A Grande Rebeliao

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A Grande Rebelião, por Samael Aun Weor

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  • A GRANDE REBELIO

    "O Santo Graal o vaso de Hermes, a taa de Salomo, a urna preciosa de todos os templos de mistrios."

    SAMAEL AUN WEOR

  • A GRANDE REBELIO Samael Aun Weor NDICE Captulo 01 A Vida Captulo 02 A Crua Realidade dos Fatos Captulo 03 A Felicidade Captulo 04 - A Liberdade Captulo 05 A Lei do Pndulo Captulo 06 Conceito e Realidade Captulo 07 A Dialtica da Conscincia Captulo 08 O Jargo Cientificista Captulo 09 O Anticristo Captulo 10 O Eu Psicolgico Captulo 11 As Trevas Captulo 12 As Trs Mentes Captulo 13 Memria-Trabalho Captulo 14 Compreenso Criadora Captulo 15 A Kundalini Captulo 16 Normas Intelectuais Captulo 17 A Faca da Conscincia Captulo 18 O Pas Psicolgico Captulo 19 As Drogas Captulo 20 - Inquietudes Captulo 21 - Meditao Captulo 22 Retorno e Recorrncia Captulo 23 O Cristo ntimo Captulo 24 Trabalho Crstico Captulo 25 O Difcil Caminho Captulo 26 Os Trs Traidores Captulo 27 Os Eus-Causa Captulo 28 O Super-Homem Captulo 29 O Santo Graal

  • A GRANDE REBELIO

    _______ A Vida ________ ( Captulo - 01 )

    Ainda que parea incrvel, muito certo e de toda verdade, que esta to cacarejada civilizao moderna espantosamente feia; no rene as caractersticas transcendentais do sentido esttico; est desprovida de beleza interior.

    muito o que presumimos com estes horripilantes edifcios de sempre, que parecem verdadeiras ratoeiras. O mundo tornou-se tremendamente tedioso; as mesmas ruas de sempre e os prdios horripilantes, por onde quer que se v.

    Tudo isto tem se tornado cansativo, no Norte e no Sul, no Leste e no Oeste do mundo. o mesmo uniforme de sempre: horripilante, nauseante, estril. Modernismo! - Exclamam as multides.

    Parecemos verdadeiros paves vaidosos com o traje que vestimos e com os sapatos muito brilhantes, ainda que por toda parte circulem milhes de infelizes famintos, desnutridos, miserveis.

    A simplicidade e a beleza natural, espontnea, ingnua, desprovida de artifcios e pinturas vaidosas, desapareceu no sexo feminino. Agora somos modernos! Assim a vida.

    As pessoas tornaram-se espantosamente cruis, a caridade resfriou e j ningum se apieda de ningum. As vitrines ou mostrurios das luxuosas lojas resplandecem com luxuosas mercadorias que, definitivamente, esto fora do alcance dos infelizes.

    A nica coisa que podem fazer os prias da vida contemplar sedas e jias, perfumes em luxuosos frascos e guarda-chuvas para tempestades. Ver sem poder tocar, suplcio semelhante ao do Tntalo.

    As pessoas destes tempos modernos tornaram-se demasiado grosseiras. O perfume da amizade e a fragrncia da sinceridade desapareceram radicalmente.

    As multides gemem sobrecarregadas de impostos. Todo mundo est com problemas; nos devem e devemos; nos ajuzam e no temos com que pagar; as preocupaes despedaam crebros; ningum vive tranqilo.

    Os burocratas, com a curva da felicidade na barriga e um bom charuto na boca, no qual psicologicamente se apiam, jogam malabarismos polticos com a mente, sem dar a mnima para a dor dos povos.

    Ningum feliz por estes tempos, menos ainda a classe mdia que se encontra entre a espada e a parede.

    Ricos e pobres, crentes e descrentes, comerciantes e mendigos, sapateiros e funileiros, vivem porque tm que viver; afogam em vinho suas torturas e at se convertem em drogados para escapar de si mesmos.

  • As pessoas tornaram-se maliciosas, receosas, desconfiadas, astutas, perversas, j ningum confia em ningum. Diariamente, inventam-se novas condies, certificados, papelada de todo tipo, documentos, credenciais, etc.; mas nada disso adianta. Os espertalhes zombam de todas estas tolices; no pagam, esquivam-se da lei, ainda que tenham que ir parar na cadeia.

    Nenhum emprego d felicidade. O sentido do verdadeiro amor se perdeu e as pessoas casam-se hoje e divorciam-se amanh.

    A unidade dos lares se perdeu lamentavelmente. A vergonha orgnica j no existe. O lesbianismo e o homossexualismo tornaram-se mais comuns que lavar as mos.

    Saber algo sobre tudo isto, tratar de conhecer a causa de tanta podrido, inquirir, buscar, certamente o que nos propomos neste livro.

    Estou falando na linguagem da vida prtica; desejoso de saber o que se esconde por trs dessa mscara horripilante da existncia. Estou pensando em voz alta e que digam os velhacos do intelecto o que lhes venha na gana.

    As teorias j se tornaram cansativas e at se vendem e revendem no mercado... Ento, o qu? As teorias s servem para nos ocasionar preocupaes e amargurar-nos mais a vida.

    Com justa razo disse Goethe: "Toda teoria cinza e s verde a rvore de dourados frutos que a vida"...

    As pobres pessoas j se cansaram de tantas teorias. Agora se fala muito sobre praticismo. Necessitamos ser prticos e conhecer realmente as causas dos nossos sofrimentos.

    Samael Aun Weor

  • A GRANDE REBELIO

    _______ A Crua Realidade dos Fatos ________ ( Captulo - 02 )

    Em breve, milhes de habitantes da frica, sia e Amrica Latina podero morrer de fome. O gs lanado pelos "sprays" pode acabar radicalmente com o Oznio da atmosfera terrestre.

    Alguns sbios prognosticam que para o ano dois mil o subsolo de nosso globo terrqueo estar esgotado. As espcies martimas esto morrendo devido contaminao dos mares. Isto j est demonstrado.

    Do jeito que vamos, inquestionvel que para o final deste sculo todos os habitantes das grandes cidades devero usar mscaras de oxignio, para defenderem-se da fumaa.

    Continuando a contaminao em sua forma alarmante atual, em pouco tempo j no ser possvel comer peixes, pois estes, vivendo em guas assim, totalmente contaminadas, sero perigosos para a sade.

    Antes do ano dois mil, ser quase impossvel encontrar uma praia onde algum possa banhar-se com gua pura.

    Devido ao desmedido consumo e explorao do solo e do subsolo, logo as terras j no podero produzir os elementos agrcolas necessrios para a alimentao das pessoas.

    O "animal intelectual", equivocadamente chamado homem, ao contaminar os mares com tanta imundcie, envenenar o ar com a fumaa de seus carros e de suas fbricas e destruir a terra com suas exploses atmicas subterrneas e abusos de elementos prejudiciais para a crosta terrestre, claro que est submetendo o planeta Terra a uma longa e espantosa agonia que, indubitavelmente, haver de terminar em uma grande catstrofe.

    Dificilmente o mundo poder cruzar o umbral do ano dois mil, j que o "animal intelectual" est destruindo o ambiente natural a mil por hora.

    O mamfero racional equivocadamente chamado homem, est empenhado em destruir a Terra; quer faz-la inabitvel e, bvio, que o est conseguindo.

    No que se refere aos mares, ostensvel que estes foram convertidos, por todas as naes, numa espcie de grande lixeira. Setenta por cento de todo o lixo do mundo est indo para cada um dos mares.

    Enormes quantidades de petrleo, inseticidas de toda classe, mltiplas substncias qumicas, gases venenosos, gases neurotxicos, detergentes, etc., esto aniquilando todas as espcies viventes do oceano.

    As aves martimas e o Plncton, to indispensvel para a vida, esto sendo destrudos. Inquestionavelmente, a aniquilao do Plncton marinho de uma gravidade incalculvel, porque este microrganismo produz setenta por cento do oxignio terrestre.

  • Mediante a investigao cientfica se pde verificar que j certas partes do Atlntico e do Pacfico se encontram contaminadas com resduos radioativos, produto das exploses atmicas.

    Em distintas metrpoles do mundo e, muito especialmente na Europa, a gua doce bebida, eliminada, depurada e logo bebida novamente.

    Nas grandes cidades "super civilizadas", a gua servida mesa passa pelos organismos humanos muitas vezes. Um em cada trs casos de enfermidade no mundo devido precisamente gua contaminada.

    Na cidade de Ccuta, fronteira com a Venezuela, repblica da Colmbia, Amrica do Sul, os habitantes se vem obrigados a beber as guas negras e imundas do rio que carrega todas as porcarias que vm de Pamplona.

    Quero referir-me, de forma enftica, ao rio Pamplonita, que tem sido to nefasto para a "Prola do Norte" (Ccuta).

    Afortunadamente, existe, agora, outro aqueduto que abastece a cidade, sem que, por isso, se tenha deixado de beber das guas negras do rio Pamplonita.

    Enormes filtros, gigantescas mquinas, substncias qumicas tratam de purificar as guas negras das grandes cidades da Europa; mas as epidemias continuam propagando-se com essas guas negras imundas que tantas vezes passaram pelos organismos humanos.

    Os famosos bacterilogos encontraram, na gua potvel das grandes capitais, toda classe de vrus, colibacilos, patgenos, bactrias de tuberculose, tifo, varola, larvas, etc.

    Ainda que parea incrvel, dentro das prprias usinas potabilizadoras de gua de pases europeus, foi encontrado o vrus da vacina da poliomielite.

    Alm disso, o desperdcio de gua espantoso. Cientistas modernos nos afirmam que, para o ano de 1990, o "humanide racional" morrer de sede. O pior de tudo isto que as reservas subterrneas de gua doce se encontram em perigo devido aos abusos do "animal intelectual".

    A explorao sem misericrdia dos poos de petrleo continua sendo fatal. O petrleo que se extrai do interior da terra atravessa as guas subterrneas e as contamina. Como conseqncia , o petrleo tornou impotveis as guas subterrneas da terra durante mais de um sculo. Obviamente, como resultado de tudo isto, morrem os vegetais e at multides de pessoas.

    Falemos agora um pouco sobre o ar que to indispensvel para a vida das criaturas... Com cada aspirao ou inalao, os pulmes tomam meio litro de ar, ou seja, uns doze metros cbicos ao dia. Multiplique-se tal quantidade pelos quatro bilhes e quinhentos milhes de habitantes que possui a Terra e, ento, teremos a quantidade exata de oxignio que diariamente consumida pela humanidade inteira, sem contar o que consomem todas as outras criaturas animais que povoam a face da Terra.

    A totalidade do oxignio que inalamos encontra-se na atmosfera e se deve ao plncton que agora estamos destruindo com a contaminao e, tambm, atividade fotossinttica dos vegetais. Desgraadamente, as reservas de oxignio j esto se esgotando.

  • O mamfero racional, equivocadamente chamado homem, mediante suas inumerveis indstrias, est diminuindo, de forma contnua, a quantidade de radiao solar, to necessria e indispensvel para a fotossntese; e por isto a quantidade de oxignio que produzem atualmente as plantas agora muitssimo menor que no sculo passado.

