comunicação interna no contexto da comunicação organizacional
A IMPORTÂNCIA DA LIDERANÇA NO PROCESSO DA COMUNICAÇÃO INTERNA · confiança entre as pessoas. A...
Transcript of A IMPORTÂNCIA DA LIDERANÇA NO PROCESSO DA COMUNICAÇÃO INTERNA · confiança entre as pessoas. A...
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
A IMPORTÂNCIA DA LIDERANÇA NO PROCESSO DA
COMUNICAÇÃO INTERNA
Por: Paula Teixeira Varella Motta
Orientador:
Professor Carlos Alberto Cereja De Barros
Rio de Janeiro Junho/2010
2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
A IMPORTÂNCIA DA LIDERANÇA NO PROCESSO DA
COMUNICAÇÃO INTERNA
Monografia apresentada ao programa de Pós-Graduação “Lato Sensu” em Marketing, do Instituto A Vez do Mestre, como requisito parcial, para obtenção de grau. Por: Paula Teixeira Varella Motta
3
AGRADECIMENTOS
Eu gostaria de agradecer a cada uma das pessoas que estiveram comigo, que
são meu suporte e a minha energia para acordar todas as manhãs. Elas que
fazem com que cada dia da minha vida seja uma nova conquista e
aprendizado. Mas em especial gostaria de agradecer:
A Deus, que foi meu porto seguro a cada dúvida, a cada angústia, a cada
necessidade de incentivo.
A minha mãe, que sempre me ensinou o que era amor incondicional, me
ajudou e fez de tudo para eu ser quem eu sou. Meu Pai, que me ajudou a
conquistar esse sonho, através de seu carinho e de seus conselhos. Meu
padastro, por sempre acreditar no meu potencial e fomentar minha
necessidade de conhecimento.
Ao meu noivo Junior, que agüentou meus momentos de estresse e me refugiou
sempre nos braços mais colorosos.
Carinho especial à família que a universidade me trouxe, Joyce e Marianna.
Minhas amigas quase irmãs que fazem com que minha vida seja especial.
4
RESUMO
A presente monografia busca verificar elementos que possam
caracterizar a influência dos gestores no processo de comunicação interna. Os
lideres ou gestores, em qualquer nível, representam canais de comunicação
extremamente valiosos. A comunicação interna não será vista apenas como
um mero processo de transmissão de informações mas sim, como uma
ferramenta estratégica para apoiar as mudanças que se fazem necessárias em
uma organização. Através de embasamento teórico e reflexões sobre o
momento atual nas empresas, realiza-se o estudo, nesta monografia acerca
dos problemas enfrentados pelos líderes. Foram expostas funções e
responsabilidades inerentes ao cargo visando melhor desempenho da
organização sob o comando do líder. O trabalho buscou reunir teorias,
conceitos e estilos de gerência e agrupá-los, com a finalidade de esclarecer e
contribuir levando em consideração questões sobre líderes, liderança e suas
influências.
5
METODOLOGIA
A metodologia utilizada neste trabalho consiste em uma pesquisa
bibliográfica, revistas especializadas e pesquisa na Internet para busca de
informações referentes ao tema abordado.
6
SUMÁRIO INTRODUÇÃO 7
CAPÍTULO I
COMUNICAÇÃO INTERNA 9
CAPÍTULO II
ASPECTOS DA LIDERANÇA 16
CAPÍTULO III
O LÍDER 27
CAPÍTULO IV
VALORES QUE PRODUZEM RESULTADOS 33
CONCLUSÃO 40
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 43
REFERÊNCIAS ELETRÔNICAS 47
ANEXO 48
ÍNDICE 50
7
INTRODUÇÃO
O mundo está em constante mutação e as organizações, por se
relacionarem com ele, também estão sempre evoluindo. É necessário se
adequar ao mercado, seja pelo surgimento de novas necessidades ou pelo
aumento da concorrência que levam as instituições a lançar novas estratégias
para se manterem vivas.
A mudança organizacional não se limita à alteração em suas estruturas
e tecnologias, é necessário que haja a mudança cultural de seus funcionários.
A comunicação interna é fundamental para o resultado dos negócios, pois tem
o papel de envolver os funcionários, potencializar sua produtividade e garantir
que as metas organizacionais sejam conquistadas.
A comunicação interna – formal ou informal – é um processo estratégico,
no qual a informação que será passada adiante é decisiva para que se consiga
atingir as metas da organização. Quando desenvolvida de maneira estratégica,
permite que o público interno sinta-se parte do sucesso da organização e,
principalmente, envolvidos e comprometidos com os objetivos e metas da
empresa.
Com o aprofundamento do estudo sobre a comunicação interna, surge o
enfoque principal: liderança. Em virtude disso, qual o papel da liderança dentro
de uma organização ? Através do estudo, com uma compreensão mais ampla
dos líderes formais e informais, será possível entender a verdadeira
importância desses indivíduos no processo da comunicação interna. Em
virtude disso, Como ele poderá reforçar, através da comunicação, os objetivos
da organização.
Assim, considerando, este trabalho justifica-se pela necessidade de
verificar elementos que possam caracterizar a influência dos gestores no
processo de comunicação interna. Os lideres ou gestores, em qualquer nível,
representam canais de comunicação extremamente valiosos. Uma postura
negativa pode criar barreiras ao processo de comunicação das empresas e
prejudicar o seu desenvolvimento, assim como uma postura positiva influencia
no bom relacionamento com os liderados e consequentemente, na realização
das metas da organização.
8O objetivo através desta pesquisa é desenvolver e discutir criticamente
através da literatura sobre liderança e comunicação interna procurando
identificar a relação mútua entre os assuntos.
A comunicação interna não será vista apenas como um mero processo
de transmissão de informações mas sim, como uma ferramenta estratégica
para apoiar as mudanças que se fazem necessárias em uma organização.
A Hipótese levantada nesse estudo é o tipo de influência na
comunicação formal e informal que esses indivíduos podem exercer junto aos
liderados e demais colaboradores.
Nesse sentido, os capítulos foram divididos em 5 partes. No capítulo 1,
observa-se após a Revolução Industrial um cenário global de mudanças
corporativas e comportamentais, e a comunicação persiste em um meio
apropriado para contornar esse ambiente em transformação. O capítulo 2
pretende abordar o tema liderança sob o ponto de vista de diversos autores e
tem como objetivo analisar os enfoques existentes quanto a este conceito. No
capítulo 3 será discutido como o Líder deve trabalhar com sua equipe, saber
escolhê-la, proporcionar significado ao seu trabalho, saber preparar sua equipe
para novos desafios, liderá-la, motivá-la, avaliá-la e recompensá-la
adequadamente. O enfoque do capítulo 4 é a discussão sobre a importância da
motivação, confiança e trabalho em equipe para o desenvolvimento de um
trabalho. Por fim, no último capítulo, observa-se após o estudo e exploração de
diversas referências bibliográficas e a análise de elementos teóricos e práticos
a importância da liderança no processo da comunicação interna.
9
CAPITULO I
COMUNICAÇÃO INTERNA
1.1 O que é Comunicação Interna
A partir da Revolução Industrial, verificam-se sucessivas evoluções no
contexto das organizações. Com o progresso da sociedade alteram-se as suas
estruturas, antes verticalizadas e que predominavam no ambiente
organizacional. Atualmente, a maior flexibilidade nos modelos administrativos
permite o relacionamento entre as pessoas, visando proporcionar um ambiente
harmônico e, caracterizando-se assim como uma estrutura horizontalizada.
Num cenário global de mudanças corporativas e comportamentais, a
comunicação persiste em um meio apropriado para contornar esse ambiente
em transformação. Para isto, não se pode deixar de considerar os fatores que
envolvam a cultura e o clima organizacional, envoltos por questões de
confiança entre as pessoas.
A comunicação interna pode ser considerada uma vertente poderosa
nas organizações, uma vez que ela acontece em todos os níveis, setores e
cantos da empresa, independente de planejamentos, decisões, controles e
supervisões. Ela, é por si, uma arma eficiente, capaz de modificar estratégias e
direcionamentos. A comunicação precisa ser valorizada e acima disso,
compreendida, para que possa cumprir o seu papel dentro das organizações.
Essa compreensão deve se dar em todos os patamares hierárquicos da
empresa seja na cúpula diretiva até os funcionários de base, ou que exercem
funções mais simples.
A comunicação não pode ser compreendida apenas como transmissora
de informações, é um diálogo, uma troca de idéias. No que diz respeito a uma
comunicação mais dirigida, vários estudiosos encontram formas distintas de
conceituar, ou simplesmente explicar, o que é a Comunicação Interna, seu
papel dentro da organização e que tipo de resultados ela pode alcançar.
Para Curvello (1993, p.156):
“A Comunicação Interna é voltada para o público
interno das organizações, sejam gerentes, diretorias e
demais funcionários, com o objetivo não só de informar,
mas, principalmente, de integrar os diversos segmentos
10que compõem este público aos objetivos da empresa e
da alta administração”.
Segundo Brum (1998, p.32), “a comunicação precisa estimular
positivamente os sentidos dos funcionários e permitir que a empresa
estabeleça com eles relacionamentos saudáveis e duradouros”.
Um dos principais objetivos da Comunicação Interna é promover a
integração entre o colaborador e a empresa. “quando esse tipo de relação se
estabelece de forma profunda, não existe a vontade das pessoas se afastarem
da empresa” (BRUM, 1998, p.38). Na medida em que se utiliza um conjunto de
esforços bem trabalhados e direcionados, é possível determinar uma relação
intensa entre a organização e seu público interno.
