A Importância Da Enfermagem Do Trabalho Na Atualidade - 16 de Outubro

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PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM NO TRABALHO IVAN BORGES JEREMIAS DO REGO A IMPORTÂNCIA DA ENFERMAGEM DO TRABALHO NA ATUALIDADE

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Enfermagem do Trabalho

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PS-GRADUAO EM ENFERMAGEM NO TRABALHOIVAN BORGES JEREMIAS DO REGO

A IMPORTNCIA DA ENFERMAGEM DO TRABALHO NA ATUALIDADECARAGUATATUBA2014

IVAN BORGES JEREMIAS DO REGOA IMPORTNCIA DA ENFERMAGEM DO TRABALHO NA ATUALIDADE

Monografia apresentada a Faculdade de Conchas - ABRACE, como requisito para a concluso do curso de Ps-Graduao em Enfermagem no Trabalho. Orientadora: Maria Ins Geraldi MarquesCARAGUATATUBA

2014IVAN BORGES JEREMIAS DO REGOA IMPORTNCIA DA ENFERMAGEM

DO TRABALHO NA ATUALIDADEMonografia aprovada em ____/____/____ para obteno do ttulo de Especialista em Enfermagem do Trabalho.

Banca Examinadora:

_______________________________________

Maria Ins Geraldi Marques

Docente / Orientadora_______________________________________

Nome do Professor(a) Convidado(a)

RESUMO

A anlise da pesquisa, articulada questo da qualidade e especificidade da atividade de enfermagem, contribuiu para melhor compreenso das condies de trabalho, vida e de sade desse grupo profissional. A Qualidade de Vida no Trabalho, alm de todos os benefcios mencionados acima, proporciona ainda maior participao por parte dos colaboradores, permitindo a integrao com superiores, colegas de trabalho, com o prprio ambiente de trabalho, buscando sempre a compreenso das necessidades dos seus funcionrios, o presente trabalho aborda questes relacionadas ao bem estar de seus colaboradores e sua motivao no ambiente de trabalho. Considera-se neste trabalho aspectos relacionado competncia do profissional da enfermagem percebendo a enfermagem como um precioso utenslio para ampliao ao amparo aos clientes, oferecendo mais confiana por estarem sempre prontos a intervir e orient-los. Alm do atendimento propriamente dito, o de socorrer e restabelecer uma vida, mas tambm gerenciar as demandas burocrticas derivadas em cada instituio. O cuidado do enfermeiro neste sentido depende no apenas de uma vasta experincia, mas, de uma formao slida, que propicie um atendimento de forma completa, com a devida eficincia que se espera.

Palavras-chave: enfermeiro; trabalho; qualidade de vida no trabalho.

Sumrio

1 INTRODUO05

2. METODOLOGIA063. TRABALHO E QUALIDADE DE VIDA073.1 Qualidade de Vida103.2 Motivao no ambiente de trabalho113.3 Cultura Organizacional13

3.4 Clima Organizacional14

4. A ENFERMAGEM EM FOCO184.1 Aspectos histricos194.2 Atuao do Enfermeiro no atendimento 21

4.3 Enfermeiro, gerenciamento e atendimento24

6. CONCLUSO.27

7. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS.30

1. INTRODUO

As mudanas acontecidas nas ltimas dcadas no mundo do trabalho tm refletido na sade das pessoas e do coletivo de colaboradores de forma intensa.

A Qualidade de Vida no Trabalho e a Representao Social so abordadas devido complexidade e importncia. A busca de respostas para problemas envolvendo essas questes, mesmo que parciais, podem nos auxiliar na compreenso do dia-a-dia dos colaboradores e de suas relaes com o trabalho, com a famlia e com os amigos. Os trabalhadores de hoje no querem das empresas somente sua remunerao, eles procuram muito mais do que isso, eles querem sentir-se motivados e buscam uma boa qualidade de vida.

O trabalho em torno da questo da Qualidade de Vida no Trabalho busca respostas se as organizaes esto considerando a expanso do conceito de Qualidade Total, ultrapassando os processos e procedimentos, para incluir aspectos comportamentais e de satisfao na busca de concretizao dos resultados da empresa, visando, dentre outras coisas, a compreenso a respeito de situaes individuais dos trabalhadores em seu ambiente de trabalho.A justificativa desta pesquisa que acredita-se que o conhecimento adquirido a partir da realizao da mesma possa servir como elementos para a tomada de decises, no sentido de fortalecer o compromisso de melhorar o trabalho em sade e possibilitar a definio de aes que estimulem a interao entre as polticas, a pesquisa e a prtica.

Esta pesquisa tem o objetivo de verificar a relevncia da enfermagem do trabalho nos dias atuais. E tem como objetivos especficos, destacar as competncias profissionais, apontar a importncia da formao do enfermeiro e salientar o desenvolvimento de suas atividades. 2. Metodologia

O presente estudo tem como sugesto metodolgica a pesquisa de reviso bibliogrfica. Esta incide em explicar um problema a partir de referncias tericas publicadas, analisando os subsdios cientficos existentes sobre o tema e problema apontados no trabalho, tem seu desenvolvimento auxiliado em livros, artigos, teses, dissertaes e revistas.3. TRABALHO E QUALIDADE DE VIDA

A sociedade ps-moderna cobra-nos conviver com o novo e incorporar a necessidade de mudana, no importando o mbito, seja nas pequenas aes ou em atitudes radicais. O Capitalismo globalizado determina novas formas de relao e a busca tcnica taylorista/fordista vem sendo substituda por um processo de trabalho resultante de um novo paradigma apoiado essencialmente nas Relaes Humanas e na Qualidade de Vida, sem dvida uma preocupao crescente nas organizaes.

A partir destas novas bases de produo, estabelecem-se novas formas de relaes sociais, surgem novas relaes entre trabalho, cincia e cultura, gerando um novo princpio que atenda a demanda determinada pela globalizao da economia e pela reestruturao produtiva.

