A FORMAÇÃO DOS ESTADOS NACIONAIS NA EUROPA

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A formação dos Estados Nacionais na Europa Ocidental Autor: Felipe Berté Freitas

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Apresentação de slides dada na aula sobre a formação dos Estados Nacionais para o terceiro nível do curso de graduação em história da Universidade de Passo Fundo

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A formação dos Estados Nacionais na Europa

Ocidental

Autor: Felipe Berté Freitas

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1. OBJETIVOS DO TRABALHO

Compreender o processo formação dos Estados Nacionais na Europa Ocidental;

Discutir os conceitos de Estado e Nação;

Distinguir as semelhanças e diferenças no processo de formação dos Estados Nacionais;

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2. DESENVOLVIMENTO DA AULA

Desenvolvimento e crise do sistema feudal;

Discussão sobre os conceitos de poder político, Estado e Nação;

Formação dos Estados Nacionais na Europa Ocidental;

Estudo de caso: Países Baixos e Itália + Inglaterra e Rússia.

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3. O DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA FEUDAL NA EUROPA OCIDENTAL

O apogeu do feudalismo ocorre entre os séculos IX e XIII;

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4. CAUSAS PARA O DESENVOLVIMENTO DO FEUDALISMO

Fim das invasões “bárbaras”;

Crescimento demográfico;

Colheitas abundantes;

Aperfeiçoamento das técnicas agrícolas;

Excedentes agrícolas

Comércio (feiras medievais)Campo (agricultura e criação de animais)

+ cidades (artesanato e comércio);

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Invasões árabes

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ANO POPULAÇÃO

1050 46 milhões

1150 50 milhões

1200 61 milhões

1300 73 milhões

*PAZZINATO, Alceu Luiz. História moderna e contemporânea. Ed Ática: São Paulo, 1997.

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5. RENASCIMENTO COMERCIAL

Genova e Veneza (mediterrâneo)

Região do Flandres (lã)

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Esse comércio possibilitou o retorno das transações financeiras, o reaparecimento da moeda, ou seja, deu vida as atividades bancárias.

Com isso a terra deixava de ser a única fonte de

riqueza e um novo grupo social surge, os mercadores ou comerciantes (burguesia)

As feiras eram os locais de compra e venda de produtos dos negociantes. Até o século XIV, as feiras mais importantes eram na região de Champanhe, França

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6. RENASCIMENTO DAS CIDADES E A BURGUESIA MERCANTIL

As transformações provocadas pelo comércio vão proporcionar o desenvolvimento das cidades;

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Crescimento da produção local; Substituição das oficinas senhoriais por

urbanas; Relações livres; Cidades como asilo para servos fugitivos.

“As pequenas novidades que foram surgindo na sociedade medieval proporcionaram o desenvolvimento do sistema para além dos seus limites”.

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7. A CRISE DO FEUDALISMO (PERRY ANDERSON)

A crise do feudalismo foi fruto das contradições internas do sistema que chegou aos seus limites objetivos (p.23);

Perry Anderson analisa o colapso do sistema feudal tendo em vista as causas e consequências sobre as questões agrícolas;

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8. CAUSAS PARA A CRISE DO SISTEMA FEUDAL

Menor rentabilidade das terras;

Esgotamento dos solos;

Comércio voltado para exportação;

Más colheitas;

Crise monetária;

Dificuldades tecnológicas;

Aumento dos preços dos alimentos

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9. OUTROS FATORES PARA A CRISE

PESTE

FOME

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GUERRA DOS CEM ANOS

EPIDEMIA

AGRICULTURA

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“Em Florença, no começo, apareciam, tanto nos homens como nas mulheres, seja na virilha, seja na axila, determinadas inchações. Destas, algumas cresciam como maçãs, outras como ovos. [...] dentro em breve o citado tumor passava a repontar e surgir por toda a parte, criando manchas negras nos doentes [...] tornando-se mortíferas para aqueles em que elas se instalavam... (p.34).

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9. REVOLTAS CAMPONESAS

As revoltas tem como causa a superexploração dos nobres sobre seus servos;

Jacquerie (França/1328);Gand (1381);Paris (1382);

MAPA DAS REVOLTAS CAMPONESAS/scanner

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“Todo este quadro de crise internas e externas do sistema feudal tem como consequência a necessidade de um poder forte e capaz de resolver a situação”

Neste sentido, tem-se as condições de emergência para o fenômeno político e social dos Estados Nacionais modernos.

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DISCUTINDO DISCUTINDO CONCEITOSCONCEITOS

Poder político, Estado e Nação.

