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A Formação de Árbitros de Futebol Estudo comparativo dos modelos de formação vigentes em Portugal e em Inglaterra Eduardo José de Góis Gomes Porto, 2008

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A Formação de Árbitros de Futebol

Estudo comparativo dos modelos de formação vigentes

em Portugal e em Inglaterra

Eduardo José de Góis Gomes

Porto, 2008

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A Formação de Árbitros de Futebol

Estudo comparativo dos modelos de formação vigentes

em Portugal e em Inglaterra

Monografia realizada no âmbito da disciplina

de Seminário do 5º ano da licenciatura em

Desporto e Educação Física, na área de

Treino Alto Rendimento Opção de Futebol,

da Faculdade de Desporto da Universidade

do Porto.

Orientador: Dr. Jorge Pinto Autor: Eduardo José de Góis Gomes

Porto, 2008

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Provas de Licenciatura

Gomes, E. (2008). A Formação de Árbitros de Futebol: Um estudo comparativo

dos modelos de formação vigentes em Portugal e em Inglaterra. Dissertação de

Licenciatura apresentada à Faculdade de Desporto da Universidade do Porto.

PALAVRAS-CHAVE: ÁRBITRO; NÍVEIS DE FORMAÇÃO; FUTEBOL.

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Este trabalho é dedicado às

Sou criança… Sou criança, deixem-me ser…Sou esperança e esperança no futuro quero terGosto de correr, saltar, dançarNão me podem levar a mal, ainda estou a crescer Sou criança, deixem-me fazerChorar, gritar, uma birra ao adormecerUm castelo na areia, uma asneira, brincar até o anoitecerNão me podem levar a mal, ainda estou a crescer Sou criança, deixem-me ter…Uma casa, um jardim, oportunidade para engrandecerAmor, carinho, amigos a quem possa agradecerNão me podem levar a mal, ainda estou a crescer Sou criança, deixem-me ver…O sol, a chuva, o céu e o mar A textura da terra, o perfume duma flor, o cantar dum pássaro reconhecerNão me podem levar a mal, ainda estou a crescer Sou criança, deixem-me entenderPorquê que há guerra? Porquê quePorquê que há fome? Porquê queNão me podem levar a mal, ainda estou a crescer Sou criança, deixem-me escolherSe ficas junto de mim, se te quero perderSe corro para os teus braços, seNão me podem levar a mal, ainda

DEDICATÓRIA

Este trabalho é dedicado às minhas filhas Maria Eduarda e Bárbara Elisa

… Sou esperança e esperança no futuro quero ter

ar, mas também de aprender Não me podem levar a mal, ainda estou a crescer

me fazer… Chorar, gritar, uma birra ao adormecer Um castelo na areia, uma asneira, brincar até o anoitecer

, ainda estou a crescer

… Uma casa, um jardim, oportunidade para engrandecer

amigos a quem possa agradecer Não me podem levar a mal, ainda estou a crescer

… O sol, a chuva, o céu e o mar nos meus braços receber A textura da terra, o perfume duma flor, o cantar dum pássaro reconhecer Não me podem levar a mal, ainda estou a crescer

me entender… orquê que têm as baleias de morrer?

orquê que têm as florestas de desaparecer? Não me podem levar a mal, ainda estou a crescer

me escolher… se te quero perder

Se corro para os teus braços, se me vou esconder Não me podem levar a mal, ainda estou a crescer

minhas filhas Maria Eduarda e Bárbara Elisa

De Góis

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Após uma longa e árdua t

enraivecido. Eis o vislumbre do tão

Concluído este estudo, não posso deixar

pessoas que contribuíram, directa ou indirectamente, para a sua realização.

Assim, gostaria de deixar o meu profundo agradecimento

pessoas:

Ao Professor Jorge Pinto por toda

compreensão demonstrada

À Professora Catarina

principalmente pelo apoio e amizade.

Ao Professor Manuel Francisco Costa, instrutor técnico de arbitragem

membro do gabinete de aperfeiçoamento técnico da Liga Portuguesa de

Futebol Profissional.

À Senhora Janie Frampton, membro da

À Dona Maria José e à Dona Paula,

Aos colegas e amigos,

aos “Gémeos”, por me terem

Aos meus pais, irmãos e irmãs, pela

nos momentos difíceis. P

precisei.

A ti…, que nunca esquecerei!

Eduardo GomVII

AGRADECIMENTOS

Após uma longa e árdua travessia num mar por vezes sereno

is o vislumbre do tão desejado porto seguro.

Concluído este estudo, não posso deixar de agradecer a todas as

pessoas que contribuíram, directa ou indirectamente, para a sua realização.

Assim, gostaria de deixar o meu profundo agradecimento

orge Pinto por toda a disponibilidade, conhecimento e

ão demonstrada.

À Professora Catarina, por me ter ajudado nas traduções e

principalmente pelo apoio e amizade.

Ao Professor Manuel Francisco Costa, instrutor técnico de arbitragem

membro do gabinete de aperfeiçoamento técnico da Liga Portuguesa de

À Senhora Janie Frampton, membro da Football Association

À Dona Maria José e à Dona Paula, pelo auxílio prestado.

e amigos, Sérgio, “Tropa”, Nelson, Fiqueli, Nuno Resende e

aos “Gémeos”, por me terem dado oportunidade de caminhar ao vosso lado.

Aos meus pais, irmãos e irmãs, pela ajuda, paciência e

. Por todo o amor e apoio que me deram

A ti…, que nunca esquecerei!

Agradecimentos

Eduardo Gomes

sereno, por vezes

de agradecer a todas as

pessoas que contribuíram, directa ou indirectamente, para a sua realização.

Assim, gostaria de deixar o meu profundo agradecimento às seguintes

a disponibilidade, conhecimento e

por me ter ajudado nas traduções e

Ao Professor Manuel Francisco Costa, instrutor técnico de arbitragem

membro do gabinete de aperfeiçoamento técnico da Liga Portuguesa de

Football Association.

lio prestado.

“Tropa”, Nelson, Fiqueli, Nuno Resende e

o vosso lado.

e compreensão

que me deram sempre que

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AGRADECIMENTOS.............................................................................

ÍNDICE GERAL.............................................. ........................................

ÍNDICE DE QUADROS..........................................................................

RESUMO....................................................

1. INTRODUÇÃO

1.1. Pertinência do Trabalho

1.2. Estrutura do Trabalho

2. REVISÃO DA LITERATURA

2.1. O Árbitro no Fenómeno Desportivo

2.2. O Árbitro de Futebol

2.2.1. Funções e Competências

2.3. Formação de Árbitros de Futebol

2.3.1. A Escola de Arbitragem

2.3.2. Fases de Formação do Árbitro

2.3.2.1. Característic

2.3.2.2. Características da

2.3.2.3. Característica da F

3. HIPÓTESES

3.1. Hipóteses ................................

Eduardo GomIX

ÍNDICE GERAL

.............................................................................

GERAL.............................................. ........................................

UADROS..........................................................................

RESUMO................................................................................................

o Trabalho ................................................................

o Trabalho ................................................................

A LITERATURA

Árbitro no Fenómeno Desportivo ............................................................

O Árbitro de Futebol .................................................................................

Competências do Árbitro ................................

rmação de Árbitros de Futebol .............................................................

A Escola de Arbitragem ................................................................

Fases de Formação do Árbitro .......................................................

Características da Fase de Iniciação ................................

Características da Fase Aperfeiçoamento ..........................

Característica da Fase de Especialização ..........................

................................................................................................

Índice Geral

Eduardo Gomes

................................................................................. VII

GERAL.............................................. ............................................ IX

UADROS.............................................................................. XI

................................................ XIII

1

............................................. 1

................................................ 3

5

............................ 5

................. 12

.............................................. 12

............................. 14

................................. 15

....................... 18

.................................. 18

.......................... 18

.......................... 19

21

................................. 21

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4. MATERIAL E MÉ TODOS

4.1. Caracterização da Amostra

4.2. Recolha de Dados

5. DESCRIÇÃO E COMPA

5.1. Descrição dos Modelos de Formação de Árbitros de Fute

Inglaterra ................................

5.2. Discussão dos respectivos Modelos

Portugal e em Inglaterra

5.2.1. Objectivos dos Programas de Formação

5.2.2. Formação Académica

5.2.3. Formação C

5.2.4. Conteúdos (disciplinas)

5.2.5. Condições de Aces

5.2.6. Duração ................................

5.2.7. Avaliação ................................

5.2.8. Organização

6. CONCLUSÕES

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Eduardo GomX

TODOS

Caracterização da Amostra ................................................................

....................................................................................

DESCRIÇÃO E COMPARAÇÃO DOS MODELOS DE FORMAÇ

Descrição dos Modelos de Formação de Árbitros de Futebol em Portugal e em

................................................................................................

Discussão dos respectivos Modelos de Formação de Árbitros Futebol

em Inglaterra ................................................................

os dos Programas de Formação ................................

Formação Académica ................................................................

Formação Contínua (acções de formação) ................................

(disciplinas)................................................................

Condições de Acesso (inscrição e preferência) ............................

........................................................................................

......................................................................................

zação .................................................................................

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Índice Geral

Eduardo Gomes

23

...................................... 23

.................... 23

RAÇÃO DOS MODELOS DE FORMAÇ ÃO 25

em Portugal e em

................................. 25

de Formação de Árbitros Futebol em

.......................................... 47

...................................... 47

................................... 47

................................... 48

.................................. 49

............................ 49

........................ 50

...................... 50

................. 51

53

55

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Quadro 1 – Descrição e Comparação dos Níveis de Formação

Inglaterra.

Quadro 2 – Descrição das principais características do Curso

em Portugal.

Quadro 3 – Descrição das principais características

Portugal nos Níveis: 5 (Segunda Categoria Distrital ou Regional) e 4 (Primeira Categoria Distrital ou

Regional).

Quadro 4 – Descrição das principais características

Portugal no Nível 3 (Terceira Categoria Nacional).

Quadro 5 – Descrição das principais características

Portugal no Nível 2 (Segunda Categoria Nacional).

Quadro 6 – Descrição das principais características

Portugal no Nível 1 (Primeira Categoria Nacional).

Quadro 7 – Descrição das principais características do Curso

em Inglaterra.

Quadro 8 – Descrição das principais características do Modelo de Formação de Árbitros de Futebol em

Inglaterra nos Níveis: 6 (County Referees

Quadro 9 – Descrição das principais características do Modelo de Formação de Árbitr

Inglaterra nos Níveis: 4 (Supply League Referees

Quadro 10 – Descrição das principais características do Modelo de Formação de Árbitros de Futebol em

Inglaterra nos Níveis: 2 (Panel List) e 1 (National List).

Índice de Quadros

Eduardo GomesXI

ÍNDICE DE QUADROS

ição e Comparação dos Níveis de Formação de Árbitros de Futebol em Portugal e em

Descrição das principais características do Curso de Formação Inicial de Árbitros de Futebol

das principais características do Modelo de Formação de Árbitros de Futebol em

nos Níveis: 5 (Segunda Categoria Distrital ou Regional) e 4 (Primeira Categoria Distrital ou

das principais características do Modelo de Formação de Árbitros de Futebol em

no Nível 3 (Terceira Categoria Nacional).

das principais características do Modelo de Formação de Árbitros de Futebol em

no Nível 2 (Segunda Categoria Nacional). das principais características do Modelo de Formação de Árbitros de Futebol em

no Nível 1 (Primeira Categoria Nacional).

das principais características do Curso de Formação Inicial de

Descrição das principais características do Modelo de Formação de Árbitros de Futebol em

County Referees) e 5 (Senior County Referees).

Descrição das principais características do Modelo de Formação de Árbitr

Supply League Referees) e 3 (Contributory Referees).

Descrição das principais características do Modelo de Formação de Árbitros de Futebol em

: 2 (Panel List) e 1 (National List).

Índice de Quadros

Eduardo Gomes

Árbitros de Futebol em Portugal e em

de Árbitros de Futebol

do Modelo de Formação de Árbitros de Futebol em

nos Níveis: 5 (Segunda Categoria Distrital ou Regional) e 4 (Primeira Categoria Distrital ou

Formação de Árbitros de Futebol em

do Modelo de Formação de Árbitros de Futebol em

do Modelo de Formação de Árbitros de Futebol em

de Árbitros de Futebol

Descrição das principais características do Modelo de Formação de Árbitros de Futebol em

Descrição das principais características do Modelo de Formação de Árbitros de Futebol em

Descrição das principais características do Modelo de Formação de Árbitros de Futebol em

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O presente estudo norteou como principal objectivo

de árbitros de Futebol vigentes

Para isso comparamos os

- Através da análise dos dados constatamos que, em Portugal

formação de árbitros de Futebol e

- Ambos os modelos apresentam um curso de formação inicial.

- Os objectivos dos cursos de formação inicial são semelhantes nos dois países.

- A avaliação compreende em ambos os

e de desempenho.

- Comparativamente

mínima obrigatória, contrariamente ao modelo inglês que não exige qualquer escolaridade

- As condições de acesso aos cursos de formação inicial

do que em Inglaterra.

- Em Portugal a duração dos cursos de formação inicial

dezoito horas que o modelo inglês.

- Os conteúdos dos cursos de formação inicia

apresentam-se com uma maior componente prática.

- A organização dos cursos de for

Relativamente aos demais níveis de formação

se apresentam, quer em Portugal quer em Inglaterra.

- A formação contínua é obrigatória

- As condições de acesso aos níveis seguintes obedecem aos mesmos requisitos.

Existe um tempo mínimo de permanência em cada nível, um ano. Com excepção dos níveis

cinco e quatro do modelo português em que os árbitros permanecem no mínimo dois anos.

- A avaliação é feita com base no desempenho, nos conhecimentos teó

na condição física do árbitro.

- Em termos de organização:

actuam no Futebol sénior amador. As F

no Futebol profissional.

PALAVRAS-CHAVE: ÁRBITRO; NÍVEIS DE FORMAÇÃO; FUTEBOL.

Eduardo GomXIII

RESUMO

O presente estudo norteou como principal objectivo, comparar os modelos de formação

vigentes em Portugal e em Inglaterra.

Para isso comparamos os modelos de formação das respectivas Federações.

Através da análise dos dados constatamos que, em Portugal existem seis níveis de

árbitros de Futebol e em Inglaterra existem dez níveis de formação

Ambos os modelos apresentam um curso de formação inicial.

Os objectivos dos cursos de formação inicial são semelhantes nos dois países.

A avaliação compreende em ambos os modelos, várias componente

à formação académica, o modelo português exige a escolaridade

, contrariamente ao modelo inglês que não exige qualquer escolaridade

acesso aos cursos de formação inicial em Portugal são mais difíceis

Em Portugal a duração dos cursos de formação inicial possui no seu currículo

que o modelo inglês.

Os conteúdos dos cursos de formação inicial em Inglaterra são mais específicos e

se com uma maior componente prática.

A organização dos cursos de formação inicial está a cargo das Associações locais.

Relativamente aos demais níveis de formação, são muito semelhantes na forma como

presentam, quer em Portugal quer em Inglaterra.

A formação contínua é obrigatória em todos os níveis.

s condições de acesso aos níveis seguintes obedecem aos mesmos requisitos.

Existe um tempo mínimo de permanência em cada nível, um ano. Com excepção dos níveis

cinco e quatro do modelo português em que os árbitros permanecem no mínimo dois anos.

é feita com base no desempenho, nos conhecimentos teó

na condição física do árbitro.

Em termos de organização: As Associações locais têm a seu cargo

sénior amador. As Federações são responsáveis pelos árbitros que actuam

ÁRBITRO; NÍVEIS DE FORMAÇÃO; FUTEBOL.

Resumo

Eduardo Gomes

comparar os modelos de formação

ederações.

existem seis níveis de

formação.

Os objectivos dos cursos de formação inicial são semelhantes nos dois países.

componentes: teórica, prática

, o modelo português exige a escolaridade

, contrariamente ao modelo inglês que não exige qualquer escolaridade.

em Portugal são mais difíceis

possui no seu currículo mais

l em Inglaterra são mais específicos e

ssociações locais.

, são muito semelhantes na forma como

s condições de acesso aos níveis seguintes obedecem aos mesmos requisitos.

Existe um tempo mínimo de permanência em cada nível, um ano. Com excepção dos níveis

cinco e quatro do modelo português em que os árbitros permanecem no mínimo dois anos.

é feita com base no desempenho, nos conhecimentos teóricos/práticos e

têm a seu cargo os árbitros que

são responsáveis pelos árbitros que actuam

ÁRBITRO; NÍVEIS DE FORMAÇÃO; FUTEBOL.

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1. INTRODUÇÃO

1.1. Pertinência do Trabalho

“O desporto é um fenómeno social, com organizações bem estruturadas

e vivido por milhões de pessoas através de todo o planeta. É mesmo um

fenómeno social total manifestando afinidades com todas as instâncias básicas

da sociedade. É talvez mesmo o fenómeno social mais significativo deste

século” (Costa, 1997).

Em Portugal, à semelhança do que se tem vindo a passar noutros

países, face a um mundo cada vez mais globalizado, o desporto apresenta

de diversas formas, como actividade profissional, empreendimento de saúde,

domínio tecnológico, artigo de consumo, ind

socialização, educação e formação (Bento, 1995).

De acordo com Garganta e Pinto (1998

um Jogo Desportivo Colectivo, é uma actividade revestida de

popularidade. Este aspecto justifica

espectadores que aglutina: é um fenómeno de elevada magnitude no quadro

cultural desportivo contemporâneo, constitui

visibilidade é manifestamente superior

existentes no nosso país.

Na procura da verdade desportiva e na salvaguarda da própria

competição e dos seus intervenientes,

de todas as modalidades desportivas sem a qual não se dá início a qualquer

competição que esteja incluída nos calendários oficiais do associativismo

desportivo” (Pimentel, 1982).

No caso dos Jogos Desportivos Colectivos, a arbitragem é uma tarefa

extremamente dura, exigente e complexa, em que a preparação do árbitro

compreende preparação técnica, física e psicológica. Segundo Lima (1982), a

arbitragem, no contexto global de todas a

alta competição é, sem dúvida alguma, uma tarefa dura, difícil e bastante

Eduardo Gomes1

INTRODUÇÃO

Pertinência do Trabalho

O desporto é um fenómeno social, com organizações bem estruturadas

milhões de pessoas através de todo o planeta. É mesmo um

fenómeno social total manifestando afinidades com todas as instâncias básicas

da sociedade. É talvez mesmo o fenómeno social mais significativo deste

Em Portugal, à semelhança do que se tem vindo a passar noutros

países, face a um mundo cada vez mais globalizado, o desporto apresenta

de diversas formas, como actividade profissional, empreendimento de saúde,

domínio tecnológico, artigo de consumo, indústria de entretenimento, factor de

socialização, educação e formação (Bento, 1995).

o com Garganta e Pinto (1998), o Futebol, sendo considerado

um Jogo Desportivo Colectivo, é uma actividade revestida de

popularidade. Este aspecto justifica-se pelo vasto número de praticantes e

espectadores que aglutina: é um fenómeno de elevada magnitude no quadro

cultural desportivo contemporâneo, constituindo-se como uma modalidade cuja

idade é manifestamente superior às outras modalidades desporti

existentes no nosso país.

Na procura da verdade desportiva e na salvaguarda da própria

competição e dos seus intervenientes, “a arbitragem é uma das componentes

de todas as modalidades desportivas sem a qual não se dá início a qualquer

steja incluída nos calendários oficiais do associativismo

(Pimentel, 1982).

