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Xodó REVISTA Revista Xodó - Ano I - Edição Especial Especial Salvador 30 anos de axé Pg. 07

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Revista experimental temática regional sobre cidades do nordeste brasileiro. Material da disciplina de editoração gráfica do curso de Jornalismo.

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X o d óREVISTA

Revista Xodó - Ano I - Edição Especial

Especial

Salvador

30 anos de axé Pg. 07

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Editorial

C on t eúd o D i a g ra m a ç ão Res p ons á vel Josiel Lucas Amanda Nonato Vaniele Barreiros

SECA DA COMPETÊNCIAÉ uma confissão de incom-petência a explicação dada pelo governo para o atraso na entrega de 130 mil cister-nas à população afetada pela seca no semiárido brasileiro.A promessa, feita pela presidente Dilma Rousseff em abril, deveria ter sido cumprida em julho --a temporada de chuvas termina no meio do ano. No entanto, somente 59 mil reservatóri-os de água foram entregues naquele período, como mos-trou reportagem desta Folha.De acordo com o Ministério da Integração Nacional, re-sponsável pelo programa Água para Todos, a complexidade das licitações previstas para este ano, bem como da logís-tica de transporte dos tanques,

retardou o cronograma.Faz pouco sentido o esclare-cimento. Primeiro, porque o projeto existe desde 2011, e seria curioso que ape-nas agora certos percalços se tornassem conhecidos.Mais importante, as cisternas não entregues, de polietileno, foram escolhidas há dois anos --em detrimento das de alve-naria, mais baratas e construídas com mão de obra local-- porque supostamente permitiri-am instalação mais célere.Assumindo que estava correta a justificativa dada pelo minis-tério ao anunciar a compra dos tanques plásticos --e que não havia interesses escusos nessa negociação--, a conclusão é evidente: a pasta não teve com-

petência para executar o ob-jetivo anunciado por Dilma.A cargo do mesmo ministé-rio, o primeiro canal da trans-posição do rio São Francisco, que a princípio seria inau-gurado pelo ex-presidente Lula em 2010, avançou ap-enas 1% no último ano e não ficará pronto até o fim do atual governo. Segundo o duvidoso discurso oficial, tais obras beneficiarão cerca de 12 milhões de pessoas.O atraso nessas duas frentes deixa milhões de famílias com acesso precário à água nos períodos de seca.

Ainda que a aposentadoria rural e os programas assistenciais amenizem os flagelos impostos pelo clima, são graves os efei-tos da seca. Milhões de famílias veem-se impedidas de criar gado e cultivar a terra. Quando possível, enchem baldes em açudes; do contrário, só lhes resta os caminhões-pipa.Nos dois casos, torna-se mais acentuada sua dependência em relação às transferências de

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MANDACARU EDITORA

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Culináriapg. 11

Turismopg. 12

Cidadepg. 5

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Capa Axé 30 anos

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Culturapg. 09

Culináriapg. 11

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Município brasileiro, capital do es-tado da Bahia, localizado na Mesorregião Metropolitana de Salvador e Microrregião de Salvador, Região Nordeste do país. Primeira capital do Brasil Colônia, Salvador é notável em todo o país pela sua gastronomia, música e arquitetura, e sua área metropolitana é a seg-unda mais rica do Norte-Nordeste do Brasil em PIB. A influência africana em muitos aspectos culturais da cidade a torna o centro da cultura afro-brasileira. O Centro Histórico de Salvador, iconizado no bairro do Pelourinho, é conhecido pela sua arquitetura colonial portuguesa com monumentos históricos que datam do século XVII até o início do século XX, tendo sido declarado como Patrimônio Mundial pela Organização das Nações Uni-

das para a Educação, a Ciên-cia e a Cultura (UNESCO) em 1985.9Salvador possui mais de 2,9 milhões de hab-itantes, sendo o município mais populoso do Nordeste, o terceiro do Bras-il e o oitavo da América Latina (su-perado por São Paulo, Cidade do México, Buenos Aires, Lima, Bo-gotá, Rio de Janeiro e Santia-go).10 Sua região metropolitana, conhecida como “Grande Salvador”, possuía 3 573 973 habitantes recenseados em 2010 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatís-tica (IBGE),11 o que a torna a terceira área metropolitana mais populosa do Nordeste, sétima do Brasil e uma das 120 maiores do mundo.12 Por essas dimen-sões urbano-populacionais, é clas-

