A importância de ter a paz de cristo

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A Importância de Ter a Paz de Cristo - by David Wilkerson Jesus disse aos discípulos, “Deixo -vos a paz, a minha paz vos dou” (João 14:27). Essa palavra teria de surpreender os discípulos; aos olhos deles, seria uma promessa quase inacreditável: a paz de Cristo se tornaria a paz deles. Estes doze homens haviam se maravilhado com a paz que haviam testemunhado em Jesus pelos últimos três anos. O Mestre nunca esteve com medo; esteve sempre calmo, nunca se alvoroçando por nenhuma circunstância. Sabemos que Cristo era capaz de ira espiritual. Às vezes Ele era provocado, e também sabia como chorar. Mas levou a vida sobre a terra como um homem em paz. Ele tinha paz com o Pai, paz em face das tentações, paz em tempos de rejeição e de zombaria. Ele até mesmo teve paz durante tempestades no mar, dormindo na beira do barco enquanto os demais tremiam de terror. Os discípulos haviam testemunhado Jesus sendo arrastado a um alto cume por uma turba enfurecida resolvida a matá-Lo. No entanto Ele calmamente se afastou da cena, intocado e cheio de paz. Eles tinham ouvido homens chamando o seu Senhor de Diabo. Líderes religiosos Lhe apontavam como fraude. Alguns grupos até conspiraram para matá-Lo. No entanto, em meio a tudo isso, Jesus jamais perdeu a paz. Homem algum, nenhum sistema religioso, nenhum Diabo conseguiria Lhe roubar a paz. Tudo isso deve ter causado discussões entre os discípulos: “Como Ele conseguiu dormir em meio à tempestade? Que tipo de paz é essa? E como conseguiu ficar tão calmo na hora que aquela multidão estava prestes a lançá-Lo no abismo? As pessoas zombam, insultam, cospem Nele, mas Ele nunca revida. Nada O perturba”. Agora Jesus estava prometendo a estes homens esta mesmíssima paz. Ao ouvirem isso, eles devem ter se olhado perguntando, “Quer dizer, vamos ter a mesma paz que Ele tem? Isso é incrível”. Jesus acrescenta, “Não vo-la dou como a dá o mundo” (João 14: 27). Não seria a assim chamada paz de uma sociedade entorpecida e com vícios. Nem seria a paz temporária dos ricos e famosos, que tentam adquirir paz de espírito com coisas materiais. Não seria a falsa paz do que se entregam a uma mentira, resolvendo na mente que “Vou ter paz, mesmo com teimosia no coração”. Não, falamos da paz do próprio Cristo, a paz que excede todo o entendimento humano. O momento desta dádiva de paz foi muito importante para os discípulos, como é para todo crente hoje Os discípulos estavam à beira da maior provação que conheceriam. Por quê? Cristo estava prestes a deixá-los. Mesmo Ele tendo tentado lhes preparar, quando Jesus revelou estas notícias a eles, isso veio como um choque. Estes discípulos haviam aguardado com expectativa o dia em que o Senhor estabeleceria o Seu reino na terra, e os faria todos governantes. Eles haviam imaginado essa como a hora para governar e reinar aqui na terra.

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Jesus disse aos discípulos, “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou” (João 14:27). Essa palavra teria de surpreender os discípulos; aos olhos deles, seria uma promessa quase inacreditável: a paz de Cristo se tornaria a paz deles.

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A Importância de Ter a Paz de Cristo - by David Wilkerson

Jesus disse aos discípulos, “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou” (João 14:27). Essa palavra teria de

surpreender os discípulos; aos olhos deles, seria uma promessa quase inacreditável: a paz de Cristo se

tornaria a paz deles.

Estes doze homens haviam se maravilhado com a paz que haviam testemunhado em Jesus pelos últimos

três anos. O Mestre nunca esteve com medo; esteve sempre calmo, nunca se alvoroçando por nenhuma

circunstância.

Sabemos que Cristo era capaz de ira espiritual. Às vezes Ele era provocado, e também sabia como

chorar. Mas levou a vida sobre a terra como um homem em paz. Ele tinha paz com o Pai, paz em face

das tentações, paz em tempos de rejeição e de zombaria. Ele até mesmo teve paz durante tempestades

no mar, dormindo na beira do barco enquanto os demais tremiam de terror.

