A Indústria do Petróleo revisada (1)

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Sumário Apresentação............................................... ........................................................... .......04 - A Indústria do Petróleo................................................... ...........................................05 Petróleo o Ouro Negro................................................. ........................................05 Origem................................................ ...................................................... ...........05 - A Indústria do Petróleo no Mundo...................................................... ......................06 Histórico............................................. ...................................................... ............06 Histórico Bíblico............................................... ...................................................07 - Perfuração................................................. ........................................................... .......07 Armênia, fronteira com a Grécia – 1260 nossa Era.............................................08 Europa – Idade Média em diante................................................ .........................08 Noroeste da Pensilvânia – Estados Unidos – 1853 – Uma primeira visão do futuro................................................ ...................................................... .............08 1

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Sumário

Apresentação.................................................................................................................04

- A Indústria do Petróleo..............................................................................................05 Petróleo o Ouro Negro.........................................................................................05 Origem.................................................................................................................05

- A Indústria do Petróleo no Mundo............................................................................06 Histórico...............................................................................................................0

6 Histórico Bíblico..................................................................................................07

- Perfuração...................................................................................................................07 Armênia, fronteira com a Grécia – 1260 nossa Era.............................................08 Europa – Idade Média em diante.........................................................................08 Noroeste da Pensilvânia – Estados Unidos – 1853 – Uma primeira visão do

futuro...................................................................................................................08 Hanover, Estado New Hampshire – Estados Unidos – Mesmo ano 1853 – Uma

segunda visão do futuro.......................................................................................08 Nova York – Um quente de 1856 – A terceira e definitiva visão do futuro –

Surge a Standard Oil – 1865................................................................................09 Rockefeller faz um plano estratégico para a Standard

Oil...................................10 Rockefeller a figura mais importante da formação da Indústria do Petróleo

começa a adquirir as grandes refinarias...............................................................11 Ações de Rockefeller...........................................................................................11 O caso Rockefeller...............................................................................................11 A reação aos trustes.............................................................................................11 As determinações da Lei

Sherman.......................................................................12 A magnitude da presença da Standard Oil CO....................................................12 A Standard Oil é condenada................................................................................12

- A História do Petróleo no Brasil................................................................................13 Auto Suficiência..................................................................................................14 Pré- Sal: Uma longa

distância..............................................................................14 Oportunidades de trabalho (Comperj).................................................................15

- Aquisição, Beneficiamento/ Processamento e Distribuição.....................................15

- Segmento da Indústria do Petróleo............................................................................16 Exploração...........................................................................................................1

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Explotação...........................................................................................................16

Transporte............................................................................................................16

Refino...................................................................................................................16

Distribuição..........................................................................................................16

- Projetos de Exploração e Produção..........................................................................16 Risco Geológico..................................................................................................16 Risco Negocial.....................................................................................................16 Risco Político......................................................................................................16

- Reservas de Petróleo e Gás........................................................................................16- Classificação das Reservas.........................................................................................17

Reservas Provadas...............................................................................................17 Reservas Prováveis..............................................................................................17 Reservas Possíveis...............................................................................................17 Reservas Totais....................................................................................................17

- Geofísica: Métodos de Pesquisa.................................................................................17 Gravitacional........................................................................................................1

8 Magnético............................................................................................................18 Elétricos...............................................................................................................18 Resistividade........................................................................................................18 Potencial Espontâneo...........................................................................................19 Polarização Induzida...........................................................................................19 Magnetotelúrico...................................................................................................19 Bletromagnético...................................................................................................19 Sísmicos...............................................................................................................19

- Reflexão............................................................................................................19- Refração............................................................................................................20

Radioativo............................................................................................................20 Perfilagem de poços.............................................................................................20

- Campos Marginais ou Maduros.................................................................................21- Perfuração de Poços....................................................................................................21

Desenvolvimento de Campo de Petróleo e gás...................................................21

Início da Perfuração.............................................................................................21 Para facilitar o processo.......................................................................................22 Perfuração em fases.............................................................................................22 Testes de formação..............................................................................................22

- Brocas...........................................................................................................................22

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Brocas de Lâmina de Aço...................................................................................22 Brocas de Diamante Natural................................................................................23 Brocas de Diamante Sintético (PDC)..................................................................23 Brocas Tricônicas................................................................................................24

- Classificação do Petróleo quanto à sua composição.................................................24 Parafínico.............................................................................................................24 Naftênico..............................................................................................................2

4 Aromático............................................................................................................25

- Produção de Petróleo..................................................................................................25- Tratamento do Petróleo..............................................................................................25- Transporte do Petróleo, gás e derivados...................................................................25- Grau API......................................................................................................................25

Formulação..........................................................................................................25

- Classificação do Petróleo segundo o grau API.........................................................25 Petróleo leve ou de base

parafínica......................................................................26 Petróleo médio ou de base

naftênica....................................................................26 Petróleo pesado ou de base Aromática................................................................26 Petróleo extra-

pesado...........................................................................................26

- Organização Nacional da Indústria do Petróleo – ONIP.......................................26 Missão ONIP......................................................................................................26 Objetivo..............................................................................................................27 Foços de atuação estratégica...............................................................................27 Modos de atuação................................................................................................27 Fatores Críticos de Sucesso.................................................................................27

- Lei do Petróleo.............................................................................................................27 Definição Técnica................................................................................................27 Definição Química...............................................................................................27

- Royalties.......................................................................................................................27- Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).......................28

ANP regula..........................................................................................................28 Contrata................................................................................................................2

8 Fiscaliza...............................................................................................................28

- Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP)................................29 Missão..................................................................................................................29 Objetivo...............................................................................................................29 Princípios e Valores.............................................................................................30

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- Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP)....................................30 Objetivo...............................................................................................................30 Fazem parte da organização os seguintes países.................................................30 Brasil na

OPEP?...................................................................................................30 Curiosidade..........................................................................................................30

Apresentação

Nossa espécie se aproveitou das estranhas e maravilhosas propriedades do petróleo bruto por milênios. Contudo foi só no século passado que construímos formas completas de viver a partir de seu poder, utilizando petróleo para colocar os carros em movimento, fazer os aviões voar, tornar as casas aquecidas e iluminadas, os hospitais esterilizados e os supermercados repletos de frutas e legumes frescos.Hoje, um sexto de toda a economia global é dedicado ao tremendo esforço de obter petróleo dos depósitos dispersos pela crosta terrestre. Do nascimento à morte, nossa mobilidade, saúde e manutenção dependem, de várias maneiras, do óleo cru e de seus derivados. Crianças vem ao mundo com a ajuda de mão enluvadas, são envolvidas em cobertores de poliéster e levadas rapidamente para se esquentar com aquecedores a óleo. Mais tarde, afiveladas a motores reluzentes, movidos a petróleo, ampliarão de forma gloriosa o alcance e o poder de seus corpos frágeis e macios.Enquanto os oleodutos mantiverem seu fluxo, não pensaremos com muita freqüência na nossa dependência do petróleo. Porém, às vezes, somos atingidos por uma ansiedade paralisante. Quanto ainda existe? Por quanto tempo irá durar? O que virá a seguir?Está apostila foi elaborada para você adquirir informações em relação a indústria do petróleo, sua origem e conhecer seus percussores; A história, vista dessa forma, deixa de ser um conjunto de informações sobre o passado e se torna um vasto campo de reflexão. Iremos abordar deste as primeiras teorias aos tempos modernos.Você deverá estar preparado para o exercício de papéis flexíveis e polivalentes, assim como para a cooperação e a interação, o trabalho em equipe.Soma-se, ainda, que a produção constante de novos conhecimentos e tecnologias exigirá de você a atualização contínua de seus conhecimentos

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profissionais, evidenciando a necessidade de uma formação consistente que lhe proporcione maior adaptabilidade a essa nova dinâmica do mercado de trabalho. Mais do que capacitar um profissional, estamos buscando formar cidadãos.Seja Bem- vindo aos Módulos de Gestão em Petróleo e Auxiliar de Plataformista.

A Indústria do Petróleo: Petróleo – o ouro negro.

