A Familia PDF:X

4
Como se sabe o PDF/X é um padrão criado pela ISO é uma norma que tem diversas partes como veremos a seguir. O PDF/X foi criado para permitir a troca de arquivos digitais de maneira confiável e com resultados previsíveis, na indústria gráfica. Com a recente incorporação destes padrões nas aplicações mais importantes do mercado - Adobe Photoshop, Adobe InDesign, Adobe Illustrator, QuarkXpress, CorelDraw, Adobe Acrobat, entre outros, os olhares do mercado se voltaram para o PDF/X com grande interesse. Desde seu lançamento, o padrão se desenvolveu em duas vertentes principais: o PDF/X-1a e o PDF/X-3. O primeiro destinado a fluxos de trabalho CMYK e cores especiais, e o segundo a fluxos de trabalho mais sofisticados, isto é, com gerenciamento de cores. Há também o PDF/X-2 que se destina a fluxos de trabalho com OPI, isto é, substituição de arquivos em tempo de impressão, mas não houve implementações deste padrão na indústria de software. Devido ao grande interesse pelo PDF/X-1a a ABTG, além de adotá-lo como padrão nacional equivalente ao internacional, criou uma cartilha com boas práticas de mercado. A cartilha do PDF/X-1a teve um sucesso estrondoso se colocando como uma preciosa ferramenta de evangelização, fazendo com que o padrão fosse adotado de maneira ampla por todo o Brasil. Isso confirma aquilo que se deu em outros mercados onde as Normas Internacionais vêm para regular o mercado e divulgar as boas práticas e fluxos de trabalho, facilitando a vida de clientes e fornecedores, otimizando a industria, reduzindo despesas e gerando mais lucros. O próximo passo no caminho é a adoção do PDF/X-3, especificação 2001, com suporte a fluxos com gerenciamento de cores e PDF versão 1.3. A ABTG irá lançar no primeiro semestre uma cartilha de boas práticas de mercado para o padrão PDF/X-3, a fim de impulsionar esta norma e proporcionar os recursos institucionais e organizacionais de que o mercado certamente necessita. Em seguida será traduzida a norma PDF/X-1a especificação 2003, padrão destinado a fluxos de trabalho CMYK e cores especiais, porém com suporte a PDF versão 1.4 em vez de 1.3. Cada uma destas normas é uma das “partes” da família PDF/X que é resumida no quadro abaixo, com seus títulos originais: Tabela 1 - As partes da norma ISO 15930 Introdução A FAMÍLIA PDF/X Texto por Bruno Mortara É consultor da ABTG - Associação Brasileira deTecnologia Gráfica e membro da ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas. É representante do Brasil na comissão internacional da ISO dedicada à padronização de formatos eletrônicos para conservação de documentos e a normas técnicas para o segmento gráfico. Diretor da Prata da Casa (www.pratadacasa.com.br), um bureau de finalização que tem mais de quinze anos de experiência na área de pré-impressão digital.

description

Família PDF/x

Transcript of A Familia PDF:X

  • Como se sabe o PDF/X um padro criado pela ISO uma norma que tem diversas partes como veremos a seguir. O PDF/X foi criado para permitir a troca de arquivos digitais de maneira confivel e com resultados previsveis, na indstria grfica. Com a recente incorporao destes padres nas aplicaes mais importantes do mercado - Adobe Photoshop, Adobe InDesign, Adobe Illustrator, QuarkXpress, CorelDraw, Adobe Acrobat, entre outros, os olhares do mercado se voltaram para o PDF/X com grande interesse.

    Desde seu lanamento, o padro se desenvolveu em duas vertentes principais: o PDF/X-1a e o PDF/X-3. O primeiro destinado a fluxos de trabalho CMYK e cores especiais, e o segundo a fluxos de trabalho mais sofisticados, isto , com gerenciamento de cores. H tambm o PDF/X-2 que se destina a fluxos de trabalho com OPI, isto , substituio de arquivos em tempo de impresso, mas no houve implementaes deste padro na indstria de software.

    Devido ao grande interesse pelo PDF/X-1a a ABTG, alm de adot-lo como padro nacional equivalente ao internacional, criou uma cartilha com boas prticas de mercado. A cartilha do PDF/X-1a teve um sucesso estrondoso se colocando como uma preciosa ferramenta de evangelizao, fazendo com que o padro fosse adotado de maneira ampla por todo o Brasil. Isso confirma aquilo que se deu em outros mercados onde as Normas Internacionais vm para regular o mercado e divulgar as boas prticas e fluxos de trabalho, facilitando a vida de clientes e fornecedores, otimizando a industria, reduzindo despesas e gerando mais lucros.

    O prximo passo no caminho a adoo do PDF/X-3, especificao 2001, com suporte a fluxos com gerenciamento de cores e PDF verso 1.3. A ABTG ir lanar no primeiro semestre uma cartilha de boas prticas de mercado para o padro PDF/X-3, a fim de impulsionar esta norma e proporcionar os recursos institucionais e organizacionais de que o mercado certamente necessita. Em seguida ser traduzida a norma PDF/X-1a especificao 2003, padro destinado a fluxos de trabalho CMYK e cores especiais, porm com suporte a PDF verso 1.4 em vez de 1.3.

