A Historia Do Rito Moderno

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    H i st r i a d o Ri t o M o d er n

    D ARCY BON IN I

    LOJA ORDEM E PROGRESSO N 428 RITO MODERNO

    GOB/GOSP

    [email protected]

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    introduo

    Os outros eram os Antigos que foram aquelesnossos irmos que pretenderam continuar comos usos e costumes tradicionais, ou seja, acontinuidade de evocar os sentimentosreligiosos dentro da maonaria;

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    PORQU DO NOME ?

    Rito Francs porque foi aquele adotado peloGrande Oriente de Frana a partir de 1773;

    Moderno, porque a inteno quando da

    reformulao dos Rituais, numa poca queproliferavam os graus, o Grande Oriente deFrana, com a sua reforma, pretendia fazervoltar prtica dos Modernos, fundadores da

    chamada Maonaria Moderna, de 1717, que em1725 instituram os trs graus: Aprendiz,Companheiro e Mestre;

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    Histrico

    O Rito Francs ou Moderno foi criado na Franaem 1761, constitudo a 24 de dezembro de 1772

    proclamado pelo Grande Oriente da Frana a 9

    de maro de 1773 com os trs graus simblicos;

    Por sua vez, o Grande Oriente da Frana nasceu

    a 22 de outubro de 1772, sendo seu primeiroGro-Mestre FELIPE DORLEANS - Duque deChartres;

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    Maonaria e o Rito Moderno

    Para entender a origem do Rito Francs ou Moderno, preciso voltar no tempo e recompor a histria da

    Maonaria especulativa.

    A forma, a maneira como ela se desenvolveu foideterminante na criao deste Rito bem como as

    suas definies e idiossincrasias;

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    A Grande Loja dos Antigos

    A partir de 1.717, com a fundao da Grande Loja daInglaterra, passou a haver uma tentativa de regular eorganizar a Arte.

    Acontece, porm que havia um grande nmero de lojasespalhadas por toda a Inglaterra que tinham suasprprias tradies e resistiram tentativa da primeiraGrande Loja, a Grande Loja de Londres, de organiz-las.

    A Em face disso, pouco tempo depois outras duasGrandes Lojas surgiriam: uma em 1.725 e outra em1.751. A primeira delas, a Grande Loja de Toda aInglaterra, que agregava algumas poucas lojas em York,Lancashire e Cheshire, reivindicava a primazia de vriasdas Antigas Instrues a uma assemblia realizadasculos antes em York.

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    A Grande Loja de Toda a Inglaterra e AGrande Loja dos Antigos

    Desapareceu em 1.792 tendo dado cartas patente a apenasquatorze outras lojas. A segunda, constituda em 1.751 edenominada A Grande Loja dos Anti gos, apresentou-se como

    uma oponente mais sria.

    Seus membros chamavam Grande Loja da Inglaterra de ALoja dos Modernos,e diziam que estes haviam desvirtuadoos rituais, ignorando as tradies e entulhado-os de inovaes

    embora nada explicassem sobre essas tradies.

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    A Grande Loja de Toda a Inglaterra e AGrande Loja dos Antigos

    Sem entrar no mrito dessa disputa Antigo-Moderno,

    interessa-nos o fato de que a Grande Loja dos Antigostinha membros que eram maons Irlandeses e Escocesesque viviam na Inglaterra e que podem ter tomadoconhecimento de costumes e tradies anteriores, ou aomenos diferentes, daquelas conhecidas pela GrandeLoja da Inglaterra..

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    A Grande Loja Unida da Inglaterra

    Por quase setenta anos ambas seguiriam separadas,cooptando Lojas de uma e da outra a mudarem de

    obedincia. Aps mais de dez anos de negociaes, asduas Grandes Lojas chegaram a um acordo efundiram-se

    formando em 1.813 a Grande Loja Unida da

    Ingraterra. Este hoje o nico rgo da Maonarialivre e aceita na Inglaterra.

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    A Grande Loja Unida da Inglaterra

    O rito que passou ento a ser utilizado pela

    Grande Loja Unida da Inglaterra foi aqueleque passou a ser chamado de

    Rito de Emulao ou York e que acaboupor expandir-se por todo o imprio colonialbritnico;

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    Cruzando o Canal da Mancha

    O incio da Francomaonaria na Frana , geralmente,atribuda chegada por volta de 1.688 de exilados

    ingleses, irlandeses e escoceses, partidrios do ReiJames II,

    comumente chamados de Jacobitas, que durante a

    Revoluo Gloriosa fora forado a abdicar e acabou porrefugiar-se na Frana.