[...] No resta dvida que a tarefa fundamental da administrao continua sendo a mesma que sempre foi: fazer com que as pessoas sejam capazes de atuar em conjunto atravs de metas comuns, de valores comuns, de uma estrutura correta e do treinamento e desenvolvimento que elas necessitam para terem um bom desempenho e saberem enfrentar altura as mudanas. Todavia, o prprio significado desta tarefa modificou-se, talvez pelo simples fato da administrao ter modificado a constituio da fora de trabalho[...] (DRUCKER, 1989, p.190).

As palavras de ordem agora so qualidade e competitividade. Este contexto pressupe um novo tipo de trabalhador com novas capacidades, que lhe permitam adaptar-se produo, como o relacionamento interpessoal, comprometido responsvel, crtico e criativo com o trabalho. No entanto, esta formao de trabalhadores no assegurada a todos e a efetiva motivao dos colaboradores s ser possvel com uma nova viso da organizao.

[...] a qualidade pessoal a base para qualquer outra qualidade. Que os esforos das pessoas so cruciais tanto para a qualidade do produto quanto para a qualidade do servio. Que o melhor ponto de partida para o desenvolvimento da qualidade em uma empresa o desempenho e a atitude dos indivduos em relao qualidade. Que a qualidade pessoal d incio a uma reao em cadeia de sucessivos aprimoramentos de qualidade. (GIL, 1994, p.157).

A Teoria das Relaes Humanas surgiu, na dcada de 1920 como conseqncia imediata das concluses obtidas na Experincia de Hawtorne, desenvolvida por Elton Mayo e seus colaboradores que comprovaram a necessidade de humanizar e democratizar a Administrao.

Conforme Chiavenato (1999), Elton Mayo, aps a Experincia de Howthorne, passou a defender os seguintes pontos: o trabalho uma atividade tipicamente grupal; o trabalhador no reage como indivduo isolado, mas como membro de um grupo social; a tarefa bsica da Administrao formar uma elite capaz de compreender e de comunicar; a pessoa motivada essencialmente pela necessidade de estar junto, e de ser reconhecida, de receber adequada comunicao; a civilizao industrializada traz como conseqncia a desintegrao dos grupos primrios da sociedade.

Embora a Escola de Relaes Humanas j tenha abordado este prisma da administrao, o novo prisma tratado por Qualidade de Vida no Trabalho, representa o aspecto globalizante, antes tratado atravs de estudos de motivao, de fatores ambientais e de satisfao no trabalho trouxe considervel avano.

Assim, penso que dar aos funcionrios oportunidades de expresso , acima de tudo, uma forma de reconhecimento de sua inteligncia e capacidade, o que acaba se refletindo na Representao Social da sua Qualidade de Vida e na produtividade da organizao, com ganhos para todos. Porm, isso ainda no tudo, partindo-se da tendncia da Qualidade de Vida no Trabalho, temos outra empresa em ascenso neste sculo XXI: a empresa no mundo da complexidade; a empresa quntica, que tem sua essncia na informao e na comunicao.

Atualmente o que se espera que o processo esteja em evidencia e no a ao em si, ou seja, os integrantes devem adaptar-se ao meio e interagir com ele, receb-lo e reagir com ele, inovando, em um sistema aberto que incorpora a criatividade e inovao, no qual o erro acatado, digerido, socializado com toda a equipe, o que permitir que seja estabilizado e devolvido, aps essa adaptao e evoluo.Qualidade de vida no trabalho (QVT) o conjunto das aes de uma empresa que envolvem a implantao de melhorias e inovaes gerenciais e tecnolgicas no ambiente de trabalho. A construo da qualidade de vida no trabalho ocorre a partir do momento em que se olha a empresa e as pessoas como um todo, o que chamamos de enfoque biopsicossocial. O posicionamento biopsicossocial representa o fator diferencial para a realizao de diagnstico, campanhas, criao de servios e implantao de projetos voltados para a preservao e desenvolvimento das pessoas, durante o trabalho na empresa. (FRANA, 1997, p.80)

Acredito que qualidade de vida chegar para trabalhar e ter o servio me esperando, para que eu possa execut-lo, dentro do meu dia de trabalho e no ter que ficar um dia inteiro esperando a ordem de servio chegar, toa, e no outro trabalhando que nem louco at mais tarde para no perder o prazo que o chefe combinou com o cliente.

Por isso os processos so to importantes e a essncia da administrao, neste novo contexto, sai da idia de dirigir a ao para a de assegurar o funcionamento adequado dos procedimentos.

A definio de trabalho conforme encontramos no dicionrio Aurlio pode ser considerado por alguns autores como um conceito retrogrado, uma vez que o trabalho est sendo abordado atualmente, como meio para atingir algo que deve ser concretizado, entretanto inicio com a definio do dicionrio Aurlio para logo em seguida apresentar outra definio que nos permitir contextualizar a Qualidade de Vida no Trabalho.1. Aplicao de foras e faculdades humanas para alcanar um determinado fim. 2. Atividade coordenada, de carter fsico e/ou intelectual, necessria realizao de qualquer tarefa. 3. O exerccio dessa atividade como ocupao, ofcio, profisso, etc. 4. Trabalho (2) remunerado ou assalariado; servio. 6. Qualquer obra realizada. 7. Maneira de trabalhar a matria, com manejo ou a utilizao dos instrumentos de trabalho. 8. Esforo incomum; luta, faina, lida, lide. 9. Tarefa para ser cumprida; servio. 14. Tarefa, obrigao, responsabilidade. 15. Biol. Fenmeno ou conjunto de fenmenos que ocorrem num organismo e de algum modo lhe alteram a natureza ou a forma. (AURLIO, 2000, p.103)

Para Chiavenato (2000, p.81), trabalho toda atividade humana voltada para a transformao da natureza, no sentido de satisfazer uma necessidade.

