A importância das atividades experimentais no Ensino de Química

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1º CPEQUI 1º Congresso Paranaense de Educação Em Química. A importância das atividades experimentais no Ensino de Química. Cristiane Sampaio Farias 1 (IC), Andréia Montani Basaglia 2 (IC), Alberto Zimmermann 3 (PQ) 1 Rua Curitiba, nº 2411, centro, Ivaté Paraná, E-mail: [email protected] 2 Rua Carlos Gomes, nº 656, centro, Pérola-Paraná Acadêmicos 1,2 .- Unipar- Campus Umuarama Professor Orientador 3 Curso de Química -Unipar Campus Umuarama Palavras Chave: Ensino de química; atividades experimentais; química. RESUMO: O presente trabalho tem por finalidade discutir a importância da utilização de atividades práticas no conteúdo de química. Mostrar que a realização de experimentos ajuda a aproximar a química vista na sala de aula do cotidiano dos alunos, tornando assim as aulas mais dinâmicas. A química está relacionada às necessidades básicas dos seres humanos como: alimentação, vestuário, saúde, moradias, transporte entre outros e todo o mundo deve compreender isso tudo. O ensino de química deve desenvolver nos alunos a capacidade de compreender os fenômenos químicos presente em seu dia-a-dia. INTRODUÇÃO O professor tem como missão de transformar a sociedade, porque é o personagem principal da educação. É a única via de acesso à integração social para todos, e a única porta de saída da miséria para as camadas mais pobres da população (SAVIANI, 2000). Por isso, todas as leis, todos os livros, todos os prédios, todos os computadores e todas as verbas governamentais serão inúteis, se na sala de aula não estiver presente, inteiro, motivado, bem formado e consciente, o professor (VEIGA, 2000). Ele terá sua parte a cumprir na luta contra o fracasso escolar. Nenhuma escola, nenhum sistema educacional será melhor do que a qualidade e habilidade do professor. Sua prática pedagógica, porém, dependerá de três fatores: qualidade básica, habilidade pessoal e preparo teórico e prático (ALVES, 2007). O quadro que a escola pública apresenta em relação às aulas ministradas pelo professor de química, é desanimador. Reconhece-se que é preciso reformular o ensino de química nas escolas, visto que as atividades experimentais são capazes de proporcionar um melhor conhecimento ao aluno, por isso, as reflexões deste trabalho visam abranger a importância da atividade experimental no ensino de química (AMARAL, 1996). A experimentação ocupou um papel essencial na consolidação das ciências a partir do século XVIII. Ocorreu naquele período uma ruptura com as práticas de investigação vigentes, que considerava ainda uma estreita relação da natureza e do homem, onde ocupou um lugar privilegiado na proposição de uma metodologia científica que se resume pela regularização de procedimentos.(QUEIROZ, 2004). Porém a química é uma ciência experimental; fica por isso muito difícil aprendê-la sem a realização de atividades práticas (laboratório). Essas atividades podem incluir demonstrações feitas pelo professor, experimentos para confirmação de informações já dadas, cuja interpretação leve à elaboração de conceitos entre outros (MALDANER, 1999). A própria essência da Química revela a importância de introduzir este tipo de atividade ao aluno, esta ciência se relaciona com a natureza, sendo assim os experimentos propiciam ao estudante uma compreensão mais científica das transformações que nela ocorrem (AMARAL, 1996). O objetivo da Química compreende a natureza, e os experimentos propiciam ao aluno uma compreensão mais científica das transformações que nela ocorrem. Saber punhados de nomes e de fórmulas, decorar reações e propriedades, sem conseguir relacioná-los cientificamente com a natureza, não é conhecer Química. Essa não é uma ciência petrificada;

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1º CPEQUI – 1º Congresso Paranaense de Educação Em Química.

A importância das atividades experimentais no Ensino de Química.

Cristiane Sampaio Farias1 (IC), Andréia Montani Basaglia

2 (IC), Alberto Zimmermann

3 (PQ)

1 Rua Curitiba, nº 2411, centro, Ivaté – Paraná, E-mail: [email protected]

2Rua Carlos Gomes, nº 656, centro, Pérola-Paraná

Acadêmicos 1,2

.- Unipar- Campus Umuarama

Professor Orientador 3 – Curso de Química -Unipar – Campus Umuarama

Palavras Chave: Ensino de química; atividades experimentais; química.

