A família católica, 13 edição, junho 2014

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Mês de aniversário Por nosso diretor e pai espiritual Dom tomás de aquino SANTOS E FESTAS DO MÊS: 08 - Pentecostes; 09 - Sta. Margarida da Escócia (rainha); 13 – Santo Antônio de Pádua; 14 - São Basílio Magno; 15 - Festa da Santíssima Trindade; 19 - Corpus Christi; 21 - São Luís Gongaza; 24 - Natividade de São João Batista; 27– Festa do Sagrado Coração de Jesus Nossa Senhora do Perpétuo Socorro; 29 - São Pedro e São Paulo; 30 - São Paulo. NESTA EDIÇÃO: Palavras do diretor 1 Obrigações dos casados 2 Biografia 3 Jesus, Rei de amor 4 Filhos morrendo de fome 5 Avisos 6 Junho/ 2014 Edição 13 A Família Católica C A P E L A N O S S A S E N H O R A D A S A L E G R I A S E D I Ç Ã O E S P E C I A L D E A N I V E R S Á R I O Caríssimos leitores e amigos, Nosso jornalzinho faz um ano. Um ano é apenas um ano, mas um ano não deixa de ser alguma coisa, pois se trata de um ano de dedicação, de estudo, de procura de bons textos e de interesse pelo que é verdadeiro, bom e belo. Ora, é desta dedicação que gostaria de lhes falar neste aniversário. Dedicar- se é se consagrar a uma coisa, a um ideal. E qual deve ser o nosso ideal? Nosso ideal não pode ser outro senão aquele que Deus Ele mesmo nos deu: Nosso Senhor Jesus Cristo. Ele é o nosso ideal. Ele é a rocha sobre a qual o homem sábio construiu a sua casa e vieram os ventos e as torrentes e ela não caiu por- que estava fundada sobre a rocha. Para nós viver é o Cristo, como diz São Pau- lo. Nossa vida, nosso ideal é o Cristo, Nosso Senhor, dono de nosso jornalzinho, dono de tudo o que é nosso, dono de nossas pessoas, de nossa atividade. Nu- ma palavra: Ele é nosso rei e como rei Ele dispõe de nós como coisa e proprie- dade sua. Ora, caríssimos leitores, este jornal não tem outro objetivo que o de nos unir neste mesmo ideal de fazer reinar Nosso Senhor em nossas vidas e em nossas famílias. Queira Deus que ele tenha cumprido sua razão de ser. Que ele lhes tenha ajudado a conhecer e amar Nosso Senhor e sua lei. Se queremos que nossas famílias, nossa pátria e o mundo inteiro se volte para Nosso Senhor, centro de toda a criação, nós devemos continuar este esforço de nos instruir não só pela leitura, mas também pela oração que, nos fazendo conhecer e amar Nosso Senhor, nos fará imitá-lo em tudo. Nosso Senhor amou a vontade do Pai e disse: "Não seja feita a minha vontade, mas a vossa". Nosso Senhor amou o próximo e mesmo os seus inimigos e disse: "Pai, perdoai-lhes, porque eles não sabem o que fazem". Sim, o mundo moderno não sabe o que faz, mas Nosso Senhor sabe o que devemos fazer e Ele pôs a nosso alcance sabê-lo tam- bém. É para isto que este jornalzinho existe. Para nos ajudar a conhecer o que devemos fazer e para nos animar a fazê-lo. Agradecemos os encorajamentos recebidos e as colaborações enviadas, pois isto nos ajuda a continuar este trabalho que fazemos com o intuito de ajudá-los na sua vida de família no meio de um mundo que vive em contradição cada vez maior com os ensinamentos de Nosso Senhor. Queira Deus que, com ajuda de Nossa Senhora e de São José nós possamos ter parte na reconstrução do reina- do de Nosso Senhor Jesus Cristo sobre todo o mundo. "Instaurare onmia in Cris- to ", restaurar todas as coisas em Cristo, a começar por nossas famílias. Que a divina Providência que fez nascer nosso jornal no mês do Sagrado Coração vele sobre o seu crescimento e sobre sua fidelidade aos ensinamentos de Nosso Senhor para a glória da Santíssima Trindade e nossa salvação eterna. ir. Tomás de Aquino

Transcript of A família católica, 13 edição, junho 2014

Mês de aniversário

Por nosso diretor e pai espiritual Dom tomás de aquino

SANTOS E

FESTAS DO MÊS:

08 - Pentecostes;

09 - Sta. Margarida da Escócia

(rainha);

13 – Santo Antônio de Pádua;

14 - São Basílio Magno;

15 - Festa da Santíssima

Trindade;

19 - Corpus Christi;

21 - São Luís Gongaza;

24 - Natividade de São João

Batista;

27– Festa do Sagrado Coração

de Jesus

Nossa Senhora do Perpétuo

Socorro;

29 - São Pedro e São Paulo;

30 - São Paulo.