    A Francomaonaria na F rana

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    Cruzando o Canal da Mancha

    A primeira Loja Manica em solo francs,denominada LaParfaite guali te, teria sido fundadanesse mesmo ano pelo Regimento Real Irlands Irish

    Royal Regiment, que acompanhou James II ao exlio.

    J a primeira Loja Manica inglesa, com uma cartapatente da Grande Loja da Inglaterra, foi fundada em

    Paris em 1.725.

    A Francomaonaria na F rana

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    A Francomaonaria na Frana

    Passaram ento a existir na Frana doistiposde lojas:

    as escocesasfundadas pelos Jacobitas

    e as inglesas filiadas Grande Loja daInglaterra.

    Acrescente-se a isso a influncia do

    Iluminismo. Esse trip: escoceses, ingleses e iluminismo

    tiveram papel fundamental na histria daMaonaria francesa;

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    A Francomaonaria na Frana

    Em 1.736 as lojas inglesas de Paris, jurisdicionadas Grande Loja da Inglaterra, fundam a Grande Loja

    Provincial.

    Isto ocorreu em oposio ao desejo da obedinciabritnica que j havia negado solicitao semelhanteum ano antes.

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    A Francomaonaria na Frana

    Ainda em 1.736, era fundada a Grande Loja da Franaque, dois anos depois, em Junho de 1.738 estariaconstituda de fato com a eleio do Irm Louis

    Pardaillon de Gondrin, Duque de Antin,GrMGeral ePerptuo dos Maons do Reino da Frana.

    A partir da, a Francomaonaria francesa estaria

    definitivamente nas mos dos franceses.

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    A Francomaonaria na Frana

    Nos anos seguintes, diversas LojasManicas foram fundadas de tal formaque, apenas 6 anos depois, em 1.744, haviacerca de 20 lojas em Paris

    e outras 20 espalhadas em provncias portoda a Frana.

    Muitas dessas lojas eram fundadas porviajantes a trabalho e por militares.

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    A Francomaonaria na Frana

    A Grande Loja da Frana, que fora criadapara reunir as Lojas esparsas e organizar aArte, no chegara a bom termo nesse objetivo.

    Por conta disso, em 1.771 ocorreram diversasreunies destinadas a preparar uma nova

    organizao, culminando, a 24 de dezembrodaquele ano com a assemblia das Lojas.

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    A Francomaonaria na Frana

    Essa assemblia, depois de declarar extinta aantiga Grande Loja da Frana, anunciou suasubstituio

    por uma Grande Loja Nacional que seriadenominada dali em diante.

    Grande Or iente da Frana e que viria a sersolenemente instalado em 24 de junho de1.773.

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    O Rito Francs ou Moderno

    Os exilados britnicos na Frana levaram e

    praticavam o ritual da Grande Loja daInglaterra,

    dita dos Modernos que passou a ser

    traduzido, gradualmente para o francs.

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    O Rito Francs ou Moderno

    Ento, esta forma hbrida do rito, passou a serconhecida como Rito Francs ou Moderno, paradistingui-lo dos outros sistemas conhecidos como" escoceses".

    De fato, no que diz respeito aos graus simblicos, oRito F rancs ou Moderno o mesmo rito que aGrande Loja da Inglaterra praticava em 1.717.

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    O Rito Francs ou Moderno

    Em 1.761 oficialmente criado o RitoF rancs ou Moderno,

    originalmente com apenas os 3 primeirosgraus, simblicos, ainda no mbito daGrande Loja da Frana tendo sido

    constitudo a 24 de dezembro de 1.772 eproclamado pelo Grande Oriente da Franaa 9 de maro de 1.773.

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    O Rito Francs ou Moderno

    ORito Francs ou Moderno, que teve como base o

    rito original da Grande Loja da Inglaterra de 1.717,foi criado com os objetivos de dar uma identidadenacional maonaria francesa e tambm por fim anarquia ali reinante.