Atrás do PelourinhoSALVADOR POR SALVADOR

CIDADE

Pelourinho, Salvador - BA

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sificada pelo estudo do IBGE sobre a rede urbana brasileira como uma metrópole regional. Tais dados demográficos espalham-se por uma superfície de 693,276 quilômet-ros quadrados, ainda conforme o IBGE, cujas coordenadas, a partir do marco da fundação da cidade, no Forte de Santo Antônio da Barra, são 12° 58’ 16’’ sul e 38° 30’ 39’’ oeste.3A primeira sede da administração colonial por-tuguesa do Brasil, a cidade é uma das mais antigas da América. Era, antigamente, cham-ada de “Bahia” ou “cidade da Bahia”. Também recebeu epítetos como Roma Negra e Meca da Negritude, por ser uma metrópole com uma percentagem grande de negros. De acordo com o antropólogo Vivaldo da Costa Lima, a expressão “Roma Negra” é uma derivação de “Roma Africana”, cunhada por Mãe Aninha, fundadora do Ilê Axé Opó Afonjá. Nos anos 1940, em depoimento à antropóloga cultural Ruth Landes. Segundo Mãe Aninha, assim como Roma é o centro do catolicismo, Salvador seria o centro do culto aos orixás. Posteriormente, em seu livro Cidade das Mulheres, Landes traduziu a expressão como Negro Rome. Posteriormente, quando o livro foi traduzido para o português, Negro Rome transformou-se em Roma Negra.13Centro econômico do estado, Salvador é tam-bém porto exportador, centro industrial, administrativo e turístico.

Acontecimentos|Um ano após o descobrimento do Brasil, em 1501, Américo Vespucci chegou na Baía de Todos os Santos em 1º de novembro. Em 1549, a Baía foi nomeada pela coroa portuguesa como capital brasileira e esta, com 25.000 habitantes. A partir do século XVI, Salvador foi o maior porto brasileiro para a chegada de escravos africanos. Pela grande quantidade de africanos em sua região, Salvador adotou hábitos, costumes e tradições deste povo que hoje mostra a miscigenação entre povos de culturas distintas. Em 1624, Salvador foi invadida por holandeses atraí-dos pelas riquezas da região e estes, permaneceram no poder durante 11 meses.

Atrás do PelourinhoSALVADOR POR SALVADOR

CIDADE

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Capa

30 anos de

AXÉ

Ivete Sangalo em show no Trio Elétrico

bores e a Banda Eva, que revelaria a estrela máxima

do axé, Ivete Sangalo.

Calma, nem toda música de Carnaval baiano é axé. Antes dele, o Carnaval foi renovado com os trios elé-tricos tocando frevos com guitarras, que foram popu-larizados pela música de

Caetano Veloso.O samba reggae criado por Neguinho do Samba com o Olodum se popularizou e se tornou internacional com Michael Jackson e

Paul Simon.

Com o apoio de Gilberto Gil, Os Filhos de Gandhi ressurgiram e trouxeram de volta o ijexá. Hoje ninguém sabe mais a fronteira entre o axé e a música baiana de festa, mas todos concor-dam que o novo estilo está em transformação perma-nente e que fundou um novo mercado para a músi-ca da Bahia, que produz grandes músicos e grandes

marqueteiros.

“Você é o amor que eu sempre quis, vem pra mim,

coisinha sensual que medespertou fazendo assim

Levante a mão, entre no clima,batendo palmas, na levada do axé! Le-

Hoje todo mundo sabe que axé não é só uma sau-dação do candomblé, mas há 30 anos, quando Luis Cal-das fez o Brasil dançar com o novo ritmo do deboche,

criado pelos jovens Alfredo Moura e Carlinhos Brown, ninguém imaginava que o novo estilo mudaria a história da música brasileira.

A partir do sucesso de Luis Caldas, as novas gerações de músicos da Bahia con-struíram a cada ano uma infinidade de novos ritmos e coreografias estourando sucessos como Sarajane e a

Banda Reflexus.

Na virada dos anos 90, o futuro axé foi avalizado por Caetano Veloso com a es-petacular gravação de “Meia Lua Inteira”, do percussioni-sta da sua banda Carlinhos

Brown.

Com o estouro nacional de Daniela Mercury no início dos anos 90, começou a confusão. O som de Daniela não tinha só samba reggae, mas também o ijexá e o que depois seria chamado de axé music, um apelido debocha-do que um jornalista baiano deu à nova onda musical que

ganhava o Brasil.

O apelido pegou e se trans-formou em uma marca de sucesso com o Araketu, que botou eletrônica nos tam-

vante a mão, entre no cli-ma, batendo palmas, só pra ver como como que é!”.

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Capa

30 anos de

AXÉ

O Carnaval de Salvador, ou imprecisamente Car-naval da Bahia, é uma festa popular de rua que é organizada anu-

almente em Salvador, no estado brasileiro da Bahia.