    O mais grave de toda esta tragdia mundial que o animal intelectual continua contaminando os mares, destruindo o plncton e acabando com a vegetao.

    O animal racional prossegue destruindo, lamentavelmente, suas fontes de oxignio. O smog no s est aniquilando as reservas de oxignio, mas tambm est matando as pessoas.

    O smog que o humanide racional est constantemente expulsando para o ar, alm de matar, pe em perigo a vida do planeta Terra. O smog origina estranhas e perigosas enfermidades impossveis de curar, isto j est demonstrado.

    O smog impede a entrada da luz solar e dos raios ultravioletas, originando, com isto, graves desordens na atmosfera.

    Vem uma era de alteraes climticas, glaciaes, avano dos gelos polares para o equador, ciclones espantosos, terremotos, etc.

    Devido no ao uso, mas sim ao abuso da energia eltrica, no ano dois mil haver mais calor em algumas regies do planeta Terra e isto coadjuvar no processo de revoluo dos eixos da Terra.

    Logo os plos ficaro transformados no equador da Terra e este ltimo converter-se- em plos. O degelo dos plos j comeou e um novo dilvio universal, precedido pelo fogo, se avizinha.

    Nos prximos decnios multiplicar-se- o dixido de carbono; ento, este elemento qumico formar uma grossa capa na atmosfera da Terra.

    Tal filtro, ou capa, absorver, lamentavelmente, a radiao trmica e atuar como uma estufa de fatalidades.

    O clima da Terra se far mais quente em muitos lugares e o calor derreter o gelo dos plos, por tal motivo subir escandalosamente o nvel dos oceanos.

    A situao gravssima! O solo frtil est desaparecendo e diariamente nascem duzentas mil pessoas que necessitam de alimento.

    A catstrofe mundial da fome que se avizinha ser certamente pavorosa. Isto j est s portas. Atualmente, a cada ano morrem quarenta milhes de pessoas pela fome, por falta de comida.

    A criminosa industrializao dos bosques e a explorao desapiedada de minas e petrleo esto deixando a terra convertida num deserto.

    Se certo que a energia nuclear mortal para a humanidade, no menos certo que atualmente existem tambm raios da morte, bombas bacteriolgicas e muitos outros elementos destrutivos, terrivelmente malignos, inventados pelos cientistas.

  • Inquestionavelmente, para conseguir a energia nuclear se requerem grandes quantidades de calor, difceis de controlar e que a qualquer momento podem originar uma catstrofe.

    Para se conseguir a energia nuclear, se requerem enormes quantidades de minerais radiativos, dos quais s se aproveita uns trinta por cento e isto faz com que o subsolo terrqueo se esgote rapidamente.

    Os desperdcios atmicos que ficam no subsolo tornam-se espantosamente perigosos. No existe lugar seguro para o lixo atmico. Se o gs de uma lixeira atmica chegasse a escapar, ainda que s fosse uma mnima poro, morreriam milhares de pessoas.

    A contaminao de alimentos e guas traz alteraes genticas e monstros humanos; criaturas que nascem deformadas e monstruosas. Antes do ano de 1999, haver um grave acidente nuclear que causar verdadeiro espanto.

    Certamente, a humanidade no sabe viver, degenerou-se espantosamente e precipitou-se francamente ao abismo.

    O mais grave de toda esta questo que os fatores de tal desolao, como fomes, guerras, destruio do planeta em que vivemos, etc., esto dentro de ns mesmos; carregamo-los em nosso interior, em nossa psique.

    Samael Aun Weor

  • A GRANDE REBELIO

    ________ A Felicidade ________

    ( Captulo - 03 )

    As pessoas trabalham diariamente, lutam por sobreviver; querem existir de alguma maneira; porm, no so felizes.

    Isso da felicidade est em chins, como se diz por a. O pior que as pessoas sabem disto; mas, no meio de tantas amarguras, parece que no perdem as esperanas de alcanar a felicidade algum dia, sem saber como, nem de que maneira.

    Pobres pessoas! Quanto sofrem! E, no entanto, querem viver, temem perder a vida.

    Se as pessoas entendessem algo sobre Psicologia Revolucionria, possivelmente at pensariam diferente; mas na verdade nada sabem. Querem sobreviver em meio a sua desgraa e isso tudo.

    Existem momentos prazerosos, muito agradveis, mas isso no felicidade. As pessoas confundem o prazer com a felicidade.

    Folia, farra, bebedeira, orgia, prazer bestial, mas no felicidade. No entanto, h festinhas ss, sem bebedeiras, sem bestialidades, sem lcool, etc., mas isso tampouco felicidade...

    Voc uma pessoa amvel? Como se sente quando dana? Voc est enamorado? Ama de verdade? Como se sente danando com o ser querido? Permita que me torne um pouco cruel, nestes momentos, ao dizer-lhe que isto tambm no felicidade.

    Se voc est velho e esses prazeres j no lhe atraem, se os mesmos tem sabor de barata, desculpe-me se lhe digo que seria diferente se estivesses jovem e cheio de iluses.

    De todas as maneiras, diga-se o que se diga; dance ou no dance, namore ou no namore, tenha ou no isso que se chama dinheiro, voc no feliz, ainda que pense o contrrio.

    Passamos a vida buscando a felicidade por todas as partes e morremos sem hav-la encontrado. Na Amrica Latina so muitos os que tm esperanas de tirar, algum dia, o prmio gordo da loteria, crem que assim vo conseguir a felicidade. Alguns at de verdade o tiram, mas nem por isso conseguem a to ansiada felicidade.

    Quando somos jovens sonhamos com a mulher ideal, alguma princesa das "Mil e Uma Noites", algo extraordinrio... Depois vem a crua realidade dos fatos: mulher, filhos pequenos para sustentar, difceis problemas econmicos, etc.

    No h dvida de que medida que os filhos crescem, os problemas tambm crescem e at se tornam impossveis.

  • Conforme o menino ou a menina vo crescendo, os sapatinhos vo sendo cada vez maiores e o preo tambm, isso claro.

    Conforme as crianas crescem, a roupa vai custando cada vez mais e mais cara. Havendo dinheiro no h problemas nisto; mas, se no h , a coisa grave e se sofre horrivelmente...

    Tudo isso seria mais ou menos tolervel, se se tivesse uma boa mulher; mas quando o pobre homem trado, quando lhe pem "cornos", de que lhe serve, ento, lutar por a, para conseguir dinheiro?

    Desgraadamente, existem casos extraordinrios, mulheres maravilhosas, companheiras de verdade, tanto na opulncia quanto na desgraa, mas para o cmulo dos cmulos, ento o homem no sabe apreci-la e at a abandona por outras mulheres que vo lhe amargurar a vida.

    Muitas so as donzelas que sonham com um "prncipe azul". Desafortunadamente, as coisas resultam ser bem diferentes e, no terreno dos fatos, a pobre mulher casa-se com um verdugo...

    A maior iluso de uma mulher chegar a ter um belo lar e ser me; santa predestinao. No entanto, ainda que tenha um marido muito bom, coisa por certo muito difcil, no fim tudo passa. Os filhos e as filhas se casam, vo-se ou so ingratos com seus pais e o lar conclui-se definitivamente.

    Concluso: neste mundo cruel em que vivemos, no existe gente feliz... Todos os pobres seres humanos so infelizes.

    Na vida conhecemos muitos "burros" carregados de dinheiro, cheios de problemas, pleitos de toda espcie, sobrecarregados de impostos, etc. No so felizes...

    De que serve ser rico se no se tem boa sade? Se no se tem um verdadeiro amor? Pobres ricos! s vezes so mais desgraados que qualquer mendigo.

    Tudo passa nesta vida! Passam as coisas, as pessoas, as idias, etc. Os que tm dinheiro passam e os que no tm tambm passam e ningum conhece a autntica Felicidade.

    Muitos querem escapar de si mesmos por meio das drogas ou do lcool; mas, na verdade, no s no conseguem escapar seno, o que pior, ficam presos no inferno do vcio.

    Os amigos do lcool, da maconha ou do L.S.D., etc., desaparecem como por encanto, quando o viciado resolve mudar de vida.

    Fugindo do "mim mesmo", do "eu mesmo", no se alcana a felicidade. Interessante seria agarrar o "touro pelos chifres". Observar o "eu", estud-lo com o propsito de descobrir as causas da dor.

    Quando descobrimos as causas verdadeiras de tantas misrias e amarguras, bvio que algo pode acontecer...

    Se se consegue acabar com o "mim mesmo", com "minhas bebedeiras", "meus vcios", "meus afetos" que tanta dor me causam no corao, com minhas preocupaes que me destroam o crebro e me adoecem, etc., etc., etc., claro que ento advm isso que no do tempo; isso que est mais alm do corpo, das emoes e da mente; isso que realmente desconhecido para o entendimento e que se chama Felicidade!

  • Inquestionavelmente, enquanto a conscincia continuar engarrafada, embutida no "mim mesmo", no "eu mesmo", de nenhuma maneira se poder conhecer a legtima felicidade.

    A felicidade tem um sabor que o "eu mesmo", o "mim mesmo" nunca jamais conheceu.

    Samael Aun Weor

  • A GRANDE REBELIO

    ________ A Liberdade ________ ( Captulo - 04 )

    O sentido da Liberdade algo que ainda no foi entendido pela humanidade.

    Sobre o conceito Liberdade, apresentado sempre de forma mais ou menos equivocada, cometeram-se gravssimos erros.

    Certamente, luta-se por uma palavra; tiram-se dedues absurdas; cometem-se atropelos de toda espcie e derrama-se sangue nos campos de batalha.

    A palavra Liberdade fascina a todo mundo, mas ningum a compreende de verdade. Existe muita confuso com relao a esta palavra.

    No possvel encontrar uma dezena de pessoas que defina a palavra Liberdade da mesma forma e do mesmo modo. O termo Liberdade, de modo algum, seria compreensvel para o racionalismo subjetivo.

    Cada qual tem idias diferentes sobre esta palavra; opinies subjetivas, desprovidas de toda realidade objetiva. Ao se propor a questo Liberdade, existe incoerncia, indefinio, incongruncia em cada mente.

    Estou seguro de que nem sequer Emmanuel Kant, o autor da "Crtica da Razo Pura" e da "Crtica da Razo Prtica", jamais analisou esta palavra para dar-lhe o sentido exato.

    Liberdade, famosa palavra, belo termo! Quantos crimes se cometeram em seu nome!

    Inquestionavelmente, o termo Liberdade tem hipnotizado as multides; as montanhas e os vales, os rios e os mares tingiram-se com sangue ao conjuro desta mgica palavra.

    Quantas bandeiras, quanto sangue e quantos heris sucederam-se no curso da histria, cada vez que se colocou a questo da Liberdade sobre o tapete da vida.

    Desafortunadamente, depois de toda independncia, a to alto preo conseguida, continua dentro de cada pessoa a escravido.

    Quem livre? Quem conseguiu a famosa Liberdade? Quantos se emanciparam? Ai! Ai! Ai!

    O adolescente anseia por Liberdade. Parece incrvel que, muitas vezes, tendo po, agasalho e refgio, queira fugir da casa paterna em busca da Liberdade.

    Torna-se incongruente que o jovenzinho que tem tudo em casa, queira evadir-se, fugir, distanciar-se de sua morada, fascinado pela palavra Liberdade. estranho que, gozando do de comodidades do ditoso lar, queira perder o que tem para viajar por estas terras do mundo e mergulhar na dor.

