciente natildeo saber realizar o processo de enfermagem dificuldade de elaborar a prescriccedilatildeo de enfermagem falta de objetividade na elaboraccedilatildeo da prescriccedilatildeo natildeo checagem dos cuidados na prescriccedilatildeo falta de objetividade no levantamento dos problemas Preparo inadequado na graduaccedilatildeodespreparo do pessoal falta de comprometimento envolvimento e responsabilidade de enfermeirosdesinteresse e desmotivaccedilatildeo perfil e postura inadequados de algumas profissionais falta de lideranccedila e de organizaccedilatildeo de enfermeiras pouca disponibilidade de enfermeiras e excesso de trabalho falhas no desempenho e falta de confianccedila de enfermeiras em seu trabalho desvalorizaccedilatildeo do trabalho e desconsideraccedilatildeo sobre a importacircncia da SAE por parte das enfermeiras problemas de relacionamento interpessoal conflitos internos ausecircncia de definiccedilatildeo de papeacuteis do quadro de enfermagem falta de conscientizaccedilatildeo da equipe de enfermagem falta de
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
11
treinamento da equipe de enfermagem falta de trabalho em equipe para padronizar a assistecircncia falta de integraccedilatildeo e resistecircncia de enfermeiras em envolver-se com propostas de melhoria da assistecircncia estresse questotildees salariais carecircncia de pessoal de enfermagemenfermeirosatividades administrativas concomitantes com as assistenciais aplicaccedilatildeo do processo como mais uma tarefa a instituiccedilatildeo como organizaccedilatildeo burocraacutetica natildeo espera que seja realizado outro cuidado aleacutem do estabelecido pelo meacutedico falta de vontade das chefias e da instituiccedilatildeo falta de material eou equipamento como sintoma da ldquofalta de vontade das chefias e instituiccedilotildeesrdquo inadequaccedilatildeo da estrutura fiacutesica da Unidade falhas na estrutura administrativa da instituiccedilatildeo ser instituiccedilatildeo puacuteblica baixa eficiecircncia de serviccedilos de apoio (laboratoacuterio)
BACKES amp ESPERANCcedilA amp AMARO amp CAMPOS amp CUNHA amp SCHWARTZ et al 2005
Este estudo aponta como dificuldades a falta de conhecimento teoacuterico cientiacutefico e praacutetico na execuccedilatildeo das fases da SAE tornando-se uma barreira por natildeo haver conscientizaccedilatildeo do quanto eacute importante este instrumento de trabalho Os cursos de graduaccedilatildeo tambeacutem foram apontados como insuficientes no contexto teoacuterico e praacutetico das enfermeiras para a realizaccedilatildeo da SAE com relatos de que os alunos recebem conhecimento superficial para a praacutetica de enfermagem sugerindo uma verificaccedilatildeo na grade curricular e conteuacutedo abrangido durante o curso Concluiu-se que os achados deste estudo respondem as questotildees iniciais desta pesquisa e que a execuccedilatildeo das fases do PE vincula-se agrave capacitaccedilatildeo que estes profissionais possuem para realizaccedilatildeo de suas atividades e da conscientizaccedilatildeo da sua importacircncia para a sua profissatildeo embora haja outros motivos citados em vaacuterios estudos apontados como dificultadores para a aplicaccedilatildeo do PE como planta fiacutesica falta de recursos humanos falta de tempo excesso de atribuiccedilotildees da enfermeira deficiecircncia da chefia falta de apoio administrativo falta de recursos materiais entre outros mas a falta de conhecimento por parte das enfermeiras para a realizaccedilatildeo do processo eacute visto como motivo principal que leva estas profissionais a natildeo executarem de forma eficaz a SAE em seu cotidiano
TAKAHASHI amp BARROS amp MICHEL amp SOUZA et al 2007
Este estudo aponta como dificuldades a falta de conhecimento teoacuterico cientiacutefico e praacutetico na execuccedilatildeo das fases da SAE tornando-se uma barreira por natildeo haver conscientizaccedilatildeo do quanto eacute importante este instrumento de trabalho Os cursos de graduaccedilatildeo tambeacutem foram apontados como insuficientes no contexto teoacuterico e praacutetico das enfermeiras para a realizaccedilatildeo da SAE com relatos de que os alunos recebem conhecimento superficial para a praacutetica de enfermagem sugerindo uma verificaccedilatildeo na grade curricular e conteuacutedo abrangido durante o curso Concluiu-se que os achados deste estudo respondem as questotildees iniciais desta pesquisa e que a execuccedilatildeo das fases do PE vincula-se agrave capacitaccedilatildeo que estes profissionais possuem para realizaccedilatildeo de suas atividades e da conscientizaccedilatildeo da sua importacircncia para a sua profissatildeo embora haja outros motivos citados em vaacuterios estudos apontados como dificultadores para a aplicaccedilatildeo do PE como planta fiacutesica falta de recursos humanos falta de tempo excesso de atribuiccedilotildees da enfermeira deficiecircncia da chefia falta de apoio administrativo falta de recursos materiais entre outros mas a falta de conhecimento por parte das enfermeiras para a realizaccedilatildeo do processo eacute visto como motivo principal que leva estas profissionais a natildeo executarem de forma eficaz a SAE em seu cotidiano
REMIZOSKI amp ROCHA amp VALL et al 2010
As dificuldades encontradas neste estudo foram preparo inadequado na formaccedilatildeo com baixa qualificaccedilatildeo dos docentes deacuteficit da aceitaccedilatildeo da equipe de sauacutede falta de comprometimento e
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
12
envolvimento da equipe falta de recursos materiais e excesso de atribuiccedilotildees para o enfermeiro despreparo da equipe descrenccedila e rejeiccedilatildeo do proacuteprio enfermeiro desvalorizaccedilatildeo dos enfermeiros diante de outros profissionais falta de credibilidade dos profissionais quanto as suas prescriccedilotildees resistecircncia aacute mudanccedilas carecircncia de apoio e estimulo da coordenaccedilatildeo de enfermagem falta de conhecimento sobre realizaccedilatildeo do exame fiacutesico falta de estabelecimento de prioridades e falta de conscientizaccedilatildeo sobre os benefiacutecios da implantaccedilatildeo da SAE no seu exerciacutecio profissional
SILVA amp FILHO amp QUEIROZ amp ABREU et al 2013
Conclui-se que apesar dos enfermeiros terem o conhecimento que a sistematizaccedilatildeo da assistecircncia eacute um instrumento para sua qualificaccedilatildeo e entenderem sua necessidade esses referem dissociaccedilatildeo de suas etapas resistecircncia dos profissionais deacuteficit de conhecimento e muitos profissionais como dificuldades a sua aplicabilidade Assim sendo observou-se que existem vaacuterios fatores que dificultam a implantaccedilatildeo da SAE com ecircxito
SILVA amp PRADO amp CARNEIRO amp COSTA et al 2014
O estudo evidencia a necessidade de mudanccedilas no processo de trabalho da enfermagem na unidade em estudo para a promoccedilatildeo e concretizaccedilatildeo do cuidado sistematizado e consequentemente melhoria da qualidade da assistecircncia ao cliente As dificuldades encontradas foram relacionadas aacute sobrecarga de trabalho deacuteficit no nuacutemero de profissionais para o desempenho das atividades estrutura fiacutesica inadequada a falta de recursos materiais realizaccedilatildeo de melhor dimensionamento de profissionais
GRANDO amp ZUSE et al 2014
As dificuldades apontadas pelos profissionais como fatores que impossibilitam uma aplicabilidade eficaz da SAE foram a necessidade de aprofundamento teoacuterico e a falta de praacutetica e objetividade pelos profissionais nos levantamentos de problemas bem como a necessidade de boa compreensatildeo sobre as etapas da SAE e aplicaccedilatildeo atraveacutes do saber e do fazer Foram evidenciadas tambeacutem falta de compromisso e envolvimentos nas atividades da equipe assim como deacuteficit de recursos humanos profissionais descontinuidade e acompanhamento perioacutedico aleacutem de estabelecimento de prioridades no serviccedilo Notou-se tambeacutem que pouco os auxiliares e teacutecnicos satildeo abordados nas pesquisas um erro fatal visto que esses profissionais satildeo peccedilas fundamentais para o sucesso na execuccedilatildeo e aplicaccedilatildeo da SAE Fala-se mais uma vez sobre os cursos de graduaccedilatildeo que deixam a desejar em conteuacutedo teoacuterico e praacutetico em suas grades curriculares e a falta ou inexpressiva educaccedilatildeo continuada
SANTOS et al 2014
A Sistematizaccedilatildeo de enfermagem ocorre de forma ainda fragmentada havendo a necessidade de reorganizaccedilatildeo deste instrumento para melhorar a assistecircncia do cliente pois somente com a realizaccedilatildeo de todas as etapas da SAE poderemos dizer que ela foi implantada corretamente As dificuldades apontadas foram a falta de recursos humanos a falta de conhecimento teoacuterico a desvalorizaccedilatildeo por parte da instituiccedilatildeo o natildeo reconhecimento da equipe de enfermagem investimentos na educaccedilatildeo continuada eacute um exemplo claro de carecircncia observou-se tambeacutem certa resistecircncia por parte dos enfermeiros falta de tempo para se dedicar ao paciente por realizarem atividades burocraacuteticas alta demanda de pacientes falta de privacidade com o paciente a falta de envolvimento do processo como um todo
SOUZA amp VASCONCELLOS amp PARRA et al 2015
O presente estudo revela que os enfermeiros satildeo sobrecarregados com tarefas natildeo pertinentes a sua funccedilatildeo e que por esse motivo deixam para segundo plano as atividades relacionadas aacute SAE e a equipe de enfermagem rotulando o enfermeiro como burocraacutetico e
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
13
favorecendo sua desvalorizaccedilatildeo Evidenciadas as dificuldades na aplicaccedilatildeo da SAE os enfermeiros acreditam que oferecer treinamento e capacitaccedilatildeo para a equipe em geral poder contar com recursos humanos e informatizaccedilatildeo atraveacutes de software poderia melhorar o planejamento de suas atividades permitindo assim de forma contiacutenua e integral a assistecircncia humanizada a valorizaccedilatildeo do enfermeiro aleacutem de fortalecer e engrandecer o trabalho em equipe
MARINELLI amp SILVA amp SILVA et al 2015
As principais dificuldades citadas satildeo falta de conhecimento sobre a realizaccedilatildeo do exame fiacutesico ausecircncia de treinamento sobre o tema nas instituiccedilotildees de sauacutede falta de registro adequado da assistecircncia de enfermagem a sobrecarga de trabalho evidenciada pelo deacuteficit de profissionais qualificados e capazes de identificar os problemas reais e potenciais dos pacientes envolvidos no PE conflito de papeacuteis dificuldade de aceitaccedilatildeo de mudanccedilas falta de credibilidade nas prescriccedilotildees de enfermagem carecircncia de pessoal treinado e com habilidades para exercer essa funccedilatildeo aleacutem de falta de apoio da equipe
FIGUEIREDO amp FERREIRA et al 2016
As principais dificuldades encontradas para a implantaccedilatildeo da SAE mostraram que a falta de conhecimento sobre a SAE e inadequaccedilatildeo na estrutura do hospital satildeo fatores que dificultam o atendimento de forma individualizada ao paciente dentro do centro ciruacutergico e conclui-se que para atender o paciente de forma integral fazem-se necessaacuterias aulas teoacutericas aliadas ao exerciacutecio da profissatildeo aleacutem de se evidenciar que a pouca experiecircncia de profissionais receacutem formados podem interferir de forma negativa na realizaccedilatildeo da SAE cursos teacutecnicos natildeo possuem conhecimento preacutevio da implantaccedilatildeo do processo de sistematizaccedilatildeo de enfermagem outra dificuldade aponta comunicaccedilatildeo insuficiente entre funcionaacuterios priorizaccedilatildeo de atividades administrativas por parte dos enfermeiros sobrecarga de trabalho desmotivaccedilatildeo falta de recursos humanos condiccedilotildees miacutenimas de trabalho desqualificaccedilatildeo e a falta de estrateacutegias oferecidas pelo gerenciador e instituiccedilatildeo empregatiacutecia
DISCUSSAtildeO
A Sistematizaccedilatildeo da Assistecircnciade EnfermagemndashSAE desde sua
implantaccedilatildeo no Brasil tem sido encarada como um desafio no que concerne a sua
implantaccedilatildeo e execuccedilatildeo apesar do consenso de se tratar de umas das mais
importantes responsabilidades do Enfermeiro
Sendo um processo organizacional a SAE eacute o instrumento que oferece as
condiccedilotildees adequadas para o desenvolvimento dos meacutetodos adequados de forma
interdiciplinar tornando o cuidado humanizado sendo que esta metodologia
padronizada pode ser considerada dentro do campo assistencial uma das mais
poderosas conquistas que em contrapartida exige do profissional um conhecimento
amplo e profundo de saberes com perpectiva interdisciplinar e multidimencional
Os trabalhos demonstram que seu desenvolvimento ainda natildeo eacute total
especialmente por conta da desmotivaccedilatildeo dos enfermeiros que por excesso de tarefas
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
14
acumuladas pela pouca atenccedilatildeo e pouco entendimento da equipe sobre os resultados
esperados e obtidos sua implantaccedilatildeo tem sido ineficaz
Uma das barreiras apresentadas neste sentido esta na ausecircncia do pleno
conhecimento acerca de todas as vantagens para a equipe paciente e instituiccedilatildeo
Sobre a corresponsabilidade das instituiccedilotildees acerca do baixo conhecimento
tanto do enfermeiro quanto da equipe haacute o apontamento da baixa demanda de cursos
de atualizaccedilatildeo e investimentos
Quanto aacutes demais dificuldades apontadas pelos enfermeiros podemos
encontrar a baixa adesatildeo da equipe por desconhecer a importacircncia e por estarem
focados mais na execuccedilatildeo da assistecircncia do que na parte documental apresentada
pelo Enfermeiro fazendo com que o Enfermeiro sinta-se desvalorizado
Em contrapartida Auxiliares e Teacutecnicos justificam sua baixa adesatildeo por
encararem a execuccedilatildeo e a implementaccedilatildeo dos cuidados apontados na SAE como
ilusoacuterios e fora do contexto real da rotina e demanda apresentada pelas instituiccedilotildees
Mesmo com as dificuldades apontadas tanto Enfermeiro quanto Auxiliares e
Teacutecnicos versam pelo mesmo contexto de considerarem a SAE como um instrumento
de trabalho vaacutelido
Importante salientar que apesar deste reconhecimento o tema abordado
sobre as dificuldades relacionadas aacute SAE no acircmbito cientifico tem sido pouco
explorado conforme observado no baixo nuacutemero de artigos encontrados que se
relacionavam diretamente sobre o assunto Contudo esta pesquisa mostra que o
interesse pelo assunto vem crescendo a partir do ano de 2010
CONCLUSAtildeO E CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Conforme observado sobre o tema estudado haacute uma grande dificuldade na
compreensatildeo da importacircncia da SAE como meacutetodo de organizaccedilatildeo de cuidados na
sua aplicaccedilatildeo e implementaccedilatildeo Tais dificuldades segundo os trabalhos analisado
acontecem por falta de conhecimento aprofundado sobre sua metodologia e pela
indisponibilidade de tempo ocasionado pela extenuaccedilatildeo profissional ocasionado por
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
15
sobrecarga de serviccedilo outra barreira observada eacute a visatildeo de ser um processo
desestimulador ou exclusivamente burocraacutetico
Contudo eacute iacutempar a aceitaccedilatildeo de que se trata de um meacutetodo de muita
importacircncia para o paciente como uma garantia de um cuidado mais organizado
eficiente e individualizado tornado integral a assistecircncia
Apesar desta visatildeo os trabalhos demonstram que os profissionais
compreendem que o sucesso desse meacutetodo estaacute baseado na obtenccedilatildeo de uma
estrutura miacutenima em termos de recursos humanos fiacutesicos de tempo e de interesse
da equipe de enfermagem
Conclui-se que o sucesso desse processo eacute apontado como dependente de
fatores tais como interesse da coordenaccedilatildeo equipe e de uma atuaccedilatildeo persistente da
educaccedilatildeo continuada
REFEREcircNCIAS
ANDRADE JS VIEIRA MJ Praacutetica assistencial de enfermagemproblemas perspectivas e necessidade de sistematizaccedilatildeo Rev Bras Enf 200558(3)261-5 AZEREDO T B S Histoacuterias da enfermagem no Paranaacute Site Coren-PR Curitiba 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwcorenprorgbrartigosartigo_23htmgt BACKES DS ESPERANCcedilA MP AMARO AM CAMPOS IEF CUNHA AD CHWARTZ E Sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem percepccedilatildeo dos enfermeiros de um hospital filantroacutepico Acta Sci Health Sci 2005 27(1)25-9 BARBOSA TSC amp Baptista SS Movimento de expansatildeo dos cursos superiores de enfermagem na regiatildeo centro-oeste do Brasil uma perspectiva histoacuterica Revista Eletrocircnica de Enfermagem 104 2008 BAPTISTA CMC et al Evoluccedilatildeo de enfermagem In CIANCIARULLO TI(Org) et al Sistema de Assistecircncia de Enfermagem evoluccedilatildeo e tendecircncias 5ed Satildeo Paulo Iacutecone 2012 p 173-190 BARREIRA I amp BAPTISTA S O movimento de reconsideraccedilatildeo do ensino e da pesquisa histoacuteria da enfermagem Rev Bras Enferm Novdez 2003 56 (6) 702-06 BASTOS MAR MENDES MA Transformando a praacutetica do enfermeiro Nursing Rio de Janeiro v 80 n 8 p 30-37 2005
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
16
CASAFUS DELLrsquoACQUA BOCCHI Entre o Ecircxito e a Frustraccedilatildeo Com a Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem Esc Anna Nery (impr)2013 abr - jun 17 (2)313 ndash 321
CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM Lei nordm 5905 de 12 de julho de 1973 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf Conselho Federal de Enfermagem ndash COFEN Resoluccedilatildeo 3582009 [on line] Disponiacutevel em httpwwwcofengovbrresoluo-cofen-3582009_4384html Conselho Federal de Enfermagem ndash COFEN Resoluccedilatildeo 3112007 [on line] Disponiacutevel em httpwwwcofengovbrresoluo-cofen-3112007_4345html Conselho Regional de Enfermagem de Satildeo Paulo ndash COREN Processo de Enfermagem Guia para a Praacutetica Satildeo Paulo 2015 Conselho Federal de Enfermagem de Satildeo Paulo ndash COFEN Guia de recomendaccedilotildees para registro de enfermagem no prontuaacuterio do paciente e outros documentos de enfermagem Satildeo Paulo 2016
___________ Lei ndeg 749886 de 25 de Junho de 1986 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf
__________ Decreto ndeg 9440687 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf ___________ Lei nordm 8967 de 28 de dezembro de 1994 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf ___________ Resoluccedilatildeo COFEN - 3112007 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf ___________ Resoluccedilatildeo COFEN-3582009 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf ___________ Resoluccedilatildeo COFEN ndash 3702010 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SAtildeO PAULO Decreto 4406 de 08 de junho de 1987 Disponiacutevel em httpportalcoren spgovbrsitesdefaultfilesParecer_013_AtuaC3A7C3A3o_de_AUX_como_TECpdf
Cogo Gehlen Ilha Zamberlan Freitas Backes et al Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem no Cenaacuterio Hospitalar Percepccedilatildeo Dos Enfermeiros Cogitare Enferm 2012 JulSet 17(3)513-8
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
17
CUNHA SMB BARROS ALB Anaacutelise da Implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem segundo o Modelo Conceitual de Horta Rev Bras Enferm 2005 set-out 58(5)568-72
DUARTE APP ELLENSOHN LA Operacionalizaccedilatildeo do processo de enfermagem em terapia intensiva neonatal Rev enferm UERJ 2007 outdez 15(4) 521-6 FIGUEIREDO RM ZEM-MASCARENHAS SH NAPOLEAtildeO AA Caracterizaccedilatildeo da produccedilatildeo do conhecimento sobre sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem no Brasil VerEsc Enferm USP 2006 abril 40(2) 299-303 FIGUEIREDO FERREIRA et al Dificuldades da Equipe de Enfermagem na Implantaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enferemagem no Centro Cirurgico de Campo Grande ndash MS wwwConvibrabr GRANDO ZUSE et al Dificuldades na Instituiccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem no Exercicio Profissional ndash Revisatildeo Integrativa Revista Contexto amp Sauacutede Ijuiacute bull v 14 bull n 26 bull JanJun 2014 GERMANO RM Educaccedilatildeo e ideologia da enfermagem no Brasil Satildeo PauloCortez 1983
HERMIDA PMV Desvelando a Implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de
Enfermagem Rev Bras de Enferm Brasiacutelia (DT) 2004 nov-dez 57(6)733-7
MARIA VLR DIAS AMC SHIOTSU CH FARIAS FAC Sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem no Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia relato de experiecircncia Rev Esc Enferm USP 1987 21(esp)77-87
MARINELLI SILVA SILVA SISTEMATIZACcedilAtildeO DA ASSISTEcircNCIA DE ENFERMAGEM Desafios para a implantaccedilatildeo Revista Enfermagem Contemporacircnea 2015 JulDez4(2) MEDEIROS SANTOS CABRAL Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem na Perspectiva dos Enfermeiros Uma Abordagem Metodologica na Teoria Fundamentada Rev Gauacutecha Enferm 2012( 33) MEDEIROS AL et al Sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem na perspectiva dos enfermeiros uma abordagem metodoloacutegica na teoria fundamentada Rev Gaucha Enferm 33(3) 174-181 set 2012 httppesquisabvsaludorgportalresourceptlil-654473
Medeiros AL Santos SR Cabral RWL Desvelando dificuldades operacionais na sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem na perspectiva da Grounded Theory Rev Eletr Enferm 201315(1)44-53 MENDES AA BASTOS MAR Processo de enfermagem sequecircncias no cuidar fazem a diferenccedila Rev Bras Enferm 200356(3)271-6
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
18
MELO PEREIRA PONTES FARIAS BEZERRA Implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem no Brasil Revisatildeo de Literatura wwwconbraciscombr Congresso Brasileiro de Ciecircncias e Sauacutede 2016 NAKAMAE DD Novos caminhos da enfermagem por mudanccedilas no ensino e na praacutetica da profissatildeo Satildeo Paulo (SP) Cortez 1987 NEVES RS SHIMIZU HE Anaacutelise da implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem em uma unidade de reabilitaccedilatildeo Rev bras enferm Brasiacutelia v 63 n 2 p 222-229 abr 2010 PRUSS ACSF O ensino de graduaccedilatildeo em enfermagem na Universidade Federal do Rio Grande do Sul referente agrave parturiccedilatildeo nas deacutecadas de 1950 e 1960 2014 PUNTEL A et al Enfermagem enquanto disciplina que campo de conhecimento identifica a profissatildeo Revista Brasileira de Enfermagem v 62 n 5 2009 Ramos LAR Carvalho EC Canini SRMS Opiniatildeo de auxiliares e teacutecnicos de enfermagem sobre a sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem Rev Eletr Enf 200911(1)39-44