No caso dos Jogos Desportivos Colectivos, a arbitragem é uma tarefa

extremamente dura, exigente e complexa, em que a preparação do árbitro

compreende preparação técnica, física e psicológica. Segundo Lima (1982), a

arbitragem, no contexto global de todas as actividades desportivas de média e

alta competição é, sem dúvida alguma, uma tarefa dura, difícil e bastante

Introdução

Eduardo Gomes

O desporto é um fenómeno social, com organizações bem estruturadas

milhões de pessoas através de todo o planeta. É mesmo um

fenómeno social total manifestando afinidades com todas as instâncias básicas

da sociedade. É talvez mesmo o fenómeno social mais significativo deste

Em Portugal, à semelhança do que se tem vindo a passar noutros

países, face a um mundo cada vez mais globalizado, o desporto apresenta-se

de diversas formas, como actividade profissional, empreendimento de saúde,

entretenimento, factor de

), o Futebol, sendo considerado

um Jogo Desportivo Colectivo, é uma actividade revestida de grande

se pelo vasto número de praticantes e

espectadores que aglutina: é um fenómeno de elevada magnitude no quadro

se como uma modalidade cuja

s outras modalidades desportivas

Na procura da verdade desportiva e na salvaguarda da própria

arbitragem é uma das componentes

de todas as modalidades desportivas sem a qual não se dá início a qualquer

steja incluída nos calendários oficiais do associativismo

No caso dos Jogos Desportivos Colectivos, a arbitragem é uma tarefa

extremamente dura, exigente e complexa, em que a preparação do árbitro

compreende preparação técnica, física e psicológica. Segundo Lima (1982), a

s actividades desportivas de média e

alta competição é, sem dúvida alguma, uma tarefa dura, difícil e bastante

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ingrata. É mesmo a menos agradecida e a menos apoiada de todas as tarefas

que dão corpo à competição desportiva.

De todos os agentes desportivos

frente para, sob pressão, darem respostas imediatas no julgamento do jogo.

Rodeados por ambientes de elevada competitividade e tensão, ter que decidir

ao milésimo, de forma objectiva e emocionalmente controlada, não é

(Neto, 1999).

É do conhecimento geral, que o trabalho desempenhado pelo árbitro no

seio do desporto profissional, neste caso particular

longo dos tempos alvo de controvérsia.

De acordo com Nunes (1995), a qualidade

em estreita dependência da qualidade dos agentes desportivos intervenientes:

treinadores, atletas, dirigentes ou árbitros.

Assim, parece de extrema importância uma aposta séria na formação

dos árbitros, baseada essencialmente na

afirma que referenciar a formação dos agentes desportivos como factor de

intervenção preponderante em qualquer processo desportivo, constitui uma

premissa de aceitação generalizada, à qual não é possível opor argumentação

convincente.

Adelino (1992) salienta que ao procurarmos analisar quem são os

agentes desportivos, se pusermos em confronto as actividades de que eles são

responsáveis e, ao mesmo tempo, a forma como se processa o acesso ao

desempenho daquelas tarefas, se

possuem, o tipo de conhecimentos que lhes são exigidos, as particularidades

mais relevantes da sua actuação, se analisarmos cuidadosamente todos estes

argumentos, será fácil chegar à conclusão dos riscos que se

interferir com a continuidade e rigor sobre a formação dos agentes desportivos.

Estando o Futebol no topo das modalidades desportivas de maior

projecção à escala mundial, é com naturalidade que a arbitragem detenha uma

posição saliente dentro do próprio fenómeno.

Num quadro em que os níveis de exigência competitivas impostas pelo

desporto de rendimento tem vindo a aumentar

Eduardo Gomes2

ingrata. É mesmo a menos agradecida e a menos apoiada de todas as tarefas

que dão corpo à competição desportiva.

gentes desportivos, os árbitros encontram-

frente para, sob pressão, darem respostas imediatas no julgamento do jogo.

Rodeados por ambientes de elevada competitividade e tensão, ter que decidir

ao milésimo, de forma objectiva e emocionalmente controlada, não é

É do conhecimento geral, que o trabalho desempenhado pelo árbitro no

seio do desporto profissional, neste caso particular no Futebol, tem sido ao

dos tempos alvo de controvérsia.

De acordo com Nunes (1995), a qualidade da prática desportiva, está

em estreita dependência da qualidade dos agentes desportivos intervenientes:

treinadores, atletas, dirigentes ou árbitros.

Assim, parece de extrema importância uma aposta séria na formação

dos árbitros, baseada essencialmente na qualidade. Aliás, Adelino (1992),

afirma que referenciar a formação dos agentes desportivos como factor de

intervenção preponderante em qualquer processo desportivo, constitui uma

premissa de aceitação generalizada, à qual não é possível opor argumentação

Adelino (1992) salienta que ao procurarmos analisar quem são os

agentes desportivos, se pusermos em confronto as actividades de que eles são

responsáveis e, ao mesmo tempo, a forma como se processa o acesso ao

desempenho daquelas tarefas, se verificarmos o estudo e o tipo de vínculo que

possuem, o tipo de conhecimentos que lhes são exigidos, as particularidades

mais relevantes da sua actuação, se analisarmos cuidadosamente todos estes

argumentos, será fácil chegar à conclusão dos riscos que se correm ao não

interferir com a continuidade e rigor sobre a formação dos agentes desportivos.

Estando o Futebol no topo das modalidades desportivas de maior

projecção à escala mundial, é com naturalidade que a arbitragem detenha uma

o do próprio fenómeno.

Num quadro em que os níveis de exigência competitivas impostas pelo

imento tem vindo a aumentar, torna-se imprescindível uma

Introdução

Eduardo Gomes

ingrata. É mesmo a menos agradecida e a menos apoiada de todas as tarefas

-se na linha da

frente para, sob pressão, darem respostas imediatas no julgamento do jogo.

Rodeados por ambientes de elevada competitividade e tensão, ter que decidir

ao milésimo, de forma objectiva e emocionalmente controlada, não é tarefa fácil

É do conhecimento geral, que o trabalho desempenhado pelo árbitro no

no Futebol, tem sido ao

da prática desportiva, está

em estreita dependência da qualidade dos agentes desportivos intervenientes:

Assim, parece de extrema importância uma aposta séria na formação

qualidade. Aliás, Adelino (1992),

afirma que referenciar a formação dos agentes desportivos como factor de

intervenção preponderante em qualquer processo desportivo, constitui uma

premissa de aceitação generalizada, à qual não é possível opor argumentação

Adelino (1992) salienta que ao procurarmos analisar quem são os

agentes desportivos, se pusermos em confronto as actividades de que eles são

responsáveis e, ao mesmo tempo, a forma como se processa o acesso ao

verificarmos o estudo e o tipo de vínculo que

possuem, o tipo de conhecimentos que lhes são exigidos, as particularidades

mais relevantes da sua actuação, se analisarmos cuidadosamente todos estes

correm ao não

interferir com a continuidade e rigor sobre a formação dos agentes desportivos.

Estando o Futebol no topo das modalidades desportivas de maior

projecção à escala mundial, é com naturalidade que a arbitragem detenha uma

Num quadro em que os níveis de exigência competitivas impostas pelo

se imprescindível uma

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maior consciencialização da importância

qualidade, do árbitro.

Conhecer a estrutura em que assenta

árbitros de Futebol em Portugal e

nomeadamente a Inglate

ilações que ajudem na concepção de um

as necessidades emergentes do Futebol P

Este trabalho tem como objectivo analisar e comparar todo o processo

de formação de árbitros de Futebol, em Portugal e

Esta comparação deve

caracterizados distintamente na forma como adeptos, dirigentes, treinadores e

jogadores encaram o árbitro de Futebol.

A justificação para a realização deste trabalho reside no facto de

considerarmos importante adquirirmos conhecimentos face ao aspecto

organizacional dos cursos de formação de árbitros de Futebol

países, de forma a disponibilizar informações a agentes ligados ao Futebol

(dirigentes, árbitros, treinadores e atle

temática são pouco frequentes, o que releva a realização do presente estudo.

1.2. Estrutura do Trabalho

De acordo com as normas estabelecidas pela Faculdade de Desporto da

Universidade do Porto, estruturamos o presen

No ponto 1, realizamos uma pequena I

a Pertinência do Trabalho e a Estrutura do T

No ponto 2, apresentamos uma Revisão da Literatura relativamente ao

tema em análise.

No ponto 3, fazemos

No ponto 4, fazemos

Proveniência dos Dados e o Método Utilizado na Análise dos D

No ponto 5, apresentamos

No ponto 6, apresentamos

No ponto 7, apresentamos as Referências B

Eduardo Gomes3

maior consciencialização da importância do processo de formação

Conhecer a estrutura em que assenta esta formação teórico/prática dos

em Portugal e compara-la com a de outro país

Inglaterra reveste-se de interesse, pois poderão ser retiradas

ilações que ajudem na concepção de um modelo sólido e coeso, que satisfaça

ssidades emergentes do Futebol Português.

Este trabalho tem como objectivo analisar e comparar todo o processo

de formação de árbitros de Futebol, em Portugal e em Inglaterra.

comparação deve-se ao facto de nos países em questão serem

caracterizados distintamente na forma como adeptos, dirigentes, treinadores e

jogadores encaram o árbitro de Futebol.

A justificação para a realização deste trabalho reside no facto de

considerarmos importante adquirirmos conhecimentos face ao aspecto

organizacional dos cursos de formação de árbitros de Futebol

, de forma a disponibilizar informações a agentes ligados ao Futebol

(dirigentes, árbitros, treinadores e atletas). Trabalhos relacionados com esta

temática são pouco frequentes, o que releva a realização do presente estudo.

Estrutura do Trabalho

De acordo com as normas estabelecidas pela Faculdade de Desporto da

Universidade do Porto, estruturamos o presente trabalho em sete capítulos.

1, realizamos uma pequena Introdução ao tema e enunciamos,

Pertinência do Trabalho e a Estrutura do Trabalho.

2, apresentamos uma Revisão da Literatura relativamente ao

emos referência às hipóteses do Estudo.

, fazemos a Caracterização da Amostra, enunciamos a

Proveniência dos Dados e o Método Utilizado na Análise dos Dados.

presentamos e Discutimos os Resultados do E

, apresentamos as Conclusões do Estudo.

, apresentamos as Referências Bibliográficas consultadas.

Introdução

Eduardo Gomes

do processo de formação, com

a formação teórico/prática dos

com a de outro país,

se de interesse, pois poderão ser retiradas

modelo sólido e coeso, que satisfaça

Este trabalho tem como objectivo analisar e comparar todo o processo

Inglaterra.

países em questão serem

caracterizados distintamente na forma como adeptos, dirigentes, treinadores e

A justificação para a realização deste trabalho reside no facto de

considerarmos importante adquirirmos conhecimentos face ao aspecto

organizacional dos cursos de formação de árbitros de Futebol de ambos os

, de forma a disponibilizar informações a agentes ligados ao Futebol

tas). Trabalhos relacionados com esta

temática são pouco frequentes, o que releva a realização do presente estudo.

De acordo com as normas estabelecidas pela Faculdade de Desporto da

te trabalho em sete capítulos.

ntrodução ao tema e enunciamos,

2, apresentamos uma Revisão da Literatura relativamente ao

a Caracterização da Amostra, enunciamos a

ados.

e Discutimos os Resultados do Estudo.

ibliográficas consultadas.

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2. REVISÃO DA LITERATURA

2.1. O Árbitro no Fenómeno Desportivo

O futebol, quer dele se goste ou não, é uma realidade social e humana,

que hoje em dia por ninguém pode ser

seja por simples amor ao Desporto, o certo é que constatamos que enormes

multidões se reúnem semanalmente e muitos milhares de pessoas se

deslocam para assistir a jogos de Futebol. Invariavelmente, os adeptos ou

simpatizantes do clube derrotado atribuem a responsabilidade da derrota à má

actuação do árbitro a quem dirigem insultos levando,

sua acção. Por tudo isso, a missão do árbitro é muito difícil e delicada,

actuando em ambientes normalmente

decidir em fracções de segundo, com uma visão clara do desenrolar

conhecimento perfeito

instantaneamente, a lei ao facto, não devendo, em caso algum, mostrar

indeciso nem transigente (Matos, 1984).

Segundo Gama (1998

normalmente num meio muito complexo, onde o ambiente criado à volta do

espectáculo suscita a todos, menos ao árbitro, um local privilegiado de

exteriorização de tensões, paixões ou frustrações, de forma muitas vezes

incontrolável.

Neste contexto, o árbitro é visto como um ser anti

deve deixar influenciar pelo meio que o rodeia. É

e indesculpável, o erro e a sua condiçã

ignorada. A avaliação do seu trabalho é quase sempre feita de forma

determinística, técnica e descontextualizada das emoções próprias da

competição.

Para Lima (1988) a arbitragem é uma das componentes de todas as

modalidades de desporto sem a qual não se dá início a qualquer competição

que esteja incluída nos calendários oficiais do associativismo desportivo.

Revisão da Literatura

Eduardo Gom5

REVISÃO DA LITERATURA

Árbitro no Fenómeno Desportivo

O futebol, quer dele se goste ou não, é uma realidade social e humana,

oje em dia por ninguém pode ser ignorado. Seja por paixões clubistas,

seja por simples amor ao Desporto, o certo é que constatamos que enormes

multidões se reúnem semanalmente e muitos milhares de pessoas se

deslocam para assistir a jogos de Futebol. Invariavelmente, os adeptos ou

tizantes do clube derrotado atribuem a responsabilidade da derrota à má

quem dirigem insultos levando, por vezes, mais longe a

sua acção. Por tudo isso, a missão do árbitro é muito difícil e delicada,

actuando em ambientes normalmente sobreaquecidos pelas paixões, tem de

decidir em fracções de segundo, com uma visão clara do desenrolar

conhecimento perfeito das leis, competindo-lhe ainda aplicar,

instantaneamente, a lei ao facto, não devendo, em caso algum, mostrar

o nem transigente (Matos, 1984).

Segundo Gama (1998) a actividade do árbitro desenvolve

normalmente num meio muito complexo, onde o ambiente criado à volta do

espectáculo suscita a todos, menos ao árbitro, um local privilegiado de

sões, paixões ou frustrações, de forma muitas vezes

Neste contexto, o árbitro é visto como um ser anti-social que não se

deve deixar influenciar pelo meio que o rodeia. É-lhe sempre exigível o óptimo

e indesculpável, o erro e a sua condição humana é permanentemente

ignorada. A avaliação do seu trabalho é quase sempre feita de forma

determinística, técnica e descontextualizada das emoções próprias da

) a arbitragem é uma das componentes de todas as

esporto sem a qual não se dá início a qualquer competição

que esteja incluída nos calendários oficiais do associativismo desportivo.

Revisão da Literatura

Eduardo Gomes

O futebol, quer dele se goste ou não, é uma realidade social e humana,

ignorado. Seja por paixões clubistas,

seja por simples amor ao Desporto, o certo é que constatamos que enormes

multidões se reúnem semanalmente e muitos milhares de pessoas se

deslocam para assistir a jogos de Futebol. Invariavelmente, os adeptos ou

tizantes do clube derrotado atribuem a responsabilidade da derrota à má

por vezes, mais longe a

sua acção. Por tudo isso, a missão do árbitro é muito difícil e delicada,

sobreaquecidos pelas paixões, tem de

decidir em fracções de segundo, com uma visão clara do desenrolar do jogo e

lhe ainda aplicar,

instantaneamente, a lei ao facto, não devendo, em caso algum, mostrar-se

) a actividade do árbitro desenvolve-se

normalmente num meio muito complexo, onde o ambiente criado à volta do

espectáculo suscita a todos, menos ao árbitro, um local privilegiado de

sões, paixões ou frustrações, de forma muitas vezes

social que não se

lhe sempre exigível o óptimo

o humana é permanentemente

ignorada. A avaliação do seu trabalho é quase sempre feita de forma

determinística, técnica e descontextualizada das emoções próprias da

) a arbitragem é uma das componentes de todas as

esporto sem a qual não se dá início a qualquer competição

que esteja incluída nos calendários oficiais do associativismo desportivo.

Page 20: A Formação de Árbitros de Futebol · 2019. 6. 12. · A Formação de Árbitros de Futebol Estudo comparativo dos modelos de formação vigentes em Portugal e em Inglaterra Monografia

Não há associação nem federação desportiva que dispense a

arbitragem, porquanto esta representa a garantia de oficializaçã

resultados, das marcas e dos recordes, realizados nos quadros competitivos

dependentes das áreas específicas da sua intervenção! Não há clube ou

colectividade desportiva que participe nas competições se, de antemão, não

estiver assegurada uma arbitra

autoridade que vincule de modo indiscutível a homologação oficial dos

resultados verificados naquelas competições. Não há atleta, treinador, dirigente

ou espectador que admita estar numa competição desportiva of

arbitragem.

Araújo (1995) refere que aos árbitros cumpre homologar os resultados

das competições e avaliar se as acções dos competidores decorrem de modo

conforme com aquilo que dita uma correcta interpretação do espírito das

regras.

O seu relacionamento com os treinadores e jogadores assenta no

reconhecimento prévio e absoluto da autoridade de que estão investidos

não o seu autoritarismo –

treinadores competem sob um determinado estado d

aqui e ali se manifesta de modo mais expansivo.

Nomeadamente, um árbitro com autoridade não é um árbitro que vigia

policialmente (no mau sentido deste termo) treinadores e jogadores, numa

procura constante de demonstrar o seu auto

O árbitro requer uma necessária sensibilidade pedagógica para ter

permanentemente uma atitude interpretativa das regras que lhe permita a

definição de um critério de intervenção o mais coerente possível com o espírito

que presidiu à sua elabora

previamente a intencionalidade nelas subjacente de melhoria das condições

em que actua e de eliminação gradual das muitas subjectividades

interpretativas a que as suas decisões estão sujeitas.

Assim, ao árbitro pertence aplicar as regras com critério, interpretando

as em função do espírito do jogo que presidiu à sua definição. Um árbitro não é

um aplicador de regras: é um condutor do jogo cujas decisões necessitam ser

Revisão da Literatura

Eduardo Gomes6

Não há associação nem federação desportiva que dispense a

arbitragem, porquanto esta representa a garantia de oficializaçã

resultados, das marcas e dos recordes, realizados nos quadros competitivos

dependentes das áreas específicas da sua intervenção! Não há clube ou

colectividade desportiva que participe nas competições se, de antemão, não

estiver assegurada uma arbitragem reconhecida, à priori, como idónea e com

autoridade que vincule de modo indiscutível a homologação oficial dos

resultados verificados naquelas competições. Não há atleta, treinador, dirigente

ou espectador que admita estar numa competição desportiva of

Araújo (1995) refere que aos árbitros cumpre homologar os resultados

das competições e avaliar se as acções dos competidores decorrem de modo

conforme com aquilo que dita uma correcta interpretação do espírito das

lacionamento com os treinadores e jogadores assenta no

reconhecimento prévio e absoluto da autoridade de que estão investidos

– e também no entendimento de que os jogadores e os

treinadores competem sob um determinado estado de tensão psicológica que

aqui e ali se manifesta de modo mais expansivo.

Nomeadamente, um árbitro com autoridade não é um árbitro que vigia

policialmente (no mau sentido deste termo) treinadores e jogadores, numa

procura constante de demonstrar o seu autoritarismo.