N E S T A

E D I Ç Ã O :

Palavras do diretor 1

Obrigações dos casados 2

Biografia 3

Jesus, Rei de amor 4

Filhos morrendo de fome 5

Avisos 6

Junho/ 2014 Edição 13

A Família Católica C A P E L A N O S S A S E N H O R A D A S A L E G R I A S

E D I Ç Ã O E S P E C I A L D E A N I V E R S Á R I O

Caríssimos leitores e amigos,

Nosso jornalzinho faz um ano. Um ano é apenas um ano, mas um ano não

deixa de ser alguma coisa, pois se trata de um ano de dedicação, de estudo, de

procura de bons textos e de interesse pelo que é verdadeiro, bom e belo.

Ora, é desta dedicação que gostaria de lhes falar neste aniversário. Dedicar-

se é se consagrar a uma coisa, a um ideal. E qual deve ser o nosso ideal? Nosso

ideal não pode ser outro senão aquele que Deus Ele mesmo nos deu: Nosso

Senhor Jesus Cristo. Ele é o nosso ideal. Ele é a rocha sobre a qual o homem

sábio construiu a sua casa e vieram os ventos e as torrentes e ela não caiu por-

que estava fundada sobre a rocha. Para nós viver é o Cristo, como diz São Pau-

lo. Nossa vida, nosso ideal é o Cristo, Nosso Senhor, dono de nosso jornalzinho,

dono de tudo o que é nosso, dono de nossas pessoas, de nossa atividade. Nu-

ma palavra: Ele é nosso rei e como rei Ele dispõe de nós como coisa e proprie-

dade sua.

Ora, caríssimos leitores, este jornal não tem outro objetivo que o de nos unir

neste mesmo ideal de fazer reinar Nosso Senhor em nossas vidas e em nossas

famílias. Queira Deus que ele tenha cumprido sua razão de ser. Que ele lhes

tenha ajudado a conhecer e amar Nosso Senhor e sua lei. Se queremos que

nossas famílias, nossa pátria e o mundo inteiro se volte para Nosso Senhor,

centro de toda a criação, nós devemos continuar este esforço de nos instruir

não só pela leitura, mas também pela oração que, nos fazendo conhecer e

amar Nosso Senhor, nos fará imitá-lo em tudo. Nosso Senhor amou a vontade

do Pai e disse: "Não seja feita a minha vontade, mas a vossa". Nosso Senhor

amou o próximo e mesmo os seus inimigos e disse: "Pai, perdoai-lhes, porque

eles não sabem o que fazem". Sim, o mundo moderno não sabe o que faz, mas

Nosso Senhor sabe o que devemos fazer e Ele pôs a nosso alcance sabê-lo tam-

bém. É para isto que este jornalzinho existe. Para nos ajudar a conhecer o que

devemos fazer e para nos animar a fazê-lo.

Agradecemos os encorajamentos recebidos e as colaborações enviadas, pois

isto nos ajuda a continuar este trabalho que fazemos com o intuito de ajudá-los

na sua vida de família no meio de um mundo que vive em contradição cada vez

maior com os ensinamentos de Nosso Senhor. Queira Deus que, com ajuda de

Nossa Senhora e de São José nós possamos ter parte na reconstrução do reina-

do de Nosso Senhor Jesus Cristo sobre todo o mundo. "Instaurare onmia in Cris-

to ", restaurar todas as coisas em Cristo, a começar por nossas famílias. Que a

divina Providência que fez nascer nosso jornal no mês do Sagrado Coração vele

sobre o seu crescimento e sobre sua fidelidade aos ensinamentos de Nosso

Senhor para a glória da Santíssima Trindade e nossa salvação eterna.

ir. Tomás de Aquino

O matrimônio é um sacramento instituí-

do por Jesus Cristo ; bom e grande sacra-

mento, quando é feito em Jesus Cristo e

na sua Igreja, como diz São Paulo; é

sacramento de amor e união entre os

casados, assim como há este amor entre

Jesus Cristo e a sua esposa a Santa

Igreja. Segue-se portanto que os maridos

devem amar as suas mulheres, como

Jesus Cristo ama a sua esposa a Santa

Igreja; e as mulheres do mesmo modo

devem amar os seus maridos, assim

como a mesma Igreja ama a Jesus Cris-

to, seu esposo: devem ambos viver em

paz e harmonia; devem assistir-se e

socorrer-se mutuamente nos trabalhos e

necessidades, e guardar fidelidade um

ao outro. Peca pois mortalmente o mari-

do que ofende sua mulher com despre-

zos e injúrias, que ela muito sente, e

também se a espanca gravemente, so-

bretudo sem grave causa; pois ainda que

o marido é a cabeça da mulher para o

governo e admoestação, não é para a

tratar como escrava; e também deve

ouvir seu parecer e conselho, porque

muitas vezes, como mais livre das pai-

xões, pode acertar melhor no governo da

casa e da família, do que o mesmo mari-

do; peca também mortalmente o marido,

se embaraça à sua mulher a observân-

cia dos mandamentos de Deus e da sua

Igreja, ou se lhe manda fazer alguma

coisa contra eles em matéria grave; do

mesmo modo peca se lhe nega o vestido

preciso, conforme suas posses, e se

desperdiça e gasta mal os bens da casa

e família com outras mulheres ou com o

jogo. Peca também mortalmente a mu-

lher que provoca com palavras graves e

pesadas seu marido a grandes iras e

agonias, pragas e blasfêmias; se gasta

de casa quantidade notável sem licença

do mesmo marido, a não ser para o go-

verno da casa ou para coisa que se su-

ponha que ele não embarace; e se não

obedece ao marido naquilo que pertence

ao bom governo da casa e da família.