Remizoski LROCHA VAL Dificuldades na implantaccedilatildeo da sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem - SAE uma revisatildeo teoacuterica Cadernos da Escola de Sauacutede Curitiba 2010 TARDIF M Saberes docentes e formaccedilatildeo profissional Petroacutepolis (RJ) Vozes 2002TAKAHASHI A A BARROS A L B L MICHEL J L MSOUZA M F Dificuldades e Facilidades Apontadas por Enfermeiras de um Hospital de Ensino na Execuccedilatildeo do Processo de Enfermagem Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de Satildeo Paulo-UNIFESP Satildeo Paulo (SP) Brasil 2007 VIETTA EP Et al Tomada de depoimentos pessoal de enfermeiras hospitalares da deacutecada de 50 subsiacutedios para a compreensatildeo da enfermagem atual Revlatinoamenfermagem Ribeiratildeo Preto v 3 n 2 p19-35 julho 1995 SANTOS LIMA MELO Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem na Unidade de Terapia IntensivaRevisatildeo Bibliogrfia Ciecircncias Bioloacutegicas e da Sauacutede Aracaju v 2 n2 p 45-58 out 2014 periodicossetedubr SILVA ALMEIDA OLIVEIRA OLIVEIRA SAMPAIO PAIXAtildeO Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem na Perspectiva da Equipe Enferm Foco 2016 7 (2) 32-36 SILVA PRADO CARNEIRO COSTA Implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem Dificuldades e Potencialidades Revista da
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
19
Universidade Vale do Rio Verde Trecircs Coraccedilotildees v 12 n 2 p 580-590 agodez 2014 SILVA OLIVEIRANEVES GUIMARAtildeES et al O conhecimento do enfermeiro sobre a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem da teoria agrave praacuteticaRev Esc Enferm USP2011 45(6)1380-6 wwweeuspbrreeusp
SILVA FILHO QUEIROZ ABREU et al Utilizaccedilatildeo do Processo de Enfermagem e as Dificuldades Encontradas por Enfermeiros Cogitare Enferm 2013 AbrJun 18(2)351-7 SOUZA VASCONCELLOS PARRA et al Processo de EnfermagemDificuldades Enfrentadas Pelos Enfermeiros de um Hospital Puacuteblico de Grande Porte na Amazonia Brasil Braz J Surg Clin ResBJCR 2015
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
9
A seleccedilatildeo dos artigos para anaacutelise ocorreu com base nos artigos publicados
nos uacuteltimos 10 anos o que natildeo excluiu o uso de artigos de anos anteriores
Foram encontrados 75 artigos que continham as palavras chave contudo
somente 18 respondiam diretamente ao questionamento proposto
5 RESULTADOS
Tabela 1 ndash Siacutentese dos resultados da revisatildeo bibliograacutefica referente ao
conhecimento da equipe de enfermagem sobre a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia
de Enfermagem (SAE) Praia Grande 2017
Referecircncia Resultados principais RAMOS amp CARVALHO amp CANINI et al 2009
As maiorias dos profissionais sabem da existecircncia da SAE mas natildeo tem
um entendimento adequado sobre o seu papel dentro da SAE mesmo
apoacutes terem recebido treinamento sobre o assunto natildeo compreende como
essa ferramenta se adequada ao seu dia a dia e relatam natildeo terem essa
mateacuteria na sua formaccedilatildeo Porem participam arduamente na realizaccedilatildeo da
SAE dando paracircmetros e informaccedilotildees constante sobre o paciente O
consenso entre os entrevistados eacute o mesmo que a SAE melhora a
assistecircncia e qualidade do paciente mas natildeo compreendem seu papel
dentro dela
SILVA amp OLIVEIRA amp NEVES amp GUIMARAtildeES et al 2011
Os enfermeiros justificam que conhecem a SAE mas muitoS tambem natildeo
respoderam a pesquisa sobre conhecimento da SAE e porem nao a
utilizatildeo por varios motivos falta de formularios falta de incentivo
institucional e escases de matildeo de obra suficiente e reconhecem que
utilizando a ferramenta certa a qualidade do serviccedilo prestado pode
melhorar muito A maioria dos profissionais que tem conhecimento sobre
a SAE satildeo das UTIs e satildeo informatizadas com uma linguagem unica
Apenas 23 profissionais disseram conhecer todas as etapas da SAE
MEDEIROS amp SANTOS amp CABRAL et al 2012
Estudo feito com 13 enfermeiros da Paraiacuteba em uma maternidade publica
obsteacutetrica onde a opiniatildeo desses enfermeiros gerou um visatildeo positiva
vendo a SAE como um instrumento de trabalho que auxilia no cuidado e
na qualidade da assistecircncia prestada e traacutes seguranccedila para toda a equipe
e entendimento melhor de cada caso Dando uma resoluccedilatildeo de cada
caso organizando e planejando melhor cada execuccedilatildeo dentro do centro
obsteacutetrico e maternidade
COGO amp GEHLEN amp ILHA amp ZAMBELAN amp FREITAS amp BACKES et al 2012
Alguns enfermeiros relatam conhecer a SAE e sua importancia de uma
linguagem unica sempre visando o bem do paciente e tambem a
valorizaccedilatildeo do profissional poreacutem quando prescrito o cuidados algumas
pessoas natildeo gostaram e natildeo respeitavam considerando muita
interferencia do enfermeiro no cuidar
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
10
CASAFUS DELL`ACQUA amp BOCCHI et al 2013
Consideram a SAE como instrumento de organizaccedilatildeo e melhoria na
qualidade da assistecircncia e querem realizar todas as etapas constata-se
poreacutem que falta braccedilal falta de interesse e educaccedilatildeo continuada ameniza
a culpa pela falta de realizaccedilatildeo A falta de clareza e de valorizaccedilatildeo dificulta
a execuccedilatildeo tornando a SAE ilusoacuteria em uma tentativa frustrada de tornar
a SAE um modelo de organizaccedilatildeo e ferramenta de trabalho para beneficio
do paciente
MELO amp PEREIRA amp PONTES amp FARIAS amp BEZERRA et al 2016
A maioria das opiniotildees eacute que a SAE eacute beneacutefica garantindo uma
padronizaccedilatildeo porem entre outras opiniotildeesimplantar a SAE eacute um desafio
tambeacutem relatam a capacitaccedilatildeo acadecircmica e formaccedilatildeo dos
profissionaispouco investimento no profissional a pratica da
padronizaccedilatildeo do beneficio do paciente natildeo eacute rotina no Brasil contando
obstaacuteculos e desvalorizaccedilatildeo do profissional
SILVA amp ALMEIDA amp OLIVEIRA amp SAMPAIO amp PAIXAtildeO et al 2016
Compreende-se o desconhecimento em que processo de enfermagem
natildeo se ouviu falar mas reconhecem que eacute privativo do enfermeiro e que
deveria ser mais divulgado nas escola teacutecnicas quanto aos enfermeiros
veem com melhor planejamento economia para a instituiccedilatildeo e
conhecimento de cada paciente por outro lado se prendem a parte
burocraacutetica natildeo viabilizando a sua realizaccedilatildeo mas reconhecem a
importacircncia da SAE
Tabela 2 ndash Siacutentese dos resultados da revisatildeo bibliograacutefica referente agraves
dificuldades encontradas pela equipe de enfermagem na implementaccedilatildeo e
aplicaccedilatildeo da SAE na sua rotina de trabalho
Referecircncia Dificuldades apontadaspelos Enfermeiros Teacutecnicos e Auxiliares
HERMIDA et al 2004
Dentre as dificuldades apontadas pelos profissionais estatildeo realizaccedilatildeo do exame fiacutesico adequar o exame fiacutesico a doenccedila apresentada pelo paciente realizar ausculta pulmonar e cardiacuteaca necessidade de aprofundamento teoacuterico e falta de praacutetica cumprimento da prescriccedilatildeo de enfermagem por sua proacutepria equipe descontinuidade da implementaccedilatildeo da assistecircncia entre turnos alguns profissionais natildeo lecircem o que estaacute prescrito falta de conhecimento mesmo procurando por ele inseguranccedila prescriccedilatildeo de enfermagem sem avaliaccedilatildeo preacutevia do paciente natildeo saber realizar o processo de enfermagem dificuldade de elaborar a prescriccedilatildeo de enfermagem falta de objetividade na elaboraccedilatildeo da prescriccedilatildeo natildeo checagem dos cuidados na prescriccedilatildeo falta de objetividade no levantamento dos problemas Preparo inadequado na graduaccedilatildeodespreparo do pessoal falta de comprometimento envolvimento e responsabilidade de enfermeirosdesinteresse e desmotivaccedilatildeo perfil e postura inadequados de algumas profissionais falta de lideranccedila e de organizaccedilatildeo de enfermeiras pouca disponibilidade de enfermeiras e excesso de trabalho falhas no desempenho e falta de confianccedila de enfermeiras em seu trabalho desvalorizaccedilatildeo do trabalho e desconsideraccedilatildeo sobre a importacircncia da SAE por parte das enfermeiras problemas de relacionamento interpessoal conflitos internos ausecircncia de definiccedilatildeo de papeacuteis do quadro de enfermagem falta de conscientizaccedilatildeo da equipe de enfermagem falta de
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
11
treinamento da equipe de enfermagem falta de trabalho em equipe para padronizar a assistecircncia falta de integraccedilatildeo e resistecircncia de enfermeiras em envolver-se com propostas de melhoria da assistecircncia estresse questotildees salariais carecircncia de pessoal de enfermagemenfermeirosatividades administrativas concomitantes com as assistenciais aplicaccedilatildeo do processo como mais uma tarefa a instituiccedilatildeo como organizaccedilatildeo burocraacutetica natildeo espera que seja realizado outro cuidado aleacutem do estabelecido pelo meacutedico falta de vontade das chefias e da instituiccedilatildeo falta de material eou equipamento como sintoma da ldquofalta de vontade das chefias e instituiccedilotildeesrdquo inadequaccedilatildeo da estrutura fiacutesica da Unidade falhas na estrutura administrativa da instituiccedilatildeo ser instituiccedilatildeo puacuteblica baixa eficiecircncia de serviccedilos de apoio (laboratoacuterio)
BACKES amp ESPERANCcedilA amp AMARO amp CAMPOS amp CUNHA amp SCHWARTZ et al 2005
Este estudo aponta como dificuldades a falta de conhecimento teoacuterico cientiacutefico e praacutetico na execuccedilatildeo das fases da SAE tornando-se uma barreira por natildeo haver conscientizaccedilatildeo do quanto eacute importante este instrumento de trabalho Os cursos de graduaccedilatildeo tambeacutem foram apontados como insuficientes no contexto teoacuterico e praacutetico das enfermeiras para a realizaccedilatildeo da SAE com relatos de que os alunos recebem conhecimento superficial para a praacutetica de enfermagem sugerindo uma verificaccedilatildeo na grade curricular e conteuacutedo abrangido durante o curso Concluiu-se que os achados deste estudo respondem as questotildees iniciais desta pesquisa e que a execuccedilatildeo das fases do PE vincula-se agrave capacitaccedilatildeo que estes profissionais possuem para realizaccedilatildeo de suas atividades e da conscientizaccedilatildeo da sua importacircncia para a sua profissatildeo embora haja outros motivos citados em vaacuterios estudos apontados como dificultadores para a aplicaccedilatildeo do PE como planta fiacutesica falta de recursos humanos falta de tempo excesso de atribuiccedilotildees da enfermeira deficiecircncia da chefia falta de apoio administrativo falta de recursos materiais entre outros mas a falta de conhecimento por parte das enfermeiras para a realizaccedilatildeo do processo eacute visto como motivo principal que leva estas profissionais a natildeo executarem de forma eficaz a SAE em seu cotidiano
TAKAHASHI amp BARROS amp MICHEL amp SOUZA et al 2007
Este estudo aponta como dificuldades a falta de conhecimento teoacuterico cientiacutefico e praacutetico na execuccedilatildeo das fases da SAE tornando-se uma barreira por natildeo haver conscientizaccedilatildeo do quanto eacute importante este instrumento de trabalho Os cursos de graduaccedilatildeo tambeacutem foram apontados como insuficientes no contexto teoacuterico e praacutetico das enfermeiras para a realizaccedilatildeo da SAE com relatos de que os alunos recebem conhecimento superficial para a praacutetica de enfermagem sugerindo uma verificaccedilatildeo na grade curricular e conteuacutedo abrangido durante o curso Concluiu-se que os achados deste estudo respondem as questotildees iniciais desta pesquisa e que a execuccedilatildeo das fases do PE vincula-se agrave capacitaccedilatildeo que estes profissionais possuem para realizaccedilatildeo de suas atividades e da conscientizaccedilatildeo da sua importacircncia para a sua profissatildeo embora haja outros motivos citados em vaacuterios estudos apontados como dificultadores para a aplicaccedilatildeo do PE como planta fiacutesica falta de recursos humanos falta de tempo excesso de atribuiccedilotildees da enfermeira deficiecircncia da chefia falta de apoio administrativo falta de recursos materiais entre outros mas a falta de conhecimento por parte das enfermeiras para a realizaccedilatildeo do processo eacute visto como motivo principal que leva estas profissionais a natildeo executarem de forma eficaz a SAE em seu cotidiano
REMIZOSKI amp ROCHA amp VALL et al 2010
As dificuldades encontradas neste estudo foram preparo inadequado na formaccedilatildeo com baixa qualificaccedilatildeo dos docentes deacuteficit da aceitaccedilatildeo da equipe de sauacutede falta de comprometimento e
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
12
envolvimento da equipe falta de recursos materiais e excesso de atribuiccedilotildees para o enfermeiro despreparo da equipe descrenccedila e rejeiccedilatildeo do proacuteprio enfermeiro desvalorizaccedilatildeo dos enfermeiros diante de outros profissionais falta de credibilidade dos profissionais quanto as suas prescriccedilotildees resistecircncia aacute mudanccedilas carecircncia de apoio e estimulo da coordenaccedilatildeo de enfermagem falta de conhecimento sobre realizaccedilatildeo do exame fiacutesico falta de estabelecimento de prioridades e falta de conscientizaccedilatildeo sobre os benefiacutecios da implantaccedilatildeo da SAE no seu exerciacutecio profissional
SILVA amp FILHO amp QUEIROZ amp ABREU et al 2013
Conclui-se que apesar dos enfermeiros terem o conhecimento que a sistematizaccedilatildeo da assistecircncia eacute um instrumento para sua qualificaccedilatildeo e entenderem sua necessidade esses referem dissociaccedilatildeo de suas etapas resistecircncia dos profissionais deacuteficit de conhecimento e muitos profissionais como dificuldades a sua aplicabilidade Assim sendo observou-se que existem vaacuterios fatores que dificultam a implantaccedilatildeo da SAE com ecircxito
SILVA amp PRADO amp CARNEIRO amp COSTA et al 2014
O estudo evidencia a necessidade de mudanccedilas no processo de trabalho da enfermagem na unidade em estudo para a promoccedilatildeo e concretizaccedilatildeo do cuidado sistematizado e consequentemente melhoria da qualidade da assistecircncia ao cliente As dificuldades encontradas foram relacionadas aacute sobrecarga de trabalho deacuteficit no nuacutemero de profissionais para o desempenho das atividades estrutura fiacutesica inadequada a falta de recursos materiais realizaccedilatildeo de melhor dimensionamento de profissionais
GRANDO amp ZUSE et al 2014
As dificuldades apontadas pelos profissionais como fatores que impossibilitam uma aplicabilidade eficaz da SAE foram a necessidade de aprofundamento teoacuterico e a falta de praacutetica e objetividade pelos profissionais nos levantamentos de problemas bem como a necessidade de boa compreensatildeo sobre as etapas da SAE e aplicaccedilatildeo atraveacutes do saber e do fazer Foram evidenciadas tambeacutem falta de compromisso e envolvimentos nas atividades da equipe assim como deacuteficit de recursos humanos profissionais descontinuidade e acompanhamento perioacutedico aleacutem de estabelecimento de prioridades no serviccedilo Notou-se tambeacutem que pouco os auxiliares e teacutecnicos satildeo abordados nas pesquisas um erro fatal visto que esses profissionais satildeo peccedilas fundamentais para o sucesso na execuccedilatildeo e aplicaccedilatildeo da SAE Fala-se mais uma vez sobre os cursos de graduaccedilatildeo que deixam a desejar em conteuacutedo teoacuterico e praacutetico em suas grades curriculares e a falta ou inexpressiva educaccedilatildeo continuada
SANTOS et al 2014
A Sistematizaccedilatildeo de enfermagem ocorre de forma ainda fragmentada havendo a necessidade de reorganizaccedilatildeo deste instrumento para melhorar a assistecircncia do cliente pois somente com a realizaccedilatildeo de todas as etapas da SAE poderemos dizer que ela foi implantada corretamente As dificuldades apontadas foram a falta de recursos humanos a falta de conhecimento teoacuterico a desvalorizaccedilatildeo por parte da instituiccedilatildeo o natildeo reconhecimento da equipe de enfermagem investimentos na educaccedilatildeo continuada eacute um exemplo claro de carecircncia observou-se tambeacutem certa resistecircncia por parte dos enfermeiros falta de tempo para se dedicar ao paciente por realizarem atividades burocraacuteticas alta demanda de pacientes falta de privacidade com o paciente a falta de envolvimento do processo como um todo
SOUZA amp VASCONCELLOS amp PARRA et al 2015
O presente estudo revela que os enfermeiros satildeo sobrecarregados com tarefas natildeo pertinentes a sua funccedilatildeo e que por esse motivo deixam para segundo plano as atividades relacionadas aacute SAE e a equipe de enfermagem rotulando o enfermeiro como burocraacutetico e
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
13
favorecendo sua desvalorizaccedilatildeo Evidenciadas as dificuldades na aplicaccedilatildeo da SAE os enfermeiros acreditam que oferecer treinamento e capacitaccedilatildeo para a equipe em geral poder contar com recursos humanos e informatizaccedilatildeo atraveacutes de software poderia melhorar o planejamento de suas atividades permitindo assim de forma contiacutenua e integral a assistecircncia humanizada a valorizaccedilatildeo do enfermeiro aleacutem de fortalecer e engrandecer o trabalho em equipe
MARINELLI amp SILVA amp SILVA et al 2015
As principais dificuldades citadas satildeo falta de conhecimento sobre a realizaccedilatildeo do exame fiacutesico ausecircncia de treinamento sobre o tema nas instituiccedilotildees de sauacutede falta de registro adequado da assistecircncia de enfermagem a sobrecarga de trabalho evidenciada pelo deacuteficit de profissionais qualificados e capazes de identificar os problemas reais e potenciais dos pacientes envolvidos no PE conflito de papeacuteis dificuldade de aceitaccedilatildeo de mudanccedilas falta de credibilidade nas prescriccedilotildees de enfermagem carecircncia de pessoal treinado e com habilidades para exercer essa funccedilatildeo aleacutem de falta de apoio da equipe
FIGUEIREDO amp FERREIRA et al 2016
As principais dificuldades encontradas para a implantaccedilatildeo da SAE mostraram que a falta de conhecimento sobre a SAE e inadequaccedilatildeo na estrutura do hospital satildeo fatores que dificultam o atendimento de forma individualizada ao paciente dentro do centro ciruacutergico e conclui-se que para atender o paciente de forma integral fazem-se necessaacuterias aulas teoacutericas aliadas ao exerciacutecio da profissatildeo aleacutem de se evidenciar que a pouca experiecircncia de profissionais receacutem formados podem interferir de forma negativa na realizaccedilatildeo da SAE cursos teacutecnicos natildeo possuem conhecimento preacutevio da implantaccedilatildeo do processo de sistematizaccedilatildeo de enfermagem outra dificuldade aponta comunicaccedilatildeo insuficiente entre funcionaacuterios priorizaccedilatildeo de atividades administrativas por parte dos enfermeiros sobrecarga de trabalho desmotivaccedilatildeo falta de recursos humanos condiccedilotildees miacutenimas de trabalho desqualificaccedilatildeo e a falta de estrateacutegias oferecidas pelo gerenciador e instituiccedilatildeo empregatiacutecia
DISCUSSAtildeO
A Sistematizaccedilatildeo da Assistecircnciade EnfermagemndashSAE desde sua
implantaccedilatildeo no Brasil tem sido encarada como um desafio no que concerne a sua
implantaccedilatildeo e execuccedilatildeo apesar do consenso de se tratar de umas das mais
importantes responsabilidades do Enfermeiro
Sendo um processo organizacional a SAE eacute o instrumento que oferece as
condiccedilotildees adequadas para o desenvolvimento dos meacutetodos adequados de forma
interdiciplinar tornando o cuidado humanizado sendo que esta metodologia
padronizada pode ser considerada dentro do campo assistencial uma das mais
poderosas conquistas que em contrapartida exige do profissional um conhecimento
amplo e profundo de saberes com perpectiva interdisciplinar e multidimencional
Os trabalhos demonstram que seu desenvolvimento ainda natildeo eacute total
especialmente por conta da desmotivaccedilatildeo dos enfermeiros que por excesso de tarefas
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
14
acumuladas pela pouca atenccedilatildeo e pouco entendimento da equipe sobre os resultados
esperados e obtidos sua implantaccedilatildeo tem sido ineficaz
Uma das barreiras apresentadas neste sentido esta na ausecircncia do pleno
conhecimento acerca de todas as vantagens para a equipe paciente e instituiccedilatildeo
Sobre a corresponsabilidade das instituiccedilotildees acerca do baixo conhecimento
tanto do enfermeiro quanto da equipe haacute o apontamento da baixa demanda de cursos
de atualizaccedilatildeo e investimentos
Quanto aacutes demais dificuldades apontadas pelos enfermeiros podemos
encontrar a baixa adesatildeo da equipe por desconhecer a importacircncia e por estarem
focados mais na execuccedilatildeo da assistecircncia do que na parte documental apresentada
pelo Enfermeiro fazendo com que o Enfermeiro sinta-se desvalorizado
Em contrapartida Auxiliares e Teacutecnicos justificam sua baixa adesatildeo por
encararem a execuccedilatildeo e a implementaccedilatildeo dos cuidados apontados na SAE como
ilusoacuterios e fora do contexto real da rotina e demanda apresentada pelas instituiccedilotildees
Mesmo com as dificuldades apontadas tanto Enfermeiro quanto Auxiliares e
Teacutecnicos versam pelo mesmo contexto de considerarem a SAE como um instrumento
de trabalho vaacutelido
Importante salientar que apesar deste reconhecimento o tema abordado
sobre as dificuldades relacionadas aacute SAE no acircmbito cientifico tem sido pouco
explorado conforme observado no baixo nuacutemero de artigos encontrados que se