Na visão de Kunsch (2003, p.32):
“Uma comunicação interna participativa, envolverá
o empregado nos assuntos da organização e nos fatos
que estão ocorrendo no país e no mundo. Não pode ser
isolada dentro da empresa, deve fazer parte de um
conjunto planejado de ações para comunicação integrada
e das demais atividades propostas para a organização,
dependendo seu sucesso de um planejamento adequado
e consistente”.
No estudo de comunicação interna, Torquato (2004, p.98) propõe ainda
uma diferenciação de conceitos, a partir de três fatores, cujas variáveis afetam
a natureza do processo comunicativo dentro da organização:
a) Tecnologia: agrupa o sistema tecnológico de organização, os
equipamentos e os procedimentos que lhes são concernentes. Esta variável
influi sobre as comunicações administrativas, definindo seu território e seus
padrões;
b) Instituição: compreende-se como a identidade normativa – como as
normas, processos, sistemas de trabalho, políticas, princípios e valores
organizacionais. A variável instituição está presente nas comunicações
gerenciais e na comunicação social, com foco no ideário organizacional;
c) Sentimento: esta variável está relacionada aos padrões, ás atitudes e
aos comportamentos das comunidades internas.
É fundamental o equilíbrio entre as redes formal e informal para o
processo comunicativo nas organizações. Na figura 1, Torquato (2004, p.99)
11faz um esboço da comunicação interna, apresentado as variáveis da
influência, o perfil e características da comunicação através dessas redes.
Assim, entende-se por comunicação interna o esforço de comunicação
desenvolvido por uma organização, empresas, órgãos ou entidades para
estabelecer canais, como jornais, boletins, relatórios, cartas, manuais, entre
outros, que possibilitem o relacionamento transparente e ágil da alta
administração com os demais indivíduos que fazem parte do público interno,
além de envolver a comunicação entre os próprios atores sociais que integram
esse público.
Segundo Torquato (2004, p.6) "a escolha do canal apropriado está
associada ao porte da organização, à dimensão espacial de suas unidades,
aos tipos de público e à periodicidade das mensagens”. Na Figura nº 2, o autor
apresenta variados tipos de canais de comunicação interna e os problemas
mais comuns que derivam de sua utilização.
O sucesso de uma empresa começa em sua instância interna, através
das habilidades de comunicação. Não somente o apoio, mas o envolvimento
afetivo é capaz de construir as operações básicas de uma organização. Apesar
da alta tecnologia, o mundo continua a exigir atenção dos administradores em
relação às pessoas, suas habilidades e competências.
1.2 Comunicação Interna: Uma Ferramenta Estratégica
A comunicação interna é uma área estratégica dentro da empresa,
principalmente se estiver incorporada a um conjunto de normas e definições
políticas, estratégicas e objetivos da organização. Dentro das companhias, não
temos apenas um público próximo, influenciado e influenciador, temos além de
tudo, interlocutores sociais e de conflitos. Para um processo de comunicação
interna de sucesso é necessário compartilhar os interesses dos empregados
com os da organização.
Para que uma comunicação seja eficaz é necessário monitorar o
excesso das informações que são transmitidas na organização. A sobrecarga
de dados, documentos, é muito grande no âmbito organizacional e assimilar
todas as mensagens é um desafio constante para o receptor. Comunicações
incompletas também prejudicam que a comunicação estratégica prevaleça. Ou
seja, informações fragmentadas duvidosas ou não transmitidas podem
comprometer o fluxo da informação.
12A comunicação é responsável por estimular mudanças que contribuam
para o crescimento profissional, e favoreçam os objetivos da empresa. É
fundamental para a organização, o criação de um sólido programa de
comunicação, capaz de atingir todos os públicos internos. As empresas são
veículos de comunicação, os gestores cada vez mais têm tratado a
comunicação empresarial como uma ferramenta estratégica, tanto que sua
gestão pode transforma-se em uma vantagem competitiva nas organizações.
A comunicação interna será sempre necessária dentro da estratégia de
uma organização. É fundamental que seus participantes estejam a par das
informações e que sejam apresentadas respostas antecipadas para as suas
necessidades e expectativas da organização, auxiliando na resolução de algum
conflito e na busca de respostas preventivas.
A comunicação empresarial interna exerce papel estratégico na
construção de um universo simbólico, papel este já relatado anteriormente, e
que, aliado a uma política concreta de recursos humanos, tem a verdadeira
intenção de aproximar e integrar os públicos aos valores e objetivos da
empresa. Por outro lado, pode-se afirmar que a Cultura Organizacional tem
ganhado peso nos estudos das organizações, como orientadora das ações
internas.
Para Kunsch (2004, p.9) “a comunicação só pode ser estratégica na
medida em que reflete a cerca das possíveis barreiras e os fenômenos da rede
informal”. Segundo a autora, a comunicação tem que ser direcionada para o
lado construtivo, assim, as organizações buscam resolver os problemas,
facilitando o convívio e gestão de pessoas com intuito de uma administração
participativa.
Para Chiavenato (2004, p.39):
“A comunicação é uma atividade administrativa
que tem como foco dois objetivos: proporcionar
informação e compreensão e proporcionar as atitudes
necessárias de modo que promovam motivação,
cooperação e satisfação nos cargos.”
É importante a construção de um processo de comunicação interna de
mão dupla, a fim de envolver os públicos e estabelecer ações estrategicamente
planejadas e bem aplicadas, seguindo a cultura organizacional. O propósito
fundamental da comunicação numa organização é incentivar e permitir que os
13funcionários cumpram a estratégia da empresa. As organizações precisam
de capacitação para rapidamente identificar, enviar, receber e compreender
informações estratégicas críveis, sensatas e relevantes. Mas executar com
êxito uma estratégia ou realizar mudança operacional ou cultural, ou, ainda,
alcançar objetivos ambiciosos ou revolucionários requer algo mais: que as
pessoas adquiram total conscientização, compreensão e aceitação da intenção
estratégica como alicerces para o compromisso delas.
1.3 Comunicação Formal e Informal
Qualquer organização possui duas maneiras de se comunicar:, a formal e a
informal, ambas ocorrem de maneiras diferentes. A comunicação formal segue
uma hierarquia dentro da empresa, respeitando sua administração, valores e
objetivos. O importante na comunicação formal é o cuidado e a preocupação
com os interlocutores na transmissão dos dados ou das informações em
questão para que se obtenha o sucesso no processo desejado. Já a
comunicação informal não possui regra alguma, passando até mesmo por cima
dos níveis da autoridade. É por meio desta comunicação que o funcionário
transmite sua satisfação ou insatisfação em relação à instituição.
A comunicação informal vem se tornando um item indispensável nas
organizações, principalmente quando não há tempo de redigir um e-mail, uma
carta, enviar um fax, assinar documentos , um contato pessoal ou através dop
telefone substitui o documento formal. Por meio da comunicação informal
também podemos ter uma visão mais “verdadeira” do clima organizacional e da
reação das pessoas aos processos de mudança.
Segundo Kunsch (2003, p. 37):
“O sistema formal de comunicação de toda a
organização – o conjunto de canais e meios de
comunicação estabelecidos de forma consciente e
deliberada – é suplementado, no decorrer de pouco
tempo, por uma rede informal de comunicações,
igualmente importante, que se baseia nas relações
sociais intra-organizativas”.
De acordo com o tipo de comunicação usada, a formal nunca está sempre
presente. Em muitas ocasiões são criadas novas maneiras, novas regras e
14novos tipos de linguagem, ou seja, novas rotinas que de uma forma acabam
sendo incorporadas dentro da administração. Dessa forma, facilita a resolução
de problemas e gerando uma maior familiaridade entre os funcionários e a
própria organização. Pode ser feita através das conversas dos corredores, nos
vestiários, no transporte coletivo, nos encontros esportivos promovidos pela
própria organização e, muitas vezes, na fofoca e no boato. Ela é multidirecional
e, muitas vezes, sobrepõe-se aos níveis de autoridade.
A comunicação pode fluir de forma vertical descendente / ascendente e
horizontal. O fluxo vertical descendente se dá dos níveis mais altos para os
mais baixos, caracteriza-se, sobretudo, como um espelho da rede formal da
organização, uma vez que orienta a comunicação de alta e media
administração aos empregados como um todo. O fluxo ascendente se dá dos
níveis mais baixos aos mais altos, caracteriza-se por trazer as inquietudes,
sugestões, críticas, necessidades e apelos dos empregados para os altos
escalões da organização. O fluxo horizontal ou lateral, ocorre entre pessoas
situadas em posições hierárquicas semelhantes, constituindo importante
maneira de sistematização e uniformização de idéias e informações
caracteriza-se pela sua maior informalidade.
Os fluxos de informação no processo comunicativo são algo determinante
que interferem diretamente no perfil e eficácia da comunicação organizacional,
e não se restringem apenas a um sentido ou direção. Para Torquato (2004, p.6)
“são eles que constituem os caminhos, os desvios e os degraus que atravessa
a comunicação”. Além dos tipos mais comuns de fluxo, Torquato (2004, p.7),
cita ainda o fluxo diagonal, conforme figura nº 3.
O fluxo diagonal acontece em geral com a troca de mensagens entre um
superior e um subordinado em outra área. Sua presença é mais comum em
organizações flexíveis, cuja gestão é mais participativa e integrada, com menos
burocracia e forte peso nos programas interdepartamentais.