O Petróleo - (do latim petroleum, petrus = pedra e oleum = óleo, do grego πετρέλαιον (petrélaion), "óleo da pedra", do grego antigo πέτρα (petra), pedra + έλαιον (elaion) óleo de oliva, qualquer substância oleosa.), no sentido de óleo bruto, é uma substância oleosa, inflamável, geralmente menos densa que a água, com cheiro característico e coloração que pode variar desde o incolor ou castanho claro até o preto, passando por verde e marrom (castanho).

Combinação complexa de hidrocarbonetos, composta na sua maioria de hidrocarbonetos alifáticos, alicíclicos e aromáticos, podendo conter também quantidades pequenas de nitrogênio, oxigênio, compostos de enxofre e íons metálicos, principalmente de níquel e vanádio. Esta categoria inclui petróleos leves, médios e pesados, assim como os óleos extraídos de areias impregnadas de alcatrão. Materiais hidrocarbonatados que requerem grandes alterações químicas para a sua recuperação ou conversão em matérias-primas para a refinação do petróleo tais como óleos de Xisto crus, óleos de xisto enriquecidos e combustíveis líquidos de hulha não se incluem nesta definição.

O petróleo é um recurso natural abundante, porém sua pesquisa envolve elevados custos e complexidade de estudos. É também atualmente a principal fonte de energia. Serve como base para fabricação dos mais variados produtos, dentre os quais destacam-se: benzinas, óleo diesel, gasolina, alcatrão, polímeros plásticos e até mesmo medicamentos. Já provocou muitas guerras, e é a principal fonte de renda de muitos países, sobretudo no Oriente Médio.

Além de gerar a gasolina que serve de combustível para grande parte dos automóveis que circulam no mundo, vários produtos são derivados do petróleo como, por exemplo, a parafina, GLP, produtos asfálticos, nafta petroquímica, querosene, solventes, óleos combustíveis, óleos lubrificantes, óleo diesel e combustível de aviação.

Origem

A hipótese mais aceita leva em conta que, com o aumento da temperatura, as moléculas do querogênio começariam a ser quebradas, gerando compostos orgânicos líquidos e

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gasosos, num processo denominado catagênese. Para se ter uma acumulação de petróleo seria necessário que, após o processo de geração (cozinha de geração) e expulsão, ocorresse à migração do óleo e/ou gás através das camadas de rochas adjacentes e porosas, até encontrar uma rocha selante e uma estrutura geológica que detenha seu caminho, sobre a qual ocorrerá a acumulação do óleo e/ou gás em uma rocha porosa chamada rocha reservatório.

É de aceitação para a maioria dos geólogos e geoquímicos, que ele se forme a partir de substâncias orgânicas procedentes da superfície terrestre (detritos orgânicos), mas esta não é a única teoria sobre a sua formação.

Uma outra hipótese, datada do século XIX, defende que o petróleo teve uma origem inorgânica, a partir dos depósitos de carbono que possivelmente foram formados com a formação da Terra.

Resumindo, há inúmeras teorias sobre o surgimento do petróleo, porém, a mais aceita é que ele surgiu através de restos orgânicos de animais e vegetais depositados no fundo de lagos e mares sofrendo transformações químicas ao longo de milhares de anos. Substância inflamável possui estado físico oleoso e com densidade menor do que a água. Sua composição química é a combinação de moléculas de carbono e hidrogênio (hidrocarbonetos).

Ao contrário do que se pensa, o petróleo não permanece na rocha que foi gerado – a rocha matriz – mas desloca-se até encontrar um terreno apropriado para se concentrar.Esses terrenos são denominados bacias sedimentares, formadas por camadas ou lençóis porosos de areia, arenitos e/ou calcário . O petróleo aloja-se ali, ocupando os poros rochosos como forma de “lagos”. Ele acumula-se, formando jazida. Ali são concentrados o gás natural, na parte mais alta, e petróleo e água nas mais baixas.

A Indústria do Petróleo no Mundo

Histórico:

Uma substância natural rica em carbono e hidrogênio, lodosa, Semi-sólida, chamada betume, também conhecida como asfalto, assoma à superfície através de fendas e fissuras e é largamente utilizada, acredita-se que desde 5000 a.C., relatos históricos afirmam o seu uso em construção de templos, na forma de betume para assentamento de tijolos; os fenícios utilizavam na calafetação de embarcações.

Fenícios.

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Os Egípcios o utilizavam na pavimentação de estradas, embalsamento de mortos e na construção das pirâmides.

Egípcios.

Nabucodonosor o usou na construção dos jardins suspensos da Babilônia.

Nabucodonosor.

Históricos bíblicos:

Noé o usou na forma de betume, para calafetação de sua arca.

Faze para ti uma arca de madeira de gôfer; farás compartimentos na arca, e a revestirás de betume por dentro e por fora. (Gênesis 6: 14).

“(...), tomou uma arca de juncos, e a revestiu com barro e betume; e, pondo nela o menino, a pôs nos juncos à margem do rio”. (Êxodo2:3).

Moisés.

Os Gregos e Romanos dele lançaram mão para fins bélicos.

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Gregos e Romanos.

Perfuração

Teve inicio com os chineses que, no solo, a procura por sal usavam uma perfuradora feita de madeira e bambu e realizava o trabalho por meio de pancadas. ( métodos de percussão).

Ao escavarem poços em busca de sal, os chineses descobrem óleo e gás que devidamente canalizados são usados na iluminação e como combustível.

Posteriormente Marco Polo fará referência ao uso de “pedras negras que são queimadas como se fossem pedaços de madeira”, ou seja, o uso de carvão mineral conhecido na China desde o início da era cristã.

Armênia, fronteira com a Geórgia – 1260 de nossa era

Marco Polo em sua viagem à China, passa pela Armênia e na fronteira com a Geórgia observa e relata em seu livro das maravilhas uma grande fonte da qual “sai um licor semelhante ao óleo em tal abundância que podem carregar-se sem navios de uma só vez”.

O maior viajante de todos os tempos nota que o óleo era utilizado para a queima e servia também para untar os camelos protegendo de doenças.

Europa – Idade Média em diante

Estranhamente, o conhecimento sobre o petróleo ficaria restrito ao Oriente e, com raras exceções, não chegaria ao Ocidente. Tal fato se explique porque as ocorrências de betume ficavam além das fronteiras do Império Romano, sendo relatado apenas como curiosidade, não sendo transmitidas as futuras nações Ocidentais.

Mas há relatos que dão conta, a partir da Idade Média, da ocorrência de petróleo em algumas localidades da Europa, sendo os poços cavados manualmente pelos camponeses. A técnica do refino chegou à Europa transmitida pelos árabes, mas o petróleo é usado apenas como uma panacéia por antigos monges e médicos.

Noroeste da Pensilvânia – Estados Unidos – 1853 – Uma primeira visão do futuro.

George Bissell era um professor e advogado em Nova York, que se auto sustentava desde os doze anos. Ele falava muitas línguas mas também tinha um faro excepcional para negócios.

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Em 1853, de volta à sua terra natal, Bissell, quando ia visitar sua mãe, passa pelo oeste do Estado da Pensilvânia e vê, pela primeira vez, naquela região isolada dos Estados Unidos. O “óleo de pedra” borbulhando nos mananciais ou vazando nas minas de sal das florestas da região.

Era conhecido como “óleo de sêneca” em homenagem aos índios da localidade, que transmitiram aos brancos o conhecimento de sua utilidade como remédio tanto para os homens como para os animais.

Hanover, Estado New Hampshire – Estados Unidos – Mesmo ano de 1853 – Uma segunda visão do futuro

Mais tarde George Bissell, após visitar sua mãe, vai rever sua antiga faculdade Dartmouth College e eis que uma garrafa em cima de um armário na sala de um professor, chama-lhe a atenção. Na garrafa há uma amostra daquele mesmo óleo de pedra da Pensilvânia, muito utilizado como remédio. Ele sabia que aquele líquido negro e viscoso era inflamável e, no lampejo concebeu a idéia de que o óleo podia ser utilizado não como remédio mas sim como iluminante.