relacionavam diretamente sobre o assunto Contudo esta pesquisa mostra que o
interesse pelo assunto vem crescendo a partir do ano de 2010
CONCLUSAtildeO E CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Conforme observado sobre o tema estudado haacute uma grande dificuldade na
compreensatildeo da importacircncia da SAE como meacutetodo de organizaccedilatildeo de cuidados na
sua aplicaccedilatildeo e implementaccedilatildeo Tais dificuldades segundo os trabalhos analisado
acontecem por falta de conhecimento aprofundado sobre sua metodologia e pela
indisponibilidade de tempo ocasionado pela extenuaccedilatildeo profissional ocasionado por
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
15
sobrecarga de serviccedilo outra barreira observada eacute a visatildeo de ser um processo
desestimulador ou exclusivamente burocraacutetico
Contudo eacute iacutempar a aceitaccedilatildeo de que se trata de um meacutetodo de muita
importacircncia para o paciente como uma garantia de um cuidado mais organizado
eficiente e individualizado tornado integral a assistecircncia
Apesar desta visatildeo os trabalhos demonstram que os profissionais
compreendem que o sucesso desse meacutetodo estaacute baseado na obtenccedilatildeo de uma
estrutura miacutenima em termos de recursos humanos fiacutesicos de tempo e de interesse
da equipe de enfermagem
Conclui-se que o sucesso desse processo eacute apontado como dependente de
fatores tais como interesse da coordenaccedilatildeo equipe e de uma atuaccedilatildeo persistente da
educaccedilatildeo continuada
REFEREcircNCIAS
ANDRADE JS VIEIRA MJ Praacutetica assistencial de enfermagemproblemas perspectivas e necessidade de sistematizaccedilatildeo Rev Bras Enf 200558(3)261-5 AZEREDO T B S Histoacuterias da enfermagem no Paranaacute Site Coren-PR Curitiba 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwcorenprorgbrartigosartigo_23htmgt BACKES DS ESPERANCcedilA MP AMARO AM CAMPOS IEF CUNHA AD CHWARTZ E Sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem percepccedilatildeo dos enfermeiros de um hospital filantroacutepico Acta Sci Health Sci 2005 27(1)25-9 BARBOSA TSC amp Baptista SS Movimento de expansatildeo dos cursos superiores de enfermagem na regiatildeo centro-oeste do Brasil uma perspectiva histoacuterica Revista Eletrocircnica de Enfermagem 104 2008 BAPTISTA CMC et al Evoluccedilatildeo de enfermagem In CIANCIARULLO TI(Org) et al Sistema de Assistecircncia de Enfermagem evoluccedilatildeo e tendecircncias 5ed Satildeo Paulo Iacutecone 2012 p 173-190 BARREIRA I amp BAPTISTA S O movimento de reconsideraccedilatildeo do ensino e da pesquisa histoacuteria da enfermagem Rev Bras Enferm Novdez 2003 56 (6) 702-06 BASTOS MAR MENDES MA Transformando a praacutetica do enfermeiro Nursing Rio de Janeiro v 80 n 8 p 30-37 2005
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
16
CASAFUS DELLrsquoACQUA BOCCHI Entre o Ecircxito e a Frustraccedilatildeo Com a Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem Esc Anna Nery (impr)2013 abr - jun 17 (2)313 ndash 321
CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM Lei nordm 5905 de 12 de julho de 1973 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf Conselho Federal de Enfermagem ndash COFEN Resoluccedilatildeo 3582009 [on line] Disponiacutevel em httpwwwcofengovbrresoluo-cofen-3582009_4384html Conselho Federal de Enfermagem ndash COFEN Resoluccedilatildeo 3112007 [on line] Disponiacutevel em httpwwwcofengovbrresoluo-cofen-3112007_4345html Conselho Regional de Enfermagem de Satildeo Paulo ndash COREN Processo de Enfermagem Guia para a Praacutetica Satildeo Paulo 2015 Conselho Federal de Enfermagem de Satildeo Paulo ndash COFEN Guia de recomendaccedilotildees para registro de enfermagem no prontuaacuterio do paciente e outros documentos de enfermagem Satildeo Paulo 2016
___________ Lei ndeg 749886 de 25 de Junho de 1986 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf
__________ Decreto ndeg 9440687 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf ___________ Lei nordm 8967 de 28 de dezembro de 1994 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf ___________ Resoluccedilatildeo COFEN - 3112007 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf ___________ Resoluccedilatildeo COFEN-3582009 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf ___________ Resoluccedilatildeo COFEN ndash 3702010 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SAtildeO PAULO Decreto 4406 de 08 de junho de 1987 Disponiacutevel em httpportalcoren spgovbrsitesdefaultfilesParecer_013_AtuaC3A7C3A3o_de_AUX_como_TECpdf
Cogo Gehlen Ilha Zamberlan Freitas Backes et al Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem no Cenaacuterio Hospitalar Percepccedilatildeo Dos Enfermeiros Cogitare Enferm 2012 JulSet 17(3)513-8
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
17
CUNHA SMB BARROS ALB Anaacutelise da Implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem segundo o Modelo Conceitual de Horta Rev Bras Enferm 2005 set-out 58(5)568-72
DUARTE APP ELLENSOHN LA Operacionalizaccedilatildeo do processo de enfermagem em terapia intensiva neonatal Rev enferm UERJ 2007 outdez 15(4) 521-6 FIGUEIREDO RM ZEM-MASCARENHAS SH NAPOLEAtildeO AA Caracterizaccedilatildeo da produccedilatildeo do conhecimento sobre sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem no Brasil VerEsc Enferm USP 2006 abril 40(2) 299-303 FIGUEIREDO FERREIRA et al Dificuldades da Equipe de Enfermagem na Implantaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enferemagem no Centro Cirurgico de Campo Grande ndash MS wwwConvibrabr GRANDO ZUSE et al Dificuldades na Instituiccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem no Exercicio Profissional ndash Revisatildeo Integrativa Revista Contexto amp Sauacutede Ijuiacute bull v 14 bull n 26 bull JanJun 2014 GERMANO RM Educaccedilatildeo e ideologia da enfermagem no Brasil Satildeo PauloCortez 1983
HERMIDA PMV Desvelando a Implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de
Enfermagem Rev Bras de Enferm Brasiacutelia (DT) 2004 nov-dez 57(6)733-7
MARIA VLR DIAS AMC SHIOTSU CH FARIAS FAC Sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem no Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia relato de experiecircncia Rev Esc Enferm USP 1987 21(esp)77-87
MARINELLI SILVA SILVA SISTEMATIZACcedilAtildeO DA ASSISTEcircNCIA DE ENFERMAGEM Desafios para a implantaccedilatildeo Revista Enfermagem Contemporacircnea 2015 JulDez4(2) MEDEIROS SANTOS CABRAL Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem na Perspectiva dos Enfermeiros Uma Abordagem Metodologica na Teoria Fundamentada Rev Gauacutecha Enferm 2012( 33) MEDEIROS AL et al Sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem na perspectiva dos enfermeiros uma abordagem metodoloacutegica na teoria fundamentada Rev Gaucha Enferm 33(3) 174-181 set 2012 httppesquisabvsaludorgportalresourceptlil-654473
Medeiros AL Santos SR Cabral RWL Desvelando dificuldades operacionais na sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem na perspectiva da Grounded Theory Rev Eletr Enferm 201315(1)44-53 MENDES AA BASTOS MAR Processo de enfermagem sequecircncias no cuidar fazem a diferenccedila Rev Bras Enferm 200356(3)271-6
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
18
MELO PEREIRA PONTES FARIAS BEZERRA Implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem no Brasil Revisatildeo de Literatura wwwconbraciscombr Congresso Brasileiro de Ciecircncias e Sauacutede 2016 NAKAMAE DD Novos caminhos da enfermagem por mudanccedilas no ensino e na praacutetica da profissatildeo Satildeo Paulo (SP) Cortez 1987 NEVES RS SHIMIZU HE Anaacutelise da implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem em uma unidade de reabilitaccedilatildeo Rev bras enferm Brasiacutelia v 63 n 2 p 222-229 abr 2010 PRUSS ACSF O ensino de graduaccedilatildeo em enfermagem na Universidade Federal do Rio Grande do Sul referente agrave parturiccedilatildeo nas deacutecadas de 1950 e 1960 2014 PUNTEL A et al Enfermagem enquanto disciplina que campo de conhecimento identifica a profissatildeo Revista Brasileira de Enfermagem v 62 n 5 2009 Ramos LAR Carvalho EC Canini SRMS Opiniatildeo de auxiliares e teacutecnicos de enfermagem sobre a sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem Rev Eletr Enf 200911(1)39-44
Remizoski LROCHA VAL Dificuldades na implantaccedilatildeo da sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem - SAE uma revisatildeo teoacuterica Cadernos da Escola de Sauacutede Curitiba 2010 TARDIF M Saberes docentes e formaccedilatildeo profissional Petroacutepolis (RJ) Vozes 2002TAKAHASHI A A BARROS A L B L MICHEL J L MSOUZA M F Dificuldades e Facilidades Apontadas por Enfermeiras de um Hospital de Ensino na Execuccedilatildeo do Processo de Enfermagem Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de Satildeo Paulo-UNIFESP Satildeo Paulo (SP) Brasil 2007 VIETTA EP Et al Tomada de depoimentos pessoal de enfermeiras hospitalares da deacutecada de 50 subsiacutedios para a compreensatildeo da enfermagem atual Revlatinoamenfermagem Ribeiratildeo Preto v 3 n 2 p19-35 julho 1995 SANTOS LIMA MELO Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem na Unidade de Terapia IntensivaRevisatildeo Bibliogrfia Ciecircncias Bioloacutegicas e da Sauacutede Aracaju v 2 n2 p 45-58 out 2014 periodicossetedubr SILVA ALMEIDA OLIVEIRA OLIVEIRA SAMPAIO PAIXAtildeO Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem na Perspectiva da Equipe Enferm Foco 2016 7 (2) 32-36 SILVA PRADO CARNEIRO COSTA Implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem Dificuldades e Potencialidades Revista da
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
19
Universidade Vale do Rio Verde Trecircs Coraccedilotildees v 12 n 2 p 580-590 agodez 2014 SILVA OLIVEIRANEVES GUIMARAtildeES et al O conhecimento do enfermeiro sobre a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem da teoria agrave praacuteticaRev Esc Enferm USP2011 45(6)1380-6 wwweeuspbrreeusp
SILVA FILHO QUEIROZ ABREU et al Utilizaccedilatildeo do Processo de Enfermagem e as Dificuldades Encontradas por Enfermeiros Cogitare Enferm 2013 AbrJun 18(2)351-7 SOUZA VASCONCELLOS PARRA et al Processo de EnfermagemDificuldades Enfrentadas Pelos Enfermeiros de um Hospital Puacuteblico de Grande Porte na Amazonia Brasil Braz J Surg Clin ResBJCR 2015
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
10
CASAFUS DELL`ACQUA amp BOCCHI et al 2013
Consideram a SAE como instrumento de organizaccedilatildeo e melhoria na
qualidade da assistecircncia e querem realizar todas as etapas constata-se
poreacutem que falta braccedilal falta de interesse e educaccedilatildeo continuada ameniza
a culpa pela falta de realizaccedilatildeo A falta de clareza e de valorizaccedilatildeo dificulta
a execuccedilatildeo tornando a SAE ilusoacuteria em uma tentativa frustrada de tornar
a SAE um modelo de organizaccedilatildeo e ferramenta de trabalho para beneficio
do paciente
MELO amp PEREIRA amp PONTES amp FARIAS amp BEZERRA et al 2016
A maioria das opiniotildees eacute que a SAE eacute beneacutefica garantindo uma
padronizaccedilatildeo porem entre outras opiniotildeesimplantar a SAE eacute um desafio
tambeacutem relatam a capacitaccedilatildeo acadecircmica e formaccedilatildeo dos
profissionaispouco investimento no profissional a pratica da
padronizaccedilatildeo do beneficio do paciente natildeo eacute rotina no Brasil contando
obstaacuteculos e desvalorizaccedilatildeo do profissional
SILVA amp ALMEIDA amp OLIVEIRA amp SAMPAIO amp PAIXAtildeO et al 2016
Compreende-se o desconhecimento em que processo de enfermagem
natildeo se ouviu falar mas reconhecem que eacute privativo do enfermeiro e que
deveria ser mais divulgado nas escola teacutecnicas quanto aos enfermeiros
veem com melhor planejamento economia para a instituiccedilatildeo e
conhecimento de cada paciente por outro lado se prendem a parte
burocraacutetica natildeo viabilizando a sua realizaccedilatildeo mas reconhecem a
importacircncia da SAE
Tabela 2 ndash Siacutentese dos resultados da revisatildeo bibliograacutefica referente agraves
dificuldades encontradas pela equipe de enfermagem na implementaccedilatildeo e
aplicaccedilatildeo da SAE na sua rotina de trabalho
Referecircncia Dificuldades apontadaspelos Enfermeiros Teacutecnicos e Auxiliares
HERMIDA et al 2004
Dentre as dificuldades apontadas pelos profissionais estatildeo realizaccedilatildeo do exame fiacutesico adequar o exame fiacutesico a doenccedila apresentada pelo paciente realizar ausculta pulmonar e cardiacuteaca necessidade de aprofundamento teoacuterico e falta de praacutetica cumprimento da prescriccedilatildeo de enfermagem por sua proacutepria equipe descontinuidade da implementaccedilatildeo da assistecircncia entre turnos alguns profissionais natildeo lecircem o que estaacute prescrito falta de conhecimento mesmo procurando por ele inseguranccedila prescriccedilatildeo de enfermagem sem avaliaccedilatildeo preacutevia do paciente natildeo saber realizar o processo de enfermagem dificuldade de elaborar a prescriccedilatildeo de enfermagem falta de objetividade na elaboraccedilatildeo da prescriccedilatildeo natildeo checagem dos cuidados na prescriccedilatildeo falta de objetividade no levantamento dos problemas Preparo inadequado na graduaccedilatildeodespreparo do pessoal falta de comprometimento envolvimento e responsabilidade de enfermeirosdesinteresse e desmotivaccedilatildeo perfil e postura inadequados de algumas profissionais falta de lideranccedila e de organizaccedilatildeo de enfermeiras pouca disponibilidade de enfermeiras e excesso de trabalho falhas no desempenho e falta de confianccedila de enfermeiras em seu trabalho desvalorizaccedilatildeo do trabalho e desconsideraccedilatildeo sobre a importacircncia da SAE por parte das enfermeiras problemas de relacionamento interpessoal conflitos internos ausecircncia de definiccedilatildeo de papeacuteis do quadro de enfermagem falta de conscientizaccedilatildeo da equipe de enfermagem falta de
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
11
treinamento da equipe de enfermagem falta de trabalho em equipe para padronizar a assistecircncia falta de integraccedilatildeo e resistecircncia de enfermeiras em envolver-se com propostas de melhoria da assistecircncia estresse questotildees salariais carecircncia de pessoal de enfermagemenfermeirosatividades administrativas concomitantes com as assistenciais aplicaccedilatildeo do processo como mais uma tarefa a instituiccedilatildeo como organizaccedilatildeo burocraacutetica natildeo espera que seja realizado outro cuidado aleacutem do estabelecido pelo meacutedico falta de vontade das chefias e da instituiccedilatildeo falta de material eou equipamento como sintoma da ldquofalta de vontade das chefias e instituiccedilotildeesrdquo inadequaccedilatildeo da estrutura fiacutesica da Unidade falhas na estrutura administrativa da instituiccedilatildeo ser instituiccedilatildeo puacuteblica baixa eficiecircncia de serviccedilos de apoio (laboratoacuterio)
BACKES amp ESPERANCcedilA amp AMARO amp CAMPOS amp CUNHA amp SCHWARTZ et al 2005
Este estudo aponta como dificuldades a falta de conhecimento teoacuterico cientiacutefico e praacutetico na execuccedilatildeo das fases da SAE tornando-se uma barreira por natildeo haver conscientizaccedilatildeo do quanto eacute importante este instrumento de trabalho Os cursos de graduaccedilatildeo tambeacutem foram apontados como insuficientes no contexto teoacuterico e praacutetico das enfermeiras para a realizaccedilatildeo da SAE com relatos de que os alunos recebem conhecimento superficial para a praacutetica de enfermagem sugerindo uma verificaccedilatildeo na grade curricular e conteuacutedo abrangido durante o curso Concluiu-se que os achados deste estudo respondem as questotildees iniciais desta pesquisa e que a execuccedilatildeo das fases do PE vincula-se agrave capacitaccedilatildeo que estes profissionais possuem para realizaccedilatildeo de suas atividades e da conscientizaccedilatildeo da sua importacircncia para a sua profissatildeo embora haja outros motivos citados em vaacuterios estudos apontados como dificultadores para a aplicaccedilatildeo do PE como planta fiacutesica falta de recursos humanos falta de tempo excesso de atribuiccedilotildees da enfermeira deficiecircncia da chefia falta de apoio administrativo falta de recursos materiais entre outros mas a falta de conhecimento por parte das enfermeiras para a realizaccedilatildeo do processo eacute visto como motivo principal que leva estas profissionais a natildeo executarem de forma eficaz a SAE em seu cotidiano
TAKAHASHI amp BARROS amp MICHEL amp SOUZA et al 2007
Este estudo aponta como dificuldades a falta de conhecimento teoacuterico cientiacutefico e praacutetico na execuccedilatildeo das fases da SAE tornando-se uma barreira por natildeo haver conscientizaccedilatildeo do quanto eacute importante este instrumento de trabalho Os cursos de graduaccedilatildeo tambeacutem foram apontados como insuficientes no contexto teoacuterico e praacutetico das enfermeiras para a realizaccedilatildeo da SAE com relatos de que os alunos recebem conhecimento superficial para a praacutetica de enfermagem sugerindo uma verificaccedilatildeo na grade curricular e conteuacutedo abrangido durante o curso Concluiu-se que os achados deste estudo respondem as questotildees iniciais desta pesquisa e que a execuccedilatildeo das fases do PE vincula-se agrave capacitaccedilatildeo que estes profissionais possuem para realizaccedilatildeo de suas atividades e da conscientizaccedilatildeo da sua importacircncia para a sua profissatildeo embora haja outros motivos citados em vaacuterios estudos apontados como dificultadores para a aplicaccedilatildeo do PE como planta fiacutesica falta de recursos humanos falta de tempo excesso de atribuiccedilotildees da enfermeira deficiecircncia da chefia falta de apoio administrativo falta de recursos materiais entre outros mas a falta de conhecimento por parte das enfermeiras para a realizaccedilatildeo do processo eacute visto como motivo principal que leva estas profissionais a natildeo executarem de forma eficaz a SAE em seu cotidiano
REMIZOSKI amp ROCHA amp VALL et al 2010
As dificuldades encontradas neste estudo foram preparo inadequado na formaccedilatildeo com baixa qualificaccedilatildeo dos docentes deacuteficit da aceitaccedilatildeo da equipe de sauacutede falta de comprometimento e
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
12
envolvimento da equipe falta de recursos materiais e excesso de atribuiccedilotildees para o enfermeiro despreparo da equipe descrenccedila e rejeiccedilatildeo do proacuteprio enfermeiro desvalorizaccedilatildeo dos enfermeiros diante de outros profissionais falta de credibilidade dos profissionais quanto as suas prescriccedilotildees resistecircncia aacute mudanccedilas carecircncia de apoio e estimulo da coordenaccedilatildeo de enfermagem falta de conhecimento sobre realizaccedilatildeo do exame fiacutesico falta de estabelecimento de prioridades e falta de conscientizaccedilatildeo sobre os benefiacutecios da implantaccedilatildeo da SAE no seu exerciacutecio profissional
SILVA amp FILHO amp QUEIROZ amp ABREU et al 2013
Conclui-se que apesar dos enfermeiros terem o conhecimento que a sistematizaccedilatildeo da assistecircncia eacute um instrumento para sua qualificaccedilatildeo e entenderem sua necessidade esses referem dissociaccedilatildeo de suas etapas resistecircncia dos profissionais deacuteficit de conhecimento e muitos profissionais como dificuldades a sua aplicabilidade Assim sendo observou-se que existem vaacuterios fatores que dificultam a implantaccedilatildeo da SAE com ecircxito
SILVA amp PRADO amp CARNEIRO amp COSTA et al 2014
O estudo evidencia a necessidade de mudanccedilas no processo de trabalho da enfermagem na unidade em estudo para a promoccedilatildeo e concretizaccedilatildeo do cuidado sistematizado e consequentemente melhoria da qualidade da assistecircncia ao cliente As dificuldades encontradas foram relacionadas aacute sobrecarga de trabalho deacuteficit no nuacutemero de profissionais para o desempenho das atividades estrutura fiacutesica inadequada a falta de recursos materiais realizaccedilatildeo de melhor dimensionamento de profissionais
GRANDO amp ZUSE et al 2014
As dificuldades apontadas pelos profissionais como fatores que impossibilitam uma aplicabilidade eficaz da SAE foram a necessidade de aprofundamento teoacuterico e a falta de praacutetica e objetividade pelos profissionais nos levantamentos de problemas bem como a necessidade de boa compreensatildeo sobre as etapas da SAE e aplicaccedilatildeo atraveacutes do saber e do fazer Foram evidenciadas tambeacutem falta de compromisso e envolvimentos nas atividades da equipe assim como deacuteficit de recursos humanos profissionais descontinuidade e acompanhamento perioacutedico aleacutem de estabelecimento de prioridades no serviccedilo Notou-se tambeacutem que pouco os auxiliares e teacutecnicos satildeo abordados nas pesquisas um erro fatal visto que esses profissionais satildeo peccedilas fundamentais para o sucesso na execuccedilatildeo e aplicaccedilatildeo da SAE Fala-se mais uma vez sobre os cursos de graduaccedilatildeo que deixam a desejar em conteuacutedo teoacuterico e praacutetico em suas grades curriculares e a falta ou inexpressiva educaccedilatildeo continuada
SANTOS et al 2014
A Sistematizaccedilatildeo de enfermagem ocorre de forma ainda fragmentada havendo a necessidade de reorganizaccedilatildeo deste instrumento para melhorar a assistecircncia do cliente pois somente com a realizaccedilatildeo de todas as etapas da SAE poderemos dizer que ela foi implantada corretamente As dificuldades apontadas foram a falta de recursos humanos a falta de conhecimento teoacuterico a desvalorizaccedilatildeo por parte da instituiccedilatildeo o natildeo reconhecimento da equipe de enfermagem investimentos na educaccedilatildeo continuada eacute um exemplo claro de carecircncia observou-se tambeacutem certa resistecircncia por parte dos enfermeiros falta de tempo para se dedicar ao paciente por realizarem atividades burocraacuteticas alta demanda de pacientes falta de privacidade com o paciente a falta de envolvimento do processo como um todo
SOUZA amp VASCONCELLOS amp PARRA et al 2015
O presente estudo revela que os enfermeiros satildeo sobrecarregados com tarefas natildeo pertinentes a sua funccedilatildeo e que por esse motivo deixam para segundo plano as atividades relacionadas aacute SAE e a equipe de enfermagem rotulando o enfermeiro como burocraacutetico e