RESUMO: O presente trabalho tem por finalidade discutir a importância da utilização de

atividades práticas no conteúdo de química. Mostrar que a realização de experimentos ajuda a

aproximar a química vista na sala de aula do cotidiano dos alunos, tornando assim as aulas mais

dinâmicas. A química está relacionada às necessidades básicas dos seres humanos como:

alimentação, vestuário, saúde, moradias, transporte entre outros e todo o mundo deve

compreender isso tudo. O ensino de química deve desenvolver nos alunos a capacidade de

compreender os fenômenos químicos presente em seu dia-a-dia.

INTRODUÇÃO

O professor tem como missão de transformar a sociedade, porque é o personagem

principal da educação. É a única via de acesso à integração social para todos, e a única porta de

saída da miséria para as camadas mais pobres da população (SAVIANI, 2000). Por isso, todas as

leis, todos os livros, todos os prédios, todos os computadores e todas as verbas governamentais

serão inúteis, se na sala de aula não estiver presente, inteiro, motivado, bem formado e

consciente, o professor (VEIGA, 2000). Ele terá sua parte a cumprir na luta contra o fracasso

escolar. Nenhuma escola, nenhum sistema educacional será melhor do que a qualidade e

habilidade do professor. Sua prática pedagógica, porém, dependerá de três fatores: qualidade

básica, habilidade pessoal e preparo teórico e prático (ALVES, 2007).

O quadro que a escola pública apresenta em relação às aulas ministradas pelo professor

de química, é desanimador. Reconhece-se que é preciso reformular o ensino de química nas

escolas, visto que as atividades experimentais são capazes de proporcionar um melhor

conhecimento ao aluno, por isso, as reflexões deste trabalho visam abranger a importância da

atividade experimental no ensino de química (AMARAL, 1996). A experimentação ocupou um

papel essencial na consolidação das ciências a partir do século XVIII. Ocorreu naquele período

uma ruptura com as práticas de investigação vigentes, que considerava ainda uma estreita relação

da natureza e do homem, onde ocupou um lugar privilegiado na proposição de uma metodologia

científica que se resume pela regularização de procedimentos.(QUEIROZ, 2004). Porém a

química é uma ciência experimental; fica por isso muito difícil aprendê-la sem a realização de

atividades práticas (laboratório). Essas atividades podem incluir demonstrações feitas pelo

professor, experimentos para confirmação de informações já dadas, cuja interpretação leve à

elaboração de conceitos entre outros (MALDANER, 1999).

A própria essência da Química revela a importância de introduzir este tipo de atividade

ao aluno, esta ciência se relaciona com a natureza, sendo assim os experimentos propiciam ao

estudante uma compreensão mais científica das transformações que nela ocorrem (AMARAL,

1996).

O objetivo da Química compreende a natureza, e os experimentos propiciam ao aluno

uma compreensão mais científica das transformações que nela ocorrem. Saber punhados de

nomes e de fórmulas, decorar reações e propriedades, sem conseguir relacioná-los

cientificamente com a natureza, não é conhecer Química. Essa não é uma ciência petrificada;

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seus conceitos, leis e teorias não foram estabelecidos, mas têm a sua dinâmica própria

(SAVIANI, 2000).

ENSINO DE QUÍMICA

O ensino tradicional é administrado de forma que o aluno saiba inúmeras fórmulas,

decore reações e propriedades, mas sem relacioná-las com a forma natural que ocorrem na

natureza. Trabalhar com as substâncias, aprender a observar um experimento cientificamente,

visualizar de forma que cada aluno descreva o que observou durante a reação, isto sim leva a um

conhecimento definido (QUEIROZ, 2004). As atividades experimentais permitem ao estudante

uma compreensão de como a Química se constrói e se desenvolve, ele presencia a reação ao

“vivo e a cores”, afinal foi assim que ela surgiu através da Alquimia, nome dado à química

praticada na Idade Média. Os alquimistas tentavam acelerar esse processo em laboratório, por

meio de experimentos com fogo, água, terra e ar (os quatro elementos)(AMARAL, 1996), pois

assim o aprendizado faz mais sentido.

De acordo com MALDANER, a construção do conhecimento químico é feita por meio

de manipulações orientadas e controladas de materiais, iniciando os assuntos a partir de algum

acontecimento recente ou do próprio cotidiano ou ainda adquirido através deste ou de outro

componente curricular, propiciando ao aluno acumular, organizar e relacionar as informações

necessárias na elaboração dos conceitos fundamentais da disciplina, os quais são trabalhados

através de uma linguagem própria dos químicos, como: símbolos, fórmulas, diagramas, equações

químicas e nome correto das substâncias. Além disso, a cada nova unidade, são retomados para

que fiquem solidamente incorporados à estrutura cognitiva dos alunos e no sentido de auxiliar a

busca de novas explicações (QUEIROZ, 2004). Pode ser trabalhado como base para o

entendimento de situações do cotidiano, deve ser oferecida em um nível adequado ao

desenvolvimento cognitivo dos alunos, isto é, deve considerar sua faixa etária e o quanto possa

ser aprofundado para explicar situações do dia a dia.