De acordo com o que nos foi apresentado logo acima, possumos definies de trabalho com abordagem bem distinta, porm como o foco deste trabalho refere-se Qualidade de Vida no Trabalho, o sentido abordado de trabalho aqui ser direcionado para a viso que considera o trabalho como meio para alcanar algo que deve ser executado.3.1 Qualidade de Vida

No contexto do trabalho esta abordagem pode ser associada tica da condio humana. Esta tica busca desde a identificao, eliminao, neutralizao ou controle de riscos ocupacionais observveis no ambiente fsico, padres de relaes de trabalho, carga fsica e mental requerida para cada atividade, implicaes polticas e ideolgicas, dinmica da liderana empresarial e do poder formal at o significado do trabalho em si, relacionamento e satisfao no trabalho. (FRANA, 1997, p.80).

Atualmente, fala-se no apenas em qualidade no trabalho, mas tambm em qualidade de vida dos colaboradores. Isso significa que os trabalhadores precisam estar satisfeitos e felizes. Para que possam ser produtivos, devem sentir que o trabalho que executam adequado a suas habilidades e que so tratados como pessoas.

No se pode esquecer que parte significativa da vida das pessoas dedicada ao trabalho e que para muitas o trabalho constitui a maior fonte de identificao pessoal. natural, portanto, que almejem identificar-se com seu trabalho.

Com a Revoluo Industrial iniciou-se um processo de deslocao dos trabalhadores que tinham estabelecimentos em suas prprias casas, separou-se o trabalho e a casa e em conseqncia disso os trabalhadores passaram a querer trabalhar em lugares agradveis.

Assim, as empresas foram desafiadas a investir no ambiente, tanto para atrair talentos quanto para melhorar a produtividade do trabalho.

As empresas foram desafiadas a instalar programas de qualidade de vida no trabalho que envolveu tambm as dimenses relacionadas ao estilo gerencial, liberdade e autonomia para tomada de decises e o oferecimento de tarefas significativas.

No podemos deixar de mencionar tambm que todos esses itens relacionados acima devem estar agregados a responsabilidade que o gestor de pessoas tem com a garantia de que seus empregados tenham um ambiente de trabalho atraente e capaz de propiciar a satisfao da maioria das necessidades individuais, permitindo que seus funcionrios tenham motivao para exercer suas funes.

necessrio ainda garantir que o trabalhador possa confiar na organizao na qual ele passa e dedica grande parte de sua vida.

3.2 Motivao no ambiente de trabalho

Entende-se que a motivao o resultado dos estmulos que agem com fora sobre os indivduos, levando-os a ao. Para que haja ao ou reao preciso que um estmulo seja implementado, seja decorrente de coisa externa ou proveniente do prprio organismo. Esta teoria nos d a idia de um ciclo, o Ciclo Motivacional.

A motivao funciona de maneira cclica e repetitiva. O chamado ciclo motivacional composto de fases que se alternam e se repetem. O organismo humano tende a um estado de equilbrio dinmico. Esse equilbrio se rompe quando surge uma necessidade. O equilbrio cede lugar a um estado de tenso (ou estresse) gera ansiedade e sofrimento provocando um consumo mais elevado de energia fsica e mental. A satisfao da necessidade devolve ao organismo o estado de equilbrio dinmico anterior. (CHIAVENATO, 2005, p.217).

Quando o Ciclo Motivacional no se realiza a frustrao do indivduo poder assumir vrias atitudes: comportamento ilgico ou sem normalidade, agressividade por no poder dar vazo insatisfao contida, nervosismo, insnia, distrbios circulatrios e digestivos e, passividade, moral baixo, entre outros.

Quando a necessidade no satisfeita e no sobrevindo as situaes anteriormente citadas, no significa que o indivduo permanecer eternamente frustrado. De alguma maneira a necessidade ser transferida ou compensada. Da percebe-se que a motivao um estado cclico na vida pessoal.

A teoria de Maslow conhecida como uma das mais importantes teorias de motivao.

Para ele, as necessidades dos seres humanos obedecem a uma hierarquia, ou seja, uma escala de valores a serem transpostos. Isto significa que no momento em que o indivduo realiza uma necessidade, surge outra em seu lugar, exigindo sempre que as pessoas busquem meios para satisfaz-la. Poucas ou nenhuma pessoa procurar reconhecimento pessoal e status se suas necessidades bsicas estiverem insatisfeitas.

O comportamento humano, neste contexto, foi objeto de anlise pelo prprio Taylor, quando enunciava os princpios da Administrao Cientfica. A diferena entre Taylor e Maslow, segundo Serrano (2014) que o primeiro somente enxergou as necessidades bsicas como elemento motivacional, enquanto o segundo percebeu que o indivduo no sente, nica e exclusivamente necessidade financeira.

Maslow (1962) apresentou uma teoria da motivao, segundo a qual as necessidades humanas esto organizadas e dispostas em nveis, numa hierarquia de importncia e de influncia, numa pirmide, em cuja base esto as necessidades mais baixas (necessidades fisiolgicas) e no topo, as necessidades mais elevadas (as necessidades de auto realizao). (SERRANO, 2014)

De acordo com Maslow (1962), as necessidades fisiolgicas constituem a sobrevivncia do indivduo e a preservao da espcie: alimentao, sono, repouso, abrigo, etc. As necessidades de segurana constituem a busca de proteo contra a ameaa ou privao, a fuga e o perigo. (SERRANO, 2014)

As necessidades sociais incluem a necessidade de associao, de participao, de aceitao por parte dos companheiros, de troca de amizade, de afeto e amor.

A necessidade de estima envolvem a auto apreciao, a autoconfiana, a necessidade de aprovao social e de respeito, de status, prestgio e considerao, alm de desejo de fora e de adequao, de confiana perante o mundo, independncia e autonomia.

A necessidade de auto realizao so mais elevadas, de cada pessoa realizar o seu prprio potencial e auto desenvolver-se continuadamente.

3.3 Cultura Organizacional

A cultura compreende um conjunto de propriedades do ambiente de trabalho, percebidas pelos empregados, constituindo-se numa das foras importantes que influenciam o comportamento.

Compreende alm das normas formais, tambm o conjunto de regras no escritas, que condicionam as atitudes tomadas pelas pessoas dentro da organizao: por este motivo, o processo de mudana muito difcil, exigindo cuidado e tempo.