Pecam ambos mortalmente se não são

um para o outro, e se são infiéis um ao

outro, adulterando. Pecam finalmente de

outros muitos modos, que aqui se não

podem explicar; e muitos casados se

condenam ao inferno, porque julgam

muitas coisas lícitas, que o não são; e

P á g i n a 2 A F a m í l i a C a t ó l i c a

praticam às vezes o que Deus muito repro-

va.

Eis aqui os principais deveres dos casa-

dos. Mas onde estão esses que cumpram

com eles exatamente? Observa-se quase

tudo pelo contrário: observam-se imensos

casados em desordem e discórdia um com

outro, e um inferno nas suas casas; um

contínuo de gritos, palavras injuriosas,

pragas e maldições um para o outro; ob-

servam-se desprezos para as mulheres,

necessidades, lágrimas, desesperações,

infidelidades e divórcios escandalosos. Os

que assim vivem casados, em lugar de

acharem no matrimônio o nó da união e

amor, acharam o laço que os prende e leva

ao inferno, diz São Jerônimo. A mulher

desperdiçando muitas vezes o que não

deve; o homem gastando no jogo, nas

tabernas e com os vícios o que pertence

também à sua mulher; e depois de tudo

isto ainda em casa um chuveiro de impro-

périos um para o outro: se ao menos um

dos dois se calasse, não se ouviria tão

cruel e renhida contenda, e tantos peca-

dos; mas nem o homem nem a mulher se

abranda, nenhuma língua sossega, e eis

aqui uma medonha tempestade e tantos

escândalos aos filhos e à vizinhança.

Mas d’onde vem, pergunto eu, d’onde

vem tão péssimo procedimento entre os

casados? Vem dos maus matrimônios,

vem dos casamentos que não são feitos

em Jesus Cristo, isto é, como Ele manda.

OBRIGAÇÕES DOS CASADOS, AS QUAIS OS MESMOS

SOLTEIROS DEVEM PRIMEIRO SABER.

Pe. Fr. Manoel da Madre de Deus

A maior parte dos casamentos, ou

quase todos, são feitos ou por paixão de

interesses mundanos, ou por paixão

carnal; e assim vão viciados na sua ori-

gem, e não podem progredir bem; são

feitos no pecado, consumados no peca-

do, e continuados no pecado. Como n’es-

se casamento haja conveniência, como

faço arranjo para a casa, ou como agra-

de esse homem ou mulher, não se olha

a coisa alguma, não se olha a outras

qualidades, não se olha a costumes, não

se olha a gênio, não se olha à obriga-

ções que se vão contrair; nada, nada

lembra senão casar, e só coisas tempo-

rais e carnais, e nada mais. Como sairão

assim semelhantes matrimônios? Princi-

pia-se uma amizade ilícita entre ambos

os pretendentes; conversa-se meses e

anos; sopram-se imensos pensamentos

desonestos; proferem-se repetidas vezes

palavras maliciosas; praticam-se brincos

indecentes, e às vezes o mais; e depois

de desafiada a concupiscência, depois

de muitos pecados mortais cometidos

deste modo contra a santa castidade,

então se celebram os casamentos: tra-

tam-se com pecados mortais, e cele-

bram-se com pecados mortais sem uma

confissão demorada, que até geral seria

bem necessária. Tudo vai à pressa e mal

ordenado, porque só lembra casar, e

nada mais; recebem assim o matrimônio

em pecado mortal; e em lugar de recebe-

rem as bênçãos do céu, a graça de

Deus, para cumprirem com os deveres

do estado, recebem a maldição do mes-

mo Deus; não são matrimônios abençoa-

dos, são amaldiçoados; e por isso depois

procedem tão mal, como continuamente

se observa. Tremei, pois, casados, e

tremei solteiros, para não vos introduzi-

res com tanta facilidade em semelhante

estado.

Retirado do livro:

Piedosas meditações sobre a Paixão de

Nosso Senhor Jesus Cristo extraídas e

compendiadas da obra de Santo Afonso

Maria de Ligório intitulada Relógio da

Paixão acrescentadas com algumas

outras meditações, devoções e explica-

ções dos mandamentos, também quase

tudo extraído das obras do mesmo San-

to Afonso, pelo Pe. Fr. Manoel da Madre

de Deus, religioso carmelita descalço

empregado nas missões.

Trecho da vida de Maria da Concei-

ção Fróis Gil Ferrão de Pimentel Tei-

xeira, conhecida como Sãozinha. Nas-

ceu a 1 de fevereiro de 1923, em

Coimbra, e viveu em Abrigada. Teve

uma existência curta, faleceu aos 17

anos no hospital de S. Luís em Lis-

boa, no dia 6 de junho de 1940. Reti-

rado do livro “... Vou para o céu!”,

pela mãe da Sãozinha. Edições Sale-

sianas, Porto.