Figura 1: Aula experimental realizada em sala de aula, 2008 - Experimento: Indicador

Ácido e Base, através do repolho roxo.

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Figura 2: Teste, Tipo Sanguíneo – Aula Experimental realizada em 2008.

No ensino de Química especificamente, a experimentação deve contribuir para a

compreensão de conceitos químicos, podendo distinguir duas atividades: a prática e a teoria

(ALVES, 2007). A atividade prática ocorre no manuseio e transformações de substâncias e a

atividade teórica se verifica quando se procura explicar a matéria. Entende-se que a melhoria da

qualidade do ensino de Química deve contemplar também a adoção de uma metodologia de

ensino que privilegie a experimentação como uma forma de aquisição de dados da realidade,

oportunizando ao aprendiz uma reflexão crítica do mundo e um desenvolvimento cognitivo, por

meio de seu envolvimento, de forma ativa, criadora e construtiva, com os conteúdos abordados

em sala de aula, viabilizando assim a dualidade: teoria e prática. (DOMINGUEZ, 1975).

FONSECA, ensina que o conteúdo de química na escola não pode ignorar a realidade,

deve ter como finalidade a promoção de educação em química que permita aos alunos tornarem-

se cidadãos capazes de compreender o mundo natural que os rodeia, e de interpretar, do modo

mais adequado as suas manifestações.

RUSSEL afirma que quanto mais integrada a teoria e a prática, mais sólida se torna a

aprendizagem de Química, ela cumpre sua verdadeira função dentro do ensino, contribuindo para

a construção do conhecimento químico, não de forma linear, mais transversal, ou seja, não

apenas trabalha a química no cumprimento da sua seqüência de conteúdo, mais interage o

conteúdo com o mundo vivencial dos alunos de forma diversificada, associada à experimentação

do dia-a-dia, aproveitando suas argumentações e indagações.

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O PAPEL DAS ATIVIDADES EXPERIMENTAIS.

O grande desinteresse dos alunos pelo estudo da química se deve, em geral, a falta de

atividades experimentais que possam relacionar a teoria e a prática. Os profissionais de ensino,

por sua vez, afirmam que este problema é devido à falta de laboratório ou de equipamentos que

permitam a realização de aulas práticas (QUEIROZ, 2004)

Segundo os ensinamentos de GALIAZZI, realizar um experimento seguido de

discussão para a Montagem da interpretação dos resultados é uma atividade extremamente rica

em termos de aprendizagem.

QUEIROZ, ensina que no caso particular da Química, no ensino médio, os

conhecimentos devem integrar uma estrutura funcional que permita prever ou explicar

comportamentos de sistemas materiais, tanto em situações de estudo teórico como de fatos

experimentais ocorridos em laboratório ou na vida diária. Essa estrutura de conhecimentos deve

fundamentar-se em princípios e modelos simples, de aplicação o mais ampla possível, para poder

explicar uma grande variedade de acontecimentos experimentais com poucos esquemas teóricos

satisfatórios. Isto é possível se o ensino for conduzido de forma tal que o

aluno aprenda princípios , baseados em conceitos muito bem elaborados, sem eixar que ele se

perca, além do necessário, no estudo particular de fatos isolados. Desta forma, os fatos serão

racionalmente agrupados, sendo mais fácil para o estudante , integrar e recuperar a informação

por estar relacionada com princípios fundamentais que lhe servem de referência..

A experimentação pode ter um caráter indutivo e nesse caso, o aluno pode controlar

variáveis e descobrir ou redescobrir relações funcionais entre elas, e pode também ter um caráter

dedutivo quando eles têm a oportunidade de testar o que é dito na teoria, porém a utilização

dessas atividades bem planejadas facilita muito a compreensão da produção do conhecimento em

química, podendo incluir demonstrações feitas pelo professor, experimentos para confirmação de

informações já dadas, cuja interpretação leve a elaboração de conceitos entre outros, essas

atividades é importante na formação de elos entre as concepções espontâneas e os conceitos

científicos, propiciando aos alunos oportunidades de confirmar suas idéias ou então reestruturá-

las (GIORDAN, 1999).