O árbitro requer uma necessária sensibilidade pedagógica para ter

permanentemente uma atitude interpretativa das regras que lhe permita a

definição de um critério de intervenção o mais coerente possível com o espírito

que presidiu à sua elaboração, tornando-se decisivo que procure entender

previamente a intencionalidade nelas subjacente de melhoria das condições

em que actua e de eliminação gradual das muitas subjectividades

interpretativas a que as suas decisões estão sujeitas.

ro pertence aplicar as regras com critério, interpretando

as em função do espírito do jogo que presidiu à sua definição. Um árbitro não é

um aplicador de regras: é um condutor do jogo cujas decisões necessitam ser

Revisão da Literatura

Eduardo Gomes

Não há associação nem federação desportiva que dispense a

arbitragem, porquanto esta representa a garantia de oficialização dos

resultados, das marcas e dos recordes, realizados nos quadros competitivos

dependentes das áreas específicas da sua intervenção! Não há clube ou

colectividade desportiva que participe nas competições se, de antemão, não

gem reconhecida, à priori, como idónea e com

autoridade que vincule de modo indiscutível a homologação oficial dos

resultados verificados naquelas competições. Não há atleta, treinador, dirigente

ou espectador que admita estar numa competição desportiva oficial sem

Araújo (1995) refere que aos árbitros cumpre homologar os resultados

das competições e avaliar se as acções dos competidores decorrem de modo

conforme com aquilo que dita uma correcta interpretação do espírito das

lacionamento com os treinadores e jogadores assenta no

reconhecimento prévio e absoluto da autoridade de que estão investidos – que

e também no entendimento de que os jogadores e os

e tensão psicológica que

Nomeadamente, um árbitro com autoridade não é um árbitro que vigia

policialmente (no mau sentido deste termo) treinadores e jogadores, numa

O árbitro requer uma necessária sensibilidade pedagógica para ter

permanentemente uma atitude interpretativa das regras que lhe permita a

definição de um critério de intervenção o mais coerente possível com o espírito

se decisivo que procure entender

previamente a intencionalidade nelas subjacente de melhoria das condições

em que actua e de eliminação gradual das muitas subjectividades

ro pertence aplicar as regras com critério, interpretando-

as em função do espírito do jogo que presidiu à sua definição. Um árbitro não é

um aplicador de regras: é um condutor do jogo cujas decisões necessitam ser

Page 21: A Formação de Árbitros de Futebol · 2019. 6. 12. · A Formação de Árbitros de Futebol Estudo comparativo dos modelos de formação vigentes em Portugal e em Inglaterra Monografia

coerentes durante toda a sua actuação. O b

reconhecido por jogadores e treinadores, é aquele que na “nossa casa”

sabemos que não nos “dará nada”, mas que “fora” também jamais “nos tirará” o

que quer que seja! O melhor árbitro é aquele que é aceite por todos os

intervenientes de um jogo antes de ele se iniciar, ou seja, o que recebe maior

aval de credibilidade por parte dos dirigentes, treinadores e jogadores.

O árbitro deve julgar a acção, e não a intenção dos jogadores. Sancionar

o que vê, e não o que pensa que viu! Antec

segredo de um bom árbitro, reside na sua capacidade de aplicar uma

arbitragem preventiva, mais que punitiva!

O árbitro erra tal como o jogador e o treinador, mas nunca pode

esquecer que tem nas suas mãos o poder absoluto

suas decisões não poder existir apelo.

cada vez melhor para errar cada vez menos.

responsabilidade de decidir sempre do modo mais justo possível, de forma a

dar a ambas as equipas igualdade de oportunidades de vitória.

Mas então o que é ser, por exemplo, árbitro de futebol? Para Lima

(1982) ser árbitro é est

bruscas mudanças de sentimentos, de opiniões e de atitudes que as mesmas

pessoas provocam perante factos desportivos na realidade idênticos.

Ser árbitro é, para os que vão ver ganhar, ser o alvo directo d

protestos daqueles que comungam com a equipa penalizada pela decisão do

juiz! Ora, logo que o árbitro intervém para fazer respeitar as leis do jogo

sempre uma equipa penalizada

metido numa fornalha para on

mais intensamente vivem o fenómeno de identificação com as equipas e que

os leva a dizer no final do encontro: ganhamos, perdemos ou empatámos!

Ser árbitro é também ficar de repente rodeado de jogadores que

protestam, que reclamam e

perante a falta clara, cometida sobre o adversário que dentro da grande área

estava em boa posição para fazer golo.

Revisão da Literatura

Eduardo Gomes7

coerentes durante toda a sua actuação. O bom árbitro, habitualmente

reconhecido por jogadores e treinadores, é aquele que na “nossa casa”

sabemos que não nos “dará nada”, mas que “fora” também jamais “nos tirará” o

que quer que seja! O melhor árbitro é aquele que é aceite por todos os

es de um jogo antes de ele se iniciar, ou seja, o que recebe maior

aval de credibilidade por parte dos dirigentes, treinadores e jogadores.

O árbitro deve julgar a acção, e não a intenção dos jogadores. Sancionar

o que vê, e não o que pensa que viu! Antecipar a jogada, e não a decisão! O

segredo de um bom árbitro, reside na sua capacidade de aplicar uma

arbitragem preventiva, mais que punitiva!

O árbitro erra tal como o jogador e o treinador, mas nunca pode

esquecer que tem nas suas mãos o poder absoluto contido no facto de das

suas decisões não poder existir apelo. O árbitro erra mas necessita preparar

cada vez melhor para errar cada vez menos. Ao árbitro cumpre a enorme

responsabilidade de decidir sempre do modo mais justo possível, de forma a

dar a ambas as equipas igualdade de oportunidades de vitória.

Mas então o que é ser, por exemplo, árbitro de futebol? Para Lima

(1982) ser árbitro é estar preparado para aguentar as vagas alterosas e as

bruscas mudanças de sentimentos, de opiniões e de atitudes que as mesmas

pessoas provocam perante factos desportivos na realidade idênticos.

Ser árbitro é, para os que vão ver ganhar, ser o alvo directo d

protestos daqueles que comungam com a equipa penalizada pela decisão do

juiz! Ora, logo que o árbitro intervém para fazer respeitar as leis do jogo

sempre uma equipa penalizada – há sempre protestos! Ser árbitro é estar

metido numa fornalha para onde todos deitam lenha, em especial aqueles que

mais intensamente vivem o fenómeno de identificação com as equipas e que

os leva a dizer no final do encontro: ganhamos, perdemos ou empatámos!

Ser árbitro é também ficar de repente rodeado de jogadores que

otestam, que reclamam e vociferam contra a decisão do péna

perante a falta clara, cometida sobre o adversário que dentro da grande área

estava em boa posição para fazer golo.

Revisão da Literatura

Eduardo Gomes

om árbitro, habitualmente

reconhecido por jogadores e treinadores, é aquele que na “nossa casa”

sabemos que não nos “dará nada”, mas que “fora” também jamais “nos tirará” o

que quer que seja! O melhor árbitro é aquele que é aceite por todos os

es de um jogo antes de ele se iniciar, ou seja, o que recebe maior

aval de credibilidade por parte dos dirigentes, treinadores e jogadores.

O árbitro deve julgar a acção, e não a intenção dos jogadores. Sancionar

ipar a jogada, e não a decisão! O

segredo de um bom árbitro, reside na sua capacidade de aplicar uma

O árbitro erra tal como o jogador e o treinador, mas nunca pode

contido no facto de das

O árbitro erra mas necessita preparar-se

Ao árbitro cumpre a enorme

responsabilidade de decidir sempre do modo mais justo possível, de forma a

Mas então o que é ser, por exemplo, árbitro de futebol? Para Lima

ar preparado para aguentar as vagas alterosas e as

bruscas mudanças de sentimentos, de opiniões e de atitudes que as mesmas

pessoas provocam perante factos desportivos na realidade idênticos.

Ser árbitro é, para os que vão ver ganhar, ser o alvo directo dos

protestos daqueles que comungam com a equipa penalizada pela decisão do

juiz! Ora, logo que o árbitro intervém para fazer respeitar as leis do jogo – há

há sempre protestos! Ser árbitro é estar

de todos deitam lenha, em especial aqueles que

mais intensamente vivem o fenómeno de identificação com as equipas e que

os leva a dizer no final do encontro: ganhamos, perdemos ou empatámos!

Ser árbitro é também ficar de repente rodeado de jogadores que

vociferam contra a decisão do pénalti assinalado,

perante a falta clara, cometida sobre o adversário que dentro da grande área

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Ser árbitro é ainda correr o risco de ser fisicamente agredido, q

espectadores, quer por uma das personagens do quadro do jogo. Ser árbitro é,

muitas vezes, sair do recinto de jogo sob escolta policial, de protecção à sua

segurança como cidadão. Ser árbitro é viver tantas outras situações, que

teríamos de preencher muitas páginas para descreve

Ser árbitro não deve ser nada daquilo que referimos anteriormente. Ser

árbitro é algo de diferente! A contribuição da arbitragem para o processo das

modalidades e para o disciplinamento das competições t

fundamentalmente por forma objectiva, no modo de actuar em relação aos

atletas, aos técnicos, aos dirigentes e a todos os profissionais que dão apoio às

actividades desportivas.

Ser membro de uma equipa de arbitragem, é ser antes de

convicto da modalidade escolhida; é ser um conhecedor profundo das regras; é

ser um juiz desportivo, responsável pelo enquadramento das competições no

âmbito dos objectivos educativos e formativos que devem presidir à prática

desportiva, e em conformidade com o alcance social e cultural que se

reconhece ao fenómeno do desporto.

Ser árbitro é ser um técnico desportivo devidamente capacitado no

domínio da aplicação concreta das regras e dos regulamentos especificamente

vinculados à competição, ha

e coerente dessas regras e desses regulamentos, é, em suma, um dirigente

desportivo que actua directamente no terreno competitivo. A competição

desportiva exige três intérpretes activos, participantes e

o treinador, e o árbitro. É evidente que não se podem equiparar. O atleta é

aquele que pratica o desporto e dá vida à competição desportiva. O treinador é

um especialista na preparação dos atletas e um orientador do modo de actuar

do atleta na competição.

Para Barata-Moura (1991) o juiz é um mediador, e como tal é u

elemento integrante do jogo

avaliação decisiva, autorizada, criteriosa.

Revisão da Literatura

Eduardo Gomes8

Ser árbitro é ainda correr o risco de ser fisicamente agredido, q

quer por uma das personagens do quadro do jogo. Ser árbitro é,

muitas vezes, sair do recinto de jogo sob escolta policial, de protecção à sua

segurança como cidadão. Ser árbitro é viver tantas outras situações, que

er muitas páginas para descreve-lo com pormenor.

Ser árbitro não deve ser nada daquilo que referimos anteriormente. Ser

árbitro é algo de diferente! A contribuição da arbitragem para o processo das

modalidades e para o disciplinamento das competições tem de concretizar

fundamentalmente por forma objectiva, no modo de actuar em relação aos

atletas, aos técnicos, aos dirigentes e a todos os profissionais que dão apoio às

actividades desportivas.

Ser membro de uma equipa de arbitragem, é ser antes de

convicto da modalidade escolhida; é ser um conhecedor profundo das regras; é

ser um juiz desportivo, responsável pelo enquadramento das competições no

âmbito dos objectivos educativos e formativos que devem presidir à prática

onformidade com o alcance social e cultural que se

reconhece ao fenómeno do desporto.

Ser árbitro é ser um técnico desportivo devidamente capacitado no

domínio da aplicação concreta das regras e dos regulamentos especificamente

vinculados à competição, habilitado no que se refere à interpretação criteriosa

e coerente dessas regras e desses regulamentos, é, em suma, um dirigente

desportivo que actua directamente no terreno competitivo. A competição

desportiva exige três intérpretes activos, participantes e responsáveis: o atleta,

o treinador, e o árbitro. É evidente que não se podem equiparar. O atleta é

aquele que pratica o desporto e dá vida à competição desportiva. O treinador é

um especialista na preparação dos atletas e um orientador do modo de actuar

o atleta na competição.

Moura (1991) o juiz é um mediador, e como tal é u

elemento integrante do jogo - submetido a regras e dependente de uma

avaliação decisiva, autorizada, criteriosa.

Revisão da Literatura

Eduardo Gomes

Ser árbitro é ainda correr o risco de ser fisicamente agredido, quer por

quer por uma das personagens do quadro do jogo. Ser árbitro é,

muitas vezes, sair do recinto de jogo sob escolta policial, de protecção à sua

segurança como cidadão. Ser árbitro é viver tantas outras situações, que

lo com pormenor.

Ser árbitro não deve ser nada daquilo que referimos anteriormente. Ser

árbitro é algo de diferente! A contribuição da arbitragem para o processo das

em de concretizar-se

fundamentalmente por forma objectiva, no modo de actuar em relação aos

atletas, aos técnicos, aos dirigentes e a todos os profissionais que dão apoio às

Ser membro de uma equipa de arbitragem, é ser antes de mais adepto

convicto da modalidade escolhida; é ser um conhecedor profundo das regras; é

ser um juiz desportivo, responsável pelo enquadramento das competições no

âmbito dos objectivos educativos e formativos que devem presidir à prática

onformidade com o alcance social e cultural que se

Ser árbitro é ser um técnico desportivo devidamente capacitado no

domínio da aplicação concreta das regras e dos regulamentos especificamente

bilitado no que se refere à interpretação criteriosa

e coerente dessas regras e desses regulamentos, é, em suma, um dirigente

desportivo que actua directamente no terreno competitivo. A competição

responsáveis: o atleta,

o treinador, e o árbitro. É evidente que não se podem equiparar. O atleta é

aquele que pratica o desporto e dá vida à competição desportiva. O treinador é

um especialista na preparação dos atletas e um orientador do modo de actuar

Moura (1991) o juiz é um mediador, e como tal é um

submetido a regras e dependente de uma

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O juiz-árbitro é uma primeira consciência, uma primei

prestação desportiva. Ele é, em campo e no momento, o primeiro garante ou

referencial da verdade desportiva de uma competição.

Arbitrar desportivamente não é assistir de modo passivo, nem sancionar

de maneira mecânica: É interpretar

igualmente de modo humanamente fundado

embora sujeito a regras universais pré

criatividade historicamente irrepetível das circunstâncias, dos agentes, dos

desempenhos. É por isso que arbitrar é difícil. É por isso que arbitrar é

necessário. É por isso que arbitrar é uma ingrediência constitutiva do jogo

competitivo.

Ser árbitro, segundo Barata

uma actividade muito complexa e imediata ou próxima do acontecimento

desportivo a que se refere a respectiva intervenção.

O processo social do desporto, em todas as

é que consagra a presença do árbitro como parceiro integrante da competição

desportiva.

O árbitro é ainda, e também, imolaror do que acontece na competição,

na medida em que a sua intervenção, sendo plurivectorial e qualificada, não

pode deixar de influenciar os ritmos competitivos, de determinar formas de

actuação dos competidores e de ajuizar sobre a duração temporal do evento

desportivo. Ao dirigir uma competição, o árbitro faz pedagogia.

Sem dúvida nenhuma, a tarefa essencial dum árbitro é assegurar

direcção correcta dos jogos. Uma formação permanente, directivas, e as

conversas pessoais, devem ser para

Araújo (1987) con

pelos jogadores e pel

independente, investido de poderes discricionários que lhe dão total

independência na aplicação das leis, sem que tenha de pensar na vitória de

qualquer dos intervenientes.

Porém, existe no homem a p

através de métodos que motivem a sua conduta em determinado momento.

Revisão da Literatura

Eduardo Gomes9

árbitro é uma primeira consciência, uma primeira reflexão, de uma

prestação desportiva. Ele é, em campo e no momento, o primeiro garante ou

referencial da verdade desportiva de uma competição.

Arbitrar desportivamente não é assistir de modo passivo, nem sancionar

de maneira mecânica: É interpretar - de modo humanamente fiável, mas

igualmente de modo humanamente fundado - a verdade de um jogo que,

embora sujeito a regras universais pré-estabelecidas, a cada passo evidencia a

criatividade historicamente irrepetível das circunstâncias, dos agentes, dos

desempenhos. É por isso que arbitrar é difícil. É por isso que arbitrar é

necessário. É por isso que arbitrar é uma ingrediência constitutiva do jogo

Ser árbitro, segundo Barata-Moura (1991) corresponde ao exercício de

complexa e imediata ou próxima do acontecimento

desportivo a que se refere a respectiva intervenção.

O processo social do desporto, em todas as suas vertentes competitivas,

que consagra a presença do árbitro como parceiro integrante da competição

O árbitro é ainda, e também, imolaror do que acontece na competição,

na medida em que a sua intervenção, sendo plurivectorial e qualificada, não

ciar os ritmos competitivos, de determinar formas de

actuação dos competidores e de ajuizar sobre a duração temporal do evento

desportivo. Ao dirigir uma competição, o árbitro faz pedagogia.

Sem dúvida nenhuma, a tarefa essencial dum árbitro é assegurar

direcção correcta dos jogos. Uma formação permanente, directivas, e as

conversas pessoais, devem ser para eles uma ajuda de valor (Seipelt, 1981).

Araújo (1987) considera que, o árbitro, ao contrário da vontade expressa

es e pelos clubes, surge como elemento estranho e

independente, investido de poderes discricionários que lhe dão total

independência na aplicação das leis, sem que tenha de pensar na vitória de

qualquer dos intervenientes.

Porém, existe no homem a possibilidade de exercitar a sua

através de métodos que motivem a sua conduta em determinado momento.

Revisão da Literatura

Eduardo Gomes

ra reflexão, de uma

prestação desportiva. Ele é, em campo e no momento, o primeiro garante ou

Arbitrar desportivamente não é assistir de modo passivo, nem sancionar

de modo humanamente fiável, mas

a verdade de um jogo que,

estabelecidas, a cada passo evidencia a

criatividade historicamente irrepetível das circunstâncias, dos agentes, dos

desempenhos. É por isso que arbitrar é difícil. É por isso que arbitrar é

necessário. É por isso que arbitrar é uma ingrediência constitutiva do jogo

Moura (1991) corresponde ao exercício de

complexa e imediata ou próxima do acontecimento

suas vertentes competitivas,

que consagra a presença do árbitro como parceiro integrante da competição

O árbitro é ainda, e também, imolaror do que acontece na competição,

na medida em que a sua intervenção, sendo plurivectorial e qualificada, não

ciar os ritmos competitivos, de determinar formas de

actuação dos competidores e de ajuizar sobre a duração temporal do evento

Sem dúvida nenhuma, a tarefa essencial dum árbitro é assegurar uma

direcção correcta dos jogos. Uma formação permanente, directivas, e as

(Seipelt, 1981).

rio da vontade expressa

surge como elemento estranho e

independente, investido de poderes discricionários que lhe dão total

independência na aplicação das leis, sem que tenha de pensar na vitória de

a sua consciência

através de métodos que motivem a sua conduta em determinado momento.

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Para tanto, bastará conhecer o que significa: carácter; responsabilidade;

competência; personalidade; coragem moral; dignidade; espírito de justiça;

força de vontade; capacidade de decisão; autoridade; experiência; força moral;

motivação; qualidades físicas; dedicação e entusiasmo.

A cada uma destas qualidades, corresponde:

CARÁCTER - É o elemento essencial à aptidão do árbitro. Ele exprime o

modo do árbitro se conduzir

distinguir as pessoas sob o ponto de vista moral. A lealdade, a lisura e a

imparcialidade são algumas das qualidades postas em evidência pelo carácter.

SABER - Depende da acumulação na memória dos factos e das coisa

É o fundamento do senso comum e do critério.

RESPONSABILIDADE

assumida.

COMPETÊNCIA

investido, sem os quais não poderá conhecer a fundo a profissão. Além disso,

a competência gera o prestígio.

PERSONALIDADE

influenciar alguém se primeiro não conseg

personalidade permite ao árbitro no meio das dificuldades, impor

calma, aos jogadores e ao público. Ela permite demonstrar firmeza nas suas

acções e convicções, facilitando as decisões.

CORAGEM MORAL

acções. Ela afirma-se ainda manutenção da justiça e da imparcialidade.

DIGNIDADE - É um misto de brio e de valor. Está muito ligada à honra.

