A internet na educação e comunicação

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA Componentes do grupo: Alzira Riquieri, Giovana Silveira, Laís Farago, Leidiane Campos, Nayane Dominique, Nivaldo, Priscila Diniz Disciplina: Comunicação e Educação UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA

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Trabalho sobre a Internet e as suas utilizações na educação e na comunicação produzido por Alzira Riquieri, Giovana Silveira, Laís Farago, Leidiane Campos, Nayane Dominique, Nivaldo e Priscilla Diniz. Tal trabalho foi elaborado de acordo com a proposta do professor Eucídio Arruda, que ministra a disciplina Comunicação e Educação da Universidade Federal de Uberlândia – UFU.

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA

Componentes do grupo:

Alzira Riquieri, Giovana Silveira, Laís Farago, Leidiane Campos, Nayane Dominique,

Nivaldo, Priscila Diniz

Disciplina: Comunicação e Educação

UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA

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Aprendendo e ensinando a ser livres

“A pior forma de escravidão é a de sentir-nos prisioneiros de um horizonte estreito, fechado, medroso e desesperançador, sem acreditar que todos temos condições de mudar, que nossa vida pode ser muito mais interessante e que isso está ao alcance de cada um de nós.”

“Este país precisa de uma segunda libertação da escravidão: da escravidão das expectativas medíocres, de contentar-se com migalhas, de acreditar que só uns poucos privilegiados podem conseguir tudo.”

Prof. José Manuel Moran

In Aprendendo e ensinando a ser livres – José Manuel Moran

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A educação segundo José Manuel Moran:

“Educação que ajude as pessoas acreditarem em si, buscar novos caminhos pessoais e profissionais, a lutar por uma sociedade mais justa, por menos exploração, a dar confiança a crianças e jovens para que se tornem adultos realizados, afetivos e inspiradores.”

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Internet: breve histórico

• 1960 – ferramenta alternativa de comunicação militar que resistisse a uma guerra nuclear;

• Idealizada nos EUA – conceito de rede sem controle central, com mensagens passando divididas em pequenas partes (pacotes);

• Um computador é apenas um ponto ou nó. Se interrompido o ponto, a transmissão de informações continua;

• 1ª comunicação – out/1969 com 04 computadores.

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Internet: breve histórico• Início dos anos 1980 – Ferramenta de

troca de informações no meio acadêmico;

• 1995 – administração da rede transferida para instituições não governamentais (estabelecem padrões, registram domínios, etc.). No Brasil: Comitê gestor da Internet;

• Brasil – 1ª iniciativa de universalizar a Internet (implantação de estrutura e estabelecimento de parâmetros, para operação de provedores).

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Número de computadores no Brasil: • 01/1996: 170.000• 12/1997: 1,3 milhão• 01/2000: 4,5 milhões• 2011: 85 milhões – quatro de cada nove brasileiros têm

equipamento para uso doméstico ou corporativo*• 2012 – perspectiva: um computador para cada dois brasileiros*• 2011: 78 milhões de internautas**• 2012: 81 milhões de internautas**

Internet: breve histórico

* Fonte: pesquisa divulgada no Mercado Brasileiro de Tecnologia de Informação (TI) e Uso nas Empresas, pela fundação Getúlio Vargas (FGV)

** Fonte: IBGE e IAB (www.secundados.com.br)

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O que é internet?• Rede internet e web não são sinônimos;

• A internet é híbrida: é meio de comunicação pessoal e meio de comunicação de massa. Tudo depende do uso. É uma gigantesca rede de redes, conectando milhões de computadores globalmente, desde que estejam ligados à Internet;

• Já a web é uma maneira de acessar informação por meio da Internet, sendo apenas uma das maneiras pelas quais a informação pode ser disseminada pela Internet;

• É um hipertexto: o usuário não tem compromisso de seguir ordem de início, meio e fim. Navega-se através de documentos interligados.

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Internet como função comunicacional:

• Até o final do século XX: divulgação pública de informações é restrita à elite, que detém o controle de veículos de massa.

• Com internet: sem grandes investimentos em produção e distribuição, a rede é acessível à todos.