  • Que o desventurado, o pria da vida, o mendigo, queira de verdade afastar-se do casebre, da choa, com o propsito de obter alguma mudana para melhor, correto; porm, que o jovem de bem, o filhinho da mame busque escapatria, fugir, torna-se incongruente e at absurdo. No entanto, isto assim; a palavra Liberdade fascina, enfeitia, ainda que ningum saiba defini-la de forma precisa.

    Que a donzela queira Liberdade, que anele mudar de casa, que deseje casar-se para escapar do lar paterno e viver uma vida melhor, em parte lgico, porque ela tem direito de ser me. No entanto, j na vida de casada, se d conta de que no livre e, com resignao, h de seguir carregando as cadeias da escravido.

    O empregado, cansado de tantos regulamentos, quer ver-se livre e se consegue independizar-se, encontra-se com o problema de que continua sendo escravo de seus prprios interesses e preocupaes.

    Certamente, cada vez que se luta pela Liberdade, encontramo-nos defraudados apesar das vitrias. Tanto sangue derramado inutilmente em nome da Liberdade e, no entanto, continuamos sendo escravos de ns mesmos e dos demais.

    As pessoas lutam por palavras que nunca entendem, ainda que os dicionrios as expliquem gramaticalmente. A Liberdade algo para se conseguir dentro de si mesmo. Ningum pode alcan-la fora de si mesmo.

    "Cavalgar pelo ar" uma frase muito oriental que alegoriza o sentido da genuna Liberdade. Ningum poderia realmente experimentar a Liberdade, enquanto sua Conscincia continue engarrafada no mim mesmo, no si mesmo.

    Compreender esse eu mesmo, minha pessoa, o que eu sou, urgente, quando se quer muito sinceramente conseguir a Liberdade.

    De modo algum poderamos destruir os grilhes da escravido sem haver compreendido, previamente, toda esta minha questo, tudo isto que corresponde ao eu, ao mim mesmo.

    Em que consiste a escravido? O que isto que nos mantm escravos? Quais so estas travas? Tudo isso o que necessitamos descobrir.

    Ricos e pobres, crentes e descrentes, esto todos formalmente presos, ainda que se considerem livres. Enquanto a Conscincia, a Essncia, o mais digno e decente que temos em nosso interior, continue engarrafada no mim mesmo, no eu mesmo, em minhas apetncias e temores, em meus desejos e paixes, em minhas preocupaes e violncias, em meus defeitos psicolgicos, estaremos em formal priso.

    O sentido de Liberdade s pode ser compreendido integralmente, quando forem aniquilados os grilhes de nosso prprio crcere psicolgico.

    Enquanto o eu mesmo exista, a Conscincia estar em priso. Evadir-se do crcere s possvel mediante a aniquilao budista; dissolvendo o eu, reduzindo-o a cinzas, a poeira csmica.

    A Conscincia livre, desprovida do eu, em ausncia absoluta do mim mesmo, sem desejos, sem paixes, sem apetncias ou temores, experimenta de forma direta a verdadeira Liberdade.

  • Qualquer conceito sobre Liberdade, no Liberdade. As opinies que formemos sobre a Liberdade esto muito longe de serem a realidade. As idias que forjemos sobre o tema Liberdade, nada tm a ver com a autntica Liberdade.

    A Liberdade algo que temos que experimentar de forma direta e isto s possvel morrendo psicologicamente, dissolvendo o eu, acabando para sempre com o mim mesmo.

    De nada serviria continuar sonhando com a Liberdade se de toda maneira prosseguimos como escravos.

    Mais vale ver-nos a ns mesmos, tal qual somos, observar cuidadosamente todos estas grilhetas da escravido que nos mantm em formal priso.

    Autoconhecendo-nos, vendo o que somos interiormente, descobriremos a porta da autntica LIBERDADE.

    Samael Aun Weor

  • A GRANDE REBELIO

    ________ A Lei do Pndulo ________

    ( Captulo - 05 )

    interessante ter um relgio de parede em casa, no s para saber as horas, mas tambm para refletir um pouco.

    Sem o pndulo o relgio no funciona. O movimento do pndulo profundamente significativo. Nos tempos antigos, o dogma da evoluo no existia, ento os sbios entendiam que os processos histricos se desenvolvem sempre de acordo com a Lei do Pndulo.

    Tudo flui e reflui, sobe e desce, cresce e decresce, vai e vem de acordo com esta lei maravilhosa. Nada tem de estranho que tudo oscile, que tudo esteja submetido ao vai e vem do tempo, que tudo evolucione e involucione.

    Num extremo do pndulo est a alegria e, no outro, a dor. Todas as nossas emoes, pensamentos, anelos, desejos oscilam com a Lei do Pndulo.

    Esperana e desespero; pessimismo e otimismo; paixo e dor; triunfo e fracasso; lucro e perda correspondem, certamente, aos dois extremos do movimento pendular.

    Surgiu o Egito com todo seu poderio e senhorio s margens do rio sagrado; mas, quando o pndulo foi para o outro lado, quando se levantou pelo extremo oposto, caiu o pas dos faras e se levantou Jerusalm, a cidade querida dos profetas.

    Quando o pndulo mudou de posio caiu Israel e surgiu, no outro extremo, o Imprio Romano. O movimento pendular levanta e derruba imprios; faz surgir poderosas civilizaes e logo as destri, etc.

    Podemos colocar no extremo direito do pndulo as diversas escolas pseudo-esotricas e pseudo-ocultistas, religies e seitas. Podemos colocar no extremo esquerdo do movimento pendular todas as escolas materialistas, marxistas, atestas, cpticas, etc. Antteses do movimento pendular, mutantes, sujeitas permutao incessante.

    O fantico religioso, devido a qualquer acontecimento inslito ou decepo, pode ir ao outro extremo do pndulo, converter-se em ateu, materialista, ctico.

    O fantico materialista ateu, devido a qualquer fato inusitado, talvez um acontecimento metafsico transcendental ou um momento de terror indizvel, pode ser levado ao extremo oposto do movimento pendular e converter-se num reacionrio religioso insuportvel.

    Exemplos: um sacerdote, vencido numa polmica por um esoterista, desesperado, tornou-se incrdulo e materialista.

    Conhecemos o caso de uma senhora atesta e incrdula que, devido a um fato metafsico concludente e definitivo, converteu-se numa expoente magnfica do esoterismo prtico.

  • Em nome da verdade, devemos declarar que o atesta materialista verdadeiro e absoluto uma farsa, no existe.

    Ante a proximidade de uma morte inevitvel, em um instante de terror indizvel, os inimigos do Eterno, os materialistas e incrdulos passam instantaneamente ao outro extremo do pndulo e acabam orando, chorando e clamando com f infinita e enorme devoo.

    O mesmo Karl Marx, autor do Materialismo Dialtico, foi um fantico religioso judeu e, depois de sua morte, renderam-lhe honras fnebres de grande rabino.

    Karl Marx elaborou sua Dialtica Materialista com um s propsito: "criar uma arma para destruir todas as religies do mundo por meio do ceticismo."

    um caso tpico dos cimes religiosos levados ao extremo. De modo algum Marx poderia aceitar a existncia de outras religies e preferiu destru-las mediante sua Dialtica.

    Karl Marx cumpriu com um dos protocolos de Sion que diz textualmente "No importa que enchamos o mundo de materialismo e de repugnante atesmo; no dia em que triunfarmos, ensinaremos a religio de Moiss, devidamente codificada e em forma dialtica, e no permitiremos nenhuma outra religio no mundo."

    muito interessante que na Unio Sovitica as religies sejam perseguidas e ao povo se ensine dialtica materialista, enquanto nas sinagogas se estuda o Talmud, a Bblia e a religio, e trabalham livremente, sem problema algum.

    Os amos do governo russo so fanticos religiosos da lei de Moiss; mas eles envenenam o povo com essa farsa do Materialismo Dialtico.

    Jamais nos pronunciaramos contra o povo de Israel; s estamos nos declarando contra certa elite de jogo duplo que, perseguindo fins inconfessveis, envenena o povo com a Dialtica Materialista enquanto pratica, em segredo, a religio de Moiss.

    Materialismo e espiritualismo, com toda sua seqela de teorias, dogmas e preconceitos de toda espcie, processam-se na mente de acordo com a Lei do Pndulo e mudam de moda de acordo com os tempos e os costumes.

    Esprito e matria so dois conceitos muito discutveis e espinhosos, que ningum entende.

    A mente nada sabe sobre o esprito, nada sabe sobre a matria.

    Um conceito no mais que isso: um conceito. A realidade no um conceito, ainda que a mente possa forjar muitos conceitos sobre a realidade.

    O esprito esprito (o Ser) e s a si mesmo pode conhecer. Escrito est: "O Ser o Ser e a razo de ser do Ser o mesmo Ser."

    Os fanticos do deus matria, os cientistas do Materialismo Dialtico so cem por cento empricos e absurdos. Falam sobre matria com uma auto-suficincia deslumbrante e estpida, quando realmente nada sabem sobre a mesma.

  • Que matria? Qual destes tontos cientistas o sabe? A to cacarejada matria tambm um conceito demasiado discutvel e bastante espinhoso.

    Qual a matria? O algodo? O ferro? A carne? O amido? Uma pedra? O cobre? Uma nuvem ou o que? Dizer que tudo isto matria seria to emprico e absurdo como assegurar que todo o organismo humano um fgado, um corao ou um rim. Obviamente, uma coisa uma coisa e outra coisa outra coisa; cada rgo diferente e cada substncia distinta. Ento, qual de todas estas substncias a to cacarejada matria?

    Muita gente joga com os conceitos do pndulo; porm, em realidade, os conceitos no so a realidade.

    A mente s conhece formas ilusrias da natureza, porm nada sabe sobre a verdade contida em tais formas.

    As teorias passam de moda com o tempo e com os anos e o que aprendemos na escola depois j no serve. Concluso: ningum sabe nada.

    Os conceitos da extrema direita ou da extrema esquerda do pndulo, passam como a moda das mulheres; todos esses so processos da mente; coisas que sucedem na superfcie do entendimento; tolices, vaidades do intelecto.

    A qualquer disciplina psicolgica ope-se outra disciplina; a qualquer processo psicolgico logicamente estruturado ope-se outro semelhante, e depois de tudo, o que resta?

    O que nos interessa o Real, a Verdade; mas isto no questo do pndulo, no se encontra entre o vai e vem das teorias e crenas.

    A Verdade o desconhecido de instante a instante, de momento a momento.

    A Verdade est no centro do pndulo, no na extrema direita, nem tampouco na extrema esquerda.

    Quando perguntaram a Jesus: "Que a Verdade?" guardou profundo silncio. E, quando ao Buda fizeram a mesma pergunta, deu as costas e se retirou.

    A Verdade no questo de opinies, nem de teorias, nem sequer de preconceitos de extrema direita ou de extrema esquerda.

    O conceito que a mente possa forjar sobre verdade, jamais a Verdade.

    A idia que o entendimento tenha sobre a verdade, nunca a Verdade.

    A opinio que tenhamos sobre a verdade, por muito respeitvel que seja, de modo algum a Verdade.