É uma força interior que nos impele a manter um comportamento guiado por

valores elevados. Ser digno é mostrar

descambar. A dignidade zela pela nossa personalidade.

ESPÍRITO DE JUSTIÇA

o árbitro como juiz não pode realizar

A justiça envolve equidade, imparcialidade e ausência de desvios de critérios.

O sentido de justiça permite dar a cada jogador o que ele merece, estimulando

nos mesmos um sentimento de estabilidade e firmeza.

Revisão da Literatura

Eduardo Gomes10

Para tanto, bastará conhecer o que significa: carácter; responsabilidade;

competência; personalidade; coragem moral; dignidade; espírito de justiça;

apacidade de decisão; autoridade; experiência; força moral;

motivação; qualidades físicas; dedicação e entusiasmo.

A cada uma destas qualidades, corresponde:

É o elemento essencial à aptidão do árbitro. Ele exprime o

modo do árbitro se conduzir nas suas funções. Pelo carácter se podem

distinguir as pessoas sob o ponto de vista moral. A lealdade, a lisura e a

imparcialidade são algumas das qualidades postas em evidência pelo carácter.

Depende da acumulação na memória dos factos e das coisa

É o fundamento do senso comum e do critério.

RESPONSABILIDADE - É a obrigação de cumprir uma tarefa atribuída e

- Está ligada aos conhecimentos de que deve estar

investido, sem os quais não poderá conhecer a fundo a profissão. Além disso,

a competência gera o prestígio.

PERSONALIDADE - Ninguém poderá ter a veleidade de querer

influenciar alguém se primeiro não conseguir dominar-se a si próprio. A

personalidade permite ao árbitro no meio das dificuldades, impor

calma, aos jogadores e ao público. Ela permite demonstrar firmeza nas suas

acções e convicções, facilitando as decisões.

CORAGEM MORAL - Representa as responsabilidades pelas nossas

se ainda manutenção da justiça e da imparcialidade.

É um misto de brio e de valor. Está muito ligada à honra.

É uma força interior que nos impele a manter um comportamento guiado por

ados. Ser digno é mostrar-se à altura das situações. É não

descambar. A dignidade zela pela nossa personalidade.

ESPÍRITO DE JUSTIÇA - Quando não se trata os jogadores com justiça,

o árbitro como juiz não pode realizar-se nem manter-se.

quidade, imparcialidade e ausência de desvios de critérios.

O sentido de justiça permite dar a cada jogador o que ele merece, estimulando

nos mesmos um sentimento de estabilidade e firmeza.

Revisão da Literatura

Eduardo Gomes

Para tanto, bastará conhecer o que significa: carácter; responsabilidade;

competência; personalidade; coragem moral; dignidade; espírito de justiça;

apacidade de decisão; autoridade; experiência; força moral;

É o elemento essencial à aptidão do árbitro. Ele exprime o

nas suas funções. Pelo carácter se podem

distinguir as pessoas sob o ponto de vista moral. A lealdade, a lisura e a

imparcialidade são algumas das qualidades postas em evidência pelo carácter.

Depende da acumulação na memória dos factos e das coisas.

É a obrigação de cumprir uma tarefa atribuída e

Está ligada aos conhecimentos de que deve estar

investido, sem os quais não poderá conhecer a fundo a profissão. Além disso,

Ninguém poderá ter a veleidade de querer

se a si próprio. A

personalidade permite ao árbitro no meio das dificuldades, impor-se pela

calma, aos jogadores e ao público. Ela permite demonstrar firmeza nas suas

esponsabilidades pelas nossas

se ainda manutenção da justiça e da imparcialidade.

É um misto de brio e de valor. Está muito ligada à honra.

É uma força interior que nos impele a manter um comportamento guiado por

se à altura das situações. É não

Quando não se trata os jogadores com justiça,

quidade, imparcialidade e ausência de desvios de critérios.

O sentido de justiça permite dar a cada jogador o que ele merece, estimulando

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FORÇA DE VONTADE

metas difíceis de alcançar. A força de vontade mantém a chama de vencer.

CAPACIDADE DE DECISÃO

hesitação.

AUTORIDADE - É o poder de agir dentro do campo de acordo com

leis do jogo.

EXPERIÊNCIA -

poder dizer-se que ela nasce da dedicação pelo dever.

FORÇA MORAL

deve ser a preocupação de todos os árbitros.

MOTIVAÇÃO - É um processo intimamente ligado a todas as acções do

árbitro. É uma espécie de satisfação de um conjunto de necessidades do ser

humano com o fundamental.

É o bom trabalho desenvolvido de princípio a final pelos árbitros e

apreciado pelos jogadores e púb

QUALIDADES FÍSICAS

qualidades intelectuais e morais necessárias se ao mesmo tempo não tiver

condições físicas que lhe permitam acompanhar o jogo de perto. A preparação

física deve ser preocupação permanente do

desembaraço, resistência e energia.

DEDICAÇÃO E ENTUSIASMO

fazer sempre mais e melhor, despertando nele um interesse intenso em relação

ao cumprimento do dever.

Além de tudo isto, a situaçã

devendo tornar-se perito em:

Vencer dificuldades; Compensar inadequações; Modelar um ideal de

superioridade útil sobre os jogadores e o público, através de uma presença

latente.

O árbitro dirige a competição: ver

competição; convida os competidores a ocupar os lugares e as posições

regulamentares para começar a competição; dá sinal para começar a

competição; acompanha as actuações dos competidores; intervém quando a

Revisão da Literatura

Eduardo Gomes11

FORÇA DE VONTADE - Manifesta-se pelo querer. Só ela permite ating

metas difíceis de alcançar. A força de vontade mantém a chama de vencer.

CAPACIDADE DE DECISÃO - Decidir significa optar. É a ausência de

É o poder de agir dentro do campo de acordo com

Resulta da capacidade dos seus conhecimentos e

se que ela nasce da dedicação pelo dever.

- É por assim dizer o estado de espírito do indivíduo e

deve ser a preocupação de todos os árbitros.

É um processo intimamente ligado a todas as acções do

árbitro. É uma espécie de satisfação de um conjunto de necessidades do ser

humano com o fundamental.

É o bom trabalho desenvolvido de princípio a final pelos árbitros e

apreciado pelos jogadores e público.

QUALIDADES FÍSICAS - De pouco servirá ao árbitro possuir as

qualidades intelectuais e morais necessárias se ao mesmo tempo não tiver

condições físicas que lhe permitam acompanhar o jogo de perto. A preparação

física deve ser preocupação permanente dos árbitros, porque engloba

desembaraço, resistência e energia.

DEDICAÇÃO E ENTUSIASMO - Esta acção leva o árbitro a procurar

sempre mais e melhor, despertando nele um interesse intenso em relação

ao cumprimento do dever.

Além de tudo isto, a situação do árbitro exige ainda planos cuidados,

se perito em:

Vencer dificuldades; Compensar inadequações; Modelar um ideal de

superioridade útil sobre os jogadores e o público, através de uma presença

O árbitro dirige a competição: verifica se está tudo preparado para a

competição; convida os competidores a ocupar os lugares e as posições

regulamentares para começar a competição; dá sinal para começar a

competição; acompanha as actuações dos competidores; intervém quando a

Revisão da Literatura

Eduardo Gomes

se pelo querer. Só ela permite atingir

metas difíceis de alcançar. A força de vontade mantém a chama de vencer.

Decidir significa optar. É a ausência de

É o poder de agir dentro do campo de acordo com as

seus conhecimentos e

É por assim dizer o estado de espírito do indivíduo e

É um processo intimamente ligado a todas as acções do

árbitro. É uma espécie de satisfação de um conjunto de necessidades do ser

É o bom trabalho desenvolvido de princípio a final pelos árbitros e

De pouco servirá ao árbitro possuir as

qualidades intelectuais e morais necessárias se ao mesmo tempo não tiver

condições físicas que lhe permitam acompanhar o jogo de perto. A preparação

s árbitros, porque engloba

sta acção leva o árbitro a procurar

sempre mais e melhor, despertando nele um interesse intenso em relação

o do árbitro exige ainda planos cuidados,

Vencer dificuldades; Compensar inadequações; Modelar um ideal de

superioridade útil sobre os jogadores e o público, através de uma presença

ifica se está tudo preparado para a

competição; convida os competidores a ocupar os lugares e as posições

regulamentares para começar a competição; dá sinal para começar a

competição; acompanha as actuações dos competidores; intervém quando a

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forma de actuar de qualquer competidor não respeita as regras do jogo;

penaliza sempre que há infracção ao código das leis desportivas e, por fim,

quando a competição termina, procede à oficialização do resultado da

competição.

Não concebemos qualquer razão válida para

treinador e árbitro – deva receber tratamento diferente durante o respectivo

processo de formação (Araújo, 1995).

2.2. O Árbitro de

Até aqui temos perspectivado a problemática do árbitro no fenómeno

desportivo, nomeadame

preocupações actuais, com vista à concretização do objectivo primordial que

reside na obtenção do êxito no desporto profissional em geral.

Segundo Rebelo, Silva, Pereira e Soares (2002) o árbitro de Futebol é a

entidade oficial que regula o comportamento desportivo

directos no jogo, fazendo cumprir as regras do jogo.

Nesta fase, é da maior importância referenc

consideram importantes para contextualizar

desportiva actual.

2.2.1. Funções e Competências

O jogo disputa-se sob o controlo dum árbitro que dispõe de toda a

autoridade necessária para velar pela aplicação das Leis do Jogo no quadro do

jogo que é chamado a dirigir

De acordo com a Federação Portuguesa de Futebol (2000), o árbitro

deve:

� Velar pela aplicação das Leis do Jogo;

� Assegurar o controlo do jogo em colaboração com os árbitros

assistentes e, se for caso disso, com o

� Assegurar-se que a bola utilizada satisfaz as exigências da Lei 12;

Revisão da Literatura

Eduardo Gomes12

ar de qualquer competidor não respeita as regras do jogo;

penaliza sempre que há infracção ao código das leis desportivas e, por fim,

quando a competição termina, procede à oficialização do resultado da

Não concebemos qualquer razão válida para que esta trilogia

deva receber tratamento diferente durante o respectivo

processo de formação (Araújo, 1995).

O Árbitro de Futebol

Até aqui temos perspectivado a problemática do árbitro no fenómeno

desportivo, nomeadamente o seu papel, imagem, responsabilidades e

preocupações actuais, com vista à concretização do objectivo primordial que

reside na obtenção do êxito no desporto profissional em geral.

Segundo Rebelo, Silva, Pereira e Soares (2002) o árbitro de Futebol é a

entidade oficial que regula o comportamento desportivo dos intervenientes

directos no jogo, fazendo cumprir as regras do jogo.

Nesta fase, é da maior importância referenciar algumas funções

portantes para contextualizar o papel do árbitro

Funções e Competências do Árbitro

se sob o controlo dum árbitro que dispõe de toda a

autoridade necessária para velar pela aplicação das Leis do Jogo no quadro do

jogo que é chamado a dirigir (Federação Portuguesa de Futebol, 2000).

De acordo com a Federação Portuguesa de Futebol (2000), o árbitro

Velar pela aplicação das Leis do Jogo;

Assegurar o controlo do jogo em colaboração com os árbitros

assistentes e, se for caso disso, com o quarto árbitro;

se que a bola utilizada satisfaz as exigências da Lei 12;

Revisão da Literatura

Eduardo Gomes

ar de qualquer competidor não respeita as regras do jogo;

penaliza sempre que há infracção ao código das leis desportivas e, por fim,

quando a competição termina, procede à oficialização do resultado da

que esta trilogia – atleta,

deva receber tratamento diferente durante o respectivo

Até aqui temos perspectivado a problemática do árbitro no fenómeno

nte o seu papel, imagem, responsabilidades e

preocupações actuais, com vista à concretização do objectivo primordial que

Segundo Rebelo, Silva, Pereira e Soares (2002) o árbitro de Futebol é a

dos intervenientes

iar algumas funções que se

tro, na realidade

se sob o controlo dum árbitro que dispõe de toda a

autoridade necessária para velar pela aplicação das Leis do Jogo no quadro do

(Federação Portuguesa de Futebol, 2000).

De acordo com a Federação Portuguesa de Futebol (2000), o árbitro

Assegurar o controlo do jogo em colaboração com os árbitros

se que a bola utilizada satisfaz as exigências da Lei 12;

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� Assegurar-se que o equipamento dos jogadores satisfaz as exigências

da Lei 4;

� Assegurar a função de cronometrista e redigir um relatório do jogo;

� Parar o jogo temporariamen

definitivamente, à sua discrição, por cada infracção às Leis;

� Parar o jogo temporariamente, suspendê

definitivamente por razões de interferência de acontecimentos

exteriores, quaisquer que eles sejam;

� Parar o jogo se, no seu entender um jogador está seriamente lesionado

e fazê-lo transportar para fora do terreno de jogo;

� Deixar o jogo prosseguir até que a bola deixe de estar em jogo e, em

seu entender um jogador só está ligeiramente lesionado;

� Fazer com que todo o jogador que tenha uma ferida a sangrar deixe o

terreno de jogo. O jogador só poderá regressar após receber um sinal do

árbitro depois deste se assegurar que a hemorragia parou;

� Deixar o jogo prosseguir quando a equipa contra a qual uma falta foi

cometida possa tirar uma vantagem, e sancionar a falta cometida

inicialmente se a presumível vantagem não se concretizar;

� Sancionar a falta mais grave quando um jogador cometa

simultaneamente várias faltas;

� Tomar medidas disciplinares contra todo o jogador

passível de advertência ou expulsão. O árbitro não tem de actuar

imediatamente, mas deve fazê

� Tomar medidas disciplinares contra os elementos oficiais da equipa que

não tenham um comportamento respon

expulsá-los do terreno de jogo e das imediações;

� Intervir sob indicação dos seus árbitros assistentes no que respeita a

incidentes que ele próprio não pode constatar;

� Fazer com que nenhuma pessoa não autorizada penetre no terreno

jogo;

� Dar sinal de recomeço do jogo após uma interrupção;

Revisão da Literatura

Eduardo Gomes13

se que o equipamento dos jogadores satisfaz as exigências

Assegurar a função de cronometrista e redigir um relatório do jogo;

Parar o jogo temporariamente, suspendê-lo ou interrompê

definitivamente, à sua discrição, por cada infracção às Leis;

Parar o jogo temporariamente, suspendê-lo ou interrompê

definitivamente por razões de interferência de acontecimentos

exteriores, quaisquer que eles sejam;

rar o jogo se, no seu entender um jogador está seriamente lesionado

lo transportar para fora do terreno de jogo;

Deixar o jogo prosseguir até que a bola deixe de estar em jogo e, em

seu entender um jogador só está ligeiramente lesionado;

ue todo o jogador que tenha uma ferida a sangrar deixe o

terreno de jogo. O jogador só poderá regressar após receber um sinal do

árbitro depois deste se assegurar que a hemorragia parou;

Deixar o jogo prosseguir quando a equipa contra a qual uma falta foi

cometida possa tirar uma vantagem, e sancionar a falta cometida

inicialmente se a presumível vantagem não se concretizar;

Sancionar a falta mais grave quando um jogador cometa

simultaneamente várias faltas;

Tomar medidas disciplinares contra todo o jogador que cometa uma falta

passível de advertência ou expulsão. O árbitro não tem de actuar

imediatamente, mas deve fazê-lo na próxima interrupção de jogo;

Tomar medidas disciplinares contra os elementos oficiais da equipa que

não tenham um comportamento responsável, e, à sua discrição,

los do terreno de jogo e das imediações;

Intervir sob indicação dos seus árbitros assistentes no que respeita a

incidentes que ele próprio não pode constatar;

Fazer com que nenhuma pessoa não autorizada penetre no terreno

Dar sinal de recomeço do jogo após uma interrupção;

Revisão da Literatura

Eduardo Gomes

se que o equipamento dos jogadores satisfaz as exigências

Assegurar a função de cronometrista e redigir um relatório do jogo;

lo ou interrompê-lo

definitivamente, à sua discrição, por cada infracção às Leis;

lo ou interrompê-lo

definitivamente por razões de interferência de acontecimentos

rar o jogo se, no seu entender um jogador está seriamente lesionado

Deixar o jogo prosseguir até que a bola deixe de estar em jogo e, em

ue todo o jogador que tenha uma ferida a sangrar deixe o

terreno de jogo. O jogador só poderá regressar após receber um sinal do

árbitro depois deste se assegurar que a hemorragia parou;

Deixar o jogo prosseguir quando a equipa contra a qual uma falta foi

cometida possa tirar uma vantagem, e sancionar a falta cometida

inicialmente se a presumível vantagem não se concretizar;

Sancionar a falta mais grave quando um jogador cometa

que cometa uma falta

passível de advertência ou expulsão. O árbitro não tem de actuar

lo na próxima interrupção de jogo;

Tomar medidas disciplinares contra os elementos oficiais da equipa que

sável, e, à sua discrição,

Intervir sob indicação dos seus árbitros assistentes no que respeita a

Fazer com que nenhuma pessoa não autorizada penetre no terreno de

Page 28: A Formação de Árbitros de Futebol · 2019. 6. 12. · A Formação de Árbitros de Futebol Estudo comparativo dos modelos de formação vigentes em Portugal e em Inglaterra Monografia

� Remeter às autoridades competentes um relatório donde conste as

informações relativas a todas as medidas disciplinares que tomou contra

jogadores e/ou elementos oficiais, assim como qualquer in

ocorrido antes, durante ou depois do jogo.

As decisões do árbitro sobre os factos relacionados com o jogo não têm

apelo. O árbitro só pode revogar uma decisão que ele verifica ser incorrecta ou,

à sua discrição, ou por aviso do árbitro assistente,

ainda recomeçado (Federação Portuguesa de Futebol, 2000).

2.3. Formação de árbitros de Futebol

As funções e competências exigidas ao árbitro

formação adequada.

Tal como afirma Gama (1998) a

laboratório é a competição que dirige diariamente. A intervenção das estruturas

de formação terá de ser

associada à definição da carreira e à categoria deve estar intimamente

ao seu enquadramento prático. A formação do árbitro tem de ser

fundamentalmente dirigida para a resolução das situações em concreto

Existe uma preocupação para quem quer assistir ao desenvolvimento do

desporto nacional, preferencialmente no que re

para treinadores e para árbitros que sem uma formação devidamente

organizada, dificilmente irão aparecer melhores desportistas, melhores

treinadores, melhores árbitros e melhor

Apenas uma boa formaçã

actuações dos árbitros, que nem sempre dependem dos próprios mas de uma

política formativa que as autoridades federativas devem empreender (Comas,

1991).

Desta forma e, para que esta premissa se cumpra, cada vez se tor

mais imperioso uma maior

responder às exigências do futebol actual.

Revisão da Literatura

Eduardo Gomes14

Remeter às autoridades competentes um relatório donde conste as

informações relativas a todas as medidas disciplinares que tomou contra

jogadores e/ou elementos oficiais, assim como qualquer in

ntes, durante ou depois do jogo.

As decisões do árbitro sobre os factos relacionados com o jogo não têm

apelo. O árbitro só pode revogar uma decisão que ele verifica ser incorrecta ou,

à sua discrição, ou por aviso do árbitro assistente, desde que o jogo não tenha

ainda recomeçado (Federação Portuguesa de Futebol, 2000).

ormação de árbitros de Futebol

As funções e competências exigidas ao árbitro determinam uma

Gama (1998) a formação do árbitro é contínua. O seu

é a competição que dirige diariamente. A intervenção das estruturas

á de ser também contínua. A formação mais orgânica,

associada à definição da carreira e à categoria deve estar intimamente

ao seu enquadramento prático. A formação do árbitro tem de ser

fundamentalmente dirigida para a resolução das situações em concreto

xiste uma preocupação para quem quer assistir ao desenvolvimento do

, preferencialmente no que respeita aos graus de formação

para treinadores e para árbitros que sem uma formação devidamente

organizada, dificilmente irão aparecer melhores desportistas, melhores

treinadores, melhores árbitros e melhores dirigentes (Lima, 1991)

boa formação vai poder baixar os índices de más

actuações dos árbitros, que nem sempre dependem dos próprios mas de uma

política formativa que as autoridades federativas devem empreender (Comas,

Desta forma e, para que esta premissa se cumpra, cada vez se tor

mais imperioso uma maior e melhor formação dos árbitros, para que consigam

s exigências do futebol actual.