Para se obter uma mudana duradoura, no se tenta mudar pessoas, mas as restries organizacionais que operam sobre elas. Abordar temas relacionados cultura organizacional constitui um dos mais delicados empreendimentos no campo da administrao, j que envolve aspectos que as empresas mais valorizam e que muitas vezes constituem a prpria razo de sua existncia. Cabe considerar, no entanto, que as empresas que promovem seu ajustamento cultural em relao s mudanas ambientais apresentam melhores condies para desenvolver-se quando comparadas s mais rgidas em relao aos estmulos externos. (GIL, 2008, p.43).

A cultura da organizao envolve um conjunto de pressupostos psicossociais como normas, valores, recompensas e poder, sendo atributo intrnseco a organizao.

Devemos considerar ainda que as empresas tem normas que so padres ou regras de conduta nos quais os membros da organizao se enquadram.

A norma um padro que as pessoas obedecem sem levar em conta o lado bom ou mau.

As normas podem ser explcitas e as pessoas a elas se adquam conscientemente. Podem ser implcitas, como aquelas regras de conduta s quais as pessoas se conformam, mas no tem conscincia.

Quanto mais conformidade existir entre os dois tipos de normas, mais desenvolvida e eficaz ser uma organizao.

Os valores, defino aqui como sendo o conjunto daquilo que a fora de trabalho julga positivo ou negativo numa organizao constitui o sistema de valores da organizao.

Normas e valores inter relacionam-se, existindo, conseqentemente, uma interdependncia entre eles, os valores podem estar refletidos nas normas, mas pressupem se a norma boa ou ruim, uma vez que h avaliao. Refletem esses valores a sociedade onde se insere a organizao.

Recompensa indispensvel, no desenvolvimento do trabalho, procurar identificar aos gerentes no s premiar os empregados de excepcional rendimento, mas que tambm possa servir de estmulo aos menos dedicados.

O entendimento desses quatro pressupostos cultura da organizao, um ponto bsico para o sucesso organizacional, principalmente para promover intervenes onde se torna fundamental compreender como a organizao funciona no ponto de vista do comportamento humano.

3.4 Clima Organizacional

O Clima Organizacional refere-se ao ambiente interno que existe entre os participantes da empresa. Est intimamente relacionado com o grau de motivao de seus participantes.

O termo organizacional, ou seja, aqueles aspectos internos da empresa que levam provocao de diferentes espcies de motivao nos seus participantes.

Em termos mais prticos, o clima organizacional depende das condies econmicas da empresa, do estilo de liderana utilizada, das polticas e valores existentes, da estrutura organizacional, das caractersticas das pessoas que participam da empresa, da natureza do negcio e do estgio de vida da empresa.

Clima organizacional constitui o meio interno de uma organizao, a atmosfera psicolgica e caracterstica que existe em cada organizao. O clima organizacional o ambiente humano dentro do qual as pessoas de uma organizao executam seu trabalho. O clima pode se referir ao ambiente dentro de um departamento, de uma fbrica ou de uma empresa inteira. O clima no pode ser tocado ou visualizado, mas pode ser percebido psicologicamente. O termo clima organizacional refere-se especificamente s propriedades motivacionais do ambiente interno de uma organizao, ou seja, aos aspectos internos da organizao que levam provocao de diferentes espcies de motivao nos seus participantes. Constitui a qualidade ou a propriedade do ambiente organizacional que percebida ou experimentada pelos participantes da empresa e que influenciam o seu comportamento. Assim, o clima organizacional favorvel quando proporciona satisfao das necessidades pessoais dos participantes, produzindo elevao do moral interno. desfavorvel quando proporciona frustrao daquelas necessidades. (CHIAVENATO, 2005, p.52-53).

fundamental salientar que a cultura organizacional e o clima organizacional no so relativamente combinveis entre si, pois os conceitos de cultura e clima organizacional, como menciono logo abaixo apresentam alguns pontos que devemos considerar como importantes e fundamentais para permanncia da organizao no mundo globalizado. Devemos estabelecer alguns pontos divergentes para definirmos Clima organizacional e Cultura Organizacional, o clima desenha o ambiente interno que varia segundo a motivao dos colaboradores e no pode ser construdo pela organizao de uma hora para outra, pois o resultado das atitudes tomadas no momento da deciso (tomada de deciso), e principalmente da forma que os liderados so administrados pelos seus lderes e essas atitudes atingem diretamente os colaboradores no que se refere ao conceito que ele tem da organizao estimulando a reproduzir determinados comportamentos.

Tambm no podemos deixar de ressaltar que cada indivduo corresponde de uma forma diferenciada dependendo da situao, pois cada ser humano tem sua postura pessoal e profissional que varia conforme seus valores.

Ento alguns colaboradores diante da mesma situao reagiro de forma diferente podendo motivar parte da equipe porque atende aos seus interesses e desejos e desmotivar outra parte, pois no atende as suas necessidades e seus interesses.

importante obter conhecimento referente reaes, satisfaes e insatisfaes dos seus colaboradores, pois nos possibilita adquirir informaes dos pontos fortes e fracos do trabalho na viso dos mesmos.

A cultura organizacional consiste em um conjunto de fatores psicossociais tendo em vista essa conceituao. Podemos afirmar que a Cultura Organizacional tem um papel essencial na execuo e formao das atividades, bem como no negcio da empresa e na realizao e satisfao do prprio colaborador.

Administrar a cultura organizacional permite e possibilita que a empresa estabelea um elo entre organizao/colaboradores. Assim os funcionrios podem rever e criticar o sistema de valores e significados de suas atitudes em determinados momentos e a gesto organizacional torna-se importante para estabelecer o direcionamento da instituio e propagar a cultura organizacional entre todos os seus colaboradores.

E diante desse mundo globalizado onde as exigncias do ambiente externo desafiam as empresas pela busca da qualidade, formando um conjunto de alternativas essncias para sua sobrevivncia, conservao e o desenvolvimento da organizao fundamental que seja percebida pela gesto organizacional e os gestores devem estar sempre atentos para disseminao da cultura organizacional um dos pontos fundamentais para permanncia da empresa no mundo globalizado.