A formalidade e informalidade não têm contornos fixos, inflexíveis, nítidos,
nem tampouco ocupam lugar exclusivamente junto ao capital ou ao trabalho,
mas movimentam-se na órbita desses dois ‘mundos’. Podemos, também,
evidenciar que a idéia de que a comunicação informal serve apenas para
“quebrar” a comunicação formal é, na verdade, falaciosa.
15
CAPÍTULO II
ASPECTOS DA LIDERANÇA
2.1 Definições de Liderança
Este capítulo pretende abordar o tema liderança sob o ponto de vista de
diversos autores e tem como objetivo analisar os enfoques existentes quanto a
este conceito.
São inúmeras as definições sobre o conceito liderança e as diferenças
entre interpretações não significam discórdias entre os autores, mas são,
enfoques complementares uns aos outros.
O termo liderança se modifica à medida em que o ambiente corporativo
também se transforma e dá origem a novas tipologias e estilos de liderança.
A busca por uma definição única de liderança não tem fim. Apesar dos
numerosos estudos realizados sobre a liderança, não é possível formar um
verdadeiro consenso sobre essa questão. A complexidade do fenômeno
estudado, as contradições inerentes ao tema dificultam o trabalho dos
pesquisadores.
O século XX foi responsável pelo desenvolvimento das principais
abordagens administrativas. Pode-se perceber que cada autor contribuiu com
novos conceitos e idéias, e que, ao longo do tempo, foram se sedimentando e
alicerçando em um corpo integrado de teorias.
A Teoria Clássica foi responsável por desenvolver uma nova filosofia
empresarial. O líder era responsável por estabelecer e cumprir critérios de
desempenho para atingir os objetivos da organização. O foco era as
necessidades da organização, não dos liderados.
A Teoria das Relações Humanas surgiu nos Estados Unidos cujo
objetivo era facilitar o alcance dos objetivos do líder, mediante a cooperação
entre os liderados e, ao mesmo tempo, proporcionar oportunidades para o seu
crescimento e aperfeiçoamento pessoal. O enfoque principal, ao contrário da
Escola da Administração Científica, localizava-se nas necessidades individuais
e não naquelas da organização.
A Teoria das Relações Humanas ajudou na compreensão do
comportamento humano dentro da organização, a valorização do pessoal, a
relação das equipes, uma dinâmica de grupo aceitável, a exposição das idéias
e o tratamento dado às pessoas, uma administração mais participativa. Surgem
16assim, os líderes a fim de melhorar o tratamento dado aos funcionários, com
motivação, trabalho em equipe, fazendo da organização um ambiente de
trabalho favorável. A teoria trouxe novas perspectivas para o estudo das
relações grupais no ambiente organizacional, mas restringiu-se ao estudo do
comportamento, tendo como uma de suas bases o condicionamento do ser
humano.
O Desenvolvimento Organizacional (DO) apresenta novos conceitos de
organização, de cultura organizacional, de clima organizacional e de mudança
organizacional dentro de pressupostos da Teoria Comportamental.
Segundo Chiavenato (2000, p. 440) "o movimento de DO surgiu a partir
de 1962 como um conjunto de idéias a respeito do homem e da organização,
no sentido de facilitar o crescimento e desenvolvimento das organizações.”
Seu foco está em mudar as pessoas e a natureza e qualidade de suas
relações de trabalho. Está no sentido de melhorar os processos de resolução
de problemas e de renovação organizacional. Sua ênfase está na mudança da
cultura da organização. O Desenvolvimento Organizacional (DO) é um
desdobramento prático e operacional da Teoria Comportamental em direção à
abordagem sistêmica.
A teoria dos Traços enfoca as qualidades pessoais, físicas, mentais e
culturais
dos líderes. Tenta mostrar que algumas características positivas relacionadas a
liderança eficaz possam nascer com o líder e sirvam como aspectos a serem
observados e seguidos pelos comandados.
A Teoria X de Douglas MacGregor, estabelece um estilo administrativo
de fiscalização e controle rígido, no qual o líder não permite a autonomia de
seus liderados. Na teoria Y, do mesmo autor, é importante a autonomia dos
indivíduos para buscar autodesenvolvimento.
O líder proposto pela Teoria Estruturalista, que surgiu como
conseqüência do estruturalismo nas ciências sociais, deve ter personalidade
flexível, alta resistência à frustração, capacidade de adiar as recompensas e
um permanente desejo de realização.
O líder na Teoria Contingencial procura identificar qual dos fatores
situacionais é mais importante e prever o estilo de liderança que será mais
eficaz em determinada circunstância. A Teoria Contingencial mostra a fundo a
relação com o ambiente e outras variáveis para estruturas específicas da
organização. Estabelece que situações diferentes exigem práticas diferentes
17para resolver problemas da organização.
Segundo Chiavenato (2000, p. 582):
“É com a Teoria da Contingência que há o deslocamento
da visualização de dentro para fora da organização: a
ênfase é colocada no ambiente e nas demandas
ambientais sobre a dinâmica organizacional”.
Na evolução do conceito de liderança, há uma modificação gradativa de
um estilo de liderança autoritário, para uma orientação democrática, que busca
motivar o empregado a se considerar parte contribuinte da organização,
baseando-se nos valores humanos e sociais.
Liderança refere-se à “ influência interpessoal exercida numa dada
situação e dirigida através do processo de comunicação humana para a
consecução de um ou mais objetivos específicos” (CHIAVENATTO, 1994, p.
137). Para ele, a influência exercida pelo líder sobre os liderados, será decisiva
para realização de uma ação.
Tannenbaum (1970, p. 49) afirma que:
“A liderança é aplicada a todas as relações
interpessoais em que estão envolvidas as tentativas de
influência, assim, o papel do líder é raramente
desempenhado continuamente por um indivíduo. É um
papel assumido numa ocasião ou noutra por um
indivíduo”
Os líderes, por ocuparem posições de influência, têm o poder de analisar
questões e decisões éticas que afetam muitas pessoas. Eles trabalham para
conseguir equilíbrio entre as metas da organização, as suas próprias e as da
equipe, têm de trabalhar de forma eficaz com muitas pessoas, incluindo
superiores, subordinados e grupos externos. Mas as qualidades de liderança
surgem especialmente no relacionamento do administrador com os
subordinados.
O líder deve ser escolhido e aceito pelo grupo, pois ele é a pessoa que
vai administrar os objetivos e interesses comuns dos seus subordinados. Ele
deve ser uma pessoa confiável e amiga, o líder fará com que o grupo caminhe
junto, com influência, determinação e motivação.
Fiedler (1981), autor do Modelo de Contigência afirma:
18 “Na linguagem do leigo, o líder é alguém um pouco
mais dotado que as pessoas comuns, alguém que atrai as
pessoas a si mesmo como um imã, por meio do carisma.
Ele é um indivíduo que os outros desejam seguir, que lhe
inspira confiança, respeito e lealdade. Esse é na verdade,
o retrato do líder “emergente”, que absorve a admiração
das pessoas com quem lida” (Fiedler 1981, pág. 3).
Para o autor, o líder depende do carisma para exercer liderança com
sucesso e assim, influenciar seus seguidores.
Stoner e Freeman (1999, p.59) apontam três implicações importantes na
definição de liderança:
- A liderança envolve outras pessoas – subordinados ou seguidores.
Com sua disposição de aceitar as ordens do líder, os membros do grupo
ajudam a definir o status do líder e tornam possível o processo de
liderança; sem subordinado, todas as qualidades de liderança de um
administrador seriam irrelevantes.
- A liderança envolve uma distribuição desigual de poder entre os líderes
e os membros do grupo. Os membros do grupo não são desprovidos de
poder; podem moldar e moldam de vários modos às atividades grupais.
- A liderança é a capacidade de usar as diferentes formas de poder para
influenciar de vários modos o comportamento dos seguidores.
No atual mundo globalizado e altamente competitivo é necessário a
existência de um quadro formado por líderes que estejam preparados e
motivados, designando-se ativadores de todos os recursos que se mobilizam
para pôr em funcionamento, desenvolvendo e transformando em realidade a
missão e a visão da organização.
Para Maximiano (2000, p.22) existem duas definições para liderança:
- Liderança é o processo de conduzir as ações ou influenciar o
comportamento e a mentalidade de outras pessoas.
- Liderança é a realização de metas por meio da direção de
colaboradores.
A liderança acontece em uma determinada situação, ela ocorre em uma
dada estrutura social decorrente de distribuição de autoridade de tomar
decisões, como as pessoas, por exemplo. O grau em que uma pessoa
demonstra qualidades de liderança depende não somente de suas próprias
19características individuais, mas também das características da situação na
qual se encontra.
Uma outra abordagem, proposta por Hunter (2004, p.25), refere-se à
liderança como sendo “a habilidade de influenciar pessoas para trabalharem
entusiasticamente visando atingir os objetivos identificados como sendo para o
bem comum”. O líder é responsável por potencializar as pessoas a serem
melhores, facilitando a convivência no ambiente de trabalho e assim,
estabelecendo objetivos de bem comum.
A liderança pode se manifestar-se de duas maneiras, através do poder
ou da autoridade. Para Hunter (2004, p.26):
“Um líder pode simplesmente utilizar-se de poder “a
faculdade de forçar ou coagir alguém a fazer sua vontade,
por causa de sua posição ou força, mesmo que pessoa
preferisse não fazer” ou pode constituir-se como
autoridade, utilizando a habilidade de levar as pessoas a
fazerem de boa vontade o que quer por causa de sua
influência pessoal”.