Naquela época o mundo e especialmente os Estados Unidos viviam uma grande crise relacionada com a iluminação. A explosão populacional e a Revolução Industrial aumentaram sobremaneira a necessidade de um iluminante que até então se baseava no uso de um simples pavio impreguinado de alguma gordura animal ou óleo vegetal. Os mais abastados usavam o óleo de baleia, de melhor qualidade mas de preço mais alto. Mas os cachalotes do Atlântico já estavam em processo de dizimação e os preços com isso se elevavam muito.

Havia outros produtos como o canfeno, o derivado de terebintina que soltava muita fumaça e as vezes costumava explodir na casa das pessoas. As ruas e algumas casas eram iluminadas pelo chamado gás urbano, destilado do carvão que era colocado nos lampiões. Mas o gás era caro e pouco confiável e em 1854 o canadense Abraham Gesner desenvolveu um processo para extrair o óleo do carvão ou do asfalto. Chamou o produto de “querosene” de “keros” e “elaion”, palavras gregas que significam “cera” e “óleo”.

Mas o problema principal ainda persistia, ou seja, o custo era muito elevado e a quantidade produzida insuficiente. Bissell sabia que sua idéia só vingaria se ele conseguisse resolver esses dois problemas: um óleo iluminante que pudesse existir em grande quantidade e que pudesse ser fabricado a baixo custo. Seu entusiasmo era tanto que conseguiu arrecadar o suficiente para contratar um renomado professor de química da universidade de Yale que faria uma pesquisa na região e analisaria detalhadamente o produto.

Os resultados foram amplamente favoráveis. O óleo podia ser elevado à vários níveis de ebulição e com isto ser refinado obtendo como subproduto o óleo iluminante de altíssima qualidade. Bissell funda a Pennsylvania Rock Oil Company, no entanto, surge uma nova dúvida: haveria bastante óleo à disposição ou, como muitos diziam, eram apenas uns gotejamentos das fendas subterrâneas do carvão?

Nova York – Um dia quente de 1856 – A terceira e definitiva visão do futuro

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Bissell que já tivera dois lampejos anteriores teria, numa tarde quente de verão nova iorquino, uma terceira visão que seria definitiva para a implantação da indústria do petróleo, ao se refugiar do calor, procura abrigo no toldo de uma farmácia e vê então uma vitrine a propaganda de um remédio feito à base de petróleo. O cartaz mostrava várias torres de perfuração das que eram usadas nos poços de sal, onde o petróleo acabava aparecendo como uma espécie de subproduto. A técnica de perfuração de poços de sal havia sido desenvolvida pelos chineses há mais de um século e meio, alcançado quase 1000 metros de profundidade, da China a técnica foi importada pela Europa e de lá chegou aos Estados Unidos, Bissell logo vislumbrou uma possibilidade nova: porque não utilizar a mesma técnica de perfuração do sal para o petróleo? E assim foi feito Bissell contrata Edwin L. Drake e sua equipe para perfurar poços na Pensilvânia.

Coronel Drake

Mas inúmeras dificuldades surgiram num processo interminável de erros e acertos com todos achando que Bissell e seus companheiros eram loucos, quando o processo já estava quase sendo abortado, em 27 de agosto de 1859, a broca ao atingir 21 metros de profundidade deslizou mais alguns centímetros e fez jorrar petróleo no poço, dando início a uma agitação similar a corrida do ouro da Califórnia. Estava nascendo “a luz da Era” uma iluminação forte, brilhante e barata.

Bissell, naturalmente ficou rico, mas fez inúmeras obras filantrópicas doando dinheiro para a construção de um ginásio no DARTMOUTH COLLEGE onde ele havia visto a garrafa de óleo de pedra que lhe permitiu uma visão do futuro.

Além do querosene outros usos do petróleo foram sendo incorporados como a vaselina e a parafina e, principalmente, como lubrificante, essencial para o bom funcionamento das máquinas da nascente atividade industrial; “corrida do óleo” com novas descobertas, desconhecimento em como controlar os fluxos de produção de forma adequada.

Grandes flutuações de produção e de preços.

- 1859 US$ 20,00/b

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- 1861 US$ 0,50/ b – super produção.

Obs: Transporte do óleo era feito por carroceiro por barris de madeira.

Surge a STANDARD OIL - 1865

A empresa de Rockefeller que levava iluminação barata aos locais mais remotos da Terra. Surgi o conceito de “Truste” a situação em que a pessoa ou empresa possui ou controla o número suficiente de produtores de certos artigos de modo a poder controlar livremente o preço dele.

Rockefeller faz um plano estratégico para Standard Oil

- Controle majoritário da refinação

- Padronizar a qualidade do produto

- Minimizar preços. Eliminar concorrentes

- Intermediar o transporte ferroviário. Controle

- Internacionalizar operações.

Rockefeller a figura mais importante da formação da indústria do Petróleo começa a adquirir as grandes refinarias

Monopólio do Refino

- 1890 90% da capacidade do refino dos EUA.

Obs: Em 1877 Thomas Edson inventa eletricidade com menos preço, qualidade superior e que não requeria nenhuma atenção especial do usuário. Entretanto, enquanto o mercado de iluminação estava prestes a desaparecer, outro começava a se abrir – o da “carruagem sem cavalo” – o automóvel.

Ações de Rockefeller.

Impõe preços baixos para petróleo e mantém o querosene a baixo preço: US$ 0,70 – 1,00/ galão.

Constroi oleodutos, baixando ainda mais os custos logísticos de transporte.

Consolida o monopólio da STANDARD OIL.

Atua com a companhia em todos os Estados americanos.

Em 1888 compra várias áreas de produção. Em 1890, a STANDARD já produz 25% do petróleo Norte-americano.

O Caso Rockfeller

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Em 1890 Rockfeller controla 85% do mercado americano e 70% das atividades se fazem fora dos EUA.Começam a existir preocupações por parte do governo e da sociedade com a grandiosidade e o pederio da STANDARD OIL.

A Reação aos Trustes

Publicando reportagens bombásticas em revista ou em jornais de grande circulção, os muckrakers (os “removedores de esterco” como pejorativamente eles foram chamados pelo Presidente Theodor Roosevelt), contribuiram notavelmente para mobilizar a opinião pública afim de que se criassem mecanismos legais para refrear o capitalismo selvagem vigente.O caso mais espetacular de denúncias feitas por eles foi o da jornalista Ida Tarbell que, em 1904 editou a série The history of the Standard Oil Co., revelando os truques baixos daquela empresa petrolífera de John D. Rockefeller (que naquela época refinava 84% do óleo americano).

A reportagem, com alto nivel de pesquisa, seguramente estimulou para que quase em seguida, em 1906, o próprio Presidente Theodor Roosevelt entrasse na justiça federal com um processo contra a Standard Oil Co. acusando-a de práticas monopolistas.Com esse ato o Presidente passou a ser apelidado de “trust buster”, “o espancador dos trustes”.Aprovada a Lei Sherman antitruste, de 1890, ambas refletindo, segundo o historiador Edward Kirkland, “a vontade geral” do país de por um fim nos desmandos e no aberto despotismo do big money, representados pelos dois mamutes do capitaslimo norte-americano, J.D.Rockefeller e J.P.Morgan.

As determinações da Lei Sherman

Todo contrato, combinação em forma de truste ou outra qualquer, ou conspiração para restringir o comércio entre os diversos estados ou com nações estrangeiras é declarada ilegal.

Toda pessoa que monopolize ou tente monopolizar qualquer ramo da indústria ou do comércio entre os diversos estados ou com nações estrangeiras será considerada culpada.

A Magnitude da presença da Standard Oil Co.

Transporte Mais de ¾ do petróleo de Ohio, Pensilvânia e Indiana.

Refino Refinava o equivalente a ¾ do óleo cru do país inteiro.

Vagões de trem Tinha 50% dos vagões cisternas do país, especiais para transporte de petróleo.

Abastecimento Era responsável pelo fornecimento de 9/10 dos lubrificantes ferroviários.

Frota Tinha 75 vapores e 19 veleiros adaptados para servir como petroleiros.