Salientamos que os banhos citados

pela Sãozinha eram banhos públicos,

e portanto mistos, o que definitiva-

mente não é bom, e esta era a razão

de sua resistência à praia. Ela só ia,

porque os pais, que eram liberais, a

forçavam, e tomava as devidas pre-

cauções porque tinha a alma bem

católica, mais do que os pais, como a

mãe mesmo reconhece.

Na praia

Foi talvez na vida das praias onde

mais se notou a sua candura. Amara a

praia desde criança. Mas à medida que

ia crescendo, começou a manifestar

escrúpulos quanto ao uso dos fatos1 de

banho. Escrúpulo não, mas repugnância

pelos fatos de malha, e que subiu de

pontos, dos 14 aos 16 anos. Infelizmen-

te, nem eu, nem meu marido compreen-

díamos semelhante atitude que taxáva-

mos de exagero. No seu último ano de

praia, enquanto eu tomava trinta ba-

nhos, tomava ela apenas meia dúzia,

ainda assim constrangida e só a custa

de severas repreensões.

A justificar a sua resistência às nos-

sas ordens irrefletidas, de pessoas ob-

cecadas pelo espírito do mundo, dizia-

nos: “Tenho vergonha de ir tomar ba-

nho. Isto é que é uma situação!... Se

vou tomar banho de fato comprido, dou

nas vistas, porque ninguém vai assim;

se vou vestida de fato de malha, tenho

vergonha. Por isso prefiro não tomar”.

Quando ela, embrulhada no roupão,

junto ao mar, fazia os costumados quei-

xumes, eu e o pai, enfadados por não

compreender o que chamávamos de

melindres da sua consciência delicada,

fazíamos-lhe sentir que com essas ce-

nas ainda dava mais nas vistas.

Se, cedendo algumas vezes à nossa

pressão, se resolvia ao sacrifício de nos

fazer a vontade, obrigava-me a mim ou

ao banheiro2 a entrarmos com ela pelo

mar a dentro, enquanto o roupão ia

arregaçando à medida que a água ia

subindo e só no-lo entregava quando se

julgava bem encoberta pelo mar. Cena

idêntica se repetia quando saía do ba-

nho.

Enquanto se vestia na barraca, a vivas

instâncias suas, tinha que ficar eu ou

pessoa de muita intimidade de sentinela,

a segurar a abertura da barraca, não

fosse alguém entrar lá por engano ou o

vento levantar o toldo.

Quantas vezes saía da barraca com

uma saia comprida ou o roupão grande a

cobrir o vestido de malha, e vinha para

ao pé de nós com um expressivo olhar

de ternura e súplica, que parecia dizer:

“Não me obriguem a tomar banho”. (...)

Aos 14 anos, um tio seu tirou-lhe o

retrato em fato de banho. Embora, en-

tão, fosse muito criança sentiu-se muito

ferida na sua dignidade. Aos seus olhos,

uma fotografia que lhe tiramos, nuazi-

nha, aos seis meses, tinha sido uma má

ideia da nossa parte.

Hoje pensamos como ela, compreen-

demos a delicadeza dos seus sentimen-

tos e tomamos na conta de homenagem

à sua pureza de alma a observação que

alguém fez em prosa rimada, em Santa

Cruz, no último ano de praia, e que de-

clamou à sua passagem para o banho,

envolta no roupão que lhe chegava aos

pés:

Lá vai a São

Embrulhada no roupão

E toda esta delicadeza justificada pare-

cia contrastar tanto com a sua vida cheia

de movimento e radiosa alegria, parecia

perfeitamente incompatível com a maior

pureza de consciência. Mas não foi as-

sim. A Sãozinha vivia a verdade sublime

tão querida ao seu coração de cristã:

“O nosso coração é o Templo do Espí-

rito Santo, o Santuário da Divindade”.

Acerca desta afirmação, recordo

que, embora raramente, quando mu-

dava de roupa, esquecia sobre a

“toilette” as medalhas que trazia con-

sigo.

Cheguei a mostrar-lhe a falta. Não

só recebeu bem a observação, mas

com o seu ar desempoeirado, um dia

respondeu-me: “Não se inquiete,

mãezinha, Jesus está aqui!”, enquan-

to, sorrindo, com a palma da mão

batia-se contente sobre o peito.

Só mais tarde é que nós também

avaliamos as razões da sua repug-

nância e as suas palavras, dela que

fora sempre tão humilde e obediente,

quando dizia ao pai que a ameaçava

de nunca mais voltar para as praias

se continuasse com esquisitices:

“Prefiro mil vezes não voltar, do que

sujeitar-me a este martírio”.

Estimava as amigas da praia, que

lhe faziam sempre festa quando apa-

recia: “Lá vem a São! Lá vem a São!”

mas nunca, porém, adiantou as suas

saídas de casa. Em geral não saía

sem ser acompanhada por nós. “Ó

Sãozinha, porque tardaste tanto?“-

perguntavam-lhe. E a resposta era

sempre a mesma: “Não me foi possí-

vel vir mais cedo; tive de esperar

meus paizinhos”.

Delicadamente, com o receio de me

magoar quando me visse deitada na

areia, vinha puxar-me a saia com

receio de que estivesse curta demais

e sussurrava-me assim: “Não gosto

de ver assim a mãezinha deitada na

areia... Não sei o que parece”. Ou: “

Este vestido está decotado demais...