É necessário em algum momento que o líder imponha limites, para isso,
será necessário o uso do poder. Porém, não será uma prática rotineira. Para
que os liderados exerçam as metas estabelecidas, o uso da autoridade, ou
seja, a liderança através de um bom exemplo, de uma preocupação com o
relacionamento pessoal, de transparência e confiança, será essencial para
alcance do objetivo.
Hunter (2004, p.70) destaca que a liderança coerente dependa da
vontade como conjunto de ações e intenções: “intenções mais ações é igual à
vontade. Só quando nossas ações estiverem de acordo com nossas intenções
é que nos tornaremos pessoas harmoniosas e líderes coerentes.” A intenção
sem ação, não traz resultados. É necessário saber como fazer e por que fazer
para alcançar objetivos.
É possível concluir, no decorrer deste primeiro capítulo, que a liderança
no modelo conceitual antigo é conhecida como um processo de exercer
influência sobre um indivíduo para a consecução dos objetivos comuns, já o
modelo atual traduz a liderança como um fenômeno grupal que envolve uma
situação de influência social de um indivíduo sobre os demais, e ainda por ser
um processo coletivo, fortalecedor do grupo de trabalho, ressalta ainda as
20competências individuais, diluindo o poder na equipe fazendo com que cada
membro reconheça o próprio significado do seu trabalho, buscando as
características e habilidades presentes, valorizando os aspectos situacionais e
as diferentes variáveis que podem intervir nesse processo.
2.2 Estilos de Liderança
A partir da análise acerca do conceito de liderança, fica evidente que
não há um único estilo de liderança.
Existe a teoria que explica a liderança por meio de estilos de
comportamento, para Chiavenato (2000, p.8) essa teoria refere-se a três estilos
de liderança.
- Liderança Autocrática: Os líderes são chamados de autoritários, tomam todas
as decisões, em vez de permitir a seus seguidores que participem dela. Esses
líderes são muitas vezes comparados com um instrutor militar ou sargento.
Quanto mais concentrada a autoridade no líder, mais autocrático seu
comportamento ou estilo. Utiliza mais a coerção e raramente a persuasão.
- Liderança Liberal: O líder deixa os seguidores fazerem o que querem. Ele
transfere sua autoridade para os liderados, conferindo-lhes o poder de tomar
determinadas decisões, que são delegadas para os liderados. Quanto mais o
líder delegar decisões para os liderados, mais liberal é seu comportamento. O
próprio grupo fixa seus interesses. O grupo age longe de autoridade e controle.
Confunde confiança com excesso de liberdade. O grupo é que determina seu
grau de obediência.
- Liderança Democrática: Os líderes envolvem bastante os seguidores no
processo de decisão. Usam o envolvimento grupal para estabelecer objetivos e
estratégias básicas para determinar as funções dos cargos. Quanto mais as
decisões forem influenciadas pelos integrantes do grupo, mais democrático é o
comportamento do líder. Os comportamentos envolvem alguma espécie de
influência ou participação dos liderados no processo de decisão ou de uso da
autoridade por parte do dirigente. O líder transfere confiança aos liderados.
Orienta, educa e motiva.
Para Chiavenato:
“Na vida prática, o líder utiliza três processos de
liderança, de acordo com a situação, com as
21pessoas e com a tarefa a ser executada ou
levada adiante. O lídertanto manda cumprir ordens,
como consulta os subordinados antes de tomar
decisões,como também sugere a algum
subordinado realizar determinadas tarefas: ele
utiliza a liderança autocrática, a democrática e a
liberal. A princip al problemática daliderança é
saber quando aplicar qual processo com quem e
dentro de que circunstâncias e atividade a serem
desenvolvida” (Chiavenato, 1994, p.535).
São os vários padrões de comportamento preferidos pelos líderes durante um
processo de dirigir e influenciar os trabalhadores.
Para Chiavenato (1994, p. 536) existem dois estilos de liderança:
- Liderança centrada na tarefa : trata-se de um estilo de liderança preocupado
estritamente com a execução da tarefa e com os seus resultados. É típica das
empresas ou unidades que costumam concentrar as pessoas sem cargos
desenhados segundo o modelo clássico, de maneira padronizada e isolada. É
a liderança preocupada exclusivamente com o trabalho e em conseguir que as
coisas sejam feitas de acordo com os métodos preestabelecidas e com os
recursos disponíveis. Lembra alguma coisa da Teoria X.
A característica do comportamento desse tipo de líder está dentro do modelo
autocrático de uso da autoridade. O líder tem muito mais preocupação com a
tarefa do que com o grupo que a executa. Ele tende a apresentar
comportamento como: focalizar o trabalho do subordinado ou grupo,
enfatizando o cumprimento de padrões de qualidade e a economia de custos;
Insiste na necessidade de cumprir as metas, e superar a concorrência ou o
desempenho passado; Esclarece as responsabilidades individuais e designa
tarefas para pessoas específicas.
Nesse estilo de liderança, os administradores resolvem sozinhos o
problema ou tomam as decisões, usando as informações disponíveis no
momento. Eles também podem obter informações necessárias com os
subordinados e em seguida decidir sozinhos a solução do problema. Ao pedir
as informações podem ou não dizer aos subordinados qual é o problema. O
papel representado pelos subordinados na decisão é claramente o de fornecer
as informações necessárias aos administradores, mais do que gerar ou avaliar
22soluções alternativas. Podem também compartilhar o problema
individualmente com subordinados relevantes, pegando suas idéias e
sugestões sem reuni-los num grupo. Em seguida, os administradores tomam a
decisão, que podem ou não refletir a influência dos subordinados.
- Liderança centrada nas pessoas: trata-se de um estilo preocupado com os
aspectos humanos dos subordinados e que procuram manter uma equipe de
trabalho atuante, dentro de maior participação nas decisões. Dá mais ênfase as
pessoas do que ao trabalho em si, procurando compreender e ajudar os
subordinados e preocupando-se mais com as metas do que com os métodos,
sem descurar-se do nível de desempenho desejado. Lembra a Teoria Y.
A característica do comportamento desse tipo de líder está dentro do
modelo democrático de uso de autoridade. O líder acredita que o processo
administrativo deve procurar criar um clima em que as pessoas sintam-se
confortáveis. Ele tende a apresentar comportamentos como: Focalizar o próprio
funcionário ou grupo, enfatizando as relações humanas e o desenvolvimento
da capacidade de trabalhar em equipe; Ouve e presta atenção; é amigável e
apóia os funcionários.
Nesse, os administradores compartilham o problema com os
subordinados em grupo, obtendo suas idéias e sugestões coletivamente. Em
seguida tomam a decisão, que pode ou não refletir a influência dos
subordinados. Podem também compartilhar o problema com os subordinados
em grupo. Juntos, administradores e subordinados criam e avaliam alternativas
e tentam chegar a um acordo (consenso) sobre uma solução. Os
administradores não tentam influenciar o grupo a adotar as soluções que
preferem, e aceitam e implementam qualquer solução que tenha apoio de todo
o grupo.
A liderança transacional o líder oferece recompensas ou ameaças para
conseguir que os seguidores trabalhem para realizar as metas. Algumas
recompensas que o líder transacional pode oferecer para seus subordinados
são: promoções, aumentos salariais, autonomia e liberalidade no uso do
tempo, atendimento de solicitações relacionadas a transferências, designação
para outros projetos e dispensas
Para Stoner e Freeman (1999, p. 357) “Líderes transacionais são
aqueles que determinam o que os subordinados precisam para alcançar
objetivos, classificam essas exigências e ajudam os subordinados a se tornar
confiantes de que vão alcançar seus objetivos”.
23 Os líderes determinam o que os subordinados precisam para alcançar
seus próprios objetivos e os objetivos da organização e ajudam a confiar em
que podem alcançar esse objetivos, despendendo os esforços necessários.
Na Liderança Situacional o líder deve ajustar-se a cada situação
específica. Segundo Maximiano (2000, p. 350) “O principal problema que a
teoria da liderança situacional procura resolver é descobrir qual estilo ajusta-se
a qual situação. Como avaliar a situação?”
Cada situação requer um tipo de liderança para alcançar eficácia dos
subordinados. O líder deve se ajustar a um grupo de pessoas sob condições
variadas. O líder eficaz não seria alguém com características pré-
determinadas, mas sim uma pessoa capaz de adaptar seu estilo de
comportamento às necessidades dos liderados e à situação.
Maximiano (2000, p.92) diz que Tannenbaum e Schmidt propõem três
critérios para avaliar a situação:
1- O próprio gerente: a forma como o líder se comporta é influenciada
principalmente por sua formação, conhecimento, valores e experiência. Uma
pessoa que valorize a iniciativa e a liberdade, por exemplo, tende a dar
prioridade aos comportamentos democráticos.
Valores pessoais do gerente, suas convicções pessoais, confiança nos
subordinados, inclinações sobre como liderar, tolerância para a ambigüidade.
2- Os funcionários: as características dos funcionários influenciam a
escolha e a eficácia do estilo de liderança. Para Tannenbaum e Schmidt, o
dirigente deveria proporcionar maior participação e liberdade de escolha para
os funcionários quando estes apresentassem as seguintes características:
capacidade de identificar os objetivos da organização, desejo de assumir
responsabilidade e tomar decisões, experiência para resolver o problema
eficientemente, expectativa de participar e intensa necessidade de
independência.