Os discípulos haviam testemunhado Jesus sendo arrastado a um alto cume por uma turba enfurecida

resolvida a matá-Lo. No entanto Ele calmamente se afastou da cena, intocado e cheio de paz. Eles

tinham ouvido homens chamando o seu Senhor de Diabo. Líderes religiosos Lhe apontavam como fraude.

Alguns grupos até conspiraram para matá-Lo. No entanto, em meio a tudo isso, Jesus jamais perdeu a

paz. Homem algum, nenhum sistema religioso, nenhum Diabo conseguiria Lhe roubar a paz.

Tudo isso deve ter causado discussões entre os discípulos: “Como Ele conseguiu dormir em meio à

tempestade? Que tipo de paz é essa? E como conseguiu ficar tão calmo na hora que aquela multidão

estava prestes a lançá-Lo no abismo? As pessoas zombam, insultam, cospem Nele, mas Ele nunca

revida. Nada O perturba”.

Agora Jesus estava prometendo a estes homens esta mesmíssima paz. Ao ouvirem isso, eles devem ter

se olhado perguntando, “Quer dizer, vamos ter a mesma paz que Ele tem? Isso é incrível”.

Jesus acrescenta, “Não vo-la dou como a dá o mundo” (João 14: 27). Não seria a assim chamada paz de

uma sociedade entorpecida e com vícios. Nem seria a paz temporária dos ricos e famosos, que tentam

adquirir paz de espírito com coisas materiais. Não seria a falsa paz do que se entregam a uma mentira,

resolvendo na mente que “Vou ter paz, mesmo com teimosia no coração”.

Não, falamos da paz do próprio Cristo, a paz que excede todo o entendimento humano.

O momento desta dádiva de paz foi muito importante para os discípulos, como é para todo crente hoje

Os discípulos estavam à beira da maior provação que conheceriam. Por quê? Cristo estava prestes a

deixá-los. Mesmo Ele tendo tentado lhes preparar, quando Jesus revelou estas notícias a eles, isso veio

como um choque. Estes discípulos haviam aguardado com expectativa o dia em que o Senhor

estabeleceria o Seu reino na terra, e os faria todos governantes. Eles haviam imaginado essa como a

hora para governar e reinar aqui na terra.

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Mas agora Jesus lhes diz, “Vocês precisam saber que estou prestes a ser entregue às mãos dos iníquos,

e eles vão Me matar. Mas ressuscitarei”.

Na mesma cena, Jesus promete dar aos discípulos o Espírito Santo. Cristo explica, “O Espírito Santo os

guiará em meio ao que vocês terão de enfrentar. Ele será vosso amigo. E os capacitará para

experimentar esta paz que vos dou”.

Porém estes homens não tinham conceito de quem o Espírito Santo era. Eles devem ter pensado, “Como

um espírito pode substituir um homem visível, tocável, vivo? E como Jesus pode esperar que guardemos

a Sua paz, se não temos a Sua presença real conosco? Como ter esperança de se agarrar à ela se temos

de mantê-la pela fé, e não pela vista?”.

Nesse ponto Jesus disse, “Se me amásseis, alegrar-vos-íeis de que eu vá para o Pai” (João 14: 28). Mas

os discípulos não podiam se alegrar com Ele. Eles simplesmente não entenderiam a promessa do Espírito

Santo até o Pentecostes, quando Ele realmente veio sobre eles.

Eram tempos difíceis para os discípulos

As palavras de Jesus viraram a vida e o ministério destes homens de cabeça para baixo. Subitamente,

eles estavam confusos, cheios de medo e incerteza. Devem ter imaginado “Como vamos viver agora?

Jesus supria tudo. Ele podia tirar moedas da boca de peixes, e multiplicar o pão. Ele era o nosso tudo. E

o que faremos se os fariseus e os sacerdotes vierem atrás da gente? Eles podem nos apedrejar se Jesus

partir”.

“Quando eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo”(João 14:3). Mas o resto

deste capítulo revela que a promessa de Cristo não lhes trouxe nenhum alívio. Mesmo o Seu

compromisso de voltar outra vez não elevou seus espíritos.