Revisão da Literatura

Eduardo Gomes

Remeter às autoridades competentes um relatório donde conste as

informações relativas a todas as medidas disciplinares que tomou contra

jogadores e/ou elementos oficiais, assim como qualquer incidente

As decisões do árbitro sobre os factos relacionados com o jogo não têm

apelo. O árbitro só pode revogar uma decisão que ele verifica ser incorrecta ou,

desde que o jogo não tenha

determinam uma

formação do árbitro é contínua. O seu

é a competição que dirige diariamente. A intervenção das estruturas

A formação mais orgânica,

associada à definição da carreira e à categoria deve estar intimamente ligada

ao seu enquadramento prático. A formação do árbitro tem de ser

fundamentalmente dirigida para a resolução das situações em concreto.

xiste uma preocupação para quem quer assistir ao desenvolvimento do

speita aos graus de formação

para treinadores e para árbitros que sem uma formação devidamente

organizada, dificilmente irão aparecer melhores desportistas, melhores

(Lima, 1991).

o vai poder baixar os índices de más

actuações dos árbitros, que nem sempre dependem dos próprios mas de uma

política formativa que as autoridades federativas devem empreender (Comas,

Desta forma e, para que esta premissa se cumpra, cada vez se torna

s, para que consigam

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2.3.1. A Escola da

Uma preocupação, dir

sentida pelos responsáveis da arbitragem, e nomeadamente por aqueles que

estão mais vocacionados para a função, é como se conseguirão nos tempos

futuros candidatos à frequência dos cursos de árbitros. Os Conselhos de

Arbitragem estão sensíveis a este problema, daí a pr

encaram o recrutamento de novos elementos, que assegurem a continuidade e

a necessária renovação dos quadros (Reis, 2000).

Já se sabe que se perspectivam e estão mesmo em marcha acelerada

grandes mudanças na formação

de profissionalismo com

tardar para os árbitros das categorias superiores. Este aspecto vai implicar

forçosamente que se comece a dar, desde já, uma outra atenção ao sector

específico da formação. Porque os árbitros ditos profissionais (se tiverem

conseguido alcançar a primeira categoria ou a internacionalização), deverão

ser portadores de sólidos conhecimentos técnicos e possuidores de assinalável

condição física, atributos que s

muito cedo, começando logo aí a sua aprendizagem. (Reis, 2000).

Dentro desta perspectiva, o mesmo autor Reis (2005) salienta que em

Portugal foi criada, em devido tempo, uma figura específica, o “Árbitro

Jovem”, abrangida por um estatuto especial e que representa, ainda hoje, uma

base sólida da formação de novos

as crescentes dificuldades sentidas pelos Conselhos de Arbitragem Distritais

no recrutamento e captação de

continuidade e a renovação dos seus quadros. Há, por isso, uma necessidade

premente de serem reavaliadas as normas de acesso a esta actividade. Torna

se primordial iniciar a formação de juí

cedo níveis técnicos e físicos, aperfeiçoados pe

carácter. Mas também se deverá defender que envolver jovens apaixonados

pelo fenómeno futebolístico, logo por alturas da formação da sua

personalidade, conduzi-

Revisão da Literatura

Eduardo Gomes15

Escola da Arbitragem

Uma preocupação, dir-se-ia mesmo a principal, que tem vindo

responsáveis da arbitragem, e nomeadamente por aqueles que

estão mais vocacionados para a função, é como se conseguirão nos tempos

futuros candidatos à frequência dos cursos de árbitros. Os Conselhos de

Arbitragem estão sensíveis a este problema, daí a preocupação com que

encaram o recrutamento de novos elementos, que assegurem a continuidade e

a necessária renovação dos quadros (Reis, 2000).

Já se sabe que se perspectivam e estão mesmo em marcha acelerada

formação para o árbitro do futuro. Desde logo conceito

de profissionalismo com disponibilidade quase exclusiva, prevê

tardar para os árbitros das categorias superiores. Este aspecto vai implicar

forçosamente que se comece a dar, desde já, uma outra atenção ao sector

ífico da formação. Porque os árbitros ditos profissionais (se tiverem

conseguido alcançar a primeira categoria ou a internacionalização), deverão

ser portadores de sólidos conhecimentos técnicos e possuidores de assinalável

condição física, atributos que só se alcançam se se tiverem iniciado na função

muito cedo, começando logo aí a sua aprendizagem. (Reis, 2000).

Dentro desta perspectiva, o mesmo autor Reis (2005) salienta que em

Portugal foi criada, em devido tempo, uma figura específica, o “Árbitro

vem”, abrangida por um estatuto especial e que representa, ainda hoje, uma

base sólida da formação de novos valores para a arbitragem. São conhecidas

as crescentes dificuldades sentidas pelos Conselhos de Arbitragem Distritais

no recrutamento e captação de novos árbitros que possam garantir a

continuidade e a renovação dos seus quadros. Há, por isso, uma necessidade

premente de serem reavaliadas as normas de acesso a esta actividade. Torna

ormação de juízes de campo para que garanta

cedo níveis técnicos e físicos, aperfeiçoados pela experiência e solidez de

cter. Mas também se deverá defender que envolver jovens apaixonados

pelo fenómeno futebolístico, logo por alturas da formação da sua

-los-á, na sua generalidade, a uma sensibilização e

Revisão da Literatura

Eduardo Gomes

ia mesmo a principal, que tem vindo a ser

responsáveis da arbitragem, e nomeadamente por aqueles que

estão mais vocacionados para a função, é como se conseguirão nos tempos

futuros candidatos à frequência dos cursos de árbitros. Os Conselhos de

eocupação com que

encaram o recrutamento de novos elementos, que assegurem a continuidade e

Já se sabe que se perspectivam e estão mesmo em marcha acelerada

turo. Desde logo conceito

prevê-se não há-de

tardar para os árbitros das categorias superiores. Este aspecto vai implicar

forçosamente que se comece a dar, desde já, uma outra atenção ao sector

ífico da formação. Porque os árbitros ditos profissionais (se tiverem

conseguido alcançar a primeira categoria ou a internacionalização), deverão

ser portadores de sólidos conhecimentos técnicos e possuidores de assinalável

ó se alcançam se se tiverem iniciado na função

muito cedo, começando logo aí a sua aprendizagem. (Reis, 2000).

Dentro desta perspectiva, o mesmo autor Reis (2005) salienta que em

Portugal foi criada, em devido tempo, uma figura específica, o “Árbitro -

vem”, abrangida por um estatuto especial e que representa, ainda hoje, uma

valores para a arbitragem. São conhecidas

as crescentes dificuldades sentidas pelos Conselhos de Arbitragem Distritais

novos árbitros que possam garantir a

continuidade e a renovação dos seus quadros. Há, por isso, uma necessidade

premente de serem reavaliadas as normas de acesso a esta actividade. Torna-

zes de campo para que garantam desde

la experiência e solidez de

cter. Mas também se deverá defender que envolver jovens apaixonados

pelo fenómeno futebolístico, logo por alturas da formação da sua

a generalidade, a uma sensibilização e

Page 30: A Formação de Árbitros de Futebol · 2019. 6. 12. · A Formação de Árbitros de Futebol Estudo comparativo dos modelos de formação vigentes em Portugal e em Inglaterra Monografia

respeito pela actividade da arbitragem, garantindo, se não a formação de um

árbitro de elevado nível, pelo menos a consciencialização plena de um

praticante ou de um espectador em que se venha a tornar.

Hoje em dia é posta uma questão fundamental que é

feito o recrutamento dos jovens para os cursos de árbitros? A resposta estará

provavelmente na escola. Poderemos e deveremos aproveitar para o

específico sector da arbitragem todos os jovens que, gosta

o possam praticar pelos mais variados motivos, todavia, não pode ser

“empurrado” para árbitro o aluno que tem menos jeito para o futebol. Estes

jovens poderão constituir um terreno privilegiado de recrutamento e havendo

quantidade, haverá forçosamente qualidade (Reis, 2000).

Surge então outra questão, como os vamos cativar? A Associação

Portuguesa de Árbitros de Futebol iniciou já de algum tempo a esta parte um

périplo por algumas escolas preparatórias e secundárias, dando a conhecer o

que é a arbitragem do futebol. Será uma semente que se está a lançar, num

trabalho que esta Associação de Classe entendeu levar a cabo. Caberá

também, aos núcleos de arbitragem desenvolver, nas escolas da sua zona de

acção, actividades sobre a temática da

da arbitragem. No entanto, deparamo

alguns jovens sentem pela arbitragem do futebol, focando concretamente

alguns aspectos embaraçosos como são: a insegurança, a corrupção, a

idoneidade moral afectada pelos, infelizmente normais, insultos durante toda a

partida, as declarações de alguns intervenientes directos no fenómeno da

“bola”, mediatização excessiva dos erros cometidos pelo arbitragem do futebol,

entre muitos outros problemas i

A actividade dos árbitros jovens deverá ser condicionada à direcção dos

jogos dos escalões etários mais baixos (escolas e infantis) ou à direcção de

desafios na escola que frequentam (inter

jovens da sua idade. E claro, com um bom critério de rotatividade, de modo que

muitos deles possam jogar e arbitrar,

questões da arbitragem. A vivência de uma nova experiência que não é fácil,

pode constituir para eles um permanente desafio. Nestes jogos e actividades,

Revisão da Literatura

Eduardo Gomes16

respeito pela actividade da arbitragem, garantindo, se não a formação de um

árbitro de elevado nível, pelo menos a consciencialização plena de um

praticante ou de um espectador em que se venha a tornar.

posta uma questão fundamental que é – Como poderá ser

feito o recrutamento dos jovens para os cursos de árbitros? A resposta estará

provavelmente na escola. Poderemos e deveremos aproveitar para o

específico sector da arbitragem todos os jovens que, gostando de futebol, não

o possam praticar pelos mais variados motivos, todavia, não pode ser

“empurrado” para árbitro o aluno que tem menos jeito para o futebol. Estes

jovens poderão constituir um terreno privilegiado de recrutamento e havendo

rá forçosamente qualidade (Reis, 2000).

Surge então outra questão, como os vamos cativar? A Associação

Portuguesa de Árbitros de Futebol iniciou já de algum tempo a esta parte um

périplo por algumas escolas preparatórias e secundárias, dando a conhecer o

que é a arbitragem do futebol. Será uma semente que se está a lançar, num

trabalho que esta Associação de Classe entendeu levar a cabo. Caberá

também, aos núcleos de arbitragem desenvolver, nas escolas da sua zona de

acção, actividades sobre a temática da arbitragem, tentando criar o “bichinho”

da arbitragem. No entanto, deparamo-nos muitas vezes com a aversão que

alguns jovens sentem pela arbitragem do futebol, focando concretamente

alguns aspectos embaraçosos como são: a insegurança, a corrupção, a

dade moral afectada pelos, infelizmente normais, insultos durante toda a

partida, as declarações de alguns intervenientes directos no fenómeno da

“bola”, mediatização excessiva dos erros cometidos pelo arbitragem do futebol,

entre muitos outros problemas inerentes a esta actividade (Reis, 2000).

A actividade dos árbitros jovens deverá ser condicionada à direcção dos

jogos dos escalões etários mais baixos (escolas e infantis) ou à direcção de

na escola que frequentam (inter – turmas), disputados p

jovens da sua idade. E claro, com um bom critério de rotatividade, de modo que

muitos deles possam jogar e arbitrar, incutindo-se-lhes assim o gosto pelas

questões da arbitragem. A vivência de uma nova experiência que não é fácil,

para eles um permanente desafio. Nestes jogos e actividades,

Revisão da Literatura

Eduardo Gomes

respeito pela actividade da arbitragem, garantindo, se não a formação de um

árbitro de elevado nível, pelo menos a consciencialização plena de um

Como poderá ser

feito o recrutamento dos jovens para os cursos de árbitros? A resposta estará

provavelmente na escola. Poderemos e deveremos aproveitar para o

ndo de futebol, não

o possam praticar pelos mais variados motivos, todavia, não pode ser

“empurrado” para árbitro o aluno que tem menos jeito para o futebol. Estes

jovens poderão constituir um terreno privilegiado de recrutamento e havendo

Surge então outra questão, como os vamos cativar? A Associação

Portuguesa de Árbitros de Futebol iniciou já de algum tempo a esta parte um

périplo por algumas escolas preparatórias e secundárias, dando a conhecer o

que é a arbitragem do futebol. Será uma semente que se está a lançar, num

trabalho que esta Associação de Classe entendeu levar a cabo. Caberá

também, aos núcleos de arbitragem desenvolver, nas escolas da sua zona de

arbitragem, tentando criar o “bichinho”

nos muitas vezes com a aversão que

alguns jovens sentem pela arbitragem do futebol, focando concretamente

alguns aspectos embaraçosos como são: a insegurança, a corrupção, a

dade moral afectada pelos, infelizmente normais, insultos durante toda a

partida, as declarações de alguns intervenientes directos no fenómeno da

“bola”, mediatização excessiva dos erros cometidos pelo arbitragem do futebol,

nerentes a esta actividade (Reis, 2000).

A actividade dos árbitros jovens deverá ser condicionada à direcção dos

jogos dos escalões etários mais baixos (escolas e infantis) ou à direcção de

turmas), disputados por outros

jovens da sua idade. E claro, com um bom critério de rotatividade, de modo que

assim o gosto pelas

questões da arbitragem. A vivência de uma nova experiência que não é fácil,

para eles um permanente desafio. Nestes jogos e actividades,

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os alunos podem testar a sua capacidade e apetência para funções de árbitros.

Ao mesmo tempo é fundamental que os responsáveis educativos transmitam

ao jovem árbitro que a sua função é contribui

do jogo, intervindo o menos possível, só o devendo fazer quando surjam

infracções técnicas e disciplinares às leis (Reis, 2000).

É importante reter que os escalões juvenis percebem por vezes melhor

os colegas do que outro

arbitragem nos jovens é uma importante riqueza humana, desportiva e social.

Ensinar um jovem a ser árbitro, é sempre de um enorme alcance educativo.

Para isso precisam de receber uma formação global e específ

Se o verdadeiro espírito desportivo com que pretendemos educar os jovens na

escola, na sua relação de permanente educação com os colegas e

professores, temos de insistir para que consigamos envolver esses jovens nas

acções relacionadas com

Cabe aqui uma referência aos professores de Educação Física, porque é

na escola que o jovem tem um acesso mais facilitado à informação que os

professores de Educação Física lhes possam facultar. Estes, dando

seguimento ao seu papel de educadores, podem transmitir aos alunos

candidatos – árbitros, não só as matérias teórico

arbitragem da modalidade escolhidas pelos jovens, como e muito

especialmente noções tão fundamentais como justiça, «fair

espírito desportivo e respeito pela figura daquele que é o garante da aplicação

correcta das regras (Reis, 2000).

No grau acima desta pirâmide, os técnicos de arbitragem (monitores e

instrutores devidamente habilitados), aquando dos cursos de cand

transmitem aos seus alunos que a arbitragem correctamente efectuada, valida

o resultado de um jogo, que o árbitro em função disso aplica a lei, é a

autoridade e administra a justiça. Por isso deve ser respeitado e é insubstituível

(Reis, 2000).

Se a arbitragem é mais uma componente da prática desportiva, ela

mesma pode ser uma experiência inesquecível e enriquecedora no

desenvolvimento equilibrado dos jovens. É mesmo uma importante riqueza

Revisão da Literatura

Eduardo Gomes17

os alunos podem testar a sua capacidade e apetência para funções de árbitros.

Ao mesmo tempo é fundamental que os responsáveis educativos transmitam

ao jovem árbitro que a sua função é contribuir, enquanto juiz, para a evolução

do jogo, intervindo o menos possível, só o devendo fazer quando surjam

infracções técnicas e disciplinares às leis (Reis, 2000).

É importante reter que os escalões juvenis percebem por vezes melhor

os colegas do que outros árbitros mais velhos e de grande categoria. A

arbitragem nos jovens é uma importante riqueza humana, desportiva e social.

Ensinar um jovem a ser árbitro, é sempre de um enorme alcance educativo.

Para isso precisam de receber uma formação global e específica neste campo.

Se o verdadeiro espírito desportivo com que pretendemos educar os jovens na

escola, na sua relação de permanente educação com os colegas e

professores, temos de insistir para que consigamos envolver esses jovens nas

acções relacionadas com a arbitragem (Reis, 2000).

Cabe aqui uma referência aos professores de Educação Física, porque é

na escola que o jovem tem um acesso mais facilitado à informação que os

professores de Educação Física lhes possam facultar. Estes, dando

apel de educadores, podem transmitir aos alunos

árbitros, não só as matérias teórico-práticas relacionadas com a

arbitragem da modalidade escolhidas pelos jovens, como e muito

especialmente noções tão fundamentais como justiça, «fair-play», is

desportivo e respeito pela figura daquele que é o garante da aplicação

correcta das regras (Reis, 2000).

No grau acima desta pirâmide, os técnicos de arbitragem (monitores e

instrutores devidamente habilitados), aquando dos cursos de cand

transmitem aos seus alunos que a arbitragem correctamente efectuada, valida

o resultado de um jogo, que o árbitro em função disso aplica a lei, é a

autoridade e administra a justiça. Por isso deve ser respeitado e é insubstituível

a arbitragem é mais uma componente da prática desportiva, ela

mesma pode ser uma experiência inesquecível e enriquecedora no

desenvolvimento equilibrado dos jovens. É mesmo uma importante riqueza

Revisão da Literatura

Eduardo Gomes

os alunos podem testar a sua capacidade e apetência para funções de árbitros.

Ao mesmo tempo é fundamental que os responsáveis educativos transmitam

r, enquanto juiz, para a evolução

do jogo, intervindo o menos possível, só o devendo fazer quando surjam

É importante reter que os escalões juvenis percebem por vezes melhor

s árbitros mais velhos e de grande categoria. A

arbitragem nos jovens é uma importante riqueza humana, desportiva e social.

Ensinar um jovem a ser árbitro, é sempre de um enorme alcance educativo.

ica neste campo.

Se o verdadeiro espírito desportivo com que pretendemos educar os jovens na

escola, na sua relação de permanente educação com os colegas e

professores, temos de insistir para que consigamos envolver esses jovens nas

Cabe aqui uma referência aos professores de Educação Física, porque é

na escola que o jovem tem um acesso mais facilitado à informação que os

professores de Educação Física lhes possam facultar. Estes, dando

apel de educadores, podem transmitir aos alunos

práticas relacionadas com a

arbitragem da modalidade escolhidas pelos jovens, como e muito

play», isenção,

desportivo e respeito pela figura daquele que é o garante da aplicação

No grau acima desta pirâmide, os técnicos de arbitragem (monitores e

instrutores devidamente habilitados), aquando dos cursos de candidatos,

transmitem aos seus alunos que a arbitragem correctamente efectuada, valida

o resultado de um jogo, que o árbitro em função disso aplica a lei, é a

autoridade e administra a justiça. Por isso deve ser respeitado e é insubstituível

a arbitragem é mais uma componente da prática desportiva, ela

mesma pode ser uma experiência inesquecível e enriquecedora no

desenvolvimento equilibrado dos jovens. É mesmo uma importante riqueza

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humana, desportiva e social. Prepara

existem regras básicas a cumprir e onde muitos vão ser chamados, no futuro, a

dirigir pessoas. (Reis, 2005).