Necessidade de autonomia, desejo de assumir responsabilidade,
tolerância para a incerteza, sua compreensão do problema, seus
conhecimentos e experiência, desejo de participar nas decisões.
3- A situação: o clima da organização, o grupo de trabalho, a natureza da
tarefa e a pressão do tempo caracterizam a situação na qual os estilos
funcionam com maior ou menor eficácia. Uma organização cuja alta direção
tenha uma cultura marcial, por exemplo, tenderá a fazer seus gerentes
favorecerem os estilos orientados para a tarefa.
24 Tipo de empresa e seus valores e tradições, eficiência do grupo de
subordinados, problema a ser removido, tempo disponível para resolvê-lo.
É importante compreender as tipologias de liderança e entender as
características do público com o qual estamos analisando. Todos os
entendimentos possuem um aspecto em comum. O papel do líder é facilitar os
seus liderados ao alcançarem seus objetivos.
2.3 Administrar ou Liderar
Verificaremos que administrar e liderar não são a mesma coisa, apesar
de muitos pensarem ao contrário. Veremos as diferenças:
Para Stoner e Freeman (1999, p.5) “Administração é o processo de
planejar, organizar, liderar e controlar os esforços realizados pelos e usar os
outros recursos organizacionais para alcançar os objetivos estabelecidos”
As funções da administração devem ser desempenhadas por alguém,
sempre que houver e onde quer que haja grupos organizados. Os
administradores planejam e organizam os recursos materiais, financeiros e
humanos da organização; contratam o pessoal necessário; lideram, dirigem ou
supervisionam o desempenho das atividades essenciais; e medem, avaliam,
calculam e controlam a execução dessas atividades. O sucesso ou fracasso de
uma organização dependem substancialmente da capacidade de seus
administradores desempenharem essas funções de maneira eficaz.
Um administrador pode ser líder, mas um líder pode não ser
administrador. Um exemplo disso é a administração de um hospital, uma clínica
médica, geralmente o líder do hospital é um médico e não um administrador.
Numa empresa de engenharia também é assim, o líder é o dono da empresa
(engenheiro) e não um administrador.
Ainda citando Stoner e Freeman, para eles “Liderar significa dirigir,
influenciar e motivar os funcionários a realizar tarefas essenciais. A atividade
de liderar é muito concreta: ela envolve o trabalho com pessoas”.
Liderar é conseguir dos empregados que eles façam as coisas que você
deseja que eles façam. Abrange não só a qualidade, o estilo e o poder do líder,
mas também suas atividades relacionadas à comunicação, motivação e
disciplina. Essa função, muitas vezes chamada de dirigir, estimular ou influir
pode ser desempenhada diretamente ao se designar tarefas, dar instruções,
transmitir objetivos, pedir cooperação ou idéias, ou por qualquer forma de
comunicação direta com os empregados.
25
CAPÍTULO III
O LÍDER
3.1 Definição
O líder é aquele que dentro de uma equipe, convivendo com várias
pessoas diferentes, influencia de modo que elas atinjam as metas e os
objetivos.
Os líderes pensam em termos de longo prazo, eles olham além da
unidade que lideram, e procuram relacioná-la a realidades mais amplas, à
organização maior da qual fazem parte, às condições externas à organização,
às tendências globais.
Os líderes dão grande ênfase aos intangíveis, como visão, valores e
motivação. Têm a habilidade política de compor exigências conflitantes. Eles
pensam em renovação, criatividade e comprometimento.
Bergamini (1982, p.26) diz :
“O líder é a pessoa que mais de perto atende às normas e
aos valores do grupo, é uma pessoa que tem sucesso em
conseguir que as pessoas o sigam, ele consegue as
mudanças mais efetivas no desempenho do grupo. O líder
é aquele que inicia e facilita a interação entre os membros
do grupo”.
Os líderes de sucesso têm padrões de comportamento de apoio,
orientados para relações humanas e para a pessoa do empregado. Eles
respondem pela motivação e ativação dos subordinados, pelo suporte
administrativo, pelo tratamento de pessoal.
3.2 Características do Líder
Segundo Bergamini (1994, p.32), o líder tem como prioridade:
- Motivar as pessoas;
- Estimular seus subordinados para que realizem trabalhos mais
eficazes;
- Inspirá-los para que sejam mais produtivos e se tornem pessoas
melhores, de modo a atingirem postos mais elevados;
26- Conscientizá-los pelo exemplo, para que aumentem o seu ângulo de
visão acerca do seu mundo pessoal e possam se tornar, da mesma
forma, líderes de outras equipes.
Para Maximiano (2000, p. 326) “A pessoa que comanda com sucesso
seus colaboradores para alcançar finalidades específicas é líder. Um grande
líder tem capacidade dia após dia, ano após ano, numa grande variedade de
situações”.
O líder deve possuir autoconfiança e ser dominado pelo conhecimento
de todos os setores ligados à sua supervisão ou à sua área de ação. Deve
trabalhar com satisfação e nunca tornar obrigatórios os seus desejos e idéias, e
sim influenciar a equipe fazendo com que todos concordem com ele.
O que liga o líder aos seguidores é a existência de uma tarefa ou
missão. Sem esse componente, não há liderança, apenas influência ou
popularidade.
As habilidades são necessárias para a realização das tarefas que
envolvem a equipe de subordinados do líder: orientação, treinamento,
motivação.
Segundo Maximiano (2000, p. 331) “Outro elemento importante no
comportamento do líder é a maneira como se relaciona com sua equipe”.
O líder é um sujeito que:
- Faz com que as pessoas sob seu comando acreditem e gostem de
executar o que ele quer;
- Não tem subordinados, tem seguidores;
- Cuida para que a organização humana e material seja coerente com o
objetivo, os recursos e os requisitos da empresa;
- Estabelece uma autoridade construtiva, competente;
- Harmoniza atividades e coordena esforços;
- Formula as decisões de forma simples, nítida e precisa;
- Organiza a seleção eficiente do pessoal;
- Defini claramente as obrigações;
- Encoraja a iniciativa e o senso de responsabilidade;
- Mostra as faltas e erros;
- Mantém a disciplina;
O profissional que tem essas características ou parte delas é
reconhecido no mercado como um exemplo de gestor. O líder faz sua equipe
27suar a camisa, e assim, ajuda tanto o seu trabalho como líder como também
a organização.
3.3 Chefes ou Líderes
A maioria das empresas estão modificando seu organograma, mudando
sua estrutura hierárquica.
Segundo Bergamini (1994, p. 102) “Liderar pessoas motivadas também
requer um longo período de preparo dos chefes até que estejam aptos a
colocar em ação sua sensibilidade interpessoal”.
Como chefe de suas unidades, os administradores têm o dever de
desempenhar certas funções rituais associadas à representação formal de sua
organização. Isso inclui recepção de visitantes importantes, comparecimento a
funções sociais que envolvam subordinados (casamentos, funerais etc).
Ao desempenhar o papel de líder, o administrador se relaciona com os
membros do grupo motivando-os e encorajando seus subordinados a atingir os
objetivos organizacionais, e ao mesmo tempo ajudando-os a satisfazer suas
próprias necessidades. Os administradores também devem fazer avaliação dos
empregados e de seu desempenho.
Conforme Bergamini (1994, p. 103):
“Durante muitos e muitos anos, a forma pela qual os
candidatos a postos de chefia foram escolhidos baseou-se
em certos padrões ou requisitos que pouco tinham a ver
com o futuro papel de líder a ser desempenhado pelos
chefes. No geral, as pessoas escolhidas eram
empregados mais antigos dentro da empresa e que, por
isso, acumulavam um respeitável conhecimento da
organização e da tecnologia a ser utilizada pelo setor que
deveriam comandar. Características comportamentais
raramente eram levadas em conta. Outro aspecto que, no
geral, não foi levado em conta diz respeito aos fatores do
ambiente de trabalho e consequentemente das
características do grupo com o qual o líder deveria
interagir. Como resultado, contava-se com alguém que
acumulava respeitável conhecimento da organização e da
tecnologia, mas que muito provavelmente desconhecia
28que para se lidar com pessoas era necessário possuir
conhecimentos e experiência de outra ordem. A filosofia
de gestão empresarial nesse quadro parte do pressuposto
de que a resolução dos problemas técnicos exige
conhecimento, Mas a boa solução das dificuldades com
pessoas requer apenas uma “certa dose de bom senso”.
Geralmente o administrador chegou a essa posição por conhecer o
mercado, pela sua capacidade técnica. O papel de desenvolver pessoas era
pouco conhecido e não era exigido. O cargo foi em prêmio, reconhecimento de
potencial, no caso autoritário. Hoje em dia, o mercado mostra que esse estilo
de atuar precisa ser mudado.
O chefe é aquele que se coloca como um representante da organização
no que se refere aos princípios, missão, objetivos. Ele desempenha tarefas de
rotina de natureza legal ou social. O líder é aquele que contrata, motiva os
funcionários e trata do processo comportamental da equipe.
Chefiar significa manipular as coisas, manter a ordem, organizar e
controlar. Liderar é nos conduzir a lugares onde nunca tivemos antes.
3.4 A Tendência do Perfil do Líder
O papel do líder em uma organização é comandar com sucesso seus
subordinados para alcançar finalidades específicas.
Segundo Chiavenato (2000, p.69) “atualmente, as empresas têm
demonstrado sua preocupação em investir na qualidade da liderança nova e
colaborativa”.