Não lhe fica bem! Lembre-se, Ginha,

de que é feio”

E para desfazer qualquer melindre,

puxava-me como que a brincar o de-

cote para cima, como fazia em crian-

ça e, contemplando-me, dizia, enleva-

da: “Ah, como assim fica bonita, mãe-

zinha... Quem me dera ter a sua cari-

nha”.

Ou usava ainda outra arma tão deli-

cada... Mandava-me fechar logo os

olhos e punha-me na boca algum

bombom.

Sim, mas a lição estava dada!

(1) Fato: roupa, trajo, vestuário.

(2) Banheiro: Salva vidas, nadador-

salvador.

“...vou para o céu!” Pela mãe da Sãozinha

A F a m í l i a C a t ó l i c a E d i ç ã o 1 3

A ENTRONIZAÇÃO

Em que consiste - Sua importância - Sua

prática.

Em que consiste

A Entronização pode definir-se: o reco-

nhecimento oficial e social da soberania

do Coração de Jesus sobre uma família

cristã.

Reconhecimento afirmado, tornado

sensível e permanente pela instalação

solene da imagem desse Coração divino

no lugar de honra e pelo ato de consagra-

ção.

Foi o próprio Deus de misericórdia que

disse: que, sendo a fonte de todas as

bênçãos, Ele as distribuiria em abundân-

cia em todos os lugares onde fosse colo-

cada a imagem do seu Coração para ser

amada e honrada.

Disse ainda: “Eu reinarei apesar dos

meus inimigos e de todos aqueles que se

quiserem opor”.

A Entronização não é então outra coisa

senão a inteira realização do conjunto dos

pedidos feitos pelo Sagrado Coração em

Paray-le-Monial e das promessas magnífi-

cas que acompanharam esses pedidos.

Digo o conjunto, porque a família a san-

tificar é o objetivo transcendente de todos

esse apostolado: célula social, ela deve

ser o primeiro trono vivo do Rei de amor.

Para transformar, para salvar de novo o

mundo, é preciso que o Natal se perpe-

tue, que o Emanuel, o Jesus do Evangelho

habite sempre entre nós.

É preciso, para chegar-se ao Reino Soci-

al de Jesus Cristo, retomar a sociedade

pela base e refazer a família cristã.

É pela família que se afirma e se mede

o valor de um povo. O povo vale o que

vale a família.

Dizia-me um grande convertido: “Padre,

o senhor nunca poderá exagerar a impor-

tância da cruzada que está pregando.

Deixamos de boa vontade para os católi-

cos as igrejas, as capelas, as catedrais;

basta-nos, para perverter a sociedade,

possuir as famílias. Se nisso formos bem

sucedidos, acabou-se a vitória da Igreja.”

Oh! Como será sempre verdadeira esta

palavra de Jesus: “Os filhos deste século

são mais prudentes que os filhos da luz.”

O grande mal da nossa sociedade é que

ela perdeu o sentido do divino. Que remé-

dio dar a esse mal?

Voltar a NAZARÉ.

Foi por Nazaré, fundando a Santa Famí-

lia, que o Verbo começou a Redenção do

mundo. As sociedades para serem redimi-

das deverão voltar para lá.

Mostraram-vos quadros horríveis da

devastação das igrejas nos países invadi-

dos; vossas almas de católicos ficaram

revoltadas. Pois bem, a ruína da família

cristã é um mal ainda maior. A família é o

JESUS, REI DE AMOR.

Pe. Mateo Crawley-Boevey

Templo dos templos. Não são essas igre-

jas esplêndidas, essas igrejas de pedra

que salvarão o mundo, são as famílias

cristãs, é NAZARÉ.

E isso compreende-se.

A família é a fonte da vida, a primeira

escola da criança. Se a fonte da vida naci-

onal for envenenada, a nação perecerá. O

que queremos, é inocular nas famílias a

fé e o amor do Sagrado Coração. Se Jesus

Cristo for inoculado nas raízes, toda a

árvore será Jesus Cristo.

Ora, a Entronização é Nosso Senhor

vindo reclamar seu lugar no lar; como

outrora no fim de suas viagens apostóli-

cas, Ele pedia hospitalidade em Betânia:

lugar de honra, porque Ele é Rei e, - nós o

repetimos - Ele deve reinar sobre cada

família em particular afim de vir a reinar

bem cedo sobre a sociedade...lugar ínti-

mo e familiar porque Ele é Amigo e é pelo

seu Coração, pelo seu Amor que Ele quer

reinar.

A Entronização é portanto de fato o

Emanuel, o Jesus do Evangelho habitando

ainda entre nós. (...)

Sua prática

Receber a Jesus como Rei e Amigo,

colocar a imagem do seu Coração em

vossa casa, no lugar de honra, como pe-

nhor sensível dessa recepção, e o alvo

imediato, é o primeiro passo no caminho

do vosso amor familiar com o Mestre bem

amado. (...)

É preciso que a consagração seja vivida

e constitua um estado em que o Evange-

lho se torne a regra e como que a alma

do lar.

