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A importncia dos mananciais

A importncia dos mananciais

"Em seu processo de crescimento, a cidade foi invadindo os mananciais que outrora eram isolados e estavam distantes da ocupao urbana. E tambm muito importante frisar que toda ao que ocorre numa bacia hidrogrfica vai afetar a qualidade da gua desse manancial. No simplesmente a ao em torno do espelho d'gua que faz com que voc degrade mais ou menos. Muito pelo contrrio: pode ocorrer o surgimento de uma rea industrial distante desse espelho d'gua principal, mas com grande capacidade de poluio e, portanto, com possibilidade de degradar totalmente esse manancial. muito importante que a populao esteja consciente de que preciso disciplinar todo tipo de uso e ocupao do solo das bacias hidrogrficas, principalmente das bacias cujos cursos d'gua formam os mananciais que abastecem a populao." (Paulo Massato Yoshimoto - Engenheiro da SABESP) Os mananciais so fontes de onde se retira a gua para abastecimento e consumo da populao e outros usos, seja para indstria, agricultura, etc. Segundo a legislao, considera-se como manancial todo o corpo de gua interior subterrnea, superficial, fluente, emergente ou em depsito, efetiva ou potencialmente utilizveis para o abastecimento pblico. No h possibilidade de haver desenvolvimento harmnico sem a recuperao e manuteno da qualidade da gua do abastecimento pblico, pois a disponibilidade deste recurso um dos principais fatores limitantes do desenvolvimento. Portanto, quando definimos que uma determinada bacia um manancial de abastecimento, enfatizamos que todos os demais usos devem ser definidos de forma a garantir a qualidade e disponibilidade para este uso prioritrio. Atualmente, os mananciais encontram-se bastante deteriorados. As conseqncias imediatas disso so a poluio das guas, o comprometimento da sade e da qualidade do meio ambiente e a prpria extino dos mananciais.

Principais problemas

O desenvolvimento urbano uma das maiores causas da degradao dos mananciais. Os loteamentos clandestinos, no podendo ser atendidos pela infra-estrutura bsica de saneamento, acabam despejando seus esgotos nos mananciais, trazendo materiais orgnicos, coliformes e agrotxicos de plantaes prximas dos mananciais. Desta forma, no s a qualidade, mas a possibilidade de uso desta gua fica cada vez mais prejudicada. Alm disso, os recursos hdricos esto sendo comprometidos por desequilbrios ambientais resultantes do desmatamento e uso indevido do solo. O crescimento populacional em reas de mananciais gera a impermeabilizao do solo, remoo florestal, aumento de lanamento direto de lixo e esgoto e a localizao de aterros sanitrios em mananciais. Esta presso traz como efeitos qualidade da gua o aumento da DBO, coliformes e outros contaminantes. Entre as empresas de saneamento do Brasil, o desenvolvimento urbano foi considerado o fator que mais afeta a conservao dos mananciais. A imagem mostra uma foto de satlite da Represa Billings onde se v o avano da urbanizao (em tons avermelhados) sobre a rea do manancial (as reas negras).Os fatores industriais acarretam a reduo da disponibilidade da gua e a competio pela gua de boa qualidade para fins de abastecimento pblico e industrial, prximo a centros urbanos, competindo por um recurso com qualidade cada vez mais baixa. Os problemas rurais so influenciados inicialmente pela ampliao da fronteira agrcola, onde o impacto caracteriza-se principalmente pela derrubada da mata. A magnitude do impacto relaciona-se ao uso e manejo do solo adotado pela prtica agrcola. De maneira geral, a agricultura est degradando paulatinamente os recursos pela eroso do solo e o uso indiscriminado dos adubos nitrogenados e agrotxicos, onde h a gerao de agentes contaminantes na gua. Estes fatores e seus efeitos no ocorrem de forma isolada, havendo uma interrelao dos fatores urbanos, industriais e rurais na degradao dos mananciais e consequentemente na qualidade da gua.

http://www.fundacaofia.com.br/gdusm/importancia_mananciais.htm

A VISO HOLSTICA

Novas vises, saberes antigos A idia do holismo no nova. Ela est subjacente a vrias concepes filosficas ao longo de toda a evoluo do pensamento humano. O termo holismo origina-se do grego holos, que significa todo. No sculo VI antes de Cristo, o filsofo Herclito de feso j dizia "A parte diferente do todo, mas tambm o mesmo que o todo. A essncia o todo e a parte".