Começou a evoluir a partir da diferença entre as class-es sociais - carnaval de rua contra carnaval em clubes privados - resultando em uma inversão da ordem

social, tornando uma cele-bração utópica de igualdade em que a divisão social está temporariamente suspensa.

O Carnaval de Salvador começa 6 dias antes da quarta-feira de cinzas ou

numa noite de quinta-feira. Os foliões festejam em três

principais circuitos: Dodô (Barra-Ondina), Osmar (Campo Grande-Ave-nida Sete) e Batatinha

(Centro Histórico). Em 2013, foi criado o Afródromo,1 dedica-do exclusivamente aos blocosafros e afoxés e formará um novo circuito no carnaval sote-ropolitano a partir de 2014,partindo do bairro do Comé-rcio. Há também Carnaval nos bairros da cidade como emCajazeiras, Itapuã, Periperi, Plataforma e Pau da Lima.2 3 Durante o evento, dezenas de cantores famosos des-filam nos trios elétricos, caminhões grandes, com luzes e som, acima do qual os artistas cantam e dançam . Dentre eles, Daniela Mercury, Ivete Sangalo, Claudia Leitte,Margareth Menezes, Chiclete com Banana, Asa de Águia, etc. Tam-bém tem os tradicionaisblocos carnavalescos como o Olodum, Tim-balada, Filhos de Gandhy e Ilê Aiyê. Cerca de dois

milhões de pessoas partici-pam das festividades anuais

que duram quase uma semana,mergulhando na música e na dança. Durante dezes-seis horas por dia a cultu-ra popular brasileira atinge a sua máxima expressão.

Carnaval

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Cultura

Religiãopra quê?

Rica em cultura, a Bahia também conta com in-úmeras manifestações re-ligiosas que dão conta da grandiosidade do culto, seja aos santos católicos, aos orixás ou aos caboclos.

Todas as 13 zonas turís-ticas do Estado têm um pouco a oferecer quan-do o assunto é religião.

Na Baía de Todos-os-San-tos, a cidade de Cach-oeira é um dos grandes ícones do sincretismo que parece vivo em cada es-quina. No mês de agosto, a Festa da Boa Morte é o auge da mistura entre catolicismo e candomblé e encanta mo-radores e visitantes que vão à cidade apreciar as procis-sões organizadas pelas sen-horas negras que integram a secular Irmandade da Boa Morte. A programação da festa, que também inclui momentos de luto, RESERVA missas, confissões, sentinelas e apresentação de grupos de samba de roda e de capoeira.

Os rituais de arrependi-

mento pelos peca-dos, dos Penitentes de Juazeiro, no Vale do São

Francisco, e a Procissão do Fogaréu, realizada em Serrinha, na zona turística Caminhos do Sertão, são al-gumas das manifestações re-alizadas até a Semana Santa, quando se preparam para as comemorações da Páscoa.

Outra celebração que en-canta é a do Corpus Christi, realizada em Rio de Con-tas, na Chapada Diaman-tina. É uma tradição decorar as avenidas com tapetes naturais que ilustram os símbolos católicos: hóstias e cálices. Para a confecção dos tapetes são usados produtos agrícolas, folhas, se-

mentes, serragem e cereais.

Um dos ícones do Tu-rismo Religioso na Ba-hia é Bom Jesus da Lapa. Conhecida como “capital baiana da fé”.

Já a romaria ao Bom Jesus – a maior delas – reúne milhares de pessoas a partir de 20 de julho. A novena começa no dia 28 e tem seu pon-to alto no dia 6 de agosto, quando é consagrado o san-to padroeiro do município.

Outro grande destaque do segmento é Salvador, que tem mais de 300 igrejas seculares.

Bonfim, São Francisco, Con-ceição da Praia, Rosário dos Pretos e Catedral Basílica são alguns exemplos de templos católicos mais visitados por turistas. É conhecida pela fé que os baianos nutrem pelo Senhor do Bonfim. Dentro da Igreja, na Sala dos Milagres, são deixadas fotos e réplicas de partes do corpo humano, pelos de votos, em agradeci-mento a alguma cura, após as promessas e pedidos.

Na porta da igreja são vendi-das as famosas medidas ou fitinhas do Senhor do Bonfim.

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Cultura

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Baião Baiano

Dança

O Baião, anteriormente con-hecido como Baiano, por influência do verbo “baiar”, forma popular de bailar, baiar, baio (baile), na opinião do mestre Joaquim Ribei-ro, sempre foi apreciado e praticado no Nordeste; depois foi-se difundindo por outras plagas e por fim atravessou com suces-so as fronteiras do País.