    Nem as correntes espiritualistas, nem suas oponentes materialistas, podem jamais conduzir-nos Verdade.

    A Verdade algo que deve ser experimentado em forma direta, como quando colocamos o dedo no fogo e nos queimamos, ou como quando engolimos gua e nos afogamos.

  • O centro do pndulo est dentro de ns mesmos e ali onde devemos descobrir e experimentar, em forma direta, o Real, a Verdade.

    Necessitamos auto-explorar-nos diretamente para auto-descobir-nos e conhecermos profundamente a ns mesmos.

    A experincia da verdade s advm quando eliminamos os elementos indesejveis que em seu conjunto constituem o mim mesmo.

    S eliminando o erro, advm a verdade. S desintegrando o eu mesmo, meus erros, meus preconceitos e temores, minhas paixes e desejos, crenas e fornicaes, encastelamentos intelectuais e auto-suficincias de toda espcie, advm a ns a experincia do real.

    A verdade nada tem a ver com o que se tenha dito ou deixado de dizer; com o que se tenha escrito ou deixado de escrever; ela somente advm a ns quando o mim mesmo morreu.

    A mente no pode buscar a verdade, porque no a conhece. A mente no pode reconhecer a verdade, porque jamais a conheceu. A verdade advm a ns de forma espontnea, quando eliminamos todos os elementos indesejveis que constituem o mim mesmo, o eu mesmo.

    Enquanto a Conscincia continue engarrafada entre o eu mesmo, no poder experimentar isso que o Real, isso que no do tempo, isso que est mais alm do corpo, dos afetos e da mente, isso que a Verdade.

    Quando o mim mesmo fica reduzido a poeira csmica, a Conscincia se libera para despertar definitivamente e experimentar, de forma direta, a Verdade.

    Com justa razo disse o Grande Kabir Jesus: "Conhecei a Verdade e ela vos far livres."

    De que serve ao homem conhecer cinqenta mil teorias se jamais experimentou a Verdade?

    O sistema intelectual de qualquer homem muito respeitvel, mas a qualquer sistema se ope outro e nem um, nem outro a verdade.

    Mais vale auto-explorar-nos para autoconhecer-nos e chegar a experimentar, um dia, em forma direta, o Real, a Verdade.

    Samael Aun Weor

  • A GRANDE REBELIO

    ________ Conceito e Realidade ________

    ( Captulo - 06 )

    Quem ou o qu pode garantir que conceito e realidade so absolutamente iguais?

    O conceito uma coisa e a realidade outra e existe a tendncia a superestimar nossos prprios conceitos.

    Realidade igual a conceito algo quase impossvel; no entanto a mente, hipnotizada por seu prprio conceito, supe sempre que este e a realidade so iguais.

    A um processo psicolgico qualquer, corretamente estruturado mediante uma lgica exata, ope-se outro diferente, rigidamente formado com lgica similar ou superior; e ento ?

    Duas mentes severamente disciplinadas dentro de frreas estruturas intelectuais, discutindo entre si, polemizando sobre tal ou qual realidade, crem, cada uma, na exatido de seu prprio conceito e na falsidade do conceito alheio; mas, qual delas tem a razo? Quem poderia, honestamente, inclinar-se por um ou outro dos polemizadores? Como poderamos, honestamente, garantir um ou outro lado? Em qual deles conceito e realidade so iguais?

    Indiscutivelmente, cada cabea um mundo e em todos e em cada um de ns existe uma espcie de dogmatismo pontifcio e ditatorial que quer nos fazer crer na igualdade absoluta de conceito e realidade.

    Por muito fortes que sejam as estruturas de um raciocnio, nada pode garantir a igualdade absoluta de conceito e realidade.

    Sem dvida, a mente fascinada sempre supe que qualquer conceito emitido seja sempre igual realidade.

    Aqueles que esto auto-encerrados dentro de qualquer procedimento logstico intelectual, querem sempre fazer coincidir a realidade dos fenmenos com os conceitos elaborados e isto no mais que o resultado da alucinao raciocinativa.

    Abrir-se ao novo a difcil facilidade do clssico. Infelizmente, as pessoas querem descobrir, ver em todo fenmeno natural seus prprios dogmas/prejulgamentos, conceitos, preconceitos, opinies e teorias; ningum sabe ser receptivo, ver o novo com mente limpa e espontnea.

    Que os fenmenos falassem ao sbio seria o indicado. Desafortunadamente, os sbios desses tempos no sabem escutar, no sabem ver os fenmenos, s querem ver nos mesmos a confirmao de todos os seus preconceitos.

    Ainda que parea incrvel, os cientistas modernos nada sabem sobre os fenmenos naturais.

  • Quando vemos nos fenmenos da natureza exclusivamente nossos prprios conceitos, certamente no estamos vendo os fenmenos, mas os conceitos.

    Contudo, os tontos cientistas alucinados por seu fascinante intelecto, crem, de forma estpida, que cada um de seus conceitos absolutamente igual a tal ou qual fenmeno observado, quando a realidade diferente.

    No negamos que nossas afirmaes sejam rechaadas por todo aquele que esteja auto-encerrado por tal ou qual procedimento logstico. Inquestionavelmente, a condio pontifcia e dogmtica do intelecto de modo algum poderia aceitar que tal ou qual conceito, corretamente elaborado, no coincida exatamente com a realidade.

    To logo a mente observe tal ou qual fenmeno atravs dos sentidos, apressa-se de imediato a rotul-lo com tal ou qual termo cientfico que, indiscutivelmente, s vem a servir como remendo para tapar a prpria ignorncia.

    A mente no sabe realmente ser receptiva ao novo, mas sabe inventar termos complicadssimos com os quais pretende qualificar de forma auto-enganosa o que certamente ignora.

    Falando desta vez em sentido socrtico, diremos que a mente no somente ignora seno, ademais, ignora que ignora.

    A mente moderna terrivelmente superficial, especializou-se em inventar termos dificlimos para tapar sua prpria ignorncia.

    Existem duas classes de cincia. A primeira no mais que essa podrido de teorias subjetivas que abundam por a. A segunda a cincia pura dos grandes iluminados, a cincia objetiva do Ser.

    Indubitavelmente, no seria possvel penetrar no anfiteatro da cincia csmica, se antes no morrssemos em ns mesmos.

    Necessitamos desintegrar todos esses elementos indesejveis que carregamos em nosso interior e que em seu conjunto constituem o mim mesmo, o eu da psicologia.

    Enquanto a Conscincia Superlativa do Ser continuar engarrafada no mim mesmo, entre meus prprios conceitos e teorias subjetivas, ser absolutamente impossvel conhecer diretamente a crua realidade dos fenmenos naturais em si mesmos.

    A chave do laboratrio da natureza est na mo direita do Anjo da Morte.

    Muito pouco podemos aprender do fenmeno do nascimento, mas da morte poderemos aprender tudo.

    O templo inviolado da cincia pura encontra-se no fundo da negra sepultura. Se o germe no morre, a planta no nasce. S com a morte advm o novo.

    Quando o ego morre, a Conscincia desperta para ver a realidade de todos os fenmenos da natureza tal qual so em si mesmos e por si mesmos .

  • A Conscincia sabe o que experimenta diretamente por si mesma: o cru realismo da vida mais alm do corpo, dos afetos e da mente.

    Samael Aun Weor

  • A GRANDE REBELIO

    ________ A Dialtica da Conscincia ________

    ( Captulo - 07 )

    No trabalho esotrico relacionado com a eliminao dos elementos indesejveis que carregamos em nosso interior, surge, s vezes, o fastio, o cansao e o aborrecimento.

    Inquestionavelmente necessitamos voltar sempre ao ponto de partida original e revalorizar os fundamentos do trabalho psicolgico, se que, de verdade, anelamos a mudana radical.

    Amar o trabalho esotrico indispensvel quando, de verdade, se quer uma transformao interior completa.

    Enquanto no amemos o trabalho psicolgico que conduz mudana, a reavaliao dos princpios torna-se algo mais que impossvel.

    Seria absurdo supor que pudssemos nos interessar pelo trabalho se na realidade no chegamos a am-lo.

    Isto significa que o amor indispensvel quando uma e outra vez tratamos de revalorizar os fundamentos do trabalho psicolgico.

    Urge, antes de tudo, saber o que isso que se chama Conscincia, pois so muitas as pessoas que nunca se interessaram por saber algo sobre a mesma.

    Qualquer pessoa comum e corrente jamais ignoraria que um boxeador ao cair nocauteado sobre o ringue perde a conscincia.

    claro que, ao voltar a si, o desventurado pugilista adquire novamente a conscincia.

    Seqencialmente, qualquer um compreende que existe uma clara diferena entre a personalidade e a Conscincia.

    Ao vir ao mundo, todos trazemos existncia uns trs por cento de Conscincia, e uns noventa e sete por cento repartveis entre sub-conscincia, infraconscincia e inconscincia.

    Os trs por cento de Conscincia desperta podem ser acrescidos medida em que trabalhamos sobre ns mesmos.

    No possvel acrescentar Conscincia mediante procedimentos exclusivamente fsicos ou mecnicos.

    Indubitavelmente, a Conscincia somente pode despertar base de trabalhos conscientes e padecimentos voluntrios.

  • Existem vrios tipos de energia dentro de ns mesmos que devemos compreender. Primeiro: energia mecnica; segundo: energia vital; terceiro: energia psquica. Quarta: energia mental. Quinta: energia da vontade. Sexta: energia da conscincia. Stima: energia do esprito puro.

    Por muito que multiplicssemos a energia estritamente mecnica, jamais conseguiramos despertar a Conscincia.

    Por muito que incrementssemos as foras vitais dentro de nosso organismo, nunca chegaramos a despertar Conscincia.

    Muitos processos psicolgicos realizam-se dentro de ns mesmos sem necessidade da interveno da Conscincia.

    Por muito grandes que sejam as disciplinas da mente, a energia mental nunca poder despertar os diversos funcionalismos da Conscincia.

    A fora da vontade, ainda que fosse multiplicada at o infinito, no consegue despertar a Conscincia.

    Todos estes tipos de energia se escalonam em distintos nveis e dimenses que nada tm a ver com a Conscincia.

    A Conscincia s pode ser despertada mediante trabalhos conscientes e retos esforos.

    O pequeno percentual de Conscincia que a humanidade possui, em vez de ser incrementado, costuma ser desperdiado inutilmente na vida.

    E bvio que ao nos identificarmos com todos os acontecimentos da nossa existncia, desperdiamos inutilmente a energia da Conscincia.

    Ns deveramos ver a vida como um filme, sem identificar-nos jamais com nenhuma comdia, drama ou tragdia; assim, economizaramos energia conscientiva.

    A Conscincia em si mesma um tipo de energia com elevadssima freqncia vibratria.

    No confundamos a Conscincia com a memria, pois so diferentes uma da outra, como o a luz dos faris do automvel com relao estrada por onde andamos.

    Muitos atos se realizam, dentro de ns mesmos, sem participao alguma disso que se chama Conscincia.

    Em nosso organismo sucedem muitos ajustes e reajustes, sem que a Conscincia participe dos mesmos.

    O centro motor de nosso corpo pode manobrar um automvel ou dirigir os dedos que tocam o teclado de um piano, sem a mais insignificante participao da Conscincia.

    A Conscincia luz que o inconsciente no percebe.