• Informações partem de múltiplas fontes: censura se torna mais difícil. “Aqueles que tinham de se representar por meios de comunicação, começam a se representar por si mesmos”. (Weston, 1997)

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Ágora eletrônica• Minorias e maiorias podem

compartilhar o mesmo espaço;• “É preciso ter acesso à informação,

saber buscá-la e encontrá-la, dominar seu uso, organizá-la e entender suas formas de organização....” (Spitz, 1999);

• Relatório da ONU: “As barreiras geográficas podem ter desaparecido para a comunicação, mas uma nova barreira surgiu, um obstáculo invisível que é como a web, abraça os que estão conectados e silenciosamente, de modo imperceptível, exclui os restantes.” (em 1999)

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Internet e educação por Moran• Para o aluno, aumento de:• Conexões linguísticas: interage com inúmeros textos,

imagens, narrativas, formas coloquiais e elaboradas;• Conexões geográficas: deslocamento em inúmeros

espaços;• Conexões interpessoais: se comunica com pessoas

próximas ou distantes, em espaço, idade, formação e cultura social.

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Internet e educação por Moran

Desenvolvimento da:• Flexibilidade mental: adaptação aos

novos ritmos das pessoas e das informações;

• Intuição: os hipertextos da internet exigem escolhas;

• Escrita: escrevemos de forma aberta, multilinguística,hipertextual, há aproximação de texto e imagens.

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Internet e educação por Moran

Aplicações educacionais:

divulgação, pesquisa, apoio ao ensino e comunicação;

• Apoio ao ensino: textos, imagens e sons. Utilização como um elemento a mais, juntamente com livros, revistas e vídeos.

• Comunicação: professor-aluno; professor-professor; entre alunos (de todo o mundo).

(Moran, 2001)

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Internet e educação por Moran

• Deslumbramento: os alunos tendem a se dispersar diante de tantas conexões possíveis e de endereços dentro de outros endereços (hipertexto), de imagens e textos que se sucedem. Acumulam muitos textos, lugares, ideias. O aluno deve ter claro o que vai pesquisar;

• Mais atraente navegar, descobrir coisas novas do que analisar, comparar, hierarquizar ideias.

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Internet e educação por Moran

• Atitude consumista do jovem diante da produção cultural audiovisual. Ver não é compreender;

• As páginas mais bonitas são valorizadas. As imagens animadas fascinam;

• O professor é o coordenador do processo: não impõe, acompanha, sugere, incentiva, questiona, aprende junto com o aluno. O professor não é o informador, que centraliza a informação (a informação está nos bancos de dados).

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Internet e educação por Moran

• A internet é uma ferramenta que facilita a motivação dos alunos pela novidade e pelas possibilidades. A motivação pela pesquisa aumenta se o professor faz a orientação com cordialidade, confiança e abertura;

• O intercâmbio constante entre professor-aluno contribui para melhores resultados.

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Da análise crítica de resultados

• Cabe ao professor complementar, problematizar, adaptar à realidade local, os resultados;

• Professor e alunos relacionam os resultados encontrados e as informações já conhecidas, em reflexões anteriores. A comunicação dos resultados aos demais alunos é fundamental, pela quantidade, variedade, desigualdades de dados e informações na internet.

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Da análise crítica de resultados

• A tendência dos alunos é quantificar, mais do que analisar;

• A pesquisa na internet requer habilidades especiais (bom senso, gosto estético e intuição) que decorrem da rapidez com que as informações são modificadas e da diversidade de pessoas e pontos de vista;

• Ampliação de emissores de informações (boas informações convivem com lixo cultural).

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Da análise crítica de resultados

Faz-se necessário:• Bom senso: para não se perder na

diversidade de informações;• Intuição: que se aprende por

tentativa e erro, ao clicar nos links;• Gosto estético: para reconhecer e

apreciar páginas elaboradas com cuidado, com bom gosto, com integração de imagem e texto.

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Comunicação na internet, segundo Moran:

• Cada pessoa busca sua turma, seu semelhante: gostos, valores, expectativas;

• Comunicação é mais sensorial: a apresentação de trabalhos e ideias exige recursos multimídias bem elaborados: o texto na tela é maleável e o som não é mais um acessório.

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Comunicação na internet, segundo Moran:

• Chats: conversas fragmentárias, jogo de cena, meias verdades. Têm potencial democrático (aberto a todos), onde acontecem encontros virtuais, criam-se amizades;

• O indivíduo é o próprio editor de texto e diretor de imagens. Não há necessidades de autorização para publicar na internet.

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Problemas, segundo Moran:

• Informações em excesso e conhecimento de menos. Informação não é conhecimento;

• É necessário filtrar, selecionar, comparar, avaliar, sintetizar e contextualizar o que é relevante e significativo nas informações;

• Conhecer é integrar a informação aos paradigmas próprios, tornando o conhecimento significativo.