A Standard Oil é condenada

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A batalha jurídica da administração Roosevelt contra Rockfeller se entendeu em 1911, quando a Suprema Corte Federal confirmou a sentença proferida em 1909 a Standard Oil Co. deveria de fato ser desmembrada.O grande polvo doi obrigado pela lei a desfazer-se dos seus tentáculos, o grande truste petrolífero da Standard Oil Co. foi obrigado a separar-se em 39 outras empresas.

A Standard Oil de Nova Jérsei passou a denominar-se Esso(depois Exxon), outra chamou-se de Móbil Oil, outra Chevron( as demais forma batizadas de Sohio; BP; Amoco;Continental Oil; e ainda a Atlantic).

Quando a Rockefeller nada de mal lhe ocorreu. A viva rejeição dele à sugestão que lhe deram de vender uma boa parte das suas ações(ele controlava 24% do Truste) antes que o Supremo Tribunal se manifestasse pela dissolução da Standard Oil, foi seu último lance de gênio.Mesmo divididas, as empresas de petróleo, graças à proliferação da indústria automobilística, continuaram a render fábulas aos seus proprietários.Em 1912, um ano depois da perda do processo, Rockefeller viu seu patrimônio acionário duplicar, deixando ele e seu clã ainda mais endinheirados, reafirmando-o como homem mais rico de toda história da América do Norte.Quando ele finalmente faleceu 1937, aos 98 anos de idade, ele era uma lenda americana e um símbolo de uma etapa do capitalismo que a sociedade ianque desejou enterrar com ele.

A História do Petróleo no Brasilde percuss

Em 1938, foi perfurado o primeiro poço de petróleoem território nacional. Foi no município de Lobato, na bacia do Recôncavo Baiano.Com a criação do Conselho de Nacional de Petróleo (CNP), o governo passou a planejar, organizar e fiscalizar o setor petrolífero.

Em 1953, Getúlio Vargas criou a Petrobras e instituiu o monopólio estatal na extração, transporte e refino de petróleo no Brasil; monopólio exercido até 1995. Com a crise do petróleo, em 1973, houve a necessidade de se aumentar a produção interna para diminuir aimportação de petróleo, mas a Petrobras não tinha capacidade de investimento.

O governo brasileiro, diante dessa realidade, autorizou a extração por parte de grupos privados, através da lei dos contratos de risco. Se uma empresa encontrasse petróleo, os investimentos feitos seriam reembolsados e ela se tornaria sócia da Petrobras naquela área. Caso a procura resultasse em nada, a empresa arcaria sozinha com os prejuízos da prospecção.

Foram feitos dez contratos com empresas nacionais e estrangeiras, mas nenhuma achou petróleo. Desde 1988, com a promulgação da Constituição Federal, esses contratos estão proibidos, o que significa a volta do monopólio de extração da Petrobras.Em 1995, foi quebrado o monopólio da Petrobras na extração, transporte, refino e importação de petróleo e seus derivados. Desde então, o Estado pode contratar empresas privadas ou estatais que queriam atuar no setor.

Possuindo 13 refinarias, 11 delas pertencentes à União, o Brasil ainda precisa importar óleo refinado. O petróleo sempre é refinado junto aos centros, ou seja, próximo aos grandes centros consumidores, isso ajuda a diminuir os gastos com transportes.

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Em 1973, o Brasil produzia apenas 14% do petróleo que consumia, o que nos colocava numa posição bastante frágil e tornava a nossa economia suscetível às oscilações externas no preço do barril. Já em 1999, o país produzia cerca de 62% das necessidades nacionais de consumo.

Essa diminuição da dependência externa relaciona-se à descoberta de uma importante bacia petrolífera em alto-mar, na plataforma continental de Campos, litoral Norte do estado do Rio de Janeiro. Hoje essa bacia ainda é responsável por mais de 65% da produção nacional de petróleo.

Ainda na plataforma continental, destacam-se os estados de Alagoas, Sergipe e Bahia, que juntos são responsáveis por cerca de 14% da produção do petróleo bruto. No continente, a área mais importante é Mossoró, seguida do Recôncavo Baiano.Mais da metade do petróleo consumido no Brasil é gasto no setor de transporte, cujo modelo de desenvolvimento é o rodoviarismo.

Essa opção é a que mais consome energia no transporte de mercadorias e pessoas. Por isso há a necessidade de o país investir em transportes ferroviários e hidroviários, para diminuir custos e o consumo de uma fonte não renovável de energia.

A sociedade atual ou sociedade da informação é extremamente dependente do petróleo para o seu desenvolvimento. Como se trata de um combustível fóssil e, portanto, de uma fonte de energia não renovável, suas reservas estão se esgotando pouco a pouco. Apesar dos sérios impactos causados ao meio ambiente, sua alta viabilidade econômica faz com que ele continue sendo explorado.Após a quebra do monopólio da Petrobras, surgiram diversos novos players na exploração.Criou-se, então, em 1998, Agência Nacional do Petróleo (ANP), órgão subordinado ao Ministério de Minas e Energia, encarregado da regulamentação das atividades de exploração,refino, armazenagem, transporte e consumo de petróleo. Em suma, a história do petróleono Brasil pode ser dividida em quatro fases distintas:1. Até 1938, com as explorações sob o regime da livre iniciativa.Neste período, a primeira sondagem profunda foi realizada entre 1892 e 1896, no município de Bofete, estado de São Paulo, por Eugênio Ferreira Camargo.2. Nacionalização das riquezas do nosso subsolo, pelo governo federal e a criação do Conselho Nacional do Petróleo, em 1938.3. Estabelecimento do monopólio estatal, durante o governo de Getúlio Vargas que, a 3 de outubro de 1953, promulgou a Lei 2004, criando a Petrobras. Foi uma fase marcante na história do nosso petróleo, pelo fato de a Petrobras ter nascido do debate democrático, atendendo aos anseios do povo brasileiro e defendida por diversos partidos políticos.4. Flexibilização do monopólio, conforme a Lei 9.478, de 6 de agosto de 1997.Auto-suficiênciaA decreto de nacionalização de Evo Morales, presidente da Bolívia acabou ofuscando as comemorações do governo brasileiro pela auto-suficiência em petróleo no Brasil, anunciada 10 dias antes, em 21 de abril de 2006, durante o início das operações da plataforma P-50, na Bacia de Campos, que contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A estrutura é a maior em operação no Brasil, acrescentando à produção nacional 180 mil barris de petróleo diariamente. Unidade flutuante do tipo FSPO (produz, processa, armazena e escoa o óleo e o gás), a P-50 responde sozinha por 11% de todo o óleo extraído no país. Além de produzir petróleo, a plataforma tem capacidade de comprimir seis milhões de metros cúbicos de gás natural e de estocar outros 1,6 milhão de barris de petróleo.

Problemas na plataforma, porém, atrasaram em dois meses a tão sonhada autosuficiência sustentada. A estatal fechou o ano com produção de quase 2 milhões de barris por dia – 200 milhões a mais que o consumo médio do país, de 1,8 milhão de barris por dia.De acordo com o conceito adotado pela Petrobras, a autosuficiência é conquistada a partir do momento em que há disponibilidade de petróleo produzido nos campos nacionais em volume

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igual ou superior ao consumo e à capacidade de refino do país para atender à demanda do mercado brasileiro.

Pré-Sal – Uma longa históriaTupi. Este é o nome informal do campo de petróleo que colocou os holofotes da indústria internacional de petróleo sobre o Brasil. Na seqüência vieram Júpiter e os demais campos do chamado pré-sal:

Parati, Carioca, Bem-te-vi e Caramba, entre outros, por enquanto.

O pré-sal, é uma área que se estende por 800 km, do Espírito Santo a Santa Catarina, e pode conter bilhões de barris de óleo equivalente (boe). Somente no campo de Tupi, na bacia de Santos, a reserva estimada pela estatal é de entre 5 e 8 bilhões de boe.

O Brasil tomou conhecimento da chamada camada do pré-sal em novembro de 2007, quando a Petrobras veio a público informar sobre a descoberta do megacampo de Tupi, na Bacia de Campos.