2.3.2. Fases de Formação do Árbitro

O percurso evolutivo do árbitro (i.e. formação necessária e qualificação

atribuída) deverá corresponder às fases evolutivas dos atletas: iniciação,

aperfeiçoamento e especialização.

Atendo à ruptura do plano/modelo técnico que se verifica entre a

especialização e as outras fases prévias, a arbitragem deverá conciliar a

função de juiz (a mais re

pedagógica, fundamental na iniciação e aperfeiçoamento da prática desportiva

(Gama, 1998).

2.3.2.1. Características da Fase de Iniciação

� Fase preferencial para o jovem árbitro;

� Favorecer o ambiente

� Cuidar o aspecto cónico do convívio competitivo;

� Actuar com regras simplificadas;

� Promover um coordenador da arbitragem, especialmente para modelar

excessos competitivos dos técnicos e dirigentes.

2.3.2.2. Características da Fase de Aperfeiçoamento

1998):

� Fase destinada aos árbitros estagiários e regionais;

� Cuidar o protocolo e a encenação de toda a organização, como

elemento motivador;

Revisão da Literatura

Eduardo Gomes18

humana, desportiva e social. Prepara-nos para a vida em soc

existem regras básicas a cumprir e onde muitos vão ser chamados, no futuro, a

dirigir pessoas. (Reis, 2005).

Fases de Formação do Árbitro

O percurso evolutivo do árbitro (i.e. formação necessária e qualificação

corresponder às fases evolutivas dos atletas: iniciação,

aperfeiçoamento e especialização.

Atendo à ruptura do plano/modelo técnico que se verifica entre a

especialização e as outras fases prévias, a arbitragem deverá conciliar a

função de juiz (a mais relevante na fase de especialização) com uma função

pedagógica, fundamental na iniciação e aperfeiçoamento da prática desportiva

Características da Fase de Iniciação (Gama, 1998):

Fase preferencial para o jovem árbitro;

Favorecer o ambiente festivo e lúdico, sem diminuir o rigor;

Cuidar o aspecto cónico do convívio competitivo;

Actuar com regras simplificadas;

Promover um coordenador da arbitragem, especialmente para modelar

excessos competitivos dos técnicos e dirigentes.

Características da Fase de Aperfeiçoamento

1998):

Fase destinada aos árbitros estagiários e regionais;

Cuidar o protocolo e a encenação de toda a organização, como

elemento motivador;

Revisão da Literatura

Eduardo Gomes

nos para a vida em sociedade, onde

existem regras básicas a cumprir e onde muitos vão ser chamados, no futuro, a

O percurso evolutivo do árbitro (i.e. formação necessária e qualificação

corresponder às fases evolutivas dos atletas: iniciação,

Atendo à ruptura do plano/modelo técnico que se verifica entre a

especialização e as outras fases prévias, a arbitragem deverá conciliar a

levante na fase de especialização) com uma função

pedagógica, fundamental na iniciação e aperfeiçoamento da prática desportiva

(Gama, 1998):

festivo e lúdico, sem diminuir o rigor;

Promover um coordenador da arbitragem, especialmente para modelar

Características da Fase de Aperfeiçoamento (Gama,

Cuidar o protocolo e a encenação de toda a organização, como

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� Potenciar a componente pedagógica: pelo rigor para assinalar e

faltas técnicas; pela gestão disciplinar que privilegie a prevenção à

remediação; pela serena cooperante relação com intervenientes.

2.3.2.3. Cara

1998):

� Fases dos árbitros nacionais e internacionais;

� A sua função é homologar a competição, sendo este serviço quase o

exclusivo que lhe é solicitado.

A importância da formação desportiva de todos os árbitros é relevante,

porquanto permitirá que melhor entendam as reacções psicológicas dos

competidores e que adquiram

oportunas, definitivas, que podem controlar a emotividade desmedida de

alguns intervenientes nas competições. Entende

profunda for a formação dos

nas relações com os atletas, treinadores e dirigentes e mais significativa a sua

acção no futebol (Lima, 1990).

Revisão da Literatura

Eduardo Gomes19

Potenciar a componente pedagógica: pelo rigor para assinalar e

faltas técnicas; pela gestão disciplinar que privilegie a prevenção à

remediação; pela serena cooperante relação com intervenientes.

Características da Fase de Especialização

1998):

Fases dos árbitros nacionais e internacionais;

ção é homologar a competição, sendo este serviço quase o

exclusivo que lhe é solicitado. A importância da formação desportiva de todos os árbitros é relevante,

porquanto permitirá que melhor entendam as reacções psicológicas dos

competidores e que adquiram maiores capacidades para tomar decisões

oportunas, definitivas, que podem controlar a emotividade desmedida de

alguns intervenientes nas competições. Entende-se que quanto mais cuidada e

profunda for a formação dos juízes desportivos, maior será a sua aut

nas relações com os atletas, treinadores e dirigentes e mais significativa a sua

acção no futebol (Lima, 1990).

Revisão da Literatura

Eduardo Gomes

Potenciar a componente pedagógica: pelo rigor para assinalar e corrigir

faltas técnicas; pela gestão disciplinar que privilegie a prevenção à

remediação; pela serena cooperante relação com intervenientes.

cterísticas da Fase de Especialização (Gama,

ção é homologar a competição, sendo este serviço quase o

A importância da formação desportiva de todos os árbitros é relevante,

porquanto permitirá que melhor entendam as reacções psicológicas dos

maiores capacidades para tomar decisões

oportunas, definitivas, que podem controlar a emotividade desmedida de

se que quanto mais cuidada e

desportivos, maior será a sua autoridade

nas relações com os atletas, treinadores e dirigentes e mais significativa a sua

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3. HIPÓTESES

3.1. Hipóteses

No Futebol em Portugal a arbitragem

espectadores, quer por agentes desportivos em geral (

treinadores ou dirigentes). Esta atitude não se verifica

salienta Queirós (2003)

jornalistas, jogadores, treinad

Esta constatação

forma como é feita a formação dos árbitros

colocamos a seguinte hipótese:

H1: O modelo de formação de árbitros de Futebol em Portugal é

diferente do modelo de formação em Inglaterra

Eduardo Gomes21

No Futebol em Portugal a arbitragem é discutida todos os dias

espectadores, quer por agentes desportivos em geral (jornalistas, jogadores

treinadores ou dirigentes). Esta atitude não se verifica em Inglaterra, t

a atitude dos agentes desportivos em geral (adeptos,

jornalistas, jogadores, treinadores e dirigentes) é diferente.

leva-nos a admitir que o problema poderá residir na

formação dos árbitros em ambos os países. Sendo assim

colocamos a seguinte hipótese:

O modelo de formação de árbitros de Futebol em Portugal é

diferente do modelo de formação em Inglaterra.

Hipóteses

Eduardo Gomes

os dias, quer por

jornalistas, jogadores

em Inglaterra, tal como

atitude dos agentes desportivos em geral (adeptos,

que o problema poderá residir na

em ambos os países. Sendo assim

O modelo de formação de árbitros de Futebol em Portugal é

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4. MATERIAL E MÉTODOS

4.1. Caracterização da A

A amostra de estudo é constituída pelos

Árbitros de Futebol em dois países europeus:

modelos integram os cursos de formação de

em vigor em ambos os países.

procedeu-se a uma análise

respectivas Federações. A comparação

análise, tendo sido seleccionadas:

Formação Académica; Formação Continua (acções de formação); Conteúdos

(Disciplinas); Condições de Acesso (Inscrição e Preferência);

Avaliação (Teórico/Prática

4.2. Recolha de D

A recolha de dados consistiu na consulta

Arbitragem e de Exames da Federação Portuguesa de Futebol,

Portuguesa de Futebol Profissional.

candidatos a árbitro das Associações

Porto bem como na consulta dos regulamentos de Arbitragem

Association e The Referees Association.

curso básico para árbit

Association.

Material e Métodos

Eduardo Gom23

MATERIAL E MÉTODOS

Caracterização da A mostra

A amostra de estudo é constituída pelos modelos de

Árbitros de Futebol em dois países europeus: Portugal e Inglaterra.

modelos integram os cursos de formação de Árbitros de Futebol actualmente

em vigor em ambos os países. Para a comparação dos modelos em estudo

se a uma análise do conteúdo dos documentos fornecidos pelas

respectivas Federações. A comparação foi feita por dimensão ou

análise, tendo sido seleccionadas: Objectivos dos Programas de Formação;

Formação Académica; Formação Continua (acções de formação); Conteúdos

Condições de Acesso (Inscrição e Preferência);

/Prática); Organização dos Cursos.

Dados

ha de dados consistiu na consulta dos Regulamentos

Arbitragem e de Exames da Federação Portuguesa de Futebol,

tuguesa de Futebol Profissional. Na consulta dos programas de curso

das Associações de Futebol de Leiria, Lisboa,

na consulta dos regulamentos de Arbitragem

Association e The Referees Association. Consistiu também, no programa de

ara árbitros, fornecida pela Liverpool County Football

Material e Métodos

Eduardo Gomes

odelos de formação de

Portugal e Inglaterra. Estes

de Futebol actualmente

a comparação dos modelos em estudo

do conteúdo dos documentos fornecidos pelas

dimensão ou categorias de

Objectivos dos Programas de Formação;

Formação Académica; Formação Continua (acções de formação); Conteúdos

Condições de Acesso (Inscrição e Preferência); Duração;

dos Regulamentos da

Arbitragem e de Exames da Federação Portuguesa de Futebol, Liga

programas de curso de

Leiria, Lisboa, Madeira e

na consulta dos regulamentos de Arbitragem da Football

, no programa de

Liverpool County Football

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5. DESCRIÇÃO E COMPARAÇÃO DOS MODELOS DE

FORMAÇÃO

5.1. Descrição dos

Futebol em Portugal e

Analisando os Modelos

e em Inglaterra são logo à partida visíveis, algumas diferenças.

Verificamos no quadro 1

formação de um árbitro

(Segunda Categoria Distrital ou R

ou Regional); Nível 3 (Terceira C

Categoria Nacional); Nível 1

Em Inglaterra por sua vez,

(Declared non-active Referee)

constituído por árbitro que já não se encontram no activo, desempenhando

portanto a função de observadores

Referee); Nível 7 (Junior Referee); Nível 6 (Cou

County Referees); Nível 4 (Supply Leag

Referees); Nível 2 (Panel List

Elaboramos um quadro p

Portugal quer em Inglaterra,

Objectivos; Formação A

de Acesso; duração; Avaliação e Organização.

Descrição e Comparação dos Modelos de Formação

Eduardo Gom25

DESCRIÇÃO E COMPARAÇÃO DOS MODELOS DE

Descrição dos Modelos de Formação de Árbitros de

Futebol em Portugal e em Inglaterra

os Modelos de Formação de Árbitros de Futebol em Portugal

são logo à partida visíveis, algumas diferenças.

no quadro 1 que em Portugal existem seis níveis

árbitro: Nível 6 (Árbitro Jovem ou Estagiário

Distrital ou Regional); Nível 4 (Primeira Categoria

Nível 3 (Terceira Categoria Nacional); Nível 2 (Segunda

ível 1 (Primeira Categoria Nacional).

Em Inglaterra por sua vez, existem dez níveis de formação

active Referee). Convém aqui salientar que o nível 10 é

por árbitro que já não se encontram no activo, desempenhando

portanto a função de observadores; Nível 9 (Trainee Referee); Nível 8 (Yuoth

Referee); Nível 7 (Junior Referee); Nível 6 (County Referees); Nível 5 (Senior

ty Referees); Nível 4 (Supply League Referees); Nível 3 (Contributory

Referees); Nível 2 (Panel List); Nível 1 (National List).

Elaboramos um quadro para cada um dos níveis de formaç

Inglaterra, onde apresentamos as categorias de análise:

Objectivos; Formação Académica; Formação continua; Conteúdos; Condições

de Acesso; duração; Avaliação e Organização.

Descrição e Comparação dos Modelos de Formação

Eduardo Gomes

DESCRIÇÃO E COMPARAÇÃO DOS MODELOS DE

Modelos de Formação de Árbitros de

Árbitros de Futebol em Portugal

seis níveis na

Árbitro Jovem ou Estagiário); Nível 5

ategoria Distrital

ível 2 (Segunda

rmação: Nível 10

onvém aqui salientar que o nível 10 é

por árbitro que já não se encontram no activo, desempenhando

; Nível 9 (Trainee Referee); Nível 8 (Yuoth

); Nível 5 (Senior

ue Referees); Nível 3 (Contributory

de formação, quer em

onde apresentamos as categorias de análise:

cadémica; Formação continua; Conteúdos; Condições

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Níveis de Formação de Árbitros de Futebol em

Portugal e

Quadro 1 – Descrição e Comparação

Inglaterra.

Níveis Portugal

Curso de

Formação

Inicial

Árbitro Jovem

Árbitro Estagiário

Nível 5 Segunda Categoria Distrital ou

Regional

Nível 4 Primeira Categoria Distrital

Regional

Nível 3 Terceira Categoria Nacional

Nível 2 Segunda Categoria Nacional

Nível 1 Primeira Categoria Nacional

Descrição e Comparação dos Modelos de Formação

Eduardo Gom26

Níveis de Formação de Árbitros de Futebol em

Portugal e em Inglaterra

e Comparação dos Níveis de Formação de Árbitros de Futebol em Portugal e

Portugal Níveis Inglaterra

rbitro Jovem (nível 6)

Árbitro Estagiário (nível 6)

Curso de

Formação

Inicial

Trainee Referee (nível 9)

Youth Referee (nível 8)

Junior Referee (nível 7)

Segunda Categoria Distrital ou

Regional Nível 6 County Referees

Primeira Categoria Distrital ou

Regional Nível 5

Senior County Referees

Terceira Categoria Nacional Nível 4 Suply League

Segunda Categoria Nacional Nível 3 Contributory Referees

Primeira Categoria Nacional Nível 2 Panel List

Nível 1 National

Descrição e Comparação dos Modelos de Formação

Eduardo Gomes

Níveis de Formação de Árbitros de Futebol em

Árbitros de Futebol em Portugal e em

Inglaterra

Trainee Referee (nível 9)

Youth Referee (nível 8)

Junior Referee (nível 7)

County Referees

Senior County Referees

Suply League Referees

Contributory Referees

Panel List

National list

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Modelo de Formação de Árbitros de

Quadro 2 – Descrição das principais características do Curso

Níveis Objectivos Formação Académica

Formação Continua

(Acções de Formação

Nível 6 (Árbitro Jovem) (Idade >13 anos

<18anos)

Ou

(Árbitro Estagiário)

(Idade >18 anos <31anos)

- Conhecer as 17 leis do jogo - Ficar habilitado para arbitrar jogos de futebol aplicando as leis oficiais

- Escolaridade mínima obrigatória

- Participação obrigatória e colaboração em todos eventos de formação para os quais sejam convocados(Acções de FormaçãoReciclagens)- Máximo 4 acções de formação por época

Descrição e Comparação dos Modelos de Formação

27

Modelo de Formação de Árbitros de Futebol em Portugal

do Curso de Formação Inicial de Árbitros de Futebol em Portugal.

Formação Continua Acções de Formação )

Conteúdos (Disciplinas)

Condições de Acesso

(Inscrição e Preferência)

Duração

Participação

obrigatória e colaboração em todos os eventos de formação para os quais sejam convocados (Acções de Formação ou Reciclagens)

Máximo 4 acções de formação por época

- Leis do jogo - 2 aulas práticas - Regulamentação - História do futebol e a evolução das leis do jogo - Ética do árbitro - Psicologia desportiva - Sociologia desportiva - Análise e compreensão do futebol sob os aspectos técnicos, tácticos e físicos - Organização desportiva e específica do futebol a nível nacional e internacional

- Possuir o nível de escolaridade mínima nacional ou equivalente - Altura mínimo 1,60 - Nacionalidade portuguesa, país comunitário ou estatuto de dupla nacionalidade - Residam na área do distrito do conselho de arbitragem da associação em que se inscrevem - Não sofram de incapacidade civil, interdição ou inabilitação - Registo criminal sem condenações - Sem penalizações disciplinares desportivas - Aprovação na prova de admissão (teste psicotécnico mais questionário)

- Curso: duração mínimo 48 horas - 1 ano como estagiário

Aprovação nos seguintes exames: - Prova escrita, duração 60 minutos a) Preenchimento de boletim de jogo com o relato de uma ocorrência b) Resposta a 10 perguntas sobre leis do jogo e regulamentação específica (2 vezes por época)- Prova oral, duração 10 minutos Interrogatório sobre leis do jogo e disposições regulamentares relativas à arbitragem, comportamento e missão do árbitro - Provas época) Prova de velocidadesprints de 40 metros com 1 minuto e 30 segundos de recuperação.Tempo máximo: 6,2 segundos.Prova de resistência metros intervalada com caminhada de 50 metros ( 10 voltas à pista corresponde a 20 repetições)Tempo máximo: 30 segundos, corrida 150 metros.35 segundos, caminhada de 50 metros.

Descrição e Comparação dos Modelos de Formação

Eduardo Gomes

Futebol em Portugal

Avaliação Organização

Aprovação nos seguintes

Prova escrita, duração 60

a) Preenchimento de boletim de jogo com o relato de uma

b) Resposta a 10 perguntas sobre leis do jogo e regulamentação

(2 vezes por época) Prova oral, duração 10 minutos

Interrogatório sobre leis do jogo e disposições regulamentares relativas à arbitragem, comportamento e missão do

Provas físicas: (2 vezes por

Prova de velocidade – Seis (6) sprints de 40 metros com 1 minuto e 30 segundos de recuperação.

empo máximo: 6,2 segundos. Prova de resistência – Corrida 150 metros intervalada com caminhada de 50 metros ( 10 voltas à pista corresponde a 20 repetições) Tempo máximo: 30 segundos, corrida 150 metros. 35 segundos, caminhada de 50

Conselho de Arbitragem das Associações de Futebol Distritais ou Regionais Em Colaboração com o Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol

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Modelo de Formação de Árbitros de Futebol em Portug al

Quadro 3 – Descrição das principais características

Regional) e 4 (Primeira Categoria Distrital ou Regional)

Níveis Objectivos Formação Académica

Formação Continua

(Acções de Formação

Nível 5

(Segunda

Categoria

Distritais ou

Regionais)

Nível 4

(Primeira

Categorias

Distritais ou

Regionais)

- Não foi possível obter dados correspondentes

- Escolaridade mínima obrigatória

- Participação obrigatória e colaboração em todos os eventos de formação para os quais sejam convocados (Acções de Formação ou Reciclagens)- Máximo 4 acções de formação por época

Descrição e Comparação dos Modelos de Formação

29

Modelo de Formação de Árbitros de Futebol em Portug al

das principais características do Modelo de Formação de Árbitros de Futebol em Portugal nos Níveis:

Regional) e 4 (Primeira Categoria Distrital ou Regional).

Formação Continua Acções de Formação )

Conteúdos (Disciplinas)

Condições de Acesso

(Inscrição e Preferência)

Duração

Participação

obrigatória e colaboração em todos os eventos de formação para os quais sejam convocados (Acções de Formação ou Reciclagens)

Máximo 4 acções de formação por época

- Não foi possível obter dados correspondentes

- Idade superior a 18 anos e inferior a 31 anos. - Ter finalizado um ano como árbitro estagiário e com avaliação positiva (acesso à segunda categoria) - Ter completado 2 anos na segunda categoria com avaliação positiva (acesso à primeira categoria) - Exame de admissão.