    Essa anarquia era causada pela proliferaodesenfreada de ritos e graus que ocorriam porinfluncia da cavalaria, da nobreza e de misticismos eque, em ltima anlise, apenas desfiguravam a Ordem

    j que o pr incipal objetivo era o de venderparamentos, ttulos e jias dando vazo vaidadee a necessidade de ostentao dos homens.

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    O Rito Francs ou Moderno

    O novo rito buscava manter-se fiel maonaria moderna criada pelo movimentode 1.717, que estava sendo desfigurada pelacriao desordenada de graus.

    Ocorre que, o rito como fora criado, causou fortereao entre os iniciados, pois havia naquele

    momento grande paixo pelos Altos Graus.

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    O Rito Francs ou Moderno

    Em face da presso dos IIrm, o Grande Orienteda Franaviu-se forado a procurar uma soluoque harmonizasse as diferentes doutrinas e a

    proliferao de altos graus.

    Assim, o Grande Oriente da Frana nomeou umacomisso de IIrmde reconhecida capacidade,

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    O Rito Francs ou Moderno

    cuja misso seria estudar os sistemas existentes edotar o Rito Francs ou Moderno dos desejadosGraus Filosficos

    recomendando que o Rito elaborado contivesse osensinamentos manicos e que fosse composto domenor nmero de graus possvel.

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    O Rito Moderno

    Novamente, houve forte reao dos IIrm pois oRito de Perfeio ou de Heredon j contava,naquele momento, com nada menos que vinte e

    cinco graus.

    Em razo disso, em 1.782, uma nova comisso foiformada, agora denominada Cmara dos Ri tos, queaps acalorados debates, recomendaram a adoo dequatro graus filosficos.

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    O Rito Francs ou Moderno

    As concluses desta nova comisso tambm foram acolhidas,

    nascendo assim, em 1.786, oRito Francs ou Modernode sete

    graus:

    1 Grau Aprendiz

    2 Grau Companheiro 3 Grau - Mestre

    4 Grau Eleito ou Elei to Secreto

    5 Grau Eleito Escocs

    6 Grau Cavaleiro do Oriente ou da Espada 7 Grau Cavaleiro Rosa Cruz

    8 Grau Cavaleiro da guia Branca e Preta

    9 Grau Cavaleiro da Sapincia

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    O Rito Francs ou Moderno

    Ainda assim os Escoceses, descendentes damaonaria trazida pelos Jacobitas, reagiram aoque chamaram de reduo dos altos graus,

    pois queriam ir justamente em sentidocontrrio, aumentando o nmero de graus, ecriaram o que hoje conhecemos como RitoEscocs Antigo e Aceito que, de fato, no

    escocs quanto a sua origem, mas tambmfrancs e que, posteriormente, sofreria forteinfluncia norte-americana.

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    O Rito Francs ou Moderno

    O Rito Francsou Moderno, embora tivesse sidocriado sob moldes racionais teve como principalcaracterstica manter-se fiel s primitivasConstituies de Anderson, de 1.723, e ter retiradode seus ensinamentos valores que no eramoriginais da Maonaria.

    seguindo a orientao dos demais ritos tanto emtermos doutrinrios quanto em termos filosficos.

    Embora as Constituies de Anderson, de 1.723,possussem tinturas destas, eram extremamentetolerantes no que diz respeito religio, como se

    pode ver na primeira de suas Antigas Leis

    Fundamentais:

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    A Evoluo do Rito F rancs ou

    Moderno

    A Reforma Insti tucional de 1.877,

    O Rito Moderno conforme praticado na Frana,permaneceu sem alteraes at 1.877, quandoento ocorreu a grande reforma do Rito,

    o mais importante acontecimento de que setem notcia na histria da Maonaria Universalaps sua fundao em 1.717.

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    A Reforma Institucional de 1.877,

    Em 1.872, depois de estudos iniciados em 1.867, oGrande Oriente da Blgica suprimia, de seusrituais, a invocao do G A D U,sem que

    houvesse qualquer reao por parte da GrandeLoja Unida da I nglaterra.

    Diante disso, a campanha pela reviso na Frana

    aumentaria de intensidade e, a cada ano, aConveno era tomada por solicitaes de reviso,repelidas pelo Conselho da Ordem,

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    A Reforma Institucional de 1.877

    at que em 1.876, um voto da Loja La FraternitProgressive, de Villefrance, solicitando asupresso das clusulas dogmticas, foi levadoem considerao.