O experimento didático deve privilegiar o caráter investigativo favorecendo a

compreensão das relações conceituais da disciplina, permitindo que os alunos manipulem objetos

e idéias, e negociem significado entre si e com o professor, durante a aula, tornando uma

oportunidade que o sujeito tem de extrair de sua ação as conseqüências que lhe são próprias e

aprender com erros tanto quanto com os acertos (FELTRE, 1995).

De acordo com SCHENRTZETER, as atividades experimentais são relevantes quando

caracterizadas pelo seu papel de investigativa e sua função pedagógica em auxiliar o aluno na

compreensão de fenômenos. No ensino de química, especificamente, a experimentação deve

contribuir para a compreensão de conceitos químicos, mais ainda as aulas experimentais, de uma

forma geral, mão necessitam ser realizadas em laboratórios com equipamentos sofisticados.

Em geral, a forma como as atividades experimentais são abordadas, deixa muito a

desejar, devido à estas serem conduzidas através de roteiros que induzam apenas a comprovação

de fatos.

Segundo FONSECA, (2001), o trabalho experimental deve estimular o desenvolvimento

conceitual, fazendo com que os estudantes explorem, elaborem e supervisionem suas idéias,

comparando-as com a idéia científica, pois só assim elas terão papel importante no

desenvolvimento cognitivo. Pesquisas mostram que os estudantes desenvolvem melhor sua

compreensão conceitual e aprendem mais acerca da natureza das ciências quando participam em

investigações científicas, em que haja suficiente oportunidade e apoio para reflexão.

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Para a realização de uma aula prática, diversos fatores precisam ser considerados: as

instalações da escola, o material e os reagentes requeridos e, principalmente, as escolhas das

experiências. Estas precisam ser perfeitamente visíveis, para que possam ser observadas pelos

alunos; precisam não apresentar perigo de explosão, de incêndio ou de intoxicação, para a

segurança dos jovens; precisam ser atrativas para despertar o interesse dos mais indiferentes;

precisam ter explicação teórica simples, para que possam ser induzidas pelos próprios alunos.

Figura 3: Experimento em sala de aula – Decantação.

Figura 4: Ácido e Base.

Contudo essas atividades experimentais podem ser também em outros ambientes com

características e objetivos diferentes, a utilização dessas atividades experimentais pode

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acrescentar pensamento do aluno fundamentos de realidade e de experiência pessoal, em outras

palavras as atividades enriquecem e fortalece o desenvolvimento do aluno.

A experimentação prioriza o contato dos alunos com os fenômenos químicos,

possibilitando ao aluno a criação dos modelos que tenham sentidos para ele, a partir de suas

próprias observações, (GIORDAN, 1999).

QUÍMICA NO COTIDIANO

A humanidade desde sempre tenta entender como funciona a natureza. As ciências

naturais têm permitido, através de seus instrumentos e métodos; conhecer a realidade externa

bem além do alcance de uma mente individual e dos sentidos.

O desenvolvimento desta ciência tem permitido ao homem não só controlar certas

transformações conhecidas mais também obter um número cada vez maior de novos materiais.

Os tecidos das roupas que usamos, as borrachas sintéticas, os plásticos, a obtenção de metais e de

ligas metálicas, os medicamentos, os sabões e detergentes biodegradáveis, a utilização dos

combustíveis, os materiais usados nas construções de casas, móveis, embarcações, aviões,

computadores, eletrodomésticos, etc... são exemplos da importância e da enorme aplicação dos

processos químicos em nossa vida (VEIGA,2000).

Comumente a mídia relaciona a palavra "química" a fatores prejudiciais à saúde, devido

a expressões como: "produto sem substância química" impressas nas suas embalagens.

Confunde-se, assim, a idéia de isenção de substância artificial com o termo química que, além de

infeliz, é totalmente incorreto, temos vários exemplos como, fazer um pão, o padeiro utiliza-se

de processos químicos; todos os objetos e materiais existentes são constituídos por substâncias

químicas. (NELBOLD, 1987). A maioria das pessoas comuns vê a Química como uma ciência

descritiva, baseada num amontoado assustador de símbolos, tabelas, regras, fórmulas e reações

que nunca parecem não ter fim. Um mundo só para os iniciados onde a linguagem científica

parece sobrepor à nossa realidade, como que bloqueando uma real percepção do seu papel no

nosso cotidiano. Na realidade, as pesquisas e produtos químicos são cada vez mais responsáveis

pela contínua melhoria do padrão de qualidade de vida do ser humano.