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
13
favorecendo sua desvalorizaccedilatildeo Evidenciadas as dificuldades na aplicaccedilatildeo da SAE os enfermeiros acreditam que oferecer treinamento e capacitaccedilatildeo para a equipe em geral poder contar com recursos humanos e informatizaccedilatildeo atraveacutes de software poderia melhorar o planejamento de suas atividades permitindo assim de forma contiacutenua e integral a assistecircncia humanizada a valorizaccedilatildeo do enfermeiro aleacutem de fortalecer e engrandecer o trabalho em equipe
MARINELLI amp SILVA amp SILVA et al 2015
As principais dificuldades citadas satildeo falta de conhecimento sobre a realizaccedilatildeo do exame fiacutesico ausecircncia de treinamento sobre o tema nas instituiccedilotildees de sauacutede falta de registro adequado da assistecircncia de enfermagem a sobrecarga de trabalho evidenciada pelo deacuteficit de profissionais qualificados e capazes de identificar os problemas reais e potenciais dos pacientes envolvidos no PE conflito de papeacuteis dificuldade de aceitaccedilatildeo de mudanccedilas falta de credibilidade nas prescriccedilotildees de enfermagem carecircncia de pessoal treinado e com habilidades para exercer essa funccedilatildeo aleacutem de falta de apoio da equipe
FIGUEIREDO amp FERREIRA et al 2016
As principais dificuldades encontradas para a implantaccedilatildeo da SAE mostraram que a falta de conhecimento sobre a SAE e inadequaccedilatildeo na estrutura do hospital satildeo fatores que dificultam o atendimento de forma individualizada ao paciente dentro do centro ciruacutergico e conclui-se que para atender o paciente de forma integral fazem-se necessaacuterias aulas teoacutericas aliadas ao exerciacutecio da profissatildeo aleacutem de se evidenciar que a pouca experiecircncia de profissionais receacutem formados podem interferir de forma negativa na realizaccedilatildeo da SAE cursos teacutecnicos natildeo possuem conhecimento preacutevio da implantaccedilatildeo do processo de sistematizaccedilatildeo de enfermagem outra dificuldade aponta comunicaccedilatildeo insuficiente entre funcionaacuterios priorizaccedilatildeo de atividades administrativas por parte dos enfermeiros sobrecarga de trabalho desmotivaccedilatildeo falta de recursos humanos condiccedilotildees miacutenimas de trabalho desqualificaccedilatildeo e a falta de estrateacutegias oferecidas pelo gerenciador e instituiccedilatildeo empregatiacutecia
DISCUSSAtildeO
A Sistematizaccedilatildeo da Assistecircnciade EnfermagemndashSAE desde sua
implantaccedilatildeo no Brasil tem sido encarada como um desafio no que concerne a sua
implantaccedilatildeo e execuccedilatildeo apesar do consenso de se tratar de umas das mais
importantes responsabilidades do Enfermeiro
Sendo um processo organizacional a SAE eacute o instrumento que oferece as
condiccedilotildees adequadas para o desenvolvimento dos meacutetodos adequados de forma
interdiciplinar tornando o cuidado humanizado sendo que esta metodologia
padronizada pode ser considerada dentro do campo assistencial uma das mais
poderosas conquistas que em contrapartida exige do profissional um conhecimento
amplo e profundo de saberes com perpectiva interdisciplinar e multidimencional
Os trabalhos demonstram que seu desenvolvimento ainda natildeo eacute total
especialmente por conta da desmotivaccedilatildeo dos enfermeiros que por excesso de tarefas
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
14
acumuladas pela pouca atenccedilatildeo e pouco entendimento da equipe sobre os resultados
esperados e obtidos sua implantaccedilatildeo tem sido ineficaz
Uma das barreiras apresentadas neste sentido esta na ausecircncia do pleno
conhecimento acerca de todas as vantagens para a equipe paciente e instituiccedilatildeo
Sobre a corresponsabilidade das instituiccedilotildees acerca do baixo conhecimento
tanto do enfermeiro quanto da equipe haacute o apontamento da baixa demanda de cursos
de atualizaccedilatildeo e investimentos
Quanto aacutes demais dificuldades apontadas pelos enfermeiros podemos
encontrar a baixa adesatildeo da equipe por desconhecer a importacircncia e por estarem
focados mais na execuccedilatildeo da assistecircncia do que na parte documental apresentada
pelo Enfermeiro fazendo com que o Enfermeiro sinta-se desvalorizado
Em contrapartida Auxiliares e Teacutecnicos justificam sua baixa adesatildeo por
encararem a execuccedilatildeo e a implementaccedilatildeo dos cuidados apontados na SAE como
ilusoacuterios e fora do contexto real da rotina e demanda apresentada pelas instituiccedilotildees
Mesmo com as dificuldades apontadas tanto Enfermeiro quanto Auxiliares e
Teacutecnicos versam pelo mesmo contexto de considerarem a SAE como um instrumento
de trabalho vaacutelido
Importante salientar que apesar deste reconhecimento o tema abordado
sobre as dificuldades relacionadas aacute SAE no acircmbito cientifico tem sido pouco
explorado conforme observado no baixo nuacutemero de artigos encontrados que se
relacionavam diretamente sobre o assunto Contudo esta pesquisa mostra que o
interesse pelo assunto vem crescendo a partir do ano de 2010
CONCLUSAtildeO E CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Conforme observado sobre o tema estudado haacute uma grande dificuldade na
compreensatildeo da importacircncia da SAE como meacutetodo de organizaccedilatildeo de cuidados na
sua aplicaccedilatildeo e implementaccedilatildeo Tais dificuldades segundo os trabalhos analisado
acontecem por falta de conhecimento aprofundado sobre sua metodologia e pela
indisponibilidade de tempo ocasionado pela extenuaccedilatildeo profissional ocasionado por
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
15
sobrecarga de serviccedilo outra barreira observada eacute a visatildeo de ser um processo
desestimulador ou exclusivamente burocraacutetico
Contudo eacute iacutempar a aceitaccedilatildeo de que se trata de um meacutetodo de muita
importacircncia para o paciente como uma garantia de um cuidado mais organizado
eficiente e individualizado tornado integral a assistecircncia
Apesar desta visatildeo os trabalhos demonstram que os profissionais
compreendem que o sucesso desse meacutetodo estaacute baseado na obtenccedilatildeo de uma
estrutura miacutenima em termos de recursos humanos fiacutesicos de tempo e de interesse
da equipe de enfermagem
Conclui-se que o sucesso desse processo eacute apontado como dependente de
fatores tais como interesse da coordenaccedilatildeo equipe e de uma atuaccedilatildeo persistente da
educaccedilatildeo continuada
REFEREcircNCIAS
ANDRADE JS VIEIRA MJ Praacutetica assistencial de enfermagemproblemas perspectivas e necessidade de sistematizaccedilatildeo Rev Bras Enf 200558(3)261-5 AZEREDO T B S Histoacuterias da enfermagem no Paranaacute Site Coren-PR Curitiba 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwcorenprorgbrartigosartigo_23htmgt BACKES DS ESPERANCcedilA MP AMARO AM CAMPOS IEF CUNHA AD CHWARTZ E Sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem percepccedilatildeo dos enfermeiros de um hospital filantroacutepico Acta Sci Health Sci 2005 27(1)25-9 BARBOSA TSC amp Baptista SS Movimento de expansatildeo dos cursos superiores de enfermagem na regiatildeo centro-oeste do Brasil uma perspectiva histoacuterica Revista Eletrocircnica de Enfermagem 104 2008 BAPTISTA CMC et al Evoluccedilatildeo de enfermagem In CIANCIARULLO TI(Org) et al Sistema de Assistecircncia de Enfermagem evoluccedilatildeo e tendecircncias 5ed Satildeo Paulo Iacutecone 2012 p 173-190 BARREIRA I amp BAPTISTA S O movimento de reconsideraccedilatildeo do ensino e da pesquisa histoacuteria da enfermagem Rev Bras Enferm Novdez 2003 56 (6) 702-06 BASTOS MAR MENDES MA Transformando a praacutetica do enfermeiro Nursing Rio de Janeiro v 80 n 8 p 30-37 2005
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
16
CASAFUS DELLrsquoACQUA BOCCHI Entre o Ecircxito e a Frustraccedilatildeo Com a Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem Esc Anna Nery (impr)2013 abr - jun 17 (2)313 ndash 321
CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM Lei nordm 5905 de 12 de julho de 1973 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf Conselho Federal de Enfermagem ndash COFEN Resoluccedilatildeo 3582009 [on line] Disponiacutevel em httpwwwcofengovbrresoluo-cofen-3582009_4384html Conselho Federal de Enfermagem ndash COFEN Resoluccedilatildeo 3112007 [on line] Disponiacutevel em httpwwwcofengovbrresoluo-cofen-3112007_4345html Conselho Regional de Enfermagem de Satildeo Paulo ndash COREN Processo de Enfermagem Guia para a Praacutetica Satildeo Paulo 2015 Conselho Federal de Enfermagem de Satildeo Paulo ndash COFEN Guia de recomendaccedilotildees para registro de enfermagem no prontuaacuterio do paciente e outros documentos de enfermagem Satildeo Paulo 2016
___________ Lei ndeg 749886 de 25 de Junho de 1986 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf
__________ Decreto ndeg 9440687 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf ___________ Lei nordm 8967 de 28 de dezembro de 1994 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf ___________ Resoluccedilatildeo COFEN - 3112007 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf ___________ Resoluccedilatildeo COFEN-3582009 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf ___________ Resoluccedilatildeo COFEN ndash 3702010 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SAtildeO PAULO Decreto 4406 de 08 de junho de 1987 Disponiacutevel em httpportalcoren spgovbrsitesdefaultfilesParecer_013_AtuaC3A7C3A3o_de_AUX_como_TECpdf
Cogo Gehlen Ilha Zamberlan Freitas Backes et al Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem no Cenaacuterio Hospitalar Percepccedilatildeo Dos Enfermeiros Cogitare Enferm 2012 JulSet 17(3)513-8
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
17
CUNHA SMB BARROS ALB Anaacutelise da Implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem segundo o Modelo Conceitual de Horta Rev Bras Enferm 2005 set-out 58(5)568-72
DUARTE APP ELLENSOHN LA Operacionalizaccedilatildeo do processo de enfermagem em terapia intensiva neonatal Rev enferm UERJ 2007 outdez 15(4) 521-6 FIGUEIREDO RM ZEM-MASCARENHAS SH NAPOLEAtildeO AA Caracterizaccedilatildeo da produccedilatildeo do conhecimento sobre sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem no Brasil VerEsc Enferm USP 2006 abril 40(2) 299-303 FIGUEIREDO FERREIRA et al Dificuldades da Equipe de Enfermagem na Implantaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enferemagem no Centro Cirurgico de Campo Grande ndash MS wwwConvibrabr GRANDO ZUSE et al Dificuldades na Instituiccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem no Exercicio Profissional ndash Revisatildeo Integrativa Revista Contexto amp Sauacutede Ijuiacute bull v 14 bull n 26 bull JanJun 2014 GERMANO RM Educaccedilatildeo e ideologia da enfermagem no Brasil Satildeo PauloCortez 1983
HERMIDA PMV Desvelando a Implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de
Enfermagem Rev Bras de Enferm Brasiacutelia (DT) 2004 nov-dez 57(6)733-7
MARIA VLR DIAS AMC SHIOTSU CH FARIAS FAC Sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem no Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia relato de experiecircncia Rev Esc Enferm USP 1987 21(esp)77-87
MARINELLI SILVA SILVA SISTEMATIZACcedilAtildeO DA ASSISTEcircNCIA DE ENFERMAGEM Desafios para a implantaccedilatildeo Revista Enfermagem Contemporacircnea 2015 JulDez4(2) MEDEIROS SANTOS CABRAL Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem na Perspectiva dos Enfermeiros Uma Abordagem Metodologica na Teoria Fundamentada Rev Gauacutecha Enferm 2012( 33) MEDEIROS AL et al Sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem na perspectiva dos enfermeiros uma abordagem metodoloacutegica na teoria fundamentada Rev Gaucha Enferm 33(3) 174-181 set 2012 httppesquisabvsaludorgportalresourceptlil-654473
Medeiros AL Santos SR Cabral RWL Desvelando dificuldades operacionais na sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem na perspectiva da Grounded Theory Rev Eletr Enferm 201315(1)44-53 MENDES AA BASTOS MAR Processo de enfermagem sequecircncias no cuidar fazem a diferenccedila Rev Bras Enferm 200356(3)271-6
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
18
MELO PEREIRA PONTES FARIAS BEZERRA Implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem no Brasil Revisatildeo de Literatura wwwconbraciscombr Congresso Brasileiro de Ciecircncias e Sauacutede 2016 NAKAMAE DD Novos caminhos da enfermagem por mudanccedilas no ensino e na praacutetica da profissatildeo Satildeo Paulo (SP) Cortez 1987 NEVES RS SHIMIZU HE Anaacutelise da implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem em uma unidade de reabilitaccedilatildeo Rev bras enferm Brasiacutelia v 63 n 2 p 222-229 abr 2010 PRUSS ACSF O ensino de graduaccedilatildeo em enfermagem na Universidade Federal do Rio Grande do Sul referente agrave parturiccedilatildeo nas deacutecadas de 1950 e 1960 2014 PUNTEL A et al Enfermagem enquanto disciplina que campo de conhecimento identifica a profissatildeo Revista Brasileira de Enfermagem v 62 n 5 2009 Ramos LAR Carvalho EC Canini SRMS Opiniatildeo de auxiliares e teacutecnicos de enfermagem sobre a sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem Rev Eletr Enf 200911(1)39-44
Remizoski LROCHA VAL Dificuldades na implantaccedilatildeo da sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem - SAE uma revisatildeo teoacuterica Cadernos da Escola de Sauacutede Curitiba 2010 TARDIF M Saberes docentes e formaccedilatildeo profissional Petroacutepolis (RJ) Vozes 2002TAKAHASHI A A BARROS A L B L MICHEL J L MSOUZA M F Dificuldades e Facilidades Apontadas por Enfermeiras de um Hospital de Ensino na Execuccedilatildeo do Processo de Enfermagem Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de Satildeo Paulo-UNIFESP Satildeo Paulo (SP) Brasil 2007 VIETTA EP Et al Tomada de depoimentos pessoal de enfermeiras hospitalares da deacutecada de 50 subsiacutedios para a compreensatildeo da enfermagem atual Revlatinoamenfermagem Ribeiratildeo Preto v 3 n 2 p19-35 julho 1995 SANTOS LIMA MELO Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem na Unidade de Terapia IntensivaRevisatildeo Bibliogrfia Ciecircncias Bioloacutegicas e da Sauacutede Aracaju v 2 n2 p 45-58 out 2014 periodicossetedubr SILVA ALMEIDA OLIVEIRA OLIVEIRA SAMPAIO PAIXAtildeO Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem na Perspectiva da Equipe Enferm Foco 2016 7 (2) 32-36 SILVA PRADO CARNEIRO COSTA Implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem Dificuldades e Potencialidades Revista da
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
19
Universidade Vale do Rio Verde Trecircs Coraccedilotildees v 12 n 2 p 580-590 agodez 2014 SILVA OLIVEIRANEVES GUIMARAtildeES et al O conhecimento do enfermeiro sobre a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem da teoria agrave praacuteticaRev Esc Enferm USP2011 45(6)1380-6 wwweeuspbrreeusp
SILVA FILHO QUEIROZ ABREU et al Utilizaccedilatildeo do Processo de Enfermagem e as Dificuldades Encontradas por Enfermeiros Cogitare Enferm 2013 AbrJun 18(2)351-7 SOUZA VASCONCELLOS PARRA et al Processo de EnfermagemDificuldades Enfrentadas Pelos Enfermeiros de um Hospital Puacuteblico de Grande Porte na Amazonia Brasil Braz J Surg Clin ResBJCR 2015
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
11
treinamento da equipe de enfermagem falta de trabalho em equipe para padronizar a assistecircncia falta de integraccedilatildeo e resistecircncia de enfermeiras em envolver-se com propostas de melhoria da assistecircncia estresse questotildees salariais carecircncia de pessoal de enfermagemenfermeirosatividades administrativas concomitantes com as assistenciais aplicaccedilatildeo do processo como mais uma tarefa a instituiccedilatildeo como organizaccedilatildeo burocraacutetica natildeo espera que seja realizado outro cuidado aleacutem do estabelecido pelo meacutedico falta de vontade das chefias e da instituiccedilatildeo falta de material eou equipamento como sintoma da ldquofalta de vontade das chefias e instituiccedilotildeesrdquo inadequaccedilatildeo da estrutura fiacutesica da Unidade falhas na estrutura administrativa da instituiccedilatildeo ser instituiccedilatildeo puacuteblica baixa eficiecircncia de serviccedilos de apoio (laboratoacuterio)
BACKES amp ESPERANCcedilA amp AMARO amp CAMPOS amp CUNHA amp SCHWARTZ et al 2005
Este estudo aponta como dificuldades a falta de conhecimento teoacuterico cientiacutefico e praacutetico na execuccedilatildeo das fases da SAE tornando-se uma barreira por natildeo haver conscientizaccedilatildeo do quanto eacute importante este instrumento de trabalho Os cursos de graduaccedilatildeo tambeacutem foram apontados como insuficientes no contexto teoacuterico e praacutetico das enfermeiras para a realizaccedilatildeo da SAE com relatos de que os alunos recebem conhecimento superficial para a praacutetica de enfermagem sugerindo uma verificaccedilatildeo na grade curricular e conteuacutedo abrangido durante o curso Concluiu-se que os achados deste estudo respondem as questotildees iniciais desta pesquisa e que a execuccedilatildeo das fases do PE vincula-se agrave capacitaccedilatildeo que estes profissionais possuem para realizaccedilatildeo de suas atividades e da conscientizaccedilatildeo da sua importacircncia para a sua profissatildeo embora haja outros motivos citados em vaacuterios estudos apontados como dificultadores para a aplicaccedilatildeo do PE como planta fiacutesica falta de recursos humanos falta de tempo excesso de atribuiccedilotildees da enfermeira deficiecircncia da chefia falta de apoio administrativo falta de recursos materiais entre outros mas a falta de conhecimento por parte das enfermeiras para a realizaccedilatildeo do processo eacute visto como motivo principal que leva estas profissionais a natildeo executarem de forma eficaz a SAE em seu cotidiano
TAKAHASHI amp BARROS amp MICHEL amp SOUZA et al 2007
Este estudo aponta como dificuldades a falta de conhecimento teoacuterico cientiacutefico e praacutetico na execuccedilatildeo das fases da SAE tornando-se uma barreira por natildeo haver conscientizaccedilatildeo do quanto eacute importante este instrumento de trabalho Os cursos de graduaccedilatildeo tambeacutem foram apontados como insuficientes no contexto teoacuterico e praacutetico das enfermeiras para a realizaccedilatildeo da SAE com relatos de que os alunos recebem conhecimento superficial para a praacutetica de enfermagem sugerindo uma verificaccedilatildeo na grade curricular e conteuacutedo abrangido durante o curso Concluiu-se que os achados deste estudo respondem as questotildees iniciais desta pesquisa e que a execuccedilatildeo das fases do PE vincula-se agrave capacitaccedilatildeo que estes profissionais possuem para realizaccedilatildeo de suas atividades e da conscientizaccedilatildeo da sua importacircncia para a sua profissatildeo embora haja outros motivos citados em vaacuterios estudos apontados como dificultadores para a aplicaccedilatildeo do PE como planta fiacutesica falta de recursos humanos falta de tempo excesso de atribuiccedilotildees da enfermeira deficiecircncia da chefia falta de apoio administrativo falta de recursos materiais entre outros mas a falta de conhecimento por parte das enfermeiras para a realizaccedilatildeo do processo eacute visto como motivo principal que leva estas profissionais a natildeo executarem de forma eficaz a SAE em seu cotidiano
REMIZOSKI amp ROCHA amp VALL et al 2010
As dificuldades encontradas neste estudo foram preparo inadequado na formaccedilatildeo com baixa qualificaccedilatildeo dos docentes deacuteficit da aceitaccedilatildeo da equipe de sauacutede falta de comprometimento e
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
12
envolvimento da equipe falta de recursos materiais e excesso de atribuiccedilotildees para o enfermeiro despreparo da equipe descrenccedila e rejeiccedilatildeo do proacuteprio enfermeiro desvalorizaccedilatildeo dos enfermeiros diante de outros profissionais falta de credibilidade dos profissionais quanto as suas prescriccedilotildees resistecircncia aacute mudanccedilas carecircncia de apoio e estimulo da coordenaccedilatildeo de enfermagem falta de conhecimento sobre realizaccedilatildeo do exame fiacutesico falta de estabelecimento de prioridades e falta de conscientizaccedilatildeo sobre os benefiacutecios da implantaccedilatildeo da SAE no seu exerciacutecio profissional
SILVA amp FILHO amp QUEIROZ amp ABREU et al 2013
Conclui-se que apesar dos enfermeiros terem o conhecimento que a sistematizaccedilatildeo da assistecircncia eacute um instrumento para sua qualificaccedilatildeo e entenderem sua necessidade esses referem dissociaccedilatildeo de suas etapas resistecircncia dos profissionais deacuteficit de conhecimento e muitos profissionais como dificuldades a sua aplicabilidade Assim sendo observou-se que existem vaacuterios fatores que dificultam a implantaccedilatildeo da SAE com ecircxito
SILVA amp PRADO amp CARNEIRO amp COSTA et al 2014
O estudo evidencia a necessidade de mudanccedilas no processo de trabalho da enfermagem na unidade em estudo para a promoccedilatildeo e concretizaccedilatildeo do cuidado sistematizado e consequentemente melhoria da qualidade da assistecircncia ao cliente As dificuldades encontradas foram relacionadas aacute sobrecarga de trabalho deacuteficit no nuacutemero de profissionais para o desempenho das atividades estrutura fiacutesica inadequada a falta de recursos materiais realizaccedilatildeo de melhor dimensionamento de profissionais
GRANDO amp ZUSE et al 2014
As dificuldades apontadas pelos profissionais como fatores que impossibilitam uma aplicabilidade eficaz da SAE foram a necessidade de aprofundamento teoacuterico e a falta de praacutetica e objetividade pelos profissionais nos levantamentos de problemas bem como a necessidade de boa compreensatildeo sobre as etapas da SAE e aplicaccedilatildeo atraveacutes do saber e do fazer Foram evidenciadas tambeacutem falta de compromisso e envolvimentos nas atividades da equipe assim como deacuteficit de recursos humanos profissionais descontinuidade e acompanhamento perioacutedico aleacutem de estabelecimento de prioridades no serviccedilo Notou-se tambeacutem que pouco os auxiliares e teacutecnicos satildeo abordados nas pesquisas um erro fatal visto que esses profissionais satildeo peccedilas fundamentais para o sucesso na execuccedilatildeo e aplicaccedilatildeo da SAE Fala-se mais uma vez sobre os cursos de graduaccedilatildeo que deixam a desejar em conteuacutedo teoacuterico e praacutetico em suas grades curriculares e a falta ou inexpressiva educaccedilatildeo continuada