    Foi ento enviado s Lojas para estudo, eretornando Conveno, em 1.877. Nessa

    ocasio duzentas e dez Lojas enviaramrepresentantes e dois teros delas manifestaram-se a favor da adoo do voto.

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    A Reforma Institucional de 1.877

    O relator geral, que depois viria a tornar-se Gro-Mestre, foi o pastor protestante Frdric Desmons,

    que apresentou um estudo memorvel que, aprovado,resultou na supresso do segundo pargrafo do artigo1 da Constituio de 1.865.

    Essa resoluo aboliu a invocao, mas no a frmula doGADU.

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    A Reforma Institucional de 1.877

    Era a tolerncia que motivava o Grande Oriente de Frana arejeitar qualquer afirmao dogmtica na concretizao do

    respeito liberdade de conscincia e ao livre arbtrio de todosos maons.

    A sntese dos debates da Assemblia, em 1.876, queconduziram resoluo de 1.877

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    Resoluo de 1.877, (...) A Francomaonaria no desta, nem atesta,

    nem sequer positivista. Instituio que afirma epratica a solidariedade humana, estranha a tododogma e a todo credo religioso.

    Tem por princpio nico o respeito absoluto daliberdade de pensamento e conscincia. Nenhumhomem inteligente e honesto poder dizer, seriamente,que o Grande Oriente de Franaquis banir de suas

    Lojas a crena em Deus e na imortalidade da alma,quando, ao contrrio, em nome da liberdade absolutade conscincia, declara, solenemente, respeitar asconvices, as doutrinas e as crenas de seus

    membros.

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    Resoluo de 1.877

    Assim, o Grande Oriente da Frana passou arespeitar as concepes pessoais cada Irm aono confirmar ou negar a existncia de Deus e da

    imortalidade da alma. ,

    A partir de 1.877, juntou-se ao Grande Oriente daBlgica e da Itlia, Grande Loja de Buenos Aires e

    Grande Loja da Hungria, que tinham adotado a mesmaresoluo alguns anos antes.

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    1815

    Fundao da Loja Comrcio e Artes ,

    Sob a gide do Grande Oriente Lusitano. Comeou atuando no RITO MODERNO

    Conforme Estabelecia A Constituio De 1806,Daquela Obedincia.

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    1818

    Em 30 de maro um decreto.

    DO REI D. JOO VI ,

    De Portugal, Brasil e Algarves

    pe fim s atividades .

    da maonaria NO BRASIL..

    D. JOO VI

    http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/9/94/Debret-djo%C3%A3oVI-MHN.jpg
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    1821

    Dom Joo VI .

    Retorna A Portugal,

    deixando em seu lugar

    O Prncipe Regente.

    D. Pedro I.

    D. JOO VI

    http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/9/94/Debret-djo%C3%A3oVI-MHN.jpg
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    17 DE JUNHO DE 1822RIO DE JANEIRO

    A Loja Comrcio E Artes,

    Em Sesso Memorvel cria mais 2 lojas,

    Pelo desdobramento de seu quadro de obreiros:

    UNIO E TRANQUILIDADE,

    ESPERANA DE NITERI,

    ATUANDO NO RITO MODERNO.

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    CARACTERISTICAS DO RITO MODERNO

    Pas de origem e ano de criao -Frana 1761/1773; Data de implantao (no Brasil) -Agosto/ 1822

    Quantidade de graus -9 Graus

    Oficina-Chefe -SCRM;

    Ttulo do Dirigente (Oficina Chefe) -SobGInsp Princpio filosfico -Agnstico

    N de Oficiais e Dignids (em Loja) -7

    Bateria do 1 grau -00-0

    Rompimento da Marcha -P direito Posio das Colunas no Templo -J- Norte B- Sul

    Aclamao -LIF

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    Painel do Grau Simblico

    1 Grau

    Aprendiz

    O USO DA BBLIA

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    O USO DA BBLIANO RITO MODERNO

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    Consideraes Sobre o Rito Moderno ouFrancs

    Ir.

    . Antonio Onias Neto - M .. I ..

    Sob.. Gr.. Insp..Geral do Supr.. Cons.. do R.. M..

    Muito se critica e pouco se conhece a respeito do

    Rito Moderno ou Francs.