Posso imaginar Pedro dizendo, “Quem precisa de mansões? Preciso é de um emprego. Tenho famí lia pra

alimentar. Não preciso ouvir de futuras bênçãos no céu. A crise real é aqui e agora, e tenho de dar um

jeito. Vou voltar a pescar”. Após a crucificação, Pedro e alguns outros realmente voltaram à sua vida de

pesca, por um tempo.

Neste momento, você pode estar atravessando o tempo mais difícil que já enfrentou. A sua vida pode

estar incerta, e a coisa parece desesperadora. Seria a perda de um emprego? Talvez a situação

financeira esteja fora de controle e parece não haver solução. Toda saída que você busca lhe enche de

mais estresse, perdas e cansaço.

É quando a mente começa a raciocinar assim “Como ter paz com todas estas dívidas na cabeça? E como

ser calmo quando preciso de um milagre financeiro? Estou no fim da corda. O futuro é incerto”.

Neste ponto, um coração desencorajado é tentado a dizer, “Sim, Deus é fiel à Sua palavra. Eu agradeço

por todas as Suas promessas de um lar para mim no céu. E agradeço a Ele pela promessa de voltar outra

vez. Mas já ouvi todas estas abençoadas verdades tantas vezes , e creio nelas; mas nesse momento, tudo

me parece teologia vazia. Não estou precisando de mais um sermão ou de teoria. Preciso é de um

milagre”.

Talvez a sua família esteja em crise, ou o seu casamento esteja lutando, ou a sua saúde esteja falhando,

e parece não haver esperança à frente. E você se diz, “Eu queria só uma luz no fim do túnel. Mas só vejo

incertezas de todos os lados. Se pelo menos eu conseguisse cura para o meu corpo – ou uma solução

para o meu filho – ou sair da dívida – então eu teria paz. Me arranje um milagre, e conhecerei paz”.

Jesus sabia que os discípulos precisavam do tipo de paz que cuidasse deles em toda e qualquer situação

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Quando Cristo prometeu aos discípulos a Sua paz, foi como se estivesse lhes dizendo (e para nós

também hoje): “Sei que vocês não entendem estes tempos difíceis que estão enfrentando. Vocês não

compreendem a cruz e o sofrimento que estou prestes a enfrentar. Sim, vocês estão no limiar de serem

provados além da sua capacidade humana de suportar. Vocês se sentirão confusos e abandonados pelo

Pai. Mas quero levar os vossos corações à uma situação de paz. Vocês não serão capazes de enfrentar o

que está chegando sem a Minha paz duradoura em vocês. Vocês precisam ter a Minha paz”.

Amado, o mundo no qual vivemos está à beira de suportar um tempo de tribulação como nunca houve

antes. Nós não temos compreensão quanto às dores que deverão vir sobre a terra nestes últimos dias. E

Cristo está nos dizendo, como disse aos discípulos, “Vocês não conseguirão aguentar nada do que está

por vir sem a Minha paz dentro de vocês. Tenham -na agora, antes que as coisas piorem. O Meu Santo

Espírito habita vocês. Peçam a Ele a Minha paz. Ele prometeu ancorar as vossas almas em toda

tormenta. E esse será o vosso milagre: Eu vos tornarei uma maravilha viva para o mundo. Eu vos tornarei

um espetáculo da Minha graça em meio aos caos e à perturbação”.

Não importa o que você esteja enfrentando. A sua vida pode dar a impressão de ter sido atingida por um

furacão; você pode estar enfrentando provações que fazem com que os demais lhe vejam como um Jó

dos dias modernos. Mas em meio às suas provações, quando você invocar o Espírito Santo para lhe

batizar na paz de Cristo, Ele o fará.

As pessoas vão apontar a você e dirão, “O mundo dele se quebrou inteiramente. Contudo ele está

determinado a confiar na palavra de Deus, seja para viver ou para morrer. Como ele consegue? Ele

deveria ter desistido há muito tempo, mas não o fez. E em meio a tudo, ele não abriu mão de nada do que

crê. Que paz tremenda! Vai além do entendimento”.

Há mais de um ano, a minha mulher Gwen passou por uma cirurgia de joelho. Depois de haver passado

por tantas operações de câncer ao longo dos anos, ela agora teria de viver com um joelho metálico. E a

dor da cirurgia seria terrível. Quando nos sentamos juntos no quarto do hospital, se preparando para a

operação, orei, “Senhor, precisamos de paz para enfrentar isso. Gwen precisa de paz sobrenatural para

enfrentar outra operação. Conceda-nos a Tua paz”.