SANTOS et al 2014
A Sistematizaccedilatildeo de enfermagem ocorre de forma ainda fragmentada havendo a necessidade de reorganizaccedilatildeo deste instrumento para melhorar a assistecircncia do cliente pois somente com a realizaccedilatildeo de todas as etapas da SAE poderemos dizer que ela foi implantada corretamente As dificuldades apontadas foram a falta de recursos humanos a falta de conhecimento teoacuterico a desvalorizaccedilatildeo por parte da instituiccedilatildeo o natildeo reconhecimento da equipe de enfermagem investimentos na educaccedilatildeo continuada eacute um exemplo claro de carecircncia observou-se tambeacutem certa resistecircncia por parte dos enfermeiros falta de tempo para se dedicar ao paciente por realizarem atividades burocraacuteticas alta demanda de pacientes falta de privacidade com o paciente a falta de envolvimento do processo como um todo
SOUZA amp VASCONCELLOS amp PARRA et al 2015
O presente estudo revela que os enfermeiros satildeo sobrecarregados com tarefas natildeo pertinentes a sua funccedilatildeo e que por esse motivo deixam para segundo plano as atividades relacionadas aacute SAE e a equipe de enfermagem rotulando o enfermeiro como burocraacutetico e
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
13
favorecendo sua desvalorizaccedilatildeo Evidenciadas as dificuldades na aplicaccedilatildeo da SAE os enfermeiros acreditam que oferecer treinamento e capacitaccedilatildeo para a equipe em geral poder contar com recursos humanos e informatizaccedilatildeo atraveacutes de software poderia melhorar o planejamento de suas atividades permitindo assim de forma contiacutenua e integral a assistecircncia humanizada a valorizaccedilatildeo do enfermeiro aleacutem de fortalecer e engrandecer o trabalho em equipe
MARINELLI amp SILVA amp SILVA et al 2015
As principais dificuldades citadas satildeo falta de conhecimento sobre a realizaccedilatildeo do exame fiacutesico ausecircncia de treinamento sobre o tema nas instituiccedilotildees de sauacutede falta de registro adequado da assistecircncia de enfermagem a sobrecarga de trabalho evidenciada pelo deacuteficit de profissionais qualificados e capazes de identificar os problemas reais e potenciais dos pacientes envolvidos no PE conflito de papeacuteis dificuldade de aceitaccedilatildeo de mudanccedilas falta de credibilidade nas prescriccedilotildees de enfermagem carecircncia de pessoal treinado e com habilidades para exercer essa funccedilatildeo aleacutem de falta de apoio da equipe
FIGUEIREDO amp FERREIRA et al 2016
As principais dificuldades encontradas para a implantaccedilatildeo da SAE mostraram que a falta de conhecimento sobre a SAE e inadequaccedilatildeo na estrutura do hospital satildeo fatores que dificultam o atendimento de forma individualizada ao paciente dentro do centro ciruacutergico e conclui-se que para atender o paciente de forma integral fazem-se necessaacuterias aulas teoacutericas aliadas ao exerciacutecio da profissatildeo aleacutem de se evidenciar que a pouca experiecircncia de profissionais receacutem formados podem interferir de forma negativa na realizaccedilatildeo da SAE cursos teacutecnicos natildeo possuem conhecimento preacutevio da implantaccedilatildeo do processo de sistematizaccedilatildeo de enfermagem outra dificuldade aponta comunicaccedilatildeo insuficiente entre funcionaacuterios priorizaccedilatildeo de atividades administrativas por parte dos enfermeiros sobrecarga de trabalho desmotivaccedilatildeo falta de recursos humanos condiccedilotildees miacutenimas de trabalho desqualificaccedilatildeo e a falta de estrateacutegias oferecidas pelo gerenciador e instituiccedilatildeo empregatiacutecia
DISCUSSAtildeO
A Sistematizaccedilatildeo da Assistecircnciade EnfermagemndashSAE desde sua
implantaccedilatildeo no Brasil tem sido encarada como um desafio no que concerne a sua
implantaccedilatildeo e execuccedilatildeo apesar do consenso de se tratar de umas das mais
importantes responsabilidades do Enfermeiro
Sendo um processo organizacional a SAE eacute o instrumento que oferece as
condiccedilotildees adequadas para o desenvolvimento dos meacutetodos adequados de forma
interdiciplinar tornando o cuidado humanizado sendo que esta metodologia
padronizada pode ser considerada dentro do campo assistencial uma das mais
poderosas conquistas que em contrapartida exige do profissional um conhecimento
amplo e profundo de saberes com perpectiva interdisciplinar e multidimencional
Os trabalhos demonstram que seu desenvolvimento ainda natildeo eacute total
especialmente por conta da desmotivaccedilatildeo dos enfermeiros que por excesso de tarefas
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
14
acumuladas pela pouca atenccedilatildeo e pouco entendimento da equipe sobre os resultados
esperados e obtidos sua implantaccedilatildeo tem sido ineficaz
Uma das barreiras apresentadas neste sentido esta na ausecircncia do pleno
conhecimento acerca de todas as vantagens para a equipe paciente e instituiccedilatildeo
Sobre a corresponsabilidade das instituiccedilotildees acerca do baixo conhecimento
tanto do enfermeiro quanto da equipe haacute o apontamento da baixa demanda de cursos
de atualizaccedilatildeo e investimentos
Quanto aacutes demais dificuldades apontadas pelos enfermeiros podemos
encontrar a baixa adesatildeo da equipe por desconhecer a importacircncia e por estarem
focados mais na execuccedilatildeo da assistecircncia do que na parte documental apresentada
pelo Enfermeiro fazendo com que o Enfermeiro sinta-se desvalorizado
Em contrapartida Auxiliares e Teacutecnicos justificam sua baixa adesatildeo por
encararem a execuccedilatildeo e a implementaccedilatildeo dos cuidados apontados na SAE como
ilusoacuterios e fora do contexto real da rotina e demanda apresentada pelas instituiccedilotildees
Mesmo com as dificuldades apontadas tanto Enfermeiro quanto Auxiliares e
Teacutecnicos versam pelo mesmo contexto de considerarem a SAE como um instrumento
de trabalho vaacutelido
Importante salientar que apesar deste reconhecimento o tema abordado
sobre as dificuldades relacionadas aacute SAE no acircmbito cientifico tem sido pouco
explorado conforme observado no baixo nuacutemero de artigos encontrados que se
relacionavam diretamente sobre o assunto Contudo esta pesquisa mostra que o
interesse pelo assunto vem crescendo a partir do ano de 2010
CONCLUSAtildeO E CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Conforme observado sobre o tema estudado haacute uma grande dificuldade na
compreensatildeo da importacircncia da SAE como meacutetodo de organizaccedilatildeo de cuidados na
sua aplicaccedilatildeo e implementaccedilatildeo Tais dificuldades segundo os trabalhos analisado
acontecem por falta de conhecimento aprofundado sobre sua metodologia e pela
indisponibilidade de tempo ocasionado pela extenuaccedilatildeo profissional ocasionado por
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
15
sobrecarga de serviccedilo outra barreira observada eacute a visatildeo de ser um processo
desestimulador ou exclusivamente burocraacutetico
Contudo eacute iacutempar a aceitaccedilatildeo de que se trata de um meacutetodo de muita
importacircncia para o paciente como uma garantia de um cuidado mais organizado
eficiente e individualizado tornado integral a assistecircncia
Apesar desta visatildeo os trabalhos demonstram que os profissionais
compreendem que o sucesso desse meacutetodo estaacute baseado na obtenccedilatildeo de uma
estrutura miacutenima em termos de recursos humanos fiacutesicos de tempo e de interesse
da equipe de enfermagem
Conclui-se que o sucesso desse processo eacute apontado como dependente de
fatores tais como interesse da coordenaccedilatildeo equipe e de uma atuaccedilatildeo persistente da
educaccedilatildeo continuada
REFEREcircNCIAS
ANDRADE JS VIEIRA MJ Praacutetica assistencial de enfermagemproblemas perspectivas e necessidade de sistematizaccedilatildeo Rev Bras Enf 200558(3)261-5 AZEREDO T B S Histoacuterias da enfermagem no Paranaacute Site Coren-PR Curitiba 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwcorenprorgbrartigosartigo_23htmgt BACKES DS ESPERANCcedilA MP AMARO AM CAMPOS IEF CUNHA AD CHWARTZ E Sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem percepccedilatildeo dos enfermeiros de um hospital filantroacutepico Acta Sci Health Sci 2005 27(1)25-9 BARBOSA TSC amp Baptista SS Movimento de expansatildeo dos cursos superiores de enfermagem na regiatildeo centro-oeste do Brasil uma perspectiva histoacuterica Revista Eletrocircnica de Enfermagem 104 2008 BAPTISTA CMC et al Evoluccedilatildeo de enfermagem In CIANCIARULLO TI(Org) et al Sistema de Assistecircncia de Enfermagem evoluccedilatildeo e tendecircncias 5ed Satildeo Paulo Iacutecone 2012 p 173-190 BARREIRA I amp BAPTISTA S O movimento de reconsideraccedilatildeo do ensino e da pesquisa histoacuteria da enfermagem Rev Bras Enferm Novdez 2003 56 (6) 702-06 BASTOS MAR MENDES MA Transformando a praacutetica do enfermeiro Nursing Rio de Janeiro v 80 n 8 p 30-37 2005
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
16
CASAFUS DELLrsquoACQUA BOCCHI Entre o Ecircxito e a Frustraccedilatildeo Com a Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem Esc Anna Nery (impr)2013 abr - jun 17 (2)313 ndash 321
CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM Lei nordm 5905 de 12 de julho de 1973 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf Conselho Federal de Enfermagem ndash COFEN Resoluccedilatildeo 3582009 [on line] Disponiacutevel em httpwwwcofengovbrresoluo-cofen-3582009_4384html Conselho Federal de Enfermagem ndash COFEN Resoluccedilatildeo 3112007 [on line] Disponiacutevel em httpwwwcofengovbrresoluo-cofen-3112007_4345html Conselho Regional de Enfermagem de Satildeo Paulo ndash COREN Processo de Enfermagem Guia para a Praacutetica Satildeo Paulo 2015 Conselho Federal de Enfermagem de Satildeo Paulo ndash COFEN Guia de recomendaccedilotildees para registro de enfermagem no prontuaacuterio do paciente e outros documentos de enfermagem Satildeo Paulo 2016
___________ Lei ndeg 749886 de 25 de Junho de 1986 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf
__________ Decreto ndeg 9440687 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf ___________ Lei nordm 8967 de 28 de dezembro de 1994 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf ___________ Resoluccedilatildeo COFEN - 3112007 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf ___________ Resoluccedilatildeo COFEN-3582009 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf ___________ Resoluccedilatildeo COFEN ndash 3702010 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SAtildeO PAULO Decreto 4406 de 08 de junho de 1987 Disponiacutevel em httpportalcoren spgovbrsitesdefaultfilesParecer_013_AtuaC3A7C3A3o_de_AUX_como_TECpdf
Cogo Gehlen Ilha Zamberlan Freitas Backes et al Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem no Cenaacuterio Hospitalar Percepccedilatildeo Dos Enfermeiros Cogitare Enferm 2012 JulSet 17(3)513-8
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
17
CUNHA SMB BARROS ALB Anaacutelise da Implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem segundo o Modelo Conceitual de Horta Rev Bras Enferm 2005 set-out 58(5)568-72
DUARTE APP ELLENSOHN LA Operacionalizaccedilatildeo do processo de enfermagem em terapia intensiva neonatal Rev enferm UERJ 2007 outdez 15(4) 521-6 FIGUEIREDO RM ZEM-MASCARENHAS SH NAPOLEAtildeO AA Caracterizaccedilatildeo da produccedilatildeo do conhecimento sobre sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem no Brasil VerEsc Enferm USP 2006 abril 40(2) 299-303 FIGUEIREDO FERREIRA et al Dificuldades da Equipe de Enfermagem na Implantaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enferemagem no Centro Cirurgico de Campo Grande ndash MS wwwConvibrabr GRANDO ZUSE et al Dificuldades na Instituiccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem no Exercicio Profissional ndash Revisatildeo Integrativa Revista Contexto amp Sauacutede Ijuiacute bull v 14 bull n 26 bull JanJun 2014 GERMANO RM Educaccedilatildeo e ideologia da enfermagem no Brasil Satildeo PauloCortez 1983
HERMIDA PMV Desvelando a Implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de
Enfermagem Rev Bras de Enferm Brasiacutelia (DT) 2004 nov-dez 57(6)733-7
MARIA VLR DIAS AMC SHIOTSU CH FARIAS FAC Sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem no Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia relato de experiecircncia Rev Esc Enferm USP 1987 21(esp)77-87
MARINELLI SILVA SILVA SISTEMATIZACcedilAtildeO DA ASSISTEcircNCIA DE ENFERMAGEM Desafios para a implantaccedilatildeo Revista Enfermagem Contemporacircnea 2015 JulDez4(2) MEDEIROS SANTOS CABRAL Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem na Perspectiva dos Enfermeiros Uma Abordagem Metodologica na Teoria Fundamentada Rev Gauacutecha Enferm 2012( 33) MEDEIROS AL et al Sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem na perspectiva dos enfermeiros uma abordagem metodoloacutegica na teoria fundamentada Rev Gaucha Enferm 33(3) 174-181 set 2012 httppesquisabvsaludorgportalresourceptlil-654473
Medeiros AL Santos SR Cabral RWL Desvelando dificuldades operacionais na sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem na perspectiva da Grounded Theory Rev Eletr Enferm 201315(1)44-53 MENDES AA BASTOS MAR Processo de enfermagem sequecircncias no cuidar fazem a diferenccedila Rev Bras Enferm 200356(3)271-6
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
18
MELO PEREIRA PONTES FARIAS BEZERRA Implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem no Brasil Revisatildeo de Literatura wwwconbraciscombr Congresso Brasileiro de Ciecircncias e Sauacutede 2016 NAKAMAE DD Novos caminhos da enfermagem por mudanccedilas no ensino e na praacutetica da profissatildeo Satildeo Paulo (SP) Cortez 1987 NEVES RS SHIMIZU HE Anaacutelise da implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem em uma unidade de reabilitaccedilatildeo Rev bras enferm Brasiacutelia v 63 n 2 p 222-229 abr 2010 PRUSS ACSF O ensino de graduaccedilatildeo em enfermagem na Universidade Federal do Rio Grande do Sul referente agrave parturiccedilatildeo nas deacutecadas de 1950 e 1960 2014 PUNTEL A et al Enfermagem enquanto disciplina que campo de conhecimento identifica a profissatildeo Revista Brasileira de Enfermagem v 62 n 5 2009 Ramos LAR Carvalho EC Canini SRMS Opiniatildeo de auxiliares e teacutecnicos de enfermagem sobre a sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem Rev Eletr Enf 200911(1)39-44
Remizoski LROCHA VAL Dificuldades na implantaccedilatildeo da sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem - SAE uma revisatildeo teoacuterica Cadernos da Escola de Sauacutede Curitiba 2010 TARDIF M Saberes docentes e formaccedilatildeo profissional Petroacutepolis (RJ) Vozes 2002TAKAHASHI A A BARROS A L B L MICHEL J L MSOUZA M F Dificuldades e Facilidades Apontadas por Enfermeiras de um Hospital de Ensino na Execuccedilatildeo do Processo de Enfermagem Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de Satildeo Paulo-UNIFESP Satildeo Paulo (SP) Brasil 2007 VIETTA EP Et al Tomada de depoimentos pessoal de enfermeiras hospitalares da deacutecada de 50 subsiacutedios para a compreensatildeo da enfermagem atual Revlatinoamenfermagem Ribeiratildeo Preto v 3 n 2 p19-35 julho 1995 SANTOS LIMA MELO Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem na Unidade de Terapia IntensivaRevisatildeo Bibliogrfia Ciecircncias Bioloacutegicas e da Sauacutede Aracaju v 2 n2 p 45-58 out 2014 periodicossetedubr SILVA ALMEIDA OLIVEIRA OLIVEIRA SAMPAIO PAIXAtildeO Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem na Perspectiva da Equipe Enferm Foco 2016 7 (2) 32-36 SILVA PRADO CARNEIRO COSTA Implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem Dificuldades e Potencialidades Revista da
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
19
Universidade Vale do Rio Verde Trecircs Coraccedilotildees v 12 n 2 p 580-590 agodez 2014 SILVA OLIVEIRANEVES GUIMARAtildeES et al O conhecimento do enfermeiro sobre a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem da teoria agrave praacuteticaRev Esc Enferm USP2011 45(6)1380-6 wwweeuspbrreeusp
SILVA FILHO QUEIROZ ABREU et al Utilizaccedilatildeo do Processo de Enfermagem e as Dificuldades Encontradas por Enfermeiros Cogitare Enferm 2013 AbrJun 18(2)351-7 SOUZA VASCONCELLOS PARRA et al Processo de EnfermagemDificuldades Enfrentadas Pelos Enfermeiros de um Hospital Puacuteblico de Grande Porte na Amazonia Brasil Braz J Surg Clin ResBJCR 2015
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
12
envolvimento da equipe falta de recursos materiais e excesso de atribuiccedilotildees para o enfermeiro despreparo da equipe descrenccedila e rejeiccedilatildeo do proacuteprio enfermeiro desvalorizaccedilatildeo dos enfermeiros diante de outros profissionais falta de credibilidade dos profissionais quanto as suas prescriccedilotildees resistecircncia aacute mudanccedilas carecircncia de apoio e estimulo da coordenaccedilatildeo de enfermagem falta de conhecimento sobre realizaccedilatildeo do exame fiacutesico falta de estabelecimento de prioridades e falta de conscientizaccedilatildeo sobre os benefiacutecios da implantaccedilatildeo da SAE no seu exerciacutecio profissional
SILVA amp FILHO amp QUEIROZ amp ABREU et al 2013
Conclui-se que apesar dos enfermeiros terem o conhecimento que a sistematizaccedilatildeo da assistecircncia eacute um instrumento para sua qualificaccedilatildeo e entenderem sua necessidade esses referem dissociaccedilatildeo de suas etapas resistecircncia dos profissionais deacuteficit de conhecimento e muitos profissionais como dificuldades a sua aplicabilidade Assim sendo observou-se que existem vaacuterios fatores que dificultam a implantaccedilatildeo da SAE com ecircxito
SILVA amp PRADO amp CARNEIRO amp COSTA et al 2014
O estudo evidencia a necessidade de mudanccedilas no processo de trabalho da enfermagem na unidade em estudo para a promoccedilatildeo e concretizaccedilatildeo do cuidado sistematizado e consequentemente melhoria da qualidade da assistecircncia ao cliente As dificuldades encontradas foram relacionadas aacute sobrecarga de trabalho deacuteficit no nuacutemero de profissionais para o desempenho das atividades estrutura fiacutesica inadequada a falta de recursos materiais realizaccedilatildeo de melhor dimensionamento de profissionais
GRANDO amp ZUSE et al 2014
As dificuldades apontadas pelos profissionais como fatores que impossibilitam uma aplicabilidade eficaz da SAE foram a necessidade de aprofundamento teoacuterico e a falta de praacutetica e objetividade pelos profissionais nos levantamentos de problemas bem como a necessidade de boa compreensatildeo sobre as etapas da SAE e aplicaccedilatildeo atraveacutes do saber e do fazer Foram evidenciadas tambeacutem falta de compromisso e envolvimentos nas atividades da equipe assim como deacuteficit de recursos humanos profissionais descontinuidade e acompanhamento perioacutedico aleacutem de estabelecimento de prioridades no serviccedilo Notou-se tambeacutem que pouco os auxiliares e teacutecnicos satildeo abordados nas pesquisas um erro fatal visto que esses profissionais satildeo peccedilas fundamentais para o sucesso na execuccedilatildeo e aplicaccedilatildeo da SAE Fala-se mais uma vez sobre os cursos de graduaccedilatildeo que deixam a desejar em conteuacutedo teoacuterico e praacutetico em suas grades curriculares e a falta ou inexpressiva educaccedilatildeo continuada
SANTOS et al 2014
A Sistematizaccedilatildeo de enfermagem ocorre de forma ainda fragmentada havendo a necessidade de reorganizaccedilatildeo deste instrumento para melhorar a assistecircncia do cliente pois somente com a realizaccedilatildeo de todas as etapas da SAE poderemos dizer que ela foi implantada corretamente As dificuldades apontadas foram a falta de recursos humanos a falta de conhecimento teoacuterico a desvalorizaccedilatildeo por parte da instituiccedilatildeo o natildeo reconhecimento da equipe de enfermagem investimentos na educaccedilatildeo continuada eacute um exemplo claro de carecircncia observou-se tambeacutem certa resistecircncia por parte dos enfermeiros falta de tempo para se dedicar ao paciente por realizarem atividades burocraacuteticas alta demanda de pacientes falta de privacidade com o paciente a falta de envolvimento do processo como um todo
SOUZA amp VASCONCELLOS amp PARRA et al 2015
O presente estudo revela que os enfermeiros satildeo sobrecarregados com tarefas natildeo pertinentes a sua funccedilatildeo e que por esse motivo deixam para segundo plano as atividades relacionadas aacute SAE e a equipe de enfermagem rotulando o enfermeiro como burocraacutetico e
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
13
favorecendo sua desvalorizaccedilatildeo Evidenciadas as dificuldades na aplicaccedilatildeo da SAE os enfermeiros acreditam que oferecer treinamento e capacitaccedilatildeo para a equipe em geral poder contar com recursos humanos e informatizaccedilatildeo atraveacutes de software poderia melhorar o planejamento de suas atividades permitindo assim de forma contiacutenua e integral a assistecircncia humanizada a valorizaccedilatildeo do enfermeiro aleacutem de fortalecer e engrandecer o trabalho em equipe
MARINELLI amp SILVA amp SILVA et al 2015
As principais dificuldades citadas satildeo falta de conhecimento sobre a realizaccedilatildeo do exame fiacutesico ausecircncia de treinamento sobre o tema nas instituiccedilotildees de sauacutede falta de registro adequado da assistecircncia de enfermagem a sobrecarga de trabalho evidenciada pelo deacuteficit de profissionais qualificados e capazes de identificar os problemas reais e potenciais dos pacientes envolvidos no PE conflito de papeacuteis dificuldade de aceitaccedilatildeo de mudanccedilas falta de credibilidade nas prescriccedilotildees de enfermagem carecircncia de pessoal treinado e com habilidades para exercer essa funccedilatildeo aleacutem de falta de apoio da equipe
FIGUEIREDO amp FERREIRA et al 2016