De acordo com FONSECA, (2001), a Química não é um objeto, mas uma ciência que

pode trazer benefícios ou prejuízos ao seres vivos e ao meio ambiente, dependendo da concepção

com que seus conceitos são utilizados e afirma:

"A ciência é uma

construção completamente humana,

movida pela fé de que, se sonharmos,

insistirmos em descobrir, explicarmos

e sonharmos de novo, o mundo de

algum modo se tornará mais claro e

toda a estranheza do universo se

mostrará interligada e com sentido."

Um problema grave, que será um desafio para a Química neste novo século, é

transformar seus processos antigos em outros mais econômicos e limpos, tornando a química

mais positiva para a opinião pública. As agressões ao meio ambiente é uma realidade e não se

pode esconder. As pesquisas químicas devem ser desenvolvidas com a preocupação de se

minimizarem não só os riscos dos processos e efluentes, como também a garantia de qualidade

dos produtos químicos para o consumidor.

Quando se fala em futuro para a química, fala-se automaticamente em investimento e busca de

novas tecnologias para o País. Portanto, a expansão do setor deve ser acompanhada por uma

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ampliação e perenizarão dos recursos voltados à pesquisa e ao desenvolvimento tecnológico.

Ainda é preciso, e necessário, continuar transformando a química no nosso País de forma a

garantirmos nosso desenvolvimento sustentado. No mundo globalizado, pode-se dizer que com

exceção das tribos isoladas, todos os habitantes do planeta, fazem uso diário de produtos

químicos sintetizados pela indústria química, desenvolvidas por cientistas de todo mundo. A

química tem gerado empregos e desenvolvimento econômico, contribuindo, a cada nova

descoberta para o aumento da qualidade de vida (ALVES, 2007).

Contudo, é fácil notar o quão é necessário utilizar esse método para o ensino da química nas

escolas, e a partir disso pode-se perceber que a dificuldade dos alunos em compreender

conteúdos de química, pode ser superada/minimizada através da utilização de aulas

experimentais, que o auxilia na compreensão dos temas abordados e em suas aplicações no

cotidiano, já que proporcionam uma relação entre a teoria e a prática. Porém se o professor

desenvolver atividades praticas em sala de aula, estará colaborando para que o aluno consiga

observar a relevância do conteúdo estudado e possa atribuir sentido a este, o que incentiva a uma

aprendizagem significativa e, portanto, duradoura. Comprovado pela grande curiosidade e

participação em aulas, números de dúvidas, perguntas e questões realizadas, crescente opção por

cursos de graduação na área das exatas, altos índices de aprovação da disciplina, melhores

desempenhos em avaliações e atividades afins e pela sensação de maior utilidade pessoal, faz-se

cada vez mais importante o desenvolvimento do presente trabalho.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.

1. AFFONSO, D. O componente Laboratorial e a Avaliação das aprendizagens. São Paulo,

2000

2. ALVES, W. F. A formação de professores e as teorias do saber docente: contexto,

dúvidas e desafios. Revista Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 33. n. 2. p. 263-280. maio/ago.

2007.

3. AMARAL, L. Trabalhos práticos de química. São Paulo, 1996

4. DOMINGUEZ, S. F.: As experiências em química. São Paulo, 1975

5. FELTRE, Ricardo: Química Geral. São Paulo, 1995

6. FONSECA, M.R.M. Completamente química: química geral, São Paulo, 2001

7. GALIAZZI, M.C. Química. Nova na Escola, 2005

8. GIORDAN, M. O papel da experimentação no ensino de ciências. Química Nova na

Escola, n. 10, p. 43-49, 1999.

9. MALDANER, O. A.; Química. Nova 1999, 22, 289

10. NELBOLD, B. T. Apresentar a química para o cidadão: um empreendimento essencial,

São Paulo, 1987

11. QUEIROZ, S. L. Do fazer ao compreender ciências: reflexões sobre o aprendizado de

alunos de iniciação científica em química. Ciência & Educação, Bauru, v. 10, n. 1, 2004.

12. RUSSELL, J.B. Química Geral. 2. ed. São Paulo, 1994. 13. SAVIANI, O. Pedagógia histórico-crítica: primeiras aproximações. 7. ed. Campinas, SP:

Autores Associados, 2000.

14. SCHNETZLER, R. P. A Pesquisa em Ensino de Química no Brasil: Conquistas e

Perspectivas. Química Nova, v. 25, s1, p.14, 2002.

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15. VEIGA, I. P. A. et al. Pedagogia universitária: a aula em foco. São Paulo: Papirus, 2000.

247 p.