A tomada de decises pode basear-se em formas e modelos que variam desde a intuio do tomador de decises ou apenas da criatividade vai depender do seu perfil diante da resoluo de problemas organizacionais.

O Gestor deve ter uma viso abrangente e principalmente crtica dos processos da empresa e definir o que fazer, quem vai fazer, quando, onde e muitas vezes, como fazer.

Seja ao definir metas ou destinar recursos ou solucionar problemas que aparecem no trajeto, o gestor deve equilibrar o efeito da deciso atual sobre as oportunidades que podem surgir amanh.

Decidir escolher dentre vrias opes de mecanismos para agir e selecionar aquela que parea mais adequada.

A tomada de decises acontece em resposta a algum problema que deva ser solucionado, a alguma urgncia a ser atendida ou a algum objetivo a ser obtido. Essas decises envolvem um processo, ou seja, uma sucesso de passos ou procedimentos que se repetem.

De acordo com o site: www.rhportal.com .br (2014), podemos destacar pelo menos trs condies para a tomada de decises, so elas: Incerteza, Risco e Certeza.

Incerteza na situao de incerteza, o responsvel pela tomada de deciso tem muito pouco ou nenhum conhecimento ou informao para utilizar como base para atribuir possibilidade de realizao a cada estado de natureza ou evento futuro, o que possibilita a tomada de deciso mais assertiva;

Risco o tomador de decises tem dados suficientes para dizer o que vai acontecer nos diferentes estados da natureza. Porm, a quantidade dessa informao e sua interpretao pelos diversos gestores pode atribuir diferentes possibilidades de ao conforme sua crena ou intuio, experincia anterior, opinio, etc;

Certeza o gestor tem absoluto conhecimento das conseqncias ou resultados das diversas alternativas de formas de ao para solucionar o problema e assume a responsabilidade da tomada de deciso com preciso e segurana.

O responsvel pela tomada de deciso deve escolher dentre algumas alternativas a deciso de optar por atitudes corretas para chegar ao objetivo determinado, antes de tudo essa deciso deve ser analisada racionalmente para que seja eficiente e precisa, ou seja, tomar a deciso na hora exata.

Neste sentido acredito que as organizaes devam preparar seus gestores para a tomada de deciso, obedecendo a um processo que garanta a deciso correta para resolver um problema que ocorreu o que pode vir a acontecer.

4. A ENFERMAGEM EM FOCO

O enfermeiro tem enorme responsabilidade em seguir princpios ticos e padres de cuidados integrais profisso. De modo ideal, essa responsabilidade deve ser promovida pela prpria profisso por meio de medidas que so incorporadas na prtica diria. Essas medidas podem incluir implementao de protocolo, reviso de desempenho por preceptor, reviso por sociedades e grupos, educao continuada, pesquisas de satisfao do paciente e a implementao de tcnicas de gerenciamento de risco (NETTINA, 2007).

Os enfermeiros em ambientes de cuidados agudos podem desenvolver programas que identifiquem os riscos para os pacientes e familiares que incorporem o ensinamento e o aconselhamento no planejamento da alta. A avaliao para detectar doenas em seus estgios precoces geralmente enfoca os tipos com incidncia mais elevada ou que melhoraram as taxas de sobrevida quando diagnosticados precocemente (Smeltzer e Bare, 2005).O plano de cuidado contm no apenas as aes iniciadas pelas prescries clnicas de enfermagem, mas tambm a coordenao por escrito do cuidado prestado por todas as disciplinas de cuidado de sade relacionadas. O enfermeiro geralmente a pessoa responsvel pela coordenao dessas diferentes atividades na forma de um plano funcional, que essencial na prestao de um cuidado holstico para o paciente, embora as aes independentes de enfermagem sejam uma parte integral deste processo, as aes colaborativas baseadas no tratamento clnico ou as prescries de outras disciplinas so tambm includas no cuidado do paciente.

responsabilidade do profissional: localizar o componente de enfermagem quando atua em uma equipe colaborativa (DOENGES, MOORHOUSE, GEISSLER, 2003).

De acordo com Smeltzer e Bare (2005), a enfermagem uma cincia e como tal, est limitada evoluo e s essa evoluo lhe confere o estatuto de cincia.

Sendo assim, e por definio, a cincia a busca da verdade ento, a enfermagem caminha na direo do seu ncleo e da sua verdade.Na concepo de Doenges, Moorhouse, Gleissler (2003), da evoluo nasceram os modelos concetuais em enfermagem, tendo, entre outros, surgido a "Escola do cuidar". Este concentrava-se no "como" da disciplina. Cuidar o que constitui a enfermagem, a enfermagem resumi-se na cincia e filosofia do cuidar e a enfermagem a profissionalizao da capacidade humana de cuidar.

A qualidade do cuidar em enfermagem passa essencialmente pelo respeito do outro como um ser livre e com dignidade. Passa por ver o outro como um ser nico e complicado mas uno e no divisvel. Assim, estabelece-se uma relao de ajuda que produz efeito nos cuidados (Smeltzer e Bare, 2005).4.1 Aspectos histricos

De acordo com Waldow (2006), o ser humano, excepcionalmente, em sua trajetria, depara com contradies e dvidas, entre comportamento de cuidado e no-cuidado: as guerras, os progressivos e cada vez mais sofisticados arsenais para uso militar, verdadeira obsesso por parte do ser humano pode ser o responsvel pela dizimao de milhares de pessoas. As descobertas cientficas e o avano industrial e tecnolgico, de um lado, tm beneficiado populaes no mundo inteiro, e, de outro, acarreta tragdias em funo da incontrolvel ganncia e do prazer do ser humano em exercitar seu poder.