A natureza do Baião não sof-reu nenhuma transformação em sua peregrinação para outras regiões. Apenas foi alterado em sua forma na migração para o Sul do País, visto que: após a execução do Baião, o dançarino con-vida outra pessoa para o

substituir com uma um-bigada, enquanto no Sul o convite ao substituto é assi-nalado com um estalar de dedos, à guisa de castanho-las, em direção ao escolhido. Instrumentos musicais: agogô, triangulo e sanfona.

O Baião é formado dos seguintes passos:

balanceios;passos de calcanhar;passo de ajoelhar;rodopio. O Baião é dançado em pares.

Indumentária:

Damas - vestido de chita ordinária com babados na saia, amplo decote e man-gas curtas; sandálias coloridas.

Cavalheiros – calça de brim claro; camisa comum; sandálias de couro cru.

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CulináriaAcarajé | O que aBAIANA TEM?

A culinária baiana tem forte influência das culturas africa-na, portuguesa e, em menor escala (comparada a outras regiões do Brasil), indígena.Os africanos trouxeram o gosto por temperos fortes, especialmente o azeite de dendê e as pimentas.

Além disso, foi muito por força da forte associação en-tre culinária com a religião (muitas comidas são oferen-

das aos orixás) que as receitas conseguiram passar através de gerações (escravos não escreviam livros), chegan-do intactas até nossos dias.

Dos índios veio a utili-zação principalmente de FRUTAS, plantas e pei-xes locais. Os portugueses trouxeram o manuseio de utensílios (fogões e pan-elas) e a utilização de açúcar.

Das mais típicas, encon-tramos bobó de camarão, acarajé, vatapá, Caruru, Carne de sol e outras. » Acarajé. Comida ritual da orixá Iansã. O acarajé feito em terreiros é, basicamente,massa de feijão fradin-ho temperado e frito em óleo de dendê. Re-ceita de acarajé.Um dos mais conhe-cidos quitutes da Ba-hia, o acarajé é em ger-al associado à imagem do tabuleiro da bai-ana. Esse acarajé é mais rebuscado: o bolinho de feijão, após frito,

é cortado e recheado com camarão seco, vatapá, caruru e sala-das; muita moderaçãocom a pimenta.O preparo do aca-rajé, desde a escolha do feijão até a entre-ga ao cliente, deve sertodo feito segundo rit-uais dominados pela baiana. Isso gera sit-uações inusitadas, como ver a baiana car-regando e remexendo uma panela cheia de feijão, enquanto seu jovem assistente somente recebe o pagamento.

O acarajé tem simi-laridade com o abará.

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Turismo

BAHIA,Pra que te quero?

O que não falta em Salva-dor são lugares para con-hecer. O novo e o antigo estão em harmonia na ci-dade e proporcionam ao turista um verdadeiro leque de opções. Como grande parte dos pontos turísticos ficam próximos ao mar, além do belo visual, você pode aproveitar para desfrutar do pôr do sol ao fim do dia. Quem gosta de história não pode deixar de começar um roteiro na cidade visitando o Pelourinho. Ele é um centro da cultura africana no Bras-il, cheio de museus, igrejas, LOJAS de artesanato e con-struções históricas. É um lu-gar para ir durante o dia e com

pique para andar, porque carros não são permitidos.

Se prefere desfrutar da beleza natural da ci-dade, escolha um dia ensolarado e vá aoFarol da Barra. Atual-mente é permitido sub-ir até o farol do forte, para uma visão aindamais bonita da ci-dade de Salvador. Ti-rar algumas fotos lá é obrigatório e, se vocêestiver no pique, pode esticar o passeio para a praia, que fica ali pertinho.

Sem esquecer as práticas religiosas, característica

marcante na cidade, é obrigatóriocitar a Igreja do Senhor do Bonfim, superfamosa pela fes-ta em que ocorre a lavagemde suas escadarias. Nas paredes ao redor da igre-ja ficam as fitinhas coloridas,tradicionais por serem ca-pazes de tornar os pedidos ao Senhor do Bonfim realidade. Não dá para deixar es-capar a oportunidade, né?

Não deixe de tirar uma foto ali, especialmente como fundo para a Baía de To-dos os Santos - é lindíssimo.Basilica-nosso-senhor-do-bonfim é a mais tradicional igreja de Salva-dor, quiçá a mais famosa do Brasil.

Foi erguida naColina Sagrada, a partir de 1745, e é em suas escadari-as que ocorre a famosa festada Lavagem do Bonfim.

Símbolo marcante da Bahia são as fitas coloridas que ficam nas grades da igreja. É o coração da Bahia e o centro da cultura africa-na no Brasil. Visitar Salvador e não

visitar o Pelourinho é imper-doável! O lugar é cheio de casarões coloridos, igrejas,

r e s t a u r a n t e s .

Igreja Nosso Senhor do Bonfim

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