As principais dificuldades encontradas para a implantaccedilatildeo da SAE mostraram que a falta de conhecimento sobre a SAE e inadequaccedilatildeo na estrutura do hospital satildeo fatores que dificultam o atendimento de forma individualizada ao paciente dentro do centro ciruacutergico e conclui-se que para atender o paciente de forma integral fazem-se necessaacuterias aulas teoacutericas aliadas ao exerciacutecio da profissatildeo aleacutem de se evidenciar que a pouca experiecircncia de profissionais receacutem formados podem interferir de forma negativa na realizaccedilatildeo da SAE cursos teacutecnicos natildeo possuem conhecimento preacutevio da implantaccedilatildeo do processo de sistematizaccedilatildeo de enfermagem outra dificuldade aponta comunicaccedilatildeo insuficiente entre funcionaacuterios priorizaccedilatildeo de atividades administrativas por parte dos enfermeiros sobrecarga de trabalho desmotivaccedilatildeo falta de recursos humanos condiccedilotildees miacutenimas de trabalho desqualificaccedilatildeo e a falta de estrateacutegias oferecidas pelo gerenciador e instituiccedilatildeo empregatiacutecia
DISCUSSAtildeO
A Sistematizaccedilatildeo da Assistecircnciade EnfermagemndashSAE desde sua
implantaccedilatildeo no Brasil tem sido encarada como um desafio no que concerne a sua
implantaccedilatildeo e execuccedilatildeo apesar do consenso de se tratar de umas das mais
importantes responsabilidades do Enfermeiro
Sendo um processo organizacional a SAE eacute o instrumento que oferece as
condiccedilotildees adequadas para o desenvolvimento dos meacutetodos adequados de forma
interdiciplinar tornando o cuidado humanizado sendo que esta metodologia
padronizada pode ser considerada dentro do campo assistencial uma das mais
poderosas conquistas que em contrapartida exige do profissional um conhecimento
amplo e profundo de saberes com perpectiva interdisciplinar e multidimencional
Os trabalhos demonstram que seu desenvolvimento ainda natildeo eacute total
especialmente por conta da desmotivaccedilatildeo dos enfermeiros que por excesso de tarefas
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
14
acumuladas pela pouca atenccedilatildeo e pouco entendimento da equipe sobre os resultados
esperados e obtidos sua implantaccedilatildeo tem sido ineficaz
Uma das barreiras apresentadas neste sentido esta na ausecircncia do pleno
conhecimento acerca de todas as vantagens para a equipe paciente e instituiccedilatildeo
Sobre a corresponsabilidade das instituiccedilotildees acerca do baixo conhecimento
tanto do enfermeiro quanto da equipe haacute o apontamento da baixa demanda de cursos
de atualizaccedilatildeo e investimentos
Quanto aacutes demais dificuldades apontadas pelos enfermeiros podemos
encontrar a baixa adesatildeo da equipe por desconhecer a importacircncia e por estarem
focados mais na execuccedilatildeo da assistecircncia do que na parte documental apresentada
pelo Enfermeiro fazendo com que o Enfermeiro sinta-se desvalorizado
Em contrapartida Auxiliares e Teacutecnicos justificam sua baixa adesatildeo por
encararem a execuccedilatildeo e a implementaccedilatildeo dos cuidados apontados na SAE como
ilusoacuterios e fora do contexto real da rotina e demanda apresentada pelas instituiccedilotildees
Mesmo com as dificuldades apontadas tanto Enfermeiro quanto Auxiliares e
Teacutecnicos versam pelo mesmo contexto de considerarem a SAE como um instrumento
de trabalho vaacutelido
Importante salientar que apesar deste reconhecimento o tema abordado
sobre as dificuldades relacionadas aacute SAE no acircmbito cientifico tem sido pouco
explorado conforme observado no baixo nuacutemero de artigos encontrados que se
relacionavam diretamente sobre o assunto Contudo esta pesquisa mostra que o
interesse pelo assunto vem crescendo a partir do ano de 2010
CONCLUSAtildeO E CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Conforme observado sobre o tema estudado haacute uma grande dificuldade na
compreensatildeo da importacircncia da SAE como meacutetodo de organizaccedilatildeo de cuidados na
sua aplicaccedilatildeo e implementaccedilatildeo Tais dificuldades segundo os trabalhos analisado
acontecem por falta de conhecimento aprofundado sobre sua metodologia e pela
indisponibilidade de tempo ocasionado pela extenuaccedilatildeo profissional ocasionado por
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
15
sobrecarga de serviccedilo outra barreira observada eacute a visatildeo de ser um processo
desestimulador ou exclusivamente burocraacutetico
Contudo eacute iacutempar a aceitaccedilatildeo de que se trata de um meacutetodo de muita
importacircncia para o paciente como uma garantia de um cuidado mais organizado
eficiente e individualizado tornado integral a assistecircncia
Apesar desta visatildeo os trabalhos demonstram que os profissionais
compreendem que o sucesso desse meacutetodo estaacute baseado na obtenccedilatildeo de uma
estrutura miacutenima em termos de recursos humanos fiacutesicos de tempo e de interesse
da equipe de enfermagem
Conclui-se que o sucesso desse processo eacute apontado como dependente de
fatores tais como interesse da coordenaccedilatildeo equipe e de uma atuaccedilatildeo persistente da
educaccedilatildeo continuada
REFEREcircNCIAS
ANDRADE JS VIEIRA MJ Praacutetica assistencial de enfermagemproblemas perspectivas e necessidade de sistematizaccedilatildeo Rev Bras Enf 200558(3)261-5 AZEREDO T B S Histoacuterias da enfermagem no Paranaacute Site Coren-PR Curitiba 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwcorenprorgbrartigosartigo_23htmgt BACKES DS ESPERANCcedilA MP AMARO AM CAMPOS IEF CUNHA AD CHWARTZ E Sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem percepccedilatildeo dos enfermeiros de um hospital filantroacutepico Acta Sci Health Sci 2005 27(1)25-9 BARBOSA TSC amp Baptista SS Movimento de expansatildeo dos cursos superiores de enfermagem na regiatildeo centro-oeste do Brasil uma perspectiva histoacuterica Revista Eletrocircnica de Enfermagem 104 2008 BAPTISTA CMC et al Evoluccedilatildeo de enfermagem In CIANCIARULLO TI(Org) et al Sistema de Assistecircncia de Enfermagem evoluccedilatildeo e tendecircncias 5ed Satildeo Paulo Iacutecone 2012 p 173-190 BARREIRA I amp BAPTISTA S O movimento de reconsideraccedilatildeo do ensino e da pesquisa histoacuteria da enfermagem Rev Bras Enferm Novdez 2003 56 (6) 702-06 BASTOS MAR MENDES MA Transformando a praacutetica do enfermeiro Nursing Rio de Janeiro v 80 n 8 p 30-37 2005
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
16
CASAFUS DELLrsquoACQUA BOCCHI Entre o Ecircxito e a Frustraccedilatildeo Com a Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem Esc Anna Nery (impr)2013 abr - jun 17 (2)313 ndash 321
CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM Lei nordm 5905 de 12 de julho de 1973 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf Conselho Federal de Enfermagem ndash COFEN Resoluccedilatildeo 3582009 [on line] Disponiacutevel em httpwwwcofengovbrresoluo-cofen-3582009_4384html Conselho Federal de Enfermagem ndash COFEN Resoluccedilatildeo 3112007 [on line] Disponiacutevel em httpwwwcofengovbrresoluo-cofen-3112007_4345html Conselho Regional de Enfermagem de Satildeo Paulo ndash COREN Processo de Enfermagem Guia para a Praacutetica Satildeo Paulo 2015 Conselho Federal de Enfermagem de Satildeo Paulo ndash COFEN Guia de recomendaccedilotildees para registro de enfermagem no prontuaacuterio do paciente e outros documentos de enfermagem Satildeo Paulo 2016
___________ Lei ndeg 749886 de 25 de Junho de 1986 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf
__________ Decreto ndeg 9440687 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf ___________ Lei nordm 8967 de 28 de dezembro de 1994 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf ___________ Resoluccedilatildeo COFEN - 3112007 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf ___________ Resoluccedilatildeo COFEN-3582009 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf ___________ Resoluccedilatildeo COFEN ndash 3702010 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SAtildeO PAULO Decreto 4406 de 08 de junho de 1987 Disponiacutevel em httpportalcoren spgovbrsitesdefaultfilesParecer_013_AtuaC3A7C3A3o_de_AUX_como_TECpdf
Cogo Gehlen Ilha Zamberlan Freitas Backes et al Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem no Cenaacuterio Hospitalar Percepccedilatildeo Dos Enfermeiros Cogitare Enferm 2012 JulSet 17(3)513-8
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
17
CUNHA SMB BARROS ALB Anaacutelise da Implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem segundo o Modelo Conceitual de Horta Rev Bras Enferm 2005 set-out 58(5)568-72
DUARTE APP ELLENSOHN LA Operacionalizaccedilatildeo do processo de enfermagem em terapia intensiva neonatal Rev enferm UERJ 2007 outdez 15(4) 521-6 FIGUEIREDO RM ZEM-MASCARENHAS SH NAPOLEAtildeO AA Caracterizaccedilatildeo da produccedilatildeo do conhecimento sobre sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem no Brasil VerEsc Enferm USP 2006 abril 40(2) 299-303 FIGUEIREDO FERREIRA et al Dificuldades da Equipe de Enfermagem na Implantaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enferemagem no Centro Cirurgico de Campo Grande ndash MS wwwConvibrabr GRANDO ZUSE et al Dificuldades na Instituiccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem no Exercicio Profissional ndash Revisatildeo Integrativa Revista Contexto amp Sauacutede Ijuiacute bull v 14 bull n 26 bull JanJun 2014 GERMANO RM Educaccedilatildeo e ideologia da enfermagem no Brasil Satildeo PauloCortez 1983
HERMIDA PMV Desvelando a Implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de
Enfermagem Rev Bras de Enferm Brasiacutelia (DT) 2004 nov-dez 57(6)733-7
MARIA VLR DIAS AMC SHIOTSU CH FARIAS FAC Sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem no Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia relato de experiecircncia Rev Esc Enferm USP 1987 21(esp)77-87
MARINELLI SILVA SILVA SISTEMATIZACcedilAtildeO DA ASSISTEcircNCIA DE ENFERMAGEM Desafios para a implantaccedilatildeo Revista Enfermagem Contemporacircnea 2015 JulDez4(2) MEDEIROS SANTOS CABRAL Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem na Perspectiva dos Enfermeiros Uma Abordagem Metodologica na Teoria Fundamentada Rev Gauacutecha Enferm 2012( 33) MEDEIROS AL et al Sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem na perspectiva dos enfermeiros uma abordagem metodoloacutegica na teoria fundamentada Rev Gaucha Enferm 33(3) 174-181 set 2012 httppesquisabvsaludorgportalresourceptlil-654473
Medeiros AL Santos SR Cabral RWL Desvelando dificuldades operacionais na sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem na perspectiva da Grounded Theory Rev Eletr Enferm 201315(1)44-53 MENDES AA BASTOS MAR Processo de enfermagem sequecircncias no cuidar fazem a diferenccedila Rev Bras Enferm 200356(3)271-6
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
18
MELO PEREIRA PONTES FARIAS BEZERRA Implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem no Brasil Revisatildeo de Literatura wwwconbraciscombr Congresso Brasileiro de Ciecircncias e Sauacutede 2016 NAKAMAE DD Novos caminhos da enfermagem por mudanccedilas no ensino e na praacutetica da profissatildeo Satildeo Paulo (SP) Cortez 1987 NEVES RS SHIMIZU HE Anaacutelise da implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem em uma unidade de reabilitaccedilatildeo Rev bras enferm Brasiacutelia v 63 n 2 p 222-229 abr 2010 PRUSS ACSF O ensino de graduaccedilatildeo em enfermagem na Universidade Federal do Rio Grande do Sul referente agrave parturiccedilatildeo nas deacutecadas de 1950 e 1960 2014 PUNTEL A et al Enfermagem enquanto disciplina que campo de conhecimento identifica a profissatildeo Revista Brasileira de Enfermagem v 62 n 5 2009 Ramos LAR Carvalho EC Canini SRMS Opiniatildeo de auxiliares e teacutecnicos de enfermagem sobre a sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem Rev Eletr Enf 200911(1)39-44
Remizoski LROCHA VAL Dificuldades na implantaccedilatildeo da sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem - SAE uma revisatildeo teoacuterica Cadernos da Escola de Sauacutede Curitiba 2010 TARDIF M Saberes docentes e formaccedilatildeo profissional Petroacutepolis (RJ) Vozes 2002TAKAHASHI A A BARROS A L B L MICHEL J L MSOUZA M F Dificuldades e Facilidades Apontadas por Enfermeiras de um Hospital de Ensino na Execuccedilatildeo do Processo de Enfermagem Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de Satildeo Paulo-UNIFESP Satildeo Paulo (SP) Brasil 2007 VIETTA EP Et al Tomada de depoimentos pessoal de enfermeiras hospitalares da deacutecada de 50 subsiacutedios para a compreensatildeo da enfermagem atual Revlatinoamenfermagem Ribeiratildeo Preto v 3 n 2 p19-35 julho 1995 SANTOS LIMA MELO Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem na Unidade de Terapia IntensivaRevisatildeo Bibliogrfia Ciecircncias Bioloacutegicas e da Sauacutede Aracaju v 2 n2 p 45-58 out 2014 periodicossetedubr SILVA ALMEIDA OLIVEIRA OLIVEIRA SAMPAIO PAIXAtildeO Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem na Perspectiva da Equipe Enferm Foco 2016 7 (2) 32-36 SILVA PRADO CARNEIRO COSTA Implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem Dificuldades e Potencialidades Revista da
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
19
Universidade Vale do Rio Verde Trecircs Coraccedilotildees v 12 n 2 p 580-590 agodez 2014 SILVA OLIVEIRANEVES GUIMARAtildeES et al O conhecimento do enfermeiro sobre a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem da teoria agrave praacuteticaRev Esc Enferm USP2011 45(6)1380-6 wwweeuspbrreeusp
SILVA FILHO QUEIROZ ABREU et al Utilizaccedilatildeo do Processo de Enfermagem e as Dificuldades Encontradas por Enfermeiros Cogitare Enferm 2013 AbrJun 18(2)351-7 SOUZA VASCONCELLOS PARRA et al Processo de EnfermagemDificuldades Enfrentadas Pelos Enfermeiros de um Hospital Puacuteblico de Grande Porte na Amazonia Brasil Braz J Surg Clin ResBJCR 2015
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
13
favorecendo sua desvalorizaccedilatildeo Evidenciadas as dificuldades na aplicaccedilatildeo da SAE os enfermeiros acreditam que oferecer treinamento e capacitaccedilatildeo para a equipe em geral poder contar com recursos humanos e informatizaccedilatildeo atraveacutes de software poderia melhorar o planejamento de suas atividades permitindo assim de forma contiacutenua e integral a assistecircncia humanizada a valorizaccedilatildeo do enfermeiro aleacutem de fortalecer e engrandecer o trabalho em equipe
MARINELLI amp SILVA amp SILVA et al 2015
As principais dificuldades citadas satildeo falta de conhecimento sobre a realizaccedilatildeo do exame fiacutesico ausecircncia de treinamento sobre o tema nas instituiccedilotildees de sauacutede falta de registro adequado da assistecircncia de enfermagem a sobrecarga de trabalho evidenciada pelo deacuteficit de profissionais qualificados e capazes de identificar os problemas reais e potenciais dos pacientes envolvidos no PE conflito de papeacuteis dificuldade de aceitaccedilatildeo de mudanccedilas falta de credibilidade nas prescriccedilotildees de enfermagem carecircncia de pessoal treinado e com habilidades para exercer essa funccedilatildeo aleacutem de falta de apoio da equipe
FIGUEIREDO amp FERREIRA et al 2016
As principais dificuldades encontradas para a implantaccedilatildeo da SAE mostraram que a falta de conhecimento sobre a SAE e inadequaccedilatildeo na estrutura do hospital satildeo fatores que dificultam o atendimento de forma individualizada ao paciente dentro do centro ciruacutergico e conclui-se que para atender o paciente de forma integral fazem-se necessaacuterias aulas teoacutericas aliadas ao exerciacutecio da profissatildeo aleacutem de se evidenciar que a pouca experiecircncia de profissionais receacutem formados podem interferir de forma negativa na realizaccedilatildeo da SAE cursos teacutecnicos natildeo possuem conhecimento preacutevio da implantaccedilatildeo do processo de sistematizaccedilatildeo de enfermagem outra dificuldade aponta comunicaccedilatildeo insuficiente entre funcionaacuterios priorizaccedilatildeo de atividades administrativas por parte dos enfermeiros sobrecarga de trabalho desmotivaccedilatildeo falta de recursos humanos condiccedilotildees miacutenimas de trabalho desqualificaccedilatildeo e a falta de estrateacutegias oferecidas pelo gerenciador e instituiccedilatildeo empregatiacutecia
DISCUSSAtildeO
A Sistematizaccedilatildeo da Assistecircnciade EnfermagemndashSAE desde sua
implantaccedilatildeo no Brasil tem sido encarada como um desafio no que concerne a sua
implantaccedilatildeo e execuccedilatildeo apesar do consenso de se tratar de umas das mais
importantes responsabilidades do Enfermeiro
Sendo um processo organizacional a SAE eacute o instrumento que oferece as
condiccedilotildees adequadas para o desenvolvimento dos meacutetodos adequados de forma
interdiciplinar tornando o cuidado humanizado sendo que esta metodologia
padronizada pode ser considerada dentro do campo assistencial uma das mais
poderosas conquistas que em contrapartida exige do profissional um conhecimento
amplo e profundo de saberes com perpectiva interdisciplinar e multidimencional
Os trabalhos demonstram que seu desenvolvimento ainda natildeo eacute total
especialmente por conta da desmotivaccedilatildeo dos enfermeiros que por excesso de tarefas
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
14
acumuladas pela pouca atenccedilatildeo e pouco entendimento da equipe sobre os resultados
esperados e obtidos sua implantaccedilatildeo tem sido ineficaz
Uma das barreiras apresentadas neste sentido esta na ausecircncia do pleno
conhecimento acerca de todas as vantagens para a equipe paciente e instituiccedilatildeo
Sobre a corresponsabilidade das instituiccedilotildees acerca do baixo conhecimento
tanto do enfermeiro quanto da equipe haacute o apontamento da baixa demanda de cursos
de atualizaccedilatildeo e investimentos
Quanto aacutes demais dificuldades apontadas pelos enfermeiros podemos
encontrar a baixa adesatildeo da equipe por desconhecer a importacircncia e por estarem
focados mais na execuccedilatildeo da assistecircncia do que na parte documental apresentada
pelo Enfermeiro fazendo com que o Enfermeiro sinta-se desvalorizado
Em contrapartida Auxiliares e Teacutecnicos justificam sua baixa adesatildeo por
encararem a execuccedilatildeo e a implementaccedilatildeo dos cuidados apontados na SAE como
ilusoacuterios e fora do contexto real da rotina e demanda apresentada pelas instituiccedilotildees
Mesmo com as dificuldades apontadas tanto Enfermeiro quanto Auxiliares e
Teacutecnicos versam pelo mesmo contexto de considerarem a SAE como um instrumento
de trabalho vaacutelido
Importante salientar que apesar deste reconhecimento o tema abordado
sobre as dificuldades relacionadas aacute SAE no acircmbito cientifico tem sido pouco
explorado conforme observado no baixo nuacutemero de artigos encontrados que se
relacionavam diretamente sobre o assunto Contudo esta pesquisa mostra que o
interesse pelo assunto vem crescendo a partir do ano de 2010
CONCLUSAtildeO E CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Conforme observado sobre o tema estudado haacute uma grande dificuldade na
compreensatildeo da importacircncia da SAE como meacutetodo de organizaccedilatildeo de cuidados na
sua aplicaccedilatildeo e implementaccedilatildeo Tais dificuldades segundo os trabalhos analisado
acontecem por falta de conhecimento aprofundado sobre sua metodologia e pela
indisponibilidade de tempo ocasionado pela extenuaccedilatildeo profissional ocasionado por
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
15
sobrecarga de serviccedilo outra barreira observada eacute a visatildeo de ser um processo
desestimulador ou exclusivamente burocraacutetico
Contudo eacute iacutempar a aceitaccedilatildeo de que se trata de um meacutetodo de muita
importacircncia para o paciente como uma garantia de um cuidado mais organizado
eficiente e individualizado tornado integral a assistecircncia
Apesar desta visatildeo os trabalhos demonstram que os profissionais
compreendem que o sucesso desse meacutetodo estaacute baseado na obtenccedilatildeo de uma
estrutura miacutenima em termos de recursos humanos fiacutesicos de tempo e de interesse
da equipe de enfermagem
Conclui-se que o sucesso desse processo eacute apontado como dependente de
fatores tais como interesse da coordenaccedilatildeo equipe e de uma atuaccedilatildeo persistente da
educaccedilatildeo continuada
REFEREcircNCIAS
ANDRADE JS VIEIRA MJ Praacutetica assistencial de enfermagemproblemas perspectivas e necessidade de sistematizaccedilatildeo Rev Bras Enf 200558(3)261-5 AZEREDO T B S Histoacuterias da enfermagem no Paranaacute Site Coren-PR Curitiba 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwcorenprorgbrartigosartigo_23htmgt BACKES DS ESPERANCcedilA MP AMARO AM CAMPOS IEF CUNHA AD CHWARTZ E Sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem percepccedilatildeo dos enfermeiros de um hospital filantroacutepico Acta Sci Health Sci 2005 27(1)25-9 BARBOSA TSC amp Baptista SS Movimento de expansatildeo dos cursos superiores de enfermagem na regiatildeo centro-oeste do Brasil uma perspectiva histoacuterica Revista Eletrocircnica de Enfermagem 104 2008 BAPTISTA CMC et al Evoluccedilatildeo de enfermagem In CIANCIARULLO TI(Org) et al Sistema de Assistecircncia de Enfermagem evoluccedilatildeo e tendecircncias 5ed Satildeo Paulo Iacutecone 2012 p 173-190 BARREIRA I amp BAPTISTA S O movimento de reconsideraccedilatildeo do ensino e da pesquisa histoacuteria da enfermagem Rev Bras Enferm Novdez 2003 56 (6) 702-06 BASTOS MAR MENDES MA Transformando a praacutetica do enfermeiro Nursing Rio de Janeiro v 80 n 8 p 30-37 2005
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
16
CASAFUS DELLrsquoACQUA BOCCHI Entre o Ecircxito e a Frustraccedilatildeo Com a Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem Esc Anna Nery (impr)2013 abr - jun 17 (2)313 ndash 321
CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM Lei nordm 5905 de 12 de julho de 1973 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf Conselho Federal de Enfermagem ndash COFEN Resoluccedilatildeo 3582009 [on line] Disponiacutevel em httpwwwcofengovbrresoluo-cofen-3582009_4384html Conselho Federal de Enfermagem ndash COFEN Resoluccedilatildeo 3112007 [on line] Disponiacutevel em httpwwwcofengovbrresoluo-cofen-3112007_4345html Conselho Regional de Enfermagem de Satildeo Paulo ndash COREN Processo de Enfermagem Guia para a Praacutetica Satildeo Paulo 2015 Conselho Federal de Enfermagem de Satildeo Paulo ndash COFEN Guia de recomendaccedilotildees para registro de enfermagem no prontuaacuterio do paciente e outros documentos de enfermagem Satildeo Paulo 2016