Sobre o campoA função do sal é segurar o petróleo.Trata-se de uma camada impermeável, que funciona como se fosse uma tampa. E quando não está fraturada, segura todo o óleo debaixo dela. Por coincidência, a rocha que gera todo o petróleo das bacias de Santos, Campos e Espírito Santo está debaixo do sal.Dessa forma, todo o petróleo que descobrimos antes do pré-sal escapou por falhas ou fraturas dessa camada, e se depositou nos reservatórios do pós-sal, como acontece na Bacia de Campos. Nas áreas em que o sal está intacto, todo o óleo está guardado. Há alguns anos as pessoas diziam que o principal problema eram as condições físicas desses reservatórios ultraprofundos. Que seria preciso atravessar uma camada muito espessa de sal e que a temperatura seria muito alta, talvez até superior a que possibilitasse a preservação de hidrocarbonetos.

Os geólogos dizem que, na opinião de algumas pessoas, o que estivesse lá embaixo estaria destruído. Outras diziam que no pré-sal havia a rocha que gerou o óleo, mas não tinha a rocha-reservatório. Mas depois da primeira perfuração, a duras penas, descobriu-se que se tratava de um paradigma infundado, porque o sal não só é selante, mas também tem uma condutividade muito grande de calor, permitindo que lá embaixo fique mais frio. E por ser flexível, age como se fosse um colchão, e não permite que a pressão seja transmitida para as outras camadas.“Essa formação tem quase 2.000 km, e se estende desde o Espírito Santo a Santa Catarina. Isso quer dizer que existe uma área de 2.000 km onde as mesmas condições geológicas de Tupi podem se repetir várias vezes, e que podemos descobrir mais dois, três, quatro, seis ou mais campos como o de Tupi sem nenhum problema.”

Oportunidades de Trabalho

Comperj – Complexo Petroquímico do Rio de JaneiroSerá construído numa área de 45 milhões de metros quadrados localizada no município de Itaboraí, com um investimento previsto em torno de US$ 8,38 bilhões. A produção de resinas termoplásticas e combustíveis consolidará o Rio de Janeiro como grande concentrador de oportunidades de negócios no setor, estimulará a instalação de indústrias de bens de consumo que têm nos produtos petroquímicos suas matérias primas básicas e irá gerar cerca de 212 mil empregos diretos, indiretos e efeito renda, em âmbito nacional. Com início de operação previsto para 2012, o Comperj tem como principa objetivo aumentar a produção nacional de produtos petroquímicos, como processamento de cerca de 150 mil barris/dia de óleo pesado nacional.Por sua dimensão o Comperj transformará o perfil sócio econômico da região de influência do empreendimento que inclui os municípios de Cachoeiras de Macacu, Casimiro de Abreu, Guapimirim, Itaboraí, Magé, Maricá, Niterói, Nova Friburgo, Rio Bonito, Rio de Janeiro, São

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Gonçalo, Saquarema, Silva Jardim, Tanguá e Teresópolis e consolidará o Rio de Janeiro como grande concentrador de oportunidades de negócios no setor de petroquímicos. Sua produção instimulará a instalação, em municípios da área de influência do empreendimento, de indústrias de bens de consumo que tem nos produtos petroquímicos suas matérias básicas.Além dessas oportunidades, como podemos observar anteriormente, os seguimentos da indústria do petróleo são muitos, portanto não teremos oportunidades de trabalho apenas na refinaria de Itaboraí, existem possibilidades de atuação offshore, através de empresas quem em parceria da petróbrás que trabalham fazendo a exploração e explotação dos campos de petróleo, aumentando ainda mais o leque de oportunidades no ramo. As oportunidades encontram-se nesse amplo mercado, o que realmente falta é a mão de obra qualificada.

Aquisição, Beneficiamento/ Processamento e Distribuição

Aquisição: Conjunto de Processos de obtenção de óleo cru direto do reservatório.Beneficamento: Conjunto de processos que visa a obtenção das diversas frações constituentes do petróleo de maior valor agregado.Distribuição: Conjuntos de procedimentos que fazem com que os produtos obtidos cheguem ao mercado (consumidores, fábricas, petroquímicas, etc...).

Seguimento da Indústria do Petróleo

ExploraçãoÉ o ato pesquisar ou viajar com o intuito de descoberta de regiões desconhecidas; afim de uma reconstrução da história geológica de uma área, através da observação de rochas e formações rochosas.

ExplotaçãoA fase exploratória do campo petrolífero envolve as técnicas para o desenvolvimento do poço, que engloba a perfuração, complementação e produção.

TransporteÉ o movimento de pessoas e mercadorias entre localidades, na maioria das vezes os campos de petróleo não se encontram próximos das refinarias e terminais, daí vem a necessidade de locomoção deste produto que é realizado entre alguns modais: Rodoviário,ferroviário,aereo,dutos, navios petroleiros, gasodutos entre outros.

RefinoProcesso de beneficiamento ao qual o óleo bruto é submetido, afim de ser obter desde frações (derivados) de valor comercial.

Distribuição

É o processo de comercialização dos produtos finais com as distribuidoras, que irão oferecê-los, na sua forma original ou aditivada, ao consumidor final.

Projetos de Exploração e Produção

Esses tipos de projetos voltados para a área de petróleo e gás se diferem de qualquer outra atividade industrial existente no Brasil, tendo semelhança apenas com extração mineral e suas principais caracteristicas são:- Altos investimentos; - Grandes riscos existentes: Risco Geológico

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Vai depender do histórico da área, pois mesmo se encontrando uma bacia sedimentar, com todas as possibilidades de evidência de petróleo, não há certeza de sua existencia. A prova real de sua presença se dá apenas após a sua perfuração.Risco NegocialÉ o risco de que contratos existentes sejam descompridos por decisão unilateral, geralmente por parte dos governos. Ex: Gasoduto Brasil – BolíviaRisco PolíticoDecorre da instabilidade existente em um país, sejam elas políticas ou sociais como guerras, greves e atentados diretos contra as instalações petrolíferas. Ex: Guerra dos EUA contra o Iraque.- Grandes Investimentos desde a Implementação, tendo grandes Incertezas de Retorno;- Risco de não recuperar o investimento;- Queda de investimentos apenas de produção.

Reservas de petróleo e Gás

É a quantidade de óleo cru estimado em uma jazida de petróleo, ou mais precisamente a quantidade que ela pode ser retirada, é extremamente importante como um tomador de decisão na hora de se implementar um projeto exploratório, pois as reservas mesmo que existentes podem ser consideradas subcomerciais.

Classificação das Reservas

Reservas Provadas – baseadas em estudos e análises dos dados geológicos e de engenharia, estima-se produzir do determinado reservatório com elevado grau de certeza, a quantidade de fluído previamente observado. (cerca de 90% de certeza de recuperação dos fluídos existentes no reservatório).

Reservas Prováveis – baseadas em estudos e análises dos dados geológicos e de engenharia, estima-se produzir do determinado reservatório, como médio grau de certeza, a quantidade de fluído previamente observado. (cerca de 50% de certeza de recuperação dos fluídos existentes no reservatórios)

Reservas Possíveis - baseadas em estudos e análises dos dados geológicos e de engenharia, estima-se produzir do determinado reservatório, com elevado grau de certeza, a quantidade de fluído previamente observado. Principalmente quando comparada com reservas provadas e prováveis. (cerca de 90% de certeza de recuperação dos fluídos existentes).

Reservas Totais – é o somatório das reservas provadas, prováveis e possíveis.

Geofísica – Métodos de Pesquisa

Earthquake Focus      Geofísica é o estudo da Terra usando medidas físicas tomadas na sua superfície. Nem sempre é fácil estabelecer uma fronteira entre Geologia e Geofísica. A diferença fica, primariamente, no tipo de dados com os quais se manipula.      A Geologia envolve o estudo da Terra através de observações diretas de rochas que estão expostas na superfície ou de amostras retiradas de poços perfurados com esta finalidade e a conseqüente dedução de sua estrutura, composição e história geológica pela análise de tais observações.