Isso comprova o grande número de empresas que têm incluído em seus
programas, a educação e a instrução para seus funcionários, a fim de
desenvolver habilidades nas pessoas que exercem a liderança capacitando-as,
criando condições necessárias para desenvolver o seu potencial e suas
capacidades de gerar e sustentar a confiança, pois é com ela que o líder
poderá provocar transformações, de tal forma que influenciem as pessoas que
o rodeiam, através de seu poder de comunicação, além de possuir uma grande
sensibilidade à influências culturais que acreditam ser apropriada para o que
venham alcançar. Entretanto, o líder necessita produzir a maior quantidade de
indivíduos que saibam a respeito e entendam o conceito e as características
29desempenhadas pelo líder, gerando meios para os que estão a sua volta,
produzirem um futuro melhor do que visualizaram e evidenciar o crescimento
de cada um.
A liderança difere ao gerenciamento, sobretudo em lista de afazeres,
liderar e saber como explorar os mananciais da movimentação humana e
também conhecer a base do relacionamento com os seus liderados. A
liderança requer realização.
Segundo Bergamini (1994, p. 117):
“o líder, considerado como ponto de ligação entre cada
indivíduo e seu mundo de trabalho, tem uma forte
influência quando se trata de favorecer ou comprometer a
organização da estrutura interior daqueles que aguardam
dele um tipo de ação que possa de alguma forma
organizar o mundo que os cerca”.
A eficácia do chefe baseia-se na sua capacidade de fazer-se obedecer
por seus subordinados. Por isso, estes “chefes” foram investidos de autoridade
e poder formal para conseguir induzir o condicionamento às normas da
companhia, fazendo que prêmios e ameaças, neste momento, surtam efeitos
milagrosos. Sua eficácia é avaliada tomando como referencial a sua habilidade
como manipulador, e sua capacidade de manter cada vez mais passivos seus
subordinados na luta que deveria ser travada em favor da liberdade e da
dignidade pessoal. O papel da chefia também teve que ser restringido e
delimitado por normas claras seguindo roteiros rígidos nos quais pouco espaço
resta para o exercício da liderança considerada no seu sentido mais amplo.
Para Maximiano (2000, p. 56) o papel do gerente “consiste em tomar
decisões, estabelecer metas, definir diretrizes e atribuir responsabilidades aos
integrantes da organização, de modo que as atividades de planejar, organizar,
comandar, coordenar e controlar estejam numa seqüência lógica”.
Os gerentes fazem as coisas acontecerem, provocando quase sempre a
sensação de medo, enquanto se comunica com seus subordinados, enxerga
apenas o “hoje” e centraliza suas conquistas e vitórias no seu “eu”, passando a
figura do egoísmo e do controle centralizador, estando preocupado com a
estabilidade pensando em objetivos em curto prazo; enquanto os líderes
colocam em cena o espírito de equipe “nós”, estando sempre disposto a
aconselhar, entusiasmar, ouvir, pois se preocupa com seus liderados, e sua
30visão contempla o “amanhã”. Líderes pensam em longo prazo. Os líderes
delegam poder, os gerentes controlam. Os líderes freqüentemente recorrem à
intuição, enquanto os gerentes se preocupam mais com a lógica. Finalmente os
líderes vão além dos interesses puramente corporativos, enquanto para os
gerentes estes são os únicos assuntos que importam.
A partir dessas perspectivas, o gerente deve trabalhar com sua equipe,
saber escolhê-la, proporcionar significado ao seu trabalho, saber preparar sua
equipe para novos desafios, liderá-la, motivá-la, avaliá-la e recompensá-la
adequadamente. E fazer com que isso seja algo mais do que gerenciar
pessoas. Mas gerenciar com a ajuda delas. Com o seu comprometimento,
legítima cooperação e profunda dedicação. Não se conquista isso com
facilidade, nem com rapidez. É um investimento de longo prazo, mas que traz
retorno satisfatório.
31
CAPÍTULO IV
VALORES QUE PRODUZEM RESULTADOS
4.1 Motivação
A motivação é caracterizada por tudo aquilo que leva o indivíduo a ter
determinado tipo de comportamento, ou seja, tudo aquilo que faz com que o
indivíduo dentro da equipe execute bem e com vontade suas tarefas.
Segundo Chiavenato (2003, p. 366) “Motivação é o estado íntimo que
leva uma pessoa a se comportar de maneira a assegurar o alcance de
determinado objetivo ou a se engajar em uma atividade para satisfazer
necessidades pessoais”.
É o processo de induzir uma pessoa ou uma equipe, cada qual com
necessidades e personalidades distintas, a atingir os objetivos da organização,
enquanto tenta também atingir os objetivos pessoais.
O empregado faz o possível para mostrar que tem competência, mas
nem sempre o seu supervisor consegue enxergar o seu desempenho na tarefa.
Cabe ao líder fazer com que esse funcionário continue desenvolvendo bem
suas tarefas, fazendo com que ele se mostre sempre competente.
O líder consegue distinguir qual o tipo de ambiente pode proporcionar
para estimular um desempenho melhor e um desenvolvimento mais eficaz do
subordinado. Assim, o líder passa para o subordinado tarefas e objetivos que
ele seja capaz de cumprir.
Segundo Stoner e Freeman existem três variáveis que afetam a
motivação nas organizações:
1- Características do indivíduo: Cada indivíduo traz suas habilidades,
interesses, atitudes e necessidades para a situação do trabalho.
2- Características do trabalho: É aquela sobre a qual os líderes podem ter o
máximo impacto. Pesquisadores tentaram descobrir como um trabalho em
particular irá afetar o desejo de um indivíduo desempenhá-lo bem. Foi
mostrado que os trabalhos do tipo de linha de montagem reduziam a motivação
e produziam a insatisfação do empregado.
3- Características da situação de trabalho: as ações, as políticas e a cultura
da organização como um todo, e o ambiente de trabalho. As políticas gerais de
pessoal da organização, seus métodos de recompensar individualmente os
empregados e a cultura da organização se traduzem em ações organizacionais
32que influenciam e motivam os trabalhadores. O ambiente de trabalho inclui
as atitudes e as ações dos colegas e supervisores e o clima que elas criam.
Um indivíduo motivado significa alguém que vai demonstrar disposição
para realização de uma atividade ou uma tarefa, seja ela qual for. Quando o
líder quer conquistar ou até mesmo obter algo de uma pessoa, ele deve fazer
com que ela se sinta motivada, ela deve se sentir útil, necessária, e ele deve
conhecer certos aspectos de sua individualidade.
A motivação é importante para o desenvolvimento do funcionário. Ela
causa redução nas faltas e nos atrasos e aumento na produtividade, pois o
funcionário motivado tem vontade e satisfação de trabalhar.
A motivação existe dentro das pessoas e se dinamiza através das
necessidades humanas. Todas as pessoas têm suas necessidades próprias,
podem ser chamadas de desejos, objetivos individuais. Certas necessidades
são basicamente semelhantes quanto à maneira pela qual fazem as pessoas
organizarem seu comportamento para obter satisfação.
Segundo Abraham Maslow, as necessidades humanas dividem-se em
cinco grupos:
1. Necessidades fisiológicas ou básicas: Necessidades de alimento, abrigo
(proteção contra a natureza), repouso, exercício, sexo e outras necessidades
orgânicas. Essas necessidades podem ser satisfeitas por antecipação, sem
mesmo atuarem sobre o comportamento humano. Uma vez satisfeitas, deixam
de ser uma motivação importante.
2. Necessidades de segurança: Necessidades de proteção contra
ameaças, inclusive a ameaça de perda do emprego.
3. Necessidades sociais: Necessidades de amizade, afeto, interação e
aceitação dentro do grupo e da sociedade.
4. Necessidades de estima: Necessidades de auto-estima e estima por
parte de outros.
5. Necessidades de auto-realização: Necessidade de utilizar o potencial de
aptidões e habilidades, auto-desenvolvimento e realização pessoal.
Essas necessidades decorrem da educação e cultura do indivíduo. São
raramente satisfeitas, o homem vai procurando maiores satisfações
estabelecendo metas crescentemente sofisticadas. A necessidade de auto-
realização depende de todas as necessidades humanas.
No processo de motivação, as necessidades não satisfeitas criam
tensão, e essa tensão faz com que o indivíduo venha a ter certos
33comportamentos por não ter conseguido satisfazer essas necessidades. A
motivação pode ser descrita como o processo de estimular o indivíduo a tomar
iniciativas que levarão ao preenchimento de uma necessidade ou realização de
uma meta desejada.
As expectativas da motivação não podem ser ignoradas, quanto melhor
atendidas às necessidades, maior será a satisfação e o envolvimento das
pessoas.
O fundamental é aprender a desenvolver na equipe a vontade de realizar
as tarefas. O processo de liderança só acontece quando há correspondência
entre os interessados, líder e liderados, ou motivações da equipe ou as
proposições do líder. A liderança sempre será uma relação de troca de
relações e interesses. Para realizar um trabalho em equipe , é necessário que
as pessoas sintam-se motivadas, para criar soluções criativas para os
problemas, promover ações e assim, alcançar um resultado em conjunto.
4.2 Trabalho em Equipe
O trabalho em equipe é fundamental para o desenvolvimento e o
sucesso profissional. O líder sabe estimular seus subordinados para que
trabalhem em equipe, possuindo um espírito de cooperação, sabendo ouvir os
colegas, compartilhando experiências e respeitando a opinião do próximo. A
coesão entre os membros torna possível a realização de um trabalho eficaz,
criativo e de qualidade.