___________ Lei ndeg 749886 de 25 de Junho de 1986 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf
__________ Decreto ndeg 9440687 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf ___________ Lei nordm 8967 de 28 de dezembro de 1994 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf ___________ Resoluccedilatildeo COFEN - 3112007 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf ___________ Resoluccedilatildeo COFEN-3582009 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf ___________ Resoluccedilatildeo COFEN ndash 3702010 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SAtildeO PAULO Decreto 4406 de 08 de junho de 1987 Disponiacutevel em httpportalcoren spgovbrsitesdefaultfilesParecer_013_AtuaC3A7C3A3o_de_AUX_como_TECpdf
Cogo Gehlen Ilha Zamberlan Freitas Backes et al Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem no Cenaacuterio Hospitalar Percepccedilatildeo Dos Enfermeiros Cogitare Enferm 2012 JulSet 17(3)513-8
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
17
CUNHA SMB BARROS ALB Anaacutelise da Implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem segundo o Modelo Conceitual de Horta Rev Bras Enferm 2005 set-out 58(5)568-72
DUARTE APP ELLENSOHN LA Operacionalizaccedilatildeo do processo de enfermagem em terapia intensiva neonatal Rev enferm UERJ 2007 outdez 15(4) 521-6 FIGUEIREDO RM ZEM-MASCARENHAS SH NAPOLEAtildeO AA Caracterizaccedilatildeo da produccedilatildeo do conhecimento sobre sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem no Brasil VerEsc Enferm USP 2006 abril 40(2) 299-303 FIGUEIREDO FERREIRA et al Dificuldades da Equipe de Enfermagem na Implantaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enferemagem no Centro Cirurgico de Campo Grande ndash MS wwwConvibrabr GRANDO ZUSE et al Dificuldades na Instituiccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem no Exercicio Profissional ndash Revisatildeo Integrativa Revista Contexto amp Sauacutede Ijuiacute bull v 14 bull n 26 bull JanJun 2014 GERMANO RM Educaccedilatildeo e ideologia da enfermagem no Brasil Satildeo PauloCortez 1983
HERMIDA PMV Desvelando a Implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de
Enfermagem Rev Bras de Enferm Brasiacutelia (DT) 2004 nov-dez 57(6)733-7
MARIA VLR DIAS AMC SHIOTSU CH FARIAS FAC Sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem no Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia relato de experiecircncia Rev Esc Enferm USP 1987 21(esp)77-87
MARINELLI SILVA SILVA SISTEMATIZACcedilAtildeO DA ASSISTEcircNCIA DE ENFERMAGEM Desafios para a implantaccedilatildeo Revista Enfermagem Contemporacircnea 2015 JulDez4(2) MEDEIROS SANTOS CABRAL Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem na Perspectiva dos Enfermeiros Uma Abordagem Metodologica na Teoria Fundamentada Rev Gauacutecha Enferm 2012( 33) MEDEIROS AL et al Sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem na perspectiva dos enfermeiros uma abordagem metodoloacutegica na teoria fundamentada Rev Gaucha Enferm 33(3) 174-181 set 2012 httppesquisabvsaludorgportalresourceptlil-654473
Medeiros AL Santos SR Cabral RWL Desvelando dificuldades operacionais na sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem na perspectiva da Grounded Theory Rev Eletr Enferm 201315(1)44-53 MENDES AA BASTOS MAR Processo de enfermagem sequecircncias no cuidar fazem a diferenccedila Rev Bras Enferm 200356(3)271-6
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
18
MELO PEREIRA PONTES FARIAS BEZERRA Implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem no Brasil Revisatildeo de Literatura wwwconbraciscombr Congresso Brasileiro de Ciecircncias e Sauacutede 2016 NAKAMAE DD Novos caminhos da enfermagem por mudanccedilas no ensino e na praacutetica da profissatildeo Satildeo Paulo (SP) Cortez 1987 NEVES RS SHIMIZU HE Anaacutelise da implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem em uma unidade de reabilitaccedilatildeo Rev bras enferm Brasiacutelia v 63 n 2 p 222-229 abr 2010 PRUSS ACSF O ensino de graduaccedilatildeo em enfermagem na Universidade Federal do Rio Grande do Sul referente agrave parturiccedilatildeo nas deacutecadas de 1950 e 1960 2014 PUNTEL A et al Enfermagem enquanto disciplina que campo de conhecimento identifica a profissatildeo Revista Brasileira de Enfermagem v 62 n 5 2009 Ramos LAR Carvalho EC Canini SRMS Opiniatildeo de auxiliares e teacutecnicos de enfermagem sobre a sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem Rev Eletr Enf 200911(1)39-44
Remizoski LROCHA VAL Dificuldades na implantaccedilatildeo da sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem - SAE uma revisatildeo teoacuterica Cadernos da Escola de Sauacutede Curitiba 2010 TARDIF M Saberes docentes e formaccedilatildeo profissional Petroacutepolis (RJ) Vozes 2002TAKAHASHI A A BARROS A L B L MICHEL J L MSOUZA M F Dificuldades e Facilidades Apontadas por Enfermeiras de um Hospital de Ensino na Execuccedilatildeo do Processo de Enfermagem Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de Satildeo Paulo-UNIFESP Satildeo Paulo (SP) Brasil 2007 VIETTA EP Et al Tomada de depoimentos pessoal de enfermeiras hospitalares da deacutecada de 50 subsiacutedios para a compreensatildeo da enfermagem atual Revlatinoamenfermagem Ribeiratildeo Preto v 3 n 2 p19-35 julho 1995 SANTOS LIMA MELO Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem na Unidade de Terapia IntensivaRevisatildeo Bibliogrfia Ciecircncias Bioloacutegicas e da Sauacutede Aracaju v 2 n2 p 45-58 out 2014 periodicossetedubr SILVA ALMEIDA OLIVEIRA OLIVEIRA SAMPAIO PAIXAtildeO Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem na Perspectiva da Equipe Enferm Foco 2016 7 (2) 32-36 SILVA PRADO CARNEIRO COSTA Implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem Dificuldades e Potencialidades Revista da
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
19
Universidade Vale do Rio Verde Trecircs Coraccedilotildees v 12 n 2 p 580-590 agodez 2014 SILVA OLIVEIRANEVES GUIMARAtildeES et al O conhecimento do enfermeiro sobre a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem da teoria agrave praacuteticaRev Esc Enferm USP2011 45(6)1380-6 wwweeuspbrreeusp
SILVA FILHO QUEIROZ ABREU et al Utilizaccedilatildeo do Processo de Enfermagem e as Dificuldades Encontradas por Enfermeiros Cogitare Enferm 2013 AbrJun 18(2)351-7 SOUZA VASCONCELLOS PARRA et al Processo de EnfermagemDificuldades Enfrentadas Pelos Enfermeiros de um Hospital Puacuteblico de Grande Porte na Amazonia Brasil Braz J Surg Clin ResBJCR 2015
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
14
acumuladas pela pouca atenccedilatildeo e pouco entendimento da equipe sobre os resultados
esperados e obtidos sua implantaccedilatildeo tem sido ineficaz
Uma das barreiras apresentadas neste sentido esta na ausecircncia do pleno
conhecimento acerca de todas as vantagens para a equipe paciente e instituiccedilatildeo
Sobre a corresponsabilidade das instituiccedilotildees acerca do baixo conhecimento
tanto do enfermeiro quanto da equipe haacute o apontamento da baixa demanda de cursos
de atualizaccedilatildeo e investimentos
Quanto aacutes demais dificuldades apontadas pelos enfermeiros podemos
encontrar a baixa adesatildeo da equipe por desconhecer a importacircncia e por estarem
focados mais na execuccedilatildeo da assistecircncia do que na parte documental apresentada
pelo Enfermeiro fazendo com que o Enfermeiro sinta-se desvalorizado
Em contrapartida Auxiliares e Teacutecnicos justificam sua baixa adesatildeo por
encararem a execuccedilatildeo e a implementaccedilatildeo dos cuidados apontados na SAE como
ilusoacuterios e fora do contexto real da rotina e demanda apresentada pelas instituiccedilotildees
Mesmo com as dificuldades apontadas tanto Enfermeiro quanto Auxiliares e
Teacutecnicos versam pelo mesmo contexto de considerarem a SAE como um instrumento
de trabalho vaacutelido
Importante salientar que apesar deste reconhecimento o tema abordado
sobre as dificuldades relacionadas aacute SAE no acircmbito cientifico tem sido pouco
explorado conforme observado no baixo nuacutemero de artigos encontrados que se
relacionavam diretamente sobre o assunto Contudo esta pesquisa mostra que o
interesse pelo assunto vem crescendo a partir do ano de 2010
CONCLUSAtildeO E CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Conforme observado sobre o tema estudado haacute uma grande dificuldade na
compreensatildeo da importacircncia da SAE como meacutetodo de organizaccedilatildeo de cuidados na
sua aplicaccedilatildeo e implementaccedilatildeo Tais dificuldades segundo os trabalhos analisado
acontecem por falta de conhecimento aprofundado sobre sua metodologia e pela
indisponibilidade de tempo ocasionado pela extenuaccedilatildeo profissional ocasionado por
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
15
sobrecarga de serviccedilo outra barreira observada eacute a visatildeo de ser um processo
desestimulador ou exclusivamente burocraacutetico
Contudo eacute iacutempar a aceitaccedilatildeo de que se trata de um meacutetodo de muita
importacircncia para o paciente como uma garantia de um cuidado mais organizado
eficiente e individualizado tornado integral a assistecircncia
Apesar desta visatildeo os trabalhos demonstram que os profissionais
compreendem que o sucesso desse meacutetodo estaacute baseado na obtenccedilatildeo de uma
estrutura miacutenima em termos de recursos humanos fiacutesicos de tempo e de interesse
da equipe de enfermagem
Conclui-se que o sucesso desse processo eacute apontado como dependente de
fatores tais como interesse da coordenaccedilatildeo equipe e de uma atuaccedilatildeo persistente da
educaccedilatildeo continuada
REFEREcircNCIAS
ANDRADE JS VIEIRA MJ Praacutetica assistencial de enfermagemproblemas perspectivas e necessidade de sistematizaccedilatildeo Rev Bras Enf 200558(3)261-5 AZEREDO T B S Histoacuterias da enfermagem no Paranaacute Site Coren-PR Curitiba 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwcorenprorgbrartigosartigo_23htmgt BACKES DS ESPERANCcedilA MP AMARO AM CAMPOS IEF CUNHA AD CHWARTZ E Sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem percepccedilatildeo dos enfermeiros de um hospital filantroacutepico Acta Sci Health Sci 2005 27(1)25-9 BARBOSA TSC amp Baptista SS Movimento de expansatildeo dos cursos superiores de enfermagem na regiatildeo centro-oeste do Brasil uma perspectiva histoacuterica Revista Eletrocircnica de Enfermagem 104 2008 BAPTISTA CMC et al Evoluccedilatildeo de enfermagem In CIANCIARULLO TI(Org) et al Sistema de Assistecircncia de Enfermagem evoluccedilatildeo e tendecircncias 5ed Satildeo Paulo Iacutecone 2012 p 173-190 BARREIRA I amp BAPTISTA S O movimento de reconsideraccedilatildeo do ensino e da pesquisa histoacuteria da enfermagem Rev Bras Enferm Novdez 2003 56 (6) 702-06 BASTOS MAR MENDES MA Transformando a praacutetica do enfermeiro Nursing Rio de Janeiro v 80 n 8 p 30-37 2005
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
16
CASAFUS DELLrsquoACQUA BOCCHI Entre o Ecircxito e a Frustraccedilatildeo Com a Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem Esc Anna Nery (impr)2013 abr - jun 17 (2)313 ndash 321
CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM Lei nordm 5905 de 12 de julho de 1973 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf Conselho Federal de Enfermagem ndash COFEN Resoluccedilatildeo 3582009 [on line] Disponiacutevel em httpwwwcofengovbrresoluo-cofen-3582009_4384html Conselho Federal de Enfermagem ndash COFEN Resoluccedilatildeo 3112007 [on line] Disponiacutevel em httpwwwcofengovbrresoluo-cofen-3112007_4345html Conselho Regional de Enfermagem de Satildeo Paulo ndash COREN Processo de Enfermagem Guia para a Praacutetica Satildeo Paulo 2015 Conselho Federal de Enfermagem de Satildeo Paulo ndash COFEN Guia de recomendaccedilotildees para registro de enfermagem no prontuaacuterio do paciente e outros documentos de enfermagem Satildeo Paulo 2016
___________ Lei ndeg 749886 de 25 de Junho de 1986 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf
__________ Decreto ndeg 9440687 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf ___________ Lei nordm 8967 de 28 de dezembro de 1994 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf ___________ Resoluccedilatildeo COFEN - 3112007 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf ___________ Resoluccedilatildeo COFEN-3582009 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf ___________ Resoluccedilatildeo COFEN ndash 3702010 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SAtildeO PAULO Decreto 4406 de 08 de junho de 1987 Disponiacutevel em httpportalcoren spgovbrsitesdefaultfilesParecer_013_AtuaC3A7C3A3o_de_AUX_como_TECpdf
Cogo Gehlen Ilha Zamberlan Freitas Backes et al Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem no Cenaacuterio Hospitalar Percepccedilatildeo Dos Enfermeiros Cogitare Enferm 2012 JulSet 17(3)513-8
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
17
CUNHA SMB BARROS ALB Anaacutelise da Implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem segundo o Modelo Conceitual de Horta Rev Bras Enferm 2005 set-out 58(5)568-72
DUARTE APP ELLENSOHN LA Operacionalizaccedilatildeo do processo de enfermagem em terapia intensiva neonatal Rev enferm UERJ 2007 outdez 15(4) 521-6 FIGUEIREDO RM ZEM-MASCARENHAS SH NAPOLEAtildeO AA Caracterizaccedilatildeo da produccedilatildeo do conhecimento sobre sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem no Brasil VerEsc Enferm USP 2006 abril 40(2) 299-303 FIGUEIREDO FERREIRA et al Dificuldades da Equipe de Enfermagem na Implantaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enferemagem no Centro Cirurgico de Campo Grande ndash MS wwwConvibrabr GRANDO ZUSE et al Dificuldades na Instituiccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem no Exercicio Profissional ndash Revisatildeo Integrativa Revista Contexto amp Sauacutede Ijuiacute bull v 14 bull n 26 bull JanJun 2014 GERMANO RM Educaccedilatildeo e ideologia da enfermagem no Brasil Satildeo PauloCortez 1983
HERMIDA PMV Desvelando a Implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de
Enfermagem Rev Bras de Enferm Brasiacutelia (DT) 2004 nov-dez 57(6)733-7
MARIA VLR DIAS AMC SHIOTSU CH FARIAS FAC Sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem no Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia relato de experiecircncia Rev Esc Enferm USP 1987 21(esp)77-87
MARINELLI SILVA SILVA SISTEMATIZACcedilAtildeO DA ASSISTEcircNCIA DE ENFERMAGEM Desafios para a implantaccedilatildeo Revista Enfermagem Contemporacircnea 2015 JulDez4(2) MEDEIROS SANTOS CABRAL Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem na Perspectiva dos Enfermeiros Uma Abordagem Metodologica na Teoria Fundamentada Rev Gauacutecha Enferm 2012( 33) MEDEIROS AL et al Sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem na perspectiva dos enfermeiros uma abordagem metodoloacutegica na teoria fundamentada Rev Gaucha Enferm 33(3) 174-181 set 2012 httppesquisabvsaludorgportalresourceptlil-654473
Medeiros AL Santos SR Cabral RWL Desvelando dificuldades operacionais na sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem na perspectiva da Grounded Theory Rev Eletr Enferm 201315(1)44-53 MENDES AA BASTOS MAR Processo de enfermagem sequecircncias no cuidar fazem a diferenccedila Rev Bras Enferm 200356(3)271-6
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
18
MELO PEREIRA PONTES FARIAS BEZERRA Implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem no Brasil Revisatildeo de Literatura wwwconbraciscombr Congresso Brasileiro de Ciecircncias e Sauacutede 2016 NAKAMAE DD Novos caminhos da enfermagem por mudanccedilas no ensino e na praacutetica da profissatildeo Satildeo Paulo (SP) Cortez 1987 NEVES RS SHIMIZU HE Anaacutelise da implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem em uma unidade de reabilitaccedilatildeo Rev bras enferm Brasiacutelia v 63 n 2 p 222-229 abr 2010 PRUSS ACSF O ensino de graduaccedilatildeo em enfermagem na Universidade Federal do Rio Grande do Sul referente agrave parturiccedilatildeo nas deacutecadas de 1950 e 1960 2014 PUNTEL A et al Enfermagem enquanto disciplina que campo de conhecimento identifica a profissatildeo Revista Brasileira de Enfermagem v 62 n 5 2009 Ramos LAR Carvalho EC Canini SRMS Opiniatildeo de auxiliares e teacutecnicos de enfermagem sobre a sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem Rev Eletr Enf 200911(1)39-44
Remizoski LROCHA VAL Dificuldades na implantaccedilatildeo da sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem - SAE uma revisatildeo teoacuterica Cadernos da Escola de Sauacutede Curitiba 2010 TARDIF M Saberes docentes e formaccedilatildeo profissional Petroacutepolis (RJ) Vozes 2002TAKAHASHI A A BARROS A L B L MICHEL J L MSOUZA M F Dificuldades e Facilidades Apontadas por Enfermeiras de um Hospital de Ensino na Execuccedilatildeo do Processo de Enfermagem Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de Satildeo Paulo-UNIFESP Satildeo Paulo (SP) Brasil 2007 VIETTA EP Et al Tomada de depoimentos pessoal de enfermeiras hospitalares da deacutecada de 50 subsiacutedios para a compreensatildeo da enfermagem atual Revlatinoamenfermagem Ribeiratildeo Preto v 3 n 2 p19-35 julho 1995 SANTOS LIMA MELO Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem na Unidade de Terapia IntensivaRevisatildeo Bibliogrfia Ciecircncias Bioloacutegicas e da Sauacutede Aracaju v 2 n2 p 45-58 out 2014 periodicossetedubr SILVA ALMEIDA OLIVEIRA OLIVEIRA SAMPAIO PAIXAtildeO Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem na Perspectiva da Equipe Enferm Foco 2016 7 (2) 32-36 SILVA PRADO CARNEIRO COSTA Implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem Dificuldades e Potencialidades Revista da
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
19
Universidade Vale do Rio Verde Trecircs Coraccedilotildees v 12 n 2 p 580-590 agodez 2014 SILVA OLIVEIRANEVES GUIMARAtildeES et al O conhecimento do enfermeiro sobre a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem da teoria agrave praacuteticaRev Esc Enferm USP2011 45(6)1380-6 wwweeuspbrreeusp
SILVA FILHO QUEIROZ ABREU et al Utilizaccedilatildeo do Processo de Enfermagem e as Dificuldades Encontradas por Enfermeiros Cogitare Enferm 2013 AbrJun 18(2)351-7 SOUZA VASCONCELLOS PARRA et al Processo de EnfermagemDificuldades Enfrentadas Pelos Enfermeiros de um Hospital Puacuteblico de Grande Porte na Amazonia Brasil Braz J Surg Clin ResBJCR 2015
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
15
sobrecarga de serviccedilo outra barreira observada eacute a visatildeo de ser um processo
desestimulador ou exclusivamente burocraacutetico
Contudo eacute iacutempar a aceitaccedilatildeo de que se trata de um meacutetodo de muita
importacircncia para o paciente como uma garantia de um cuidado mais organizado
eficiente e individualizado tornado integral a assistecircncia
Apesar desta visatildeo os trabalhos demonstram que os profissionais
compreendem que o sucesso desse meacutetodo estaacute baseado na obtenccedilatildeo de uma
estrutura miacutenima em termos de recursos humanos fiacutesicos de tempo e de interesse
da equipe de enfermagem
Conclui-se que o sucesso desse processo eacute apontado como dependente de
fatores tais como interesse da coordenaccedilatildeo equipe e de uma atuaccedilatildeo persistente da
educaccedilatildeo continuada
REFEREcircNCIAS
ANDRADE JS VIEIRA MJ Praacutetica assistencial de enfermagemproblemas perspectivas e necessidade de sistematizaccedilatildeo Rev Bras Enf 200558(3)261-5 AZEREDO T B S Histoacuterias da enfermagem no Paranaacute Site Coren-PR Curitiba 2004 Disponiacutevel em lthttpwwwcorenprorgbrartigosartigo_23htmgt BACKES DS ESPERANCcedilA MP AMARO AM CAMPOS IEF CUNHA AD CHWARTZ E Sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem percepccedilatildeo dos enfermeiros de um hospital filantroacutepico Acta Sci Health Sci 2005 27(1)25-9 BARBOSA TSC amp Baptista SS Movimento de expansatildeo dos cursos superiores de enfermagem na regiatildeo centro-oeste do Brasil uma perspectiva histoacuterica Revista Eletrocircnica de Enfermagem 104 2008 BAPTISTA CMC et al Evoluccedilatildeo de enfermagem In CIANCIARULLO TI(Org) et al Sistema de Assistecircncia de Enfermagem evoluccedilatildeo e tendecircncias 5ed Satildeo Paulo Iacutecone 2012 p 173-190 BARREIRA I amp BAPTISTA S O movimento de reconsideraccedilatildeo do ensino e da pesquisa histoacuteria da enfermagem Rev Bras Enferm Novdez 2003 56 (6) 702-06 BASTOS MAR MENDES MA Transformando a praacutetica do enfermeiro Nursing Rio de Janeiro v 80 n 8 p 30-37 2005
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
16
CASAFUS DELLrsquoACQUA BOCCHI Entre o Ecircxito e a Frustraccedilatildeo Com a Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem Esc Anna Nery (impr)2013 abr - jun 17 (2)313 ndash 321
CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM Lei nordm 5905 de 12 de julho de 1973 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf Conselho Federal de Enfermagem ndash COFEN Resoluccedilatildeo 3582009 [on line] Disponiacutevel em httpwwwcofengovbrresoluo-cofen-3582009_4384html Conselho Federal de Enfermagem ndash COFEN Resoluccedilatildeo 3112007 [on line] Disponiacutevel em httpwwwcofengovbrresoluo-cofen-3112007_4345html Conselho Regional de Enfermagem de Satildeo Paulo ndash COREN Processo de Enfermagem Guia para a Praacutetica Satildeo Paulo 2015 Conselho Federal de Enfermagem de Satildeo Paulo ndash COFEN Guia de recomendaccedilotildees para registro de enfermagem no prontuaacuterio do paciente e outros documentos de enfermagem Satildeo Paulo 2016
___________ Lei ndeg 749886 de 25 de Junho de 1986 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf
__________ Decreto ndeg 9440687 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf ___________ Lei nordm 8967 de 28 de dezembro de 1994 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf ___________ Resoluccedilatildeo COFEN - 3112007 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf ___________ Resoluccedilatildeo COFEN-3582009 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf ___________ Resoluccedilatildeo COFEN ndash 3702010 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SAtildeO PAULO Decreto 4406 de 08 de junho de 1987 Disponiacutevel em httpportalcoren spgovbrsitesdefaultfilesParecer_013_AtuaC3A7C3A3o_de_AUX_como_TECpdf
Cogo Gehlen Ilha Zamberlan Freitas Backes et al Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem no Cenaacuterio Hospitalar Percepccedilatildeo Dos Enfermeiros Cogitare Enferm 2012 JulSet 17(3)513-8