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PODER POLÍTICO

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Poder: capacidade de produzir resultados previamente desejados;

Subjulgar o outro a partir da tua vontade;

Poder político: Tem sentido mais amplo, atinge toda a sociedade, regulando as relações sociais e dirigindo as ações coletivas, produzindo resultados numa escala macrosocial (p.3);

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2. AS BASES DE SUSTENTAÇÃO DO PODER POLÍTICO

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“Para exercer o poder político se utiliza inúmeros instrumentos de ação como”:

Violência

Temor

Respeito

Carisma

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ESTADOESTADO

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Em um conceito genérico podemos definir Estado como:

“Instituição  política, social e jurídica, ocupando que possui um território definido, normalmente onde a lei máxima é uma Constituição escrita, e dirigida por um governo que possui soberania reconhecida tanto interna como externamente”.

Um Estado soberano é sintetizado pela máxima "Um governo, um povo, um território".

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Sintetizando alguns dos principais teóricos do Estado, Leon Pomer o define como:

“Poder político capaz de controlar e dirigir a vida das pessoas. É força e poder que se sobrepõem a sociedade, mas ao mesmo tempo penetra impondo-lhes formas de ação e normas de pensamento (p.6-7)”;

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ESTADO

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Entidade composta por diversas instituições, de caráter político, que sustentada por um aparato jurídico, comanda um tipo complexo de organização social (p.115);

Organismo político-administrativo que ocupa um território determinado, sendo dirigido por governo próprio.

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Segundo Max Weber o Estado tem como base: um aparato administrativo que tem função de prestar serviços públicos + o monopólio legítimo da força física (p.115);

Weber coloca que o Estado moderno só existiu a partir do processo capitalista da sociedade moderna dos séculos XV e XVI;

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4. AS ORIGENS DO ESTADO

Existem duas vertentes principais que divergem quanto as funções e a origem do Estado;

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1ª VERTENTE Hobbes: (justificação do

absolutismo) “Estado surgiu como uma criação dos indivíduos para controlar os impulsos naturais e egoístas de cada um e assim possibilitar a vida em sociedade. Assim o Estado seria uma ferramenta de controle social, na qual para obter os benefícios da sociedade, o individuo abdica de seus direitos e se submete ao controle de um soberano” (p.116);

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Rousseau (critica ao absolutismo/inspiração das repúblicas na América): O Estado surgiu a partir de um compromisso entre os indivíduos, da vontade do povo, e como tal, deveria ser governado por representantes desta vontade (p.116);

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2ª VERTENTE Frederich Engels: Estado surgiu no final da pré-história

onde a dissolução da sociedade primitiva e a formação de comunidades não familiares proporcionaram suas origens. Destacam-se a expropriação econômica e as divisões sociais como fatores constituintes do Estado (p.117);

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Pierre Clastres (antropólogo): Estado não é elemento essencial na sociedade, pois as tribos indígenas não tinham Estado porque se recusavam a ter uma organização política baseada na desigualdade. O Estado só existe na medida em que os excedentes agrícolas permitam a emergência de classes desligadas da agricultura como: militares, burocratas e chefes políticos (p.118);

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Nação

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Nação: Forma particular de agrupamento humano, e ao mesmo tempo, uma forma muito própria de pensar este agrupamento humano (p.11);

Identidade nacional: Elementos superiores que se sobrepõem as particularidades dentro de um Estado nacional;

Em outras palavras representação subjetiva da nacionalidade como elemento comum que engloba as diferenças.

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“As primeiras nações vão surgir na Europa Ocidental do século XVIII. Com a formação dos estados, gradativamente rompe-se com o isolamento das comunidades locais, e passa-se a desenvolver a vida numa escala social e geográfica mais ampla (p.13)”;

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Estado-Nação: determinada população de um território que é reconhecida por um poder soberano, unificada por uma língua e uma cultura dominante considerada as únicas nacionais.

Weber: A nação é uma construção elaborada pelos grupos dominantes, que se atribuiu o papel de unir território e Estado em torno de uma cultura específica. Portanto, a nação é uma imposição, sendo que a língua e a unidade territorial não são determinantes;

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BOBBIO, Norberto. Dicionário de política. 12ª ed. BSB: UnB, 2002.

POMER, Leon. PINSKY, Jaime (Coord.). O surgimento das nações. 2.ed. São Paulo: Atual, 1986.

SILVA, Kalina Vanderlei; SILVA, Maciel Henrique. Dicionário de conceitos históricos. São Paulo: Contexto, 2009, p.11-15.