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     A Geofísica, por outro lado, envolve o estudo daquelas partes profundas da Terra que não podemos ver através de observações diretas, medindo suas propriedades físicas com instrumentos sofisticados e apropriados, geralmente colocados na superfície. Também inclui a interpretação dessas medidas para se obter informações úteis sobre a estrutura e sobre a composição daquelas zonas inacessíveis de grandes profundidades.      A distinção entre estas duas linhas de ciências da Terra não é muito bem percebida. Perfis de Poços, por exemplo, são largamente usados em estudos geológicos, embora eles apresentem resultados meramente obtidos em observações instrumentais. O termo "Geofísica de Poço" geralmente é usado para designar tais medições.

     De uma maneira geral, a Geofísica fornece as ferramentas para o estudo da estrutura e composição do interior da Terra. Quase tudo o que conhecemos sobre a Terra, abaixo de limitadas profundidades que os poços e as minas subterrâneas atingem, provém de observações geofísicas. A existência e as propriedades da crosta terrestre, do manto e do núcleo foram basicamente determinadas através de observações das ondas sísmicas geradas por terremotos (figura ao lado), assim como por medições das propriedades gravitacionais, magnéticas e térmicas da Terra.      Muitas das ferramentas e técnicas desenvolvidas para tais estudos têm sido usadas na exploração de hidrocarbonetos e de minérios. Ao mesmo tempo, os métodos geofísicos usados nas aplicações de prospecção têm sido aplicados em pesquisas mais acadêmicas sobre a natureza do interior da Terra.      Dentre os diversos métodos geofísicos usados para prospecção e pesquisa, os principais são:

       Gravitacional     

Mede as variações do campo gravitacional terrestre provocadas por corpos rochosos dentro da crosta até poucos quilômetros de profundidade. Estas variações são influenciadas pelas diferentes densidades das rochas, tendo as mais densas, maior influência no campo gravitacional. A figura abaixo serve para ilustrar a variação deste campo gravitacional: um mesmo corpo (massa constante) mostrará pesos diferentes para diferentes locais, se as rochas subjacentes tiverem densidades diferentes, o que normalmente acontecerá. Entretanto, estas variações são de uma magnitude muito

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pequena, podendo apenas serem quantificadas por aparelhos especiais, denominados gravímetros.          Magnético Este método mede as variações do campo magnético da Terra, atribuídas a variações na estrutura da crosta ou na susceptibilidade magnética de certas rochas próximo à superfície. Emprega-se este método na prospecção de materiais magnéticos, como minérios de ferro, principalmente a magnetita.       

Elétricos Os métodos elétricos fazem uso de uma grande variedade de técnicas, cada uma baseada nas diferentes propriedades elétricas e características dos materiais que compõem a crosta terrestre.       

Resistividade      Este método fornece informações sobre corpos rochosos que tenham condutividade elétrica anômala. É empregado pela engenharia para estudos de salinidade de lençóis de água subterrânea       

Potencial Espontâneo   

   É usado para detectar a presença de certos minerais que reagem com eletrólitos na subsuperfície de maneira a gerar potenciais eletroquímicos. Um corpo de sulfeto oxidado mais no seu topo do que na sua base dará origem a tais correntes elétricas, que são detectadas na superfície com o auxilio de eletrodos e galvanômetros.       

Polarização Induzida Fornece leituras diagnósticas onde existem trocas iônicas na superfície de grãos metálicos, tal como acontece em sulfitos.       

Magnetotelúrico Usa correntes naturais no interior da Terra e as anomalias são procuradas quando da passagem destas correntes através dos materiais. É bastante empregado na Rússia no mapeamento de bacias sedimentares no início de uma prospecção para petróleo.       

Bletromagnético Como o nome sugere, este método baseia-se na propagação de campos eletromagnéticos de baixas freqüências que variam ao longo do tempo, de dentro para fora e de fora para dentro da Terra. Este método é mais comumente usado na prospecção mineral.      

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  Sísmicos . São os métodos que baseiam-se na emissão de ondas sísmicas artificiais em sub-superfície ou no mar (geradas por explosivos, ar comprimido, queda de pesos ou vibradores), captando-se os seus "ecos" depois de percorrerem determinada distância para o interior da crosta terrestre, serem refletidas e refratadas nas suas descontinuidades e então retornando à superfície. Distinguimos dois tipos de métodos sísmicos:      > Reflexão:

     Neste método, observa-se o comportamento das ondas sísmicas, após penetrarem na crosta, serem refletidas em contatos de duas camadas de diferentes propriedades elásticas e retornarem à superfície, sendo, então, detectadas por sensores (geofones ou hidrofones). É o principal método usado na prospecção de hidocarbonetos (petróleo e gás) por fornecerem detalhes da estrutura da crosta, bem como de propriedades físicas das camadas que a compõem.      > Refração:

      Aqui as ondas sísmicas propagam-se em sub-superfície e viajam a grandes distâncias, sendo após captadas por sensores (geofones). As informações obtidas por este método geralmente são de áreas em grande escala, trazendo informações pouco detalhadas das regiões abaixo da superfície, situadas entre o ponto de detonação e o ponto de captação.

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     Radioativo    

  Este método baseia-se nas propriedades radioativas de certos minérios (minerais de urânio são bons exemplos). Através de aparelhos especiais (contadores geiger e cintilômetros) estes minérios podem ser detectados a partir da superfície da Terra.

         Perfilagem de Poços

  Os perfis de poços são usados principalmente na prospecção de petróleo e de água subterrânea. Eles têm sempre como objetivo principal, a determinação da profundidade e a estimativa do volume da jazida de hidrocarboneto ou do aquífero. Para fazer uma perfilagem em um poço, são usadas diversas ferramentas (sensores) acopladas a sofisticados aparelhos eletrônicos. Estes sensores são introduzidos poço adentro, registrando, a cada profundidade, as diversas informações relativas às características físicas das rochas e dos fluidos em seus insterstícios (poros). As ferramentas utilizam diversas características e propriedades das rochas, que podem ser elétricas, nucleares ou acústicas. Com os sensores elétricos, detecta-se, por exemplo, a resistividade das rochas e a identificação das mesmas se dá através de comparações dos valores obtidos na perfilagem com os valores das resistividades de diversas rochas conhecidas e determinadas em testes de laboratório. Com os sensores nucleares, detecta-se a intensidade de radioatividade das rochas e dos fluidos em seus poros, podendo-se inferir a composição mineralógica das mesmas. Com as ferramentas acústicas, ultra-sons são emitidos em uma ponta da ferramenta a intervalos regulares e detectados em sensores na outra ponta. O tempo que o sinal sonoro levou para percorrer esta distância fixa e conhecida (chamado de tempo de trânsito) através da parede do poço (ou seja, pela rocha) é medido e gravado no perfil. O geofísico, mais tarde, compara estes tempos de trânsito com os tempos determinados em laboratório para rochas de composições conhecidas, inferindo, desta maneira, as composições mineralógicas das rochas atravessadas pelo poço e determinando

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suas profundidades.

Campos Marginais ou Maduros:

São campos de petróleo que atingiram o ápice da produção e sua tendência agora é declinar poduzindo uma quantidade menos de petróleo que já produziu anteriormente. Porém, hoje em dia poços maduros ainda são estimulados e continuam produzindo petróleo ainda atraindo investimento do setor.

Perfuração de Poços

Concluindo os trabalhos referentes à pesquisa, localização, estudo geológico, autorização dos órgãos ambientais e legais, começa enfim o processo de perfuração de poços. Mesmo depois de passar essas etapas aqui citadas, a complexidade do processo continua. A perfuração é feita com brocas através de peso e rotação, imprimidos a elas, o que provoca o movimento da rocha.

Desenvolvimento de campo de petróleo e gás

É a etapa que a produção do campo é planejada que engloba a quantidade de poços a serem perfurados e o sistema de processamento e transporte de óleo da produção até os terminais de armazenamento.O campo descoberto é preparado para a produção sempre após os estudos de viabilidade técnica e econômica, que dizem se será possível a recuperação dos investimentos, custo para a produção além de retorno. Os poços que serão perfurados tem a sua função préviamente decidida, se serão de produção, de alívio, de injeção etc. Poços de extensões poderão ser perfurado afim de se delimitar as reservas encontradas. Após essa etapa os mesmos poços poderão ser aproveitados. Após a perfuração os poços são completados, o que significa que serão preparados para produzir, eles serão revestidos e cimentados e passarão por uma fase de canhoneiro, que realiza perfurações no revestimento do poço, por onde o óleo será produzido. A produção é controlada por válvulas instaladas na cabeça do poço conhecidas como árvore – de – natal, no caso de submarinas molhadas.