É necessária a convivência, isto é, a

vida comum com aquele Jesus que foi

acolhido e festejado; é necessário convi-

dá-lo a abençoar a aurora e o crepúsculo,

a paz e a tribulação, os sorrisos e as lágri-

mas. (...)

Eis a ideia: um Jesus vivo no lar, um

Deus Emanuel no santuário da família

consagrada! (...)

Vou mostrar-vos com exemplos o que é

a consagração vivida, mais vale um fato

que mil dissertações.

Em plena guerra, uma família consagra-

da recebe um telegrama comunicando

que o filho mais velho tombou no campo

da honra. A mãe toma o despacho e de-

põe-no diante da imagem do Rei da casa.

Chama seus filhos, seus empregados,

toda a família, acende candelabros, traz

flores e, dominando-se como uma verda-

deira heroína, inicia um hino: “Jesus, nos-

sa esperança”...Depois, todos rezam

“Creio em Deus Padre”. Quando a prece

termina a mãe diz aos filhos: “Sua vonta-

de é sempre sábia e boa...Que o seu Rei-

no venha a nós!” só então correm as lágri-

mas serenas diante do Coração de Jesus.

Eis uma homenagem incomparável rendi-

da ao Rei do amor: eis uma dor que não é

da carne e do sangue, mas a do Calvário,

fecunda e gloriosa.

Numa outra família, chegam da escola

as crianças com os braços carregados de

prêmios e coroas. Correm para seus pais

para serem abraçadas.

“Não, diz o pai, vamos primeiro depor as

coroas e os prêmios aos pés de Jesus; é

Ele e não eu o Chefe da família. Beijem o

seu Coração com amor depositando cada

um os seus prêmios e dizendo: “Venha a

nós o teu Reino. Seus pais podem desa-

parecer um dia, meus filhos, este Rei,

nunca”.

No começo da minha vida apostólica eu

tinha tido a alegria de entronizar o Sagra-

do Coração no lar que acabavam de fun-

dar dois jovens da classe operária. No

próprio dia do seu casamento eles tinham

querido fazer entrar em sua casa o Rei-

Jesus.

“Ele será, diziam, o Amigo íntimo de

todos os instantes”.

Alguns anos mais tarde, o operário me

chamava para ver sua mulher, gravemen-

te enferma. O pobre quarto em que mora-

vam, deixava adivinhar uma grande misé-

ria; mas o que chamava logo a atenção

do visitante, era uma bela imagem do

Coração de Jesus, que lá estava fixada,

bem à vista, no lugar de honra, e mais

ainda a grande paz daquela morada.

Depois de algumas palavras de conforto

e consolação: “És muito infeliz, minha

filha? Disse eu à doente.

- Infeliz? Respondeu ela com a convicção

da mais viva fé, com os olhos brilhantes

pelo fogo da febre, não, Padre, nós não

somos infelizes! Nós sofremos, é verdade,

mas choramos com Ele. Entronizando-O

em nossa casa, o Senhor nos tinha dito

que Ele nos consolaria em todas as nos-

sas dores, que Ele saberia abrandar todos

os nossos sofrimentos...Ele o fez, Padre!”

E tomando pela mão seu marido que

soluçava, ela lhe disse: “E tú, o que di-

zes? Fomos infelizes?”

Então, fixando o seu olhar cheio de lá-

grimas sobre a imagem do Coração de

Jesus, ele respondeu: “Infelizes, nós?

Nem cinco minutos! Sofremos bastante,

oh!, sim isso é inevitável, a vida é a vida.

Mas, ser infeliz é coisa bem diferen-

te...infelizes com Jesus, nosso Rei e nos-

so Amigo? Nunca, nunca! Jesus vem bus-

car minha querida, é seu direito, que seja

feita a sua vontade; mas Ele tornará logo

para me buscar, a mim também; e então

nós três, lá em cima, seremos felizes no

céu, como fomos, os três nesta pobre

choupana!” Não é sublime? Eles tinham

aprendido a alta filosofia, do Evangelho: a

diferença que há entre chorar, sofrer e

ser infeliz.

Em muitos lares os filhos morrem de

fome. Porque “o homem não vive só de

pão, mas de toda palavra que sai da

boca de Deus”. Ora, esse alimento espiri-

tual, tenho a impressão que muitos rapa-

zes e moças não o recebem dos pais,

apesar de cristãos.

Será que você compreendeu o que se

passa na alma do seu filho no dia do

batismo? Ele recebe a graça, e portanto

as virtudes teologais - não plenamente

desenvolvidas é claro, mas em estado de

gérmen. Ora, você bem sabe que todo

gérmen possui dentro de si uma energia

interna, sob cujo impulso vai crescer, até

seu pleno desenvolvimento. Nesse meni-

no que vocês trazem na pia batismal, a

fé e a caridade são como gérmens vivos.

Já há nele, pela fé, uma obscura intuição

do divino, uma aspiração ao conhecimen-

to de Deus; já há nele, pela caridade, um

impulso para Deus, um desejo inconsci-

ente de união com Deus.