    Uma das mais infantis acusa

    es (?) ou afirmativasgratuitas que se

    faz

    sobre o Rito

    ser ele ATEU.

    lament

    vel que ma

    ons, que deveriam conhecer um

    pouco de filosofia e

    teoria do conhecimento, fa

    am

    confuso entre ate

    smoe agnosticismo. O Rito Moderno, por saber que a atitude filosficada Maonaria apesquisa constante da verdade, e por

    outro lado, aover que a verdade, paraque seja considerada em todo o seu sentido, deve serabsoluta e infinita, abraa a corrente de pensamentoque reconhece a

    impossibilidade do

    conhecimento do Absoluto pelo homem em sua finitude

    e relatividade, ou seja

    o AGNOSTICISMO. Afirmando

    assim uma posi

    o de

    humildade perante o

    Absoluto, o que deveria ser caracter

    stica de todo

    Ma

    om.

    Acrescente-se mais que o Gnosticismo, como teoria da

    possibilidade de

    conhecimento (no confundir com os chamados

    Gn

    sticos do in

    cio da

    Era Crist), afirma que

    poss

    vel conhecer o absoluto. Ora, o Ate

    smo, ao afirmar categoricamente ainexistncia de Deus, pertencecorrente

    gn

    stica, posto que, nessa assertiva,mostra ser possvelconhecer o Absoluto, donde podemos concluir que oateu jamais seragnstico e o

    agn

    stico no pode ser ateu, pois suas teorias dapossibilidade do conhecimento se chocamfrontalmente.

    Por outro lado, h

    religies, como o Budismo, que,

    em sua origem, tomam uma

    posi

    o agn

    stica, no se preocupando em explicar oAbsoluto,

    reconhecendo

    a impossibilidade de defin

    -lo. Desta forma, o Rito Moderno acolhe em seu seio, sem

    nenhum constrangimento,

    irmos das mais

    diversas profisses religiosas efilos

    ficas, posto que,

    mesmo sendo ele agn

    stico, no impe aos seus

    membros o agnosticismo, mas

    exige deles

    uma posi

    o relativa quanto

    possibilidade de que outrosIrmos, que abraam outra filosofia, estejam certos,ora quem dono daverdade notem necessidade de pesquis

    -la ouprocur-la.

    Outra afirmativa que se faz sobre o Rito Moderno

    sua anti-religiosidade,

    o que no passa de outra confuso, que osdicion

    rios, se

    consultados,

    ajudariam a esclarecer. O prefixo anti quer dizer contra . O que melhor

    caberia para o Rito

    oprefixo a , que significa

    inexistncia ,

    priva

    o ; e

    empregado no

    sentido de eq

    idistncia entre o a favor e o contra . A ma

    onaria

    eq

    idistante das religies, no

    umaseita religiosa, e osIrmos que assim a tornam so, evidentemente, ou aqueles que procuramdesvirtu-la, ou aqueles que insatisfeitos comsuasreligies procuram naMaonaria uma nova religio ou a compensao para assuas frustraesmsticas.

    E,

    baseado na eq

    idistncia perante as religies

    que o Rito Moderno no

    adota a existncia da B

    blia no Tringulo deCompromissos, Altar

    de

    Juramentos para outros Ritos. Os defensores da coloca

    o da B

    blia alegam que deve

    haver um livro da leirevelada . Ora, a B

    blia s

    passou

    a ser adotada em

    algumas Lojas a partir

    de 1740, antes disso Anderson e os demais Maonsaceitavam a obrigao do Livro da Lei , Lei

    Ma

    nica, Lei Moral.Acrescente-se, ainda, que existem

    religies, tais como a Umbanda, o Candombl

    , a

    Pajelan

    a, e outras, com

    diversos

    adeptos entre n

    s, que possuem um livro dalei revelada, cujatradio oral. Perguntamos, que livro religioso secolocaria na presenade tais

    Irmos?