Início da Perfuração

Essa etapa é quando se faz um aumento na profundidade do poço para que sejam as ondas de formação. Ela é caracterizada pela aplicação de peso e rotação à coluna de perfuração e broca, além da circulação da lâmina de perfuração. O peso e a rotação deterioram a rocha, já a lama de perfuração retira os cascalhos produzidos pela broca, além de lubrificá-la. Existem dois tipos de perfuração: a convencional e a realizada pelo top drive.

Convencional – o poço é perfurado de tubo em tubo, o qual geralmente tem 9,5 metros utilizando a mesa rotativa.

Top Drive – ela é realizada de sessão em sessão, ou seja, utilizando três tubos de uma só vez. É a conexão do equipamento por cima das colunas de perfuração, este dispositivo elimina o uso da mesa rotativa.

Para facilitar o processo

A lama de lubrificação além de retirar o cascalho (fragmentos de rocha) que a própria produz, lubrifica e estabiliza as paredes do poço exercendo pressão sobre elas, que evita desmoronamento.

Perfuração em fases

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Quando se chega ao fim de cada fase de perfuração um revestimentos de aço é descido, esta é uma das etapas de finalização do poço, assim como a cimentação e o canhoneiro.

Testes de formação

É a colacação do poço em produção de maneira experimental. Para que os fluidos possam ser analizados.

Brocas

As brocas são definidas de acordo com as rochas a serem perfuradas, pois cada rocha tem o seu grau de dureza e as brocas são de altíssimo custo e perde-se muito tempo para a realizaçao de sua troca. São equipamentos que têm a função de promover a ruptura e desagregação das rochas ou formações.

As brocas podem ser classificadas de duas maneiras: Brocas sem partes móveis e brocas com partes móveis.

Brocas sem partes móveis.

A inexistência de partes móveis e rolamentos diminui a possibilidade de falhas destas brocas:

Principais tipos: Integral com lâmina de aço; diamantes naturais e diamantes artificiais.

Broca de lâmina de aço.

Muito conhecida como rabo de peixe(fish Tail).Vida útil muito curta mesmo aplicando material mais duro nas lâminas, esse tipo de lâmina está em desuso.

Brocas de Diamantes Natural.

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Perfuram pelo efeito de esmerilhamento, muito utilizada em formações duras. Atualmente são usadas principalmente em testemunhagem.

Brocas de Diamante Sintético(PDC).

Ao Final da década de 1970, foram lançada novas brocas utilizando diamantes sintéticos.São chamadas brocas PDC( Polycrystalline diamond Compact). Composta por uma camada fina de partículas de diamantes aglutinados com cobalto, fixada a outra camada composta de carbureto de tungstênio

Brocas tricônicas.Broca Tricônica de dentes de aço e Brocas Tritônicas de insertos de tungstênio.

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As brocas de partes móveis podem ter de um a quatro cones, sendo a mais utilizada as brocas tricônicas pela sua eficiência e menor custo inicial em relação às demais. A ação da estrutura cortante das brocas tricônicas envolve a combinação de ações de raspagem, lascamento, esmagamento e erosão por impacto de jatos de lama.

Classificação do Petróleo quanto à sua composição

Parafínico: formado por hidrocarbonetos em cadeias lineares com ligações simples. Produzem geralmente os seguintes derivados: QAV, díesel, lubrificantes e parafinas. Possuem as seguintes características: Combustão limpa, facilidade de ingnição, constância da viscosidade, facilidade de cristalização.Naftênicos: formados por hidrocarbonetos de cadeias fechadas e ligações simples. Produzem geralmente os seguintes derivados:gasolina, nafta petroquímica, QAV e lubrificantes. Apresentam as seguintes características: geralmente os derivados apresentados tem boas qualidades.Aromáticos: formados por hidrocarbonetos com cadeias fechadas e que possuem ligações duplas, formando os anéis benzênicos. Óleo extremamente raro. Produzem geralmente os seguintes derivados: gasolina, solventes, asfalto e coque. Apresenta as seguintes características: ótima resistência a denotação, elevado conteúdo de carbono, agregação de moléculas.

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Produção de petróleo

No momento da produção de petróleo, este passa por determinado processamento para que seu BSW ( básicos sedimentos e água) se enquadre nas especificações para posterior envio a refinaria. Nas refinarias, normalmente o óleo é fracionado de acordo com sua faixa de ebulição e posterior condensação.

Tratamento do petróleo

O óleo produzido recebe o seu primeiro tratamento ainda na plataforma, quando é separado da água, gás e sedimentos presentes no mesmo. O gás passa por um processo diferenciado, no qual se retiram partículas líquidas que posteriormente irá gerar o GLP. Depois de processado o gás tem alguns destinos diferentes. Parte é queimada no flare por questões de segurança industrial, outra fração é reinjetada no poço afim de se estimular e boa parte dele segue para o consumo industrial, residencial e veicular.

Transporte do petróleo, gás e derivados

Petróleo, gás e derivados são transportados pelos navios petroleiros, gasodutos, óleodutos e polidutos.

Grau API

O Grau API é uma escala hidrométrica idealizada pelo American Petroleum Institute - API, juntamente com a National Bureau of Standards e utilizada para medir a densidade relativa de líquidos.

Formulação

É obtido pela fórmula:

ºAPI = (141,5 ÷ densidade da amostra à temperatura de 60°F) - 131,5

em que a densidade é medida relativamente à densidade da água

A densidade, portanto, pode ser obtida por:

Obs: 60°F correspondem a 15,55...°C

Classificação do petróleo segundo o Grau API

O grau de API permite classificar o petróleo em

Petróleo leve ou de base Parafínica: Possui ºAPI maior que 31,1. Contém, além de alcanos, uma porcentagem de 15 a 25% de cicloalcanos.

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Petróleo médio ou de base Naftênica: Possui ºAPI entre 22,3 e 31,1. Além de alcanos, contém também de 25 a 30% de hidrocarbonetos aromáticos.Petróleo pesado ou de base Aromática: Possui ºAPI menor que 22,3 e é constituído, praticamente, só de hidrocarbonetos aromáticos.Petróleo extra-pesado: Possui ºAPI menor que 10.

Quanto maior o grau API, maior o valor do produto no mercado.

Nota:

O petróleo encontrado pela Petrobras no campo petrolífero de Tupi (bacia de Santos) em Novembro de 2007 foi testado e classificado como 28º API, ao contrário do que é frequêntemente dito é do tipo médio e não leve. Um dos motivos para a sua divulgação como leve é a comparação com a média da densidade do petróleo nacional.

Características do petróleoAPI = expressa a densidade relativa do óleo

Densidade (º API) ClassificaçãoAPI > 40 Extra – Leve

40 > API > 33 Leve

33 > API > 27 Médio

27 > API > 19 Pesado

19 > API > 15 Extra - Pesado

API < 15 Asfáltico

º API = 141,5/ d – 131,5 Parâmetro de óleo no mundo;Tipo Brent = 39,4 ºAPITipo WTI = 38 - 40 ºAPI

Organização Nacional da Indústria do Petróleo – ONIP

É uma instituição de âmbito nacional que tem por finalidade principal atuar como fórum de articulação e cooperação entre as companhias de exploração, produção, refino, processamento, transporte e distribuição de petróleo e derivados, empresas fornecedoras de bens e serviços do setor petrolífero, organismos governamentais e agências de fomento, de forma a contribuir para o aumento da competitividade global do setor.

Missão da ONIPo Maximizar o conteúdo local no fornecimento de bens e serviços, com

base em uma cooperação competitiva, garantindo ampla igualdade de oportunidades para o fornecedor nacional, ampliando a geração de renda e emprego no País.