O Senhor fez isso. Ele a conduziu durante a cirurgia de modo lindo. E foi uma alegria ver Gwen

ministrando a paz de Deus para todos os que entravam em seu quarto. Nossos queridos e também

pessoas estranhas viam algo que estava além da capacidade da minha mulher agindo naquela

circunstância de dor: a paz do próprio Cristo.

Você pode estar em agitação achando que “Acabou. Não vou conseguir”. Mas Jesus diz, “Sei o que você

está passando. Venha e beba da Minha paz”.

Há outra razão pela qual é importante ter a paz de Cristo

Jesus nos dá outra razão pela qual precisamos da Sua paz: Satanás ataca o justo.

Cristo diz aos discípulos nesta mesma passagem, “Aí vem o príncipe do mundo” (João 14: 30). Qual era o

contexto desta declaração? Ele havia acabado de dizer aos doze, “Já não falarei muito convosco” (14:

30). E então Ele explica o porquê: “Porque aí vem o príncipe do mundo”.

Jesus sabia que Satanás estava agindo naquela exata hora. O Diabo já havia incumbido Judas de traí -Lo.

E Jesus sabia que a hierarquia religiosa em Jerusalém estava sendo fortalecida pelos principados do

inferno. Ele também estava sabendo que uma turba inspirada pelo Diabo logo chegaria para fazê -Lo

prisioneiro. Foi quando Jesus disse estas palavras aos discípulos: “Satanás, o iníquo, está vindo. Então,

não poderei falar muito com vocês”.

Jesus sabia que necessitava de tempo com o Pai para se preparar para o conflito que chegava. Ele

estava prestes a ser entregue às mãos dos ímpios, bem como houvera dito. E sabia que Satanás estava

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fazendo todo o possível para abalar a Sua paz. O Diabo iria assediar e tentar desencorajá-Lo, tudo no

esforço de quebrar a fé de Cristo no Pai – qualquer coisa para fazê-lo evitar a cruz.

Amado, estamos enfrentando a nossa própria provação crucial nestes últimos dias. Veja o alerta de Jesus

aos crentes vivendo hoje, “Ai da terra e do mar, pois o diabo desceu até vós, cheio de grande cólera,

sabendo que pouco tempo lhe resta. Quando, pois, o dragão se viu atirado para a terra, perseguiu a

mulher que dera à luz o filho varão [Cristo]” (Apocalipse 12: 12-13).

A palavra de Deus não poderia ser mais clara nesse assunto: a igreja de Jesus Cristo está sob ataques

particularmente perversos nesse momento. Estamos enfrentando um Diabo enlouquecido, um inimigo

cheio de ira contra o povo santo do Senhor. E para suportar seus ataques, vamos precisar da paz do

próprio Cristo, paz que a tudo excede.

Como obtenho esta maravilhosa paz de Cristo?

A quem Jesus concede a Sua paz? Pode-se pensar “Não sou digno da paz de Cristo. Tenho muitas lutas

na vida. A minha fé é muito pequena”.

Você faria bem em avaliar os homens a quem Jesus primeiro deu a Sua paz. Nenhum deles era digno, e

nenhum tinha direito a ela.

Pense em Pedro. Jesus estava para conceder a Sua paz a um ministro do evangelho que logo

praguejaria. Pedro era zeloso em seu amor por Cristo, mas também iria negá-Lo.

E havia Tiago e seu irmão João, homens com espírito competitivo, sempre buscando ser reconhecidos.

Pediram para se assentar à direita e à esquerda de Jesus quando Ele ascendesse ao trono em glória.

Porém os demais discípulos não eram mais dignos do que estes. Ferveram de raiva de Tiago e João por

estes tentarem ofuscá-los. Havia Tomé, homem de Deus dado à dúvida. Todos os discípulos tinham tão

pouca fé, que isso surpreendeu e afligiu Jesus. Realmente, na hora mais difícil de Cristo, todos os

abandonariam e fugiriam. Os discípulos mesmo após a ressurreição, quando começou a se falar que

“Jesus ressuscitou”, eis que “alguns duvidaram”. E quando Senhor apareceu a eles, os censurou pela

falta de fé.