Para que se possa compreender um pouco mais sobre o cuidar em enfermagem, relaciona-se a histria das guerras e suas contradies para destacar que ao mesmo tempo em que o cuidado pode ser fortalecido pelo avano da cincia e tecnologia, por outro essa evoluo pode vir acompanhada de muitos desastres. A enfermagem deve-se apresentar para fortalecer o vnculo do cuidado em todos os momentos (WALDOW, 2006).

A enfermagem uma carreira desenvolvida por meio dos sculos em estreita afinidade com a histria da civilizao. Documentos registram que, nas eras mais antigas, a responsabilidade de cuidar das crianas, velhos e doentes nas tribos primitivas estavam a cargo das mes, sob orientao de curandeiros e feiticeiros. Esses cuidados eram realizados nas casas dos respectivos doentes. (MURTA, 2009).

A crena em que as doenas eram castigos dos deuses levava esses povos a buscar ajuda de sacerdotes ou feiticeiros que acumulavam a funo de mdico, farmacutico e enfermeiro, e o tratamento, muito rudimentar, tinha como finalidade aplacar as divindades, por meio de sacrifcios expiatrios, e afastar maus espritos. Mais tarde, os curandeiros foram adquirindo conhecimento prtico de plantas medicinais, iniciando assim uma mudana no tratamento dos males. (MURTA, 2009, p.327)

De acordo com Figueiredo (2004), a histria da enfermagem fundamental e deve despertar no enfermeiro melhor conhecimento sobre a origem da profisso e sobre a trajetria que ela correu para chegar at o estgio em que se encontra maior abrangncia dos deveres que se lhe impem e mais entusiasmo pelo seu ideal.

Segundo Murta (2009), no fim do sculo XIX, o imenso territrio brasileiro tinha um contingente populacional ainda pequeno e disperso, e o processo de urbanizao, embora progressivos, era lento, principalmente nas cidades de So Paulo e Rio de Janeiro. As enfermidades infectam-contagiosas, trazidas pelos europeus e pelos escravos africanos, comeam a se propagar rpida e progressivamente. A questo da sade passa a estabelece um problema econmico-social. Para deter essa escalada, que advertia a expanso comercial brasileira, o governo, sob presso externa, assume a assistncia sade por meio da concepo de servios pblicos, da vigilncia e do domnio mais dinmico sobre os portos. A formao de pessoal em enfermagem para inicialmente atender aos hospitais civis e militares, e posteriormente s atividades de sade pblica, comeou com a criao, pelo governo, da Escola Profissional de Enfermeiros e Enfermeiras, no Rio de Janeiro, junto ao Hospital Nacional de Alienados do Ministrio dos Negcios do Interior. Essa que de fato a primeira escola de Enfermagem brasileira, foi criada pelo Decreto Federal 791, de 27 de setembro de 1890, e hoje se denomina Escola de Enfermagem Alfredo Pinto, pertencendo Universidade do Rio de Janeiro. (MURTA, 2009, p.342) Na viso de Potter, Perry (2004), atualmente, a enfermagem uma cincia que se fundamenta em princpios cientficos. As teorias de Enfermagem, longe de serem simplesmente contedos tericos, revelam em seus conceitos e modelos do imenso trabalho profissional de enfermagem, baseado na cincia do conhecimento e do saber. As teorias de Enfermagem nos recomendam, indicam, assinalam um comando de como ver fatos e eventos para, assim, direcionar o planejamento e deciso das intervenes de Enfermagem.

4.2 Atuao do Enfermeiro no atendimento

Cianciarullo, Gualda, Melleiro, Anabuki (2012), assinala a enfermagem, como um campo caracterstico do saber cuidativo, por sua vez tambm responde ao pressuposto de que a informao a fonte segura de desenvolvimento da rea da sade no pas, quando a partir da prtica e do cotidiano dos fazeres, com suas mltiplas fontes de informaes, desenvolve competentemente novos conhecimentos capazes de serem validados em outros cenrios similares.

Cada rea profissional, aqui entendida como um espao prprio de atuao, onde os profissionais legalmente habilitados desenvolvem suas atividades orientados por pressupostos especficos e com mbitos de ao e interveno claramente definidos e expressos sob a forma de cdigos de tica, tm seu conjunto de saberes, que carrega smbolos, valores, crenas e caractersticas especiais, que a identificam, mesmo quando outros profissionais fazem uso dele. A enfermagem tem procurado identificar como o conhecimento especfico dessa profisso, est organizado ou organiza-se, como se torna disponvel e, como ele testado, no cenrio da cincia. (GUALDA, MELLEIRO, ANABUKI, 2012)

Para Brunner e Suddarth (2011), a enfermeira desempenha uma funo fundamental na reviso das opes de tratamento ao reforar a informao fornecida paciente e ao responder qualquer pergunta.

A enfermeira prepara o cliente de modo abrangente para o que espera antes, no decorrer e depois da cirurgia.

Quando a equipe de enfermagem encontra-se preparada e embasada cientificamente, produz saltos qualitativos no tratamento para e contribui para a recuperao do enfermo. O enfermeiro deve elencar dados sobre a doena e sobre o paciente como o diagnstico, assistindo-o de forma planejada e avaliada. (ROSSI, 2005).

Para Costa (2004), apesar de todas as dificuldades enfrentadas pelo profissional de enfermagem, por meio de sua atuao efetiva em todas as etapas da produo do processo de trabalho, ganha cada vez mais espao, autonomia e poder de deciso na equipe, deixando de ser um complemento ou instrumento do trabalho mdico e passa a se constituir numa parcela do trabalho coletivo em sade, co-responsvel pela produo dos servios, com seus saberes e prticas subordinados s necessidades sociais e de sade da populao.