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Objetivo o Maximizar o conteúdo local no fornecimento de bens e serviços,

garantindo ampla igualdade de oportunidades para o fornecedor nacional. Focos de atuação estratégica

o Orientação para redução de custos em toda a cadeia produtiva do setor petróleo.

o Aumento da competitividade dos fornecedores nacionais de bens e serviços.

o Contribuição para a definição de políticas industriais orientadas para o setor de óleo & gás.

Modos de atuaçãoo Promover a interação de fornecedores locais com as companhias

petrolíferas.o Manter e participar de fóruns de debates sobre temas impactantes para o

desenvolvimento da indústria petrolífera brasileira.o Promover a realização de parcerias entre fornecedores nacionais e

estrangeiros.o Contribuir para a eliminação de barreiras ao pleno desenvolvimento da

indústria local de bens e serviços. Fatores críticos de sucesso

o Reconhecimento da ONIP como a instituição mobilizadora do setor de óleo e gás

o Controle da apuração e certificação do conteúdo nacional

Lei do Petróleo

- lei nº 9. 478, de do 06 de gosto de 1997.Seção II

Definição Técnica

I Petróleo: todo e qualquer hidrocarboneto em seu estado natural, a exemplo do óleo cru e condensado.

Definição Química

É mistura complexa de hidrocarbonetos, oleosa e menos densa que a água. Dispõe sobre a política energética nacional, as atividades relativas ao monopólio do petróleo, institui o Conselho Nacional de Política Energética e a Agência Nacional do Petróleo.

Royalties

Royalties são uma compensação financeira devida ao estado pelas empresas concessionárias produtoras de petróleo e gás natural no território brasileiro e são distribuídos aos estados, municípios, ao comando da marinha, ao Ministério da Ciência e Tecnologia e ao fundo especial administrado pelo Ministério da Fazenda, que repassa aos estados e municípios de acordo com os critérios definidos em legislação específica.

Os royalties, que incidem sobre a produção mensal do campo produtor, são recolhidos mensalmente pelas empresas concessionárias por meio de pagamentos efetuados para a

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Secretaria do Tesouro Nacional – STN, até o último dia do mês seguinte àquele em que ocorreu a produção. A STN repassa os royalties aos beneficiários com base nos cálculos efetuados pela ANP de acordo com o estabelecido pelas Leis nº 9.478/97 e nº 7.990/89, regulamentadas, respectivamente, pelos Decretos nº 2.705/98 e nº 01/91.

A partir da Lei nº 9.478/97, a alíquota dos royalties passou de 5% para até 10% da produção, podendo ser reduzida a um mínimo de 5%, tendo em vista os riscos geológicos, as expectativas de produção e outros fatores pertinentes.

Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), implantada há dez anos pelo Decreto nº 2.455, de 14 de janeiro de 1998, é o órgão regulador das atividades que integram a indústria do petróleo e gás natural e a dos biocombustíveis no Brasil.

Autarquia federal, vinculada ao Ministério de Minas e Energia, a ANP é responsável pela execução da política nacional para o setor energético do petróleo, gás natural e biocombustíveis, de acordo com a Lei do Petróleo (Lei no 9.478/1997).

A ANP REGULA - estabelece regras por meio de portarias, instruções normativas e resoluções;

CONTRATA - promove licitações e celebrar contratos em nome da União com os concessionários em atividades de exploração, desenvolvimento e produção de petróleo e gás natural;

FISCALIZA - as atividades das indústrias reguladas, diretamente ou mediante convênios com outros órgãos públicos.

Entre outras atribuições, a ANP:

promove estudos geológicos e geofísicos para identificação de potencial petrolífero, regula a execução desses trabalhos, organiza e mantém o acervo de informações e dados técnicos;

realiza licitações de áreas para exploração, desenvolvimento e produção de óleo e gás, contrata os concessionários e fiscaliza o cumprimento dos contratos;

calcula o valor dos royalties e participações especiais (parcela da receita dos campos de grande produção ou rentabilidade) a serem pagos a municípios, a estados e à União;

autoriza e fiscaliza as atividades de refino, processamento, transporte, importação e exportação de petróleo e gás natural;

autoriza e fiscaliza as atividades de produção, estocagem, importação e exportação do biodiesel;

autoriza e fiscaliza as operações das empresas que distribuem e revendem derivados de petróleo, álcool e biodiesel;

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estabelece as especificações técnicas (características físico-químicas) dos derivados de petróleo, gás natural e dos biocombustíveis e realiza permanente monitoramento da qualidade desses produtos nos pontos-de- venda;

acompanha a evolução dos preços dos combustíveis e comunica aos órgãos de defesa da concorrência os indícios de infrações contra a ordem econômica;

No exercício de suas funções, a ANP atua como promotora do desenvolvimento dos setores regulados. Colabora, assim, para a atração de investimentos, aperfeiçoamento tecnológico e capacitação dos recursos humanos da indústria, gerando crescimento econômico, empregos e renda.

A ANP firmou-se também como um centro de referência em dados e conhecimento sobre a indústria do petróleo e gás natural: mantém o Banco de Dados de Exploração e Produção (BDEP), realiza pesquisas periódicas sobre qualidade dos combustíveis e sobre preços na comercialização desses produtos, e promove estudos sobre o desenvolvimento do setor.

Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis(IBP).

O Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis - IBP é uma organização privada de fins não econômicos, fundado em 21 de novembro de 1957, que conta hoje com 194 empresas associadas, e tem seu foco na promoção do desenvolvimento do setor nacional de petróleo e gás, visando uma indústria competitiva, sustentável, ética e socialmente responsável.

Ao longo desse tempo, o IBP construiu reconhecida credibilidade junto à sociedade e ao Governo não apenas por seu singular conhecimento técnico, mas também por fomentar as discussões de grandes temas afins para a constante estruturação do perfil do setor.

A partir de 2003, o IBP passou por uma profunda reestruturação organizacional para garantir maior sintonia de suas atividades e produtos com o setor, sendo estes o resultado do trabalho desenvolvido por 42 Comissões, Subcomissões e Comissões ad-hoc, nas quais participam voluntariamente mais de 950 profissionais, entre executivos e especialistas da indústria, instituições científicas e acadêmicas, órgãos do Governo e associações congêneres.

MISSÃO

Promover o desenvolvimento do setor nacional de petróleo e gás, visando uma indústria competitiva, sustentável, ética e socialmente responsável.

OBJETIVOS

- Melhoria do ambiente regulatório

- Representação da indústria

- Disseminação de informações da indústria

- Promoção do desenvolvimento técnico

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- Defesa do meio ambiente, segurança e responsabilidade social

PRINCÍPIOS E VALORES

- Isento e apartidário

- Consistência e embasamento técnico

- Orientação ao desenvolvimento auto-sustentável

- Respeito às opiniões.

Organização dos Países Exportadores de Petróleo(OPEP).

A OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) é uma organização internacional formada por países que são grandes produtores de petróleo. A OPEP foi fundada em 14 de setembro de 1960 e possui sua sede na cidade de Viena (Áustria).

Objetivos da OPEP:

- Estabelecer uma política petrolífera comum a todos os grandes produtores de petróleo do mundo (países membros);- Definir estratégias de produção;- Controlar preços de venda de petróleo no mercado mundial;- Analisar e gerar conhecimentos para os países membros sobre o mercado de petróleo mundial;- Controlar volume de produção de petróleo da organização.

Fazem parte da organização os seguintes países: 

- Do Oriente Médio: Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Irã, Iraque, Kuwait e Qatar. - Da África: Angola, Argélia, Líbia e Nigéria.- Da América do Sul: Equador e Venezuela.

Brasil na OPEP?

Muitos especialistas em petróleo defendem a entrada do Brasil na OPEP, após a descoberta de petróleo na camada pré-sal na Bacia de Santos. Esta descoberta gerou um significativo aumento das reservas de petróleo do país. Embora não seja um grande exportador, o Brasil já está entre os 10 países com maiores reservas de petróleo do mundo.

Curiosidade:

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- Atualmente, os países membros da OPEP possuem cerca de 75% das reservas mundiais de petróleo.

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