Um poderoso dinamismo, semelhante

ao que se faz de um caroço de abacate

um grande abacateiro, anima, em seu

coração, essas duas virtudes. Mas é pre-

ciso que o caroço de abacate encontre

terreno favorável ao seu crescimento, e

que a fé e a caridade não sejam privadas

do alimento que elas exigem para pode-

rem crescer. Ora, eu lhe pergunto: será

que você oferece a eles esse Deus que é

objeto das virtudes teologais, e do qual

seus filhos sentem fome? Todos os dias

você parte para eles o pão do corpo; será

que lhes dá também o pão espiritual?

Você se preocupa, eu sei, em fazer com

que seus filhinhos tenham conhecimento

de Deus. Mas porque, pais e mães, desis-

tem da empreitada logo que eles cres-

cem? Já não falam mais de Deus com

eles. E se espantam, de repente, ao veri-

ficar que seus filhos vão perdendo a fé...

Alguns me respondem: “cada um tem

seu papel! Nós não somos padres; não

nos compete pregar! Aliás, os filhos não

gostam de sermões. Será que não há

coisa mais eficaz que ficar falando? O

exemplo e o testemunho não valem mui-

to mais?” Eu esperava por isso. É a res-

posta clássica de hoje em dia, daqueles

que não tem mais coragem de falar em

Deus. “Damos o testemunho, dizem eles;

a gente se cala, mas o exemplo fala!”

Que confianças vocês tem no valor exem-

plar de suas vidas! Depois, que contras-

senso: se abro um dicionário, verifico que

testemunha é alguém que diz o que sa-

be, o que viu, o que escutou.

Vocês devem reconhecer que o seu

silêncio tem talvez outras causas: a timi-

dez, o respeito humano, o medo das

reações, a consciência da sua própria

ignorância ou da falta de jeito para tratar

de temas religiosos. A menos que, por

Pe. Henri Caffarel

Filhos morrendo de fome

mais estranho que isso pareça, vocês não

tenham nada a dizer de Deus. Oh, nós

também, os padres, sentimos às vezes

isso. Mas nós sabemos o que isso signifi-

ca. Um dos meus colegas me dizia certa

vez: “Há um sinal infalível de que minha

vida interior esteja baixando: é não sentir

vontade de falar em Deus!”.

Não vá pensar que eu lhes esteja suge-

rindo usurparem o lugar da hierarquia. Ela

tem uma tarefa que lhe é própria, en-

quanto Igreja ensinante. Herdeira do mi-

nistério dos Apóstolos, só ela define a fé,

só ela ensina com autoridade. Mas, ao

lado desse ensinamento dado com autori-

dade pública, há um ensinamento particu-

lar. E este é para vocês, os pais, uma

função de Igreja, uma missão sagrada,

oficial: “evangelizar os seus filhos,

“transmitir a fé” àqueles aos quais trans-

mitiram a vida física. Para convencer os

pais de família que o escutavam, santo

Agostinho lhes dizia que, em suas casas,

eles deviam fazer o papel de sacerdotes e

até de bispos. E é evidente que é preciso

que a vida que levam não seja um des-

mentido de suas palavras, mas antes

uma ilustração das mesmas.

Não é muito normal que tenhamos de

lembrar-lhes esse dever imprescritível!

Quando chega ao seu conhecimento uma

noticia alegre e importante, que diga res-

peito não só a você, como também àque-

les que ama, você não fica ardendo de

impaciência por comunicar-lhes, o mais

depressa possível, tal notícia? Não venha

me dizer que isso já foi feito de uma vez

por todas, que você já ensinou a seu filho

que Deus é bom e que Deus o convida à

felicidade eterna. Pois todos os dias a fé

no infinito amor de Deus é posta a prova!

Porque o mundo em que estamos mergu-

lhados lança, a cada instante, um des-

mentido novo à nossa confiança na bon-

dade de Deus. Por isso, a fé tem de ser

uma reconquista cotidiana. Essa recon-

quista, seus filhos não a podem fazer

sozinhos: cabe a você proteger, defender,

alimentar neles a fé, falando-lhes de

Deus, que é seu Pai, ajudando-os a com-

preender melhor o grande desígnio de

Deus em relação ao mundo.

Mas insisto em que você deve falar-lhes

de Deus, e não penas de seus deveres, e

não apenas pregar-lhes a obediência, a

franqueza, o esforço, a pureza. Ensinando

-lhes apenas uma moral, você corre o

risco de vê-los reagirem como esse jovem

estudante que acaba de escrever-me

uma carta, de que tiro esse trecho: “Qual

não foi minha surpresa, ao descobrir nos

meus colegas e professores, todos ateus,

aquela consciência, aquela retidão, aque-

la dignidade de vida que meus pais me

haviam ensinado a colocar acima de tu-

do, e que eu julgava ser sinal característi-

co de um católico”. “Os que vejo aqui são

muito melhores que muitos cristãos que

eu conheço. Por isso, já não compreendo

bem a razão de ser dos sacramentos e

das práticas religiosas...”

