A Gramatica Do Estado

download A Gramatica Do Estado

of 30

description

A Gramática do Estado

Transcript of A Gramatica Do Estado

  • PROG. DE PS-GRAD. EM POLTICAS PBLICAS TEORIAS DO ESTADO

    Prof. Dra. Eneida Desire Salgado

    Alunos: Joo Andr Ribas, Jos Ricardo Martins, Marcus Gualberto de Moura e Rodrigo Baptista.

  • Jurista, economista e socilogo.

    Sentiu necessidade de fazer Sociologia. Trabalha questes de Mtodo.

    Obras nas reas de epistemologia, histria, direito, poltica e economia:

    A tica Protestante e o Esprito do Capitalismo

    Ensaios de Sociologia

    Cincia como Vocao

    Poltica como Vocao

    Economia e Sociedade

  • Poder: a capacidade de impor a sua prpria vontade dentro de uma relao social.

    Dominao: a probabilidade de encontrar obedincia para ordem especficas [um determinado mandato] em determinado grupo de pessoas.

  • Toda dominao procura legitimar a crena em sua legitimidade.

    Quais so os fundamentos que tornam legtima uma autoridade?

  • A dominao legtima pode justificar-se por trs motivos de submisso ou princpios de autoridade:

    racionais,

    tradicionais ou

    afetivos.

  • Fundamentao da dominao legtima:

    I. De carter racional: baseada na crena na legitimidade das ordens estatudas e do direito de mando daqueles nomeados para exercer tal dominao; de carter impessoal, sendo um poder ordinrio. (ou dominao legal)

    II. De carter tradicional: baseado na crena cotidiana na santidade das tradies vigentes desde sempre e na legitimidade daqueles que representam essas tradies; de carter pessoal , sendo um poder ordinrio.

    III. De carter carismtico: (baseado na venerao extracotidiana da santidade, do poder heroico ou do carter exemplar de uma pessoa e das ordens por esta reveladas ou criadas; de carter pessoal , sendo um poder extraordinrio).

  • Trs Tipos de Dominao

    Legal, Racional ou Burocrtica Os subordinados aceitam as ordens dos superiores como justificadas, porque concordam com um conjunto de preceitos ou normas que consideram legtimos e dos quais deriva o comando.

    O tipo mais puro de dominao legal aquele que se exerce por meio de uma quadro administrativo burocrtico. (p. 144) [...] A administrao puramente burocrtica a forma mais racional do exerccio de dominao (p. 145)

    Aplica-se o princpio da separao absoluta entre o quadro administrativo e os meios de administrao e produo. (p. 143)

  • Trs Tipos de Dominao

    Tradicional Os subordinados aceitam as ordens dos superiores como justificadas, porque essa foi a maneira pela qual as coisas sempre foram feitas.

    No se obedece estatutos, mas pessoa indicada pela tradio. (p. 148)

    O recrutamento se d muitas vezes de modo patrimonial.

  • Trs Tipos de Dominao

    Carismtica Os subordinados aceitam as ordens dos superiores como justificadas, por causa da influncia da personalidade e da liderana do superior com o qual se identificam.

    O quadro administrativo do senhor carismtico no um grupo de funcionrios profissionais (p. 159)

    Estes so recrutados segundo qualidades carismticas, segundo inspirao do lder:

    Profeta discpulos

    Prncipe guerreiro squito

    Lder homens de confiana

    A dominao carismtica no conhece regras ( irracional), e alheia Economia. Constitui uma vocao ou misso.

  • Para compreender a burocracia, Weber estudou os tipos de sociedade e os tipos de autoridade. 1. Sociedade tradicional: predominam as caractersticas patriarcais e patrimonialistas, como a famlia, o cl, a sociedade medieval, etc. 2. Sociedade carismtica: predominam as caractersticas msticas, arbitrrias e personalsticas, como nos grupos revolucionrios, nos partidos polticos, nas naes em revoluo, etc. 3. Sociedade legal, racional ou burocrtica:predomnio de normas impessoais e racionalidade na escolha dos meios e dos fins, como nas grandes empresas, nos Estados modernos, no exrcito, etc.