A palavra equipe é normalmente usada para designar grupos de
pessoas que trabalham juntas e compartilham o mesmo objetivo.
Segundo Chiavenato (2000, p. 491) “equipes são grupos de pessoas
com habilidades complementares que trabalham juntas para alcançar um
propósito comum pelo qual se ajudam mutuamente e se tornam coletivamente
responsáveis”.
Dentro de uma equipe o objetivo é o desempenho coletivo, A
responsabilidade é individual e mútua e as habilidades são complementares.
As equipes são capazes de melhorar o desempenho dos indivíduos quando a
tarefa requer múltiplas experiências, habilidades e julgamentos.
Hoje em dia as organizações procuram profissionais que saibam somar
junto a organização e não mais profissionais que gostam de se destacar
sozinhos.
34 O trabalho em equipe significa trabalhar uns com os outros e não uns
contra os outros. Se todos os membros da equipe trabalhar no mesmo sentido,
terão chances maiores de serem bem sucedidos.
Através do trabalho em equipe pode-se alcançar metas inatingíveis
individualmente, aproveitar melhor todas as habilidades, tomar melhores
decisões e ter maior satisfação com o trabalho.
O trabalho em equipe possibilita dar e receber, por parte de cada um de
seus membros, afeição, aceitação, sentimento de importância. Isto faz com que
o indivíduo cresça, assim como alimenta o crescimento dos outros membros.
Além disso, o trabalho em equipe é determinante, pois o objetivo a ser
alcançado depende da satisfação psicológica do indivíduo.
O funcionamento das equipes pode apresentar diferentes significativas
em função do tipo de trabalho que está sendo executado. Este, por sua vez,
determina os conhecimentos e habilidades essenciais para o seu
desenvolvimento, e a necessidade de um líder e de um plano de trabalho ora
mais, ora menos flexíveis.
Segundo Bergamini (1994, p. 116) “verdadeiros líderes precisam
conhecer, melhor do que ninguém, seus próprios seguidores naquilo que eles
realmente buscam, mesmo sem ter clara consciência disso”.
O desenvolvimento da equipe é muito importante para a realização de
um bom trabalho. Deve-se ter organização que é caracterizada pela definição
dos papéis e pela divisão de trabalho, interação que é a ação que exerce
mutuamente entre as pessoas e comunicação que é o ato de emitir, transmitir e
receber mensagens, é o centro de relacionamento entre as pessoas.
No ambiente profissional lidamos todos os dias com pessoas e
comportamentos variados, cabendo a nós selecionarmos aqueles que são
dignos de serem seguidos e os que devem ser abandonados.
Para Bergamini (1994, p. 123) “líderes que despontaram naturalmente
de um grupo de pessoas são aqueles que têm maiores oportunidades de
operar mudanças no interior das suas organizações.”
Hoje, o líder precisa saber se relacionar bem com todos na empresa, a
qualquer hora e em qualquer lugar que esteja, além de saber dar exemplo
mesmo que não receba de seu superior a mesma cordialidade e atenção. Tudo
é uma questão de escolha. O líder escolhe e também arca com as
conseqüências.
35 Algumas vantagens do trabalho em equipe: a equipe é mais criativa, o
trabalho em equipe incrementa aprendizagem, as equipes têm mais fontes de
informação, satisfação dos membros de estarem participando de um processo
de decisão.
Para Robbins (2002, p. 323):
“Primeiro, os líderes de equipe são elementos de ligação
com os componentes externos. Estes incluem a
administração superior, outras equipes internas, clientes e
fornecedores. O líder representa a equipe diante desses
grupos, assegura os recursos necessários, esclarece as
expectativas dos outros acerca da equipe, colhe
informações de fontes externas e as compartilha com os
membros da equipe. Segundo, os líderes de equipe são
solucionadores de problemas. Quando os membros
enfrentam dificuldades e pedem ajuda, os líderes se
reúnem com eles em busca de soluções. Terceiro, os
líderes de equipe são administradores de conflitos.
Quando surgem as desavenças, eles ajudam a processar
o conflito. Finalmente, os líderes de equipe são como
treinadores. Definem os papéis e as expectativas,
ensinam, apóiam, torcem e fazem o necessário para
ajudar os membros a melhorar seu desempenho no
trabalho”.
Quanto mais as equipes crescem em popularidade, o papel do líder que
orienta também cresce em importância.
Cada vez mais o exemplo estimula o seguimento das ações
proporcionando uma equipe com o pensamento vivo. Aprender o que deve ser
feito com o líder é preparar-se para ser um melhor líder também.
4.3 Confiança
A confiança é a expectativa positiva de que a outra pessoa não agirá de
maneira oportunista, seja por palavras, ações ou decisões. É um processo que
depende da historia, baseado em amostras de experiências relevantes, mais
limitadas. ela leva tempo para se formar, ser construída ou acumulada. A
36maioria de nós considera muito difícil, se não impossível, confiar em uma
pessoa imediatamente quando não sabemos nada sobre ela. Á medida em que
conhecemos alguém e o relacionamento amadurece, começamos a formar
uma expectativa positiva.
A confiança parece ser um atributo essencial associado à liderança.
Quando os liderados confiam em seu líder, eles estão dispostos a se tornar
vulneráveis em razão das ações dele e confiam que seus direitos e interesses
não serão prejudicados. Não se segue uma pessoa ou se busca orientação
junto a alguém que se considera desonesto ou capaz de levar vantagem. A
honestidade é absolutamente essencial à liderança. Se as pessoas vão seguir
alguém por vontade própria, seja no campo de batalhas, seja na sala de
reuniões da diretoria, elas primeiro querem se assegurar de que é um individuo
digno de confiança.
Existem três tipos de confiança nas relações organizacionais: a baseada
na intimidação, a baseada no conhecimento e a baseada na identificação.
A Confiança baseada na intimidação são as relações mais frágeis.
Qualquer violação ou inconsistência por destruir o relacionamento. Esse tipo de
confiança se fundamenta no medo de represálias. As pessoas que se
encontram nesse tipo de relacionamento fazem o que dizem por medo das
conseqüências, caso não cumpram suas obrigações.
A Confiança baseada no Conhecimento é utilizada na maioria das
relações organizacionais. Tem por base a previsibilidade do comportamento
que resulta de um histórico de interações. Isso acontece quando temos as
informações adequadas sobre alguém a ponto de podermos fazer previsões
precisas sobre seu comportamento. Quanto melhor você conhece alguém, com
mais precisão você pode prever o que essa pessoa vai fazer. No contexto
organizacional, a maior parte das relações entre administradores e funcionários
é baseada no conhecimento. Ambas as partes têm experiência de trabalharem
juntas e sabem o que podem esperar uma da outra.
A Confiança baseada na Identificação é o nível mais alto da confiança, e
é atingido quando existe conexão emocional entre as partes. A confiança
existe porque as partes entendem as intenções uma da outra e concordam com
suas vontades e desejos. Essa compreensão mútua se desenvolve até o ponto
em que uma parte poder agir em nome da outra. Podemos encontrar esse tipo
de confiança ocasionalmente nas organizações entre pessoas que trabalham
37juntas há muito tempo e possuem tanta experiência em comum que se
conhecem tanto por dentro como por fora.
Para transmitir confiança aos liderados é importante o gestor saber ouvi-
los, conhecendo seus projetos pessoais e suas dificuldades particulares, além
de acatar suas sugestões quanto à melhoria de suas próprias condições de
trabalho. Nesse capítulo foi abordado a importância de um líder gerar um
ambiente de trabalho favorável para que os objetivos da empresa sejam
alcançados. É necessário exercer a confiança, e a motivação dos liderados,
estimulando o trabalho em equipe.
38
CONCLUSÃO
O objetivo desta monografia foi buscar informações que pudessem
comprovar a influência da liderança no processo da comunicação interna.
Ao analisar o que foi estudado através do conhecimento teórico
apresentado pelos autores citados, a liderança e a comunicação interna são
conceitos interligados. A comunicação tem papel decisivo na forma como o
líder poderá, ou não, influenciar o comportamento de um colaborador. A
Liderança é o processo de estímulo pelo qual, mediante ações recíprocas bem
sucedidas, as diferenças individuais são controladas e a energia humana que
delas deriva-se caminha em benefício de uma causa comum.
O estudo da liderança deve envolver não apenas as pessoas, mas
também as reações que se estabelecem entre elas. A liderança está presente
na interação dos membros do grupo ou equipe como expressão de ativa
participação e demonstração de capacidade para conduzir comparativamente a
realização de metas e resultados.
A pesquisa demonstrou que a liderança é um conjunto de práticas
observáveis, passíveis de aprendizado. É um mito associar liderança à posição
superior. Isso presume que quando se está no topo passa a ser
automaticamente um líder. No entanto, liderança não é um lugar, é um
processo.
As empresas esperam que o líder dê o melhor de si e que eduque uma
nova geração através do exemplo. Espera resultados, alinhamento e lealdade,
além da construção de uma imagem. E espera auto-sustentabilidade a longo
prazo. Já o líder espera do empregador apoio e comprometimento.
39 Os líderes eficazes utilizam hoje em dia, as ferramentas de construção
da comunidade para dar origem a um ambiente onde muitos líderes possam
emergir, contribuir inspirando definições de uma visão compartilhada a fim de
alinhar as energias de todos. Cuidam de seus empregados e os protegem,
ouvem, fazem o melhor para aceitar as contribuições e agradecem as idéias
divergentes dos empregados como tentativa sincera de ajuda.