    O cego tampouco percebe a luz fsica solar; mas ela existe por si mesma.

  • Necessitamos abrir-nos para que a Luz da Conscincia penetre nas trevas espantosas do mim mesmo, do si mesmo.

    Agora compreenderemos melhor o significado das palavras de Joo, quando diz no Evangelho: "A luz veio s trevas, mas as trevas no a compreenderam."

    Mas seria impossvel que a Luz da Conscincia pudesse penetrar dentro das trevas do eu mesmo, se previamente no usssemos o sentido maravilhoso da auto-observao psicolgica.

    Necessitamos franquear a passagem da luz para iluminar as profundidades tenebrosas do eu da psicologia.

    Jamais nos auto-observaramos se no tivssemos interesse em mudar. Tal interesse s possvel quando amamos de verdade os ensinamentos esotricos.

    Agora compreendero nossos leitores o motivo pelo qual aconselhamos revalorizar, uma e outra vez, as instrues concernentes ao trabalho sobre si mesmo.

    A Conscincia desperta nos permite experimentar, de forma direta, a realidade.

    Infelizmente, o "animal intelectual", equivocadamente chamado homem, fascinado pelo poder formulativo da lgica dialtica, esqueceu a Dialtica da Conscincia.

    Sem dvida alguma, o poder para formular conceitos lgicos , no fundo, terrivelmente pobre.

    Da tese podemos passar anttese e, mediante a discusso, sntese; mas, esta ltima, em si mesma, continua sendo um conceito intelectual que, de modo algum, pode coincidir com a realidade.

    A Dialtica da Conscincia mais direta, nos permite experimentar a realidade de qualquer fenmeno em si mesmo e por si mesmo.

    Os fenmenos naturais de modo algum coincidem exatamente com os conceitos formulados pela mente.

    A vida se desenvolve de instante em instante e, quando a capturamos para analis-la, matamo-la.

    Quando tentamos inferir conceitos ao observar tal ou qual fenmeno natural, de fato deixamos de perceber a realidade do fenmeno e s vemos, no mesmo, o reflexo das teorias e conceitos ranosos que, de modo algum, nada tem a ver com o fato observado.

    A alucinao intelectual fascinante e queremos, fora, que todos os fenmenos da natureza coincidam com nossa lgica dialtica.

    A Dialtica da Conscincia fundamenta-se nas experincias vividas e no no mero racionalismo subjetivo.

    Todas as leis da natureza existem dentro de ns mesmos e se em nosso interior no as descobrimos, jamais as descobriremos fora de ns mesmos.

    O homem est contido no universo e o universo est contido no homem.

  • Real aquilo que experimentamos em nosso interior. S a conscincia pode experimentar a realidade.

    A Linguagem da Conscincia simblica, ntima, profundamente significativa e s os despertos podem compreend-la.

    Quem queira despertar Conscincia deve eliminar de seu interior todos os elementos indesejveis que constituem o ego, o eu, o mim mesmo, dentro dos quais encontra-se engarrafada a Essncia.

    Samael Aun Weor

  • A GRANDE REBELIO

    ________ O Jargo Cientificista ________

    ( Captulo - 08 )

    A dialtica lgica fica condicionada e ainda qualificada pelas proposies "em" e "acerca de", que jamais nos levam experincia direta do real.

    Os fenmenos da natureza esto muito longe de serem como os cientistas os vem.

    Certamente, to logo um fenmeno qualquer descoberto, de imediato qualificado ou rotulado com tal ou qual termo difcil do jargo cientfico.

    Obviamente, esses dificlimos termos do cientificismo moderno s servem de remendo para esconder a ignorncia.

    Os fenmenos naturais de modo algum so como os cientistas os vem.

    A vida, com todos os seus processos e fenmenos, desenvolve-se de momento em momento, de instante em instante e, quando a mente cientificista a detm para analis-la, de fato a mata.

    Qualquer inferncia extrada de um fenmeno natural qualquer, de nenhuma maneira igual realidade concreta do fenmeno. Desgraadamente, a mente do cientista, alucinada por suas prprias teorias, cr firmemente no realismo de suas inferncias.

    O intelecto alucinado no somente v nos fenmenos o reflexo de seus prprios conceitos mas, e o que pior, quer de forma ditatorial fazer com que os fenmenos se tornem exata e absolutamente iguais a todos esses conceitos que levamos no intelecto.

    O fenmeno da alucinao intelectual fascinante. Nenhum desses tontos cientistas ultramodernos admitiria a realidade de sua prpria alucinao.

    Certamente, os sabiches destes tempos de modo algum admitiriam que se os qualificasse de alucinados.

    A fora da auto-sugesto lhes faz crer na realidade de todos esses conceitos do jargo cientificista.

    Obviamente, a mente alucinada se presume de onisciente e, de forma ditatorial, quer que todos os processos da natureza andem pelos trilhos de suas sabichonices.

    Nem bem apareceu um fenmeno novo, classificado, rotulado e o pem em tal ou qual lugar, como se em verdade o houvessem compreendido.

    So milhares os termos que se inventaram para rotular fenmenos; mas, nada sabem os pseudos-sapientes sobre a realidade dos mesmos.

    Como exemplo vvido de tudo o que estamos afirmando neste captulo, citaremos o corpo humano.

  • Em nome da verdade podemos afirmar, de forma enftica, que este corpo fsico absolutamente desconhecido para os cientistas modernos.

    Uma afirmao desta classe poderia aparecer como muito insolente ante os pontfices do cientificismo moderno. Sem dvida, merecemos deles a excomunho.

    No entanto, temos bases muito slidas para fazer to tremenda afirmao. Infelizmente, as mentes alucinadas esto to convencidas de sua pseudo-sapincia, que nem remotamente poderiam aceitar o cru realismo de sua ignorncia.

    Se dissssemos aos hierarcas do cientificismo moderno que o Conde Cagliostro, interessantssimo personagem dos sculos XVI, XVII, XVIII, ainda vive em pleno sculo XX; se lhes dissssemos que o insigne Paracelso, facultativo da Idade Mdia, ainda existe, podem estar seguros de que os hierarcas do cientificismo atual ririam de ns e jamais aceitariam nossas afirmaes.

    No entanto, assim. Vivem atualmente sobre a face da terra autnticos mutantes, homens imortais, com corpos que datam de milhares e de milhes de anos atrs.

    O autor desta obra conhece os mutantes. Entretanto no ignora o ceticismo moderno, a alucinao dos cientistas e o estado de ignorncia dos sabiches.

    Por tudo isto, de modo algum cairamos na iluso de crer que os fanticos do jargo cientificista aceitassem a realidade de nossas inslitas declaraes.

    O corpo de qualquer mutante um franco desafio ao jargo cientificista destes tempos.

    O corpo de qualquer mutante pode mudar de figura e retornar logo ao seu estado normal sem receber dano algum.

    O corpo de qualquer mutante pode penetrar instantaneamente na quarta vertical e at assumir qualquer forma vegetal ou animal e retornar, posteriormente, ao seu estado normal sem nada sofrer.

    O corpo de qualquer mutante desafia violentamente os velhos textos de anatomia oficial.

    Infelizmente, nenhuma destas declaraes poderia convencer os alucinados do jargo cientificista.

    Esses senhores, sentados sobre seus slidos pontifcios, sem dvida nos olharo com desdm, talvez com ira e possivelmente at com um pouco de piedade.

    Entretanto, a verdade o que e a realidade dos mutantes um franco desafio a toda teoria ultramoderna.

    O autor da obra conhece os mutantes; porm, no espera que algum o creia.

    Cada rgo do corpo humano controlado por leis e foras que nem remotamente conhecem os alucinados do jargo cientificista.

  • Os elementos da natureza so, em si mesmos, desconhecidos para a cincia oficial. As melhores frmulas qumicas esto incompletas: H2O, dois tomos de Hidrognio e um de Oxignio, para formar gua algo emprico.

    Se tratamos de juntar, num laboratrio, o tomo de Oxignio com dois de Hidrognio, no obteremos gua nem nada, porque esta frmula est incompleta. Falta-lhe o elemento fogo; s com este citado elemento se poderia criar gua.

    O intelecto, por muito brilhante que parea, jamais pode nos conduzir experincia do real.

    A classificao de substncias e os termos difceis com que se rotula as mesmas, s serve como remendo para esconder a ignorncia.

    Isso de o intelecto querer que tal ou qual substncia possua determinado nome e caracterstica, torna-se absurdo e insuportvel.

    Por que o intelecto se presume onisciente? Por que se alucina pensando que as substncias e os fenmenos so como ele cr que so ? Por que quer a inteleco que a natureza seja uma rplica perfeita de todas as suas teorias, conceitos, opinies, dogmas, preconceitos, prejulgamentos?

    Na realidade, os fenmenos naturais no so como se cr que so; e as substncias e foras da natureza de nenhuma maneira so como o intelecto pensa que so.

    A Conscincia desperta no a mente, nem a memria, nem nada semelhante. S a Conscincia liberada pode experimentar, por si mesma e em forma direta, a realidade da vida livre em seu movimento.

    Porm devemos afirmar, de forma enftica, que enquanto exista dentro de ns mesmos qualquer elemento subjetivo indesejvel , a Conscincia continuar engarrafada em tal elemento e, por conseguinte, no poder gozar da iluminao contnua e perfeita.

    Samael Aun Weor

  • A GRANDE REBELIO

    ________ O Anticristo ________ ( Captulo - 09 )

    O brilhante intelectualismo, como atividade manifesta do eu psicolgico , indubitavelmente, o Anticristo.

    Aqueles que supem que o Anti-Cristo um personagem nascido em tal ou qual lugar da Terra, ou vindo deste ou daquele pas esto por certo completamente equivocados.

    Dizemos de forma enftica que o Anti-Cristo no , de modo algum, um sujeito definido, mas todos os sujeitos.

    Obviamente, o Anti-Cristo radica no fundo de cada pessoa e se expressa de forma mltipla.

    O intelecto posto a servio do esprito til, o intelecto divorciado do esprito torna-se intil.

    Do intelectualismo sem espiritualidade surgem os velhacos, viva manifestao do Anti-Cristo.

    Obviamente o velhaco , em si mesmo e por si mesmo, o Anti-Cristo. Desgraadamente o mundo atual, com todas as suas tragdias e misrias, est governado pelo Anti-Cristo.

    O estado catico em que se encontra a humanidade atual se deve, indubitavelmente, ao Anti-Cristo.

    O inquo, de quem Paulo de Tarso falava em suas epstolas, certamente um cru realismo destes tempos.

    O inquo j veio e se manifesta por toda parte, tem certamente o dom da ubiqidade.

    Discute nos cafs, faz negociaes na ONU, senta-se comodamente em Genebra, realiza experimentos de laboratrio, inventa bombas atmicas, foguetes teleguiados, gases asfixiantes, bombas bacteriolgicas, etc., etc., etc.

    O Anti-Cristo fascinado por seu prprio intelectualismo, exclusividade absoluta dos sabiches, cr que conhece todos os fenmenos da natureza.

    O Anti-Cristo, julgando-se onisciente, engarrafado em toda a podrido de suas teorias, rechaa de imediato tudo aquilo que se parea a Deus ou que se adore.

    A auto-suficincia do Anti-Cristo, o orgulho e a soberba que possui so algo insuportvel.