Permanência 2 anos em cada uma destas categorias (mínimo)

- Avaliação prática (Observação no mínimo 3 jogos categoria)(Observação no mínimo 4 jogos primeira - Prova escrita (2 vezes por época): 20 perguntas sobre leis de jogo e regulamentação.- Provas época): Prova de velocidade sprints de 40 metros com 1 minuto e 30 segundos de recuperação.Tempo máximo: 6,2 segundoProva de resistência 150 metros intervalada com caminhada de 50 metros ( 10 voltas à pista corresponde a 20 repetições)Tempo máximo: 30 segundos, corrida 150 metros.35 segundos, caminhada de 50 metros.

Descrição e Comparação dos Modelos de Formação

Eduardo Gomes

Modelo de Formação de Árbitros de Futebol em Portug al

nos Níveis: 5 (Segunda Categoria Distrital ou

Avaliação Organização

Avaliação prática (Observação

no mínimo 3 jogos - segunda categoria) (Observação no mínimo 4 jogos -primeira categoria)

Prova escrita (2 vezes por época): 20 perguntas sobre leis de jogo e regulamentação.

Provas físicas (2 vezes por

Prova de velocidade – Seis (6) sprints de 40 metros com 1 minuto e 30 segundos de recuperação. Tempo máximo: 6,2 segundos. Prova de resistência – Corrida 150 metros intervalada com caminhada de 50 metros ( 10 voltas à pista corresponde a 20 repetições) Tempo máximo: 30 segundos, corrida 150 metros. 35 segundos, caminhada de 50

Conselho de Arbitragem das Associações de Futebol Distritais ou Regionais Em Colaboração com o Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol

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Modelo de Formação de Árbitros de Futebol em

Quadro 4 – Descrição das principais características do Modelo de Formação de Árbitros de Futebol em Portugal

Níveis Objectivos Formação Académica

Formação Continua

(Acções de Formação

Nível 3

(Terceira

Categoria

Nacional)

- Não foi possível obter dados correspondentes

- Escolaridade mínima obrigatória

- Participação obrigatória e colaboração em todos os eventos de formação para os quais sejam convocados (Acções de Formação ou Reciclagens)- Máximo 4 acções de formação por época

Descrição e Comparação dos Modelos de Formação

31

Modelo de Formação de Árbitros de Futebol em Portugal

do Modelo de Formação de Árbitros de Futebol em Portugal no Nível 3 (Terceira Categoria Nacional

Formação Continua Acções de Formação )

Conteúdos (Disciplinas)

Condições de Acesso

(Inscrição e Preferência)

Duração

Participação

obrigatória e colaboração em todos os eventos de formação para os quais sejam convocados (Acções de Formação ou Reciclagens)

Máximo 4 acções de formação por época

- Não foi possível obter dados correspondentes

- Idade superior a 18 anos e inferior a 32 anos. - Ter completado 2 anos na primeira categoria (distrital ou regional) com avaliação positiva - Exame de admissão - Testes psicotécnicos.

Permanência de 1 ano nesta categoria

- Avaliação prática (Observação no mínimo 7 jogos)-prova oral- Prova escrita mínimo 70% (2 vezes por época): sobre leis de jogo e regulamentação.- Provas época): Prova de velocidade sprints de 40 metros minuto e 30 segundos de recuperação.Tempo máximo: 6,2 segundos.Prova de resistência 150 metros intervalada com caminhada de 50 metros ( 10 voltas à pista corresponde a 20 repetições)Tempo máximo: 30 segundos, corrida 150 metros.35 segunmetros.

Comparação dos Modelos de Formação

Eduardo Gomes

Portugal

Terceira Categoria Nacional).

Avaliação Organização

Avaliação prática (Observação

no mínimo 7 jogos) prova oral

Prova escrita mínimo 70% (2 vezes por época): sobre leis de jogo e regulamentação.

Provas físicas (2 vezes por

Prova de velocidade – Seis (6) sprints de 40 metros com 1 minuto e 30 segundos de recuperação. Tempo máximo: 6,2 segundos. Prova de resistência – Corrida 150 metros intervalada com caminhada de 50 metros ( 10 voltas à pista corresponde a 20 repetições) Tempo máximo: 30 segundos, corrida 150 metros. 35 segundos, caminhada de 50

Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol

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Modelo de Formação de Árbitros de Futebol em Portug al

Quadro 5 – Descrição das principais características do Modelo de Formação de Árbitros de Futebol em Portugal

Níveis Objectivos Formação Académica

Formação Continua

(Acções de Formação

Nível 2

(Segunda

Categoria

Nacional)

- Não foi possível obter dados correspondentes

- Escolaridade mínima obrigatória

- Participação obrigatória e colaboração em todos os eventos de formação para os quais sejam convocados (Acções de Formação ou Reciclagens)- Máximo 4 acções de formação por época

Descrição e Comparação dos Modelos de Formação

33

Modelo de Formação de Árbitros de Futebol em Portug al

do Modelo de Formação de Árbitros de Futebol em Portugal no Nível 2 (Segunda Categoria Nacional

Formação Continua Acções de Formação )

Conteúdos (Disciplinas)

Condições de Acesso

(Inscrição e Preferência)

Duração

Participação

obrigatória e colaboração em todos os eventos de formação para os quais sejam convocados (Acções de Formação ou Reciclagens)

Máximo 4 acções de formação por época

- Não foi possível obter dados correspondentes

- Idade superior a 18 anos e inferior a 32 anos. - Ter completado 1 ano na terceira categoria (nacional) com avaliação positiva - Exame de admissão - Testes psicotécnicos.

Permanência de 1 ano nesta categoria

- Avaliação prática (Observação no mínimo 9 jogos)- Prova escrita: mínimo 70% (2 vezes por época): sobre leis de jogo e regulamentação.- Provas época): Prova de velocidade sprints de 40 metros com 1 minuto e 30 segundos de recuperação.Tempo máximo: 6,2 segundos.Prova de resistência 150 metros caminhada de 50 metros ( 10 voltas à pista corresponde a 20 repetições)Tempo máximo: 30 segundos, corrida 150 metros.35 segundos, caminhada de 50 metros.

Descrição e Comparação dos Modelos de Formação

Eduardo Gomes

Modelo de Formação de Árbitros de Futebol em Portug al

Segunda Categoria Nacional).

Avaliação Organização

Avaliação prática (Observação

no mínimo 9 jogos) Prova escrita: mínimo 70% (2

por época): sobre leis de jogo e regulamentação.

Provas físicas (2 vezes por

Prova de velocidade – Seis (6) sprints de 40 metros com 1 minuto e 30 segundos de recuperação. Tempo máximo: 6,2 segundos. Prova de resistência – Corrida 150 metros intervalada com caminhada de 50 metros ( 10 voltas à pista corresponde a 20 repetições) Tempo máximo: 30 segundos, corrida 150 metros. 35 segundos, caminhada de 50

Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol

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Modelo de Formação de Árbitros de Futebol em Portug al

Quadro 6 – Descrição das principais características do Modelo de Formação de Árbitros de Futebol em Portugal

Níveis Objectivos Formação Académica

Formação Continua

(Acções de Formação

Nível 1

(Primeira

Categoria

Nacional)

- Não foi possível obter dados correspondentes

- Escolaridade mínima obrigatória

- Participação obrigatória e colaboração em todos os eventos de formação para os quais sejam convocados (Acções de Formação ou Reciclagens)- Máximo 4 acções de formação por época

Descrição e Comparação dos Modelos de Formação

35

Modelo de Formação de Árbitros de Futebol em Portug al

do Modelo de Formação de Árbitros de Futebol em Portugal no Nível 1 (Primeira Categoria Nacional

Formação Continua Acções de Formação )

Conteúdos (Disciplinas)

Condições de Acesso

(Inscrição e Preferência)

Duração

Participação

obrigatória e colaboração em todos os eventos de formação para os quais sejam convocados (Acções de Formação ou Reciclagens)

Máximo 4 acções de formação por época

- Não foi possível obter dados correspondentes

- Idade superior a 18 anos e inferior a 37 anos. - Ter completado 1 ano na segunda categoria (nacional) com avaliação positiva - Exame de admissão - Testes psicotécnicos.

Permanência de 1 ano nesta categoria

- Avaliação prática (Observação no mínimo- Prova escrita: mínimo 70% (2 vezes por época): sobre leis de jogo e regulamentação.- Provas época): Prova de velocidade sprints de 40 metros com 1 minuto e 30 segundos de recuperação.Tempo máximo: 6,2 segundos.Prova de resistência 150 metros intervalada com caminhada de 50 metros ( 10 voltas à pista corresponde a 20 repetições)Tempo máximo: 30 segundos, corrida 150 metros.35 segundos, caminhada de 50 metros.

Comparação dos Modelos de Formação

Eduardo Gomes

Modelo de Formação de Árbitros de Futebol em Portug al

Primeira Categoria Nacional).

Avaliação Organização

Avaliação prática (Observação

no mínimo 8 jogos) Prova escrita: mínimo 70% (2

vezes por época): sobre leis de jogo e regulamentação.

Provas físicas (2 vezes por

Prova de velocidade – Seis (6) sprints de 40 metros com 1 minuto e 30 segundos de recuperação. Tempo máximo: 6,2 segundos. Prova de resistência – Corrida 150 metros intervalada com caminhada de 50 metros ( 10 voltas à pista corresponde a 20 repetições) Tempo máximo: 30 segundos, corrida 150 metros. 35 segundos, caminhada de 50

Comissão de Arbitragem da Liga Portuguesa de Futebol Profissional Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol

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Modelo de Formação de

Quadro 7 – Descrição das principais características do Curso

Níveis Objectivos Formação Académica

Formação Continua

(Acções de Formação

Nível 9

(Trainee

Referee)

(Módulo III,

Idade >14 anos

<16 anos)

- Assegurar-se que os candidatos estão aptos a arbitrar jogos locais, aplicando as leis do jogo

- Não é exigido qualquer tipo de formação académica ou escolaridade mínima obrigatória

- exigido qualquer tipo de formação contínua

Descrição e Comparação dos Modelos de Formação

37

Modelo de Formação de Árbitros de Futebol em Inglaterra

características do Curso de Formação Inicial de Árbitros de Futebol em Inglaterra.

Formação Continua Acções de Formação )

Conteúdos (Disciplinas)

Condições de Acesso

(Inscrição e Preferência)

Duração

Não é

exigido qualquer tipo de formação contínua

- Módulo I “Conhecimento das Leis” - Mecanismos disponíveis para os árbitros - Benefícios e oportunidades trazidas pela arbitragem - Módulo II “Aplicação da Leis” - Relacionar a teoria com a prática - Actividades interactivas em campo - Técnicas de auto-avaliação - Treino de protecção da criança - Módulo III “Exames” - Elemento escrito (aplicação das leis) - Exame teórico (em campo ou utilizando meios audiovisuais) - Avaliação prática (em campo)

- Pré-requisitos - Idade >14 Anos - Boa forma física -Boa acuidade visual - Aprovação no Módulo I - Registo criminal - Aprovação no Módulo II

2 Horas e 30 minutos 15Horas 1 Hora e 30 minutos

- Avaliação teórica dos conhecimentos (teste escrito) - Avaliação prática dos conhecimentos (em campo ) Avaliação conhecimentos adquiridos

Descrição e Comparação dos Modelos de Formação

Eduardo Gomes

Árbitros de Futebol em Inglaterra

Avaliação Organização

Avaliação teórica dos

conhecimentos (teste escrito)

Avaliação prática dos conhecimentos (em campo )

Avaliação teórico/prática dos conhecimentos adquiridos

Associações Locais com apoio da Football Association

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Quadro 7 – Continuação.

Nível 8

(Youth

Referee)

(Módulo V,

Idade >14 anos

<16 anos)

Nível 7

(Junior

Referees)

(Módulo V,

idade > 16

anos)

- Não é exigido qualquer tipo de formação contínua - Acções de formação (de cariz obrigatório)Só para o nível 7

Descrição e Comparação dos Modelos de Formação

39

Não é exigido qualquer tipo de formação contínua

Acções de formação (de

obrigatório) Só para o

- Módulo IV “Período probatório (estagiário)”- Estágio, arbitrar 6 jogos 11x11 com auxilio de um árbitro treinador e um instrutor Análise do seu desempenho através de vídeo - Auto-avaliação e avaliação do desempenho dos colegas - Módulo V “Treino de árbitros recentemente qualificados (em serviço)”- Aplicação das leis - Reconhecimento de infracções - Linguagem corporal e comunicação - Consciência fitness - Técnicas de aquecimento/arrefecimento - Programas que vão ao encontro das necessidades individuais - Treino de encorajamento de conceitos de união e espírito de equipa

- Aprovação no Módulo III - Aprovação no Módulo IV

9 Horas 2 Horas - 3 Horas só para o nível 7

- Avaliação de competências de acordo com o actual regime de avaliação em vigor da Football Association- Auto-avaliação - Se o candidato concluir com sucesso o atribuído um Certificado de Aptidão pela Football Association

Descrição e Comparação dos Modelos de Formação

Eduardo Gomes

Avaliação de competências de

acordo com o actual regime de avaliação em vigor da Football Association

avaliação

Se o candidato concluir com sucesso o Módulo V ser-lhe-á atribuído um Certificado de Aptidão pela Football Association

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Modelo de Formação de

Quadro 8 – Descrição das principais características do Modelo de Formação de Árbitros de Futebol em Referees).

Níveis Objectivos Formação Académica

Formação Continua

(Acções de Formação

Nível 6 (County

Referees)

Nível 5 (Senior County

Referees)

- Não foi possível obter dados correspondentes

- Não foi possível obter dados correspondentes

- Frequência e aproveitamento num Seminário a determinar pela Associação de Futebol Local. - formação (de cariz obrigatório)

Descrição e Comparação dos Modelos de Formação

41

Modelo de Formação de Árbitros de Futebol em Inglaterra

Descrição das principais características do Modelo de Formação de Árbitros de Futebol em Inglaterra nos Níveis: 6 (County Referees

Formação Continua Acções de Formação )

Conteúdos (Disciplinas)

Condições de Acesso

(Inscrição e Preferência)

Duração

Frequência e

aproveitamento num Seminário a determinar pela Associação de Futebol Local.

Acções de formação (de cariz obrigatório)

- Não foi possível obter dados correspondentes

- Idade superior a 16 anos. - 1 ano de actuação no nível anterior. - Exame de admissão.

- Mínimo 1 ano em cada uma das categorias. - 3 Horas para os dois níveis

- Prova escrita: Leis de jogo.- Prova física: Não existe uma prova específica nestes níveis (6 e 5) é recomendado que o árbitro seja capaz de correr um mínimo de 2200 metros em 12 minutos.- Avaliação de desempenho: Média satisfatória num mínimo de 3 jogos. - Arbitrar: mínimo 20 jogos por época. - Avaliação como árbitro assistente em pelo menos 5 jogos (só o nível 5).

Descrição e Comparação dos Modelos de Formação

Eduardo Gomes

Árbitros de Futebol em Inglaterra

County Referees) e 5 (Senior County

Avaliação Organização

escrita: Leis de jogo.

Prova física: Não existe uma prova específica nestes níveis (6 e 5) é recomendado que o árbitro seja capaz de correr um mínimo de 2200 metros em 12 minutos.

Avaliação de desempenho: Média satisfatória num mínimo de

itrar: mínimo 20 jogos por

Avaliação como árbitro assistente em pelo menos 5 jogos (só o nível 5).

-Comité das Associações de Futebol Locais.

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Modelo de Formação de

Quadro 9 – Descrição das principais características do Modelo de Formação

(Contributory Referees).

Níveis Objectivos Formação Académica

Formação Continua

(Acções de Formação

Nível 4 (Supply League

Referees)

Nível 3 (Contributory

Referees)

- Não foi possível obter dados correspondentes

- Não foi possível obter dados correspondentes

- Frequência e aproveitamento num Seminário a determinar pela Associação de Futebol Local.- formação (de cariz obrigatório)

Descrição e Comparação dos Modelos de Formação

43

Modelo de Formação de Árbitros de Futebol em Inglaterra

Descrição das principais características do Modelo de Formação de Árbitros de Futebol em Inglaterra nos Níveis

Formação Continua Acções de Formação )

Conteúdos (Disciplinas)

Condições de Acesso

(Inscrição e Preferência)

Duração

Frequência e

aproveitamento num Seminário a determinar pela Associação de Futebol Local.

Acções de formação (de cariz obrigatório)

- Não foi possível obter dados correspondentes

- Idade inferior a 43 anos. - 1 ano de actuação no nível anterior. - Exame de admissão. - Entrevista para apurar a adequação aos critérios determinados pela - “The Football Association”.

- Mínimo 1 ano em cada uma das categorias. - 3 Horas para o nível 4. - 3x3 Horas para o nível 3.

- Avaliação de desempenho: Número de jogos a determinar pela “The Football Association”- Exame escrito: a determinar pela “The Football Association”Testes físicometros máximo 7,5 segundos. Resistência, 2700 metros máximo 12 minutos.- Mínimo 5 jogos como árbitro assistente. (para o nível 4)

Descrição e Comparação dos Modelos de Formação

Eduardo Gomes

Árbitros de Futebol em Inglaterra

de Árbitros de Futebol em Inglaterra nos Níveis: 4 (Supply League Referees) e 3

Avaliação Organização

Avaliação de desempenho:

Número de jogos a determinar pela “The Football Association”

Exame escrito: a determinar pela “The Football Association” Testes físicos: Velocidade, 2x50 metros máximo 7,5 segundos. Resistência, 2700 metros máximo 12 minutos.

Mínimo 5 jogos como árbitro assistente. (para o nível 4)

-“The Football Association”

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Modelo de Formação de

Quadro 10 – Descrição das principais características do Modelo de Formação de Árbitros de Futebol em Inglaterra nos Níveis

Níveis Objectivos Formação Académica

Formação Continua

(Acções de Formação

Nível 2

(Panel List)

Nível 1

(National List)

- Não foi possível obter dados correspondentes

- Não foi possível obter dados correspondentes

- Frequência e aproveitamento num Seminário a determinar pela Associação de Futebol Local.- formação (de cariz obrigatório)

Descrição e Comparação dos Modelos de Formação

45

Modelo de Formação de Árbitros de Futebol em Inglaterra

Descrição das principais características do Modelo de Formação de Árbitros de Futebol em Inglaterra nos Níveis: 2 (Panel List

Formação Continua Acções de Formação )

Conteúdos (Disciplinas)

Condições de Acesso

(Inscrição e Preferência)

Duração

Frequência e

aproveitamento num Seminário a determinar pela Associação de Futebol Local.

Acções de formação (de cariz obrigatório)

- Não foi possível obter dados correspondentes

- Exame de admissão. - Entrevista para apurar a adequação aos critérios determinados pela “The Football Association” - Atingir o número de créditos estipulados pela The Football Association” (na promoção do nível 2 para o nível 1).

- Mínimo 1 ano em cada uma das categorias.

- Avaliação de desempenho: Número de jogos a determinar pela “The Football Association”- Exame escrito: a determinar pela “The Football Association”Testes físicos: Velocidade, 2x50 metros máximo 7,5 segundos. Resistência, 2700 metros máximo 12 minutos.

Descrição e Comparação dos Modelos de Formação

Eduardo Gomes

Árbitros de Futebol em Inglaterra

Panel List) e 1 (National List).

Avaliação Organização

Avaliação de desempenho:

Número de jogos a determinar pela “The Football Association”

Exame escrito: a determinar pela “The Football Association”

es físicos: Velocidade, 2x50 metros máximo 7,5 segundos. Resistência, 2700 metros máximo 12 minutos.

-“The Football Association”

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5.2. Discussão dos Modelos de Formação de Árbitros de

Futebol em Portugal e

Nesta parte do trabalho,

apresentados no ponto anterior.