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
17
CUNHA SMB BARROS ALB Anaacutelise da Implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem segundo o Modelo Conceitual de Horta Rev Bras Enferm 2005 set-out 58(5)568-72
DUARTE APP ELLENSOHN LA Operacionalizaccedilatildeo do processo de enfermagem em terapia intensiva neonatal Rev enferm UERJ 2007 outdez 15(4) 521-6 FIGUEIREDO RM ZEM-MASCARENHAS SH NAPOLEAtildeO AA Caracterizaccedilatildeo da produccedilatildeo do conhecimento sobre sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem no Brasil VerEsc Enferm USP 2006 abril 40(2) 299-303 FIGUEIREDO FERREIRA et al Dificuldades da Equipe de Enfermagem na Implantaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enferemagem no Centro Cirurgico de Campo Grande ndash MS wwwConvibrabr GRANDO ZUSE et al Dificuldades na Instituiccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem no Exercicio Profissional ndash Revisatildeo Integrativa Revista Contexto amp Sauacutede Ijuiacute bull v 14 bull n 26 bull JanJun 2014 GERMANO RM Educaccedilatildeo e ideologia da enfermagem no Brasil Satildeo PauloCortez 1983
HERMIDA PMV Desvelando a Implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de
Enfermagem Rev Bras de Enferm Brasiacutelia (DT) 2004 nov-dez 57(6)733-7
MARIA VLR DIAS AMC SHIOTSU CH FARIAS FAC Sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem no Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia relato de experiecircncia Rev Esc Enferm USP 1987 21(esp)77-87
MARINELLI SILVA SILVA SISTEMATIZACcedilAtildeO DA ASSISTEcircNCIA DE ENFERMAGEM Desafios para a implantaccedilatildeo Revista Enfermagem Contemporacircnea 2015 JulDez4(2) MEDEIROS SANTOS CABRAL Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem na Perspectiva dos Enfermeiros Uma Abordagem Metodologica na Teoria Fundamentada Rev Gauacutecha Enferm 2012( 33) MEDEIROS AL et al Sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem na perspectiva dos enfermeiros uma abordagem metodoloacutegica na teoria fundamentada Rev Gaucha Enferm 33(3) 174-181 set 2012 httppesquisabvsaludorgportalresourceptlil-654473
Medeiros AL Santos SR Cabral RWL Desvelando dificuldades operacionais na sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem na perspectiva da Grounded Theory Rev Eletr Enferm 201315(1)44-53 MENDES AA BASTOS MAR Processo de enfermagem sequecircncias no cuidar fazem a diferenccedila Rev Bras Enferm 200356(3)271-6
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
18
MELO PEREIRA PONTES FARIAS BEZERRA Implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem no Brasil Revisatildeo de Literatura wwwconbraciscombr Congresso Brasileiro de Ciecircncias e Sauacutede 2016 NAKAMAE DD Novos caminhos da enfermagem por mudanccedilas no ensino e na praacutetica da profissatildeo Satildeo Paulo (SP) Cortez 1987 NEVES RS SHIMIZU HE Anaacutelise da implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem em uma unidade de reabilitaccedilatildeo Rev bras enferm Brasiacutelia v 63 n 2 p 222-229 abr 2010 PRUSS ACSF O ensino de graduaccedilatildeo em enfermagem na Universidade Federal do Rio Grande do Sul referente agrave parturiccedilatildeo nas deacutecadas de 1950 e 1960 2014 PUNTEL A et al Enfermagem enquanto disciplina que campo de conhecimento identifica a profissatildeo Revista Brasileira de Enfermagem v 62 n 5 2009 Ramos LAR Carvalho EC Canini SRMS Opiniatildeo de auxiliares e teacutecnicos de enfermagem sobre a sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem Rev Eletr Enf 200911(1)39-44
Remizoski LROCHA VAL Dificuldades na implantaccedilatildeo da sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem - SAE uma revisatildeo teoacuterica Cadernos da Escola de Sauacutede Curitiba 2010 TARDIF M Saberes docentes e formaccedilatildeo profissional Petroacutepolis (RJ) Vozes 2002TAKAHASHI A A BARROS A L B L MICHEL J L MSOUZA M F Dificuldades e Facilidades Apontadas por Enfermeiras de um Hospital de Ensino na Execuccedilatildeo do Processo de Enfermagem Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de Satildeo Paulo-UNIFESP Satildeo Paulo (SP) Brasil 2007 VIETTA EP Et al Tomada de depoimentos pessoal de enfermeiras hospitalares da deacutecada de 50 subsiacutedios para a compreensatildeo da enfermagem atual Revlatinoamenfermagem Ribeiratildeo Preto v 3 n 2 p19-35 julho 1995 SANTOS LIMA MELO Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem na Unidade de Terapia IntensivaRevisatildeo Bibliogrfia Ciecircncias Bioloacutegicas e da Sauacutede Aracaju v 2 n2 p 45-58 out 2014 periodicossetedubr SILVA ALMEIDA OLIVEIRA OLIVEIRA SAMPAIO PAIXAtildeO Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem na Perspectiva da Equipe Enferm Foco 2016 7 (2) 32-36 SILVA PRADO CARNEIRO COSTA Implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem Dificuldades e Potencialidades Revista da
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
19
Universidade Vale do Rio Verde Trecircs Coraccedilotildees v 12 n 2 p 580-590 agodez 2014 SILVA OLIVEIRANEVES GUIMARAtildeES et al O conhecimento do enfermeiro sobre a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem da teoria agrave praacuteticaRev Esc Enferm USP2011 45(6)1380-6 wwweeuspbrreeusp
SILVA FILHO QUEIROZ ABREU et al Utilizaccedilatildeo do Processo de Enfermagem e as Dificuldades Encontradas por Enfermeiros Cogitare Enferm 2013 AbrJun 18(2)351-7 SOUZA VASCONCELLOS PARRA et al Processo de EnfermagemDificuldades Enfrentadas Pelos Enfermeiros de um Hospital Puacuteblico de Grande Porte na Amazonia Brasil Braz J Surg Clin ResBJCR 2015
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
16
CASAFUS DELLrsquoACQUA BOCCHI Entre o Ecircxito e a Frustraccedilatildeo Com a Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem Esc Anna Nery (impr)2013 abr - jun 17 (2)313 ndash 321
CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM Lei nordm 5905 de 12 de julho de 1973 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf Conselho Federal de Enfermagem ndash COFEN Resoluccedilatildeo 3582009 [on line] Disponiacutevel em httpwwwcofengovbrresoluo-cofen-3582009_4384html Conselho Federal de Enfermagem ndash COFEN Resoluccedilatildeo 3112007 [on line] Disponiacutevel em httpwwwcofengovbrresoluo-cofen-3112007_4345html Conselho Regional de Enfermagem de Satildeo Paulo ndash COREN Processo de Enfermagem Guia para a Praacutetica Satildeo Paulo 2015 Conselho Federal de Enfermagem de Satildeo Paulo ndash COFEN Guia de recomendaccedilotildees para registro de enfermagem no prontuaacuterio do paciente e outros documentos de enfermagem Satildeo Paulo 2016
___________ Lei ndeg 749886 de 25 de Junho de 1986 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf
__________ Decreto ndeg 9440687 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf ___________ Lei nordm 8967 de 28 de dezembro de 1994 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf ___________ Resoluccedilatildeo COFEN - 3112007 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf ___________ Resoluccedilatildeo COFEN-3582009 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf ___________ Resoluccedilatildeo COFEN ndash 3702010 Disponiacutevel em httpwwwcoren-spgovbrsitesdefaultfilesprincipais_legislacoes_webpdf CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SAtildeO PAULO Decreto 4406 de 08 de junho de 1987 Disponiacutevel em httpportalcoren spgovbrsitesdefaultfilesParecer_013_AtuaC3A7C3A3o_de_AUX_como_TECpdf
Cogo Gehlen Ilha Zamberlan Freitas Backes et al Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem no Cenaacuterio Hospitalar Percepccedilatildeo Dos Enfermeiros Cogitare Enferm 2012 JulSet 17(3)513-8
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
17
CUNHA SMB BARROS ALB Anaacutelise da Implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem segundo o Modelo Conceitual de Horta Rev Bras Enferm 2005 set-out 58(5)568-72
DUARTE APP ELLENSOHN LA Operacionalizaccedilatildeo do processo de enfermagem em terapia intensiva neonatal Rev enferm UERJ 2007 outdez 15(4) 521-6 FIGUEIREDO RM ZEM-MASCARENHAS SH NAPOLEAtildeO AA Caracterizaccedilatildeo da produccedilatildeo do conhecimento sobre sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem no Brasil VerEsc Enferm USP 2006 abril 40(2) 299-303 FIGUEIREDO FERREIRA et al Dificuldades da Equipe de Enfermagem na Implantaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enferemagem no Centro Cirurgico de Campo Grande ndash MS wwwConvibrabr GRANDO ZUSE et al Dificuldades na Instituiccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem no Exercicio Profissional ndash Revisatildeo Integrativa Revista Contexto amp Sauacutede Ijuiacute bull v 14 bull n 26 bull JanJun 2014 GERMANO RM Educaccedilatildeo e ideologia da enfermagem no Brasil Satildeo PauloCortez 1983
HERMIDA PMV Desvelando a Implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de
Enfermagem Rev Bras de Enferm Brasiacutelia (DT) 2004 nov-dez 57(6)733-7
MARIA VLR DIAS AMC SHIOTSU CH FARIAS FAC Sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem no Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia relato de experiecircncia Rev Esc Enferm USP 1987 21(esp)77-87
MARINELLI SILVA SILVA SISTEMATIZACcedilAtildeO DA ASSISTEcircNCIA DE ENFERMAGEM Desafios para a implantaccedilatildeo Revista Enfermagem Contemporacircnea 2015 JulDez4(2) MEDEIROS SANTOS CABRAL Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem na Perspectiva dos Enfermeiros Uma Abordagem Metodologica na Teoria Fundamentada Rev Gauacutecha Enferm 2012( 33) MEDEIROS AL et al Sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem na perspectiva dos enfermeiros uma abordagem metodoloacutegica na teoria fundamentada Rev Gaucha Enferm 33(3) 174-181 set 2012 httppesquisabvsaludorgportalresourceptlil-654473
Medeiros AL Santos SR Cabral RWL Desvelando dificuldades operacionais na sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem na perspectiva da Grounded Theory Rev Eletr Enferm 201315(1)44-53 MENDES AA BASTOS MAR Processo de enfermagem sequecircncias no cuidar fazem a diferenccedila Rev Bras Enferm 200356(3)271-6
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
18
MELO PEREIRA PONTES FARIAS BEZERRA Implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem no Brasil Revisatildeo de Literatura wwwconbraciscombr Congresso Brasileiro de Ciecircncias e Sauacutede 2016 NAKAMAE DD Novos caminhos da enfermagem por mudanccedilas no ensino e na praacutetica da profissatildeo Satildeo Paulo (SP) Cortez 1987 NEVES RS SHIMIZU HE Anaacutelise da implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem em uma unidade de reabilitaccedilatildeo Rev bras enferm Brasiacutelia v 63 n 2 p 222-229 abr 2010 PRUSS ACSF O ensino de graduaccedilatildeo em enfermagem na Universidade Federal do Rio Grande do Sul referente agrave parturiccedilatildeo nas deacutecadas de 1950 e 1960 2014 PUNTEL A et al Enfermagem enquanto disciplina que campo de conhecimento identifica a profissatildeo Revista Brasileira de Enfermagem v 62 n 5 2009 Ramos LAR Carvalho EC Canini SRMS Opiniatildeo de auxiliares e teacutecnicos de enfermagem sobre a sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem Rev Eletr Enf 200911(1)39-44
Remizoski LROCHA VAL Dificuldades na implantaccedilatildeo da sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem - SAE uma revisatildeo teoacuterica Cadernos da Escola de Sauacutede Curitiba 2010 TARDIF M Saberes docentes e formaccedilatildeo profissional Petroacutepolis (RJ) Vozes 2002TAKAHASHI A A BARROS A L B L MICHEL J L MSOUZA M F Dificuldades e Facilidades Apontadas por Enfermeiras de um Hospital de Ensino na Execuccedilatildeo do Processo de Enfermagem Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de Satildeo Paulo-UNIFESP Satildeo Paulo (SP) Brasil 2007 VIETTA EP Et al Tomada de depoimentos pessoal de enfermeiras hospitalares da deacutecada de 50 subsiacutedios para a compreensatildeo da enfermagem atual Revlatinoamenfermagem Ribeiratildeo Preto v 3 n 2 p19-35 julho 1995 SANTOS LIMA MELO Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem na Unidade de Terapia IntensivaRevisatildeo Bibliogrfia Ciecircncias Bioloacutegicas e da Sauacutede Aracaju v 2 n2 p 45-58 out 2014 periodicossetedubr SILVA ALMEIDA OLIVEIRA OLIVEIRA SAMPAIO PAIXAtildeO Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem na Perspectiva da Equipe Enferm Foco 2016 7 (2) 32-36 SILVA PRADO CARNEIRO COSTA Implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem Dificuldades e Potencialidades Revista da
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
19
Universidade Vale do Rio Verde Trecircs Coraccedilotildees v 12 n 2 p 580-590 agodez 2014 SILVA OLIVEIRANEVES GUIMARAtildeES et al O conhecimento do enfermeiro sobre a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem da teoria agrave praacuteticaRev Esc Enferm USP2011 45(6)1380-6 wwweeuspbrreeusp
SILVA FILHO QUEIROZ ABREU et al Utilizaccedilatildeo do Processo de Enfermagem e as Dificuldades Encontradas por Enfermeiros Cogitare Enferm 2013 AbrJun 18(2)351-7 SOUZA VASCONCELLOS PARRA et al Processo de EnfermagemDificuldades Enfrentadas Pelos Enfermeiros de um Hospital Puacuteblico de Grande Porte na Amazonia Brasil Braz J Surg Clin ResBJCR 2015
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
17
CUNHA SMB BARROS ALB Anaacutelise da Implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem segundo o Modelo Conceitual de Horta Rev Bras Enferm 2005 set-out 58(5)568-72
DUARTE APP ELLENSOHN LA Operacionalizaccedilatildeo do processo de enfermagem em terapia intensiva neonatal Rev enferm UERJ 2007 outdez 15(4) 521-6 FIGUEIREDO RM ZEM-MASCARENHAS SH NAPOLEAtildeO AA Caracterizaccedilatildeo da produccedilatildeo do conhecimento sobre sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem no Brasil VerEsc Enferm USP 2006 abril 40(2) 299-303 FIGUEIREDO FERREIRA et al Dificuldades da Equipe de Enfermagem na Implantaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enferemagem no Centro Cirurgico de Campo Grande ndash MS wwwConvibrabr GRANDO ZUSE et al Dificuldades na Instituiccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem no Exercicio Profissional ndash Revisatildeo Integrativa Revista Contexto amp Sauacutede Ijuiacute bull v 14 bull n 26 bull JanJun 2014 GERMANO RM Educaccedilatildeo e ideologia da enfermagem no Brasil Satildeo PauloCortez 1983
HERMIDA PMV Desvelando a Implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de
Enfermagem Rev Bras de Enferm Brasiacutelia (DT) 2004 nov-dez 57(6)733-7
MARIA VLR DIAS AMC SHIOTSU CH FARIAS FAC Sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem no Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia relato de experiecircncia Rev Esc Enferm USP 1987 21(esp)77-87
MARINELLI SILVA SILVA SISTEMATIZACcedilAtildeO DA ASSISTEcircNCIA DE ENFERMAGEM Desafios para a implantaccedilatildeo Revista Enfermagem Contemporacircnea 2015 JulDez4(2) MEDEIROS SANTOS CABRAL Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem na Perspectiva dos Enfermeiros Uma Abordagem Metodologica na Teoria Fundamentada Rev Gauacutecha Enferm 2012( 33) MEDEIROS AL et al Sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem na perspectiva dos enfermeiros uma abordagem metodoloacutegica na teoria fundamentada Rev Gaucha Enferm 33(3) 174-181 set 2012 httppesquisabvsaludorgportalresourceptlil-654473
Medeiros AL Santos SR Cabral RWL Desvelando dificuldades operacionais na sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem na perspectiva da Grounded Theory Rev Eletr Enferm 201315(1)44-53 MENDES AA BASTOS MAR Processo de enfermagem sequecircncias no cuidar fazem a diferenccedila Rev Bras Enferm 200356(3)271-6
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
18
MELO PEREIRA PONTES FARIAS BEZERRA Implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem no Brasil Revisatildeo de Literatura wwwconbraciscombr Congresso Brasileiro de Ciecircncias e Sauacutede 2016 NAKAMAE DD Novos caminhos da enfermagem por mudanccedilas no ensino e na praacutetica da profissatildeo Satildeo Paulo (SP) Cortez 1987 NEVES RS SHIMIZU HE Anaacutelise da implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem em uma unidade de reabilitaccedilatildeo Rev bras enferm Brasiacutelia v 63 n 2 p 222-229 abr 2010 PRUSS ACSF O ensino de graduaccedilatildeo em enfermagem na Universidade Federal do Rio Grande do Sul referente agrave parturiccedilatildeo nas deacutecadas de 1950 e 1960 2014 PUNTEL A et al Enfermagem enquanto disciplina que campo de conhecimento identifica a profissatildeo Revista Brasileira de Enfermagem v 62 n 5 2009 Ramos LAR Carvalho EC Canini SRMS Opiniatildeo de auxiliares e teacutecnicos de enfermagem sobre a sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem Rev Eletr Enf 200911(1)39-44
Remizoski LROCHA VAL Dificuldades na implantaccedilatildeo da sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem - SAE uma revisatildeo teoacuterica Cadernos da Escola de Sauacutede Curitiba 2010 TARDIF M Saberes docentes e formaccedilatildeo profissional Petroacutepolis (RJ) Vozes 2002TAKAHASHI A A BARROS A L B L MICHEL J L MSOUZA M F Dificuldades e Facilidades Apontadas por Enfermeiras de um Hospital de Ensino na Execuccedilatildeo do Processo de Enfermagem Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de Satildeo Paulo-UNIFESP Satildeo Paulo (SP) Brasil 2007 VIETTA EP Et al Tomada de depoimentos pessoal de enfermeiras hospitalares da deacutecada de 50 subsiacutedios para a compreensatildeo da enfermagem atual Revlatinoamenfermagem Ribeiratildeo Preto v 3 n 2 p19-35 julho 1995 SANTOS LIMA MELO Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem na Unidade de Terapia IntensivaRevisatildeo Bibliogrfia Ciecircncias Bioloacutegicas e da Sauacutede Aracaju v 2 n2 p 45-58 out 2014 periodicossetedubr SILVA ALMEIDA OLIVEIRA OLIVEIRA SAMPAIO PAIXAtildeO Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem na Perspectiva da Equipe Enferm Foco 2016 7 (2) 32-36 SILVA PRADO CARNEIRO COSTA Implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem Dificuldades e Potencialidades Revista da
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
19
Universidade Vale do Rio Verde Trecircs Coraccedilotildees v 12 n 2 p 580-590 agodez 2014 SILVA OLIVEIRANEVES GUIMARAtildeES et al O conhecimento do enfermeiro sobre a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem da teoria agrave praacuteticaRev Esc Enferm USP2011 45(6)1380-6 wwweeuspbrreeusp
SILVA FILHO QUEIROZ ABREU et al Utilizaccedilatildeo do Processo de Enfermagem e as Dificuldades Encontradas por Enfermeiros Cogitare Enferm 2013 AbrJun 18(2)351-7 SOUZA VASCONCELLOS PARRA et al Processo de EnfermagemDificuldades Enfrentadas Pelos Enfermeiros de um Hospital Puacuteblico de Grande Porte na Amazonia Brasil Braz J Surg Clin ResBJCR 2015
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
18
MELO PEREIRA PONTES FARIAS BEZERRA Implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem no Brasil Revisatildeo de Literatura wwwconbraciscombr Congresso Brasileiro de Ciecircncias e Sauacutede 2016 NAKAMAE DD Novos caminhos da enfermagem por mudanccedilas no ensino e na praacutetica da profissatildeo Satildeo Paulo (SP) Cortez 1987 NEVES RS SHIMIZU HE Anaacutelise da implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem em uma unidade de reabilitaccedilatildeo Rev bras enferm Brasiacutelia v 63 n 2 p 222-229 abr 2010 PRUSS ACSF O ensino de graduaccedilatildeo em enfermagem na Universidade Federal do Rio Grande do Sul referente agrave parturiccedilatildeo nas deacutecadas de 1950 e 1960 2014 PUNTEL A et al Enfermagem enquanto disciplina que campo de conhecimento identifica a profissatildeo Revista Brasileira de Enfermagem v 62 n 5 2009 Ramos LAR Carvalho EC Canini SRMS Opiniatildeo de auxiliares e teacutecnicos de enfermagem sobre a sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem Rev Eletr Enf 200911(1)39-44
Remizoski LROCHA VAL Dificuldades na implantaccedilatildeo da sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem - SAE uma revisatildeo teoacuterica Cadernos da Escola de Sauacutede Curitiba 2010 TARDIF M Saberes docentes e formaccedilatildeo profissional Petroacutepolis (RJ) Vozes 2002TAKAHASHI A A BARROS A L B L MICHEL J L MSOUZA M F Dificuldades e Facilidades Apontadas por Enfermeiras de um Hospital de Ensino na Execuccedilatildeo do Processo de Enfermagem Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de Satildeo Paulo-UNIFESP Satildeo Paulo (SP) Brasil 2007 VIETTA EP Et al Tomada de depoimentos pessoal de enfermeiras hospitalares da deacutecada de 50 subsiacutedios para a compreensatildeo da enfermagem atual Revlatinoamenfermagem Ribeiratildeo Preto v 3 n 2 p19-35 julho 1995 SANTOS LIMA MELO Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem na Unidade de Terapia IntensivaRevisatildeo Bibliogrfia Ciecircncias Bioloacutegicas e da Sauacutede Aracaju v 2 n2 p 45-58 out 2014 periodicossetedubr SILVA ALMEIDA OLIVEIRA OLIVEIRA SAMPAIO PAIXAtildeO Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem na Perspectiva da Equipe Enferm Foco 2016 7 (2) 32-36 SILVA PRADO CARNEIRO COSTA Implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistencia de Enfermagem Dificuldades e Potencialidades Revista da
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
19
Universidade Vale do Rio Verde Trecircs Coraccedilotildees v 12 n 2 p 580-590 agodez 2014 SILVA OLIVEIRANEVES GUIMARAtildeES et al O conhecimento do enfermeiro sobre a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem da teoria agrave praacuteticaRev Esc Enferm USP2011 45(6)1380-6 wwweeuspbrreeusp
SILVA FILHO QUEIROZ ABREU et al Utilizaccedilatildeo do Processo de Enfermagem e as Dificuldades Encontradas por Enfermeiros Cogitare Enferm 2013 AbrJun 18(2)351-7 SOUZA VASCONCELLOS PARRA et al Processo de EnfermagemDificuldades Enfrentadas Pelos Enfermeiros de um Hospital Puacuteblico de Grande Porte na Amazonia Brasil Braz J Surg Clin ResBJCR 2015
Ediccedilatildeo 21 ndash Dezembro de 2017 - ISSN 1982-646X
19
Universidade Vale do Rio Verde Trecircs Coraccedilotildees v 12 n 2 p 580-590 agodez 2014 SILVA OLIVEIRANEVES GUIMARAtildeES et al O conhecimento do enfermeiro sobre a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem da teoria agrave praacuteticaRev Esc Enferm USP2011 45(6)1380-6 wwweeuspbrreeusp
SILVA FILHO QUEIROZ ABREU et al Utilizaccedilatildeo do Processo de Enfermagem e as Dificuldades Encontradas por Enfermeiros Cogitare Enferm 2013 AbrJun 18(2)351-7 SOUZA VASCONCELLOS PARRA et al Processo de EnfermagemDificuldades Enfrentadas Pelos Enfermeiros de um Hospital Puacuteblico de Grande Porte na Amazonia Brasil Braz J Surg Clin ResBJCR 2015