    Vemos constantemente Irmos Judeus e Mu

    ulmanos,

    quando Iniciados e em suas

    exalta

    es, compelidos a jurarem sobre a B

    blia

    Crist, em

    tradu

    o

    Cat

    lica ou Protestante, numa autntica viola

    o desuas conscincias e dos

    princ

    pios ma

    nicos, ou numa prova de que

    tais

    juramentos so falsos. Nosso Livro da Lei so os princ

    pios da Sublime

    Ordem, quando muito as

    Constitui

    es das Potncias

    s quais

    perten

    a aLoja, onde constam taisprincpios, ou, ainda, as Constituies de Anderson,em sua redaooriginal, que deu origem

    institucionaliza

    o damoderna Maonaria. Aproveitamos para transcrever o artigo primeiro da Constituio deAnderson, que bastante claro a

    respeito do

    assunto: O Ma

    om est

    obrigado, por sua voca

    o, a obedecer

    a Lei Moral, e se

    compreender seus deveres, nunca se converter

    em

    um

    est

    pido ateu nem em umirreligioso libertino. Apesar de nos tempos antigos

    os Ma

    ons estarem

    obrigados a praticar a religio que se

    https://bibliot3ca.wordpress.com/consideracoes-sobre-o-rito-moderno-ou-frances/https://bibliot3ca.wordpress.com/consideracoes-sobre-o-rito-moderno-ou-frances/https://bibliot3ca.wordpress.com/consideracoes-sobre-o-rito-moderno-ou-frances/https://bibliot3ca.wordpress.com/consideracoes-sobre-o-rito-moderno-ou-frances/https://bibliot3ca.wordpress.com/consideracoes-sobre-o-rito-moderno-ou-frances/https://bibliot3ca.wordpress.com/consideracoes-sobre-o-rito-moderno-ou-frances/https://bibliot3ca.wordpress.com/consideracoes-sobre-o-rito-moderno-ou-frances/https://bibliot3ca.wordpress.com/consideracoes-sobre-o-rito-moderno-ou-frances/https://bibliot3ca.wordpress.com/consideracoes-sobre-o-rito-moderno-ou-frances/https://bibliot3ca.wordpress.com/consideracoes-sobre-o-rito-moderno-ou-frances/
  • 8/10/2019 A Historia Do Rito Moderno

    49/51

    observava nospases em quehabitavam, hoje cr-se mais conveniente no impor-lhes outra religio senoaquela que todos os homens aceitam,e dar-lhes

    completa liberdade com

    referncia

    s suas opinies particulares. Esta

    religio consiste em ser

    homens bons e leais, quer dizer,

    homens honrados e

    probos, seja qual for a

    diferen

    a de denomina

    es ou de convic

    es. Deste

    modo, a Ma

    onaria seconverter

    em um centro

    de Unio e

    o meio de

    estabelecer rela

    es

    amistosas entre pessoas que, fora dela, teriampermanecido separadas .

    Ap

    s a leitura deste texto, muito pouco se poder

    acrescentar a respeito,alm de que hreligies que no permitem ao homemse ajoelhar

    perante seu

    semelhante, como exigem alguns Ritos, o que no

    permitido no Rito

    Moderno. Mais uma vez o Rito prova, com sua atitude,

    sereqidistante e respeitar areligio de todos os Irmos. Bom seria que os Irmos, que se intitulamreligiosos, estudassem um pouco a histria eo conte

    do de outras religies al

    m dasnossas, saindo de umaposio sectria, proibida pela Ordem.

    Outra terr

    vel acusa

    o que se faz ao Rito

    no

    invocar e tampouco adorar

    o GRANDE ARQUITETO DO UNIVERSO , tendo inclusiveevitado o

    uso de seu

    nome nos Rituais. Ora, meus Irmos, por mais boa vontade de que

    possamos estar imbu

    dos,

    jamais deixaremos de invocar as

    entidades religiosas

    a que estamos ligados

    dentro de termos e Rituais pr

    prios de nossa

    religio, e, estaremos destaforma sempre ferindo e

    violando as cren

    as e asformas de adorao deoutros Irmos. Deixemos as adoraes e as invocaes para faz-lasem nossas Igrejas,nossas

    Sinagogas, nossos Templos religiosos, nossosCentros, nossosTerreiros, nossas Casas e evitemos faz-las em Loja, onde temos a obrigaode

    no for

    ar qualquer Irmo a repetir f

    rmulas com

    as quais sua

    conscincia no possa concordar.