    O Anti-Cristo odeia mortalmente as virtudes crists da f, da pacincia e da humildade.

    Todo joelho se dobra diante do Anti-Cristo. Obviamente, este inventou avies supersnicos, navios maravilhosos, flamejantes automveis, medicamentos surpreendentes, etc., etc., etc.

  • Nestas condies, quem poderia duvidar do Anti-Cristo? Quem se atreva, nestes tempos, a se pronunciar contra todos estes milagres e prodgios do filho da perdio, condena-se a ser alvo da zombaria de seus semelhantes, do sarcasmo, da ironia e a ser qualificado de estpido e ignorante.

    Custa trabalho fazer com que as pessoas srias e estudiosas entendam isto, elas reagem ou opem resistncia.

    claro que o animal intelectual equivocadamente chamado homem um rob, programado atravs do jardim de infncia, curso primrio e secundrio, universidade, etc.

    Ningum pode negar que um rob programado funciona de acordo com o programa; de nenhuma maneira poderia funcionar se o tirssemos do programa.

    O Anti-Cristo elaborou o programa com o qual se programam robs humanides destes tempos decadentes.

    Fazer estes esclarecimentos, pr nfase no que estou dizendo, torna-se espantosamente difcil por estar fora do programa e nenhum rob humanide poderia admitir coisas que esto fora do programa.

    to grave esta questo e so to tremendos os condicionamentos da mente que um rob humanide qualquer, de modo algum, nem remotamente suspeitaria que o programa no serve, pois ele foi condicionado de acordo com o programa e duvidar do mesmo lhe pareceria uma heresia, algo incongruente e absurdo.

    Que um rob duvide de seu programa um despropsito; algo absolutamente impossvel, pois sua mesmssima existncia se deve ao programa.

    Infelizmente, as coisas no so como pensa o rob humanide; existe outra cincia, outra sabedoria inaceitvel para os robs humanides.

    Reage o humanide rob e tem razo em reagir, pois no foi programado para outra cincia, nem para outra cultura, nem para nada diferente do seu sabido programa.

    O Anti-Cristo elaborou os programas do rob humanide. O rob prostra-se, humilde, ante seu amo. Como poderia duvidar da sapincia de seu amo?

    A criana nasce inocente e pura. A Essncia, expressando-se em cada criatura, realmente preciosa.

    Inquestionavelmente, a natureza deposita no crebro dos recm-nascidos todos esses dados selvagens, naturais, silvestres, csmicos, espontneos, indispensveis para a captura ou apreenso das verdades contidas em qualquer fenmeno natural perceptvel para os sentidos.

    Isto significa que a criana recm-nascida poderia, por si mesma, descobrir a realidade de cada fenmeno natural. Desgraadamente, o programa do Anti-Cristo interfere e as maravilhosas qualidades que a natureza depositou no crebro do recm-nascido so logo destrudas.

    O Anti-Cristo probe pensar de forma diferente. Toda criatura que nasce, por ordem do Anti-Cristo, deve ser programada.

  • No h dvida de que o Anti-Cristo odeia mortalmente aquele precioso sentido do Ser conhecido como "faculdade de percepo instintiva das verdades csmicas".

    Cincia pura, distinta de toda a podrido de teorias universitrias que existem por toda parte, algo inadmissvel para os robs do Anti-Cristo.

    Muitas guerras, fomes e doenas o Anti-Cristo propagou em toda a redondeza da Terra e no h dvida de que as seguir propagando, antes que chegue a catstrofe final.

    Infelizmente, chegou a hora da grande apostasia anunciada por todos os profetas e nenhum ser humano se atreveria a pronunciar-se contra o Anti-Cristo.

    Samael Aun Weor

  • A GRANDE REBELIO

    ________ O Eu Psicolgico ________

    ( Captulo - 10 )

    Esta questo do mim mesmo, o que eu sou, isso que pensa, sente e atua, algo que devemos auto-explorar para conhecer profundamente.

    Existem por toda parte lindas teorias que atraem e fascinam, porem tudo isso de nada serviria se no nos conhecssemos a ns mesmos.

    fascinante estudar astronomia ou distrair-se um pouco lendo obras srias; no entanto, chega a ser irnico converter-se num erudito e no saber nada sobre si mesmo, sobre o eu sou, sobre a personalidade humana que possumos.

    Cada qual muito livre para pensar o que queira e a razo subjetiva do animal intelectual, equivocadamente chamado homem, d para tudo; tanto pode fazer de uma pulga um cavalo, como de um cavalo uma pulga. So muitos os intelectuais que vivem jogando com o raciocnio, mas, e da ?

    Ser erudito no significa ser sbio. Os ignorantes ilustrados abundam como erva daninha e no apenas no sabem como nem sequer sabem que no sabem.

    Entenda-se por ignorantes ilustrados os sabiches que pensam que sabem e nem sequer se conhecem a si mesmos.

    Poderamos teorizar lindamente sobre o eu da psicologia, mas no exatamente isso o que nos interessa neste captulo.

    Necessitamos conhecer a ns mesmos pela via direta, sem o processo deprimente da opo.

    De modo algum seria isto possvel se no nos auto-observssemos em ao de instante a instante, de momento em momento.

    No se trata de ver-nos atravs de alguma teoria ou de uma simples especulao intelectiva.

    Ver-nos diretamente tal qual somos o interessante; s assim poderemos chegar ao conhecimento verdadeiro de ns mesmos.

    Ainda que parea incrvel, ns estamos equivocados com respeito a ns mesmos.

    Muitas coisas que cremos no ter, as temos; e muitas que cremos ter, no as temos.

    Temos formado falsos conceitos sobre ns mesmos e devemos fazer um inventrio para saber o que nos sobra e o que nos falta.

    Supomos que temos tais ou quais qualidades que em realidade no temos e muitas virtudes que possumos, certamente as ignoramos.

  • Somos pessoas adormecidas, inconscientes e isso o grave. Infelizmente, pensamos o melhor de ns mesmos e nem sequer suspeitamos que estamos adormecidos.

    As sagradas escrituras insistem na necessidade de despertar, mas no explicam o sistema para conseguir esse despertar.

    O pior do caso que so muitos os que leram as sagradas escrituras e nem sequer entendem que esto adormecidos.

    Todo mundo pensa que se conhece a si mesmo e nem remotamente suspeita que existe a doutrina dos muitos.

    Realmente, o eu psicolgico de cada um mltiplo; sobrevm sempre como muitos.

    Com isto queremos dizer que temos muitos eus e no s um, como supem sempre os ignorantes ilustrados.

    Negar a doutrina dos muitos fingir-se de bobo para si mesmo; pois, de fato, seria o cmulo dos cmulos ignorar as contradies ntimas que cada um de ns possui.

    Vou ler um jornal, diz o eu do intelecto; ao diabo com tal leitura, exclama o eu do movimento, prefiro dar um passeio de bicicleta. Que passeio, que nada! Grita um terceiro em discrdia, prefiro comer, tenho fome.

    Se pudssemos nos ver num espelho de corpo inteiro, tal como somos, descobriramos, por ns mesmos, em forma direta, a doutrina dos muitos.

    A personalidade humana to somente uma marionete controlada por fios invisveis.

    O eu que hoje jura amor eterno pela Gnose mais tarde substitudo por outro eu que nada tem a ver com o juramento; ento o sujeito se retira.

    O eu que hoje jura amor eterno a uma mulher mais tarde substitudo por outro que nada tem a ver com esse juramento; ento o sujeito se enamora de outra e castelo de cartas vai ao cho.

    O animal intelectual, equivocadamente chamado homem, como uma casa cheia de muita gente.

    No existe ordem nem concordncia alguma entre os mltiplos eus. Todos eles brigam entre si e disputam a supremacia. Quando algum deles consegue o controle dos centros capitais da mquina orgnica, sente-se o nico, o amo; porm acaba sendo derrocado.

    Considerando as coisas deste ponto de vista, chegamos concluso lgica de que o mamfero intelectual no tem verdadeiro sentido de responsabilidade moral.

    Indiscutivelmente, o que a mquina faa ou diga num momento dado depende exclusivamente do tipo de eu que nesses instantes a controla.

    Dizem que Jesus de Nazar tirou do corpo de Maria Madalena sete demnios, sete eus, viva personificao dos sete pecados capitais.

  • bvio que cada um destes sete demnios cabea de legio; da devemos estabelecer, como corolrio, que o Cristo ntimo pde expulsar do corpo da Madalena milhares de Eus.

    Refletindo em todas estas coisas podemos inferir claramente que a nica coisa digna que ns possumos em nosso interior a ESSNCIA. Infelizmente, a mesma encontra-se enfrascada entre todos estes mltiplos eus da Psicologia Revolucionria.

    lamentvel que a Essncia se processe sempre em virtude de seu prprio condicionamento.

    Indiscutivelmente, a Essncia, que a mesma coisa que a Conscincia, dorme profundamente.

    Samael Aun Weor

  • A GRANDE REBELIO

    ________ As Trevas ________ ( Captulo - 11 )

    Um dos problemas mais difceis da nossa poca vem a ser certamente o intrincado labirinto das teorias.

    Indubitavelmente, por estes tempos se multiplicaram exorbitantemente por aqui, ali e acol, as escolas pseudo-esoteristas e pseudo-ocultistas.

    O comrcio de almas, de livros e de teorias pavoroso; raro aquele que, entre o emaranhado de tantas idias contraditrias, consiga em verdade achar o caminho secreto.

    O mais grave de tudo isto a fascinao intelectiva; existe a tendncia a nutrir-se estritamente de forma intelectual, com tudo o que chega mente.

    Os vagabundos do intelecto j no se contentam com toda essa livraria subjetiva e de tipo geral que abunda nos mercados de livros; agora, para o cmulo dos cmulos, tambm se empanturram e indigestam com o pseudo-esoterismo e pseudo-ocultismo barato que abundam por toda parte como erva daninha.

    O resultado de todos estes jarges a confuso e desorientao manifesta dos velhacos do intelecto.

    Constantemente recebo cartas e livros de toda espcie. Os remetentes, como sempre, interrogando-me sobre esta ou aquela escola, sobre tal ou qual livro. Eu me limito a responder o seguinte: deixe essa ociosidade mental, voc no tem por que se importar com a vida alheia; desintegre o eu animal da curiosidade; no se preocupe com as escolas alheias; torne-se srio, conhea-se a si mesmo, estude-se a si mesmo, observe-se a si mesmo, etc., etc., etc.

    Realmente, o importante conhecer-se a si mesmo, profundamente, em todos os nveis da mente.

    As trevas so a inconscincia; a luz a Conscincia. Devemos permitir que a luz penetre em nossas prprias trevas. Obviamente, a luz tem poder para vencer as trevas.

    Desgraadamente, as pessoas encontram-se auto-encerradas dentro do ambiente ftido e imundo de sua prpria mente, adorando seu querido ego.

    As pessoas no querem dar-se conta de que no so donas de sua prpria vida; certamente, cada pessoa est controlada desde dentro por muitas outras pessoas. Quero referir-me, de forma enftica, a toda essa multiplicidade de eus que trazemos dentro.

    Evidentemente, cada um desses eus pe em nossa mente o que devemos pensar; em nossa boca o que devemos dizer, no corao o que devemos sentir, etc., etc., etc.