Ele não compreendeu, esse rapaz, que

o que distingue um católico de um sim-

ples homem de bem, não é a prática

mais ou menos perfeita das virtudes,

mas a fé viva em Deus, que amou os

homens a ponto de lhes dar seu filho:

“Quanto a nós, diz São João, nós conhe-

cemos o amor que Deus tem por nós, e

nós cremos nesse amor”! Uma coisa é a

gente reduzir a religião do Cristo à prati-

ca das virtudes morais, e outra, inteira-

mente diferente, a gente saber que é

amado por Deus, que é filho de Deus,

que é convidado a participar de sua inti-

midade neste mundo, e chamado a dar-

lhe glória durante a vida toda.

É preciso que vocês sejam os que bus-

cam a Deus e que alimentam continua-

mente a fé com a sua palavra. “Guardem

a Palavra” (como foi dito de Nossa Se-

nhora, que conservava todas as coisas,

meditando-as em seu coração), e vocês

não tardarão a tornarem-se cristãos

transbordantes de vida, e o Espírito San-

to lhes dará toda a Verdade”.

A alegria de conhecer fará de vocês

apóstolos. Apóstolos para seus filhos em

primeiro lugar. Pais cristãos, vocês obser-

varam a ordem que Deus já dava aos

judeus: “Amarás o Senhor teu Deus de

todo o teu coração, de toda a tua alma,

com todas as suas forças”. Que estas

palavras que eu hoje te digo permane-

çam gravadas aos teus filhos. Tu lhes

dirás estas palavras tanto sentado em

tua casa como andando pela estrada,

tanto deitado como em pé; tu prendê-las-

á ao teu braço como um sinal, em torno

da tua fronte, como um diadema; tu as

escreverás nas traves da tua casa, tu as

escreverás sobre as portas...

Quando teu filho te perguntar: “que

instruções são essas que o Senhor nosso

Deus nos prescreveu?” Tu dirás a teu

filho: “Nós éramos escravos do Faraó do

Egito, e o Senhor nos tirou de lá com sua

mão poderosa. Realizou diante de nos-

sos olhos, prodígios enormes e terríveis.

Conduziu-nos ao país que, com juramen-

to, havia prometido aos nossos pais dar-

nos um dia. O Senhor nos prescreveu por

em prática todas as leis, a fim de sermos

sempre felizes, e de viver como nos con-

cedeu até agora”. (Deut. 6).

Todo pai (e toda mãe) deve ser um

profeta no sentido bíblico da palavra, isto

é, um homem que ouve a Deus, que fala

de Deus e em nome de Deus, e que pro-

clama os grande feitos do amor divino

por nós.

Edição:

Capela Nossa Senhora das Alegrias - Vitória, ES.

http:/www.nossasenhoradasalegrias.com.br

Entre em contato conosco pelo e-mail: [email protected]

Prezados Amigos, Salve Maria Imaculada!

É com grande alegria que chegamos a este primeiro ano de nosso jornalzinho. Que ele tenha servido, em

primeiro lugar, para a maior glória de Deus e também para auxiliar na formação das famílias católicas, são os

mais sinceros desejos de nossos corações, como bem disse Dom Tomás. Aproveitamos a oportunidade para

agradecer ao mesmo pela idéia de fazer este jornal e por ser nosso diretor, nosso pai e nosso amigo, guiando

nossas almas para a Verdade. Que a Virgem Santíssima o conserve sempre fiel à Nosso Senhor e à sua Igreja e

que, ao fim do combate, o leve ao Céu.

Para comemorar este 1º aniversário faremos o sorteio de alguns livros que

consideramos importantes para as famílias. Os interessados em participar deverão

enviar um e-mail, até o dia 10 de julho, para [email protected]

informando nome completo, cidade e e-mail de contato. Na próxima edição

anunciaremos o vencedor.

Que o Sacratíssimo Coração de Jesus, em união com o Coração Imaculado de

Maria e o Castíssimo Coração de José, se dignem abençoar e fortificar nossas famílias

para que elas sejam cada dia mais santas.

A Família Católica

P á g i n a 6 A F a m í l i a C a t ó l i c a

Entronização ao Sagrado Coração de Jesus

Aos que ainda não possuem suas casas entronizadas ao Sagrado Coração de Jesus, esperamos que o texto

que transcrevemos nesta edição do jornal, retirado do livro Jesus, Rei de Amor, sirva-lhes como o estímulo que

faltava para empreenderem a resolução de o mais rápido possível transformarem suas casas em Nazaré, em

uma nova Betânia, onde o Amor dos amores vive e reina. Pe. Mateo foi um verdadeiro apóstolo do Sagrado

Coração, a quem Nosso Senhor deu a conhecer seu projeto de “conquistar-Lhe o mundo, família por família”

além de “todo o plano da Entronização, tal como é praticada hoje no universo inteiro”. A respeito desta obra

São Pio X disse-lhe pessoalmente: “Não somente eu lh’o permito, como também eu lhe ordeno que dê a sua

vida por essa obra de salvação social. É uma obra admirável, consagre-lhe toda a sua vida”. Procure o sacerdo-

te responsável por sua Capela e peça-lhe que faça a Entronização ao Sagrado Coração de Jesus.

Promessas do Sagrado Coração às famílias em que a sua imagem fosse exposta e honrada:

“Eu lhes darei todas as graças necessárias ao seu estado de vida;

Eu tocarei os corações mais endurecidos;

Eu porei a paz nas famílias;

Eu abençoarei todos os seus empreendimentos.”