    Quanto ao no uso do nome do Grande Arquiteto do

    Universo nos Rituais: este uso s

    come

    ou a ocorrer a partir da Conven

    o de 1877,

    por

    concluso do relator

    da proposta de excluso do seu uso nos Rituais do

    Grande Oriente de Fran

    a,

    e,

    bom lembrar que este Irmo relator

    era umreligioso, o pastorprotestante Frederico Desmons. Este foi o grande motivo para que a Grande Loja Unida da Inglaterra

    rompesse relaes com o Grande Oriente de FranaNo entanto,o Grande Oriente daBlgica, desde 1872, vedara a invocao e a inclusodo Grande Arquiteto do Universo nos seus Rituais, e nempor isso a Potncia

    inglesa rompera

    rela

    es com os belgas. O principal fundamento para a excluso do nome do

    Grande Arquiteto do

    Universo

    dos Rituais

    terem os Irmos, como se podeobservar, utilizado dia

    a dia o s

    mbolo do Princ

    pio Criador da Energia

    inteligente, do Ente

    Supremo,

    do mesmo modo que se vulgarizou o termo

    Deus, particularizando o

    seu emprego, invocando-o e adorando-o, conforme sua

    religio e no

    comosmbolo de todas as concepes que se tenha do que a Origem do Universo.Antes de encerrar essas breves considera

    es geraissobre o Rito Moderno ou Francs, no poderamos esquecer o problema dos Landmarks .

    O que so Landmarks ? O pr

    prio nome diz: so

    marcas de terra, limites,

    lindeiros, e como tal devemos consider

    -los, jamais

    como dogmas.

    Lembremo-nos: NA MA

    ONARIA NO EXISTEM DOGMAS,

    EXISTEM PRINC

    PIOS. No Brasil, existe uma verdadeira psicose pelos

    Landmarks

    de Mackey, e, no

    entanto, quando a Ma

    onaria veio para nossa P

    tria,eles sequer existiam,

    tendo aparecido apenas em 1858. Meus Irmos, fica

    a pergunta: quem deu poderes, queentidade inspirou aonosso Irmo Mackey para firmar dogmas dentro daSublime Ordem?Particularmente um

    deles: o 25

    , que nopermite qualquer alterao, ferindoo princpio da investigao constante da verdade, da evoluo, da pesquisa,de se

    afirmar progressista: nada pode mudar a partir dele, o dogma daimutabilidade, da no evoluo. evidente que o Rito Moderno, dentro dessestermos,

    no poderia aceitar os

    Landmarks de nosso querido Irmo, que pretendeu

    impedir um dos fundamentos

    da Ma

    onaria: A LIBERDADE.

    Meus Irmos, diversos so os Landmarks mais

    conhecidos, tais como os de

    Findel, de Lecerff, de Pound, de Mackey, de Grant,

    que chegam a

    54, e

    muitos outros. Qual deles

    o profeta da Ma

    onariaque recebeu inspira

    o

    divina pra que se afirme ser sua cataloga

    o a

    correta? Que

    Congresso Ma

    nico mundial concluiu serem estesou aqueles os Landmarks aceitos universalmente? Devero os Landmarks , mesmo que

    universais,

    estacionarem no tempo e no

    espa

    o? Apenas como lembran

    a, devemos citar que muitos dos

    nossos Irmos de outros

    Ritos e de

    outras Potncias concordam plenamente

    conosco na tese que

    abra

    amos sobre os Landmarks .

  • 8/10/2019 A Historia Do Rito Moderno

    50/51

    Conclamamos aos Irmos de todos os Ritos e de todas as Potncias: devemosnos preocupar com aquilo que nos une, e, relegar aosegundo

    plano o que nos

    separa. Este

    o fito primordial do Rito Moderno quando d

    origem

    institui

    o de

    um Grande Oriente : admitir a diversidade

    dos

    Ritos, unindo, numa mesma

    Potncia, Irmos das mais diversas posi

    es

    filos

    ficas, num verdadeiroUniversalismo, pois este

    o princ

    pio

    fundamental

    da Sublime Ordem.

  • 8/10/2019 A Historia Do Rito Moderno

    51/51

    CONCLUSES

    Conclui-se, portanto, que o Rito Moderno e seusadeptos no podem ser classificados como ateus, comocomenta-se informalmente.

    O Rito tem prtica adogmtica e, se analisarmos em

    profundidade, o dogma tem uma ponta de paixo.Assim como a paixo, o dogma capaz de escravizaras mentes menos esclarecidas, que tomam por verdadeaquilo que se lhes imposto.

    ORito Moderno, afinal, um desafio, que vale a penaarrostar(GOB, 1999, p. 8).