Iremos utilizar todas as dimensões ou categorias descritas nos quadros

relativos aos modelos de formação de árbitros em Portugal e

Analisaremos e discutiremos os resultados por dimensão ou categoria

5.2.1. Objectivos dos Programas de Formação

Em relação a esta categoria ou dimensão, v

grande semelhança nos objectivos dos programas dos cursos de

inicial em ambos os países

estejam aptos a arbitrar jogos de futebol, aplicando as leis oficiais.

Não foi possível obter dados correspondentes para os restantes níveis

de formação, quer para Portugal, quer para Inglaterra.

5.2.2. Formação

Com base nos quadro

dimensão, o aspecto mais relevante é o facto de em Portugal, quer no curso de

formação inicial, quer ao longo de todo o processo de formação

menos a escolaridade mínima obrigatória.

Pudemos também ver

académica para poder frequentar o curso de formação inicial em Inglaterra.

Ainda no modelo Inglês e reportando

não adquirimos informação suficiente para poder dar res

Descrição e Comparação dos Modelos de Formação

Eduardo Gom47

Discussão dos Modelos de Formação de Árbitros de

Futebol em Portugal e em Inglaterra

e do trabalho, em primeiro lugar iremos discutir os aspectos

apresentados no ponto anterior.

Iremos utilizar todas as dimensões ou categorias descritas nos quadros

relativos aos modelos de formação de árbitros em Portugal e

Analisaremos e discutiremos os resultados por dimensão ou categoria

Objectivos dos Programas de Formação

Em relação a esta categoria ou dimensão, verificamos que existe uma

s objectivos dos programas dos cursos de

inicial em ambos os países, estes procuram assegurar que os candidatos

estejam aptos a arbitrar jogos de futebol, aplicando as leis oficiais.

Não foi possível obter dados correspondentes para os restantes níveis

de formação, quer para Portugal, quer para Inglaterra.

Académica

nos quadros correspondentes, relativamente a esta

, o aspecto mais relevante é o facto de em Portugal, quer no curso de

formação inicial, quer ao longo de todo o processo de formação

menos a escolaridade mínima obrigatória.

mos também verificar, que não é exigido qualquer tipo de formação

académica para poder frequentar o curso de formação inicial em Inglaterra.

Ainda no modelo Inglês e reportando-nos aos restantes níveis de formação,

mos informação suficiente para poder dar resposta a esta questão.

Descrição e Comparação dos Modelos de Formação

Eduardo Gomes

Discussão dos Modelos de Formação de Árbitros de

emos discutir os aspectos

Iremos utilizar todas as dimensões ou categorias descritas nos quadros

relativos aos modelos de formação de árbitros em Portugal e em Inglaterra.

Analisaremos e discutiremos os resultados por dimensão ou categoria.

erificamos que existe uma

s objectivos dos programas dos cursos de formação

que os candidatos

estejam aptos a arbitrar jogos de futebol, aplicando as leis oficiais.

Não foi possível obter dados correspondentes para os restantes níveis

, relativamente a esta

, o aspecto mais relevante é o facto de em Portugal, quer no curso de

formação inicial, quer ao longo de todo o processo de formação é exigido pelo

que não é exigido qualquer tipo de formação

académica para poder frequentar o curso de formação inicial em Inglaterra.

íveis de formação,

posta a esta questão.

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5.2.3. Formação Contínua

Nesta dimensão,

questão.

No modelo Português, os candidatos q

formação inicial, com aproveitamento e idade

dezoito anos, obtêm o Nível 6

dezoito anos, este fica habilitado com Nível 6

Em Inglaterra o curso de formação inicial

módulos. Se os candidatos obtiverem aprovação no terceiro módulo e tiverem

idades compreendidas entre catorze e dezasseis

Nível 9 (Trainee Referee). Se os candidatos

quarto módulo no mesmo inter

Nível 8 (Youth Referee). Por sua vez, os candidatos que possuam

dezasseis anos e que tenham concluído com aproveitamento o quinto mó

passam a ser árbitros de Nível 7

Em relação às acções de formação e seminários,

que existe uma grande preocupação por parte das associações responsáveis

pela formação de árbitros,

que vão ao encontro das exigências

Em Portugal, verificamos que em todos os n

formação inicial, os árbitros deverão particip

de formação para o qual sejam solicitados

No modelo Inglês

formação, acontece a partir do Nível 7

dos árbitros de níveis mais baixos, não possuírem idade nem habilitação

suficiente para poderem arbitrar em jo

Referimos também, que

determinado do pelas associações locais, de acordo com as necessidades

demonstradas.

Descrição e Comparação dos Modelos de Formação

Eduardo Gom48

Formação Contínua (Acções de Formação)

, existem de facto algumas diferenças nos modelos em

No modelo Português, os candidatos que finalizarem o curso de

formação inicial, com aproveitamento e idade superior a treze anos e in

dezoito anos, obtêm o Nível 6 “Árbitros Jovem”. Se o candidato tiver

ste fica habilitado com Nível 6 “Árbitro Estagiário”.

Em Inglaterra o curso de formação inicial, encontra-se dividido por cinco

módulos. Se os candidatos obtiverem aprovação no terceiro módulo e tiverem

idades compreendidas entre catorze e dezasseis anos, ser-lhes

(Trainee Referee). Se os candidatos concluírem com aproveitamento o

o mesmo intervalo de idades, serão considerados árbitros de

(Youth Referee). Por sua vez, os candidatos que possuam

dezasseis anos e que tenham concluído com aproveitamento o quinto mó

passam a ser árbitros de Nível 7 (Junior Referee)

Em relação às acções de formação e seminários, pudemos constatar

que existe uma grande preocupação por parte das associações responsáveis

pela formação de árbitros, em ambos os países, em dota-los de conhecimentos

das exigências colocadas às suas funções.

Em Portugal, verificamos que em todos os níveis, inclusive

os árbitros deverão participar em todos os eventos

o qual sejam solicitados, num mínimo de quatro por época.

modelo Inglês, a frequência obrigatória em seminários e acções de

formação, acontece a partir do Nível 7 (Junior Referee). Isto deve

dos árbitros de níveis mais baixos, não possuírem idade nem habilitação

para poderem arbitrar em jogos oficias.

ém, que o número de eventos de formação por época

determinado do pelas associações locais, de acordo com as necessidades

Descrição e Comparação dos Modelos de Formação

Eduardo Gomes

existem de facto algumas diferenças nos modelos em

ue finalizarem o curso de

superior a treze anos e inferior a

candidato tiver mais de

“Árbitro Estagiário”.

se dividido por cinco

módulos. Se os candidatos obtiverem aprovação no terceiro módulo e tiverem

lhes-ão atribuído o

aproveitamento o

serão considerados árbitros de

(Youth Referee). Por sua vez, os candidatos que possuam mais de

dezasseis anos e que tenham concluído com aproveitamento o quinto módulo,

pudemos constatar

que existe uma grande preocupação por parte das associações responsáveis

los de conhecimentos

, inclusive no curso de

ar em todos os eventos e acções

, num mínimo de quatro por época.

, a frequência obrigatória em seminários e acções de

(Junior Referee). Isto deve-se ao facto

dos árbitros de níveis mais baixos, não possuírem idade nem habilitação

mero de eventos de formação por época, é

determinado do pelas associações locais, de acordo com as necessidades

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5.2.4. Conteúdos

Os conteúdos referentes aos cursos

futebol em Portugal e em

Português parece-nos ser

um objectivo multidisciplinar evid

obviamente, uma mais alargada aquisição de conhecimentos.

Como se pode ver

importância à componente prática. Verificamos também, que existe

modelo uma maior especificidade na escolha das disciplinas ministr

cursos de formação inicial

Não foi possível obter dados correspondentes para os restantes níveis,

quer para Portugal, quer para Inglaterra.

5.2.5. Condições de Acesso

Para além da aprovação nos exames

como condição para iniciar ou progred

nível mais elevado, os árbitros terão de permanecer, pelo menos um ano em

cada nível. Esta condiçã

(Segunda Categoria Distrital ou R

Distrital ou Regional) em Portugal

dois anos.

A idade e os testes psicotécnicos são também uma condição de acesso

em todos os níveis no modelo Português

Um aspecto que podemos salientar

de formação inicial em Portugal parecem

modelo Inglês.

Descrição e Comparação dos Modelos de Formação

Eduardo Gom49

Conteúdos (Disciplinas)

conteúdos referentes aos cursos de formação inicial para

em Inglaterra apresentam-se de forma distinta.

nos ser um modelo que privilegia a componente teórica, com

um objectivo multidisciplinar evidente. Proporcionando aos candidat

obviamente, uma mais alargada aquisição de conhecimentos.

se pode ver no quadro 7, o modelo Inglês dá uma maior

importância à componente prática. Verificamos também, que existe

especificidade na escolha das disciplinas ministr

cursos de formação inicial.

Não foi possível obter dados correspondentes para os restantes níveis,

quer para Portugal, quer para Inglaterra.

Condições de Acesso (Inscrição e Preferência)

ém da aprovação nos exames de admissão, que são

para iniciar ou progredir nos níveis de formação até atingir o

nível mais elevado, os árbitros terão de permanecer, pelo menos um ano em

cada nível. Esta condição é válida para ambos os países, except

Distrital ou Regional) e no Nível 4 (Primeira Categoria

em Portugal, onde é necessário permanecer

A idade e os testes psicotécnicos são também uma condição de acesso

em todos os níveis no modelo Português

ecto que podemos salientar, é que os pré-requisitos dos cursos

de formação inicial em Portugal parecem-nos ser mais exigentes do que os do

Descrição e Comparação dos Modelos de Formação

Eduardo Gomes

inicial para árbitros de

se de forma distinta. O modelo

um modelo que privilegia a componente teórica, com

ente. Proporcionando aos candidatos,

dá uma maior

importância à componente prática. Verificamos também, que existe neste

especificidade na escolha das disciplinas ministradas nos

Não foi possível obter dados correspondentes para os restantes níveis,

de admissão, que são exigidos

nos níveis de formação até atingir o

nível mais elevado, os árbitros terão de permanecer, pelo menos um ano em

o é válida para ambos os países, excepto no Nível 5

(Primeira Categoria

é necessário permanecer no mínimo

A idade e os testes psicotécnicos são também uma condição de acesso

requisitos dos cursos

ntes do que os do

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5.2.6. Duração

Verificamos que a

de Futebol em Portugal não

regulamento não especifica o

vertentes teórica e prática.

Os cursos de formação inicial em Inglater

horas, notando-se aqui u

modelo português. Um aspecto que achamos pertinente referir

haver um claro predomínio da componente prática

Verifica-se que em ambos

no mínimo, um ano em cada nível de formação.

Como já referimos anteriorment

5 e 4 do modelo em português

um mínimo de dois anos.

5.2.7. Avaliação

Como podemos constatar

correspondentes, ambos os pa

uma componente teórica e outra prática. Deste modo, os procedimentos de

avaliação devem ir ao encontro

formandos.

Existem grandes semelhanças

ao longo de todo o processo de formação em ambos os países.

Ambos os modelos preconizam uma avaliação contínua,

conter as suas próprias particularidades.

Ambos os países

árbitros em jogo. Avaliam a condição física dos árbitros duas vezes por época,

avaliam os conhecimentos adquiridos ao longo do seu percurso de formação

através de exames escritos

Descrição e Comparação dos Modelos de Formação

Eduardo Gom50

Verificamos que a duração dos cursos de formação inicial para árbitros

Portugal não poderá ser inferior a quarenta e oito horas

regulamento não especifica o número de horas que são despendidas para as

vertentes teórica e prática.

Os cursos de formação inicial em Inglaterra têm uma duração de

se aqui uma diferença de menos dezoito horas em relação ao

. Um aspecto que achamos pertinente referir

redomínio da componente prática no modelo inglês

que em ambos os modelos, os árbitros devem

no mínimo, um ano em cada nível de formação.

Como já referimos anteriormente esta condição não se aplica aos Níveis

5 e 4 do modelo em português, nestes níveis os árbitros deverão permanecer

um mínimo de dois anos.

Como podemos constatar através dos dados visíveis n

correspondentes, ambos os países incorporam nos seus modelos de formação

uma componente teórica e outra prática. Deste modo, os procedimentos de

avaliação devem ir ao encontro dos conhecimentos adquiridos por parte

semelhanças na forma como os árbitros são avaliados

ao longo de todo o processo de formação em ambos os países.

Ambos os modelos preconizam uma avaliação contínua,

as suas próprias particularidades.

s países efectuam avaliação de desempenho, observando o

. Avaliam a condição física dos árbitros duas vezes por época,

avaliam os conhecimentos adquiridos ao longo do seu percurso de formação

através de exames escritos.

Descrição e Comparação dos Modelos de Formação

Eduardo Gomes

ão inicial para árbitros

a quarenta e oito horas. O

de horas que são despendidas para as

ra têm uma duração de trinta

ma diferença de menos dezoito horas em relação ao

. Um aspecto que achamos pertinente referir, é o facto de

no modelo inglês.

os modelos, os árbitros devem permanecer

e esta condição não se aplica aos Níveis

, nestes níveis os árbitros deverão permanecer

através dos dados visíveis nos quadros

nos seus modelos de formação,

uma componente teórica e outra prática. Deste modo, os procedimentos de

dos conhecimentos adquiridos por parte dos

na forma como os árbitros são avaliados

Ambos os modelos preconizam uma avaliação contínua, apesar de

avaliação de desempenho, observando os

. Avaliam a condição física dos árbitros duas vezes por época,

avaliam os conhecimentos adquiridos ao longo do seu percurso de formação

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5.2.8. Organização

Nesta categoria existe uma forte analogia entre os dois países.

Os cursos de formação inicial e os

Futebol que actuam junto d

organizados pelas Associações locais.

e profissional está a cargo das F

Salientamos que a

Portugal é organizada pela

Futebol Profissional em parceria c

Portuguesa de Futebol.

Descrição e Comparação dos Modelos de Formação

Eduardo Gom51

Organização

categoria existe uma forte analogia entre os dois países.

cursos de formação inicial e os níveis de formação de árbitros de

Futebol que actuam junto do Futebol jovem e Futebol sénior

ssociações locais. Por sua vez, o Futebol semi

profissional está a cargo das Federações correspondentes.

Salientamos que a promoção dos árbitros do Nível 2 para o

Portugal é organizada pela Comissão de Arbitragem da Liga Portuguesa de

Futebol Profissional em parceria com o Conselho de Arbitragem da Federação

Descrição e Comparação dos Modelos de Formação

Eduardo Gomes

categoria existe uma forte analogia entre os dois países.

de formação de árbitros de

sénior amador são

semi-profissional

para o Nível 1 em

Comissão de Arbitragem da Liga Portuguesa de

om o Conselho de Arbitragem da Federação

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6. CONCLUSÕES

Após a realização deste trabalho concluímos que os dois modelos de

formação de árbitros de Futebol

apresentam pequenas diferenças:

1. O modelo

contempla seis níveis enquanto o modelo

em Inglaterra contempla

2. Ambos os modelos compreendem um curso de formação inicial.

Estes apresentam na

diferenças:

Quanto às semelhanças:

- Os objectivos

- A avaliação do curso de formação inicial

prevê uma avaliação prática,

desempenho.

Em ambos os países

respectivas Associações de Futebol locais

“Futebol Jovem”

Quanto às diferenças:

- Em Portugal

enquanto que em Inglaterra essa exigência n

- No modelo de formação de árbitros em Inglaterra as disciplinas

ministradas nos cursos de formação inicial parecem ser mais específicas e dão

maior relevância à componente prática.

- As condições d

são mais exigentes do que em Inglaterra

- O curso de formação inicial em Portugal tem mais dezoito horas

do que o curso de formação inicial em Inglaterra

3. Relativamente

formação, concluímos que

Eduardo Gom53

CONCLUSÕES

realização deste trabalho concluímos que os dois modelos de

formação de árbitros de Futebol, para além de alguns pontos em comum,

diferenças:

de formação dos árbitros de Futebo

enquanto o modelo de formação de árbitros de

dez níveis.

Ambos os modelos compreendem um curso de formação inicial.

sua concepção algumas semelhanças

Quanto às semelhanças:

jectivos são idênticos.

A avaliação do curso de formação inicial em ambos

prática, uma avaliação teórica e uma avaliação de

Em ambos os países o curso de formação inicial está a cargo das

respectivas Associações de Futebol locais e habilita os árbitros a arbitrar no

s diferenças:

Portugal é exigida a escolaridade mínima obrigat

enquanto que em Inglaterra essa exigência não é referida.

No modelo de formação de árbitros em Inglaterra as disciplinas

ministradas nos cursos de formação inicial parecem ser mais específicas e dão

maior relevância à componente prática.

ições de acesso ao curso de formação inicial em Po

que em Inglaterra.

curso de formação inicial em Portugal tem mais dezoito horas

do que o curso de formação inicial em Inglaterra.

Relativamente às condições de acesso aos restantes

que:

Conclusões

Eduardo Gomes

realização deste trabalho concluímos que os dois modelos de

m de alguns pontos em comum,

de Futebol em Portugal

de árbitros de futebol

Ambos os modelos compreendem um curso de formação inicial.

semelhanças e algumas

ambos os países

e uma avaliação de

de formação inicial está a cargo das

e habilita os árbitros a arbitrar no

a escolaridade mínima obrigatória

No modelo de formação de árbitros em Inglaterra as disciplinas

ministradas nos cursos de formação inicial parecem ser mais específicas e dão

ao curso de formação inicial em Portugal

curso de formação inicial em Portugal tem mais dezoito horas

restantes níveis de

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- Em ambos os modelos de

obrigatória para a passagem aos níveis seguintes

- Para além desta frequênci

tempo de permanecia em cada um dos níveis (um ano em todos e dois anos

nos níveis 5 e 4 no modelo português)

condições de acesso aos níveis seguintes.

- A avaliação

semelhante. Avalia-se o desempenho, os conhecimentos e a condição física do

árbitro.

- Quer em Portugal quer em Inglaterra as A

responsáveis pelos níveis

amador. Enquanto as respectivas

formação dos árbitros que actuem no Futebol

Estas conclusões, leva

agentes desportivos em geral

e dirigentes) quer em Portugal quer em Inglaterra

dos árbitros não se explicam

eventualmente por uma cultura desportiva difer

Eduardo Gom54

Em ambos os modelos de formação a formação contínua é

para a passagem aos níveis seguintes.

Para além desta frequência em acções de formação

tempo de permanecia em cada um dos níveis (um ano em todos e dois anos

o modelo português) e um exame de admissão, são

condições de acesso aos níveis seguintes.

avaliação em ambos os modelos de formação é feita de forma

se o desempenho, os conhecimentos e a condição física do

Portugal quer em Inglaterra as Associação locais são

os níveis formação dos árbitros que actuam no Futebol sénior

Enquanto as respectivas Federações São responsáveis pelos níveis

árbitros que actuem no Futebol semi-profissional e profissional

Estas conclusões, levam-nos a pensar que as diferentes

em geral (espectadores, jornalistas, jogadores, treinadores

quer em Portugal quer em Inglaterra e relativamente à actuação

não se explicam pela diferente formação destes

ma cultura desportiva diferente.

Conclusão

Eduardo Gomes

a formação contínua é

a em acções de formação, a idade, o

tempo de permanecia em cada um dos níveis (um ano em todos e dois anos

e um exame de admissão, são

em ambos os modelos de formação é feita de forma

se o desempenho, os conhecimentos e a condição física do

ção locais são

no Futebol sénior

Federações São responsáveis pelos níveis

e profissional.

diferentes atitudes dos

(espectadores, jornalistas, jogadores, treinadores

e relativamente à actuação

ão destes mas

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