Mas há mais. Eles também estavam confusos. Eles não entendiam os caminhos do Senhor. As parábolas

Dele os confundiam. Após a crucificação, perderam qualquer sentindo de unidade que tinham, se

dispersando por todos os lados.

Que imagem: eram homens cheios de medo, incredulidade, desunião, mágoas, perplexidade,

competividade, orgulho. Contudo, foi para estes mesmos servos problemáticos que Jesus disse “Lhes

darei a Minha paz”.

Por que a promessa de uma paz sobrenatural foi dada a homens tão falhos? Foi porque eles foram

chamados e escolhidos em Cristo, e por nenhuma outra razão. Os discípulos não foram escolhidos

porque eram bons ou justos, isso está claro. Nem foi porque tinham talento ou habilidades. Eram

pescadores, trabalhavam por dia, mansos e humildes.

Cristo chamou e escolheu os discípulos porque viu algo em seus corações. Ao olhar dentro deles, Ele

sabia que cada um se submeteria ao Espírito Santo.

Àquela altura, tudo que os discípulos tinham era uma promessa de Cristo quanto à Sua paz. A plenitude

desta paz ainda estava para lhes ser dada no Pentecostes. Foi quando o Espírito Santo viria e os

habitaria. E Ele começaria a tratar com todas as questões carnais deles.

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Da mesma maneira, você e eu fomos chamados e escolhidos. Quando você foi a Jesus, você o fez em

resposta ao chamado Dele. Você foi convencido, cortejado e ganho pelo Espírito Santo. E quando

recebeu a Cristo, você recebeu uma porção do Seu Espírito. A obra do Espírito continua em você até o

dia de hoje.

Mais, você ainda é chamado pelo Senhor. Os Seus dons e chamado s ão irrevogáveis. E como os

discípulos falhos e problemáticos, nós também fomos escolhidos para receber a paz de Cristo, em virtude

do chamamento Dele.

O ministério do Espírito Santo sempre foi revelar Cristo ao Seu povo. Jesus disse “Ele me glorificará,

porque há de receber do que é meu e vo-lo há de anunciar” (João 16: 14). Ele está dizendo em resumo,

“O Espírito Santo vos falará de Mim e dos Meus caminhos”.

Simplificando, nós recebemos a paz de Cristo a partir do Espírito Santo. Esta paz nos vem ao Espíri to

revelar Cristo em nós. Assim, quanto mais você quiser de Jesus, mais o Espírito lhe mostrará Dele – e

mais da real paz de Cristo você terá. É assim que obtemos a Sua paz.

Jesus disse que aqueles que O amam teriam fontes de água viva jorrando deles. Esta fonte começou a

borbulhar quando você foi salvo. Mas começa a se tornar um rio quanto mais você ansiar por Cristo.

Então, quando houver um constante fluxo do Espírito de Cristo – o Seu perdão, o Seu caráter, a Sua

humildade e obediência ao Pai – a paz Dele se tornará sua.

Os que são apaixonados para ser mais como Jesus receberão uma paz que não lhes pode ser tirada

Mostre-me um homem ou uma mulher cuja maior paixão seja se tornar mais como Cristo – cujo coração

esteja disposto a confiar no Espírito para remover toda pedra de tropeço – e lhe mostrarei alguém a quem

Satanás não pode derrotar. A paz de Cristo flui a todos os que estão resolvidos a confiar no Espírito

Santo para moldá-los à semelhança de Jesus.

Mas temos de atentar ao alerta de Cristo: “Aí vem Satanás”. Ninguém na terra será tão terrivelmente

atacado quanto a pessoa que se determinou a buscar este prêmio: conhecer a Cristo e ser um com Ele. A

quem Lhe buscar assim, O Senhor promete: “O Deus da paz, em breve, esmagará debaixo dos vossos

pés a Satanás” (Romanos 16: 20).

Este versículo não é de Cristo esmagando a cabeça da serpente no jardim. Isso já foi feito. Não, Paulo

está falando de Satanás sendo esmagado, derrubado e humilhado sob os pés de Cristo em você.

Vá à oração, e peça que o Espírito Santo lhe dê o suprimento diário de paz que Cristo prometeu.