    Nestas condies, a personalidade humana no mais que um rob governado por diferentes pessoas que disputam a supremacia e que aspiram o supremo controle dos centros capitais da mquina orgnica.

  • Em nome da verdade, afirmamos solenemente que o pobre animal intelectual, equivocadamente chamado homem, ainda que se creia muito equilibrado, vive em um completo.Desequilbrio psicolgico O mamfero intelectual de modo algum unilateral; se o fosse, seria equilibrado.

    O animal intelectual , desgraadamente, multilateral e isso est demonstrado at a saciedade.

    Como poderia ser equilibrado o humanide racional? Para que exista equilbrio perfeito necessita-se da Conscincia desperta.

    S a luz da Conscincia dirigida no desde os ngulos, mas em forma plena, central, sobre ns mesmos, pode acabar com os contrastes, as contradies psicolgicas e estabelecer em ns o verdadeiro equilbrio interior.

    Se dissolvemos todo esse conjunto de eus que trazemos em nosso interior, vem o despertar da Conscincia e, como seqncia ou corolrio, o equilbrio verdadeiro de nossa prpria psique.

    Infelizmente, as pessoas no querem dar-se conta da inconscincia em que vivem, dormem profundamente.

    Se as pessoas estivessem despertas, cada qual sentiria seus prximos em si mesmo.

    Se as pessoas estivessem despertas, nossos prximos nos sentiriam em seu interior.

    Ento, obviamente, as guerras no existiriam e a Terra inteira seria, em verdade, um paraso.

    A luz da Conscincia, dando-nos verdadeiro equilbrio psicolgico, vem estabelecer cada coisa em seu lugar e o que antes entrava em conflito ntimo conosco, de fato fica em seu lugar adequado.

    tal a inconscincia das multides que nem sequer so capazes de encontrar a relao existente entre luz e Conscincia.

    Inquestionavelmente, luz e Conscincia so dois aspectos da mesma coisa; onde h luz, h Conscincia.

    A inconscincia trevas e estas ltimas existem em nosso interior.

    S mediante a auto-observao psicolgica permitimos que a luz penetre em nossas prprias trevas.

    A luz veio s trevas, mas as trevas no a compreenderam.

    Samael Aun Weor

  • A GRANDE REBELIO

    ________ As Trs Mentes ________ ( Captulo - 12 )

    Existem, por toda parte, muitos velhacos do intelecto, sem orientao positiva e envenenados pelo asqueroso ceticismo.

    Certamente, o veneno repugnante do ceticismo contagiou as mentes humanas de forma alarmante desde o sculo XVIII.

    Antes daquele sculo, a famosa ilha Nontrabada, ou Encubierta, situada frente s costas da Espanha, se fazia visvel e tangvel constantemente.

    No h dvida de que tal ilha se encontra situada dentro da quarta vertical. Muitas so as lendas relacionadas com essa ilha misteriosa.

    Depois do sculo XVIII, a citada ilha perdeu-se na eternidade e ningum sabe nada sobre a mesma.

    Na poca do Rei Artur e dos cavaleiros da Tvola Redonda, os elementais da natureza se manifestavam-se por toda parte, penetrando profundamente dentro de nossa atmosfera fsica.

    So muitos os relatos sobre duendes, gnios e fadas que ainda abundam na verde Erim, Irlanda. Infelizmente, todas essas coisas inocentes, toda essa beleza da alma do mundo, j no so percebidas pela humanidade, devido s sabichonices dos velhacos do intelecto e ao desenvolvimento desmesurado do ego animal.

    Hoje em dia, os sabiches riem de todas estas coisas; no as aceitam, ainda que no fundo nem remotamente tenham alcanado a felicidade.

    Se as pessoas entendessem que temos trs mentes, outro galo cantaria; possivelmente at se interessariam mais por estes estudos.

    Desgraadamente, os ignorantes ilustrados, metidos nos becos de suas difceis erudies, nem sequer tm tempo para se ocupar de nossos estudos seriamente.

    Essas pobres pessoas so auto-suficientes. Acham-se envaidecidas com o vo intelectualismo. Pensam que vo pelo caminho certo e nem remotamente supem que se encontram metidas num beco sem sada.

    Em nome da verdade devemos dizer que, em sntese, temos trs mentes.

    A primeira, podemos e devemos cham -la de mente sensorial. A segunda, batizaremos com o nome de mente intermediria. A terceira chamaremos de mente interior.

    Vamos agora estudar cada uma destas trs mentes por separado e de forma criteriosa.

  • Indiscutivelmente, a mente sensorial elabora seus conceitos de contedo mediante as percepes sensoriais externas.

    Nestas condies, a mente sensorial terrivelmente grosseira e materialista e no pode aceitar nada que no tenha sido demonstrado fisicamente.

    Como os conceitos de contedo da mente sensorial tm por fundamento os dados sensoriais externos, bvio que esta nada pode saber sobre o Real, sobre a Verdade, sobre os mistrios da vida e da morte, sobre a Alma e o Esprito, etc., etc., etc.

    Para os velhacos do intelecto, aprisionados totalmente pelos sentidos externos e engarrafados nos conceitos do contedo da mente sensorial, nossos estudos esotricos parecem loucura.

    Dentro da razo dos sem razo, no mundo ao descabelado, eles tm razo, devido a que esto condicionados pelo mundo sensorial externo. Como poderia a mente sensorial aceitar algo que no seja sensorial?

    Se os dados dos sentidos servem de mola secreta para todos os processos de funcionamento da mente sensorial, bvio que s podem originar conceitos sensoriais.

    A mente intermediria diferente, embora tambm nada saiba de forma direta sobre o Real. Limita-se a crer e isso tudo.

    Na mente intermediria esto as crenas religiosas, os dogmas inquebrantveis, etc., etc., etc.

    Mente interior fundamental para a experincia direta da verdade.

    Indubitavelmente, a mente interior elabora seus conceitos de contedo com os dados proporcionados pela Conscincia Superlativa do Ser.

    Inquestionavelmente, a Conscincia pode vivenciar e experimentar o Real. No h dvida de que a Conscincia sabe de verdade.

    Contudo, para sua manifestao, a Conscincia necessita de um mediador, de um instrumento de ao e este a mente interior.

    A Conscincia conhece diretamente a realidade de cada fenmeno natural e pode manifest-la mediante a mente interior. A fim de sair do mundo das dvidas e da ignorncia, o indicado seria abrir a mente interior.

    Isto significa que s abrindo a mente interior nasce a f autntica no ser humano.

    Olhando esta questo deste outro ngulo, diremos que o ceticismo materialista a caracterstica peculiar da ignorncia. No h dvida de que os ignorantes ilustrados so cem por cento cticos.

    A f percepo direta do real; sabedoria fundamental; vivncia disso que est mais alm do corpo, dos afetos e da mente.

  • Distinga-se entre f e crena. As crenas encontram-se depositadas na mente intermediria; a f caracterstica da mente interior.

    Infelizmente, existe sempre a tendncia geral de confundir a crena com a f. Ainda que parea paradoxal enfatizaremos o seguinte: AQUELE QUE TEM F VERDADEIRA, NO NECESSITA CRER.

    que a f autntica sapincia vivida, cognio exata, experincia direta.

    Sucede que durante muitos sculos confundiu-se a f com a crena e agora custa muito trabalho fazer com que as pessoas compreendam que a f sabedoria verdadeira e nunca vs crenas.

    A atividade sapiente da mente interior tem, como recursos ntimos, todos esses dados formidveis da sabedoria contida na Conscincia.

    Quem abriu a mente interior recorda suas vidas anteriores, conhece os mistrios da vida e da morte, no pelo que tenha lido ou deixado de ler; no pelo que algum haja dito ou deixado de dizer; no pelo que tenha acreditado ou deixado de acreditar, mas pela experincia direta, vivida, terrivelmente real.

    Isto que estamos dizendo no do gsto da mente sensorial, porque sai de seus domnios; nada tem a ver com as percepes sensoriais externas; algo alheio a seus conceitos de contedo, ao que lhe ensinaram na escola, ao que aprendeu em distintos livros, etc., etc., etc.

    Isto que estamos dizendo tampouco aceito pela mente intermediria, porque de fato contraria suas crenas, desvirtua o que seus preceptores religiosos lhe fizeram aprender de memria, etc.

    Jesus, o Grande Kabir, adverte a seus discpulos dizendo-lhes: Cuidai-vos da levedura dos Saduceus e da levedura dos fariseus.

    evidente que Jesus, o Cristo, com esta advertncia, referiu-se s doutrinas dos materialistas Saduceus e dos hipcritas fariseus.

    A doutrina dos Saduceus est na mente sensorial, a doutrina dos cinco sentidos.

    A doutrina dos fariseus encontra-se situada na mente intermediria, isto irrefutvel e irrebatvel.

    evidente que os fariseus comparecem a seus ritos para que os outros os vejam, para que se diga que so boas pessoas, para manter as aparncias, mas nunca trabalham sobre si mesmos.

    No seria possvel abrir a mente interior, se no aprendssemos a pensar psicologicamente.

    Inquestionavelmente, quando algum comea a observar-se a si mesmo sinal de que comeou a pensar psicologicamente.

    Enquanto no admitamos a realidade de nossa prpria psicologia e a possibilidade de mud -la fundamentalmente, indubitavelmente no sentiremos a necessidade da auto-observao psicolgica.

  • Quando algum aceita a Doutrina dos Muitos e compreende a necessidade de eliminar os diversos eus que carrega em sua psique com o propsito de liberar a Conscincia, a Essncia, indubitavelmente inicia, de fato e por direito prprio, a auto-observao psicolgica.

    Obviamente, a eliminao dos elementos indesejveis que trazemos em nossa psique origina a abertura da mente interior.

    Tudo isto significa que a citada abertura algo que se realiza de forma gradativa, medida em que vamos aniquilando os elementos indesejveis que temos em nossa psique.

    Quem tenha eliminado cem por cento dos elementos indesejveis de seu interior, obviamente tambm ter aberto sua mente interior em cem por cento.

    Uma pessoa assim possuir a f absoluta. Agora vocs compreendero as palavras do Cristo, quando disse: Se tivsseis f como um gro de mostarda, movereis montanhas.

    Samael Aun Weor

  • A GRANDE REBELIO

    ________ Memria-Trabalho ________ ( Captulo - 13 )

    Inquestionavelmente, cada pessoa tem sua prpria psicologia particular; isto irrebatvel, incontrovertvel, irrefutvel.

    Desafortunadamente, as pessoas nunca pensam nisto e muitos nem aceitam, porque se acham aprisionados na mente sensorial.

    Qualquer um admite a realidade do corpo fsico, porque pode v-lo e apalp-lo; entretanto, a psicologia questo distinta; no perceptvel para os cinco sentidos e, por isto, a tendncia geral recha-la ou, simplesmente, subestim-la e depreci-la, qualificando-a de algo sem importncia.

    Indubitavelmente, quando algum comea a se auto-observar sinal inequvoco de que aceitou a tremenda realidade de sua prpria psicologia.

    claro que ningum se tentaria auto-observar se no encontrasse antes um motivo fundamental.

    Obviamente, quem inicia a auto-observao converte-se num sujeito muito diferente dos demais; de fato indica a possibilidade de uma mudana.