    Cada uma destas normas uma das partes da famlia PDF/X que resumida no quadro abaixo, com seus ttulos originais:

    Tabela 1 - As partes da norma ISO 15930

    Introduo

    A FAMLIA PDF/X

    Texto por Bruno Mortara

    consultor da ABTG - Associao Brasileira deTecnologia Grfica e membro da ABNT - Associao Brasileira de Normas Tcnicas. representante do Brasil na comisso internacional da ISO dedicada padronizao de formatos eletrnicos para conservao de documentos e a

    normas tcnicas para o segmento grfico. Diretor da Prata da Casa

    (www.pratadacasa.com.br), um bureau de finalizao que tem mais de quinze anos de experincia na rea de pr-impresso digital.

  • Uma dvida que surge sempre que falamos das normas baseadas em PDF de como fica a corrida contra o relgio para se ter uma norma na mesma verso da ltima especificao do PDF da Adobe? As normas PDF/X, publicadas no Brasil esto na verso 1.3 e a especificao PDF da Adobe que j est na verso 1.7, com o Acrobat 8. Este descompasso trs uma sensao de que as normas esto ultrapassadas! Porm s observar a realidade das prticas comerciais como se devem preparar os arquivos para serem entregues a revistas e jornais pelo mundo, que constatamos que no serve em nada o software usar recursos avanadssimos e o mercado no adot-los, por saber que geram arquivos que ainda no so confiveis. Mas a ISO continua impulsionando a famlia PDF/X e seus novos membros so o PDF/X-4 e o PDF/X-5, a serem publicados ainda em 2007. Vamos dar uma olhada naquilo que vem pela frente mesmo sabendo que o mercado brasileiro ainda est tendo que dar seus primeiros passos em direo ao gerenciamento de cores com o PDF/X-3. Abaixo se encontra uma tabela com as principais caractersticas das diferentes partes da norma PDF/X.

  • Tabela 2 -As caractersticas da famlia PDF/X

    O PDF/X-3 Este padro o mais recente padro adotado no mercado brasileiro. Primeiramente necessrio afirmar que uma vez adotado o PDF/X-3 no significa que o PDF/X-1a deva ser abandonado ou fica obsoleto. Os formatos PDF/X-1a e PDF/X-3 so complementares e cada padro achar seu nicho no mercado. O importante que fluxos de trabalho com gerenciamento de cores (que requerem o PDF/X-3) so bem mais complexos, exigem profissionais mais treinados, equipamentos mais bem calibrados e sistemas atualizados para que funcione adequadamente. importante assinalar que no mundo todo, principalmente na Europa onde o padro amplamente adotado, assim que os profissionais e empresas passam a adotar o padro com boas prticas, ningum deseja mais voltar ao velho padro CMYK, ou seja, o PDF/X-1a. Portanto duro comear, mas uma vez implementado, suas vantagens so evidentes: flexibilidade, possibilidade de provas remotas com qualidade, reorientao de trabalhos de uma tecnologia de impresso para outra sem maiores problemas, e uma diviso das responsabilidades quanto a

  • qualidade das cores finais obtidas. Sabe-se que para isso cada segmento da cadeia produtiva deve estar preparado: o designer deve ter seus monitores calibrados, o bureau (ou grfica) dever ter seu sistema de digitalizao calibrado assim como seu sistema de provas e a grfica devem ter suas mquinas calibradas e caracterizadas para poder, na gravao do CTP, compensar as especificidades de cada equipamento / processo. No quesito de espaos de cor o fluxo de trabalho fica um pouco mais complexo que no fluxo de trabalho CMYK: so permitidos elementos com os seguintes espaos de cor: dados definidos colorimetricamente ou como um perfil ICC ICCBased colour space ou como CalGray, CalRGB ou Lab. Dados definidos numericamente podem ser definidos nos espaos de cor DeviceRGB, DeviceCMYK, DeviceGray, Separation, e DeviceN. Porm preciso saber, ao se fechar um arquivo em PostScript ou PDF, de que maneira minha aplicao ir codificar as cores, se h duotones, DCS2, e outras complicaes mais. Sabemos que a coisa bastante fcil enquanto lidamos com CMYK e PDF/X-1a mas, ao entrarmos no mundo das cores definidas colorimetricamente, preciso verificar bem o resultado daquilo que estamos fazendo. Caso contrrio os resultados sero diferentes do esperado e no saberemos o que foi que fizemos de errado para que isso tenha ocorrido. Como vimos a adoo dessa norma mais trabalhosa e requer comunicao e acerto entre os diversos elos da cadeia produtiva. Tem ainda, como fator complicador, a difuso das responsabilidades entre os diversos envolvidos na produo da pea grfica. Se algo no funcionar como deveria fica mais complicado saber onde foi que aconteceu o erro. por estas razes que o PDF/X-3 requer uma cartilha e tambm por isso que o PDF/X-1a ainda estar conosco por bastante tempo.