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Internet e a nova educação• Professores e alunos vivenciam formas de comunicação

abertas, com participação interpessoal e grupal afetivas (socialização do conhecimento);

• Integrar a internet com outras tecnologias na educação: integrar o humano e o tecnológico, com visão pedagógica nova, criativa e aberta;

• Se a escola é autoritária, a internet será mais uma ferramenta para o autoritarismo.

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O professor e as tecnologias

• Os alunos estão prontos para a multimídia;

• Os professores sentem o claro descompasso no domínio das tecnologias e tentam segurar o máximo que podem o avanço, fazendo pequenas concessões, sem mudar o essencial;

• Por medo de revelar sua dificuldade diante do aluno, mantém estrutura repressiva, controladora, repetidora;

• Os professores não sabem como mudar e muitas instituições não dão condições para que os professores mudem.

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Uso de tablets e ipads nas escolas

• As tecnologias móveis desafiam as instituições a sair do ensino tradicional e optarem por uma aprendizagem mais participativa e integrada, com momentos presenciais e outros à distância. O professor não é o centro da aula;

• Educação mais interligada à mobilidade, flexibilidade e facilidade no uso oferecido por tablets e ipods. O custo é reduzido e soluções mais interessantes e motivadoras aparecem;

• Dispersão do aluno: perda de foco, distração, dependência ao equipamento.

Moran, in Tablets e netbooks na educação

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Inclusão da diversidade

“Se todo mundo fosse igualzinho, o mundo não teria graça! Mas só reconhecer que as pessoas são diferentes não basta. É preciso respeitar as diferenças. E os versos de Diversidade nos ensinam isso, que não há um jeito único de ser assim ou assado, todos são gente, tudo é humano.”

Maria Heloísa Penteado, escritora.

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Inclusão da diversidade

• Promover a Inclusão Social por meios digitais: a utilização do computador é recurso que auxilia e oportuniza ao aluno construir o seu conhecimento e comunicar-se com o mundo.

• O computador é um recurso pedagógico para:

• Suprir dificuldades de comunicação oral e escrita, no caso de pessoas com Paralisia Cerebral;

• Minimizar dificuldades de realização de qualquer trabalho cognitivo que exija coordenação motora, como desenhar, escrever, proporcionar um desenvolvimento da independência em relação a presença de outras pessoas para realizar essas atividades cotidianas;

• Ser um meio de avaliar a capacidade intelectual de pessoas especiais, como exemplo, os indivíduos com Síndrome de Down ou Atraso Cognitivo.

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Inclusão da diversidade

• O aluno não deve apenas receber informações. O computador deve ser usado para que ele resolva problemas ou construa algo de seu interesse;

• O computador é apenas e tão somente um meio onde se desenvolve inteligência, flexibilidade, criatividade e inteligências mais criativas dessas pessoas;

• O professor trabalha com projetos de aprendizagem que respeitam os diferentes estilos e ritmos dos alunos desde a etapa de planejamento, escolha do tema e respectiva problemática a ser investigada.

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Finalizando...

“Conhecer é conseguir chegar ao nível da sabedoria, da integração total, da percepção da grande síntese que se consegue ao comunicar-se com uma nova visão do mundo, das pessoas e com o mergulho profundo no nosso eu.”

José Manuel Moran

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Referências:• MORAN, José Manuel. Aprendendo e ensinando a ser

livres, texto complementar à A educação que Desejamos – Novos Desafios, São Paulo. Papirus.

• MORAN, José Manuel. Internet no ensino.• MONTEIRO, Luis. A internet como meio de comunicação:

possibilidades e limitações. In: Intercom, 2001.• MORAN, José Manuel. Caminhamos para a

aprendizagem inovadora. In Novas Tecnologias e Mediação Pedagógica, 15ª ed. SP: Papirus, 2009, p. 22-24.

• MORAN, José Manuel. Tablets e netbooks na educação.• MORAN, José Manuel. A integração das tecnologias na

educação.• PENTEADO, Maria Heloísa. Lúcia, já vou indo. Ática.• SOUZA, Daniela e outros. Uso das tecnologias de

informação e comunicação para pessoas com necessidades educacionais especiais como contribuição para a inclusão social, educacional e digital. Centro de Educação UNESP, caderno 25, edição 2005. São Paulo/SP.

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Fim.