A Gazeta - Vida - Família_ meninos são o xodó da mamãe, diz estudo

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Família: meninos são o xodó damamãe, diz estudoChance de uma mãe ser mais dura com amenina do que com o menino é duas vezesmaior. Cerca de 21% das mães repreendemais as meninas

Foto: Ricardo Medeiros.

A artista plástica Roberta Cabral Ruschi sempre

teve uma relação muito próxima com o filho

Enrico Ruschi Bretz, de 10 anos. “Fazemos

tudo juntos”, diz a mãe

Guilherme Sillva

[email protected]

Os rapazes vão alegar que nem sempre eles são

privilegiados dentro de casa. Já as meninas vão dizer que a

situação acontece com certa frequência, sim. A questão é: a

mãe privilegia o menino?

Segundo um teste do site britânico “Netmums”, feito com

2.672 mães, a resposta é sim. Os filhos homens são os

queridinhos da mamãe.

De acordo com a pesquisa, as chances de uma mãe ser mais

dura com a menina do que com o menino é duas vezes maior

e, apesar de mais da metade achar essa distinção errada,

21% repreende mais as meninas.

13/09/2012 - 09h42 - Atualizado em 13/09/2012 - 09h49

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“As mães veem as filhas como uma extensão de si próprias e

precisam cuidar para não projetar nelas todos os seus

anseios”, diz Renata Aleotti, psicóloga e professora da PUC-

SP. Os meninos, por sua vez, podem ficar com a ilusão de

que tudo é permitido para eles. Se você tem filhos e filhas,

preste atenção para ver se não é hora de repensar algumas

atitudes.

Proximidade

A artista plástica Roberta Cabral Ruschi sempre teve uma

relação muito próxima com o filho Enrico Ruschi Bretz, de 10

anos. “Sempre fazemos tudo juntos, como praticar esportes.

Ele está sempre comigo em diversas atividades diárias. Na

escola, até falam que eu o protejo, mas não vejo como mimo,

e, sim, como uma mãe superpresente”, ressalta.

Para o psicólogo e professor do Unesc, Fábio Nogueira, a

sociedade observa que existe uma preponderância, ou seja,

privilégios do homem em relação à mulher apesar de todos

os avanços já alcançados. “O homem ainda é referência em

relação a vários fatores, como a renda. É difícil ter uma

criação igual para dois filhos”, explica.

Porém, o profissional ressalta que não se pode generalizar,

dizendo que isso acontece em todas famílias. Também é

preciso atenção. “A percepção de que um filho tem privilégio

em relação a outro pode causar futuramente a baixa

autoestima, por exemplo”, ressalta.

Segundo o professor da Univix, Antônio Carlos, quando a

mãe - que tem um casal de filhos - privilegia o menino, ela

está procurando, através do homem, saber o que é a mulher.

“A mãe vai procurar por meio do homem saber o que é a

mulher (e não o papel de mãe), e o filho acaba ocupando

esse espaço, por isso pode ocorrer o privilégio. A menina

acaba reclamando da relação dura com a mãe, e ela acaba

indo buscar apoio na relação com o pai”, diz.

Ordem do nascimento pode determinar a

personalidade do filho

A ordem do nascimento pode determinar a personalidade do

filho. Segundo o livro “Mais velho, do meio ou caçula”, de

Kevin Leman, os irmãos mais velhos são, geralmente, os

mais sérios, certinhos e perfeccionistas. Os do meio são

competitivos, mas tentam sempre a paz na hora da confusão.

E os caçulas são divertidos e, às vezes, mimados.

Perfis

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Psicólogos dizem que essa teoria existe há muito tempo

dentro da psicologia, mas há pesquisas que confirmam e

outras que geram dúvidas em relação aos perfis dos irmãos,

de acordo com a ordem do nascimento.

Como o primogênito é aquele que inaugura a família, ele

gera muita expectativa e também é muito cobrado. Já o

caçula, como chega depois de todos, fica normalmente com

apelidos no diminutivo e, geralmente, se sente diminuído em

comparação a outros irmãos. E o do meio sempre fica para

depois, ele não recebe muita atenção, diz o livro.