A essncia da enfermagem o ato de cuidar do ser humano, e propiciar o restabelecimento da sade de forma segura, alm de ser fundamental na efetivao de medidas preventivas direcionadas educao em sade. nesse cenrio que a equipe de enfermagem deve estar disposta para agir em diversas reas, com aptides e destrezas. Dessa forma possvel identificar e antecipar modificaes sutis que possam desenvolver maiores complicaes decorrente aos ferimentos teciduais e sistmicos. (REVISTA BRASILEIRA, 2013)

A equipe de enfermagem deve oferecer auxlio em momentos em que a situao for mais crtica, auxiliando no equilbrio fsico e psicolgico do cliente, alm de intervir com sensibilidade e presteza nas necessidades psicolgicas tambm da famlia, pois as leses de queimaduras provocam respostas emocionais variveis (ROSSI, 2005). A enfermagem tem o papel e o dever de apontar as prioridades de atuaes ao cliente, esquematizando um amparo apropriado de acordo com as necessidades comprometidas, precisa avaliar e acompanhar os exames com frequncia. Alm disso, nutrir um dilogo eficaz com o cliente, seus familiares e com a equipe de sade envolvida no seu tratamento.Ao prestar assistncia aos pacientes com leses que possam deixar marcar/cicatrize, o enfermeiro deve estar preparado para lhe dar com o sofrimento e angustia do paciente e transmitir segurana, no apenas ao enfermo, como tambm aos seus familiares, exigindo delicadeza por parte de toda a equipe (SANNA, 2007). O projeto eficaz para assistncia de enfermagem, deve considerar um processo para identificar inferncias e determinar intervenes necessrias para cada tipo de paciente, procurando sempre alcanar efeitos desejados e institudos pela enfermagem, ajustado com o tratamento teraputico. Para que seja estabelecido o plano de cuidados de enfermagem, necessita-se definir prioridades peridicas, desempenhando transformaes imprescindveis segundo as alteraes no quadro do doente, sempre realizando o registro dirio de todas as aes e intercorrncias com o paciente, alm de buscar manter dilogo dinmico com a equipe.

Situar as intervenes tanto gerais como especificas direcionar o cuidado de enfermagem, visando sempre o bem-estar e melhora do paciente que passou por uma cirurgia esttica, seja ela qual for.

A equipe de enfermagem deve entender a percepo que o paciente tem das alteraes que ocorreram no seu corpo e agir de forma consciente para explicar os procedimentos que o levar a uma boa cicatrizao. Cabe ao enfermeiro encorajar o doente e a famlia a expressar seus sentimentos, estabelecendo uma relao de confiana, o que permitir uma comunicao mais franca, evidenciando sempre estar disposto a escut-lo. fundamental preparar o paciente para o que ele poder ver, quando for se realizado algum cuidado ou mtodo nele, se possvel descrever de uma forma tranquila, sem usar terminologias tcnicas, a fim de reduzir o trauma (ROSSI, 2005).

De acordo com Sanna (2007), no procedimento de reabilitao do paciente, a equipe de enfermagem tem que auxiliar o paciente e seus familiares a encarar as transformaes corporais e os provveis problemas e obstculos em atividades dirias que fazia antes da cirurgia e que no perodo de recuperao dever aguardar o perodo para que se restabelea, e dessa forma possa exercer suas atividades normalmente.

Deste modo, o profissional de enfermagem deve iniciar durante o perodo de internao a ajudar o paciente a lidar com algumas situaes que ele poder vivenciar fora do ambiente hospitalar.

A relao do profissional da enfermagem com o paciente fundamental para auxiliar em sua recuperao, pois uma vez que o paciente sente-se seguro entrega-se com afinco ao tratamento (NETTINA, 2007).

Clientes que esto se recuperando de uma doena ou incapacidade aguda ou crnica muitas vezes requerem servios adicionais para retornar ao seu nvel de funo anterior ou atingir um novo nvel de funo limitado por sua doena ou incapacidade. A meta dos cuidados de restabelecimento ajudar os indivduos a recuperar o seu mximo estado funcional e melhorar a qualidade de vida pela promoo da independncia e autocuidado (POTTER, p.23, 2009).

Mais do que em qualquer outro perodo da sua vida o cliente espera encontrar, na instituio que a atende, um ambiente acolher e solidrio. Muito mais do que isso, ele necessita de algum que, alm de fazer um diagnstico correto e um tratamento adequado, possa v-lo e ouvi-lo (POTTER, 2009).

De acordo com Fernandes, Narchi (2007), pouco tem sido produzido a respeito das estratgias de cuidado seguido pela enfermagem para o trabalho de reabilitao dos pacientes, destacando-se as atividades grupais como a principal estratgia identificada. Essas atividades constituem-se na maior parte em: exerccios de reabilitao, troca de experincias e exerccios de relaxamento. O que pode no ser o suficiente para auxiliar na recuperao dos pacientes.

4.3 Enfermeiro, gerenciamento e atendimentoO cuidado de enfermagem um fator-chave na obteno de resultados positivos para o paciente e na manuteno, recuperao e preveno de certos aspectos do cuidado de sade. At o momento, a profisso de enfermagem identificou um processo de resoluo de problema que combina os elementos mais desejveis da arte de enfermagem com os elementos mais relevantes da teoria dos sistemas, utilizando mtodo cientfico (DOENGES, MOORHOUSE, GEISSLER, p.6, 2008). A enfermagem resguarda, promove e aprimora a sade, previne danos e doenas, suaviza o sofrimento humano e seu diagnstico e tratamento e luta pelo cuidado dos clientes (POTTER, 2009). Esta conceituao elucida a informao consistente que baseia o trabalho das enfermeiras, na promoo do bem-estar de seus clientes. Atualmente a enfermagem mantm-se comprometida com o cuidado tanto de pessoas saudveis como doentes, individualmente, em grupo ou em comunidades.

Na sistematizao da assistncia de enfermagem, pode-se verificar o valor da comunicao entre enfermeiro e paciente como sustentao do desenvolvimento do processo de enfermagem em todas as suas fases, independentemente das especialidades da rea da sade, permitindo a personalizao da assistncia e, ao mesmo, o oferecimento do cuidado necessrio, competente e humanitrio, quele que merece nossa ateno como ser humano e pessoa que . (STEFANELLI, CARVALHO, 2012)

De acordo com Smeltzer e Bare (2005), todo contato que a enfermeira tem com o paciente deve ser uma oportunidade para aperfeioar o atendimento, a enfermeira tem a responsabilidade de apresentar a informao que ir motivar a pessoa quanto necessidade de aprender. Dessa forma, a enfermeira precisa aproveitar as oportunidades tanto dentro como fora dos locais de cuidado de sade para aprimorar o conhecimento e oferecer melhor atendimento ao usurio.