  • Para compreender os tipos de Dominao no Brasil:

    Raymundo Faoro. Os donos do Poder: formao do patronato poltico brasileiro (1958)

    Srgio Buarque de Holanda. Razes do Brasil (1933)

    Glucio A. D. SOARES. A democracia interrompida. (2001). (autoridade tradicional/poltica do atraso)

  • Conferncia de 1918

  • Poltica: qualquer tipo de liderana independente da ao, e, no aspecto Estado, trata a poltica da participao no poder e na luta por sua distribuio (p. 55);

    Estado: comunidade humana que detm o monoplio do uso legtimo da fora fsica dentro de um territrio (p. 56).

  • Racional;

    Tradicional;

    Carismtica (p. 56): poltico vocacional.

  • Associao compulsria que organiza a dominao (p. 59);

    Surgimento dos polticos profissionais;

    Viver da Poltica e Viver para a Poltica (p. 60).

  • Conflitos entre:

    Prncipe Gabinete;

    Funcionrios Especializados;

    Parlamento e Partidos (p. 63).

  • Prximos dos partidos aristocratas, que apenas serviam de squito para a aristocracia, estavam os partidos notveis formados por interesses de classes, tradies familiares e razes ideolgicas (p. 70);

    Sistema de Despojos (p. 75).

  • Qualidades do poltico: paixo, senso de responsabilidade e senso de propores (p. 80);

    Ethos da Poltica como causa:

    tica dos objetivos finais e a Responsabilidade tica, sendo a primeira a responsabilidade como algo alm de seus alcances e a segunda responsabilidade direta pelas consequncias (p.84).

  • Antonio Gramsci

  • Sardenha 1891 Roma 1937

    Jornalista, crtico literrio e poltico

    Universidade de Turim/ perodo de industrializao

    Partido Socialista Italiano e posteriormente Partido Comunista Italiano

    Antifacista

    Deputado por Veneto

    Preso em 1926

  • No somente paixo pela poltica, mas

    sobretudo pela necessidade revolucionria.

  • 1) Especificidade da formao do capitalismo e do Estado Nacional italianos, decorrente da fragilidade de sua burguesia;

    2) Derrota da Revoluo Socialista no Ocidente, causada basicamente pela falta de percepo de que as estratgias utilizadas no Oriente deveriam diferir das do Ocidente; e

    3) Formao de uma nova civilizao, de um novo bloco histrico

  • Governados e governantes, dirigentes e

    dirigidos;

    O Partido Poltico

    O Esprito Estatal

  • Totalitrios

    Tradicionais

    De Elite

    Das Massas

    Uma massa de homens comuns

    Um elemento coeso

    Um elemento mdio

  • Filosofia Praxis

    Sociedade Civil vs Sociedade Poltica

    Hegemonia

    Superestruturas

  • Crises de Hegemonia

    Conceito do Cesarismo ou Bonapartismo

    Brasil, crise e os intelectuais orgnicos

  • Pietro Costa e Danilo Zolo

  • Caracterizao Oposio liberdade ao autoritarismo Importncia dos direitos Autonomia dos indivduos contra a burocracia estatal Pontos Cardeais (condies de possibilidade e de sentido) Poder poltico (a soberania, o Estado) Direito (o direito objetivo, as normas) Indivduos

  • - Barreiras contra a fora tendencialmente incontrolvel do Poder

    - Aristteles neste sentido; Plato contra as leis

  • Processo de redefinio no cenrio revolucionrio dos scs. XVII e XVIII

    Indivduo representado como sujeito de necessidades e direitos

    Parmetros de liberdade e igualdade

    Lei civil como caminho indispensvel liberdade (Montesquieu e Locke)

    Positivao: EUA, FRA; Consuetudinariedade: ING

    Kant: direito - necessidade da fora; estado da natureza ao estado civil