    Desafortunadamente, as pessoas no querem mudar; contentam-se com o estado em que vivem.

    Causa dor ver como as pessoas nascem, crescem, reproduzem-se como bestas, sofrem o indizvel e morrem sem saber porqu. Mudar algo fundamental; isto impossvel se no se inicia a auto-observao psicolgica.

    necessrio comear a ver-se a si mesmo com o propsito de autoconhecer-se; pois, na verdade, o humanide racional no se conhece a si mesmo.

    Quando descobrimos um defeito psicolgico de fato damos um grande passo, porque isto nos permitir estud-los e at elimin-lo radicalmente.

    Em verdade, nossos defeitos psicolgicos so inumerveis. Ainda que tivssemos mil lnguas para falar e palato de ao, no alcanaramos enumer-los a todos cabalmente.

    O grave de tudo isto que no sabemos medir o espantoso realismo de qualquer defeito. Sempre o vemos de forma v, sem pr nele a devida ateno; vemo-lo como algo sem importncia.

    Quando aceitamos a doutrina dos muitos e entendemos o cru realismo dos sete demnios que Jesus, o Cristo, tirou do corpo de Maria Madalena, ostensivelmente nosso modo de pensar, com respeito aos defeitos psicolgicos, sofre uma mudana fundamental.

    No demais afirmar, de forma enftica, que a doutrina dos muitos de origem tibetana e gnstica em cem por cento.

  • Na verdade, no nada agradvel saber que dentro de nossa pessoa vivem centenas e milhares de pessoas psicolgicas. Cada defeito uma pessoa psicolgica diferente, existindo dentro de ns mesmos aqui e agora.

    Os sete demnios que o Grande Mestre Jesus, O Cristo, expulsou do corpo de Maria Madalena, so os sete pecados capitais: IRA, COBIA, LUXRIA, INVEJA, ORGULHO, PREGUIA e GULA. Naturalmente, cada um destes demnios, em separado, cabea de legio.

    No velho Egito dos Faras, o iniciado devia eliminar, de sua natureza interior, os demnios vermelhos de SETH, se que quisesse lograr o despertar da Conscincia.

    Visto o realismo dos defeitos psicolgicos, o aspirante deseja mudar; no quer continuar no estado em que vive, com tanta gente metida dentro de sua psique e ento inicia a auto-observao.

    medida que ns progredimos no trabalho interior, podemos verificar, por ns mesmos, um ordenamento muito interessante do sistema de eliminao.

    Assombramo-nos quando descobrimos ordem no trabalho relacionado com a eliminao dos mltiplos agregados psquicos que personificam os nossos erros.

    O interessante de tudo isto que tal ordem, na eliminao de defeitos, se realiza de forma gradativa e se processa de acordo com a Dialtica da Conscincia.

    Nunca, jamais, poderia a dialtica raciocinativa superar o formidvel labor da Dialtica da Conscincia.

    Os fatos nos vo demonstrando que o ordenamento psicolgico, no trabalho de eliminao dos defeitos, estabelecido por nosso prprio Ser interior profundo.

    Devemos esclarecer que existe uma diferena radical entre o ego e o Ser. O eu jamais poderia estabelecer ordem em questes psicolgicas; pois, ele, em si mesmo, o resultado da desordem.

    S o Ser tem poder para estabelecer a ordem em nossa psique. O Era o Ser. A razo de Ser do Ser o mesmo Ser. O ordenamento no trabalho de auto-observao, julgamento e eliminao de nossos agregados psquicos, vai sendo evidenciado pelo sentido judicioso da auto-observao psicolgica.

    Em todos os seres humanos se acha o sentido da auto-observao psicolgica em estado latente; mas se desenvolve de forma gradativa, na medida em que o vamos usando.

    Tal sentido nos permite perceber diretamente e no mediante simples associaes intelectuais, os diversos eus que vivem dentro de nossa psique.

    Esta questo das extrapercepes sensoriais comea a ser estudada no terreno da parapsicologia e, de fato, foi demonstrada em mltiplos experimentos que foram realizados judiciosamente atravs do tempo e sobre os quais existe muita documentao.

    Aqueles que negam a realidade das extrapercepes sensoriais so ignorantes em cem por cento; velhacos do intelecto, engarrafados na mente sensorial.

  • No entanto, o sentido da auto-observao psicolgica algo mais profundo; vai muito mais alm dos simples enunciados parapsicolgicos; permite-nos a auto-observao ntima e a plena verificao do tremendo realismo subjetivo de nossos diversos agregados.

    O ordenamento sucessivo das diversas partes do trabalho relacionado com o tema este to grave da eliminao de agregados psquicos, permite-nos inferir uma Memria-Trabalho muito interessante e at muito til na questo do desenvolvimento interior.

    Esta Memria-Trabalho se bem que certo que nos pode dar diferentes fotografias psicolgicas das diversas etapas da vida passada, unidas na sua totalidade, trariam nossa imaginao uma estampa viva e at repugnante do que fomos antes de iniciar o trabalho psico-transformista radical.

    No h dvida de que jamais desejaramos regressar a essa horrorosa figura, viva representao do que fomos.

    Deste ponto de vista, tal fotografia psicolgica resultaria til como meio de confrontao entre um presente transformado e um passado regressivo, ranosos, torpe e desgraado.

    A Memria-Trabalho escreve sempre base de sucessivos eventos psicolgicos registrados pelo centro de auto-observao psicolgica.

    Existem, em nossa psique, elementos indesejveis que nem remotamente suspeitamos. Que um homem honrado, incapaz de tomar jamais nada alheio, honorvel e digno de toda honra, descubra, de forma inslita, uma srie de eus prostitutas, resulta nauseabundo e at inaceitvel para o centro intelectual ou o sentido moral de qualquer cidado judiciosos; mas tudo isso possvel dentro do terreno exato da auto-observao psicolgica.

    Samael Aun Weor

  • A GRANDE REBELIO

    ________ Compreenso Criadora ________ ( Captulo - 14 )

    O ser e o saber devem equilibrar-se mutuamente a fim de estabelecer, em nossa psique, a labareda da compreenso.

    Quando o saber maior do que o ser origina confuso intelectual de toda espcie. Se o ser maior que o saber, pode dar casos to graves como o do Santo estpido.

    No terreno da vida prtica convm auto-observar-nos, com o propsito de autodescobrir-nos. precisamente a vida prtica o ginsio psicolgico, mediante o qual podemos descobrir nossos defeitos.

    Em estado de alerta percepo, alerta novidade, poderemos verificar diretamente que os defeitos escondidos afloram espontaneamente.

    claro que o defeito descoberto deve ser trabalhado conscientemente, com o propsito de separ-lo de nossa psique.

    Antes de tudo, no nos devemos identificar com nenhum eu defeito, se que, em realidade, desejamos elimin-lo.

    Se, parados sobre uma tbua, desejamos levantar esta para coloc-la encostada a uma parede, no seria possvel isto se continussemos parados sobre ela.

    Obviamente devemos comear por separar a tbua de ns mesmos, retirando-nos da mesma e, logo, com nossas mos, levantar a tbua e coloc-la encostada no muro.

    Similarmente, no devemos identificar-nos com nenhum agregado psquico, se que, na verdade, desejamos separ-lo de nossa psique. Quando nos identificamos com tal ou qual eu, de fato, o fortificamos, em vez de desintegr-lo.

    Suponhamos que um eu qualquer de luxria de adorna dos rolos que temos no centro intelectual para projetar, na tela da mente, cenas de lascvia e morbosidade sexual; se nos identificamos com tais quadros passionais, indubitavelmente, aquele eu luxuriosos se fortificar tremendamente.

    Mas, se ns, ao invs de identificar-nos em essa entidade, a separamos de nossa psique, considerando-a como um demnio intruso, obviamente ter surgido, em nossa intimidade, a compreenso criadora.

    Posteriormente poderamos dar-nos ao luxo de ajuizar analiticamente a tal agregado com o propsito de fazer-nos plenamente conscientes do mesmo. O grave das pessoas consiste precisamente na identificao e isto lamentvel.

    Se as pessoas conhecessem a doutrina dos muitos; se, de verdade, entendessem que nem sua prpria vida lhes pertence, ento no cometeriam o erro de identificao.

  • Cenas de ira, quadros de cimes, etc., no terreno da vida prtica resultam inteis, quando nos encontramos em constante auto-observao psicolgica.

    Ento comprovamos que nem nossos pensamentos, nem nossos desejos, nem nossas aes nos pertencem. Inquestionavelmente, mltiplos eus intervm como intrusos de mau agouro para pr, em nossa mente, pensamentos; em nosso corao, emoes; em nosso centro motor, aes de qualquer classe.

    lamentvel que no sejamos donos de ns mesmos; que diversas entidades psicolgicas faam de ns o que lhes vm na gana. Desafortunadamente, nem remotamente suspeitamos o que nos sucede e atuamos como simples marionetes controladas por fios invisveis.

    O pior de tudo que, em vez de lutar por independizar-nos de todos estes tiranetes secretos, cometemos o erro de vigoriz-los e isto sucede quando nos identificamos.

    Qualquer cena de rua, qualquer drama familiar, qualquer briga tola entre cnjuges devido, indubitavelmente, a tal ou qual eu e isto algo que jamais devemos ignorar.

    A vida prtica o espelho psicolgico onde nos podemos ver, a ns mesmos, tal qual somos. Mas, antes de tudo, devemos compreender a necessidade de nos ver a ns mesmos, a necessidade de mudar radicalmente; s assim teremos ganas de nos observar realmente.

    Quem se contenta com o estado em que vive, o nscio, o retardatrio, o negligente, no sentir nunca o desejo de se ver a si mesmo; querer-se- demasiado e de modo algum estar disposto a revisar sua conduta e seu modo de ser.

    De forma clara diremos que em algumas comdias, dramas e tragdias da vida prtica intervm vrios eus que necessrio compreender.

    Em qualquer cena de cimes passionais entram em jogo eus de luxria, ira, amor prprio, cimes, etc., etc., etc., que, posteriormente, devero ser julgados analiticamente, cada um em separado, a fim de compreend-los integralmente, com o evidente propsito de desintegr-los totalmente.

    A compreenso resulta muito elstica; por isto, necessitamos penetrar cada vez mais profundamente. O que hoje compreendemos de um modo, amanh o compreenderemos melhor.

    Olhando as coisas deste ngulo, podemos verificar, por ns mesmos, quo teis so as diversas circunstncias da vida, quando em verdade as utilizamos como espelho para o autodescobrimento.

    De modo algum trataramos jamais de afirmar que os dramas, comdias e tragdias da vida prtica resultam sempre formosos e perfeitos; tal afirmao seria descabida.

    No entanto, por absurdas que sejam as diversas situaes da existncia, resultam maravilhosas como ginsio psicolgico. O trabalho relacionado com a dissoluo dos diversos elementos que constituem o mim mesmo, resulta espantosamente difcil.

    Entre as cadncias do verso, tambm se esconde o delito. Entre o perfume delicioso dos templos, se esconde o delito. O delito, s vezes, torna-se to refinado que se confunde com a santidade; e to cruel que chega a parecer-se doura.

  • O delito veste-se com a toga do juiz, com a tnica do mestre, com a roupagem do mendigo, com traje do senhor e at com a tnica do Cristo.

    Compreenso f