O todo e a parteNa verdade, partes e todo em sentido absoluto no existem. Tudo o que h na natureza, seja o homem, um minsculo inseto, uma molcula, ou at mesmo as grandiosas galxias que brilham na noite, so considerados todos, em relao s suas partes constituintes, mas tambm so partes de todos maiores. E tudo isso, todos e partes, esto interligados, so interdependentes, numa totalidade harmnica e funcional, numa perptua oscilao onde os todos e as partes se esclarecem mutuamente. Essa concepo holstica do Universo mostra a existncia viva de uma relao dialtica entre os fenmenos e sua essncia, entre o particular e o universal, entre a base material e a conscincia, entre a imaginao e a razo. Crise e fragmentao A viso holstica vem se colocar na poca atual como uma alternativa frieza e fragmentao de uma civilizao calcada em padres competitivos e centrada na obteno de bens materiais. A holstica no uma cincia, nem uma filosofia. No uma religio nem uma disciplina mstica. Tambm no constitui um paradigma cientfico, no sentido estrito que foi dado ao termo por Thomas Kuhn, no seu livro A Estrutura das Revolues Cientficas. to somente uma viso de mundo que vem se contrapor viso dualista, fragmentadora e mecanicista que despojou o ser humano da sua unidade, ao longo desses sculos de civilizao tecnolgica e de racionalismo exacerbado. A holstica basicamente uma atitude diante da realidade, uma forma de ver e compreender o mundo, um espao onde permitido um intercmbio dinmico entre Cincia, Arte, Filosofia e as Tradies Espirituais, sendo exatamente esse intercmbio que se prope como uma das mais criativas formas de enfrentamento dos desafios deste final de sculo.

No juntar, no separar Sendo uma atitude diante da vida, uma forma de compreender e de estar no mundo, o pensamento holstico permeia todos os nveis de atuao do indivduo. Admite todas as religies. Admite todos os sistemas filosficos. Mas no os mescla, no os mistura. Respeita o que cada um tem de importante e entende que a diversidade no somente aceitvel como at recomendvel e essencial para a riqueza e a fertilizao do pensamento.No exclui, no condena, no separa. No nega nem afirma. Trata, to somente de construir pontes, de estabelecer nexos e correlaes entre campos at ento considerados inconciliveis como entre a Cincia e o Misticismo, a Arte e a Filosofia. Considera que em cada coisa est representado o Todo e que este transcende a simples soma de suas partes. Dessa forma, fica claro que a viso holstica no se coloca como a nica ou a melhor viso, pois isso seria incorrer na mesma iluso messinica das ideologias polticas ou religiosas. Por isso no se contrape a nenhum sistema de idias, a nenhuma teoria. Holstica e ecologia O pensamento holstico profundamente ecolgico, e de acordo com ele, o indivduo e a natureza no esto separados, mas formam um conjunto impossvel de ser dissociado. Por isso que qualquer forma de agresso natureza e ao meio ambiente, para a abordagem holstica, pura e simplesmente uma forma de suicdio. Holstica e contracultura Apesar de baseado em idias muito antigas, que se confunde com as origens do pensamento humano, o movimento holstico nasceu nos movimentos contraculturais e filosficos da dcada de 60. Dessa forma, encontra pontos de contato com o movimento anti-nuclear, o surgimento da conscincia feminista, o movimento de simplicidade voluntria, o renascimento das tradies espirituais, a medicina alternativa, as lutas de libertao tnica, a conscincia ecolgica. Todas essas bandeiras de luta tm um carter comum, que reside na resistncia aos padres predominantes na nossa sociedade dominada pelo paradigma mecanicista, onde o ser humano torna-se o predador do seu semelhante. Esses padres, calcados na tendncia auto-afirmao excessiva, implicam em poder, controle e dominao dos outros pela fora, numa classe organizada dominante, em posies de poder mantidas de acordo com hierarquias sexistas e racistas, na nfase na competio e no na cooperao, e no endeusamento de uma tecnologia que tem por meta o controle, a produo em massa e a padronizao.

Holstica e conhecimento Um dos aspectos mais importantes da abordagem holstica que, sendo uma forma de encarar a realidade, seus conceitos podem ser aplicadas s mais diferentes reas do conhecimento. Ao mudar nosso olhar sobre o mundo, comeamos a ver possibilidades novas, impossveis de serem visualizadas antes. Vislumbramos uma forma diferente de encarar a sade e a doena, o processo de cura, e a Morte. Alcanamos um maior entendimento do que se passa durante o processo de ensino-aprendizagem, e de quais estratgias so mais adequadas para obter um melhor rendimento de nossas escolas aproveitando de maneira mais criativa as infinitas potencialidades do nosso crebro. Despertamos para novas abordagens na psicologia que extrapolam os limites do pessoal e nos mergulham em nveis chamados transpessoais, e nos damos conta da importncia existencial e teraputica dos estados ampliados de conscincia. Descobrimos tambm maneiras inusitadas de se administrar empresas, com a possibilidade de progredir e ter lucros aumentados mesmo em pocas de crise, e mais, dentro de uma relao harmnica com o meio ambiente. E podemos tambm participar de uma prtica poltica instigante, repleta de significado, amor ao prximo, e realizao enquanto ser humano, alm de estarmos prontos para relacionamentos humanos mais prazerosos e criativos, onde haja um clima de alegria, respeito, amor e compreenso, e, sobretudo, de liberdade. E, finalmente, uma vez despertada a conscincia holstica, descobrimos que a Arte deve estimular o respeito vida, sensibilidade e beleza, garantindo-se como uma forma consciente de assumir as novas vises.