Cianciarullo, Gualda, Melleiro, Anabuki (2012), assinala a enfermagem, como um campo caracterstico do saber cuidativo, por sua vez tambm responde ao pressuposto de que a informao a fonte segura de desenvolvimento da rea da sade no pas, quando a partir da prtica e do cotidiano dos fazeres, com suas mltiplas fontes de informaes, desenvolve competentemente novos conhecimentos capazes de serem validados em outros cenrios similares.

Cada rea profissional, aqui entendida como um espao prprio de atuao, onde os profissionais legalmente habilitados desenvolvem suas atividades orientados por pressupostos especficos e com mbitos de ao e interveno claramente definidos e expressos sob a forma de cdigos de tica, tm seu conjunto de saberes, que carrega smbolos, valores, crenas e caractersticas especiais, que a identificam, mesmo quando outros profissionais fazem uso dele. A enfermagem tem procurado identificar como o conhecimento especfico dessa profisso, est organizado ou organiza-se, como se torna disponvel e, como ele testado, no cenrio da cincia. (CIANCIARULLO, GUALDA, MELLEIRO, ANABUKI, p.24, 2012) Para Brunner e Suddarth (2011), a enfermeira desempenha um papel fundamental na reviso das opes de tratamento ao reforar a informao fornecida paciente e ao responder qualquer pergunta. A enfermeira prepara a paciente de modo abrangente para o que espera antes, no decorrer e depois da cirurgia.5. CONCLUSO

No cenrio idealizado pelo pleno emprego, mesmo de timas condies financeiras, conforto e segurana, alguns trabalhadores ainda estaro tomados pelo sofrimento emocional. Outros, necessitados, cavando o alimento dirio com esforo excessivo, ainda assim declaram-se felizes e esperanosos.

Viver com qualidade acima de tudo aprender a desfrutar do que se tem valorizar conquistas, empenhar-se no autoconhecimento, desenvolver posturas facilitadoras, cuidar da sade fsica e emocional, ter lazer, desenvolver-se emocionalmente.

Viver com qualidade no trabalho deriva-se do reconhecimento dos direitos e responsabilidades, da contribuio social do que se produz, resulta do orgulho pelo que se faz.

Valorizar o viver, ter conscincia da rapidez com que a vida passa so atitudes que estimulam buscar a cada dia mecanismos para melhorar a convivncia no trabalho, estabelecimento de novas relaes de poder, centradas no apenas na hierarquia, mas principalmente no poder pessoal de criar idias, de influenciar aes, de contribuir para melhoria social, de somar, de compartilhar crenas, de cooperar no esforo de ampliar a Qualidade de Vida.

A definio abrangente de sade, definido na nova Constituio, deve orientar a transformao dos servios, passando de um modelo assistencial centralizado na doena e fundamentado no atendimento a quem procura para um modelo de ateno integral sade, onde exista a insero progressiva de aes de promoo e de proteo, ao lado daquelas propriamente ditas de recuperao.

Para melhor identificar quais os grupos de aes de promoo, de proteo e de recuperao da sade, a serem desenvolvidas prioritariamente necessrio conhecer as principais caractersticas do perfil epidemiolgico da populao, no s em termos de doenas mais freqentes, como tambm em termos das condies scio-econmicas da comunidade, dos seus hbitos e estilos de vida, e de suas necessidades de sade sentidas ou no sentidas, includa, por extenso, a infraestrutura de servios disponveis.

Partindo do pressuposto deste estudo, percebemos que a atuao do enfermeiro est alm do atendimento propriamente dito, preciso saber gerenciar outras funes. O gerenciamento das funes que fazem parte do perfil deste novo profissional deve estar atrelado a uma formao que considere a excelncia no atendimento deste paciente, considerando sua famlia, documentao necessria para que o atendimento seja registrado de forma eficaz, facilitando assim, o prosseguimento do atendimento da emergncia do pronto-socorro para, se necessrio, um acompanhamento hospitalar mais adequado.

Os profissionais de enfermagem que trabalham em hospitais esto expostos a espcies de tarefas difceis que, incorporadas s suas condies de vida, potencializam as probabilidades de adoecimento. A maneira como o trabalho se estabelece e o ambiente que toma na vida diria, vm removendo a possibilidade dos colaboradores viverem as diversas dimenses da vida que no seja apenas o trabalho. Sob o aspecto da vida cotidiana, ficou confirmada que a sobrecarga de trabalho intervm nas relaes familiares e na vida privada dos colaboradores da enfermagem em virtude da reduo do tempo livre. A necessidade de concepo de novos artifcios pe a Enfermagem como uma cincia em construo. Ao reunir informao cientfica aos mtodos tcnicos, a enfermeira utiliza-se das diversas tecnologias para promoo, manuteno e recuperao da sade, e deve exercer com criatividade a arte do cuidar e por isso, dever instigar nos profissionais o desejo, a motivao e a intencionalidade de inventar tecnologias voltadas a facilitar e tornar mais gil o seu trabalho.

a eficincia dos cuidados na enfermagem demanda informao e qualificao constante das prticas e, assim, espera-se que o teor desta pesquisa colabore para motivar conhecimentos que administrem uma prtica competente e garantida o bom atendimento.

Para atender s suas reais necessidades indispensvel ressaltar o modo como ele recebido, socorrido, atendido e como se constitui a relao com a equipe de enfermagem, pois so fatores que influenciam expressivamente na ampliao do procedimento a que se passar na cirurgia at sua reabilitao.Conclui-se que o conhecimento adquirido a partir da realizao desta pesquisa possa servir como elementos para a tomada de decises, no sentido de fortalecer o compromisso de melhorar o cuidado em sade e possibilitar a definio de aes que estimulem a interao entre as polticas, a pesquisa e a prtica.

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