Grandes líderes geram um senso de liberdade, voluntariedade e valor
comum. A eficácia é alcançada quando o líder consegue aliar suas habilidades
técnicas e operacionais as habilidades de relacionamento humano e de
comando, tendo como resultado o bom desempenho da sua equipe. No seu
ambiente de trabalho, o líder não se limita a simples questões de comando,
procura demonstrar aos seus subordinados que não é apenas ele o elemento
básico da organização, ele é apenas uma espécie de coordenador para fins de
ordem e harmonia.
A idéia da liderança vinculada aos atributos pessoais do líder predomina
até o início do século XX. Modernamente, entende-se liderança como uma
função organizacional, subordinada ao trabalho em equipe. Deve-se sempre
lembrar que a liderança não pode ser feita à parte (sem levar em consideração
todos os fatores), pois liderança leva a decisões e estas por sua vez levam a
mudanças que envolvem pessoas, que por sua vez têm o direito de estarem
cientes e darem sugestões, tanto nas decisões que vão ser tomadas, quanto
nas mudanças que podem ocorrer.
Diante de todas as concepções levantadas, sugere-se, então, que o líder
ideal não é aquele que apenas dirige e dá ordens corretamente, mas sim
aquele que proporciona ao seu liderado o apoio necessário à motivação para o
trabalho. Aquele que participa ativamente, como membro integrante de uma
equipe que dá chance a todos de participarem, enfim é aquele que sabe ouvir,
40entender, respeitar e relacionar-se com os seus subordinados, criando
ambientes mais agradáveis, saudáveis e produtivos. O líder ideal é aquele que
consegue combinar e equilibrar os tipos e os estilos de liderança, sabendo a
quem, como e quando utilizá-los.
É notável as dificuldades de adaptação dos gerentes ao novo perfil do
líder nas organizações. Através de embasamento teórico e reflexões sobre o
momento atual nas empresas, realiza-se o estudo, nesta monografia acerca
dos problemas enfrentados pelos líderes. Foram expostas funções e
responsabilidades inerentes ao cargo visando melhor desempenho da
organização sob o comando do líder. O trabalho buscou reunir teorias,
conceitos e estilos de gerência e agrupá-los, com a finalidade de esclarecer e
contribuir levando em consideração questões sobre líderes, liderança e suas
influências.
A maioria das organizações que hoje dão importância e ênfase à
liderança e ao trabalho em equipe, trabalham com funcionários motivados e
satisfeitos. A liderança é importante em qualquer tipo de organização, seja de
pequeno, médio ou grande porte, pois ela faz com que a empresa fique bem
estruturada com todos os funcionários trabalhando com entrosamento,
aceitando, respeitando e ajudando uns aos outros. Como pode-se observar,
o líder exerce papel fundamental nas organizações. É necessário compreender
profundamente o significado da comunicação interna, entender o seu papel e
tornar-se parte decisiva nesse processo, pois a informação que será passada
adiante é decisiva para que se consiga atingir as metas.
41
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BERGAMINI, C. Motivação. São Paulo: Atlas,1986.
_____ Liderança - administração do sentido. São Paulo; Atlas, 1994.
_____ Desenvolvimento de recursos humanos. São Paulo: Atlas, 1980.
_____ Psicologia aplicada à administração de empresas. São Paulo: Atlas,
1982.
BRUM, Analisa de Medeiros. Endomarketing como estratégica de gestão:
encante seu cliente interno. Porto Alegre: L&PM, 1998.
CHIAVENATO, Idalberto. Gerenciando pessoas: O passo decisivo para a
administração participativa. 2.ed. São Paulo: Makron Books, 1994.
CHIAVENATO, I. Teoria geral da administração. São Paulo: McGraw-Hill,
1987.
CHIAVENATO, Idalberto. Gerenciando pessoas: como transformar
gerentes em gestores de pessoas. 4 ed. São Paulo: Prentice Hall, 2002.
_______________________Introdução à teoria geral da administração. 6
ed. Rio de Janeiro: Campus, 2000.
_______________________Introdução à teoria geral da administração. 7
ed. Rio de Janeiro: Campus, 2003.
COVEY, Stephen R. Liderança baseada em princípios. Tradução Astrid
Beatriz de Figueiredo. 8ª edição. Rio de Janeiro: Elsevier, 2002.
CURVELLO, João José Azevedo. Comunicação Interna e Cultura
Organizacional. São Paulo: Scortecci, 1993.
DRUCKER, Peter F. Administrando para o futuro: os anos 90 e a virada do
século. 5ªed. São Paulo: Pioneira, 1996.
DRUCKER, Peter Ferdinand. Lições de liderança de meus mentores. In:
HESSELBEIN, F.; COHEN, P.M. De líder para líder. São Paulo: Futura, 1999
42DRUCKER, Peter Ferdinand. O gerente eficaz. Rio de Janeiro: Guanabara,
1986.
GARDNER, Howard. Multiple Intelligences: The Theory in Practices. Nova
Iorque: Basic, 1993.
HUNTER, James Como se tornar um líder servidor – Os princípios de
liderança de o monge e o executivo. Tradução de A. B. Pinheiro de Lemos.
2ª edição. Rio de Janeiro:Sextante, 2006.
HUNTER, James. O Monge e o Executivo. Rio de Janeiro: Editora Sextante,
2004.
FIELDLER, Fred Edward, CHEMERS, Martin M. Liderança e administração
eficaz, tradução por Jamir Martins. São Paulo: Pioneira, 1981. 154 p
KOTLER, Philip. Princípios de marketing. 7. ed. São Paulo: LTC, 1999. 527 p.
KUNSCH, Margarida Maria Krohling. Relações públicas e modernidade:
novos paradigmas na comunicação organizacional. São Paulo: Summus,
1997.
KUNSCH, Margarida M. Krohling – Obtendo resultados com relações
públicas. Margarida M. Krohling Kunsch (organizadora). São Paulo: Pioneira
Thomson Learning, 2002.
KUNSCH, M. Obtendo resultados com relações públicas. São Paulo:
Pioneira, 2001.
KUNSCH, M. Planejamento de relações públicas na comunicação
integrada. São Paulo: Summus, 2003.
LAPIERRE, Laurent. Imaginário e Liderança: na sociedade, no governo,
nas empresas e na mídia, v. 1/Laurent Lapierre (coordenador) – São Paulo:
Atlas,1995.
43LIPMAN, Jean Blumen. Liderança Conectiva - São Paulo: Makron Books,
1999;
MAXIMIANO, Antonio César Amaru. Teoria geral da administração: da
escola científica à competitividade na economia globalizada. 2 ed. São
Paulo: Atlas, 2000.
MINICUCCI, Agostinho. Psicologia aplicada à administração. São Paulo:
Atlas, 1978.
NASSAR, Paulo; BERNARDES, Roberto Carlos. Comunicação estratégica.
Amanhã, junho, 1998, p. 59 – 61
ROBBINS, Stephen P. Comportamento organizacional. 9 ed. São Paulo:
Prentice Hall, 2002.
TANNEBAUM, Robert. Liderança e Organização: uma abordagem de
ciência do comportamento. São Paulo: Atlas, 1972.
TANNENBAUM, Robert; WESCHLER, Irving R; MASSARIK, Fred.Liderança e
Organização: uma abordagem à ciência docomportamento. Tradução de
Auriphebo B. Simões. São Paulo: Atlas,1970.
TORQUATO, Gaudêncio. Comunicação empresarial / comunicação
institucional:conceitos, estratégias, sistemas, estrutura, planejamento e
técnicas. São Paulo:Summus, 1986.
TORQUATO, Gaudêncio. Cultura, poder, comunicação e imagem:
fundamentos da nova empresa. São Paulo: Pioneira, 2002. 278 p.
TORQUATO, Gaudêncio. Tratado de comunicação: organizacional e
política. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2004
STONER, J. A. F., FREEMAN, R. E. Administração. Rio de Janeiro: LTC,
1999.
44
REFERÊNCIAS ELETRÔNICAS
TORQUATO, Gaudêncio. Comunicação interna: os desafios da integração
2004. Disponível em: <http://www.portal-
rp.com.br/bibliotecavirtual/funcoesetecnicas/0128.htm>. Acesso em: 20 agosto
de 2008
45
ANEXO 1
Figura nº1
Tipos de Comunicação
Fonte: Torquato (2004).
46
ANEXO 2
Figura nº 2
Canais de Comunicação
Fonte: Torquato (2004).
47
ANEXO 3
Figura nº 3
Comunicação Informal – Fluxos
Fonte: Torquato (2004).
48
ANEXO 4
Figura nº4
Teoria X e Y
Fonte: KOTLER (1999).
49
ÍNDICE
Introdução 7
Capítulo 1 – Comunicação Interna 9
1.1 O que é Comunicação Interna 9
1.2 Comunicação Interna: uma ferramenta estratégica 11
1.3 Comunicação Formal e Informal 13
Capítulo 2 – Aspectos da Liderança 16
2.1 Definições de Liderança 16
2.2 Estilos de Liderança 21
2.3 Administrar ou Liderar 25
Capítulo 3 – O líder 27
3.1 Definição 27
3.2 Características do Líder 27
3.2 O Chefes ou Líderes 29
3.3 A Tendência do Perfil do Líder 30
Capítulo 4 – Valores que Produzem Resultados 33
4.1 Motivação 33
4.2 Trabalho em Equipe 35
4.3 Confiança 36
Conclusão 38
Referências Bibliográficas 41
Referências Eletrônicas 45
Anexos 46
Índice 50